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9. HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de História na Educação Básica, busca despertar reflexões a
respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o
ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. Para tanto, serão
destacadas as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino de História
e suas contradições frente à ciência de referência. A História passou a existir como
disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi
criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História
como disciplina acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro II faziam parte do
IHGB e construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as orientações
dos conteúdos que seriam ensinados. Elaboradas sob influência da História
metódica e do positivismo orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos
documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva da
valorização política dos heróis. A narrativa histórica produzida justificava o modelo
de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental. Este
modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889), e o Colégio
Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional
brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a
História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal. O retorno da
História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no período autoritário do
governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político nacionalista do Estado
Novo (1937-1945), e se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos
escolares.
Desde o início da década de 1930, porém, debates teóricos sobre a inclusão
da disciplina de Estudos Sociais na escola foram incentivados pelo recém-criado
Ministério da Educação e Cultura. As experiências norte-americanas na organização
dessa disciplina passaram a fazer parte dos debates educacionais trazidos pela
Escola Nova2. Para dar viabilidade à inserção dessa disciplina nos currículos
escolares, Anísio Spínola Teixeira (1900-1971), responsável pela Diretoria de
Instrução Pública do Distrito Federal e intelectual da Escola Nova, publicou uma
proposta de Estudos Sociais para a escola elementar em 1934, denominada
Programa de Ciências Sociais. Contudo, essa proposta não chegou a ser instituída
no Brasil dos anos 1930 e 1940. Na década de 1950, em continuidade a essa
proposta, foi instituído o Programa de Assistência Brasileiro-Americano ao Ensino
Elementar (PABAEE), resultado do convênio entre os governos Federal de Minas
Gerais e estadunidenses, para instituir o ensino de Estudos Sociais. Essas
experiências serviram como referência para a posterior instituição dos Estudos
Sociais no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei n. 5.692, de 1971. Durante o
regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu caráter
estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do
ponto de vista factual. Modelo da ordem estabelecida, de uma sociedade
hierarquizada e nacionalista, o ensino não tinha espaço para análise crítica e
interpretações dos fatos, mas objetivava formar indivíduos que aceitassem e
valorizassem a organização da pátria. O Estado figurava como o principal sujeito
histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos
governantes e das elites condutoras do país. Ainda no regime militar, a partir da Lei
n. 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o Segundo Grau
profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada à
preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho. No Primeiro Grau, as
disciplinas de História e Geografia foram condensadas como área de Estudos
Sociais, dividindo ainda a carga horária para o ensino de Educação Moral e Cívica
(EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de
Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a compor o currículo. O
esvaziamento da disciplina de História deu-se também devido à proliferação de
cursos de licenciatura curta em Estudos Sociais, que abreviavam e tornavam
polivalente a formação inicial, seguida da simplificação de conteúdos científicos.
Com a adoção dessas medidas, o Estado objetivava exercer maior controle
ideológico sobre o corpo docente, porque retirava o instrumental intelectual
politizador e centrava a formação numa prática pedagógica pautada na transmissão
de conteúdos selecionados e sedimentada pelos livros e manuais didáticos. Na
década de 1970, o ensino dessa disciplina era predominantemente tradicional, tanto
pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação
em fatos políticos quanto pela abordagem dos conteúdos históricos de forma factual
e linear, formal e abstrato, sem relação com a vida do aluno. A prática do professor
era marcada por aulas expositivas, a partir das quais cabia aos alunos a
memorização e repetição do que era ensinado como verdade. Nesse contexto, o
ensino distanciou-se da produção historiográfica acadêmica, envolvida em
discussões a respeito de objetos, fontes, métodos, concepções e referenciais
teóricos da ciência histórica. A aproximação entre a Educação Básica e a Superior
foi retomada apenas a partir da década de 1980, com o fim da ditadura militar e o
início do processo de redemocratização da sociedade brasileira. O ensino de
Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos 1980, tanto pela
academia quanto pela sociedade organizada, sobretudo pela Associação Nacional
dos Professores Universitários de História (ANPUH). Esses segmentos sociais
defendiam o retorno da disciplina de História como condição para que houvesse
maior aproximação entre a investigação histórica e o universo da sala de aula. Na
segunda metade da década de 1980 e no início dos anos 1990, cresceram os
debates em torno das reformas democráticas na área educacional, essa discussão
entre educadores e outros setores da sociedade foi resultado da restauração das
liberdades individuais e coletivas no país. No Paraná, houve também uma tentativa
de aproximar a produção acadêmica de História ao ensino desta disciplina no
Primeiro Grau, fundamentada na pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo
Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (1990). Essa proposta de
renovação tinha como pressuposto a historiografia social, pautada no materialismo
histórico dialético, e indicava alguns elementos da Nova História. Para o Primeiro
Grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do Brasil e História
Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudos de caso,
descolados dos grandes blocos de conteúdos. Eram apresentadas com pouca
relevância nos contextos estudados. Essa forma de organização curricular
demonstrava a dificuldade da proposta em romper a visão eurocêntrica da História.
Exemplo disso foi o uso de termos como comunidades primitivas para designar os
grupos indígenas, o que desconsiderava a abordagem antropológica da diversidade
cultural e do processo histórico dessas comunidades. Apesar de apresentarem
referências de autores da história cultural, os documentos curriculares para o
Primeiro e Segundo Graus não superaram a racionalidade histórica linear e
cronológica na abordagem político-econômica da disciplina, o que dificultava a
inserção de uma perspectiva cultural no tratamento dos conteúdos. A ausência de
oferta de formação continuada dificultou a implementação dessas propostas para o
ensino de História, pois, desde os anos de 1970, os professores ministravam aulas
de Estudos Sociais, Organização Social e Política do Brasil, Educação Moral e
Cívica. Devido a isso, estavam afastados da especificidade do conhecimento
histórico. Além disso, os governos que se seguiram deram pouca ênfase à
implementação dos currículos de Primeiro e Segundo Graus. Os problemas então
identificados tiveram implicações significativas para o currículo de História da Rede
Pública Estadual. Destaca-se que, devido a pouca apropriação do Currículo Básico
no ensino da disciplina, o professor se viu na iminência de submeter-se aos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e à orientação dos livros didáticos.
Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da Educação
divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino Fundamental e
Médio. Os PCN para o Ensino Médio organizaram o currículo por áreas do
conhecimento e a disciplina de História fazia parte das Ciências Humanas e suas
tecnologias juntamente com as disciplinas de Geografia, Sociologia e Filosofia. No
Ensino Fundamental, os PCN apresentaram as disciplinas como áreas do
conhecimento, e a História foram mantidas em sua especificidade, integrada às
demais pelos chamados Temas Transversais.
O Estado do Paraná incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros
Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular da Rede
Pública Estadual. Tal implementação se deu de modo autoritário, apesar de ser
garantida na LDB/96 a autonomia das escolas para elaborar suas propostas
curriculares. Nos PCN, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática,
com a função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno. Ressaltou-se a
relação que o conhecimento deve ter com a vivência do educando, sobretudo no
contexto do trabalho e do exercício da cidadania. Os PCN do Ensino Fundamental
privilegiaram uma abordagem psicológica e sociológica dos conteúdos; minimizaram
a análise do objeto de estudos da disciplina e do pensamento crítico; e propuseram
uma articulação dos conteúdos aos elementos psicológicos, à historiografia atual e
ao contexto vivido pelos alunos. No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos
propostos e as competências apresentadas nos PCN remetia a uma abordagem
funcionalista, pragmática e presentista dos conteúdos de História. A relação entre o
saber e os princípios propostos pela Unesco (aprender a aprender, aprender a fazer,
aprender a conviver e aprender a ser), ao lado de uma referência cognitivista e
psicológica, não se conectava à historiografia proposta como base teórica da
disciplina. Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública
Estadual até o ano de 2002. No ano seguinte, iniciou-se uma discussão coletiva
envolvendo professores da rede estadual, com o objetivo de elaborar novas
Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de História. O cumprimento da Lei n.
13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual, os conteúdos de História do Paraná; o cumprimento da Lei n. 10.639/03,
que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira,
seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações
étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o
cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do
ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil. Os Conteúdos
Estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser
identificados no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial
teórico que sustenta a investigação histórica em uma nova racionalidade não-linear
e temática.
Para compreender, analisar e refletir sobre os acontecimentos do processo
histórico, será considerado as contribuições específicas das diferentes correntes
historiográficas e a prática da abordagem histórico-critica
A produção o desenvolvimento do conhecimento historiográfico objetiva a
formação do pensamento histórico, possibilitando a ampliação da consciência
histórica para a produção de narrativas históricas.
A ciência Histórica tem por objetivo:
Analisar o processo sócio econômico, valendo-se de uma linguagem histórica,
considerando-se as contribuições das correntes historiográficas. Também, levar em
consideração a investigação científica do trabalho, do poder a da cultura,
subsidiados por diversas fontes e por momentos históricos distintos. A que se
considerar, além disso, a polifonia advinda dos sujeitos históricos para que seja
oportunizado o desenvolvimento constituinte do pensamento histórico. Ou seja, para
que se efetive a consciência histórica a que se levar em conta os elementos
oriundos da abordagem histórico-critica responsável, também, pela constituição dos
sujeitos epistêmicos, com a finalidade de produzirem narrativas de apresentação dos
conhecimentos históricos.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As
relações humanas produzidas por essas ações pode ser definidas como estruturas
sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,
instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente. Os Conteúdos
Estruturantes relações de trabalho, de poder e culturais permitem construir uma
fundamentação histórica das abordagens relativas aos temas ou conteúdos básicos
e aos conteúdos históricos específicos. Isto porque materializam as orientações do
agir humano estruturadas na formação do pensamento histórico. Esta formação
histórica, baseada nos Conteúdos Estruturantes é constituída por metodologias de
ensino e de aprendizagem articuladas às especificidades dos ensinos fundamental e
médio.
9.1. Conteúdos por série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
PLANO DE HISTÓRIA – 6º ANO
1º BIMESTRE
OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS HISTÓRIAS SUAS CULTURAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- Os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias;
- A experiência humana no tempo;
- Os sujeitos suas relações com o outro no tempo.
- As culturas locais e a cultura comum.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- SUJEITOS DA HISTÓRIA (os alunos): Identificação civil, suas fontes históricas
específicas, sua localidade, formas de pensar, diversões, vestuário ou moda,
tecnologias utilizadas, monumentos, líderes ou “heróis” ícones de identificação
sociais e de grupo, organizações, História do Bairro onde vive, etc.;
- HISTÓRIA LOCAL: Denominação e origem, localização, povoamento,
personalidades pioneiras, atos e datas legislativas de criação e/ou emancipação,
instituições e poderes, produção e posição econômica local e regional, índices
educacionais e sociais, locais de memória e preservação histórica, praças de
destaque, Bairros que mereçam destaque, manifestações culturais próprias, festas,
tradições, cerimoniais e celebrações identitárias e de passagem, etc.;
- INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS: A ciência História, o Homem como
produtor da História, As diferentes Fontes ou Documentos Históricos, A Cultura,
conceito, tipos e fonte como significação da produção humana;
- O TEMPO E A HISTÓRIA: Tempo como Convenção, Referência para contar e
organizar o tempo. Por que o homem organiza o tempo, unidades de tempo,
diferentes temporalidades históricas e civis, diferentes Calendários históricos e civis;
- AS ORIGENS DO SER HUMANO: Teorias do surgimento, Espécies do processo
evolutivo e suas características, A África como berço do surgimento da humanidade
e a riqueza histórica e cultural do continente, Conceito e divisão da Pré-história,
Períodos da Pré-história domínio da natureza, produção, propriedade da terra,
realizações técnicas e culturais do homem;
- O POVOAMENTO DA AMÉRICA: Hipóteses de povoamento, os sítios
arqueológicos como fontes históricas, Paleoíndio, Arcaico e Formativo e as
realizações técnicas, culturais do homem em cada um dos períodos da Pré-história
americana, O Brasil Pré-histórico revelado através dos Sambaquis, Concheiros e
Sítios Arqueológicos, O homem primitivo ou nativo brasileiro suas realizações
técnicas e culturais (Os indígenas do Brasil: organização, mitos e lendas,
religiosidade, relações de poder, produção de subsistência e cultural, condições
socioeconômica, empresas e proprietários invasão e massacre, legislação de
proteção e garantias do indígena, organizações governamentais e indígenas de
defesa e proteção, etc.);
2º BIMESTRE
OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS HISTÓRIAS SUAS CULTURAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- Os sujeitos suas relações com o outro no tempo,
- as culturas locais e a cultura comum
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- CONSTRUÇÃO DE UM PROCESSO OU POSSIBILIDADE DE “CIVILIZAÇÃO”: A
região do Crescente Fértil e seus aspectos geográficos e naturais, O surgimento da
civilização, do poder, das leis, das relações de poder político, econômico e religioso,
da desigualdade socioeconômica e do comércio;
- CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL: Mesopotâmia, Egito, Fenícios,
Hebreus e Persas
- Aspectos e legados próprios que possibilitaram a construção do processo histórico
e cultural vivido na atualidade no que se refere as instituições, letramento gráfico e
numérico (considerando os povos ágrafos do atual contexto social onde não é
considerado fator de desenvolvimento cultural ou social escrever), técnicas e
legislação civil, diversidade de sujeitos, religiosidades e manifestações culturais;
Outra possibilidade: Povoamento, organização, formação, política, realizações
técnicas, religiosas, científicas, literárias e culturais. Países e povos que resultaram
ou ocupam os territórios onde se estabeleceram as Civilizações da Antiguidade
Oriental na atualidade e seus aspectos próprios.
