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Bragança Paulista Sexta 12 Outubro 2012 Nº 661 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 12.10.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta12 Outubro 2012Nº 661 - ano [email protected]

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Há ainda, por parte de mui-tos cristãos dificuldades em entender bem a presença de

Maria de Nazaré na vida de Jesus Cristo, tido como “verdadeiro ho-mem e verdadeiro Deus”. Parcela dos cristãos veem Maria como uma mulher escolhida, mas nada mais que isso. Outros quase que a idolatram! Aos primeiros vai um arrazoado: se creem que Jesus Cristo é verdadeiro homem, nascido de Maria de Nazaré, gerado pelo Espírito Santo, portanto verdadeiro Deus, creem que Maria é Mãe do Filho Unigênito de Deus. Sé é Mãe de Deus ela não é uma mulher qualquer! Ela tem lugar privilegiado na história da salvação! Porque não lhe atribuir um especial carinho? Uma especial reverência e devoção? Para os segundos: o alerta que Maria não é deusa. Ela é a Mãe do Redentor. Sua vida aposta para Ele! Neste quadro lembramos alguns traços que a tradição crista refere à Maria de Nazaré, jovem mulher judia, que os cristãos veneram como Mãe de Jesus Cristo, filho de Deus

feito homem como dito acima. Da mesma forma, a visão sobre o papel de Maria na história da salvação, todos sabemos, não é unânime no meio de todos os que professam a fé em Jesus Cristo como Senhor e único mediador entre o Pai e nós. A teologia católica e a teologia orto-doxa atribuem a Maria privilégios e ações que a teologia protestante julga não cabíveis. Certamente todos concordam que a “cheia de graça” teve missão única e sublime. Todas as denominações cristãs, de alguma forma, crêem Maria como escolhida. Para os cristãos, que a veem também como intercessora, é extremamente oportuno purificar o olhar da fé para que o amor, a devoção que devotam a essa Senhora tenha reflexos no comportamento que ela, Mãe de Deus, inspira e aponta. A cada ano, quando celebramos a festa de Nossa Senhora Aparecida, vendo a enorme multidão na cidade santuário, ouvindo o espocar dos rojões, o barulho das carreatas, fico pensando o quanto de responsabilidade se tem para mos-

trar, com a vida, que essa celebração não é mero devocionismo exterior. Nem somente um envolvimento sentimental com a “santa”. E, muitos menos, uma ligação material com uma determinada imagem. Penso na enorme necessidade de um teste-munho que passe para a prática um amor que se afirma ter. E penso que a intercessão que nós cremos que ela tem em relação a nós, deveria ser a intercessão que devemos procurar tornar presente em nosso dia-a-dia. Sabemos todos que o envolvimento meramente emocional ou de datas específicas não constrói nada. É um verniz que serve para acomodar uma consciência mal formada. E que serve de contratestemunho. Um amor verdadeiro à Virgem Maria encontra a sua força quando consegue modificar a vida de quem diz ama-la. Na história religiosa de cada povo, o amor à Mãe de Deus se expressa dentro das situações próprias. E a alma religiosa vai atribuindo nomes que expressam um sentir especial. Ao lado disso, a arte religiosa vai

configurando a Mãe do Senhor a partir das características, também físicas, de cada etnia, de cada povo. Os muitos nomes e muitos rostos de uma mesma Mãe são a plasticidade de um Amor Infinito. De tal maneira que cada um possa ver um reflexo do Amor Maior naquela que o Senhor da História chamou e chama de “Mãe”! E é imensamente consolador, a nós todos, peregrinos por este mundo, poder invocá-la do nosso jeito. Como invocamos nossas mães da terra. Sentindo-a próxima. Na sua grandeza que não afasta. Numa plenitude que a todos acolhe. São Bernardo dizia que “... nunca se ouviu dizer que quem tenha a Ela recorrido tenha sido abandonado!” Esta certeza faz parte do pensar e sentir que se deve mostrar. O amor que dizemos ter deve ser transformado na atitude de acolhida, de socorro, de prote-ção. Costumo dizer (e creio nisso) que Deus está presente em nosso meio pela forma como realizamos o que ele nos indica. Digo o mesmo (e creio) que o amor da Mãe se faz

sensível quando o materializamos. Da atitude prática pode-se caminhar para uma compreensão cada vez maior do que significa a intercessão de Maria. Será claro que ela não toma o lugar do Cristo. Que ela é a Serva do Senhor (Lucas, 1,38). Que guardava e meditava tudo no coração (Lucas 2,19). E que nos diz: “Fazei o que ele vos disser!” (João 2,5) Há uma riqueza na Mãe de Deus. Mãe também nossa aos pés da cruz (João 19,25-27). Há uma riqueza nos seus muitos nomes. Que se resumirão sempre numa única e doce expressão: MÃE DE DEUS, MINHA MÃE!

Mons. Giovanni Barrese

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Maria de Nazaré

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Um número pequeno, mas crescente, de brasileiros vem registrando suas preferências de tratamentos para a eventualidade de sofrerem uma doença grave e terminal.

O número de documentos desse tipo lavrados no 26º Tabelião de Notas, em São Paulo, subiu de 22 em 2002 para 406 em 2011. Neste ano, até o último dia 30, foram 208, diz o tabelião substituto Felipe Leonardo Rodrigues. Esse aumento da procura se antecipou à nova regra publi-cada pelo Conselho Federal de Medicina, que dá respaldo aos médicos para acatarem os desejos dos pacientes que não quiserem receber tratamentos, como manutenção artificial da respiração, para prolongar a vida no caso de doença terminal. Eliette Tranjan, 36, registrou seu documento há quase um mês. A advogada, de São Paulo, quis deixar nomeada de an-temão a pessoa que deve tomar as decisões por ela caso fique incapacitada para isso.

União estável “Vivo em união estável, mas não sou casada. Ninguém poderia saber melhor as minhas vontades do que meu companheiro.” Eliette também deixou orientações para não ser mantida viva por meios artificiais de alimentação por mais de seis meses e registrou a opção por não doar seus órgãos. Ela também já preparou documentos parecidos para seus clientes, mas diz que não é fácil abordar o tema. “Nem todo mundo está aberto para falar da morte. Acham que é um mau presságio.” Alguns dos chamados testamentos vitais vão além do que prevê a resolução do conselho de medicina. Elisabete Navega, 46, pediu aos seus pais, de 75 e 79 anos, que registrassem suas preferências de tratamento para evitar a repetição de um problema vivido pela família há cerca de um ano.

Com problemas cardíacos, o pai de Elisabete estava havia um mês internado em um hospital. Insatisfeita com o tratamento, ela quis mudá-lo de instituição e teve dificuldade pela falta de um documento que provasse ser ela a responsável por tomar as decisões por ele. Os documentos dos pais da advogada, também de São Paulo, estão prontos há dois meses e incluem até um pedido de que sejam transferidos para outro país onde a eutanásia seja permitida caso estejam com alguma doença que cause dores extremas sem possibilidade de cura. “Em caso de parada cardíaca, por exemplo, ele concorda em ser ressuscitado, mas não quer ficar ligado a aparelhos se não tiver função cerebral, por exemplo.” Elisabete planeja fazer um documento para si em breve. “Não tenho herdeiros e não quero que meus irmãos decidam sobre meus tratamentos. Vou designar uma pessoa que não é da minha família. Para mim, isso é indispensável.” Ela também quer deixar uma lista de hospitais onde não gostaria de ser internada caso tenha algum problema, além de ordens para ser cremada se morrer. De acordo com o médico Desiré Callegari, do Conselho Federal de Medicina, a resolução publicada agora não contempla todos esses casos. Eutanásia, por exemplo, continua sendo crime. “O médico pode aplicar um analgésico se a pessoa tiver muita dor, mas não em uma dose suficiente para causar morte.” Para Callegari, a regra só oficializa a conduta corrente. “Não fizemos nada novo.”

