11
Estruturas de Concreto I Prof. Geraldo Barros Sumário 1 Armaduras Longitudinais 1.1 Armadura Longitudinal Mínima 1.2 Armadura Longitudinal Máxima 2 Armadura de Pele 3 Ancoragem dos Estribos 4 Espaçamento entre as Barras 5 Aderência e Ancoragem das Armaduras 6 Emendas das Barras 7 Detalhamento de Armaduras 7.1 Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores 7.2 Armadura a ancorar dentro dos apoios 7.3 Cobertura do diagrama de momentos fletores

6-Disposições Construtivas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 6-Disposições Construtivas

Estruturas de Concreto I

Prof. Geraldo Barros

Sumário

1 Armaduras Longitudinais1.1 Armadura Longitudinal Mínima1.2 Armadura Longitudinal Máxima

2 Armadura de Pele

3 Ancoragem dos Estribos

4 Espaçamento entre as Barras

5 Aderência e Ancoragem das Armaduras

6 Emendas das Barras

7 Detalhamento de Armaduras7.1 Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores7.2 Armadura a ancorar dentro dos apoios7.3 Cobertura do diagrama de momentos fletores

Page 2: 6-Disposições Construtivas

1.1 Armadura Longitudinal Mínima (17.3.5.2.1)

Critério: a área de aço deve resistir a um momento igual ou superior ao de ruptura da seção sem armadura, sem considerar a resistência à tração do concreto.

Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas

Prof. Geraldo Barros

( )hbA ws minmin =

csstots AAAA %4' £+=

Prof. Geraldo Barros

1.2 Armadura Longitudinal Máxima (17.3.5.2.4)

Estabelecida a fim de garantir a validade dos modelos de cálculo adotados e a dutilidade da estrutura e evitar altas concentrações de ferragem, que podem comprometer o bom adensamento e a compactação do concreto.

Page 3: 6-Disposições Construtivas

)%(10,0%10,0 dbAA walmac

peles ==

Prof. Geraldo Barros

A função dessa armadura é, principalmente, minimizar os problemas decorrentes da fissuração, retração e variação de temperatura. Serve também para diminuir a abertura

de fissuras de flexão na alma das vigas.

Em vigas com altura igual ou inferior a 60cm, pode ser dispensada a utilização da armadura de pele.

ïî

ïí

ì£

15

20

3/

cm

d

t

bw

t

x

h>60cm

LN

Os estribos para cisalhamento devem ser fechados através de um ramo horizontal, envolvendo as barras da armadura longitudinal de tração, e ancorados na face oposta.

Portanto, nas vigas biapoiadas, os estribos podem ser abertos na face superior, com ganchos nas extremidades.

Quando esta face puder também estar tracionada, o estribo deve ter o ramo horizontal nesta região, ou complementado por meio de barra adicional.

Portanto, nas vigas com balanços e nas vigas contínuas, devem ser adotados estribos fechados tanto na face inferior quanto na superior.

Prof. Geraldo Barros

Page 4: 6-Disposições Construtivas

No sentido horizontal (ah):

o 2cm;o Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;o 1,2.diâmetro máximo do agregado

No sentido vertical (av):

o 2cm;o Diâmetro da barra, do feixe ou da luva;o 0,5.diâmetro máximo do agregado

Prof. Geraldo Barros

bdbydsd flfAZ .... ==

Prof. Geraldo Barros

A aderência será função da textura superficial da barra, da resistência do concreto e da posição relativa da barra na peça (zona de boa ou má aderência). A zona é dita de boa aderência quando se pode garantir que o concreto será cuidadosamente vibrado e adensado. Conforme a NBR 6118, isto ocorre nas seguintes situações:

bdbyd flf ....4

. 2

=

bd

ydb f

fl .

4=

Zd

Page 5: 6-Disposições Construtivas

Prof. Geraldo Barros

ctdbd ff ... 321=

Prof. Geraldo Barros

1 = coeficiente de conformação superficial do aço

1 = 1,0 barras lisas (CA-25)

1 = 1,4 barras entalhadas (CA-60)

1 = 2,25 barras nervuradas (CA-50)

2 = coeficiente da posição relativa das barras na concretagem

2 = 1,0 para situações de boa aderência

2 = 0,7 para situações de má aderência

3 = coeficiente da bitola da barra

3 = 1,0 para 32mm

para > 32mm

Para aço CA-50, 32mm e

100132

3

-=

( )MPafff cdckbd3/23/2 42,034,0 ==4,1=c

Page 6: 6-Disposições Construtivas

A) Comprimento Básico de Ancoragem (9.4.2.4)

B) Comprimento de Ancoragem Necessário (9.4.2.5)

No caso de , tomamos:

C) Comprimento MínimoO comprimento mínimo de ancoragem por aderência deve ser:

Nas situações de má aderência, fbd, será tomada com um valor igual a 2/3 do valor anterior. É o mesmo que l’b =1,5lb.

calcs

efets AA >

Prof. Geraldo Barros

bd

ydb f

fl .

