Upload
others
View
8
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
45o. Encontro Anual da ANPOCS
GT 26: MĂșsicas e Processos Sociais: reflexĂ”es sobre mĂ©todos, conceitos e
fronteiras
Bola de Nieve, expressĂŁo cultural de um Caribe sem fronteiras: pianista,
cantor, chansonnier, compositor y otras cositas mĂĄs
AfrĂąnio Mendes Catani
USP/UFF/Pq CNPQ
Bola de Nieve, expressĂŁo cultural de um Caribe sem fronteiras: pianista,
cantor, chansonnier, compositor y otras cositas mĂĄs
AfrĂąnio Mendes Catani
(USP/UFF/ PQ CNPQ)1
O objeto central do trabalho Ă© examinar a trajetĂłria artĂstica de Ignacio Jacinto Villa
y FernĂĄndez (11.09.1911 - 02.10.1971), conhecido mundialmente como Bola de Nieve.
Nascido em AsunciĂłn de Guanabacoa, municĂpio de Cuba pertencente Ă provĂncia da
Cidade de Havana - Ă© o Ășltimo dos 6 filhos de Domingo, cozinheiro, e InĂ©s FernĂĄndez, que
sobreviveu (o casal teve 13 filhos, mas "vingaram" Juliana, Berta, Domingo, Orlando,
Raquel e Ignacio). RaĂșl MartĂnez (1986, p. 7) escreveu que InĂ©s era
"...negra, cuentera, organizadora de fiestas y capaz de bailar la
mejor rumba de cajĂłn o el toque de yemanjĂĄ, durante sus labores
caseros si le podĂa oĂr una romanza de zarzuela, sentada a su
mĂĄquina de coser o frente a la batea de ropa; asimismo alimentaba
amorosamente a sus seis hijos sobrevivientes...".
Bola foi uma das mais ricas expressÔes musicais caribenhas, apresentando-se em
dezenas de paĂses e gravando quase uma dĂșzia de discos de "larga duraciĂłn" (LPs).
Formado em conservatĂłrio, desde pequeno deslizou suas delicadas mĂŁos pelas teclas pretas
e brancas de pianos em cinemas, cabarés, teatros, hotéis, filmes, em carreira solo ou
acompanhado por orquestras, privilegiando em especial as vertentes musicais que
desenvolveu; o folclore afro-cubano, boleros e cançÔes de sua autoria e de outros
compositores, versÔes e interpretaçÔes de sucessos internacionais, além da adaptação
musical de poemas de autores conhecidos. Um ataque cardĂaco o matou no MĂ©xico, dias
apĂłs completar 60 anos.
1 Professor titular aposentado e sĂȘnior na Faculdade de Educação da Universidade de SĂŁo Paulo (FE - USP),
Programa de Pós - Graduação em Educação (PPGE - FE )- USP; Programa de Pós-Graduação em Integração
da América Latina (PROLAM) - USP; Professor visitante (2019 - 2021) junto ao Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF); Pesquisador PQ do CNPq. E-mail:
Pesquiso a respeito de Bola de Nieve hĂĄ mais de trĂȘs dĂ©cadas, desde que fui Ă Cuba
pela primeira vez, em 1989, em viagem de trabalho na ĂĄrea cinematogrĂĄfica. Nesses 32
anos transcorridos desde entĂŁo, voltei algumas vezes ao paĂs, amealhando muito material
acerca da carreira do artista, a saber: livros, artigos de jornais e de revistas, CDs, anotaçÔes,
conversas com mĂșsicos e estudiosos, diĂĄrios de viagem, transcriçÔes de letras de suas
cançÔes, além de assistir a filmes, documentårios e telejornais em que ele participou.
Materiais complementares foram coletados em outros paĂses - Argentina, Chile, Espanha,
México, Venezuela e Reino Unido. O exame sintético desse vasto conjunto de fontes
encontra-se em anĂĄlise no presente momento.
A intenção era realizar, ao longo de 2020 ou inĂcio de 2021, uma viagem de trabalho
à Ilha com a finalidade de coletar materiais adicionais, checar informaçÔes, procurar
documentos, conversar com especialistas etc. Entretanto, a pandemia por Covid-19
impediu a saĂda do paĂs. Nesse sentido, antes de estabelecer um texto com maior amplitude
analĂtica, optei por apresentar, nas linhas seguintes, os contornos gerais da investigação,
bem como uma parte significativa das fontes de pesquisa - referĂȘncias bibliogrĂĄficas,
filmes em que Bola de Nieve participou de forma direta ou indireta, documentĂĄrios sobre
ele, além de detalhar sua discografia, listando o conjunto das cançÔes gravadas por Bola
que consegui localizar e mapear até o momento.
Entendo que para se compreender de forma plena o conjunto da produção musical
de Bola de Nieve, assim como sua trajetĂłria profissional no campo cultural cubano nas
décadas de 1930 a 1960, é preciso realizar, igualmente, o estudo da sociedade cubana no
perĂodo que antecede Ă Revolução de 1959, alĂ©m dos gĂȘneros musicais predominantes,
exigindo uma forma de anĂĄlise em que as fronteiras entre vĂĄrios campos do conhecimento
- sociologia, histĂłria, economia, mĂșsica, literatura, cinema - adquirem grande dose de
porosidade. No que se refere Ă literatura, por exemplo, penso ser indispensĂĄvel estudar
autores como Guillermo Cabrera Infante, Lezama Lima, Severo Sarduy, Reinaldo Arenas,
dentre outros, alĂ©m de, quanto aos gĂȘneros musicais, nĂŁo se olvidar da salsa, do mambo,
do chachachĂĄ, do prĂłprio "latin jazz" que, aqui e ali, dialogam constantemente com Bola.
Também as grandes orquestras e os arranjadores são relevantes nesse sentido.
Bola de Nieve fez de tudo nos palcos, segundo suas prĂłprias palavras, tinha "voz
de manguero", mas atingia a excelĂȘncia no que se refere Ă interpretação em cançÔes como
"Si me pudieras querer", "Se equivocó la paloma", "No puedo ser feliz", "Mesié Juliån",
"Drume, negrita", "Vete de mĂ", "MamĂĄ Perfecta", "Epabilate", "El botellero", "La vie en
rose", "La flor de la canela", "Chivo que rompe tambĂł", "BabalĂș", "Ay MamĂĄ InĂ©s", apenas
para destacar aquellas que eram mais solicitadas em suas apresentaçÔes.
"El susurro, el grido, el llanto, la alegrĂa, la sonrisa, la risa, la
tristeza, el amor, la jocosidad, lo dramĂĄtico, lo lĂrico, se daban las
manos en las interpretaciones singulares de este cubano que 'salĂa
al escenario dispuesto a morir''' (Ojeda, 1998, p. 86).
Sem ser um cantor no sentido tradicional da palavra, ele alcançava como intérprete
enorme eficĂĄcia, aliando tĂ©cnica, conhecimento musical e excelĂȘncia enquanto pianista -
dimensĂŁo essa que muitas vezes acabou sendo subestimada. Em suma, "voz y piano se
integraban como un todo Ășnico, compacto, en sus actuaciones" (Ojeda, 2018, p.86).
Ojeda (1998, p. 86-87) lembra, ainda, que houve um grupo de compositores que
sempre estiveram presentes no repertĂłrio de Bola, como MarĂa Grever, Emilio y Eliseo
Grenet, Ernesto Lecuona, Eduardo SĂĄnchez de Fuentes, Gonzalo Roig, Vicente Garrido,
Margarita Lecuona, Moisés Simons, Marta Valdés, Chabuca Granda, Ary Barroso,
Armando Oréfiche, Adolfo Guzmån.
Bola chegou a ser chamado de o Bobby Short da Cuba pré-revolucionåria, em uma
Havana em que a vida noturna era dinĂąmica e milhares de dĂłlares irrigavam as boates e os
night clubs diariamente. O artista, em vĂĄrias ocasiĂ”es, explicitou sua autocrĂtica, por vezes
dura, que praticava, além de fornecer algumas indicaçÔes sobre a escolha de seu repertório.
