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PUCRS - Fundação Irmão José Otão ano 4 - n° 28 - Setembro de 2007 25 anos 25 anos 25 anos 25 anos 25 anos TERCEIRO SETOR “Esporte é o caminho”: o novo projeto da FIJO 51 anos da Escola Frei Pacífico de Educação para Surdos página 3 LANÇAMENTO Livro ajuda a captar recursos para projetos sociais página 4 Um perfil distinto de profissional é aguardado e imediatamente absorvido pela Economia Social. Um trabalhador diferenciado, dedicado e engajado nas ações que beneficiam a sociedade. Na reportagem das páginas centrais, informações de como atuar na área, desde o estágio até a confirmação do emprego. Pesquisa realizada pelo IBGE revela que os postos de trabalho na área aumentaram em 500 mil, passando de 1 milhão para 1,5 páginas 6 e 7 Caroline Brehmer TRÂNSITO Manutenção deficiente em pontes e viadutos Ato religioso abre Semana do Trânsito Cursos para setembro e outubro páginas 8 e 9 SAÚDE Alimentação saudável página 10 SÍNDICO Tipos de multas para o condômino página 11 LÍNGUA PORTUGUESA Dicas para acentuar corretamente página 12 Profissionalização Há vagas no Terceiro Setor milhão de trabalhadores, o equivalente a 50%. Ao mesmo tempo, o número de fundações privadas elevou-se em mais de 150%, demonstrando que o setor tem potencial elevado de crescimento. Além disso, por atuar na área social, os interessados necessitam apresentar características singulares e freqüentar capacitação específica, pois boa parte das faculdades ainda não oferece esse tipo de conhecimento. Morre Irmão Elvo Clemente página 8

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PUCRS - Fundação Irmão José Otão ano 4 - n° 28 - Setembro de 2007

25 anos25 anos25 anos25 anos25 anos

TERCEIRO SETOR“Esporte é ocaminho”: onovo projeto

da FIJO

51 anos daEscola FreiPacífico deEducação

para Surdospágina 3

LANÇAMENTOLivro ajuda a

captar recursospara projetos

sociaispágina 4

Um perfil distinto de profissional éaguardado e imediatamente absorvidopela Economia Social. Um trabalhadordiferenciado, dedicado e engajado nasações que beneficiam a sociedade. Nareportagem das páginas centrais,informações de como atuar na área, desdeo estágio até a confirmação do emprego.

Pesquisa realizada pelo IBGE revela queos postos de trabalho na área aumentaramem 500 mil, passando de 1 milhão para 1,5

páginas 6 e 7

Carolin

e Breh

mer

TRÂNSITOManutenção

deficiente empontes eviadutos

Ato religiosoabre Semanado Trânsito

Cursos parasetembro e

outubropáginas 8 e 9

SAÚDEAlimentação

saudávelpágina 10

SÍNDICOTipos de

multas parao condômino

página 11

LÍNGUAPORTUGUESADicas paraacentuar

corretamentepágina 12

Profissionalização

Há vagas noTerceiro Setor• •

milhão de trabalhadores, o equivalente a50%. Ao mesmo tempo, o número defundações privadas elevou-se em mais de150%, demonstrando que o setor tempotencial elevado de crescimento.

Além disso, por atuar na área social,os interessados necessitam apresentarcaracterísticas singulares e freqüentarcapacitação específica, pois boa parte dasfaculdades ainda não oferece esse tipo deconhecimento.

Morre IrmãoElvo Clemente

página 8

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A importância do livroEditorial

De Dom Quixote aossonhos de primavera

Economia Social2Setembro de 2007

25 anos25 anos25 anos25 anos25 anos

Muito já se tem dito e escrito sobre a importânciado livro, por ter sido ao longo dos tempos o principalinstrumento de repassar o conhecimento,eternizando-o em suas páginas às gerações que sesucedem. Como meio de fácil acesso, sempre aoalcance do leitor, especialmente porque o tempo, aoportunidade e o local, todos, pertencem ao livro, numesticar de braço, o temos às mãos. O livro permitiuo guardar da memória dos povos, o desenvolver desuas culturas, o aprofundar de seus conhecimentose também o repassar do romance, da ternura, daaventura, do mistério.

O livro permitiu o difundir e o crescer da religião,fazendo com que a palavra divina, transmitida pelosprofetas, não se restringisse ao estudo de poucosescolhidos, mas que a qualquer um era dado o diretode conhecer, ler, interpretar, seguir e pregar. Avontade de conhecer, pela sempre presente vontadede ser liberto, fez do livro no caminho da busca doquerer ler, mesmo que sociedades restringissemdireitos ao conhecimento, impedindo a alfabetizaçãode parcelas sociais excluídas, do conjunto daspessoas de uma nação, um caminho a seguir. Olivro, ao mais analfabeto, sempre fascinou, e o verilustrações plasmaram nesses grupos a vontade debuscar o saber ler. É o livro assim, instrumento deliberdade.

Castro Alves foi o poeta que talvez melhor tenhaexpressado de maneira mais ampla a importânciauniversal do livro, quando diz no soneto:

Ó bendito o que semeia,Livros, livros à mão cheia.E manda o povo pensar.O livro caindo n´alma,

é germe que faz a palma,é onda que faz o mar!

De tal forma o livro tornou-se modeloimbatível, que mesmo hoje, na era da tecnologiao chamado livro eletrônico, nada mais é do que acópia do livro impresso, disposta nesse novoinstrumento universal de comunicação e nessesnovos tempos o acesso ao conhecimento éilimitado, mas, de certa forma, ainda estamos

Não vou esconder mais! É muito sofrimento.Estou sendo corroído pela culpa que me acompanhaao longo da vida adulta. Tratei de ser solidário etrabalhador. Tratei de gerar oportunidades detrabalho, riquezas e impostos. Tratei de ofereceroportunidades de resgate da dignidade humanapara muitas pessoas. Tratei de oferecer condiçõesde moradia, alimentação e educação para meusfilhos. Tratei de cuidar da minha saúde espirituale física. Tratei de ser participativo nascomunidades que freqüento e empresto minhacolaboração. Tratei de ser voluntário!

O tempo sempre me pareceu pouco para o queentendo ser necessário tentar fazer. Entretanto,calei perante o egoísmo, a irresponsabilidade, apreguiça, o descaso e a corrupção. Calei quandodevia gritar! A culpa é minha! Não tive forças ecompetência para resistir e denunciar conluios,conchavos, desmandos, corporativismo e maus

Opinião

presos ao velho e confortável volume impresso.Os novos tempos anunciam o fim do livro

impresso, alguns apressam-se em garantir queninguém mais está a comprar obras impressas.Recorro a Mário Quintana, para expressar o quepenso a esse respeito:

Cuidado, muito cuidado.Mesmo no bom caminho.

Há que ter maneira e jeito.

Não há na história da humanidade asubstituição de um instrumento de comunicação,por outro que surge, cada um a seu tempo cumpreestabelecer nova etapa; mas todos permanecemem valores próprios, em um processo deacomodação, formando novos nichos e adquirindonovos valores.

A livraria como o templo sagrado do livro, queilumina nossos corações com as cores queprometem aventuras, títulos que prometemconhecimento, resumos que prometem revelarsegredos é e continuará sendo por muito tempoo espaço do fascínio, a tal ponto isso é verdadeque a Martins Fontes de São Paulo, lançando-seno mundo das lojas virtuais, implantou o conceitoWeb 2.0, que proporciona aos usuários umaexperiência de compra, muito semelhante àquelaque os clientes vivem na loja física. O meio énovo, mas o livro em seu velho formato aindadetermina e condiciona o meio.

Acredito no ajustamento dos meios entre si e,no futuro, o livro impresso e o e.book encontrarãocom clareza seus espaços próprios. No atualmomento, o livro eletrônico é por excelência o meiode consulta para pesquisas e seu crescimento paraa leitura completa de obras de ficção, romance eoutras, se dará, quer pela evolução das gerações,quer pelo conforto de leitura que o meio oferecer.

Porém o mais importante é o acesso aoconhecimento e o livro, qualquer que seja seuformato é o canal, por excelência.

Jerônimo BragaDiretor da Edipucrs

A culpa é minha!vícios que infestam a sociedade brasileira. Nãoencontrei forças para através das eleiçõesqualificar o quadro dos nossos representantes (?).Resignei-me e simplesmente passei a contemplar!Fui cuidar da minha vida!

A sociedade está doente, em condições cadavez mais agudas. Cada um de nós tratandoexclusivamente dos seus interesses. É precisoantes tratar do Bem Comum. É preciso antestratar do Brasil e dos brasileiros! Confesso que aculpa é minha! Sinto-me aliviado pela confissão.Preciso resgatar o respeito que necessariamentedevo ter por mim mesmo e pelo meu semelhante.Socorro! Preciso de ajuda. Peço perdão e a chancede tentar de novo!

Sergio KaminskiEngenheiro, Presidente Conselho deCidadãos Honorários de Porto Alegre

Quem milita no Terceiro Setor-EconomiaSocial é um sonhador... Graças a Deus! Sãoplanos e lutas que remontam à época de DomQuixote e Sancho Pança... Os moinhos? Aperspectiva de ver implantada uma sociedademais ética e justa para todos. Sem exceção.Escreve Cervantes que a “batalha” de DomQuixote não é vã. Ela passa não só peloExecutivo, Legislativo e Judiciário, mas portodo cidadão que quer o bem do seusemelhante, do seu bairro, da sua cidade, doseu Estado, do seu País e do seu Mundo...

As edições do Economia Social de 2007procuraram encaminhar os temas nestadireção, tratando do bem social, dos cuidadoscom o planeta e da importância de sermostambém cidadãos do mundo. Neste número28, em seu quarto ano de circulação, oassunto principal aborda os novos postos detrabalho a partir do Terceiro Setor,consagrando-o efetivamente como EconomiaSocial. Além de proporcionar espaços dereflexão e ações concretas revertidas àsociedade, o segmento demonstra fortepotencial para a geração de oportunidadesprofissionais específicas.

