48_CEPRA_9396_Orgãos_da_Suspensão_e_seu_Funcionamento

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    1/104

    Coleco

    Formao Modular Automvel

    RGOS DASUSPENSO E SEUFUNCIONAMENTO

    RGOS DASUSPENSO E SEUFUNCIONAMENTO

    COMUNIDADE EUROPEIA

    Fundo Social Europeu

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    2/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    3/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Referncias

    Coleco Formao Modular Automvel

    Ttulo do Mdulo rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Coordenao Tcnico-Pedaggica CEPRA Centro de Formao Profissionalda Reparao AutomvelDepartamento Tcnico Pedaggico

    Direco Editorial CEPRA Direco

    Autor CEPRA Desenvolvimento Curricular

    Maquetagem CEPRA Ncleo de Apoio Grfico

    Propriedade Instituto de Emprego e Formao ProfissionalAv. J os Malhoa, 11 - 1000 Lisboa

    1 Edio Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000

    Depsito Legal 147903/00

    Produo apoiada pelo Programa Operacional Formao Profissional e Emprego, cofinanciado peloEstado Portugus, e pela Unio Europeia, atravs do FSE

    Ministrio de Trabalho e da Solidariedade Secretaria de Estado do Emprego e Formao

    Copyright, 2000 Todos os direitos reservadosIEFP

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    4/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    5/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    ndice

    NDICE

    DOCUMENTOS DE ENTRADA

    OBJECTIVOS GERAIS DO MDULO.......................................................................... E.1

    OBJECTIVOS ESPECFICOS ........................................................................................ E.1

    PR- REQUISITOS........................................................................................................... E.4

    CORPO DO MDULO

    0 - INTRODUO...................................................................................................0.1

    1 - GENERALIDADES SOBRE SUSPENSO.......................................................1.11.1 - FUNES DA SUSPENSO............................................................................. 1.1

    1.2 - COMPONENTES DO SISTEMA DE SUSPENSO........................................... 1.3

    1.3 - OSCILAES..................................................................................................... 1.3

    2 - MOLAS: TIPOS E UTILIZAES.....................................................................2.1

    2.1 - MOLAS DE LMINAS ........................................................................................2.1

    2.2 - MOLAS HELICOIDAIS .......................................................................................2.32.3 - BARRAS DE TORO....................................................................................... 2.4

    3 - AMORTECEDORES..........................................................................................3.1

    3.1 - AMORTECEDORES HIDRULICOS................................................................. 3.2

    3.2 - AMORTECEDORES DE GS ............................................................................ 3.6

    3.3 - AMORTECEDORES DE COMPENSAO DE CARGA................................... 3.9

    3.4 - TIPOS DE ENCAIXE DE AMORTECEDORES................................................ 3.11

    4 - BARRAS ESTALIZADORAS.............................................................................4.1

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    6/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    ndice

    5 - SUSPENSES MECNICAS............................................................................5.1

    5.1 SUSPENO DO EIXO DIANTEIRO ......................................................5.1

    5.1.1 - SUSPENSO DE BRAOS ARTICULADOS SOBREPOSTOS (TRAPZIO ARTICULADO) ...................................................5.3

    5.1.2 - SUSPENSO MC PHERSON ...............................................................5.10

    5.1.3 - SUSPENSO POR BARRAS DE TORO ......................................... 5.13

    5.2 - SUSPENSO DO EIXO TRASEIRO....................................................5.15

    5.2.1 - SUSPENSO DE EIXO RGIDO ........................................................... 5.15

    5.2.2 - SUSPENSO COM BRAOS ARTICULADOS E MOLASHELICOIDAIS ................................................................................5.15

    5.2.3 - EIXO RGIDO COM BARRAS DE ANCORAGEM.................................5.16

    5.2.4 - EIXO TRASEIRO SEMI-RGIDO DE BRAOS ARTICULADOS ..........5.16

    5.2.5 - SUSPENSO TRASEIRA DE RODAS INDEPENDENTESCOM BRAOS OSCILANTES ..................................................... 5.18

    5.2.6 - EIXOS (OU PONTE) DE DION..............................................................5.19

    5.2.7 - SUSPENSO MULTILINK .....................................................................5.20

    5.2.8 - SUSPENSO COMPOUND .................................................................. 5.22

    6 - SUSPENSES PNEUMTICAS.......................................................................6.1

    7 - SUSPENSES HIDROPNEUMTICAS............................................................7.1

    7.1 - SUSPENSO HIDROPNEUMTICA ................................................................. 7.1

    7.2 - SUSPENSO HIDROLASTIC OU HIDRAGS ............................................... 7.38 - SUSPENSES GERIDAS ELECTRONICAMENTE..........................................8.1

    8.1 - SUSPENO INTELIGENTE............................................................................. 8.1

    8.1.1 - SUSPENSO HIDROACTIVA ................................................................. 8.2

    8.1.2 - SUSPENSO ACTIVA.............................................................................8.5

    8.1.3 - SUSPENSO PNEUMTICA ................................................................8.11

    BIBLIOGRAFIA........................................................................................................C.1

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    7/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    ndice

    DOCUMENTOS DE SADA

    AVALIAO PS-TESTE....................................................................................................S.1

    CORRIGENDA E TABELA DE COTAO DO PS-TESTE.............................................S.6

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    8/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    9/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    10/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    11/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento E.1

    Objectivos Gerais e Especficos

    OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS

    No final deste mdulo, o formando dever ser capaz de:

    OBJECTIVO GERAL

    OBJECTIVOS ESPECFICOS

    Identificar as funes da suspenso e distinguir os principais rgos dos sistemas desuspenso e seu funcionamento.

    1. Identificar as funes da suspenso.

    2. Distinguir os principais componentes da suspenso .

    3. Distinguir amplitude e frequncia, no movimento oscilatrio .

    4. Distinguir as massas suspensas das no suspensas .

    5. Identificar os principais tipos de molas e as suas caractersticas .

    6. Identificar a funo dos amortecedores .

    7. Distinguir os principais tipos de amortecedores .

    8. Referir os diferentes tipos dos amortecedores monotubo e bitubo .

    9. Identificar os princpios de funcionamento dos amortecedores telescpicos hidrulicos ea gs.

    10. Referir os tipos de encaixe e a forma de fixao dos amortecedores na suspenso .

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    12/104

    E.2 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Objectivos Gerais e Especficos

    13.1 Suspenso de braos articulados sobrepostos.

    13.2 Mc Pherson.

    13.3 Por barras de toro.

    13.4 Eixo rgido com barras de ancoragem.

    13.5 Eixo semi-rgido com braos articulados.

    13.6 Rodas independentes com braos oscilantes.

    13.7 Eixo ou Ponte de Dion.

    13.8 Multilink.

    13.9 Compound.

    14.1 Suspenso pneumtica.

    14.2 Suspenso hidropneumtica convencional.

    14.3 Suspenso hidrolastic.

    11. Identificar a funo da barra estabilizadora .

    12. Distinguir as caractersticas da suspenso por eixo rgido e por rodas independentes .

    13. Identificar e distinguir o funcionamento dos seguintes tipos de suspenses mecnicas:

    14. Identificar e distinguir os seguintes tipos de suspenso:

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    13/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento E.3

    Objectivos Gerais e Especficos

    15.1 Suspenso inteligente.

    15.2 Suspenso hidroactiva.

    15.3 Suspenso activa.

    15.4 Suspenso pneumtica.

    15. Identificar e distinguir as suspenses geridas electronicamente:

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    14/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento E.3

    Pr-Requisitos

    COLECO FORMAO MODULAR AUTOMVEL

    . ,M i c r o c o n t r o l a d o r

    es eM i c r o p r o c e s s a d o

    r es

    C o m p . e

    M anuteno de

    FerramentasPneumticas

    SistemasE l e c t r n i c o sDiesel

    C a r ac t e r s t i c a s eFuncionamentod o s M o t o r es

    Focagem deF a r i s

    Lmpadas , Fa r i se Fa ro l ins

    S i s t emas de A r r ef ec i ment o

    Sobreal imentao

    Rede E lc t r i ca eM anuteno de

    FerramentasElc t r i cas

    S i s t emas deInformao

    Sis t emas deSegurana

    Pass iva

    S i s t emas deDi reco

    M ecn ica e A ss i s t i d a

    S i s t emas d eTransmisso

    Si s t emas deC o n f o r t o eSegurana

    Embraiagem eCa ixas de

    Ve l o c i d a d e s

    S i s t emas d eIn jeco M ecn ica

    D i a g n s t i c o e

    Reparao emSistemas

    M e c n i c o s

    D i a g n s t i c o eRep . de Avar ia s

    no S i s t ema deSuspenso

    E lec t rn icas deComando ,Sensores e

    A c t ua d o r es

    Noes Bs icasde So ldadura M e t r o l o g i a

    rg o s d aSuspenso e seuFuncionamento

    Geomet r i a deDi reco

    OUTROS M DULOS A ESTUDAR

    A n l i se d e Ga sesde Escape eOpac idade

    P r o c e ss o s d eFurao ,

    M andr i l agem eRoscagem

    GasesCarburan tes e

    Combus to

    N o e s d eM ecnica

    A ut o m v el p ar aGP L

    C o n s t i t u i o eFunc ionamento doEquipamento C on-ver so r p a ra GPL

    LegislaoE s p ec f i c a s o b r e

    GP L

    Reparao emSis temas com

    Ges toElec t rn ica

    Reparao em

    SistemasE l c t r i c o s

    Convenc iona i s

    Ro das e Pneus

    FerramentasM anuai s

    TermodinmicaM anutenoProgramada

    P r o c e s so s d eTraagem e

    Puncionamento

    P r o c e ss o s d eC o r t e e D es b a s t e

    Poluentes eD i s p o s i t i v o s d eC o n t r o l o d e

    Emisses

    S i s t emas deSegurana Ac t iv a

    S i s t emas deTravagem

    A nt i b l o q ue i o

    S i s t emas d eInjecoE l e c t r n i c a

    Ven t i l aoFor ada e Ar C o n d i c i o n a d o

    Sis t emas d eTravagem

    Hidru l i cos

    M a g ne t i s mo eElec t romagne t i sm

    o - M o t o r e s eGeradores

    S i s t emas deCarga e Ar r anque

    C o n s t r u o d aInstalaoE l c t r i c a

    Lubr i f i cao deM o t o r e s e

    Transmisso

    A l i ment a oDiesel

    S i s t emas d e A l i ment a o p o r

    C a r b u r a d o r

    Lei tura eIn te rp re tao de

    EsquemasE l c t r i c o s A u t o

    D i s t r i b u i o

    Componen tes doS i s t ema Elc t r i coe sua Simbol og ia

    E l e c t r i c i d a d eBs ica

    S i s t emas d e A vi so A cs t i co s e

    Luminosos

    S i s t emas d eIgn io

    Si s t emas deComunicao

    Te c no l o g i a d o sSemi -Condu to res -

    Componen tes

    C lcu los e CurvasC a r a c t e r s t i c a s

    d o M o t o r

    S i s t emas de A d mi sso e d e

    Escape

    Ti p o s d e B a t e r i ase sua M anuteno

    OrganizaoOf ic ina l

    LEGENDA

    Mdulo emestudo

    Pr-Requisito

    In t roduo ao A ut o m vel

    Desenho Tcnico M a t e m t i c a(c lcu lo )

    F s i ca , Qumica eM a t e r i ai s

    PR-REQUISITOS

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    15/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    16/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    17/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 0.1

    Introduo

    0 INTRODUO

    Para se poder circular em qualquer tipo de piso com conforto e segurana e para se disporde um bom comportamento em estrada indispensvel que o automvel esteja equipadocom um sistema de rgos que corrija os movimentos oscilatrios do veculo. Procura-se,portanto evitar, que as oscilaes bruscas sejam transmitidas ao veculo e logo aos seusocupantes, e acima de tudo que proporcionem boas condies dinmicas defuncionamento.

