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©

Ie ne fay riens a n s

Gayeté(Montaigne, Des livres)

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t A M P À N H À DO P A B l G U Á Y .

COMMANDO EM CHEFE DE S. A. O SR;,MARECHAL DE EXERCITO,

C O N D E D ' E T l

M I M O Ml© EXEB C B T O

<DE

Í(5 M ABRJL A 31 DE 0AIO*

$IRAYU'.—TYP. DO EXERCITO;

JLSQ9.

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P R E F A C I O ,

Piíblicaneio-se o D iário do E xercito, náo ha outro fira mais doque fornecer dados para uma futura historia da memorável campanha do Pa raguaJ , dados que nunca chegarão a ser completos aponto de poder-se d'elles deprehender a razáo dos factos, su rgindo um juizo exacto e com pleto.

Falta ainda a indagação do philosopho, o esmerilhar do pensador que vai buscar nas localidades, no cotejar de todas as ordens,na meditagáo e concatenagáo dos acontecimentos o julgamento daimparcialidade, e o apresenta ornado de estalo que lhe dá vida,para sempre luminosa.

Tal estudo ninguém, pois, procurará encon trar neste mírradotrabalho, feito ás pressas.impresso do mesmo modo, e puramente*,official, carac ter que ^impossibilita os desenvolvimentos táo ne cessários á aprejeiasáo dos suecessos de uma guerra.

A. d 'E . Ti

pirayú 15 de Junho de 1869.

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ÜNTRODUCGAO.

Sua Àlloza Real o Senhor Marechal de E xercito,Conde d'E u foi nomeado C ommandante em Chefe detodas as forças brasileiras em operações conira ogoverno-do Paraguaypor decreto de 22 de Março de1 8 6 9 : no dia 30, embarcou ao vapor Alce, chegou

a Montevidéu no dia 8 de Abril, em Assumpção a 1 4do mesmo mez,e a 18, assumio o commando, de queinterinam ente, estava empossado, desde o di&.2Q. deFevereiro d'aquelle anno, o Sr. marechal de campo,Guilherme Xavier de Sousa.

As forças brasileiras, na sua qu asi totalidade,"acha-vão-se acampadas emí/ique e suas ímmêdiações,divididas em dous corpos de exercito» a uma legoa dedistancia, um do outro , alé/n de um corpo de van

guarda, postado, meia legoa para frente, jun to ao a r ;royo Juqu ery. Em Assumpção 2.748 homens, em.Hu-maitá 1.583, no R osário 2 .0 i4 e no Aguapehy 1 .300completavão o total cie tropas nacionaeVna republica»ás quaes se devem addicionar 4.000 argentinos, quasi600 orientaes e perto de 500 paraguaios da legião,para ter-Se o coiíjuncto doS elementos,* em pesâgâ^deacção dos alliados. - «4

A base de operações era a cidade de Assumpção,legitima capital da R epublica do Paraguay; a linhade conimunicação,. a estrada de ferro, que une.aquella

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s-'6-i

cidade aLuque e Juquery, linha que os inimigos eni

sua retirada havião deixado quasi completa, e que,immediatamente reparada, funccionou com toda aregularidade no transporte das munições de boea ede guerra.

Esta via férrea, lançada desde 1860 n'uns 72 kilo-metros da capital, passava pelas villas de /Trindade,Luque, Areguá, Pirayú e Paraguary, e, n'uma distancia dupla até a cidade de Villa Rica, achava-sedeterminada no seu traçado, cujos trabalhos mais

importantes de aterro e desaterro já chegavão a Sapu-cahy, três legoas além da actual estação terminal.Nesta distancia total, até Luque, contão-se 9 1 |2

milhas castelhanas, àe 1,394 metros cada uma, emtrilhos dos três systemas Brunel, Patin e de duplo T(à double champignm), e d'aquella localidade a "Juquery, 4 lr2 milhas no ultimo syslema, que é paradiante quasi sempre o empregado.

As curvas tem de 600 a 800 metroS de raio: asinclinações, em diversos pontos são de IjlOO a li800;os dormenles de excellente qualidade, feitos, assimcomo as pontes, de lapacho, (1) curupaj (2) e gue-bracho, (3) arvores de cerne muito resistente, sobre^tudo o ultimo que é inatacável pela humidade.

A direcção media da ferro via até Juquery é.E. l\íE .NE ., tomando mais ao Norte até a Trindade, primeira estação além de Assumpção, e seguindo paraE. mais ou menos, desde ahi.

—- A estrada de rodagem, arborisada, em certospontos, tem desenvolvimento de 3 ,5 legoas castelhanas, legoas de 4,1 83 metros, e é, de Luque em diante.varias vezes cortada pelos trilhos de ferro. Atirada

1 E sta bignoniaceá, conhecida no Brasil por páo de arco ômencionada em Marcgravio sob o nome de guirapariba.

2 —Acácia adstr inge ns— , também chamada por Martíus•^-acácia angico,— nome porque é conhecido no Bras il.

5 Besta apocynea ha duas espécies, uma branca e a oul raK rra cin a; da primeira sO se usa cm trabalhos de m arcen aria.

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*«£7—

por sobre campos dobrados, ten? seus declives quasigeraes em subida pelo graduallevan lamento do terrenoe atravessa freqüentes campestrés de grama, cercadosde tiras de mataria rala, formando o que chamãopolreiros e onde abundão, ou em grupos, ou segre-gadas as elegantes palmeiras mbocáyas,.,[ \) que sãoconhecidas em mu itas províncias do Brasil por ma-•caúbas.

E sta monocotyledonea, muito commum no Rio de

Janeiro, é característico phytologico do Paraguay,pois desde o extremo Norte, para os lados do E sco-pil, Iguatemy e Apa, até o Passo da Pátria apparececom muita freqüência tanto nos terrenos seccos eelevados conjuncíamenle com os jatays (2) como nosalagadiços, de envolta então com os carandaís (3\

— A villa de Luque foi fundada em 1 63 5 por D .Luiz de Cespedes Jeray (4) um século depois deedi-ficada a cidade de Assumpção. Acha se situada, segundo os dados de Azara, na latitude austral de.25° 1 5' 3 0" e longitude ao Oriente de Paris de 59°52' 1 9" e, nos princípios deste . século contava 3.813almas.

Os progressos que se notarão desde então devemler sido pouco sensíveis, pois as habitações, existentes hoje, não podem comportar muiío além d'aquellenu m ero , e quando o actual dictador obrigou a população da capital a vir oceupa! as. naturalmente ach ou-se ella agglomerada nos quartéis e casarias ou em

completo desabrigo.Assente n'u m a coluna baixa, mas extensa e bemnivelada em seu planalto, compõe se Luque de duaspraças vastas, fechadas per quarteirões de 60 a 80

1- AcFoeomia scleroearpa.2 Cocos ja tay iMart ius {.

""% Copernicia cerifera. E ' o caranelá de M atto-G rosf o, que

tan to se semcltia á carnaúba, cujo nome scieniifico é idênt ico.í 0 padre B auti>ta, na sua clironologia, chama esse capitãogeneral de Cespedes Xaría: foto xis governíftíWr do Paraguay.

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metros de frente, das quaes partem-ruas quasi todasem começo e marcadas por postes nas direcções •. car-deaes, ficando um a igreja antiga e de construcção,solida, no centro da mais oriental.

Ao redor deste outeiro achão-se outros, com algunspontos dos declives cobertos de mato (1), e a sopédelles correm regatosinhos, cuja agoa côr de leite écom tudo agradável ao paladar. As forças do 2.° corpode exercito occupárão essas alturas; dous batalhões,o 9 " e o l 7 : acantonarão; os outros se espalharãon'u m a zona de quarto de legoa; os Argentinos toma?rão posição lam bem elevada, a N. 0 . da villa; sendotodo o campo coberto por um a linha de piquetes demais de legoa de circumferencia, cujos apoios v i-giavão as quatro principaes e stradas: a de 0 . que levaa Assumpção, ao de NE , a Juquery, a de NNO. a Lim -pio e Salado e a de S. a São L ourenço .

Logo depois da occupação de Luque, segunda ca

pital de Lopez desde 22 de Fevereiro de 1868,havia-se cuidado em pôl-a ao abi igo de uma tentativaousada; por isso pelo lado urienlal e parle do meridional fora levantada uma trincheira que para rum ode Leste recebeu 20 bocas de fogo pertencentes ao2-° regimento de artilharia a cavallo,

No dia 1 0 de Março, havia o 1.° corpo de exe rcitoformado acampamento em Luque, posteriormente

avançara o 2." de Assumpção e deslocara aquelleque tomou posição uma lpgoa além no ponto chamadoLambaré, que disla meia legoa para 0. do arroyoJuquery.

1 Ahi abundko os caragoatás—brofnelia spinosa—cuja fibratêxtil tanto serve aos-Paraguayos e um arbusto c ha m ad ofí - ta -pirandi ou casca de anta—, apocynca que nao pode ser confundida com a casca de anta do B ras il-à rím s gran atcn sis-q ue éuma masnoliaceju " *

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Todas as localidades occupadas erão muito sãs,elevadas e pitorescos, ornadas de iind os laranjaes,

cuja folhagem e sombra lornão-se tão aprazíveis. DoLam baré a vista se estende bem ao longe por s.breum terreno accidenlado, monluosj gradualmente atéa Cordilheira, que se eleva para lá da b nita lagoa deIpacarahy, cujo desaguadouro para o rio Paraguay o— Salado-é percebido nas primeiras voltas.

Os diversos movimentos do exercito se havião executado no mez de Março, depois de quasi completos Iresmezes de parada na cidade de Assumpção.

O desdanço que as tropas linhão fruido não fora emdesperdici >. Fatigadas, depois dos ccmbales deD ezembro desde a penosa m arcln pelos aloleiros doC hacj até a rendiçãJ de Anguslura, restaurárã^-se-lhes progressivamente as f rçis; os batalhões com-plelárão-se, r^gularisárão se quanto ao pessoal e grá).

dü inslrucção; a cavalhada, já muito redusida, acli ui-se poupada, e espirito geral, desviado lem pira ria*nienle de seu legilimo fito, fui se predispondo de nevopara o proseguimenlo da campanha.

A retirada de Lopez para o departamento da Cordilheira, depois de sua derrota em Lomas Valenlinas,representava em vérd^e» uma nova e difíieil. phase daguerra. Recorria elle á resistência já desde- muito

prevista e natural mas pouco esperada, que se firmanas agruras das serras e nas brenlm e emboscadas;renovava com desespero essa lula de recursos cunhado principalmente na obediência cega de seu povo, eatirava-se aos azares da guerra de montanha quetantos embaraços crêa aos atacantes e tem sido tãofeliz aos caracteres audazes.

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D ifficuldades pois se erguiãJ graves, e certa vacil-lação no animo da offlcialidade.e das praças1 consti

tuía uma de mais importância ainda ; entretan to estepeiiod •, para assim dizer doloroso e cujas conseqüências os espíritos desalentados exagerarão , foi supe*rado, e a presença do novo chefe completou a acçãonormal da disciplina e constância no peito brasilleiro.

Nas condições em que se achava empenhada a

luc la, impossível fora para o JJrazil a cessação deseus esforços un ido s.aos de seus firmes aluados. Ofim não era territorial como o havia sido o da eliminação de Shamyl ou de Abd el-Rader das gargantasxlo Caucaso ou do Atlas; mais longe se visava, poisem jogo eslava para quatro pjvos a segurança depaz estável e proveitosa.

O govern > do Brazil peneirou se d'esses senlimen^

los, e a confirmação de sua firmeza f i a nomeaçãoque collocou á testa do exercito brasileiro o príncipe consorte da princeza Imperial,

— Sua Alleza entrou em Assumpçã> v in le edou sdias depois de nomeado comm andap.le. em chefe dasforças, e dadaá as suas ord en s, no dia 16 chegou,pelo trem de ferro, ás 8 l|2h iras da manhã a Luque,onde o marechal de campo Guilherme Xavier deSouza, o esperava á frente do 2." corpo de exe rcito.

üilo mil selecenlos e sessenta e nove homens seapresentarão , formados em columnas cm ligna s, pelaeslreileza do campo; 7,183 de infantaria, 862 de ca-valtarja, 3 91 de artilharia, 270 do batalhão de eng enheiros e.63 de corpos espeeiaes.

O armam ento era bom; as bocas de fog> e m un i-

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ciamento convenientes i a cavalhada ptírém diminuta

e essa mesma muito magra.Sua Alteza assumio o commando de todas as f >rças

brazileiras por mei > da ordem d > dia "n." 1 (annexo A)eno dia seguinte, 1 7, fez publicar as alterações quejulgou convenientes para melhorar a organisação doexercito,dando emprego aosofliciaes generaese superiores que linhão vindo em sua companhia do Rio deJaneiro.

A ordem do dia n.° 2 .(mnexo B) Irazia as nom eações feitas pel) G verno Imperial, dos Srs. capitão defragata João Mendes Salgado para ajudante de ordense secretario junlo ao commando na parle naval, cirur-gião-mór de divisão Dr. Juão Ribeiro de Almeidaparaficar às ordens do mesmo commando; conservavaa divisão do exercito em dous corpos e nomeava paracommandanle do primeiro o Sr. tenente general Vis

conde do Hei vai, ficando interinamente durante suaauzencia o marechal de campo Guilherme Xavier deSouza e do segundo o Sr. tenen te general* P lydoroda Fonseca Quintanilha Jordã o, comprehendendoessas duas fracções, três divisões de cavallaria, eduasde iufanlaria além de um commando geral de arti lharia.

O Sr. brigadeiro Juã > de Souza da Fonseca Costareassumiu o cargo de chefe do E slado-Maior e outrasdisposições mais modificai ão ou ampliarão o pessoaldas diveisas repartições.

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C A R P A N H Ü D O P A R A G U A Y .

COMMANDO EM CHE FE D E S A. O SR ,

MARECHAL D E E XE RCITO,

C O N D E D ' E U

A b r i l .

SEXTA-FEIRA 16.-

0 commandante da pra ça de Assumpção dírigio

ao quartel general ura telegramm a comrnunicandoachar-se prompto para seguir para o Rosário »vapor Payáaadd que leva um oficial-, algumas praç a s , um resto de cavalhada e, a reboque, um naviocarregado de alfaia. Teye ordem pa ra sarpa r,devendo tomar, á bordo o engenheiro polaco, tenente,coronel Chodasieyvlez, encarregado de ir fortificara .pífeição e dar um relató rio sobre suas condições

de defeza.A villa do-Rosário, cap ital do departamento do

mesmo nome, situada a 3 7,8 legoas castelhanas aonorte da cidade de Assumpção e am eia legoa de distancia do rio Paraguay, na. margem esquerda do rioCuarepoty, fora oecupada pelo coronel José de Oliveira Bueno no dia 8 de Abril, em virtude das ius-trucções do então comm andante d as forças, o raare-

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chal de campo Guilherme com o ôm de co rtar ao

inimigo os recursos quê elle pudesse ainda receberdos districtos septentrionaes, por meio de expediçõesem direcçãò a Itacuruby e Santo E stanisláo, e part idas a:é a margem esquerda, do rio Jcjuy.

— Forão também remettidas de Assumpção a9declarações do preso N icoláo Ped riu acerca dequantias e jóias pertencentes ao. dictador Lopez eenterradas, conforme pretendia, junto e ao lado

direito de uma palhoça que demora entre aq ueü acidade e a villa da Trindade, declarações essasfirmadas nas espontâneas revelações de um pa ra -guayn, cujo nome ignora, mas que ha bita presen temente a capital. Sua Alteza ordenou que fosse umoficial da pag adoria, acompanhado de escolta, aologar indicado para, no caso de acharem-se taesvalores, serem elles recolhidos áquella repartição

depois de lavrad o o devido termo ; o que cum prio-sersendo tão somente encontrado um deposito pequenode vinhos que foi destinado pa ra os hosp itaes.

£ A B B A D O 1 7 .

As 7 e meia horas da manhã, Sua Alteza f .i passar revista ao 1." corpo de exercito, o qual ap resentou em forma 6.024 homens, dos quaes 3 .905de infantaria, l 3 õ6 de cav allaria, 481 do artilharia , 2-18 da secção de tran sporte s e 28 de corpose*peciacs' e das repartições aunexas ao comraandopreenchido interinamente pelo brigadeiro Juão Manoel Meuna Barreto.

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A guarda da vanguarda, na margem esquerda do

arroyo Juquery era feita pela 3 . a divisão de cavallar ia ao mando do brigad eiro honorário Vasco AlvesPe reira e compunha-se de 3 .547 homens, dos quacs1 .626 de infa nta ria, 1 .55o de ca va llar ia, 92 de ar-,tilha ria, 219 do batalhão de engenheiros, 3 6 docorpo de transporte.fi 19 dâ corpos especiaes.

