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Profª. Janine Pereira Jacinto 2º semestre de 2010 Disciplina: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

3 probabilidade

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Profª. Janine Pereira Jacinto2º semestre de 2010

Disciplina:

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

CONCEITOS BÁSICOS

Fenômenos determinísticos: são aqueles que independentemente do número de ocorrências, o resultado será sempre o mesmo. Exemplo: água passar do estado líquido para gasoso após determinada temperatura.

Fenômenos aleatórios: são aqueles em que os resultados não são previsíveis, mesmo quando temos um número excessivo de repetições. Exemplo: lançamento de uma moeda honesta.

CONCEITOS BÁSICOS

LEI DE MURPHY

A fila do lado sempre anda mais rápido.

A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.

Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.

Quando te ligam:

a) se você tem caneta, não tem papel. b) se tem papel não tem caneta. c) se tem ambos ninguém liga.

CONCEITOS BÁSICOS

Ou seja:

Se um evento pode ocorrer, por mais improvável que seja, essa chance cresce com a repetição do experimento.

Em cada repetição não é possível prever o resultado que será obtido.

Os fenômenos aleatórios são caracterizados pela sua imprevisibilidade e pela sua regularidade estatística.

CONCEITOS BÁSICOS

Imprevisivibilidade: fenômeno não determinístico.

Regularidade Estatística: observando o fenômeno um grande número de vezes, nas mesmas condições, a frequência relativa de cada resultado possível tende a estabilizar aproximando de um valor constante.

Sendo assim, num fenômeno aleatório não se pode prever o resultado da próxima prova, mas podemos fazer uma previsão do resultado em média.

CONCEITOS BÁSICOS

Espaço Amostral: É o conjunto de todos os resultados possíveis do experimento, definido por S.

Evento: os resultados são constituídos de alguns elementos, ou seja, qualquer subconjunto do espaço amostral.

Exemplo: Considere o lançamento de um dado

Espaço Amostral = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Eventos: A={1, 3}, B={2, 4, 6}, C={3, 5, 6}

SA B

A B

- Evento União: A B

CONCEITOS BÁSICOS

- Evento de Interseção: A B

SA B

A B

CONCEITOS BÁSICOS

Evento Complementar: O evento complementar de A contém todos os elementos do espaço amostral que não pertencem a A. É usualmente indicado por

Evento mutuamente excludente : Os dois eventos não têm nenhum elemento do espaço amostral em comum, isto é,

A

SA B =

A

B

CONCEITOS BÁSICOS

Eventos – Teoria de conjuntos

1 2

3 4

5 6

S

S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

A = {1, 2, 3}B = {1, 3, 5}C = ØD = S

P(A) = 0,5 P(B) = 0,5 P(C) = 0 P(D) = 1

P(S) = 1

#P

#

eventos favoráveis

eventos possíveis

0 P(evento qualquer) 1

CONCEITOS BÁSICOS

Diagrama de Venn

S

B

A

A B

A B

A

A B

A B A B

A B A B

CONCEITOS BÁSICOS

Diagrama de Venn

A B

A B

A

ocorre A ou B ?

ocorrem A e Bsimultaneamente?

não ocorre A?

CONCEITOS BÁSICOS

Diagrama de Venn

A B

A B A B

A B A B

ocorre somente A ?

não ocorre nem A enem B ?

não ocorrem A e Bsimultaneamente?

CONCEITOS BÁSICOS

( ) ?

( ) ?

( ) ?

P A B

P A B

P A

CONCEITOS BÁSICOS

Espaço Amostral Equiprovável: é quando todos os elementos do espaço têm a mesma chance de ocorrer.

Diagrama da Árvores: forma de encontrar todos os possíveis eventos de um espaço amostral.

Exemplo: Lançamento de uma moeda: (21)

Lançamento de duas moedas: (22)

CONCEITOS BÁSICOS

c

k

c

k

c

kc

k

A PROBABILIDADE de realização de um dado evento é igual ao quociente entre o número de casos favoráveis a realização desse evento e o número total de casos possíveis, desde que todos os casos sejam igualmente prováveis.

