33
45o. Encontro Anual da ANPOCS GT 26: MĂșsicas e Processos Sociais: reflexĂ”es sobre mĂ©todos, conceitos e fronteiras Bola de Nieve, expressĂŁo cultural de um Caribe sem fronteiras: pianista, cantor, chansonnier, compositor y otras cositas mĂĄs AfrĂąnio Mendes Catani USP/UFF/Pq CNPQ

45o. Encontro Anual da ANPOCS

  • Upload
    others

  • View
    8

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

45o. Encontro Anual da ANPOCS

GT 26: MĂșsicas e Processos Sociais: reflexĂ”es sobre mĂ©todos, conceitos e

fronteiras

Bola de Nieve, expressĂŁo cultural de um Caribe sem fronteiras: pianista,

cantor, chansonnier, compositor y otras cositas mĂĄs

AfrĂąnio Mendes Catani

USP/UFF/Pq CNPQ

Page 2: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Bola de Nieve, expressĂŁo cultural de um Caribe sem fronteiras: pianista,

cantor, chansonnier, compositor y otras cositas mĂĄs

AfrĂąnio Mendes Catani

(USP/UFF/ PQ CNPQ)1

O objeto central do trabalho Ă© examinar a trajetĂłria artĂ­stica de Ignacio Jacinto Villa

y FernĂĄndez (11.09.1911 - 02.10.1971), conhecido mundialmente como Bola de Nieve.

Nascido em AsunciĂłn de Guanabacoa, municĂ­pio de Cuba pertencente Ă  provĂ­ncia da

Cidade de Havana - Ă© o Ășltimo dos 6 filhos de Domingo, cozinheiro, e InĂ©s FernĂĄndez, que

sobreviveu (o casal teve 13 filhos, mas "vingaram" Juliana, Berta, Domingo, Orlando,

Raquel e Ignacio). RaĂșl MartĂ­nez (1986, p. 7) escreveu que InĂ©s era

"...negra, cuentera, organizadora de fiestas y capaz de bailar la

mejor rumba de cajĂłn o el toque de yemanjĂĄ, durante sus labores

caseros si le podĂ­a oĂ­r una romanza de zarzuela, sentada a su

mĂĄquina de coser o frente a la batea de ropa; asimismo alimentaba

amorosamente a sus seis hijos sobrevivientes...".

Bola foi uma das mais ricas expressÔes musicais caribenhas, apresentando-se em

dezenas de paĂ­ses e gravando quase uma dĂșzia de discos de "larga duraciĂłn" (LPs).

Formado em conservatĂłrio, desde pequeno deslizou suas delicadas mĂŁos pelas teclas pretas

e brancas de pianos em cinemas, cabarés, teatros, hotéis, filmes, em carreira solo ou

acompanhado por orquestras, privilegiando em especial as vertentes musicais que

desenvolveu; o folclore afro-cubano, boleros e cançÔes de sua autoria e de outros

compositores, versÔes e interpretaçÔes de sucessos internacionais, além da adaptação

musical de poemas de autores conhecidos. Um ataque cardĂ­aco o matou no MĂ©xico, dias

apĂłs completar 60 anos.

1 Professor titular aposentado e sĂȘnior na Faculdade de Educação da Universidade de SĂŁo Paulo (FE - USP),

Programa de Pós - Graduação em Educação (PPGE - FE )- USP; Programa de Pós-Graduação em Integração

da América Latina (PROLAM) - USP; Professor visitante (2019 - 2021) junto ao Programa de Pós-

Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF); Pesquisador PQ do CNPq. E-mail:

[email protected].

Page 3: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Pesquiso a respeito de Bola de Nieve hĂĄ mais de trĂȘs dĂ©cadas, desde que fui Ă  Cuba

pela primeira vez, em 1989, em viagem de trabalho na ĂĄrea cinematogrĂĄfica. Nesses 32

anos transcorridos desde entĂŁo, voltei algumas vezes ao paĂ­s, amealhando muito material

acerca da carreira do artista, a saber: livros, artigos de jornais e de revistas, CDs, anotaçÔes,

conversas com mĂșsicos e estudiosos, diĂĄrios de viagem, transcriçÔes de letras de suas

cançÔes, além de assistir a filmes, documentårios e telejornais em que ele participou.

Materiais complementares foram coletados em outros paĂ­ses - Argentina, Chile, Espanha,

México, Venezuela e Reino Unido. O exame sintético desse vasto conjunto de fontes

encontra-se em anĂĄlise no presente momento.

A intenção era realizar, ao longo de 2020 ou início de 2021, uma viagem de trabalho

à Ilha com a finalidade de coletar materiais adicionais, checar informaçÔes, procurar

documentos, conversar com especialistas etc. Entretanto, a pandemia por Covid-19

impediu a saĂ­da do paĂ­s. Nesse sentido, antes de estabelecer um texto com maior amplitude

analítica, optei por apresentar, nas linhas seguintes, os contornos gerais da investigação,

bem como uma parte significativa das fontes de pesquisa - referĂȘncias bibliogrĂĄficas,

filmes em que Bola de Nieve participou de forma direta ou indireta, documentĂĄrios sobre

ele, além de detalhar sua discografia, listando o conjunto das cançÔes gravadas por Bola

que consegui localizar e mapear até o momento.

Entendo que para se compreender de forma plena o conjunto da produção musical

de Bola de Nieve, assim como sua trajetĂłria profissional no campo cultural cubano nas

décadas de 1930 a 1960, é preciso realizar, igualmente, o estudo da sociedade cubana no

perĂ­odo que antecede Ă  Revolução de 1959, alĂ©m dos gĂȘneros musicais predominantes,

exigindo uma forma de anĂĄlise em que as fronteiras entre vĂĄrios campos do conhecimento

- sociologia, histĂłria, economia, mĂșsica, literatura, cinema - adquirem grande dose de

porosidade. No que se refere Ă  literatura, por exemplo, penso ser indispensĂĄvel estudar

autores como Guillermo Cabrera Infante, Lezama Lima, Severo Sarduy, Reinaldo Arenas,

dentre outros, alĂ©m de, quanto aos gĂȘneros musicais, nĂŁo se olvidar da salsa, do mambo,

do chachachĂĄ, do prĂłprio "latin jazz" que, aqui e ali, dialogam constantemente com Bola.

Também as grandes orquestras e os arranjadores são relevantes nesse sentido.

Page 4: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Bola de Nieve fez de tudo nos palcos, segundo suas prĂłprias palavras, tinha "voz

de manguero", mas atingia a excelĂȘncia no que se refere Ă  interpretação em cançÔes como

"Si me pudieras querer", "Se equivocó la paloma", "No puedo ser feliz", "Mesié Juliån",

"Drume, negrita", "Vete de mĂ­", "MamĂĄ Perfecta", "Epabilate", "El botellero", "La vie en

rose", "La flor de la canela", "Chivo que rompe tambĂł", "BabalĂș", "Ay MamĂĄ InĂ©s", apenas

para destacar aquellas que eram mais solicitadas em suas apresentaçÔes.

"El susurro, el grido, el llanto, la alegrĂ­a, la sonrisa, la risa, la

tristeza, el amor, la jocosidad, lo dramĂĄtico, lo lĂ­rico, se daban las

manos en las interpretaciones singulares de este cubano que 'salĂ­a

al escenario dispuesto a morir''' (Ojeda, 1998, p. 86).

Sem ser um cantor no sentido tradicional da palavra, ele alcançava como intérprete

enorme eficĂĄcia, aliando tĂ©cnica, conhecimento musical e excelĂȘncia enquanto pianista -

dimensĂŁo essa que muitas vezes acabou sendo subestimada. Em suma, "voz y piano se

integraban como un todo Ășnico, compacto, en sus actuaciones" (Ojeda, 2018, p.86).

Ojeda (1998, p. 86-87) lembra, ainda, que houve um grupo de compositores que

sempre estiveram presentes no repertĂłrio de Bola, como MarĂ­a Grever, Emilio y Eliseo

Grenet, Ernesto Lecuona, Eduardo SĂĄnchez de Fuentes, Gonzalo Roig, Vicente Garrido,

Margarita Lecuona, Moisés Simons, Marta Valdés, Chabuca Granda, Ary Barroso,

Armando Oréfiche, Adolfo Guzmån.