4=

efets

calcs

bnecb A

All =

ïî

ïí

ì

³

b

b

l

cml

3,0

10

10min

No caso de feixes de barras, lb deve ser majorado dos seguintes valores:n 20% para feixes de 02 barrasn 33% para feixes com mais de 02 barras

O diâmetro equivalente do feixe será:

n = número de barras do feixe = diâmetro de cada barra

nn =

Prof. Geraldo Barros

Page 7: 6-Disposições Construtivas

min,0,0 cnecbc lll ³=

Prof. Geraldo Barros

As barras exclusivamente comprimidas ou que tenham alternância de solicitações devem ser ancoradas em trecho reto, sem gancho.

A presença de ganchos gera concentração de tensões, que pode levar ao fendilhamento do concreto ou à flambagem das barras.

l0c,min é o maior entre os valores:

ïî

ïí

ì

mm

lb

200

15

6,0

Os ganchos possibilitam a redução do comprimento de ancoragem.

No caso de gancho na extremidade lb pode ser subtraído em 10 (CA-50, 60).

Os ganchos podem ser: n semicirculares, com ponta reta de comprimento não inferior a 2

n em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento não inferior a 4

n em ângulo reto, com ponta reta de comprimento não inferior a 8

Prof. Geraldo Barros

Page 8: 6-Disposições Construtivas

Prof. Geraldo Barros

Sem gancho Com gancho

Barras de alta aderência Barras de alta aderência

fck(kg/cm2)

b 1,5 b 1,5

CA-50 CA-60 CA-50 CA-60

110 66 79 56 69

135 57 69 47 59

150 54 64 44 54

180 47 57 37 47

200 44 53 34 43

220 41 50 31 40

240 39 47 29 37

260 37 45 27 35

min,000 . tnecbtt lll ³=

Prof. Geraldo Barros

n Emendas por TraspasseNão são permitidas para barras de bitola superior a 32mm nem em tirantes

e pendurais (elementos somente tracionados).

n Comprimento de traspasse de barras isoladas (9.5.2.2)

0t é o coeficiente função da porcentagem de barras emendadas na mesmaseção. Dado na tabela seguinte:

ïî

ïí

ì

=mm

l

lbt

t

200

15

.3,0 0

min,0

Page 9: 6-Disposições Construtivas

§ Cobrimento mínimo da emenda

§ Distância entre barras emendadas

Prof. Geraldo Barros

lot

dal 5,0³

Prof. Geraldo Barros

n Apoio direto: início na face interna

n Apoio indireto: início a 1/3 da face interna

7.1 Deslocamento do Diagrama De Momentos Fletores (Decalagem)

(estribos verticais)

Page 10: 6-Disposições Construtivas

ïï

î

ïï

í

ì

³

231

/

vãos

ydst

ancs A

fR

Aïî

ïíì

³241 vão

sancs

AA

Prof. Geraldo Barros

7.2 Armadura a ancorar dentro dos apoios

o Apoios extremos

7.3 Cobertura do diagrama de momentos fletores

o Apoios intermediários

dl

st Vda

R .=

mcmA

cmA

sw

s

/78,1

12,62

2

=

=

Prof. Geraldo Barros

01. Detalhar a viga abaixo, considerando os dados anteriormente obtidos.

20 cm

52.6 cm

6.12cm2

6 m

2 t/m

Page 11: 6-Disposições Construtivas

02. Dimensionar e detalhar a viga 1, a qual suporta uma carga de 4t/m.

Prof. Geraldo Barros

V1: 20 X 70

h = 12cm L1

800 cm

03. Considerando o esquema estrutural dado e a seção das vigas 4 e 5, pergunta-se:

a) As vigas V4 e V5 são estáveis quanto à flexão?

b) Quais os modos/modelos de dimensionamento estão sendo usados (armadura simples, seção L, armadura dupla)? Há alguma armadura não utilizada? Onde e quanto?

c) Com base nestes dados, qual o máximo vão permitido para V2?

d) Complete o detalhamento de V4/V5.

mtq

mtq

eVV

V

/2

/5,2

54

2

=

=

Prof. Geraldo Barros

7m7m

V3

V2

V1

V4

V5

P1 P2

P3 P4

L1h=12cm

L2

3m

3m

20 cm

As'=2 cm2

40 cm

12 cm2

20 cm

Seção de V4 e V5