O QUE É PROBABILIDADE?

possíveis casos de total número

favoráveis casos de númeroP(evento)

É interpretada como a frequência limite, isto é, quando n é grande, tem-se:

Dado um fenômeno aleatório ou uma experiência aleatória, seja S o espaço amostral associado. Chama-se probabilidade P a uma aplicação que a cada evento associa um número real satisfazendo as seguintes propriedades:

O QUE É PROBABILIDADE?

)()( APAfn

1. , para qualquer evento A.1)(0 AP

2. , onde S é o espaço amostral.1)( SP

3. Se A e B são eventos mutuamente excludentes, então

)()()( BPAPBAP

4. Se A e B não são eventos mutuamente excludentes, então

)()()()( BAPBPAPBAP

PROPRIEDADES

- Em muitas situações existe interesse de calcular a probabilidade de um evento restrito a determinada condição.

-Vejamos os exemplos:

n(A): número de pessoas com astigmatismo.n(B): número de pessoas com miopia.

)(

)()|(

BP

BAPBAP

3 2 13

32

SB

A

)(

)()(

Sn

AnAP

)()()(

)(

)(

)()/(

SnBnSn

BAn

BP

BAPBAP

PROBABILIDADE CONDICIONAL

PROBABILIDADE CONDICIONAL

Seja o espaço amostral S = {cc, ck, kc, kk}.A = {cc, ck, kc} = {ocorrer pelo menos uma coroa}B = {kc, kk} = {ocorrer cara no 1º lançamento}.

Qual a probabilidade de B ocorrer dado que A ocorreu?

)(

)()/(

AP

BAPABP

4

1)()( kcPBAP

3

1

43

41

)/( ABP

( ) ( | ). ( )P A B P A B P B

Resumindo:

EVENTOS DEPENDENTES:

EVENTOS INDEPENDENTES:

( ) ( ). ( )P A B P A P B

INDEPENDÊNCIA DE EVENTOS

Exemplo:

Uma cadeia de lojas vende três marcas diferentes de DVD’s. Dessas vendas, 50% são da marca 1 (a mais barata), 30% são da marca 2 e 20% da marca 3. Cada fabricante oferece um ano de garantia para peças e mão-de-obra. É sabido que 25% dos DVD’s da marca 1 necessitam de reparos de garantia, enquanto os percentuais para as marcas 2 e 3 são 20% e 10%, respectivamente.

Consideremos o evento Ai = {compra da marca i} e B = {precisa de reparo} = B’ {não precisa de reparo}, então:

PROBABILIDADE CONDICIONAL

B

Continuação Exemplo:

a) A probabilidade de que um comprador selecionado aleatoriamente compre um DVD da marca 1 que precise de reparo durante a garantia?

PROBABILIDADE CONDICIONAL

100

200

250

3

2

1

,)/(

,)/(

,)/(

ABP

ABP

ABP

Continuação Exemplo:

b) A probabilidade de que um comprador selecionado aleatoriamente possua um DVD que necessite de reparos durante a garantia?

PROBABILIDADE TOTALP(A

1)=0,

50M

arca

1

P(A 2)=0,30

Marca 2P(A3)=0,20

Marca 3

P(B/A 1)=0,25

Reparo

P(B/A 2)=0,20

Reparo

P(B/A 3=0, 10

Reparo

P(B’/A 1)=0,75

Sem Reparo

P(B’/A 3)=0,90Não Reparo

P(B’/A 2)=0,80Não Reparo

P(B/A1).P(A1)= P(B∩A1)=0,125

P(B/A2).P(A2)= P(B∩A2)=0,060

P(B/A3).P(A3)= P(B∩A3)=0,020

P(B) = 0,205

Resumindo:

TEOREMA DA PROBABILIDADE TOTAL:

TEOREMAS IMPORTANTES

∑n

iii APABPBP

1=

)()./(=)(

Continuação Exemplo:

c) Se um cliente voltar à loja com um DVD que precise de reparos se garantia, qual probabilidade de ser da marca 1? E da marca 2? E da marca 3?