    Em suma, pode-se reduzir a duas palavras a finalidade das suspenses segurana econforto. Neste mdulo vamos estudar os elementos que compem a maior parte dossistemas de suspenso.

    Os rgos de suspenso dos veculos automveis sero todos aqueles que efectuam aligao da carroaria/chassis s rodas, contribuindo para atenuar as oscilaesprovenientes de irregularidades do piso e dos movimentos do veculo.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    18/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    19/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 1.1

    Generalidades sobre Suspenso

    1 - GENERALIDADES SOBRE SUSPENSO

    1.1 - FUNES DA SUSPENSO

    Entre um quadro de um automvel e o pavimento, existe um conjunto de rgos flexveis eresistentes que lhe servem de apoio, a que se d a designao de suspenso.

    A suspenso de um veculo tem como funo efectuar a ligao entre a carroaria e as rodasdo veculo, atenuando as trepidaes resultantes do contacto destas ltimas com asirregularidades do pavimento, mantendo a estabilidade do veculo. Dever ter duas qualidadesde comportamento:

    Fig . 1.1 Comportamento de uma roda contraum obstculo

    Elasticidade - para evitar que os ressaltos das rodas se transmitam ao veculo

    Amortec imento -Para impedir um balanceamento excessivo da carroaria.

    Estas caractersticas permitem suspenso manter permanentemente ocontacto das rodas com o pavimento,minimizando o impacto dos ressaltos sobreo chassis/carroaria do veculo.

    Podemos citar como elementos principaisde um sistema de suspenso as molas, osamortecedores, os braos oscilantes e asbarras estabilizadoras. Iremos de seguidaver qual a finalidade destes elementos.

    A suspenso tem de manter a sua eficciaindependentemente do estado dopavimento, velocidade e direco doveculo. Uma suspenso ser tanto maiseficaz quanto maior for a sua capacidadede atenuar ou mesmo impedir qualquermovimento da carroaria em relao aosolo, mantendo o veculo na posio maishorizontal possvel.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    20/104

    1.2 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Generalidades sobre Suspenso

    Pode-se considerar que os movimentos da carroaria se iniciam a partir do centro de gravidadedo veculo propagando-se em vrios sentidos.

    A figura 1.2 mostra os trs tipos de movimentos que podem ser considerados a partir dos trseixos de simetria:

    .

    A estabilidade do veculo depender da suspenso, ou seja, a sua propriedade de seconservar em todas as circunstncias numa posio longitudinal e transversal paralela aoplano sobre o qual se desloca.

    a - Movimentos verticais b - Movimento horizontaisc - Movimentos laterais

    Fig. 1.2 - Oscilao do veculo

    Movimentos verticais (de vai e vem) que se produzem quando o veculopercorre um terreno ondulado;

    Movimentos horizontais (de mergulho ou levantamento) resultantes detravagens ou aceleraes;

    Movimentos laterais (de balano) que acontecem, por exemplo, quando o

    veculo descreve uma curva.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    21/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 1.3

    Generalidades sobre Suspenso

    1.2 - COMPONENTES DO SISTEMA DE SUSPENSO

    Compem o sistema de suspenso:

    Os pneus absorvem as irregularidades mais pequenas dos pavimentos, evitando que setransmitam carroaria.

    As molas (pelo menos uma em cada roda) absorvem as maiores irregularidades dospavimentos, complementando a aco dos pneus e controlando, tambm, os movimentosprovocados pelo prprio peso do veculo.

    Os amortecedores impedem que os movimentos de compensao e distenso das rodas serepitam levando-os mais rapidamente posio de repouso.

    Os braos da suspenso permitem uma ligao articulada entre a roda e o chassis oumonobloco. A disposio e desenho destes braos tm uma grande influncia no

    comportamento do veculo.

    1.3 - OSCILAES

    Quando um corpo suspenso numa mola helicoidal, a fora da mola na sua posio derepouso igual ao peso do corpo. Quando se eleva o corpo para depois o largar, ele acelerado verticalmente de cima para baixo, por aco da sua massa. O corpo passa pelaposio de repouso, sendo depois o movimento progressivamente amortecido pela foracrescente da mola at ao ponto de inverso de movimento. A energia da mola provoca omovimento inverso para cima, que ultrapassa a posio intermdia inicial at ao ponto superiorde inverso. Ao trajecto entre o ponto inferior e superior de inverso chama-se amplitude de

    oscilao .Esta sucesso de movimentos repete-se ao mesmo ritmo at que a energia cinticaseja transformada em calor. A este fenmeno chama-se amortecimento de oscilao .

    O fenmeno de ressonncia acontece quando h duas frequncias que se sobrepem e podeproduzir-se, por exemplo, quando um veculo passa por irregularidades da estrada, que sesucedam a intervalos regulares. Pode atingir o ponto de ruptura da mola, se os valores daamplitude forem muito elevados. Uma oscilao completa compreende uma compresso euma distenso.

    Os pneusAs molasOs amortecedoresOs braos da suspenso

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    22/104

    1.4 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Generalidades sobre SuspensoA frequncia o nmero de oscilaes efectuadas por segundo e depende da massa docorpo oscilante e das caractersticas da mola.

    A figura 1.3, demonstra uma oscilao decrescente.

    Ponto A mola no estado de repouso; posio intermdia.

    Ponto B mola comprimida; ponto de inverso de movimento.

    Ponto C mola distendida; ponto de inverso de movimento.

    Ponto D mola novamente distendida; ponto de inverso de movimento.

    (A - B) A mola acumula energia.

    (B - C) A mola transmite a energia acumulada. A distncia entre os dois pontos representa aamplitude de oscilao, eixo (y).

    (C - D) A mola volta a acumular energia.

    (B - D) Uma oscilao completa, eixo (x).

    As frequncias das oscilaes da carroaria traduzem a qualidade da suspenso. Osamortecedores no diminuem a frequncia, mas opem uma grande resistncia aosmovimentos de compresso e distenso reduzindo assim o deslocamento.

    Frequncia

    Amplitude (m)

    x

    Fig. 1.3 - Oscilao decrescente

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    23/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 1.5

    Generalidades sobre Suspenso

    RELAO MASSA, FREQUNCIA E AMPLITUDE

    A massa tem tambm um papel importante, dado que se for elevada e com uma mola suave,resultam numa frequncia baixa, e numa amplitude elevada, enquanto que uma massapequena e com uma mola dura produzem uma frequncia alta e numa amplitude baixa. Umasuspenso demasiado mole (60 oscilaes ou menos por minuto) pode provocar umasensao de desconforto ou mesmo enjoos. As suspenses duras, com uma frequnciaaproximadamente de 90 oscilaes por minuto, so perigosas para a coluna vertebral. Paraevitar relaes desfavorveis entre o peso prprio do veculo e a carga mxima, os veculospequenos devem estar equipados com molas resistentes ao esmagamento e portanto duras,o que se traduz num conforto reduzido.

    FLEXIBILIDADE DA MOLA

    As caractersticas da mola (mole ou dura) so dadas com preciso pela flexibilidade da mola,dada em funo da fora da mola e da amplitude, medida em N/m. Para medir ou compararmolas colocam-se-lhes pesos e medem-se os movimentos. A relao entre a carga F e aamplitude do movimento, constitui a flexibilidade da mola (c) que expressa em N/m.

    Se a flexibilidade se mantm constante em todos os movimentos, como acontece em molashelicoidais normais, o grfico da mola linear (Grf. 1.1).

    Se a flexibilidade diminui com o movimento, como no caso das molas de lminas em vriascamadas, ou de molas helicoidais com dimetro varivel, o grfico da mola curvilneo (Grf.1.2).

    Grf. 1.1 - Curvas caractersticas lineares

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    24/104

    1.6 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Generalidades sobre Suspenso

    A flexibilidade e a massa do veculo exercem uma grande influncia sobre o comportamento da

    suspenso, no conforto dos passageiros, e no prprio veculo, j que determinam a frequnciadas oscilaes da carroaria. Uma suspenso demasiado dura ou demasiado mole pode sermelhorada por um bom amortecimento.

    INFLUNCIA DAS PROPRIEDADES DA MOLA NA SUSPENSO

    As molas contraem-se por aco do peso do veculo. Quando se passa sobre umairregularidade do solo, a carroaria do veculo no reage imediatamente devido inrcia dasua massa. Nos casos das suspenses com rodas independentes, apenas a roda imediatamente acelerada, dado que a sua massa muito inferior massa da carroaria doveculo. A mola comprimida em funo da altura do obstculo.

    A carroaria apenas se desloca numa distncia correspondente deslocao no absorvidapela elasticidade da mola, deslocando-se portanto muito pouco. Depois de passar umairregularidade ou um buraco, a roda acelerada para baixo por aco da mola que estcontrada pelo peso do veculo. Mais uma vez, a carroaria no se desloca mais do que adistncia no absorvida pela elasticidade da mola. A carroaria mantm-se bastante estvel ea roda conserva o contacto com o solo.

    A situao anterior s vlida se a energia produzida pela roda for inferior energia decontraco da mola. Se maior, a roda projectada em altura. A reaco sobre o veculo muito maior neste caso, e a roda pode perder o contacto com o solo. Um fenmeno anlogotem lugar quando a roda precipitada para baixo quando encontra um buraco. Se a foranecessria acelerao da roda maior do que a contraco da mola, a roda no precipitada com a velocidade necessria para baixo e perde contacto momentneo com o solo.

