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Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de Identificação e Delimitação da FUNAI: reflexões sobre a prática da antropologia no Brasil (1988-2003) Rodrigo Padua Rodrigues Chaves Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília como requisito parcial para obtenção do título de mestre, sob orientação do Prof. Dr. Henyo Trindade Barretto Filho. Brasília, junho de 2004

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Universidade de Brasília

Instituto de Ciências Sociais

Departamento de Antropologia

Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de

Identificação e Delimitação da FUNAI: reflexões sobre a

prática da antropologia no Brasil (1988-2003)

Rodrigo Padua Rodrigues Chaves

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília como requisito parcial para obtenção do título de mestre, sob orientação do Prof. Dr. Henyo Trindade Barretto Filho.

Brasília, junho de 2004

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A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de

Identificação e Delimitação da FUNAI: reflexões sobre a

prática da antropologia no Brasil (1988-2003)

Rodrigo Padua Rodrigues Chaves

Dissertação de mestrado em Antropologia Social defendida e aprovada em 21 de junho de 2004.

Banca Examinadora:

• Henyo Trindade Barretto Filho – DAN – Universidade de Brasília (orientador)

• Antônio Carlos de Souza Lima – PPGAS - Museu Nacional – UFRJ (titular)

• Stephen Grant Baines – DAN – Universidade de Brasília (titular)

• Paul Elliot Little – DAN – Universidade de Brasília (suplente)

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RESUMO

Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e

delimitação de terras indígenas (TIs) produzidos no âmbito da Fundação Nacional do Índio

(FUNAI) no período compreendido entre 1988 e 2003. Primeira etapa do “procedimento de

regularização fundiária”, a identificação é o marco inicial do que será ou poderá vir a ser

uma TI e se constitui em uma das formas de exercício dos aparelhos de poder estatizados

que respondem, em parte, pela atual configuração das terras e povos indígenas, daí a

relevância sócio-antropológica de se estudar os relatórios de identificação.

Palavras Chave: Indigenismo, Política Indigenista, Relatórios de Identificação e

Delimitação, Regularização Fundiária de Terras Indígenas, Prática da Antropologia,

FUNAI.

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ABSTRACT

In this work I analyse official reports of identification and delimitation of

Indigenous Lands (TIs) produced by FUNAI - the National Indian Foundation - between

1988 and 2003. These reports are the first step of the official 'procedures for land

regularization', being the initial landmark of what is (or is going to be) an 'Indian Land'.

They are one of the forms of the exercise of State power that respond, partially at least, for

the present configuration of (State's notions of) Indigenous peoples and Lands, being thus

highly relevant for the social anthropological study of the issue.

Keywords: Indigenism, indigenist policy, anthropological reports of identification

and delimitation of Indian Lands, land regularisation of Indigenous territories,

anthropological practice, FUNAI, public policies.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer ao meu orientador, Henyo Trindade Barretto Filho, pelo

empenho com o qual se dispôs a me orientar desde o início. Os professores Roberto

Cardoso de Oliveira, Stephen Grant Baines e Paul Elliot Little contribuíram com a leitura

atenta e valiosas sugestões às versões iniciais da presente dissertação. Agradeço a Antônio

Carlos de Souza Lima, pela interlocução e provocação inicial, quando me sugeriu o tema

para a dissertação.

Ao contrário do que alguns acreditam, o convívio com os colegas do Centro de Pós-

Graduação em Antropologia (mais conhecido por Katacumba) constituiu-se em locus

privilegiado para o “aprendizado” da antropologia, foi onde a presente dissertação foi

gestada e se desenvolveu, graças (também) às discussões com os colegas de lá: Adolfo

Neves, Cloude Correia, Héber Grácio, Walter Coutinho, Cézar Ortiz, Ney Maciel, Luciana

Ramos, Jaime Siqueira, Carlos Caixeta, Marquinho, Marcus e Marcos, Júlio, Karenina

Vieira, Ronaldo Lobão, Carlos Alexandre, Thiago, Ivan e tantos outros que por ali

passaram ao longo dos últimos dois anos. À Rosa Cordeiro, secretária do Departamento de

Antropologia, pelas inúmeras vezes em que me deu suporte e ao Paulo, Seu Lulu, Dona

Iracilda, Branca e Adriana, pela atenção e apoio.

Aos amigos e colegas da CGID/FUNAI, muitos dos quais contribuíram inclusive

com longos depoimentos e/ou entrevistas, externo minha gratidão, especialmente Alceu

Cotia, Noraldino Cruvinel, Txai Terri, Leila Burger, Luis Fernando, Maria Janete Carvalho,

Ricardo Ará, Maria Elisa e Rita Heloisa, gratidão essa extensiva aos funcionários da

DOC/DAF/FUNAI, Maria Helena Tenório, Nivaldo Gomes e Eduardo Rafael Almeida, e à

Artur Nobre Mendes e Marco Antônio, da DAF/FUNAI.

À CAPES, pelo financiamento, por meio de uma bolsa de mestrado. À FINATEC

agradeço o financiamento para apresentação de comunicação no 51º Congresso

Internacional de Americanistas, realizado em Santiago do Chile, entre 01 e 04 de julho de

2003.

Sem o apoio da minha família não chegaria até aqui. Eles sabem o quanto lhes sou

grato. Agradeço finalmente à minha companheira Cláudia Franco e a meus filhos, Yuri e

Davi, pelo amor, carinho e apoio constante.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CDA Coordenação de Delimitação e Análise – CGID – FUNAI

CF Constituição Federal de 1988

CGID Coordenação Geral de Identificação e Delimitação - FUNAI

DAF Diretoria de Assuntos Fundiários – FUNAI

DEID Departamento de Identificação e Delimitação – FUNAI

DOC Setor de Documentação – DAF - FUNAI

DOU Diário Oficial da União

Entrev. Entrevista

FUNAI Fundação Nacional do Índio

GT Grupo Técnico

MJ Ministério da Justiça

ONG Organização não-governamental

PETI Projeto Estudo sobre Terras Indígenas no Brasil - UFRJ

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PP-G7 Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil

PPTAL Programa Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da

Amazônia Legal

RAM Reunião de Antropologia do Mercosul

SPI Serviço de Proteção aos Índios

TI Terra Indígena

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................ pg. 07

CAP. 1 – A identificação de Terras Indígenas como objeto de

investigação antropológica........................................................................

