23 de Setembro de 2011. Formas de processo Dezenas de formas de processo, espalhadas pelo CPC e por...
45
Formas de processo 23 de Setembro de 2011
23 de Setembro de 2011. Formas de processo Dezenas de formas de processo, espalhadas pelo CPC e por legislação avulsa. Alguns exemplos: Processo de insolvência
Formas de processo Dezenas de formas de processo, espalhadas
pelo CPC e por legislao avulsa. Alguns exemplos: Processo de
insolvncia (Decreto-Lei n. 53/2004, de 18 de Maro); Processo de
inventrio (Decreto-Lei n. 29/2009, de 29 de Junho); Processos
previstos no Cdigo das Sociedades Comerciais.
Slide 3
Formas de processo declarativo CPC Processo comum / Processos
especiais (arts. 944. e seguintes) art. 460. Trs formas distintas
de processo comum (art. 461.): Processo ordinrio; Processo sumrio;
Processo sumarssimo.
Slide 4
Processo ordinrio Aplica-se quando o valor da causa ultrapassar
a alada da Relao. Alada dos tribunais da Relao: 30 000 (arts. 24.
da LOFTJ antiga e 31. da LOFTJ nova).
Slide 5
Processo sumarssimo Aplica-se se: Valor da causa for inferior
alada do tribunal de 1. instncia ( 5 000); e Aco se destinar ao
cumprimento de obrigaes pecunirias, indemnizao por dano ou entrega
de coisas mveis Art. 464.: aplicao subsidiria do processo sumrio
(em primeiro lugar) e do processo ordinrio (em segundo lugar)
Slide 6
Processo sumrio Aplica-se nos restantes casos, se no existir
processo especial. Art. 463.: aplicao subsidiria do processo
ordinrio.
Slide 7
Outras formas de processo AECOP Aco declarativa especial para
cumprimento de obrigaes pecunirias emergentes de contratos de valor
no superior a 15 000 (Decreto-Lei n. 269/98, de 1 de Setembro)
AECOP. Processo especial, embora com grande aplicao (na distribuio
est a par com o processo sumarssimo art. 222. do CPC).
Slide 8
Referncia Injuno Art. 7. do Decreto-Lei n. 269/98: providncia
que tem por fim conferir fora executiva a requerimento destinado a
exigir o cumprimento das obrigaes Procedimento sem carcter
jurisdicional. Para a tramitao do procedimento de injuno tem
competncia o Balco Nacional de Injunes (no Porto).
Slide 9
Outras formas de processo RPCE Regime Processual Civil
Experimental (Decreto-Lei n. 108/2006, de 8 de Junho) RPCE.
Aplica-se, a ttulo experimental, nos seguintes tribunais: Almada,
Barreiro, Matosinhos, Porto e Seixal. Forma de processo comum, que
substitui a forma ordinria, sumria ou sumarssima e a AECOP (art.
1.).
Slide 10
Regime subsidirio AECOP e RPCE Artigo 463., n. 1, do CPC
aplicao subsidiria do processo ordinrio? Se no existisse o processo
especial, o processo aplicvel poderia ser o sumrio ou o sumarssimo.
RPCE: Dever de gesto processual permite seleccionar a melhor norma
entre os processos ordinrio, sumrio e sumarssimo.
Slide 11
Outras formas de processo Processo civil simplificado
Decreto-Lei n 211/91, de 14 de Junho admissvel em qualquer caso
(desde que no estejam em causa direitos indisponveis). Depende da
apresentao pelas partes de uma petio conjunta (aplicao subsidiria
do regime do CPC). Processo pouco utilizado pelas partes
Slide 12
Referncia aos Julgados de paz Artigo 209. da CRP: Julgados de
paz no integram os tribunais judiciais, constituindo uma jurisdio
diversa. Regime prprio e forma de processo prpria (Lei n. 78/2001,
de 13 de Julho): Art. 6., n. 1: A competncia dos julgados de paz
exclusiva a aces declarativas. Art. 8.: Valor at 5 000. Art. 9.:
Competncia em razo da matria (no abrange cobrana de dvidas por
pessoas colectivas)
Slide 13
Referncia aos tribunais arbitrais Artigo 209. da CRP: so
considerados tribunais. Fonte contratual / Funo jurisdicional.