Procurarei explorar possibilidade nĂŁo desprezĂvel, destacada por mais de um comentarista
do conjunto de seu trabalho: sua dimensĂŁo de arranjador junto Ă s principais orquestras
cubanas.
Conforme se mencionou nas primeiras linhas, e agora detalho um pouco mais essa
dimensão da pesquisa, a partir do exame do conjunto de suas gravaçÔes, Bola de nieve
desenvolveu quatro grandes vertentes musicais:
1) o folclore afro - cubano- sĂŁo excelentes exemplos, dentre outras, "El manisero",
"BabalĂș", "Drume, negrita", "Chivo que rompe tambĂł", "Ay MamĂĄ InĂ©s";
2) boleros alheios e de sua autoria - destaques: "No puedo ser feliz", "Ay, amor",
"Si me pudieras querer", "No dejes que te olvide", "Vete de mĂ", "TĂș no sospechas", "No
niegues que me quisiste";
3) versĂ”es com interpretaçÔes pessoais de sucessos originĂĄrio de vĂĄrios paĂses -
ItĂĄlia: "Arrivederci Roma"; "Monasterio Santa Clara"; Catalunha: "Le
decembre congelat"; Estados Unidos: Be careful, it's my heart"; Peru: "La flor de la
canela"; França: "La vie en rose"; Brasil; "Os quindins de yayå":
4) a adaptação musical de poemas de autoria de NicolĂĄs GuillĂ©n, Federico GarcĂa
Lorca, L. A. de la Cruz Muñoz, Rafael Alberti.
No Brasil, Caetano Veloso cantaram e gravaram parte do repertĂłrio do mĂșsico
cubano ("Ay, amor", "Drume, negrita", "Vete de mĂ", "La flor de la canela") e Nana
Caymmi ("No puedo ser feliz"). Na Espanha, o cineasta Pedro AlmodĂłvar o incluiu como
banda sonora nas pelĂculas "La ley del deseo" (1987) e "La flor de mi secreto" (1995).
Em suma, Bola de Nieve, o cantor cubano pouco conhecido por aqui, ainda vai dar
muito o que falar.
==========================================================
ReferĂȘncias
ACOSTA, Leonardo. El bolero y el Kitsch. In: GIRO, Radamés (Selección). Panorama de
la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago de Cali:
Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 269-283.
ACOSTA, Leonardo. Elige tĂș, que canto yo. La Habana: Editorial Letras Cubanas, 1993.
ACOSTA, Leonardo. La Habana, capital del jazz latino? In: GIRO, Radamés (Selección).
Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago
de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 245-253.
BALIERO, CarmĂ©n, Bola de Nieve; la falta de bola en el espĂritu general. In: La Caja
(Revista del ensayo negro). Buenos Aires, n. 9, p. 27, septiembre - octubre, 1994.
BARNET, Miguel. AutĂłgrafos cubanos. La Habana: Ediciones UniĂłn de Escritores y
Artistas de Cuba (UNEAC), 1990.
BARNET, Miguel. Bola de Nieve: su universal cubanĂa. In: Bohemia, La Habana, año 70,
n. 39, p. 10-14, 29. 09. 1978.
BARNET, Miguel. Viendo mi vida pasar. La Habana: Editorial Letras Cubanas, 1987.
CALADO, Carlos. LendĂĄrio Bola de Nieve recebe homenagem delicada. SĂŁo Paulo,
âIlustradaâ, Folha de S. Paulo, 03. 07. 2007.
CALADO, Carlos. Cultura traz hoje a voz âcultâ do cubano Bola de Nieve. SĂŁo Paulo,
âIlustradaâ, Folha de S. Paulo, 04. 04.1992.
CALADO, Carlos. VozeirĂŁo de Bola de Nieve emociona. SĂŁo Paulo, âIlustradaâ, Folha de
S. Paulo, 05. 12. 1995.
CALDEIRA, Jorge. Bola de Nieve virou raridade. SĂŁo Paulo, âIlustradaâ, Folha de S.
Paulo, 10. 09. 1991.
CAMPOAMOR, Fernando G. Bola de Nieve o la sinfonĂa de Guanabacoa. In: Bohemia,
La Habana, año 63, n. 42, p. 34-37, 15. 10. 1971.
CASAVELLA, Francisco. Un cubano que carraspa como el Pato Donald. In: La Maga,
Buenos Aires, p. 32, 21. 05. 1997 (Teatro).
CASTELLANOS, Orlando. Bola de Nieve, ese eterno personaje de Ignacio Villa.
Entrevista póstuma, a punto de partir. In: Bohemia, La Habana, año 63, n. 41, p. 53-54, 08.
10. 1971.
CASTELLANOS, Orlando. Entrevista con Bola de Nieve. La Habana: Ediciones UniĂłn de
Escritores y Artistas de Cuba (UNEAC), 1992.
CELA, Camilo JosĂ©. Bola de Nieve - Depoimento ao Suplemento âMais!â. SĂŁo Paulo,
Folha de S. Paulo, p. 6.7, 12. 04. 1991.
CHARME cubano. Veja. SĂŁo Paulo, p. 151, 20. 12. 1995.
CONTE, Antonio. Bola de Nieve: déjame que te cuente. In: Cuba Internacional. La
Habana, año 4, n. 29, p. 63-67, 1972.
DEPESTRE CATONY, Leonardo. Cuatro mĂșsicos de una villa. La Habana: Editorial
Letras Cubanas, 1990.
DIAS, Mauro. Trinta anos sem o gĂȘnio de Bola de Nieve. SĂŁo Paulo, â Caderno 2â, O
Estado de S. Paulo, p. 5, 30. 09. 2001.
ETKIN, Mariano. Bola de Nieve: el humilde equilibrio de un antivirtuoso. In: La Caja
(Revista del ensayo negro). Buenos Aires, n. 9, p. 27, septiembre - octubre, 1994.
FEILING, C. E. Bola de Nieve: Del puente a la alameda. In: La Caja (Revista del ensayo
negro). Buenos Aires, n. 9, p. 26, septiembre - octubre, 1994.
GALEANO, Eduardo.DĂas y noches de amor y de guerra. Madrid: Alianza, 2007, p. 183-
184.
GALILEA, Carlos. Los cuentos de Bola de Nieve. Madrid, El PaĂs, p. 6, 28. 09. 1996.
GIRO, Radamés. Los motivos del son. Hitos en su sendero caribeño y universal. In: GIRO,
RadamĂ©s (SelecciĂłn). Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial
Letras Cubanas; Santiago de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 219 - 230.
GIRO, Radamés. Todo lo que usted quiso saber sobre el mambo...In: GIRO, Radamés
(SelecciĂłn). Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras
Cubanas; Santiago de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 231 - 244.
GUILLĂN, NicolĂĄs. Despedida de duelo de Bola de Nieve. La Habana, Granma, p. 3, 06.
10. 1971.
GUILLĂN, NicolĂĄs. PĂĄginas Cubanas: autobiografia de un poeta na revolução. SĂŁo
Paulo: Brasiliense, 1985.
KARAN, LĂșcia. Nieve volta em dois CDs. SĂŁo Paulo, âIlustradaâ, Folha de S. Paulo,
27.08. 1996.
KRIGER, Clara; PORTELA, Alejandra (Compiladoras). Cine Latinoamericano I -
Diccionario de Realizadores. Buenos Aires: Ediciones del Jilguero, 1997.
LABAKI, Amir. Samba, salsa e tango fazem Havana dançar. SĂŁo Paulo, âIlustradaâ, Folha
de S. Paulo, 08. 12. 1996.
LEYMARIE, Isabelle. La salsa et le latin jazz. Paris: Presses Universitaires de France,
1993.
MALETA COCIĂA, Jorge. Bola de Nieve. In: CASARES RODICIO, Emilio (Org.).
Diccionario del Cine Iberoamericano: España. Portugal e América. Madrid: Sociedad
General de Autores y Editores (SGAE)/FundaciĂłn Autor, Vol. 1, 2011, p. 919.
