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57º Encontro de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina Garopaba 27 e 28/03/2014 Dr. Celso Luiz Dellagiustina - Dificuldades Jurídicas do Cotidiano da Gestão de Saúde.

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ENCONTRO DE SECRETARIAS

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57º Encontro de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina

Garopaba 27 e 28/03/2014

Dr. Celso Luiz Dellagiustina- Dificuldades Jurídicas do Cotidiano da Gestão de Saúde.

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•Lei Complementar 141/2012;•Contratualização (8.666/1993);•Lei 11.873/2013;•Portaria GM 204/2007;•Outras Dúvidas.

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Lei Complementar nº 141/2012•Considerações Iniciais;

•Regulamentação da Emenda 29;

•Principais Dúvidas do Gestor;

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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LEI 141/2012 CONSIDERAÇÕES GERAISA LC 141 está dividida em cinco capítulos: •1. Disposições preliminares; •2. Das ações e serviços públicos de saúde; •3. Da aplicação de recursos em ações e

serviços públicos de saúde; •4. Da transparência, visibilidade,

fiscalização, avaliação e controle; •5. Disposições finais e transitórias.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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Aplicação dos Recursos Fundo de Saúde

Art. 12. Os recursos da União serão repassados ao Fundo Nacional de Saúde e às demais unidades orçamentárias que compõem o órgão Ministério da Saúde, para ser aplicados em ações e serviços públicos de saúde.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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Aplicação dos Recursos Fundo de Saúde Art. 13, § 4º A movimentação dos recursos repassados

aos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deve realizar-se, exclusivamente, mediante cheque nominativo, ordem bancária, transferência eletrônica disponível ou outra modalidade de saque autorizada pelo Banco Central do Brasil, em que fique identificada a sua destinação e, no caso de pagamento, o credor.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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Aplicação dos Recursos Fundo de Saúde Novidade: Art. 14. O Fundo de Saúde, instituído por lei e

mantido em funcionamento pela administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, constituir-se-á em unidade orçamentária e gestora dos recursos destinados a ações e serviços públicos de saúde, ressalvados os recursos repassados diretamente às unidades vinculadas ao Ministério da Saúde.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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Aplicação dos Recursos Fundo de Saúde Novidade: No conceito do Tesouro Nacional

•unidade gestora “é a unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sobre descentralização”,

•unidade orçamentária “é um segmento da administração direta a que o orçamento consigna dotações específicas para a realização de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.”

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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Aplicação dos Recursos Fundo de Saúde TODOS OS RECURSOS TRANSFERIDOS E PRÓPRIOS DEVEM

ESTAR NO FUNDO DE SAÚDE E ACOMPANHADOS E FISCALIZADOS PELO CONSELHO DE SAÚDE (EC29, ART.7,P.3º).

•É obrigatório que os recursos próprios municipais sejam colocados

dentro do Fundo de Saúde (Lei 8080 Art. 33, Lei 8142, art.4 , V ). A gestão do Fundo Municipal de Saúde é do Secretário de Saúde (CF. 198, I ; Lei 8080 , art. 9 ; art.32 § 2o e art.33 § 1o )

RESPEITAR A LRF, artigo 50:

•I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE Os fundamentos legais do Fundo Municipal de Saúde: - inciso IX do artigo 167 da Constituição Federal e nas Leis

Orgânicas da Saúde 8.080/90 e 8.142/90; artigos 71 a 74 da Lei Federal 4.320/64; EC-29/2000, art. 14 da Lei Complementar 141/2012.

- Tanto a Constituição Federal como as legislações federais da área da saúde determinam a existência de um Fundo de Saúde, enquanto Conta Especial (conjunto de diferentes contas bancárias da saúde).

- Conta Especial/FMS - onde são depositados e movimentados os recursos financeiros do sistema sob a fiscalização do Conselho de Saúde (artigo 33 da Lei 8.080/90 e incisos I e V do artigo 4º da Lei 8.142/90 e Lei Complementar 141/2012).