Regime prprio Lei de Arbitragem Voluntria (Lei n. 31/86, de 29 de
Agosto). Regras de processo (artigo 15.) / Princpios fundamentais
(artigo 16.)
Slide 14
23 de Setembro de 2011
Slide 15
Conceito de alada Valor legalmente definido at ao qual um
tribunal julga em definitivo os processos da sua competncia.
Relevncia: Admissibilidade de recurso ordinrio; Determinao da forma
de processo; Determinao do tribunal de 1. instncia competente.
Slide 16
Valor da alada Arts. 24. da LOFTJ antiga e 31. da LOFTJ nova:
1. instncia: 5 000; Relao: 30 000. Determinao do tribunal de 1.
instncia competente: LOFTJ antiga: varas cveis, juzos cveis, juzos
de pequena instncia cvel (arts. 97. e segs. da Lei n. 3/99, de 13
de Janeiro). LOFTJ nova: juzos de grande instncia cvel, juzos de
mdia instncia cvel, juzos de pequena instncia cvel (arts. 128. e
segs. da Lei n. 52/2008, de 28 de Agosto).
Slide 17
Valor da causa Para determinar os elementos indicados necessrio
determinar o valor da causa. Relevncia tambm para efeitos das
custas processuais. Artigo 305. do CPC utilidade econmica imediata
do pedido.
Slide 18
Valor da causa Critrios Art. 306. Critrio geral: valor do
pedido ou pedidos (em dinheiro, se for esse o pedido, ou o
equivalente em dinheiro). Arts. 307. e segs. Critrios especiais.
Exemplos: Nulidade do contrato (preo estipulado pelas partes);
Direito de propriedade (valor da coisa). Art. 312. Aces sobre o
estado das pessoas ou sobre interesses imateriais ou difusos
(exemplo: direitos de personalidade): alada da Relao mais
0,01.
Slide 19
Valor da causa Momento relevante Art. 308. Momento da
propositura da aco. Excepo: Existncia de reconveno ou interveno
principal. Neste caso, se o pedido for distinto, soma ao pedido do
autor. Critrio da no distino entre os pedidos: art. 447.-A, n.
3.
Slide 20
Slide 21
Tramitao do processo A tramitao tem, em qualquer processo civil
declarativo, traos comuns. Variaes no sentido de simplificar ou
adequar as regras ao tipo de litgio.
Slide 22
Quatro fases principais Qualquer processo (civil declarativo)
tem, em regra, quatro fases principais: Fase dos articulados; Fase
do saneamento e condensao; Fase da instruo; Fase da discusso e
julgamento.
Slide 23
Fase dos articulados Apresentao do litgio ao tribunal. Alegaes.
Citao.
Slide 24
Fase do saneamento e condensao Deciso imediata do que for
possvel. Delimitao do mbito do processo. Preparao da produo de
prova. Despacho pr-saneador / audincia preliminar ou despacho
saneador autnomo.
Slide 25
Fase da instruo Produo de prova. Audincia final ou antes da
audincia final.
Slide 26
Fase da discusso e julgamento Discusso da matria de facto e de
direito. Sentena
Slide 27
Slide 28
Definio de articulado Art. 151-1: Os articulados so as peas
processuais em que as partes expem os fundamentos da aco e da
defesa e formulam os pedidos correspondentes. Autor e ru apresentam
os factos ao tribunal.
Slide 29
Forma Regra geral: forma articulada obrigatria (151-2).
Vantagens e desvantagens da forma articulada. Dispensa da forma
articulada no processo sumarssimo (793), na AECOP (1-3) e no RPCE,
caso no seja obrigatria a constituio de advogado (8-4; v. 32-1 do
CPC).