Depoimento ‘Estou preparando aminha morte do jeito que eu quero’ A aposentada Celina Maria Rubo, 71, decidiu pôr no papel suas vontades para o fim da vida depois da morte da mãe, há três anos. Ela escolheu um primo como responsável por decidir sobre um tratamento específico ao qual não quer ser

submetida. (DM) “Minha mãe teve obstrução intestinal há seis anos. O médico queria operá-la e nós [os filhos] achamos que ela não deveria passar por uma situação como essa no fim. Ela teria seu intestino retirado, ficaria com aquela bolsinha (de colostomia). É horrível. Não deixamos. Ela viveu por mais três anos com boa qualidade de vida, foi tratada com remédio paliativo. Depois, descobri que eu tenho o mesmo problema, uma obs-trução parcial do intestino e diverticulite. Estava morrendo de medo de ser operada à minha revelia. O médico disse: ‘Se você chegar no hospital desmaiada, em coma, a gente opera’. Mas eu não quero! Achei que deveria haver um jeito de ter minha vontade cumprida. Pode operar pulmão, coração, cabeça. Só não pode operar o meu intestino. Até o nome da cirurgia está determinado no documento. O maior problema foi encontrar alguém responsável em caso da minha incapacitação. Meu filho não quis nem ver. Meu irmão também não, irmã, nem pensar. Sobrinhos também não. Disseram que gostam demais de mim para falar da minha morte. Meu primo acabou aceitando. Tem de ser uma pessoa com muita força para lutar contra o resto da família. O documento ficou pronto na semana passada. Deixei também uma poupança para a minha cremação. Estou preparando minha morte do jeito que tem que ser. A gente tem de encarar a morte de forma racional. Não estou doente, cuido bem do meu intestino, meu médico é bom, mas acho que a gente tem de preparar o fim. Temos uma cultura que tenta esquecer que a morte vem. A morte é a única coisa certa. Por que não preparar uma morte boa? Vivemos bem, por que não morrer bem?”

por DÉBora MisMeTTi/FoLHaPress

Documentos especificam pro-vidências aceitas ou não para prolongar a vida

Registro de escolha de

tratamentosaúde

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Quando se fala em educação no Brasil, logo os problemas vêm à cabeça. Mas que tal falarmos de soluções? Uma ação que tem

dado certo e vem trazendo bons resultados nas escolas da região bragantina é o projeto “Professor Mediador”. A função, criada em 2010 pelo Governo do Estado de São Paulo em parceria com a Polícia Militar, dentro do Sistema de Proteção Escolar, tem como objetivo proteger as escolas da rede estadual de fatores de risco e vulnerabilidade. Além de atuar na mediação de conflitos, o Professor Mediador atua, ainda, nas atividades pedagógicas e nas relações interpessoais de toda a comunida-de escolar. De acordo com Maria Teresa Barrese Rezende, uma das gestoras do projeto na Diretoria de Ensino da Região de Bragança Paulista, é competência do Professor Mediador a adoção de práticas restaurativas e de mediação de conflitos no ambiente escolar; a realização de entrevistas com os pais ou responsáveis pelos alu-nos; a análise de fatores de vulnerabilidade aos quais os alunos possam estar expostos e a identificação e sugestão de atividades pedagógicas complementares a serem realizadas pelos alunos fora do período letivo. “Tudo o que é desenvolvido pelo professor mediador passa pela aprovação do diretor da escola e deve, ainda, estar de acordo com regimento escolar”, diz. Maria Teresa explica, também, que para se tor-nar um Professor Mediador, é preciso que os professores se inscrevam no Curso de Mediação Escolar e Comunitária, onde se formarão como mediadores e que freqüentem as orientações técnicas mensais que acontecem na Diretoria de Ensino. Ao total são 2.500 professores mediadores em 2.155 escolas em todo o Estado de São Paulo. Das 60 escolas estaduais integradas à Diretoria de Ensino de Bragança Paulista, que abrange 12 municípios, 40 delas possuem Professor Mediador Escolar e Comunitário, ou PMEC. “Ao todo são 43 PMEC, porque três escolas, Major Juvenal Alvim, em Atibaia e o EEMABA e o Cásper Líbero, em Bragança, possuem dois professores mediadores cada”, explica. Além de Maria Teresa, o projeto “Professor Mediador”, na Diretoria de Ensino da Região de Bragança Paulista, cujo dirigente é o Salim Andraus Junior, tem como gestoras Aida Maria Santos Rodrigues e Carmem S. Bueno de Oliveira. “Inicialmente as unidades escolares foram selecionadas a partir de um mapeamento realizado pela Diretoria Regional de Ensino das escolas da região de maior vulnerabilidade social, com base na análise de ocorrências cadastradas no Sistema Eletrônico de Registro de Ocorrências Escolares (ROE)”, explica Maria Teresa. “Hoje, devido à im-portância e ao sucesso do projeto, todas as escolas podem contar com Professores Mediadores, desde que os professores sejam devidamente cadastrados e atendam a legislação vigente”, fala. “Mas é opção da escola ter um professor mediador ou não, não é obrigatório”, conclui

ParceriasUm dos conceitos mais interessantes do projeto Professor Mediador é o que diz respeito à busca de parcerias. Elas acontecem em diversos âmbi-tos, desde órgãos públicos, até a comunidade do entorno escolar. “Muitos professores mediadores

conseguem parcerias com alguns profissionais para atendimento aos alunos. Já foram firmadas parcerias com psicólogos, dentistas. Se o aluno precisa, o professor mediador vai atrás”, conta Maria Teresa. Além disso, existem parcerias com a Polícia Militar, o JCC – Jovens Construindo Cidadania, as Unidades Básicas de Saúde, com campanhas de prevenção às DST/AIDS e os representantes do Conselho Tutelar e do Ministério Público, por meio da Promotoria da Infância e Juventude. Ou-tra parceria importante é a própria comunidade. Alguns professores conseguiram como parceiros os donos de lan houses, por exemplo. Se o aluno estuda de manhã, o proprietário estabelecimento

só permite que ele use os computadores no período da tarde e vice-versa. Tudo para evitar que os alunos faltem às aulas. E é também na questão da evasão escolar, comum em todas as escolas, que funciona a parceria com o Ministério Público. As escolas enviam ao Conselho Tutelar uma listagem com

o nome dos alunos que não têm freqüentado às aulas. A Promotoria, então, entra em contato com os pais a fim de descobrir o porquê da ausência e encontrar uma solução para cada caso.