3º BIMESTRE
OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS HISTÓRIAS SUAS CULTURAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- Os sujeitos suas relações com o outro no tempo,
- As culturas locais e a cultura comum
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- CIVILIZAÇÕES DO EXTREMO ORIENTEM: China e Índia – Características
identitárias próprias no que se refere a aspectos políticos, sociais e cultuais e suas
contribuições técnicas, literárias, filosóficas, científicas, culturais e seu
enfrentamento das questões socioeconômicas na atualidade;
- CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE OCIDENTAL: Grécia Antiga
- Aspectos e legados próprios que possibilitaram a construção do processo histórico
e cultural vivido na atualidade no que se refere Rica Mitologia, Democracia,
Olimpíadas, Filosofia, Ciência, Medicina, Teatro, Objetivo do Padrão de Beleza
Grego em contraponto com o Padrão de Beleza atual para o mercado;
- Outra possibilidade: Povoamento, organização, formação, política, realizações
técnicas, religiosas, científicas, literárias e culturais. País e povos que resultaram ou
ocupam o território onde se estabeleceu a Grécia Antiga na atualidade e seus
aspectos próprios.
4º BIMESTRE
OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS HISTÓRIAS SUAS CULTURAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- Os sujeitos suas relações com o outro no tempo,
- As culturas locais e a cultura comum
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE OCIDENTAL: Roma Antiga
- Aspectos e legados próprios que possibilitaram a construção do processo histórico
e cultural vivido na atualidade no que se refere à origem do Senado, Organização
Militar, Imperialismo Político e Econômico (diferenças entre o praticado pelos
romanos antigos e o praticado por alguns países na atualidade) Formação da
República, Estabelecimento do Direito e suas Categorias, Lutas Sociais, A questão
da Terra, Arquitetura função política e social, Mecanismo de Divulgação, Controle e
dominação (Pão e circo) em comparativo com o atual, políticas públicas, mídia,
música, objetos de consumo e pertencimento social, etc.;
- Outra possibilidade: Povoamento, organização, formação, política, realizações
técnicas, religiosas, científicas, literárias e culturais. Transformações sociais,
políticas, econômicas e crises que forjaram um novo período histórico;
País e povos que resultaram ou ocupam o território onde se estabeleceu a Roma
Antiga na atualidade e seus aspectos próprios.
PLANO DE HISTÓRIA – 7º ANO
1º BIMESTRE
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO
DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- As relações de propriedade,
- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade,
- A relação entre campo e a cidade,
- A produção cultural do campo e da cidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Desenvolvimento do Feudalismo: As características próprias dos tempos medievos
e as contribuições dos povos germânicos que colaboraram para formar uma nova
organização da produção econômica, a mão-de-obra utilizada, a sociedade e a
cultura específica desta determinada temporalidade.
Trabalhar um comparativo entre a cultura medieval e a cultura pós-moderna;
Trabalhar as condições socioeconômicas dos trabalhadores medievais com os
trabalhadores assalariados da atualidade, comparand0-as.
- Organização de grandes reinos: Africanos, Franco ou Carolíngio, Bizantino e Árabe
ou Islâmico suas influências próprias na formação da mentalidade do ocidente e
oriente no que se refere a política, legislação, técnicas, literatura, ciência,
religiosidade e cultura.
2º BIMESTRE
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO
DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A relação entre campo e a cidade, conflitos e resistências e a produção cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Transformações e crises que marcaram a constituição da modernidade:
Renascimento do comércio e das cidades, nascimento da burguesia, as
organizações de comerciantes e trabalhadores artesanais, peste negra, revoltas
camponesas, o Cisma do Ocidente, A Guerra dos Cem Anos;
- A Constituição da Modernidade: Estados Modernos como território de
desenvolvimento de um novo sistema econômico e a mentalidade predominante na
Educação, Artes, Literatura e Ciências;
- Uma nova mentalidade ligada à produção econômica: Renascimento Cultural e
Reforma Religiosa – Os sentidos da produção cultural e das manifestações
religiosas na atualidade no que se refere às aspirações do homem e os sujeitos da
História local.
3º BIMESTRE
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO
DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A relações de propriedade, poder, trabalho e os conflitos e resistências.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Internacionalização de um sistema de produção econômica: Estados
Nacionais, nobres, burguesia, sistema mercantilista e a expansão marítimo-
comercial portuguesa, espanhola, francesa e holandesa;
- As altas culturas americanas: Astecas, Maias e Incas, sua diversidade cultural,
produção técnica e econômica, educação, religiosidade, mitos, enfrentamento com o
conquistador domínio, massacre e drástica redução demográfica;
- Exploração dos impérios coloniais na América: Organização, administração e
órgãos de controle, atividades econômicas e mão-de-obra nos territórios de domínio
espanhol. Desinteresse inicial dos portugueses pelas terras americanas, o Brasil
pré-colonial: primeiras expedições, exploração econômica e da mão-de-obra escrava
indígena e africana, início da colonização e os órgãos da administração da colônia
portuguesa.
