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www.cursocejus.com.br DIREITO DO TRABALHO Primeira Fase da OAB 1ª Aula Prof. Juliana Monteiro ATUALIDADES: - Súmula 445 TST editada/aprovada em 2013; indenização por frutos percebidos pela posse de má fé; Art. 1216 CC/02; direitos reais; é INCOMPATÍVEL com o direito do trabalho; APLICAÇÃO DA LEI TRABALHISTA: - Quem tem competência para Legislar sobre o direito material do trabalho é da UNIÃO; - A legislação trabalhista é FEDERAL; Aplicação da lei trabalhista no tempo: - A regra é que a lei vai valer a partir do momento de sua publicação; - Respeitando a vacatio legis se a lei trouxer esse período; - Em regra NÃO há efeitos retroativos; - Aplicação imediata; Aplicação da lei trabalhista no espaço: - Conflito de leis no espaço uma pessoa que trabalhava no Brasil e foi transferida para fora do País a lei que será aplicada será a lei MAIS benéfica para o empregado; - No território nacional, aplica-se a CLT; - Súmula 207 TST CANCELADA!!!! - Art. 3º da Lei 7064/82;

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DIREITO DO TRABALHO

Primeira Fase da OAB

1ª Aula

Prof. Juliana Monteiro

ATUALIDADES:

- Súmula 445 TST editada/aprovada em 2013; indenização por frutos percebidos pela

posse de má fé; Art. 1216 CC/02; direitos reais; é INCOMPATÍVEL com o direito do

trabalho;

APLICAÇÃO DA LEI TRABALHISTA:

- Quem tem competência para Legislar sobre o direito material do trabalho é da UNIÃO;

- A legislação trabalhista é FEDERAL;

Aplicação da lei trabalhista no tempo:

- A regra é que a lei vai valer a partir do momento de sua publicação;

- Respeitando a vacatio legis se a lei trouxer esse período;

- Em regra NÃO há efeitos retroativos;

- Aplicação imediata;

Aplicação da lei trabalhista no espaço:

- Conflito de leis no espaço uma pessoa que trabalhava no Brasil e foi transferida para

fora do País a lei que será aplicada será a lei MAIS benéfica para o empregado;

- No território nacional, aplica-se a CLT;

- Súmula 207 TST CANCELADA!!!!

- Art. 3º da Lei 7064/82;

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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO:

1. Fontes Materiais:

- São as fontes que estão ligadas aos FATOS SOCIAIS;

- Ex: greve que chamou atenção;

2. Fontes Formais:

- São as fontes que possuem CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS;

2.1. Fontes Formais Autônomas:

- As partes é que pactuaram;

- Decorre da autonomia das partes;

- As próprias partes pactuaram as suas obrigações;

- Ex: contrato de trabalho;

- Acordos e Convenções, que são pactuados pelos sindicatos;

Acordos Coletivos Convenções Coletivas

São fontes formais autônomas; São fontes formais autônomas;

São instrumentos de negociação coletiva; São instrumentos de negociação coletiva;

Art. 611 da CLT; Art. 611 da CLT;

Sindicato da categoria profissional =

defende os empregados; os trabalhadores;

Sindicato da categoria profissional =

defende os empregados; os trabalhadores;

Sindicato da categoria profissional X 1 ou +

empresas;

Sindicato da categoria econômica =

defende os empregadores; as empresas;

Sindicato da categoria profissional X

Sindicato da categoria econômica;

- Art. 614 da CLT (serve para acordo e convenções); o prazo de vigência dos acordos ou

convenções é de no máximo 02 (dois) anos;

- Súmula 277 TST; sofreu alteração em 2012; Teoria da Aderência; somente pode ser

suprimida se vier uma nova legislação;

- Art. 114 da CF/88, em seu §2º diz que, se as partes não chegarem a um consenso, elas

podem levar a discussão, de comum acordo, para a Justiça do Trabalho; nasce assim um

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DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONOMICA; esse dissídio é através de uma

sentença, chamada de Sentença Normativa;

Poder Normativo da Justiça do Trabalho = quando as partes estão negociando para

criarem acordos e convenções, só que as partes não chegam a um consenso; a justiça do

trabalho é procurada pelas partes, de comum acordo, para solucionar, criando normas e

julgando um dissídio; esse poder normativo foi recepcionado pela CF/88;

2.2. Fontes Formais Heterônomas:

- Hetero = diferente;

- As partes NÃO participam;

- As normas são impostas por um terceiro;

- Normalmente o terceiro é o Estado;

- Ex: “Leis”; sentenças normativas e tratados internacionais;

RELAÇÃO DE EMPREGO:

- Empregado típico = aquele regido pela CLT; empregado Urbano;

- Empregado Urbano = é aquele regido pela CLT; Art. 3º da CLT;

H abitualidade

O nerosidade

P essoa física

P essoalidade

S ubordinação

Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário. Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

- § único do Art. 3º da CLT; pode ser qualquer tipo de trabalho;

- Art.6º da CLT; subordinação no estabelecimento = é a subordinação clássica;

subordinação de empregado que trabalha externamente = são os empregados em

domicílio (Art. 83 CLT); o controle da subordinação é feita pela produção; também pode-

se ter a subordinação através dos meios telemáticos e informatizados;

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Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (Alterado pela L-012.551-2011) Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. (Acrescentado pela L-012.551-2011) Art. 83. É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere.