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE Movimentação Financeira: •Separados do Caixa Geral (inciso I, art.50, LRF); Conta vinculada ao

Fundo

Ordenador de Despesa •Secretário de Saúde

Ordem Cronólógica dos Pagamentos •Programação própria de desembolsos – fonte diferenciada dos

recursos (art.5, L.8666/93)

Processamento da Despesa •Como qualquer outra despesa – integra a contabilidade geral, mas

com relatórios individuais para demonstração da origem e a aplicação dos dinheiros movimentados pelo Fundo.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE • O Fundo só pode pagar despesas que estejam

explícitas no fundo de saúde e no PAS/PS ;

• Qualquer despesa nova tem que ser incluída no plano e aprovada no conselho;

• Só o fundo paga despesas de saúde: nenhum outro setor da prefeitura pode pagar sem passar os recursos para o fundo.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE • Todo dinheiro no fundo: municipal, estadual, federal ;• Administração da Secretaria de Saúde ;• Ordenador de despesas: Secretário de Saúde ;• Transferências federais nos blocos: só usar o dinheiro

em ações no próprio bloco; • Não se pode pagar com dinheiro federal dos blocos:

encargos trabalhistas, construções novas, aposentados (inativos), auxílios e subvenções, assessorias feitas pelos próprios funcionários;

• O Conselho de Saúde deve ter acesso a todas as contas do fundo pois a constituição manda que o conselho de saúde acompanhe e fiscalize o fundo.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE

•Assim, para transferências regular e automática de recursos intergovernamentais no âmbito do SUS (inclusive dos Estados para os Municípios) deve ser por meio de FUNDO-A-FUNDO .

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE - COOPERAÇÃO •Art. 43. A União prestará cooperação

técnica e financeira aos Municípios para a implementação do disposto no art. 20 e para a modernização dos respectivos Fundos de Saúde, com vistas ao cumprimento das normas desta Lei Complementar.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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APLICAÇÃO DOS RECURSOS FUNDO DE SAÚDE

Fundos de Saúde e Consórcios:

•“Art. 21. Os Estados e os Municípios que estabelecerem consórcios ou outras formas legais de cooperativismo, para a execução conjunta de ações e serviços de saúde e cumprimento da diretriz constitucional de regionalização e hierarquização da rede de serviços, poderão remanejar entre si parcelas dos recursos dos Fundos de Saúde derivadas tanto de receitas próprias como de transferências obrigatórias, que serão administradas segundo modalidade gerencial pactuada pelos entes envolvidos”.

• Parágrafo único. A modalidade gerencial referida no caput deverá estar em consonância com os preceitos do Direito Administrativo Público, com os princípios inscritos na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, na Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e na Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, e com as normas do SUS pactuadas na comissão intergestores tripartite e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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EQUIDADE NA ALOCAÇÃO DE RECURSOS – LEI 141/2012 •Arts 17 a 19 – avançou na definição dos mecanismos de

transferência e de aplicação dos recursos da esfera federal e das esferas estaduais aos municípios com base na redução das disparidades regionais de saúde.

•Devem ser respeitados:

•1 - as necessidades de saúde da população, •2 - as dimensões epidemiológicas, •3 – as dimensões demográficas, •4 – as dimensões socioeconômica, •5 – as dimensões espacial; •6 - a capacidade de oferta de ações e de serviços de saúde • e, ainda, complementados pelo art. 35 da Lei n.8.080/90.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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Rateio de Recursos Art. 17 § 1º O Ministério da Saúde definirá

e publicará, anualmente, utilizando metodologia pactuada na comissão intergestores tripartite e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde, os montantes a serem transferidos a cada Estado, ao Distrito Federal e a cada Município para custeio das ações e serviços públicos de saúde.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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PLANEJAMENTO ASCENDENTE • Ficou estabelecida a compatibilidade entre a

saúde (Fundo de Saúde) e os instrumentos de planejamento orçamentário, o PPA, a LDO e a LOA (art. 30).

