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E M E N T A Órgão : 3ª TURMA CRIMINAL Classe : HABEAS CORPUS N. Processo : 20150020064607HBC (0006539-88.2015.8.07.0000) Impetrante(s) : GERALDO DA SILVA Autoridade Coatora(s) : JUIZO DA 2º VARA CRIMINAL DE CEILÂNDIA Relator : Desembargador JESUINO RISSATO Acórdão N. : 858062 PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS . CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONVERSÃO DE PRISÃO EM FLAGRANTE. EM PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO E PERICULOSIDADE DO AGENTE. INSUFICIÊNCIA DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. ODEM DENEGADA. 1. É de ser mantida a decisão que converte a prisão em flagrante em preventiva para garantia da ordem pública,com fundamento na gravidade concreta do delito e na periculosidade do agente, evidenciada pelas circunstâncias fáticas e por seu modo de agir. 2. É firme a jurisprudência no sentido de que primariedade, bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa não constituem axiomas em favor da liberdade, especialmente quando presentes os requisitos permissivos da custódia cautelar estampados nos artigos 312 e 313, ambos do Código de Processo Penal. 3. Ordem denegada. Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Fls. _____ Código de Verificação :2015ACOULX7X6FSCBG33HT0XECT GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 1

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E M E N T A

Órgão : 3ª TURMA CRIMINALClasse : HABEAS CORPUSN. Processo : 20150020064607HBC

(0006539-88.2015.8.07.0000)Impetrante(s) : GERALDO DA SILVAAutoridadeCoatora(s)

: JUIZO DA 2º VARA CRIMINAL DE CEILÂNDIA

Relator : Desembargador JESUINO RISSATOAcórdão N. : 858062

PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE

ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONVERSÃO DE PRISÃO EM

FLAGRANTE. EM PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM

PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO E

PERICULOSIDADE DO AGENTE. INSUFICIÊNCIA DAS

MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. ODEM

DENEGADA.

1. É de ser mantida a decisão que converte a prisão em

flagrante em preventiva para garantia da ordem pública,com

fundamento na gravidade concreta do del i to e na

periculosidade do agente, evidenciada pelas circunstâncias

fáticas e por seu modo de agir.

2. É firme a jurisprudência no sentido de que primariedade,

bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa não

constituem axiomas em favor da liberdade, especialmente

quando presentes os requisitos permissivos da custódia

cautelar estampados nos artigos 312 e 313, ambos do Código

de Processo Penal.

3. Ordem denegada.

Poder Judiciário da UniãoTribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

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A C Ó R D Ã O

Acordam os Senhores Desembargadores da 3ª TURMA CRIMINAL

do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, JESUINO RISSATO -

Relator, JOSÉ GUILHERME - 1º Vogal, NILSONI DE FREITAS - 2º Vogal, sob a

presidência do Senhor Desembargador JESUINO RISSATO, em proferir a

seguinte decisão: CONHECIDO. DENEGOU-SE A ORDEM. UNÂNIME, de acordo

com a ata do julgamento e notas taquigráficas.

Brasilia(DF), 26 de Março de 2015.

Documento Assinado Eletronicamente

JESUINO RISSATO

Relator

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O impetrante alega que a prisão preventiva não pode decorrer única

e exclusivamente da gravidade abstrata do delito, ou mesmo de meras suposições

de que o agente irá cometer futuras infrações penais, sobretudo porque a medida

cautelar consiste em providência de cunho excepcional, e deve ser adotada somente

nas hipóteses de absoluta necessidade, sob pena de subversão da ordem com a

transformação da prisão em uma regra no ordenamento jurídico.

Aduz, outrossim, inexistir fundamentação idônea que motive a

prisão, especialmente diante dos predicados pessoais do paciente, que possui vida

pregressa sem mácula; exerce atividade empregatícia lícita; e ainda é arrimo de

família, constituída por ele próprio, a companheira e seus dois filhos; conforme

ilustram a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); o Boleto de Cobrança

de Uso de Água emitido pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito

Federal (Caesb); e as Certidões de Nascimento das crianças (fls. 53/61).

Pleiteia, assim, pela concessão de medida liminar e, no mérito, pela

confirmação da ordem com a revogação da prisão preventiva (fls. 02/10).

A liminar foi indeferida (fls. 65/66).

As informações foram prestadas (fl. 69), informando que o feito

aguarda correção de erro material contido na denúncia oferecida.

A douta Procuradoria de Justiça oficiou pela denegação da ordem

(fls. 72/75).

É o relatório.