SoluçõesUm exemplo de como o Professor Mediador pode intervir, encontrando soluções que vi-sem o bem estar do aluno, aconteceu na escola Josephina Galvão de França Andreucci, da zona rural de Socorro. Era preciso encontar uma alternativa para os alunos que chegam antes do horário das aulas. “Alguns alunos do período da tarde chegavam uma hora mais cedo por causa do transporte. Ficavam sem ter o que fazer. A solução foi criar o ‘cantinho da brincadeira’, um espaço para que esses alunos pudessem ocupar o tempo brincando”, conta a professora mediadora Silvana Maria de Oliveira. Os professores mediadores Angelo Longobardi, do EEMABA e Rodrigo Mendes Rodrigues, da Escola Professor Paulo Silva estão não projeto a menos de um ano, mas já conseguem vêem resultados. “Já é possível perceber os resultados da mediação e das parcerias tanto nas notas quanto no comportamento dos alunos”, diz Angelo. “Os pais também já estão diferentes, estão mais participantes, vêm conversar, nos agradecer”, completa Rodrigo. Segundo os professores, a mediação funciona como uma maneira de aproximar tantos os alunos quanto os pais da comunidade escolar que envolve, além dos professores, os funcionários. Além disso, trabalha de forma que o aluno perceba quais são suas responsabilidades e que esteja atento para as conseqüências de seus atos. Uma das ações do projeto Professor Mediador tem por finalidade criar ou reestruturar os Grêmios Escolares, fazendo com que, dessa maneira, os alunos sejam motivados a se envolveram mais com as questões da comunidade escolar e encontrem, eles próprios, alternativas para o desenvolvimento de novos projetos. Fazer com que os alunos participem ativamente de do que acontece dentro da escola funciona como um estímulo, refletindo, assim, em notas e em comportamento.

colaboração sHeL aLMeiDa

Tudo o que é desenvolvido pelo professor mediador passa pela

aprovação do diretor da escola e deve, ainda, estar de acordo com

regimento escolar

Maria Teresa

Maria Teresa e Aida são duas das gestoras do projeto “Professor Mediador”, que existe desde 2010 e atende 40 escolas da região bragantina.

Os professores mediadores Angelo e Rodrigo estão no projeto há menos de 1 ano e já vêem resultados positivos.

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O álcool hoje em dia, tem sido encarado como algo “comum”. Definitivamente, é muito comum observarmos jovens e adultos consumindo bebidas

alcoólicas, como se ela fosse a única forma de diversão.A família, nesse caso, sofre as mesmas consequências dos drogados, pois o alcoólatra (ou alcólico) semeia a briga, a desarmonia e consequentemente, a violência.O problema é que quase ninguém se indigna com a bebida em excesso. Como se beber muito fosse o portal para a felicidade. E é exatamente aí que o problema começa a tomar corpo: o álcool é a porta de entrada para outras drogas. A pessoa alcoolizada perde o bom senso, se comporta como se fosse indestrutível, não vê a realidade como ela é. É como se tivesse um “filtro” que deturpa o seu comportamento.É muito difícil detectar exatamente quando inicia o processo de alcoolismo, mas os pais devem ficar alertas quando um adolescente ultrapassa o limite, em média, uma vez por semana.O uso do álcool em excesso é a porta de entrada para o uso das drogas ilícitas, o que remete ao problema de segurança, explicado em minha matéria anterior sobre drogas.O uso do álcool (assim como das outras drogas) está profundamente relacionado com a segurança, quando observamos os altíssimos índices de acidentes de trân-sito causados pelo uso do álcool.Hoje em dia, os carros são fabricados para andarem (correrem) a velocidades altíssimas. E isso, aliado ao álcool, traz consequências drásticas para a população, pois estamos ‘a mercê desses motoristas alcoolizados ou drogados.O álcool interfere diretamente no comportamento das pessoas, e assim como com outras drogas, uma pessoa sob o efeito de álcool, se torna violenta, sem qualquer motivo, podendo destruir objetos, ofender e atacar pessoas.

Já passou do tempo para começarmos a agir contra este inimigo e podemos tentar mudar tudo isto apenas com simples atitudes tais como:- Quando observar um estabelecimento vendendo bebi-das a menores, basta gravar a ação no celular e efetuar a denúncia ‘as autoridades, pois enquanto ficarmos passivos e imóveis, o resultado sempre será o aumento do problema até o ponto em que o problema provável e fatalmente atingirá a sua família.- Quando observar um cidadão em perceptível estado de embriaguês assumindo a direção de um veículo, ime-diatamente anote a placa e características do veículo e informe ‘as autoridades para que elas possam interceptar o veículo e evitar que até você mesmo seja uma vítima do motorista alcoolizado. Isto sem levar em conta que você pode estar salvando a vida do alcoolizado.Se sairmos para dar uma volta na cidade no período da madrugada, repetidamente vamos observar que jovens motorizados se reúnem normalmente próximo ‘as lojas de conveniência para começar a beber antes de ir para alguma balada.Após já estarem relativamente calibrados, assumem o volante de seus veículos, normalmente com vários ocupantes e se dirigem para alguma balada que normal-mente é fora da área urbana e tem que pegar estradas absolutamente perigosas, para quem está sóbrio, quem dirá para quem esta sob efeito do álcool.No dia seguinte observamos aquelas horríveis notícias de acidentes fatais, onde a maioria das vítimas são jovens.Será que seu filho, filha, irmão, sobrinho ou sobrinha, não poderiam ser um dos ocupantes destes veiculos e você estaria rezando para que alguém tomasse alguma atitude que evitasse ou ajudasse a diminuir este risco? O fato é que não podemos continuar inertes e preci-samos tomar atitudes urgentes. Não podemos esperar pelo próximo e não podemos esperar e não sair do lugar.Não podemos deixar de denunciar pois as autoridades muitas vezes acabam por dar atenção a outras neces-

sidades, justamente porque não recebem reclamação ou denúncia da população.Certo dia passei uma vergonha danada quando fui visitar meu cunhado em seu apartamento e verifiquei que ele estava separando o lixo entre cesto para plás-ticos, cesto para papéis, cesto para orgânicos, e foi aí que eu perguntei a ele se no bairro dele existia coleta seletiva de lixo.A resposta foi direta e objetiva.......Não tem !Comecei a rir, meio que zombando e perguntei, então, para que você está separando tudo se os outros vão juntar tudo depois......Aí veio a maior raquetada na fuça, e, a partir daí, acordei para muitas mudanças em termos de cidadania, pois ele me respondeu serena e calmamente :¨ A minha parte, eu estou fazendo ¨ Não vamos ficar esperando que outros co mo governan-tes, políticos, legisladores tragam soluções milagrosas, pois qualquer mudança, para funcionar, tem que partir de dentro de nós.Tudo o que relatei nesta matéria tem como alavanca o objetivo de segurança para nós mesmos e para os nossos, além de não perdermos a oportunidade de melhorar a Sociedade em que vivemos.