MANRUPE, RaĂșl; PORTELA, MarĂa Alejandra. Un Diccionario de Films Argentinos
(1930 - 1995). Buenos Aires: Ediciones Corregidor, 2001.
MANRUPE, RaĂșl; PORTELA, MarĂa Alejandra. Un Diccionario de Films Argentinos
(1996 - 2002). Buenos Aires: Ediciones Corregidor, 2004.
MARTĂN, Edgardo. Panorama histĂłrico de la mĂșsica en Cuba. La Habana: Universidad
de La Habana, 1971.
MARTINEZ, Paulo Henrique. Ignacio Villa, o sonoro Bola de Nieve. In: DiĂĄrio de
MarĂlia. MarĂlia, SP,, p.10 - A, 19. 02. 1997.
MARTĂNEZ RODRĂGUEZ, RaĂșl. Bola de Nieve. In: RevoluciĂłn y Cultura. La Habana,
n. 111, p. 32-37, noviembre, 1986.
MARTĂNEZ RODRĂGUEZ, RaĂșl. Ignacio Villa y FernĂĄndez, Bola de Nieve. La Habana:
Museo Nacional de la MĂșsica - Imprensa de DivulgaciĂłn del Ministerio de Cultura, 1986.
MONJEAU, Federico; SAAVEDRA, Guillermo. Bola de Nieve; el teatro de la voz. In: La
Caja (Revista del ensayo negro). Buenos Aires, n. 9, p. 24 - 25, septiembre - octubre, 1994.
MOORE, Robin D. Nationalizing Blackness: Afrocubanismo and artistic revolution in
Havana, 1920-1940. Pittsburgh: University of Pittsburgh, 1997.
OJEDA, Miguelito (SelecciĂłn). Bola de Nieve. La Habana: Instituto Nacional del Libro -
Editorial Letras Cubanas, 1998.
ORAMAS, Ada. Entrevista con Bola de Nieve In: Cuba. La Habana, n. 43, p. 54 - 57,
noviembre, 1965.
PACHECO, Carlos. Bola de Nieve; cincuenta años después vuelve a tener un lugar en la
noche porteña. In: La Maga. Buenos Aires, p. 32, 21. 05. 1997.
PACHECO, Carlos. Cecilia Rossetto - Ignacio rompĂa con todo, con talento y audacia. In:
La Maga, Buenos Aires, p. 33, 21. 05. 1997.
PACHECO, Carlos. Virgilio ExpĂłsito - Cuando escuchĂ© âVete de miâ casi me muero. In:
La Maga. Buenos Aires, p. 33, 21. 05. 1997.
POLA, J. A.; MESA Aida.A Bola, Rita y Lecuona. In: Bohemia. La Habana, año 66, n. 34,
p. 21, agosto, 1974.
RODRĂGUEZ SOSA, Fernando. Bola, con su sonrisa y su canciĂłn. In: RevoluciĂłn y
Cultura. La Habana, n. 108, p. 16 - 25, agosto, 1981.
RODRĂGUEZ SOSA, Fernando. Sin Bola hace cinco años. In: Cuba. La Habana, año VIII,
n. 87, p. 70, octubre, 1976.
RUIZ hijo , Rosendo. El bolero cubano. In: GIRO, Radamés (Selección) . Panorama de la
MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago de Cali: Editorial
Facultad de Humanidades, 1996, p. 255 - 268.
RUIZ hijo , Rosendo; GONZĂLEZ - RUBIERA, Vicente; ESTRADA, Abelardo. CanciĂłn
contra âcanciĂłnâ . In: GIRO, RadamĂ©s (SelecciĂłn) . Panorama de la MĂșsica Popular
Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago de Cali: Editorial Facultad de
Humanidades, 1996, p. 285 - 294.
SAAVEDRA, Guillermo. Bola de Nieve. In: La Caja (Revista del ensayo negro). Buenos
Aires, n. 9, p. 22, septiembre - octubre, 1994.
SOLĂS, Marta. Bola era asĂ! In: Siempre. MĂ©xico, DF, n. 957, p. 40-41, 27. 10. 1971.
SUZUKI JR., Matinas. Ele cantava boleros. SĂŁo Paulo, âFolhetimâ, Folha de S. Paulo, p.
7,
06. 07. 1986.
TORRES, Dota Ileana. Apuntes sobre el feeling. In: GIRO, Radamés (Selección).
Panorama de la MĂșsica Popular Cubana. La Habana: Editorial Letras Cubanas; Santiago
de Cali: Editorial Facultad de Humanidades, 1996, p. 341 - 363.
VIAN, Enid (Ed.). Bola de Nieve. La Habana: Instituto cubano del Libro - Editorial de
ciencias Sociales, 1992.
Filme
Bola de Nieve (2003) - Direção: José Sånchez - Montes) - Produção:
Cuba/Espanha/MĂ©xico, 73 minutos.
âCubano, negro,santero, homosexual,pro-revolucionario y, sobre todo mĂșsicoâ. esse e o
inĂcio da sinopse do documentĂĄrio, em cujo cartaz pode-se ler quase, como um subtĂtulo,
o seguinte: âEl hombre triste que cantava alegreâ.
Programa RadiofĂŽnico
âSatĂ©liteâ - RĂĄdio Cultura FM (103,3 MHz) - EmissĂŁo de 04 de Abril de 1992, dedicada a
Bola de Nieve.
Filmografia
A respeito do presente item optei pela transcrição das breves consideraçÔes realizadas por
Miguelito Ojeda (1998) a respeito, uma vez que explica de maneira sintética a participação
geral de Bola de Nieve em uma série de produçÔes cinematogråficas.
Para Ojeda (1998) âante todo, hay una verdadera escassez de videos, noticieros y otros
materiales sobre el gran artista; esta realidad convierte a los pocos metros de pelĂculas que
hemos localizado en documentos histĂłricosâ (p. 102).
Segundo o organizador dessa antologia analĂtica e documental acerca do mĂșsico cubano,
âal considerar la apariciĂłn de Bola en filmes extranjeros, debemos tener en cuenta que
fueron cintas de un fĂĄcil comercialismo y escasos valores artĂsticos, en las que Bola de
Nieve hacia intervenciones musicales sobre las bases de su repertorio habitual. particular
importancia tienen, pues, los noticieros señalados, la pelĂcula Nosotros, la mĂșsica, y el
dibujo animado Viva papi a la hora de salvar la imagen de Bola de Nieve. Tal vez, de todos
estos materiales, sea Yo soy la canciĂłn que canto la mĂĄs artĂstica y orgĂĄnica presencia del
Bola en el cine cubano. (Ojeda, 1998, p. 102-103).
A. Materiais FĂlmicos Breves
1. Bola de Nieve (18 minutos e meio de duração, 200 metros) - Arquivo dos EstĂșdios
de Animação do Instituto Cubano de Radio y TelevisiĂČn (ICRT). Nesse filme Bola de
Nieve canta âAy, MamĂĄ InĂ©sâ. Canta e dança âEl mamboâ, em francĂȘs. HĂĄ cenas de uma
reuniĂŁo com amigos em sua casa. Ele conta como Rita Montaner lhe colocou o apelido de
Bola de Nieve. Canta outra vez âAy, MamĂĄ InĂ©sâ, agora em sua casa, alĂ©m de âEl
Maniseroâ. Aparecem vĂĄrias tomadas sem ĂĄudio em que ele atua, fotos junto a Fidel, com
familiares, com Lecuona, em gestos caracterĂsticos, alĂ©m de parte de sua atuação na China.
Canta âMesiĂ© JuliĂĄnâ em um estĂșdio de televisĂŁo. âEsta lata termina con escenas de la
llegada del cadĂĄver al aeropuerto, el traslado del ataĂșd, vistas de las coronas que le enviaron
Fidel Castro y Osvaldo DorticĂłs y escenas de GuillĂ©n mientras despedĂa el dueloâ (cf.
Miguelito Ojeda, 1998, p. 100).
2. Trova Antigua (vĂĄrios) - Sem data. Existe na Filmoteca del Noticiero Nacional de
TelevisiĂłn. âEn unos 4 pies de pelĂcula se ve a Bola rodeado de pĂșblico mientras NicolĂĄs
GuillĂ©n hace uso de la palabra en un acto culturalâ (Ojeda, 1998, p. 100).
