4 - o Ensino Do Voleibol

7/25/2019 4 - o Ensino Do Voleibol

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O ensino do voleibol

Nelson Kautzner Marques JuniorGraduado em Educao Fsica pela UNESA do RJ

Especialista em Fisiologia do Exerccio e Avaliao Morfofucioal pela UGF do RJEspecialista em Musculao e !reiameto de Fora pela UGF do RJ

Especiali"ado em !reiameto #esportivo pela UGF do RJ

Resumo

A proposta do estudo explicar algumas estratgias para o professor ensinar o voleibol com mais cienticidade. O voleibol uma modalidade cujo ensino apresenta diculdades, mas estratgias de diminuio do campo, simplicao das regras, rede ebola adequadas ao aprendiz podem tornar a aula de voleibol mais ecaz. m concluso, esta reviso de literatura fornecealgumas informa!es para o educador f"sico ministrar suas aulas de voleibol com mais qualidade.Unitermos:#oleibol. nsino do voleibol. Aprendizado do voleibol.

Revista Digital - Buenos Aires - Ao 10 - N ! - "nero de !00#

Introduo

$ esio tradicioal da Educao Fsica cosiste de uma explicao com

demostrao do gesto desportivo da modalidade %GARGAN!A& '(()*+ GARGAN!A

%'((,* recomeda simplificar as regras dos -ogos desportivos coletivos %J#.*&

adaptado/as 0s ecessidades atropom1tricas e fisiol2gicas do aluado& mudaas

como3 reduo dos praticates& 4uadra com dimes5es meores e outros& so

facilitadores das a5es do -ogo& proporcioado um esio efica" e um apredi"ado

6em sucedido+

A criaa apreseta meor capacidade de ateo %!A7ARES& '((,*& logo leva

mais tempo para egramati"ar a iformao esiada pelo professor+ Al1m disso a

reali"ao de movimetos coordeados 1 mais leta devido a mielii"ao dos

eur8ios %9:;M$RE e .$S!:;;& a6ilidades motoras tedem a se esta6ili"ar+

9E:NE.B %'(('* esia 4ue algus aluos so mais CaceleradosC os

aspectos fsicos e psicomotores& cose4uetemete desempe>am& mel>or& as tarefas

do 4ue outros da mesma idade crool2gica& assim devemos estar atetos 0 idade

6iol2gica+

9E:NE.B %'(('* fa" o seguite alerta3


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No faz muito sentido promoo de campeonatos escolares, ou a publicao

de listas dos melhores alunos, entre outros, quando so feitos de acordo com o ano de

nascimento, como geralmente o caso. Chances de ganhar ou de se classificar, aqui,

quase que exclusivamente dos que tm desenvolvimento biol!gico precoce

"acelerados#$ os normalmente desenvolvidos ou mesmo retardados, saem%se muito

mal nesta &comparao& com os acelerados da mesma idade cronol!gica, devido s

suas condi'es antropomtricas desfavor(veis, principalmente naquelas modalidades

esportivas em que )ustamente estes par*metros so decisivos, com o caso no

voleibol, por exemplo "p. +- e +#.

$ -ogo de volei6ol 1 praticado atrav1s do sa4ue& passe& levatameto& ata4ue&

6lo4ueio e defesa %E$M e S.DU!& '((ecimetos 6iomecHicos e psicol2gicos do

professor toram o esio do volei6ol mais efica" para o aluo+ MARIUES JUN:$R

%


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desportivas CartificiaisC& ela6oradas pelo >omem& todas essas caractersticas dificultam

o esio do volei6ol %MESIU:!A& '(('*+ GU:MARES %ace de acertos as tarefas complexas do volei6ol+ MESIU:!A %'((K* o6servou em

seu estudo 4ue o aluo com t1cica volei6olstica elevada cosegue tocar mais ve"es

a 6ola do 4ue os demais+ A mesma pes4uisadora %'((,* fa" as seguites

recomeda5es para otimi"armos o esio do volei6ol3

$ Lmero ideal de aluos 1 o mximo O cotra O por4ue permite maior

cotato com a 6ola+

Redu"ir as dimes5es da 4uadra para a 6ola ficar mais tempo o ar+

U.B e DARR:S$N %'((=* corro6oram uma da recomeda5es de Mes4uita

%'((,*& ao evideciar em sua pes4uisa 4ue os aluos com maior cotato com a 6ola

ad4uiriram um mel>or apredi"ado do volei6ol+

F$N!AN: et al+ %'(((* afirmam 4ue uma pessoa ateta reali"a os

fudametos do volei6ol com mel>or 4ualidade+ R:GGS %'((O* escreve 4ue a

orietao correta e cuidadosa do professor proporcioa mel>or apredi"ado doeducado& maior participao da turma as aulas& aumeto da motivao da classe&

