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camilo-albuquerque
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Jornal do Commercio
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Cortes de 31,3%
do governo no
evitam fracasso
kProfessores emgreve e governo negociamat no feriado
Apesar do esforo fiscal no primeiro
trimestre, Pas obteve pior resultado em
17 anos. Novas medidas para aumentar
receita so estudadas. k economia 1
exemplardoassinante
Liam Neeson implacvel
emNoite sem fim. Veja as
estreias. k caderno C 6 a 8
Suellen Lira diz que h mato
e lixo na Praa Cludio Russel,
emMaranguape. k pgina 13
Hoje, docentes realizam novos atos. Ontem, criticaram governador no debate do Todos por PE (foto). No Paran,
conflito de grevistas com PM teria deixadomais de 200 feridos, alguns em estado grave. k cidades 1 e pginas 3 e 10
Prazo para a entrega termina hoje.
Quem ainda no recolheu informaes
suficientes pode mandar uma parcial e
depois fazer a retificadora.k economia 4
QUINTA-FEIRA
Zika mais um vrus
transmitido peloAedes
GugaMatos/JCImagem
EdmarMelo/JCImagem
Sem entregar Planos
Sem entregar Planos
Diretores de
Diretores de
MobilidadeUrbana,
MobilidadeUrbana,
prefeituras do Recife,
prefeituras do Recife,
de Olinda e Jaboato
deOlinda e Jaboato
perdemprazo e ficam
perdemprazo e ficam
impedidos de solicitar
impedidos de solicitar
recursos da Unio para
recursos da Unio para
bancar novos projetos
bancar novos projetos
no setor.
k cidades 3
no setor. k cidades 3
Alm da dengue e chicungunha, pesquisa na Bahia descobre outra enfermidade passada pelo
mosquito, que causa coceira e at conjuntivite. Pernambuco no tem casos registrados.k cidades 4
Cinema
Voz do leitor
Publicitrios
homenageiam
96anosdo JC
Presidente do
SJCC, Joo Carlos
Paes Mendona,
recebe placa de
Antnio Carlos Vieira
(D), do Sinapro, e
Alfrzio Melo (E), da
Abap. k economia 4
Melhor enviar
IR parcialmente
que pagarmulta
Ilustrao:RonaldoCmara/Editoriadeartes/JC
AlexandreGondim/JCImagem
Salgueiro e Santa ficam no 0x0 no primeiro jogo da final do Pernambucano, no Serto.
Campeo sai domingo, no Arruda. Pelo 3 lugar, Central 0x5 Sport. k esportes 1 e 2
kDeciso
k Recife, 30 de abril de 2015 www.jconline.com.br -ano 97 - nmero 120 - R$ 2,00
Noticirio nacionalAgncia Estado (AE), Agncia Globo(AG), FolhapressNoticirio internacionalAgncia France Presse (AFP)Central de atendimento ao leitorGrande Recife: 3413.6100Interior e outros Estados:0800-081-5100Horrios6h30 s 18h30 - 2 a 6 feira6h30 s 11h30 - Sbados, domingose feriadose-mail: [email protected]
EndereoRua da Fundio, 257 - Santo AmaroRecife - PE CEP: 50.040.100Pabx: 3413.6110
Redao: 3413.6174 Fax: 3413.6430
Diretor de RedaoLaurindo FerreiraDiretora-Adjuntade RedaoMaria Luza BorgesDiretora de Mercado LeitorVernica Barros
DiretoraAdministrativo-FinanceiraLuciane SallasDiretora ComercialRoseane GonalvesDiretor IndustrialSatyro Gil
DIRETORIA OPERACIONAL
DIRETORIA
Em discurso no plenrioda Cmara, ontem, odeputado federal MajorOlmpio (PDT-SP)parabenizou o governo daIndonsia pela execuodo brasileiro RodrigoGularte. escandaloso.
A eleio para os cargosde reitor e vice-reitorda Universidade Fede-ral de Pernambuco (UFPE) se-r decidida em segundo turno,previsto para ocorrer no prxi-mo dia 13. At o fechamentodesta edio, 95% das urnas ha-viam sido apuradas e o atual rei-tor Ansio Brasileiro ficou em1 lugar, com pouco mais de44% dos votos. Para sair vence-dor no primeiro turno, ele preci-saria ter conquistado 50% dosvotos vlidosmais um. No novopleito, Ansio concorrer com oeducador fsico e ex-pr-reitorde Extenso Edilson Fernan-des, que, at a 0h de hoje, pos-sua quase 23% dos votos totais.Essa foi uma das eleies
mais acirradas da universidade.Com quase metade dos votos,
Ansio, que tem como vice Flo-risbela Campos, disse estar con-fiante para o segundo turno.Tivemos uma vitria expressi-va hoje, numa eleio com cin-co candidatos. Houve um am-plo reconhecimento da comuni-dade universitria do nosso tra-balho.Edilson, que integra a chapa
com a professora Luciana Cra-mer, tambm comemorou os re-sultados. Nossa expectativa das melhores. Historicamente,aUFPEnunca teve segundo tur-no. A comunidade vai avaliar aspropostas, verificar quem temas melhores condies paraconduzir a universidade nosprximos quatro anos, disse.Entre professores e alunos
da instituio, a expectativa emrelao eleio tambm
grande. Entre eles unanimida-de o desejo por melhorias pro-fundas na universidade.Espero que o futuro reitor
melhore as condies estrutu-rais dos prdios da universida-de. Mas, principalmente, dese-jo que os horrios de aula se-jam flexibilizados. Ainda noconsegui me formar porque
no h turma de engenharia ci-vil em horrio noturno. Comopreciso trabalhar, acabo perden-do muitas disciplinas, conta oestudante Samuel Cavalcanti.Para o professor de geologia
Gorki Mariano, um dos maio-res problemas da universidade a burocracia. A UFPE mui-to burocrtica. Tudo muitocentralizado. preciso agilizaros processos para a universida-de ficar mais funcional. A infra-estrutura tambm precria.Para se ter uma ideia, o eleva-dor da direo do CTG (Centrode Tecnologia e Geocincias)no funciona h uma semana eos banheiros esto em pssimascondies. Infelizmente, os can-didatos tiveram pouco tempopara divulgar suas propostas,disse.
kDireitos humanos e reforma
Sem corao
k Show intimista no RioMar
Forrozando
MERCADONACIONALEngenho de Mdia Recife(81) 3126.8181So Paulo (11) 3854.9030Braslia (61) 3328.5683Rio de Janeiro (21) 2213.0904www.engenhodemidia.com.br
VENDA AVULSA
PE..........Outros Estados
Dias teis ..........R$ 2,00 ....R$ 5,00Domingos R$ 3,00 R$ 6,00ExemplaresAtrasados R$ 6,00 R$ 6,00
Os exemplares do Jornal do Commercio de venda avulsa no socomercializados diretamente ao pblico.Neste caso, a venda feita por bancas de terceiros devidamenteautorizados pelas prefeituras, agentes autnomos e representantescomerciais credenciados (pessoas jurdicas), que adquirem o jornalpara revenda ao pblico. As assinaturas, com entrega domiciliar, sovendidas por representantes autnomos, empresas prestadoras deservio e funcionrios da Editora Jornal do Commercio.
A reprter especializada em mobilidade urbana,Roberta Soares, colocou no seu blog De Olho no Trnsitoo vdeo do personagem Pateta, pacato cidado, que notem coragem de matar uma barata; mas, ao entrar numcarro, vira fera. uma imagem que ilustra bem afinalidade do movimento nacional Maio Amarelo, queest no segundo ano. Criado no Brasil e agora adotadoem outros pases, ele vem para disseminar a conscinciada segurana no trnsito. O brasileiro tem, de fato, umacultura carrocrata, neologismo para definir a falsa ideiade que o homem ao volante pode tudo. tanto que osnmeros de 2012 confirmam: naquele ano da criao domovimento, houve 178 mil feridos em acidentes, com 46mil mortos. Acidente de trnsito no fatalidade. faltade civilidade. Gente educada dirige com segurana noporque quer evitar multas. Mas, para evitar acidentesque podem matar ou levar o prprio motorista morte.
Festa da Lavadeira ser emGois
IMPOSTOSCarga tributria (de produtos eservios aos consumidores)aproximada: 3,65%
Editores de Arte e Infografia:Bruno Falcone Stamford [email protected] Martins [email protected] Tenrio [email protected] conosco: (81) 3413.6482
No dia 15 de maio ser realizado no Recife o encontroestadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, queem Pernambuco representado pelo Gajop, Cendhec eTortura Nunca Mais. O coordenador do Gajop, RodrigoDeodato (foto) afirmou que o local e estrutura do eventoesto sendo definidos, mas que o tema ser Participaosocial e reforma poltica para garantia dos Direitos Humanos.
Organizao do 2 VivaDominguinhos consideraque o evento, realizado emGaranhuns, estconsolidado porque 95%das vagas dos 22 hotis epousadas locais estaroocupadas de hoje a sbado.
O concerto da OrquestraSinfnica do Recife,previsto para ontem noite, foi transferido parao dia 13 de maio, devido auma pane no sistema dear-condicionado do Teatrode Santa Isabel.
capa dois
ASSINATURASGrande Recife .................Interior s/classificados
Diria anual R$ 782,00 .........................................R$ 750,00
Diria semestral R$ 391,00 ..........................................R$ 375,00
Fins de semana anual R$ 260,00 .........................................R$ 249,00
Editor-assistente de abertura:Diana Moura [email protected] de fechamento:Rafael Carvalheira [email protected] conosco: (81) 3413.6408
kExpediente
DiegoNigro/JCIm
agem
O Ministrio PblicoFederal realizar audinciapblica, dia 18 de maio, noRecife, para tratar dapreservao da memriadas graves violaes dedireitos humanos ocorridasentre 1964 a 1985.
Divulgao
At ameia-noite, 95%
dos votostinham sidoapurados
PresidenteJoo Carlos Paes Mendona
Vice-PresidenteJaime de Queiroz Lima Filho
DiretorEduardo Amorim de Lemos
Jangui lana livro na Alepe
A cor da vida
Acervo
O cantor e compositor mineiro Vander Lee promete umshow intimista para o Recife no dia 9 de maio, com baseno seu oitavo disco, Loa. Ele levar para o palco do TeatroRioMar o repertrio de inditas autorais como Tu e Sigaem paz; alm de releituras de canes consagradas.Ingressos na bilheteria do teatro e no site ingressorapido.