Bola chegou a ser chamado de o Bobby Short da Cuba pré-revolucionåria, em uma

Havana em que a vida noturna era dinĂąmica e milhares de dĂłlares irrigavam as boates e os

night clubs diariamente. O artista, em vårias ocasiÔes, explicitou sua autocrítica, por vezes

dura, que praticava, além de fornecer algumas indicaçÔes sobre a escolha de seu repertório.

Procurarei explorar possibilidade nĂŁo desprezĂ­vel, destacada por mais de um comentarista

do conjunto de seu trabalho: sua dimensĂŁo de arranjador junto Ă s principais orquestras

cubanas.

Conforme se mencionou nas primeiras linhas, e agora detalho um pouco mais essa

dimensão da pesquisa, a partir do exame do conjunto de suas gravaçÔes, Bola de nieve

desenvolveu quatro grandes vertentes musicais:

Page 5: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

1) o folclore afro - cubano- sĂŁo excelentes exemplos, dentre outras, "El manisero",

"BabalĂș", "Drume, negrita", "Chivo que rompe tambĂł", "Ay MamĂĄ InĂ©s";

2) boleros alheios e de sua autoria - destaques: "No puedo ser feliz", "Ay, amor",

"Si me pudieras querer", "No dejes que te olvide", "Vete de mĂ­", "TĂș no sospechas", "No

niegues que me quisiste";

3) versÔes com interpretaçÔes pessoais de sucessos originårio de vårios países -

ItĂĄlia: "Arrivederci Roma"; "Monasterio Santa Clara"; Catalunha: "Le

decembre congelat"; Estados Unidos: Be careful, it's my heart"; Peru: "La flor de la

canela"; França: "La vie en rose"; Brasil; "Os quindins de yayå":

4) a adaptação musical de poemas de autoria de Nicolås Guillén, Federico García

Lorca, L. A. de la Cruz Muñoz, Rafael Alberti.

No Brasil, Caetano Veloso cantaram e gravaram parte do repertĂłrio do mĂșsico

cubano ("Ay, amor", "Drume, negrita", "Vete de mĂ­", "La flor de la canela") e Nana

Caymmi ("No puedo ser feliz"). Na Espanha, o cineasta Pedro AlmodĂłvar o incluiu como

banda sonora nas pelĂ­culas "La ley del deseo" (1987) e "La flor de mi secreto" (1995).

Em suma, Bola de Nieve, o cantor cubano pouco conhecido por aqui, ainda vai dar

muito o que falar.

==========================================================

Page 6: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

ReferĂȘncias

ACOSTA, Leonardo. El bolero y el Kitsch. In: GIRO, Radamés (Selección). Panorama de

la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago de Cali:

Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 269-283.

ACOSTA, Leonardo. Elige tĂș, que canto yo. La Habana: Editorial Letras Cubanas, 1993.

ACOSTA, Leonardo. La Habana, capital del jazz latino? In: GIRO, Radamés (Selección).

Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago

de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 245-253.

BALIERO, Carmén, Bola de Nieve; la falta de bola en el espíritu general. In: La Caja

(Revista del ensayo negro). Buenos Aires, n. 9, p. 27, septiembre - octubre, 1994.

BARNET, Miguel. AutĂłgrafos cubanos. La Habana: Ediciones UniĂłn de Escritores y

Artistas de Cuba (UNEAC), 1990.

BARNET, Miguel. Bola de Nieve: su universal cubanía. In: Bohemia, La Habana, año 70,

n. 39, p. 10-14, 29. 09. 1978.

BARNET, Miguel. Viendo mi vida pasar. La Habana: Editorial Letras Cubanas, 1987.

CALADO, Carlos. LendĂĄrio Bola de Nieve recebe homenagem delicada. SĂŁo Paulo,

“Ilustrada”, Folha de S. Paulo, 03. 07. 2007.

CALADO, Carlos. Cultura traz hoje a voz ‘cult’ do cubano Bola de Nieve. São Paulo,

“Ilustrada”, Folha de S. Paulo, 04. 04.1992.

CALADO, Carlos. Vozeirão de Bola de Nieve emociona. São Paulo, “Ilustrada”, Folha de

S. Paulo, 05. 12. 1995.

Page 7: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

CALDEIRA, Jorge. Bola de Nieve virou raridade. São Paulo, “Ilustrada”, Folha de S.

Paulo, 10. 09. 1991.

CAMPOAMOR, Fernando G. Bola de Nieve o la sinfonĂ­a de Guanabacoa. In: Bohemia,

La Habana, año 63, n. 42, p. 34-37, 15. 10. 1971.

CASAVELLA, Francisco. Un cubano que carraspa como el Pato Donald. In: La Maga,

Buenos Aires, p. 32, 21. 05. 1997 (Teatro).

CASTELLANOS, Orlando. Bola de Nieve, ese eterno personaje de Ignacio Villa.

Entrevista póstuma, a punto de partir. In: Bohemia, La Habana, año 63, n. 41, p. 53-54, 08.

10. 1971.

CASTELLANOS, Orlando. Entrevista con Bola de Nieve. La Habana: Ediciones UniĂłn de

Escritores y Artistas de Cuba (UNEAC), 1992.

CELA, Camilo JosĂ©. Bola de Nieve - Depoimento ao Suplemento “Mais!”. SĂŁo Paulo,

Folha de S. Paulo, p. 6.7, 12. 04. 1991.

CHARME cubano. Veja. SĂŁo Paulo, p. 151, 20. 12. 1995.

CONTE, Antonio. Bola de Nieve: déjame que te cuente. In: Cuba Internacional. La

Habana, año 4, n. 29, p. 63-67, 1972.

DEPESTRE CATONY, Leonardo. Cuatro mĂșsicos de una villa. La Habana: Editorial

Letras Cubanas, 1990.

DIAS, Mauro. Trinta anos sem o gĂȘnio de Bola de Nieve. SĂŁo Paulo, “ Caderno 2”, O

Estado de S. Paulo, p. 5, 30. 09. 2001.

ETKIN, Mariano. Bola de Nieve: el humilde equilibrio de un antivirtuoso. In: La Caja

(Revista del ensayo negro). Buenos Aires, n. 9, p. 27, septiembre - octubre, 1994.

Page 8: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

FEILING, C. E. Bola de Nieve: Del puente a la alameda. In: La Caja (Revista del ensayo

negro). Buenos Aires, n. 9, p. 26, septiembre - octubre, 1994.

GALEANO, Eduardo.DĂ­as y noches de amor y de guerra. Madrid: Alianza, 2007, p. 183-

184.

GALILEA, Carlos. Los cuentos de Bola de Nieve. Madrid, El PaĂ­s, p. 6, 28. 09. 1996.

GIRO, Radamés. Los motivos del son. Hitos en su sendero caribeño y universal. In: GIRO,

RadamĂ©s (SelecciĂłn). Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial

Letras Cubanas; Santiago de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 219 - 230.

GIRO, Radamés. Todo lo que usted quiso saber sobre el mambo...In: GIRO, Radamés

(SelecciĂłn). Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras

Cubanas; Santiago de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 231 - 244.

GUILLÉN, Nicolás. Despedida de duelo de Bola de Nieve. La Habana, Granma, p. 3, 06.

10. 1971.

GUILLÉN, Nicolás. Páginas Cubanas: autobiografia de un poeta na revolução. São

Paulo: Brasiliense, 1985.

KARAN, LĂșcia. Nieve volta em dois CDs. SĂŁo Paulo, “Ilustrada”, Folha de S. Paulo,

27.08. 1996.

KRIGER, Clara; PORTELA, Alejandra (Compiladoras). Cine Latinoamericano I -

Diccionario de Realizadores. Buenos Aires: Ediciones del Jilguero, 1997.

LABAKI, Amir. Samba, salsa e tango fazem Havana dançar. São Paulo, “Ilustrada”, Folha

de S. Paulo, 08. 12. 1996.