3. Noticiero ICAIC Latinoamericano. Edição # 360, 15 de maio de 1967. Nesse
nĂșmero do NoticiĂĄrio do Instituto Cubano del Arte e Industria CinematogrĂĄficas (ICAIC)
Bola de Nieve canta vĂĄrios nĂșmeros de seu repertĂłrio (Ojeda, 1998, p. 100).
4. Noticiero ICAIC Latinoamericano. Edição # 531, 21 de outubro de 1971.
Homenagem pĂłstuma a Bola de Nieve, com cenas do estĂșdio da Radio Habana Cuba, onde
o artista fizera sua Ășltima gravação, ao piano. Chegada do fĂ©retro no aeroporto; Bola
cantando âLa flor de Canelaâ, âNo puedo ser felizâ, âDrume Negritaâ. O poeta NicolĂĄs
GuillĂ©n âdespide el duelo en el cementerio de Guanabacoa donde fue sepultado el artista.
Cenas de Bola em frente a sua casa natal em Guanabacoa e distintos planos do enterroâ
(Ojeda, 1998, p. 101) .
B . Filmes em que Bola de Nieve aparece como intĂ©rprete de suas mĂșsicas ou em que
ocorrem a utilização de suas cançÔes nas bandas sonoras das pelĂculas (como
intérprete ou não)
1. Madre Querida (1935) - Direção: Juan Orol - México, 76 minutos. Productora: Aspa
Films. âEs un clĂĄsico en el subgĂ©nero de âpelĂculas de madresâ, tan caracterĂstico de la
producciĂłn mexicana, cuyo âHimno a la madreâ, coreado por los niños de un orfanato
hacia, al parecer, correr rĂos de lĂĄgrimasâ (Kriger; Portela, 1997, p. 404). IntĂ©rpretes: Luisa
MarĂa Morales, Alberto Marti, Carlos Dominguez, Antonio Licega, Mercedes Moreno.
2. AdiĂłs Buenos Aires (1938) - Direção: Leopoldo Torres RĂos - Argentina, 85 minutos.
Produção: CinematogrĂĄfica Terra. Ă um musical em que o tango dĂĄ o tom. âUna chica, su
novio y un amigo toman una canciĂłn desechada y la convierten en Ă©xitoâ (Manrupe;
Portela, 2001, p. 6). Intérpretes: Tito Lusiardo, Amelia Bence, Floren Delbene, Esther
Borja, Bola de Nieve, Esteban Serrador, Vicente Forastieri, MarĂa Goicochea, Ernesto
Villegas, Blanca Mora.
3. Sucedió en La Habana (1938) - Direção: Ramón Peón - Cuba/México. Combinação
de mĂșsica, romance e comĂ©dia em uma visita guiada aos locais noturnos mais badalados
de Havana. No elenco se destaca a presença de Rita Montaner. MĂșsica de Ernesto Lecuona
e Miguelito Valdés, com a inserção de cançÔes de Bola de Nieve.
4. El Romance del Palmar (1938) - Direção: Ramón Peón - Cuba/México, 90 minutos.
Produção: PelĂculas Cubanas S. A. (Pecusa). Filme que segue a tradição teatral cubana,
com intérpretes populares, destacando-se a excelente Rita Montaner. Realizado a partir do
ĂȘxito de SucediĂł en La Habana (1938). A direção musical foi de Gonzalo Roig, contendo
cançÔes de Ernesto Lecuona, Gilberto Valdés, Félix B. Caignet, Bola de Nieve, Antonio
Fernåndez e Alberto Villalón. Intérpretes: Carlos Orellana, Rita Montaner, Luana Alcañiz,
Juan Torena, Aline Rico, RamĂłn PĂ©rez DĂaz, JosĂ© MarĂa Linares-Rivas, Federico Piñero,
Enriqueta Sierra, MarĂa de los Ăngeles Santana, Arnaldo Sevilla, Lolita Berrio, Alberto
Garrido.
5. MelodĂas de AmĂ©rica (1941) - Direção: Eduardo Morera - Argentina, 94 minutos.
Produção: Estudios San Miguel. Pretende ser uma resposta argentina aos filmes temåticos
latino-americanos produzidos por Hollywood como parte da polĂtica da âBoa
Vizinhançaâ. âUn cantor mexicano se enamora en RĂo de Janeiro de una chica porteñaâ.
(Manrupe; Portela, 2001, p. 366). Intérpretes: Silvana Roth, José Mojica, Pedrito Guatucci,
MarĂa Santos, Bola de Nieve, Armando BĂł, Carmen Brown, Ana MarĂa GonzĂĄlez, Lenny
Omar.
6. Embrujo (1941) - Direção: Enrique Telémaco Susini - Argentina, 100 minutos.
Produção: Lumiton. Fala do romance de Pedro I, do Brasil, apĂłs a independĂȘncia do paĂs,
com Domitila de Castro, a Marquesa de Santos. Intérpretes: Jorge Rigaud, Pepita Serrador,
Alicia Barrié, Ernesto Vilches, Santiago Gómez Cou, Carlos Tajes, Amery Darbón,
Francisco Pablo DonadĂo, Lalo Bouhier, Pablo Lagarde, MarĂa Ruanova, Bola de Nieve.
âLos familiares de Bola nos hablaron con particular simpatĂa del filme argentino Embrujo;
en Ă©l, Villa hizo un papel melodramĂĄtico de un hombre de vida y acciones violentas. La
ficha mĂnima de la pelĂcula es la siguiente:
Realizador y guionista: Enrique Susini. Coguionista: Pedro Miguel Obligado. ProducciĂłn:
Enrique T. Susini y Cesar JosĂ© Guerrico. FotografĂa: JosĂ© MarĂa BeltrĂĄn. CĂĄmara: Pedro
Marzialetti. MĂșsica: George Andreani. DuraciĂłn: 100 minutos. Fecha: 1941. IntĂ©rpretes:
George Rigaud, Alicia Barrié, Pepita Serrador, Ernesto Vilches, Santiago Gómez, Bola de
Nieve y otros. El argumento se basa en la novela de Paulo SetĂșbal La marquesa de Santos.
Se estrenĂł el 18 de junio de 1941 en la sala Monumentalâ (Ojeda, 1998, p. 103).
7. Una Mujer en la Calle (1955) - Direção: Alfredo B. Crevenna - México, 90 minutos.
Produção: CinematogrĂĄfica Latina. A prostituta Lucero, escapando da polĂcia, se refugia
na casa da anciĂŁ Nena e de sua irmĂŁ Isabel, ambas solteironas. Em sua casa Lucero
encontrarĂĄ a paz e o amor que sempre sonhou, decidindo abandonar o homem que sempre
a explorou. IntĂ©rpretes: Marga LĂłpez, Prudencia Grifell, Ernesto Alonso, JosĂ© MarĂa
Linares.
8. Kid Tabaco (1955) - Direção ZacarĂas GĂłmez Urquiza - MĂ©xico, 101 minutos.
Produção: Cinematogråfica Coloso e Produtora Cinematogråfica. O lutador mexicano Kid
Tabaco necessita participar no maior nĂșmero possĂvel de combates para conseguir o
dinheiro necessårio para se casar com Diana. Intérpretes: Armando Silvestre, Lilia del
Valle, Ana Bertha lepe, JĂșlio Taboada, Carlos MĂșzquiz.
9. Nosotros, la Musica (1964) - Direção: Rogelio ParĂs - Cuba, 80 minutos. âAsesor
musical: Odilo Urfé. Produtor: Humberto Hernåndez. Intérpretes: Bola de Nieve, Celeste
Mendoza, Ana Gloria, Elena Burque, Charanga a la francesa, Septeto Nacional, Silvio y
Ada, Quinteto instrumental de MĂșsica Moderna, Orquesta de ChapottĂn, Comparsas del
CocuyĂ© y del OrilĂ©â(Ojeda, 1998, p. 102). Oscilando entre a produção musical e o
documentĂĄrio etnogrĂĄfico, o filme discorre acerca dos prazeres sociais da mĂșsica cubana
para mĂșsicos, figuras pĂșblicas e o âcomum dos mortaisâ de Cuba.