Até a próxima

Valmir aristides, consultor de segurança e fundador da eco sistema eletrônico ltda- empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança.Formado em eletrônica sendo que sempre atuou na área técnica nas empresas ibm – international business machines e itt- international telegraphs & telecomunications.Fundador / presidente da reb -pm rede de emergência bra-gantina na policia militar.Atuou por 2 anos como diretor do spc- serviço de proteção ao credito na câmara de dirigentes lojistas de bragança paulista (cdl)

por vaLMir arisTiDes

A porta de entradaSegurança x álcool

olho vivo - dicas de segurança

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Sexta 12 • Outubro • 2012 Jornal do Meio 6616 teen

Foi realizado no sábado, 29 de setembro, no salão da Associação Nipo de Bragança, apresen-tação do tenor Kohdo Tanaka. Numa realização

conjunta da Nipo com a Sociedade Italo-Bragantina, o evento teve público de 200 pessoas, preenchendo todos os assentos preparados para o evento.O tenor japonês, que este ano completa 52 anos de carreira, já se apresentou por 510 cidades, em 1850 apresentações. Ele graduou-se em música no Japão e posteriormente estagiou na Itália.Sua admiração pelo Brasil já o trouxe 15 vezes ao país, apresentando-se sempre de forma gratuita. Nesta passagem, a segunda por Bragança (a pri-meira foi em 2011, em recital no Colégio Coração de Jesus), contou também com as apresentações da soprano Emiko Banno, de Campinas, além da soprano bragantina Giselle Garbe, e do grupo de percussão Aozora Daiko.Com início pontual às 19 horas, as apresentações agradaram crianças, jovens, adultos e idosos presen-tes. Os artistas levantaram o público com canções como “Celeste Ainda”, “Nessun Dorma!”, entre outras canções tradicionais do Japão e Itália.A soprano bragantina Giselli Garbe cantou e tocou ao piano “Tema de Amor do Cinema Paradiso”, levantando novamente a plateia, aos gritos de “Bravo, Bravo!”.No BIS, o tenor Tanaka encerrou com “O Sole Mio”, levando parte do público às lágrimas.O presidente da Nipo, Roberto Oki, e o presidente da Sociedade Ítalo, Edilberto Daolio pretendem estreitar ainda mais os laços entre as duas colônias, realizando outros eventos culturais conjuntamente.

Recentemente, a atriz Adriana Birolli ficou em terceiro lugar no reality “Super Chef”, do “Mais Você” (Globo). “Aprendi a cozinhar

quando fui escoteira”, diz. Nos acampamentos do grupo Santa Mônica, ela também encenou seus primeiros esquetes e arranjou o primeiro namorado. Ué, mas pode namorar em acampamento? “A paquera rolava solta, mas lá não podíamos fazer nada. A gente esperava e resolvia fora dali”, lembra. “Não pode nem ficar de mão dada!”, reforça Anauara Anic, 16, do grupo São José de Vila Formosa, em São Paulo. “Tem horário para voltar para a barraca, e menino dorme separado de menina.” Ou seja, “ficar” só escondido. “E, se descobrirem, você pode ser afastado por um tempo”, esclarece a jovem. “Como em todo lugar, no escotismo também há regras. É um ambiente, acima de tudo, educacional”, explica Rafael de Macedo, vice-presidente da UEB (União dos Escoteiros do Brasil). Caretas, não! No país, até 1990, acampamentos mistos eram proi-bidos. “Tem quem ache que somos tradicionalistas, mas temos os olhos voltados para o futuro”, defende Macedo. O movimento brasileiro reformulou sua logomarca, os manuais de conduta e os uniformes. Seus repre-sentantes passaram até a dar palestra em empresas sobre trabalho em grupo e liderança. Desde 2008, ele vem crescendo cerca de 20% ao ano no Brasil. Atualmente, são cerca de 90 mil escoteiros

inscritos na UEB -no mundo, são 32 milhões. A maior concentração é nos EUA. Lá, em julho passado, um jovem de 19 anos foi expulso da Boy Scouts of America (união escoteira do país). O motivo: ser gay. A entidade alegou que é livre para escolher seus valores. A Suprema Corte dos EUA legitimou a decisão. O combate ao preconceito, porém, faz parte inclusive da Lei do Escoteiro (dez regras principais que regem o grupo). “No Brasil, isso não ocorre. Conheço diversos homossexuais no movimento”, conta Rafael de Macedo. O escotismo aqui surgiu em 1909, dois anos após sua invenção por Robert Baden-Powell, tenente-general do Exército britânico. O movimento tem caráter educacional, buscando desenvolver valores, como respeito e fraternidade e o amor à natureza. Barack Obama, Paul McCartney e Bill Gates foram esco-teiros. Sabrina Sato, Regina Casé, Fernando Henrique Cardoso e Roberto Marinho (1904-2003), também. Hoje, os membros brasileiros pagam cerca de R$ 100 ao ano para manter a UEB funcionando -membros carentes são isentos da taxa. A organização recebe também a ajuda de pais, empresas privadas e igrejas. Os encontros acontecem geralmente aos sábados, entre 14h e 18h. As atividades incluem criação de animais, aulas de primeiros socorros, sobrevivência na floresta, debates, boas ações... E há ainda os acampamentos. Há registro de escoteiros com até 90 anos. “Quero ser escoteira até o fim da vida”, diz Anauara Anic.

por MiLLos Kaiser/FoLHaPress

Sempre Alertas

Tenor japonês visita Bragança

Mais numerosos do que nunca, escoteiros se adap-tam aos novos tempos e recusam o rótulo de caretas

Ilustração: Pablo Mayer

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Sexta 12 • Outubro • 2012 Jornal do Meio 661 7Seus direitos e dever

Aos eleitosPor GusTavo anTônio De Moraes MonTaGnana/GaBrieLa De Moraes MonTaGnana

A vitória nas urnas representa a confiança depositada pelo povo em alguém, um semelhante, que

exercerá funções públicas destinadas a possibilitar a existência e o aperfei-çoamento da sociedade.A vitória nas urnas, representa ainda mais, representa a democracia, esse brilhante regime de governo, reinante hoje no país após serem travadas mui-tas lutas, com a ocorrência de muitas mortes, onde a vontade do povo pode ser manifestada.A vitória nas urnas acarreta aos eleitos o dever de exercerem a função públi-ca, de forma proba, ética, impessoal, com observância dos ditames legais, transparente e eficiente.Durante a campanha eleitoral convenceram os eleitores de que estariam preparados para assumir essa tarefa. Prometeram zelar pelo interesse público, nas suas mais variadas vertentes. Pois bem, é

chegada a hora de cumprirem com as promessas e agirem com honestidade e, sobretudo, eficiência.Afinal, como já dizia Guimarães Rosa, “o mais difícil não é um ser bom e pro-ceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer”. Quando candidatos demonstravam saber o que queriam e onde queriam chegar. Eleitores depositaram nas urnas, a esperança por uma cidade justa e so-lidária. Esse projeto deve ser gerido por todos, mas será comandado por aqueles que representam o povo no poder.É certo que corresponder à essa espec-tativa não será tarefa fácil, mas nunca foi dito que seria. A essência humana pode ser levada à efeito para que tal intento seja alcançado, entretanto. Por exemplo, a criatividade corresponde à essência do ser humano, pois ele não é um ser que nasce pronto, mas se faz,

exercendo a sua liberdade e sua criati-vidade. Criatividade supõe capacidade de improvisação, descoberta de saídas surpreendentes e espontaneidade na ruptura de tabus ligados à tradição ou ao senso comum dominante.Que sejam criativos os candidatos eleitos.Outra característica da essência hu-mana é o cuidado. Como nos ensina Leonardo Boff “Sem cuidado ele deixa de ser humano. Se não receber cuidado desde o nascimento até a morte, o ser humano desnatura-se, definha, perde sentido e morre. Se, ao largo da vida, não fizer com cuidado tudo o que empreender, acabará por prejudicar a si mesmo e por destruir o que estiver à sua volta”.Que sejam cuidadosos os representantes do povo no poder.Que não sejam acometidos pela cau-tela imobilizadora, que como ressalta

Mario Sérgio Cortella, impede que as coisas aconteçam. Cautela imobiliza-dora, nas suas palavras, “é a atitude daquele que, ao ouvir que é preciso mudar as coisas, dando mais presteza, mais velocidade, maior eficácia, maior segurança, diz: “Vamos esperar mais um pouco, ainda é cedo. Faz tempo que está assim, vamos deixar desse modo. Aqui no Brasil é assim, as coisas demoram um pouco a acontecer”. Essa é a cautela que imobiliza que impede que as coisas aconteçam”.Que, por outro lado, não ajam com o ímpeto inconsequente.