A Festa da Lavadeira, uma das mais populares do litoralde Pernambuco, realizada sempre no 1 de Maio, ficou semapoio. A escultura que deu origem tradio ser levada,este ano, para Gois. Vai animar moradores e turistas emfesta do povoado de So Jorge, Chapada dos Veadeiros.
reprter jc
COMIT DE CONTEDO DO SJCCIvanildo Sampaio (Coordenador)
Eduardo LemosBeatriz IvoLcia Pontes
O empresrio JanguiDiniz lanou ontem noite, na Assem-bleia Legislativa de Pernam-buco, sua autobiografiaTransformando sonhos emrealidade. A publicao nar-ra a histria do presidentedo Grupo Ser Educacionaldesde a infncia pobre no in-terior paraibano at sua as-censo profissional.Vrias personalidades do
Estado compareceram sole-nidade. O presidente doGru-po JCPM, Joo Carlos PaesMendona, o prefeito do Re-cife, Geraldo Julio, o secret-rio da Casa Civil, Antnio Fi-gueira e artistas como AlmirRouche e Novinho da Para-ba estiveram no Palcio Joa-quimNabuco.De acordo com o empres-
rio, mais do que contar suaprpria trajetria, com o li-vro ele pretende mostrarqueles que o lerem que,com foco e perseverana, possvel alcanar o sucesso.Este livro fruto de uma
histria de vida de 50 anos.Ele conta minha trajetriadesde que sa da Paraba, aos6 anos de idade, chegandoao sucesso com o Grupo SerEducacional, atualmente omaior grupo universitrio doNorte e Nordeste. Com elequero mostrar aos jovensque o estudo a nica formade mobilidade social poss-vel e que eles podem sonhar
e transformar esses sonhosem realidade, afirmou Di-niz.Jangui Diniz j escreveu
outros 15 livros e este o pri-meiro trabalho sobre a sua vi-da que quer publicar. Hojetenho 50 anos, mas quandotiver 60 pretendo lanar ou-tra biografia, com 80 outra e,seDeus quiser, aos 90 o quin-to livro, comentou.
por e-mail: [email protected]/[email protected]
jornal do commercio
CANDIDATOS Ansio Brasileiro ficou em 1 lugar. O ex-pr-reitor de Extenso Edilson Fernandes aparece em segundo
Ansio e Edilson no2 turno daUFPE
Fale conosco:
(81)3413.6174www.jc.com.br
Divulgao
Tempo quente
k
PM suspeitode triplohomicdio
www.jconline.com.br
UNIVERSIDADE Eleio para reitor e vice-reitor teve cinco candidatos, mas nenhumalcanou mais de 50% dos votos. O atual reitor, Ansio, teve 44%. O segundo, Edilson, 23%
NOITE Geraldo Julio, Jangui, Joo Carlos e Antnio Figueira
01h36 - 2.0m07h53 - 0.6m13h51 - 2.0m20h09 - 0.5m
02h08 - 2.1m08h26 - 0.5m14h24 - 2.2m20h43 - 0.4m
S uspeito de assassinartrs adolescentes nomu-nicpio de Ibirajuba,Agreste pernambucano, o sub-tenente da Polcia Militar JosGenivaldo Ferreira Silva foipreso ontem. Ele foi levado Penitenciria Juiz Plcido deSouza, em Caruaru. O crimeocorreu no dia 10/04, na zonarural da cidade, em uma estra-da que d acesso ao Stio Gal-vo. Trs adolescentes, comidades entre 14 e 17 anos, fo-rammortos e outro saiu ferido.A identidade do suspeito foi de-nunciada polcia pelo sobrevi-vente, que conseguiu fugirmes-mo tendo sido atingido no ros-to. O adolescente seria irmogmeo de um dos trs mortos.O prazo para concluso das
investigaes de 30 dias. O in-qurito, comandado pelo dele-gado de Polcia Civil FranciscoSouto Maior, da 19 DelegaciadeHomicdios, corre em segre-do de Justia.
Fotos:RicardoB.Lab
astier/JCIm
agem
2 jornal do commercio Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira
poltica
qmais na web
Comea omonitoramento
Professores fazem
protesto no Cecon
Editores:
Gilvandro Filho [email protected]
Bianca Negromonte [email protected]
GilvanOliveira [email protected]
Fale conosco: (81) 3413-6182
Twitter:@jc_politica
Vdeo do protesto no
www.jconline.com.br/politica
EdmarMelo/JCImagem
Franco Benites
C
om o fim do Todos
por Pernambuco
2015 ontem, no Cen-
tro de Convenes, em Olin-
da, o governador Paulo Cma-
ra (PSB) se prepara para ini-
ciar, de formamais veemente,
o monitoramento de seu se-
cretariado. O acompanhamen-
to das metas, aes e prazos
das secretarias e rgos esta-
duais seguir risca o modelo
implementado por Eduardo
Campos em 2007. Algumas
reas j esto sendomonitora-
das. O Pacto pela Vida um
monitoramento. Mas a
pactuao domapa de estrat-
gias, dos objetivos e de coisas
novas que podem acontecer
s a partir de maio, disse.
A primeira reunio demoni-
toramento ainda no tem um
dia certo para comear, mas o
governador garante que os se-
cretrios sero reunidos em
breve. O primeiro tema ain-
da no est definido. Emmaio
quero fazer, se no conseguir
todas as reas, ao menos 70%
a 80% de todos os ciclos, de-
talhou. As cobranas ocorre-
ro com base nas propostas
do Todos por Pernambuco,
no programa de governo e no
plano Pernambuco 2035.
O acompanhamento do tra-
balho de cada secretrio ser
feito de acordo com omtodo
conhecido como PDCA, sigla
para Plan (Planejar), Do (Exe-
cutar), Check (Verificar) e
Act (Corrigir). O Todos por
Pernambuco, encerrado on-
tem sob protestos (veja texto
ao lado), tambm servir de
base para o Plano Plurianual
(PPA), que dever ficar pron-
to at o ms de agosto.
De acordo com o governo
estadual, o Todos por Pernam-
buco foi encerrado com a par-
ticipao de mais de 17,8 mil
pessoas e a sugesto de 16,7
mil propostas. A gente vai fa-
zer a sistematizao dessas
propostas que sero consolida-
das no PPA, ou seja, no proje-
to de lei que vamos enviar
Assembleia Legislativa e onde
estar consignado o oramen-
to necessrio para essas priori-
dades escolhidas pelo gover-
no e pela populao para os
prximos quatro anos, disse
o secretrio de Planejamento
e Gesto, Danilo Cabral.
ARCO
O governador comentou as
ltimas declaraes da presi-
denteDilma Rousseff (PT) so-
bre ArcoMetropolitano e dis-
se que se surpreendeu positi-
vamente com o discurso da
petista. Ela j tinha nos avisa-
do que antes do anncio fiscal
no poderia garantir nada no-
vo, ento o anncio do desdo-
bramento do Arco um pou-
co de avano porque no est
esperando a aprovao do
ajuste fiscal, falou.
Para Paulo, preciso que
haja um entendimento entre
os governos estadual e federal
sobre o trecho do Arco que se-
r includo no programa de
concesso. A presidente vai
enviar representantes para
conversar conosco para a gen-
te chegar a ummelhor forma-
to em relao a esse processo
de concesso. Isso precisa ser
melhor estudado, afirmou.
www.jconline.com.br
k
TEATRO No encerramento do Todos por PE, Paulo Cmara teve que enfrentar manifestaes
GESTO Encerrado o ciclo de encontros do Todos por Pernambuco, Estado inicia fase que marcou o governo de Eduardo Campos
A cerimnia de abertura do
Todos por Pernambuco on-
tem reservou constrangimen-
tos para os governistas. Profes-
sores grevistas e integrantes
de um grupo que reivindicava
por moradias driblaram a se-
gurana doCentro deConven-
es (Cecon), entraram no
TeatroGuararapes e interrom-
peramo discurso de PauloC-
mara (PSB) e do secretrio de
Planejamento e Gesto, Dani-
lo Cabral (mais sobre a greve
dos professores em Cidades).
Os manifestantes entoaram
gritos de guerra e estampa-
ram faixas e cartazes com fra-
ses contra o governo. Apesar
de ter a fala interrompida,
Paulo mostrou jogo de cintu-
ra e conseguiu levar o discur-
so at o fim. Antes de deixar o
local, ele falou sobre o protes-
to. Isso no vai melhorar a
Educao ou a situao finan-
ceira de Pernambuco. A Justi-
a j decretou a ilegalidade da
greve. respeitar essa deci-
so e voltar a sentar mesa de
negociao porque o governo
quer isso, declarou.
Apesar de reforar a dispo-
sio para o dilogo, o gover-
nador disse que no tem co-
mo atender ao apelo por me-
lhorias salariais. Antes do fe-
chamento do quadrimestre a
gente no tem condies de
dar nenhum horizonte para
os professores. Isso serve pa-
ra todas as reas. Estamos
muito serenos nos gastos, bus-
cando economizar em tudo o
que a gente pode, afirmou.
A crise foi usada mais uma
vez como escudo para se de-
fender das crticas. ummo-
mento que no singelo, no
simples administrar. Em
trs meses do meu governo,
foram 30 mil postos de traba-
lho fechados, disse Paulo.
Para acalmar os nimos de
quem protestava por mora-
dia, Paulo reservou uma rea
no Centro de Convenes pa-
ra debater o assunto e reco-
nheceu a falta de avanos na
rea. Temos muitos progra-
mas em andamento e precisa-
mos destravar muitas obras
que esto com ritmo aqum
do desejado. No vamos em
quatro anos corrigir o dficit
habitacional, mas vamos tra-
balhar para diminui-lo, afir-
mou. (F.B)
Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira jornal do commercio
3
kMarta e o drible do PSB no PT
kPreocupao futuro imediato
kNa verso eletrnica da coluna
Em busca de constranger o governador Paulo Cmara
(PSB) no encerramento do Todos Por Pernambuco, ontem,
professores entoaram o conhecido o povo, unido, jamais ser
vencido. Paulo respondeu: concordo. E a passou a falar de
novo sobre o caixa, que s ter a resposta sobre reajustes ao
fechar as contas do governo de janeiro a abril. E isso serve
para todas as reas, disse. Estamos muito serenos nos
gastos, buscando economizar em tudo o que podemos
economizar, afirmou ainda.
Todo poltico pode e deve ser cobrado pelas promessas de
campanha. Paulo prometeu: iria dobrar em 4 anos os salrios
dos professores. Como no se aumenta os salrios em 100%
de um ano para outro, a categoria esperava que este ano seu
salrio j tivesse uma alta generosa.
O chato da vida real que uma verdade no anula outra.
Das eleies para c o cenrio virou. Vivemos uma crise
que deixou o Paran, inclusive, em convulso. A presidente
Dilma Rousseff (PT) pena para aprovar seu ajuste fiscal. E
Paulo j cogita aumentar de R$ 320 milhes para R$ 600
milhes a meta de corte de gastos pblicos, desligando at
ar-condicionado.
Estamos no tipo de situao em que todos esto certos e
errados. Devemos cobrar promessas de campanha. Mas tambm
admitir a realidade. Uma categoria que decida fazer greve deve
estar ciente: ter pouco ou nenhum resultado, ao menos agora.
A no ser que o foco seja poltico. A a contradio ser sindical,
pois no ter mais nada a ver com funcionalismo.
A incluso da
Arpe na pauta
surpreendeu os
governistas
Todos certos e errados
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, nega. Mas a fuso do
PSB e PPS teria sido acelerada para a senadora Marta Suplicy
(SP) no perder o mandato para o PT, ao trocar de partido de
olho na Prefeitura de So Paulo. Embora mude pouco para o
PSB, formalmente ele ser uma nova legenda. Aps a fuso,
Marta poderia virar socialista sem perder o mandato.
Joo Joo
em evento de
sindicato...