• § 1º “O processo de planejamento e orçamento será ascendente e deverá partir das necessidades de saúde da população em cada região, com base no perfil epidemiológico, demográfico e socioeconômico, para definir as metas anuais de atenção integral à saúde e estimar os respectivos custos”

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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PLANEJAMENTO ASCENDENTE • A partir de então, por exemplo, os municípios

poderão ter ao seu lado um atributo legal para o grande embate entre a secretaria de saúde e a de planejamento / finanças, que há anos vêm se tornando mais difícil.

• Planos e Relatório de Gestão • Plano de Saúde (PPA) • Programação Anual de Saúde (Orçamento) • RAG • Demonstrativos SIOPS • COAP região – metas regionais e metas municipais

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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TRANSPARÊNCIA , AVALIAÇÃO E CONTROLE• TRANSPARÊNCIA :

Os gestores municipais devem divulgar, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, as prestações de contas periódicas da saúde, para consulta e apreciação dos cidadãos e de instituições da sociedade (art. 31).

•Com base em: •I – aplicação dos recursos; •II - Relatório de Gestão; •III - avaliação do Conselho de Saúde sobre a gestão do SUS •A transparência e a visibilidade serão asseguradas mediante

incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e discussão do plano de saúde.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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AVALIAÇÃO E CONTROLE PRESTAÇÃO DE CONTAS Art. 36. O gestor elaborará Relatório detalhado (RAG)

referente ao quadrimestre anterior, contendo, no mínimo:

•I - montante e fonte dos recursos aplicados no período;

•II - auditorias realizadas ou em fase de execução no período e suas recomendações e determinações;

•III - oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação”.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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AVALIAÇÃO E CONTROLE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRAZOS:

•Fica estabelecido no § 1º o prazo de 30 de março para que o gestor encaminhe os seus Relatórios de Gestão (RAG) do exercício anterior para apreciação do Conselho de Saúde, que deverão analisar e deliberar para envio à CIB e CIT até 31 de maio.

•Não esquecer das audiências quadrimestrais, apresentados os RAGs (parciais) ao Conselho de Saúde e aprovados

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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AVALIAÇÃO E CONTROLE PRESTAÇÃO DE CONTAS Art. 38. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais

de Contas, do sistema de auditoria do SUS, do órgão de controle interno e do Conselho de Saúde de cada ente da Federação, sem prejuízo do que dispõe esta Lei Complementar, fiscalizará o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que diz respeito:

•I - à elaboração e execução do Plano de Saúde Plurianual; •II - ao cumprimento das metas para a saúde estabelecidas na lei de

diretrizes orçamentárias; •III - à aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços públicos de

saúde, observadas as regras previstas nesta Lei Complementar; •IV - às transferências dos recursos aos Fundos de Saúde; •V - à aplicação dos recursos vinculados ao SUS; •VI - à destinação dos recursos obtidos com a alienação de ativos

adquiridos com recursos vinculados à saúde”.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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AVALIAÇÃO E CONTROLE PRESTAÇÃO DE CONTAS - CAPACITAÇÃO • Art. 44. O gestor do SUS disponibilizará ao

Conselho de Saúde, com prioridade para os representantes dos usuários e dos trabalhadores da saúde, programa permanente de educação na saúde para qualificar sua atuação na formulação de estratégias e assegurar efetivo controle social da execução da política de saúde, em conformidade com o parágrafo 2º do art. 1º da Lei 8.142/1990.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

Page 26: 57-Encontro de Secretarias Municipais de Saude de Sc Celso Dellagiustina

AVALIAÇÃO E CONTROLE SIOPS Art. 39. O Ministério da Saúde manterá sistema

de registro eletrônico centralizado das informações de saúde (SIOPS) referentes aos orçamentos públicos dos Municípios, incluída sua:

•obrigatoriedade de registro e atualização permanente;

•Articulação do SARGUS com o SIOPS /SISPACTO/ DATASUS/ CNES .