Desejamos coragem!

Até a próxima!

Gabriela de moraes montagnanaGustavo antonio de moraes montagnanaAdvogados

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Sexta 12 • Outubro • 2012 Jornal do Meio 6618 Delícias 1001

Por DeBoraH MarTin saLaroLi

Cardápio para as criançasChegou o tão esperado ‘dia das crianças’ e preparei uma página especial para toda família se divertir na cozinha.

Hoje algumas sugestões para curtir o feriado descontraído, em que os pequenos sintam-se valorizados e amados. E só com comidinhas que toda criança aprova!

Hot dog de forno...e de liquidificador.E sabe mais?A garotada vai adorar. E os adultos então? Nem se fala.Super fácil...Antes de tudo, prepare o recheio levando 500g de salsichas picadas para serem refogadas em um fio de azeite e cheiro verde. Separe para que esfriem bem.Enquanto isso, para a massa, bata no liqui-dificador: 1 xícara de leite 1 xícara de óleo de milho ou canola3 ovos 1 colher (chá) de sal Isso vai deixar a massa bem fofa e aerada.Então, transfira tudo para uma tigela com:1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo 1 colher (sopa) de fermento em pó 2 colheres (sopa) de salsinha bem picada8 azeitonas pretas bem picadasMexa até obter uma massa homogênea. Coloque numa assadeira untada ou numa forma de fundo removível a massa e em seguida coloque todo o recheio, escorrendo levemente o azeite.Leve para assar em forno pré-aquecido a 180º C por 25 minutos, ou até dourar.

Batata frita: segredinhosQue criança não gosta de batatinha? Ainda estou à procura de uma!Sucesso em casa, o pessoal ‘ataca’ quando é colo-cada na mesa.Segredinho de mommy, essas batatinhas ficam sequinhas, crocantes por fora e bem macias por dentro. Minha mãe faz assim: Ela corta as batatas de comprido, tipo palito.Cobre as fatias de batata com água gelada com mais 1 colher (sopa) de vinagre e deixa descansar.Depois de 30 minutos, ela escorre, lava as batatas em água corrente e seca num pano de prato ou papel toalha. Salpica um pouquinho de sal e joga no óleo quente (não muito!), mas coloca na frigideira todas as batatas de uma só vez. Mesmo que não caiba na panela, coloque tudo! E não mexa.Só dê uma ajeitada nas batatas depois que co-meçarem a ficar douradas. Senão quebra tudo.

Escorre num papel toalha. Faz aí, depois me conta!

Bolo formigueiroUm bolo delicioso, que mexe com a imaginação das crianças – afinal, cadê as formiguinhas???1 tablete de margarina4 gemas1 ½ copo de açúcar2 copos de trigo1 copo de leite1 colher (sopa) de fermento para bolo1 colher (chá) baunilha100g coco ralado4 claras em neve100g chocolate granuladoBata bem as gemas com o açúcar e a margarina. Junte os outros ingredientes, mas deixe por último o chocolate granulado e as claras em neve, que devem ser adicionados com ‘muito carinho’ (sem força; com delicadeza!!!)Asse em forma untada e enfarinhada, forno pré-aquecido em 180º C.Cobertura:7 colheres de açúcar2 colheres de achocolatado2 colheres de manteiga2 colheres de leiteLeve ao fogo para ferver e despeje no bolo ainda quente.

Gelatina mosaicoNada mais gostoso que comer gelatina para se refrescar.E essa sobremesa aqui, tipo vintage, relembrando os tempos de criança, além de gostosa, é divertida. Escolhi 5 sabores de gelatina, com cores diferentes, e as preparei de véspera em 250 ml de água fer-vente cada um. Deixei gelar em vasilhas separadas.No outro dia, dissolvi 1 pacote (12g) de gelatina incolor sem sabor em 5 colheres de água, deixei descansar por 5 min. Levei ao micro por 15 segundos apenas.Bati no liquidificador a gelatina amolecida com 1 lata de creme de leite com soro, 1 lata de leite condensado e 3 colheres de açúcar.Misturei o batido com a gelatina colorida já durinha e cortada em cubinhos.Coloquei tudo numa forma untada com óleo.Desenformei no outro dia e ... chama o pessoal.DeborahDeborah martin salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.Delicias1001.Com.Br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

batatas fritas

gelatina mosaico

Hot Dog Assado

Fotos: DelícIas 1001

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“Sozinho no Deserto Extremo” é o primeiro romance adulto de Luiz Bras. Pela orelha do livro, sabe-se que o romancista estre-ante tem 44 anos, nasceu no Mato Grosso do Sul, é

doutor em letras pela USP, adora animações e acredita em telepatias e universos paralelos. E que tem o rosto do escritor Nelson de Oliveira. Talvez o mais correto fosse dizer que Nelson de Oliveira é que tem o rosto de Luiz Bras. A troca de identidade começou em 2006. Oliveira, paulista de 46 anos, contava mais de dez anos de carreira e inúmeros prêmios literários quando foi acometido de cansaço criativo. Sentiu que nada mais tinha a dizer. Deparou-se, então, com um dilema: ou pendurava as chuteiras ou criava um alter ego literário. Seguiu por este caminho. A escolha de seu novo “eu” foi simples. Luiz vem de seu próprio nome, Nelson Luiz Garcia de Oliveira. Bras satisfez o seu desejo por um nome curto, sonoro e que fizesse referência ao Brasil. Por quatro anos, os dois tentaram conviver sob uma regra rígida. Oliveira ficaria com a produção acadêmica e a organização de antologias; Bras, com a ficção. Nesse período, Bras publicou livros de contos (“Paraíso Líquido”), crônicas (“Muitas Peles”) e infantis (“A Menina Vermelha”). Oliveira ainda publicaria alguns títulos, inclusive o romance “Poeira: Demônios & Maldições”, mas, em meados de 2010, já era “coisa do passado”. “Até brinco que o Nelson de Oliveira se aposentou definitivamente e está gozando merecidas férias no Caribe”, conta ele.

FOCO NA TRAMA Hoje, Bras não só aparece na capa dos livros. É assim que o escritor se identifica nos e-mails, no blog e na caixa postal do celular. Às vezes, por engano, até assina cheques e contratos

como se fosse o alter ego. A mulher e a filha ainda o chamam de Nelson (e de um apelido que não revela nem sob tortura), mas, para alguns amigos, Nelson já é Luiz. “Eu fico treinando para não confundir os nomes”, conta o escritor Marcelino Freire. “Temos que respeitar o desejo dele. Eu brinco que é como o caso de um travesti: depois de toda a preparação, você não pode chamar a Pâmela de Paulão.” “Sozinho no Deserto Extremo” foi a prova de fogo da troca de nome e resultou na vitória definitiva do alter ego. Em termos literários, Oliveira e Bras são tão divergentes quanto o dr. Jekyll e o mr. Hyde do livro “O Médico e o Monstro”. Oliveira, influenciado pelo movimento concretista, priorizava os aspectos formais da linguagem. Bras, fã de ficção científica, preocupa-se, sobretudo, com o enredo dos livros. “A simples mudança de nome teve um efeito que me impressionou. O Luiz virou a razão de ser da minha literatura”, diz. No romance, o publicitário Davi acorda certa manhã e nota que está sozinho -em casa, na cidade e, talvez, no mundo. Vagando por uma São Paulo devastada, enfrenta a sensação da “solidão concreta”. O poeta francês Mallarmé, citado por Oliveira em “Poeira”, cede espaço para autores de ficção científica como Ray Bradbury e filmes como “O Sexto Sentido” (1999), “Os Outros” (2001) e “Vanilla Sky” (2001), “A questão da trama para mim é hoje central. Não acredito mais na pura linguagem”, diz. Após quase 45 anos com o nome antigo, o escritor quer seguir por esta tendência no segundo tempo de sua vida. Pelo menos até Oliveira resolver voltar do Caribe. Sozinho no deserto extremo Autor Luiz Bras Editora Prumo Quanto R$ 34,90 (320 págs.)