P a ra transpo r esse arroyo, continente do rio Salado e cujas cabeceiras acbão-se ã S. para lá de Ca-

piatá, estava lançado urr. soalho sobre cinco canoas etrabalhava-SG na reconstrucção da importante ponteda estrada de ferro que fora incendiada pelos para-gunyos;

2\as duas rev istas achárão -sc, pois, debaixo dearm as 1 8.3 40 homens, (1 ) distribuídos do seguintemodo :Corpos especiaes . 1 1 0

Infantaria. 12.714Cavallaria 3.773Artilharia 970 cotn 52 bocas de fogo.T ranspo rte . . 284B atalh ão de engenheiros 489

18 .340D epois da volta á van guarda , o Commandante cm

Chefe recebeu os cum primentos da oficialidade do

1 ." corpo e, como de véspera praticara para com ado 2,°, respondeu-lhe com três allocuções, umadellas em particular á valerosa cavallaria RioGraudensc e outra á arma de artilharia que tantose tão bons serviços tem prestado durante a campanh a. Sua Alteza, em breves pa lav ras , recordou o

(1) O . toliil elas forras bras ileiras no Parapuay era ele2<3,0â() homens, alum (k- pequenas parccttas no.Fecho dos Monos,

Cerrito, etc.

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— Í6« i

papel brilh.nte que a gente do Rio Grande repre

sentara em passadas laetas e coraparando-o com oda presente quadra, não a achou desmerecida, pelocontrario mais distinctaem razão da espontaneidadedos sacrifícios e constância de esforços.

Sua Alteza voltou, ao- seu qu arte l gene ral deLuque pelo trem de ferro que o fora esperar, co nforme suas orclen^, ás 2 horas da tarde.

— D o R osário,, vie ráo officios do coronel com

mandante, confirmando a noticia, anteriormente recebida, de que, no dia 1 2, o bata lhão de infa nta rian. 11 e cento e sessenta homens de cavallaria ha-vião batido em Inhandu cá,. a uma força p ara gu ay apostada'junto ao rio e a uma legoa da v illa, matando lhe seis homens e aprisionando quatro outrosalém de cento e muitas rezes. Um dos prisioneiros,o cabo Machuca,, declarou que na-zona interm edia

ao ponto chamado Sargento Lorna e a villa deS. Pt-dro existem mil e duzentas praças das três arma ssob o eommmd© do major Galeano, o que foi confirmado pelos seus outros companheiros.. Houve dísnosso lado uma praça ferida e na cavalhada douscavallos mortos.

O eornmandaHte da expedição, no dia 1 6, fez: novo»reconhecimento, n 'um raio de três e meia lego as

de sua posição, e ain da p&uáe trazer arre banh ad as„ento e oitenta eabeças de gado, havendo posto emfuga os piquetes inimigos mais avançado?,, que seescapa rão a favor dos gran des banhados de que seacha cortado todo nquelle terreno.

As necessidades da columna expedicionária doRosário, que, segundo as requisições de seu comman-dan te, devem ser attend idas com urgênc ia, são : a

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r emonta da ca va l l a r i l j á bem a f racada , è d i s t r i

buição de farda m ento 'faos soldados, que quasi sea th ã o em completa nu ie z . E xped i rão se no sen t idoconveniente as ordens]'{ — S u a E x . a o Sr . g w er a l D . E mi l io Mi t re Veio

certos oli jectos que essa commissão julga teremsid i indevidam ente adjudicados pelo t r ibun al depres as e portanto deve |ein não es tar sujei tos á su aju r i sd i ção .

DOMINGO 18.

O Sr. Commandante e„m chefe fez seguir paraA ssum pção o Sr.,chefe_do corpo de saú de , que vai-cuidar na regular organísação do hospi tal do exercito, cuja.-s más accomodaçõcs e acanhada dispo

s ição tornaváo-se tanto mais sensíve is , quanto o damarinha era vasto, bem arejado e consequentementemantido a 'um perfeito estado de l impeza ejord-em.

— O ajuda nte de ordens S algad o foi tam bémáquel la c idade para t ra ta r de regular i sar a l inha docorreios com a capital de Matto Grosso e dar ordemao vap or Alice, afim de que descess e a bu sca r m ater i a l em I luma i t á .

— Su a Alteza acom panhad o do genera l Folydpro ,

cuidadosamente visi tou o acampamento do 2." corpo

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è , desde então , ence ta passe ios d iá r ios aos ab ar ra

cam entos pa rciã es ou a ssis te de. m anh ã e de ta rd eaos exercícios de batalhão e de brigada.

— O inten den te do exerci to recebeu ordem pa r ater em deposi to um a rese rva de alfafa , capaz, pa^ aa l imen tação de 8,000 cav al los, oceorrendo assim aqualquer fal ta da parte dos fornecedores.

— As descober tas de m adru gad a têm cont inuadosem inte rrup ção . As 7 ho ras da m anh a de hoje , o

m ajor do 7." corpo prov isório de c av al la r ia M anoelLucas de Souza chegou á ponte do Pat ino-cuè, duaslego as além de Ju qu ery e , pres ent ind o inimigo, fezav an ça r o seu pr im ei ro meio esq uad rão que deprom pto t rans pô z o passo e cahio eom todo o vigorsobre -4-0 lan cei ro s, m ata nd o lhes 9 c av allo s e fer indo alguns homens que puderão se recolher á umamata, por apparecer logei de protecçao infantaria

em diversos pontos. Nossa part ida vol tou então semsoffrer prejuízo algum.

SEGUNDA-FEIRA 19 .

Sua Al teza fo i pe la m anh ã á v an gu ar d a e ahi

ordenou o levantam ento de uma t r in ch ei r a que cobris se a foiça de uri) Súbito at aq ue de ca va lla ria ,não só na passagem ha bi tu a l , como n u m loga r deváo m ais ac im a. C orreo-se, pois , um a cor t ina queap oia va uin f ianco do ta lud e do ate rro da .estra dade ferro e o outro n u m m ata ga l á direi ta ' , f icando coroada por um red ueto, que recebeu qu atroboc as de fogo. E sta ob ra fez se c</m gr an de rap ide z

e cuidado pelo conhecimento que, depois do prolon,-

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— 1 9 —

gado tirocin io, os soldados de infanta ria têm doátraba lhos de fortificarão passa geira.

A ponte na sua reconstrucção não mostra ad ian tamento por esperarem-Se,para fincar os dous esteiosC entraes no leito do rio, os macacos que só devemVir pelo vapor Presidente. E ntretanto já 'se achãòprep arados todos os p ranchões do soalho, e ape nasfiquem assentados, lançar-se-hão os trilhos.

Neste ponto de Juquery existia um importantedeposito de macbinas, cujas peças priiícipaes tinhãosido tiradas; outras porém haviáo ficado quasi inteira s e forão transp ortad as para a estação de Assum.pçáo afim de ah i servirem na pequena òftícjna que jáíunccionava no concerto das locomotivas e wagões.

-— Voltarão de Assumpção o chefe do corpo de

saúde e o ajudante de ordens Salgado, trazendo estea noticia da descida do A lice até a praça de Hu-m aitá, levando am arr as e ferros para o pontãopresiganga Anna que ameaçava ir á ga rra. Quantoao estabelecimento ou melhor andam ento do correiopara a cidade de Cuyabá, ficou disso encarregado bchefe de estado-maior do exercito.

— Foi m aud ada communicação da esquadra de

haver chegado o vapor Leopoldo com 400 cavallosremelii 'os de Buenos-Ayres por Eduardo e CândidoGom es. Com excepçãode 30 reservados para o qua rtel-general e 6 para o ex-commandante interino, osoutros forão mandados marcar com o ferro danação, devendo desses ser eütregues 120 ao Sr. ge-jaeral D . Henrique C astro, commandante da forçaoriental,conforme promessa anterior,e seguir o resto

pa ra o K oia rie, apenas de lá voltar o vapor Pay-saadü, qne esperará ordem para nova viagem,

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— Outro telegramma annnncia ter hontem entrado no rio Maud+ivirá (1) a expedição que vaiem perseguição doa vapores inimigos, occultos nasvoltas d aquelle .rio depois da occupaçáo de Assumpção pelos alu ad os . Compõe-se ella dos monitoresCeará, Piauby e Santa Catharina, das lanchas ávapor Joãei das Botas, Jausen Muller e Couto, aosquaes posteriormente deverá reunir-se o vapor Vo

luntário da Pátria, depois de uma viagem ao Cer-rito.Além disso participa-se da esquadra ter seguido,

para o Alto Paraná o Sr. chefe de esquadra e proceder-se ao interrogatório do prisioneiro do Rosário,cujas declarações o quartel general pede coin a máxima brevidade, vigorando esta ordem para todos ospapeis desta qualidade.

— Na visita que Sua Alteza fez ao Sr. generalD . Emilio Mitre foi dada solução á difficuldadeproposta pela commissao de vendas, emi-cordandoòs generáus d clarar que nenhuma razão assistiaáquella commissao, cm pQr- em duvida ou al teraras sentenças do tribunal de presas, sendo nesse sentido remettidaaus respectivos uiembios cópia de talíesoluçã"

TERÇA-FEIHA 20.

Nao oceorreo facto digno de menção.

(1 ) O rio Manduvira ou Tobat í r , nasce da serra de Cangaaçi iê desemboca por dous canaes no Paraguay, na la t i toJc de 44°o8'cerreiiejii de li. u O. sempre por lugares empantanados e a t r a -

ves.-.aiHÍo a part e nie-i-i iiemal do grau.lc fiaitiiaiio, chamado lagoade A gua raea ti. llecebc como principal affluentc, o Inu, lurmadodo ilu.iiluvira lliu e de lagãi que correm de S. E, a N. 0 .

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QUARTA-FEIRA 2 1 .

Su a Alteza at te nd en do , como de principio o temfei to , á reg ular adm inis t ra ção da jus t iça mi l i ta r ,mand ou que da gu ar da do exerci to fosse-lhe rem ett idoo mappa dos presos cujo dest ino ainda não foramarcado por falta de processo, e recebeu a relaçãode três nomes, o de um franeez, de um brazileiro e deum pa rag ua yo prisioneiro de gu err a . C ontinuão*nomesmo fito as pesquizas, acerca dos detidos nospontões de Humai tá ou nas pr i sões de Assumpção.

- N a ronda que fez aos p iquetes avan çados dajudante general do 2.° corpo de exerci to, forão,á ordem do commaudante em chefe, presos o officialsuperiéor de dia e m ais dous offieiaes por irr eg ularidade no serviço, os quaes, postos á disposição docommando d'aquelle corpo, soffrerão além de prisãona b arr aca , o assen tam ento dessa nota em suas fèsde officio.

— As l inhas da va ng ua rda apresentou-se umhoin<'m de còr pr et a que d ecla rou ter sido esc rav ode uma famí l ia braz i le i ra apr i s ionada em 1865

pelos pa rag uay os, por occasião da in va sã o do dis-tn ct o de M iranda. Vinh a da Co rdi lheira de ondaconsegu i ra , d ia an tes , escap ar se .

— 0 Sr. gen eral Mitre veio propo r a Sua Altezao estab elecim ento de um a po licia civil em Assurn-»çáo , prop osta q ue , por pedido , ficou de ser reduz idaa escr ipto p ar a o devido estudo an tes de resoluçãodec i s iva .

— Nova3 ordens forão expedidas, apressando .} aremessa de e-\„vallos destinados- ao Rosário, e pára

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esse fim voltou o ajud an te de ordens Salgado áAssumpção, de onde Vem noticia de haverem c he gado de Buenos-Ayres um vapor argentino comdata s do Rio de Janeir o até õ do corren te, e de Hii-maitá o Alice,^de volta de sua commissao*

QUINTA FEIRA 22 .

Sua Alteza foi ao ^acampamento argentino p i g a ia visita ao general M itre e lembrar-lhe a conveniênciado arrazamcnio das fortifieações (1) de Assumpção,medida que não soffreo co ntes taç ão , por isso que:,

apezar da pouca importância das obras, a destruição dellas importa a observância de um principiode gue rra e de convenç 10 entre os alliados.

—A repartição do deputado do ajudan te generalremetteu o interrogatório ei o crioulo Luiz que declarou ter pertencido, como e sc a v o , ao hoje fallecidoAntônio Cândido de O liveira, braz leiro hab itantenos arredo res do N ioac, ao sul do districto de Mi

ran da , quando os paraguayos inva dirão a província de Matto-Grosso ; ter sido, depois dos eombatesde Dezembro transportado, com outros brazileirosmais que trabalhavão na conservação da estrada deferro, para as Cordilheiras no ponto sito a 8 legoasde Luque, e denominado Caacupé, onde existe uma

( l) Constaváo de algumas baterias a barbeta c de uma casa-Ifláta, todas íeijas de tijolos.

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- 3 & >

fabrica de fundição que já.-promtificbn, três canhões

de pequeno calibre, e é servida por operários ingle-zds, francezes, brazileiros e argen tinos prisione iros,de entre os quaes poude com facilidade fugir pornão hover outra força de protecção, mais do quepoucos soldados paraguayos inválidos. Forneceuainda alguns dados sobre a posição de Aseurra,defend ida, segundo diz, por 1 1 boca" d.! fogo collocadas em diversos ,passo3 que á cila d;io ehegada e

que se acháo/mais ou menos defendidas por trincheiras .

SEXTA-FEIRA 23.

D e Assumpção mandarão-se diversos telegrarn-'ma*, annunciando, uma chegada de duas peçasWitlivvorth de calibre 1 que serão enviadas com a

rpossivel brevidade; outro a vinda do chefe Klisiariedo Alto Pa raná , e.nm terceiro a pa rtida dos ?iju-da nte s de ordens, capitão de fragata Salgado etenente-coronel Luiz Alves que seguem para fiuenos-Ayres, a activarem o mais possível a remessa de

cavallos^sobre a qual tanto se tem instado.— O chefe de esquadra veio durante o dia v isitar,13ua Alteza e informou-o de que, apenas chegara aT ranq ue ira do Loreto, no Alto P ara ná , disso deraparte ao general P ortinho, com o qual comtudo nãopu de ra . entender se por uau ter ob.tido respostaalgum a á*Sua comm unicação, de modo que não sabeindicar com precisão a presente posição da força da

. Aguapeby.

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—24—

Parece porém «atura i que , nas 56;hbras de espera

qr

ue teve o chefe de esq uad ra, nã o houvesse aqu el legen eral podido respo nde r em tem po, por isso quevi n te lég ua s m ais ou men os med<>i;«o até. o ac am p am ento em que el le se ac ha . Apesar do-des encon troficou comtudo dada a ordem qara que as canhoneiras Hen r ique M art ins , T aq ua ry e .Gr t-enhalg comcanoas e lanchas subissem ac ima do Sa l to de Apipé ,afim de p<<der se com pro m pt íd ão effeefraar a: p a s sa

gem d 'aqae l la columna ãa margem esquerda á d i - ;

re i ta do r io Paraná .

— 0 m esm o chefe de, es qu ad ra foi por S ua A ltezae n c a r re g a d o d e d e sp a c h a r o ' p r i m e i r o t r a n sp o r t adis po nív el, eom o p es so al idô ne o, afim de; r,eco- ylherem -se, nos campos de •acç ão e an t igos ac am pa r 'm entos entre o rio T eb iqu ary e A ssum pção , todos o<robjectos q ue consta terem sido aban don ado s, porfa l ta de condacçáo. du ran te as penosas m archa s deSetembro á D ezembro do, anno próximo pa ssa do .

— Na cost a do P a i an á apresen ta rão-se a lg un s"pa rag ua yo s e corrent ino-í , cujas revelaçõ es n a d acontém de importância em relação á prosecução das

"operações . Dos postos avançados do ;2.° corpo vierãopresos por suspe i ta de espionagem dous paraguayos,

prisione iros de; A ngu stura, . os qua es vão ser E emetti rdos para o Braz i l na qua l idade de pr i s ione i ros d egu erra ju lgad os per igosos . T aes casos são mu i topouco freqüe ntes ; pelo co ntr ario , qu asi todos oaparaguayos, colh idos com as a rmas nas mãos e de i xados sob pa lavra e ra fe r renos da republ ica , por tão-se bem e en treg ão se ex clu siv am en te @ffe div ers osempregos ou tos seus negócios par t ienla ies . . A ani

mação comm erc ia l que a c idade , de A ssumpção-vae

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: - 2 5 ^

iôdoS os dias ganhando e dá-lhe movimento atéhoje desconhecido, permitte a esws hom.;ns bastantecommodidade de vida, alé n da natural traiumissãpde idéas que os desligão para sempre do partido dpdictador Lopes, de maneira que suai aspüu-.ões S:TQcompletamente diversa* ás do anormal restabelecimento do antigo reginxn.

f A B B A D O 2 4 .

Nenhuma novidade occorreo.

D 0 M 1 K G 0 2 o .