O jornal de setembro, entre outrasquestões, traz na página de opinião doisartigos de conselheiros. A cerca de um mêsdo início da Feira do Livro de Porto Alegre, oprofessor Jerônimo Braga, diretor da Edipucrs,ressalta a importância das publicaçõesimpressas às vésperas de editar o primeiroe-book. Já o engenheiro Sergio Kaminski,presidente do Conselho de CidadãoHonorários de Porto Alegre, com ironia, fazuma crítica severa ao que está ocorrendoatualmente nos mais diversos setores da vidanacional.

Nas páginas destinadas ao Terceiro Setor-Economia Social, a história da Escola deEnsino Fundamental Frei Pacífico, no bairroSanto Antônio, em Porto Alegre, que há 50anos se dedica à educação para os deficientesauditivos e um novo projeto social da FIJO:Esporte é o Caminho. No Diretas-FIJO, asrepercussões do VI Encontro Internacional oTerceiro Setor-Economia Social e a distinçãoMãos que Ajudam para as pessoas quedignificam a nossa área de atuação.

O espaço do Trânsito recebe artigosprofundos. O professor Panitz trata, na suacoluna, das condições deficientes damanutenção das estradas, pontes e viadutosdas rodovias, acreditando que uma catástrofese avizinha se nada for feito em contrário.

Além disso, o Jornal Economia Social daFIJO exibe as colunas Estou Síndico. Eagora?!, do advogado e consultor RomeoBoettcher, e o professor Paulo Flavio Ledurataca as dúvidas de Português, que provocammuitas dores de cabeça para quem sepreocupa com a Língua Mãe. Em meio atantos moinhos a desafiar os Dons Quixotes,que a Primavera constitua-se em realoportunidade de florescimento de novasatitudes em benefício da sociedade. E, emprocesso constante, elas sejam aquipublicadas, realimentando outras açõesrelevantes, para que os sonhos além desonhados sejam, sobretudo, implementados.

Ano 4, n° 28, setembro de 2007Tiragem: 10.000 exemplares

Jornalista responsável Luciano Klöckner/reg. prof. 4612Planejamento gráfico e diagramação Márcio Gastaldo/reg. prof. 12492

Colaboração Gelson Adriano da Silva e Zélia Maria Martins AmaralFale conosco: [email protected] / (51) 3205-3113

Impressão Gazeta do Sul (51) 3715-7800 / 3715-7887

FIJO - Economia Social

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PUCRS Economia Social 3Setembro de 2007

Escola Frei Pacífico

51 anos de educação e serviçosA instituição atende, na escola e na clínica, aproximadamente 400 deficientes auditivos

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente Maria Cecília Medeiros de Farias Kother Vice-presidente João Pedro Lamana Paiva Secretário Egon Carlos Seitz

CONSELHO DELIBERATIVOAlexandre Zamprogna Peixoto, Attila Sá d’Oliveira, Carlos Rivaci Sperotto, Celito Francisco Mengarda, Cícero Santini e Silva, Daniel Juckowsky, Domiciano José daCunha, Emílio Hideyuki Moriguchi, Humberto César Busnello, Irmão Francisco José Ruzzarin, Irmão Joaquim Clotet, Irmão Norberto Francisco Rauch, Jerônimo CarlosSantos Braga, João Carlos Gasparin, João Jacob Vontobel, João Miguel Messina da Cruz, Jonathas Abbott Bittencourt, Jorge Alberto Franzoni, Jorge Gerdau Johannpeter,José Augusto Amaral de Souza, Leomar Bammann, Leonardo da Silva Fabbro, Lotario Lourenço Skolaude, Mágda Rodrigues da Cunha, Marco Caleffi, Marcos Túlio MazziniCarvalho, Maria Emília Amaral Engers, Marivaldo Antônio Tumelero, Marta Maria Mundt Manzke, Paulo D’Arrigo Vellinho, Paulo Roberto Girardello Franco, Paulo RoneiReali, Rafael Nichele, Ricardo Malcon, Sérgio Juarez Kaminski, Sergio Silveira Saraiva, Solange Medina Ketzer e Vicente Pessato Netto.

CONSELHO FISCAL José Guilherme Piccoli, Olivio Koliver e Nilton Goulart Brito SUPLENTES Luis Edgar Medeiros, Paulo Cesar Santana Nunes e Telmo Apparicio Grillo

ENDEREÇOAv. Ipiranga, 6681 - prédio 2 - CEP 90610-001 - Porto Alegre-RS, BrasilTELEFONESSecretaria da Direção 3205-3102 / 3205-3120 Pós-Graduação 3205-3121 Setor Financeiro 3205-3131/3205-3117 Direção CFC 3205-3106Atend. ao Público CFC 3205-3118/3205-3109 Secretaria FIJO e Cursos de Extensão 3205-3100/3205-3107 Fax Secretaria FIJO 3205-3115 Projetos Sociais 3205-3111Cursos de Trânsito 3205-3112/3205-3110 Fax Cursos de Trânsito 3205-3116 Jornal Economia Social 3205-3113 Contabilidade 3205-3114Central de Estágios 3352-0557 / 3339-3077 Fax Cent. de Estágios 3339-6261

Fundação Irmão José Otão - FIJO

Quem passeia pelas ruas do bairro SantoAntônio, onde fica a Igreja do mesmo nome,percebe que muitas crianças e adolescentes secomunicam por gestos. A conversa, sempreanimada, é em Libras, a língua de sinaisbrasileira, utilizada pelos surdos.

Atualmente, estudam na escola, no ensinobásico e fundamental, 135 alunos e na clínicaestão em tratamento 232 pacientes. Conforme avice-diretora da Escola Fundamental Frei Pacífico– Educação para Surdos, Irmã Maria de LourdesBecker, há no Brasil cerca de 5 milhões depessoas com essa deficiência, sendo a instituiçãouma das que atua nesta área de formapraticamente gratuita. “São poucos os alunos quepagam mensalidade”, ressalta, “pois nossa missãoé prestar serviços a todos os que necessitam”.

Para entrar na escola ou ser atendido naclínica, primeiro o candidato é recebido pelaassistente social, preenchendo uma ficha sócio-econômica e, depois, a situação é analisadaindividualmente. A escola e a clínica subsistematravés de convênios diversos, entre os quais osfirmados com a Prefeitura de Porto Alegre e como Governo do Estado.

Um aspecto interessante é que existem seisprofessores surdos, sendo que três passaram pelosbancos da escola. “A idéia é realizar umaeducação inclusiva, que preserve além doprofissionalismo, a afetividade, mostrando, naprática, que todos podem ter oportunidades”,observa a Irmã. Nesse sentido, há vários projetosinclusivos em andamento, entre os quais, o doHino Nacional e o do Teatro. No primeiro, o grupode alunos é convidado a cantar, através dalinguagem dos sinais, o hino brasileiro em váriassolenidades. O grupo de teatro, cujo nome é Artee Vida, também realiza apresentações periódicas.

A entidade mantenedora é a Congregação dasIrmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida,que está presente , no Brasil, nos estados do RioGrande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul e no Amazonas, além da Bolívia eGuiné Bissau, na África Ocidental. Em 2007, aCongregação implementou 31 Projetos Sociais,subsidiando-os pela Entidade Civil – AssociaçãoCruzeiras de São Francisco.

Escola de Ensino Fundamental Frei Pacífico

Rua Paulino Chaves, 235 - Bairro Santo AntônioPorto Alegre, RS - CEP: 90640-200

Fone/Fax: (51) 3223-4365E-mail: [email protected]

“ESPORTE É O CAMINHO” é a denominação doprojeto social que está sendo implantado pelaFundação Irmão José Otão para auxiliar criançase pré-adolescentes, de nove a 12 anos,pertencentes a famílias de baixa renda,regularmente matriculados e freqüentandoescolas. O exercício regular do ensino do esporte,em especial, o futebol, será executado utilizando-se das instalações do Parque Esportivo da PUCRS,de forma gratuita.

Para a presidente da FIJO, Maria CecíliaMedeiros de Farias Kother, “o esporte é um meiode ocupar e direcionar a juventude num climasaudável para o crescimento pessoal e orelacionamento com colegas que advêm dadisciplina e ordem que estimula e ensina. Esse

projeto representa uma oportunidade para quevárias crianças tirem proveito dessa iniciativa.É importante salientar que contamos com o apoiodo empresário Alexandre Grendene e voluntáriosna execução do mesmo”.

O Coordenador de Preparação Física do SportClub Internacional, Elio Caravetta, voluntário doprojeto disse, entusiasmado, que “o Projeto Social‘Esporte é o Caminho’ busca a inserção socialatravés do futebol, que é a instituição sócio-esportiva mais procurada na sociedadecontemporânea. É a prática esportiva do tempolivre, com grande apelo popular. Contribui paraeducar, inserir socialmente o indivíduo etrabalha com resgate de valores relacionados coma cidadania”.

Mais um projeto social da FIJO

História da Escola1956 - Fundação da Escola Frei Pacífico porMadre Clara Maria de Azevedo e Souza e FreiPacífico de Bellevaux, OFM. Cap., co-fundadorda Congregação das Irmãs Franciscanas deNossa Senhora Aparecida.1963 - Ampliação do espaço físico, com doispavilhões pré-fabricados.1974 - Iniciou na Instituição a ClínicaEspecializada em Comunicação, para atendersurdos e ouvintes.1975 - Criada a Associação de Pais e Amigosdo “EPHPHETA” (primeiro nome da Escola FreiPacífico).1981 - Inauguração do I Bloco (reconstruídodepois de incêndio ocorrido em 1979).1991 - Encerram os regimes de internato,semi-internato e externato.1999 - A Escola “EPHPHETA” – Instituto FreiPacífico – Escola de I Grau Incompleto, passaa chamar-se Escola de Ensino FundamentalFrei Pacífico - Educação para Surdos.2000 - Foram aprovadas as séries finais doEnsino Fundamental.2005 - Transformação da Escola em Centrode Evangelização na Educação, AssistênciaSocial e Pastoral dos Surdos, aberta apopulação.2005 - Aquisição do aparelho de OtoemissãoAcústica - Teste da Orelhinha.2006 - Mudança do espaço físico da Clínica.

