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EDITORA
NegóciosEmpreendedorismoInovação
A HORA E A VEZDAS STARTUPS
SERGIPETEC NO APOIO ÀS STARTUPS
PROF. JOSÉ WALTER
A relação comas empresas
MATEUS FELIZOLA
Os desafios daEconomia Criativa
DIEGO DA COSTA
Gestão: conheça o Scrum
ISSN 2595-9395AGOSTO
20
2 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
Revista eletrônica deNegócios
EmpreendedorismoInovação
Ano 2 • Edição 20AGOSTO 2019
ISSN 2595-9395
Editor responsávelJOSELITO MIRANDA
DRT/SP 014509
AdministrativoROSEILDE REIS
Os ar tigos e anúncios aqui publicados são de inteira responsabiidade de seus autores e não expressam
necessariamente o pensamento do editor.
Esta revista é uma publicação de propriedade
Contatos(79) 3043-1744 • 99131-7653
site: http://ar tner.com.br/
Facebook https://www.facebook.com/
ar tnercomunicacao/
Twitter@artnercom
EDITORA
Olá!
Já estamos caminhando
para o ano de 2020. O fu-
turo já está entre nós e o
assunto do momento, Star-
tup, é o motor da edição de
agosto da revista Empreen-
dededorismo. Destacamos
alguns artigos que englo-
bam a Inovação, Negócios e
Tecnologia relacionados ao
assunto: o prof. José Wal-
ter, da Unit, nos fala sobre
a relação com as empresas; a Petrobrás lança edital para
as startups, o SergipeTec segue no apoio do Programa
Centelha e ainda trazemos um dicionário de termos usados
no segmento.
Além disso, Mateus Felizola fala sobre Economia Criativa,
dentro do tema Inovação e Sociedade; Diego da Costa traz
em seu artigo o Scrum como ferramenta de Gestão e dentro
da área de Empreendedorismo destacamos os seus concei-
tos básicos. Para fechar a edição, convidamos o empreen-
dedor Garcia para falar do seu negócio: o portal SóSergipe.
Divulgue e compartilhe a revista entre seus contatos.
Indique o site para baixar as edições anteriores: http://artner.com.br/ - é só clicar neste link. Querendo
emitir a sua opinião ou uma contribuição, envie sua mensa-
gem para o e-mail: [email protected]
Abraço e boa leitura.
JOSELITO MIRANDADE SOUZA
Empreendedor editorial ArtNer Comunicação
3 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
EDITORA
Editora ArtNer Comunicação: [email protected] • (79) 99131-7653 (zap)Acesse: http://artner.com.br/ e conheça os serviços e o blog, onde há artigos sobre literatura, negócios e empreendedorismo.
Conheça os passos para publicar seu livro
Você, que é professor, profissional liberal, em-preendedor, empresário ou servidor público
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1 - TEXTOO autor precisa ter o texto digitado em Word com a formatação mais próxima daquilo que deseja.
2 - REVISÃOJuntamente com a revisão ortográfica e gramatical é a hora de fazer as devidas correções e ajustes no texto.
3 - EDITORAÇÃONessa fase a editora faz a paginação do livro, com
a aplicação de todos os itens, como o prefácio, su-mário e apresentação. Aqui também é criada a capaÉ feito o registro da obra no ISBN, que é o código de barras que identifica o livro nas livrarias.É providenciada a Ficha Catalográfica, do sistema de catalogação conforme as normas de Biblioteco-nomia.
4 - PROVADepois da editoração é feita a prova impressa para a revisão final e últimas correções e ajustes. Se ne-cessário, mais uma prova pode ser feita.
5 - IMPRESSÃODepois de aprovado, o arquivo final do livro é envia-do à gráfica para a impressão.
4 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
INOVAÇÃO E NEGÓCIOS
Inovar é um imperativo hoje para qualquer ne-gócio sobreviver. As grandes empresas, que antes costumavam direcionar internamente
seus esforços de inovação, pesquisa e desenvol-vimento, passaram a adotar a inovação aberta. Na busca incessante por aumento da produtivi-dade, melhoria na competitividade empresarial e atendimento às expectativas de mercado, tem crescido as interações entre grandes empresas e startups, celeiros de inovação.
