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Paulo Reglus Neves Freire
Nasceu no Recife em 1921.
Cursou a escola primária em Jaboatão e completou o ensino secundário no Colégio Oswaldo Cruz, no Recife.
Ingressou na Faculdade de Direito em 1943 e diplomou-se em 1946.
Não praticou a advocacia.
1947: Ingressou no recém criado Serviço Social da Indústria (SESI) de Pernambuco.
A passagem pelo SESI foi decisiva na formação de suas primeiras orientações no campo da educação popular.
1958: Representou a equipe da Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco no 2º Congresso Nacional de Educação, realizado no Rio de janeiro, com a comunicação :
“A Educação de Adultos e as populações marginalizadas: Mocambos”.
1959: Apresentou a tese “Educação e Atualidade Brasileira” no concurso para provimento da cátedra de Filosofia e História da Educação da Escola de Belas Artes da Universidade do Recife.
1960: Participou com outros intelectuais da fundação do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife.
No MCP teve início as experiências de criação do método de alfabetização de adultos.
1962: Criou e dirigiu o Serviço de Extensão Cultural da Universidade de Pernambuco , onde deu sequência as pesquisas de elaboração do seu método de alfabetização de adultos.
1963: Coordenou o programa de alfabetização de adultos em Angico, RN.
1963: Publicou o artigo “Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo”, onde expõe pela 1ª vez as orientações e características de seu método.
17/02/1964: É designado pelo MEC para a coordenar , em todo o país, o Programa Nacional de Alfabetização
01/04/ 1964: Deposição do governo
de João Goulart, Jango.
14/04/ 1964: Revogada a portaria de criação do Programa Nacional de Alfabetização.
Paulo freire foi indiciado em inquérito instaurado para apuração de “atividades subversivas”.
De 1964 a 03/1969: viveu em Santiago, Chile.
Lecionou na Universidade Católica do Chile;
Atuou como consultor da Unesco.
Publicou artigos e livros, dentre eles “Pedagogia do Oprimido” (1968).
De 04/1969 a 02/1970: viveu nos EUA.
Lecionou em Harvard.
Transferiu-se para a Suíça.
Lecionou na Universidade de Genebra.
Movimentos de libertação colonial na África.
05/1980: Retorno ao Brasil.
Foi contratado como professor pela USP-SP e pela UNICAMP
01/1989 – 05/1991: Secretário de Educação do Município de São Paulo.
1991/1997 – Professor visitante da USP.
02/05/1997 - Faleceu na Cidade de São Paulo.
TESE 1: Educação é sinônimo de humanização
Nós, seres humanos, somos seres inacabados que, conscientes de nossa inconclusão, buscamos ser mais, humanizar-nos e, no entanto, nos deparamos com os condicionantes históricos que nos limitam.
O que nos impulsiona para ser mais, ou para a busca de realização de nosso “ser no mundo”, é a nossa capacidade de tomar consciência de nós mesmos e do mundo.
TESE 2: Toda Educação é política
A educação é um elemento fundamental
para a transformação da sociedade.
Para tal, faz-se necessária uma leitura crítica e problematizadora da realidade dos educandos.
A aprendizagem da cidadania é tb um compromisso pedagógico de todos os setores da sociedade que, ao participar, debater e decidir, aprendem e ensinam.
TESE 3: A construção da autonomia é um processo intersubjetivo.
A autonomia para Freire não significa a
afirmação do individualismo.
O ser humano é, antes de tudo, um ser de relações e é impossível conceber a sua vida fora dessas relações, que por um lado, o condicionam, mas por outro significam a própria possibilidade de humanização.
TESE 4: Educação é práxis social transformadora.
Segundo Freire, não tem sentido uma
educação abstrata desenraizada da realidade social do educando.
Ou seja, só podemos falar em educação verdadeira e autêntica no processo educativo se buscarmos articular dialeticamente ação-reflexão-nova ação social.
TESE 5: A pedagogia da libertação é uma obra coletiva
Freire entende que a intervenção prática no
mundo como busca de transformação dele
não pode ser entendida como uma ação de
indivíduos apenas, mas da práxis coletiva,
solidária, dialógica e problematizadora da
realidade.
Ninguém se torna gente sozinho...
“...já agora, ninguém educa ninguém, como também ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”. Pedagogia do Oprimido