Slide 30
Estilo cada artigo deve inserir uma orao gramatical completa,
portanto, com os correspondentes sujeito e predicado, e sem
esquecer o ponto final com que terminam sempre as oraes; cada
artigo deve abarcar em regra uma s orao; a descrio dos factos nunca
deve ser acompanhada de expresses, adjectivos ou comentrios que,
embora exactos, no podem ser objecto de prova (C OSTA, Amrico
Campos, A Melhor das Reformas da Justia Cvel, in Boletim da Ordem
dos Advogados, n. 6, 1999, pp. 16-22, p. 17)
Slide 31
Nmero Processo ordinrio: admissibilidade em termos amplos de
rplica e trplica (502-1 e 503) Processo sumrio: articulado de
resposta contestao (785 e 786) regra aplicvel ao processo
sumarssimo? RPCE: em regra, no h articulado de resposta contestao
(8-3). Mas: dever de gesto processual. AECOP: no h articulado de
resposta (1-4)
Slide 32
Resposta s excepes (art. 3-4) s excepes deduzidas no ltimo
articulado admissvel pode a parte contrria responder na audincia
preliminar ou, no havendo lugar a ela, no incio da audincia
final
Slide 33
Apresentao das peas processuais Preferncia pela transmisso
electrnica (150-1). Obrigatria no RPCE (3) Portaria n. 114/2008, de
6 de Fevereiro sistema informtico CITIUS, atravs do endereo
citius.tribunaisnet.mj.pt (4-1) Outras possibilidades: Entrega na
secretaria; remessa pelo correio; envio atravs de telecpia (150-2).
Digitalizao pela secretaria (150-9).
Slide 34
Slide 35
Efeitos Incio da instncia (267-1). Causa impeditiva da
caducidade (por exemplo: art. 5A-3 do Decreto-Lei n. 67/2003)
Essencial para posterior citao, que impede a prescrio (323
CC).
Slide 36
Elementos da petio (467-1) Identificao do tribunal e das partes
Domiclio profissional do mandatrio judicial Forma do processo
Factos e razes de direito Pedido Valor da causa Agente de execuo ou
mandatrio judicial para efectuar ou promover a citao
(eventualmente, apresentar rol de testemunhas e requerer outras
provas 467-2)
Slide 37
Outros elementos Juno de documento comprovativo do pagamento da
taxa de justia (ou da concesso de apoio judicirio, na modalidade de
dispensa do pagamento de taxa de justia) 467-3 e 4. Apresentao dos
documentos destinados a fazer prova da aco (523-1). Eventual
requerimento para citao antecipada (478), produo antecipada de
prova (521) ou chamamento de terceiro (326-1).
Slide 38
Petio inicial Processo sumarssimo (793): exposio da pretenso e
dos respectivos fundamentos, com juno imediata dos elementos de
prova. RPCE (8-1): exposio da pretenso e dos fundamentos. Elementos
do art. 8-5. AECOP (1-1): exposio sucinta da pretenso e dos
respectivos fundamentos.
Slide 39
Pedido Pedido determina o objecto do processo, conformando a
deciso do tribunal (660-2 e 661). Pedidos em alternativa (468): Por
natureza ou origem (obrigao alternativa 543 CC); Possam resolver-se
em alternativa (art. 4 DL 67/2003). Pedidos subsidirios (469)
Cumulao de pedidos (470)
Slide 40
Pedido Admissibilidade de pedido genrico nos seguintes casos:
Objecto uma universalidade de facto ou de direito; Determinao dos
danos resultantes de facto ilcito; Dependncia de algum acto a
praticar pelo ru. Pedido de prestaes vincendas (tratando-se de
prestaes peridicas).
Slide 41
Causa de pedir Facto invocado para obter a satisfao do pedido.
Determina o objecto do processo e conforma a deciso do tribunal
(660-2) A deciso s vinculativa no que respeita quele pedido e causa
de pedir (498-1).
Slide 42
Fundamentao de direito Petio inicial deve conter fundamentao de
direito (nus da parte, no sentido de levar o tribunal a, pelo
menos, pronunciar-se sobre a questo). O juiz no est, no entanto,
sujeito s alegaes das partes na aplicao das regras de direito
(664).
Slide 43
Ineptido da petio inicial (193) Falta ou ininteligibilidade do
pedido ou da causa de pedir. Contradio entre o pedido e a causa de
pedir. Cumulao de pedidos ou causas de pedir incompatveis.
Consequncia: nulidade de todo o processo
Slide 44
Recusa da petio pela secretaria (474) Elementos formais.
Reclamao para o juiz e recurso para o tribunal da Relao (475) Dez
dias para apresentar nova petio inicial, considerando-se a aco
proposta na primeira data (476)
Slide 45
Erro na forma de processo Avaliao face ao pedido e ao valor da
causa indicado. Conhecimento oficioso pelo juiz (199 e 202) Regra
geral de aproveitamento dos actos (199-1), excepto na medida em que
resulte uma diminuio das garantias para o ru.