4 Aula IV - Empregado

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    1UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDADIREITO DO TRABALHO I- Profa. Benizete RamosAULA IV(roteiro) EMPREGADOAula ministrada em __/__/__ turma _______

    A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo:a de que ningum superior a ningum.Paulo Freire

    TST- S. 269, 102, 287, 344 TST

    I - CONCEITO:Art. 3o. da CLT- Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar servios denatureza no eventual a empregador, sob dependncia deste e mediante salrio., pois pessoa fsica que presta servios de natureza contnua a empregador, sob

    subordinao deste e mediante pagamento de salrio.I.1) Cinco requisitosa)- Pessoa fsica- A legislao trabalhista tutela a pessoa fsica do trabalhador.Portanto empregado no pode ser pessoa jurdica nem animal. (S.P.Martins);

    b)- no-eventualidade;c)- dependncia;d)- salrioe)- pessoalidade;

    Segundo Mascaro Nascimento. Nem todas as leis trabalhistas dos pases industrializados ouemergentes definem empregado, o que mostra que no h unanimidade sobre o tema, o que j foiassinalado pelo direito do trabalho clssico,como observaram Borsi e Pergolesi ao mostrarem, noTrattato didiritto del lavoro, que no fcil definir empregado por se tratar dequesto de casoconcreto, a ser equacionada pelas decises judiciais.Outras indicam elementos constitutivos datipificao da figura. H pases nos quais cabe jurisprudncia avaliar a situao objetiva, deacordo com as provas produzidas no processo judicial, para dar o devido enquadramento jurdicoao contrato entre aquele que presta servio se o comitente ou empregador que os recebe. NoBrasil, os arts. 3 e 2 da CLT contm os elementos necessrios para a sua definio. (...) Ainda:Os dispositivos merecem ser modernizados porque foram elaborados para determinado tipo de

    processo produtivo e de relao de emprego do operrio da fbrica, enquanto na sociedade

    industrial as situaes que todo dia aparecem para julgamento da Justia do Trabalho,nas quais seprocura enquadrar o vnculo jurdico num modelo contratual, so as mais variadas e inovadoras.Os principais pontos que no mais correspondem s necessidades das relaes de empregocontemporneas so os que no se distanciam do contrato a tempo pleno e durao indeterminadae os que se referem aos elementos fundamentais indicativos do modo como o trabalho prestado

    para que se caracterize como vnculo de emprego. Por exemplo, a lei excepcionou do contrato deemprego o trabalho eventual, sem dar indicativos para que se conclua em cada caso concretoquando estamos ou no diante de um desses casos, o que tem causado discusses jurdicas que se

    prolongam para saber o que eventualidade ou ineventualidade. Melhor seria criar dispositivossobre esse tipo de contrato que a lei considera eventual. A palavra dependncia pode ser usada emmais de um sentido: o econmico, o tcnico e o jurdico, este por mera ilao, mas o provvel que a lei quis se referir dependncia econmica do empregado. H dependentes econmicos noempregados, como eventuais e autnomos de baixa renda, e o vocbulo dependncia foisubstitudo, pela doutrina e pela jurisprudncia, por subordinao, continuando a lei, no entanto,domesmo jeito. A expresso empresa individual ou coletiva, que est no texto da lei, sofre crticas.Entende-se por empresa coletiva a pessoa jurdica, e por empresaindividual a pessoa fsica que

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    2exerce uma atividade organizada comempregados. Empregador a pessoa fsica ou jurdica a crtica de Sssekind. No conceito de empregador destaque-se a expresso que dirige a prestao

    pessoal de servio, da maior importncia. Traduz a pessoalidade da pessoa fsica que trabalha emrelao qual o 2 contrato foi pactuado e no o de outrem; razo pela qual o contrato de empregoindelegvel a terceiro.1

    O Art. 3o. emprega a expresso dependncia= subordinaoI.2)- Subordinao jurdica, Sergio P. Martins a obrigao que o empregado temde cumprir as ordens determinadas pelo empregador em decorrncia do contrato detrabalho. o estado de sujeio em que se coloca o empregado em relao aoempregador, aguardando ou executando ordens.Segundo Nascimento: Aqueles que detm o poder de direo da prpria atividade so autnomose aqueles que alienam o poder de direo sobre o prprio trabalho para terceiros em troca deremunerao so subordinados.Econmica- O empregado dependeria do empregador para sobreviver. No precisa

    pelo fato de poder ter outro emprego ou outra fonte de subsistncia;Tcnica- No sentido de que o empregado dependeria da orientao tcnica doempregador. Nem sempre se sustenta em razo dos altos empregado, vg.

    II- DISTINO QUANTO AO TIPO DE TRABALHO E QUANTO AOLOCAL DA PRESTAO DE SERVIOS

    A CLT no exige como requisito configurao de emprego que o empregadopreste servio no prprio estabelecimento do empregador.