Estudos precedentes...................................................................................

Contrastes entre os períodos de 1968-1985 e 1988-2003..........................

A cooperação internacional........................................................................

A questão ambiental...................................................................................

Os manuais de identificação: ambiental e antropológico...........................

O processo de dialogia nos trabalhos de identificação...............................

pg. 23

pg. 23

pg. 30

pg. 32

pg. 35

pg. 37

pg. 42

CAP. 2 – Panorama das identificações de TIs no período 1988 –

2003............................................................................................................

Análise dos dados das tabelas....................................................................

Ouvindo os “antropólogos”........................................................................

pg. 44

pg. 44

pg. 53

CAP. 3 – Os relatórios de identificação e delimitação da FUNAI no

período 1988-2003.....................................................................................

pg. 57

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... pg. 76

BIBLIOGRAFIA........................................................................................ pg. 81

ANEXO – Tabelas com informações sobre constituição de GTs no

período 1988 - 2003.

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INTRODUÇÃO

Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e

delimitação de terras indígenas (TIs) produzidos no âmbito da Fundação Nacional do Índio

(FUNAI) no período compreendido entre 1988 e 2003. Primeira etapa do “procedimento de

regularização fundiária”, a identificação é o marco inicial do que será ou poderá vir a ser

uma TI e se constitui em uma das formas de exercício dos aparelhos de poder estatizados

que respondem, em parte, pela atual configuração das terras e povos indígenas, daí a

relevância sócio-antropológica de se estudar os relatórios de identificação. Dessa forma,

reconheço a importância de se estudar tanto os povos indígenas específicos quanto as

dinâmicas e os mecanismos político-administrativos historicamente específicos atualizados

pelo Estado, que buscam disciplinar a diversidade e a diferença cultural no espaço do

território brasileiro.

O tema de minha pesquisa não é novo. Em dezembro de 1985, o PETI - Projeto

Estudo sobre Terras Indígenas no Brasil: invasões, uso do solo, e recursos naturais/UFRJ -

iniciou suas atividades, partindo de estudos sobre a regularização jurídico-administrativa de

terras indígenas no Brasil, tendo como objetivo o monitoramento e análise dos processos

sociais envolvidos na ação do Estado brasileiro face aos povos indígenas, notadamente em

sua dimensão fundiária. O Projeto objetivava influenciar a prática administrativa, o que fica

explícito na apresentação do mesmo, em que consta que o PETI constituiu um arquivo de

documentos oficiais relativos às terras indígenas,

visando possibilitar o amplo acesso do público interessado a informações qualificadas e documentos brutos de base documental, além de análises capazes de orientarem e instrumentalizarem a ação dos segmentos sociais ligados à defesa dos interesses indígenas, fossem eles integrantes da sociedade civil ou de setores progressistas do aparelho de Estado brasileiro. Dentre as análises efetuadas no âmbito do PETI, cabe destacar os artigos de Oliveira

e Almeida, e Lima, que serão abordados com mais detalhe no Capítulo 1. Cabe, porém,

adiantar brevemente algumas características identificadas por Lima na identificação de TIs

para o período por ele analisado: de 1968 a 1985.

Lima reflete sobre alguns aspectos da relação entre antropologia e saberes

administrativos a partir da análise justamente dos relatórios de identificação de terras

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indígenas, considerado como definidor do início do processo de regularização fundiária. A

partir do ensaio de Oliveira e Almeida, Lima aponta como característica dos grupos

técnicos (GTs) constituídos para realizar “estudos” de identificação a exigüidade do seu

tempo de permanência em área, a composição heterogênea da equipe, a relação “periférica”

do antropólogo com o grupo pesquisado, a ênfase na função técnica do GT e o conseqüente

escamoteamento da dimensão política. Ademais, Lima propõe a seguinte divisão no que

concerne à organização dos relatórios de identificação: o período anterior a 1980, quando

eram apresentadas idéias genéricas sobre o grupo indígena; e após 1980, com a

cristalização de um “modelo” de identificação.

Nesta dissertação confronto os aspectos característicos do procedimento de

regularização fundiária das TIs e da elaboração de relatórios de identificação apontados

pelos autores supra mencionados com aqueles do período que focalizo: 1988 a 2003. Este

pode ser subdividido em função de três marcos normativos significativos no que concerne à

definição de TIs e dos procedimentos administrativos para demarcá-las: a Constituição

Federal, de 1988; o Decreto 22, de 1991; e o Decreto 1.775 e a Portaria 14, de 1996.

A Constituição Federal (CF) promulgada em outubro de 1988 trouxe inovações no

que diz respeito aos direitos indígenas e o tratamento constitucional da questão indígena

ampliou-se expressivamente. Cordeiro (1999) comenta os artigos da CF relativos às

sociedades indígenas, onde aponta duas importantes “inovações”. A primeira consta no

Artigo 20, que “inclui entre os bens da União as terras tradicionalmente ocupadas pelos

índios”. O conceito de ocupação tradicional é definido no Artigo 231 e, para Cordeiro,

reconhecer a ocupação tradicional “significa ampliar o conceito de território indígena a toda

a extensão de terra necessária à manutenção e preservação das particularidades culturais de

cada grupo” (1999: 68). Conforme Lima coloca, na verdade a inclusão das terras indígenas

como bens da União já estava presente na Lei 6.001, mais conhecida como Estatuto do

Índio, promulgada em 1973, mas efetivamente nas constituições anteriores a propriedade

das TIs não era da União.

Por sua vez, o Artigo 22 da CF apresenta uma ruptura em relação às constituições

de 1934, 1946 e 1967, pois afirma a competência privativa da União para “legislar sobre

populações indígenas”, enquanto as constituições anteriores se referiam à competência

exclusiva da União para legislar sobre “a incorporação dos silvícolas à comunhão

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nacional”. Não cabe mais a integração do índio à sociedade nacional, mas sim reconhecer

“aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos

originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam (...)” (caput do Artigo 231 da CF).