TEOREMA DE BAYES

?=)/(:3

?=)/(:2

61,0=205,0

125,0=

)(

)(=)/(:1

3

2

11

BAPmarca

BAPmarca

BP

BAPBAPmarca

Resumindo:

TEOREMA DE BAYES:

TEOREMAS IMPORTANTES

nj

ABPAP

ABPAPBAP

n

iii

jji ,...,

)/().(

)/().()/( 1

1

CONCEITOS BÁSICOS

Uma experiência aleatória é um procedimento que nos leva a obtenção de um ou vários resultados sujeitos ao acaso.

Consideremos, por exemplo, o espaço associado de resultados associado ao lançamento sucessivo de uma moeda três vezes.

S = {kkk, kkc, kck, ckk, kcc,ckc,cck,ccc}

CONCEITOS BÁSICOS

Analisemos: o número de caras que saem.

Assim, passamos a associar a cada elemento do espaço amostral um número de caras observadas.

Representamos então, o espaço amostral por valores numéricos que correspondem a cada resultado possível descrito.

CONCEITOS BÁSICOS

Estes são os valores assumidos pela variável em análise.

X

CONCEITOS BÁSICOS

Variável Aleatória: costuma ser representada por X, a uma função cujo valor é um número real determinado pelo resultado de uma experiência, isto é:

X: S R

No exemplo temos:• X=0, então pode ocorrer o evento que ocorre é {ccc};• X=1, então pode ocorrer os eventos: {kcc, ckc, cck};• X=2, então pode ocorrer os eventos: {ckk, kck, kkc};• X=3, então pode ocorrer o evento que ocorre é {kkk};

CONCEITOS BÁSICOS

Função de Probabilidade: função que associa a cada valor assumido pela variável, a probabilidade do evento correspondente, isto é: P(X=xi) = P(Ai), i=1, 2, 3,..., n.

P(X=0) = P(A1) =

P(X=1) = P(A2) =

P(X=2) = P(A3) =

P(X=3) = P(A4) =

8

1

8

3

8

3

8

1

CONCEITOS BÁSICOS

Ou seja: Esquematicamente: Graficamente:

X P(X)

0

1

2

3

1

838

1

83

81

CONCEITOS BÁSICOS

Ao conjunto {(xi,p(xi)), i= 1, 2, ..., n} damos o nome de Função de Distribuição Acumulada da variável X, que representamos por F(.) ou Fx(.).

É importante verificar que para haja uma distribuição de probabilidades de uma variável aleatória X é necessário que :

n

iixp

1

1)(

CONCEITOS BÁSICOS

Ou seja, assim definida: Calculando: Graficamente:

.3,1

;32,8

7

;21,8

4

;00,8

1;0,0

(.)

x

x

x

x

x

Fx

1,0: RF )()( xXPxF

CONCEITOS BÁSICOS

Exemplo:

Lançam-se dois dados. Seja X: soma das faces.

1) Determinar a distribuição de probabilidade de X.

2) Calcular:

a) P(X ser par)

b) P(X ≥ 3)

c) P(X ser múltiplo de 3).

Dois Tipos de Variável Aleatória

Assim como definido antes os tipos de variáveis numéricas, as v.a.’s podem ser discretas e contínuas.

V.A. DISCRETA: é uma variável cujos valores possíveis constituem um conjunto finito ou podem ser relacionados em uma sequência infinita na qual haja um 1º elemento, um 2º e assim por diante.

CONCEITOS BÁSICOS

Por exemplo:

Seja X: número de partículas observadas em um a fonte radioativa durante determinado tempo.

Quais os possíveis valores de X?

Nesse intervalo finito de tempo, X pode assumir valores de x = 1,2, ..., N, considerando N um número inteiro muito grande.

CONCEITOS BÁSICOS

V.A. CONTÍNUA: uma variável aleatória é contínua se seu conjunto de valores possíveis consiste em um intervalo completo da reta de números.

