7122689-APOSTILALUDOTERAPIAESPECIALIZACAO

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    FACULDADE SANTO AGOSTINHOCOORDENAO DE PS-GRADUAO E PESQUISA

    ESPECIALIZAO EM PSICOLOGIA CLNICADISCIPLINA: ATENDIMENTO LUDOTERPICO TEORIA E TCNICA

    MINISTRANTE: Prof. Ms. Prisson Dantas do Nascimento

    APOSTILA BSICA PARA CONSULTASLIDES COM CONTEDOS MINISTRADOS

    TERESINA2007

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    AULA 01: INRODUO AO BRINCAR E SUAS PERSPECTIVAS

    BRINCAR

    O que brincar?

    Por que o ser humano brinca?

    Qual a funo do brincar para o ser humano?

    BRINCARETIMOLOGIA:Brincar viria, segundo Houaiss: do latim vinclum,'liame, lao, atadura', como tambm do verboalemo blinken 'brilhar, cintilar', cujo sentido teria passado ao de 'agitar-se' e at do verbo alemospringen 'pular, saltar. Deriva, em portugus, a palavra brinco 'pingente para orelha, jia', e logo'enfeite das chupetas das crianas, divertimento, jogo de crianas.

    PERSPECTIVA EVOLUTIVA

    Estratgia evolutiva de ensaio, sociabilidade, interao com os pais, explorao do corpo,ludicidade, prazer ligada ao desenvolvimento do crebro

    Animais mamferos brincam na sua infncia

    Primatas conservam esse comportamento quando adultos

    PERSPECTIVA HISTRICA

    H registros de brincadeiras entre as crianas desde o perodo antes de Cristo. Ex: Grcia bambol, carros de rolar, Olimpadas

    Aris e o estudo do brincar da criana por meio da representao artstica

    Sentimento de infncia na idade mdia e moderna

    PERSPECTIVA SOCIALBrincar como entrada da criana no mundo da cultura no brincar que a criana exercita regras e jogos sociais, internalizando o processo de socializaoe educaoBrincadeiras e jogos com componentes scio-histricos e culturais qual o lugar que a culturaatribui s crianas?Criana como projeto do futuro adulto

    PERSPECTIVA PEDAGGICABrincar como ensino, aquisio de habilidades e competncias necessrias para a idade adultaPerspectiva de adaptao da criana a sua realidade social em termos cognitivos, comportamentaise sociaisBrinquedo jogoHabilidades matemticas, espaciais, lingusticas, psicomotora brincar estruturado

    PERSPECTIVA PSICOLGICABrincar como funo psquica de diferenciao e individuaoAjuda gradativamente a criana a diferenciar a fantasia e a realidade espaos e objetos

    transicionaisBrincar como universo simblico e representacional palavras/coisas brincadeiras/realidadeBusca da compreenso do que a criana quer dizer como metalinguagem

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    BRINCADEIRA E MDIA

    Qual o lugar do brincar no mundo contemporneo da internet, dos games, da realidade virtual e daviolncia social que confina as crianas em suas casas e em pequenos espaos?

    Brincar e consumismo: necessidades de consumo das crianas?

    BRINQUEDOS TRADICIONAIS

    Amarelinha

    Bola de gude

    Bilboqu

    Bambol

    Peteca

    Cinco marias

    E AGORA...O QUE SIGNIFICA BRINCAR PRA VOC?QUAIS SUAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS?DO QUE OU DE QUEM ELAS LEMBRAM?QUAIS AS BRINCADEIRAS QUE VOC NO GOSTAVA?EXISTIA BRINCADEIRAS QUE VOC NO PODIA BRINCAR?QUAL SUA DISPONIBILIDADE PARA BRINCAR?

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    AULA 02: DESENVOLVIMENTO INFANTIL E O BRINCAR

    BRINCAR

    Aberastury vai trazer como hiptese principal que o brincar serve, em termos psicodinmicos,como via de elaborao das ansiedades e desafios decorrentes das diferentes fases do

    desenvolvimento vividas pela criana em sua vida.