LEYMARIE, Isabelle. La salsa et le latin jazz. Paris: Presses Universitaires de France,

1993.

Page 9: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

MALETA COCIÑA, Jorge. Bola de Nieve. In: CASARES RODICIO, Emilio (Org.).

Diccionario del Cine Iberoamericano: España. Portugal e América. Madrid: Sociedad

General de Autores y Editores (SGAE)/FundaciĂłn Autor, Vol. 1, 2011, p. 919.

MANRUPE, RaĂșl; PORTELA, MarĂ­a Alejandra. Un Diccionario de Films Argentinos

(1930 - 1995). Buenos Aires: Ediciones Corregidor, 2001.

MANRUPE, RaĂșl; PORTELA, MarĂ­a Alejandra. Un Diccionario de Films Argentinos

(1996 - 2002). Buenos Aires: Ediciones Corregidor, 2004.

MARTÍN, Edgardo. Panorama histĂłrico de la mĂșsica en Cuba. La Habana: Universidad

de La Habana, 1971.

MARTINEZ, Paulo Henrique. Ignacio Villa, o sonoro Bola de Nieve. In: DiĂĄrio de

MarĂ­lia. MarĂ­lia, SP,, p.10 - A, 19. 02. 1997.

MARTÍNEZ RODRÍGUEZ, RaĂșl. Bola de Nieve. In: RevoluciĂłn y Cultura. La Habana,

n. 111, p. 32-37, noviembre, 1986.

MARTÍNEZ RODRÍGUEZ, RaĂșl. Ignacio Villa y FernĂĄndez, Bola de Nieve. La Habana:

Museo Nacional de la MĂșsica - Imprensa de DivulgaciĂłn del Ministerio de Cultura, 1986.

MONJEAU, Federico; SAAVEDRA, Guillermo. Bola de Nieve; el teatro de la voz. In: La

Caja (Revista del ensayo negro). Buenos Aires, n. 9, p. 24 - 25, septiembre - octubre, 1994.

MOORE, Robin D. Nationalizing Blackness: Afrocubanismo and artistic revolution in

Havana, 1920-1940. Pittsburgh: University of Pittsburgh, 1997.

OJEDA, Miguelito (SelecciĂłn). Bola de Nieve. La Habana: Instituto Nacional del Libro -

Editorial Letras Cubanas, 1998.

Page 10: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

ORAMAS, Ada. Entrevista con Bola de Nieve In: Cuba. La Habana, n. 43, p. 54 - 57,

noviembre, 1965.

PACHECO, Carlos. Bola de Nieve; cincuenta años después vuelve a tener un lugar en la

noche porteña. In: La Maga. Buenos Aires, p. 32, 21. 05. 1997.

PACHECO, Carlos. Cecilia Rossetto - Ignacio rompĂ­a con todo, con talento y audacia. In:

La Maga, Buenos Aires, p. 33, 21. 05. 1997.

PACHECO, Carlos. Virgilio ExpĂłsito - Cuando escuchĂ© “Vete de mi” casi me muero. In:

La Maga. Buenos Aires, p. 33, 21. 05. 1997.

POLA, J. A.; MESA Aida.A Bola, Rita y Lecuona. In: Bohemia. La Habana, año 66, n. 34,

p. 21, agosto, 1974.

RODRÍGUEZ SOSA, Fernando. Bola, con su sonrisa y su canción. In: Revolución y

Cultura. La Habana, n. 108, p. 16 - 25, agosto, 1981.

RODRÍGUEZ SOSA, Fernando. Sin Bola hace cinco años. In: Cuba. La Habana, año VIII,

n. 87, p. 70, octubre, 1976.

RUIZ hijo , Rosendo. El bolero cubano. In: GIRO, Radamés (Selección) . Panorama de la

MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago de Cali: Editorial

Facultad de Humanidades, 1996, p. 255 - 268.

RUIZ hijo , Rosendo; GONZÁLEZ - RUBIERA, Vicente; ESTRADA, Abelardo. Canción

contra “canciĂłn” . In: GIRO, RadamĂ©s (SelecciĂłn) . Panorama de la MĂșsica Popular

Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago de Cali: Editorial Facultad de

Humanidades, 1996, p. 285 - 294.

SAAVEDRA, Guillermo. Bola de Nieve. In: La Caja (Revista del ensayo negro). Buenos

Aires, n. 9, p. 22, septiembre - octubre, 1994.

Page 11: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

SOLÍS, Marta. Bola era asĂ­! In: Siempre. MĂ©xico, DF, n. 957, p. 40-41, 27. 10. 1971.

SUZUKI JR., Matinas. Ele cantava boleros. São Paulo, “Folhetim”, Folha de S. Paulo, p.

7,

06. 07. 1986.

TORRES, Dota Ileana. Apuntes sobre el feeling. In: GIRO, Radamés (Selección).

Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago

de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 341 - 363.

VIAN, Enid (Ed.). Bola de Nieve. La Habana: Instituto cubano del Libro - Editorial de

ciencias Sociales, 1992.

Filme

Bola de Nieve (2003) - Direção: José Sånchez - Montes) - Produção:

Cuba/Espanha/MĂ©xico, 73 minutos.

”Cubano, negro,santero, homosexual,pro-revolucionario y, sobre todo mĂșsico”. esse e o

inĂ­cio da sinopse do documentĂĄrio, em cujo cartaz pode-se ler quase, como um subtĂ­tulo,

o seguinte: “El hombre triste que cantava alegre”.

Programa RadiofĂŽnico

“SatĂ©lite” - RĂĄdio Cultura FM (103,3 MHz) - EmissĂŁo de 04 de Abril de 1992, dedicada a

Bola de Nieve.

Filmografia

A respeito do presente item optei pela transcrição das breves consideraçÔes realizadas por

Miguelito Ojeda (1998) a respeito, uma vez que explica de maneira sintética a participação

geral de Bola de Nieve em uma série de produçÔes cinematogråficas.

Page 12: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Para Ojeda (1998) “ante todo, hay una verdadera escassez de videos, noticieros y otros

materiales sobre el gran artista; esta realidad convierte a los pocos metros de pelĂ­culas que

hemos localizado en documentos históricos” (p. 102).

Segundo o organizador dessa antologia analĂ­tica e documental acerca do mĂșsico cubano,

“al considerar la aparición de Bola en filmes extranjeros, debemos tener en cuenta que

fueron cintas de un fĂĄcil comercialismo y escasos valores artĂ­sticos, en las que Bola de

Nieve hacia intervenciones musicales sobre las bases de su repertorio habitual. particular

importancia tienen, pues, los noticieros señalados, la pelĂ­cula Nosotros, la mĂșsica, y el

dibujo animado Viva papi a la hora de salvar la imagen de Bola de Nieve. Tal vez, de todos

estos materiales, sea Yo soy la canciĂłn que canto la mĂĄs artĂ­stica y orgĂĄnica presencia del

Bola en el cine cubano. (Ojeda, 1998, p. 102-103).

A. Materiais FĂ­lmicos Breves

1. Bola de Nieve (18 minutos e meio de duração, 200 metros) - Arquivo dos EstĂșdios

de Animação do Instituto Cubano de Radio y TelevisiĂČn (ICRT). Nesse filme Bola de

Nieve canta “Ay, MamĂĄ InĂ©s”. Canta e dança “El mambo”, em francĂȘs. HĂĄ cenas de uma

reuniĂŁo com amigos em sua casa. Ele conta como Rita Montaner lhe colocou o apelido de

Bola de Nieve. Canta outra vez “Ay, MamĂĄ InĂ©s”, agora em sua casa, alĂ©m de “El

Manisero”. Aparecem várias tomadas sem áudio em que ele atua, fotos junto a Fidel, com

familiares, com Lecuona, em gestos característicos, além de parte de sua atuação na China.

Canta “MesiĂ© JuliĂĄn” em um estĂșdio de televisĂŁo. “Esta lata termina con escenas de la

llegada del cadĂĄver al aeropuerto, el traslado del ataĂșd, vistas de las coronas que le enviaron

Fidel Castro y Osvaldo DorticĂłs y escenas de GuillĂ©n mientras despedĂ­a el duelo” (cf.