4º BIMESTRE
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO
DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A relações de propriedade, a constituição da economia de exploração no brasil
colonial e os conflitos e resistências.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Economia e sociedade no Brasil colonial: O tripé da economia colonial
(Latifúndio,Monocultor e Escravista), a empresa açucareira colonial, exploração da
mão-de-obra e o tráfico de escravos africanos, a luta e organizações de resistência,
a formação da sociedade no entorno do engenho açucareiro colonial e suas
características específicas;
- A expansão do território do Brasil colonial: União Ibérica ou Peninsular,
bandeirantismo, missões jesuíticas, movimentos de contestação colonial: As revoltas
reivindicatórias e emancipatórias.
PLANO DE HISTÓRIA – 8º ANO
1º BIMESTRE
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- História das relações da humanidade com o trabalho;
- O trabalho e as contradições da modernidade;
- Os trabalhadores e as conquistas de direito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Constituição do sistema de governo dos Estados Nacionais: Absolutismo,
Conceito, Teóricos, Formação do Absolutismo francês e inglês, O terceiro Estado
vida cotidiana e trabalho;
- Ocupação e colonização da América do Norte: Caso inglês, francês e holandês;
- Atividade mineradora no Brasil colonial: Descobridores das minas e locais de
mineração, Administração das minas, Mão-de-obra utilizada, Conflitos com governo
e pela disputa das minas, sociedade organizada no entorno da mineração e as
mudanças provocadas pela atividade mineradora no Brasil colonial.
2º BIMESTRE
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
RELAÇÕES DE TRABALHO - RELAÇÕES DE PODER - RELAÇÕES CULTURAIS.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- HISTÓRIA DAS RELAÇÕES DA HUMANIDADE COMO TRABALHO;
- OS TRABALHADORES E AS CONQUISTAS DE DIREITO.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Desenvolvimento processo de industrialização: Fatores que provocaram o
processo, tecnologias, pioneirismo inglês, fases de desenvolvimento, organizações e
lutas dos operários;
- Rompendo com a sociedade de ordens e privilégios: Iluminismo: conceito, suas
características, autores e propostas políticas, sociais e econômicas, Independência
dos Estados Unidos: Ideologia que orientou o processo, personagens, principais
acontecimentos e realizações do processo de independência, A Revolução francesa:
significado da revolução, principais acontecimentos e realizações do processo
revolucionário e o desfecho da revolução;
3º BIMESTRE
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- O trabalho e a vida em sociedade;
- O trabalho e as contradições da modernidade;
- Os trabalhadores e as conquistas de direito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Rompendo com o domínio colonial: Período Napoleônico e seus
desdobramentos e a Independência das Colônias Espanholas na América –
Antecedentes, personalidades libertárias envolvidas, o projeto de independência
para as colônias espanholas da América do Sul e seus desdobramentos;
- Luta pela independência na colônia portuguesa na América: As revoltas
emancipatórias no Brasil colônia, acontecimentos e realizações que se destacaram
no processo de independência do Brasil. Relações políticas internas e externas do
Brasil independente e os fatos que se destacaram no período do Primeiro Reinado.
4º BIMESTRE
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- História das relações da humanidade com o trabalho;
- O trabalho e a vida em sociedade;
- O trabalho e as contradições da modernidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Novas idéias políticas e econômicas: As revoluções liberais e nacionalistas que
possibilitaram processos de unificação de países e a Guerra de Secessão na
América do Norte;
- Disputas políticas e opressão da população urbana e rural provocam uma
nova organização política e administrativa no Brasil do século XIX: Principais
acontecimentos e transformações políticas, sociais e econômicas do Período
Regencial e do Segundo Reinado
PLANO DE HISTÓRIA – 9º ANO
1º BIMESTRE
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A constituição das instituições sociais;
- A formação do estado;
- Sujeitos guerra e revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Expansão política, econômica e tecnológica das potências européias:
Segunda Revolução Industrial, Imperialismo, Neocolonialismo e a formação dos
impérios coloniais;
- Instituição de uma nova forma de governo no Brasil: Movimento republicano,
questões republicanas, Proclamação da República, principais realizações e
acontecimentos dos governos militares e oligárquicos, revoltas urbanas,
camponesas e militares, industrialização, imigração e movimento operário.
2º BIMESTRE
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A constituição das instituições sociais;
- Sujeitos guerra e revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Guerra e Revolução: Primeira Guerra – Antecedentes e países envolvidos,
alianças militares, principais acontecimentos e realizações no período de
desenvolvimento do conflito e resultados da guerra;
- Condições socioeconômicas da Rússia pré-revolucionária, ideologia e líderes da
revolução, principais acontecimentos e realizações no desenvolvimento do processo
revolucionário, a constituição da União Soviética e seu posicionamento político,
militar e econômico geoestratégico mundial;
-Crise, autoritarismo e guerra: Expansão econômica dos anos 1920, fatores que
provocaram a crise, seus efeitos e medidas socioeconômicas como possibilidade de
recuperação da crise;
- Antecedentes que possibilitaram a organização de Estados Totalitários na Europa,
suas características e formas próprias de ação divulgação e repressão;
- Segunda Guerra Mundial antecedentes, países envolvidos, alianças militares,
desenvolvimento do conflito e resultados da guerra.
3º BIMESTRE
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A constituição das instituições políticas, econômicas e militares;
- Sujeitos guerra e revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Governo populista e ditatorial no Brasil: Desacordo político dos governos
oligárquicos, a “Revolução de 1930”, realizações e acontecimentos das fases do
governo Vargas no Brasil;
- A geopolítica bipolar do após guerra: Desenvolvimento da Guerra Fria e seus
desdobramentos na Europa, Ásia, África (descolonização) e América Latina. Os
conflitos regionais no período de desenvolvimento da Guerra Fria;
4º BIMESTRE
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho - Relações De Poder - Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE:
- A constituição das instituições sociais;
- A formação do estado;
- Sujeitos guerra e revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Brasil democracia e ditadura: Principais realizações e acontecimentos nos
períodos Democráticos (1946 a 1964), Regime Ditatorial Militar (1964 a 1985) e
Redemocratização (1985 a 2009) no Brasil;
- A geopolítica multipolar: Crise política e econômica do Socialismo Russo e seus
desdobramentos. Desenvolvimento da Globalização e seus efeitos políticos,
econômicos, militar, socioculturais e ambientais.