O Decreto 22, de 04 de fevereiro de 1991, que “dispõe sobre o processo

administrativo de demarcação das terras indígenas e dá outras providências”, estabelece a

obrigatoriedade da coordenação do GT de identificação e delimitação por parte de um

antropólogo, devendo o GT realizar estudos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e

fundiários. O Decreto garante a participação do grupo indígena em todas as fases dos

trabalhos do grupo técnico. Outro item de interesse é o que determina que a FUNAI deveria

proceder, no prazo de um ano, “à revisão das terras indígenas consideradas insuficientes

para a sobrevivência física e cultural dos grupos indígenas”. É desnecessário dizer que esse

prazo não foi cumprido pela FUNAI, como também não poderia ter sido cumprido o prazo

estabelecido pela CF de 1988 de cinco anos a partir de sua promulgação para a demarcação

de todas as terras indígenas.1 Isso porque, como Grácio alerta, a proposta,

por mais positiva que possa ser para os povos indígenas, não considera a complexidade de seus próprios propósitos nem a possibilidade de existirem situações incompatíveis com seus modelos de ação, tais como: o processo de etnogênese que leva a um constante crescimento do número das populações indígenas existentes em todo o Brasil, os povos e comunidades ainda não oficialmente contatadas, as demandas das comunidades já estabelecidas, mas que não possuem seus direitos atendidos, etc (Grácio, 2003: 32).

O Decreto 22 determina ainda que as terras designadas áreas indígenas e colônias

indígenas passem à categoria de terras indígenas, denominação que persiste até hoje.

Grande parte do Decreto 22 foi reproduzida nos termos daquele que veio substituí-lo, o

Decreto 1.775/96, editado em 08 de janeiro de 1996 pelo Ministério da Justiça redispondo

“o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas” e estabelecendo outras

providências. Sua principal inovação em relação ao Decreto 22 encontra-se expressa no

parágrafo 8º do artigo 2º2: trata-se do direito ao contraditório, onde Estados, municípios e

1 O Estatuto do Índio (Lei 6.001/73), por sua vez, também havia estabelecido em 1973 o prazo de cinco anos para que se concluísse a demarcação das terras indígenas. 2 A redação do parágrafo 8º do Artigo 2º do Decreto 1.775/96 dispõe que “desde o início do procedimento demarcatório até noventa dias após a publicação de que trata o parágrafo anterior, poderão os Estados e municípios em que se localize a área sob demarcação e demais interessados manifestar-se, apresentando ao órgão federal de assistência ao índio razões instruídas com todas as provas pertinentes, tais como títulos

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demais interessados podem contestar administrativamente os estudos de identificação da

terra indígena, os quais deverão ser desenvolvidos por “antropólogo de qualificação

reconhecida”, que é o responsável pela coordenação do GT especializado, que tem como

finalidade realizar estudos complementares de identificação e delimitação. O Decreto

determina que o resumo do relatório circunstanciado seja publicado no Diário Oficial da

União e no Diário Oficial da unidade da federação onde se localize a TI, devendo esta

publicação ser afixada na sede da Prefeitura Municipal, de forma a se garantir publicidade

dos atos administrativos aos possíveis interessados em contestar os estudos de

identificação. Outra importante inovação que veio com o decreto 1.775 foi a edição da

Portaria 14 do Ministério da Justiça um dia após a do Decreto, visando estabelecer regras

para a elaboração do relatório circunstanciado de identificação e delimitação de terras

indígenas. A Portaria 14 apresenta a estrutura e o conteúdo que os relatórios elaborados a

partir de sua publicação deverão ter, o que gerou uma série de críticas por parte de

antropólogos (cf. Leite, 1999: 119; Barreto Filho, 2002a), dentre elas a de que a Portaria 14

funcionaria como uma camisa de força à produção intelectual. A Portaria determina que o

relatório deverá abranger dados gerais e específicos organizados em sete partes: Dados

Gerais, Habitação Permanente, Atividades Produtivas, Meio Ambiente, Reprodução Física

e Cultural, Levantamento Fundiário, Conclusão e Delimitação; as quais especifica. Além

das informações obrigatórias cobradas pela Portaria, esta faculta ao GT abordar no relatório

outros elementos considerados relevantes.

Considerando a relevância do disposto nessas normas em relação à definição de TI e

dos procedimentos para demarcá-la subdividi o período enfocado, para fins de análise, em

três sub-períodos, em função dos referidos marcos normativos: de 1988 a 1990, de 1991 a

1995 e de 1996 a 2003.

* * * * * * *

Meu interesse em pesquisar os relatórios de identificação está intimamente ligado à

minha trajetória profissional. Logo após minha graduação em Ciências Sociais com

Habilitação em Antropologia pela Universidade de Brasília, trabalhei na administração

regional da FUNAI em Manaus e, posteriormente, na sede em Brasília, exatamente com a

dominiais, laudos periciais, pareceres, declarações de testemunhas, fotografias e mapas, para o fim de pleitear indenização ou para demonstrar vícios, totais ou parciais, do relatório de que trata o parágrafo anterior”.

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questão fundiária e a identificação de terras indígenas, o que me situa como pesquisador

insider.

Se, por um lado, ao iniciar a pesquisa, me senti um pouco constrangido com essa

situação, logo percebi que, desde que problematizada teoricamente, a minha proximidade

com o tema da pesquisa poderia ser muito frutífera, pois poderia tomar minha experiência

como objeto de reflexão, além de dispor de trânsito para analisar a documentação e acesso a

informantes privilegiados.

Trabalhei durante quatro anos e meio como antropólogo contratado pela FUNAI3,

quando coordenei e desenvolvi dois trabalhos de identificação de terras indígenas, todos

eles na chamada “Amazônia legal brasileira”, realizados com financiamento do PPTAL4 e

já sob a égide do Decreto 1.775/96 e da Portaria 14. O terceiro trabalho foi realizado já

como consultor contratado pelo PNUD/PPTAL. O primeiro trabalho de identificação que

coordenei se deu entre os índios Apurinã, habitantes da Terra Indígena Apurinã do Igarapé

São João, localizada no município de Tapauá, no estado do Amazonas. Permaneci 30 dias

em campo, em dezembro de 1997, sendo que a aldeia São João se localiza muito próxima à

da cidade de Tapauá, o que gerou um clima bastante tenso na cidade e de animosidade entre

os índios e os não-índios, e destes com os integrantes do GT. Não obstante, o trabalho se

desenvolveu a contento e após um breve retorno a campo em abril de 1998, o relatório foi

entregue em agosto de 1998.