Por exemplo:

Se um composto químico for selecionado aleatoriamente e determinarmos seu pH X, então X é uma valor de pH entre 0 e 14 é possível.

CONCEITOS BÁSICOS

Para estudar as propriedades básicas da v.a. discreta são necessários conhecimentos básicos da matemática discreta: soma e subtração.

No caso da v.a. contínua, a base é dada pela matemática contínua do cálculo: integrais e derivadas.

CONCEITOS BÁSICOS

Uma distribuição de probabilidade pode ser representada por características numéricas as quais chamamos parâmetros.

Um primeiro parâmetro a ser apresentado é o Valor Esperado ou Esperança Matemática (ou simplesmente média).

VALOR ESPERADO

xii μxpxXE =)(.=)( ∑

Exemplo:

Uma loja de computadores comprou três computadores de certo tipo a US$ 500 cada. Eles serão vendidos a US$ 1.000 cada. Fabricante concordou em aceitar a devolução dos computadores não vendido, após um período especificado, por US$ 200 cada. Seja X o número de computadores vendidos e suponha que p(0) = 0,1, p(1) = 0,2, p(2) = 0,3 e p(3)= 0,4. Definindo como h(X) o lucro associado á venda de X unidades, as informações fornecidas implicam que,

h(X) = receita – custo = 1000X+200.(3 - X) -1500 = 800X-900.

Qual é o lucro esperado, ou seja, qual o valor de E[h(X)]?

VALOR ESPERADO

h(x) = 800x-900 x={0, 1, 2, 3}

h(0) =-9 00

h(1) = -100

h(2) = 700

h(3) = 1500

X= 0 1 3

h(x)=y= -900 -100 700 1500

P 0,1 0,2 0,3 0,4

E[y] = -900.0,1+(-100).0,2+700.0,3+1500.0,4

E[y] = 700

VALOR ESPERADO

E[x] = 0.0,1+1.0,2+2.0,3+3.0,4

E[x]=2

E(h(x)) = 800 . E(x) – 900

E(h(x)) = 800 . 2 – 900

E(h(x)) = 700

VALOR ESPERADO

Proposição

Se a v.a. X tiver um conjunto de valores possíveis D e uma função de distribuição de probabilidades p(x), o valor esperado de qualquer função h(x), expresso por E[h(x)] é calculado por :

Dx

xpxhxhE )().(

VALOR ESPERADO

Propriedades do valor esperado

1.

2.

3.

bXEabaXE +)(=)+( .

bXEbXE )()(

)(=)( XEaaXE .

VALOR ESPERADO

VARIÂNCIA e DESVIO PADRÃO

)(.)(=)( 2∑ ixi xpμxXVar -

)(=)( XVarXDP

A medida que dá o grau de dispersão de probabilidades em torno da média é a Variância.

OU

O Desvio Padrão é a raiz quadrada da variância.

[ ]22 )()(=)( XEXEXVar -

Exemplo

Calcular a variância e desvio padrão de X e de h(X) no problema da venda de computadores.

22 )()()( XEXEXV

E(x²)=0².0,1+1².0,2+2².0,3+3².0,4

E(x²) = 5

[E(x)]²=2²=4

V(x) = 5-4 = 1)(XVX 1x

VARIÂNCIA e DESVIO PADRÃO

A partir da distribuição de probabilidade de uma variável aleatória é possível conhecer o que acontece em média com essa variável.

Para cada distribuição de probabilidade que conheceremos adiante, conheceremos o Valor Esperado e a Variância da v.a. (discreta ou contínua).

VALOR ESPERADO E VARIÂNCIA

1) A função de distribuição de probabilidade de X = número de defeitos graves em um eletrodoméstico selecionado aleatoriamente é

Calcule os dados a seguir?

a) E(X);

b) V(X);

c) O desvio padrão de X.

Exercício:

x 0 1 2 3 4

p(x) 0,08 0,15 0,45 0,27 0,05