3
Todos os anos ocorrem mais de 700 000 paragens cardiorrespiratórias na Europa. A taxa de sobrevivência hospitalar dos pacientes com paragens cardiorrespiratórias ronda os 5% a 10%. A realização do Suporte Básico de Vida (SBV) é essencial para aumentar a probabilidade de sobre- vivência do paciente, pois ao fim de 4 minutos em paragem cardiorrespiratória começam a ocorrer lesões irreversíveis no cérebro. O suporte básico de vida rápido e eficiente permite ganhar tempo até à chegada das equipas de emer- gência, o que, associado à desfibrilhação do cora- ção nos primeiros 1 a 2 minutos após a paragem cardiorrespiratória, pode resultar numa taxa de sobrevivência superior a 60%. 4.3 129 SUPORTE BáSICO DE VIDA 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Taxa de sobrevivência dos pacientes após uma paragem cardiorrespiratória (%) Tempo até à chegada das equipas de emergência médica com desfibrilhador (minutos) 34

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Page 1: 2_CeV_9

Todos os anos ocorrem mais de 700 000 paragens cardiorrespiratórias na Europa.

A taxa de sobrevivência hospitalar dos pacientes com paragens cardiorrespiratórias ronda os 5% a 10%.

A realização do Suporte Básico de Vida (SBV) é essencial para aumentar a probabilidade de sobre­vivência do paciente, pois ao fim de 4 minutos em paragem cardiorrespiratória começam a ocorrer lesões irreversíveis no cérebro.

O suporte básico de vida rápido e eficiente permite ganhar tempo até à chegada das equipas de emer­gência, o que, associado à desfibrilhação do cora­ção nos primeiros 1 a 2 minutos após a paragem cardiorrespiratória, pode resultar numa taxa de sobrevivência superior a 60%.

Salvar a vida de uma pessoa que sofre um ataque cardíaco, com uma paragem cardiorrespiratória ou outras situações, envolve uma sequência de passos que influenciam a sua sobrevivência. Estes pas­sos são descritos como os elos da

Importância da cadeia de sobrevivência e do pedido de socorro

Medidas de socorro à obstrução grave e ligeira da via aérea

4.3

129 130132131

sUpOrte básiCO de vida

100

90

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(%

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Tempo até à chegada das equipas de emergência médica com desfibrilhador (minutos)34

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Manobras de suporte básico

de vida

Primeiras manobras

de desfibrilhação

Transporte do doente para uma unidade de

saúde com apoio de vida avançado e apoio

para a recuperação

O primeiro passo da cadeia de sobrevivência é chamar, de imediato, o socorro, para evitar que a vítima entre em paragem cardíaca ou cardiorrespiratória. Dores fortes no peito, no braço esquerdo e dificuldades em respirar e falar são sintomas preocupantes.

Tens que ter presente que cada minuto sem socorro reduz as possibilidades de sobrevivência do doente.

Deverás ativar a emergência médica ligando para o 112 (número europeu de emergência médica).

Só deves contactar o 112 numa situação de emergência.

O suporte básico de vida rápido e eficiente permite ganhar tempo até à chegada das equipas de emer­gência, o que, associado à desfibrilhação do cora­ção nos primeiros 1 a 2 minutos após a paragem cardiorrespiratória, pode resultar numa taxa de sobrevivência superior a 60%.

Salvar a vida de uma pessoa que sofre um ataque cardíaco, com uma paragem cardiorrespiratória ou outras situações, envolve uma sequência de passos que influenciam a sua sobrevivência. Estes pas­sos são descritos como os elos da cadeia de sobrevivência.

Importância da cadeia de sobrevivência e do pedido de socorro

Medidas de socorro à obstrução grave e ligeira da via aérea

4.3

1 2 3 4

Cadeia de sObrevivÊnCia dO adUltO

129 130132131

Reconhecimento da gravidade

da vítima e ativação da emergência médica

130b.pdf 1 05/03/15 11:39

35

O QUÊ?Tipo de ocorrência

(acidente, doença súbita, parto, etc.)

Onde?Local exato da

ocorrência e pontos de referência para o

encaminhamento dos meios de socorro

QUeM?Número e estado

das vítimas

EM caso dE EMErgêncIa

lIga

112número europeu de emergência

129 130132131

Prepara-te para responder

a questões como:

As chamadas são atendidas por pessoal quali­ficado que trabalha para ajudar.

Segue sempre as instruções dadas pelos ser­viços de emergência médica.

Antes de ligares para o 112 lembra­te que:

– as chamadas desnecessárias sobrecarregam o sistema de atendimento, pondo em perigo de vida os indivíduos que realmente precisam de ajuda imediata;

– os falsos alarmes afetam a capacidade de resposta às verdadeiras emergências.

Page 3: 2_CeV_9

Importância da cadeia de sobrevivência e do pedido de socorro

Medidas de socorro à obstrução grave e ligeira da via aérea

4.3

lIgEIra

vítima reativa

eventual ruído respiratório na inspiração

mantém trocas gasosas

mantém reflexo de tosse eficaz

graVE

inconsciente• iniciar sbv

Consciente• 5 pancadas nas

costas • 5 compressões

abdominais

encorajar tosse• vigiar agravamento

/ tosse ineficaz até resolução da obstrução

5 5 5

avaliar a gravidade

incapacidade de chorar (no caso dos latentes)

ruído agudo alto na inspiração ou ausência total de ruído

incapacidade de falar

agarrar o pescoço com as mãos (sinal universal de asfixia)

cianose (coloração azul­­arroxeada da pele)

tosse ineficaz ou ausente

129 130132131

132a.pdf 1 05/03/15 11:40

Compressões abdominais

Com a vítima de pé ou sentada:

1 Fica por trás da vítima e circunda o abdómen da vítima com os braços.

2 Fecha o punho de uma mão.

3 Pressiona o punho acima do umbigo, com o pole­gar voltado para o abdómen da vítima.

4 Sobrepõe a segunda mão à já aplicada.

5 Aplica uma compressão rápida para dentro e para cima.

6 Repete as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea.

7 Aplica cada nova compressão (até 5) como um movimento separado e distinto.

Pancadas interescapulares

1 Coloca­te ao lado e ligeiramente por trás da víti­ma, com uma das pernas encostada de modo a ter apoio.

2 Passa o braço por baixo da axila da vítima e supor­ta­a a nível do tórax com uma mão, mantendo­a inclinada para a frente, numa posição tal que se algum objeto for deslocado com as pancadas possa sair livremente pela boca.

3 Aplica até 5 pancadas com a base da outra mão na parte superior das costas, ao meio, entre as omo­platas, isto é, na região interescapular.

4 Cada pancada deverá ser efetuada com a força ade­quada tendo como objetivo resolver a obstrução.

5 Após cada pancada deves verificar se a obstrução foi ou não resolvida.

Obstrução grave da via aérea

(tosse ineficaz)

5Obstrução ligeira

da via aérea (tosse eficaz)

5

36 37