    II-1-Empregado em domiclioArt. 6o. e 83da CLT originrio do trabalho artesanal, da pequena indstria caseira. A expressosignifica o trabalho realizado em casa do empregado. Pode tambm ser na casa dointermedirio. Ex: costureiras necessrio que haja subordinao que pode ser medida pelo controle sobre a

    produo, qualidade, dia e hora para entrega. Ver se tem os requisitos do art. 3o. daCLT (os familiares podero colaborar, mas no se substituir ao empregado);Teletrabalho- uma modalidade de trabalho distncia, tpica dos temposmodernos, devido ao avano tecnolgico, mas que mantm contato com este pormeio de recursos eletrnicos e de informtica.Ocorre flexibilizao de horrio

    II-2-Empregado rural Lei 5.889/73; CF 7o. caput (I a XXXIV), igualou osmesmo direitos entre os urbanos - (diferente do contrato de parceria, meao da Leicivil); Sm. 344 TST.As normas da CLT no se aplicam aos rurculasart.7o, b CLTConceito: Art. 2o. a pessoa fsica que em propriedade rural ou prdio rstico,

    presta servios com continuidade a empregador rural, mediante dependncia e

    salrio;Prdio rstico o destinado explorao agrcola, pecuria, extrativa ouagroindustrial. Pode at estar localizado no permetro urbano, mas deve ser utilizadona atividade agroeconmica. No a localizao. O elemento preponderante a

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    3atividade do empregadoragroeconmica. Ex: o que planta, aduba, ordenha, cuidade gado, tratorista, peo, boiadeiro.

    II-3-Empregado domstico-Lei 5859/72; L. 10.208\2001 faculdade de incluso no regime do FGTS

    (acrescentou o art. 3.A da primeira Lei); Lei 11.324/06 (incluso de vriosdireitos) ; CF art. 7o.XXXIV par. nico CF-CLT art. 7, a- exclui a aplicao da CLT aos domsticos.Conceito- art. 1o.Aquele que presta servios de natureza contnua e de finalidadeno lucrativa a pessoa ou a famlia, no mbito residencial desta.Se exercer atividade lucrativa deixa de ser domstica e ser celetista. Ex.fornecimento de quentinhas, penso p/certo grupo.O motorista, apesar de fora do mbito residencial domstico. Logo para o mbitoresidencial.Direitos estendidos pela CF, menos Horas extras A lei 11.324/06 passou para 30dias de frias e garantiu a estabilidade a gestante e vedou os descontos da utilidades.

    II-4-Empregados em cargo de confianaArt. 62, II, 450, 468 nico, 469, 499da CLT.bancrio art. 224 2o.CLTSmulas 102, 287 TST(bancrio) Sm.269 TST.Conceito- So os que investidos em mandato legal exercem cargo de gesto, -(gerentes, diretores, chefe de depto) e pelo padro mais elevado de vencimentos sediferenciam dos demais empregados .Sussekind aquele que tenha funo de superintendncia (mando geral) possarepresentar a empresa em suas relaes com terceiros ou possua encargos cujodesempenho exija uma confiana especial ou comum. um empregado como outroqualquer, mas que, dada a natureza da funo desempenhada, face a fidcia, assumeespecial relevo. Diferencia-se tambm na restrio de direitos e salrio diferenciado.

    No de confiana se decorrer de cargo de carreira ou regulamento.Altos empregados: diretor de empresa.O direito do trabalho protege o trabalhador subordinado independente de sua

    posio hierrquica na empresa. H duas correntes: Mandatrio ou empregado.Se eleito diretor de empresa quatro correntes: Extino, suspenso ou interrupo

    contrato de trabalho ou no altera a situao jurdica do empregado. Delio Maranhoentende que se d a suspenso do contrato; J. Antero de Carvalho e Octavio BuenoMagano sustentam que no altera a condio jurdica, continua sendo empregado TST Sm 269; Lei FGTS 8.036/90 art. 16.Para que fique excludo da proteo legal deve ter autonomia.

    II-5- Empregado Aprendiz- Art. 428 e seguintes da CLT contrato de trabalho especial ajustado por escrito e por prazo determinado.14 a 24 anos.

    H correntes diversas quanto a natureza jurdica. , pois, um contrato de trabalho,embora com fins simultneo de ensino; a segunda nega aprendizagem o carter decontrato e a terceira um contratosui generis.Exigncias: 1-Anotao CTPS; 2- matrcula e freqncia escola; 3- Duraomxima do contrato de 2 anos; 4- jornada diria de 6 horas, (veda a hora extra) at

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    408hs p/ os que completarem o ensino fundamental e 5- garantia de salrio mnimohora.

    II.6-Empregado pblico- servidores pblicos regidos pela legislao trabalhistaNecessidade de concurso publicoart. 37,II CF .

    Empregados de empresas publicas e sociedade de economia mista e suassubsidirias , que explorem atividade econmica e integram a administrao pblicaindireta so celetistasart. 173, par. 1. CFOBS- Art. 37,IX CF- permite contratao por tempo determinado de servidores

    pblicos apenas na hiptese de necessidade temporria, mas submetidos a regimejurdico administrativo especial de acordo com o Estatuto .