10. Viva papi (1982) - Direção: Juan Padrón - Cuba, 5 minutos. Produtor: Paco Prats.
âAnimaciĂłn: Mario GarcĂa Montes. DirecciĂłn musical: Manuel Duchesne CuzĂĄn. MĂșsica:
Lucas de la Guardia. Caricaturas de Bola de Nieve: Juan David. Voz e piano: Bola de
Nieve. Argumento: Harry Readeâ (Ojeda, 1998, p. 102).
âEn este dibujo animado se establece un diĂĄlogo entre la voz de Bola de Nieve y las
imågenes de un niño que estå triste porque su papå trabaja haciendo tuercas. El niño
quisiera que su padre guiarĂĄ una locomotora o volarĂĄ un aviĂłn o fuera un caballero con
armadura. La voz de Bola de Nieve le sugiere que piense en lo que pasarĂa si en el mundo
no hubiera tuercas⊠la locomotora, el aviĂłn y la armadura se desarmarĂan. El niño se da
cuenta de la utilidad del trabajo y admira mucho mĂĄs a su padre. Se utiliza una grabaciĂłn
inĂ©dita de Bola de Nieve realizada en el año 1963â (OJEDA, 1998, p. 102).
11. Yo soy la canciĂłn que canto (1985) - Direção: Mayra VilasĂs - Cuba, 27 minutos.
Este filme es âun documental en homenaje al Bola con guiĂłn y direciĂłn de Mayra VilasĂs,
voz de Nicolås Guillén y la participación de la soprano Alina Sånchez y el pianista
Guillermo Tuzzio. Ofrece imĂĄgenes de archivo, fotos, instantes de la Ășltima entrevista
realizada al Bola, testimonios de amigos y familiares para proponer un acercamiento a la
vida y obra artĂstica del inmenso Ignacio Villa. Fue realizado en colores y dura 27 minutos.
En espera de otros merecidos homenajes, este de Mayra VilasĂs es, en los momentos de
realizar esta investigaciĂłn, la mĂĄs interesante visiĂłn del Bola en nuestro cineâ (Ojeda,
1998, p. 103).
12. Vete de mà (una de pasiones) (1996) - Direção: Alberto Ponce - Cuba/Argentina, 19
minutos. O cineasta Ponce, oriundo da Escuela Internacional de Cine y TelevisiĂłn (EICT),
de San Antonio de los Baños, ârealizĂł el docu-ficciĂłn Vete de mĂ (una de pasiones) (...)
Ofrece un interesante documental en el que entrevistas, filmaciones en Cuba,materiales de
Archivo, imĂĄgenes onĂricas y otros recursos conforman un cuadro artĂstico sobre la famosa
canciĂłn de los Hermanos ExpĂłsito y la fabulosa versiĂłn de Bola de Nieve, con producciĂłn
de vania Cosin, fotografĂa y cĂĄmara de Patricio Riquelme, sonido directo de Roberto
RodrĂguez, producciĂłn en Cuba de Yamila SuĂĄrez y MĂłnica Cifuentes, y direcciĂłn de arte
de Juan Manuel Eujenian y Cristian Perenyiâ (Ojeda, 1998, p. 103).
C - Relação de Recitais
Mais uma vez irei me valer da obra organizada por Miguelito Ojeda (1998), que procura
estabelecer a relação, embora bastante lacunar, como ele próprio esclarece, dos recitais
realizados por Bola de Nieve em Cuba e no exterior.
O organizador escreve, com propriedade, que âcuando iniciĂ© la localizaciĂłn de los
programas de teatro que se editaron para los recitales de Bola, me di cuenta de que, en su
gran mayorĂa, los recitales anteriores al triunfo de la RevoluciĂłn no aparecĂan en los
archivos de las instituciones culturales consultadas, lo que impide conocer con detalles
cuĂĄntos y cĂłmo fueron estructurados. Aunque con la fundaciĂłn del Archivo General del
Consejo Nacional de Cultura se organizĂł nuestra memoria cultural, no aparecen
registrados en Ă©l todos los recitales que ofreciĂł Bola a partir de la organizaciĂłn de dicho
Archivo, pues algunos se realizaron sin programas, otros emplearon un programa itinerante
que no indicaba ni dĂa ni lugar, y ademĂĄs, Bola convertĂa en recitales algunas de sus
presentaciones en pĂșblico, a peticiĂłn de sus admiradores. No obstante las limitaciones
señaladas, esta relaciĂłn mĂnima de recitales de Bola refleja su vital actividad artĂstica hasta
los Ășltimos meses de su vidaâ (Ojeda, 1998, p. 85).
Para o estudioso da obra do mĂșsico cubano os recitais de Bola de Nieve geralmente eram
estruturados em duas partes. âBola solĂa abrirlos con una primera secciĂłn dedicada a
géneros como el bolero, la canción, musicalizaciones de textos de poetas, baladas, sambas,
berceuses, elegĂas, couplets y canciones anĂłnimas. En ocasiones, presentaba pequeños
bloques con obras de algĂșn compositor y tambiĂ©n incluĂa interpretaciones en idiomas
diferentes, Particular importancia tenĂan sus versiones sobre clĂĄsicos de cancioneros como
el mexicano, el francés, el norteamericano y el italiano. cada una de estas partes o secciones
de sus recitales avanzaba hacia un clĂmax musical, estĂ©tico, interpretativo y artĂstico,
porque Ă©l iba manejando con gran inteligencia la popularidad de las obras, la naturaleza de
la interpretaciĂłn, y los factores emotivos propiciados por su actuaciĂłnâ (Ojeda, 1998, p.
85).
La segunda parte de seus recitais girava ao redor âdel mundo mĂĄs cercano a la mĂșsica
folklĂłrico-popular. AparecĂan interpretaciones antolĂłgicas en su voz, anĂłnimos del siglo
XIX, versos de Guillén musicalizados, pregones, guaguancós, tangos-congos, mayombes
y sketches negros. El pĂșblico acostumbraba a exigirle, en cada parte de las presentaciones,
sus piezas mĂĄs famosas si no estaban incluidas en el programaâ (Ojeda, 1998, p. 86).
Os elementos cĂȘnicos dos quais Bola se valia na apresentação de seus recitais eram os mais
simples e despojados possĂveis: âel piano, el micrĂłfono a la altura de su garganta, una
cortina de fondo y luces generales en el escenario" (Ojeda, 1998, p. 86).