R E L A T Ó R I O

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de WALLACE

WHITMAN PEREIRA DA SILVA, contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara

Criminal da Circunscrição Judiciária de Ceilândia/DF, que converteu em preventiva

a prisão em flagrante do paciente, autuado pela suposta prática da infração

capitulada no artigo 157, §2º, inciso II (por três vezes), c/c artigo 288, parágrafo

único, ambos do Código Penal (fl. 49).

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No mérito, não vejo motivos para conceder a ordem requerida.

Conforme relatado, o impetrante investe contra decisão que

converteu em preventiva a prisão em flagrante do paciente, autuado pela prática da

infração capitulada no artigo 157, §2º, inciso e II (por três vezes), c/c artigo 288,

parágrafo único, ambos do Código Penal, sob o argumento, em síntese, da

inexistência de motivos determinantes da prisão preventiva, frente às condições

pessoais do paciente de primariedade, bons antecedentes, residência fixa e

emprego lícito.

Segundo o caderno investigatório, no dia 26/02/2015, por volta das

19h, em via pública, na QNL 15, Taguatinga/DF, o indiciado e mais dois indivíduos,

mediante emprego de grave ameaça exercida com simulacro de arma de fogo,

teriam subtraído, em proveito do grupo, uma bolsa com pertences pessoais,

documentos e dois aparelhos celulares, pertencentes à vítima A.M.M.D.S.; bem

como, por volta de 20h40min, em via pública, na QNP 23, Taguatinga/DF, teriam

subtraíram o aparelho celular pertencente à ofendida R.J.I.

Nas mesmas circunstâncias fáticas, no dia 26/02/2015, por volta das

20h50min, em via pública, na QNP 09, Taguatinga/DF, os suspeitos ainda teriam

subtraído, para todos, com grave ameaça exercida com simulacro de arma de fogo,

uma bolsa contendo um aparelho telefônico móvel pertencente à ofendida M.D.C.O.

No Auto de Prisão em Flagrante n. 195/2019 - 19ª Delegacia de

Polícia de Taguatinga/DF, os policiais militares responsáveis pela abordagem

declararam que estavam em patrulhamento de rotina, quando receberam a notícia

de que alguns indivíduos, em um veículo VW/Gol, Cor Prata, Placa JHB 6271/DF,

portando arma de fogo, haviam cometido crime de roubo.

Conforme relato policial, o veículo suspeito foi abordado, momento

em que foram encontrados os bens subtraídos das 03 (três) vítimas e um simulacro

de arma de fogo (fls. 12/14).

Na espécie, a decisão que decretou a prisão preventiva fundou-se

nas provas da existência do crime, nos indícios suficientes de autoria, na

regularidade da prisão em flagrante, na gravidade do delito supostamente praticado

com grave ameaça, em concurso de agentes e com simulacro de arma de fogo, mas

também, e principalmente, na necessidade concreta de se resguardar a ordem

pública.

V O T O S

O Senhor Desembargador JESUINO RISSATO - Relator

Presentes os requisitos legais, admito a impetração.

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Convém colacionar os fundamentos que lastrearam a r. decisão

hostilizada, in verbis:

"De início, o presente APF encontra-se formalmente perfeito,

não merecendo qualquer ajuste, no que o homologo.

Compulsando-se as folhas de antecedentes penais dos

autuados, embora não ostentem condenações transitadas em

julgado, é certo que se aliaram, com acertos de animus, para

cometerem crimes pela cidade, atingindo o patrimônio alheio,

com emprego de violência e grave ameaça. Em um intervalo de

tempo inferior a 02 (duas) horas, cometerem crimes graves

contra 03 (três) vítimas.

Desta feita, cabem aos Órgãos estatais responsáveis pela

manutenção da ordem pública, exercer as suas competências

legais com energia, rigor e austeridade.

Ademais, já é pacifico nos anais da nossa jurisprudência pátria

que o fato de os autores de crimes serem primários não se

presta a um salvo-conduto para a prática de crimes.

Outrossim, a soma das penas máximas dos crimes atende aos

requisitos para fins de decretação da prisão preventiva trazidos

no art. 313, I, do Código de Processo Penal.

Sendo assim, tenho que, diante dos fatos e das circunstâncias

pessoais dos autuados, não é cabível a substituição da prisão

preventiva por qualquer das medidas cautelares arroladas no

artigo 319, do Código de Processo Penal. Tais medidas seriam,

pois, insuficientes, ainda que aplicadas cumulativamente várias

delas, para garantir a ordem pública que, por certo, se vir o

autuado a ser solto, será estimulado mais uma vez a macular a

paz social, ao tempo em que a coletividade se sentirá ainda

mais desprotegida.

