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  1. 1. E M E N T A rgo : 3 TURMA CRIMINAL Classe : HABEAS CORPUS N. Processo : 20150020076814HBC (0007768-83.2015.8.07.0000) Impetrante(s) : ROBERTO MACIEL SOUKEF FILHO Autoridade Coatora(s) : JUZO DA 3 VARA CRIMINAL DE BRASLIA DF Relator : Desembargador JESUINO RISSATO Acrdo N. : 860010 PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO. CONVERSO DE PRISO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PBLICA. GRAVIDADE CONCRETA. INSUFICINCIA DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISO. ORDEM DENEGADA. 1. de ser mantida a deciso que decreta a priso preventiva para garantia da ordem pblica, com fundamento na gravidade do delito e periculosidade concreta do agente, evidenciada pelas circunstncias do fato e por seu modo de agir. 2. firme a jurisprudncia no sentido de que primariedade, ocupao lcita e endereo certo no constituem axiomas em favor da liberdade, desde que presentes os requisitos permissivos da custdia cautelar estampados nos artigos 312 e 313, do Cdigo de Processo Penal. 3. Ordem denegada. Poder Judicirio da Unio Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios Fls. _____ Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 1
  2. 2. A C R D O Acordam os Senhores Desembargadores da 3 TURMA CRIMINAL do Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios, JESUINO RISSATO - Relator, NILSONI DE FREITAS - 1 Vogal, JOO BATISTA TEIXEIRA - 2 Vogal, sob a presidncia do Senhor Desembargador JESUINO RISSATO, em proferir a seguinte deciso: CONHECIDO. DENEGOU-SE A ORDEM. UNNIME., de acordo com a ata do julgamento e notas taquigrficas. Brasilia(DF), 9 de Abril de 2015. Documento Assinado Eletronicamente JESUINO RISSATO Relator Fls. _____ Habeas Corpus 20150020076814HBC Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 2
  3. 3. Alega o impetrante, em apertada sntese, que a priso preventiva ilegal por fazer referncia gravidade abstrata do crime. Alega, por fim, que a priso no necessria em razo das favorveis condies pessoais do paciente, haja vista sua primariedade e residncia fixa. Pugna, ento, pela concesso da ordem. Liminar indeferida s fls. 43/44. A autoridade impetrada prestou informaes s fls. 47/48, noticiando que j houve recebimento da denncia, e que o feito aguarda a citao do paciente. A douta Procuradoria de Justia oficiou pela denegao da ordem (fls. 50/54). o relatrio. R E L A T R I O Cuida-se de habeas corpus impetrado em favor de THIAGO MESQUITA FERREIRA contra deciso proferida pelo MM. Juiz de Direito da Terceira Vara Criminal de Braslia/DF, por meio da qual foi convertida em preventiva a priso em flagrante do paciente, autuado por suposta infrao ao art. 157, caput, do Cdigo Penal. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020076814HBC Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 3
  4. 4. Conforme relatado, o impetrante investe contra deciso que converteu em preventiva a priso em flagrante do paciente, autuado pela suposta prtica do crime previsto no art. 157, caput, do Cdigo Penal. Eis os fundamentos da r. deciso objurgada: As circunstncias do delito e o modo de execuo relatados no APF evidenciam a gravidade concreta do fato e a periculosidade e audcia do autuado, a exigir a constrio cautelar em defesa da ordem pblica. No se pode olvidar que crimes tais como o noticiado vem aumentando em nmero no Distrito Federal, gerando clamor pblico e exigindo do Estado uma pronta e efetiva atuao com vistas a manter a ordem pblica, a ensejar a segregao cautelar do autuado, ao menos por ora. Registre-se que a priso para a garantia da ordem pblica no se limita a prevenir a reproduo de fatos criminosos, mas tambm acautelar o meio social e a prpria credibilidade da justia, que por certo ficariam abalados com a soltura do autuado diante das circunstncias indicativas de sua periculosidade e total desprezo com a incolumidade fsica e o patrimnio alheios. Logo, incabvel a concesso de liberdade provisria; ademais, considerando que se encontram presentes os requisitos e os fundamentos da priso preventiva, tambm no o caso de substituio pelas medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, pois, diante da necessidade da manuteno da priso para a garantia da ordem pblica, exclui-se a possibilidade da substituio pelas medidas cautelares, ante a evidente incompatibilidade entre os institutos. Enfim, mesmo que o autuado seja, em princpio, primrio, tal no obsta a manuteno de sua segregao cautelar, ao V O T O S O Senhor Desembargador JESUINO RISSATO - Relator Presentes os requisitos legais, admito a impetrao. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020076814HBC Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 4
  5. 5. menos por ora, diante das circunstncias em que se desenvolveram os fatos, a indicar a presena dos fundamentos priso preventiva. Ante o exposto, CONVERTO a priso em Flagrante de THIAGO MESQUITA FERREIRA, filho de Pedro Antonio Ferreira e de Nair Mesquita Ferreira, nascido em 15/06/1995, natural de Braslia/DF, em PREVENTIVA (APF n 115/2015 - 02 DPC/DF). Dessa forma, a hiptese dos autos permite a decretao da priso preventiva do autuado, diante de fortes indcios de materialidade e autoria delitivas, com fundamento na necessidade concreta de resguardar-se a ordem pblica (art. 312 do CPP). Ademais, consoante dico do artigo 313, incisos I e II, do Cdigo de Processo Penal, a priso preventiva tambm admitida no presente caso em virtude da suposta prtica de crime doloso punido com pena privativa de liberdade mxima superior a 4 (quatro) anos. Em caso semelhante ao ora em exame, assim j decidiu esta Corte de Justia: HABEAS CORPUS. HOMICDIO QUALIFICADO TENTADO. PRISO PREVENTIVA DECRETADA. GRAVIDADE CONCRETA. REINCIDNCIA. PERICULOSIDADE. GARANTIA DA ORDEM PBLICA. PEDIDO DE REVOGAO INDEFERIDO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NO EVIDENCIADO. 1. H necessidade de custdia cautelar para garantia da ordem pblica quando a natureza e gravidade concreta do crime praticado, principalmente no caso de homicdio qualificado tentado, que tem pena mxima superior a quatro anos (art. 313, inciso I do Cdigo de Processo Penal), aliada s suas circunstncias e reincidncia do paciente, indicam sua periculosidade social e recomendam a manuteno da priso preventiva. 2. Ordem denegada. (Acrdo n.736379, 20130020253035HBC, Relator: JOO Fls. _____ Habeas Corpus 20150020076814HBC Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 5
  6. 6. BATISTA TEIXEIRA, 3 Turma Criminal, Data de Julgamento: 14/11/2013, Publicado no DJE: 25/11/2013, Pg.: 237) Saliente-se que a primariedade, ocupao lcita e residncia fixa do paciente no configuram impeditivo para a manuteno da priso preventiva, quando presentes os requisitos do art. 312 do CPP, como na hiptese dos autos. Por outro lado, a inadequao das medidas cautelares diversas priso no caso manifesta, em razo de sua periculosidade latente. De fato, o paciente possui passagens enquanto adolescente, as quais registram a prtica de atos infracionais relacionados ao pode de drogas. No caso concreto, o paciente teria subtrado telefones celulares com o objetivo de utiliz-los como moeda de troca em dvida de drogas. Decerto, em casos tais, considerando o modus operandi da conduta, h de se concluir pela insuficincia das medidas alternativas segregao, como mecanismo de conteno de seu mpeto infrator, que compromete, sem dvida, a paz social. Tenho, portanto, que o decreto de priso preventiva repousa em hgidos fundamentos de fato e de direito, ancorados em requisitos dos artigos 312 e 313, ambos da Legislao Processual Penal, para garantia da ordem pblica. Ante o exposto, DENEGO A ORDEM de habeas corpus. como voto. A Senhora Desembargadora NILSONI DE FREITAS - Vogal Com o relator. O Senhor Desembargador JOO BATISTA TEIXEIRA - Vogal Com o relator. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020076814HBC Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 6
  7. 7. D E C I S O CONHECIDO. DENEGOU-SE A ORDEM. UNNIME. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020076814HBC Cdigo de Verificao :2015ACOEWSQTQ6Z1OW5QUIC5I7V GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 7