com maiores c>aces de sucesso desportivo+

GUS!DAR! et al+ %'((,* explicam 4ue o professor deve esiar o volei6ol

ates& durate e ap2s a aula& corrigido os erros e estimulado os acertos do aluo ou

da classe& este procedimeto facilita o apredi"ado+ $s mesmos autores %'((O*

recomedam aos professores o uso de uma escala de potos de ' a '== para

classificar a 4ualidade das t1cicas dos fudametos do aluo+

ara MESIU:!A %'((,* existem O veis de -ogo de volei6ol a

apredi"agem& e so3

1 Nvel de Jogo (jogo esttico)

/in*mica Coletiva0 1nterveno rara sobre a bola, )ogo de toque "re%envios

diretos, quase sempre sem xito#, ausncia de rela'es de espao de )ogo ")ogador

isolado#, 1mobilidade dos )ogadores "atitude est(tica e em posio vertical# e ocupao

no racional do espao de )ogo "p. 2#.


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3ervio e 4ecepo0 5rande porcentagem de servios errados, raras

interven'es sobre a bola na recepo e quase sempre ineficazes, ausncia de

deslocamentos para a bola, gestos incontrolados acompanhados de a'es est(ticas

isoladas e orientao do corpo face ao terreno advers(rio " s! utiliza o plano frontal#

"p. 2#.

6taque0 6 principal &arma& de ataque o servio, a troca da bola entre os

)ogadores praticamente nula, o ataque quase sempre ineficaz "provoca ruptura do

)ogo#, o ataque reduz%se a toque "re%envios diretos da recepo# e o gesto tcnico

do ataque efetuado sem dom7nio "movimentos explosivos e incontrolados# "p. 2#.

/efesa0 No existe intencionalidade na ao defensiva, os )ogadores adaptam%se

a atitude de &espera& "em p# e o )ogador no analisa a tra)et!ria da bola "quando

defende porque a bola foi ao seu encontro# "p. 2#.

2 Nvel de Jogo (jogo anrquico)

/in*mica Coletiva0 6usncia de rela'es no espao de )ogo "a'es individuais#,

6glutinao no ponto de queda "indiferenciao de fun'es#, mobilidade ocasional dos

)ogadores com o intuito de interceptar a bola e re%envios diretos " toque# persistem0

maior n8mero de bolas interceptadas "p. 2#.

3ervio e 4ecepo0 6 porcentagem de servios errados diminui em relao ao9 n7vel, maior n8mero de bolas interceptadas na recepo "efic(cia reduzida na

direo do levantador#, deslocamento tardio dos apoios em direo bola, contato

com a bola no momento da manchete sem local definido no antebrao e ausncia de

boa coordenao entre braos e pernas no momento do passe "p. 2#.

6taque0 : principal ataque continua sendo o saque, os re%envios diretos persistem

"com mais xito#, surge ocasionalmente o ;9 toque para corrigir o 9 toque e o ataque

tem fraca efic(cia "p. 2#.

/efesa0 :cupao do centro do centro do terreno de forma desorganizada

"zonas laterais desprotegidas#, a defesa normalmente est(tica, m( coordenao

entre braos e pernas no ato defender e a ruptura do )ogo menos freq


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posio ocupada na quadra#, organizao coletiva das a'es "ocorre os + toques# e as

a'es situam%se no momento presente. No h( progresso para a rede do ;9 para o +9

toque "p. 2;#.

3aque e 4ecepo0 6 porcentagem de servios errados diminui quando

comparamos com o ;9 n7vel de )ogo, as interven'es sobre a bola na recepo

aumentam "com maior efic(cia em direo ao levantador#, no )ogo podemos identificar

qual dos alunos so os passadores e o )ogador que atua como levantador, ao

coordenada dos membros inferiores com os braos no passe e ocorre a orientao dos

segmentos corporais para o local de envio da bola "p. 2;#.

6taque0 : servio deixa de ser a principal &arma& de ataque, os reenvios de e

; toques diminuem "surge com mais freq#.

6taque0 6 principal &arma& de ataque surge no +9 toque, a construo do ataque

organizada "usando os + toques#, os )ogadores atacantes coloca%se paralelamente

rede, o que lhe permite atacar em todas as dire'es "p. 2>#.

/efesa0 :corre bloqueio e defesa de manchete, deslocamentos realizados em funo

do tipo de ataque, antecipao em funo das situa'es criadas pelo advers(rio no

ataque e a ruptura do )ogo surge, fundamentalmente, devido ao ataque eficaz "p.

2>#.


