3
A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS Partir de um Ponto de vista médico C. Trunan Davis De repente, percebi que eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, durante estes anos, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar e pela amizade distante que eu tinha com Ele. Isto finalmente aconteceu comigo quando, como médico, eu não sabia o que verdadeiramente ocasionou a morte imediata. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, sem dúvida, acharam que qualquer detalhe seria desnecessário. Eu estudei a prática da crucificação, que é a tortura e execução de alguém fixando-o na cruz. A coluna vertical era geralmente fixada ao solo, onde seria a execução, e o réu era forçado a carregar o poste horizontal, pesando aproximadamente 55 quilos, da prisão até o lugar da execução. EXPLICAÇÃO A paixão física de Jesus começou no Getsemani. Em Lucas diz: "E estando em agonia, Ele orou. E Seu suor tornou-se em gotas de sangue, escorrendo pelo chão." Todos os estudos têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente debaixo da impressão que isto não pode acontecer. No entanto, pode-se conseguir muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Debaixo de um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo causa fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia. Após a prisão no meio da noite, Jesus foi trazido ao Sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro trauma físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e caçoaram d´Ele, pedindo para que identificasse quem O estava batendo, e esbofeteavam a Sua face. De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, foi levado a Jerusalém para ser chicoteado e então crucificado. Os preparativos para as chicotadas são feitos: o prisioneiro é despido de Suas roupas, e Suas mãos amarradas a um poste, acima de Sua cabeça. É duvidoso se os Romanos seguiram as leis judaicas quanto as chibatadas. Os judeus tinham lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chibatadas. Os fariseus, para terem certeza que esta lei não seria desobedecida, ordenava apenas 39 chibatadas para que não houvesse erro na contagem. CHICOTE DUPLO O soldado romano d± um passo a frente com um chicote com várias pesadas tiras de couro com 2 (duas) pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus.

A Crucificacao Vista Por Um Medico

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Retrata a crucificação de Jesus a partir de um ponto de vista médico.

Citation preview

  • A CRUCIFICAO DE JESUS

    Partir de um Ponto de vista mdico

    C. Trunan Davis De repente, percebi que eu tinha tornado a crucificao de Jesus mais ou

    menos sem valor, durante estes anos, que havia crescido calos em meu corao sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma to familiar e pela amizade distante que eu tinha com Ele.

    Isto finalmente aconteceu comigo quando, como mdico, eu no sabia o que verdadeiramente ocasionou a morte imediata. Os escritores do evangelho no nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificao era to comum naquele tempo que, sem dvida, acharam que qualquer detalhe seria desnecessrio.

    Eu estudei a prtica da crucificao, que a tortura e execuo de algum fixando-o na cruz.

    A coluna vertical era geralmente fixada ao solo, onde seria a execuo, e o ru era forado a carregar o poste horizontal, pesando aproximadamente 55 quilos, da priso at o lugar da execuo.

    EXPLICAO

    A paixo fsica de Jesus comeou no Getsemani. Em Lucas diz: "E estando em agonia, Ele orou. E Seu suor tornou-se em gotas de sangue, escorrendo pelo cho." Todos os estudos tm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente debaixo da impresso que isto no pode acontecer. No entanto, pode-se conseguir muito consultando a literatura mdica. Apesar de muito raro, o fenmeno de suor de sangue bem documentado. Debaixo de um stress emocional, finos capilares nas glndulas sudorparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo causa fraqueza e choque. Ateno mdica necessria para prevenir hipotermia. Aps a priso no meio da noite, Jesus foi trazido ao Sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro trauma fsico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silncio ao ser interrogado por Caifs. Os soldados do palcio tamparam seus olhos e caoaram dEle, pedindo para que identificasse quem O estava batendo, e esbofeteavam a Sua face. De manh cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por no dormir, foi levado a Jerusalm para ser chicoteado e ento crucificado.

    Os preparativos para as chicotadas so feitos: o prisioneiro despido de Suas roupas, e Suas mos amarradas a um poste, acima de Sua cabea. duvidoso se os Romanos seguiram as leis judaicas quanto as chibatadas. Os judeus tinham lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chibatadas. Os fariseus, para terem certeza que esta lei no seria desobedecida, ordenava apenas 39 chibatadas para que no houvesse erro na contagem.

    CHICOTE DUPLO O soldado romano d um passo a frente com um chicote com vrias pesadas

    tiras de couro com 2 (duas) pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote batido com toda fora contra os ombros, costas e pernas de Jesus.

  • Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Ento, conforme as chibatadas continuam, elas cortam o tecido debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue e, finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura. As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqentes chibatadas.

    Finalmente, a pele das costas est pendurada em tiras e toda a rea est uma irreconhecvel massa de tecido ensangentado. Quando determinado, pelo centurio responsvel, que o prisioneiro est beira da morte, ento o espancamento encerrado. Ento, Jesus desamarrado, e Lhe permitido deitar-se no pavimento de pedra, molhado com Seu prprio sangue. Os soldados romanos vm uma grande piada neste Judeu, que clamava ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os Seus ombros e colocam um pau em Suas mos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexvel, recoberto de longos espinhos enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabea. Novamente, h uma intensa hemorragia (o escalpo uma das regies mais irrigadas do nosso corpo). Aps caoarem dEle, e baterem em Sua face, tiram o pau de Suas mos e batem em Sua cabea, fazendo com que os espinhos se aprofundem em Seu escalpo. Finalmente, cansado de seu sdico esporte, o manto retirado de Suas costas. O manto, por sua vez, j havia se aderido ao sangue e grudado, nas feridas, justo como em uma descuidada remoo de uma bandagem cirrgica, causa dor cruciante... quase como se estivesse apanhando outra vez e as feridas, comeam a sangrar outra vez.