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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AVALIAÇÃO E CONTROLE INTERNO E EXTERNO

•Art. 40. Os Poderes Executivos dos Municípios disponibilizarão, aos respectivos Tribunais de Contas, informações sobre o cumprimento desta Lei Complementar, com a finalidade de subsidiar as ações de controle e fiscalização.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

Page 28: 57-Encontro de Secretarias Municipais de Saude de Sc Celso Dellagiustina

AVALIAÇÃO E CONTROLE SOCIAL Art. 41. Os Conselhos de Saúde, no âmbito de

suas atribuições, avaliarão a cada quadrimestre o relatório consolidado do resultado da execução orçamentária e financeira no âmbito da saúde e o relatório do gestor da saúde sobre a repercussão da execução desta Lei Complementar nas condições de saúde e na qualidade dos serviços de saúde das populações respectivas e encaminhará ao Chefe do Poder Executivo as indicações para que sejam adotadas as medidas corretivas necessárias.

Fonte: Prof. Áquila Mendes

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CONTRATUALIZAÇÃO•É a formalização de relações pactuadas entre gestores e prestadores estabelecendo obrigações recíprocas.

•Pressupõe a definição de demandas e objetivos, metas qualitativas e quantitativas, obrigações e responsabilidades de cada parte envolvida, bem como a definição de critérios e instrumentos de monitoramento e avaliação de resultados.

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CONTRATUALIZAÇÃO• “O meio pelo qual as partes, o representante legal

do Hospital de ensino e o gestor local do SUS, estabeleceriam metas quantitativas e

qualitativas do processo de atenção à saúde, de ensino e pesquisa e de gestão hospitalar que deveriam ser acompanhadas e atestadas pelo Conselho Gestor da Instituição ou pela Comissão Permanente de Acompanhamento de

Contratos”. (BRASIL, 2004, p. 4).

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CONTRATUALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DO SUS•DIRETRIZES DA

CONTRATUALIZAÇÃO

• I – DO PROCESSO• II – DO INSTRUMENTO CONTRATUAL• II.A – CONTRATO• II.B – PLANO OPERATIVO ANUAL

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DO PROCESSO• Todos os prestadores que prestam serviços ao SUS de forma complementar devem ser contratados.• A complementação dos serviços deve observar os

princípios e as diretrizes do SUS - a regionalização, a pactuação, a programação, os parâmetros de cobertura assistencial e a universalidade do acesso

• Para justificativa da necessidade de complementaridade,

deverá ser elaborado um Plano Operativo Anual (POA) para os serviços públicos de saúde.

• A necessidade de complementação de serviços deverá ser

aprovada pelo CMS e constar no Plano de Saúde.

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DO PROCESSO• A participação complementar ao SUS será formalizada por:

• I - convênio – firmado com instituição privada sem fins lucrativos - interesse comum em firmar parceria em prol da prestação de serviços assistenciais à saúde;

• II - contrato administrativo, firmado entre o Gestor do SUS e instituições privadas com ou sem fins lucrativos, quando o objeto do contrato for a compra de serviços de saúde;

• Os contratos e convênios firmados deverão:

• I - ficar submetidos às normas do MS e das Secretarias de Saúde e dos Estados e Municípios;

• II- a remuneração utiliza como referência a Tabela de Procedimentos SUS;

• III- os estabelecimentos serão identificados no contrato pelo código do CNES e de acordo com esses dados.

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DO PROCESSO• A preferência de complementação será das entidades

Filantrópicas e às sem fins lucrativos. Persistindo a necessidade, será permitido ao Gestor recorrer à iniciativa privada, observando a Lei nº 8.666/93 e Decreto 41.528/08.

• As entidades filantrópicas devem atender ao artigo 4º da Lei nº 12.101/09:

• I – Cumprir as metas estabelecidas em convênio com o gestor local do SUS;• II - Ofertar a prestação de serviços ao SUS no percentual mínimo de 60%;• III- Comprovar anualmente a prestação dos serviços ao SUS;• IV – Prestar contas dos gastos efetuados com os recursos• repassados

Page 35: 57-Encontro de Secretarias Municipais de Saude de Sc Celso Dellagiustina

DO PROCESSO• As instituições privadas contratadas com o SUS

devem:

• I- Manter registro atualizado no CNES;• II- Submeter-se a avaliações sistemáticas - PNASS;• III- Submeter-se à regulação instituída pelo Gestor do

SUS;• IV- Apresentar relatórios de atividade que

demonstrem,quant. e qualitativamente, o atendimento do objeto;• V- Submeter-se ao SNA.