Quem foi Frei Pacífico?O Frei Pacífico de Bellevaux nasceu em 1873,

na França, chegando ao Brasil em janeiro de 1899e um mês depois a Porto Alegre. Tinha um sonho:constituir uma escola para surdos. A idéia foicompartilhada com a Madre Clara. Quase 60 anosse passaram até a fundação da Escola Ephpheta,em 24 de setembro de 1956. A palavra Ephphetasignifica “abre-te” e foi pronunciada por Jesus aum surdo, que começou a ouvir e a falar semdificuldades. As informações deste parágrafoforam extraídas do livro Frei Pacífico – umahistória de amor e dedicação, a ser lançado naFeira do Livro de Porto Alegre, no dia 30 de outubro.

Já o trabalho das irmãs começou no início doséculo XX, quando havia necessidade de umespaço para desenvolver as vocações. Em 1927,elas se sentiram decididas a começar aexperiência da Consagração como Religiosas emum novo Instituto que atendesse aos anseios eàs necessidades da juventude brasileira.Manifestaram este ideal ao franciscano-capuchinho, Frei Pacífico. Ele acolheu eencaminhou o pedido aceito pelo Arcebispo dePorto Alegre, que instituiu a nova Congregação.As Irmãs Franciscanas de Nossa SenhoraAparecida tornaram-se, então, a primeiraCongregação Brasileira fundada no Estado. Em1947, o Vaticano outorgou o reconhecimento emcaráter diocesano e o reconhecimento do DireitoPontifício foi dado no Pontificado de João Paulo II,em dezembro de 1982.

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Setembro de 2007

Diretas da FIJO

Título de cidadão parao Reitor da PUCRS

O Irmão Joaquim Clotet recebe no dia 25 desetembro, às 17 horas, na Câmara deVereadores, o Título de Cidadão de Porto Alegre/RS. O Reitor da PUCRS nasceu em Barcelona/Espanha e é naturalizado brasileiro desde 1990.

FIJO na FederasulA Presidente da Fundação Irmão José Otão,

professora Maria Cecília Medeiros de FariasKother, falou no Café da Manhã – Bom DiaAssociado, da Federação das AssociaçõesComerciais do Rio Grande do Sul, no dia 4 desetembro. O tema tratado foi PlanejamentoCircunstancial - um instrumento para micro epequenas empresas. Conforme a presidente,“nenhuma organização sobrevive semplanejamento; e o Planejamento Circunstancial,pela sua simplicidade, adapta-se à estrutura dasmicro e pequenas empresas, garantindo-lhes adinamicidade necessária”.

Lançamento de livroO livro “Captação de

Recursos - uma opçãoeticamente adequada”, deautoria da presidente daFIJO, Maria CecíliaMedeiros de Farias Kother,foi lançado dia 5 desetembro, na sala VIP doprédio 40 da PUCRS. Aobra pretende colaborarcom os gestores dasorganizações sociais queatuam sem fins de lucro,mas que para manter suas

ações necessitam de recursos para atingir suasfinalidades. A autora possui 15 anos de experiên-cia na área e acredita que a profissionalização érelevante no desempenho de funções nasorganizações do Terceiro Setor. Para a autora dolivro, a atividade de captação de recursos implicacondições internas e externas numa relação queobserve princípios éticos. O livro, entre outrostemas, aborda o processo de captação de recursos,plano de captação e legislação. À venda na sededa Fundação Irmão José Otão.

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Fórum Universidade-Empresa“Empreender é o negócio” foi o tema do 9º Fórum Universidade-Empresa realizado pelo Instituto

de Estudos Empresariais, em parceria com a Fundação Irmão José Otão. Participaram do eventoaproximadamente 1.500 estudantes universitários, que assistiram os palestrantes Emílio Odebrecht,presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S/A; David Feffer, do Grupo Suzano; e RicardoFelizzolla, presidente da Altus.

Convênios com o Sinderse com a Unimed/RS

A FIJO assinou dois convênios. A minutafirmada com o Sindicato dos Despachantes doEstado do Rio Grande do Sul oferece para osassociados, funcionários e familiares ligados aoSinders cursos de extensão, pós-graduação e incompany promovidos pela FIJO. Com a Unimed/RS, a assinatura prevê a realização do cursoPlanejamento para organizações de EconomiaSocial, com 90 horas/aula.

A FIJO oferece a possibilidade de realizarcursos in company para empresas, fundações,institutos ou grupos de pessoas interessadas.

Informações pelos telefones (51) 3205-3107 ou3205-3100.

Assista ao programa de TV da FIJOUNITV - Canal 15 da NET

Quartas-feiras, às 21h, com assuntos relativos ao Terceiro Setor

Almoço-FIJOO tradicional Almoço-FIJO, reunindo

lideranças gaúchas, foi realizado novamente,sendo os convidados recepcionados pelapresidente da FIJO. Em 16 de agosto, participaramMarco Aurélio Caleffi, Sergio Kaminski, CarlosSchettert, Nelson Sterzi, Marivaldo Tumelero,João Vontobel, Roberto Jaeger, JorgeSchnarndorf, José Marconatto, Justo Werlang,João Carlos Gasparin, Alexandre Peixoto e o IrmãoJoaquim Clotet. No dia 13 de setembrocompareceram Marco A. Belotto Pereira eRonaldo Sielichow, do Sindilojas; MarivaldoTumelero; Cícero Santini; Pedro Silber e FlávioRosa, da Construtora Tedesco; Rudy AraújoKother, do PGQP; Jorge Serpa, da FIERGS; overeador João Nedel; o secretário de Estado, CelsoBernardi; além do Irmão Joaquim Clotet.

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Economia Social5PUCRS Setembro de 2007

VI Encontro Internacional do Terceiro Setor

Distinção Mãos que AjudamCriada durante o VI Encontro Internacional

Terceiro-Setor Economia Social, a Aliança Pró-Terceiro Setor busca reunir as entidadesbrasileiras. A Associação de Fundações doCeará (AFECE) também estava representadapela Sra. Stefania Pinheiro, mas não haviasido citada anteriormente. Os demaisrepresentantes são:

Mauri Cruz: Associação Brasileira deOrganizações Não-governamentais (ABONG)Carlos Emílio Strauch: Associação Baiana deFundações (ABAF)Dora Silva Cunha Bueno: Associação Paulistade Fundações (APF)Milton Sonza Dri: Associação Rio-grandense deFundações (ARF)Luiz Antonio de Godoy Alves: ConfederaçãoBrasileira de Fundações (CEBRAF)Fernando Rossetti: Grupo de Institutos,Fundações e Empresas (GIFE)Vera Maria: Federação das Fundações de Goiás(FUNPEGO)Bianca Monteiro da Silva: Federação dasFundações e Associações do Espírito Santo(FUNDAES)Getúlio Brasil Nunes: Federação das FundaçõesPrivadas do Estado do Rio de Janeiro (FUNPERJ)Leonardo Leopoldo Costa Coelho: FederaçãoMineira de Fundações de Direto Privado(FUNDAMIG)José Alcides Marton da Silva: FederaçãoParanaense de Fundações Privadas (ParanáFundações)João Lamana Paiva: Fundação Irmão José Otão(FIJO)Mônica Dowel: Natal VoluntárioMaria Elena Pereira Johannpeter: ONGParceiros VoluntáriosHeloisa Coelho: RiovoluntárioTomáz de Aquino Resende: Associação Nacionalde Procuradores e Promotores de Justiça deFundações e Entidades de Interesse Social(PROFIS)

Aliança Pró-Terceiro Setor

Neiva Mello, jornalista experiente em TerceiroSetor, foi entrevistada pelo jornal Economia Socialsobre o I Encontro de Comunicação, realizadoparalelamente ao VI Encontro Internacional.

Economia Social - Na sua opinião, o “I Encontrode Comunicação Social” estimulou a importânciae visibilidade do terceiro Setor como um dosagentes de transformação social que visa odesenvolvimento?Neiva Mello - A boa visibilidade que o Encontroganhou revelou a sensibilidade que os meios decomunicação e a comunidade têm para buscarconhecer mais o chamado Terceiro Setor ecompreender a sua influência na cadeiaeconômica que movimenta o país. Em todos osprogramas e entrevistas em que a professoraMaria Cecília esteve, ela explicou com muitaclareza o papel do Terceiro Setor, não só quantoao aspecto sócio-econômico mas também nodesenvolvimento humano. Todos osconferencistas e palestras reafirmaram eapresentaram dados objetivos para bater na teclade sempre: a educação é base de qualquerevolução e precisa de uma atenção mais do que

urgente dos nossos governantes, políticos e dacomunidade em geral.

Economia Social - A correlação entretransparência como condição “sine qua non”básica ao funcionamento do Terceiro Setor podeser vista como uma nova proposta da chamadaComunicação Social? Como a imprensa poderiacolaborar nessa correlação?Neiva Mello - A imprensa, como fiel guardiã dosinteresses do cidadão, tem o papel fundamentalde cuidar, fiscalizar e denunciar a não-transparência de organizações sociais. Penso quea imprensa ainda não tem uma consciênciaampla do que representa o Terceiro Setor e doquanto ele está mudando a cabeça, a realidadesócio-econômica e o coração de milhares depessoas que trabalham para mudar realidades.Uma boa parte dos jovens de hoje tem uma visãocompletamente diferente dos jovens da mesmaidade de dez anos atrás. Eles estão maisinteressados em assumir a sua responsabilidadeindividual nas mudanças, sem ficar esperandopor governos ou seja lá por quem. Parece quecomeçam a entender que o problema do outro

também é seu. A imprensa gaúcha evoluiu muitoe tem dado espaço para o setor, mas ainda falta:acho importante que a mídia veja o Terceiro Setorcomo um empreendedor estratégico para que opaís cresça, mas as mudanças sempre demorame é preciso seguir no processo de “educação”. Éimportante que cada liderança do Terceiro Setorassuma o papel de comunicar o que está sendofeito e o reflexo desse trabalho em diferentesaspectos.