Aps 91 anos de histria, chega ao fim a verso em papel do
Dirio Oficial do Estado (DOE). A publicao da Cepe, porm,
obrigatria para formalizar atos, decretos e leis estaduais,
por isso continuar agora s digitalmente. Apesar de sua
funo legal, at o DOE j foi alvo de polmica. No jc.com.br
BernardoSoares/JCImagem
Ayrton Maciel
A
reviso da lei que trans-
feriu da Agncia Regu-
ladora de Pernambuco
(Arpe) para a Secretaria de Sa-
de a atribuio de fiscalizar as
Organizaes Sociais (OSs) de
Sade, a indicao do novo pre-
sidente da agncia e a convoca-
o dos 70 aprovados em 2014,
no primeiro concurso para o r-
go regulador estadual criado
h 15 anos. As trs cobranas ao
governo Paulo Cmara (PSB) fo-
ram feitas, ontem, na Assem-
bleia Legislativa, pela bancada
de oposio na Casa, que denun-
ciou o esvaziamento da Arpe
agncia fundada em 2000, na
gesto Jarbas Vasconcelos
(PMDB) para regular e fiscali-
zar servios pblicos prestados
ao Estado, bem como a execu-
o oramentria pelas entida-
des sociais e empresas respons-
veis.
De acordo com a lei que
criou a Arpe (n 11.743), a enti-
dade deveria fazer a fiscaliza-
o dos servios de energia el-
trica, gs, saneamento, Parce-
rias Pblico Privadas (PPPs) e
OSs, papel institucional que no
estaria sendo cumprido, segun-
do denunciou da tribuna o lder
da oposio, Slvio Costa Filho
(PTB). OTCE e oMPPE e aler-
tam o governo desde 2013. A Ar-
pe deveria fiscalizar os servios
e acompanhar os gastos pbli-
cos, mas a nica agncia do
Brasil que no tem um servidor
de carreira. Todos so cedidos
ou comissionados. Deveria fisca-
lizar as OSs e PPPs da Arena e
de Itaquitinga (o presdio)
apontou o deputado.
O petebista leu um ofcio (n
19/14) do ex-presidente da Ar-
pe, Roldo Joaquim, de 20 de ja-
neiro de 2014, ao secretrio da
Casa Civil, Tadeu Alencar, aler-
tando ao ento governador
Eduardo Campos (PSB) que a
Lei 15.210/2013, que regulou as
OSs e seus contratos comoEsta-
do, retirava da agncia a atribui-
o de fiscalizar essas entidades
e a repassava para a Secretaria
de Sade. Em tese, a Sade pa-
ga e fiscaliza. O risco de equvo-
cos na aplicao de recursos p-
blicos dever ser apurado unica-
mente pela Secretaria. Como
justificar a retirada da Arpe?,
questionou poca Roldo, que
terminou o mandato h 30 dias.
De l para c, a Arpe est sem
presidente. A situao precisa
ser tratada com urgncia pelo
governo, reforou Edilson Sil-
va (PSOL).
A bancada governista acabou
surpreendida pelo tema. O vice-
lder TonyGel (PMDB), em res-
posta, afirmou que a oposio
deveria pedir a redefinio
das atribuies da Arpe, as
quais considera excessivas.
No creio que caiba Arpe cui-
dar da Arena Pernambuco, mas
surpreendeu-nos o debate. Vou
entrar em contato com o gover-
no e em breve traremos todas
as informaes, disse.
pinga-fogo
...sobre o
modo petista
de governar
Giovanni Sandes
twitter:@pingafogojc
telefone: (81) 3413.6531
A partir do fim de 2016,
calcula Danilo Cabral
(PSB), secretrio de
Planejamento, o governo
estadual deve ter uma alta
de R$ 1,5 bilho nas
receitas prprias, resultado
do efeito renda da fase
de operao nos
megaprojetos, como a
Jeep. At l o governo
precisa investir com o que
tem. Ele ressalta o papel
do Todos por
Pernambuco, que agora
entra na avaliao dos
dados para definir as
prioridades imediatas.
Fuso com o PPS
aprovada pelo PSB
Mariana Arajo
O
primeiro passo para
oficializar a fuso do
Partido Socialista
Brasileiro (PSB) com o Parti-
do Popular Socialista (PPS)
foi dado na manh de ontem,
quando a Executiva nacional
do PSB aprovou a medida.
Dos 38 membros, apenas um
semostrou contrrio - o secre-
trio nacional sindical, Joil-
son Cardoso. A reunio con-
tou com a presena de 32 no-
mes em Braslia. Os oito au-
sentes enviaram seus votos, a
exemplo do o governador Pau-
lo Cmara e o prefeito do Re-
cife, Geraldo Julio, que so,
respectivamente, vice-presi-
dente e secretrio-geral do
PSB.
A ampla adeso surpreen-
deu at o presidente do PSB,
Carlos Siqueira. Francamen-
te, no tinha tanta certeza de
que seria quase unnime. Ape-
nas um voto contra foi um re-
sultado bastante expressivo,
avaliou. Os prximos passos
agora so levar a deciso para
debate com as direes esta-
duais e com as bancadas da
Cmara e do Senado. Em ju-
nho, certa de 40 dias aps o
incio do trmite, o partido or-
ganizar um congresso ex-
traordinrio para formalizar a
unio das legendas.
A fuso, que torna o bloco o
4 maior da Cmara e do SE-
nado, teria provocado umdes-
conforto no PT. O partido go-
vernista esperava uma
reaproximao com o PSB,
que dever manter sua posi-
o de independente. Agora, a
legenda aliada de primeira
hora do PPS, que faz duras cr-
ticas gesto de Dilma Rous-
seff e at se posicionou favor-
vel ao impeachment da presi-
dente. O presidente do PPS,
Roberto Freire, defende que o
grupo fique na oposio.
Num primeiro momento, va-
mos conviver num campo
oposicionista e com certa in-
dependncia, afirmou.
Ambas as legendas tambm
no se mostram preocupadas
com a insatisfao de alguns
nomes, que podem aproveitar
o aval da legislao eleitoral e
deixar o partido sem danos
aos seusmandatos. Eventual-
mente, alguns podem sair.
Mas outros tambmpodem in-
gressar. No algo matemti-
co, mas de propostas para o
Pas, declarou Carlos Siquei-
ra. A probabilidade existe.
Marta (Suplicy), por exemplo,
est saindo do PT e migrando
para ns, completou Freire,
sobre a senadora.
Sobre a manuteno do no-
me PSB e do nmero 40, Frei-
re no v como uma reduo
do PPS. Vamos analisar. Mas
o PSB teve uma presena
maior recentemente, com a
candidatura de EduardoCam-
pos e, posteriormente, Mari-
na Silva presidncia. No
apenas um nome, mas o que
estamos construindo a partir
de agora, declarou.
Agncia Estado
BRASLIA - Deputados
do PSB contrrios fuso
com o PPS no comparece-
ram ao anncio oficial do in-
cio do processo que transfor-
mar as siglas em um nico
partido. AE eles disseram
que s foram informados so-
bre a fuso na vspera e no
foram ouvidos pela Executi-
va do PSB. O temor que a
fuso aproxime os socialis-
tas dos tucanos.
O PSB caminha para ser
satlite do PSDB, reclamou
o deputado Glauber Braga
(PSB-RJ). Chamados de go-
vernistas, os parlamentares
rechaam a unio com o
PPS por considerar que a si-
gla faz uma oposio raivo-
sa.
A discusso sobre fuso
surpreendeu ontem inte-
grantes da bancada do PSB.
o casamento da cobra
como jacar, classificou Be-
beto.
Os deputados contam que
dos 19 participantes da reu-
nio com o lder Fernando
Bezerra Filho (PE), pelome-
nos 10 avisaram que no
aceitaro a fuso porque ela
seria incoerente. Eles re-
clamam que foram tratora-
dos pela Executiva do PSB.
www.jconline.com.br
FernandodaHora/JCImagem
GervsioBaptista/AgnciaBrasil
Armando e PTB... na conta absurda
Os ex-prefeitos Joo Paulo e
Joo da Costa estrelaram evento
do Sindicato dos Trabalhadores
em Telecomunicaes (Sinttel)
O tema foi modo petista de
governar e legislar. Participaram
ainda Osmar Ricardo, vereador, e
Fernado Ferro, ex-deputado.
Dirio Oficial no sermais impresso
JoelRodrigues/EstadoContedo
PARTIDOS Dos 38 membros da Executiva Nacional dos socialistas, s um discordou da
unio com o PPS de Roberto Freire. Alguns parlamentares temem descaracterizao
poltica
SLVIO O TCE e oMPPE e alertam o governo desde 2013
Arpe na mira das oposies
Uchoa reage
declarao
sobre TJPE
O presidente da Assembleia
Legislativa, Guilherme Uchoa
(PDT), protestou, ontem, con-
tra os termos utilizados pelo
presidente da OAB-PE, Pedro
Henrique Reynaldo, ao anali-
sar a alegao da defesa do de-
putado que permitiu a suspen-
so da tramitao, na 2 Vara
da Fazenda do Recife, do pro-
cesso da Ordem contra a sua
4 reeleio consecutiva para
a presidncia daMesa Direto-
ra. A defesa alegou falsidade
documental da OAB, pois o
conselho da Ordem teria auto-
rizado uma Ao de Inconsti-
tucionalidade (Adin) e foi ajui-
zada uma Ao Civil Pblica.
Em matria publicada on-
tem, no JC, Pedro Henrique
afirmou que o conselho auto-
rizou qualquer tipo de ao e
sugeriu que Uchoa queria que
a ao para anular sua reelei-
o fosse proposta no TJPE,
porque ele confia nos amigos
desembargadores.
O presidente da Alepe con-
denou a declarao, afirman-
do que ela ofende a dignida-
de dos membros do TJPE.
Os desembargadores e os de-
mais juzes do Estado no de-
cidem por amizade. Para
mim, indiferente que a ao
da OAB seja julgada em 1 ou
2 grau, rebateu. Uchoa pe-
diu que o presidente da OAB
no agrida nemponha emd-
vida a integridade dosmagis-
trados. Repudio a declarao
e defendo a legalidade da mi-
nha (re)eleio.
Enquanto a vida parece
fcil na fuso PSB e PPS, a
conversa do PTB e DEM vai
no mesmo clima ruim. O
ministro Armando Monteiro
Neto (PTB) se queixa da
aritmtica do absurdo ao
falar do caso petebista.
Como o resultado de uma
fuso pode ser uma bancada
menor que antes dela?, diz
o ministro. Quem v de fora
diz que a fuso s interessa
direo nacional do PTB e,
no DEM, ao prefeito de
Salvador, ACM Neto.
UNIO Freire (esq) e Siqueira (centro) celebram novo partido
Descontentes
temem virar
satlite tucano
4
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Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira
poltica
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6jornal do commercio poltica Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira poltica jornal do commercio
7
kFrase
kVoto sobre financiamento
Oministro Manoel Dias (Trabalho) pode ficar tranquilo,
ao menos por enquanto: sua boquinha ser mantida. A
presidente Dilma Rousseff resolveu levar em conta a
ponderao do antecessor, Lula, e decidiu fazer de conta
que no tomou conhecimento da declarao do presidente
do PDT, Carlos Lupi, padrinho do ministro, que acusou o
PT de roubar demais e que, por exagerar na corrupo,
se exauriu.