É incontestável que o resultado dessas in-terações tem beneficiado tanto as grandes empresas com o incremento na agilidade na solução de problemas com menor custo e ris-
A relação entre grandes empresas e startups: oportunidades em mão dupla
co, bem como favorece também as startups, pelo acesso ampliado a recursos financeiros, à infraestrutura e aumento de visibilidade no mercado. Mas onde encontrar oportunidades junto a grandes empresas? Somente é preciso bater na porta delas e as chances estarão à disposição?
Um caminho trilhado por centenas delas é através de uma plataforma de conexão entre grandes empresas e startups, um concentra-dor de demandas e desafios corporativos de-nominado 100 Open Startups. A organização avalia e ranqueia startups com o objetivo de gerar oportunidades de negócios. Através do
5 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
INOVAÇÃO E NEGÓCIOS
seu portal openstartups.net/br-pt disponibili-za um conjunto de desafios de inovação de alto impacto para a sociedade e para o mercado.
Os Desafios dizem respeito a Cidades Inte-ligentes, Educação do Futuro, Energia, Agro Negócios, Gestão Pública, Serviços Financei-ros, Alimentos, Esportes, Turismo e Eventos. Estes desafios são propostos por grandes empresas como o Desafio Territórios Inteli-gentes pela Votorantim, voltado a descobrir como monitorar com maior agilidade e pe-riodicidade áreas de mineração e plantio de eucaliptos, de reservas naturais e de repre-sas; conhecer e preservar a biodiversidade existente em nosso território; fiscalizar ser-viços no campo com maior rapidez e acurácia. Outra grande empresa integrante da plata-forma a propor um desafio de inovação para startups é a BRFoods, detentora das marcas Sadia e Perdigão. Com o Desafio Logística In-teligente, a busca é por encontrar startups que tenham soluções voltadas para melho-rar o planejamento logístico da BRFoods, nas frentes de trazer inteligência ao processo de planejamento logístico; tomar decisões as-sertivas mediante as informações; e, auto-matizar o processo de planejamento. Só para citar exemplos de desafios propostos por duas grandes empresas, entre tantos dispo-
JOSÉ WALTER SANTOS FILHO
Graduado em Administração e mestre em Educação. Profissional da área de Tecnologia da Informação. Consultor empresarial especializado em Tecnologia da Informação (FIA 2018). Professor universitário da graduação e pós-graduação.
nibilizados pelas mais de 100 grandes em-presas financiadoras do 100 Open Startups.
A necessidade das grandes empresas e startups atuarem em conjunto não é mais uma tendência, é um fato. O incremento sig-nificativo no número de startups em todo o mundo demonstra o surgimento de uma nova forma de fazer negócios, recriar modelos e gerar inovação. Também é reconhecido o fato que grandes empresas e startups são deten-toras de características distintas, porém com-plementares. Ao longo do processo de intera-ção, as grandes empresas se beneficiam com o aumento de competitividade, resolução de problemas com menor custo e risco, aprovei-tando a agilidade e o conhecimento tecnoló-gico das startups.
Por sua vez, as startups são beneficiadas com o acesso a recursos tecnológicos, canais de distribuição, carteira de clientes, além de outros aspectos proporcionados por quem tem reconhecimento e nome no mercado. Um erro na escolha de uma empresa parceira ou a associação em uma fase equivocada do pro-cesso de inovação podem ser variáveis que comprometam o sucesso da parceria. Mas as grandes empresas estão atentas a este movi-mento e tem buscado cada vez mais se apro-ximar das startups, e vice-versa, é claro.
6 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
A Petrobras acaba de lançar (05/07), em parceria com o Sebrae, uma chamada de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento
e Inovação (P,D&I) voltada para startups e pequenas empresas inovadoras. O edital prevê o financiamento de até 10 projetos, em seis diferentes áreas, com valores que vão de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão, totalizando R$ 10 milhões nessa etapa.
A iniciativa faz parte do programa Petrobras Conexões para Inovação e foi criado para estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas que atendam as necessidades de negócio de petróleo, gás e energia.