O comir.andar.te da praç a de E um aitá commít'tiícou que, sem attendimento ás advertências docommando em chefe, oi fornecedores Lesica e L-muspersistião em conservar uma inve rnad a de 8.000rezes entre o Passo di Pátria e o rio Tebicuary, empontos nào livre3 de um a taque do inimigo. SuaAlteza determinou, pois, que desde já ficava expres

samente prohibida a estada de grand ss porções dègado em território pa ragu ayo , a pretexto de des-canço, devendo o commandante de Hum aitá e pc h fe da estação nav al vigiarem na repressão deta l abuso, fazendo com que as inverna das se man -tenhão todas .em terras eorrentinas.

— Da vanguarda, rec-beu o quartel-general umtelegramma participando que, na exploração da

pianhã até Patino-cué, havião-se adiantado algum

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t an to impruden temente do g rosso da cava l l a r i adoze homens commandados pe lo capi tão FonsecaR a m o c , os quaes, envolvidos logo por infantariain im iga , t iverão que ab r i r caminho a esp ad a , perdendo qua tro homens e qu atro cav al los, e f icandoferidos aquelle official e um soldado mais.

S E G U N D A F E I R A 2 6 .

O Sr. chefe de es qu ad ra dou p ar te que t iv ê/acomeço o arra zam on to das forti f icações de Assum pção conforme fòra com binado entr e os g ene raes

•a luados e que ao sou on he c im jn to t i nhão chegado

impor tantes not ic ias d* expedição do Manduvi rádadas pe lo seu commandanto o capi tão ' de maréguerra Victorio Jo é Barbosa da Lomba.

Fic an do as bocas d aqu el le r io bloq uead as pelaeorve ta Belmonte e enoournçado Colombo, penet ra raa esqu adr i lha no M and uv i rá , de ix ara o continenteManduvirã-I l iú c entrara no Iagui , a 60 ou 7(> léguasda em hocad ura a 'é per to da v i l la de C ara gu atah y,

cm que começava a haver fal ta do ag. ia para o calada dai navios e onde chegara no dia 19 já sobre ata rd e . D uran íe a v iagem foi semp re observado gran de movimento de gado pa ra a m argem esquerda dorio em direcção á zona das montanhas, e toda a marcha do3 vap ores tem sido segu ida por ca va l la r ia inim iga . Qu anto aos navio », em dem and a dos qua esi n t e r n á r a - se a e x p e d i ç ã o , a e h a v ã o - se u n s su b me r so ^

e outros mpttidos em voltas sinuosas a que não podiàoes nossos chegar pe la d i f iculdade da navegação não

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S _ £ 7 -

coühectda. Além de tudo, começaváo a manifestar-se

nos navios grandes faltas, taes como de azeite, carvão, giàxa e mantimentos, de modo que o commandante vio-se logo na necessidade de des pac har, apedir aquelles indispensáveis recurso?, primeiramente duas de suas lanchas e posrertormente,no dia20, uma terceira, tendo ella3 chegado á fóz doManduvirá hontem á noite.

TERÇA-FEIRA 27.

A exploração da manhã, ao -mando do tenentecoronel João C lemente Godinho, chegou a Pa tinp -cuê, transpôÃ a ponte e encontrou uma ! força iepouco mais de cem homens e dezeseis a vin t» d tcavallaria, postada em lugar apertado e com a qual

trocou tiros sem soffrer damno a lgum ,

QUARTA K IR A 28.

O ann lversario natalicio de Sua Alteza foi com-

memorado por comprimentos de toda a officialidadea qual, ao meio-dia, concorreo ao quartel-general epor iíluminações fe itas, á noite, pelos batalhões emseus acam pam entos, apezar da chuva m iúda que ,durante o dia, incessante cahira.

- O commandante da canhoneira ingleza Beaconda marinha de Sua Magestade Britann ica veio tercom Sua Alteza e por essa oceasiãò' dèclaróa-lhe

irerbalmente que recelêi-a novas insMucções afim de

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faíer chegar ao seu destino os papeis dirigidos aomarechal D . Francisco Solano Lopez; ao que reeo-vidou Sua Alteza ser lhe por ora impossível darsolução definitiva sobre ta l assum pto por espe rarcm breves dias a com miinicição official do accordo ,que, segundo informações fornecidas pelo generalM itre, hav ião em Buenos-Ayres feito o governoargentino e o enviado especial do Brasil n'anu ellacapital .

—A' disposição do general Pórtinho resolveu oCommandante em Chefe fazer seguir uma bateriade canhões raiados de montanha dos que se aehãocm Oumaitá, commandada pelo capitão EwertoaQu adros e mais o batalhão de infantaria n. 12 soba commando do major Cunha Mattos, força qued.ve rá seguir para a T ranq ueira do Loreto, ou d§

preferencia sié C andelária no vapor Pay saudd ,acompanhando a c mo vaqueano u cidadão hraai*leiro Urbano José de Moura. lísse homem fora duran te longos annos morador no districto de Jufy eposteriormente prisioneiro de Lopez até os combatesde IXzen bro época em que se reun ira ao exercito bnuslleiro,e havia sido feito alferes de commissao no dia27 do corrente, a vista do seu comportamento pa racom seus patrícios, emquanto preso, e de seus bousdesejos dç servir,

A aqnelle general r eitera rão se as ordens expedidas anteriormente pelo general Guilherme eultimam ente por Sua Alteza pa ra que, depois dojun tar á sua c lum ua a força que lhe è m andad apassasse com presteza o Rio P ar an á, inva disse o

território paraguayo pela Tranqueira do Loreto

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Òti melhor ainda pelas immediaçõe3 de Itapáa §se dirigisse a occupar a posição de Yilla-R ica.

Os cavallos e m ulas da invernada de Aguapehyque estiverem em bom estado c que não se toinjm.restrictamenle necessários á expedição, serão encaminhados para o Passo da Pátria e ahi embarcadospor troços para a cidade de Asssumpçãoj devendo oiQutrcs animaes cm más condições e o material im.tilser recolhidos ás pro xim ida de do território br az i'eiro, nas mirgons do rio Urúguay.

—O commandante do 1.° corpo de exercito re ce .bcu ordem para que diariamente fizesse seguir explorações de cavallaria na direeçfio da estrada de ferroaté o pon.to delPatino C cê, a qual porém nunca de verá ser* transposta.

— Sua Alteza coneedeu a medalha de mérito,

çreada pelo decreto de 28 de Março de 1868, a umcap itão, um tenente, um alferes, dom sargen tos eqm clarim do 5,* corpo de caçadores á ci val lo quemerecerão cspecUl mnção de seu commandantepelo modo porq ie se po rtarão no encontro do dia25, rompendo uma liuh i inimiga de 200 homens deinfantaria, acerescendo mais haver um do^i officiaesinferiores tomado na garup a de seu cavallo a um

companheiro que perde a, na refrega, a cavalga»(Jura.

—Chegou do R m r l o o vapor —16 de Abril— trazendo um paraguayo que se passara para mmagente no d ia 25 e que foi logo remettido á repa rtição do ajudante general juuto ao commando pa raacr interrogado.

D evo aqaelle vapor regressar com toda a brevi,*

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dade a le va r uma bate ria de 6 peças de montanhado 4.° corpo provisório de artilharia, a cavalhadadisponível e novas íustrucçD cs pa ra o commandanteda força expedicionária, o qual,em seu ultimo officio,ponderara a dificuldade de exploraçrei por terraaté o rio Jejuy por causa de g rande esteiro Jet ity ,que quasi impossibilita o trans ito . Por isso te.veordemum dos navios da esquadra pa ra, quanto antes, nãosó dirigir-se á barra d'aquelle rio que demora 12 legoas ao norte do;Rosario,mas também procurar subirpor ellé até onde fosse possível, afim de bem reconhecer a força inimiga existente na margem direita,e que, segundo consta, é com mandada pelo m ajor

Galeano.•< . % . •

Ainda m ais, sedepois d'aquella exploração ho uv erpossibilidade, o eomm andante Bueno emb arcará

força conveniente para tentar desembarque emponto vantajoso, encetando logo rápida operaçãocontra a columna paraguaya. De todas estas instruc-ções teve o chefe da esquadra cóp ia, de modo amaudal-as executar na parte naval.

— Sua Alteza até esta da ta mandou soltar cin-coenta e um presos de Ilumaitá e mais dora ê&

Assum pção , todos emfim que , sem haver possibilidade de instaura r-se-lhes processo, não tinha o culpa formada parecendo lhe, í vista da pouca importân cia dus erimes que lhes erão imputados,sufficientecastigo o tempo de prisão, pois algun s se aeha-vão detidos desde 26 de Jan eiro de 1 867, 25 deAgosto e 15 de Setembro d'aquellé anno. "

No pontão Anna , fronteiro a ba rra nc a de Hu«

m aitá, existião 23 0 presos, noventa dos' qúáeâ tiabãq

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=^3U

respondido a . conselho do inve st igaç ão, 46 ao degu erra , 9 sentenc iados á mor te esperavão o resul tad o do appe llo ultimo , 1 expulso do exercito nãopo dia ser., solto pela necess idade da resti tuição dece rta somm.a, e afinal 92 esta vão á.e sp era dê p ro cessos que ou se hav ião extra viad o ou nun ca t inh ãosido ins tau rad o! . E ntre èstès úl timos deu-se o m aiornumero de • soltara- -: com tudo aq icllss que, -em*

l)ora sem processo, estão indigi tados em crimesagraves, como m ortes, ferimento*, etc , forão en tre gues ág-ia rdi j do exerci to pa ra que se procurassem ,por Jnforma ;"i ;s nos corpos, meios de regularisar oandamento do^p ipe i s de aceusação . En t re t an to a '

-dissolução de m uitos batalhõ es, e a freqüe nte pa ssa gem de p raças de um pa ra oa tro e i / p ^ t o r a à o fact ível o não conseguimento de ta l resul tado, no qual

caso terão os a.ecimd os de ser soltos, pelo 'prino piosag rad o q ic desobriga de pena a ju di e cuja cu lpa bilid ad e não pôde ser pr ov ad a. ">'

E m relação aos que se achão já debaixo da. ae olode conselho de ga cr ra ou d ; inv estig açã o, foi da daordem pa ra que se procedesse com a m iio r celeri dade , funcoionaudo constantemente em Humai tádons con selho ^ um com a presen ça do aud i tor for

m ado, out ro , pa ra o-* cr imes leves , semaquèl la autor i d a d e .

QUINTA FEIRA 2 9.

. O gen eral MUre,. veio vis itar Su a Alteza e fa ll ar -Ihe cm um eoufl.ctj havido na noite anteaadénáe

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en tre soldados brazileiros e uma gua rda arge ntin aque ficou cora dous soldados seus feridos. A tal re speito j á o chefe de estado-ma ior do exercito a rge ntino officiára ao offioial brasileiro de igual categorianarrando o incidente e pedindo providencias imme-di ata s pa ra o castigo dos deslinquentes e repre ssãode factos idênticos para o faturo. Foi logo resolvidaà syndieancia minuciosa d ;ste acontecimento,saben-

do:

se no entreta nto, pela p arte q ie delle dera o encarreg ado da policia, ter ficado de nosso lado umSoldado mal ferido.

O me^mo general eatragoit ao commandante erachefe cópia d'uns autos quaelle mandara organisarpara comprovar as atrosidales attribaidas^ a Lope»e propôz também dar-se aos membros da comm issaode vendas autorisação para mand arem apprehen-

der os productos oecultos em cas as sas pe ita s qu©Scrião revistad as em devassas xlom iciliarias,

— O passado paraguayo ramettido do Roíario dchamado Bernardo Baregas declarou em sen depoimento ter sido encarregado de arrebanhar gado emítacuru by para leva-lo á C ordilheira onde se achaLopez, decidindo fugir pa ra o lado brazileiro por es

tar convencido de que teria de supportar vidamais penosa entre os seus do que apresentand o-sgde motu próprio. Fora peão de Carrilho, tio deLopez, na estância de C atiguá e posteriormente emítacuruby, de oude sahira no dia em que ahi tinhãochegado sessenta homens mandado? por Lopez parareférçar a columna que existe na zona limitada pelorio Jejuy e nas immediaçôes da villa de S. Pedro, a

seis legoas do Paraguay e a dez do Rosário, forçacomposta da gente cham ada, ha tempo3, d» lin ha

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"do Apa e de pa rce llas que èm d iversas õccasióVs

para lá têm sido remettidas. O exercito de Lopeímonta, segundo seus cálculos, de c in co 'a seis milhom ens, com armam ento estragado e nãosufíiciente;o municiâm ento de boca dèVe ser máò por issriquè asfamilias de Santo E stanisláu e do norte soffremgrandes misérias, tendo sido todo o gado das margensdo rio Aquidaban , è do departam ento* da Conceiçãotangido para os campos de Varella e Tacuacorá

no districto de Ajos, ao principio em pontas de mila duas mil cabeça-s, hoje tão somente de cem ouduzontas, de modo que as várzeas de Ibir acap á, aosul do R osário, onde outr'o ra a família de Lopeztinha muitas rezes, já se achão quasi completamentedesprovidas. Accrescenta que é geral entre os paraguayos o desanimo, sabendo-se já da occupação daAssumpção p elas forças alu ad as ; comtudo existe

sempre grande terror e ninguém ousa dizer pa lav raalguma contra o domínio do dictador, de cujas atrocidades nada pôde asseverar .por achar-se arredadodas povoáções, entretanto tem ouvido contar que amãe de Lopez foi desterrad a com duas filhas e Vc-riancio Lopez para Ajos, depois da execução de algumas pessoas de sua família. A cava lhada e egua-

da de toda a parte do norte forão levadas á estânciaIguaZauri, na margem direita do Manduvirá-Ihii,bem que estivessem n'um estado de extraordináriamagreza.

—D e.Assumpção veio p articipaçã o de que dos ca-vallos remettidos de Buenos-Ay-rese recebidos a 19do cadente mez n'aquelhi cidade, forão 1 20 entre gues ao general Castro, commandante da força orí-

5

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ín ta l, 1 21 mandados á columna do R osário, existindo 99 aind a a espe ra de* destino. O vapor 16 daA br il trouxó-a posteriormente 1 73 outros que todosforão enviados ao R o3 ario, de m ane ira que lá d« :

• yen» existir 294 anim aes chegados de pouco,

SEXTA FKIRA 3 0.

D as informações colhidas a respe ito do confliotoentre alguns soldados empregados na policia doacampamento e uma guarda argentina commanda*da pelo tenente Palaviecino, do qual resultou o ferimento leve de dous soldados e um grave de outrod a q u e lla nacionalidade e de um dos. brasileiros,chegou-se ao conhecimento de ter-se elle armado ás

li horas da nouto por haverem querido três praçasargentinas, de volta do Gommercio, penetrar em umrancho ocoupado por uma mulher cujo marido, noaçto de se oppôr a essa violência, levara dous tiro3de revolver. Acudindo então os soldados da policiaaos gritos e barulho , forão persegu idos t»s pe rtu rbadores até recolherem-se a um piquete argentino oqual, sem mais averiguação, cahio logo sobre os nos->

8os, dos quaes prend erão um , a quem ferirãomortalmente, escapando-se os outros com graudcidificuldade.

O distúrbio teve pois origem pelo facto de vagarem á deshoras nas rua s do eommercio bra sileiropraças do exercito argentino, o mais das vezes ex->

-C itadas por bebidas alcoólicas e imp rudea tes ao»seus ditos e aeçõeS;

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Õ Sr. D . Júlio Vedra retrucou ao ofSeio de coto-municação d'essa devassa, fazendo ver o modo Erre*guiar e altamente offetísiVo poi*qae bavtão profeédidtiros soldados de polic ia, atacand o, no seu dizer, aguarda e proseguindo na perseguição dos delinquem*tes além dos lim ites do acampam ento brasileiro e invadindo o argen tino. Quan to a andarem soldado»

d'aquelle exeVcito fora de seus abarracamentos emhoras mortas, aquelle chefe pa rtic ipa que o Commandante das forças argentinas dera já terminantesordens, para que não se reproduzissem taes abusos,ficando expressamente prohib ida, depois do toque derecolher, a presença de pra ças de seu exercito emcasas do commercio brazileiro.

O movimento geral do hosp ital de AssximpçãpJdura nte o mez de Abril deu o seguinte resu ltado:

E xistíão. . . i : ' 734E ntrarão . . 1 ,035

D 'esses i

. .

- .}

Ausentarào-se. 1 l * ' ! 1 lFalleeerão. . * :Transferidos para o Brasil :Forão curados

ê w •

• " » *

-'•

1

± j t U È J

755

12691 7

Ficão pois existindo . . . . . . 664

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— 3 6 -

t ) mapp a demonstrativo por arm as das' de ser^ções, apprehensões e apresentações de desertores,durante o mez de Abril, è o seguinte:

OS.