    Grf. 1.2 - Curva caracterstica progressiva

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    25/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 1.7

    Generalidades sobre Suspenso

    MASSAS SUSPENSAS E MASSAS NO SUSPENSAS

    Designam-se por massas suspensas as que esto rigidamente fixas ao chassis do veculo(carroaria com carga), e massas no suspensas s que no esto rigidamente fixas aochassis (braos de suspenso, semi-eixos, rodas com traves de tambor ou discos, elementosda suspenso das rodas), como demonstrado na figura 1.4. Para optimizar o funcionamentodas suspenses, e pelas razes anteriormente referidas, o peso das massas no suspensasdeve ser reduzido ao mnimo.

    Em quase todos os veculos pretende-se uma suspenso mole. Mas as molas muito molesprovocam enormes oscilaes, mesmo que s acontea uma pequena alterao de peso noveculo (veculo carregado por exemplo). A oscilao particularmente desagradvel nosveculos em que podem existir grandes variaes de carga como por exemplo os reboques.Quando se utilizam molas de caractersticas lineares, a oscilao proporcional ao pesoadicionado. No caso de molas de curva progressiva, a oscilao produz-se mais lentamente medida que o peso aumenta. Em qualquer dos casos s possvel manter uma alturaconstante com a introduo de um corrector de altura.

    Fig. 1.4 - Massas suspensas e no suspensas

    1. Carroaria (massa suspensa).2. Molas da suspenso.3. Componentes da suspenso (massa no suspensa).

    4. Superfcie da estrada.5. Amortecimento dos pneus

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    26/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    27/104

    2.1Orgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Molas: Tipos e Utilizao

    2 - MOLAS: TIPOS E UTILIZAES

    Como vimos, as molas da suspenso destinam-se a absorver as grandes irregularidades dopavimento, ou seja, permitem que as rodas se coloquem em planos diferentes, sem que oquadro seja forado a torcer. So constitudas na maioria dos casos por barras de aotemperado e com elasticidade necessria para o fim em vista. Os trs tipos de molas maisutilizados so:

    Em certos casos tambm se utilizam molas de borracha e no caso das suspensespneumticas e hidro-pneumticas existem componentes especficos com esta funo.

    2.1 - MOLAS DE LMINASUma mola tpica de lminas (Fig. 2.1) constituda por uma lmina mestra, qual se fixam, pormeio de um estribo e um parafuso central uma srie de lminas cada vez menores.

    A lmina mestra forma em cada uma das suas extremidades um anel (olhal), para permitir asua ligao ao quadro da viatura (chassis) atravs de um casquilho e de uma cavilha.

    A parte central fixa ao eixo das rodas, ou, se a mola for montada transversalmente emrelao carroaria, a parte central fica fixa ao chassis, e a extremidade ao eixo das rodas. Ao

    vergarem as lminas produzem-se as oscilaes.

    Em funcionamento, verifica-se um certo atrito entre as lminas, que assegura umamortecimento prprio e que exige uma manuteno cuidada (limpeza e lubrificao).

    Para evitar que este atrito conduza ao desgaste das lminas e produza rudo, verifica-se emcertos casos a presena entre as lminas activas de lminas de material sinttico anti-atrito.

    Molas de LminasMolas HelicoidaisMolas (ou Barras) de Toro

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    28/104

    Orgos da Suspenso e seu Funcionamento2.2

    Molas: Tipos e Utilizao

    A curva progressiva de amortecimento obtida por uma sobreposio estudada das lminas eda espessura apropriada. As molas de lminas so utilizadas sobretudo em veculos pesados,

    j que as lminas podem transmitir directamente carroaria as foras longitudinais deacelerao.

    As molas de lminas (Fig. 2.2) so fixas por abraadeiras. A articulao da mola sobre oveculo assegurada pela mola mestra cujos olhais so fixos ao ponto de apoio da mola ouaos brincos, que permitem o alongamento da lmina aquando das flexes.

    Por vezes utilizam-se molas secundrias acopladas mola principal, como se pode verificar nafigura 2.3. A partir do momento em que o peso atinge um certo valor, esta mola encosta aosrespectivos apoios e refora a mola principal.

    Fig. 2.1 - Mola tpica de lminas

    Abraadeira Abraadeira

    Fig. 2.2 - Mola de lminas, com mola secundria Fig. 2.3 - Mola principal, com mola secundria

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    29/104

    2.3Orgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Molas: Tipos e Utilizao

    2.2 - MOLAS HELICOIDAISAs molas helicoidais (fig. 2.4) so utilizadas sobretudo em veculos ligeiros, so feitas a partir

    de varo de ao, de seco circular enrolada em hlice. Funcionam por compresso edescompresso das suas espiras, e ao serem torcidas seccionalmente armazenam de modomais eficaz a energia resultante do movimento ascendente e descendente.

    As caractersticas mais importantes da mola so:

    D Dimetro mdioH Comprimento da molad Dimetro da espira

    - ngulo de inclinao das espirasn Nmero de espiras

    As suas extremidades so geralmente horizontais para assentarem melhor sobre assuperfcies atravs das quais se transmite o esforo. A sua curva caracterstica linear epraticamente no possuem amortecimento prprio.

    A flexibilidade destas molas, ou seja a sua variao de comprimento em funo da carga,depende principalmente do dimetro do ao, do nmero de espiras e do comprimento. Asmolas em hlice (Fig. 2.5) so econmicas, pouco volumosas e leves.

    Fig. 2. 5 - Mola helicoidal

    Fig. 2.4 - Caractersticas da mola helicoidal

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    30/104

    Orgos da Suspenso e seu Funcionamento2.4

    Molas: Tipos e Utilizao

    Por vezes utilizam-se molas de enrolamento cnico ou bicnico (fig. 2.6), pois nestes casos asespiras das molas no se tocam, quando a mola comprimida, podendo encaixar-se noprprio espiral reduzindo a altura da mola quando est comprimida, conservando a amplitudede movimento e uma capacidade de carga elevada. A curva deste tipo de molas progressiva.

    2.3 - BARRAS DE TORO

    Nos automveis so tambm utilizadasbarras de toro (fig. 2.7), que produzem oefeito de mola. Trata-se de uma barra decomprimento considervel que pode sercircular ou quadrada, e que obrigada atorcer quando as rodas passam por

    irregularidades. Uma das extremidades destabarra est fixa carroaria, a outra est fixa articulao do brao da suspenso. Asoscilaes deste brao traduzem-se na barrapor uma toro elstica.

    As barras de toro caracterizam-se por quase no ocuparem espao no sentido vertical,podendo ser dispostas longitudinalmente (fig. 2.9) ou transversalmente (fig. 2.8), em relao aoeixo do veculo. Como no sentido longitudinal as barras de toro podem ser mais compridas,permitem ngulos de toro maiores.

    Fig. 2.6 - Mola bicnica

    Fig. 2.7 - Barra de toro

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    31/104

    2.5Orgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Molas: Tipos e Utilizao

    As cabeas de fixao so normalmente estriadas para permitir regular mais facilmente atoro. As barras de toro podem torcer, mas no flectir pelo que so muitas vezes alojadasnuma tubagem protectora, como se ilustra na figura 2.10.

    Fig. 2.8 - Barra de toro transversal

    1 - Barra

    Fig. 2.9 - Barra de toro longitudinal1 - Barra2 - Fixao carroaria

    Fig. 2.10 - Suspenso com barra de toro e tubo de proteco.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    32/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    33/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 3.1

    Amortecedores

    Fig. 3.1 - Compresso e distenso da mola

    3 - AMORTECEDORES

    Como j vimos, os amortecedores tm como principal funo controlar e amortecer osmovimentos de aco e reaco das rodas. De facto, quando a roda encontra uma salincia nopavimento, a mola comprime-se (fig. 3.1), e distende-se aps a passagem pelo obstculo. Oproblema que no volta sua posio inicial, mas passa pela sua posio de equilbrioestendendo-se demasiado.

    O movimento de oscilao ir continuar at quese extinga a oscilao, mas durante osperodos em que a mola se encontra nas

    posies extremas, os pneus perdemmomentaneamente o contacto com a estradaproduzindo-se uma conduo perigosa em queno existe controlo do veculo.

    O dispositivo que vai controlar a aco da mola o amortecedor.

    O amortecedor permite que a roda se elevelivremente quando h um ressalto, mas evita

    que esta suba de forma exagerada.

    Por outro lado tem de garantir que o pneu mantido firmemente contra a estrada quando aroda desce e tem de contrariar a tendncia para saltar de novo quando volta atingir o nvel dopiso. Por outras palavras o amortecedor absorve a energia armazenada pela mola, e ao faz-lolimita a tendncia que esta teria de continuar a oscilar.

    As principais funes dos amortecedores so:

    Reduzir a oscilao

    Controlar o movimento vertical do veculo

    Assegurar uma boa aderncia das rodas ao solo

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    34/104

    3.2 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Amortecedores

    Embora em tempos se tenham utilizado amortecedores mecnicos que funcionam porfrico e amortecedores de alavanca de funcionamento hidrulico, hoje caram em desuso,sendo substitudos pelos designados Amortecedores Telescpicos.

    Os tipos de amortecedores telescpicos mais utilizados hoje em dia so:

    Para cada um destes podemos ainda distinguir os amortecedores monotubo (ou de tubonico) e os amortecedores bitubo (ou de duplo tubo). A principal diferena entre estes doistipos que no segundo caso, o espao entre os dois tubos funciona como cmara decompensao.

    3.1 - AMORTECEDORES HIDRULICOS

    AMORTECEDOR HIDRULICO MONOTUBO

    O amortecedor hidrulico monotubo (Fig. 3.2) conforme o nome indica, constitudo por umtubo nico. Este tubo fechado numa das extremidades na qual fixado um olhal que servede suporte parte no suspensa da viatura, sendo a outra extremidade fixado a partesuspensa.

    O amortecimento das oscilaes feito pela circulao forada de leo hidrulico atravs deuma srie de orifcios situados no mbolo do amortecedor. Essa passagem de leo pela

    vlvula

    Minimizar o desgaste das rodas e dos componentes do chassis

    Garantir a estabilidade do veculo, principalmente nas curvas

    Evitar a trepidao da direco

    Amortecedores hidrulicos

    Amortecedores de gs

    Amortecedores de compensao de carga

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    35/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 3.3

    Amortecedores

    provoca uma resistncia devido ao atrito, que desenvolve uma certa energia calorfica que dissipada para a atmosfera com a deslocao do veculo.

    Na compresso, dentro do cilindro desloca-se um mbolo munido de uma vlvula bi-direccionalque comprime o leo na cmara inferior, obrigando esta a passar para a cmara superioratravs dos orifcios, sendo que na descompresso sucede-se o inverso.

    O grande inconveniente deste tipo de amortecedor prende-se com o fenmeno de cavitao(formao de bolhas de ar no cilindro).

