E M E N T A Órgão : 3ª TURMA CRIMINAL Classe : HABEAS CORPUS N. Processo : 20150020090133HBC (0009108-62.2015.8.07.0000) Impetrante(s) : ADRIANO DE SOUZA PEREIRA NEVES, ANTONIO CARDOSO DA SILVA NETO Autoridade Coatora(s) : JUÍZO DA 7ª VARA CRIMINAL DE BRASÍLIA - D.F. Relator : Desembargador JESUINO RISSATO Acórdão N. : 862665 PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS . ROUBO CIRCUNSTANCIADO. EMPREGO DE ARMA DE FOGO, CONCURSO DE PESSOAS E RESTRIÇÃO DE LIBERDADE. PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS PRESENTES. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. INSUFICIÊNCIA DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. ORDEM DENEGADA. 1. Correta a decisão que manteve a prisão preventiva diante da presença dos requisitos autorizadores previstos no art. 312 do CP, estando a decisão fundada na garantia da ordem pública,em razão da gravidade da conduta e periculosidade do agente, evidenciada pelas circunstâncias do fato e por seu modo de agir. 2. É firme a jurisprudência no sentido de que primariedade, ocupação lícita e endereço certo não constituem axiomas em favor da liberdade, desde que presentes os requisitos permissivos da custódia cautelar estampados nos artigos 312 e 313, do CPP e demonstrada a inadequação ou insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319, do mesmo diploma legal. 3. Ordem denegada. Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Fls. _____ Código de Verificação :2015ACOEKHUDO3SO0BIVJ600P2J GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 1
1. E M E N T A rgo : 3 TURMA CRIMINAL Classe : HABEAS CORPUS N.
Processo : 20150020090133HBC (0009108-62.2015.8.07.0000)
Impetrante(s) : ADRIANO DE SOUZA PEREIRA NEVES, ANTONIO CARDOSO DA
SILVA NETO Autoridade Coatora(s) : JUZO DA 7 VARA CRIMINAL DE
BRASLIA - D.F. Relator : Desembargador JESUINO RISSATO Acrdo N. :
862665 PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO.
EMPREGO DE ARMA DE FOGO, CONCURSO DE PESSOAS E RESTRIO DE
LIBERDADE. PRISO PREVENTIVA. REQUISITOS PRESENTES. GARANTIA DA
ORDEM PBLICA. INSUFICINCIA DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA
PRISO. ORDEM DENEGADA. 1. Correta a deciso que manteve a priso
preventiva diante da presena dos requisitos autorizadores previstos
no art. 312 do CP, estando a deciso fundada na garantia da ordem
pblica,em razo da gravidade da conduta e periculosidade do agente,
evidenciada pelas circunstncias do fato e por seu modo de agir. 2.
firme a jurisprudncia no sentido de que primariedade, ocupao lcita
e endereo certo no constituem axiomas em favor da liberdade, desde
que presentes os requisitos permissivos da custdia cautelar
estampados nos artigos 312 e 313, do CPP e demonstrada a inadequao
ou insuficincia das medidas cautelares diversas da priso, previstas
no artigo 319, do mesmo diploma legal. 3. Ordem denegada. Poder
Judicirio da Unio Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos
Territrios Fls. _____ Cdigo de Verificao
:2015ACOEKHUDO3SO0BIVJ600P2J GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO
RISSATO 1
2. A C R D O Acordam os Senhores Desembargadores da 3 TURMA
CRIMINAL do Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios,
JESUINO RISSATO - Relator, JOS GUILHERME - 1 Vogal, NILSONI DE
FREITAS - 2 Vogal, sob a presidncia do Senhor Desembargador JESUINO
RISSATO, em proferir a seguinte deciso: CONHECIDO. DENEGOU-SE A
ORDEM. UNNIME., de acordo com a ata do julgamento e notas
taquigrficas. Brasilia(DF), 23 de Abril de 2015. Documento Assinado
Eletronicamente JESUINO RISSATO Relator Fls. _____ Habeas Corpus
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3. Alegam os impetrantes, em sntese, que a deciso fundou-se to
somente na gravidade do delito, sem arrimo em qualquer elemento
concreto que permita aquilatar eventual risco ordem pblica com a
soltura do paciente, que vinha colaborando com a apurao
inquisitorial dos fatos. Pleiteia a expedio de alvar de soltura em
favor do paciente (fls. 02/21). A liminar foi indeferida s fls.
271/272. Informaes prestadas s fls. 275/276, com os documentos de
fls. 277/282. A douta Procuradoria de Justia pugnou pela denegao da
ordem (fls. 284/286). o relatrio. R E L A T R I O Cuida-se de
habeas corpus impetrado por Fabiana Silva de Oliveiraem favor de
RONALDO PEREIRA DE SOUZA JUNIOR em face de deciso proferida pelo
MM. Juzo de Direito da 7 Vara Criminal de Braslia-DF, fls. 238/239,
que manteve a decretao da priso preventiva do paciente em face da
suposta prtica do crime previsto no art. 157, 2, incisos I, II e V,
do Cdigo Penal e no art. 244-B, da Lei 8.069/90, em concurso
formal. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020090133HBC Cdigo de
Verificao :2015ACOEKHUDO3SO0BIVJ600P2J GABINETE DO DESEMBARGADOR
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4. Sem razo, no entanto, os impetrantes. Consta dos autos que o
paciente foi preso preventivamente pela suposta pratica do crime
previsto no art. 157, 2, incisos I, II e V, do Cdigo Penal, no art.