Oliveira e Almeida apontaram esta característica dentre as “implicações locais dos

GTs” e alertam para o quadro de conflito que as relações entre índios e não-índios podem

3 Entre julho de 1997 e abril de 2001, sendo os primeiros dois anos e meio na administração regional da Funai em Manaus (AM) e os dois anos seguintes no Departamento de Identificação e Delimitação da FUNAI em Brasília. Inicialmente, em1997, foram contratados diversos profissionais através de “processo seletivo simplificado” para prestar serviços à FUNAI pelo período de um ano. Uma medida provisória do Presidente da República prorrogou por mais um ano a contratação. Posteriormente, em agosto de1999, as contratações foram viabilizadas através de um convênio entre a FUNAI e a UNESCO, com contratos de menor duração (03 meses, 06 meses) renovados periodicamente, até março de 2001. Na verdade, esse convênio constituiu-se em uma forma da FUNAI contratar profissionais sem a necessidade de realizar concurso público, como dispõe a CF e sem garantir aos mesmos os direitos trabalhistas em vigor no país. Essa forma de contrato foi retomada pela FUNAI entre fevereiro de 2002 e julho de 2004, pois uma determinação do Ministério Público do Trabalho proibiu sua continuidade. Dessa forma, a FUNAI se viu forçada a abrir seleção por concurso público, através do edital 01/2004, de 30/05/2004, que prevê a contratação de 70 técnicos de nível superior, sendo 17 para o cargo de antropólogo. 4 O PPTAL - Programa Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal - é um sub-programa do PP-G7 - Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil. Para uma descrição mais detalhada do PPTAL, vide o Capítulo 1.

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ensejar devido a uma “superestimação do potencial de força à sua mão numa disputa mais

renhida com seus adversários tradicionais” por parte dos grupos indígenas. Os autores

apontam que “os GTs podem, pois, veicular uma falsa idéia de ‘poder e força’ junto aos

grupos indígenas e em menor escala junto aos ocupantes não-índios” e alertam que “esta

intervenção externa e de curta duração, sem conseguir muitas vezes amainar os conflitos,

pode resultar em seu acirramento” (Oliveira e Almeida, 1998: 93).

O segundo trabalho - de identificação da Terra Indígena Deni - foi realizado em

duas etapas devido à localização das aldeias em dois grandes afluentes de rios diferentes, o

rio Juruá e o rio Purus. A primeira etapa teve 45 dias de duração (23 de novembro de 1998

a 05 de janeiro de 1999), quando foram identificados os limites do que denominei “porção

ocidental” da terra indígena e levantados dados das aldeias do rio Xeruã, afluente da

margem direita do rio Juruá. A segunda etapa, realizada após um breve intervalo de dois

meses, teve 48 dias de duração (10 de abril de 1999 a 28 de maio de 1999). Percorremos

todas as aldeias do rio Cuniuá, afluente da margem esquerda do rio Purus, e grande parte do

limite “oriental”. O respectivo relatório foi entregue em setembro de 2000.

No terceiro trabalho, novamente identifiquei uma terra indígena Apurinã, também

no rio Purus, na aldeia Boa Esperança, desta feita como consultor contratado pelo PNUD

através de edital do PPTAL. O trabalho de campo foi realizado no período de 04 de março a

12 de abril de 2002 e o relatório de identificação da Terra Indígena Apurinã do Igarapé

Mucuim entregue 47 dias após o retorno de campo. O conhecimento prévio da etnia e da

região e o bom relacionamento do (e com o) grupo técnico contribuíram muito para isso.

Um trabalho intermediário de levantamento prévio das comunidades indígenas

localizadas ao longo da calha do rio Tapajós, em especial aquelas do médio e baixo curso

deste, foi realizado após a identificação da Terra Indígena Deni, em março/abril de 2001,

no final de meu contrato com a FUNAI, em parceria com a antropóloga Rita Heloísa de

Almeida. Tratava-se de uma nova estratégia do então chefe do DEID (Departamento de

Identificação e Delimitação) de planejamento das ações de identificação e delimitação,

como a criação de “critérios de prioridade” para atender à enorme demanda por

identificações, que foram ordenadas e dispostas em uma lista, a partir da aplicação desses

“critérios”. As novas demandas fundiárias deveriam, portanto, ser objeto de análise prévia

de um grupo técnico que verificaria in loco a situação das áreas, de forma a ordenar os

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futuros trabalhos de identificação. Durante 50 dias percorremos o rio Tapajós, desde a

cidade de Jacareacanga até Santarém e visitamos 32 comunidades. Desse trabalho resultou

a proposta de identificação de sete novas terras indígenas na região do rio Tapajós, quais

sejam: Takuara, Bragança/Marituba, Baixo Rio Tapajós I, Baixo Rio Tapajós II, Pimental,

São Luís do Tapajós e KM 43.

Ciente de alguns destes desdobramentos, Lima aponta que “em algumas situações as

críticas e sugestões de mudanças foram incorporadas, e até mesmo fomentadas, por setores

de alguns aparelhos de governo, gerando-se alterações nas práticas administrativas, mais ou

menos profundas, mais ou menos rápidas” (Lima, 1998: 225). Ele enfatiza a necessidade de

se examinar e confrontar se - e em que medida - ocorreram mudanças nos últimos anos, o

que será realizado ao longo desta dissertação.

Minha experiência com trabalhos de identificação de TIs me permite apontar

algumas mudanças entre os trabalhos realizados no período aqui enfocado e aquele

abordado por Oliveira e Almeida, e Lima, quais sejam: tentativa de planejamento das ações

a serem desenvolvidas pela FUNAI, tempo maior de permanência em campo e para entrega

do relatório, maior qualificação dos antropólogos coordenadores dos GTs de identificação e

delimitação, participação no GT de antropólogos de fora do quadro de funcionários da

FUNAI, a inclusão da temática ambiental nos relatórios, a possibilidade do contraditório -

que aumentou a preocupação institucional com a qualidade dos relatórios apresentados;

dentre outras de que tratarei nesta dissertação.

Na seção seguinte farei, a título introdutório, uma breve explanação das cinco fases

que constituem, hoje em dia, o que se costuma chamar de “procedimento de regularização

fundiária de terras indígenas”, de forma a situar a identificação neste complexo contexto.