    AMORTECEDOR HIDRULICO BITUBO

    Os amortecedores hidrulicos bitubos, funcionam de forma similar dos monotubos, masneste caso o leo pode ser enviado para a cmara de compensao.

    Neste tipo de amortecedores (fig. 3.3), as foras de compresso so controladasprincipalmente por uma vlvula de compresso existente na base do amortecedor, atravs daqual o leo passa da cmara de compresso para a cmara de compensao (ouequalizao). Este movimento provocado por um mbolo que desliza no interior do tubocheio de leo. O corpo do mbolo tem orifcios calibrados que permitem a passagem do leo

    entre as duas partes do cilindro (superior e inferior).

    Fig. 3.2 Amortecedor hidrulico monotubo

    1 Guarda-p2 leo hidrulico3 Vlvula bi-direccional4 Orifcio5 Fixao superior6 mbolo7 Haste do mbolo8 Vedante9 Fixao inferior

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    36/104

    3.4 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Amortecedores

    Quando o mbolo se movimenta para baixo e para cima, a haste do mbolo entra e sai do tubo

    interior, obrigando o leo a penetrar nas vlvulas, dado que h alterao do volume disponvelpara o leo.

    Quando o volume diminui, ou seja na compresso, o leo impelido de novo para o cmara deequalizao, atravs da vlvula de compresso.

    Quando a haste se movimenta para fora, ou seja no ressalto, o volume aumenta, sendo esteaumento equivalente ao volume anteriormente ocupado pela haste do mbolo, criando-se umadepresso que obriga o leo a passar pelas vlvulas do mbolo e ao mesmo tempo atravs deum orifcio na vlvula de compresso.

    Fig. 3.3 - Amortecedor hidrulico bitubo

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    37/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 3.5

    Amortecedores

    O vedante O vedante atravs do qual a haste deslizapara cima ou para baixo no interior doamortecedor , por si s, muitoimportante; ele tem que reter o leo nointerior do amortecedor e impedir apenetrao de agentes externos (gua,sais, p).

    O corpo do amortecedor O corpo consiste de dois tubos de aoconcntricos, sendo o tubo principal ou detrabalho perfeitamente cilndrico edimensionado com preciso. Os doistubos comunicam entre si atravs da suaparte inferior (vlvula da base).

    As placas das vlvulas O mbolo e a vlvula da base doamortecedor tm placas de vlvula queabrem ou fecham os orifciosprecisamente dimensionados atravs dosquais o leo passa sob presso. Feitos deao inoxidvel, eles mantm as suascaractersticas ao longo de mais de 10milhes de ciclos.

    O leo Este o elemento essencial doamortecedor, sem o qual ele seria intil. Ondice de viscosidade d ao amortecedoruma eficincia constante a temperaturasentre os -40C e os + 120C. O leo temtambm que lubrificar os componentes omelhor possvel a fim de assegurar umavida til prolongada. Utilizam-se leos

    minerais enriquecidos com aditivos quepotenciam as suas propriedades.

    A haste do mboloA haste est ligada ao mbolo edesempenha um importantepapel. No s tem que ser muitoresistente para aguentar todos osesforos mecnicos, comotambm o estado da suasuperfcie de extremaimportncia. A haste feita deao temperado por induo que,depois, cromado. A superfcietem que ser to lisa e uniformequanto possvel para evitar quequalquer rugosidade possadesgastar o vedante do leo (Ra= 0,8 ). A cromagem

    endurecida torna a hastealtamente resistente corroso,assegurar uma longa vida til. Arosca no trabalhada mquina mas sim laminada o queelimina qualquer risco defractura.

    O mboloO mbolo que desliza no interiordo cilindro de trabalho feito demetal tratado (o tratamentoconsiste em fabricar peas apartir de um p metlicoaltamente prensado num molde edepois aquecido). A porosidadedeste material assegura umasuavidade ptima quando ombolo desliza no leo.

    O mbolo tem um anel dereteno em metal, Teflon ouNylon.

    Fig. 3.4 Caractersticas do amortecedor hidrulico bitubo

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    38/104

    3.6 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Amortecedores

    3.2 - AMORTECEDORES DE GS

    Os amortecedores de gs (fig. 3.5), operam segundo o mesmo princpio dos hidrulicos masneste caso existe uma cmara cheia de gs (normalmente azoto) a alta presso (25 bar). Aocontrrio do que o seu nome sugere, o amortecedor no contem apenas gs. O fludo detrabalho do amortecedor o leo. O gs apenas utilizado para permitir uma resposta maisrpida do amortecedor s solicitaes do pavimento. Existe um mbolo (pisto flutuante) quesepara o gs do leo, impedindo-os de se misturarem.

    AMORTECEDORES DE GS MONOTUBO

    Quando a haste do mbolo passa para dentro do corpo, desloca uma pequena quantidade deleo, que comprime o azoto. Desta forma o gs sofre alteraes de volume. A pressoexercida pelo gs garante uma resposta instantnea, bem como um funcionamento muitosilencioso das vlvulas do mbolo.

    Fig. 3.5 - Amortecedor de gs monotubo

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    39/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 3.7

    Amortecedores

    Um dos principais inconvenientes dos amortecedoreshidrulicos a formao de espuma de leo e ar (fig.3.6), quando o amortecedor funciona a altasvelocidades, limitando assim o rendimento dasvlvulas. Os amortecedores a gs evitam esteproblema, pois a presso exercida pelo gs, evita aformao de bolhas de ar (ou cavitao) que provoca aespuma.

    AMORTECEDORES DE GS BITUBO (OU DE TUBO DUPLO)

    Fig. 3.6 - Fenmeno da cavitao

    1 - Encaixe superior (vareta)2 - Sistema de vedao de baixa

    frico3 - Guia das hastes do pisto com

    casquilho revestido a Teflon 4 - Haste do pisto5 - Gs de baixa presso6 - Vedante de mola7 - Pisto8 - Sistema da vlvula multi-fsico no

    pisto9 - leo hidrulico10 - Encaixe inferior (suporte)11 - Vlvula multi-fsica da base

    Fig. 3.7 - Amortecedor de gs bitubo

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    40/104

    3.8 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Amortecedores

    O princpio de funcionamento deste amortecedor (fig. 3.7), muito semelhante ao doamortecedor bitubo hidrulico, mas h que se adicionar mais dois elementos:

    Na parte superior do tubo de reserva, o ar presso atmosfrica substitudopor azoto a uma presso de 2,5 a 5 bar.

    O vedante do leo que rodeia a haste do mbolo tem uma salincia para evitara entrada de poeiras, e dois vedantes que impedem a fuga de leo, comoilustra a figura 3.8. A base do vedante tem a forma de uma tira circular flexvelque funciona com o vedante de reteno. A flexibilidade da tira permite ao leovoltar para o tubo de reserva, mantendo a presso do gs apenas sobre o leoque se encontra no reservatrio.

    Fig. 3.8 - Amortecedor de gs bitubo de baixa presso

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    41/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 3.9

    Amortecedores

    O amortecedor bitubo, embora com uma presso de gs relativamente baixa (inferior a 5 bar)permite uma melhor passagem do leo atravs das vlvulas de recuperao, mas, como noexiste separao efectiva entre o leo e o gs, quando o amortecedor muito solicitado avariao brusca de presso pode provocar a mistura do leo e do gs, envolvendo-os. Esta

    situao pode levar a instabilidade no desempenho do amortecedor e a sua mais rpidadegradao.

    3.3 - AMORTECEDORES DE COMPENSAO DE CARGA

    Os amortecedores de compensao de carga destinam-se a evitar o descair da traseira emcondies de carga mxima, como se verifica na figura 3.9. No fundo no so mais que

    amortecedores hidrulicos, aos quais foi acrescentada uma mola auxiliar pneumtica.

    A mola pneumtica adquire rigidez quando necessrio assegurar o nivelamento do veculocarregado, podendo ser carregada a partir de uma rede de ar comprimido ou a partir de umminicompressor montado no veculo (Fig. 3.10).Quando se reduz a presso de ar do sistema, a suspenso volta ao normal.

    Fig. 3.9

    Veculo sem amortecedores decompensao de carga

    Veculo com amortecedores decompensao de carga

    Fig. 3.10 - Diagrama ilustrando a instalao de um conjunto de compensao de carga.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    42/104

    3.10 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Amortecedores

    AMORTECEDOR HIDROPNEUMTICO

    Este tipo de amortecedor (Fig. 3.11) usualmente designado por esfera, um amortecedor quedispensa qualquer tipo de mola. Dentro da esfera (2) existem, separadamente por umamembrana (13), um gs (A) que ocupa a parte superior da esfera, e um lquido (B) que ocupa aparte inferior. ao lquido que est ligado o mbolo (5) de amortecimento que se encontrainserido no cilindro (1). A utilizao destas esferas permite que a distncia ao solo sejaconstante, independentemente da carga a que a suspenso esteja submetida.O funcionamento deste tipo de suspenso ser referido mais adiante.

    A AzotoB - leo1 - Cilindro2 - Esfera3 - Vlvulas4 - Entrada e sada de leo5 - mbolo6 - Fole7 - Rtula8 - Eixo do brao de suspenso9 - Brao de suspenso10 - Suporte do cilindro11 - Biela12 - Haste13 - Membrana ou diafragma14 - Limitador

    Fig. 3.11 - Amortecedor hidropneumtico

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    43/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 3.11

    Amortecedores

    3.4 - TIPOS DE ENCAIXE DE AMORTECEDORES

    Os mtodos mais usuais de encaixe dos amortecedores (fig. 3.12), so por espiral, hastelongitudinal ou haste com calha transversal.

    3.12.a) Tipo espiral/espiral 3.12.b) Tipo espiral/haste

    3.12.c) Tipo haste/haste 3.12.d) Tipo haste/cavilha transversal

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    44/104

    3.12 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Amortecedores

    Podero ser encaixados na suspenso de vrias formas (fig. 3.13):

    Fig. 3.13 - Tipos de encaixe de amortecedores

    Suporte Mc Pherson

    Amortecedor de apoio emmola

    Amortecedor convencional

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    45/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 4.1

    Barras Estabilizadoras

    4 - BARRAS ESTABILIZADORAS

    Para contrariar a tendncia para adornar em curva (o veculo, por aco da fora centrfuga(fig. 4.1) tende a inclinar-se para o exterior), ou o efeito dos ventos laterais, alguns construtoresutilizam a barra estabilizadora .

    A barra estabilizadora liga entre si os conjuntos de rgos que constituem as suspenses. normalmente constituda por uma barra de ao, recurvada em cada ponta, de modo a formar

    dois braos paralelos.A barra fixa nas longarinas do quadro por dois casquilhos equipados geralmente por silentblocks, e a extremidade de cada brao da barra ligada ao eixo ou ao tringulo da suspenso.