-ocs

=3

sa co

-«c

tx .

V

o

sea

ea.

<;

Differenqa

nos corpos.

mas

««c.

*

1«ed

&Corpos affectos

HO Comnianeloem Chefe .

Bat. ele en gen heiro s.Brig. de art i l ha ria.

•.Corpo de transporte..S r rama

,* Corpo ele E xre re i to ,

.' Corpo de E xe rc i to .

Cayullai-ia.Infantaria.

Somma ,

Caval lar ia .Infantar ia .

Somma.

Somma Total

1 1

42428

~ 242U

8 3

1

1. \

9

3

~ 11~ 8

1 2

11

~ ~ í23

4

,

1 0

Too

_2124

I3 5~33

07

< * * .

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C À M P A 1 H A D O M R A G U À Y .

Côntmôhto cm <t\)cft òe 0 . %. o 0 r .Jítarcdjal òe Kíxtxáto.

C O N D E D ' E U ,

M A I O .

SABBXDO 1.

Por telegram ma de Assumpção recebeu Sua Alteza noticia de ter descido a expedição do Man

duvirá. O inimigo em numero superiora mil homenstentara cortar a retirada dos navios com correntes,torpedos, vigas e trincheiras artilhadas. Ficarãoprisioneiros dous officiaes paraguayos um dos quaesajudante de ordens e alguns soldado?,além da perdaque parece entro elles ter sido consideráv el. £)eno?so lado houve alguns feridos e tão somente ummorto.

Correu em Assumpção como certo que nocaminho de S. Lourenço para Cerro-Leon haviàosido atac ada s algum as carroças ou carretilhas pa rticula res por uma força composta de 25 a 3 0 infantes e 8 a. 1 2 -eavalleiros, gente no principiosupposta pa rag na ya . Apenas Sua A lteza soubedesse boato, fez pa rtir em direcção ao ponto in-

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L _ 4 0 -

dicado uma partid a de 50 homens de cav allaria ,cujo commandante nada poudo colher de preciso

a esse respeito.— D a C orte chegou o.v ap or Wernecfe trazendo

400 volumes para o exercito e alguma carga paraa esquadra.

DOMINGO 2.

D e Assumpção aununciou se a chegada do vapor Annicota que conduz de Humaitá 1000 praçassab idas do hosp ital e trem bellico, assim como ado Presidente que traz de Buenos-Ayres uma locom otiva, seis w ag õe s e fios electricos pa ra o te-,

legrapho.D esde que' as forças havião deixado a cidadede Assumpção, funccionava na via férrea uma lo

comotiva pequena e já em máo estado que foraencontrada na estação daq uella ca pital; posteriormente com a con tinuação de serviço foi a calde iraestragando-se cada vez mais, de modo que quasiinservivel se achava , quando começou a trabalhar a

machina que os argentinos tinhão mandado buscar.Fez-se então ao engenheiro da força alliada

proposta do englobamento das duas administraçõesem uma única, pela necessidade de formar umasó direcção á qual tocasse o cuidado da conservação da estradi e reparação dos machinismoscom o ônus do transporte de todas as cargas epessoal dos exércitos, proposta esta que foi re-

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ousada, continuando a primitiva locomotiva, rde»

pois de novos concertos, a fazer suas viagensdiárias até Luque e Juquery, bom que desarranjo?freqüentes á cada instante manifestassem a urgência de prompta' substituição.

A nova locom itiva veio, pois, em tempo preencher faltas que ião a dar se irapreterivelmcnte notrafego, qfrando toda a regularidade tornava-se precisa afim de impedir desastres provenientes do não

unifo me andamento dos treu*, cuja3 horas de partida e chegada devião ser perfeitamente combinadas em viagens que se faziâo n'uma linha detrilhos simples.

— A respeito do3 reiterados pedidos do comm andante inglez Parsons, S ua Alteza (foi ter comgeneral Mitre que concordou em despachar-se umparlamento até Patin > euê para entregar nas li-

tf has paraguaya s os papeis trazidos de Buenos-Ayres por aquelle eommandante, ficando comtudoá vontade do Senhor P ríncipe determinar o dia desua remessa.

Os generaes. decidirão ainda, m anda r explorações de cavallaria até S Loureuço e Itá com ofim de revistarem diversos depósitos de couros eflólas que, naquelles pontos, consta ex istirem .

— Das partes remettidas da esquadra tirão-se.os seguintes e interessantes episódios que se de-rão na descida do rio M anduvirá pela nossa esquadrilha.

Como aciiu i fica dito, inte rná ra- se ella quasiaté perto de C aragu atahy em busca dos vapo resinimigos, e, em conseqüência da baixa das águas

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e sobretudo das fal tas no fornecimento fora obri-

geda , no d ia .27, a em prehende r a vol ta , na ve gando em revez, p>r não poderem os monitoresv i r a r e a p r ô a r .

D esde logo em baraços forâo-se ap res en tan do :ora grossas v iga s a t ra va nc av ão o r io , ora e rãoarvo res possantes cuja ram a ach av a-s e ent re sa-chad a de c ipós e herv as p ara enre darem as he-l ices e pearem o seu moviment >. O C eará ia porém

na va ng ua rd a , e sun m arnja l im pav a a corren te ,t raça nd o o caminho aos vapores que lhe seguiãoa esteira . E m todo o dia 2 8 , navego u-se a ju sa nte com toda a força a vêr su ficava tra ns po stoo passo de Quaniyó, emde as lancha-s, na sua volta,ha vião já soffrido fogo de cu ír in eb eir am en to s;com tudo a noi te calu o, e só no dia sc guinlc pelam an hã é que se cffectuou a pa ssa ge m . O passo

fort i f icado com uma bateria a barbeta de duaspeças , unia grande t r inche i ra gua rnec ida por mi le cem ho men s, t rês cabos de m an ilha sus tentad os'em ca r re t a s com v igas e a rvores a t r aves sad as ,formavão abi u m a defesa resp ei táv el . A inda é oC eará que abre caminho: ava nç a a todo vap or ,estaca por momentos pela resistência dos cabos,rom pe-os porém , corta com seu choque as ra m as

en red ad as e , m ais aba ixo, espera sobre rod as seuscompanhei ros de penosa v iagem. Esses debaixode fuzi lar ia não se fazem espe rado s; dous torpe dos , que o iu im i g ' l ança , não a r reben tão , e t oda aesquadri lha se reúne, deixando longe as fort i f i -cações do terra .

Muito t inha-se já conseguido; m ais se tentou O

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Com re su lta d o feliü. S ub indo a flotilha com tod aa ousadia a correnteza do r io que tanto custaraj á descer , chega a alcance de bom bardear a t r in cheira inimiga e vendo que os pa rag uay os abanrdon avã o suas posições, imm ediatam ente tenta umdesembarque de 80 homens que conseguem aprisionar dous officiaes e três praças, cujos nome3são os seg uin tes :

Tenente de mar"nha Ângelo Fernandes .Alfercs VictoriuO E sca lo.Sar gen to Victorino Vas [uc°.Marinheiro Agost inho Ort iz .Soldado de cava l la r ia Juan Flores .- A esquadri lha de então para diante desceu o

rio a 'è a sua fóz sem m iis acc iden te. A per daque soffren foi de um único homem, tendo so

mente seis feridos, entre os qnaes o bravo rría-cbin ista Júl io R aposo de M-l lo merece pa rt ic ul aratten ção por ter sido dua-i vezes tocado por b a la ,extrahindo co m a pró pria m ão o primeiro projeçt i lque o offendôVa.

Os prisioneiros dizem que em combate haviãoperd ido o cap itão Lopez ficando g rav em ente ferido seu im m edia to. O a c u n >ameuto do diotad or

Lopez é cm Ascurra e acçrcsceníâo que em C aa-cuj è já funeciona regu lai m :nfe a fun lição de pe ças de a r t i l h i r i a e que o m nis tro am er icano r j -síde era Pe ribeb ay, indo sontai ia l injnte vis i tar opres iden te .

— O Sr . G. I . P .u so ns , comm andante do na vio inglez Beacon, d i r g i i novamente a "Sua Al-tezo um offício st b re a u rg tuc ia cm que se v ia

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de i r ent reg ar um a car ta d i r ig ida por Lord C i a *rendon a D . Luiz C am inos, ca r ta que , pe la de»mor,á , e l le remetteu ao com m and ante em chefe p a r ater aquel le dest ino.

S E C J M D A TEIRA 3 .

Pe la m anh ã, o Sr . gen eral M itre veio ao qu ar telge ne ral e assigno u o acoordo qu e, sob seus olhos,redigio Sua Alteza relat iv am ente a exp loração (piede '. 'ia i r ar re ca d ir os pro lue tos existen tes fora dosacam pam entos , par a cuja comm issao ve io , durante o d ia , tom ar ins t rucçóes o com m and antedo regim ento do ca v al la ri a S-m M ar tin , òfficialq u e foi se enten der com o com m and ante do 2«3

corpo de exerci to.— O pa ragnsyo Faus t ino Gon^a lez , so ldado de

caval la r ia c um dos passados mandados de I lumai tá ,respondeu a interrogatório e depôz que viera deBon by, perto de S. Pedr o, sete légua s pa ra cá doP ar an á e c inco de T ebicu aryg uaçn , onde se acha vacom algun s soldados m ais ao m ando do chefeMantfiúdo; a tr av es sa ra com cinco com pan heiro s aspov.oaçõés de serta s de S. T hia go , Y abebi t i e Pe dro Gonzales e se apresentara em I lumai tá . Nadadiz de im portan te e tão som ente q ue, da v i l l ida E ne am aç ão , havião fugido os cento c v ir iteh/ imcns de guamição, apenas se aproximarão dousínconraçados por aqueJles lados .

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— T endo no d ia 3 0 do nn z próximo passadoO ^coronel e»earreg. ido da pol icia dos acampamentos Fe rre i ra da Si lva dado par te que naqu el led ia uma pa r t ida pa rag uay a hav ia a t acado umascarroças pa r t i cu lar es , per tencentes ao a rgen t inoGeflnaro Molina, as quaes t inhão ido buscar -ólaíe couros em P o^ta -Ibicu á , debaixo da protecçãode um esq uad rão de ca va l lar i a bra si le ira do e.orpon." 1 5, apez ar de não se terem expedido ordensa ta l respei to, Sua ' Alteza depois de tomar asproviden cias ac ima exa rada s , mandou ind aga r dofacto e con cluio, por terem sido po up ado s os peõese carroc eiros, que a fsrça atac an te não devia sercomp osta de pa rag ua yo s, e sim de desertores dosExércitos all iados que formão uma espécie de mon-íoneria nos arredo res da cidade de Assumpção e

jun to a s ba r rancas do r io Pa raguay .O pouco cuidad o que houve na imm ediata in

da ga ção d 'este acon tecimen to, deu lu ga r a certasm edid as , um as dem iss ionár ias , out ras de repre-hen são pa ra diyers os ofSciaes, ficando preso3 umten en te e um ai feres com prom cttidos na s revelações dos pa isanos es t rangei ros .

TE R ÇA - F E I R A 4 .

Por ordem de Sua Alteza, dir igida no dia 2ao .general com m au dan te do 2.* corpo de exe rcito,procedeu se a um a exploraç ão na direcção do povoado de Laugviá e simultaneamente outra no rumode S. Lourenço.

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O reconhecimento sobre I tauguá foi fe i to povcíuas fracçõts da columna, uma das quaes seguiopara aqnel lc ponto, iudo a outra polo t r i lho deferro a:é a ponte de Patino -ci-ê, perto da qu alb i furca-se a es t ra da , E rão c i las com postas dos*dous corpos n. ' 1 9 e 21 de ca va l la r ia , dos ba ta lhões n . 10 e 5 0 do inf an tar ia e i ma ba ter iado 1.° r eg im en to de ar/ . i lha ria, e ião comman,-

dad as pe lo coronel João Nu nes da Si lva T av ar es ,levan do os engen heiros ca pi tã o C atão R oxo e 2.°tenen te Jor .rdan , que em seus t ra balh os deviãoser a judados pelas informações do m ajor v aq ue an oCespcdes que servia de guia .

A segunda columna, cujo rumo pr inc ipa l e rapa ra Sul , leva va o 5.° corpo de ca çad ores á ca-val lo, um bata lhã o de infantar ia e du as peças de ;

ar t i lh ar i a e seguio ao m ando do coronel Ben toMart ins de Menezes.

O 1.1 corpo de exercito ficou de sobre aviso parao caso em que o inimigo se apresentasse em massae procu rasse incom m odar ou im pedir os reconh e-mentos .

A pr im eira columna chegou ás 9 l j2- ho ras da

manhã sem inconveniente a lgum á I tauguá queencontrou deserto e retrocedeu ao meio dia dest acando uma pa r t ida de cav a l l a r i a pa ra exp lo ia rconí os engenh ei ros o caminho que , d i re c tam entedaquel le ponto , par te pa ra Areg uá sem dar vol tapor Pa t ino -c iè A força de j ro tc eçã o qr e , noent roncamento das es t radas , f icara a a judar omovimento a b r e I í a r& uá , t rocou com as av anç a -

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das paraguayas tiros de guerrilha durante a qualo 2.° sargento G.ildino da Silva, precipitando-sesobre um piquete, matou-lhe dous homens. D e nossoJado houve só ferimentos em cavallos.

QUARTA FEIRA 5.

Ao comm andante de Assumpção rem etterão -secópias do accordo feito pelos generaes allia do sa respeito dos produetos existentes n aquo lla cidade e que deverão ser apprehendidos por não terem sido denunciados e da creação da commissaosubsidiaria destinada a arrecadar os cbjectos paragu ayo s que se achem em depósitos affastadoa dacapital.

QUINTA FEIRA 8.

O Sr. chefe de esquadra communicou a Sna Al»teza que havia pndiibido a sabida de navios carregados dos produetos do paiz ou de gêneros tirados de Assumpção sem prévia licença da commissao 1

enc arrega da de vigiar sobre a existência d'elles,.c recebeu ordem para de ixar sah ir aquolles obje-*;,ctos, cujos proprietários provassem tcl os compradoá commissao internacional incumbida da venda)dos despojes inimigos.

—• Pa rtirã o da van gua rda dous esquadrões decava llaria pa ra precederem o capitão Rocha Oso-'>rio, que em caracter de parlamentario foi entregar

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^ 4 8 -

os ofícios da.legâçã o ingleza, e o próprio comman-

flante Parsons que levava a bande ira de sua n a-jjao alçada, como ped ira, ao lado da do parlam en to.A diligencia só á duas leguaes de Patino -cuê éque poude transmittir aquelles òfficios e á noutiuhttvoltou para Luque.

— O comm andante da columna que fora explorar campos pelo lado do Sul até a barrancade S. Antônio, junto ao rio Paraguay, participou

ijue chegara a C apiatá ás 8 1 (2 h oras da manhã,a Itaug uá, para a banda de E . ás 3 112 da tarde,'Voltando, no dia 5, por Itá, onde só encontrou 147solas cortidas que vierão trazid as em galera s e se guindo até Santo Antônio e Santo Ignaeio, semnunca achar signal de inimigo.

SEXTA FE IRA 7.

D iversos telegram m as, annunciando uns a chegada de vapores de Montevidéo e de Buenos-Ayros

Outros pedindo ordens e transmittindo disposiçÕMde detalhes, são remettidos de Assumpção.A teleg raph ia tem prestado excellentes serviços

e trabalha incessantemente, sendo raros os desar-ranjos nas machinas electro-magneticas ou na linhade fios que a ac tividade do official engenheiroimmediatamente dispõe, utilisando-se dos postes

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" - 4 9 - S

deiSados pelos paraguayos no seguimcnto- da- es

trada de ferro (I).

SABBADO^Í

Sua Alteza fôi á Assumpção e" visitou com mí-flnciosidadè os luHpitaes o repartições; voltando ás6 horas da tarde. Acha-se cònrmíindàtrfio aquell»praÇa o coronel3 ParanHòs que subs titu irá ao CO»

*ponel Hermes da Foaseea;

A íé'as linhas dá- vang uarda inimiga, forão racom-panhidos docapitão i>9orio,o ehefei dê estado maioráa força na va l-do s E stados Ua idoi e* um oflicialda- mesma marinha, os qúaes regressarão á noite.

D oiiixco 9.

Sua Alteza particfpoa aos Srs. generaes Hitre e

C astro que, em virtude d a resolução tomada pelo»representantes dos governos alliado3 em Buenos-Ayres ecom man icada pelo enviado extraordinárioe ministro plenipotenciario em missão- especial de

. (1) E ste s postes sáo de H áp ^f iro u pão de arco, fãciàdos nasapproxiuiageíes das cidade s; algumas ve zes sáo simplesm ente de

í carandá. T odos el l es csl ào M ilhíáiiiente ~ fincados e algunsconservavàu aiiídá os seus isuladores; Em diversas. esUfjoe» fora*

«açontradts grandes rolos út fi»s.