244-B, da Lei 8.069/90, em concurso formal, por ter ele, em tese,
exercido, em companhia de outros quatro indivduos, dentre eles um
adolescente, grave ameaa e violncia s vitimas, subtraindo seus
bens. O magistrado de primeiro grau, diante do pedido ministerial,
decretou a priso preventiva em face da garantia da ordem pblica,
tendo, posteriormente, negado o pedido de revogao da priso do
paciente. A anlise da deciso que manteve a segregao do paciente no
revela o alegado vcio de legalidade verberado pela defesa. Com
efeito, a r. deciso atacada pautou-se no risco para a ordem pblica,
devido gravidade do delito e periculosidade concreta do paciente,
aduzindo que os fatos praticados foram extremamente graves,
mediante grave ameaa e violncia real, exercida com o emprego de
arma de fogo, e na companhia de menor de idade, para a subtrao dos
bens das vtimas. De fato, as circunstncias dos autos e o modus
operandi revelam a gravidade da conduta perpetrada pelo paciente.
Consta que, no dia dos fatos, uma das vtimas teria abordada, na
frente de sua residncia, pelo paciente e seus comparsas, com um
revlver, recebendo vrias coronhadas na cabea. Ato contnuo, o
paciente teria entrado na residncia do primeiro ofendido, abordando
outras trs vtimas e, por meio de eventual restrio de liberdade das
vitimas alm do necessrio, teria ameaado-as de morte, exigindo
dinheiro e jias. Por outro lado, o pedido de revogao da priso
preventiva no veio instrudo com qualquer alegao capaz de demonstrar
a insubsistncia superveniente dos motivos que ensejaram o decreto
prisional (fls. 238/239). V-se, portanto, que a deciso atacada
fundamentou a manuteno da priso preventiva na permanncia dos
requisitos autorizadores da segregao do paciente. Esta eg. Corte de
Justia j decidiu de forma semelhante, conforme julgados transcritos
a seguir: V O T O S O Senhor Desembargador JESUINO RISSATO -
Relator Presentes os requisitos legais, admito a impetrao. Fls.
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5. HABEAS CORPUS. ROUBO. SIMULAO DE PORTE DE ARMA. CONCURSO DE
PESSOAS (ARTIGO 157, 2, INCISO II DO CDIGO PENAL). GRAVIDADE DA
CONDUTA. AUSNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DENEGADA. 1.
Cabvel a priso preventiva tratando-se de crime cuja pena mxima
superior a 04 (quatro) anos (artigo 313, incisos I, do Cdigo de
Processo Penal). 2. A conduta concretamente grave evidencia a
periculosidade do agente e justifica a priso preventiva para
garantia da ordem pblica. 3.Demonstrada necessidade efetiva de
segregao do paciente do meio social, no se vislumbra a adequao de
outras medidas cautelares, dentre aquelas arroladas no artigo 319
do Cdigo de Processo Penal. 4. Ordem denegada. (Acrdo n.860269,
20150020064664HBC, Relator: CESAR LABOISSIERE LOYOLA, 2 Turma
Criminal, Data de Julgamento: 09/04/2015, Publicado no DJE:
15/04/2015. Pg.: 187); HABEAS CORPUS. ROUBO PRATICADO COM EMPREGO
DE ARMA E CONCURSO DE PESSOAS. CONVERSO DE PRISO EM FLAGRANTE EM
PREVENTIVA. GRAVIDADE CONCRETA DOS FATOS. NECESSIDADE DA PRISO PARA
GARANTIA DA ORDEM PBLICA. 1. Necessria a priso preventiva do
paciente, acusado da autoria do delito de roubo majorado pelo
emprego de faca e concurso de pessoas, para a garantia da ordem
pblica, uma vez que as circunstncias do crime revelam ousadia e
destemor, consubstanciados em emprego desnecessrio de violncia
contra os lesados, e demonstram a sua periculosidade social, a
merecer maior rigor da Justia. 2. Ordem denegada. (Acrdo n.859698,
20150020067182HBC, Relator: JOO BATISTA TEIXEIRA, 3 Turma Criminal,
Data de Julgamento: 09/04/2015, Publicado no DJE: 13/04/2015. Pg.:
175). Fls. _____ Habeas Corpus 20150020090133HBC Cdigo de Verificao
:2015ACOEKHUDO3SO0BIVJ600P2J GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO
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6. Outrossim, o crime praticado doloso e punido com pena
privativa de liberdade mxima superior a 4 (quatro) anos, o que
supera o requisito para a priso preventiva disposto no art. art.
313, inciso I, do Cdigo de Processo Penal. No h falar, por ora, em
ausncia de fumus comissi delicti, uma vez que h manifestos indcios
de materialidade e autoria, mxime o reconhecimento do paciente
pelas vtimas e o recebimento da denncia pelo juzo de primeiro grau.
Diante das informaes constantes dos autos, no se verifica,
portanto, plausibilidade da impetrao e a ilegalidade da medida
constritiva. Saliente-se que a alegada primariedade, residncia fixa
e a comprovao de trabalho lcito no configuram impeditivos para a
manuteno da priso preventiva, quando presentes os requisitos do
art. 312, do CPP, conforme na hiptese dos autos. Por fim, evidente
a inadequao e a insuficincia das outras medidas cautelares
previstas no art. 319 do Cdigo de Processo Penal, com vistas a
impedir o cometimento de novos delitos, bem como para acalentar a
incolumidade pblica. Ante o exposto, DENEGO A ORDEM de habeas
corpus. como voto. O Senhor Desembargador JOS GUILHERME - Vogal Com
o relator. A Senhora Desembargadora NILSONI DE FREITAS - Vogal Com
o relator. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020090133HBC Cdigo de
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7. D E C I S O CONHECIDO. DENEGOU-SE A ORDEM. UNNIME. Fls.
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