Miguelito Ojeda, 1998, p. 100).

2. Trova Antigua (vĂĄrios) - Sem data. Existe na Filmoteca del Noticiero Nacional de

TelevisiĂłn. “En unos 4 pies de pelĂ­cula se ve a Bola rodeado de pĂșblico mientras NicolĂĄs

GuillĂ©n hace uso de la palabra en un acto cultural” (Ojeda, 1998, p. 100).

3. Noticiero ICAIC Latinoamericano. Edição # 360, 15 de maio de 1967. Nesse

nĂșmero do NoticiĂĄrio do Instituto Cubano del Arte e Industria CinematogrĂĄficas (ICAIC)

Page 13: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Bola de Nieve canta vĂĄrios nĂșmeros de seu repertĂłrio (Ojeda, 1998, p. 100).

4. Noticiero ICAIC Latinoamericano. Edição # 531, 21 de outubro de 1971.

Homenagem pĂłstuma a Bola de Nieve, com cenas do estĂșdio da Radio Habana Cuba, onde

o artista fizera sua Ășltima gravação, ao piano. Chegada do fĂ©retro no aeroporto; Bola

cantando “La flor de Canela”, “No puedo ser feliz”, “Drume Negrita”. O poeta Nicolás

GuillĂ©n “despide el duelo en el cementerio de Guanabacoa donde fue sepultado el artista.

Cenas de Bola em frente a sua casa natal em Guanabacoa e distintos planos do enterro”

(Ojeda, 1998, p. 101) .

B . Filmes em que Bola de Nieve aparece como intĂ©rprete de suas mĂșsicas ou em que

ocorrem a utilização de suas cançÔes nas bandas sonoras das películas (como

intérprete ou não)

1. Madre Querida (1935) - Direção: Juan Orol - México, 76 minutos. Productora: Aspa

Films. “Es un clĂĄsico en el subgĂ©nero de ‘pelĂ­culas de madres’, tan caracterĂ­stico de la

producciĂłn mexicana, cuyo ’Himno a la madre’, coreado por los niños de un orfanato

hacia, al parecer, correr rĂ­os de lĂĄgrimas” (Kriger; Portela, 1997, p. 404). IntĂ©rpretes: Luisa

MarĂ­a Morales, Alberto Marti, Carlos Dominguez, Antonio Licega, Mercedes Moreno.

2. Adiós Buenos Aires (1938) - Direção: Leopoldo Torres Ríos - Argentina, 85 minutos.

Produção: Cinematográfica Terra. É um musical em que o tango dá o tom. “Una chica, su

novio y un amigo toman una canciĂłn desechada y la convierten en Ă©xito” (Manrupe;

Portela, 2001, p. 6). Intérpretes: Tito Lusiardo, Amelia Bence, Floren Delbene, Esther

Borja, Bola de Nieve, Esteban Serrador, Vicente Forastieri, MarĂ­a Goicochea, Ernesto

Villegas, Blanca Mora.

3. Sucedió en La Habana (1938) - Direção: Ramón Peón - Cuba/México. Combinação

de mĂșsica, romance e comĂ©dia em uma visita guiada aos locais noturnos mais badalados

de Havana. No elenco se destaca a presença de Rita Montaner. MĂșsica de Ernesto Lecuona

e Miguelito Valdés, com a inserção de cançÔes de Bola de Nieve.

Page 14: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

4. El Romance del Palmar (1938) - Direção: Ramón Peón - Cuba/México, 90 minutos.

Produção: Películas Cubanas S. A. (Pecusa). Filme que segue a tradição teatral cubana,

com intérpretes populares, destacando-se a excelente Rita Montaner. Realizado a partir do

ĂȘxito de SucediĂł en La Habana (1938). A direção musical foi de Gonzalo Roig, contendo

cançÔes de Ernesto Lecuona, Gilberto Valdés, Félix B. Caignet, Bola de Nieve, Antonio

Fernåndez e Alberto Villalón. Intérpretes: Carlos Orellana, Rita Montaner, Luana Alcañiz,

Juan Torena, Aline Rico, Ramón Pérez Díaz, José María Linares-Rivas, Federico Piñero,

Enriqueta Sierra, María de los Ángeles Santana, Arnaldo Sevilla, Lolita Berrio, Alberto

Garrido.

5. Melodías de América (1941) - Direção: Eduardo Morera - Argentina, 94 minutos.

Produção: Estudios San Miguel. Pretende ser uma resposta argentina aos filmes temåticos

latino-americanos produzidos por Hollywood como parte da política da “Boa

Vizinhança”. “Un cantor mexicano se enamora en RĂ­o de Janeiro de una chica porteña”.

(Manrupe; Portela, 2001, p. 366). Intérpretes: Silvana Roth, José Mojica, Pedrito Guatucci,

MarĂ­a Santos, Bola de Nieve, Armando BĂł, Carmen Brown, Ana MarĂ­a GonzĂĄlez, Lenny

Omar.

6. Embrujo (1941) - Direção: Enrique Telémaco Susini - Argentina, 100 minutos.

Produção: Lumiton. Fala do romance de Pedro I, do Brasil, apĂłs a independĂȘncia do paĂ­s,

com Domitila de Castro, a Marquesa de Santos. Intérpretes: Jorge Rigaud, Pepita Serrador,

Alicia Barrié, Ernesto Vilches, Santiago Gómez Cou, Carlos Tajes, Amery Darbón,

Francisco Pablo DonadĂ­o, Lalo Bouhier, Pablo Lagarde, MarĂ­a Ruanova, Bola de Nieve.

“Los familiares de Bola nos hablaron con particular simpatía del filme argentino Embrujo;

en Ă©l, Villa hizo un papel melodramĂĄtico de un hombre de vida y acciones violentas. La

ficha mĂ­nima de la pelĂ­cula es la siguiente:

Realizador y guionista: Enrique Susini. Coguionista: Pedro Miguel Obligado. ProducciĂłn:

Enrique T. Susini y Cesar José Guerrico. Fotografía: José María Beltrån. Cåmara: Pedro

Marzialetti. MĂșsica: George Andreani. DuraciĂłn: 100 minutos. Fecha: 1941. IntĂ©rpretes:

George Rigaud, Alicia Barrié, Pepita Serrador, Ernesto Vilches, Santiago Gómez, Bola de

Nieve y otros. El argumento se basa en la novela de Paulo SetĂșbal La marquesa de Santos.

Se estrenó el 18 de junio de 1941 en la sala Monumental” (Ojeda, 1998, p. 103).

Page 15: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

7. Una Mujer en la Calle (1955) - Direção: Alfredo B. Crevenna - México, 90 minutos.

Produção: Cinematogråfica Latina. A prostituta Lucero, escapando da polícia, se refugia

na casa da anciĂŁ Nena e de sua irmĂŁ Isabel, ambas solteironas. Em sua casa Lucero

encontrarĂĄ a paz e o amor que sempre sonhou, decidindo abandonar o homem que sempre

a explorou. Intérpretes: Marga López, Prudencia Grifell, Ernesto Alonso, José María

Linares.

8. Kid Tabaco (1955) - Direção Zacarías Gómez Urquiza - México, 101 minutos.

Produção: Cinematogråfica Coloso e Produtora Cinematogråfica. O lutador mexicano Kid

Tabaco necessita participar no maior nĂșmero possĂ­vel de combates para conseguir o

dinheiro necessårio para se casar com Diana. Intérpretes: Armando Silvestre, Lilia del

Valle, Ana Bertha lepe, JĂșlio Taboada, Carlos MĂșzquiz.