Economia Social - Sendo o marketing do TerceiroSetor o próprio trabalho, qual o papel da imprensano reforço à essa posição?Neiva Mello - A imprensa tem que mostrar osbons exemplos e revelar os maus e ter sempre ovoluntariado e os diferentes trabalhos do setor empauta. Não somente mostrar que a Dona Mariaajuda crianças da creche tal, mas dizer o que otrabalho de tantas Marias está produzindomudanças e quais políticas apóiam essas Mariasque querem fazer mais. A imprensa precisa cobriro Terceiro Setor com olhar crítico e abrindo oângulo de análise para o comportamental,econômico, humano, político, social.

A importância do I Encontro de Comunicação

Mais personalidades que foram homenageadas pela FIJO

Beatriz Johannpeter - Gerdau Edison Massulo Lisboa - FIERGS Ary Lanzarin - Banco do Brasil

Marivaldo Tumelero - Tumelero Hermes Gazzola - Puras Rita Daudt - Brasil Telecom

João Vontobel - Vonpar Ana Maria Kemper - Kemper’s Eufrazina Maiato - Angola

Sérgio Juarez Kaminski - Serki

Criada em 29 de outubro de 2002, a Distinção Mãosque Ajudam tem por objetivo de homenagearpersonalidades que influem significativamente nocrescimento e no desenvolvimento da Fundação IrmãoJosé Otão.

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Economia Social625 anos25 anos25 anos25 anos25 anos

Terceiro Setor

Setembro de 2007

Uma nova fonte de empregosO aumento de vagas na área resulta do crescimento, do engajamento e da profissionalização

O Terceiro Setor-Economia Social, além decontribuir para o Bem Comum, realizando açõesefetivas em benefício da sociedade, investindo ecaptando recursos, cria um novo nicho detrabalho. Uma área onde os profissionais que jáestão no mercado e aqueles que ainda passampela formação acadêmica possam atuar. Segundoo IBGE, o número de fundações privadas e deassociações sem fins lucrativos cresceu 157%entre os anos de 1996 e 2002. Passando de 106mil para 276 mil. E, neste mesmo período, oindicador de pessoas ocupadas no setor elevou-se de 1 milhão para 1,5 milhão de trabalhadores,aumento de 50%. Mas que tipo de profissional temespaço nesta nova área? Quais as capacidadesque ele necessita? E como será o futuro dasprofissões ligados ao Terceiro Setor?

As respostas são complexas, mas o interesseem atuar no Terceiro Setor é alto. Apesar disso,a seleção de recursos humanos para o setor nãoé fácil. Existe ainda uma crença, que aos poucosestá sendo sepultada pela profissionalização: deque para trabalhar neste segmento não énecessário estar capacitado, basta tempodisponível. Como em outros setores da economia,os bons trabalhadores, totalmente qualificadospara realizar suas tarefas, são mais quenecessários. O profissionalismo nessasorganizações facilita a captação de recursos,desenvolvendo mais projetos e gerando novosempregos.

Um dos principais pré-requisitos é que oprofissional esteja envolvido com a causa para aqual será contratado. O Secretário-Geral da GIFE(Grupo de Instituições, Fundações e Empresas),Fernando Rosseti, observa que “o profissional nãodeve enxergar o trabalho na área social como umaopção de emprego ou chance de recolocação, deve-se ser realmente engajado”.

A professora de Relações Públicas da PUCRS,Ana Luisa Basseggio afirma “que o Estado nãotem mais condições de dar tudo. Precisamos fazercom que a sociedade se responsabilize por outrasáreas.” Bassegio complementa que o profissionalde RRPP desenvolve um papel importante emqualquer organização e sua atuação junto aoTerceiro Setor pode intensificar a facilitação dediversos pontos relevantes nas instituições. Aprofessora destaca que a comunicação integrada,um trabalho conjunto de Relações Públicas,Jornalismo e Publicidade e Propaganda, é peçachave no sucesso do Terceiro Setor.

O caminho da especialização é destacadotambém pela professora de Direito daa PUCRS,Betania Alfonsin, para quem “O Terceiro Setorcaminha para uma profissionalização em grandeescala”. Para ela, a nova legislação (leia box)contribui para o melhor controle dos recursosrepassados pelo governo federal. “Com essa novalei a relação entre as entidades e o poder públicoficou mais clara”. Alfonsin relata “que énecessário separar o joio do trigo, desfazendo aenganosa generalização que coloca todas asentidades do no mesmo ‘balaio’, quando cada umatem objetivos, história e atuações específicas, emdiferentes áreas”.

O fato é comprovado por várias OrganizaçõesNão Governamentais (ONGs) que dispõe deprofissionais em diversas áreas, desde àPsicologia, a Administração, a Comunicação, aoTurismo, a Letras, a Artes Dramáticas, etc. Enfim,hoje, todas as profissões podem e devem seaprofundar cada vez mais nesta área.

Pioneirismo da FIJOPioneira na educação da Economia Social no

Brasil, a Fundação Irmão José Otão promoveu,em 1996, o 1º Curso de Formação de Profissionaispara o Terceiro Setor. Conforme a presidente daFIJO, professora Maria Cecília Medeiros de FariasKother, “o profissional que quer trabalhar na áreanecessita de um diferencial, uma identificaçãocom as características e ‘regimentos’ da área”.No entender dela, as pessoas fazem confusão,quando incluem no setor somente as ONGs,porque “não se aprofundam naquilo que lêem”.Acrescenta que o Terceiro Setor não pode ter o

A Legislação Brasileira prevê, através do“Termo de Parceria”, que é um instrumentoimportante entre as organizações da sociedadecivil e o Poder Público, uma cooperação parafomentar e executar atividades de interessepúblico previstas no art. 3° da Lei 9.790, de 23 deMarço de 1999. E que “Dispõe sobre a qualificaçãode pessoas jurídicas de direito privado, sem finslucrativos, como Organizações da Sociedade Civilde Interesse Público, institui e disciplina oTermo de Parceria, e dá outras providências”.

Pela nova lei, exclusivamente as entidadessem fins lucrativos e que se dediquem a um

Como é a legislação brasileira?dos objetivos previstos no art. 3º (como Promoçãode Assistência Social, Promoção doVoluntariado, da cultura, defesa e conservaçãode patrimônio histórico e artístico e também ocombate à pobreza e o desenvolvimentoeconômico/social) é que tem condições de sequalificar como OSCIP (Organização daSociedade civil de Interesse Público), perante oMinistério da Justiça. Somente as ONGs quepassarem por este processo e receberem aqualificação de OSCIP é que poderão fazerconvênios e parcerias com o Poder Público,recebendo recursos públicos.

mesmo ‘foco’ que o Segundo, mas metas eobjetivos bem definidos, “uma vez que ele nãovisa o lucro, mas a busca de resultados diretosna sociedade civil”.

Assim como o perfil do profissional é distinto,a presidente da FIJO destaca que “o marketingdo Terceiro Setor é diferenciado, é o seu própriotrabalho, o seu fazer, que lhe serve demarketing”. Para ela, os comunicadores ligadosà área devem ter cuidado na hora de veicularnotícias: “administrar a divulgação dos fatos éfundamental mas sem transformá-los emsensacionalismo”, pondera.

O quê: Curso de Gestão de Organizações Sociais, que visa proporcionar conhecimentos na áreado terceiro setor e suas implicações com a gestão das organizações desse segmento. Aberto atoda comunidade.Carga Horária: 80h/aHorário: 19h15 às 22h (Terças e Quintas)Onde: Fundação Irmão José Otão - FIJO - prédio 2 do Campus Central da PUCRS

Cursos de capacitação paratrabalhar no Terceiro Setor

Fundação Irmão José Otão foi uma das primeiras a realizar cursos de formação para o Terceiro Setor

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Economia Social7PUCRS Setembro de 2007

Central de Estágios

323 vagas disponíveis em 34 cursos:

Administração de EmpresasAdm. de Empresas - An. de Sistemas

Adm. de Empresas - Com.InternacionalAdm. de Empresas - Marketing

Adm. de Empresas - Rec. HumanosArquitetura e UrbanismoCiência da Computação

Ciências ContábeisCiências Econômicas

Ciências Jurídicas e SociaisComunicação Social - Jornalismo

Com. Social - Publicidade e PropagandaCom. Social - Relações Públicas

Educação FísicaEngenharia Civil

Engenharia de ComputaçãoEngenharia de Produção

Engenharia ElétricaEngenharia Mecânica

Engenharia MecatrônicaEngenharia Química

FarmáciaFísica

Física MédicaHotelaria

LetrasNutrição

PedagogiaPedagogia - Educação Infantil

Pedagogia - MultimeiosPsicopedagogia

Secretariado ExecutivoSistema de Informação

Turismo

A Central de Estágios FIJO/PUCRS estáà disposição dos alunos para dúvidas,orientações e sugestões no prédio 16 doCampus Central da PUCRS ou pelostelefones (51) 3352-0557 / 3339-3077. E-mail: [email protected]

Horário de atendimento:8h às 21h50min,

sem fechar ao meio-dia

Quem busca o trabalho precisa preparar-separa situações que antecedem a sua contrataçãono mercado. Porque, diriam alguns, se já estamoscom nosso curso de graduação concluído, temoso documento correspondente, somosprofissionais? A pergunta procede mas nãoresolve a situação, considerando que ascondições hoje são outras em termos de relaçãocandidatos ao trabalho e o número deoportunidades que se apresentam.