“Essa é apenas a primeira iniciativa que visa aproximar a Petrobras das startups. Por meio dela, investiremos até R$ 60 milhões nos próximos cinco anos em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, explica Orlando Ribeiro, gerente executivo do Cenpes, Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras.
FOMENTO À INOVAÇÃOAs empresas contempladas terão acesso a fontes de recursos financeiros, base de clientes, investidores e rede de mentores, além de tempo para amadurecer e validar
Petrobras lança edital para startups de inovação
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
soluções propostas e ampliar sua visibilidade de mercado. “A ideia é criar um ambiente favorável à inovação, aproximando empresas, instituições de ciência e tecnologia e investidores”, explica o engenheiro da Petrobras e líder do projeto, Ricardo Ramos. “Queremos encontrar pequenas empresas e startups que atuem na área de tecnologia para superarmos juntos o período crítico que vai
7 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
da concepção de uma tecnologia ou solução inovadora até sua viabilidade comercial”. Estudos apontam que muitos projetos e empresas fracassam nessa fase.
A parceria com o Sebrae, nesse sentido, é estratégica. Além da estar presente em praticamente todo país, a instituição é especializada e reconhecida na capacitação de micro e pequenas empresas para sua inserção competitiva no mercado. “As empresas aprovadas no Programa contarão com o Sebrae durante toda a execução dos projetos de P,D&I. Os empresários terão acesso a consultorias especializadas para melhoria de processos gerenciais e tecnológicos, além do apoio intensivo no monitoramento físico-financeiro dos projetos. Este apoio será fundamental para que tudo ocorra em consonância com as regras impostas pelo Regulamento da ANP e demonstra a capacidade de inovação e competitividade dos pequenos negócios”, explica o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick.
QUEM PODE PARTICIPAR?Qualquer micro ou pequena empresa inovadora, com ou sem parceria de instituições científicas e tecnológicas, pode apresentar projetos nas áreas de tecnologias digitais, captura e utilização de carbono, novas energias, nanotecnologia, corrosão e catalisadores. “São áreas importantes não apenas para a estratégia tecnológica da nossa empresa, mas para todo setor de óleo e gás”, explica Ramos. As inscrições abrem em 1º de agosto e podem ser feitas até o dia 05 de setembro, no site http://www.sebrae.com.br/editalpetrobrassebrae/2019.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOAs empresas selecionadas terão até dois anos para desenvolver seus projetos. Na seleção, serão avaliados o impacto da solução proposta para o negócio da Petrobras, a consistência e a viabilidade do projeto, incluindo facilidade de implantação da solução proposta, a capacidade técnica da equipe, o grau de inovação, o nível de maturidade tecnológica e o potencial de ganho de escala.
As inscrições poderão ser feitas de 1° de agosto a 5 de setembro, no site http://www.sebrae.com.br/editalpetrobrassebrae/2019
Fontes: revistapegn.globo.comJornal Folha de São Paulo
8 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
A economia criativa diz respeito ao uso que as pessoas fazem da sua imaginação criativa para potencializar
uma ideia. Diz respeito também ao setor econômico que envolve as indústrias criativas, que são organização que usam como insumo de produção a criatividade e a capacidade de inovação. Para a UNESCO e o PNUD em um relatório de 2013, a área da economia criativa tem muito poder de crescimento e potencial de geração de renda. O termo foi criado na Austrália e está associado ao conhecimento e o capital intelectual que pode gerar muitos empregos.
Na contemporaneidade, o termo designa diversas áreas, tais como: Arquitetura, Artes visuais, Cinema, Televisão, Publicidade, Design, Games, Editoração, Música, Artesanato e Moda. Segundo dados do BNDES (2015) a área representou 2,64% do PIB brasileiro e a previsão é de aumento nos próximos anos. Em uma primeira análise, é possível fazer uma associação com a palavra Economia Criativa e todo o movimento empreendedor brasileiro. Realmente a ideia está associada ao desenvolvimento do potencial dos indivíduos e dos coletivos na produção de bens criativos,
Os desafios da Economia Criativa
INOVAÇÃO E SOCIEDADE
mas como muitas atividades são intangíveis e envolvem muito trabalho intelectual, torna-se mais complicado formatar um modelo de negócios a partir da bibliografia dominante na área de Administração e mesmo na economia aplicada. O Planejamento estratégico organi-zacional, Plano Inicial do Negócio (Early Stage Plan), Plano de Negócio (Business Plan), Plano de Expansão (Later Stage Plan) e Plano de Reestruturação (Turnaround-Plan) muitas vezes não possuem uma modelagem própria e adaptada a realidade do setor, isso dificulta bastante os caminhos do empreendedorismo criativo.