A seguir, uma lista, reconhecidamente bastante incompleta, dos recitais de Bola de Nieve,
conforme Ojeda (1998, p. 87- 90):
1936
2 de junho: Liceo ArtĂstico y Literario de Matanzas
1942 - 1949
21 de maio de 1942: CafeterĂa OdeĂłn Bar, Buenos Aires
21 de novembro de 1948: Carnegie Hall, Nova Iorque
1948 : Debuta em Madrid, acompanhado por Concha Piquer
1953 - 1959
1953: Recitais no Teatro Lara, Madrid
1955-1956: Trabalha no night club Montmartre
1956 : Salón de las Américas, Unión Panamericana
06 de abril de 1959: Teatro de la MĂșsica, Praga
Dezembro de 1959: Teatro Camilo Henriquez, Santiago do Chile
1960
14 de agosto: Palacio de Bellas Artes
1962
27 de fevereiro: Club de Juventud de los Amigos de Cuba en Gottwaldov
30 de junho: Teatro Amadeo RoldĂĄn
Julho: Oriente (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
25 de agosto: CĂrculo Cultural CĂĄrdenas
26 de agosto: Teatro |sauto, Matanzas
agosto: Atuação especial no Primer Festival de MĂșsica Popular Cubana
outubro: Pinar del RĂo (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
22 de dezembro: Teatro Amadeo RoldĂĄn
1963
24 de março: Palacio de Bellas Artes (pelo 50o. aniversårio del Museo Nacional)
abril: Centro de Cultura, HolguĂn (nĂŁo se especifica o dia)
maio: Pinar del RĂo (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
maio: Matanzas (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
junho: CamagĂŒey (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
junho: Escuela Nacional de Arte (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
14 de julho: Teatro Amadeo RoldĂĄn
julho: Cada de Cultura de cienfuegos (nĂŁo se especifica o dia)
12 de agosto: Matanzas (nĂŁo se especifica o lugar)
19 de agosto palacio de bellas Artes
agosto: Teatro Amadeo RoldĂĄn (Segundo Festival de MĂșsica Popular Cubana)
1964
26 de fevereiro: Pinar del RĂo (nĂŁo se especificam nem dia nem lugar)
27 de fevereiro: Palacio de Bellas Artes (junto com Zenaida ManfugĂĄs)
30 de março: Casa de Cultura de Santa Clara
26 e 28 de março: Tournée por oriente (não se especificam lugares)
16 de julho: Teatro Estrada, Bayamo, Oriente
25 de julho: Teatro Amadeo RoldĂĄn
11 e 12 outubro: Las Villas (como homenagem ao Cuarto Aniversario de las Juventudes
Comunistas; nĂŁo se especifica lugar)
18 de novembro: Palacio de bellas Artes, MĂ©xico
30 de novembro: Auditorio A, Centro Cultural Zacatenco, MĂ©xico
1965
31 de maio: Palacio de Bellas Artes (junto com MarĂa Cervantes)
23 de junho: Las Villas (nĂŁo se especifica lugar)
23 de julho: Biblioteca Nacional JosĂ© MartĂ
1o. e 2 de agosto: (nĂŁo se especificam lugares)
22 e 23 de setembro: CamagĂŒey (nĂŁo se especificam lugares)
1966
24 de janeiro: Palacio de Bellas Artes
17 de fevereiro : Palacio de Bellas Artes (em homenagem ao 53o. aniversĂĄrio da FundaciĂłn
del Museo Nacional)
30 e 31 de maio: Pinar del RĂo (nĂŁo se especificam lugares)
9 de junho: Teatro Amadeo Roldån (recital de cançÔes mexicanas pelo tercer aniversario
de la fundaciĂłn de la Sociedad Cubano-Mexicana de Relaciones Culturales)
6 de setembro: Teatro de los Compositores, MĂ©xico
8 de setembro: Auditorio A, Centro Cultural Zacatenco, MĂ©xico
18 de setembro: Instituto Cubano-Mexicano de intercambio Cultural
19 de setembro: Centro Cultural CoyoacĂĄn, MĂ©xico
16 de dezembro: Biblioteca Nacional JosĂ© MartĂ
26 de dezembro: Palacio de Bellas Artes
1967
16 de janeiro: Encuentro RubĂ©n DarĂo (Varadero)
16 de fevereiro: Museo NapoleĂłnico
7 de abril: Aula Magna de la Universidad de La Habana
18 de julho: Teatro CoyoacĂĄn, MĂ©xico
29 de julho: Festival Mundial de EspetĂĄculos, CanadĂĄ
11 de agosto: Gran Logia de Cuba
30 de setembro: Teatro Amadeo RoldĂĄn (orquestra dirigida por Enrique JorrĂn)
novembro: Recital para os latinoamericanos residentes em Cuba (nĂŁo se especificam nem
dia nem lugar)
1968
23 de janeiro: Liceo ArtĂstico y Literario de Guanabacoa
19 e 20 de fevereiro: Las Villas (nĂŁo se especificam lugares)
26 de fevereiro: Palacio de Bellas Artes
28 de março: Museo Napoleónico
10 e 11 de março: Teatro Amadeo Roldån
19 de maio: Pinar del RĂo (nĂŁo se especifica lugar)
18 de julho: Biblioteca de Santa Clara
22 de setembro: Acto Especial na Alameda Central del Distrito Federal, MĂ©xico
8 de outubro: Teatro Degollado, MĂ©xico
15 de novembro: Universidad AutĂłnoma de hidalgo, MĂ©xico
1969
10 e 23 de fevereiro: Teatro Lara, España
10 de maio: Teatro Amadeo RoldĂĄn
8 de junho: Palacio de Bellas Artes
9 de junho: Palacio de Bellas Artes (Sociedad Cubano-Mexicana de Relaciones Culturales)
12 e 15 de agosto: Teatro Sauto, Matanzas
novembro: Recitais em HolguĂn, Bayamo e Santiago de Cuba (programa Ășnico que nĂŁo
especifica nem dias nem lugares)
28 de dezembro: Teatro GarcĂa Lorca
1970
5 de janeiro: Palacio de Bellas Artes
25 de julho: Teatro Amadeo RoldĂĄn
22 e 23 de agosto: Teatro Sauto, Matanzas
24 de setembro: Sala Talia, ciudad de La Habana
1971
julho: Amadeo RoldĂĄn (nĂŁo se especifica o dia)
D - Discografia
O pesquisador cubano Miguelito Ojeda, ao organizar o catålogo båsico de gravaçÔes
musicais de Bola de Nieve, destacou que lhe chamou a atenção a relativa pouca quantidade
de discos encontrados. Não é supérfluo recordar que Ignacio Villa faleceu em 1971, ou
seja, até aquela época existiam apenas vinis e fitas cassete. Ele acrescenta ainda duas
consideraçÔes relevantes: a seleção musical que aparece em cada um destes discos é
bastante similar, levantando a hipĂłtese segundo a qual isso se deve ao fato de o mĂșsico
nascido em Guanabacoaâera muito exigente para incorporar obras a seu repertĂłrioâ (Ojeda,
1998, p. 91).
Sua primeira obra registrada no Centro Nacional de Derechos de Autor, segundo o
estudioso, ocorreu no dia 4 de março de 1932. Trata-se da berceuse Drumi, mobila.
Demorou mais sete anos (15 de julho de 1939) para que fosse realizado o registro da
canciĂłn Si me pudieras querer, talvez sua mĂșsica mais popular. Vinte e sete anos mais
tarde (11 de maio de 1966) decidiu registrar, exatas, uma dezena de obras de sua produção
musical, embora não tenha formalizado, até a sua morte, outras doze. Para Ojeda (1998, p.
91), uma possĂvel explicação para tal procedimento Ă© que Bola ânĂŁo se considerava um
grande compositor musical; declarou isso em vårias ocasiÔes e se mostrou conservador na
hora de registrar suas criaçÔesâ.
A relação de suas obras registradas aparece à pågina 99 do texto de Ojeda (1998), a saber:
Obra GĂȘnero Fecha de Registro
Drumi, mobila Berceuse 4 - 3 - 1932
Si me pudieras querer CanciĂłn 15 - 7 - 1939
No dejes que te olvide CanciĂłn 11 - 5 - 1966
Ay, venga, paloma, venga Balada 11 - 5 - 1966
Manda conmigo papé Sketch negro 11 - 5 - 1966
No siento Bolero (letra de outro autor) 11 - 5 - 1966
No quiero que me odies Bolero 11 â 5 - 1966
Carlota ta morĂ Elegia 11 â 5 - 1966
Por qué me la dejaste
querer?
Couplet 11 â 5 - 1966
Pobrecitos mis recuerdos CanciĂłn 11 â 5 - 1966
CanciĂłn de la barca CanciĂłn 11 â 5 - 1966
Pero tĂș nunca
comprenderĂĄs
CanciĂłn 11 â 5 - 1966
Bola de Nieve deixou de efetuar o devido registro das seguintes composiçÔes:
1 - El reumĂĄtico o Negro reumĂĄtico
2 - TĂș me has de querer
3 - Es tan difĂcil (Villa - Sabre MarroquĂn)
4 - Ay, amor
5 - Becqueriana (L. A. de la Cruz - Villa)
6 - Arroyito de mi casa
7 - Me dices loco
8 - Cuando te encuentre (sobre el poema de L. A. de la Cruz Muñoz)
9 - Si no tengo a quién querer
10 - Todo en mi vida ha sido decepciĂłn
11 - Niña de la enagua blanca (Gutiérrez Nåjera - Villa)
12 - Cuando ya se va la Bana
Acrescenta o investigador que âlas dos Ășltimas obras musicales aqui relacionadas las canto
en el teatro Amadeo Roldån el 22 de diciembre del año 1962. las partes de piano de sus
composiciones musicales se conservan en el Archivo Nacionalâ (Ojeda, 1998, p. 99).