Na verdade, as próprias empresas e ouorganizações que se predispõem a contratarrecursos humanos têm uma série de exigênciasque lhes permite selecionar entre os candidatosaqueles que melhor correspondem aos pré-requisitos necessários. Nesse rol, está o“curriculum vitae” e a experiência.

O currículo pode ser reforçado por inúmeroscursos de extensão e ou atividades culturais eacadêmicas que o estudante pode ir realizando eparticipando no decorrer do tempo em que estáfreqüentando a Universidade. A experiência tambémpode ser incrementada, não por um contratoprofissional porque ainda não ocorreu nenhumaoportunidade, mas por experiências de estágio queo acadêmico pode vivenciar durante o seu curso.

Cursos de Extensão e Estágio

Oportunidades na formaçãodo “Curriculum Vitae”

É importante que o jovem se dê conta que asua imagem profissional precisa ir sendoconstruída, mesmo antes de que essa situaçãoseja concretizada. A imagem profissionalcompreende competência, experiência,postura e outros princípios básicos deeducação, respeito e moral. Essa compilaçãode atributos, além da contribuição dada pelafamília, pela escola e pela Universidade, nãopode prescindir da atenção e zelo da própriapessoa que está se preparando para o mercadode trabalho.

Nessa dinâmica de estruturação do“curriculum vitae” é importante e significativoque o acadêmico realize cursos que tenhamrelação com a proposta profissional da áreacursada. O estágio, por sua vez, proporciona aoestudante uma possibilidade real de viver naempresa onde estagia a situação prática quecorresponde a sua aspiração profissional.

Cursos de extensão e estágio sãooportunidades que se apresentam como fontesparalelas do período de sua formação acadêmicaque poderão dar significativo peso ao seucurrículo, preenchendo a lacuna que antecede aexperiência do primeiro emprego.

Estudar e trabalhar: aresponsabilidade de cada um

Nós somos responsáveis por nossas escolhas,temos a liberdade de escolher a nossa realidadee somos livres para mudá-la ou mantê-la. Não étarefa fácil. No que se refere à realidadeprofissional, desde a escolha de “o que ser quandocrescer?”, sentimo-nos influenciados pelomercado de trabalho, pela família, pelasociedade.

O início da vida profissional é mais duro paraquem procura a primeira oportunidade nomercado de trabalho: empresas exigemexperiência e nem sempre abrem possibilidadespara adquiri-la. Quem já tem experiêncianecessitou de uma chance para obtê-la. Por isso,a procura por ofertas de estágio aumenta cadavez mais, assim como o número de alunos embusca desta valiosa oportunidade.

Conforme os alunos que procuram orientaçõesna Central de Estágios da FIJO, o curso superiorexige tempo e dedicação aos estudos, pesquisase trabalhos. No entanto, estagiar e estudar aomesmo tempo, além de facilitar a compreensãoda teoria aplicada à prática, também dinamizaas aulas, permitindo a troca de experiências comos professores. As trocas ocorrem igualmenteentre os estudantes, pois estagiando em

diferentes empresas, elas revelam a realidadede outros ramos e portes, e, principalmente, apossibilidade de estabelecer um paralelo entre oideal e o real no mundo do trabalho.

Nossos estagiários nos contam que os estágiosconstituem-se em ótima maneira de confirmara opção do curso, além de contribuir nodirecionamento da carreira. Ao mesmo tempo,auxilia no sustento mensal e proporciona a visãode várias realidades do mercado. Por outro lado,as empresas desenvolvem processos específicosde valorização dos estagiários, investindo pesadona capacitação, pois parcela significativa éefetivada.

Em vista da complexidade da decisãoenvolvendo a carreira profissional, a Central deEstágios da FIJO, com funcionários habilitados,está à disposição para esclarecimentos gerais e,em especial, para tentar solucionar as dúvidas;pois se é bem verdade que a escolha é individual,saber onde buscar as informações é decisivo. E aCentral de Estágios da FIJO é um banco de dadospara auxiliar nessas escolhas difíceis.

Lílian Pintos CuelloPsicóloga da Central de Estágios FIJO/PUCRS

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Quase um terço dos motoristasdirige sem carteira no Brasil

Uma pesquisa de âmbito nacional mostrouque 30% dos maiores de 18 anos dirigemautomóveis sem possuir habilitação. Entreaqueles que ainda não completaram essa idade,12% disseram que costumam sair com carrono trânsito. No caso de motociclistas, 61% dosmaiores de 18 anos não têm habilitação. Amaior agravante é que 15% das pessoasouvidas, entre 16 e 17 anos, afirmaram dirigirmotos. A pesquisa foi realizada pelo Ibope eouvindo mil jovens de 16 a 25 anos.

Família protege irregularidadesConforme a pesquisa realizada pela pedagoga

Nereide Tolentino, os jovens, sobretudo os queestão dirigindo irregularmente, contam com a“anuência da comunidade familiar”. Apenas10% declararam ter aprendido a dirigir cominstrutores qualificados. A maioria aprendeucom os pais, familiares ou amigos, sem passarpelos Centros de Formação de Condutores.

Fiscalização não funcionaAlém da pesquisa quantitativa feita por

telefone, Tolentino promoveu alguns encontrospara debate em três municípios: São Paulo,Porto Alegre e Goiânia. De acordo com ela, osjovens têm consciência de que o sistemamontado para evitar abusos no trânsito não érespeitado e que a fiscalização é inexistente.“Ele não acredita na autoridade”, afirmou.Segundo Nereide Tolentino, se houver umadecisão por fiscalizar os motociclistas em umúnico dia em uma das cidades pesquisadas, nãohaverá lugar para colocar as motos recolhidas.

Jovens são 43% dos mortosO jovem e o trânsito é uma das principais

preocupações da Semana Nacional do Trânsitodeste ano. Dados do Departamento Nacional deTrânsito (Denatran) mostram que, em 2005, dototal de mortos em acidentes de trânsito no País,43% tinham entre 18 e 29 anos. “Não hánenhuma ação definida para um trabalho sériode educação”, lamentou Tolentino. “Éobrigatória por lei a educação para o trânsito,mas é outra lei que não se cumpre.”

CFC - FIJO notícias

Economia Social825 anos25 anos25 anos25 anos25 anos

Setembro de 2007

Trânsito

A Assembléia Legislativa do Estado do RioGrande do Sul homenageou o DepartamentoEstadual de Trânsito (Detran-RS) em GrandeExpediente realizado no dia 14 de agosto de2007.Na oportunidade, os parlamentaressalientaram em seus discursos, que essaautarquia revolucionou a cultura do trânsito noEstado, visando a constante busca de umaconsciência responsável com o propósito deeducar, orientar e proteger a população e assimconstruir um trânsito mais humano e seguro.

A Fundação Irmão José Otão participou dessahomenagem, ocorrida no Plenário do Palácio

Dez anos em defesa da vidaFarroupilha, em Porto Alegre, e entende o trânsitocomo sinônimo de vida. Para os objetivos da FIJO,o motorista, quando está dirigindo o seu carro, écomo se ficasse exposto numa vitrina, deixatransparecer o seu caráter na cautela quedemonstra consigo e com os outros, no respeito aospedestres, no linguajar que utiliza emdeterminadas situações e no respeito às regras dotrânsito. Dirigir requer habilidade competência,respeito aos passageiros, cuidado com os pedestres,zelo com a cidade, e o conhecimento de que essaatividades implica em direitos e deveres,lembrando sempre que o espaço é de todos.

Oito líderes religiosos - representando asdenominações luterana, islâmica, espírita, budis-ta, afro-brasileira, anglicana, judaica e católica -reuniram-se em um palco especialmente montadopara o ato no Parque Farroupilha, no dia 16 desetembro. Transmitiram mensagens de união porum trânsito mais seguro e solidário. Ao longo doevento, os corais da Procergs, da Fundação ThiagoGonzaga e das crianças da Fundação O Pão dosPobres fizeram apresentações.

Com o ato inter-religioso, o Detran-RS buscaoportunizar a reflexão sobre a importância e anecessidade de uma cultura de paz no trânsito.Ao trazer os líderes religiosos para um momento

Semana do Trânsitoabre com ato pela paz

de oração e reflexão, a Autarquia gaúcha buscahumanizar um assunto que é usualmenteabordado principalmente pelos números nastrágicas estatísticas de trânsito. A educação parao trânsito, uma das prioridades do Detran-RS,busca a paz no trânsito como um caminhopossível, à medida que novos cidadãos passem amanifestar valores e atitudes como respeito,responsabilidade, solidariedade, prudência,tolerância e cooperação cotidianamente. Outrasatividades ligadas a Semana Nacional doTrânsito, cujo tema eleito nesse ano é “O joveme o trânsito”, poderão ser encontradas no site doDetran-RS em www.detran.rs.gov.br.

• Reabilitação / 2ª Via da CNH• CNH Definitiva• Primeira Habilitação• Mudança de Categoria• Solicitação de Prontuário• Autorização para Estrangeiros• Renovação da CNH/Atualização• Alteração de Informações na CNH• Recebimento de Defesa e Recursos de PSDP• Habilitação de Portadores de Deficiência Física

Prédio 2 - Campus da PUCRS 3205-3118/3205-3109 ou www.fijo.org.br

Tome a direção certa!CFC - FIJO

Irmão Elvo Clemente (1921-2007)O Irmão Elvo Clemente faleceu no

último dia 19 de setembro, quandoencerrávamos esta edição. NascidoAntônio João Silvestre Mottin emMaróstica, Itália, em 1921, o Irmão ElvoClemente ocupava uma AssessoriaEspecial da Reitoria da PUCRS. Doutorem Letras Clássicas e professor titularda Faculdade de Letras da PUCRS - sendoum dos fundadores dos seus cursos depós-graduação - realizou estudosavançados em Filologia Românica naUniversidade de Salamanca. Na PUCRS,ocupou ainda os cargos de pró-reitor dePesquisa e Pós-Graduação e de Extensão.