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"i-SO-a

Su a M agestade o Im perado r do BrazTl no Rio dá

P ra ta , havião seguido com. um pa rlam en tario brftiz.loiro aíé OÍ piquetes inimigos sitos além daponte de Pa ' ru-cr.è, no dia 6, p co mm andante'dácanhoneira de Sua .Magestade Britann ica -Beaeon —e no dia 8 o chefe de estado maior da força nava ldos Estados-üu d >s da America do Norte no Sul doAtlântico, e abi fora entreg ue pelo parlam entariabras ileiro na primeira d'essas oceasiões uma casta.official endereçada por aque lle commandante a D .Luiz Cami.nos, m inistro dos negócios estrangeiros íno Paraguay, e na segunda uma que dirigia o rneh-1cionado chefe deestado -ma ior ao general Mac mahon,ministro americano residente no Paraguay.

iío dia e . foi também recebido do inimigo unisacco endereçado por aquelle gen eral ao Sr. \Vor-

th tíg ton ministro dos E stados Unidos em Buenos-Ayres e immediatam mte remettido ao acima referidochefe do estado-maior.

D eclarou por fiai o Senhor Príncipe que nem umpsm outro d'esses offipiaes de ar m ad as neutraes ha*vião penetrado no acam pam ento inimigo, devendoelles apresentar o seu-pedido a tal respeito, se tiverem esse desejo.

E m additum ento a este ofi)cio,foi aos mesmos chefes communicado que nas linhas avançadas brazilei-ra-s fora entregue por um parlamentado paraguayo,um í.fficio da legação dos E stados-U nidos dirigido ao.comm andante Fr an cis M. Kam sag , chefe do estado-maior, oflioio que foi logo en tre gue /te ndo sido opa rlam en tario recebido, com todas as formalidades.

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SEGUNDA-FEIRA .1.0;

Ao cônsul do B razil em Assam pçao e ao conselheiro Parairhos forão rcmcltidas cópias do accordodosgen eraes alliado s acerca dá consulta feita pelotribunal administrativo daquelli cidade.rclativa-»

mente á posse de propriedades pertencentes â mulheres que estejão retidas em poder do inimigo. E ssaspropriedades ficão por ora garantidas áquelles queprovarem ser parentes chegados á ellas ou .tenhã o v

algum documento que lhes perm itta o usufructo.

Sua Alteza foi ter com o gene ral Mitre pa ra ap resentar á sua as-signatura a convenção relvativa aotribuna l intern acio nal, recebendo, poucas horas de»pois,ia visita d'aquellc general que vinha em Com-

v p a n h i a do Sr. Hopkins fallar sobre uma pretençãOdesse americano, o qual deseja montar, umase rra ria no Chaco e precisa licença do commandante em ehefe brazile iro,por isso qiae a policiados rios pertence a nossa esquadra.

— Attendendo ás continuas incgu-laridades e de

sacatos ás propriedades paragiayas, p.oduzidospelos numerosos vivandeiros que acompanhão osexércitos alliados e que se desmandão sob o influxodo espirito de ga nân cia, Sua Alteza mandou prender diversos indivíduos implicados na questão Mo-lina acima referida, sendo logo embarcados paraMontevidèo três delles e ficando os outros, depo is deconcluírem o tempo de prisão que lhes fora determi-

fiado, debaixo das vistas das autoridades.

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^Só ao Fe ch o, dos Morros receber ahi a mala dà«capital da província e de Corumbá.

•SEXTA FEIRA 1 4.

Ao presidente da província de Mato Grosso com •

•muriicou Sua Alteza que as forças existentes n'a que lla•capital, achando se debaixo do seu commando, de-v ião , quanto ante?, se mover em direcção ao Sul,Ceando « mais forte dos batalhões ao Fecho dosMorros para substituir e ba talh ão de pontoneiros•que aetuaimante lá se acha , e seguindo o restoda •columna até Assumpção onde v irá formar um«corpo de reserva.

Ficou também rpcommmdada a remessa de todoo material di hospital (l)das bocas de fogo raiadas,c correspondentes petrechos, sendo embarcado tudocom brevidade nos vapores que estiverem disponíveis. Algum offieial de enigenhairos actualnrmleem C uyabá, deverá vir conc luir as foríificações iniciadas no Fecho dos Morros.

— A's 6 horas da ta rde voltarão de Ascurra oidous offleiaea amjricanos qie tinhão ide» procurar ogeneralM ac-mahon; a preseatarão-se ás nossas l.uhas

t i) P ediráo-se os «c acol et s» que se achassem em deposito;dosque hariáo si ló,do ponto dos B^húsmandados para a capital pelaexpedição de M ito-G iosso . O s «c ac ol el s» , invdnsjáo do B aráoLaiey na campanha do Egypto e o melhor meio, nas uüimas ex-pe di sae s d» sul da A rgélia na Kabylia (1816) para a cond uecáodos feridos e doe nt es, provarão muito bem durante a diut uiná

marcha daquella forga que, depois de uma viagem de doos annose meio pelas províncias de .S. P aulo, G oyaz e M ato G rosso, in-vadlj o Ntirle do Paraguay,

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de Juque ry, acompanhado de um piquete paragu ayo,havendo deixado Lopez em seu acampamento ásG horas da manhã . D izem que vierão por caminhospéssimos e (pie tiverão de atravessar um rio bastante profun Io no limite dj uma extensa e bellaplanicie dominada em toda sua vastidão pela casado dictador.

R etirarão-se pa ra Assumpção, ás 9 horas da

nonte, por um trem especial que Sua Alteza mandoupôr á disposição d'elles.

f A B B A D O 1 5 .

Sua Alteza oficiou ao commandante do 2.° corpode exercito communicando-lhe que n'aque lla da tapassávão a ficar sob seu commando as forças presentemente estacionadas no Rosário bem eomo a 2.*divisão de cavallaria, commandada pelo brigadeiroJo^é Antônio Corrêa da Câmara, devendo ser a estegeneral determinado que com a columna do Rosário

reforçada da 6.a

brigada de ca va llaria , de um batalhão de in fan tar ia, e de duas bocas de fogo do 4.'corpo provisório de art ilhari a siga a bate r ou aprisionar as forças inimigas que,pelos depoimentos dog

passados e prisioneiros,consta existirem na margemdire ita do rio Jejuy e n a d e seu afflnente Aragu ary,no lugar por uns denominado Sargento Lomas, poroutros T up ipuy tan, e que se achão completamente

separadas do grosso do exercito do Lopez.è.' esta columna acompanhará o tenente-coronel

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Chodaiiewicz o qual ultimamente fez uma exploração a certos pontos do rio Jejuy a'é acima do poftode S. Pedro e que poderá dar boas indicações.

O commandante da esquadra teve disso conhecimento para que pozesse a disposição da forçaexpedi-cionaria os navios disponíveis, funcoionando desdejá no traueporte o vapor Itapicnrú e uma chata.

A columna cfYeotuará seu desembarque no ponto

mais conveniente para colher de sorpresa o inimigo,ou na margem do rio Para gu ay , acima da foz doJ'juy,ou na direita deste rio, seguindo sem demoraao «neontro da força paraguay i, á qual procuuaráacnrralar na confluência dosdous rios Jejuy e Araguary, cortando lhe a retirada e mantendo sempreillesa a linha de comm unicação com a flotilha, quesubirá acima do passo Coqueié.

Concluída esta operação, cujo fim é também 1'ber-ta r as muitas familias que por aqu ella zona se ^ ê nain da sujeitas aos caprichos de Lopez e de seus coin-mandados e á qual portantodeverá presidir completoespirito de conciliação e prudência, no3sa força retirar-se ha para um ponto do littoral do Paraguay,podendo o seu commandante regressar logo paraAssumpção.

— Aos generaes alliados communicou Sua Altezaas differentes idas e vindas dos ofliciaes iuglezcs eamericanos ás linhas pa rag ua yas, tendo ficado emseu poder differentes carta s abertas e dirig idas a•ubditos ingleze-s, as quaes deverão ser era pccasiíioopp srtuna rem ettidas, com exclusão da qu ell as quetiverem endereço para iníivid uo s que se achãO voluntariamente em companhia de Lopez.

Na volta a este acampam ento , os ofíieiaes jfmerl»

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canos declararão que tínhão levado ao gcneraf Mnir*-

raahon,. m inistro, residente dos /Êstadtis-Unidos aparticipação dè sua demissão e jue naqaielles diaspróximos sahiria eliè de Ascnrra para dirigir-se á-Assumpção..

— Q Sr. general Mitre veio ao qua rtel-gene ralípedir a Sua Alteza revogação dá^ordem que recebera-o commandante dá.guarnição dè Ilumaitá para imped ir a livre passagem dê gado entre o Passo da*.Pátr ia e o rio Tcbicua) y; fundamentando tal pedido •

na impossibilidade que tinliáo os seus fornecedoresde transportar por água rezes em vapores presentemente dtssarranjadòs.-

Come- meio dè sanar difficuldàdes dè momento oprovisoriamettte r foi co nse ntid as suspensão da m e dida a nterio r, devendo,, aptmas removerem se osobstáculos actuae sj, ser posèa novamente em e x e cução..

E m segu ida,.aquelle generaL partjcfpou quü-iaamudar de acampamento, avançando para Juquery^facto que não soffreo contestação , v is te como Sua•••Alteza fez também presente a sua resolução de mar-rchar com brevidade...

O commandante de Assum pção-em-telègramm a'

annunciou que na altura de- S. Lourenço fora ata-cada uma ponta de gado de João Apollinario, vindado Passo da Pátria e destinada á esquadra, por ura;-bando armadoou inimigo ou _ formado de. desertores,o qua l en tretanto vio-se frustrado em. seus intento»-pela i?esolução.d« capataz e dè dua gente.

Nãosó n 'esseponte,mas ainda namargemdoParaguay, tem se dado de sse s attenta do s. Um botetripe -

lado por qua tro homens, tendo se encostado á barra nc a

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do Lambaré foi também repentinamente assaltado,'escapandose um só homem que declarou terem sidoos seus companheiros ou mortos ou aprisionados.

O comm andante da praça* fez sem detença p ar ti*um a força de 2.0 homens com ura official de confiança- encarregado de ir bater as cercanias, da cidade e sorprehender alguns d'esses bandos.

E stes factos tem-se produsido pór vezes : já no

dia 10, havião desapparecido dous soldados do 40.9

de voluntário", apresentando-se depois um que declarou haver sido o seu ompanheiro feito prisioneiro por gente que comtudo não lhe parece pa-raguaya; a 13, officiava o general Castro que tendosé affastado do acampamento ori en ta l, sem licença ,cinco paraguayos da leg ião , ti verão esses que guer-ri h ir contra 20 homens, podendo pôr-se a sa lva

mento quatro e desapparecendo. um que se atirou nos-matos. Foi no meio da gente atacante reconhecidoum alferes prisioneiro de Angustara e que fugirade nosso poder.

Com o fim. de agarrar esses grupos havia tambémo tenente-coronel Coronado sahido por ordem deseu commandante, e ainda não se recolhera, apesarde decorridos oito dias.

E ntretanto para impedir que os soldados se ar-redem em demasia de seus abarracam entos na procura de cannas, abóboras, etc., de roças paraguayasabandona das, a.-qual, m uita s vezes os expõe pelanatural imprudência aos golpes do inimigo, SuaAlteza deo ordem aos commandantes de corpos deexercito para que prohibissem terminantemente ássua s praças o affastarem-se além dos limites mar

cados pela boa audição dos toques de com eta:8

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E sta me dida, immediatamente posta em pratica,fez de prcm pto dim inuir o numero de deserções,as quaes figurando como tao«,á-s mais das vezes, nãodependiáo da vontade do solda Io, mas sim da morteou do aprisionamento d'elies, por pequenas pa rti das emboscadas em raatag ies, c longe dos acampa*mentos.

DOMÍNGO 16.

Por Luque passou ó brigadeiro C M T Ô " da Câmaracom a columna que vai operar contra o major G a-leano, nas margens do rio Jejuy.

SEGUNDA FEIRA 17.

D e Assumpção ve-m parte do hi ve r-se dado prin cipio aos trabalhos de fortifíc iç to quo Sua Altezadeterminara, favnd-i-so em d versas ruas tran queiras com plataformas para artilharia num pe-

rimet.ro que comprehende os deposito^, fica «tiopon'm fora <iV lie o hospital e a estação da estr adade ferro que hão de ser d o fe iid dn por obras acces-•sovias. As trindheiras abertas do prino :pio e nãorevestida s tinhão se abatido-d epois-d a feirte temporal acom panhado do ch uva , dei 13 de modo quoencetarão-se outras, feitas com .mais regul.-iridude ecuidado.

<0 chefe do estado maior da c-'quadra comm unien,relativamen te ao embarque da• expedição de stina di

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ao R osário, que os vapo res, transportes c .chatas carvregarão a ca va llar ia; o Silvado, a infantaria, e Q

Henrique Martins a artilharia, devendo ficar tudo ábordo hoje de tarde, para que parta, amanhã aoalvorecer.

A ' noute, um telegramm a de Assumpção trans-.m ittio , a pedido do general C astro, a , no ticiade que o tenente-coronel Coronado, a frente de 80homens d irig ira se ao estabelecimento do Ibicny dafundiç.io de ferro, onde cbegára com felicidade,-fazendo ahi cento e tantos prisioneiros ; resgataraoitenta e tantos homens do diversas nacionalidades,e trouxe'a para cima de cem mulheres e crianças.Annuucia elle.p rém,que forças maiores vêm ao seuencalço, obrigando-o a pedir reforço o qual, na verdade, foi lhe dado pelo batalhão orie nta l n.° 24 e80 homens nossos de cavallaria, que logo seguirãoao seu encontro par a os lados de Santo Anteinio,.saliindo também de Luque a brigada comm andadapelo coronel M. de Oliveira Bueno.

TEUÇA FE IIU 1 8.

Sua Alteza recebeo, pela manhã, por um ajudantede ordens do general Castro a pa rticip ação offiçjalda expedição do tenente-coronel Coronado, a qualfoi communicada ao general Mitre que ainda denad a tivera noticia e que se acha va de visita»'aqu elía òccasião. *

—D e Assumpção veio parte que recolhera se hpn*tem a diligencia que fora bate r as proximidades dacidade e destruir a canoa que ficara junto a ba rra nc a

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do Lambaré, e que foi abandonada á correnteza pornão ter-se podido inu tilisa l-a por falta de meios."Virão-se vestígios de cavalleiros e de homens a |èem numero não totalmente insignificante, o que ob.i-ga rá a mandar pa rtida s fortes e freqüentes, bemque a natureza do terreno, todo cortado de ba nhado s,difficulte bastante essas explorações. Um biazik-iro,morador nessa paragem e vaqueano,fieou de avisard i oceasião próp ria pa ra um golpe de mão que inu-

-tilise a esso3 troços de inimigos ou de malfeitores.

— A expedição do general Câmara tem sido emba rcad a com toda a presteza, e aunu ncia-se que sa-hir a do porto o ultimo navio carregado de gente.Seguirão 5J0 cayallos mais ou mjno*, e o resto dacav allaria não poderá tard ar a ser trans po rtada .Os fornecedores de alfaia, e mantimento.s tiverão

reboques dos navios - do governo. A artilharia comsuas munições c três galeras já se achâo também aIo ido,

— í?otificão-se às chegadas de um vapo r rebocando um navio com 200 cavallos do contractauteGsmes, e do Isabel que traz ela. corte barracas, far-damento e 20 e poucas praças.

— Foi pub licada a ordem do dia n.° 1L dandonova organisação aos corpos de exercito em vistados, próximos movimentos que se vão empr-ehender.O primeiro foi composto da primeira e terceira divisões de cavallaria e da segunda de infantaria: o segundo da primeira d9 infantaria e segunda e quartade cavallaria, que se achão uma em caminho para orio Jejuy e outra rio Aguapehy. Os corpos de arti

lharia ficarão,como antes, constituindo uma brigadadebaixo das ordens immediatas do quartel general^

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è feorganisou-se o 36.° corpo de voluntários que foi•fnrmado das suas antigas praças existentes no 9.-°batalhão de in fanta ria, e de outras que á elle seacharão em outro tempo addidas.