ENSINO MÉDIO
Antes de elencar os conteúdos para cada série do ensino médio faz-se necessário
uma observação. Não se pode aplicar mais no Ensino Médio a chamada História
Total, porque o objetivo da DCE de História é a “Formação do pensamento
histórico”. O educando deve instituir consciência histórica para produção de
narrativas históricas, percebendo desta forma que a História é produzida pela visão
de diferentes sujeitos, conceitos, espaços, temporalidades e experiências históricas
e nesta perspectiva se desfazem os objetivos e se desenvolvem justificativas sobre
os conteúdos trabalhados conforme inserida na Proposta Pedagógica Curricular.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
HISTÓRIA – 1º ANO – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho, Relações De Poder E Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU TEMAS GERADORES DA SÉRIE:
-Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.
-Urbanização e industrialização.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- A ciência História e as diferentes unidades e temporalidades;
- A Pré-história Geral, Americana, Brasileira e Paranaense;
- Civilizações da Antiguidade: Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios e Persas;
- Civilizações Africanas: Egito Antigo, Gana, Mali, Kongo, Hauças, Ndongo;
- Civilizações do Extremo Oriente: Índia e China;
- Civilizações da Antiguidade Ocidental: Grécia e Roma Antiga;
- Os Reinos da Alta Idade Média Ocidental e Oriental: Bizantino, Franco e Árabe,
Muçulmano ou Islâmico;
- O modo de produção Feudal;
- O poder e a influência da Igreja Ocidental, a Educação e a Cultura Medieval;
- As novas condições da Baixa Idade Média – Período de Transformações e Crises;
- Formação das Monarquias Nacionais, Absolutismo, Mercantilismo, Renascimento
Cultural, Reforma e Contra-Reforma Religiosa;
- Expansão Comercial e Marítima Européia;
- Indígenas ou primitivos habitantes do Brasil e o território brasileiro Pré-colonial e
início da colonização;
- Indígenas ou primitivos habitantes do Paraná e ocupação (Encomiendas,
Reduções e as Obrages), caminhos (Peabiru, Graciosa, Itupava, Arraial, e Viamão)
povoamento, tropeirismo e as primeiras vilas paranaenses;
- O tripé da economia colonial, empresa açucareira e a Sociedade colonial Brasileira
– África: aspectos próprios e a riqueza cultural do continente;
- História local e regional.
HISTÓRIA – 2º ANO – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho, Relações De Poder E Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU TEMAS GERADORES DA SÉRIE:
- O estado e as relações de poder;
- Cultura e religiosidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- América Colonial Espanhola e Inglesa;
- Iluminismo;
- Atividade Mineradora, sociedade mineradora colonial, revoltas reivindicatórias –
Pecuária e mineração no Paraná;
- Revolução inglesa;
- Independência das 13 colônias inglesas da América do Norte;
- Revolução Francesa;
- Independência das Colônias Espanholas, do Brasil na América do Sul e
Emancipação política do Paraná – Revolução Federalista e do Contestado;
- Revolução Industrial;
-Movimentos do século XIX: Liberalismo, Nacionalismo, Anarquismo, Socialismo e
Unificações;
- Ampliação das fronteiras, Guerra da Secessão e o Imperialismo Norte Americano
na América Latina;
- Período Imperial brasileiro (1º Reinado, Período Regencial e 2º Reinado – Paraná
em relação da Guerra do Paraguai);
- Imperialismo e Neocolonialismo na África e Ásia;
- Transformações Socioeconômicas no Brasil Imperial do Século XIX
(Industrialização, atividades agropecuaristas e extrativistas, Imigração e Abolição);
- Economia Paranaense – Erva-Mate, Café (Norte Velho,Norte Novo, e Norte
Novíssimo) e Madeira;
- Desenvolvimento das idéias e do processo de Proclamação da República no Brasil.
- História local e regional.
HISTÓRIA – 3º ANO – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações De Trabalho, Relações De Poder E Relações Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS OU TEMAS GERADORES DA SÉRIE:
- Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
- Movimentos sociais, políticos, e culturais e as guerras e revoluções
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Primeira Guerra Mundial;
- Período entre guerras: Revolução Russa, Crise Cíclica do Capitalismo de 1929 e
Os Estados Totalitários Europeus;
- República da Espada (1889 a 1891), República Velha, Das Oligarquias ou do Café-
com-leite (1891 a 1930) e o Movimento Paranista no Paraná;
- A Segunda Guerra Mundial. A Imigração japonesa no Paraná;
- Período Getulista no Brasil. O Paraná: Companhias de Colonização, Guerra do
Porecatu e Criação do Estado do Iguaçu;
- Brasil democracia e ditadura: República populista democrática (1946 a 1964) –
Companhias de povoamento e Reforma Agrária no Oeste do Paraná, República da
Ditadura ou Regime Militar (1964 a 1985) e República da Redemocratização (1985 a
2009);
- A geopolítica bipolar do após guerra: Desenvolvimento da Guerra Fria e seus
desdobramentos na Europa, Ásia, África (descolonização) e América Latina. Os
conflitos regionais no período de desenvolvimento da Guerra Fria;
- A geopolítica multipolar: Crise política e econômica do Socialismo Russo e seus
desdobramentos. Desenvolvimento da Globalização e seus efeitos políticos,
econômicos, militar, socioculturais e ambientais.
- Paraná na atualidade: Disputas pela terra, movimentos sociais, movimento
quilombola paranaense, as condições socioeconômicas dos indígenas paranaenses,
Cultura, festas e manifestações artísticas paranaenses;
- História local e regional.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Sobre as finalidades a que nos propomos, abordaremos os conteúdos de
forma problematizadora, para proporcionar ao aluno a reflexão, uma vez que o
nosso objetivo de estudo são os processos históricos relativos às ações e as
relações humanas praticadas no tempo, devemos apresentar o fato como
historicamente produzido nas relações que ele estabelece com seu meio social, e
não, o fato como pronto e inquestionável.
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com
seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico e, isso
é essencial para que os alunos possam compreender, por exemplo, os limites do
livro didático, as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico e a
necessidade de ampliar o universo de consultas quando se pretende entender
melhor diferentes contextos históricos.