* * * * * * *

O procedimento de regularização fundiária de terras indígenas é um processo longo,

composto atualmente - do ponto de vista formal - por cinco fases, quais sejam,

identificação, delimitação, demarcação, homologação e registro.

Em memorando de fevereiro de 1998, o então chefe do DEID sugeriu ao diretor de

assuntos fundiários da FUNAI uma classificação das diversas fases do procedimento

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administrativo distinta da apresentada aqui, que apesar de não ter sido acatada, indica a

complexidade de cada uma das etapas. Abordarei tal proposta de classificação adiante.

A primeira fase será analisada nesta dissertação mais detalhadamente que as demais,

visto que a fase da identificação é a primeira etapa do procedimento, portanto, dela depende

em larga medida o êxito – ou não – da regularização fundiária. Ela consiste inicialmente na

constituição de um grupo técnico multidisciplinar por meio da publicação de uma portaria

do presidente da FUNAI no Diário Oficial da União (DOU). O grupo técnico (denominado

GT) deve ir a campo para executar os diversos estudos necessários à identificação da terra

indígena5, sendo necessária – formalmente, a partir da edição do Decreto 1.775/96 - a

discussão com a comunidade indígena da proposta de área a ser identificada. Após o

trabalho de campo, o antropólogo é responsável pela elaboração do relatório

circunstanciado de identificação e delimitação da terra indígena em questão.

Apesar do foco das análises de Lima para os anos 1980 recair sobre o que denomina

“relatório antropológico”, existem outros elementos a serem analisados que merecem

atenção, visto que atualmente há outras peças técnicas importantes nessa primeira fase do

procedimento de regularização fundiária, tais como o mapa, o memorial descritivo de

delimitação e um relatório técnico, de responsabilidade do engenheiro agrimensor; o

relatório ambiental6, elaborado pelo que se convencionou chamar “ambientalista”7, ou seja,

um profissional da área de biologia, engenharia florestal ou geografia/geologia que compõe

o GT; e finalmente, o relatório fundiário, de responsabilidade do engenheiro agrônomo. As

implicações dessa interdisciplinaridade para o trabalho do antropólogo serão discutidas

5 O Decreto 1.775/96 no parágrafo primeiro do artigo segundo determina que “O órgão federal de assistência ao índio designará grupo técnico especializado, composto preferencialmente por servidores do próprio quadro funcional, coordenado por antropólogo, com a finalidade de realizar estudos complementares de natureza etno-histórica, sociológica, jurídica, cartográfica, ambiental e o levantamento fundiário necessário à delimitação”. 6 O relatório ambiental é de fundamental importância para a elaboração do relatório de identificação, tendo em vista que a quarta parte deste, conforme determina a Portaria 14/96, é denominada “Meio Ambiente”, na qual deve constar: “a) identificação e descrição das áreas imprescindíveis à preservação dos recursos necessários ao bem estar econômico e cultural do grupo indígena; e b) explicitação das razões pelas quais tais áreas são imprescindíveis e necessárias”. 7 A definição de “ambientalista” é distinta daquela que indica um comprometimento político com a preservação ambiental - tão em voga atualmente - e procura dar um caráter eminentemente científico ao papel que desempenha. Tal denominação não deixa de levantar questões sobre o tecnicismo atribuído aos integrantes do GT, procurando desvincular o aspecto político da identificação do trabalho desses profissionais, apesar do termo “ambientalista” indicar o contrário, ou seja, uma pessoa comprometida com a preservação de recursos naturais existentes nas TIs.

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mais à frente, pois cabe ao antropólogo-coordenador consolidar e integrar essas peças em

seu próprio relatório.

Há uma Coordenação de Delimitação e Análise (CDA) na Coordenação Geral de

Identificação e Delimitação (CGID; atual denominação do DEID) que é responsável pela

leitura, análise e parecer sobre os relatórios de identificação e delimitação. Caso o relatório

seja aprovado, ele é encaminhado, juntamente com o resumo para publicação, ao Diretor de

Assuntos Fundiários que, por sua vez, encaminha ao Presidente da FUNAI. Com a

aprovação do relatório antropológico, do mapa e do memorial descritivo de delimitação

pelo presidente da FUNAI, e a conseqüente publicação dos resumos destas peças no Diário

Oficial da União e no Diário Oficial do Estado no qual está localizada a terra indígena,

encerra-se a fase da identificação.

A fase subseqüente, chamada delimitação, é marcada pela publicação de Portaria do

Ministro da Justiça, também no DOU, que declara como de posse permanente indígena a

área delimitada e determina sua demarcação. Esta definição de delimitação refere-se à

prática institucional ideal, visto que a Portaria ministerial não delimita, só declara a

delimitação como de posse permanente indígena, conforme sugeria o chefe do DEID no

referido memorando de fevereiro de 1998:

Declarada: situação das terras indígenas com procedimento de identificação e delimitação aprovado pelo Ministério da Justiça, caracterizando-se pela expedição de portaria declarando a área proposta pela FUNAI de posse permanente dos índios e determinando sua demarcação. Costuma-se denominar “delimitada” as terras que se encontram nessa fase do procedimento de demarcação administrativa; não o recomendamos por uma questão conceitual: identificação e delimitação são procedimentos concomitantes, de modo que, a rigor, a área já se encontra “delimitada” ao ser encaminhada ao MJ.

A terceira fase é a demarcação física propriamente dita, realizada em geral por

empresas de topografia contratadas pela FUNAI. Envolve a colocação de marcos e placas, e

a abertura de picadas no perímetro da terra indígena. A fase posterior é a homologação da

demarcação pelo Presidente da República e a última fase do processo de regularização

fundiária é o registro da terra indígena, tanto no cartório da(s) comarca(s) onde esta se

localiza, quanto no Serviço de Patrimônio da União.