por MarCo roDriGo aLMeiDa /FoLHaPress

Adotando o pseudônimo Luiz Bras, o escritor lança o romance de ficção cien-tífica “Sozinho no Deserto Extremo” Ego literário

Nelson de Oliveira, escritor, lança o livro “Sozinho no Deserto Extremo”, em que toda a população de São Paulo desaparece e o protagonista vaga sozinho pela cidade (principalmente pela av. Paulista). A certa altura, ele explode o Conjunto Nacional.

Foto: Zé carlos barretta/FolhaPress

antenado

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Foi com muita alegria que fotografei o ensaio pré-wedding desse lindo

casal: Fernanda e Guilherme. Foi um dia muito agradável e nos diver-

timos muito. Aproveitamos para falar sobre a cerimônia do casamento

deles e deu pra sentir toda a empolgação para o Grande Dia. Bom, dá

pra ver pelas fotos que eles formam um lindo casal e, somando o fato

deles estarem apaixonados, não tive trabalho nenhum para fotografa-los.

Fizemos o ensaio no Jardim Público aqui de Bragança e aproveitamos a

beleza de vários cenários para compor as imagens. Normalmente quando

vou fazer esse trabalho levamos um tempinho para “esquentar” os mo-

delos, mas o casal estava super à vontade e se entregaram naturalmente

à minha direção. Ficaram lindos. Em breve vamos vê-los de novo com

a coluna do casamento deles. Até lá!

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A Volvo tinha um problema. A maioria de seus modelos agradava quase que exclusivamente a um público mais

velho e conservador, que se encantava com a segurança embarcada e solidez dos modelos suecos. Mas o tempo passou e a clientela não foi muito renovada. Daí surgiu a necessidade de rejuvenescer a linha. Desde 2010 – quando a marca sueca foi vendida pela Ford à chinesa Geely –, os sedãs, peruas e utilitários da Volvo ganharam design agressivo e mais moderno. Tudo para atrair os olhares de um público que ainda não ostenta cabelos grisalhos e vê a apo-sentadoria apenas em um futuro distante. Tal estratégia de renovação é bem exemplificada com o lançamento da nova station da Volvo ao Brasil. A V60 Sportwagon chega em três versões de acabamento e dois motores turbo-comprimidos. Todas também são equipadas com o kit R-Design, que as deixa ainda mais esportivas e joviais. Em relação ao sedã em que é baseada, o S60, a station é R$ 5 mil mais cara. A versão de entrada é a T5 Comfort, vendida a R$ 130.900. A intermediária é a T5 Dynamic, a R$ 149.900, enquanto a topo é a T6, por R$ 199.900. Como de hábito, a Volvo aponta as marcas alemãs como principais rivais. Audi A4 Avant – que parte de R$ 150 mil –, Volkswagen Passat Variant – por volta de R$ 130 mil – e a Mercedes-Benz Classe C Touring – também por R$ 150 mil. A ideia da marca sueca é vender algo 100 unidades até o fim do ano. A diferença entre as duas primeiras está simplesmente nos equipamentos. A mais barata já vem com ar digital, rádio com tela de 5 polegadas e oito alto-falantes, bancos e volante esportivos com revestimento de couro como principais itens de conforto. Como é lei na Volvo, a lista de equipamentos de seguran-ça é bem mais extensa. A V60 vem de série com seis airbags, controle de estabilidade e tração – com sistema que transfere o torque durante as curvas – e o City Safety, que freia automaticamente o veículo em situações de colisão eminente a até 50 km/h. Os R$ 19 mil a mais da Dynamic incorporam sensores de luminosidade e chuva, faróis de xenon, banco do motorista com regulagem elétrica e teto solar.A parte mecânica é a mesma. Sob o capô aparece o 2.0 Ecoboost de quatro cilindros. Desenvolvido na época em que a Volvo era controlada Ford, ele já está em modelos como o Range Rover Evoque – outra marca que já pertenceu à empresa norte-americana – e vai aparecer no novo Fusion, por exemplo. No V60, ele desenvolve 240 cv 32,6 kgfm de torque entre 1.800 e 5 mil rpm. Junto com a

transmissão automatizada de dupla embrea-gem, o conjunto leva a perua à 100 km/h em 7,7 segundos. Ainda há o kit R-Design – também presente na T6 – que adiciona elementos esté-ticos esportivos e ainda deixa todo o conjunto de suspensão mais rígido. Na topo de linha, o desempenho da perua fica ainda mais condizente com a proposta da Volvo ao chamá-la de Sportwagon. O motor 3.0 turbo tem 304 cv e 44,9 kgfm de torque. Nesse caso, o câmbio é automático, com as mesmas seis velocidades e a tração é integral, o que ajuda a levar a perua até os primeiros 100 km/h em 6,2 segundos. Evidentemente, o “recheio” da T6 é maior. A configuração top acrescenta controle de cruzeiro adaptativo, sistema de detecção de pedestres, sistema de entretenimento com DVD, GPS e tela de 7 polegadas, câmara de ré e assistente de mudança de faixa de rolagem.Os bons atributos técnicos só provam a já tradicional qualidade dos modelos da Volvo nesse aspecto. O que significa que, para se diferenciar dos antigos modelos da fabricante – e atingir um novo público –, foi necessário aperfeiçoar a estética. Tudo inspirado pela nova identidade visual da marca, que deixa de lado as tradicionais linhas retas e sisudas por novas muito mais fluidas e atraentes. Na frente, ela se expressa por um perfil forte, baixo e pelos faróis duplos. De lado, a linha de cintura dá show com um aspecto dinâmico e elegante. Atrás, a Volvo não fugiu das tradições e manteve as lanternas verticais – indefectível característica das stations da marca desde a 850 SW, lançada há 20 anos. Afinal, mesmo dentro da estratégia de renovar o visual, é importante preservar alguns detalhes que definem a personalidade da marca. Para que um Volvo nunca deixe de ser um Volvo.