Page 36: 57-Encontro de Secretarias Municipais de Saude de Sc Celso Dellagiustina

DO INSTRUMENTO CONTRATUAL– O CONTRATO• I - Objeto• II - Modo de Execução do Objeto• III - Direitos e Responsabilidades das partes• IV - Recurso Financeiro• V - Dotação Orçamentária• VI - Fiscalização• VII - Rescisão• VIII - Penalidades• IX - Resilição Unilateral• X - Publicação• XI - Vigência• XII - Vinculação ao edital de licitação:• XIII - Foro

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DO INSTRUMENTO CONTRATUAL– O POA• O Plano Operativo Anual – POA

-é obrigatório:

- deve ser elaborado conjuntamente pelo Gestor e a instituição

- elementos que demonstrem a utilização da capacidade instalada, a definição de oferta, fluxo de serviços e pactuação de metas qualitativas e quantitativas;

- terá validade de 12 (doze) meses, sendo vedada a sua prorrogação. As partes se obrigam, com antecedência mínima de até 90 (noventa) dias antes do término do prazo, a realizarem nova negociação para o mesmo.

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Tipos de Vínculos

•Convênio: Ajuste firmado entre o gestor do SUS e entidades privadas sem fins lucrativos, qualificadas ou não como filantrópicas.

•Contrato: Ajuste firmado entre o gestor do SUS e entidades privadas com fins lucrativos.

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Formas Legais Adquirir Serviços

•Formas de contratação: Licitação (Lei nº 8.666/93) por preço ou técnica e

preço; Inexigibilidade de licitação (art. 25 Lei nº 8666/93) – Chamada Pública.

FUNDAMENTOS PARA A INEXEGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

• Constituição de uma rede de serviços de saúde; • Preço estabelecido pela Tabela SUS (art. 25, Lei nº

8.666/93).

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CHAMADA PÚBLICA

•Procedimento no qual o gestor público informa todos os prestadores de serviços de saúde cadastrados, que se disponham a integrar o SUS pelos preços estabelecidos na Tabela, do seu interesse em contratá-los.

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Passos para a Chamada Pública1. Fixação da Tabela a ser praticada;2. Edital de Chamada Pública;3. Ficha cadastral padrão;4. Circular da Secretaria Municipal, a todos os

prestadores de serviços de saúde, divulgando todo o processo;

5. Formação do processo de inexigibilidade de licitação para prestação de serviços na área de assistência à saúde.

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Edital de Chamada Pública•Normas que regulam o processo de

contratação;•Requisitos a serem cumpridos pelas unidades

de saúde para a prestação de serviços complementares ao SUS;

•Serviços necessários;•Modelos de Contrato;•Preço a ser pago pelos serviços (Tabela SUS

de referência);•Critérios de classificação dos prestadores.

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Cláusulas Necessárias (art. 55, Lei n° 8.666/93)I. a do objeto;II. a do regime de execução dos serviços;III. a de previsão do preço e suas condições de

pagamento;IV. a do crédito pelo qual correrá a despesa,

com a sua classificação funcional-programática;

V. a de previsão dos prazos de inicio e final da prestação de serviços;

Page 44: 57-Encontro de Secretarias Municipais de Saude de Sc Celso Dellagiustina

VI. os casos de rescisão;VII. critérios objetivos de avaliação de

desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado;

VIII. a de previsão das obrigações, e das responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e respectivos valores de multas;

IX. a da legislação aplicável à execução do contrato ou convênio e sua vinculação ao edital ou ao termo que dispensou ou inexigiu;

X. a manutenção, por parte do contratado, das condições estabelecidas na habilitação, exigidas na contratação.

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Contratos de Compra de Serviços• Entre gestores do SUS e particulares numa lógica de pagamento

por produção;

• Deverá ser sempre precedida de uma das formas previstas na Lei 8.666/93 nas formas de licitações respeitando os princípios previstos no Art. 3º:

“Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.”