Ex-presidente do Conselho Estadualde Cultura, presidia a Academia Rio-grandense de Letras e era integrante de

entidades como a Academia Sul-Brasileira de Letras, a União Brasileirade Escritores, a Associação Rio-Grandense de Imprensa e instituiçõesde pesquisa lingüística e literária.Jornalista e crítico literário, colaboravana imprensa gaúcha, além de terescrito mais de três dezenas de livros.

A Província Marista e a PontifíciaUniversidade Católica do Rio Grandedo Sul expediram nota, lamentandoprofundamente o fato. Irmão Elvo foivelado na Igreja Universitária CristoMestre, no Campus Central, em PortoAlegre, com missa de corpo presente.O sepultamento ocorreu no dia 20 desetembro no Cemitério do CentroEducacional Marista de Viamão.

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Economia Social 9PUCRS Setembro de 2007

Não é só na América que pontes desabamTrânsito

Muito se tem falado e lido a respeito doacidente aéreo que ocorreu dia 17 de julho, emque se registrou um fato absolutamente trágicoe a perda de muitas vidas.

De certa forma, parece que já deveríamosestar acostumados com acidentes, poisdiariamente somos bombardeados por notícias deassassinatos e acidentes de trânsito que - damesma forma como ocorreu com o avião da TAM- atingem muitas pessoas e elevam significativa-mente as estatísticas. No entanto, este teve umarepercussão diferente.

Podemos pensar que se diferencia por atingirao mesmo tempo um número tão expressivo devidas ou também pelo fato de termos a informaçãoquase que imediatamente, através dos meios decomunicação. Estivemos instantaneamenteacompanhando o que aconteceu e isto fez comque, de certa forma, nos sentíssemos presentesem toda a experiência vivenciada. O testemunhode morte ou de ferimento de alguma pessoa éapontado como uma das formas mais marcantesde experiência traumática.

Um trauma pode ser definido como o efeito nopsiquismo de uma invasão de vivência real, ouseja, um acontecimento que não era esperado eque, por isso mesmo, não consegue ser entendidonem explicado.

Apesar destes pontos, no entanto, o que parecedar a esta tragédia uma conotação diferente é que,pela sua brutalidade, este, mais do que outrosfatos, gerou um forte abalo no nosso psiquismopela constatação de que eram mortes anunciadase que nada fomos capazes de fazer para evitá-las.Talvez esta seja a grande diferença...

Vimos-nos, de repente, como absolutamenteincapazes, pois tudo ocorreu sem que tivéssemoscontrole algum. Fomos atingidos pela impotênciae nos sentimos totalmente desamparados.Sabemos que o estado de desamparo é maiorquando tomamos consciência da nossaimpotência. A constatação da morte é a

consciência mais aguda do desamparo.Outro diferencial talvez esteja relacionado com

o comportamento das pessoas ligadas às vítimas.Inúmeros esforços estão sendo feitos pelosfamiliares para buscar as informaçõesnecessárias para a explicação do acidente. Asjustificativas sobre as responsabilidades irãoauxiliá-los, é certo, mas isto não significa aaceitação do fato. Talvez seja só o início da tarefaextremamente dolorosa, a nível psíquico, que é aelaboração desta perda.

Já que houve tantas falhas antes da tragédia,espera-se que agora as autoridades possam sermais eficientes. Os familiares têm o direito desaber a história e cabe ressaltar que asinformações devem ser verdadeiras. No entanto,para clarear os fatos, as mesmas autoridades nãopodem ser cruéis. Devem ter muito cuidado, pois,se por um lado as informações podem seresclarecedoras no sentido de se saber o querealmente aconteceu, por outro lado divulgardetalhadamente a angústia vivida pelas vítimasno momento do acidente faz com queemocionalmente se dê margem para inúmerasfantasias, que só ampliam o sofrimento e queefetivamente não auxiliam na elaboração do luto.

Pela mídia, temos acompanhado osmovimentos das famílias no sentido dereconstruir os acontecimentos, em nível real, natentativa de buscar alternativas mais saudáveis,no nível emocional, que favoreçam a adaptaçãofutura e miniminizem os efeitos negativos de tudoo que estão vivendo.

E em todos nós, entretanto, fica a grandepergunta: até quando teremos que assistir fatoscomo este para que a vida humana sejarealmente valorizada e respeitada?

Aurinez Rospide SchmitzDiretora da Sociedade de Psicologia do RS,

Psicóloga Perita e Examinadora do Trânsito,Docente nos cursos de Trânsito - FIJO

Que o desabamento da ponte sobre o rioMississipi, em Minneapolis, nos Estados Unidossirva de exemplo às autoridades rodoviáriasbrasileiras. Segundo o Departamento deTransportes do Estado de Minnesota foramencontrados vários problemas estruturais portempo de uso da obra majestosa construída háquatro décadas. Os técnicos encarregados dasvistorias em todas as pontes rodoviáriasamericanas afirmam que, apesar das freqüentesinspeções e reparos de rotina, de cada quatropontes, uma delas apresenta deficiênciasestruturais que podem comprometer a suasegurança.

O que se pode dizer das dezenas de milharesde pontes e viadutos existentes no Brasil?Considerando-se o caos iminente, que não saida mídia, de que as estradas brasileiras estãototalmente abandonadas, há muitas décadas, 75%estão em condições deficiente, ruins e péssimas,segundo divulgou em 2004 a ConfederaçãoNacional dos Transportes, sem qualquerprocedimento de conservação rotineira, o quepermite a afirmação de que a situação éalarmante. Dai infere-se de que os riscos decolapso e acidentes graves, já atingiram um nívelde risco crítico, que rapidamente pode se

Informamos que a 6ª Turma e a 7ª Turmado Curso de Formação de Instrutores de CFC’s,em andamento apresentarão trabalhosreferentes à Semana Nacional de Trânsito (de18/9 a 25/9), que tem como tema “O jovem eo trânsito”, nos conteúdos: Direção Defensiva,Legislação de Trânsito, Prevenção deAcidentes e Mecânica. Divulgaremos, napróxima edição de Economia Social, osresultados obtidos com a proposta desensibilização e conscientização dos nossosalunos mediante a nova profissão da qualestão se capacitando.

Programação de Cursos de TrânsitoSetembro e Outrubro de 2007

1) Teste psicotécnico para o Curso deExaminador de TrânsitoQuando: 26/9, às 9h2) Curso de Examinador de TrânsitoPeríodo: 26/9 e 27/9Horário: das 18h às 22h3) Teste psicotécnico para o Curso deInstrutor Teórico e Prático de CFCs eDiretor de EnsinoQuando: 2/10, às 9h4) Curso de Diretor de Ensino CFCsPeríodo: 2/10 a 4/10Horário: das 18h45min às 22h5) Teste psicotécnico para o Curso deInstrutor Teórico e Prático de CFCs eDiretor GeralQuando: 9/10, às 9h6) Curso de Diretor Geral CFCsPeríodo: 9/10 a 11/10Horário: das 18h45min às 22h7) Curso de Instrutor Teórico e Prático deCFCsPeríodo: 22/10 a 18/12 - segunda a quinta-feiraHorário: das 18h45min às 22h

Informações com Cristina ou Ana RosaE-mail: [email protected]

Fones: 3205-3110 ou 3205-3112Fax: 3205-3116

Mais algumas reflexõessobre o acidente aéreo

Cursos de Trânsito

transformar em catastrófico, pois não se temnotícias de que as pontes, nas rodovias sobresponsabilidade do poder público, tenham sidovistoriadas por algum especialista em análise desegurança e/ou patologia de estruturas. A únicaexceção se faz às rodovias concedidas, que, desdeo ano 2000, foram submetidas a inspeções ereparos de pontes e viadutos. Isso significa que,a qualquer momento, existem elevados riscos determos quedas de pontes nas rodovias restantes,devido à incúria de várias esferas de governo.

A prova cabal dessa situação caótica é o mauestado das pistas de rolamento e a deficiência desinalização que se observa nas rodovias, que temcontribuído para o crescente número de acidentesde trânsito. Houve época que nossas rodoviaseram gerenciadas por órgãos bem estruturadose presentes em toda a geografia nacional. Aspontes eram inspecionadas, fotografadas ecadastradas por técnicos e funcionários quevisitavam e examinavam as partes inferiores daspontes, suas fundações, dispositivos de drenageme os encontros com os aterros. As deficiênciasque eram encontradas eram rapidamenteeliminadas.

Mas não é somente a falta de investimentos dogoverno, a causa dessa deterioração da malha

rodoviária. Possivelmente, a maior causa estejana falta de fiscalização por parte das autoridades,pois muito tem contribuído, como co-responsável,por tamanha degradação rodoviária, o excesso depeso sempre praticado, de forma generalizada, notransporte rodoviário de carga. Os excessos sãopraticados permanentemente, sem que qualquermedida inibidora seja tomada, por parte dos setoresresponsáveis, contra esses atos predatórios.

Todo o mundo sabe por que razões o PlanoDiretor de Balanças naufragou, sabe-se tambéme muitas vezes já foram flagrados caminhõestransportando até 50% de excesso além do pesobruto total (PBT) permitido pela lei da balança epelas especificações dos fabricantes, ocasionandoa destruição dos pavimentos e comprometendoas pontes. O que se pergunta é, porque asautoridades não fiscalizam o peso pela nota fiscal,que é um documento de porte obrigatório para arealização do transporte? Qual é a causa dessadificuldade? Vai evidenciar que existe, além doexcesso de peso, a dupla emissão de notas fiscais,o subfaturamento, a subtributação?

Mauri Adriano PanitzEngenheiro Civil, Professor da FIJO,ex-presidende da Cruz Vermelha/RS

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Economia Social1025 anos25 anos25 anos25 anos25 anos

Setembro de 2007

Boa alimentação, boa saúde

As informações a seguir não comprometema saúde, mas contribuem, para mantê-la boa,reduzindo o consumo de medicamentos tãodanosos ao nosso bolso. E lembre-se: somenteum médico pode indicar tratamentos.