Em uma segunda análise, nesse conjunto de segmentos que têm como insumo principal
9 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
INOVAÇÃO E SOCIEDADE
a criatividade, o primeiro desafio é conceitual, pois pouco se conhece do termo Economia Criativa, um segundo desafio é unir a lógica, programação e a robótica com a criatividade, ou seja, é fundamental interligar de maneira multidisciplinar a criatividade e a tecnologia e gerar verdadeiramente “novos” negócios. Um outro grande desafio, é sair do caráter artesanal e “gourmetizado” e monetizar os negócios a partir da escala e replicabilidade. Outro grande problema, é a dificuldade de profissionalizar a gestão dos negócios criativos, pois muitas vezes os principais líderes passaram suas vidas se dedicando aos aspectos culturais, artísticos e ligados diretamente a produção e se esqueceram de buscar competências e habilidades na área de Gestão. Outro grande desafio, é que faltam Advogados, Contadores e demais consultores preparados para atender as particularidades dessa área.
Diante do exposto, torna-se fundamental que os principais atores do ecossistema empresarial brasileiro, tais como: Universidade, Governo nas três esferas, Sistema S, Parques Tecnológicos, Incubadoras, Mentores, Con-
MATHEUS FELIZOLA
Pós-doutor pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do SulProfessor da UFS - Universidade Federal de SergipeLíder do Laboratório de Empreendedorismo e Inovação da UFS - www.grupolei.com.br
sultores e dezenas de outros, observem as particularidades desse setor que representa quase 4% do PIB Mundial, tem tudo para crescer no Brasil e carece de maior atenção.
10 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
INTERESSE E VISÃOO primeiro fator para o sucesso empresarial é o interesse. Como o empreendedorismo compensa de acordo com o desempenho, e não com o tempo gasto em um esforço particular, um empreendedor deve trabalhar em uma área que lhe interesse. Caso contrário, ela não será capaz de manter um alto nível de ética de trabalho, e ela provavelmente falhará. Esse interesse também deve se traduzir em uma visão para o crescimento da empresa. Mesmo que as atividades do dia-a-dia de uma empresa sejam interessantes para um empreendedor, isso não é suficiente para o sucesso, a menos que ela possa transformar esse interesse em uma visão de crescimento e expansão. Essa visão deve ser forte o suficiente para que ela possa comunicá-la a investidores, colaboradores e fornecedores.
HABILIDADETodo o interesse e visão não compensam a total falta de habilidade aplicável. Como chefe de uma empresa, quer tenha colaboradores ou não, um empreendedor deve poder usar muitos chapéus e fazê-lo com eficiência. Por
Quais são os conceitos básicos e características do empreendedorismo?
EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo é o ato de começar por conta própria e começar um negócio em vez de trabalhar para outra pessoa em seu negócio
11 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
RAFAEL JOSÉ PÔNCIO
Empreendedor e Administrador de Empresas, com MBA em franquias e atualmente Mestrando em Administração.
EMPREENDEDORISMO
exemplo, se ele deseja iniciar um negócio que cria jogos para dispositivos móveis, ele deve ter conhecimento especializado em tecnologia móvel, indústria de jogos, design de jogos, marketing de aplicativos móveis ou programação.
INVESTIMENTOUm empreendedor deve investir em sua empresa. Esse investimento pode ser algo menos tangível, como o tempo que ela gasta ou as habilidades ou reputação que ela traz consigo, mas também tende a envolver um investimento significativo de ativos com um valor claro, sejam eles dinheiro, imóveis ou propriedade intelectual. Um empreendedor que não vai ou não pode investir em sua empresa não pode esperar que outros o façam e não pode esperar que seja bem-sucedido.