Page 46: 57-Encontro de Secretarias Municipais de Saude de Sc Celso Dellagiustina

Lei 12.873/2013• Foi publicada a Lei n.° 12.873/2013, que, de

maneira técnica, trata de uma enorme quantidade de assuntos que não guardam nenhuma relação entre si. Podemos dizer que consiste em uma grande “colcha de retalhos”.

• a partir do artigo 23 institui o programa de fortalecimento das entidades privadas filantrópicas e das entidades sem fins lucrativos que atuam na área da saúde e participam de forma complementar do Sistema Único de Saúde – Prosus.

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PROSUS - Finalidades• garantir o acesso e a qualidade de ações e serviços públicos

de saúde oferecidos pelo SUS por entidades de saúde privadas filantrópicas e entidades de saúde sem fins lucrativos;

• viabilizar a manutenção da capacidade e qualidade de atendimento das entidades privadas filantrópicas e das entidades sem fins lucrativos que atuam na área de saúde e que participam de forma complementar do SUS;

• promover a recuperação de créditos tributários e não tributários devidos à União;

• apoiar a recuperação econômica e financeira das entidades de saúde privadas filantrópicas e das entidades de saúde sem fins lucrativos.

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PROSUS - Adesão•Entidades filantrópicas ou sem fins

lucrativos na área da saúde que não distribuam dividendos ou lucros aos seus associados;

•Permite a Moratória e a remissão de dívidas junto a Receita Federal;

•A Lei elenca as Unidades que estão aptas para aderirem o processo;

•Requisitos de adesão e manutenção encontram-se nos arts. 27 e seguintes;

•Moratória poderá ser de 180 dias;

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Novidade – Lei 12.873/2013•Art. 44.  Os registros de preços realizados

pelo Ministério da Saúde poderão ser utilizados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios para aquisição de bens e contratação dos serviços necessários à execução das ações e projetos voltados à estruturação do Sistema Único de Saúde - SUS, inclusive quando empregados recursos próprios.

•Vantagens aos Gestores Municipais.

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Blocos de Financiamentos•Bloco da Atenção Básica;•Bloco de Atenção de Média e Alta

Complexidade Ambulatorial e Hospitalar;•  Bloco de Vigilância em Saúde;•Bloco de Assistência Farmacêutica;•  Bloco de Gestão do SUS;•Bloco de Investimento.

•NÃO SE COMUNICAM ENTRE SI

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TRANSPARÊNCIA• Art. 32.  A comprovação da aplicação dos

recursos repassados pelo Fundo Nacional de Saúde aos fundos de saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, far-se-á para o Ministério da Saúde, mediante relatório de gestão, que deve ser elaborado anualmente e aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde.

• PORTARIA Nº 575, DE 29 DE MARÇO DE 2012• Institui e regulamenta o uso do Sistema de Apoio

ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

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RAG - SARGSUS• Art. 2º O SARGSUS é o sistema de utilização obrigatória

para a elaboração do Relatório Anual de Gestão (RAG) e integra o conjunto dos Sistemas Nacionais de Informação do Sistema Único de Saúde (SUS), com os seguintes objetivos:

• I - contribuir para a elaboração do RAG previsto no inciso IV do art. 4º da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990;

• II - apoiar os gestores no cumprimento dos prazos legais de envio dos RAG aos respectivos Conselhos de Saúde e disponibilização destas informações para as Comissões Intergestores;

• III - facilitar o acesso a informações referentes aos recursos transferidos fundo a fundo e sua aplicação por meio da Programação Anual de Saúde (PAS);

• IV - constituir base de dados de informações estratégicas e necessárias à construção do RAG;

• V - disponibilizar informações oriundas das bases de dados nacionais dos sistemas de informações do SUS;

• VI - contribuir para o aperfeiçoamento contínuo da gestão do SUS; e• VII - facilitar o acesso público ao RAG.

