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2ª Edição do Satélite 061 - 24h no ar

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Satélite 061 - 24h no ar O Complexo Cultural da República recebeu, entre os dias 2 e 3 de novembro de 2013, a segunda edição do Satélite 061 - 24h no ar, evento que apresenta um caldeirão reunindo dezenas de artistas em uma programação que privilegia arte, cultura e entretenimento contemporâneos e de qualidade, em especial as produzidas no DF.

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Baiana crescida em Pernambuco e moradora de São Paulo, Karina Buhr despontou na cena

cultural brasileira comomultiartista. Cantora e ilustradora desde 1992, também integrou o

elenco do Teatro Oficina como atriz e compositora. Ilustrou as capas e os encartes dos álbuns

da banda Comadre Fulozinha e, também, o encarte do seu disco de estreiaEumenti pra você.

No cinema, participou da trilha da peça e do filmeAmáquina, de João Falcão. No Festival de

Brasília do Cinema Brasileiro de 2012, ganhou o Candango de melhor trilha sonora, junto

com Tomaz Alves Souza, pelo filmEera uma vez eu, Verônica , de Marcelo Gomes.

e el sOque

pensam

KARINABUHRDiversão&Arte • Brasília, domingo, 8 de dezembro de 2013• CORREIO BRAZILIENSE • 3

»MARIANAVIEIRAESPECIAL PARAOCCOORRRREEIIOO

VocêéumabaianacrescidaemRecifeemoraemSãoPaulo.Comoéessamistura?Eusempre fiquei indoevoltandoentre

as duas cidades porque meu pai era deSalvador eminhamãe, de Recife. Mas defazer música sempre foi Recife. E SãoPaulo é um lugar aondeeu sempre queriair, achei que iria uma hora, e tive o convi-te do Zé Celso (Martinez) para trabalharnoTeatroOficina. Aí fiquei direto.

Comovocêcomeçounamúsica?Temoutrosartistasna família?Tenho uma irmã fotógrafa, e meu avô

tocava piano em casa e na igreja. Nãoaprendi a tocar com ele, mas aprendi aouvir. Eume envolvimuito como carna-val de Recife, queria tocar bateria, masacabei tocando percussão. Quando eu vi,já estava no maracatu (maracatu Piabade Ouro, do mestre Salustiano, e depoistocando bombo nomaracatu Estrela Bri-lhante).Comogostavadeescrever, come-cei a fazer minhasmúsicas e as coisas fo-ramacontecendo.

Vocêécantora, compositora, ilustradora,atriz, colunista.Comoécriar para tantasáreasdiferentes?Acaba que na verdade faço tudo ao

mesmo tempo, mas é muito de acordocom o que vai rolar. Tive recentementeoconvite para deixar peças que eu ilustreina lojinha de Inhotim (museu de artecontemporâneapróximoaBeloHorizon-te).Depoismeconvidamparaabrir show,ou para expor meus desenhos. Não temisso de agora vou fazer tudo ou não voufazer nada.

Noanopassado, vocêganhouo troféucandangopela trilhasonorado Eraumavezeu,Verônica .Você tambématuanofilme.Como foi essaexperiênciade trabalhar comoMarceloGomes?Foimaravilhoso.Sempreadmireimuito

o Marcelo Gomes. A equipe dele é incrí-vel, tanto fazendo longas como outrostrabalhos. Quando ele me convidou parafazer esse filme, eu fiquei muito feliz, sónão sabia que seria tão forte a questão damúsica para a personagem. Ele falou queia usar três ou quatro músicas, e quandoeu vi eu fiquei totalmente boba, porque amúsica é totalmente presente no filme.

Nofilme,aparecemasmúsicasMemira ira eNãomeametanto ,que refletemouniversodapersonagemVerônica,masque falamsobrerelacionamentosemgeral.Vocêachaquerefletemdilemasdessageração?Não acho que seja de geração, até por-

que desconfio que sou de uma geraçãoanterior a daVerônica (risos). Escrevi es-sas músicas em momentos totalmentediferentes, e, assim como as outrasmúsi-cas que eu faço, vai muito do que estousentindo.