— A parte official do tenente-coronel Hippoly toCoronaSo, dada ao general C astro commandanteda divisão oriental, eommunica que elle sah ira deAssumpção no dia 5 do corrente á frente de 86 ho

mens bem montados com destino á fábrica de fundição de ferro do Ibicuy. Avançando pa ra SE , alcança ra no dia 8, pela manhã, Fra nc a Islã , ondematou sete homens que resistirão apezar de não serem paraguayos, poién sim desertores dos exércitosalliados. No dia 1 1 , chegou á capilla do Ibic uy ,tomando logo de sorpresa uma guarda de 12 homens:

'emfím no dia 1 3 , pelas 7 l[2 horas da manhã,

achou-se defronte do seu objeetivo.A localidade prestava-se perfeitamente á defen

siva, pois por uma garga nta ape rtada é que se penetrav a n'um recôncavo de mon tanhas: sem desan imarcomtudo, a g 'nte oriental pôz \ é em terra e galhardamente sustentou por mais de uma hora fogo defuzilaria, levando em seguida de vencida o inimigoque esmoreceo ao vêr o seu comm andante Isfrancahir nas mãos dos atacantes. Ciucoenta e três soldados, o capitão Isfran, o 2.° tenente Moreno e.al-feres Cacere3 ficarão prisioneiros; 23 paraguayosforão mortos, fugindo o resto para ps matos.

Além de tão importante resultado, ainda maisaug.nent»do, logo depo is, pela destruição de ma -chinas e edifícios, teve o chefe de tão ar ro jada ex

pedição a satisfacção de dar a liberdade a mais de4.50 prisioneiros de todas'as nacionalidades, inelu-

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sive um russo e 3 1 brasileiros, que tra b alh ar ão de>'baixo da cruel pressão do commandante na fun--d iç ã o d e ferro e fabrico de,lanças e ba las, sujeitos;ás mau extremas necessidades e sem esperança de.salvação.

O tenente-coronel Coronado/sonsiderando acrueza,com que sempre se portara o capitão Insfran, e a;mane ira altiva com que recebera a intimação de

render-se, mandou-o passar pelas armas, sendo esse.acto, aliás tão contrario á pratica inva riavelm enteseguido pelas forças aliiadas, applaudido por todosa.quelles que tinhão soffrido os rigores de seu g cn io v

Com todos os resgatad os, em cujo num ero seachão alguns m achiu istas, e cento e cincoenta mulheres, e tangendo um avu ltado numero de reze*voltou a columna, participando de Fran ca Islã , a

1 5,o seu com mandante todo o oceorrido e ao mesmotempo pedindo soecorro por causa da tropa queelle sabia vir em sua perseguição, o que immediata-mente foi feito, como atraz fica dito, tanto da pa rfeda divisão oriental como da do exercito bra zileiro.

— Pela ordem do dia n.° 1 2,teve licença o marechalde campo Guilherme X avier de Souza, com mandantointerino do 1.° corpo de exercito pa ra retirar-se p ar asua província porterem seagg ravad oosh abituae spa-âecimentos,sendo-nomeado p ara substituído n'aquellacommando o brigadeiro Joí.é Luiz Menna Barreto.

— Aos commandantes dos corpos de exercito forãocommunicadas as disposições para a próximamarcha sobre o ponto de Pirayú.

Uma columna, formada da l. a divisão de caval

laria, das brigadas 2.a

e 6.a

de infa nta ria e do re»gimento de arti lha ria, sabirá, a 20, de Luque jm r*

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'dirigir-se á S. a!é S. Louré aço; desviando-sc entãoa E , a 21 estará em C apiatá, a 22 em Itá e a 23 eraPi ray á, onde fazendo se forte gu ard ará a estradade ferro, destacando uma brigada de ea va llai ia onina bateria de artilharia para ir occupar Para-guary, e impedir estragos ni linhi de trilhos.

A columna marcha sob as-ordens do general JoãoM. Menna Barreto, formando as divas brigadas uma

divisão ao mando do coronel Herculano Sanches daSilva Pedra.D urante este movimento que resguarda o flaneo

direito do exercito em sua futura prog ressão, o 1.°corpo, o quartel general do comm ando em chefe, obatalhão de engenheiros, o l.° regimento de ar tilha ria a cavallo, o 1.° batalhão de ar tilh ar ia a pémarcharáo,no dia 22,para o povoado de Itaugu á pela

estrada de Pat h i cuê, gm hand o terrreno a SE . econtornando a lagoa de .Ipacara y. D e Itaug uásahirá uma columna com destino ao Taquaral,

.tomando este ponto de revez, assim como o de Pá-t'.B)-cuè que üca na via férrea e, de volta sobrerseus passos, seguirá pa ra Pi rayá , onde se fará ajuneção geral.

O 2.fl eorpode exercito mover-se ha simultanea

mente eom o-primeiro, depois de deixar guardas nu'direcção de Limpio e Salado para eubrir a capita l-e virá occnpando as posições que forem sendo suç-cessivamente deixaelas, parando cm ponto que lhefôr determinado por ordem partida do quartel ge-»neral em chefe.

Para facilitarlogo o principio da marcha, foi orde na do ao commandante do 1." corpo de exe rcito ,que as forças da. l. a divisão de cava E aria e a

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6.a brigada de infan taria, que ora se achão àcam Jpadus em Lambaré, v nhão se collocar no caminhoque de Luque segue para S. Lourenço.

O commandante de arti lh aria teve ordem par aque o 1." batalhão de ar tilh ar ia a \ê transpozesseno dia 2 1 o arroyo Juqu ery, t irando os anima es deque necessitar para seu movimento de outros corposda mesma arm a e eom p refer enc ia do 4.* corpi»

provisório.

QUARTA-FEIRA W.

Foi recebida communicaçáo do cônsul portugueáí

em A ssumpção, declarando-que se au sen ta tempo rariam ente d'aquella cidad e, deixando o consuladoentregue ao cidadã o M aurieio Gonzaga da C osta.

— Accusou-se conhecimento da deliberação tomadaa 22 de Abril do anuo corren te entre os env iadosextraordinários do Brazil e do E stado O riental e oministro das relações exteriores da republica Argen-tinja em referencia a questão sttscitada pelos minis

tros da Fra nç a e Itá lia , por occasião de quereremos cônsules d'essas naciona lidades em Assumpçãorepresentar seus compatriotas ausentes ou fallecidoaante a commissao militar mixta encarregada dadar solução ás reclamações concernentes a depósitos de produetos paraguayos.

.A respeito do caracter que aquelles agentes devãòte r : junto aos , generaes alliados ficou mantido q

slalu quo.

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Q C I N T A F E I R A 2 0 .

Sua Alteza, ponderando ao Governo Imperial asvan tage ns inconcussas que resultão do emprego dasarm as de ca rregar pela culatra aceitas por todasas potências eu ropéas e já por algumas do continente americano, pedio,que, com a possível brevidade, a commissao de melhoramentos do material

do exercito informasse quaes as experiências a qno,.desde Jane iro de ISH8, têm procedido entre ps setemodelos mais aperfeiçoados d aquelle systema etambém quaes os -speeimens novos que forão por. cilarecebidos e examinados.

— Ao commandante d<> i • corpo de exercito foicommnnicado que, em alte ação ás disposições damarcha de 18 do corrente, o l.° batalhão de artilha

ria fique guarnecendoo ponlo de Luque, deíermihan-âose-lhe também que,depois de encetado o movimentosobre PirayújOS trens brazileiros que seguirem a viaférrea entre Juquery e a cidade de Assumpçãolevem corasige» iõ praças de infantaria, e 40 damesma arma se passarem aquella ponte com destino•os pontos oecupados para diante.

D a prim eira resolução ficou sciepte o Sr. coronel

Commandante da brigada de art ilhari a, o qual temde pôr ás ordens 'o commando do 2.* corpo de exercito 0 batalhão d aquella a rm a, que' deverá g ua rda ra estação de Luque e a porção de linha férrea a té aponte de Ibiray, junto á villa da Trindade.

—A columna dn gen eral João Manoel Menna Barreto pela madrugada eífectuou seu movimento pa ra53. Lourenço, levando instrucções que recommendã»

ao commandante a communicaçáo constante com ocommandante em chefe, por meio de offieiaes d*y

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ÍOtifiançà que.sejão, de todos os pontos importantesdespachados com offioiós relata ndo'os successos quese forem dando em sua progressão.

Sua Alteza tendo logo após partido n'aquelladireeção com seu estado-maior , notou que acauda formada pela grande quantidade de bagagense eargciros occupava a enorme extensão de legoa em eia e offjciqu a ta l respeito ao chefe da expedição

lèmbrando-lhe a necessidade de ohUar tal ineonva-niente em marchas feitas sobretudo por caminhosestreitos e cortados de matos que favorecem os ata-quês do inimigo e cham ando principalm ente a suaattenção para as muuições, cujo lugar mais conveniente fora no centro da columna entre as duas brigadas dè5 infantar ia.

— A esquadra comraunicoa que hontera chegara

o vapor Paysandú trazendo cavallos recebid»* naT ranefueiradoLoreto e ar tilh ar ia em H um aítá. Verapor ella no ticia de ter chegado a <*cu destino o reforço que de Luque pa rtira pa ra a columna de Água-pehy.

SEXTA-FEIRA 21

Sua Alteza, tendo ido -peju manhã vi sit ar ao Sr.general Mitre, declarou lhe a sua intenção demar-char no dia seguinte, levantando acampamento,apezar.da muita chuva que não amainara havia mais.de quatro dias e recebeu em resposta communicaçáode que era por ora impossível ao exerc ito a rgen tinoacom panhar esse movimento que nao era cridotão próximo. Fazendo-se p i n te s porém e sobretudos

cuidando com rapidez na reunião dos.meiosde transporte, prometteo aquelle general dentro de cinco a

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'•e is dias adiantar-se atê Pa tiíií caê, do que da r^iavito com 24 horas de antecedência.

D epois ficou assigaado ura accordó, i*edigido pelocônsul do Brazil ercgulHrisando,por meio de multase medidas polieiaes, a exportação e importação de

'mercadorias no porto de Assumpção.— Sua Alteza foi em seguida á cidade de ,As-

. Bumpção, com binar com o general "H-enrique C astro

*«0bre a marcha e obtuve d'elle a mesma decla ração<|ue a do general E. Mitre: sahindo depois a passeio,1 visitou as diversas repartiçõ es, o novo ho spital estabelecido na casa que pertencera alnadame Lynch, astrincheiras, etc, e, recolhendo ne ao quartel-general^recebeo a. visita do cotam andau te da canhoneira in-gleza que vinha fallar em favor de um cidadãod'aquella nacionalidade o qual obtivéra do marechal

Ca.xtas uma casa de que fora posteriormente desem-possado por decisão d> tribunal encarregado de exam inar a,legalida de das posses de prop riedade s.

A casa não tendo sido oecupada, foi, em attençãoao pedido do commandante inglez,restituidasem quetal favor constitua para o,occupa«te direito algum.

Sua Alteza voltou ás 5 horas da tarde para Luquee achou dous prisioneiros para-guayo$ que a ex§e-

„ diçâo do general João Manoel fizera.• —Ao cônsul brázileiro em Assumpção e presidentedo "tribunal internacional officioü o com mandanteem chefe, fazendo vêr a conveniência que; te ri aaquelle tribu na l, á vista do abandono de Luque nodia seguinte, em mandar tomar eonta das casas' dopovoado, ou, poroditaes, convidar aos proprietáriosdas mesmas a vir occupal-as quanto antes.

— 0 general Pertinho communicoti com da ta da

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^ do corrente, que ás suas mãos hav iao chegado1 os

rçffieios de 28 e 29 do mez próximo pa ssado , nosquâes se acbão exaradas as instrucções que o devemreger; alén disso deji parte.da chegada, a 4 do coivrente.do batalhão n." 1 2 de inf an taria , de uma bateria de quatro canhões com a competente guaruição,cdo recebimento do fardamento e arm am ento pedidooa T ranq ueira do Loreto, tendo ido logo ca rre tas ,cavallos e bois para transportal-os*a Itapúa ond»

toda a divisão deve emprehender a passagem doPa-ra ná i Conforme o ordenado, cem cava llos seguirãoino Paysandú paft Assumvção, não tendo permitfidoa lotação do vapor embarque de maior porção.

— Ao governo imp aria! i-M remetida a nota do?cavallos recebidos desde o dia da chegada de SuaAlteza e distribuídos da maneira seguinte:lVimettidos pa ra o R osário. . . . 3 90E n re g ues ao gejnsral C astro. ; . . 1 20Ao p iquete de Sua Alteza. . . . . 30A diversos officiacs 87Ao l.° regimento de arti lharia. . . . . *29Ao 2.° regimento de a rti lha ri a . . 2 0A' l , a divisão de ca va llaria . . \ , . 43 0A' 2.* d ivisão . . . , ; . 7ty

A ' 3 .

:l

divislo . . . . . . . . . 3 97 ,A ' policia . _ . ' . . . . . . . . . 40Ao 1 0° corpo de ca va llar ia. . . . . .< 40Ao transporte . , , . 3 57Ao piquete do general Polydoro. ; . .' . i tAc* major Cespedes (paraguayo) . . . . . . IAo capitão Saguicr (parag uay o). . 3A d i versos empregados .. ... .. 3.

Somm a. . . , . 2.028

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1

í^Como se ? | , o numero de cavallos íecebidos na §podia senão preencher as faltas mais sensíveis e demodo algum constituir reserva para acudir deprompto ás necessárias vagas na cavallaria, um dosmais poderosos elementos na campanha que vai t eicomeço*

6 A B B A D 0 2 2 .

• O dia amãnhoceo chuvoso, encob erto: sem embargo, Sua Alteza, despedindo-se do commandantedo 2.° corpo de' exercito, *ahio de Luque as 7 i\4horas da manhã e as 8 atrave ssava a ponte de Ju

query, que o L° corpo, debaixo , j a g ordens do general José Luiz Me.nna Barreto,comêçára a transpor:

«parando então«m casa do general Mítré.no seu uovoacam pam ento, deixou que a tropa desfilasse todae depois de longa conferência, dura nte a qual dis-cutirão-se os melhores meios' de provisionamentOpara a força, seguio em direcçáo á Areguá.

A columna ganhara distancia, por isso» Sua Altezapoudo devidameute apreciar o grande peso que abagagem dá á qualquer progressão : mu itas ca rretas, mulheres, bagageiros, cargueiros, formão emverdade uma longa cau da que fica pela mais insignificante circumstancia sujeita á desordem/econtusão.. A marcha dO exercito foi na direcção media de

Sy E . Os caminhos erão máos, resvaladios, cortadosde sangas fundas que se*;tornavão, c<m a passagem

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'dás viaturas de artilharia em atoletròs de difficiltra ns ito . Por todos os lados, porém , os aspectos doterreno são muito agradaveis^e Variados.uão sôsp'eloviço da vegetação 'em ge ra l, senão tambein pelos

; grup os vistosos de lara ng eira s e limoeiros] querodeião as 'palhoças do lado direito da estrada.D a pa rte orienta l estendem-se, cobertos de plan taspa lus tres , campos alagados, por meio dos qiraes

corre, alteáda em aterros ( remblais ) consideráveisa linha de trilhos.As 11 horas >da manhã, acampou o 1.° corpo de

exercito na ba-se dõ outeiro de Areguá e o quartelgeneral foi occupar as casas queI forroão aquellepequeno povoado D urante esse movimento, o 2.»corpo , ás ordens do t.enente-gemeral Poiydóro daFonseca Quintanilha Jord-io, de ixara a posição da

Luque e viera avançando até além do acampamento argentino

Areguá é uma villa de pouca importância, beràque sua fundação date de 153(3, époCa era que, segundo Azara, contava perto de 200 habitantes da.tribu guarany chamada Mongolá. Hoje consta de-três quarteirões ou ca sas, como é de uso em todo

•"o Pa ragu ay, unida s por uma va ran da que é su3 tea-' tada por columnas ou pilastras de tijolos.

A vista que d'ahi se goza é em extremo aprazível.Do alto da collina domina o olhar pára 1 á de uma vastaplan ície salp icad a de capões de mangues e cobertade juncos cujos topos ao longe lourejão, uma grandeparíe da ^bonita lagoa de Ipaearay ou Tapaicuàn,do outro lado da qual empina-se a cordilheira geral

que defronte de Areguá tem o nome de Altos. Apenas se. levanta o terreno começão a reapparecer as

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ina ca úb as-( 1 ) e ma tagaes, de m aneira que no$.primeiros planos de todo aquelle grande painelagrupâo-se ellcs, formando graciosos massiços.

Em Areguá recebeo Sua Alteza uma carta do gerneral Mitre, prevenindo-o, que fizera seguirá suadisposição o regimento, argentino S. Martin e dousesquadrões da legião p àragu aya com a bandeiradessa nacionalidade, força que foi fazjr parte da

vanguarda. (Emquauto se estabelecia o acampamento em Are

guá, uma columna composta de um batalhão de infan taria, um oorpo de cava llaria e duas bocas defogo, e dirigida pelo coronel Manoel C ypriano deMoraes, occupou a ponte de P atm o-c cê , com cujaguarda tiroteou a sua vanguarda. Ao mesmo tempopar tia o tenente-coronel Antônio Alves Pereira pa ra

ligar os movimentos da :'m;çado general João Mau dcom ÍXH do corpo de exercito; tonlmel >,pois,n caminho.d e Itauguá com destino a í ú levou uoyas tudicaições <t aquelle g ene ral,

(1) Es-tas palmeiras também conhecidas sob a desíjnasáogcral'de «coeoteiros», sáo os cequeiros de catarrlio elo Rio de Janeiro .,

Em Aiteguá encontráo-se logo á subida seixos rolados, bresciassilícosas em terreno de época terciari», em que predomina argilaconiua por limonito. Ha pedias de feldspatho coloridas pelo»oxido de /erro ."