A referida proposta do chefe do DEID de fevereiro de 1998 para “classificação de

fases relativas ao procedimento de demarcação administrativa” encaminhada a seu chefe

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imediato, o Diretor de Assuntos Fundiários, apesar de não ter sido adotada, indica

claramente a complexidade do procedimento e o tempo necessário para avançar da

identificação até o registro em cartório. Por sua relevância, irei reproduzir as fases que

apresenta sem detalhar os comentários de cada uma delas, devido à sua extensão:

(...) Finalmente, considerando a necessidade de um melhor acompanhamento dos processos de regularização fundiária das diversas terras indígenas, sugerimos a seguinte classificação das diversas fases do atual procedimento administrativo, assim conceituadas:

1. A Identificar

5. Declarada

6. Em Demarcação 2. Em Identificação 6.1. Licitação e Contrato 2.1. GT em campo 6.2. Campo 2.2. Relatório em elaboração 6.3. Relatório Final 2.3. Análise 2.4. Complementação 7. Demarcada

8. Homologada

3. Identificada 3.1. Resumo publicado 9. Registrada

3.2. Contestação Cartório de Registro de

Imóveis 9.2. Serviço de Patrimônio

da União 4. Encaminhada ao MJ

4.1. Apreciação 4.2. Diligência 4.3. Reestudo

Segundo esta proposta, fica evidente que cada uma das fases do “procedimento de

demarcação administrativa” é composta por diversos momentos, mas em linhas gerais,

teríamos as seguintes fases: a identificar, em identificação, identificada, encaminhada ao

MJ, declarada, em demarcação, demarcada, homologada e registrada.

* * * * * * *

Para a análise do que constitui a identificação de TIs e dos relatórios produzidos

entre os anos 1988 e 2003 segui alguns passos básicos. Num primeiro momento, procedi a

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um levantamento documental de todas as portarias de constituição de grupos técnicos de

identificação de terras indígenas no período de 1988-2003. Contei com a valiosa ajuda da

equipe da DOC/DAF, que disponibilizou a documentação existente. As portarias, em sua

maioria, encontram-se dispostas em pastas, por ano, misturadas às demais portarias do

presidente da FUNAI relativas à Diretoria de Assuntos Fundiários. Apenas em relação aos

anos de 1996 e 1997 as pastas não mais existem: os dados encontram-se resumidos em uma

tabela desenvolvida pela DOC/DAF, o que fez com que eu mudasse a estratégia para obter

as informações destes anos. Na DOC/DAF, cada uma das 606 terras indígenas atualmente

existentes no banco de dados da FUNAI possui pasta(s) suspensa(s), na qual estão reunidos

diversos dados sobre a terra indígena, inclusive o histórico da legislação sobre aquela terra

especifica. Foi a partir dessas pastas suspensas que consegui reunir as informações

referentes à esses dois anos e chequei dados referentes aos outros anos.

A organização dos dados produzidos a partir das informações constantes das

portarias resultou nas tabelas apresentadas em anexo. Pode-se então contrastar os sub-

períodos, traçar o perfil da maioria dos coordenadores dos GTs responsáveis pela

identificação, a duração do período de campo, dentre outras informações relevantes. É

importante explicar a forma como os dados foram dispostos na tabela. Esta conta com nove

campos, onde procurei resumir as principais informações de cada portaria, de acordo com

alguns critérios e pressupostos da pesquisa. Explico cada um dos nove campos:

• 01 – Nome da(s) terra(s) indígena(s): dados sobre a denominação da terra

indígena conforme o que consta da portaria de constituição do GT. Nos casos em

que a denominação mudou, ou quando não constava a denominação da terra

indígena na portaria, incluí o nome atual entre parênteses. Em alguns casos, incluo

também informações sobre a natureza do trabalho a ser realizado, como por

exemplo: revisão de limites, estudos complementares, reestudo da identificação e

delimitação, eleição de área, dentre outras. Isso já corresponde a um indicador da

complexidade do que significa identificar uma TI – e o que está subsumido neste

termo hoje.

• 02 – Localização: dados sobre a(s) unidade(s) da federação na(s) qual(is) se

localiza a terra indígena e, em alguns casos, sobre o(s) município(s).

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• 03 – Número e data da portaria: a data de assinatura da portaria pelo presidente

da FUNAI.

• 04 – Situação fundiária atual: dados sobre o atual (maio de 2004) estágio em que

se encontra o procedimento de demarcação da terra indígena, conforme consta no

banco de dados da FUNAI.

• 05 – Responsável pela definição de limites (coordenador): nome do responsável

pela coordenação do grupo técnico, em geral antropólogo, mas exclusivamente

antropólogo/a apenas a partir de 1991, conforme determinou a Portaria 22 no

parágrafo 1º do artigo 2º e confirmou posteriormente o Decreto 1.775/968.

• 06 – Vínculo Institucional do coordenador do GT: conforme consta da portaria.

O vínculo de diversos antropólogos com a FUNAI, por exemplo, a partir de 1997,

se deu através de contratos temporários, distinto do vínculo funcional dos

antropólogos da FUNAI que realizaram identificações na década de 1980, os quais

eram, em sua maioria, “funcionários da casa”. Não obstante, nas portarias de

constituição de GTs, todos os antropólogos-coordenadores contratados em regime

temporário aparecem como “funcionários da FUNAI”. A partir de 2000, em relação

aos antropólogos contratados temporariamente consta a referência ao convênio com

a UNESCO - que viabilizou a contratação dos mesmos - nas próprias portarias e,

portanto, nas tabelas. A instituição de origem dos antropólogos que não eram

funcionários da FUNAI consta da maior parte das portarias até o ano de 2000,

quando a referência passa a ser a forma da contratação, quer dizer, seja através do

convênio da FUNAI com a UNESCO para contratação de pessoal técnico, seja

através do convênio da FUNAI/PPTAL com o PNUD - nesse caso exclusivamente

para trabalhos a serem realizados na Amazônia legal brasileira.

• 07 – Duração do período de campo: quantos dias a portaria determina que o GT

permaneça em campo. As prorrogações do prazo de permanência do antropólogo e

dos demais integrantes do grupo técnico são acrescentadas. Não foi possível

estabelecer se eles permaneceram mesmo este tempo. Só teria sido possível

8 Na legislação anterior sobre o “processo administrativo de demarcação de terras indígenas”, o Decreto 94.945/87 determinava que a equipe técnica de levantamentos e estudos sobre a identificação e delimitação seria coordenada por antropólogo, sertanista ou indigenista da FUNAI. A obrigatoriedade da coordenação do GT por antropólogo só seria estabelecida em 1991, com a edição do Decreto 22.