Primeiras impressõesSão Paulo/SP – Ao olhar a V60 de perto fica difícil imaginar porque as peruas estão cada vez mais escassas nas ruas em detrimento aos utilitários. A mais recente station da Volvo dá aula em termos de design na maioria dos SUVs e crossovers vendidos hoje em dia. A V60 vai bem também em tremos de praticidade. No bagageiro leva 430 litros até a altura das janelas. Área que pode ser ampliada para 1.241 litros com o rebatimento dos assentos traseiros. Depois de apreciar o belo exterior, entrar na cabine da perua passa uma sensação de decep-ção. A ousadia que a equipe de design da Volvo esbanjou do lado de fora parece que faltou do lado de dentro. O console central vazado é bo-nito, mas é praticamente o mesmo desde o seu lançamento no cupê C70, em 2006. Em uma época em que o exterior dos modelos suecos

ainda careciam de modernidade. O quadro de instrumentos é vistoso, com elementos azuis, mas um tanto simples para um carro premium – o computador de bordo beira a banalidade. O acabamento interno mistura harmoniosamente couro de qualidade e alumínio escovado. A alavanca de câmbio é diferente, com a parte de cima transparente e iluminada por leds.Para o bem da Volvo, toda essa impressão de falta de ousadia interna muda ao se sentar no lugar do motorista. A posição de dirigir é baixa, dá ótima visibilidade e ainda é bem esportiva. O volante exclusivo da série R-Design é grande, mas com boa pegada, e a direção é direta. Mesmo na versão básica, a testada T5, o motor é outro destaque. Já conhecido de outros carros – e de marcas absolutamente variadas – ele sobra na V60. O alto torque já disponível antes das 2 mil rotações faz a alegria de quem gosta de pisar fundo. As acelerações são vigorosas, com direito até a um ligeiro esterçamento por torque. Na estrada entre São Paulo e Porto Feliz, as retomadas também se mostraram altamente satisfatórias. É só “chamar” que a transmissão logo reduz duas marchas, joga o giro do motor para cima e afunda as costas dos ocupantes nos encostos dos bancos.Tanto ímpeto é acompanhado de um equilíbrio surpreendente. Todas as V60 importadas serão equipadas com o kit R-Design que, além de apimentar o visual, deixa a suspensão mais dura. Na prática, deixa a perua tremendamente estável. Em retas, dá até para tirar as duas mãos do volante sem medo de perder o controle do carro. Nas curvas, o conjunto segura e deixa o veículo sempre na mão do motorista.Mas basta passar na primeira valeta da capital paulistana para perceber que a V60 não é muito adepta dos buracos. A suspensão dura, as rodas de 18 polegadas e os pneus esportivos de medida 235/40 transmitem as pancadas para o interior sem cerimônias. Alguns eventuais sacolejos são o “preço a se pagar” pelo comportamento dinâmico que se tem à disposição quando se exige esportividade da perua sueca.

Ficha técnicaVolvo V60Motor versão T5: Gasolina, dianteiro, trans-versal, 1.999 cm³, quatro cilindros em linha, duplo comando no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e turbocompressor. Injeção direta e acelerador eletrônico.Motor versão T6: Gasolina, dianteiro, trans-versal, 2.953 cm³, seis cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e turbocompressor. Injeção direta e acelerador eletrônico. Transmissão versão T5: Câmbio automatizado

de dupla embreagem com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira, com controle eletrônico de tração.Transmissão versão T6: Câmbio automático com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral com controle eletrônico de tração. Potência máxima versão T5: 240 cv a 5.500 rpm.Potência máxima versão T6: 304 cv a 5.600 rpm.Torque máximo versão T5: 32,6 kgfm entre 1.800 e 5 mil rpm.Torque máximo versão T6: 44,9 kgfm entre 2.100 e 4.200 rpm.Diâmetro e curso versão T5: 87,5 mm X 83,1 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.Diâmetro e curso versão T6: 82,0 mm x 93,2 mm. Taxa de compressão: 9,3:1.Aceleração 0-100 km/h versão T5: 7,7 segundos.Aceleração 0-100 km/h versão T6: 6,2 segundos.Velocidade máxima: 250 km/h limitada eletronicamente nas duas versões.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabili-zadora. Traseira independente com braços múltiplos, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.Pneus: 235/40 R18.Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS de série.Carroceria: Station wagon em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,63 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,48 m de altura e 2,78 m de distância entre--eixos. Airbags frontais, laterais e de cortina.Peso: 1.568 kg.Capacidade do porta-malas: 430 litros.Tanque de combustível: 67,5 litros.Produção: Ghent, Bélgica. Itens de série: Versão T5 Comfort: Ar-condicionado digital, trio elétrico, direção elétrica, rádio/CD/MP3 com tela de 5 polegadas e oito alto-falantes, bancos e volante esportivos com revestimento de couro, airbags frontais, laterais e de corti-na, ABS com EBD controle de estabilidade e tração, City Safety.Preço: R$ 130.900.Versão T5 Dynamic: Adiciona sensores de lu-minosidade e chuva, faróis de xenon, banco do motorista com regulagem elétrica e teto solar.Preço: R$ 149.900.Versão T6: Adiciona motor mais forte, controle de cruzeiro adaptativo, sistema de detecção de pedestres, sistema de entretenimento com DVD, GPS e tela de 7 polegadas, câmara de ré e assistente de mudança de faixa de rolagem.Preço: R$ 199.900.

por roDriGo MaCHaDo/auTo Press

veículos

Fotos: roDrIgo MachaDo/carta Z NotícIas

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por auGusTo PaLaDino/auToPress

automotivasNotícias

Em nome do Fusca – A chegada da nova geração do Volkswagen Beetle no Brasil vai se aproximan-do. A presença do charmoso retrô médio – que

na nova geração perdeu o “New” na nomenclatura – no Salão de São Paulo está confirmada. A novidade é a confirmação de que o novo modelo será chamado de Fusca no Brasil, em referência clássico modelinho do século passado em que é inspirado. Ele será importado da fábrica mexicana de Puebla, onde também é feito o Jetta – com quem o Beetle inclusive compartilha plataforma. O trem de força deve ser composto pelo motor 2.0 TFSI de 200 cv e pelo câmbio automatizado de dupla embreagem DSG.Sem muito espalhafato – Se na hora de lançar o 370Z a Nissan já não ousou tanto no design – é praticamente um face-lift do antecessor 350Z –, na hora de reestilizá-lo, a estratégia foi semelhante. O cupê recebeu pequenas alterações, concentradas principalmente na dianteira. O para-choque foi redesenhado, com uma entrada de ar maior e as luzes diurnas de led foram incorporadas nas suas laterais. Ao menos, o já elogiado conjunto dinâmico se manteve. O motor é um V6 de 3.7 litros com 328 cv que leva o 370Z até 100 km/h em 5,5 segundos. Só um tapinha – O Aston Martin DB9 já tem oito anos de vida. Mas a marca inglesa ainda não acha que está na hora de fazer mudanças drásticas em seu belo cupê. A fabricante mostra uma pequena reestilização durante o Salão de Paris. As discretas mudanças aproximaram ain-da mais o DB9 do Virage, modelo que ficou apenas dois anos em produção na linha da Aston e já foi “extinto”. Os faróis ficaram maiores e os para-choques ganharam maiores apliques aerodinâmicos. O motor V12 de 6.0 litros também foi modificado e passou a render 517 cv, contra 476 cv do antigo. Negócio de família – A nova identidade visual da Kia já havia sido elogiada em sedãs, hatches e até utilitários, mas ainda não tinha sido “testada” em uma minivan. Agora, a menor minivan familiar da marca sul-coreana ganhou uma nova geração, que será mostrada no Salão de Paris, na virada do mês. A Carens passa a ser chamada assim no mundo todo – a geração anterior era chamada de Bongo nos Estados Unidos – e ganhou um perfil ainda mais elegante e esportivo. A linha de cintura é ascen-dente e tem moldura cromada. A nova frente é dotada de faróis grandes, que ladeiam a já tradicional grade da marca – apelidada de “sorriso do tigre” pelo alemão