O vice Michel Temer foi escalado para apagar o fogo
provocado pelas declaraes de Carlos Lupi, ex-ministro
de Lula e Dilma. Os senadores do PDT querem romper com
o governo. exceo de Acir Gurgacz (RR), que
permanece mais governista que Dilma.
O deputado pedetista Marcos Rogrio (RO) reflete a
insatisfao da bancada: Precisamos redefinir nosso
comportamento. O diretrio nacional do PDT se rene em
12 de maio para ouvir as velhas enrolaes de Carlos Lupi,
mas pode at discutir seu destino.
Sem equilbrio fiscal, no h crescimento;
a incerteza domina
Ministro Joaquim Levy (Fazenda), o
mos de tesoura, em defesa do seu
ajuste fiscal
No final de junho, o ministro Gilmar Mendes (foto) vai
devolver ao plenrio do Supremo Tribunal Federal o seu
pedido de vista do processo que trata do financiamento
privado de campanhas polticas. Ele deu a boa notcia aos
senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam
Buarque (PDT-DF), durante conversa em seu gabinete, no
STF. Seis ministros j tinham votado pelo fim de doaes
privadas, quando ele pediu vista.
Dias no ser demitido
Transparncia
Ministro do STF
fala em decepo
cludiohumberto
Folhapress
B
RASLIA O minis-
tro do STFMarco Au-
rlio Mello reconhe-
ceu ontem que representa
uma enorme decepo para
a sociedade a deciso da cor-
te que revogou a priso pre-
ventiva e mandou que nove
executivos acusados de envol-
vimento com o esquema de
corrupo da Petrobras aguar-
dem julgamento empriso do-
miciliar.
O ministro, no entanto, de-
fendeu o resultado do julga-
mento, reforando o entendi-
mento que prevaleceu na se-
gunda turma do Supremo de
que a priso preventiva no
pode representar a antecipa-
o da pena.
Ontem, passados cinco me-
ses e meio presos, os executi-
vos Ricardo Pessoa, da UTC,
e Gerson deMello Almada, da
Engevix, deixaram a carcera-
gem da PF emCuritiba no fim
da manh. Outros sete execu-
tivos e funcionrios das em-
preiteiras investigadas naOpe-
rao Lava Jato, que estavam
presos no Paran, no Comple-
xoMdico Penal Jos Alde-
mrio Pinheiro Filho, Agenor
Franklin Magalhes Medei-
ros, Jos Ricardo Nogueira
Breghirolli eMateus de SOli-
veira, da OAS; Srgio Cunha
Mendes, da Mendes Jnior;
Joo Ricardo Auler, da Ca-
margoCorra; e ErtonMedei-
ros Fonseca, da Galvo Enge-
nharia , tambm foram libe-
rados.
Todos eles, por deciso do
STF, ficaro empriso domici-
liar e devem ir Justia Fede-
ral do Paran, para instalar
tornozeleiras eletrnicas que
monitoraro seus movimen-
tos. Alm disso, tero que
cumprir condies como no
manter contato comoutros in-
vestigados e entregar o passa-
porte.
Acusados de pagamento de
propina em obras da Petro-
bras, eles devero ainda se
manter afastados das empre-
sas em que trabalhavam, no
podero sair de casa sem auto-
rizao, tero que se apresen-
tar Justia a cada 15 dias e
esto proibidos de viajar para
fora do Pas ou ingressar nos
estabelecimentos das emprei-
teiras.
A deciso foi tomada nesta
tera-feira (28) pela maioria
(3 de 5) dos ministros que in-
tegram a segunda turma do
Supremo, que se reuniu para
analisar pedido de liberdade
do presidente da UTC, Ricar-
do Pessoa, apontado como l-
der das empreiteiras envolvi-
das com o esquema.
O relator do caso, ministro
Teori Zavascki, entendeu que
o juiz do Paran Sergio Moro
no comprovou que havia ris-
co de fuga ou interferncia
nas investigaes. Os minis-
tros Dias Toffoli e Gilmar
Mendes seguiram Zavascki.
Os ministros Crmen Lcia e
Celso de Mello divergiram e
argumentaram que ainda h
risco de interferncia, j que
faltam depoimentos, inclusive
o do prprio Pessoa, que deve
ser ouvido pela Justia Fede-
ral na segunda-feira (4).
Entre procuradores que
compem a fora-tarefa que
investiga o esquema de cor-
rupo na Petrobras, a deci-
so do STF surpreendeu e foi
considera prejudicial para o
rumos das investigaes. O
Ministrio Pblico sustenta
que h grandes chances de in-
terferncia nas apuraes.
Folhapress
BRASLIA O senadorHum-
berto Costa (PT-PE) recebeu
R$ 60 mil de um empresrio de
Pernambuco que presta servi-
os Petrobras. Segundo o parla-
mentar, trata-se de um amigo de
infncia que lhe concedeu um
emprstimo que ambos informa-
ram Receita Federal em sua de-
clarao de ajuste anual do Im-
posto de Renda e terminar de
ser quitado no ano que vem. As
informaes partiram do pr-
prio Humberto, em depoimento
que prestou Polcia Federal na
Operao Lava Jato por ordem
do ministro relator dos casos no
STF, Teori Zavascki.
O empresrio Mrio Barbosa
Beltro foi citado na Lava Jato
em depoimento prestado no ano
passado pelo ex-diretor de Abas-
tecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa. Segundo ele,
Beltro solicitou-lhe R$ 1 mi-
lho para auxiliar na campanha
de Humberto ao Senado, em
2010. Paulo Roberto disse que
repassou o pedido ao doleiro Al-
berto Youssef para que fizesse a
entrega, como de praxe e que de-
pois Beltro lhe confirmou o re-
cebimento.
Ouvido no ano passado pela
PF, Youssef negou o pagamento,
disse no conhecer Beltro e opi-
nou que o ex-diretor da Petro-
bras pode ter se confundido.
Segundo Paulo Roberto Cos-
ta, Beltro era um antigo conhe-
cido seu e atuava no ramo de
guindastes e manuteno. Em-
presa na qual Beltro aparece co-
mo scio-proprietrio, a Enge-
man declara, em seu site na in-
ternet, ter trabalhado para a Pe-
trobras.
Em seu depoimento, Humber-
to negou ter feito o pedido de re-
cursos a Paulo Roberto e tam-
bm afirmou que no recebeu
tais recursos em sua campanha
eleitoral de 2010.
De acordo com o senador, por
volta de 2011, ele procurou
Beltro para pedir-lhe os R$ 60
mil emprestados para comple-
mentar uma parte que devia
sua ex-mulher, de quem acaba-
ra de se separar, na partilha de
um terreno e um apartamento
no Recife.
Ontem, Humberto disse la-
mentar que se queira fazer
qualquer ilao a respeito de ele
(Beltro) ser fornecedor da Pe-
trobras.
Sobre a afirmao de Paulo
Roberto, o senador disse que ela
no foi confirmada por Youssef,
a quem ele teria determinado o
pagamento. Youssef nega, o
meu amigo nega e eu nego. En-
to no temqualquer fundamen-
to, disse Humberto Costa.
www.jconline.com.br
Cludio Humberto, Teresa
Barros e Ana Paula Leito
twitter:@colunaCH
NelsonJr./STF
Aps amordaar
professores, agora
proibidos de divulgar nas
redes sociais as pssimas
condies de escolas
pblicas, a Secretaria de
Educao do DF se imps a
censura: tirou seu site do
ar, ontem.
Abusivo
GeraldoBubniak/EstadoContedo
SrgioBernardo/JCImagem
poltica
Proibir o aplicativo Uber
um abuso, um vexame.
Taxistas devemmelhorar a
qualidade do seu servio
para enfrentar a
concorrncia, assim como
os consumidores tm o
direito de fazer suas
escolhas.
Debate suspenso
A discusso sobre
financiamento privado de
campanha foi congelada
em abril do ano passado,
quando o ministro Gilmar
pediu vista. Soterrado por
processos, Gilmar vai
concluir outros dois
pedidos de vista,
anteriores, para se
debruar sobre o
financiamento privado.
Gilmar contra derrubar o
financiamento empresarial.
Faria do Brasil um
laranjal, com caa a CPFs
para buscar doadores.
Nota baixa
Pesquisa do Instituto
Paran, mostra que os
gachos no so fs dos
seus senadores.
Convidados a dar notas de
0 a 10, Ana Amlia (PP)
ganhou 5,76, Paulo Paim
(PT) 5,69 e Lasier Martins
(PDT) 5,65.
Sartori aprovado
O Instituto Paran
avaliou o governo de Jos
Ivo Sartori (PMDB), eleito
em outubro. Ele bem
avaliado: 54,4% aprovam o
seu governo, contra 38,9%.
Foram ouvidos 1.340
eleitores em 80 municpios
gachos.
Otimismo
PSB e PPS acreditam que
a fuso atrair novos
parlamentares, fazendo
uma bancada de 45
deputados e 10 senadores. E
deve travar, por enquanto, o
flerte de senadores do PSB
com o Planalto.
Emprego bom
Flavio Decat, membro de
Conselho de Administrao
de Furnas, desembarcou
em Braslia em busca de
apoio pela sua reconduo.
Fez lobby junto a
senadores do PMDB.
Melhorou
O governo nomeou
Valter Casimiro Silveira
diretor-geral interino do
DNIT, rgo envolvido em
sucessivos escndalos de
corrupo. Melhorou a
relao poltica, disse o
deputado Maurcio Lessa
(AL), lder do PR.
Atraso
Apesar de a Receita
alegar que simplificou a
declarao do IR, o prazo
acaba hoje e quem estiver
com dvidas e no
dispuser de um contador
ter que procurar a soluo
no manual de 424 pginas.
JUNTOS Executivos chegam de van sede da Justia Federal
LAVA JATOMarco Aurlio Mello admitiu a decepo da sociedade pela liberao de
nove executivos presos em Curitiba. Todos passaram a usar tornozeleiras eletrnicas
SENADOR Depoimento
STJ nega
liberdade a
Renato Duque
Folhapress
BRASLIA O ministro do
Superior Tribunal de Justia
(STJ) Newton Trisotto negou
ontem pedido de liberdade do
ex-diretor de servios da Pe-
trobras Renato Duque, acusa-
do de envolvimento no esque-
ma de corrupo na estatal.
A deciso ocorre um dia
aps o Supremo Tribunal Fe-
deral (STF) livrar da cadeia
nove executivos investigados
de participao no desvio de
recursos pblicos e pagamen-
to de propina e determinou
que eles aguardem julgamen-
to em priso domiciliar.
O STF entendeu que a pri-
so preventiva representava
nestes casos a antecipao da
pena. Esse tipo de priso po-
de ser imposta antes da conde-
nao para impedir que o sus-
peito fuja ou atrapalhe as in-
vestigaes, destruindo pro-
vas ou influenciando outras
pessoas.
Ao negar a liberdade, Trisot-
to alegou que os fortes ind-
cios da participao de Duque
no esquema de corrupo jus-
tificam a decretao de sua
priso preventiva como garan-
tia da ordem pblica e argu-
mentou que a coleta de pro-
vas no foi totalmente finaliza-
da.