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estabelecer isto consultado os relatórios um a um – o que não foi possível - mas, de

modo geral, a permanência do GT em campo além do prazo estipulado inicialmente

é determinada pelas Portarias de prorrogação; a exceção ocorreria nos casos onde o

antropólogo e/ou o GT retornam de campo antes do prazo estipulado, o que é

relativamente raro.

• 08 – Prazo para entrega do relatório: também é considerado o que consta da

portaria. Entretanto, sabemos que os prazos se dilatam muito além do estabelecido

e é de extrema relevância que se averigúe se os respectivos relatórios foram

escritos e entregues em quanto tempo após o retorno de campo. Dessa forma, pode-

se comparar o número de GTs constituídos com aqueles GTs que efetivamente

foram a campo e desenvolveram os trabalhos de campo até o fim. Dentre estes

últimos seria importante averiguar quantos coordenadores entregaram os relatórios

e quanto tempo depois do retorno de campo.

• 09 – Observações: em geral, em todas as tabelas, quando possível, constam as

seguintes informações: fonte provedora dos recursos, número de integrantes do

grupo técnico, participação de outros profissionais além daqueles “de praxe” –

antropólogo, agrimensor, técnico fundiário (e ambientalista, após 1997) – ou de

lideranças e/ou representantes indígenas, portarias de alteração ou prorrogação,

dentre outras informações consideradas relevantes.

Aliada à pesquisa documental, entrevistei antropólogos e indigenistas que trabalham

ou trabalharam na identificação e nas demais etapas do procedimento de regularização

fundiária de terras indígenas em diferentes momentos, alguns desde a década de 1970 e

1980. Os entrevistados ocuparam cargos de assessoramento superior e de antropólogo na

FUNAI e lhes foi garantido o anonimato. O resultado destas entrevistas e a análise dos

dados apresentados nas tabelas compõem a base do capítulo 2.

Fechando o protocolo de pesquisa, além da sistematização da documentação e das

entrevistas dirigidas com técnicos da FUNAI, analisei seis relatórios de identificação dos

sub-períodos 1988-1990, 1991-1995, 1996-2003 das seguintes TIs: Trincheira-Bacajá,

Guarani do Canta Galo, Lagoa dos Brincos, Cuiu-Cuiu, Mundurukú e Jaminauá/Envira.

Page 21: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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Além dos relatórios analisados para a presente dissertação e daqueles de colegas que

ao longo desses últimos sete anos foram analisados informalmente9, fui contratado por

produto pela FUNAI - entre 2001 e 2002 - para proceder à análise e emissão de parecer

sobre relatórios das seguintes terras indígenas: Igarapé Omerê (RO), Irapuá (RS), Xapecó –

Glebas Pinhalzinho e Canhadão (SC), Pinhal (SC), Boa Vista (PR), Itixi Mitari (AM) e

Sororó (PA). Em relação às duas primeiras emiti parecer conclusivo, enquanto que para as

demais terras indígenas emiti parecer preliminar. As sugestões apresentadas, quando foi

este o caso, buscavam adequar os relatórios à legislação atualmente em vigor, pois é nisso

que consiste basicamente a tarefa dos pareceristas.

Por sua vez, ao longo do curso de mestrado procurei ampliar espaços de

interlocução, de forma que apresentei papers relacionados ao tema de minha pesquisa na

23ª Reunião Brasileira de Antropologia, ocorrida entre 16 e 19 de junho de 2002, em

Gramado (RS), e na V Reunião de Antropologia do Mercosul, realizada em Florianópolis,

em dezembro de 2003. Assisti também alguns seminários apresentados nas “Quartas

Indígenas” da CGID, onde antropólogos recém chegados de campo relatavam suas

experiências. Apresento a seguir a lista completa dos seminários.

9 Diversos colegas ao longo deste período solicitaram a leitura crítica de seus relatórios antes de encaminhar a versão final para análise do setor competente da FUNAI.

Page 22: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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Data da

apresentação

Expositor Terra indígena ou

Região

Natureza do

trabalho

apresentado

03/09/03 Ricardo Neves Baixo Rio Negro e Rio Cuieras

Levantamento Preliminar

10/09/03 Henyo Trindade Barretto Filho

Tapeba Identificação

17/09/03 Ricardo Calaça Manoel

Sangradouro, Pimentel Barbosa e

Areões

Identificação

24/09/03 Cloude de Souza Correia

Nawa e Nukini Levantamento Prévio

08/10/03 Andrea Prado Solimões Levantamento Preliminar

22/10/03 Leonardo Santana Brasil Trabalhos ambientais

29/10/03 Noraldino Cruvinel Trabalhos na Funai Edição Especial. 19/11/03 Graziela Almeida Kraô- Kanela Identificação 27/11/03 Maria Helena -AER

Curitiba AE III (Área

Etnográfica 3) Levantamento

Preliminar 17/12/03 Maria Janete

Carvalho Piraí, Tarumã, Morro Alto e

Pindoty

Identificação

21/01/04 Ricardo Neves Maku Nadëb:organização,

cultura.

Vídeo

04/02/04 Ruth Henrique da Silva

Juquery, Karaguata´y, Pueblito Kuê, Mboy-veve,

Levatamento Preliminar

11/02/04 Robson Cândido/Isabella

Fagundes

Ceará Levantamento Preliminar

17/02/04 Héber Grácio e Mariana

Mato Grosso Levantamento Prévio

11/03/04 Klinton Senra Rio Arraias Identificação 17/03/04 Eliane Pequeno Cué-Cué Identificação

Foi, assim, com base nesse material e na minha experiência com os trabalhos de

identificação de terras indígenas e análise de relatórios, que a presente dissertação foi

construída, de forma que a partir da análise dos artigos de Oliveira e Almeida e de Lima

Page 23: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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procuro, no Capítulo 1, comparar as características dos estudos e levantamentos de

identificação de TIs apresentadas pelos autores para as décadas de 1970 e 1980 com o

período aqui analisado, na busca por recorrências e mudanças observáveis na identificação

e delimitação de TIs. Dentro de um novo quadro em que as identificações de TIs se

inserem, também focalizo no Capítulo 1 os chamados “manuais” do antropólogo e do

ambientalista como tentativas do órgão indigenista oficial normatizar e formalizar o

trabalho desenvolvido – e o resultado desse trabalho – por antropólogos e “ambientalistas”.