Adote uma alimentação balanceadalevando em consideração a pirâmidealimentar.

Os carboidratos não ameaçam abalança se forem consumidos commoderação.

Comece a refeição com uma saladavariada, para reduzir a fome e facilitar adigestão.

Prefira carnes grelhadas, verduras,legumes e frutas.

Procure fazer as refeições sem ler eouvir televisão porque ao distrair-se podecomer mais do que deve. Evite música alta eagitada para não comer no mesmo ritmo.

Repetir o prato, geralmente, égulodice.

Evite líquido durante as refeições, poisdilatam o estômago.

Atenção com a mastigação: deve serlenta para facilitar a digestão e sentir oestômago leve.

Os talheres colocados sobre a borda doprato quando está mastigando dão tempo docérebro receber a mensagem de saciedade.

Se for difícil sirva-se num prato desobremesa. Isso dará a impressão de pratomuito bem servido.

Beba, lentamente, muita águadurante o dia: seis a oito copos. Para nãoesquecer, ao chegar no trabalho acostume-se a colocar dois copos cheios de água. A águalimpa internamente, liberando as toxinas doorganismo.

Não fique mais de quatro horas semcomer.

PílulasSaúde

Hábitos simples como dormir mais, bebermais água e proteger a pele podem serresponsáveis por uma melhora no bem-estar.Doe sangue. Durma mais. Hidrate-se comfreqüência. Proteja seus olhos... Esses são algunshábitos simples e saudáveis que podem serincorporados ao dia-a-dia de qualquer pessoa,com a garantia de que afastarão doenças eaumentarão o bem-estar.

Você sabia que doações de sangue freqüentes,desde a juventude, podem ajudar o sistemacirculatório a se manter saudável quando sechega à idade adulta? Isso acontece porque elasreduzem os depósitos de ferro, um mineral que,em excesso, acaba sendo tóxico para oorganismo, segundo uma pesquisa de trêscentros médicos dos Estados Unidos, comandadapelo especialista Leo Zacharski, em entrevistaà agência de notícias espanhola EFE.

“Embora nosso estudo não mostre que reduziro ferro leva a uma diminuição geral damortalidade, ele apóia a teoria de que a saúdevascular é preservada na vida adulta ao manterbaixos os níveis de ferro”, explicou o autor doestudo. O especialista destaca que doar sangue“é seguro, sem custos e parece contribuir paraa saúde vascular”, embora a diminuição de ferrotambém possa ser conseguida medianterestrições dietéticas ou tratamentosfarmacológicos.

Por outro lado, há indícios de que quantomaior é a qualidade do sono, aumenta a damemória, já que, quanto menos horas dormimos,menor se torna nossa capacidade de retenção.É o que afirma um estudo da Escola de Medicinade Harvard, nos Estados Unidos, o qual confirmaque o sono posterior a uma vivência é críticopara o registro e a lembrança da mesma.

Em seu experimento, os cientistas de Harvardmantiveram um grupo pessoas sem dormirdurante uma noite. Depois, pediram a elas queobservassem e lembrassem de um conjunto deimagens. A atividade cerebral dessas pessoasenquanto observavam as figuras foi controlada

com um sistema de ressonância magnéticafuncional (ou SRMf).

Pesquisas anteriores já tinham mostrado quesono que ocorre após uma vivência pode ser críticopara o registro e a memória. Mas o estudo deHarvard mostra que o sono anterior a umaexperiência também é fundamental para que acapacidade de retenção funcione normalmente.Boa parte da população ocidental - até 50% daspessoas em países como a Espanha - ingeremenos líquido do que o necessário para manteruma ótima hidratação. A solução para esseproblema, segundo o Observatório de Hidrataçãoe Saúde, passa pela escolha de uma bebida semálcool e agradável ao paladar, já que “o consumode líquido aumenta de 45% a 50% quando estetem sabor”.

Hidratação: quanto mais variada melhorQuando o equilíbrio hídrico da pessoa está

abaixo do adequado em função de sua idade, deatividades físicas ou de condições ambientais, avariedade de bebidas escolhidas é um fator quefacilita uma melhora da hidratação. CarmenGómez Candela, presidente da SociedadeEspanhola de Nutrição Básica e Aplicada, destacaque, “além de ingerir alimentos ricos em água,como frutas e verduras, é importante variar oconsumo de líquidos, incluindo água, refrescos,sucos e chás, e evitar o consumo de álcool”.

Outra recomendação é não esperar o verãopara proteger os olhos dos raios solares, já que aradiação que nos chega é cada vez maior devidoà destruição da camada de ozônio. Por isso, épreciso utilizar proteção visual o ano inteiro. Naprimavera e no verão, a radiação ultravioleta(UV) aumenta, assim como os casos de infecçõesoculares e queratite, uma inflamação da córneado olho causada pela exposição aos raiosultravioleta. Além disso, a diminuição dacobertura atmosférica que atua como barreiracontra os raios UV torna aconselhável a proteçãodos olhos o ano todo, e não apenas nastemporadas de maior calor e insolação.

Saúde com esforço mínimo

Jejum prolongadoFicar muito tempo sem comer é um dos

principais erros de quem faz regime. Um longoperíodo sem se alimentar gera uma ansiedademaior e, por conta disso, quando fizer a próximarefeição, a pessoa vai acabar comendo mais do quecomeria normalmente.

Não comer carboidrato ou proteínaEm hipótese alguma se deve deixar de comer

qualquer substância por muito tempo. A proteína,por exemplo, fortalece as unhas e os cabelos, esua falta os torna bastante quebradiços. Ocarboidrato, por sua vez, ajuda a aumentar amassa muscular. Se for retirado da alimentação,o organismo passa a buscar outras fontes deenergia, atacando o músculo e a gordura. Assim,perde-se massa muscular e causa flacidez.Portanto o ideal é uma alimentação balanceada,com as mais diversas substâncias, mas emquantidades reduzidas.

Trocar uma refeição por frutasMuita gente acredita que comer apenas frutas

durante uma refeição é muito mais saudável doque um prato de comida. Esse é um erro grave,porque o almoço e o jantar devem ter um valorenergético alto. Sendo assim, devem ser compostos

por diversos alimentos, não se restringindo apenasàs frutas.

Pular refeiçõesGrande parte das pessoas costuma eliminar

o café da manhã sem saber a importância dessarefeição para o organismo. O café da manhã é abase energética para o dia. Se não for realizado,o corpo deixa de fazer a liberação de glicoseadequada e suficiente para o dia todo. Assim comoa primeira refeição, quem pula o almoço tambémprejudica o organismo. O perigo vem à noite,quando compensa todas as refeições no jantar.É um período em que não há gasto de energia e,por isso, pode provocar um aumento de peso eganho de gordura.

Cuidado com os petiscosComer um pacote de bolacha, tomar uma garrafa

de suco e beliscar outros aperitivos. Dificilmentealguém nunca ficou petiscando antes de algumarefeição. Petiscar não é problema, mas torna-seideal determinar o horário e a quantidade a seringerida. As pessoas devem comer a cada trêshoras. Então, é preciso estipular mais ou menosum horário e separar, por exemplo, quatro bolachas.Assim ela controla quanto está comendo e não ficamuito tempo sem se alimentar. O correto é fazer

as três refeições principais (café da manhã, almoçoe janta), intercalados com os lanches rápidos quepodem ser um iogurte, três bolachas integrais oufrutas com iogurte, por exemplo.

Comer muito rápidoNoventa porcento das pessoas se alimentam

muito depressa. Isso é ruim porque não traz asensação de satisfação assim que terminada arefeição. Demora cerca de 20 minutos para oestômago enviar uma mensagem ao cérebroinformando que já está satisfeito. Se uma refeição éfeita em dez minutos, não dá nem tempo de informaro cérebro sobre a satisfação alimentar e a pessoa jáestá com vontade de comer de novo. Por isso quemuitos apelam, nessas horas, para os petiscos.

Não beber águaÁgua é essencial para hidratar o corpo e ajudar

no controle da fome. Não beber ou ficar muito temposem ingerir e depois tomar vários copos seguidosde uma só vez acaba sendo prejudicial aoorganismo. É importante beber água constan-temente e controlar pelo xixi se a quantidade dolíquido no organismo está suficiente: a urina deveser sempre clara e sem cheiro forte.

Fonte: Flávia Bulgarelli, nutricionista da Unifesp

Sete erros mais comuns de uma dieta

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PUCRS Economia Social 11Setembro de 2007

Estou Síndico. E Agora?! - Romeo BoettcherQuais são os encargos financeiros a que está sujeito o condômino

inadimplente?Na atualidade, o condômino inadimplente está sujeito à cobrança de:

a) Multa moratória (§ 1° do art. 1.336 do Código Civil de 2002 – CC/2002):a.1) De até 2% sobre o valor da dívida, se não houver convenção decondomínio.a.2) De menos de 2%, ou seja, do percentual inferior a 2% que a convençãode condomínio acolher.b) Juros de mora (§ 1° do art. 1.336 do CC/2002):b.1) De taxa de 1% ao mês, caso não houver convenção de condomínio.b.2) A convenção de condomínio pode acolher:b.2.1) Juros inferiores à taxa de 1% ao mês.b.2.2) Juros com taxa de 1% ao mês.b.2.3) Juros com taxa superior a 1% ao mês, respeitado o limite previstona Lei da Usura, que é o dobro da taxa legal, ou seja, o dobro da Taxa Selic(art. 406 do CC/2002).c) Correção monetária:c.1) Caso não existir convenção de condomínio, a cobrança será combase em índice oficial (art. art. 317 do CC/2002 e Lei n° 6.899, de 1981(federal).c.2) Caso existir convenção de condomínio, a cobrança será com base noíndice oficial nela contido.d) Multa por infração: O inadimplente contumaz pode ser compelido aopagamento de penalidade disciplinar correspondente a até 5 vezes o valordas cotas a ele atribuídas no rateio das despesas condominiais (caput doart. 1.337 do CC/2002, cujas formalidades de aplicação devem serregulamentadas na convenção de condomínio).e) Multa judicial: No processo judicial de cobrança, caso o devedor condenadoao pagamento de quantia certa, ou já fixada em liquidação, não efetue opagamento no prazo de quinze dias, ao montante da condenação seráacrescida multa no percentual de 10% (art. 475-J do Código de ProcessoCivil, acrescentado pelo art. 4° da Lei n° 11.232, de 2005- federal).