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Outros – Judicialização na Saúde•A dicção do art. 196 deve ser desdobrado em

duas partes:

1. De orientação programática, diz respeito aos fatores sociais, econômicos, ambientais que interferem com a saúde individual e coletiva;

2. De efetividade imediata, diz respeito ao acesso às ações e serviços que promovam, protejam e recuperem a saúde individual e coletiva.

Fonte: Lenir Santos

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• 1. A primeira parte que trata da saúde como o resultado de políticas públicas:

• RESPONSABILIDADE DO ESTADO, DA SOCIEDADE E DO INDIVÍDUO

• 2. A segunda parte que trata da garantia do acesso às ações e serviços de saúde para a sua promoção, proteção e recuperação:

• SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (PODER PÚBLICO)

Fonte: Lenir Santos

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• O que compete ao SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE nessa dimensão do conceito de saúde?

• REGULAR, FISCALIZAR E CONTROLAR AS AÇÕES E OS SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS DE SAÚDE (art. 197, CF);

• GARANTIR O ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE PELO SUS (art. 198);

• EXECUTAR SERVIÇOS PÚBLICOS, CONFORME PREVISTOS NO ART. 200 DA CF, ARTS. 5º E 6º DA LEI 8.080/90 E EM OUTRAS LEIS ESPARSAS.

Fonte: Lenir Santos

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INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO (Art. 198, II)• Art. 7º, II: integralidade da assistência é o

conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e CURATIVOS, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

• Art. 6º. I, d: ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA INTEGRAL: ações e serviços que visem ao TRATAMENTO DAS DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE subsequentes ao procedimento diagnóstico, destinados a garantir ao indivíduo proteção.

Fonte: Lenir Santos

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1. O art. 6º da Lei 8080 é claro em sua redação ao definir assistência integral farmacêutica ao usuário do SUS.

2. Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde-SUS:

I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral,

inclusive farmacêutica.

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• A Lei 12.401 em seu capítulo 8º me parece clara que a oferta de procedimentos terapêuticos inclusive os farmacêuticos são destinados aos usuários do SUS.

• “Art. 19-M.  A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea ”d ” do inciso I do art. 6o consiste em: 

• II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado.” 

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• “Art. 19-P.  Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada: 

• I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite; 

• II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; 

• III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde.” 

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•Art. 19-Q.  A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. 

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•Art. 19-R.  A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. 

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• Art. 19-T.  São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: 

• I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; 

• II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa.” 

• “Art. 19-U.  A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite.” 

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Decreto Lei 7.508 -Rename• O decreto é claro a quem se destina a

assistência farmacêutica:

• “Art. 21.  A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde”. 

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Decreto Lei 7.508 - Rename• Art. 28.  O acesso universal e igualitário à assistência

farmacêutica pressupõe, cumulativamente:• I - estar o usuário assistido por ações e serviços de

saúde do SUS;• II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de

saúde, no exercício regular de suas funções no SUS;• III - estar a prescrição em conformidade com a

RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e

• IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS. 

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Resolução nº 1 de 17 janeiro 2012• Art. 2º A RENAME compreende a seleção

e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.

Parágrafo único. Para os fins do disposto nesta Resolução, medicamentos essenciais são aqueles definidos pelo SUS para garantir o acesso do usuário ao tratamento medicamentoso.

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Resolução Rename• Art. 3º A RENAME atenderá os seguintes

princípios:

• I - ......• II - ....• III- ....• IV - ....• V- ......• VI - serviços farmacêuticos qualificados:

garantir a oferta de medicamentos com qualidade e de forma humanizada aos usuários do SUS.

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Resolução Rename• Art. 9º - Ao Ministério da Saúde compete

incluir, excluir ou alterar medicamentos e insumos farmacêuticos na RENAME, de forma contínua e oportuna, nos termos do art. 19-Q da Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.

• Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENAME a cada 2 (dois) anos.

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RENAME•Art. 6º Os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios podem definir medicamentos de forma suplementar à RENAME, para atendimento de situações epidemiológicas específicas, respeitadas as responsabilidades dos entes federativos, conforme análise e recomendação

•da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC).