    DESENVOLVIMENTO INFANTIL: 0 A 1 ANOPrincipal desafio: INDIVIDUALIZAO

    Desenvolvimento primrio do ego infantil

    Diferenciao da simbiose materna

    Sada da dependncia absoluta para a dependncia relativa

    Transio da imobilidade pulsional para a motilidade intencional (explorao ativa do ambiente)

    Aquisio da linguagem e desmame Sorriso social

    Brincadeiras: corporais (explorao do corpo)

    Esconde-esconde, sons,

    Morder, vai-volta (fort-da)

    DESENVOLVIMENTO INFANTIL: 1 a 3 ANOSPrincipal desafio: CONSTNCIA DO OBJETO MATERNO perodo de treinamento,reaproximaoAnsiedade de separao x Capacidade de estar s

    Agressividade ativa da criana Uso do No

    Maior ampliao da linguagem

    Motricidade intencional e explorao ativa do ambiente descoberta do andar, ficar em p, correrMaior capacidade de socializao

    Identificao primria na sexualidade

    Teorias sexuais infantis, masturbao

    Estabelecimento do objeto transicional

    Controle dos esfncteres

    DESENVOLVIMENTO INFANTIL: 3 A 5 ANOSPrincipal desafio: CONSTITUIO DO EGO

    Consolidao do processo primrio de identificao com as figuras cuidadorasAssimilao dos papis masculinos/femininos cresce interesse na sexualidade adulta

    Incio do processo de socializao escolar e melhor capacidade de linguagem, coordenao motorafinaDependncia relativa rumo a independncia

    Brincadeiras: Fantasia, desenhos, casinha, famlia

    Bonecos de luta, carros, transportes

    Escolinha, instrumentos musicais

    DESENVOLVIMENTO INFANTIL: 5 A 7 ANOSDesafio: SOCIALIZAO

    Melhor raciocnio lgico operaes concretas

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    Aquisio da linguagem escrita

    Competio, regras entrada no mundo dos jogos

    Socializao por gnero meninos x meninas

    Reconhecimento do relacionamento com os irmos e amigos reconhecimento do outro comodiferente desenvolvimento da capacidade moral e emptica

    Brinquedos: jogos de competio esportes, lutasJogos de raciocnio: pega vareta,

    Dama, domins, trilha, quebra-cabea

    Jogos de construo lego, fazenda, pino

    Nas meninas, a casa se torna mais elaborada

    DESENVOLVIMENTO INFANTIL: 7 A 12 ANOSPrincipal desafio: AUTONOMIA

    Perodo de complexidade cognitiva, entrada no pensamento abstrato

    Maior independncia e primeiros questionamentos sobre as interaes sociais fase dos PORQUES as pessoas agem do jeito que agem e os motivos das coisas serem como soDesidealizao da onipotncia dos pais e de si mesmos

    Maior interesse em atividades grupais

    Ressurgem os interesses sexuais

    Brincadeiras: jogos com regras complexas

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    AULA 03: LUDODIAGNSTICO INFANTIL

    INDICADORES DA HORA DE JOGO DIAGNSTICA

    DIAGNSTICO DIFERENCIAL ATRAVS DO BRINCAR INFANTIL

    (ARZENO E OCAMPO)

    O Brincar da Criana Psictica Neurtica Normal

    Adequao realidadeCarece de adequao porfalta de discriminao darealidade como tal.

    Reconhecimento parcial,escotomas em funo doconflito. Nega alguns fatos darealidade por no aceit-los.Discrimina, mas foge.

    Boa capacidade deadaptao

    Escolha de brinquedos ebrincadeiras

    Responde a umaintencionalidade de

    estruturao psictica.Escolha aleatria de acordocom sua psicose.