O ministro disse ainda que
a gravidade dos fatos at ago-
ra apurados na investigao,
dizendo que nenhum caso de
corrupo nas ltimas cinco
dcadas causou tanta indigna-
o.
A credibilidade da Petro-
bras caiu a nveis inacredi-
tveis e no apenas no Bra-
sil. Essa verdadeira institui-
o nacional, que nos orgulha,
foi assaltadamaterial emoral-
mente, disse.
A defesa de Duque alegou
ausncia de provas e pediu a
revogao da priso.
Humberto admite emprstimo
8
jornal do commercio Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira
Financiamentos doBNDES sem sigiloFolhapress
B RASLIA - O Senadoaprovou ontem a me-dida provisria quederruba o sigilo dos financia-mentos do BNDES (BancoNacional de Desenvolvimen-to Econmico e Social). Cabe-r presidente Dilma Rousse-ff manter ou vetar a mudan-a.O BNDES divulga na inter-
net algumas informaes so-bre operaes realizadas noBrasil, como os nomes dasempresas, o valor dos emprs-timos e resumos dos projetosfinanciados, mas mantm emsigilo informaes como a ta-xa de juros e dados de opera-es realizadas no exterior.Uma emenda introduzida
por deputados do PSDBdeter-mina que no poder ser ale-gado sigilo ou definidas comosecretas as operaes deapoio financeiro do BNDES,ou de suas subsidirias, qual-quer que seja o beneficirio,direta ou indiretamente, in-cluindo as naes estrangei-ras.Para o novo lder do gover-
no no Senado, Delcdio doAmaral (PT-MS), a maiorpreocupao do governo est
nos emprstimos internacio-nais.Ns temos que evoluir nes-
ta questo. Conversei com oLuciano Coutinho (presiden-te do BNDES). Ele est dis-posto a fazer uma reunio fe-chada e ajustar quais so as in-formaes que o BNDES po-de socializar e que tipo de in-formao segredo comer-cial, afirmou. Para comearacabar com esse discurso deque o BNDES uma caixa
preta, completou.Nos ltimos anos, a oposi-
o vem tentando criar umaCPI para jogar luz sobre asoperaes de financiamentodo BNDES.O principal alvo so os em-
prstimos ao grupo JBS, do-no do frigorfico Friboi, quese tornou omaior financiadorde campanhas polticas.
PORTO EM CUBAOutro foco so operaes
no exterior, como o financia-mento da construo do por-toMariel, emCuba, e o repas-se de US$ 5,2 bilhes para aexportao de bens e serviospara Angola.No incio do ms, uma co-
misso foi barrada no Senadoporque o governo conseguiuconvencer aliados a retirarsuas assinaturas do requeri-mento de criao.O texto aprovado manteve
tambm a elevao do limitede endividamento na obten-o de crdito consignado.Hoje, a parcela para paga-
mento da dvida no pode ul-trapassar 30% do salrio doempregado ou aposentado -40% em casos especiais. Otexto eleva esses tetos para40% e 50%, respectivamente.
Originalmente, a medidaprovisria foi proposta pelogoverno para liberar R$ 30 bi-lhes em crditos para o BN-DES.Foi aprovada ainda a previ-
so de renegociao de con-tratos de financiamento paracompra de caminhes e equi-pamentos, uma das principaisreivindicaes de caminho-neiros, que fazem protestosdesde o incio do ano.
www.jconline.com.br
Academ
iaParan
aensedeLe
tras
Juricas/Divulgao
Alessan
dro
Dan
tas/AgnciaSenado
LEGISLATIVOMP visa derrubar carter secreto dos financiamentos do banco. Alvosprincipais so os emprstimos ao Grupo JBS e a construo do porto Mariel, em Cuba
poltica
FACHIN ACUADO Apoio a Dilma no passado est pesando
Adiada sabatina deindicado ao STFAgncia Estado
B RASLIA - Diante dequestionamentos de se-nadores tanto da basequanto da oposio, a sabatinado advogado Luiz Edson Fa-chin, indicado para a vaga noSupremo Tribunal Federal(STF), foi adiada e deve aconte-cer somente no dia 13 de maio.A reunio de ontem, na qual orelator do processo, senador l-varoDias (PSDB-PR), apresen-tou parecer favorvel ao nomede Fachin, pode ser vista comouma demonstrao da dificul-dade que o jurista enfrentar.O lder do DEM, Ronaldo
Caiado (GO), chegou apresen-tar um requerimento para quehouvesse uma audincia pbli-ca com autoridades jurdicasdo Paran para tirar dvidassobre o currculo de Fachin. Opedido foi rejeitado pela maio-ria da comisso.Foi de um membro de um
partido da base, porm, quepartiu o questionamento maisduro em relao a Fachin. Se-gundo o senador Ricardo Fer-
rao (PMDB-ES), ele conti-nuou advogando quando ocu-pou o cargo de procurador noParan, entre 1990 e 2006. Opeemedebista argumentou queessa prtica proibida pelaConstituio daquele Estado epediu uma explicao sobre oassunto ao relator.lvaroDias, que era governa-
dor do Paran quando Fachinfoi nomeado para o cargo, afir-mou que o exerccio da advoca-cia pelo candidato vaga noSTF estava amparado por umalei estadual de 1985.
REAOA oposio no gostou de
um vdeo em que o jurista apa-rece pedindo voto para a presi-dente Dilma Rousseff na cam-panha de 2010.Tambm h desconfiana
por parte de representantes desetores mais conservadoresdiante do posicionamento deFachin em relao a temas co-mo posse de terra. A indicaotambm desagradou ao presi-dente do Senado, Renan Ca-lheiros (PMDB-AL).
DELCDIO H informaes que so segredos comerciais
Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira jornal do commercio 9
Rumo a Paris
kAndrea na Rede
kMulher bonita
Tem um dado cruel na pesquisa emprego, do IBGE, de
maro, que mostrou a elevao da taxa de desemprego
nas regies metropolitanas de 5% para 6,2%. que o
desemprego entre jovens de 18 e 24 anos pulou de 12,8%
para 15,7%. No caso do Rio, lembra o economista Mauro
Osrio, o salto foi de 10,1% para 14,4%, em um ano.
Longe do vrus
O vrus A (H3N2) foi
detectado, este ano, em
69% dos testes de gripe
nos EUA e em 55,6% dos
feitos na Frana. Mas, no
Brasil, o tal vrus que levou
muita gente para a cama
no deve fazer tanto
estrago.
que...
Ao contrrio do que
ocorreu nos EUA e na
Frana, as 50 milhes de
doses da vacina trivalente
que o governo brasileiro
oferece, este ano, na
Campanha Nacional de
Vacinao contra a Gripe,
j contam com a proteo
ao vrus A (H3N2).
Conflito
Advogados que atuavam
no Carf, o tal rgo
colegiado que julga
recursos de multas da
Receita Federal, tero de
escolher: ou ficam como
juzes ou como advogados.
As duas coisas ao mesmo
tempo pode virar suruba.
Nomais
O privatizante
Fernando Henrique
estatizou a BR
Distribuidora fechando o
capital da subsidiria da
Petrobras. Agora, a
estatizante Dilma
Rousseff pensa em reabrir
o capital da BR. No h
contradio, nem conflito
ideolgico. a ditadura da
realidade.
Cenas de guerra
A cenas de barbrie
vistas, ontem, em Curitiba,
deixaram mostra um
racha entre o prefeito,
Gustavo Fruet (PDT), e o
governador do Paran,
Beto Richa (PSDB). Em seu
Facebook, Fruet, que
liberou a sede da prefeitura
para socorrer os
professores feridos, fez um
apelo a Richa: Por favor, o
momento de pacificar.
Em outro post, a
prefeitura postou que
trabalhava para atender
aos feridos e demonstrar
que, sim, existe amor em
Curitiba.
Uma, duas, trs... tanta beleza que no d nem para
contar! As modelos Shirley Mallmann, Mariana Weickert,
Ana Claudia Michels, Jeisa Chiminazzo e Carol Ribeiro
mostram que, depois dos 30, h sim e como! vida
nas passarelas. As cinco, que estaro na revista Elle de
maio, so da primeira gerao de modelos brasileiras que
conquistaram o mundo e continuam, maravilhosamente,
na ativa.
A tragdia jovem
A Justia do Rio
determinou o fim da revista
vexatria aos visitantes de
presos nos presdio do
Estado. O pedido foi feito
pela Defensoria. A
desembargadora Sirley
Abreu foi vencida pelos
votos de Gabriel Zefiro e
Agostinho Teixeira.
A ex-vereadora tucana Andrea Gouva Vieira, que
recebeu o Ttulo de Cidad Carioca, ontem, na Cmara do
Rio, numa solenidade que contou com Marina Silva (foto),
deve reforar a Rede Solidariedade.
k
brasil
ancelmo gois
Editores:
Gilvandro Filho [email protected]
Bianca Negromonte [email protected]
GilvanOliveira [email protected]
Fale conosco: (81) 3413-6182
Twitter:@jc_brasil
Protesto no Paran
acaba em confronto
Agncia O Globo
C
URITIBA e SO
PAULO Em pouco
mais de uma hora de
confronto, 213 pessoas, segun-
do a prefeitura deCuritiba, fica-
ram feridas num protesto de
professores em greve que termi-
nou em confronto com a pol-
cia, em frente Assembleia Le-
gislativa do Paran (Alep). Se-
gundo o serviomdicomunici-
pal, oito manifestantes trs
com traumatismo craniano fo-
ram levados a hospitais em esta-
do grave. O governo paranaen-
se, porm, fez noite outro ba-
lano: 40manifestantes e 22 po-
liciais feridos. A PM informou
que sete manifestantes foram
presos.
A confuso comeou no in-
cio da tarde, aps um grupo de
professores tentar invadir a
Alep, no momento em que co-
mearia a votao de uma lei
que muda as regras da previ-
dncia social do funcionalismo
pblico. A greve dos professo-
res comeou em fevereiro e du-
rou at o fimdemaro. No sba-
do, a categoria retomou a parali-
sao.
Ontem, assim que derruba-
ram as grades, os manifestantes
foram contidos com tiros de ba-
la de borracha e jatos dgua.
Cerca de 20mil pessoas partici-
pavam do ato, segundo os orga-
nizadores. A polcia no conta-
bilizou.
Nos arredores do Centro C-
vico, onde aconteceu o confron-
to, uma creche foi fechada e as
crianas, dispensadas.
Em meio ao avano da pol-
cia, osmanifestantes reagiam jo-
gando pedras e pedaos de pau.
Equipados com capacetes, cas-
setetes e escudos, os soldados
tambm avanaram sobre os
jornalistas. Um cachorro pit-
bull da Polcia Militar mordeu
um reprter cinematogrfico
da TV Bandeirantes. Ele foi le-
vado em estado grave para uma
ambulncia do Samu e deveria
passar ainda ontem por uma ci-
rurgia. Uma equipe de TV foi
afastada da rea do conflito
com jatos de gua. Os profissio-
nais foram derrubados no cho
com o impacto.
Um jornalista da CATVE foi
ferido por uma bala de borra-
cha no rosto, segundo testemu-
nhas. Imagens gravadas no lo-
cal mostram policiais chutando
manifestantes que j estavam
rendidos, sentados no cho.