ORGANIZAÇÃO E DELEGAÇÃOEnquanto muitas novas empresas começam como um show one-man, o empreendedor de sucesso é caracterizado por um crescimento rápido e estável. Isso significa contratar outras pessoas para realizar trabalhos especializados. Por este motivo, ao empreendedor exige-se uma extensa organização e delegação de tarefas. É importante que os empreendedores prestem muita atenção em tudo o que acontece em suas empresas, mas se quiserem que suas empresas tenham sucesso, eles
devem aprender a contratar as pessoas certas para as funções certas e deixá-los fazer o trabalho com o mínimo de interferência da administração.
RISCO E RECOMPENSASEmpreendedorismo requer risco. A medição desse risco equivale à quantidade de tempo e dinheiro investidos no seu negócio. No entanto, esse risco também tende a se relacionar diretamente com as recompensas envolvidas. Um empreendedor que investe em uma franquia paga pelo plano de negócios de outra pessoa e recebe uma renda respeitável, enquanto um empreendedor que realiza inovações inovadoras arrisca tudo, supondo que algo revolucionário funcionará no mercado. Se tal revolucionário está errado, ela pode perder tudo. No entanto, se ela estiver certa, ela pode se tornar extremamente rica e realizada.
12 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
Mesmo com um mercado de trabalho marcado pelas constantes e rápidas mudanças impressas pela tecnologia
e pela globalização, além das transformações decorrentes da economia, observa-se que mui-tas organizações não possuem um método de trabalho. Até existe um Planejamento Estraté-gico, Missão, Visão, Princípios e Valores. Mas falta um método ágil para melhorar a produ-tividade.
Diante disso, a capacidade de adaptação, agilidade, planejamento voltado para conver-gências e novas estratégias de gestão surgem para tornar as metas declaradas viáveis. Os empreendimentos já entenderam que é preciso desenvolver um conjunto de habilidades nas pessoas e ferramentas no negócio para lidar com todas as demandas do mundo empresarial contemporâneo. Para atingir esse objetivo a alternativa é gerir projetos de forma assertiva.
Considerado uma inovação no meio orga-nizacional, o Scrum, também conhecido como framework ou até mesmo um método ágil, vem quebrando paradigmas. Tem sido amplamente empregado para concepção de produtos e exe-cução de serviços e ainda, para o gerenciamen-to de empresas, funcionando com um time de pessoas de forma flexível.
GESTÃO
Scrum: a incrível ferramenta que otimiza a gestão
Desenvolvido por Ken Schwaber e Jeff Su-therland, comparativamente com os demais métodos ágeis, possui maior foco no gerencia-mento de projetos, utilizando processos explí-citos de monitoramento e um mecanismo de feedback constante.
Cada projeto é dividido em ciclos e o desen-volvimento dá-se através de interações, de até 30 dias, chamadas de “Sprints”. Os requisitos são fixos, garantindo certa estabilidade ao de-senvolvimento. A cada dia de Scrum, são rea-lizados encontros diários de no máximo 15 mi-nutos, nunca 14 minutos e nem 16 minutos. No máximo 15 minutos, isso gera resultado, cha-mados de Daily Scrum, que auxiliam a equipe a identificar as atividades a serem executadas e prover feedbacks do andamento. Esses pon-tos fazem parte de uma lista que é conhecida como ProductBacklog.
O Scrum é implementado através de três papéis principais desempenhados por dife-rentes membros da equipe: ProductOwner: representa os interesses de todos no projeto; Time: desenvolve as funcionalidades do pro-duto; ScrumMaster: garante que todos sigam as regras e práticas do Scrum, além de ser o responsável por remover os impedimentos do projeto.
13 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
GESTÃO
O Time Scrum é composto pelo Produc-tOwner, o Time de Desenvolvimento e o Scrum Master. Times Scrum são auto-organizáveis e multifuncionais, ou seja, escolhem a melhor forma para completarem seu trabalho, em vez de serem dirigidos por outras pessoas de fora. Também possuem todas as competên-cias necessárias para completar o trabalho sem depender de outros que não fazem parte da equipe. O modelo de time no Scrum é projeta-do para aperfeiçoar a flexibilidade, criatividade e produtividade.