Ojeda localizou dez (10) discos em vinil de âlarga duraciĂłnâ, isto Ă©, Long Plays(LPs),
gravados por Bola de Nieve ao longo de sua carreira. Praticamente tudo que ele gravou
acabou sendo reproduzido sob a forma de Compact Discs (CDs) a partir do momento em
que esse suporte se generalizou e as novas geraçÔes âredescobriramâ o artista cubano.
Os discos de âlarga duraciĂłnâ, sĂŁo os seguintes:
1. MKL 3049, RCA Victor Mexicana. Bola de Nieve.
2. F8-op-8491-1a, Montilla (grabado en España). Bola de Nieve (Snow Ball).
3. S. L. P 800, Sonotone. Ăste sĂ es Bola.
4. CAM 200, RCA Victor Mexicana. Los Ă©xitos de Bola de Nieve.
5. IPF 031, Foton, México (estéreo).
6. S.M.L.D.- M1, Sierra Maestra (Consejo Nacional de Cultura). Recital de Bola de Nieve.
7. LP - 1008, Palma. Otra vez Bola.
8. LPA 1046, Areito. Bola canta Bola.
9. LD 3977, Areito (estéreo). Bola de Nieve in memoriam (I).
10. LD 3978, Areito (estéreo). Bola de Nieve in memoriam (II).
Esse conjunto de vinis demandou longo esforço para a sua localização por parte de
Miguelito Ojeda, que os encontrou em distintos sĂtios da capital cubana, quais sejam:
Departamento de MĂșsica de la Biblioteca Nacional JosĂ© MartĂ, Fonoteca de la Radio
Metropolitana, Museo Nacional de la MĂșsica, Fonoteca del Centro de InvestigaciĂłn y
Desarollo de la MĂșsica Cubana (CIDMUC), Discoteca Central del Instituto Cubano de
Radio y Televisión (ICRT), além das coleçÔes pessoais de Raquel Villa e Iris Burguet.
Foram localizadas, também, 7 (sete) Matrizes da Empresa de Ediciones y Grabaciones
Musicales (EGREM), contendo quase todas as gravaçÔes realizadas por Bola. E foi
justamente a EGREM a responsåvel pelo lançamento de alguns CDs, copiados a partir
dessas matrizes, como pode ser observado na relação apresentada a seguir.
E - CDs (Selecionados)
Tais CDs, cuja breve relação aparece a seguir, foram selecionados a partir de minha
coleção pessoal. Acabaram sendo adquiridos ao longo dos anos, sempre que se descobria
um lançamento no mercado, não importando se os mesmos continham repertório do autor
em grande parte idĂȘntico ao produto anterior. Isso porque, apesar de serem as mesmas
mĂșsicas, os fonogramas sĂŁo distintos.
1. Bola de Nieve - R B Music, s.d.
2. Bola de Nieve - Kubaney Records, s.d.
3. Bola de Nieve con su piano - Montilla, 1991 [1957]
4. Bola de Nieve - Ay mama Inés - Orféon, s. d.
5. Bola de nieve - Sus grandes Ă©xitos - MediterrĂĄneo, 1991.
6. El inigualable Bola de Nieve - EGREM, 1992.
7. Bola de Nieve - Las grandes canciones del genial artista cubano - Nuevos Medios,
1992.
8. Bola de Nieve interpreta a Ignacio Villa - EGREM/Velas, 1996.
9. Bola de Nieve - Yo soy la canciĂłn misma - EGREM, 1996.
10. Bola de Nieve in memoriam (1) - EGREM, s.d.
11. Bola de Nieve in memoriam (2) - EGREM, s.d.
No livro organizado por Ojeda (1998, p, 97-98), hĂĄ a relação de 3 (trĂȘs) CDs de Bola de
Nieve, lançados pela EGREM, que abarcam quase todas as suas cançÔes, com exceção das
seguintes:
1. âYa no me quieresâ - Ignacio Villa (?)
2. âSe equivocĂł la palomaâ - Rafael Alberti/Gustavino
(Larga DuraciĂłn MKL 3049, RCA Victor Mexicana. Bola de Nieve)
3. âOgguereâ - Gilberto ValdĂ©s (habanera)
4. âCorazĂłnâ - Eduardo SĂĄnchez de Fuentes
5. âEcĂłâ - Gilberto ValdĂ©s
6. âBarĂłâ - Gilberto ValdĂ©s
7. âNo te importe saberâ - RenĂ© Touzet
(Larga Duración F 8-op-8491 -1a, Montilla (grabado en España). Bola de Nieve (Snow
Ball)
8. âLachoâ - Facundo Rivera
9. âEn cestÂŽt an laâ (?) - Charles Trenet
10. âTata Cuñengueâ - Eliseo Grenet
(Larga DuraciĂłn S. L. P 800, Sonotone. Ăste sĂ es Bola)
11. âTĂșâ - MarĂa Greever
12. âUna semana sin tiâ - Vicente Garrido
(Larga DuraciĂłn CAM 200, RCA Victor Mexicana. Los Ă©xitos de Bola de Nieve)
13.âMe dices locoâ - Ignacio Villa
14. âLo sientoâ - Ignacio Villa
(LPA 1046, Areito. Bola canta Bola)
15. âBacquerianaâ - L. A. de la Cruz/Ignacio Villa
(Larga Duración IPF 031, Foton, México (estéreo)
16.âMi mejor verdadâ - (?)
17.âTĂșâ - MarĂa Grever (?)
18.âLa Condesaâ - (?)
19. âEstĂĄs conmigoâ - (?)
20. âOye, corazĂłnâ - (?)
Apresento, agora, a relação de cançÔes de Bola de Nieve contidas em trĂȘs CDs lançados
pela EGREM, com as costumeiras redundĂąncias em seu repertĂłrio. SĂŁo eles:
CD 040, ARTEX (Licencia EGREM). Para siempre: Bola de Nieve
1. âMĂ©siĂ© JuliĂĄnâ - Armando OrĂ©fiche
2. âVete de miâ - Hermanos ExpĂłsito
3. âAusenciaâ - MarĂa Greever
4. âTĂș no sospechasâ - MarĂa ValdĂ©s
5. âLa flor de la canelaâ - Chabuca Granda
6. âAlma mĂaâ - MarĂa Greever
7. âNo negues que me quisisteâ - Jorge del Moral
8. âNo dejes que te olvideâ - Ignacio Villa
9. âPor quĂ© me la dejaste querer?â - Ignacio Villa
10. âNo quiero que me odiesâ - Ignacio Vila
11. âSi me pudieras quererâ - Ignacio Villa
12. âDrume, mobilaâ - Ignacio Villa
13. âManda conmigo papĂ©â - Ignacio Villa
14. âNo puedo ser felizâ - Adolfo GuzmĂĄn
15. âAy, amorâ - Ignacio Villa
16. âBabalĂșâ - Margarita Lecuona
17. âDrume, negritaâ - Eliseo Grenet
18. âAy, Mama InĂ©sâ - Eliseo Grenet
19. âChivo que rompe tambĂłâ - MoisĂ©s Simons
20. âEl maniseroâ - MoisĂ©s Simons
CD 0011, EGREM, El inigualable Bola de Nieve
Saludo
1.âCaballero de olmedoâ - Lope de Vega/Solano
2.âBe Careful, Itâs My Heartâ - Irving Berlin
3.âLa vie en roseâ - Edith Piaf
4.âMonasterio Santa Claraâ - Barbieri
5.âNo puedo ser felizâ - Adolfo GuzmĂĄn
6.âAy, amorâ - Ignacio Villa
7.âVete de miâ - Hermanos ExpĂłsito
8.âLa flor de la canelaâ - Chabuca Granda
9.âNo dejes que te olvideâ - Ignacio Villa
10.âTĂș me has de quererâ - Ignacio Villa
11.âPor que me la dejaste querer ?â - Ignacio Villa
12.âNo quiero que me odiesâ - Ignacio Villa
13.âSi me pudieras quererâ - Ignacio Villa
14.âAlma mĂaâ - MarĂa Greever
15.âNo niegues que me quisisteâ - Jorge del Moral
16.âAusenciaâ - MarĂa Greever
17.âTu no sospechasâ - Marta ValdĂ©s
18.âTe olvidarĂ©â - Manuel Merodio
19.âBabalĂșâ - Margarita Lecuona
20.âDrume, negritaâ - Eliseo Grenet
21.âAy, Mama InĂ©sâ - Eliseo Grenet
22.âVito ManuĂ©, tĂș no sabe inglĂ©â - NicolĂĄs GuillĂ©n/Emilio grenet
23.âEpabilateâ - Eliseo Grenet
24.âChivo que rompe tambĂłâ - MoisĂ©s Simons
25.âEl maniseroâ - MoisĂ©s Simons
26.âMesiĂ© JuliĂĄnâ - Armando OrĂ©fiche
Despedida
CD 0193, EGREM. Yo soy la canciĂłn misma: Bola de Nieve
1.âYa no me quieresâ - MarĂa Greever
2.âAunque llegue a odiarmeâ - DR (?)