    Fig. 4.1 Efeito da fora centrfuga

    Fig. 4.2 - Princpio de funcionamento de uma barra estabilizadora. As setas indicam areaco da barra contra os efeitos de deformao

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    46/104

    4.2 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Barras Estabilizadoras

    A barra estabilizadora funciona por toro (fig. 4.2), pois os movimentos verticais da suspensoso transmitidos barra transversal, que gira nos seus casquilhos solidrios ao chassis ou carroaria.

    Quando uma das rodas se aproxima da parte suspensa, a barra estabilizadora imprime ummovimento igual outra roda, ou seja tende a obter um movimento equivalente nas duasrodas, opondo-se inclinao da massa suspensa durante as viragens, e de uma maneirageral, endurecendo a suspenso quando se inicia a adornagem.

    De facto, se o chassis se mantm paralelo ao solo, (ou porque a suspenso no foi actuada,

    ou porque os componentes de suspenso das duas rodas so comprimidos simultaneamente),o estabilizador no tem qualquer efeito sobre a suspenso. Mas, em curva, a fora centrfugaprovoca uma forte inclinao do veculo para o exterior provocando, tambm um deslocamentoda barra estabilizadora, de um lado para cima (pelo exterior) e do outro para baixo. Isto resultanum esforo de toro a que a barra estabilizadora ir resistir. Esta resistncia repercute-se noquadro, e ope-se inclinao do veculo.

    A barra estabilizadora tanto pode ser montada no eixo traseiro (fig. 4.3), como no dianteiro (fig.4.4).

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    47/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 4.3

    Barras Estabilizadoras

    Exemplos de estabil izadores

    Fig. 4.3 - Barra estabilizadora traseira

    Fig. 4.4 - Barra estabilizadora dianteira

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    48/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    49/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.1

    Suspenses Mecnicas

    5 - SUSPENSES MECNICAS

    5.1 - SUSPENSO DO EIXO DIANTEIRO

    Na suspenso do eixo dianteiro podem utilizar-se molas de lminas, barras de toro, ou molashelicoidais indistintamente, sendo os sistemas utilizados muito variados, embora se utilizem namaioria dos casos amortecedores telescpicos.

    Os sistemas de suspenso das rodas dianteiras devem permitir o movimento vertical dasmesmas, em relao ao chassis, qualquer que seja a orientao das rodas.

    As suspenses do eixo dianteiro podem ser classificados como:

    A maioria dos veculos ligeiros utilizam sistemas de suspenso independentes nas rodasdianteiras. Este sistema apresenta como vantagem o facto de os movimentos e as vibraesde uma das rodas em nada afectarem a outra, permanecendo em contacto permanente com osolo, conforme se pode verificar na figura 5.1. Neste sistema, o movimento das rodas no setransmite ao chassis com tanta violncia, uma vez que se diminui a massa no suspensa, dadoque o peso dos braos oscilantes deste sistema inferior ao peso de um eixo rgido. Istoproporciona uma maior comodidade na conduo do veculo e uma maior estabilidade.

    Sistemas independentesbraos articulados sobrepostosMc Phersonbarras de toro

    Sistema de eixo rgido

    Fig. 5.1 Sistema independente

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    50/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.2

    Suspenses Mecnicas

    No sistema de suspenso dianteira com eixo rgido tem como inconveniente, o facto de osmovimentos de uma das rodas se transmitirem parcialmente outra, como se verifica na fig.5.2.

    Mas ao compararmos os dois tipos de suspenso em terrenos muito irregulares, podemosverificar (Fig. 5.3), algumas das vantagens do sistema de eixo rgido em relao ao sistema desuspenso independente.

    Um eixo rgido bem desenhado pode permitir uma boa altura do solo, sem perder a traco e aestabilidade direccional do veculo.

    Fig. 5.2 Sistema de eixo rgido

    1 Sistema de eixo rgido2 Sistema independente

    Fig. 5.3 Comparao de dois sistemas de suspenso num terreno muito irregular

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    51/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.3

    Suspenses Mecnicas

    5.1.1 - SUSPENSO DE BRAOS ARTICULADOS SOBREPOSTOS(TRAPZIO ARTICULADO)

    Um dos modelos mais utilizados na suspenso independente das rodas dianteiras o sistemade braos articulados sobrepostos, representado na figura 5.4. constitudo pelos braos (A) e(B), articulados num dos extremos atravs dos eixos (C) e (D), sendo o outro extremo fixo manga de eixo (E), atravs das rtulas (F) e (G), sobre as quais a manga de eixo pode girarpara orientar a roda nela acoplada.

    Entre o brao oscilante inferior (B) e o chassis interpe-se a mola (H) que absorve asirregularidades da estrada. No seu interior encontra-se o amortecedor telescpico (I), que faz aligao entre o brao (B) ao chassis atravs do suporte (K).

    Quando a roda sobe devido s irregularidades do terreno, eleva a manga de eixo (E), que porsua vez, eleva os braos (A) e (B) a partir dos extremos que lhe esto unidos pelas rtulas (F)e (G). O movimento do brao oscilante (B), comprime a mola (H), que se ope ao movimentovertical e o amortecedor (I) atenua as oscilaes da mola quando a roda passa pelo obstculo.

    Fig. 5.4 - Braos articulados sobrepostos

    A - Brao oscilante superior; B - Brao oscilante inferiorC - Eixo do brao oscilante superior; D - Eixo do brao oscilante inferiorE - Manga de eixo; F - RtulaG Rtula; H - Mola helicoidalI - Amortecedor telescpico; K - Suporte do amortecedor

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    52/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.4

    Suspenses Mecnicas

    A forma e a dimenso dos braos, bem como a sua unio manga de eixo e ao chassis, tmque ser as mais apropriadas, para que a roda se apoie sobre o piso da maneira maisadequada.

    Estas propriedades tm grande influncia sobre a estabilidade e o sistema de direco doveculo.

    A figura 5.5 mostra o mesmo sistema de suspenso aplicado ao veculo. Pode ver-se o apoioda mola (M) sobre o brao inferior (G), enquanto o extremo oposto se apoia no suporte (B) dacarroaria, qual tambm se une o brao superior (N) atravs do eixo (D). No suporte (B)coloca-se a borracha (A) que limita a compresso da mola para no ultrapassar o seu limite decarga, que poder resultar na ruptura da mola.

    O amortecedor telescpico une-se ao suporte da carroaria pela sua extremidade superior, eao brao oscilante (G) pela sua extremidade inferior, que por sua vez dispe de um tirante dereaco (F)(que regula o ngulo de avano), unido a carroaria (E), impede os movimentos

    transversais do conjunto.

    Fig. 5.5 - Sistema de suspenso com braos articulados sobrepostos

    A - Borracha limitadora da compresso da mola; B - Suporte da carroariaC - Amortecedor telescpico; D - Eixo do brao oscilante superiorE - Fixao carroaria; F - Tirante de reaco

    G - Brao oscilante inferior; H - Proteco do discoI - Disco de travo; J - Biela da suspensoK - Barra estabilizadora; L - Fixao da barra estabilizadoraM- Mola helicoidal; N - Brao oscilante superior

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    53/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.5

    Suspenses Mecnicas

    tambm no brao inferior que se articula a barra estabilizadora (K) por intermdio da biela(J ).

    Entre os extremos de ambos os braos situa-se a manga de eixo, articulada em duas rtulasna qual fixo o cubo da roda. Estas rtulas (fig. 5.6) so formadas por um perno com cabeaesfrica (1), revestida de fibra de Teflon (2), que tem um coeficiente de frico muito baixo.Esta caracterstica permite-lhe um desgaste mnimo, silenciosa e no necessita delubrificao.

    O conjunto encerrado no envlucro metlico (3) protegido pelo guarda p (4).

    A ligao do perno manga de eixo feita atravs de uma porca. Sendo o conjunto da rtulaunido ao brao por meio de parafusos.

    Cada um dos braos oscilantes fixado ao chassis por meio de um cavilho (1) (fig. 5.7) cominterposio dos casquilhos elsticos (silent bloks) que permitem os movimentos oscilantes dobrao sem que se produzam frices e desgastes.

    1 - Perno2 - Fibra de Teflon3 - Envlucro metlico4 - Proteco do p5 - Cone

    Fig. 5.6 - Rtula

    1 - Cavilho2 - Cilindro de borracha

    Fig. 5.7 - Ligao dos braos oscilantes

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    54/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.6

    Suspenses Mecnicas

    Estes casquilhos elsticos so formados por um cilindro de borracha (2) inserido entre doiscasquilhos cilndricos de ao, um exterior que acoplado sobre presso ao alojamento do

    brao, e outro interior atravs do qual passa o eixo de fixao.A figura 5.8 mostra a posio dos silent blocks sobre um brao oscilante.

    Uma variante do sistema de suspenso descrito o representada na figura 5.9, no qual a molase situa entre o brao oscilante superior e a carroaria, sendo o amortecedor colocado nointerior da mola.

    Fig. 5.8 - Localizao dos Silent Blocks

    Fig. 5.9 - Sistema de suspenso

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    55/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.7

    Suspenses Mecnicas

    A figura 5.10 mostra em detalhe esta disposio podendo ver-se as articulaes (A) e (B) dosbraos oscilantes, a sua fixao ao chassis e a unio da manga de eixo (F) atravs das rtulas(C) e (D).

    O amortecedor (G) fixa-se ao brao superior por meio da articulao elstica (H), estando oseu extremo superior fixo carroaria no ponto (F) atravs de anis de borracha. A mola de

    suspenso tambm apoiada carroaria no seu extremo superior, enquanto que o outroextremo apoiado no suporte (I), constituindo o corpo do amortecedor.

    Influncia da inclinao do brao oscilante nas travagens

    Os braos oscilantes com inclinaes adequadas nas ligaes ao chassis, consegue-se reduziro afundamento da parte dianteira do veculo durante as travagens e o levantamento nasaceleraes.

    Para se obter estes efeitos faz-se a fixao do brao inferior ao chassis com uma certainclinao para a frente (fig. 5.11).

    A - Articulao do brao oscilante superior; B - Articulao do braooscilante inferior; C Rtula; D Rtula; E - Manga de eixo; F - Fixaoao chassis; G Amortecedor; H - Articulao elstica; I - Suporte da molaI

    Fig. 5.10 Detalhe do sistema de suspenses

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    56/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.8

    Suspenses Mecnicas

    Assim, a rtula inferior avana quando a carroaria afunda sob o efeito de uma travagem

    brusca. Ao mesmo tempo, sob a aco da travagem, o suporte da manga de eixo (A) (fig.5.12), qual se une a pina (B), tende a ser arrastada pelo disco (C), puxando a rtula inferiorpara trs, contrariando o efeito anterior.