    Determinada pela reaconflitiva

    Em funo das necessidades

    e interesses prprios daidade

    Capacidade simblica Equao simblica. Atuaodireta das fantasias. Compulso repetio

    Possibilidade de expressaras fantasias atravs daatividade simblica commaior riqueza

    Modalidade debrincadeiras

    Estereotipia, perseverana,rigidez, etc.

    Alternncia em funo dasdefesas predominantes.Predominantemente rgida.

    Rico, fluido, plstico.

    MotricidadeMovimentos ou gestosbizarros, mudanas bruscassem relao com o contexto.Inibio/autismo.

    Varivel Adequada

    CriatividadeNo existe comopossibilidade egica.Produo original

    Diminuda, depende do graude sntese egica

    Boa, em funo de sualiberdade interna

    PersonificaoPersonagens cruis eterrorficos com grandecarga de onipotncia

    Personagens mais prximos realidade, mais discriminaoque o psictico. Rigidez naatribuio de papis.

    Maior fluidez. Possibilidadede trocar papis. Assumir edesignar.

    Tolerncia frustrao

    Predomina o princpio do

    prazer. Mnima

    Baixo limiar, ou

    superadaptao

    Capacidade de tolerar,

    modificao da realidade emsubmetimento.

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    DIAGNSTICO DIFERENCIAL (GINNOTT)

    CRIANAS NORMAIS

    HABILIDADE EM ESTABELECER RELAES PESSOAIS Separa-se da me sem choro excessivo, e demonstra pouca ansiedade e medo da perda.

    Reconhece que logo estar de volta com a me; Tem interesse pelo adulto (terapeuta) que o leva sala de brinquedos e interage

    prontamente. No demonstra medo ou submisso, como tambm obedincia extrema ou bajulao; Sente-se livre pra expressas sentimentos positivos e negativos; Poder revelar histrias e segredos pessoais; Aprecia a companhia de outras crianas e dispe de diversas formas de estar e interagir.

    PRAZER NO USO DOS MATERIAIS PARA BRINCAR Gosta de experimentar materiais diferentes, inclusive os que fazem sujeira; Escolhe brinquedos sem muitas hesitaes; Adequao e imaginao no uso dos brinquedos; No tem medo de se mover e explorar a sala; Pode e desejar expressar agressividades com os brinquedos dirigidos a isso; Sensao interna de segurana egica: no fica ansiosa ou deprimida ao quebrar brinquedos,

    no se incomoda com sujeira, no interrompe a brincadeira para se limpar ou arrumar a sala; Brinca com a linguagem e demonstra espontaneidade e prazer.

    SADAS SUBSTITUTAS PARA OS IMPULSOS PRIMITIVOS

    Aceita limites sem muito ressentimento e volta-se prontamente para as sadas substitutaspara a agressividade, sujeira, e satisfao de impulsos; Usa os brinquedos no propsito em que foram criados.

    EVITA EXPRESSES EMOCIONAIS INTENSAS Demonstram equilbrio emocional, agindo sem excessos de timidez ou agressividade; Reaes emocionais flexveis na interao.

    CRIANAS NEURTICAS

    INIBIO EXCESSIVA Resiste em separar-se de sua me, grita e tem acessos de raiva e birra, exige que a me v a

    sala de brinquedos, implora desesperadamente que ela no a deixe sozinha; Medo, birra ou desconexo na relao com o terapeuta; No usufrui os brinquedos, pegando-os sem espontaneidade e prazer (comportamento

    forado); Seduo ou suborno: oferece-se para limpar e arrumar a sala, d presentes, criana educada,

    meiga e polida, preocupao extrema com os brinquedos quebrados, pede permisso prafazer qualquer coisa (psicopticas sedutoras);

    Auto-crtica extrema, e crtica ao terapeuta ou aos brinquedos, exacerbado medo de se sujare se contaminar (masoquistas, obsessivo-compulsivas).