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MESIU:!A %'((,* iforma 4ue& o vel de -ogo dos apredi"es dita os

o6-etivos o -ogo e as regras do -ogo& como 1 exposto a seguir3

'P Nvel de Jogo %-ogo esttico*

a+ $6-etivo o Jogo3 Eviar a 6ola por cima da rede& priori"ar o to4ue o

cotato com a 6ola& preferir o sa4ue por 6aixo e tetar sustetar a 6ola o maior tempo

o ar+

6+ Regras3 !ama>o da 4uadra redu"ido& altura da rede etre '= a o e < cosecutivos do mesmo -ogador e 6ola mais leve para facilitar a sustetao

o ar+

ete&

eviar a 6ola para o opoete de to4ue ou de mac>ete e desevolver a comuicao

ver6al+

6+ Regras3 !ama>o oficial da 4uadra& variar a altura da rede %alta& m1dia e

6aixa*& -ogo < cotra o oficial da 4uadra& rede com altura mxima de '&(=

metro a '= cetmetros acima da palma da mo 4uado o aluo tem 6om salto

vertical& Jogo K cotra K ou O cotra O& cada -ogador pode reali"ar um to4ue a 6ola&

sedo um total de K e a 6ola 1 oficial+

OP Nvel de Jogo %-ogo de cosecuo ela6orada dos K to4ues*

a+ $6-etivo do Jogo3 Jogar igual 0 competio oficial+

6+ Regras3 As regras de acordo com as regras oficiais+

Recursos didticos para ensinar o voleibol

JESUS %'())* evideciou em sua ivestigao 4ue o feedbac? extrseco&

atrav1s do vdeo tape& mel>ora a apredi"agem da 6iomecHica da t1cica do sa4ue

por 6aixo do volei6ol em aluos da ,Q e Q s1rie do 'P grau+ Em seu estudo& JESUS

%'())* recrutou O) aluos do .ol1gio de Aplicao da Uiversidade Federal de Sata


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.ataria& 4ue reali"aram um pr1/teste do sa4ue por 6aixo com , tetativas em locais

de sua livre escol>a& mas cada regio da 4uadra ti>a um valor de potos %figura '*+

Sa4ue

Fig. 1/ 7alor de potos das regi5es da 4uadra de v8lei+

Ap2s o pr1/teste& os su-eitos foram divididos em dois grupos& o cotrole e o

experimetal+ Esses volutrios praticaram , sess5es idividuais com ete era feito o feed6ac so6re essas a5es& um

total de ''< li5es& atrav1s de uma aula te2rica miistrada por um professor de

Educao Fsica 4ue explicava os motivos dos acertos e dos erros das duas a5es

volei6olsticas %sa4ue e passe de mac>ete* efetuadas a aula prtica+ A aula te2rica

cotou com o recurso visual do vdeo tape da filmagem dos acotecimetos da aula

prtica dos KO? aluos+ GUS!DAR! et al+ %'((,* tam61m usaram a escala de potos de

' a '== para classificar a t1cica dos dois fudametos pes4uisados+ $s resultados da


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pes4uisa mostraram 4ue os aluos mel>oraram sigificativamete& e a escala de

potos foi cosiderada um excelete istrumeto para avaliao da turma+

9:;B:NS$N %'((am aula te2rica com o recurso visual do vdeo tape por ', miutos+ Esses aluos

tam61m liam e de6atiam& em sala de aula& livros t1cicos de volei6ol so6re acerto& erro

e mel>oria das t1cicas dos fudametos do volei6ol+

#epois de um ao de curso de volei6ol& ( aluos eram do grupo 4ue reali"ava

aula te2rica e ) o+ $s resultados mostraram 4ue os aluos da aula te2rica

coseguiram mel>or apredi"ado do sa4ue& to4ue e passe de mac>ete& tam61m

sa6iam o motivo do erro 4ue cometiam+

E;;E!! et al+ %'((O* tiveram uma amostra de ?< meias& 4ue foram

divididas em dois grupos+ Um grupo praticou com uma 6ola oficial mac>ete& sa4ue e

-ogou por ' dias pelo perodo de K, miutos+ $ grupo < reali"ou todas as tarefas

iguais ao '& exceto a 6ola& era ecimeto da estrat1gia exposta esta reviso de simples execuo

pode torar as aulas de v8lei mais efica"es& 1 relevate ao educador fsico preocupado

com a 4ualidade do esio e apredi"agem+

Etretato& > ecessidades de estudos 4ue se preocupem em determiar o

tipo de exerccio t1cico e ttico do volei6ol 1 mais ade4uado coforme o vel

cogitivo do aluo& segudo a classificao de iaget+


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