AT alu de pedra de eonstnicçáo é geral em todo o Paragua.y ;pelo menos n á o b a pedreira alguma que sej.e aproveitada e nos.terrenos núo apparecfcm vestígios de rochas graiiitiras ^ená»pelos lados do Apa, de maneira que todos os ediiiciossao feitosde tijolos. Em Assumpijáo apparecem sé ped ras na baso das forl i-IFcagoes que' se estáo demolindo presentemente, e que foráe constru ídas em parle* dè alvenaria, em parte de paredes de tijolos qu»éjnceiYáQsuraa caonada coHSideravel de terra, àuiodo de taipa..

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DOMMGO 23.

Âs 7 horas da manhã debaixo de chuvja que nãoabrandara, levantou-se acampamento e com umalegoa de marcha ehegou-se a Patino-cuê , cuja e stação tinha sido de véspera occupada por gentenossa. As condições na viação forão as mesmas davéspera : a estrada era má e seguia ora deçlives

de alguma s colunas, ora atrav essav a várzeas cmque se m ultiplica vão os atoleiros. As perspectivasporem merecem a inda attenç ão^ as casinha s e roçados se achão mais juntos, de modo que não rarasvezes as plantações de lar an ge ira s enfileiráe-seao. longo do caminho.

Em Patino-cuê achava em construcçáo a casa decampo de Madame Lynch. E ra um bonito edi

fício composto de dous espaçosos pavim entos , ambosornado s de ostentosa ce lumn ata cujos iutercoluninioídevião receber grades de lerro fundido e, o que m aisrealce e valor lhe da va , rodeado de um magníficopomar onde nao só se encarreiravâo centenares delarangeiras e limoeiros,mas também se vião os prin-cipaes typos da pomologia européa, taes como macieiras, dam asqueiros, pereiras, etc.

Não é só esta notável hab itação que dá bellezaá localidade: a estação da estra da de ferro é bemconstruída como todas as outras e sobre tudo muitaelegante.

D eixando á esquerda a casa de campo que se rvio,alguma s horas depois, de quartel general do 2.*.corpo, seguio uma legoa além o prime iro corpo,ppi estrada lançada sobre terrenos accidentados^subidas e descidas de coilinas que entre os doujf

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pontos de Patino-cuê e Ita ug uá se succedeitt ma i9

próximas umas das outras. 'Çl )A's 10 horas e três quartos chegoti-se a Ita ug uáqee assen ta na encosta do ura onteiro baixo , aoredor do qual formou-se o acampamento.

Niíste póvoadojfnndado era 1728 e eujo numero dehabitações indica va talvez uma população superiora 3 .Oi|0 alm as, vião se j á algumas" casa s comniodaSe ornadas exteriormente cora certo gosto architecto-

nico. A igreja no alto e no centro de um a pr aç avasta é já bastante antiga de c ortstricção, restau rada porém na fachada ou augraeata da d'e lla em^empos menos remotos.

Consta o frontispicio de um corpo ce nt ra l cujofrontão é demasiado alto, flanqueado por dous áp -pendices d- edificação mais nova e que tem emsuas extremidades portas em arco para as varandas

" lateraes. A torre é de páo, puchada para frentee ao lado esquerdo; verdadeiro mangrulko em quese suspendem os sinos e que é coberto de zinco.

Em toda a zona percorrida existe grande abundância de roças aband onad as, de m ane ira que osnossos ' soldados ião encontrando á granel m an .di»cas, aipins ou macaxeiras, abóboras, alem da

( 1 ) Na marcha d'cste dia viáo-se belíos' typos de madeiras pa-Tíguayas: o buirapuitan. o cürupai—acatia angico,—o ipé—

' tecoma speciosa —cliamado pelos paraguayos guayvi, o irun dá ,além de diversas outras arvores notáveis como o Ia tare, o tarumã— vit«x montevidensis — muito commum em toeio o P araguayo" timbó-rpaullinia tirníió,—o paio borracho,—eriodendron

isamaúna,—va.rjas espécies de ; salgueiros nos terpenos encharcado-, os omhús, urticaccas que náo elevem ser confundidas com

.0 uu bú do Biaeil—spondia venosa—que é uma burseracea . Compouea freqüência apparecem as tlegant.es embaub*s—cecropia

peltala.—:*10

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canuayiaes e sobretudo profuião^de laranjeiras/que se distinguem pela doçu ra e be llezá de seusfructos;

As casas a que pertencião estas lav ou ras jaaiãotem ruín as, não só pelo desam paro já de algunsmezes, como também pela pouca solidez de suaeonstruefão , pois quasi todas são cobertas de cha-*miça e feitas de taipa mettida entre paredes de páoa pique mal ripadas.

SEGUNDA-FEIRA 24:

O dia amanheceo chuvoso e durante toda a nonto»o tempo m an tiv é/ as e borrascoso. Não só por isso,mas também pelo cançaço que o estado do terren o

^tiuha produzido na cavalhada e bestas de bagagem.'e principalmente por faltas no fornecimento ger al ,Sua Alteza resolveu ordenar uma falha.

«Entretanto, logo ao alvorecer, urna celumna composta da 8.a brigad a de inf an tar ia, ura corpo deca va lla ria e 1 0 bocas de fogo do 1 .' regimento dôarlilh aria ,, foi, ao mando do coronel D eodoro da.Fonseca varrer toda a porção de linha férrea até P a-tiho-cuêe tomar de revéz aquelle ponto. E ssa forçasem encontrar resistência cuinprio a commissao echegou á aquella ponte onde ad iou uma posiçãodeixada pelo inimigo e que constava de um prin cipio de trincheira guarnec ida de abatízes e deuma corrente de ferro presa em dous postes. Assimpois ficou, sem effusão de sangue , livre do obstáculos grande parte da linha férrea em que av ul tãómuitas- pontes e pon tühões, bem como forão ré-

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conhecidos os três passos do arroyo Pirayú mais»próximos da ponta da lagoa de Ipacaray, em queelle desemboca.

f Sua Alteza, considerando que a distancia a per*perrer pela columna do general João ieíanoel desdeJtá aié P irayú passando por. Jag uarã o, era considerável e que os caminhos, já por natuteza mãos,deverião, com as ultimas 1 chuvas, teí* ficado qu*3i

intransitáveis, determinou chamal-a para Itauguá,onde, defeito, sobre a tarde ella chegou. O generalJoão Manoel participou que de madrugada um curpoda brigada do tenente-coronel João Sabino MénnaBarreto envolvera uma guarda de seis hotoens itá^T isinhanças de Ja gu arão , matando-lhe, três homense aprisionando os outros três.

O dia foi sempre chuvoso até voltas do meio dia :depois conservou-se eanevoado, limpando mais aqdescer da noute.

?ÉR ÇA" FEIRA 25J

Por entre espessa neblina e pela manhã começoria marcha: entretanto poueo depois desfez-se acerração, e o tempo tornou-se limpído, apparecendoo sol. D urante mais de legoa a estrada segue osaltos e declives de Collinas por e ntre m ata s quelhe ficão á dire ita e á esquerda formando desfila-deiros que apresentào possibilidade de grandedefeza. O ultimo e ma is imp ortante d'elle ê o

chamado Guazuvirá, depois do qu al abre-se umalarg a e descampada várzea, chamada —o caixão d o '

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Pirayú— por ser ella ence rrada entre m ontes e cortadapor aquella já importante corrente de agoa.

Km quanto a força movia-se pela estrada geral, oseu flanco esquerdo, aprese ntado á zona occu padapelos paragua yos, era protegido pela columna doseoroneis_M anoel D eodoro da Fonseca e ManoelC ypriano de~~"Mõraes que fao le g u in d c fl i linh a

férreaO inimigo presenciando da base da co rdilheira,que pelo lado oriental fecha o valle de Pirftyd,as direçções de nossas forças, trato u logo de incendiar um acampam ento em que se ac ha va e queo coronel Manoel Cypriano não poude ir atacaicom a necessária rapidez, por cau sa dos gra nd esbanhados que se interpunhão, dando por isso tempo

a que o inimigo que o gua rnec ia se atira sse par aBentro dos matos que cobrem a encosta da ser ra .

Sem opposição foi, ás 2 horas da tarde, occupadaa villa de Pirayú, avançando a columna do generalJoão Manoel a gan har Jog a na estr ad a de ferro aponte sita uma legoa além e fronteira ao a cam pamento de Serro-Leon, a qua l foi, como todas asmais, encontrada intacta.

( Pela tarde, este acampamento, na fralda da serrania, foi repentinamente atacado pelo corouelM an pe lC yp rian o que, sorprchendeiido a sua gu ar-nição, matou lhe tri nt a hom ens, entre esses umcapitão , e fez prisioneiros vinte ou tros, com pre-ja zo único de duas praças feridas, uma da s quaespo.ê u tão gravem ente que falleceo du ran te o cu

rativo.Na estação de P irayú encontrarãõ-se os restos

de uma locomotiva, que fora completamente àes-

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manchada c cujas peças mais importantes ou tinhãosido-atiradas ao arroyo ou transportadas para asfundições que o, dictad ór mantém na s suas montanha».

Uma outra quasi com pleta e só com os embolossacados e os1 freios arrancados achava-se na estaçã o de Scrro-Leon , suspensa dos trilhos pordons macacos pa ra miais facilmeute ser destru ída .

A 'è n desta- roaçh iaa,, ex ístião sois vvagfvs embom estado, três dos quaes forão nmulado-*, porcausa do comparocimanto do regimento S. M ir l in,entregarão general Mitiv, por serem despojo? ai-recadados por força, unida dás duasnáçõe", conforme o protocolo era appendice ao tra tad o datríplice alliança.

D epois d'esta.,, ultima marcha*de 3 1 T2 legoasentre Itauguá.e Pirayú, ficou terminado o movimento de flanco que havja sido ordenado pela circular de 18. de Maio aos commandantes de corposdo exercito, movimento cuja direcção geral foi aS E ., no sentido do caminho de ferro e contornandoa base da cordilheira em que se refugiarau inimigo ocçupando n'ella as mais importantes e acces-

siveis subidas»Pirayú fica fronteiro ao acampam ento de Ascu rrae em linha recta delle dista rá pouco menos deduas leguxs: Uma extensa planície se interpõe aesses dous pontos, que oecupão aquelle a fraldade*umouteiro encostado a serros baixos, este a basedi cordilheira, ficando quasi ao meio desta distanciao arroyo Pirayú que corre, bordado sempre de mato,

na direcção #de N.X.O. e, como J á ficou dito, va idesaguar na lagoa de Ipacaray.

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Aquella corrente representa, pois, perfeitamente 6Ihalweg 4'este bonito valle que se prolonga desde aextremidade sul da lagoa.a!é a villa de Paraguaryn'.uma linha de cinco légu as, encerr ada do ladooriental pela cordilheira geral, do" occidental porum cordão de morros mais ou menos elevados.As .porções, cen-traes são en ch arc ad as e facilm enteinundadas pelo trasbordar do rio, cujos vestígio»

nas cheias ficão depositados, impedindo ou tra ve getação que não a dos e spinillos e salgu eiros.

As partes altas são revestidas de vegetação vistosa e a cordilheira é coberta desde o topo até a -fraldai-de mato denso e de muito difficil passagem.

QUARTA FEIRA 26 .

D e m adru gad a, seguio o brigad eiro Vasco Alve?Pereira, á frente de duas brigadas de cavallaria,para ir tomar o ponto de Paraguary,~a 3 1{2 léguasde distancia, onde existia a estação te rm in al daestrada de ferro. Ahi poude aquelle gene ral ata ca rde súbito uma guarnição de m a is d e 50 homens,dos q u ae s4 l ficarão prisioneiros e o resto péreceopor não quererem, á imitação do capitão comm an-man dante, entregar-se.

Na estação forão encontrados 29 carro s de con-duce-io, três wagões de prim eira cla sse , nove desegun da, tr ês de terce ira, um de cargas com bor-

d.-ts, dous pequenos de ate rro e seis de ca rg as a'mdanã o. acabados. A meia légua pa ra cá da estra da

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achava-se uma ponte de 40 palmos de vão des^truida pelo fogo, tendo sido outro pontilhão inuti-lisado pela queima dos encontros. D ifficil era po is.a vinda de todos esses carros para Pirayú: entretanto a actividade e intelligêmcia do capitãode engenheiros Jeronymo de Moraes Jar dim , queacompanhara a expedição, vencerão perfeitamentetaes tropeços, e por meio de pontes volantes e mui

lige iras poude todo o trem vir se reunir ao já;tomado na estação de Pirayú.

Emquanto se executava o movimento até Pa-ragu ary, Sua Alteza, á 1 hora da tarde , dirigioum reconhecimento sobre a posição do Ascurraaqual demora na e ntra da da estrad a que) seguepelo dorso da montanha pa ra o interior do departamento da Cordilheira. Uma brigada forte,

p r ompt ar

p a ra en trar em acçáo e ao mando docoronel.jD eodoro da Fonseca, atravessou o arroyoPi ray ú no passo fronteiro á povoação, percorreo,a vasta campina que além se desenrola e ás 2horas empenhou fogo de a tirado res com o inimigoo qua l, abandonando um acam pam ento recolheo-seao entriucheiramanto que defende a boca do caminho da serra. Vinte tiros de artilharia forão-

lhe sacudidos e, apezar de estarem 'assestadaabocas de fogo na trinch eira, ficarão1 sem resposta.

A columna sem m ais^ occurrencia, ás 6 horasda ta rd e, voltou a P irayú , onde Sua Alteza,; pelanoute, recebeo os prisioneiros feitos cm Parag ua ry .

Alta noute, deo se nu m a da's pontes do rio P irayú um pequeno tiroteio por quererem osinimi-gos destruil a: frustrado esse projecto, retirarão-se,deixando os machados com que vinhão armado*.

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QUINTA-FEIRA 27.

Feia manhã, o general Mitre veio visitar SuaAlteza é annunci.ou lhe que o exercito argen tinoacabava de sahir do desfiladeiro de Guazuvirá e J

gan hara a planície de Pir ay ú, onde procu rava posição para a cam par. O Sr. príncipe montou imme-diamente a cavallo e propoz aquelle ge neral ir exa

minai- os lugares intermédios até T aq ua ra l, ( ondjsjá se achava o 2.' corpo de exercito, convite quefoi aceito, indo os dous generaes pela linha detrilhos até aquelle ponto, separando-se ahi o chefeargentino para ir cuidar no estabelecimento doseu campo, no qual S ua Alteza paro u, quando devolta para o seu quartel general.

Os argentinos collocarão-se a três qua rtos de legoa do T aqu aral e a uma de Pira yú , junto ao morroisolado de toda aquella extensão e cham ado Pero,e ficarão de gu ard ar a pa rte da est rad a de ferroque lhes ficava em frente e aos lados e de vigiar'um passo no arroyo Pirayú.

Sua Alteza durante a conferência com o generajM itre, fez lhe vêr que os engenheiros brazileiros r e .

clamavâo to numero dos trabalhadores que, para aconservação da estrada^ a adm inistração arge ntinahavia prome ttido por ócçasião de recu sar a fusãodas duas emprezas numa^unicá.

O chefe argentino respondeo quo ordens jáhaviãòsido n'este sentido expedidas e que elle deixaraem Juquery, Areguá e Patino-cuê, destacamentospara ficarem ás ordens d'aquellcs engenheiros.

—A esírada de ferro entre T aqu aral e Pirayil

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acha-se em bom estado* de conservação...: assente

toda ella cm possantes dormente?, é.em duplo T. esegura ain da mais por unhas de ferro que retémcochins de madeira rigissima.

Os fios tclegraphicos forão tirados: entretantoquasi todos os postes havião ficado, de modo quecom brevidade foi pelo hábil engenheiro ÁlvaroJoaquim de O liveira corrida nova linha,èstabelecen-

do-se a irároediata comm unicaçáo com a cidade de,Assumpção.

SEXTA-FEIRA 28.