    AGRESSIVIDADE EXCESIVA

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    Brincadeiras com caractersticas sdicas: luta, bate nos colegas e tenta agredir o terapeuta.Dificuldade de aceitar limites, lutando e burlando as orientaes do terapeuta;

    Pega mais material do que pode usar, recusa-se a partilhar. Rouba brinquedos e atribui adiversos agentes externos, pois no assume seus sentimentos. Projeta sobre os outros suasms aes (psicoptica tirmica).

    CRIANAS COM LESO CEREBRAL

    HIPERATIVIDADE hiperativa sem objetivo, est continuamente em movimento, energia em abundncia, mas

    com pouca concentrao: ateno momentnea aos objetos e pessoas; Dificuldade de discriminar figura/fundo nos estmulos sensoriais. Distrai-se constantemente

    e no discrimina estmulos e acontecimentos de importncia diferente no ambiente.

    PERSEVERANA Incapaz de mudar espontaneamente de um tipo de brinquedo a outro;

    Continua a executar as aes mesmo depois que perderam o significado.

    MAU CONTROLE MOTOR Anda desajeitada, tropea com freqncia, inaptido ao pegar e segurar, insegura quanto ao

    equilbrio corporal e percepo do espao.

    INAPTIDO SOCIAL E EMOCIONAL Deseja a companhia, mas as formas de contato corporal so inadequadas, como pegar,

    grudar e bater; Incapacidade geral de adaptar-se a exigncias sociais;

    Potencial destrutividade; Exploses de choro com recuperaes sbitas e rpidas.

    ATENO EXCESSIVA A MINNCIAS Facilidade incomum para notar o que no importante; Reao exagerada a ferimentos fsicos.

    AFASIA Desordem no funcionamento simblico, manifestada por dificuldade em falar, compreender

    a linguagem e/ou usa-la para o raciocnio;

    Comunicao espordica, fala varia em inteligibilidade, de momento a momento,freqentemente no consegue lembrar de palavras especficas; Fala automtica, expresses fixas e ecolalia.

    CRIANAS COM DEFICINCIA MENTAL

    DESEMPENHO AO BRINCAR COMPROMETIDO Incapacidade de usar adequadamente os brinquedos; Pouca conscincia da funo de cada brinquedo e nenhuma inventividade ou variedade em

    seu uso; Fracasso em aprender tarefas simples, pouco proveito de instrues e repeties.

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    COMPORTAMENTO SOCIAL Habilidade em relacionar-se com os adultos, procura o auxlio do terapeuta, pode querer

    colo, ser carregada; Mesmo no falando, vocaliza com inteno de interagir socialmente; Possui poucas exigncias, contenta-se com qualquer atividade proposta a ela, diferentemente

    da manipulao neurtica.

    CRIANAS PSICTICAS

    COMPORTAMENTO BIZARRO Apatia separao da me, indiferena ao ser levada por outra pessoa, ou extremo medo de

    perder a me, agarrando-se fortemente nela; Na sala, permanece esttica, desconectada, inexpressiva nos sentimentos, comportamentos

    autistas, no sorri, no agradece; Preocupao com o corpo, maneja o corpo como se no fosse seu. No demonstra trao

    cultural algum; No faz distino entre comestvel e no comestvel leva tudo boca e no sente

    desprazer; No faz distino entre coisas e pessoas, explora partes do corpo como se fossem coisas;

    AUTO-ISOLAMENTO Solitria e inatingvel, no olha o terapeuta; Demonstra fria indiferena ao sucesso e fracasso, a cordialidade e amabilidade.

    DISTRBIOS DE LINGUAGEM

    Fracasso de desenvolver a fala; Uso extico das palavras; No demonstra interesse na comunicao; Fala e som tornam-se prximos, despertando reaes extremas de apatia ou terror.

    AUSNCIA DE REAO DOR Isolada de suas reaes fisiolgicas, dirige-se a atos de violncia auto-dirigida, como bater

    com a parede, queimar a pele, sem demonstrar incmodo ou dor.