    Desta maneira os esforos compensam-se (fig. 5.13) diminuindo de forma significativa o efeitode afundamento nas travagens bruscas.

    Fig. 5.11 - Esquema dos esforos da suspenso na travagem

    Fig. 5.13 - Resultante da aco da travagem

    Fig. 5.12 - Aco da rtula

    A - Suporte da mangade eixo

    B - Pina de travoC - Disco de travo

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    57/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.9

    Suspenses Mecnicas

    Influncia da inclinao do brao oscilante nas aceleraes

    Em aceleraes bruscas, o trem dianteiro sofre uma deslocao de peso para a traseira e acarroaria levanta (fig. 5.14), arrastando com ela ambos os braos de suspenso, econsequentemente a rtula inferior da ligao manga de eixo que se desloca para trs.

    Este efeito , no entanto, contrariado pela fora sobre o ponto (A) (fig. 5.15) que exercidapela roda sobre o suporte da manga de eixo nas aceleraes, o que limita o efeito delevantamento da carroaria.

    Desta maneira os movimentos ascendentes e descendentes da roda so absorvidos pela mola,cujas oscilaes so atenuadas pelo amortecedor correspondente. Este sistema tem comoprincipal vantagem a pequena variao do ngulo formado pelas rodas com o solo.

    Fig. 5.14 - Esquema dos esforos nas aceleraes

    Fig. 5.15 - Aco da roda nas aceleraes

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    58/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.10

    Suspenses Mecnicas

    Este tipo de suspenso exige uma grande resistncia da carroaria, por baixo dos guardalamas dianteiros, local onde se apoia a mola e consequentemente onde se transmitem osesforos da suspenso.

    5.1.2 - SUSPENSO MC PHERSON

    O sistema de suspenso independente Mc Pherson (fig. 5.16) o mais utilizado actualmente

    para o eixo dianteiro. Apresenta algumas vantagens, tais como, a sua simplicidade deconstruo, peso e volume reduzido. Mas como todos os sistemas tem as suas desvantagens,nomeadamente, a sua fragilidade e os poucos pontos de fixao. constitudo por um braoinferior (1) que articulado no extremo com o chassis (ponto A) e no outro extremo mangade eixo (2) por intermdio de uma rtula.

    A parte superior da manga de eixo, emvez de se unir a outro brao como nosistema de braos articulados unido aocorpo do amortecedor telescpico. Estadispe de um prato de suporte (4) onde seapoia a mola (5), que por sua vez acoplada na sua extremidade superior aoprato (6), ligado ao chassis atravs dafixao superior do amortecedor. Estaligao feita com interposio do suporte

    elstico (7).

    A figura 5.17 mostra a colocao noveculo deste sistema de suspenso, quetem como caracterstica principal o factodo conjunto amortecedor e mola giraremcom a orientao da roda, dada a sualigao directa com a manga de eixo.

    1 - Brao inferior; 2 - Manga de eixo; 3 Tubo;4 - Suporte da mola; 5 Mola; 6 Prato; 7 -Suporte elstico

    Fig. 5.16 - Vista em corte da suspenso Mc Pherson

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    59/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.11

    Suspenses Mecnicas

    A figura 5.17 mostra a colocao no veculo deste sistema de suspenso, que tem comocaracterstica principal o facto do conjunto amortecedor e mola girarem com a orientao daroda, dada a sua ligao directa com a manga de eixo.

    Por esta razo necessrio dispor de um rolamento axial (3) no topo do amortecedor noacoplamento com a carroaria. Uma das disposies de montagem deste rolamento estindicada na figura 5.18 na qual a mola (5) acoplada no seu extremo inferior a um pratosuporte formado pelo amortecedor (6), e recebe no seu o prato (4), provido na sua face exterior

    por uma superfcie plana na qual fica acoplado o rolamento axial (3). sobre este ltimo quese monta a placa (2) que, por sua vez, acoplada carroaria, fazendo-se a fixao por meiodo suporte do amortecedor.

    Fig. 5.17 - Sistema de suspenso Mc Pherson

    1 Porca de fixao2 Prato superior3 Rolamento axial4 Prato inferior5 Mola6 - Amortecedor

    Fig. 5.18 - Amortecedor Mc Pherson

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    60/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.12

    Suspenses Mecnicas

    Noutros casos, como representado na figura 5.19, o rolamento axial (6) monta-se directamentesobre o prato do amortecedor (7), sobre o qual colocado um outro prato (5). neste ltimoque se apoia a base da mola (4), ficando o outro extremo apoiado no prato (2) e no suporte (1),que fixado carroaria. Com esta disposio a mola fica aprisionada entre os pratos (2) e (5)enquanto que o amortecedor pode rodar sobre o rolamento axial (6) entre os pratos (5) e (7). Osuporte de borracha (3) tem a funo de evitar a compresso total da mola, e em consequnciaa sua ruptura.

    1 - Suporte2 - Prato superior3 - Suporte de borracha4 - Mola helicoidal5 - Prato inferior6 - Rolamento axial7 - Amortecedor

    Fig. 5.19 - Amortecedor Mc Pherson

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    61/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.13

    Suspenses Mecnicas

    5.1.3 - SUSPENSO POR BARRAS DE TORO

    Alguns veculos dispem de suspenso com barras de toro como representado na figura5.20.As barras (1) so posicionadas longitudinalmente em relao ao chassis, fixando-se a este noseu extremo posterior (2) enquanto que ao anterior se unem o eixo de articulao do braooscilante inferior (3).

    A figura 5.21 mostra em detalhe esta disposio.

    A manga de eixo est unida no seu extremo superior ao brao oscilante (F) por meio da rtula(J ) para que possa girar neste ponto, permitindo a orientao da roda que est montada nocubo (E).

    O brao oscilante (F) est unido travessa (C) do chassis no eixo (H) por interposio daunio plstica (G). A manga de eixo est unida ao brao inferior (G).

    A manga de eixo est unida ao brao inferior (K) na rtula (M). Por sua vez o brao (K) fixo travessa (A) do chassis pelo eixo (B), ancorado pelo estriado (L).

    A este eixo fica unida a barra de toro (D), que no outro extremo se fixa travessa (P).

    1 - Barras de toro longitudinais2 - Fixao3 - Brao oscilante inferior

    Fig. 5.20 - Suspenso com barras de toro

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    62/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.14

    Suspenses Mecnicas

    A - Travessa inferiorB - Eixo do brao oscilante inferiorC - Travessa superiorD - Barra de toroE - Cubo da rodaF - Brao oscilante superiorG - Unio elsticaH - Eixo do brao oscilante superiorJ - RtulaK - Brao oscilante inferiorL - EstriaM - RtulaN - Amortecedor

    Desta forma, quando a roda sobre, tambm sobe a manga de eixo que faz movimentar, desdeo ponto (M), do brao (K). Este ltimo, ao subir, faz girar o eixo (B), que por sua, vez faz torcera barra de toro (D) que est unida ao eixo (B) e travessa (P).Esta barra tem funo demola, visto que torce quando a roda encontra um obstculo.

    Uma vez ultrapassado o obstculo, a barra tem tendncia a voltar posio inicial fazendogirar o brao (B) em sentido contrrio ao anterior, o que faz baixar de (M) o brao (K) e com elea manga de eixo e a roda. As oscilaes da barra de toro so travadas pelo amortecedor (N)unido na sua parte superior ao chassis, e no inferior ao brao (K).

    A figura 5.22 mostra a colocao dos componentes de outro tipo de suspenso dianteira porbarras de toro. frente as barras de toro fixam-se ao eixo do brao inferior da suspenso,atrs so fixas ao chassis atravs de um sistema de acoplamento que permite a regulao emaltura da carroaria.

    Fig. 5.21 Detalhe da suspenso com barra de toro

    Fig. 5.22 - Fixao da barra de toro

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    63/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.15

    Suspenses Mecnicas

    5.2 - SUSPENSO DO EIXO TRASEIRO

    5.2.1 - SUSPENSO DE PONTE RGIDA

    Nos veculos com motor dianteiro, usual empregarem-se eixos rgidos nas rodas traseiras,dispondo geralmente nestes casos de molas de lminas e/ou molas helicoidais.

    A figura 5.23 mostra um eixo rgido traseiro para um veculo com traco dianteira cujasuspenso feita com molas de lminas articuladas nos extremos carroaria.

    No centro das molas colocado o eixo rgido, puxando a parte inferior do amortecedortelescpio. O movimento total da suspenso em sentido vertical, esta limitado por borracha

    montados na parte superior dos extremos do eixo traseiro.

    5.2.2 - SUSPENSO COM BRAOS ARTICULADOS E MOLASHELICOIDAIS

    Neste caso, ilustrado na figura 5.24, utilizam-se braos inferiores que servem de apoio smolas helicoidais e articulam o eixo traseiro carroaria. Os braos superiores resistem s

    foras a que o veculo fica sujeito, sendo o amortecimento feito pelas molas helicoidais. Assim,garante-se que as molas no sejam afectadas pelas foras de acelerao e de travagem.

    Fig. 5.23 - Eixo rgido com molas de lminas

    Fig. 5.24 - Sistema com braos articulados e molas helicoidais

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    64/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.16

    Suspenses Mecnicas

    5.2.3 - EIXO RGIDO COM BARRAS DE ANCORAGEM

    Durante o funcionamento das suspenses traseiras de eixo rgido, no h variao nem desop, nem de trajectria; no entanto, sempre que a roda passe por um obstculo, todo o eixose inclina, modificando a inclinao das rodas, o que provoca o deslocamento lateral emrelao ao eixo vertical do veculo.

    O eixo rgido pode ser fixado ao piso da viatura por meio de ancoragem de vrios tipos, comopor exemplo:

    As barras de ancoragem so colocadas transversalmente e absorvem os esforos laterais.

    5.2.4 - EIXO TRASEIRO SEMI-RGIDO DE BRAOS ARTICULADOS

    Com este sistema apresentado na figura 5.27, pretende-se obter ao mesmo tempo a robustezdo eixo traseiro mas melhorar a sua rentabilidade, tentando aproxim-la das suspenses doseixos independentes.

    Os braos (1) e (2) formam um corpo com a travessa (3) e o conjunto fixo carroaria nospontos (4) e (5) com interposio de casquilhos elsticos de grande flexibilidade e tamanho. Naparte posterior de ambos os braos so acopladas as molas e os amortecedores telescpicos(6) que realizam a funo da suspenso.

