“Na minha opinião, uma das mais importantes questões que profissionais da avaliação deveriam normalmente

considerar é até onde a avaliação tem contribuído para o bem estar da humanidade e, de um modo geral, para o

bem estar do planeta que habitamos – e, enquanto estamos nele, ao bem estar dos outros corpos celestiais

que começamos a invadir.”

Michael Scriven, 2004

IV SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Rio, 13-15 de agosto de 2012

Thereza Penna Firme, Ph.D

Dez recomendações para a Universidade cumprir seu papel de capacitar em

Monitoramento e Avaliação.

Se a Universidade...

1 – Der o bom exemplo avaliando o aluno, o professor, o funcionário, a instituição à luz dos critérios de uma avaliação de qualidade.

2 – Desenvolver uma avaliação de ponta e não de pontos.

3 – Criar uma cultura de avaliação pondo em prática os Standards de uma avaliação de qualidade ou seja,

UTILIDADE – Atender às necessidades de informação prática dos usuários.VIABILIDADE – Ser realística, prudente, diplomática e simplesÉTICA – Ser realizada legalmente e eticamente com o devido respeito ao bem estar dos envolvidos na avaliação.PRECISÃO – Revelar e transmitir tecnicamente informações adequadas para permitir juízos de mérito e relevância. (Joint Committee, 1994)

4 – Seguir, no exercício da avaliação, os princípios norteadores para o avaliador ou seja, - indagação sistemática, - competência,- integridade/honestidade, - respeito pelo outro,- responsabilidade pelo bem estar geral e público

(AEA, 1994).

5 – Realizar a avaliação de modo inclusivo estabelecendo uma ligação entre resultados e ação social, incorporando todos os stakeholders relevantes na correção dos fatores que perpetuam a injustiça social ( Mertens, 2003) e promovendo a autodeterminação (Fetterman, 2001).

6 – Mudar a direção tradicional e punitiva da avaliação para o modo apreciativo (Preskill, e Catsambas, 2006) - um novo modo de olhar a realidade, indagando, identificando e consequentemente desenvolvendo o que é melhor para criar um futuro ainda melhor

7 – Construir um novo paradigma de avaliação (Sanders, 1998)

Evento X ProcessoMedo X CoragemBoletim de notas X Registro de anotaçõesImposição X NegociaçãoAutoritarismo X ParticipaçãoSecreta X TransparenteArbitrária X CriteriosaClassificatória X Promocional

8 – Criar instrumental para a descoberta e a avaliação das manifestações das Múltiplas Inteligências (Gardner, 1997)

Inteligência lógico-matemática, Inteligência linguística-verbal,Inteligência espacial,Inteligência musical, Inteligência cinestésica-corporalInteligência interpessoalInteligência intrapessoalInteligência naturalistica

9 – Impulsionar a formação das cincos mentes para o futuro (Gardner, 2006).

A mente DisciplinadaA mente SintetizadoraA mente CriativaA mente RespeitadoraA mente Ética

10 – Orientar-se na direção da avaliação para o desenvolvimento (Patton, 1994/2011) vinculando-a à inovação do programa, no reconhecimento da complexidade dos contextos onde a inovação é concebida, enfatizando a negociação (Guba & Lincoln 1989) .

... Só então a Universidade terá condições de:

- distinguir pesquisa e avaliação desenvolvendo uma e outra simultaneamente.- oferecer a disciplina de avaliação e cursos de avaliação em nível de graduação e pós-graduação (lato e stricto senso)

... Através de:

- parcerias com organizações que realizam avaliações.- atualização da literatura em avaliação.

-Utilização da internet em relação ao conhecimento em avaliação difundido por

organizações, associações e experts na área, especialmente no contato com a American Evaluation Association e outras de âmbito

internacional.

... E buscando sustentabilidade na

REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

“TODOS NÓS NASCEMOS AVALIADORES MAS NÃO NECESSARIAMENTE BONS AVALIADORES”

Robert E. Stake, 2009