    A pesada barra horizontal da cruz amarrada sobre Seus ombros, e a procisso do Cristo condenado, dois ladres e os detalhes da execuo dos soldados romanos, encabeada por um centurio, comea a vagarosa jornada at o Glgota. Apesar do esforo de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, muito para Ele. Ele tropea e cai. Lascas da madeira entram na pele dilacerada e nos msculos de Seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os msculos humanos j no suportam mais. O centurio, ansioso para a crucificao, escolhe um norte-africano, Simo, para carregar a cruz.

    Jesus segue ainda sangrando, suando frio e com choques. A jornada ento completada. O prisioneiro despido, exceto por um pedao de pano que era permitido aos judeus. A crucificao comea: a Jesus oferecido vinho com mirra, uma mistura para aliviar a dor. Jesus se recusa a beber.

    Simo ordenado a colocar a barra no cho e Jesus rapidamente jogado de costas, com Seus ombros contra a madeira. Os soldados procuram a depresso entre os osso de Seu pulso. Ele dirige um pesado, quadrado prego de ferro, atravs de Seu pulso para dentro da madeira. Rapidamente ele se move para outro lado e repete a mesma ao, tomando o cuidado de no pregar muito apertado, para possibilitar alguma flexo e movimento. A barra da cruz ento levantada, e sobre o topo, a inscrio onde se l: "Jesus de Nazar, Rei dos Judeus", pregada.

    O p direito pressionado contra o p esquerdo, e com os ps esticados, os dedos para baixo, um prego martelado atravessando os ps, deixando os joelhos levemente flexionados. A Vtima est agora crucificada. A medida que Ele se abaixa, com o peso maior sobre os pregos dos pulsos, cruciante e terrvel dor passa pelos dedos e braos, explodindo no crebro. Os pregos dos pulsos comprimem os nervos mdicos. Conforme Ele se empurra para cima, a fim de aliviar o peso e a dor, Ele descarrega todo o Seu peso sobre o prego em Seus ps. Outra vez, desencadeia a agonia do prego colocado entre os metatarsos de Seus ps.

  • EXPLICAO Neste ponto, outro fenmeno ocorre. Enquanto os braos se cansam, grande

    ondas de cibras percorrem Seus msculos, causando intensa dor. Com estas cibras, vem a inabilidade de empurrar-Se para cima. Pendurado por Seus braos, os msculos peitorais ficam paralisados, e o msculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado para os pulmes, mas no pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de tomar flego.

    Finalmente, dixido de carbono retido nos pulmes e no sangue, e as cibras diminuem. Esporadicamente, Ele capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxignio vital. Sem dvida, foi durante este perodo que Jesus conseguiu falar as sentenas registradas: Jesus olhando para os soldados romanos, lanando sorte sobre Suas vestes, "Pai, perdoa-os, pois eles no sabem o que fazem." Em Lucas 23:34 a forma do verbo no presente continuo indica que Ele continuou dizendo isto. Ao lado do ladro, Jesus disse: "Hoje voc estar comigo no Paraso." Jesus disse, olhando para baixo ao atemorizado e quebrantado adolescente Joo, "eis a Sua me" e olhando para Maria, Sua me disse: "eis a o seu filho". O prximo clamor veio do incio do Salmo 22, "Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" Horas desta dor limitante, ciclos de contoro, caibras nas juntas, asfixia parcial intermitente, intensa dor por causa da lascas enfiadas nos tecidos de Suas costas dilaceradas, conforme Ele se levanta contra o poste de cruz. Ento outra dor de agonia comea. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericrdio se enche de um lquido que comprime o corao. Agora est quase acabado. A perda de lquidos dos tecidos atinge um nvel crtico o corao comprimido se esfora para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos os pulmes torturados tentam tomar pequenos golpes de ar.

    Os tecidos, marcados pela desidratao, mandam estmulos para o crebro. Jesus suspira de sede. Uma esponja embebida em vinagre, vinho azedo, o qual era o resto da bebida dos soldados romanos, levantada aos Seus lbios. Ele, aparentemente, no toma este lquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e Ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre Seu corpo.

    Este acontecimento traz as Suas prximas palavras provavelmente, um pouco mais que um suspiro de tortura.

    "Est CONSUMADO"

    Sua misso de sacrifcio est completa. Finalmente, Ele permite o Seu corpo morrer. Com uma ltima fora, Ele mais uma vez pressiona o Seu peso sobre os ps contra o prego, estica as Suas pernas e toma profundo flego e grita "Est CONSUMADO".

    ELE FEZ TUDO ISSO POR MIM E POR VOC. PENSE O QUANTO ELE SOFREU

    POR NS, E TUDO ISSO PARA QUE FOSSEMOS SALVOS. PENSE NISSO!

    Abril/2002