Esobregeraçãodemúsicos, tantodenomesdoRecife comoOttoeThiagoPetit. Vocêseconsiderapartedisso?Temmuita gente fazendomuita coisa

ao mesmo tempo em vários lugares doBrasil, e já faz tempo; comecei a tocar em1992 e, de lá para cá, só vejo isso se forta-lecer. Muita gente massa despontando,não vejo diminuir ou estagnar, mas sócrescer a música. De umamaneira inde-pendente, que é uma coisamaravilhosa,mas, ao mesmo tempo, tem esse rótulode alternativo queme incomoda. Quan-do chamam de alternativo um artista, oque isso quer dizer? Não diz nada sobre amúsica que a pessoa faz.

Sobreos rótulos, você já foi chamadadecantoramais punkdopopatual.

Oquevocêpensasobre isso?Acho que quem escuta as músicas ou

assiste a algum trabalho busca rótulospara tentar explicar o que viu, mas, paramim, na hora de criar, não faz diferença,não me preocupo com isso. Claro quetemgentequesepreocupaporquedesejaatingir um determinado público, mas,quando você faz o que está sentindo, vo-cê quer mais é sair dos rótulos. O que im-porta mesmo é o que o público acabasentindo quandoescuta asmúsicas.

Seu trabalho temumaveiabemperformática.Comovocêachaqueissoé recebidopelopúblico?Émaisimpactantedoquesimplesmentesubir nopalcoecantar?Não considero as performances naho-

ra de fazer, só faz sentido a performanceporque tem a ver com asmúsicas, comasletras que eu faço, está tudo interligado.Se eu tocasse um outro tipo de músicaque não levasse a isso e tentasse forçar abarra nas performances, não ia ficar legal.Não faço showpensando ‘ah, vou causar’.

Quais sãosuasprincipais inspiraçõesnahoradecriar?Sempre digo queminha escola e prin-

cipal inspiração foi o carnaval de rua deRecife e o interior. Tem tanta coisa dife-rente por lá, e tem o rock envolvido. Nemtanto de tema, mas isso de fazer tudo aomesmo tempona hora.

Vocêtemumapresençafortenasredessociais, já tendofeito inclusiveumsistemadepermutacomosinternautas,quepodiambaixarcadafaixasetuitassesobreoálbum.Comovocêavalia, issoteaproximadosfãs?É uma forma de comunicação boa,

umamaneira de falar com as pessoas, al-gum recado que você quer passar, algumdesenho que você quer mostrar, de re-pente você posta ali e chega em muitomais gente do que você imagina. Aomes-mo tempo, eu acho ótimoos artistasquenão estão nem aí para as redes sociais,que ficam ali só na boca do palco. Eu sóposto quando tenho vontade, e, quandoestou em turnê, faz sentido colocar fotosdos bastidores, também para colocar al-gum textomeu,masnãomesinto obriga-da a postar nada.

Existeessemal-estar atual emrelaçãoàsbiografiasdepessoas famosas.Oquevocêpensasobre isso?Vocêsedeixariabiografar?Mas é claro! Eu acho que todo mun-

do deve poder escrever sobre o que qui-ser. No caso de biografia, se é algumacoisa que lhe fere ou que é mentira en-quanto biografado, você vai lá e resolve,processa ou faz qualquer coisa desse ti-po. Tem que escrever independen-temente do que a pessoa pensa, tantoque existem as biografias não autoriza-das. No caso de um político corrupto,você vai comprar só a autorizada, con-fiar naquela versão? Todo mundo temque poder escrever a priori, depois seresolve problema a problema.

Quais sãoseusprojetosparao futuro?Temalgumartista comquemvocêgostariade fazerparceria?No momento, estou adorando viajar

com a turnê deste show, estou desenhan-do para ummonte de coisas. Não estoucom tantavontadedegravarCDnovoporagora, prefiro pensar em gravar umDVDdesse show, que é uma mistura do pri-meiro álbum Eu menti para você e doLonge de onde. Sobre as parcerias, eu nãoficomuito focada emessa ou aquela pes-soa, é claro que tem muita gente comquemeu gostaria de dividir o palco, masquando tem que rolar acontece natural-mente, como foi o caso da Marina Lima(Karina cantou uma faixa, Desencantados,do últimoálbumdeMarina).

Tudoaomesmotempo

Não façoshowpensando ‘ah, voucausar’”

DudaVieira/Divulgação

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