    INSISTNCIA NA UNIFORMIDADE

    Preservao da uniformidade por meio de atividades ritualsticas; Comportamento dirigido ao prprio eu de uma maneira estereotipada; Quer constncia de todos os elementos da sala em todos os lugares no decorrer da sesso

    demonstrando intensa angstia ao encontrar objetos e terapeuta fora do lugar.

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    AULA 04: LUDOTERAPIA ASPECTOS TCNICOS

    LUDOTERAPIA

    Objetivos:

    Mudanas na personalidade da criana e da famlia

    Propiciar equilbrio interpsquico, fortalecimento do ego

    Melhoria da auto-imagem

    Catarse, insight, tolerncia frustrao, prova da realidade, conteno e canalizao dos impulsos

    BRINQUEDOS: FINALIDADES

    Facilitar o relacionamento teraputico comunicao, rapport, vnculo, atitude de contato epermissividade do terapeuta bola, vai-vm, carros, fantoches, bonecas, instrumentos musicaisBrinquedos para catarse canalizao e expresso das emoes e impulsos geralmente reprimidos

    pela educao familiar ou social joo-bobo, almofadas, pistolas, espadas, argila, tesoura, bonecoscom partes do corpo humano, montveis e desmontveisAvaliao do acting-out das crianas os brinquedos devem se prestar a elaborao dasdificuldades internas das crianas, evitando uma superestimulao e uma hiperatividade difusa.Conteno (crianas hiperativas, sem limites, psicticas) X expanso dos impulsos (crianasinibidas e neurticas)Insight: brinquedo como significante que busca um significado, tomada de conscincia dasdificuldades infantis trabalho com a elaborao dos conflitos internos e das frustraes nosdiferentes aspectos da vida da crianaProva da realidade: os brinquedos devem estar de acordo com as possibilidades da criana, semfrustr-las desnecessariamente por sua complexidade. importante arrumar a sala de forma a dispor

    brinquedos mais complexos em prateleiras mais altas, ou lugares diferenciados busca de estimulara autonomia e independncia da crianaSublimao: adequar os impulsos e emoes de maneiras que sejam permissivas pela cultura e

    pela grupo social encoprese: argila, areia, massinha; enurese: gua, tinta; morte e agressividade:fogo, revlver, fuzil, forca, espada; oralidade: cozinha, comidinha de brinquedo; impulsos sexuais:

    bonecos com roupas, camas; etc.

    A SALA DE LUDOTERAPIA

    Paredes com tinta lavvel e cho que possa ser facilmente limpo;Importante garantir o mnimo de isolamento acstico;

    Os brinquedos devem ser escolhidos pela sua durabilidade e no oferecer riscos a criana;Tomar cuidados com utenslios de decorao e janelas, usar o bom senso para obter uma salaconfortvel, atrativa, mas segura; obrigatria a presena de uma pia na sala; importante ter uma mesa com cadeiras infantis;A caixa de areia consiste em um material muito rico para o trabalho;Deve ter prateleiras que possam ser acessveis a criana. Armrios somente para guardar materialde pintura, recorte, colagem.

    BRINQUEDOS SUGERIDOS

    Para a montagem de uma sala de ludoterapia, a configurao mnima deve conter:Casa de bonecas com famlia completa (branca e negra) e moblia completa

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    Animais diversos para crianas mais regredidas, que tm a tendncia a projetar melhor seuscontedos em famlias animaisAnimais peonhentos e agressivos cobra, aranha, escorpio, bem como dinossauros, monstrosMeios de transporte diversosFantoches e dedoches se possvel, com teatrinhoBlocos, pinos, lego, jogos de construo, fazenda, cidadesgua, mamadeiraAreia, argila, massinha de modelarMaterial de pintura, recorte, desenho e colagem folhas A4 brancas, cartolinas, lpis grafite tipoAB, pincis, tintas guache, tinta de dedo, aquarela, giz de cera, lpis de cor, hidrocor, tesouras sem

    ponta, revistas, cola branca e colorida verificar a forma como a criana lida com esses materiais inibida ou hiperativaBrinquedos para a expresso da agressividade revlver, espada, saco de boxe, joo bobo, bolicheInstrumentos musicais: tambor, xilofone, flauta, corneta, sanfonaTelefones (normal e celular)Quadro branco com pincis