9. Nosotros, la Musica (1964) - Direção: Rogelio París - Cuba, 80 minutos. “Asesor

musical: Odilo Urfé. Produtor: Humberto Hernåndez. Intérpretes: Bola de Nieve, Celeste

Mendoza, Ana Gloria, Elena Burque, Charanga a la francesa, Septeto Nacional, Silvio y

Ada, Quinteto instrumental de MĂșsica Moderna, Orquesta de ChapottĂ­n, Comparsas del

CocuyĂ© y del OrilĂ©â€(Ojeda, 1998, p. 102). Oscilando entre a produção musical e o

documentĂĄrio etnogrĂĄfico, o filme discorre acerca dos prazeres sociais da mĂșsica cubana

para mĂșsicos, figuras pĂșblicas e o “comum dos mortais” de Cuba.

10. Viva papi (1982) - Direção: Juan Padrón - Cuba, 5 minutos. Produtor: Paco Prats.

“AnimaciĂłn: Mario GarcĂ­a Montes. DirecciĂłn musical: Manuel Duchesne CuzĂĄn. MĂșsica:

Lucas de la Guardia. Caricaturas de Bola de Nieve: Juan David. Voz e piano: Bola de

Nieve. Argumento: Harry Reade” (Ojeda, 1998, p. 102).

“En este dibujo animado se establece un diálogo entre la voz de Bola de Nieve y las

imågenes de un niño que estå triste porque su papå trabaja haciendo tuercas. El niño

quisiera que su padre guiarĂĄ una locomotora o volarĂĄ un aviĂłn o fuera un caballero con

armadura. La voz de Bola de Nieve le sugiere que piense en lo que pasarĂ­a si en el mundo

no hubiera tuercas
 la locomotora, el aviĂłn y la armadura se desarmarĂ­an. El niño se da

cuenta de la utilidad del trabajo y admira mucho mĂĄs a su padre. Se utiliza una grabaciĂłn

inĂ©dita de Bola de Nieve realizada en el año 1963” (OJEDA, 1998, p. 102).

Page 16: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

11. Yo soy la canción que canto (1985) - Direção: Mayra Vilasís - Cuba, 27 minutos.

Este filme es “un documental en homenaje al Bola con guión y direción de Mayra Vilasís,

voz de Nicolås Guillén y la participación de la soprano Alina Sånchez y el pianista

Guillermo Tuzzio. Ofrece imĂĄgenes de archivo, fotos, instantes de la Ășltima entrevista

realizada al Bola, testimonios de amigos y familiares para proponer un acercamiento a la

vida y obra artĂ­stica del inmenso Ignacio Villa. Fue realizado en colores y dura 27 minutos.

En espera de otros merecidos homenajes, este de Mayra VilasĂ­s es, en los momentos de

realizar esta investigación, la más interesante visión del Bola en nuestro cine” (Ojeda,

1998, p. 103).

12. Vete de mí (una de pasiones) (1996) - Direção: Alberto Ponce - Cuba/Argentina, 19

minutos. O cineasta Ponce, oriundo da Escuela Internacional de Cine y TelevisiĂłn (EICT),

de San Antonio de los Baños, “realizĂł el docu-ficciĂłn Vete de mĂ­ (una de pasiones) (...)

Ofrece un interesante documental en el que entrevistas, filmaciones en Cuba,materiales de

Archivo, imĂĄgenes onĂ­ricas y otros recursos conforman un cuadro artĂ­stico sobre la famosa

canciĂłn de los Hermanos ExpĂłsito y la fabulosa versiĂłn de Bola de Nieve, con producciĂłn

de vania Cosin, fotografĂ­a y cĂĄmara de Patricio Riquelme, sonido directo de Roberto

RodrĂ­guez, producciĂłn en Cuba de Yamila SuĂĄrez y MĂłnica Cifuentes, y direcciĂłn de arte

de Juan Manuel Eujenian y Cristian Perenyi” (Ojeda, 1998, p. 103).

C - Relação de Recitais

Mais uma vez irei me valer da obra organizada por Miguelito Ojeda (1998), que procura

estabelecer a relação, embora bastante lacunar, como ele próprio esclarece, dos recitais

realizados por Bola de Nieve em Cuba e no exterior.

O organizador escreve, com propriedade, que “cuando iniciĂ© la localizaciĂłn de los

programas de teatro que se editaron para los recitales de Bola, me di cuenta de que, en su

gran mayorĂ­a, los recitales anteriores al triunfo de la RevoluciĂłn no aparecĂ­an en los

archivos de las instituciones culturales consultadas, lo que impide conocer con detalles

cuĂĄntos y cĂłmo fueron estructurados. Aunque con la fundaciĂłn del Archivo General del

Consejo Nacional de Cultura se organizĂł nuestra memoria cultural, no aparecen

registrados en Ă©l todos los recitales que ofreciĂł Bola a partir de la organizaciĂłn de dicho

Page 17: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Archivo, pues algunos se realizaron sin programas, otros emplearon un programa itinerante

que no indicaba ni dĂ­a ni lugar, y ademĂĄs, Bola convertĂ­a en recitales algunas de sus

presentaciones en pĂșblico, a peticiĂłn de sus admiradores. No obstante las limitaciones

señaladas, esta relación mínima de recitales de Bola refleja su vital actividad artística hasta

los Ășltimos meses de su vida” (Ojeda, 1998, p. 85).

Para o estudioso da obra do mĂșsico cubano os recitais de Bola de Nieve geralmente eram

estruturados em duas partes. “Bola solía abrirlos con una primera sección dedicada a

géneros como el bolero, la canción, musicalizaciones de textos de poetas, baladas, sambas,

berceuses, elegías, couplets y canciones anónimas. En ocasiones, presentaba pequeños

bloques con obras de algĂșn compositor y tambiĂ©n incluĂ­a interpretaciones en idiomas

diferentes, Particular importancia tenĂ­an sus versiones sobre clĂĄsicos de cancioneros como

el mexicano, el francés, el norteamericano y el italiano. cada una de estas partes o secciones

de sus recitales avanzaba hacia un clímax musical, estético, interpretativo y artístico,

porque Ă©l iba manejando con gran inteligencia la popularidad de las obras, la naturaleza de

la interpretación, y los factores emotivos propiciados por su actuación” (Ojeda, 1998, p.

85).

La segunda parte de seus recitais girava ao redor “del mundo mĂĄs cercano a la mĂșsica

folklĂłrico-popular. AparecĂ­an interpretaciones antolĂłgicas en su voz, anĂłnimos del siglo

XIX, versos de Guillén musicalizados, pregones, guaguancós, tangos-congos, mayombes

y sketches negros. El pĂșblico acostumbraba a exigirle, en cada parte de las presentaciones,

sus piezas más famosas si no estaban incluidas en el programa” (Ojeda, 1998, p. 86).

Os elementos cĂȘnicos dos quais Bola se valia na apresentação de seus recitais eram os mais

simples e despojados possíveis: “el piano, el micrófono a la altura de su garganta, una

cortina de fondo y luces generales en el escenario" (Ojeda, 1998, p. 86).

A seguir, uma lista, reconhecidamente bastante incompleta, dos recitais de Bola de Nieve,

conforme Ojeda (1998, p. 87- 90):

1936

Page 18: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

2 de junho: Liceo ArtĂ­stico y Literario de Matanzas

1942 - 1949

21 de maio de 1942: CafeterĂ­a OdeĂłn Bar, Buenos Aires

21 de novembro de 1948: Carnegie Hall, Nova Iorque

1948 : Debuta em Madrid, acompanhado por Concha Piquer

1953 - 1959

1953: Recitais no Teatro Lara, Madrid

1955-1956: Trabalha no night club Montmartre

1956 : Salón de las Américas, Unión Panamericana

06 de abril de 1959: Teatro de la MĂșsica, Praga

Dezembro de 1959: Teatro Camilo Henriquez, Santiago do Chile

1960

14 de agosto: Palacio de Bellas Artes

1962

27 de fevereiro: Club de Juventud de los Amigos de Cuba en Gottwaldov

30 de junho: Teatro Amadeo RoldĂĄn

Julho: Oriente (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

25 de agosto: CĂ­rculo Cultural CĂĄrdenas

26 de agosto: Teatro |sauto, Matanzas

agosto: Atuação especial no Primer Festival de MĂșsica Popular Cubana

outubro: Pinar del RĂ­o (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

22 de dezembro: Teatro Amadeo RoldĂĄn

1963

Page 19: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

24 de março: Palacio de Bellas Artes (pelo 50o. aniversårio del Museo Nacional)

abril: Centro de Cultura, HolguĂ­n (nĂŁo se especifica o dia)

maio: Pinar del RĂ­o (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

maio: Matanzas (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

junho: CamagĂŒey (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

junho: Escuela Nacional de Arte (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