Ao planejar suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do
conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,
considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado. Neste sentido, algumas questões
poderão ser feitas pelo professor aos seus alunos. Como o historiador chegou a
essa interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas
conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões contemplou
em sua análise? O político, o econômico-social, o cultural? Onde podem ser
identificados?
Para adotar estes encaminhamentos metodológicos, o professor terá que ir além do
livro didático, uma vez que as explicações ali apresentadas são limitadas. O uso da
biblioteca é fundamental, mas, é necessário que sejam orientados pelo professor de
Historia a conhecer o acervo especifico.
O conteúdo de Historia poderá ser, mais facilmente, compreendido se o
professor utilizar objetos/fontes históricas como representação do passado. Estas
fontes podem ser as mais diversas possíveis, desde textos informativos, literários,
poéticos bem como objetos familiares, mapas, gráficos entre outros. Também fazer
uso dos recursos áudio visuais.
Resolução de atividades a partir dos conteúdos trabalhados em sala e
exposição de análises elaboradas individualmente e/ou em grupos objetivando
assim a interação e organização social.
Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe-se que os conteúdos
priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações com a História
mundial. Para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos, ou seja,
os conteúdos terão como finalidade a discussão e a busca de solução para um
tema/problema previamente proposto. Entretanto, é necessário ressaltar que a
História Temática será utilizada quando o conteúdo em desenvolvimento oportunizar
a utilização desta prática pedagógica.
Buscando a compreensão do conhecimento histórico, observar-se-á as
contribuições específicas das diferentes correntes historiográficas e a prática da
abordagem histórico-crítica.
Através da interpretação, análise e compreensão dos diferentes processos e
acontecimentos históricos objetiva-se a formação do pensamento histórico, a
ampliação da consciência histórica, capacitando o estudante para a produção de
narrativas históricas.
Contribuindo para operacionalização cotidiana das aulas de História,
dialogadas, expositivas e interativas, considerar-se-á a problematização dos
conteúdos, consulta a diferentes fontes, contextualização dos acontecimentos
históricos, observando o significado das diferentes temporalidades e a busca de
conceitos através da prática interdisciplinar, quando este encaminhamento se fizer
necessário.
Instrumentalizando os estudantes na compreensão do processo histórico
serão utilizados diferentes recursos didático-pedagógicos tais como: leitura e análise
de textos, interpretação e releitura de imagens, desenhos, ilustrações e fotografias,
exibição de documentários e fragmentos fílmicos, produção/elaboração de textos,
resolução de atividades e exercícios, confecção de cartazes, murais e painéis,
realização de trabalhos de pesquisa individuais e de grupo, realização de
seminários, produção de charges, paródias e versos rimados, encenação dos
acontecimentos históricos, confecção e interpretação de mapas históricos, análise
de gráficos e dados estatísticos, desenho e ilustração de fatos históricos,
organização de história em quadrinhos, entre outros.
Utilizar-se-á na prática pedagógica cotidiana a TV Multimídia, o Laboratório de
Informática como espaço de pesquisa e produção, exibições de slides por meio de
Projetor Multimídia, bem como, outras tecnologias que contribuam com o
desenvolvimento do conhecimento científico.
No contexto do desenvolvimento dos conteúdos históricos serão
oportunizados; projetos, reflexões, sensibilização, convencimento, implementação,
Semana cultural da Consciência Negra 20/11, Semana Cultural dos Povos Indígenas
19/04 e atividades para a visualização dos sujeitos históricos africanos, negros, afro-
brasileiros (Lei 10.639/03) e comunidades tradicionais indígenas, (Lei 11.645/8)
como personalidades historicamente discriminadas no projeto de formação e
organização da nação brasileira e suas contribuições próprias para a história e
cultura do país. Será oportunizado, também, o conhecimento das especificidades
políticas, econômicas, históricas e socioculturais do Estado do Paraná, (Lei
13.381/01) bem como sua importância no cenário regional e nacional.
No desenvolvimento das aulas serão escolarizados os desafios
contemporâneos (Sexualidade – violência –Questões ambientais – Drogadição –
Consumo – Mídia – Tecnologia/internet –Questão da terra, entre outros) objetivando,
análise, reflexão, orientação para a superação dos mesmos na comunidade em que
o estabelecimento estiver inserido.
Quando formos trabalhar com vestígios ou fontes históricas pode favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica (BITTENCOURT, 2004).
Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos
documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os
testemunhos de história local, além de documentos contemporâneos, como:
fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e informática. Outro fator a ser observado é
a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem como entender
a sua utilização para superar as meras ilustrações das aulas de História. Quanto à
identificação do documento, a sugestão é determinar sua origem, natureza, autor ou
autores, datação e pontos importantes do mesmo.
Para fazer análise e comentários dos documentos, Bittencourt (2004) estabeleceu a
seguinte metodologia:
descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele
contém;
mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles
possam explicá-los, associá-los às informações dadas;
situar o documento no contexto e em relação ao autor;
identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a
identificar os seus limites e interesses.
Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para
a preservação de documentos escritos, dos lugares de memória, como: museus,
bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, audiovisuais, entre outros.
Isso se dá pelo uso adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de
documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo reconhecimento do
trabalho feito pelos pesquisadores. A problematização desses documentos é que os
transformam em fontes históricas.
O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise
crítica sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de
sua compreensão. Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam:
os limites do livro didático;
as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
a necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor
diferentes contextos;
a importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento
histórico para compreensão do passado;
que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode
ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo
trabalho de investigação do historiador.
Então, ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor precisa
relativizar o livro didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são
limitadas, seja pelo número de páginas do livro, pela vinculação do autor a uma
determinada concepção historiográfica, seja pela tentativa de abarcar uma grande
quantidade de conteúdos em atendimento às demandas do mercado editorial. Isso
não significa que o livro didático deva ser abandonado pelo professor, mas
problematizado junto aos alunos, de modo que se identifiquem seus limites e
possibilidades. Implica também a busca de outros referenciais que complementem o
conteúdo tratado em sala de aula.
Porém, como o livro didático é o documento pedagógico mais popular e usado
nas aulas de História, sugerem alguns encaminhamentos metodológicos para seu
uso que permitam a sua transformação em uma fonte histórica:
ler o texto;
construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;
identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;
relacionar as ideias do texto com as imagens, os mapas e os gráficos;
explicar as relações feitas;
estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no
texto e nas imagens, imagens, mapas e gráficos;
identificar as ideias principais e secundárias do texto.