    Barra Panhard (Fig. 5.25)

    Quadriltero de Watt (Fig. 5. 26)

    Fig. 5.25 - Fixao da barra Panhard Fig. 5.26 - Fixao do quadriltero de Watt

    Barra Panhard

    Quadriltero deWatt

    Fixao carroaria

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    65/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.17

    Suspenses Mecnicas

    A travessa (3) que une ambos os braos, trabalha por toro, tendo portanto uma funoestabilizadora.

    A suspenso com braos oscilantes e barras de toro tem uma disposio de montagem queno muito diferente.

    1 - Brao longitudinal2 - Brao longitudinal3 - Travessa4 - Ponto de unio carroaria5 - Ponto de unio carroaria6 - Conjunto mola / amortecedor

    Fig. 5.27 - Eixo traseiro semi-rgido de braos articulados

    A - Chumaceiras de fricoB - Chumaceiras de fricoC - Tubo exteriorD - Tubo interiorE - Brao de suspensoF - Brao de suspensoG - Suporte longitudinalH - Suporte longitudinalI - Barra de toroJ - Barra de toro

    Fig. 5.28 - Suspenso traseira de barra de toro

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    66/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.18

    Suspenses Mecnicas

    Neste exemplo (Fig. 5.28), as barras de toro ficam no prolongamento de uma outra colocadano interior do eixo traseiro, o qual formado pelos tubos (D) e (C) acoplados um ao outro, eapoiados nas chumaceiras de frico (A) e (B).

    Cada tubo unido a um dos braos de suspenso (E) e (F), os quais so articulados nossuportes (H) e (G) por meio de casquilhos elsticos. Estes suportes esto fixos ao chassis eligados s barras de toro (I) e (J ). No interior, as barras de toro so fixas aos respectivosestribos por estrias.Os movimentos dos braos de suspenso so acompanhados pela rotao do tubo. Quando obrao (F) funciona como basculante, faz girar o tubo (C), que por sua vez e atravs da parteestriada faz girar a barra de toro (J ), a qual est fixada na sua extremidade exterior aosuporte (H). este movimento de toro que exerce o efeito de mola, enquanto o amortecedorimpede as oscilaes da barra de toro.

    5.2.5 - SUSPENSO TRASEIRA DE RODAS INDEPENDENTES COMBRAOS OSCILANTES

    Os eixos rgidos esto cada vez a ser menos utilizados nos automveis, particularmentequando o eixo motriz o traseiro, empregando-se nestes casos as suspenses de rodasindependentes.Neste ltimo caso, no s se reduz o peso das massas no suspensas (que muito elevado

    nos sistemas de eixo rgido) mas, dado que as rodas funcionam independentemente uma daoutra, o facto de uma das rodas do eixo encontrar um obstculo, no vo provocar o ressaltarde todo o eixo, fazendo perder a aderncia com a estrada da outra roda.

    5.29 Suspenso traseira de braos oscilantes

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    67/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.19

    Suspenses Mecnicas

    So muito utilizadas as suspenses de rodas independentes de braos articulados, podendoestes ltimos serem longitudinais, transversais (Fig. 5.29) ou oblquas (Fig. 5.30).

    No caso dos eixos oblquos, os braos traseiros em tringulo articulam a sua base no chassis,num eixo oblquo em relao ao eixo traseiro. O seu extremo articulado nos cubos das rodas.As molas helicoidais esto colocadas entre os tringulos e o chassis.

    Esta disposio da suspenso permite a oscilao das rodas, mantendo-se o alinhamento.

    5.2.6 - EIXO (OU PONTE) DE DION

    Com este tipo de suspenso (Fig. 5.31) procurou-se reduzir ao mnimo o peso das massas nosuspensas, conferindo-lhe a simplicidade de um eixo rgido.

    Com efeito, o grupo diferencial que incorpora tambm os traves, fixo carroaria.

    Um exemplo deste tipo de suspenso a do eixo constitudo por uma simples travessa deseco tubular ligada carroaria por pontes, para poder reagir s cargas longitudinais e porum sistema de hastes rgidas para as cargas transversais.

    Fig. 5.30 - Tringulo traseiro oblquo com molas helicoidais

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    68/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.20

    Suspenses Mecnicas

    5.2.7 - SUSPENSO MULTILINK

    Este tipo de suspenso, inicialmente utilizada em suspenses traseiras est tambm a seraplicado em suspenses dianteiras e em veculos de traco as quatro rodas. A designao deMultilink deve-se ao facto desta suspenso estar apoiada em vrios pontos de fixao. Estetipo de suspenso dependendo da sua fixao permite controlar as alteraes de convergnciadas rodas traseiras (Fig. 5.32).

    1 - Braos longitudinais amortecedores.2 - Mola helicoidal.3 - Amortecedor telescpico.

    4 - Barra transversal.5 - Sistema de hastes rgidas para a fixao transversal da ponte

    Fig. 5.31 - Suspenso com Ponte de Dion

    Fig. 5.32 Regulao da convergncia na suspenso Quadralink

    1 Travessa2 Parafusos excntricos3 Brao lateral traseiro4 Guias excntricas5 Porca6 Anilha excntrica

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    69/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.21

    Suspenses Mecnicas

    A regulao da convergncia feita atravs de parafusos excntricos que fixam os braostransversais travessa. Procede-se da seguinte forma:

    Alivia-se a porca do parafuso excntrico. Roda-se o parafuso, que por sua vez, faz com que obrao transversal mova para dentro ou para fora, de acordo com o sentido de rotao doparafuso. Este movimento do brao faz com que a manga de eixo rode ligeiramente, alterandodesta forma a convergncia.

    A suspenso Multilink constituda por um ou mais braos superiores e, pelo menos, doisbraos inferiores com comprimentos diferentes, um amortecedor, uma mola concntrica e umbrao que segura o conjunto carroaria atravs de um suporte e uma rtula de ligao dosbraos superiores e inferiores (Fig. 3.33).

    O desenho desta suspenso muito importante, dado que a disposio dos braos oscilantesir influenciar de forma significativa os movimentos da carroaria nas aceleraes e travagens,que traduz-se num maior conforto dos passageiros.

    1 - Brao superior 4 - Conjunto mola/amortecedor2 - Brao inferior 5 - Brao da retaguarda3 - Brao inferior 6 - Conjunto do rolamento do cubo

    Fig. 5.33 - Eixo traseiro com suspenso Multilink

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    70/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 5.22

    Suspenses Mecnicas

    5.2.8 - SUSPENSO COMPOUND

    Na suspenso compound, as molas helicoidais so instaladas horizontalmente duas a duas emcilindros (tambm designados por panelas de suspenso), ligando assim as rodas da frente ede trs do mesmo lado, como se pode verificar na figura 5.33.

    Cada cilindro mvel no sentido longitudinal provocando cada um dos braos a compressoda sua prpria mola.

    Contudo, como as duas molas geminadas se apoiam uma sobre a outra por meio da panela desuspenso, o impulso de uma das compresses neutralizado pelo impulso da outra. Istopermite manter a igualdade das cargas sobre as rodas dianteira e traseira do mesmo lado.

    Para alm disso, se uma das rodas sofrer um deslocamento vertical na passagem por umairregularidade do terreno, o seu movimento ser transmitido roda geminada cuja reaco irevitar o aparecimento de oscilaes.

    1 - Chassis 5 - Barras de traco2 - Panela de suspenso 6 - Brao de suspenso3 - Batentes elsticos 7 - Cubos de roda4 - Suportes fixos

    Fig. 5.34 - Suspenso compound (ligao mecnica)

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    71/104

    6.1Orgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Suspenses Pneumticas

    6 - SUSPENSES PNEUMTICAS

    O sistema de suspenso pneumtica caracterizado com uma suspenso progressiva, quepermite a regulao do nvel, assegurando uma distncia mnima em relao ao solo, e comoseria de esperar um sistema cuja construo dispendiosa.

    Este sistema encontra-se normalmente em veculos pesados de mercadorias, autocarros,reboques e em alguns automveis de passageiros.

    O amortecimento feito pela compresso e descompresso do ar bombeado para os foles(Fig. 6.1).

    Ao contrrio dos lquidos que no sofrem variao de volume quando so comprimidos, assubstncias gasosas podem s-lo, tendo ainda a capacidade de restiturem em grande parte aenergia despendida na sua compresso.

    Uma massa de gs fechada no interior de um cilindro, dotado de uma base mvel, podecomportar-se como uma mola, diminuindo ou aumentando de volume consoante a presso que

    exercida sobre ele.Esta mola gasosa torna-se progressivamente mais rgida medida que aumenta a carga quesobre ela actua, j que a presso no interior de uma dada massa gasosa varia na razoinversa do volume que ocupa.

    As suspenses pneumticas (Fig.6.2) so sobretudo utilizadas em veculos pesados. Paracada roda, o peso do veculo repousa sobre um colcho de ar, fixo ao brao da suspenso,geralmente um eixo rgido.

    Fole

    Fig. 6.1 - Suspenso pneumtica num veculo pesado de passageiros

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    72/104

    Orgos da Suspenso e seu Funcionamento6.2

    Suspenses Pneumticas

    Esta cmara circular e tem paredes em borracha sinttica armada, em forma de fole, fechadanas duas extremidades por placas rgidas, sendo uma delas solidria ao chassis e a outra aoeixo.

    Do lado do chassis, a cmara est ligada a um circuito de ar comprimido alimentado por umcompressor. De facto, a cmara faz comunicao com um reservatrio auxiliar que forma umvaso de expanso. Do volume deste reservatrio depende a amplitude de oscilao do eixo,

    isto , da suspenso.

    No chassis, perto do reservatrio auxiliar, encontra-se uma vlvula de suspenso dupla, poispode permitir a admisso do ar comprimido ou o seu escape para a atmosfera. Esta vlvula ligada ao eixo por um sistema de alavancas.

    Quando a suspenso tende a ceder sob o efeito de uma forte carga, o deslocamento dasalavancas provoca a abertura da vlvula de admisso e o ar comprimido proveniente doreservatrio principal entra no reservatrio auxiliar. A cmara dilata-se, elevando o veculo altura normal. Uma vez que a altura ideal atingida, o jogo de alavancas fecha a vlvula deadmisso, ficando o veculo na posio correcta.

    Quando o veculo descarregado, a suspenso tende a levantar o chassis. O deslocamentodas alavancas, no sentido inverso do caso precedente, provoca a abertura do escape. Oesvaziamento do ar faz com que o veculo retorne altura inicial. Na sua posio normal asduas vlvulas esto fechadas.

    As vlvulas do nvel do veculo, accionada mecnica ou electronicamente, fazem entrar ou sairo ar dos foles das molas, consoante a carga do veculo. Assim, a altura do veculo e a distnciamnima em relao ao solo permanecem constantes.

    1 - Cilindro de compresso.2 - Pisto operador.3 - Membrana elstica de vedao.4 - Haste do pisto.