A tentativa dos professores
de impedir a votao da lei foi
incua. O projeto foi aprovado
no incio da noite, em segundo
turno, com 30 votos favorveis
e 21 contrrios. Os parlamenta-
res chegaram a fechar a sesso
por causa da confuso,mas abri-
ram uma extraordinria e apro-
varam as mudanas da regra
previdenciria.
O projeto vai para a sano
do governador Beto Richa
(PSDB).
Em meio a uma crise finan-
ceira, o governador enviou
Alep proposta que muda as re-
gras de pagamentos do fundo
de previdncias estadual, a Pa-
ran Previdncia. O projeto pro-
pe que 33 mil beneficirios
com 73 anos ou mais sejam
transferidos do Fundo Financei-
ro, mantido pelo Tesouro esta-
dual, para o Fundo Previden-
cirio, bancado por contribui-
es dos servidores e do poder
pblico. Assim, o governo deixa
de pagar sozinho essas aposen-
tadorias e divide a conta com
os servidores.
Os servidores so contra a
medida. Alegam que a mudan-
a comprometeria a sade fi-
nanceira da Paran Previdn-
cia. O governo nega e argumen-
ta que o Estado continuar ar-
cando, mensalmente, com R$
380 milhes para os benefcios
de servidores civis e militares.
Antesmesmo do protesto pe-
la mudana na previdncia, os
professores j reivindicavam
um aumento de 13,01%, confor-
me o piso nacional.
Pai recebe guarda do filho
krpida
Ancelmo Gois
pelo twitter:@ancelmocom
Divulgao
Revista ntima
JokaMadruga/EstadoContedo
VIOLNCIA Professores em greve e PMs entram em choque, deixando mais de 200
feridos oito deles em estado grave. Governo diz que o nmero de vtimas menor
DanielCastellano/EstadoContedo
Reproduo/Facebook
Folhapress
D
epois de passar mais
de cincomeses longe
do filho caula, o sub-
tenente do Exrcito Francileu-
do Bezerra Severino, 45, rece-
beu a guarda provisria do pe-
queno Lucas Coelho, de 6
anos. Segundo a Polcia Civil
do Cear, Francileudo e o fi-
lho mais velho dele, Lewdo,
de 9 anos, foram envenenados
pelame das crianas, Cristia-
ne Coelho, 41.
O caso ocorreu em Fortale-
za, em novembro de 2014. O
filho mais velho morreu, e o
pai passou dez dias em coma,
mas sobreviveu.
O reencontro entre Franci-
leudo e Lucas aconteceu nes-
ta tera-feira (28), no Recife,
para onde Cristiane havia se
mudado com o filho caula. A
criana foi entregue pela av
materna, Renata Coelho.
Cristiane perdeu a guarda
do filho Lucas na sexta-feira
(25), por deciso da juza da
16 Vara da Famlia de Forta-
leza, Ana Paula Feitosa. A de-
ciso sobre a guarda definiti-
va da criana ainda no foi da-
da.
Foi uma choradeira dana-
da, at a juza que estava na sa-
la chorou, relata o advogado
do pai, Walmir Medeiros, que
acompanhou o reencontro.
Medeiros conta que o pai te-
mia que o pequeno Lucas,
que autista, no o reconhe-
cesse aps tanto tempo distan-
te. Mas, segundo ele, a crian-
a se lembrou de Francileudo
e os dois deram um longo
abrao.
Pai e filho voltaram nomes-
mo dia para Fortaleza e agora
tentam retomar a rotina.
PREVENTIVA
Na segunda-feira (27), Cris-
tiane Coelho foi indiciada sob
suspeita de homicdio qualifi-
cado do filho Lewdo e tentati-
va de homicdio de Francileu-
do. No inqurito, remetido pa-
ra a Justia, a polcia tambm
pede a priso preventiva de
Cristiane, que se mudou para
o Recife aps ser apontada co-
mo suspeita de praticar o en-
venenamento.
A Justia do Cear vai deci-
dir se decreta a priso preven-
tiva de Cristiane. O advogado
Paulo Quezado, que defende
Cristiane Coelho, no aten-
deu as ligaes da reportagem
ontem.
Oministro Lus Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), concedeu
liminar autorizando o governo
federal a exigir novas regras
para conceder financiamento
pelo Fies mesmo a estudantes
que prestaram o Exame
Nacional do EnsinoMdio
(Enem) em anos anteriores.
Isso vale para os novos
contratos, cujos pedidos devem
ser encerrados hoje. Nos casos
de renovao, Barroso proibiu
a aplicao das exigncias, para
preservar o contrato celebrado.
OMinistrio da Educao
(MEC) alterou, por meio de
portaria editada em dezembro
de 2014, as regras do
financiamento. O governo
passou a exigir o mnimo de
450 pontos e nota de redao
diferente de zero no Enem. O
PSB questionou no STF a
aplicao dos novos critrios
para dois grupos de estudantes:
os que j tm contrato edevem
renovar os termos este ano e
aqueles que desejam firmar um
contrato a partir de 2015, mas
com base em resultados do
Enem em anos anteriores.
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O cientista poltico
Renato Lessa vai ficar
trs meses de licena,
sem vencimentos, da
direo da Biblioteca
Nacional.
Neste perodo ser
pesquisador visitante na
Universidade de Paris IV
(Paris-Sorbonne).
Divulgao
CENRIOS A confuso comeou aps um grupo de professores
tentar invadir a Assembleia. Abaixo, PM prende manifestante
SOBREVIVENTE Francileudo levou o filho para Fortaleza
STF: Regra do
Fies s vale para
novo contrato
10
Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira
kinternacional
Polcia tenta
conter revolta
aps terremoto
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Gilvandro Filho [email protected]
Bianca Negromonte [email protected]
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DESASTRE Commedo de novos tremores e da falta de alimentos, vtimas tentam partir do Nepal
www.jconline.com.br
NEPALMilhares de pessoas foram ao terminal rodovirio para
sair de Katmandu, mas no encontraram os nibus prometidos
AFP
G
ORKHA (Nepal) A
polcia antidistrbios
do Nepal foi acionada
ontem para conter a revolta de
milhares de pessoas que dese-
jam deixar a capital Katmandu
e no tm como, quatro dias de-
pois do terremoto que deixou
mais de 5.000 mortos. Abala-
das com os tremores secund-
rios, sem as suas casas e com
medo da falta de alimentos, mi-
lhares de pessoas se reuniram
durante a madrugada em um
terminal rodovirio para tentar
embarcar em um dos nibus es-
peciais prometidos pelo gover-
no.
Mas quando perceberam que
no havia nibus adicionais, as
pessoas no conseguiram con-
ter a irritao e entraram em
confronto com a polcia, envia-
da ao local para tentar controlar
a situao.
Estamos esperando desde o
amanhecer. Afirmaram que ha-
via 250 nibus, mas no vimos
nenhum, disse Kishor Kavre,
umestudante de 25 anos que de-
seja abandonar a capital em ru-
nas. Temos pressa para retor-
nar para casa e encontrar nos-
sas famlias, mas no temos
ideia de quando os nibus esta-
ro aqui, completou.
Algumas pessoas fecharam a
passagem de um caminho re-
pleto de garrafes de gua antes
de subir no veculo e comear a
jogar as garrafas para a multi-
do. Os policiais se posiciona-
ram para responder os homens
armados com pedaos de pau
que pretendiam atacar nibus e
outros veculos.
O governo nepals reconhe-
ceu que est esgotado em
consequncia da dimenso da
catstrofe provocada pelo terre-
moto mais violento no pas nos
ltimos 80 anos.
Temos fragilidades na ges-
to das operaes de emergn-
cia, admitiu o ministro da Co-
municao, Minendra Rijal. A
catstrofe to grande e sem
precedentes que no temos ca-
pacidade de responder s ex-
pectativas da populao, dis-
se.
Os tremores secundrios re-
duziram consideravelmente,
mas centenas de milhares de
pessoas continuam dormindo
nas ruas. Nas reas de difcil
acesso, os sobreviventes esto
desesperados.
No total, 5.057 mortes foram
confirmadas no Nepal pelo ter-
remoto de 7,8 graus demagnitu-
de de sbado e cerca de 11.000
pessoas ficaram feridas. De acor-
do com a ONU, oito dos 28 mi-
lhes de habitantes do pas fo-
ram afetados direta ou indireta-
mente pela catstrofe.
Regies remotas do Nepal s
comearam a receber ajuda hu-
manitria ontem. As autorida-
des encontram dificuldades pa-
ra chegar a essas reas pelas li-
mitaes das equipes de busca e
porque muitas estradas ficaram
bloqueadas aps deslizamentos
de terra provocados pelos tre-
mores.
Muitas dessas regies esto
incomunicveis e sem acesso
eletricidade, agravando a sua si-
tuao humanitria. A demora
em alcanar essas reas diminui
a chance de que sobreviventes
sejam encontrados entre os es-
combros de casas e prdios des-
trudos.
Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira jornal do commercio
11
Como ser o amanh?Luiz Carlos de Barros Figueirdo
corriqueiro o entendimento deque a grande inveno da hu-manidade foi a roda, e que omarco civilizatrio deve ser tomado apartir de quando passamos a viver emsociedade e convivendo em cidades.Pessoalmente entendo que a civiliza-o nasce no momento em que o ho-memcomum abremo da vingana pri-vada e entrega ao ente Estado o poder-dever de punir. Abdica ele do seu ladoinstintivo animal em prol do coletivo.Mas a besta-fera que cada um de nsguardou no seu mais ntimo continuaali, latente, esperando a hora de se ma-nifestar.A cada vez que o Estado descura de
cumprir esta procurao para punir to-dos aqueles que descumprem as regrasde convvio social, uma amarra de con-trole se solta. Nestes tristes tempos emque cada vez mais se ver triunfar a ini-quidade, a impunidade, o saque aos co-fres pblicos, natural o descrdito docidado de imaginar que um dia sere-mos civilizados como tantos outros pa-ses.Nesta quadra tambm se insere a
questo da idade da imputao penal,pois a mdia, deliberadamente ou no,desvia o foco das grandes falcatruas na-cionais, atribuindo todas as mazelas doBrasil delinquncia juvenil, muito em-bora no representem elas nem 2% dototal dos ilcitos praticados no Pas. Is-so leva a que a opinio pblica, em es-magadora maioria, passe a acreditarque se reduzindo a idade de imputaopenal para 16 anos tudo ser resolvido,como em um passe de mgica.Resumidamente j se argumentou
que: 1) o artigo 228 da Constituio clusula Ptrea; 2) cadeia no consertaningum; 3) as unidades de internaoemnada diferem dos presdios de adul-tos; 4) frequentemente o tempo de per-manncia dos adolescentes nas unida-des de privao de liberdade terminasendo maior que o dos adultos; 5) emrazo de tratados internacionais, dif-cil para o Brasil se justificar perante acomunidade internacional acaso legislesobre tal reduo; 6) Os ndices de rein-cidncia de adolescentes infratores soinfinitamente menores do que os dosadultos, especialmente se engajadosem liberdade assistida e/ou prestaode servios comunidade; 7) na cadeia,misturado a adultos, sero ps-gradua-dos na escola do crime e sairo pioresdo que quando entraram; 8) ausnciade polticas pblicas; 9) os jovens somais vtimas que algozes, etc.Em contrrio, os favorveis dizem
que com 16 anos j se pode votar, esque-cendo que o Brasil o nico pas domundo onde ocorre tal aberrao, e, as-sim mesmo, facultativamente; que emalguns pases podemdirigir veculos au-tomotores; que um jovem de hoje muito diferente daqueles de geraespretritas, pois tem acesso fcil infor-mao, pela TV, internet, redes sociais,etc. um fato que so mais informados,
tal como eu o era em relao s gera-es dos meus pais ou avs, s que aquesto no de informao, mas dematuridade para discernir e se determi-nar segundo a circunstncia concreta.No de saber se errado ou certo.At uma pequena criana faz esta dis-tino. de se determinar e agir da for-ma correta, ainda que sob presso de
amigos, tribos, etc. Neste tocante, na-da mudou. So to imaturos e influen-civeis como os adolescentes do passa-do.De outra banda, os contrrios redu-
o so tambm intransigentes e nobuscam entender que os reclamos par-tem de um anseio legtimo. As pessoasesto cansadas de tanta impunidade.Ponto. O sistema no tem dado respos-tas eficazes. Alm dos casos de exacer-bada violncia to explorados nos noti-cirios, embora no sejam eles to fre-quentes, o fato que a populao das ci-dades convive diariamente com peque-nos delitos praticados por adolescen-tes, quase sempre contra idosos, crian-as e mulheres.No adianta simplesmente dizer que
a reduo no resolver o problema, aocontrrio o agravar. preciso que seapresentem alternativas para que a so-ciedade volte a acreditar que o Estadoest cumprindo o seu dever de prote-ger a convivncia social. Neste sentido,tramita no Congresso Nacional umaproposta que sai dessa aparente arma-dilha de ter que se ser contra ou a favorda reduo da idade de imputao. Talproposta, amplia o tempo de permann-cia em unidades de internao para osautores de infraes graves, restauran-do a credibilidade do sistema.O amanh ser de luzes se nesse mo-
mento histrico prevalecer o entendi-mento e a concrdia para o bemdoBra-sil. Chegou a hora de prevalecer a vozdos estadistas sobre a dos polticoscom p minsculo.