No início de cada Sprint, há uma reunião de planejamento, chamada de Sprint Planning Meeting na qual o ProductOwner prioriza os itens do ProductBacklog. Feito isso, a equipe seleciona quais ações será capaz de realizar durante o Sprint que se inicia. As tarefas pre-vistas saem do ProductBacklog e vão para o Sprint Backlog.
Ao final de um ciclo, tem-se um relatório, Sprint Review Meeting, no qual são apresen-tadas as funcionalidades implementadas e, depois das considerações e ajustes, a equipe parte para o planejamento do próximo Sprint.
A teoria do Scrum se alicerça em três pila-res: transparência, inspeção e adaptação. Para
que a ferramenta obtenha êxito, alguns valores devem ser seguidos pela equipe, como com-prometimento, coragem, foco, transparência e respeito.
Assim como em qualquer projeto, diversas etapas devem ser cumpridas em prazos pré--definidos, entretanto, o que se pretende com a metodologia ágil é entregar o produto de for-ma rápida e que, ao mesmo tempo, atenda às expectativas do cliente, mantendo ou até mes-mo aumentando a qualidade do processo.
Por fim, vale ressaltar que em todos os pro-jetos Scrum a auto-organização e comunicação dentro da equipe são ainda mais necessárias. No método Scrum, o Scrum Master e o Produc-tOwner compartilham suas responsabilidades. No entanto, como já dito anteriormente, é a equipe que decide o que e o quanto pode fazer em uma dada iteração do projeto, o Sprint.
Não é à toa que a ferramenta vem ocupando mais espaço nas organizações. O Scrum ajuda as equipes a trabalharem juntas, como no ru-gby, de onde surgiu o nome. Em uma analogia ao esporte originário da Inglaterra, é um treino para o grande jogo, um estímulo para aprender com as experiências e seguir o caminho sem-pre em busca de melhoria contínua.
DIEGO CABRAL FERREIRA DA COSTAAdministrador (CRA-SE 2035-01), Coach.Pós-Graduado em Gestão de Marketing.Diretor Técnico do SergipeTec.Experiência em gestão de empresas, formação de times, planejamento estratégico e marketing. Conselheiro Federal de Administração.Fundador do Rotary Club de Aracaju Nova Geração e do Conselho de Jovens Empreendedores de Sergipe.
14 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
ACELERADORAUma aceleradora tem o objetivo de acelerar o crescimento de uma startup, prestam ser-viços às empresas selecionadas, por meio de análise e aprimoramento de modelo de negó-cio, ampliação de rede de contatos, mentoria e ações para desenvolver essas empresas de forma mais rápida. Geralmente ela torna-se sócia minoritária da startup e realiza um “in-vestimento semente” ou ajuda de custo.O investimento feito pelas aceleradoras é efe-tuado normalmente após a startup ser sele-cionada para um programa de aceleração. O investimento médio é de R$ 200 mil a R$ 500 mil por empresa, mas há aportes a partir de 50 mil podendo chegar até 1 milhão. O equity é de até 15%. A ACE, por exemplo, investe até R$ 150.000,00 por 10% de participação.
B2BBusiness to Business é o termo utilizado para designar negócios realizados entre duas em-presas, ou seja, o cliente de uma empresa é ou-tra empresa.
B2B2CBusiness to Business to Consumer é o termo utilizado para se referir as transações entre empresas visando a venda para um cliente fi-nal. O modelo de negócios B2B2C pode ser en-contrado, por exemplo, nos marketplaces, pois o lojista negocia seu produto por meio de um
Dicionário de ‘Startupês’Tecnologia, Negócios e Empreendedorismo
Autora: Ana Letícia Rico
canal de venda terceiro (marketplace) com o objetivo de vender a mercadoria para o consu-midor final (cliente).
CALL TO ACTIONCall to Action (CTA) significa chamada para ação. Geralmente é um link ou um botão, com uma cor de destaque, e explora termos no im-perativo como “saiba mais”, “acesse” ou “clique aqui”.É utilizado em sites, e-mails e anúncios para converter o usuário em um lead qualificado.