14 de julho: Teatro Amadeo RoldĂĄn

julho: Cada de Cultura de cienfuegos (nĂŁo se especifica o dia)

12 de agosto: Matanzas (nĂŁo se especifica o lugar)

19 de agosto palacio de bellas Artes

agosto: Teatro Amadeo RoldĂĄn (Segundo Festival de MĂșsica Popular Cubana)

1964

26 de fevereiro: Pinar del RĂ­o (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)

27 de fevereiro: Palacio de Bellas Artes (junto com Zenaida ManfugĂĄs)

30 de março: Casa de Cultura de Santa Clara

26 e 28 de março: Tournée por oriente (não se especificam lugares)

16 de julho: Teatro Estrada, Bayamo, Oriente

25 de julho: Teatro Amadeo RoldĂĄn

11 e 12 outubro: Las Villas (como homenagem ao Cuarto Aniversario de las Juventudes

Comunistas; nĂŁo se especifica lugar)

18 de novembro: Palacio de bellas Artes, MĂ©xico

30 de novembro: Auditorio A, Centro Cultural Zacatenco, MĂ©xico

1965

31 de maio: Palacio de Bellas Artes (junto com MarĂ­a Cervantes)

23 de junho: Las Villas (nĂŁo se especifica lugar)

23 de julho: Biblioteca Nacional José Martí

1o. e 2 de agosto: (nĂŁo se especificam lugares)

22 e 23 de setembro: CamagĂŒey (nĂŁo se especificam lugares)

Page 20: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

1966

24 de janeiro: Palacio de Bellas Artes

17 de fevereiro : Palacio de Bellas Artes (em homenagem ao 53o. aniversĂĄrio da FundaciĂłn

del Museo Nacional)

30 e 31 de maio: Pinar del RĂ­o (nĂŁo se especificam lugares)

9 de junho: Teatro Amadeo Roldån (recital de cançÔes mexicanas pelo tercer aniversario

de la fundaciĂłn de la Sociedad Cubano-Mexicana de Relaciones Culturales)

6 de setembro: Teatro de los Compositores, MĂ©xico

8 de setembro: Auditorio A, Centro Cultural Zacatenco, MĂ©xico

18 de setembro: Instituto Cubano-Mexicano de intercambio Cultural

19 de setembro: Centro Cultural CoyoacĂĄn, MĂ©xico

16 de dezembro: Biblioteca Nacional José Martí

26 de dezembro: Palacio de Bellas Artes

1967

16 de janeiro: Encuentro Rubén Darío (Varadero)

16 de fevereiro: Museo NapoleĂłnico

7 de abril: Aula Magna de la Universidad de La Habana

18 de julho: Teatro CoyoacĂĄn, MĂ©xico

29 de julho: Festival Mundial de EspetĂĄculos, CanadĂĄ

11 de agosto: Gran Logia de Cuba

30 de setembro: Teatro Amadeo RoldĂĄn (orquestra dirigida por Enrique JorrĂ­n)

novembro: Recital para os latinoamericanos residentes em Cuba (nĂŁo se especificam nem

dia nem lugar)

1968

23 de janeiro: Liceo ArtĂ­stico y Literario de Guanabacoa

19 e 20 de fevereiro: Las Villas (nĂŁo se especificam lugares)

26 de fevereiro: Palacio de Bellas Artes

28 de março: Museo Napoleónico

Page 21: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

10 e 11 de março: Teatro Amadeo Roldån

19 de maio: Pinar del RĂ­o (nĂŁo se especifica lugar)

18 de julho: Biblioteca de Santa Clara

22 de setembro: Acto Especial na Alameda Central del Distrito Federal, MĂ©xico

8 de outubro: Teatro Degollado, MĂ©xico

15 de novembro: Universidad AutĂłnoma de hidalgo, MĂ©xico

1969

10 e 23 de fevereiro: Teatro Lara, España

10 de maio: Teatro Amadeo RoldĂĄn

8 de junho: Palacio de Bellas Artes

9 de junho: Palacio de Bellas Artes (Sociedad Cubano-Mexicana de Relaciones Culturales)

12 e 15 de agosto: Teatro Sauto, Matanzas

novembro: Recitais em HolguĂ­n, Bayamo e Santiago de Cuba (programa Ășnico que nĂŁo

especifica nem dias nem lugares)

28 de dezembro: Teatro GarcĂ­a Lorca

1970

5 de janeiro: Palacio de Bellas Artes

25 de julho: Teatro Amadeo RoldĂĄn

22 e 23 de agosto: Teatro Sauto, Matanzas

24 de setembro: Sala Talia, ciudad de La Habana

1971

julho: Amadeo RoldĂĄn (nĂŁo se especifica o dia)

D - Discografia

O pesquisador cubano Miguelito Ojeda, ao organizar o catålogo båsico de gravaçÔes

musicais de Bola de Nieve, destacou que lhe chamou a atenção a relativa pouca quantidade

Page 22: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

de discos encontrados. Não é supérfluo recordar que Ignacio Villa faleceu em 1971, ou

seja, até aquela época existiam apenas vinis e fitas cassete. Ele acrescenta ainda duas

consideraçÔes relevantes: a seleção musical que aparece em cada um destes discos é

bastante similar, levantando a hipĂłtese segundo a qual isso se deve ao fato de o mĂșsico

nascido em Guanabacoa”era muito exigente para incorporar obras a seu repertório” (Ojeda,

1998, p. 91).

Sua primeira obra registrada no Centro Nacional de Derechos de Autor, segundo o

estudioso, ocorreu no dia 4 de março de 1932. Trata-se da berceuse Drumi, mobila.

Demorou mais sete anos (15 de julho de 1939) para que fosse realizado o registro da

canciĂłn Si me pudieras querer, talvez sua mĂșsica mais popular. Vinte e sete anos mais

tarde (11 de maio de 1966) decidiu registrar, exatas, uma dezena de obras de sua produção

musical, embora não tenha formalizado, até a sua morte, outras doze. Para Ojeda (1998, p.

91), uma possĂ­vel explicação para tal procedimento Ă© que Bola “nĂŁo se considerava um

grande compositor musical; declarou isso em vårias ocasiÔes e se mostrou conservador na

hora de registrar suas criaçÔes”.

A relação de suas obras registradas aparece à pågina 99 do texto de Ojeda (1998), a saber:

Obra GĂȘnero Fecha de Registro

Drumi, mobila Berceuse 4 - 3 - 1932

Si me pudieras querer CanciĂłn 15 - 7 - 1939

No dejes que te olvide CanciĂłn 11 - 5 - 1966

Ay, venga, paloma, venga Balada 11 - 5 - 1966

Manda conmigo papé Sketch negro 11 - 5 - 1966

No siento Bolero (letra de outro autor) 11 - 5 - 1966

No quiero que me odies Bolero 11 – 5 - 1966

Carlota ta morí Elegia 11 – 5 - 1966

Por qué me la dejaste

querer?

Couplet 11 – 5 - 1966

Pobrecitos mis recuerdos Canción 11 – 5 - 1966

Canción de la barca Canción 11 – 5 - 1966

Page 23: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Pero tĂș nunca

comprenderĂĄs

Canción 11 – 5 - 1966

Bola de Nieve deixou de efetuar o devido registro das seguintes composiçÔes:

1 - El reumĂĄtico o Negro reumĂĄtico

2 - TĂș me has de querer

3 - Es tan difĂ­cil (Villa - Sabre MarroquĂ­n)

4 - Ay, amor

5 - Becqueriana (L. A. de la Cruz - Villa)

6 - Arroyito de mi casa

7 - Me dices loco

8 - Cuando te encuentre (sobre el poema de L. A. de la Cruz Muñoz)

9 - Si no tengo a quién querer

10 - Todo en mi vida ha sido decepciĂłn

11 - Niña de la enagua blanca (Gutiérrez Nåjera - Villa)

12 - Cuando ya se va la Bana

Acrescenta o investigador que “las dos Ășltimas obras musicales aqui relacionadas las canto

en el teatro Amadeo Roldån el 22 de diciembre del año 1962. las partes de piano de sus

composiciones musicales se conservan en el Archivo Nacional” (Ojeda, 1998, p. 99).