k Luiz Carlos de Barros Figueiredo desembargador e Coordenador daInfncia e Juventude do TJPE
Existe crise?
Arco do atraso
opinio JC
q Chargekmiguel
q editorial
A inaugurao da Jeep em Per-nambuco deu presidenteDil-ma Rousseff oportunidade pa-ra ratificar a promessa feita em marode 2013 a de que o governo federalbancaria a obra viria mais importantedos ltimos anos para o Estado: o ArcoMetropolitano. A rodovia deve desafo-gar o transporte de cargas ao comple-xo de Suape.Depois de o Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes(Dnit) segurar por tempo prolongadoas informaes para a licena prviaambiental da Agncia Estadual deMeio Ambiente (CPRH), a presidente
finalmente divulgou a superao do en-trave em relao ao lote 2 do projeto,com 44 quilmetros de extenso, doCabo de Santo Agostinho a So Lou-reno daMata. E acenou comuma pro-messa nova, a incluso do lote 1 nos es-tudos de empreendimentos que po-dem ser objeto de concesso geridospela iniciativa privada, com a cobranade pedgio.Exibindo indisfarvel enfado com
o assunto, traduzido em tom de vozsem empolgao, Dilma Rousseff repe-tiu a promessa do Arco como quemno acredita no que est dizendo. E co-mo a viabilizao do projeto depende
da oscilante posio do governo petis-ta sobre a privatizao em campa-nha, contra, quando faltam recursosno Tesouro, a favor toda prudncia pouca.Na coluna Pinga-Fogo de ontem,
Giovanni Sandes lembrou que a solu-o da concesso foi proposta pelo en-to governador Eduardo Campos, oca-sio em que o Planalto vetou a ideia.Agora, a soluo retorna por fora dacrise. Escreveu Sandes: Sem o gover-no acreditar de fato nessa alternativa, questo de tempo at l na frente oBrasil sair da crise e, contraditoriamen-te, viver um novo ciclo do atraso. Um
ciclo que pode arrastar o Arco paramais longe da realidade.Alm disso, importante frisar que
meio Arco igual a uma ponte que novai at a outra margem: no serve paraabsolutamente nada. De acordo com oDnit, o trecho anunciado pela presiden-te na festiva solenidade da ltima tera-feira ainda ter o termo de refernciaelaborado. A data do lanamento da li-citao sequer cogitado, e como setrata de obra a ser feita por regime dife-renciado de contratao (RDC), o cus-to sigiloso, s vindo a pblico com aconcluso do processo licitatrio. Semprazo nem pressa do governo federal
para iniciar a primeira metade, imagi-ne-se quando a ventilada concesso sai-r da frustrante oratria presidencialpara receber as feies de um projeto.Assim, com a fbrica da Jeep em
operao e a presso da classe empre-sarial, dos trabalhadores e de todo o se-tor produtivo, o importante no dei-xar que o discurso de Dilma se percano vento. Se a estratgia oficial prega odesenvolvimento regional que o ArcoMetropolitano representa, h que secobrar todos os dias o edital do lote 2,bem como pela simultneaviabilizao do trecho que nempercur-so definido possui.
O Sport, sempreJoo Humberto Martorelli
E u sou o responsvel o nicoresponsvel pelos insuces-sos do futebol do Sport na pri-meira quadra deste ano. A um, por-que essa responsabilidade inerenteao exerccio da presidncia, o cargomais alto do clube. A dois, porque oSport atuou de acordo com os princ-pios que fixei para minha administra-o, baseados na minha experinciacomo profissional e empresrio, e, cla-ro, na paixo pelo clube.Qualquer administrao coerente
tem que fazer um diagnstico e umplanejamento estratgico, e minhaconstatao, j ao assumir o clube co-mo interino em dezembro de 2013, aopriorizar a srie A, foi que no alcan-aramos resultados expressivos nocurto prazo em virtude da abissal dife-rena entre os nmeros das cotas tele-visivas e dos quadros de scios doSport e dos clubes do Sul e Sudeste. OSport percebe anualmente entre 15%e 20% das cotas de televiso do Fla-mengo e do Corinthians e aproxima-damente 40% dos demais clubes doSudeste. Diferenas percentuais ain-da maiores ocorrem quando se contao nmero de scios ativos e pagantes.Embora partindo eu paramaior pro-
tagonismo na luta pela reformulaodas cotas de televiso, a alternativa pa-ra gerar receitas compatveis com agrandeza do Sport o investimentona base do futebol. O competente e s-rio tcnico Eduardo Baptista tem amisso clara de promover a base e in-tegr-la ao futebol profissional, j con-tando o Sport, nestemomento, fato ab-solutamente indito na histria do clu-
be, com, pelo menos, sete jogadoresda base que atuam na diviso princi-pal. Isso propicia bom futebol com sa-lrios relativamente baixos e, melhorainda, a possibilidade de realizar recei-tas expressivas com a venda de joga-dores cujos direitos pertencem emsua quase totalidade ao Sport.Quanto ao nmero de scios, con-
tratamos uma empresa de renome in-ternacional para atualizar o cadastroe promover, com o departamento demarketing do clube, esse completa-mente reformulado, um novo progra-ma de captao de scios: espero que,apesar do crculo vicioso (futebol con-dicionando sempre o programa de s-cios), possamos fazer prevalecer amentalidade de que o clube no vivede ttulos, mas de scios.Com o plantel formado por jogado-
res egressos das categorias de basemesclados a profissionais experientese o apoio dos scios, o Sport podergerar receitas que permitammant-lona srie A do campeonato brasileiro edisputar torneios internacionais queengrandeam o clube. Mas isso tudosomente ser possvel em umhorizon-te de tempomais largo, dada a caracte-rstica do planejamento e das metasestipuladas.Enquanto isso, continuamos corren-
do o risco de derrotas marcantes, e te-mos que ter a conscincia de que, senos limitarmos a ficar na dimenso dacrtica apaixonada e destrutiva, nuncairemos adiante de uma desconfor-tvel etapa de transio, que requercoragem e viso de longo prazo.
k Joo Humberto Martorelli advogado e presidente do Sport
Adriano Oliveira
O principal desafio das CinciasSociais interpretar adequa-damente a conjuntura. Quan-do isto no ocorre, anlises conduzemos leitores constatao equivocada darealidade. Na anlise conjuntural, nose deve desprezar os fatos e a qualifica-o adequada do momento que dadopas vive. Desde FHC, as instituiesbrasileiras avanam. ALei de Responsa-bilidade Fiscal incentivou os gestores aboas prticas de governana.Privatizaes enfraqueceram a dinmi-ca clientelista presente no presidencia-lismo de coalizo. Na era Lula, a AoPenal 470 permitiu que polticos fos-sem condenados pelo STF.Em 2014, na era Dilma, pela Opera-
o Lava Jato, diversos empresrios epolticos foram detidos. Um grande es-cndalo de corrupo envolvendo a Pe-trobrs veio tona pela Justia Fede-ral, Ministrio Pblico Federal e Pol-cia Federal. Variados rgos de comuni-cao noticiam as aes e diversos fa-tos, que requerem julgamentos de va-lor pela opinio pblica, brotam.Os escndalos de corrupo presen-
tes no noticirio sugerem que as insti-tuies brasileiras avanam e que aospoucos a paralisia deixa de fazer partedelas. Governos, independentementedos que estejam no poder, sofrem com
acusaes. Porm, desde a curta era Ita-mar, nenhum presidente da Repblicafoi acusado oficialmente por crime deresponsabilidade ou falta de decoro.No mbito econmico, a alta da infla-
o no sugere que o Brasil voltar conjuntura econmica antes do PlanoReal. O pfio crescimento de 2014 e des-te ano no permite que ondas de pessi-mismo invadam as cabeas sbias. Rela-trios econmicos presumem que em2016, caso o ajuste fiscal seja aprovado,o Brasil voltar a crescer. Os avanossociais ocorridos desde as eras FHC eLula podem sofrermomentnea parali-sao e nfimo retrocesso, mas tais pos-sibilidades no sugerem desastres.No presidencialismo de coalizo, pre-
sidentes da Repblica disputam a su-premacia nos campos miditicos e Le-gislativo comosmembros do Parlamen-to. Essa dinmica gera disputas, mas arelao tende a voltar ao normal. Des-de junho de 2013, manifestaes to-mam as ruas do Brasil e as redes so-ciais. Pesquisas de opinio mostram odficit de confiana com as instituiespolticas. Diante de tantos fatos, suspei-ta-se que o Brasil vive o caos. Mas te-nho outra interpretao: o Brasil avan-a institucionalmente e mais eleitoresexigentes e inquietos surgem.
k Adriano Oliveira doutor emcincia poltica e professor da UFPE
Diretor de Redao:Laurindo Ferreira [email protected] de Redao:Maria Luiza Borges [email protected]
kOs textos assinados publicados emOpinio e Voz do Leitor no refletem necessariamente a posio do Jornal do Commercio. O JC se reserva o direito de editar e de adaptar os textos linguagem jornalstica.