DATA WAREHOUSEData warehouse é um armazém ou depósito de dados digitais que serve para armazenar informações relativas a uma empresa ou uma organização de forma detalhada e consolida-da, criando e organizando os dados de forma a facilitar a recuperação e a análise de grandes volumes de dados que podem ser utilizados pela empresa para ajudar a tomar decisões estratégicas.
EARLY ADOPTERSEarly Adopters são os primeiros usuários de uma tecnologia, são os clientes dispostos a testar a tecnologia ainda que ela não esteja pronta, são chamados usualmente de “usuários beta” ou “beta testers”, e, o mais importante, são aqueles que irão dar os primeiros feedba-cks sobre o produto.
15 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
EXITConhecido como “ponto de saída”, o exit é o momento em que um sócio ou investidor troca sua participação na empresa por uma quantia de dinheiro maior do que a aportada inicial-mente, obtendo lucro sob o investimento. Rea-lizar o exit, isto é, vender seu percentual da em-presa, recuperar o investimento e obter lucro, é a meta para a maioria dos investidores quando aportam dinheiro em uma startup.
GAMIFICATIONGamification (gamificação) é uma técnica que usa jogos ou elementos deles (competição, co-operação, resolução de problemas, passar de fases, ganhar prêmios) em situações que não são brincadeira, como na educação ou nos ne-gócios.
HACKATHONHackathon é uma maratona de programação que consiste em um período de tempo em que várias pessoas se unem para desenvolver um novo produto digital. Pode reunir além de pro-gramadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de softwares. Os principais tipos de hackathon são os que pos-suem como objetivo:• Desenvolver um software que atenda a um fim específico;• Promover inovações corporativas;• Auxiliar o recrutamento de novos profissionais;• Aumentar o engajamento em torno de uma ferramenta ou linguagem de programação;• Elaborar melhorias nos serviços de uma em-presa.O botão “like” do Facebook, por exemplo, surgiu após uma maratona de programação na empresa.
16 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
NEGÓCIOS
O portal de notícias Só Sergipe nasceu em 2015 com o propósito, como o próprio nome já diz , de oferecer
aos internautas informações importantes sobre o Estado em diversas editorias. Mas com o passar do tempo, o jornalista Antônio Carlos Garcia, editor do site, percebeu que em Sergipe não havia um portal exclusivo sobre assuntos relacionados à economia, negócios e empreendimentos.
A partir dessa observação que o Só Sergipe, desde o início de 2019, decidiu atender mais e melhor a população sergipana e a todos que, mesmo fora de Sergipe, se interessam em saber sobre o nosso pequeno, em território, mas grande, em potencial. Porém, a editoria de Esportes manteve-se, devido à grande importância dada ao assunto pelos internautas.
Voltado para o jornalismo econômico, o Só Sergipe vem, pouco a pouco, sendo um referencial deste segmento no Estado, com o compromisso de ter as melhores informações do setor para os seus
Portal Só Sergipe consolidaparticipação na Internet
leitores. O Só Sergipe dispõe, também, de uma agenda de oportunidades, onde o internauta pode verificar semanalmente quais são os cursos, a maioria deles gratuitos, oferecidos pelas mais diversas instituições públicas e privadas.
O site Só Sergipe é responsivo. Dessa foram tem uma boa visibilidade através dos smartphones que hoje é a principal plataforma de acesso ao portal (79,73%), seguido dos destktops (19,88%) e tablets (0,39%). Dados do Google Analytics mos-tram que 66,08% dos internautas são de
17 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
NEGÓCIOS
ANTÔNIO CARLOS GARCIA Jornalista, correspondente do jornal “O Estado de São Paulo”.Pós graduado em Democracia e Segurança Pública pela UFS - Universidade Federal de Sergipe
Sergipe, mas, há, também, leitores da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, dentre outros. Em outros países, é nos Estados Unidos onde está a maioria dos leitores do Só Sergipe.
O Só Sergipe está nas principais redes sociais, levando aos internautas informações de qualidade. Para ter acesso ao conteúdo, basta segui-lo no Instagram (@sosergipe), no Twitter (@sosergipe) e Facebook (https://www.facebook.com/sosergipe/) Caso queira integrar a lista de transmissão via WhatsApp, basta mandar uma solicitação para o número (79) 99988-3017.