Ante o exposto, CONVERTO A PRESENTE PRISÃO EM

FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA, a fim de manter em

custódia cautelar LEONARDO RENNER VIDAL e WALLACE

WHITMAN PEREIRA DA SILVA, mormente por contemplar a

necessidade de resguardo da ordem pública, nos termos dos

arts. 312 e 313, inciso I, do Código de Processo Penal.

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De início, tenho que a prisão em flagrante reveste-se das

formalidades legais, amoldando-se à hipótese prevista no artigo 302, incisos IV, do

Código de Processo Penal, que considera em flagrante delito quem "é encontrado,

logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele

autor da infração".

No mais, trata-se da prática, em tese, de roubo circunstanciado pelo

concurso de agentes (por três vezes), crime punido com pena privativa de liberdade

máxima superior a 04 (quatro) anos de reclusão, admitindo, portanto, o decreto de

prisão preventiva com fulcro no artigo 313, inciso I, do Código de Processo Penal.

Não bastasse isso, segundo as peças investigativas, há ainda fortes

indícios de materialidade e autoria delitivas, pois ao serem ouvidas na Delegacia de

Polícia, as vítimasidentificaram não apenas os objetos subtraídos e o veículo

utilizado durante a investida criminosa, mas uma delas também reconheceu com

segurança e presteza o paciente (fls. 23/28).

Por outro lado, a conduta criminosa, considerada sob a perspectiva

de seu modo de execução, revela audácia e evidencia o risco de ofensa à ordem

pública, pois se tratam de crimes praticados em questão de poucas horas pelo

paciente e mais dois comparsas, dentre eles um adolescente, cometidos no período

noturno, em vias públicas onde há circulação de pessoas, em desfavor de 03 (três)

mulheres, simbolizando frieza na escolha de vítimas com maior vulnerabilidade.

Como se vê, o eventual comportamento do paciente, a prisão em

flagrante em poder da res furtiva, e o reconhecimento formal no bojo do Inquérito

Policial sugerem, com prognose objetiva, empírica e idônea, situação de

periculosidade latente, que serve de vetor para indicar que o autuado, em liberdade,

poderá colocar em risco a integridade de terceiros, daí porque se recomenda a

manutenção de sua segregação cautelar para preservação da ordem pública.

Por último, conforme apontou a decisão atacada, as circunstâncias

pessoais favoráveis do paciente não obstam a sua segregação, pois não constituem

axiomas em favor da liberdadee nem se traduzem em um salvo-conduto para a

prática de crimes, sobretudo quando outros elementos recomendam a prisão

preventiva.

Decerto, conforme prevê o artigo 319, incisos I a IX, do Estatuto

Processual Repressivo, a princípio se revelam inadequadas quaisquer medidas

cautelares alternativas da prisão como mecanismo de contenção do ímpeto infrator,

em razão da gravidade concreta do crime, da periculosidade do paciente e das

circunstâncias fáticas acima relatadas.

Com efeito, todos esses motivos encontram suporte na

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jurisprudência desta Corte de Justiça e dos Tribunais Superiores. Confiram-se,

assim, precedentes proferidos em casos análogos pela 3ª Turma Criminal deste

egrégio Tribunal, litteris:

HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. SIMULACRO DE

ARMA DE FOGO. CONCURSO DE AGENTES. EMPREGO DE

ARMA. FLAGRANTE. CONVERSÃO. PRISÃO PREVENTIVA.

REQUISITOS. MATERIALIDADE E INDÍCIOS SUFICIENTES

DE AUTORIA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.

DENEGAÇÃO DA ORDEM.

I - Deve ser mantida a decisão que converte a prisão em

flagrante em preventiva para o resguardo da ordem pública,

quando fundamentada no modus operandi do agente,

demonstrativo de periculosidade em concreto, e presentes a

materialidade do delito e indícios suficientes de autoria, a

evidenciar que outras medidas cautelares distintas da prisão

são insuficientes para a prevenção e repressão ao crime.

II - Condições pessoais favoráveis como primariedade, bons

antecedentes, residência fixa e ocupação lícita não são

suficientes para revogar a prisão preventiva quando presente

qualquer dos requisitos previstos nos arts. 312 e 313 do Código

de Processo Penal.

III - Ordem denegada.

(TJDFT, Acórdão n.853702, 20150020025590HBC, Relator:

NILSONI DE FREITAS, 3ª Turma Criminal, Data de

Julgamento: 05/03/2015, Publicado no DJE: 12/03/2015. Pág.:

189)

HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO

CONCURSO DE PESSOAS. PRISÃO PREVENTIVA

DECRETADA PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA,

DEVIDO À INTENSA PERICULOSIDADE DO AGENTE E À

G R A V I D A D E C O N C R E T A D O C R I M E . D E C I S Ã O

DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. AUSÊNCIA DE

CONSTRANGIMENTO ILEGAL. IMPOSSIBILIDADE DE

FIXAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA

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PRISÃO. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.