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k12 jornal do commercio Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira
Est difcil caminhar pela Praa Cludio Russel, emMaranguape, pois o mato e o lixo tomamconta do espao.
k Suellen Lira, via comuniQ
Durante a ltima campanha,o prefeito Geraldo Julio,empolgado com os conselhosdo ex-padrinho poltico,chegou ensaiar um ForaDilma. Agora, com pires namo, precisando do governofederal, baixou a bola.
k Vandoci [email protected]
kFrase
H um cano da Compesa estourado, h mais de dois meses,na Rua So Jos da Coroa Grande, em Pau Amarelo. Vriosmoradores j ligaram para a Companhia e, at agora, nada foifeito.
k Evaldo Blera, via comuniQ
kDescaso
kResposta ao leitor
kFrase
Dia 26 precisei comprarum produto na Farmcia BigBen de Bairro Novo, emOlinda, e, ao chegar fila docaixa, percebi que no haviaprioritrio. Cheguei aquestionar uma vendedora,que me confirmou noexistir. Fiquei surpresa,porque costumo frequentarlojas, supermercados, casaslotricas e caixas eletrnicose sempre observo isso.Gostaria de saber porque areferida farmcia no cumprea lei.
k Rosa Soares, por e-mail
kPauAmarelo
Envie suas cartas para a Ruada Fundio, 257, Santo Amaro
SuellenLira
/VozdoLe
itor
Assaltantes tm aterrorizadoestudantes dos colgios Ncleo,Damas e So Lus, na Av. RuiBarbosa. Os adolescentes tmsofrido constantes assaltosnaquela rea, no horrio dointervalo (para os alunos dointegral) e na hora da sada.
k Eduardo [email protected]
k
k
A ltima tera-feiracomeou diferente, depois dever as fotos que Ricardo B.Labastier, deste JC, registrou,na feira de adoo em queparticiparam os cachorrosabandonados em um imvelna Encruzilhada. Meucorao se encheu de alegria!Emmeio a tanta notcia ruim,poder visualizar imagens quemostram amor, carinho esolidariedade um verdadeiroprazer. Meu desejo quetodos sejam adotados.
k Tatiana [email protected]
Que pas esse, queanualmente ressalta aimportncia da educao e,em qualquer sinal derecesso, penaliza logo essesetor? Que pas esse, ondedesembargador determinaantecipadamente oencerramento da greve dosprofessores, sob pena demulta diria? Isso prova quea Justia est sempre dolado do opressor. Que pas esse, onde profissionais de
setores cruciais, comosade, segurana eeducao, soprecariamenteremunerados, mas no tmdireito a reivindicao? Quepas esse, onde CPI virourotina, corrupo culturale penalidade para polticobandido se resume a umamanchete no jornal?
k ngela [email protected]
kAbandono
Mato e lixo em praa deMaranguape
O lago da Praa do Derby, mesmo depois da reforma, servede lixeira. E a gua, que antes circulava, agora fica parada.
k Dunga Bezerra, via comuniQ
pelo comuniQ
voz do leitor
Sua opinio muito importante.Fale conosco:
(81)3413.6178www.jconline.com
No ltimo domingo, li, nacoluna Caminhos da F,deste JC, notcia sobre adeterminao do PapaFrancisco para ordenao,como padre, de umseminarista em estadoterminal. O religiosocelebrou sua primeiramissa num leito dehospital. Um exemplointeressante, que nosensina que nunca devemosdesistir da vida, seja qualfor a dificuldade.
k Fbio Soares Cardoso,por telefone
Em resposta nota publicadadia 28 nesta seo, a Secretariade Infraestrutura do Paulistainforma que as obras depavimentao da Av. Benjaminesto sendo realizadasnormalmente. Tcnicos dorgo seguem concluindo ainstalao do sistema dedrenagem. A previso de queo local esteja pavimentadoainda neste primeiro semestre.
k Assessoria de imprensa
Em ateno leitoraGilvaniaMaria da Silva, aEmpresa deManuteno eLimpeza Urbana (Emlurb)informa que retirou o materialdescartado irregularmente naVrzea. O rgo pede acolaborao da populao parano colocar lixo no local. Essetipo de infrao passvel demulta. A Emlurb ir aumentara fiscalizao na rea.
k Assessoria de imprensa
Em ateno leitoraSueleidyMelo, aCompanhia Energtica dePernambuco (Celpe)informa que enviou equipe Rua Digenes FernandesTvora, no bairro de CasaCaiada, Olinda, no ltimodia 25, e realizou a poda quehavia sido solicitada. ACelpe se coloca disposio.
k Assessoria de imprensa
A Compesa informa ao leitorJames Leonardo que j haviarealizado, dia 24, o conserto dovazamento na Rua PintorAgenor de Albuquerque, n 112,prximo igreja catlica doIbura de Baixo. Em ateno aoleitor Cludio Holanda, informaque realizou o conserto dovazamento na RuaMaria DignaGameiro, em frente ao ColgioViver, em Candeias, Jaboato.
k Assessoria de imprensa
Entre emcontato
pela internetMande seu e-mail e suas fotospara [email protected]
pelo telefone por carta
Os alunos do ProjetoMaisEducao que estudam naEscolaMunicipal NossaSenhora da Conceio, emEngenho Velho, Jaboatodos Guararapes, esto semmerenda. Por isso, ao largar,pela manh, tm que ir paracasa almoar e depois voltar escola, o que atrapalha oandamento das atividades.Muitos deles moram longeda unidade e ficamcansados com odeslocamento.
k Adriana Davino, viacomuniQ
Profissionais desvalorizados
Aps uma consulta mdica,no ltimo dia 27, naPoliclnica Gouveia de Barros,Boa Vista, tentei marcar umhemograma completo e noconsegui. Para minhasurpresa, s podia marcar apartir de 10 de maio. Queabsurdo o que o Sistemanico de Sade (SUS) vemfazendo com a populaobrasileira! Ano passado, noCentro de Anlises Clnicasdo Nordeste, que funciona na
Boa Vista e tem convnio como SUS, me cobraram R$ 5para um exame de fezes, oque estranhei. Gostaria desaber da SecretariaMunicipalde Sade se essesprocedimentos esto corretos.Como uma unidade de sadepblica nos encaminha paraum laboratrio que vai noscobrar?
kManoel Limoeiro, pore-mail
Semprioridade
Cano estourado emPaulista
Pavimentao
Foco de dengue na Praa doDerby
Vrios medicamentosesto em falta na Farmciado Estado. lamentvelesse descaso do governocom os doentes queprecisam dos remdios.Alis, o nosso Pas est emdecadncia geral. Faltadinheiro no governofederal e por isso no seinveste em Estados emunicpios. No podemoscontinuar ao deus-dar,assistindo inertes roubalheira.
k Aderita Alves de FreitasMuniz Coelho, por telefone
Em ateno notapublicada nesta seo, dia 28,a Secretaria de ServiosPblicos do Paulista informaque o servio de recolhimentode resduos domiciliares foinormalizado. Este trabalhoacontece todas asteras-feiras, quintas esbados. Em caso desugestes ou solicitaessobre a coleta de lixo, oscidados podem entrar emcontato com a Secretaria de
Servios Pblicos pelo0800-020-0924. Em relao nota sobre a Praia do Janga, aprefeitura providenciar amanuteno do enrocamentoaderente do trecho entre aRua Solmar e a entrada doConjunto Beira-Mar. Valeressaltar a ltima etapa dasobras de conteno do avanodomar no bairro de PauAmarelo est sendo realizada.
kAssessoria de imprensa
Lixo na Vrzea Poda realizada Providncias
Editores de fotografia:Arnaldo Carvalho [email protected] Porto [email protected] Regis [email protected] conosco: (81) 3413.6433
EvaldoBlera
/VozdoLe
itor
Ligue para a Redao do jc:(81) 3413.6178
Faa o download e acompanhe pelocomuniqapp.com.br
Dun
gaBezerra
/VozdoLe
itor
k
Semmerenda
Adoo de ces
Atendimento precrio no SUS
Exemplo de f
Remdios
Recolhimento de resduos
Recife I 30 de abril de 2015 I quinta-feira jornal do commercio 13
www.jconline.com.br
Folhapress
S
ANTIAGOComo no-
ticirio dominado por
escndalos de corrup-
o, a presidente do Chile,Mi-
chelle Bachelet, anuncioume-
didas para alterar o sistema
poltico e eleitoral do pas.
Em rede nacional na noite de
tera-feira (27), Bachelet afir-
mou que vai propor o fim do
financiamento de empresas a
campanhas eleitorais, a redu-
o dos gastos e a limitao
dos espaos destinados pro-
paganda poltica.
A presidente anunciou ain-
da a criao, em setembro, de
grupos de trabalho para deba-
ter a redao da nova Consti-
tuio, como vinha propondo.
A atual foi criada sob a ditadu-
ra Pinochet (1973-90). Segun-
do Bachelet, as propostas se-
ro detalhadas at o fim da
prxima semana.
Com o pior nvel de aprova-
o popular deste que chegou
Presidncia pela primeira
vez, em 2006, Bachelet tenta
se refazer da onda demau hu-
mor provocada por escnda-
los envolvendo polticos de to-
dos os partidos e at a famlia
presidencial.
Seu filho, Sebastin Dva-
los, acusado de ter facilitado
um emprstimo do Banco do
Chile para a empresa de sua
mulher. Ela teria usado o di-
nheiro para comprar terrenos
e revend-los em seguida por
um preo mais alto.
Polticos da oposio e da
base aliada so investigados
por supostas doaes ilegais a
campanhas eleitorais, com re-
cursos que empresas deve-
riam ter pagado em impostos.
Em seu discurso, Bachelet
fez referncia aos escndalos.
O pas tomou conhecimento
de irregularidades, corrupo
e casos de falta de tica que
afetam a poltica e os neg-
cios. Isso grave, porque dete-
riora nossa democracia e cria
abusos, privilgios e desigual-
dades, afirmou.
Em resposta, ela prope
criar regras para a relao de
empresas e rgos pblicos.
As propostas preveem que o
financiamento das campa-
nhas eleitorais seja feito pelo
Estado. Em troca, os partidos
tero que cumprir exigncias
e controles, como registrar to-
dos os seus militantes, criar
sistemas internos democrti-
cos e ter contabilidade trans-
parente e fiscalizada.
A presidente informou ain-
da que a atividade de lbi de-
ver ser registrada e ser am-
pliada a informao sobre
bens de servidores pblicos.
Conselheiros e diretores de
empresas estatais, prefeitos e
oficiais das Foras Armadas
tambm devero divulgar seu
patrimnio pessoal, assim co-
mo seus maridos e mulheres.
O governo quer ampliar a
fiscalizao de empresas con-
tratadas pelo setor pblico.
O Estado no para fazer ne-
gcios, e negcios limpos no
usam inapropriadamente re-
cursos e prerrogativas do Esta-
do, disse Bachelet.
internacional
A presidente
anuncia criao
de grupos de
trabalho para
debater a nova
Constituio
Fora e dignidade
na hora da execuo
ONU critica a pena demorte
Agncias O Globo e Estado
O Escritrio de Direitos Hu-
manos da Organizao das Na-
es Unidas (ONU) criticou on-