3. âDĂ©jame recordarâ - JosĂ© Sabre MarroquĂn
4. âQuĂ© dirĂas de mĂ?â - MarĂa Greever
5. âPor quĂ© si estĂĄs en mĂ, no estĂĄs conmigo?â Jorge del Moral
6. âFelicidadâ - DR
7. âLo decembre congelatâ - AnĂłnimo catalĂĄn
8. âBecquerianaâ - Ignacio Villa
9. âNo sientoâ - Ignacio Villa
10.âPero tĂș nunca comprenderĂĄsâ - Ignacio Villa
11.âCanciĂłn de la barcaâ - Ignacio Villa
12.âPobrecitos mis recuerdosâ - Ignacio Villa
13.âArroyito de mi casaâ - Ignacio Villa
14.âMe contaron de tĂâ - RenĂ© Touzet
15.âAdiĂłs felicidadâ - Ela Oâ Farril
16.âAy, venga, paloma, vengaâ - Ignacio Villa/NicolĂĄs GuillĂ©n
17.âOs quindins de Yayaâ - Ary Barroso
18.âMercĂ©â - Eliseo Grenet
19.âYambanbĂłâ - NicolĂĄs GuillĂ©n/Emilio Grenet
20.âEl botelleroâ - Gilberto ValdĂ©s
21.âCarlota ta morĂâ - Ignacio Villa
22.âDrumi, mobilaâ - Ignacio Villa
23.âManda conmigo papĂ©â - Ignacio Villa
24.âMamĂĄ Perfectaâ - AnĂłnimo
F - Letras de algumas das principais cançÔes de Bola de Nieve
1 - Si me pudiera querer (Ignacio Villa)
Despertaste nueva vida en mĂ
para ser faro de mi querer
y hoy me tienes medio loco
porque ya siquiera un poco
has de alumbrar mi ilusiĂłn.
Hoy la vida me ha de sonreĂr,
tengo ya deseos de sentir
los besitos de tu boca,
que mejor me hacen vivir.
Si me pudieras querer
como te estoy queriendo yo,
si no me fuera traidora
la luz de tu amor,
yo no sé si existiera por ti solo mi querer,
yo no sé qué serå la vida sin ti.
Pero no quiero pensar que nunca me podrĂĄs amar
porque la vida no quiere y nada mĂĄs;
deja que Dios o que el destino quieran
y entonces la vida también lo querrå.
2- Ay, Amor (Ignacio Villa)
Amor, yo sé que me quieres llevarte mi ilusión:
amor, yo sé que puedes también llevarte mi alma.
Pero, ay, amor, si te llevas mi alma,
llévate de mà también el dolor;
lleva en ti todo mi desconsuelo
y también mi canción de sufrir.
Ay, amor, si me dejas la vida,
déjame también el alma a sentir;
si sĂłlo queda en mĂ dolor y vida.
ay, amor, no me dejes vivir.
3- TĂș no sospechas (Marta ValdĂ©s)
TĂș no sospechas cuando me estĂĄs mirando
las emociones que se van desatando;
te juro que a veces me asusto de ver
que te has ido adueñando de mĂ
y que ya no puedo frenar
el deseo de estar junto a ti.
TĂș no sospechas estas furias inmensas
que me dominan cada vez que te acercas,
y aunque no ha habido intenciĂłn en ti
de provocar lo que siento,
te vas a enterar de una vez
de que te quiero.
4- Vete de mĂ (Hermanos ExpĂłsito)
Tu que llenas todo de alegrĂa y juventud
y ves fantasmas en la noche de trasluz
y oyes el canto perfumado del azul: vete de mĂ.
No te detengas a mirar
las ramas muertas del rosal
que se marchitan sin dar flor,
mira el paisaje del amor,
que es la razón para soñar y amar.
Yo, que ya he luchado contra toda la maldad,
tengo las manos tan desechas de apretar,
que ni te puedo sujetar: vete de mĂ.
SerĂ© en tĂș vida lo mejor
de la neblina del ayer
cuando me llegues a olvidar
cĂłmo es mejor el verso aquel
que no podemos recordar.
5- No puedo ser feliz (Adolfo GuzmĂĄn)
No puedo ser feliz,
no te puedo olvidar;
siento que te perdĂ
y eso me hace pensar.
He renunciado a ti,
ardiente de pasiĂłn;
no se puede tener
consciencia y corazĂłn.
Hoy que ya nos separan
la ley y la razĂłn,
si las almas hablaran,
en su conversaciĂłn
las nuestras se dirĂan
cosas de enamorados.
No puedo ser feliz,
no te puedo olvidar.
6- Se equivocĂł la paloma (Alberti - Guastavino)
Se equivocĂł la paloma.
Se equivocaba.
Por ir al Norte, fue al Sur.
CreyĂł que el trigo era agua.
Se equivocaba.
CreyĂł que el mar era el cielo;
que la noche, la mañana.
Se equivocaba, se equivocaba.
Que las estrellas, rocĂo;
que la calor, la nevada.
Se equivocaba, se equivocaba.
Que tu falda era tu blusa;
que tu corazĂłn, su casa.
Se equivocaba, se equivocaba.
(Ella se durmiĂł en la orilla.
TĂș, en la cumbre de una rama.)
7- Drume Negrita (Eliseo Grenet)
MamĂĄ, a la negrita
se le sale lo pie de la cunita
y la negra Mercé
ya no sabe que hacé.
TĂș drume, negrita,
que yo te va a comprĂĄ nueva cunita,
que va tené capité,
que va tené cacabé..
Si tĂș drume yo te traigo un mamey muy colorao,
y si no drume yo te traigo un babalao
que da pau pau.
TĂș drume, negrita, q
que yo te va a comprĂĄ nueva cunita
que va tené capité,
que va tené cacabé.
8- El Manisero (Moisés Simons)
ManĂ...manĂ...manĂ...
Que si te quieres por el pico divertir,
cĂłmprame un cucuruchito de manĂ.
ManĂ...manĂ...manĂ...
Caserita, no te acuerdas a dormir
sin comer un cucurucho de manĂ.
Ay, que calientito y rico estĂĄ,
ya no se puede pedir mĂĄs...
Ay, caserita, no me dejes ir
porque después te vas a arrepentir
y va a ser muy tarde ya.
Manisero se va...
Caserita, no te acuestes a dormir
sin comer un cucurucho de manĂ.
Cuando la calle sola estĂĄ,
casera de mi corazĂłn,
el manisero entona su pregĂłn
y si la niña escucha mi cantar
llama desde su balcĂłn:
- Dame de tu manĂ,
que esta noche no voy a poder dormir
sin comer un cucurucho de manĂ.
ManĂ...me voy...
ManĂ...manĂ...manĂ...