O portal nasceu de uma ideia do jornalista e atuário Wenderson Wanzeller, que convidou Antônio Carlos Garcia para, juntos, implementá-lo. Essa parceria terminou em 2017, porque Wenderson decidiu com a família, ir morar em Portugal. A partir daí, Garcia assumiu o controle total do Só Sergipe, enquanto sua esposa, Rose Garcia, cuida da diretoria financeira, e o filho, João Pedro Garcia, edita os vídeos e áudios que são incorporados em algumas das reportagens.
Garcia colocou toda a sua experiência profissional no portal, iniciada no final da
década de 80, ainda em Feira de Santana (BA), somando-se aí 17 anos no Jornal da Cidade, em Aracaju, e como correspondente do extinto jornal Gazeta Mercantil, que marcou época com o principal jornal econômico do país. Hoje, Garcia é, também, correspondente do jornal O Estado de São Paulo.
O jornalista é formado pela Universidade Tiradentes e tem curso de especialização (pós graduação) em Democracia e Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ao longo da carreira ganhou diversos prêmios de jornalismo, a exemplo do Banco do Brasil, que participou.
18 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
Criar um ambiente positivo e propício à atração de startups e ao desenvolvimen-to de empresas de base tecnológica, no
Estado de Sergipe. Este é o papel principal do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), que contribui para o empreendedorismo e para o desenvolvimento socioeconômico em Sergipe, também entre os jovens empreendedores.
Através do contrato de gestão, o Parque Tecnológico e o Governo do Estado apoiam e fomentam iniciativas ligadas à Ciência, Tecno-logia e Inovação, sejam elas empreendedoras, projetos ou eventos. O SergipeTec é uma orga-nização social, sem fins lucrativos, que busca facilitar e fomentar ideias e projetos com po-tencial empreendedor, tirando do papel e apli-cando-os na prática.
Brenno Barreto, diretor-presidente do Ser-gipeTec, esclarece algumas competências do local. “Transformar ideias em empreendimentos inovadores; desenvolver e expandir o poten-cial das empresas, por meio de suporte técnico, de infraestrutura e/ou de mentoria, oferecidas pela nossa equipe. Tudo isso é feito por meio de editais de fluxo contínuo para a seleção de em-presas de base tecnológicas de pré-incubação, startups, residentes e lotes. Sem contar que os empresários instalados no SergipeTec podem ter redução do ISS, para 2%, mediante solicita-ção; e isenção do IPTU”, completa.
ESTRUTURAO Parque possui 120 m² de área disponíveis à sociedade para o desenvolvimento eco-
SergipeTec atua no apoio a startupsnômico de Sergipe, e trabalha com algumas frentes de atuação específicas como: Tec-nologia da Informação e Comunicação (TIC); Energias Renováveis e Biotecnologia.
Dentro dessas áreas, existem as unida-des operacionais e núcleos. A Biofábrica (produção de mudas micropropagadas in vi-tro de mudas); a Upin (Unidade de Produção de Inimigos Naturais); o Nerees (Núcleo de Energias Renováveis e Eficiência Energética de Sergipe); o Cets (Centro de Pesquisa, Ino-vação e Difusão em Tecnologias de Sergipe), composto pelo Nutec (Núcleo de Desenvol-vimento Tecnológico Regional) e Nuts (Nú-cleo de Tecnologias em Saúde); além do CVT (Centro Vocacional Tecnológico).
PROGRAMA CENTELHANeste contexto, como incentivador e fo-mentador de inovações tecnológicas, o SergipeTec está atuando como um dos par-ceiros do Programa Nacional Centelha, que visa estimular a criação de startups, a partir da geração de novas ideias, disseminando a cultura do empreendedorismo inovador em Sergipe.
Lançado no início deste mês de junho, o programa terá um investimento total de 1,2 milhão, sendo 900 mil reais provindos da Finep, e 300 mil reais de contrapartida es-tadual. O edital vai contemplar 23 startups e cada uma receberá um valor de até 53 mil, com prazo para a execução do projeto de 12 meses.
19 Revista de Negócios, Empreendedorismo e Inovação
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