    Jogos para as crianas mais velhasPebolim e futebol de boto, baralho, domin, jogos de tabuleiro (xadrez, damas, gamo, ludo,xadrez chins), jogo da memria, pega varetas, quebra-cabeas, mini-gamesJogos complexos: Banco imobilirio, Jogo da vida, Super trunfo, Uno, Pula macaco, Resta um,Ligue 4Bolas diversas bola de futebol, bexigas, bolinhas de massagem, bolas de gudeElstico, corda, amarelinhaCaixa ldica para guardar a produo das crianasKit mdicoBa de brinquedos bsicos: famlia, jogos, fantoches, animais, transportes, brinquedos

    agressivos e materiais de desenho e pintura.COMPETNCIAS E HABILIDADES DO TERAPEUTA INFANTILPropiciar uma atmosfera de aceitao, segurana e controle da situao, dando holding econtinncia na expresso das crianas, nas suas manifestaes diversas (amor, dio, sexualidade,agressividade, apatia, hiperatividade...)No tratar condicionalmente a criana, esforando-se para agrad-la a qualquer custoEvitar julgamentos e brigar com a criana abertura aos sentimentos evitar o POR QU queacua e inibe a crianaEmpatia, sem sair da condio adulta, sem se tornar coleguinha da criana na sua brincadeira,delimitando bem o seu papel na relaoCompreenso da atividade ldica como uma linguagem busca do que a criana quer dizer pormeio do brincarTrabalhar sua criana interior e sua relao com a infncia, com sua famlia e com o brincarNo usar o cliente para gratificao afetiva prpria, para suprir suas demandas de ser amado poruma crianaUltrapassar o abismo afetivo entre criana e adulto, disponibilizando-se para abra-la,compreend-la e usar sua linguagemSegurana e equilbrio na expresso dos sentimentos, necessidade de empatizar com crianas devrias idades, sexo, seus diversos interesses e valoresDeve ter tolerncia a sentimentos de competitividade, egosmo, destrutividade, fragilidade,

    isolamento, bloqueio de contato e tristeza, tanto com a criana, como com os paisEvitar julgar e condenar os pais

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    Suportar a sujeira, baguna e desorganizao do brincar infantil, que pode aparentemente no teruma lgica explcitaTrabalhar o espectro limites x permissividadeTrabalhar a ansiedade de aprovao do terapeuta por parte dos pais e da crianaBuscar superviso para os casos que no esto progredindo ver questes contratransferenciaisEnfatizar a relao

    LUDOTERAPIA: ALGUMAS ORIENTAES

    Entrevista de anamnese com os pais ou responsveis diretrizes gerais, pontos a seremexplorados, relao com os pais, efetivao do contrato teraputico a importncia daresponsabilidade e do pagamento devolutivasNa sala de espera: ansiedade de separao solues possveis e atitudes do terapeutaIncio do tratamento com a criana interrogao dos motivos da terapia, estabelecimento decontrato, psicodiagnstico, processo teraputico, estabelecimento de regras bsicas: horrios,comparecimento, explicao dos objetivos da terapia na linguagem da criana

    Problemas na sala de brinquedos: lidando com acessos emocionais de medo, raiva, birra, tristezaDificuldades e inibies ao brincar deixar a responsabilidade e a iniciativa para a crianaTrabalhar sempre pontuando o que a criana exibe naquele momento, o que ela lhe mostra, tanto anvel de comportamento, de relao, como de expresso emocionalComo trabalhar o roubo, a provocao, a manipulao ou a submissoBrincar ou no brincar?Limites devem ser colocados estritamente quando necessriosEvitar roupas inadequadas, presentes e auto-revelaes inadequadasArrumar a sala de brinquedos conforme foi encontrada responsabilidade do terapeuta