RELAÇÃO DE TRABALHO:

- Art. 7º da CF/88; rol dos direitos sociais;

- FALTA de subordinação = Trabalho Autônomo;

- FALTA de onerosidade = Trabalho Voluntário; Lei 9608/98; há mero ressarcimento de

despesas;

- FALTA de habitualidade, pode gerar dois tipos de trabalhadores; Trabalhador Eventual

ou Trabalhador Avulso;

- Trabalhador Avulso = quando há 03 (três) pessoas envolvidas; na contratação tem que

ter OBRIGATORIAMENTE uma intermediação; essa intermediação pode ser através do

Sindicato ou OGMO; Art. 7º, XXXIV da CF/88 (igualdade de direitos entre o trabalhador

urbano e o avulso);

- Trabalhador Eventual = quando há 02 (duas) pessoas envolvidas;

- Estagiários = tem lei própria; Lei 11.788/08; Art.1º da lei, estágio é complementação do

ensino; estagiário NÃO é empregado; estágio é a parte prática do ensino; os requisitos do

estágio são os mesmos do empregado urbano, MAS ainda assim não é empregado,

porque TEM que está vinculado a algum tipo de ensino;

- Menor Aprendiz = Art. 428 até 433 CLT e Art. 7º, XXXIII da CF/88; é um empregado

com contrato especial; o contrato do aprendiz TEM que ser escrito; prazo determinado; no

máximo 02 anos como aprendiz; o menor aprendiz tem que ser maior de 14 anos E menor

de 24 anos;

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OBS: para os deficientes (mentais ou físicos) o prazo não se aplica, e nem se aplica o

requisito da idade;

- Cooperativados = Art. 442, § único da CLT; NÃO forma vínculo de emprego entre

cooperativado e cooperativa; Lei 12.690/12; Art. 1º da lei = excluiu algumas cooperativas;

Art. 7º da lei = fala dos direitos;

EMPREGADO RURAL:

- Lei 5889/73;

- Art. 2º da lei; conceito de empregado rural; os mesmos requisitos HOPPS + tem que

trabalhar para o empregador rural (Art. 3º da lei);

- Empregador Rural é aquele que exerce uma atividade agro-economica = aquele que

trabalha com agricultura ou pecuária com intuito de lucro;

- OJ 315;

- OJ 419;

- Art. 7º, caput da CF/88; igualdade de direitos;

INTERVALOS:

1. Intervalo RURAL:

a) Intrajornada: descanso será de no mínimo 01 (uma) hora; e de acordo com os usos e

costumes da região;

b) Interjornada: entre jornadas; descanso será de no mínimo 11 (onze) horas

consecutivas;

2. Intervalo URBANO:

- Súmulas 437 e 438 TST;

a) Intrajornada: Art. 71 CLT;

- quem trabalha até 04 (quatro) horas = NÃO tem intervalo;

- quem trabalha + de 04 horas e até 06 horas = o intervalo é de 15 minutos;

- quem trabalha +06 horas = intervalo mínimo de 01 hora e no máximo de 02 horas;

OBS: PRECISA de Acordo ou Convenção quando o intervalo é MAIOR que duas horas

de intervalo; Intervalo MENOR de 01 horas, SOMENTE pode ser através de autorização

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do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE / Art. 71, §3º CLT); MTE irá ver se tem

refeitório próprio e não há horas extras;

b) Interjornada: o intervalo tem que ser de no mínimo 11 horas consecutivas; Art. 66

CLT;

- §5º do Art. 71 CLT os intervalos em regra NÃO podem ser fracionados, PORÉM para

o motorista há possibilidade de ter fracionamento; esse fracionamento terá que ser

pactuado através de convenção ou acordo coletivo; o fracionamento NÃO pode ser na

primeira hora trabalhada e nem na última hora trabalhada; somente no “miolo” da jornada

é que se permite o fracionamento do intervalo;

OBS: Rural e Urbano QUANDO for concedido MENOS tempo do intervalo ou NÃO

conceder o intervalo conforme a lei manda, o empregador TERÁ que pagar horas extras

acrescida de 50%; §4º do Art. 71 CLT;

TRABALHO NOTURNO:

a) Urbano: Art. 73 da CLT; trabalho noturno = 22 horas até as 05 horas; tem o direito de

receber um Adicional Noturno de 20% sobre a hora diurna; a cada 52 minutos e 30

segundos = redução da hora noturna;

b) Rural: Art. 7º da Lei 5889/73;

Pecuarista Agricultor

Hora noturna: 20 horas até as 04 horas; Hora noturna: 21 horas até as 05 horas;

Adicional noturno é de 25% sobre a hora

diurna;

Hora reduzida = 60 minutos;

AVISO PRÉVIO:

- Pode ser trabalhado e não trabalhado;

a) Urbano: aviso prévio trabalhado; Art. 488 CLT; o empregado tem o direito de escolher,

MENOS duas horas trabalhadas por dia ou MENOS 07 dias corridos sem trabalhar;

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b) Rural: Art. 15 da Lei 5889/73; aviso prévio trabalhado; o empregado tem o direito de

trabalhar MENOS 01 dia por semana;

Empregado Rural:

- Contrato de prazo determinado; Art. 14 e 14-A da Lei 5889/73;

- Contrato de Safra; o contrato dura enquanto dura a safra na agricultura;