Ojeda localizou dez (10) discos em vinil de “larga duraciĂłn”, isto Ă©, Long Plays(LPs),

gravados por Bola de Nieve ao longo de sua carreira. Praticamente tudo que ele gravou

acabou sendo reproduzido sob a forma de Compact Discs (CDs) a partir do momento em

que esse suporte se generalizou e as novas geraçÔes “redescobriram” o artista cubano.

Os discos de “larga duración”, são os seguintes:

1. MKL 3049, RCA Victor Mexicana. Bola de Nieve.

2. F8-op-8491-1a, Montilla (grabado en España). Bola de Nieve (Snow Ball).

3. S. L. P 800, Sonotone. Éste sí es Bola.

4. CAM 200, RCA Victor Mexicana. Los Ă©xitos de Bola de Nieve.

5. IPF 031, Foton, México (estéreo).

Page 24: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

6. S.M.L.D.- M1, Sierra Maestra (Consejo Nacional de Cultura). Recital de Bola de Nieve.

7. LP - 1008, Palma. Otra vez Bola.

8. LPA 1046, Areito. Bola canta Bola.

9. LD 3977, Areito (estéreo). Bola de Nieve in memoriam (I).

10. LD 3978, Areito (estéreo). Bola de Nieve in memoriam (II).

Esse conjunto de vinis demandou longo esforço para a sua localização por parte de

Miguelito Ojeda, que os encontrou em distintos sĂ­tios da capital cubana, quais sejam:

Departamento de MĂșsica de la Biblioteca Nacional JosĂ© MartĂ­, Fonoteca de la Radio

Metropolitana, Museo Nacional de la MĂșsica, Fonoteca del Centro de InvestigaciĂłn y

Desarollo de la MĂșsica Cubana (CIDMUC), Discoteca Central del Instituto Cubano de

Radio y Televisión (ICRT), além das coleçÔes pessoais de Raquel Villa e Iris Burguet.

Foram localizadas, também, 7 (sete) Matrizes da Empresa de Ediciones y Grabaciones

Musicales (EGREM), contendo quase todas as gravaçÔes realizadas por Bola. E foi

justamente a EGREM a responsåvel pelo lançamento de alguns CDs, copiados a partir

dessas matrizes, como pode ser observado na relação apresentada a seguir.

E - CDs (Selecionados)

Tais CDs, cuja breve relação aparece a seguir, foram selecionados a partir de minha

coleção pessoal. Acabaram sendo adquiridos ao longo dos anos, sempre que se descobria

um lançamento no mercado, não importando se os mesmos continham repertório do autor

em grande parte idĂȘntico ao produto anterior. Isso porque, apesar de serem as mesmas

mĂșsicas, os fonogramas sĂŁo distintos.

1. Bola de Nieve - R B Music, s.d.

2. Bola de Nieve - Kubaney Records, s.d.

3. Bola de Nieve con su piano - Montilla, 1991 [1957]

4. Bola de Nieve - Ay mama Inés - Orféon, s. d.

5. Bola de nieve - Sus grandes Ă©xitos - MediterrĂĄneo, 1991.

6. El inigualable Bola de Nieve - EGREM, 1992.

Page 25: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

7. Bola de Nieve - Las grandes canciones del genial artista cubano - Nuevos Medios,

1992.

8. Bola de Nieve interpreta a Ignacio Villa - EGREM/Velas, 1996.

9. Bola de Nieve - Yo soy la canciĂłn misma - EGREM, 1996.

10. Bola de Nieve in memoriam (1) - EGREM, s.d.

11. Bola de Nieve in memoriam (2) - EGREM, s.d.

No livro organizado por Ojeda (1998, p, 97-98), hĂĄ a relação de 3 (trĂȘs) CDs de Bola de

Nieve, lançados pela EGREM, que abarcam quase todas as suas cançÔes, com exceção das

seguintes:

1. ”Ya no me quieres” - Ignacio Villa (?)

2. “Se equivocó la paloma” - Rafael Alberti/Gustavino

(Larga DuraciĂłn MKL 3049, RCA Victor Mexicana. Bola de Nieve)

3. “Ogguere” - Gilberto ValdĂ©s (habanera)

4. “Corazón” - Eduardo Sánchez de Fuentes

5. “Ecó” - Gilberto ValdĂ©s

6. “Baró” - Gilberto ValdĂ©s

7. “No te importe saber” - RenĂ© Touzet

(Larga Duración F 8-op-8491 -1a, Montilla (grabado en España). Bola de Nieve (Snow

Ball)

8. “Lacho” - Facundo Rivera

9. “En cest®t an la” (?) - Charles Trenet

10. “Tata Cuñengue” - Eliseo Grenet

(Larga Duración S. L. P 800, Sonotone. Éste sí es Bola)

11. “TĂș” - MarĂ­a Greever

12. “Una semana sin ti” - Vicente Garrido

(Larga DuraciĂłn CAM 200, RCA Victor Mexicana. Los Ă©xitos de Bola de Nieve)

13.”Me dices loco” - Ignacio Villa

14. “Lo siento” - Ignacio Villa

(LPA 1046, Areito. Bola canta Bola)

15. “Bacqueriana” - L. A. de la Cruz/Ignacio Villa

(Larga Duración IPF 031, Foton, México (estéreo)

16.”Mi mejor verdad” - (?)

17.”TĂș” - MarĂ­a Grever (?)

Page 26: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

18.”La Condesa” - (?)

19. “Estás conmigo” - (?)

20. “Oye, corazón” - (?)

Apresento, agora, a relação de cançÔes de Bola de Nieve contidas em trĂȘs CDs lançados

pela EGREM, com as costumeiras redundĂąncias em seu repertĂłrio. SĂŁo eles:

CD 040, ARTEX (Licencia EGREM). Para siempre: Bola de Nieve

1. “MĂ©siĂ© JuliĂĄn” - Armando OrĂ©fiche

2. “Vete de mi” - Hermanos Expósito

3. “Ausencia” - María Greever

4. “TĂș no sospechas” - MarĂ­a ValdĂ©s

5. “La flor de la canela” - Chabuca Granda

6. “Alma mía” - María Greever

7. “No negues que me quisiste” - Jorge del Moral

8. ”No dejes que te olvide” - Ignacio Villa

9. “Por quĂ© me la dejaste querer?” - Ignacio Villa

10. “No quiero que me odies” - Ignacio Vila

11. “Si me pudieras querer” - Ignacio Villa

12. “Drume, mobila” - Ignacio Villa

13. “Manda conmigo papĂ©â€ - Ignacio Villa

14. “No puedo ser feliz” - Adolfo Guzmán

15. “Ay, amor” - Ignacio Villa

16. “BabalĂș” - Margarita Lecuona

17. “Drume, negrita” - Eliseo Grenet

18. “Ay, Mama InĂ©s” - Eliseo Grenet

19. “Chivo que rompe tambó” - MoisĂ©s Simons

20. “El manisero” - MoisĂ©s Simons

CD 0011, EGREM, El inigualable Bola de Nieve

Saludo

1.”Caballero de olmedo” - Lope de Vega/Solano

2.”Be Careful, It’s My Heart” - Irving Berlin

Page 27: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

3.”La vie en rose” - Edith Piaf

4.”Monasterio Santa Clara” - Barbieri

5.”No puedo ser feliz” - Adolfo Guzmán

6.”Ay, amor” - Ignacio Villa

7.”Vete de mi” - Hermanos Expósito

8.”La flor de la canela” - Chabuca Granda

9.”No dejes que te olvide” - Ignacio Villa

10.”TĂș me has de querer” - Ignacio Villa

11.”Por que me la dejaste querer ?” - Ignacio Villa

12.”No quiero que me odies” - Ignacio Villa

13.”Si me pudieras querer” - Ignacio Villa

14.”Alma mía” - María Greever

15.”No niegues que me quisiste” - Jorge del Moral

16.”Ausencia” - María Greever

17.”Tu no sospechas” - Marta ValdĂ©s

18.”Te olvidarĂ©â€ - Manuel Merodio

19.”BabalĂș” - Margarita Lecuona

20.”Drume, negrita” - Eliseo Grenet

21.”Ay, Mama InĂ©s” - Eliseo Grenet

22.”Vito ManuĂ©, tĂș no sabe inglĂ©â€ - NicolĂĄs GuillĂ©n/Emilio grenet

23.”Epabilate” - Eliseo Grenet

24.”Chivo que rompe tambó” - MoisĂ©s Simons

25.”El manisero” - MoisĂ©s Simons

26.”MesiĂ© JuliĂĄn” - Armando OrĂ©fiche

Despedida

CD 0193, EGREM. Yo soy la canciĂłn misma: Bola de Nieve

1.”Ya no me quieres” - María Greever

2.”Aunque llegue a odiarme” - DR (?)

3. “DĂ©jame recordar” - JosĂ© Sabre MarroquĂ­n

4. “QuĂ© dirĂ­as de mĂ­?” - MarĂ­a Greever

5. “Por quĂ© si estĂĄs en mĂ­, no estĂĄs conmigo?” Jorge del Moral

6. “Felicidad” - DR

Page 28: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

7. “Lo decembre congelat” - Anónimo catalán

8. “Becqueriana” - Ignacio Villa

9. “No siento” - Ignacio Villa

10.”Pero tĂș nunca comprenderĂĄs” - Ignacio Villa

11.”Canción de la barca” - Ignacio Villa

12.”Pobrecitos mis recuerdos” - Ignacio Villa

13.”Arroyito de mi casa” - Ignacio Villa

14.”Me contaron de tí” - RenĂ© Touzet

15.”Adiós felicidad” - Ela O’ Farril

16.”Ay, venga, paloma, venga” - Ignacio Villa/NicolĂĄs GuillĂ©n

17.”Os quindins de Yaya” - Ary Barroso

18.”MercĂ©â€ - Eliseo Grenet

19.”Yambanbó” - NicolĂĄs GuillĂ©n/Emilio Grenet

20.”El botellero” - Gilberto ValdĂ©s

21.”Carlota ta morí” - Ignacio Villa

22.”Drumi, mobila” - Ignacio Villa

23.”Manda conmigo papĂ©â€ - Ignacio Villa

24.”Mamá Perfecta” - Anónimo

F - Letras de algumas das principais cançÔes de Bola de Nieve

1 - Si me pudiera querer (Ignacio Villa)

Despertaste nueva vida en mĂ­

para ser faro de mi querer

y hoy me tienes medio loco

porque ya siquiera un poco

has de alumbrar mi ilusiĂłn.

Hoy la vida me ha de sonreĂ­r,

tengo ya deseos de sentir

los besitos de tu boca,

que mejor me hacen vivir.

Page 29: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

Si me pudieras querer

como te estoy queriendo yo,

si no me fuera traidora

la luz de tu amor,

yo no sé si existiera por ti solo mi querer,

yo no sé qué serå la vida sin ti.

Pero no quiero pensar que nunca me podrĂĄs amar

porque la vida no quiere y nada mĂĄs;

deja que Dios o que el destino quieran

y entonces la vida también lo querrå.

2- Ay, Amor (Ignacio Villa)

Amor, yo sé que me quieres llevarte mi ilusión:

amor, yo sé que puedes también llevarte mi alma.

Pero, ay, amor, si te llevas mi alma,

llévate de mí también el dolor;

lleva en ti todo mi desconsuelo

y también mi canción de sufrir.

Ay, amor, si me dejas la vida,

déjame también el alma a sentir;

si sĂłlo queda en mĂ­ dolor y vida.

ay, amor, no me dejes vivir.

3- TĂș no sospechas (Marta ValdĂ©s)

TĂș no sospechas cuando me estĂĄs mirando

las emociones que se van desatando;

te juro que a veces me asusto de ver

que te has ido adueñando de mí

y que ya no puedo frenar

el deseo de estar junto a ti.

Page 30: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

TĂș no sospechas estas furias inmensas

que me dominan cada vez que te acercas,

y aunque no ha habido intenciĂłn en ti

de provocar lo que siento,

te vas a enterar de una vez

de que te quiero.

4- Vete de mĂ­ (Hermanos ExpĂłsito)

Tu que llenas todo de alegrĂ­a y juventud

y ves fantasmas en la noche de trasluz

y oyes el canto perfumado del azul: vete de mĂ­.

No te detengas a mirar

las ramas muertas del rosal

que se marchitan sin dar flor,

mira el paisaje del amor,

que es la razón para soñar y amar.

Yo, que ya he luchado contra toda la maldad,

tengo las manos tan desechas de apretar,

que ni te puedo sujetar: vete de mĂ­.

SerĂ© en tĂș vida lo mejor

de la neblina del ayer

cuando me llegues a olvidar

cĂłmo es mejor el verso aquel

que no podemos recordar.

5- No puedo ser feliz (Adolfo GuzmĂĄn)

No puedo ser feliz,

no te puedo olvidar;

siento que te perdĂ­

y eso me hace pensar.

Page 31: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

He renunciado a ti,

ardiente de pasiĂłn;

no se puede tener

consciencia y corazĂłn.

Hoy que ya nos separan

la ley y la razĂłn,

si las almas hablaran,

en su conversaciĂłn

las nuestras se dirĂ­an

cosas de enamorados.

No puedo ser feliz,

no te puedo olvidar.

6- Se equivocĂł la paloma (Alberti - Guastavino)

Se equivocĂł la paloma.

Se equivocaba.

Por ir al Norte, fue al Sur.

CreyĂł que el trigo era agua.

Se equivocaba.

CreyĂł que el mar era el cielo;

que la noche, la mañana.

Se equivocaba, se equivocaba.

Que las estrellas, rocĂ­o;

que la calor, la nevada.

Se equivocaba, se equivocaba.

Que tu falda era tu blusa;

que tu corazĂłn, su casa.

Se equivocaba, se equivocaba.

(Ella se durmiĂł en la orilla.

Page 32: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

TĂș, en la cumbre de una rama.)

7- Drume Negrita (Eliseo Grenet)

MamĂĄ, a la negrita

se le sale lo pie de la cunita

y la negra Mercé

ya no sabe que hacé.

TĂș drume, negrita,

que yo te va a comprĂĄ nueva cunita,

que va tené capité,

que va tené cacabé..

Si tĂș drume yo te traigo un mamey muy colorao,

y si no drume yo te traigo un babalao

que da pau pau.

TĂș drume, negrita, q

que yo te va a comprĂĄ nueva cunita

que va tené capité,

que va tené cacabé.

8- El Manisero (Moisés Simons)

ManĂ­...manĂ­...manĂ­...

Que si te quieres por el pico divertir,

cĂłmprame un cucuruchito de manĂ­.

ManĂ­...manĂ­...manĂ­...

Caserita, no te acuerdas a dormir

sin comer un cucurucho de manĂ­.

Ay, que calientito y rico estĂĄ,

ya no se puede pedir mĂĄs...

Ay, caserita, no me dejes ir

porque después te vas a arrepentir

Page 33: 45o. Encontro Anual da ANPOCS

y va a ser muy tarde ya.

Manisero se va...

Caserita, no te acuestes a dormir

sin comer un cucurucho de manĂ­.

Cuando la calle sola estĂĄ,

casera de mi corazĂłn,

el manisero entona su pregĂłn

y si la niña escucha mi cantar

llama desde su balcĂłn:

- Dame de tu manĂ­,

que esta noche no voy a poder dormir

sin comer un cucurucho de manĂ­.

ManĂ­...me voy...

ManĂ­...manĂ­...manĂ­...