£[ão houve occnrrencia digna de notãj

6 A B B X D 0 2 9 .

Ao romper do dia u m a brig ad a, sob as ordens ddcoronel Deodoro da Fonseca, marchou era direcçãoá posiçà'»de Serro Leon, á'cnja retaguarda ba uma

subida para vencer-se a cordilheira. Ilccebeo comtudo a columna Ordem para contramarchar, porisso que do. lado de Ascurra ouvia-se cauhoneiop olongado, e dirigio-se pa ra aqáe lle rumo tendotíua Alteza se unido á ella. D epois de transpo stoo P irayú , sobreveio chuva forte e cessou cora-pletamante o barulho, o que féz com que, retirando.se para seus acampamentos os diversos ba

talhões, fosse só uma, pa rtid a forte de c av al la riaU

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reconhecer qualquer novida de que se houvesseproduzido nas posições inimigas.

Tendo cumprido a ordem retirava-se aquellaforça, quando recebeo o seu commandante de umparlamentario paraguayo duas carta?, uma dirigida pelo general Mac-mahon ao Sr. Worthingtonministro dos E stados-Un idos em Buenos-Ayres e a

«dutra pelo marechal Lopez a Sua Alteza.

—O general Mitre mandou á Pirayú, á noute, umBCU ajudante de ordens participar que pela manhãfora uma fracção de seu exercito reconhecer a posição de Ascurfa, provindo d'ah i o canhoneio quepor algum tempo se ouvira. Perdera um homem evoltou sem mais novidade.

—A ca rta de» general Mac-mahon foi logo encam inhad a para seu destino em Buenos-Ayres -por

meio de endereço ao Sr. conselheiro Paranhos—A nota do marechal Lopez era concebida nosBeguiutes termos:

Cuartel general, Mayo 29 de 18<59.Haee aiguu tiempo que los dese rtores y p ri-

'tfintterbs. dei ejercito alia do rh .in venido dicióndoque en-a quel campo se habia bendecido Ia ban deranacional de Ia republica dei Pa rag ua y, y yo no

quiz creerlo.Guando supe que V. A. I. habia asumi^o cl

mando dei ejercito aliado, confiando enla hidalguiacaballerosidad y noblesa de sentimientos, que nopuedo menos que atribuir a un príncip e, que tantose deve a su nombre y ai de ?u alianza.,me tranqüilize sobre ei uzo que pudiera hacer-se de Ia bandera

de Ia pá tria , <|uo tan ta sangre generosa hab ia costado a sus leales hijos, y no me importe mas de los

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desvarios que hubiesen dado lu ga r ai acto saepjilego de su bendicion, si tal se hubiese pr atic ad o'Mas, esta m ai hn a ha amanecido ai frente de miliuea uma descubierta de cuerpos de caballeria éinfanteria dei ejercito aliado, treraolando Ia sagradaensefii de Ia pátria que V A. I. combate.

La profunda pena, que camo magistrado y comaSoldado me ha causado esto , será fácil á V A,. !•

medil- en la.honorabilidad de sus sentimientoslAhora vengo á rogar á V. A. I. qu iera tener Ia

dignacion de ma ndar entregar en mi linea, deaqui á manãna, esa bandera, y prohibir que enadelante flameen los colores nac iona les en Ias filasde su mando , ya que n i siqu iera los desg raciado sprisioneros nunca fueron respetados.

Prestando-se V. A. Imp erial a esta solie itud ,

como Io espero , h ab rá mantenido ei lu stre de sadinastia y prestado gran servicid á Ia humanidad,pues mo relevará de Ia dura e repugnante nèces-sidad de tener que hacer efectiva Ia condicion estabelecida para este caso cn nota de 20 de Noviembrode 1 865 ai E xm. Sr. brigaüier. general D . Barto-lomeo Mitre, presidente de Ia republica argentina ypredecessor de V. A. I. en ei comm ando en gefe

dei ejercito aliado, que en ei de Ia republica tieneun considerable numero de prisioneros.

Teugo.el honor de saludar á V. A. I. com mi cnn-sideracion muy distinguida.—Francisco S. Lopez.A S". A. I. ei conde d'E u, gene ral en gcfe dei ejer-pito aliado,.ètc, etc, etc.

Sua Alteza respondeo da maneira seguinte:

Commando em chefe de todas as forças bra-fileíras em operações na republica do Paraguay.

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Qu artel gen eral òm Pir ay ú, 29 de Maio de 1 869?O ,abaixo assighado, com mandante em chefe detodas as forças brazileiras em operações na republica do P ara gu ay , recebeo a nota que lhe di-rigio em d ata de hoje o marechal F rancisco So-lano Lopez.

Nesta nota manifesta .este que j á faz algumtempo que os desertores e prision eiros do e xer

cito alliado têm dito haver-se benzido no acampamento alliado a bandeira nacional da repnblicado Pa rag ua y, e que não quiz acredital-o; mas quehoje de manhã appaicceu na frente de sua linhauma descoberta de corpos de cavallaria e infantaria do exercito alliado,tremulando nellaa insígniada nação paragtiaya.

Accrescenta o :Sr . marechal Lopez, que tendo-

lhe causado esse facto profunda pena como m ag istrad o e como soldado^ roga ao abaixo assig nadoque mande entregar na sua linha, a:é am anh ã,esta bandeira, e prohibir que d'oia em diante flam-megem as cores para guaya s nas fileiras ao mando,do.abaixo assignado, já que nem sequer os desgraçados prisioneiros forão nunca respeitados.

Conclue dizendo que, p restahdo-se o aba ixo assignado a 'eáte pedido, como espera o m arechalLopez, terá prestado um grande serviço á humanidade, pois dispensará este da dura e repugnnntonecessidade de fazer cffeeiiva a condição estabelecida na nota do 20 de Novembro de 1 8(15, en-.dereçada ao E xm. S r. gen eral D . P>artholomeiiM itre, então presiden ta da repnblica A rgen tina e

commandante em chefe dos exércitos alliados, osquacs, diz o Sr. marechal Lopez, têm grande uu-f-

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numero de p risioneiros no d a republica do P*^raguay.

O abaixo assignado não tem presente a referidano t ada 20* de Novembro de 1865; embora, poiém,a tivesse,não lhe seria possível dar com a brevidadeexigida solução á nota a que ora responde,pois em virtude das estipulações que vigorão entreas duas nações alliadas, não é elle general em chefe

dos exércitos aliados, como suppõe o Sr. marechalLopez, e pa ra qualquer deliberação carece pôr-sede accordo com oscommandantes das forças argentinas e orientaes, aos quaes, assim como ao governo imperial dá nesta data conhecimento da notado marechal Lopez.

i L imitar-se ha , por ora, a fazer observar qut o

apparecimeuto da bandeira paraguaya nas fileirasalliadas tem sua explicação no fapto publicamentemencionado em numerosos doeumenms offioiaes, deque a presente guerra nunca teve fins hostis á existência da nacionalidade pa rag ua ya , e que conside-save l'num ero de paragua yos têm-se manifestadodcsejftsos de cooperar com as forças alliadas á. pacificação de sua pátria.

O abaixo assignado também não pôde deixar semreparo a allegaçã o feita pelo marec hal Lppez d©que os desgraçados prisioneiros nunca forão respe itados. A hum anidade com que os prisioneiros pa raguayos, quer-feridos, quer sãos, têm sido invariavelmente tratad os pelos alliad os, gozando hoje cmdia a maior parte dcllcs de plena liberdade; contrasta com as crueldades exercidas nos sulditos das

nações alliadas,os quaes tiverão a infelicidade deca-hir no poder do manchai Lopez,e queaos cenienárçs"

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têm soffrido diffè rentes gêneros de morte , com»,consta não só das declarações dos que esca parã o,domo dos próprios documentos officiaes paraguayos.p . Ao cemcluir, o abaixo assig üado chama sobre o-Sr. marechal Lopez a inte ira responsab ilidade dequa lquer augm ento de mãos trato s com quo porventu ra este julgue dever ag gra va r a sorte dos prisioneiros de guerra, sob o pretexto mencionado na nota

que ora fica respondida. — Gastão de Orléan9 t

Gonde d E u.

DOMINGO 30.

O commandante do r2.? corpo de exercito fez

chegar ao coiihccimento de Sua Alteza alguns suc-cessos de que dá pa rte o briga deiro Jo sé Antônio1

C orrêa da C âm ara, o qual já se ach a n a zona emque vai ope rar. C ommuniea este gene ral que emba rca ra no dia 17 á tarde com o batalhão de infantaria n.° 23,, ficando os corpos 1 1 , 1 9, 21 de ca-<va llaria de gu ar da s nacionaes e 2 bocas de fogo por"saturem do porto de Assumpção. No dia 1 9, passou

pela fóz do Manduvirá e ás seis horas d'esse mesmodia alcançou a cmbocadura do.rio Cuarepoty, emcuja margem esquerda está situa da a villa do R osário, presen temente fortificada po r. nossa gente,

No dia seguinte ( 19 ) deo ordem pa ra seguiremem direcção aos portos de C uarepoty e do Para gu ayum corpo de cav allaria, um batalhão de infan tariae 4 bocas de fogo com todo o seu m at er ia l. N 'esse

dia chegarão os corpos u.° 1 8 de c av allaria , l i e23 de infantaria, l i e 19 de cavallaria e duas

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lioeas de fogo. T odas essa s forças em barcarão c«im

algum a difficuldade nos navios en couraçados B a li a ,Silvado e no Itapicurú e subirão o rio Pa rag ua yaté o lugar chamado Potrero-ponan, extenso valjeala ga do , como o são todos os arredo res da fóz doJejuy. ( 1 ) E ntre tanto até as 6 horas da tarde dodia 20, tinha-se completado o desembarque, proce-dendo-se á immediatas descobertas não só do terrenoem que se ia acam par como das estra da s que ahi

vínháo ter.Voltarão então para o Rosário os transportas

Annicota, T igre e Itap icu rú, os encouraçados e ümmonitor para trazerem forças e material que tivessem ficado em diversos pontos e que devião a 22estar reunidos em Potrern-ponau pa ra em prehen-der-se a marcha sobre a villa de S. Pedro.

Km conseqüência, a 2 1 , ordem foi dada ao co ronel João da Silva Tavares para proceder com600 homens bem montados, á um reconhecimentodos luga res.que medeiáu até a v illa e que os va-queanos diziáo serem completamente intra nsi táveisc invtos. E ssa operação devia ser feita com grand e

" rapidez, por isso que o inimigo tem a costa do riocompletamente devassada por numerosos espiões

e destacamentos.A's 1 0 horas da noute voltou o coronel S ilvaT av ares e communicou que, depois de marchar•por mais de duas legoas e m eia cm extenso banhado cujo fundo era bastan te atolad iço, cemse-gu ira « ah ir sobre a força que hav ia em ti. Ped ro,

( \ ) Nasec o Jeju.V na serra de Uriiculy, corre de E . a O. ev

ae>eiuUw a no Paiajtua» ia lalilutít» de ii" W, dei fis «f» atravessar w stos Yeiliaics c, janto da foz, terrenos a^aclaoes '

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ã qual, eomtudo, em seus quartéis oppôz tenaz

resistência, de onde resultou a morte de cinco homens e en tre elles o tenen te M elgarejo,, sendo ferido gravem ente o cap itão Aleixo Gomes, que ficouprisioneiro com mais 12 homens.

O general Câmara, considerando que a viaçãopelos lodaçáes por ejue transitara o coronel Tava res e ra impossível á toda a columna, deo ordem aos transportes que viuhão do Rosário que

desembarcassem tão somente a cavallaria no Po-treiro-pouan e subissem o rio Jejuy até onde lhesfosse possível.

No dia 23 seguio tão somente a cavallariacom dous corpos de infa nta ria e pessoal de ar tilh ar ia em direcção á villa e, depois de 7 l\2legoas de marcha por terrenos innundados queformavão um grande pantanal quasi insuperável,chegou aquelle ponto ( 1 1 , aprisionando antes deeutrar n ell e uma pequena g uarda qne se julga vaem salvo pelas difficuldades que a rodeavão.

Tal era com effeito a natureza ingrata d'aquella9paragens, o aguaçal continuo, o pouco conhecimentodos passos e o arrojo da em preza que aquelles homenssorpresos confessarão nunc a poder suppôr a vinda

de adversários por ah i. D uas e meia legoas sobretudo forão tão difficeis de vencer, que o com m anda nte da expedição pa ra tornar conhecidos osembaraços com que luetou, lembra a marcha peloChaco, sem eomtudo equiparar aquella com estaoutra, tão m ais atribu lada e fadigosa foi.

( 1 ) A villa ele S. Pedro ou Tcamandiú aeba-se a S. S. O . dePotrero-ponan e á pequena distancia da margem direiu do rioJejuv.

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Ata o dia S3 a nossa colum na ficava na vjflíde S. Pedro, onde já chegara a canho neira Henrique M artins, conduzindo o batalhão n.° 50 devoluntários. A cavalhada está em máo es tad o;eomtudo o commandante da expedição esperavareun ir com brevidade toda a sua gente para marcha r contra o major Galcano que se acha no pontochamado Tupipuitan ou Sargento-Lomas.

As declaraçÕos do capit ão Aleixo Gomes lhadão 450 homens, do inf an taria , 702 de c ava llariae 52 de artilharia, ao todo 1202 praças com 12bocas de fogo: o passo Ceiqueré no río Jejuy estátambém guarnecido com 6 bocas de fogo de ca libre I a 10 e 50 pra ças , e, segundo sua estim ativa , a villa de S, Pedro dista cinco legoas daSargento-Lomas, existindo para lá* chegar, duas en

tradas ambas más e cobertas de água.—Sua AltcZa communicou ao governo imperial,

aos generaes alliados e ao m inistro brazileiro eraBuenos-Ayres a correspondência trocada com òmarechal Lopez, remettendo cópias da prim eira

,"nota recebida e da resposta que já fo ra en tregue .— Oa diversos suecessos que se ha vi ão dado

ultimamente, tendião a apertar,o inimigo na zona.de- montanhas em que elle está metfido. No Norteuma expedição impo rtante m archav a ao encontrode uma columna pa rag ua ya , cujo fim principal era

.guarda r a linha de recursos que ligav a a pa rteseptentrional da republica com o departamento dacodilheira:a Oeste ficava, pela oceupação do valle doPirayú, interceptada a communicaçáo com o littoral

do Pa rag uay que poderia, por meio de contrabando,fornecer elementos de resistência, e o Sul estava* ' 12 '"•" '

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ameaçado da imm ineuté invasão "do general I"pr-tinho que devia se achar a caminho para "VillaR ica, depois de atravessado o P ar an á.

Assim pois grande carência de viveres havia já dese fazer sentir como conseqüência necessária e essasfalta s não tan to as soffreriáo os soldados de Lopezquan to as desg raçadas famílias que por elle são re tida s unicamente pa ra impedir deserções em suasfileiras.

Com o fim de libe rtar centonares de pessoasque se achassem para cá de cordilheira, pre sasmais pela acção do terror do que de facto, resolve©Sua Alteza mandar uma columna forte seguir paraB. O. até Villa-Rioa o varrer toda aquella zona.

O general João Manoel Meuna Barreto com adivisão de cavallaria e 4 bocas de fogo do i.° regimento de artilharia recebeo pois inatrucções u'a-quejlc septidô, devendo dirigir-se com a maior ra pidez «obre aquelle ponto. Ao Sul no luga r chamado Capilla-Borja serão destruídos todos os objectosque não puderem ser transp ortado s ; a força quehouver em Juty será atac ada , procurando obter-seinformações a respeito do general Portioho que a

22 davia tef transposto o P ar an á,Na volta o general pa ssará pela fabrica de Ib í-ciiy pa ra verificar se ahi a ind a existe algum ma*tcrial aproveitável, no qual caso será destruído equeimado. Os indivíduos e famílias que forem recolhidos pela columna virão trazido* para P a r a -guary e defendidos até caso de urgente necessidade.

Se a força fôr aeeossada de outra mais nume.'fóM. qiie a obrigue a mudar de díracção na íê -

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tirada , poderá ella dirigir-se ao ponto mais protaumo nas margens do Paraguay.Estas instrueções forão no mesmo dia? transmitj

tidas ao respectivo general.

SEGUNDA-FEIRA 3 1 :

Sahio de Pirayó n brigadeiro João Manoel MennaBarreto á frente da divisão de cavallaria de sencommando e 4 bocas de fogo de calibre 4. Pelanecessidade de aligeirar os seus movimentos, pre •venindo os do inimigo,, não levou força de infantaria,* Marcha, como atraz fica dito, directamentea Ibitimy com destino a Villa-Rica, devendo noregressojp&ssar por Ibicuy.

r*

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P*g.

E r r a i a .

Onde diz6 L . 159

1 924

»

3 545

47

50

5485

21223 13 2

1

26

1 7

29

248

Patine esp iritodo exercitoem diversosnos seosVedra

ao ge neral commandante do 2 o

corpo.commissao encarregada de vigiar sobre aexistência dellesKamsag

Araguaryas duas nações.

Lêa se.à patinse o espiritoda esquadraa diversosaos seosVediaaos generaescommandantesdos corpos.respectiva commissão.

Ramsay.

Aguaray.as nações.

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