    Fig. 6.2 - Suspenso pneumtica

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    73/104

    6.3Orgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Suspenses Pneumticas

    So montadas uma ou duas vlvulas por eixo, mas um mximo de trs por veculo. Fica assimassegurado que o veculo, em condies desfavorveis, no suportado apenas por dois folesdiagonalmente opostos.

    Na figura 6.3 demonstra-se um esquema de uma suspenso pneumtica, neste caso de umveculo pesado.

    Fig. 6.3 Esquema de uma suspenso pneumtica

    1 Entrada de ar do desumidificador; 7a Manmetro; 14 Reservatrio docondensador 15 Vlvula anti-retorno; 21 Vlvula de segurana (presso deabertura 9 a 9,5 bar); 21a Vlvula de segurana do reservatrio de condensao(presso de abertura 12,6 a 13 bar); Vlvula de segurana dos foles (presso deabertura 9 a 10 bar); 24 Vlvula quadrupla; 26 Torneira de esvaziamento; 29a Corrector de traves; 50 Reservatrio de ar; 51 Limitador da presso do circuito detraves (7,5 a 7,7 bar); 52 Vlvula de derivao de retorno (10 a 10,4 bar); 54 Sensor indutivo, limitador de altura; 56 Fole; 60 Silenciador; 62 Filtro de ar; 63 Vlvula niveladora; 64 Electrovlvula; 65 - Bloco de vlvulas para regulamentomanual

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    74/104

    Orgos da Suspenso e seu Funcionamento6.4

    Suspenses Pneumticas

    O fornecimento de ar comprimido ao sistema assegurado pelos seguintes componentes:

    O processo inicia-se quando o compressor accionado pelo motor e aspira ar atravs de umfiltro e de uma unidade de desumidificao.

    Este ar limpo e seco bombeado pelo compressor para o reservatrio de ar comprimido dosistema de traves.

    O regulador de presso controla a presso no reservatrio, colocando o compressor ao ralenti

    quando atingida a presso mxima, e fazendo-o regressar funo de bombeamento umavez que a presso desce ao limite mnimo.

    O ar passa do reservatrio de ar do sistema de traves para o reservatrio de ar da suspensopneumtica atravs da vlvula de segurana, da vlvula redutora de presso e da vlvula dereteno.

    Quando h perda de presso cortada a ligao ao reservatrio de ar da suspenso, de formaa que o compressor funcione apenas para o sistema de traves.

    A unidade de controlo das vlvulas distribui o ar comprimido pelas vlvulas da suspensopneumtica. O ar libertado tambm conduzido atravs da unidade de controlo das vlvulas,de onde regressa vlvula da mola pneumtica, saindo para a atmosfera.

    A unidade de controlo das vlvulas tem uma alavanca de accionamento, com a qual se podemexecutar quatro regulaes: posio de marcha, levantamento, abaixamento e paragem.Assim, a carroaria de veculo pode ser elevada ou baixada. A mesmo tempo, a unidade decontrolo das vlvulas impede que a presso nos foles desa abaixo da presso mnima, o quedanificaria os foles.

    Compressor;

    Filtro;

    Unidade de desumidificao;

    Regulador de presso;

    Reservatrio de ar;

    Vlvula redutora da presso;

    Vlvula de segurana.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    75/104

    6.5Orgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Suspenses Pneumticas

    A vlvula reguladora de nvel controlada pela suspenso por meio de tirantes de ligao. Se

    o veculo baixa devido a um aumento da carga, a vlvula posta na posio abrir at que aaltura do veculo regresse a posio mdia. medida que o veculo descarregado, a ligao posta na posio de descarregar at que o veculo regresse altura normal.

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    76/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    77/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 7.1

    Suspenses Hidropneumticas

    7 - SUSPENSES HIDROPNEUMTICAS

    7.1 - SUSPENSO HIDROPNEUMTICA

    O sistema de suspenso hidropneumtica caracterizado com uma suspenso progressiva,que permite a regulao do nvel, podendo variar a distncia mnima em relao ao solo, necessrio o fornecimento especial de leo pressurizado, e apresenta como inconveniente aimpossibilidade de reabastecimento do gs.

    Nas suspenses hidropneumticas, os elementos molejantes so constitudos porreservatrios metlicos esfricos, no interior dos quais se encontra o gs sob presso,separado do lquido por uma membrana.

    Como se verifica na figura 7.1, em cada uma das rodas montado um brao oscilante (1) quese une ao pisto (2), por forma a que este se possa movimentar no interior do cilindro (3). Ocilindro termina na esfera metlica, dividida por uma membrana (4). Esta membrana separa o

    gs comprimido, geralmente azoto, existente na parte superior da esfera, e um lquido viscoso(geralmente um leo especial) que enche a parte de baixo da esfera e o cilindro. A esfera e ocilindro esto separados ou por uma parede onde foram feitos furos calibrados, ou porvlvulas.

    Quando a roda sobe por ter encontrado um obstculo, o pisto tambm sobe, empurrando olquido do interior do cilindro e obrigando-o a passar atravs das vlvulas para a cmarainferior da esfera. A presso que o leo exerce sobre a membrana aumenta, comprimindo ogs encerrado na parte superior da cmara.

    Fig. 7.1

    1 Brao oscilante

    2 Pisto3 Cilindro4 - Membrana

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    78/104

    7.2 rgos da Suspenso e seu Funcionamento

    Suspenses Hidropneumticas

    Quando a roda baixa, o pisto tambm desce cessando a presso do lquido sobre amembrana que, por aco do gs encerrado na parte superior, volta sua posio de repousopassando atravs das vlvulas e enchendo o cilindro.

    Desta maneira, o gs encerrado na parte superior da membrana actua como elemento desuspenso, dado que se ope subida do pisto. As vlvulas actuam como amortecedor, dadoque provocam dificuldade passagem do lquido em ambos os sentidos.

    A altura da carroaria pode ser corrigida a qualquer momento. Por isso, basta provocar aentrada ou a sada de parte do lquido do interior do cilindro atravs de um regulador oucorrector. Este regulador pe em comunicao o cilindro com o acumulador em que searmazena o lquido a determinada presso controlada por uma bomba, e cujo limite controlado por uma vlvula de descarga.

    As suspenses hidropneumticas utilizadas hoje em dia apresentam bastantes melhoramentosface ao esquema base. Os grupos hidropneumticos situados junto s rodas so ligadosmecnica ou hidraulicamente. A finalidade dessa ligao accionar uma das rodas, quando aoutra est sujeita a um forte desnivelamento.

    1 - Panela de suspenso com membrana e cilindroinferior

    2 - Brao de suspenso articulado no chassis

    3 - Brao de comando do corrector

    4 - Corrector

    5 - Vlvula mvel do corrector

    6 - Canal de retorno

    7 - Canal de alimentao por pressoI - Altura normal do veculo. A vlvula obstrui os

    dois canais 6 e 7.

    II- Veculo carregado e rebaixado . A vlvula abrea alimentao 7 e o leo penetrando sob amembrana recoloca o veculo na posionormal.

    III- Veculo descarregado e levantado . A vlvulaabre o canal de retorno e o leo escorre dapanela de suspenso at ao retorno do veculo sua posio normal .

    Fig. 7.2 - Suspenso hidropneumtica

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    79/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 7.3

    Suspenses Hidropneumticas

    7.2 - SUSPENSO HIDROLASTIC OU HIDRAGS

    Neste sistema, que tem por funo evitar a oscilao da carroaria que acontece, por exemplo,quando a suspenso dianteira comprimida e a traseira distendida simultaneamente, o

    elemento que serve de mola um bloco de borracha elsticaque funciona por compresso. O brao da suspenso actua sobre este bloco de borracha pormeio de um pisto e uma cmara de leo. Este conjunto designado por unidade hidrags.

    As unidades hidrags esto ligadas frente e atrs em cada lado do veculo por meio de tuboscom fluido pressurizado.

    A oscilao vertical da roda dianteira fora a sada do fluido da unidade hidrags traseira. Estaaco faz subir a traseira do veculo, mantendo o veculo paralelo ao solo no sentidolongitudinal.

    O sistema hidrags tambm restringe a inclinao lateral da carroaria nas curvas, atravs doendurecimento das duas unidades exteriores quando em carga.

    Em cada bloco de suspenso existe uma vlvula de duplo efeito a partir da qual se obtm oamortecimento, pois restringe o volume de lquido em cada unidade.

    1 Brao de suspenso; 2 - Pisto cnico ligado membrana; 3 Membrana; 4 - Campnulametlica fixa com vlvula central de duplo efeito; 5 - Corpo de suspenso solidrio ao chassis; 6- Bloco elstico formando mola; 7 - Canalizao ligando a suspenso dianteira com a traseira;8 - Vlvula de enchimento e de colocao sob tenso dos dois blocos de suspenso (altura deequilbrio do veculo) ; 9- Volumes com lquido e gs pressurizado

    Fig. 7.3 - Suspenso hidrolastic

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    80/104

  • 7/28/2019 48_CEPRA_9396_Orgos_da_Suspenso_e_seu_Funcionamento

    81/104

    rgos da Suspenso e seu Funcionamento 8.1

    Suspenses geridas Electronicamente

    8 - SUSPENSES GERIDAS ELECTRONICAMENTE

    8.1 - SUSPENSO INTELIGENTE

    Por vezes, suspenso hidroactiva adiciona-se um sistema antibalano que consiste emadicionar uns cilindros ao elemento de suspenso de cada roda. Estes, por sua vez, soactivados por uma esfera adicional comandada por um corrector de posio montado sobre abarra estabilizadora dianteira.

    Quando a esfera adicional activada, enviado lquido sob presso aos cilindros, queaumentam a rigidez da roda correspondente, mantendo a carroaria plana.

    A activao da esfera adicional feita a partir da unidade electrnica que por sua vez

    interpreta os sinais recebidos dos sensores de velocidade e de rotao do volante.

    O corrector de posio, conforme a posio da barra estabilizadora, determina a forma deactuao dos cilindros.

    Este sistema antibalano combinado com a suspenso hidroactiva, proporciona a taxa deamortecimento adequada, bem como a flexibilidade requerida a um comportamento adequadodo veculo para cada condio de conduo.

    por isso que este sistema designado comumente por suspenso inteligente.

    Outro tipo de suspenso inteligente consiste na aplicao de amortecedores controladoselectronicamente.

    Estes amortecedores, de aspecto convencional, esto providos de vlvulas solenides quefazem a regulao do amortecimento em funo de diversos dados (tal como a hidroactiva),recebidos atravs de uma unidade de controlo electrnico.

    Dentro dos tubos dos amortecedores existem canais de derivao do leo que podem serabertos ou fechados pelas vlvulas de solenide.

    Desta forma, os amortecedores podem alterar as caracterstic