*Advogado e Consultor de Condomínios Edilícios, autor dos livros EstouSíndico. E Agora?! e Os Condomínios Edilícios e o Código Civil de 2002.

Entre em contato direto com o professor: [email protected]

Fórum da Igreja CatólicaOrganizado por 17 dioceses e 849 paróquias, em parceria com o Regional

Sul-3 da Conferência dos Religiosos do Brasil, ocorre de 20 a 23 desetembro, no Centro de Eventos da PUCRS, o Fórum da Igreja Católica doRio Grande do Sul. Haverá exposição em 172 estandes, 75 oficinas, 43apresentações artísticas, seis seminários e quatro grandes conferências.

RP 40 anosO Curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação da

PUCRS, por ocasião dos 40 anos comemorados em 2007, lançou um livro,cujos autores são professores da instituição. “Relações Públicas: Quemsabe, faz e explica” é o primeiro volume da coleção RP 40 anos, daEDIPUCRS. A coletânea de textos é organizada pela professora SouvenirDornelles, tratando de diversos assuntos, entre eles, a comunicaçãocorporativa, institucional e organizacional; identidade e imagem:elementos formadores da reputação; o enfoque mercadológico da atividadede RP; o que é comunicação interna; a pesquisa: tipos, prática e noespaço digital; e o planejamento de eventos.

2ª Mostra RS - Responsabilidade SocialA 2ª Mostra RS - Responsabilidade Social, foi aberta no dia 12 de

setembro, no Praia de Belas Shopping, em Porto Alegre/RS. O eventoreúne entidades empresariais, órgãos governamentais e ONG’S. Osparticipantes ocuparam estandes especiais e permaneceram abertasao público durante quatro dias. Integrando a programação houve umSeminário sobre temas ligados à responsabilidade social, educação emeio ambiente, além de apresentações de programas culturaisdesenvolvidos por organizações dedicadas à responsabilidade social.

Prêmio ARFNo dia 22 de novembro, a Associação Rio-grandense de Fundações

entrega o Prêmio ARF 2007, no auditório Mondersil Paulo de Moraes, noMinistério Público do Rio Grande do Sul, na avenida Aureliano deFigueiredo Pinto, 80, 3º andar. O patrocínio é da Brasiltelecom e FundaçãoEscola do Ministério Público, com apoio da Secretaria de Estado de Justiçae Desenvolvimento Social e do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Curtas

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Setembro de 2007

Sílabas tônica, subtônica e átona

A identificação da sílaba tônica é fundamentalpara a correta aplicação das regras de acentuação,já que o acento gráfico – com exceção do trema edos casos de crase – só pode ser usado em sílabastônicas, mais exatamente na vogal da sílabatônica. Vamos aos conceitos:

a) Sílaba tônica: é a de pronúncia maisintensa na palavra: ad-mi-nis-tra-ÇÃO, e-co-no-MI-a, e-co-NÔ-mi-co.

b) Sílaba subtônica: é a que fica num planointermediário na escala de intensidade depronúncia e só ocorre em certos vocábulosderivados. A sílaba subtônica dessas palavras éexatamente aquela que se constituía na tônicadas primitivas correspondentes: FA-cil-men-te (FÁ-cil), ca-FE-zi-nho (ca-FÉ), SO-men-te (SÓ). As sílabassubtônicas eram indicadas com acento grave atédezembro de 1971, quando a Lei 5.765 aboliu seuuso.

c) Sílaba átona: é a de pronúncia mais fraca.Excluída a tônica e a subtônica da palavra, asdemais são sempre átonas: fa-CIL-men-TE, CA-fe-zi-NHO, so-men-TE. AD-MI-NIS-TRA-ção, E-CO-NO-mi-A. Sintetizando, temos:

Vocábulos tônicos e átonos

Considerando agora a intensidade depronúncia das palavras que compõem uma frase,vamos encontrar algumas de pronúncia maisintensa que as outras. Temos, assim, vocábulostônicos – que contêm sílaba tônica, podendo,portanto, receber acento gráfico –, e vocábulosátonos – que não contêm sílaba tônica, nãopodendo ser acentuados. Nos exemplos abaixo, ostônicos estão em grifo:

Estamos em plena época da safra.Ou João pára de trabalhar ou vai para a outra vida.Prefere-se pagar com cheque nominal.

A tonicidade ou atonicidade de certas palavrassó pode ser constatada no contexto de seu uso,ou seja, em frases. Tomando como exemplo aforma verbal pára e a preposição para, facilmente

Língua Portuguesa

Acentuação Gráficaconstataremos a diferença de intensidade depronúncia entre os dois vocábulos se oscolocarmos dentro de uma frase: O homemcauteloso pára muitas vezes para pensar.

Importância da identificaçãode uma sílaba tônica

As três regras fundamentais de acentuaçãográfica, ou seja, as das palavras proparoxítonas,paroxítonas e oxítonas, requerem como pré-requisito a perfeita identificação da posição dasílaba tônica, já que dela depende o uso ou não doacento.

Inicialmente, deve ser esclarecido que emportuguês o acento tônico só pode se situar emtrês posições: na última sílaba (palavras oxítonas),na penúltima (palavras paroxítonas) e naantepenúltima (palavras proparoxítonas), o queelimina qualquer hipótese de acento agudo oucircunflexo fora dessas posições.

Portanto, quanto à posição da sílaba tônica,temos palavras:

a) Proparoxítonas: que têm o acento tônicona antepenúltima sílaba: PÁS-sa-ro, e-co-NÔ-mi-co, ÂN-ge-lo.

b) Paroxítonas: que têm o acento tônico napenúltima sílaba: e-co-no-MI-a, se-cre-ta-RI-a, MÁ-rio.

c) Oxítonas: que têm o acento tônico na últimasílaba: ad-mi-nis-tra-ÇÃO, jar-DIM, Te-LÊ.

Incluem-se entre as palavras oxítonas osmonossílabos tônicos, já que é tônica sua únicasílaba: ser, ter, pôs (forma verbal), etc. Já aspalavras átonas não podem ser incluídas,justamente por não terem sílaba tônica: por, de,para (preposições), etc. Portanto, não seacentuam as palavras átonas pelo simples fatode lhes faltar a sílaba tônica.

Paulo Flávio LedurMestre em Lingüística Aplicada (PUCRS),

autor dos livros Português Prático, Os Pecados daLíngua (quatro volumes, em parceria com o

chargista Sampaulo), Agenda Gramatical(publicada anualmente desde 1999) e Manual de

Redação Oficial dos Municípios, entre outros.

Vocábuloamavelmenteagronomiacafezinho

Síl. Tônicamenmizi

Síl. Subtônicama-fe

Síl. átonasa, vel, te

a, gro, no, aca, nho

Na próxima edição, publicaremos as regrasde acentuação. Envie suas dúvidas para o e-mail [email protected] e procura-remos respondê-las para você.

O curso de extensão GESTÃO DEORGANIZAÇÕES SOCIAIS é uma oportunidadepara as pessoas que trabalham ou pretendamtrabalhar em organizações do Terceiro Setorconheçam mais sobre o processo de gestãodessas entidades. Cada Setor, seja ele Primeiro,Segundo ou Terceiro, tem característicasespeciais que o diferenciam. O Curso Gestãode Organizações Sociais proporcionaconhecimentos específicos dessa área o quevem facilitar a compreensão e o dia a dia dagestão nessas organizações.

Gestão em cooperativismoO sistema cooperativista no Brasil expandiu-

se nos anos 60 e 70. Nas décadas posterioresdiversos problemas foram enfrentados, mas nosúltimos anos o cooperativismo organizou-se ecresceu. Vive, atualmente, um momento ímpar emsuas história, gerando renda, criando posto detrabalho, favorecendo a inclusão social e odesenvolvimento sustentável.

A Organização Internacional do Trabalho - OIT,em sua resolução de n. 193/2002, reconhece opapel fundamental do cooperativismo para ademocracia e paz mundial. Recomenda aosgovernantes dos países membros da Organizaçãoque adotem políticas de apoio e estimulo aocooperativismo.

Essas idéias sustentam a iniciativa da FIJOem preparar de forma objetiva profissionais queconcebam o cooperativismo como uma forma deexpressão do Capital Social, superando visõesassistencialistas e paternalistas, abrindocaminhos para construção de uma sociedade maisjusta e democrática.

Direito militarPreparado para graduados em Direito e Oficiaisdas Forças Armadas que queiram especializar-separa o exercício de funções com conhecimento natemática do Direito Processual Penal Militar.

Administração ruralPara profissionais com formação superior, emqualquer área, que queiram desenvolver seusconhecimentos na administração de propriedadesrurais, obtendo ferramentas para melhorar odesempenho e o resultado dessas empresas comoum das fontes sustentadoras da economia nacional.

Gestão na Economia SocialPara profissionais que atuam ou pretendem trabalharem ONGs, fundações, associações e institutos. Ocurso é pioneiro no Brasil na área de entidades sociais.

Comunicação na áreada Economia Social

Especializar profissionais da área de comunicaçãonos processos de comunicação interpessoal,institucional e na sua instrumentalização,aprimorando competên-cias para uma atuaçãoprospectiva nesse campo de trabalho.

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Direito de trânsitoExclusivo para profissionais do Direito que desejamatuar em consultoria e/ou assessoria na área detrânsito, com conhecimento específico da legislaçãoveicular existente, em órgãos públicos e privados.

Informações adicionaisPelo e-mail [email protected] ou pelo fone3205-3121.