Fundamentar o conhecimento na historiografia significa compreendê-lo em
suas práticas, suas relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações
históricas possíveis. Para isso, algumas questões poderão ser propostas aos
estudantes:
Como o historiador chegou a essa interpretação?;
Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?;
Existem outras pesquisas a esse respeito?;
Que relações o historiador contemplou em sua análise?;
No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos políticos,
sócio-econômicos e culturais?;
Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?;
Estas ideias historiográficas têm relação com as idéias históricas produzidas
pelos estudantes?;
Como os estudantes desenvolvem essas ideias históricas?.
O trabalho pedagógico com diversos documentos e fontes exigem que o
professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicada em
livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das
quais disponíveis também nos meio eletrônicos.
Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados
nos livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Tornam-se essencial, no
entanto, que o professor o oriente para que conheçam o acervo específico, as obras
que poderão ser consultadas, e ensine os bons hábitos de manuseio e conservação
das obras.
O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e
inova a relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca de
produções historiográficas diversas. Segundo o historiador italiano Ivo Mattozzi
(1998, p. 40), histórias locais permitem a investigação da região ou dos lugares onde
os alunos vivem, mas também das histórias de outras regiões ou cidades. Esse
historiador aponta alguns caminhos para o estudo das histórias locais:
a importância da dimensão local na construção do conhecimento do passado
e que há fenômenos que devem ser analisados em uma pequena escala;
a relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional,
continental ou mundial;
o estudo e a compreensão das histórias locais do Outro (como as histórias
dos indígenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);
o respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;
os termos das questões relativas à administração e gestão do território em
que vivem;
a função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da conservação
do patrimônio e do estudo do passado;
a utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias locais.
É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado. Problematizar o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades e outras épocas” (CAINELLI & SCHMIDT, 2004, p. 52).
Algumas questões podem orientar uma abordagem problematizadora dos
conteúdos, tais como: “por quê?”, “como?”, “quando?”, “o quê?”. Entretanto, essas
questões são insuficientes, pois, além delas, será necessário levantar hipóteses
acerca dos acontecimentos do passado, recorrer às fontes históricas,
preferencialmente partindo do cotidiano dos alunos e do professor, ou seja,
“trabalhar conteúdos que dizem respeito à sua vida pública e privada, individual e
coletiva” (SCHMIDT e CAINELLI, 2004, p. 53). A problematização teórica dos
vestígios das experiências do passado é que possibilita a sua transformação em
fontes históricas de uma investigação.
Ao usar o método da História, considerar, também, que as ideias históricas
dos estudantes são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de
comunicação. Nas narrativas produzidas pelos estudantes estão presentes as
concepções históricas da comunidade à qual pertencem, seja na forma de adesão a
essas ideias, seja na sua crítica. Tais ideias históricas, além do caráter de
pertencimento social e cultural, são conhecimentos que estão em processo de
constante transformação. Como tal, precisam ser consideradas na definição e
problematização dos conteúdos específicos.
As noções de tempo ou temporalidade – quais sejam: sucessão ou
ordenação, duração, simultaneidade, semelhanças, diferenças, mudanças,
permanências –, por sua vez, “não existem a priori no raciocínio dos alunos, mas
são construídas no decorrer de sua vida e dependem de experiências culturais”
(CAINELLI & SCHMIDT, 2004, p. 78).
Trata-se de noções complexas e, para que os alunos as compreendam, será
necessário trabalhá-las por meio de atividades didáticas diversas, como, por
exemplo, o gráfico da linha do tempo. No entanto, a linha do tempo deve estar
conectada ao contexto histórico estudado e levar em conta datas, interpretações e
explicações históricas a partir de evidências. É necessário ter o cuidado de que esta
linha do tempo deve estar submetida às categorias e aos conceitos históricos
investigados ao se trabalhar um tema. Esta atividade estimula reflexões sobre as
periodizações do tempo e das mudanças e distinções entre as experiências do
passado e do presente. Para o historiador inglês Eric Hobsbawm (1998), o “sentido
do passado” na sociedade é localizar suas mudanças e permanências. Portanto, a
confecção da linha do tempo só terá sentido nas aulas de História se contribuir para
que os alunos construam e apreendam as noções de temporalidade a partir dos
conceitos históricos.
Quanto à noção de periodização, deve-se relativizar a importância dada à
compartimentação da História em Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea,
pois esta é uma divisão francesa que tem como marcos somente acontecimentos
históricos europeus. O mesmo vale para a classificação periódica em Brasil Colônia,
Império e República. Para romper com essa tradição a construção de um quadro
sinótico, por exemplo, poderá levar os alunos a perceberem como se organiza a
periodização da História de outros povos com marcos referenciais diferentes do
europeu, tais como os indígenas, africanos, aborígines, polinésios e chineses.
Construir novas periodizações dos temas históricos para a identificação de
mudanças e permanências nos hábitos, costumes, regimes políticos e sistemas
econômicos das sociedades estudadas. Por fim, é possível propor o estudo de
calendários de diferentes culturas.
Tomar as ideias históricas do aluno como ponto de partida para o trabalho
com os conteúdos. O contato com outras ideias históricas mais elaboradas permite
que os estudantes as relacionem com suas ideias históricas prévias, para
estabelecer uma cognição histórica situada, ou seja, um conhecimento histórico re
elaborado em seu contexto e com experiências do tempo significativas para eles.
A História temática e sua contribuição para a História
Leitura, análise e debate de textos e gravuras presentes no livro didático e
outras fontes, correntes historiográficas e temporalidades;
Problematização dos conteúdos;
Contextualização da História e Cultura Africana, Afro-brasileira, indígena e
História do Paraná;
Apresentação de seminários individual ou em grupos;
Interdisciplinaridade com ênfase na busca de conceitos complementares a
História.
Pesquisa bibliográfica e/ou de campo e elaboração de textos;
Localização no mapa mundi e regional do fato histórico e/ou civilização
estudada. Possibilitando ao aluno(a) comparar mudanças geográficas
ocorridas;
Analise de filmes e produções para TV de ficção e não-ficção que possibilitem
a compreensão dos processos históricos;
Recursos Multimídias: TV pendrive: projetor e laboratório de informática.