I - Mantém-se a prisão preventiva, com fundamento na garantia

da ordem pública, de paciente preso em flagrante em razão da

suposta prática de roubo circunstanciado pelo concurso de

pessoas, o qual, em tese, teria subtraído objetos da vítima

mediante o emprego de violência, consistente em empurrões e

tapas na cabeça, restando evidenciada a ousadia e

periculosidade do agente.

II - A prisão cautelar deve ser mantida quando se revelar

necessária para a garantia da ordem pública, para a

conveniência da instrução criminal ou para evitar riscos à

aplicação da lei penal, ainda que exista a remota possibilidade

de que o regime fixado na sentença seja menos severo que a

segregação cautelar.

III - Condições pessoais favoráveis, tais como primariedade,

bons antecedentes, endereço fixo e ocupação lícita,

isoladamente consideradas, não são suficientes para autorizar

a revogação da decretação de prisão preventiva.

IV - As medidas cautelares diversas da prisão não se mostram

necessárias e adequadas à espécie, haja vista a gravidade

concreta do crime e as circunstâncias do fato. Assim, não se

verifica o alegado constrangimento ilegal quando presentes os

requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos nos

artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.

V - Ordem CONHECIDA e DENEGADA.

(TJDFT, Acórdão n.853526, 20150020029512HBC, Relator:

JOSÉ GUILHERME, 3ª Turma Criminal, Data de Julgamento:

05/03/2015, Publicado no DJE: 11/03/2015. Pág.: 255)

HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO.

CONCURSO DE PESSOAS. PRISÃO PREVENTIVA.

GRAVIDADE CONCRETA DO CRIME. GARANTIA DA

ORDEM PÚBLICA. PRISÃO MANTIDA. ORDEM DENEGADA.

1. Necessária, como garantia da ordem pública, a prisão

preventiva da paciente, denunciada pela prática do crime de

roubo circunstanciado pelo concurso de pessoas, tendo em

vista a gravidade concreta do delito, o que demonstra a

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periculosidade social da acusada e a necessidade da prisão

preventiva.

2. Eventuais condições pessoais favoráveis da paciente, por si

sós, não são suficientes para autorizar a revogação da

constrição cautelar.

3. Ordem denegada.

(TJDFT, Acórdão n.805730, 20140020152843HBC, Relator:

JOÃO BATISTA TEIXEIRA, 3ª Turma Criminal, Data de

Julgamento: 24/07/2014, Publicado no DJE: 28/07/2014. Pág.:

293)

HABEAS CORPUS - ROUBO CIRCUNSTANCIADO E

CORRUPÇÃO DE MENORES - DECRETO DE PRISÃO

PREVENTIVA - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA -

GRAVIDADE CONCRETA DO DELITO E PERICULOSIDADE

DO AGENTE - CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO

EVIDENCIADO - ORDEM DENEGADA.

1. Paciente denunciado como incurso nas penas do crime

previsto no art. 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal, e art.

244-B da Lei n. 8.069/90.

2. Demonstradas a gravidade concreta do delito e a

periculosidade do agente, a segregação cautelar do acusado

encontra-se devidamente fundamentada, e não se verifica o

alegado constrangimento ilegal. Precedentes.

3. Inadequação, na espécie, de qualquer das medidas

cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319 do

Código de Processo Civil.

4. Ordem denegada.

(TJDFT, Acórdão n.819061, 20140020192613HBC, Relator:

HUMBERTO ADJUTO ULHÔA, 3ª Turma Criminal, Data de

Julgamento: 11/09/2014, Publicado no DJE: 16/09/2014. Pág.:

240)

Destarte, não configurada qualquer irregularidade na prisão em

flagrante e na sua conversão em preventiva, não se vislumbrando nenhuma

ilegalidade na medida restritiva acautelatória, e estando a decisão devidamente

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respaldada em hígidos fundamentos de fato e de direito e ainda nos requisitos

estampados nos artigos 312 e 313, ambos do Código de Processo Penal, hei por

bem DENEGAR a ordem de habeas corpus.

É como voto.

O Senhor Desembargador JOSÉ GUILHERME - Vogal

Com o relator.

A Senhora Desembargadora NILSONI DE FREITAS - Vogal

Com o relator.

D E C I S Ã O

CONHECIDO. DENEGOU-SE A ORDEM. UNÂNIME

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