Peter Schreyer, o badalado designer da marca coreana. Poder da concorrência – Menos de uma semana depois de dois novos concorrentes – Toyota Etios e Hyundai HB20 – chegarem à disputa entre os compactos nacio-nais, a Volkswagen já acusou o golpe. Transformou o ABS e o airbag duplo em itens de série no Fox 1.6. Com isso, todas as versões do modelo passam a custar R$ 1 mil a mais. Assim, a de entrada, chamada apenas de 1.6, custa R$ 34 mil, e chega a R$ 37 mil com o câmbio automatizado I-Motion. Antes, para incorporar os dois equipamentos de segurança ao Fox era preciso pagar R$ 1.550. Ambos os itens passam a ser obrigatórios em qualquer carro vendido no Brasil a partir de 2014.Mais e menores SUVs – Desde que foi lançado, em 2010, o Range Rover Evoque se tornou o best-seller da marca inglesa em todo o mundo – inclusive no Brasil. E esse bom desempenho pode inspirar a Land Rover a criar um utilitário ainda menor. Diversos meios de comunicação europeus dão conta que a Land cogita lançar um novo modelo para brigar com Mini Paceman e Nissan Juke, dois compactos que também acumulam boas vendas no continente. Para avançar no projeto, é possível que a fabricante inglesa faça alguma parceria com outra empresa para o desenvolvimento de motores e plataforma menores. Muito além da crise – A Ferrari mais veloz da história também tem se mostrado boa de loja. É que a fabricante italiana anunciou que todo o primeiro ano de produção da F12Berlinetta já está vendido. Mesmo com a crise atingindo grande parte da Europa, 800 unidades do cupê já foram encomendadas na fábrica de Maranello, mesmo com o preço mínimo de 274 mil euros, algo em torno de R$ 720 mil. Com um V12 de 6.2 litros, a F12 sai de zero a 100 km/h em ínfimos 3,1 segundos e atinge os 340 km/h. Múltiplas formas – Com o Paceman, utilitário cupê que será lançado no Salão de Paris, a Mini irá completar sete modelos em sua linha. Todos na mesma plataforma, compartilhando os mesmos conjuntos mecânicos e com desenhos parecidos. Mas a marca inglesa controlada pela BMW não parece satis-feita com isso. Para aumentar ainda mais as vendas, a Mini pretende lançar três novos modelos até o fim da década. A intenção é ganhar mais mercado na China, por exemplo. Por isso, é possível uma variante sedã, com bom espaço interno, algo valorizado pelos asiáticos. Uma configuração familiar, no estilo minivan, e outro conversível também estão nos planos.

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A vida não anda fácil para os euro-peus. Praticamente todos os setores da economia do continente estão com a cabeça afundada na crise

financeira. Com o mercado de motocicletas, a história não muda. Só no segmento de modelos de mais de 500 cm³ a retração em 2012 deve se aproximar dos 30% em relação ao ano passado. Mas nem o cenário tenebroso parece desanimar as fabricantes do setor. A nona edição do Intermot, salão internacional de motos que acontece em Colônia, na Alemanha, concentra uma grande quantidade de lançamentos de alta cilindrada. O evento espera receber até 7 de outubro 200 mil visitantes no pavilhão Koelnmesse.Apesar de ter algum destaque no cenário de motocicletas, o Intermot ainda perde em importância para o Salão de Milão, o EICMA, que será realizado em novembro na cidade italiana. Muito por isso, algumas empresas preferem esperar o evento italiano para lançar seus principais produtos. Mesmo assim, o ano de 2012 foi bem movimentado em Colônia.O segmento de maxitrails foi o mais visado no motorshow. E a BMW, querendo fazer bonito em casa, foi a responsável pelo principal lançamento em Colônia. A marca bávara mostrou a nova geração da R1200 GS, sua best-seller mundial. Com mais de 30 anos de estrada, as principais mudanças foram reservadas ao motor. Ele ganhou um novo sistema de refrigeração parcial a água. Com ele, só os componentes submetidos à temperaturas mais elevadas recebem o líqui-do, enquanto o resto do propulsor continua resfriado a ar. As alterações não mudaram a potência e torque, que se mantiveram em 125 cv e 12,7 kgfm. Outras novidades são o acelerador eletrônico e novas suspensões dianteira e traseira.Suzuki e KTM também apostaram nas ma-xitrails. A marca austríaca mostrou a nova 1190 Adventure que, apesar de concorrer diretamente com a BMW, tem apelo bem mais esportivo com seu motor de 150 cv – mesma potência da também renovada

Ducati Multistrada. Já a Suzuki ainda vê o segmento com alguma distância. Fora deste mercado desde 2009, a fabricante japonesa mostrou um conceito muito próximo da nova V-Strom 1000, que deve chegar às lojas apenas em 2014. Ela segue a linha das concorrentes e é preparada para encarar trilhas e longas viagens nas estradas. O motor de mil cilindradas é novo e a V-Strom vai ter controle de tração e ABS de série.A Honda foi outra que investiu nas motos de alta cilindrada. A principal novidade é a CB1100, moto lançada no Japão em 2009, mas que só chega ao mercado europeu agora. Ela tem inspiração na CB450 da década de 1970 e conta com visual retrô. E mecânica, no entanto, é moderna. O motor de quatro cilindros conta com 90 cv e o ABS é de série. A Husqvarna, marca dedicada ao off-road e controlada pela BMW, só atualizou a Nuda 900, seu principal produto. As mudanças foram no sistema de freios, que, além de serem mais eficientes, agora podem receber a nova geração do ABS da Bosch. Outra que se limitou a adicionar equipamentos eletrônicos foi a Yamaha. A touring FJR 1300 ganhou controle de tração, acelerador eletrônico e opção de limitar a potência do motor para algumas aplicações. A principal novidade da marca japonesa no evento, no entanto, foi a apresentação de um conceito de um novo propulsor de três cilindros inspirado nas motos de competição.Triumph e Kawasaki foram um pouco mais ousadas na renovação da Speed Triple e Z750, respectivamente. A inglesa ficou ainda mais esportiva graças a dieta que lhe garantiu seis quilos a menos, um novo chassi, ainda mais esportivo, e um novo mapeamento no motor de 105 cv que deixa a entrega de força mais linear. Já a Kawasaki mudou inclusive o nome da sua naked. Agora chamada de Z800, referên-cia ao propulsor maior, ela tem 113 cv e um novo chassi, com novas suspensões e freios. Mais do que o bastante para se sobressair no tráfego pesado.

por roDriGo MaCHaDo/auTo PressFotos: DIvulgação

veículos

BMW R1200 GS

Honda CB1100

Yamaha FJR 1300A

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Tradição sem teto A Maserati não quis inventar. Exatamente dois anos depois de

lançar o GranTurismo em sua versão mais “nervosa”, a MC Stradale, no último Salão de Paris, a marca italiana apre-senta a variante conversível do esportivo. O GranCabrio MC Stradale é uma das princi-pais estrelas da fabricante no evento francês. E há motivos para isso. O motor V8 de 4.7 litros fica mais potente do que os tradicionais 450 cv, há uso extenso de fibra de carbono para deixar o carro mais leve e todo o conjunto dinâmico é acertado para uma condução ainda mais esportiva. Para--choques e difusores também são maiores para melhorar a aerodinâmica.

por auGusTo PaLaDino/auToPress

Foto: DIvulgação

Maserati GranCabrio MC Stradale

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