AVALIAÇÃO
Fundamentado na Diretriz Curricular de História, que propõe reflexões sobre a
avaliação no ensino de História, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a
concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo
de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de
todos os estudantes, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como
elemento externo a este processo.
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório,
autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos
conteúdos e do seu tratamento conforme as concepções definidas no projeto
político-pedagógico da escola. Uma avaliação autoritária e classificatória materializa
um modelo excludente de escolarização e de sociedade, com o qual a escola
pública tem o compromisso de superação.
Considerar-se-á os fundamentos avaliativos propostos pelas modalidades de
Avaliação Diagnóstica, Formativa, Somativa e/ou Progressão e Contínua no
processo de aplicação de diferentes instrumentos de avaliação.
No cotidiano pedagógico, ao se aplicar diferentes instrumentos de avaliação,
o professor estará observando nas narrativas históricas produzidas pelos estudantes
os seguintes critérios: Lista, Cita, Caracteriza, Explica, Produz, Elabora, Representa,
Interpreta, reflete, analisa, Conceitua, Comprar, Compreende, Identifica, Sintetiza,
Seqüência, Diferencia, entre outros.
Para avaliar/investigar a progressão e a compreensão dos estudantes sobre
os conteúdos do processo histórico desenvolvidos, serão utilizados diferentes
recursos instrumentos, tais como: leitura e análise de textos, interpretação e releitura
de imagens, desenhos, ilustrações e fotografias, produção/elaboração de textos,
resolução de atividades e exercícios, confecção de cartazes, murais e painéis,
realização de trabalhos de pesquisas individuais e de grupo, realização de
seminários, produção de charges, paródias e versos rimados, encenação dos
acontecimentos históricos, confecção e interpretação de mapas históricos, análise
de história em quadrinhos, testes orais e escritos, entre outros.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação
diagnóstica, o professor e seus estudantes poderão revisar as práticas
desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo
pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e propor outros
encaminhamentos para a recuperação das dificuldades constatadas. Nesta
oportunidade serão aplicados novos e diferenciados instrumentos avaliativos como:
produção de narrativas históricas, testes orais e escritos, elaboração de trabalhos
com roteiro determinado pelo professor, representação dos conteúdos através de
mapa conceitual, resolução de roteiro de interpretação de texto e imagem, entre
outros.
A concepção de avaliação vem sendo amplamente discutida nos últimos
anos. Diversos pesquisadores escreveram sobre o tema que também contou com
cursos promovidos pela SEED na formação de professores.
Assim, a avaliação passou de uma prática meramente meritória, instrumento
de controle, vigilância, punição e sentença classificatória do aluno para propor
resultados pedagógicos favoráveis ao aprendizado deste, bem com ao desempenho
do professor.
A nova concepção de avaliação engloba todo o processo de ensino
aprendizagem, apontando a formação do estudante de forma completa. Essa nova
avaliação respeita os tempos diferentes de aprendizados que possui cada
educando, considerando ritmos distintos de aquisição do conhecimento dos
mesmos.
Assim a avaliação deve ser processual, contínua, diagnóstica e permanente,
permitindo que haja intervenção do professor, caso o resultado do aprendizado seja
diferente do esperado.
Com a avaliação dessa forma, o estudante poderá acompanhar seu processo
de aprendizagem, reconhecer suas conquistas e enfrentar suas dificuldades,
visualizando os desafios que devem ser vencidos; abrindo, assim, possibilidades de
crescimento.
A avaliação diagnóstica permite ao professor pensar suas práticas
pedagógicas e ajustá-la às necessidades do processo de aprendizagem de cada
educando.
vista dessa forma, a avaliação permitirá que educandos e professores tenham mais
clareza dos percursos seguidos na busca do conhecimento, traçando melhores
formas para aprender.
Na avaliação diagnóstica, o professor terá clareza do estágio em que se
encontra o educando, intervindo no processo, sempre que for necessário. Essa
avaliação orienta a intervenção do professor e conscientiza o estudante a cerca do
aprendizado.
A avaliação deve considerar os objetivos e metodologias para o ensino de
História; nesse caso o professor de Historia, sabendo que a Disciplina propõe um
trabalho reflexivo sobre o processo de formação das sociedades, contemplará na
avaliação o acompanhamento de formação de síntese pelo estudante a partir das
leituras e interpretação dos documentos discutidos em sala de aula e demais
espaços de aprendizagem, permitindo aos estudantes terem contato com a natureza
do trabalho apresentado. Na disciplina de Historia, a avaliação deverá encaminhar o
estudante no desenvolvimento do pensamento crítico sobre o estudado, primar para
que os alunos estabeleçam relações entre as sociedades estudadas detectando as
semelhanças e diferenças, entendendo assim os complexos sociais
contemporâneos.
Na Disciplina de História, os estudantes devem compreender as mudanças e
permanecias que se estabelecem nas temporalidades distintas.
O estudante dessa Disciplina deve compreender que o presente não é contínuo, que
as mudanças históricas têm implicações sociais, saber que o papel da História é
lembrar o que os outros esqueceram.
O professor de História deve, portanto, recorrer a diferentes fontes de
pesquisas, como: narrativas históricas, mapas historiográficos, estudos semióticos
de imagens e filmes, interpretações de mundos diversas a fim de que possa
embasar o estudante nos conhecimentos necessários para a compreensão do
mundo.
Dessa forma o trabalho de avaliação deverá auxiliar o professor na revisão de
suas praticas, permitir que reelabore novos estudos, discutir o aprendizado,
identificar lacunas no processo de aprendizagem e apontar caminhos para o
conhecimento.
Espera-se que ao findar o trabalho o educando possa identificar os processos
históricos, reconhecer as relações de poder existente entre eles, de modo que sejam
capazes de se constituírem sujeitos críticos, protagonistas de sua própria história.
REFERÊNCIAS
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da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.
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Imprensa Oficial, 2000.
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1992.
CARDOSO, C. F.; VAINFAS, R. (orgs.) Domínios da história. Campinas: Campus,
1997.
CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro:
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DOSSE, F. A história em migalhas: dos “Annales” à “Nova História”. São Paulo:
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GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro
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HOBSBAWM. E. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
______.Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras,
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______. A era do capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
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