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JUDICIALIZAÇÃO1. Crescente número de judicialização, especialmente

medicamentosa nas três esferas de governo;

2. Cada ente possui seus dados de acordo com a notificação de cumprimento recebida ou na esfera federal quando ressarce o governo estadual nas medicações essenciais;

3. Nos municípios o crescimento é gritante, especialmente por ser ele o mais fácil de ser notificado, cumpre a determinação judicial e não efetua o seu direito de regresso em procedimentos e medicamentos que não são de sua responsabilidade.

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•A nível municipal muitas destas ações chegam a consumir uma expressiva parcela de seu orçamento, para um só paciente, representando para os demais habitantes prejuízos no fornecimento dos serviços de saúde.

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1. A judicialização é extremamente prejudicial para os municípios devido a alteração de seu planejamento orçamentário para a execução do plano anual de saúde.

2. Do ponto de vista genérico prejudica:

a) Princípio da Descentralização;b) Princípio da Universalidade;c) Princípio da Integralidade;d) Princípio da Equidade.

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Causas Judicialização a nível Municipal1. Desconhecimento dos regramentos do Direito

sanitário pela grande maioria dos Procuradores Municipais;

2. A máxima que estes possuem que ordem judicial é para ser cumprida;

3. Desconhecimento da legislação pelos Gestores;4. Normalmente o primeiro demandado é o Município;5. Petições fundadas apenas no art. 196 da C.F/1988,

e muitas das tutelas antecipadas são expedidas pelos magistrados por não conhecerem o regramento infraconstitucional do SUS;

6. Normalmente os municípios não fazem agravamento destas decisões.

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Tutela Antecipada• Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte,

antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008.952-1994)

• I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou

• II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.

• O que cabe de recurso na Tutela Antecipada: Agravo de Instrumento segundo Felipe Gustavo Barbosa Maux.

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Tutela Antecipada

• Art. 273 –

• § 1º....• § 2º - Não se concederá a antecipação da

tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado;

• § 3º .....

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Tutela Antecipada1. Porque Agravo de Instrumento?

a) Tutela antecipada é de efeito satisfativo;b) Trata-se de forma geral o pedido, como se fosse

mútuo;c) Diz o art. 522 do CPC: Das decisões interlocutórias

caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento.

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Tutela Antecipada

•Sendo satisfativa e quanto ao mérito se o proponente for derrotado, quem arca com as despesas irreparáveis advindas de tal decisão? (Insulina de baixo peso molecular versus insulina convencional, derrota do proponente)

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DILEMAS1. Dos Magistrados: responsabilidade da não

concessão da tutela, e por isto ser responsabilizado quando houver dano ao solicitante;

2. Dos Procuradores Municipais: não se utilizam do Direito Sanitário, normalmente por falta de conhecimento;

3. Dos Gestores: pela falta de conhecimento e de fazerem cumprir dentro de suas atribuições, em seu território único, fazer cumprir a Lei.;

4. A nível municipal as questões políticas;5. Não ingressar com a ação de regresso ao

Estado por sua não responsabilidade.

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DILEMAS DOS GESTORES1. Permissibilidade de prepostos do SUS

receitarem medicamentos fora dos contidos na RENASES;

1. Questões lobísticas de inclusão de medicamentos e materiais sem a devida comprovação de efetividade pela medicina de evidências.

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CONCLUSÕES1. O nosso sistema judiciário obriga a que

todos tenham resposta as suas solicitações efetuadas a ele.

2. A judicialização tenderá a diminuir desde que as normas e regramentos infraconstitucionais do SUS sejam entendidas por todos e que o Direito Sanitário seja uma arma de proteção ao Direito de Saúde Coletivo.

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• OBRIGADO PELA ATENÇÃO

• Dr. Celso Luiz Dellagiustina Consultor Técnico e Jurídico da Comissão de

Saúde da ALESC;

E-MAIL: [email protected]: 47 9919-7777