No Capítulo 2, analiso os dados produzidos a partir da pesquisa documental das

portarias de constituição de GTs e das entrevistas e depoimentos de antropólogos que

desenvolveram trabalhos de identificação de TIs pela FUNAI ou por solicitação desta, onde

aponto em que medida os procedimentos adotados nesse tipo de trabalho se alteraram,

especialmente ao longo da década de 1990.

Por fim, no Capítulo 3, procedo à análise de seis relatórios de identificação de TIs

de forma a confrontar o resultado final dos trabalhos desenvolvidos por antropólogos e as

características atribuídas a esse tipo de produção textual, tanto para o período enfocado por

Lima, quanto para os períodos posteriores à promulgação da CF.

Page 24: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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Capítulo 1 - A identificação de Terras Indígenas como objeto de investigação

antropológica

A relevância de estudar a relação entre saberes administrativos e antropologia foi

apontada na introdução, onde justifiquei a importância de se pesquisar as dinâmicas e os

mecanismos político-administrativos estatais que repercutem diretamente na vida das

sociedades indígenas atualmente existentes no Brasil. Como tal exercício já foi realizado

anteriormente por outros autores, abordo de forma sintética no presente capítulo três artigos

com os quais julgo importante dialogar, todos publicados na coletânea Indigenismo e

Territorialização e que detalharei a seguir. A relevância deles reside na forma como

analisam diversas instâncias de poder, o cotidiano da ação administrativa e as estruturas de

conhecimento que suportam a prática indigenista em processos de territorialização. Inicio

aqui a comparação entre a produção de relatórios de identificação nos últimos 15 anos -

majoritariamente por antropólogos - e o contexto no qual eram produzidos anteriormente,

que foi descrito de forma seminal no trabalho de Oliveira e Almeida, baseado em uma

etnografia conduzida pelos dois pesquisadores nos arquivos e no cotidiano da FUNAI, em

Brasília, durante aproximadamente 60 dias, de novembro de 1984 a janeiro de 1985

(Oliveira e Almeida, 1998: 69). Passados vinte anos de sua pesquisa, cabe averiguar se e

em que medida ocorreram mudanças no procedimento de regularização fundiária, o qual foi

analisado também por Lima (1998).

Estudos precedentes

Oliveira e Almeida apontam a heterogeneidade dos documentos que, na época de

sua pesquisa, provocavam a abertura dos processos de identificação de áreas indígenas10 e

ressaltam o caráter emergencial das ações empreendidas pela FUNAI, pois, segundo eles,

as iniciativas do órgão sempre se configuravam como uma resposta a uma situação de

emergência, caracterizando isso como uma “lei de funcionamento da FUNAI”, resumida na

máxima “a FUNAI só atua sob pressão” (: 70).

10 Conforme já colocado anteriormente, o Decreto 22/91 determinou a substituição da denominação “área indígena” por “terra indígena”.

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Em parte devido aos ecos da crítica dos autores, ao longo dos anos alguns setores da

FUNAI procuraram estabelecer “regras” de ordenamento das demandas fundiárias, como

por exemplo o DEID, que na esteira do PPTAL procurou estabelecer “critérios de

prioridade”, de forma a ordenar as terras indígenas a serem identificadas, pois o orçamento

da FUNAI é insuficiente para dar conta de toda demanda fundiária existente. Dessa forma,

as terras indígenas eram classificadas segundo a pontuação que alcançassem a partir de dois

eixos básicos: existência de ameaças à integridade territorial e à integridade física e cultural

do grupo. No documento que trata dos resultados do “grupo executivo” criado11 com o

objetivo de estabelecer critérios que permitam classificar as TIs “a identificar” segundo seu

grau de prioridade, afirma-se que,

um esforço desse tipo já havia sido desenvolvido na formulação do PPTAL, no início dos anos 90. Durantes as negociações entre o Governo brasileiro e os doadores internacionais, após a apresentação de uma listagem de terras a identificar e a demarcar, foi exigido o estabelecimento de critérios que permitissem planejar as ações visando a definição de metas e o cumprimento destas.

Um grupo de técnicos da Funai, composto pelo então chefe do DEID [Departamento de Identificação], pela coordenadora da CGPE [Coordenação Geral de Projetos Especiais], pelo coordenador do CGEP [Coordenação Geral de Estudos e Pesquisas], acrescido de dois consultores externos, definiu os critérios de classificação que passaram a vigorar para as TIs situadas na Amazônia Legal. O estabelecimento desses critérios pautou-se pela opção de intervir prioritariamente em áreas de conflito, em que as terras e as populações indígenas estivessem francamente ameaçadas por alguma forma de expansão da sociedade nacional: fixação de núcleos urbanos, projetos de desenvolvimento, abertura de estradas, exploração madeireira ou garimpeira e projetos de colonização agrícola (grifo meu).

O trecho em destaque aponta para uma formalização do critério informal do

“administrar por crises”, na medida em que a intervenção da FUNAI deverá ser realizada

“prioritariamente em áreas de conflito”.

Segundo os critérios estabelecidos, a partir da aplicação dos critérios de prioridade

se chegava a uma pontuação obtida por cada TI a ser identificada, o que estabelecia um

ranking entre elas, que se situavam em quatro faixas e oito níveis de prioridade. O primeiro

11 O Grupo Executivo foi criado em janeiro de 2001 pelo então chefe do DEID, Marco Paulo Froés Schettino e era composto por: Eduardo Barnes, Juliana Gonçalves Melo, Kelerson S. Costa, Leila Sotto Maior, Luiz Fernando Souza e Rodrigo Padua Rodrigues Chaves, e pela estagiária Graziela Rodrigues de Almeida. O Grupo Executivo analisou 51 TIs, que foram distribuídas em 08 níveis de prioridades. O relatório do GE aponta que 27 TIs situaram-se no nível de prioridade 1, o que superava o número de TIs a serem identificadas pelo DEID em todo o ano 2001, ou seja, 25 TIs.

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critério “ameaças à integridade do grupo indígena” incluía três itens: condições sanitárias

desfavoráveis (endemias, assistência médica insuficiente, desnutrição/fome); epidemias; e

ameaças à reprodução física e cultural do grupo indígena (violência contra a pessoa e os

bens materiais e imateriais, tentativas de expulsão do grupo, relação terra–subsistência

desfavorável ao grupo, alcoolismo, prostituição, alta taxa de mortalidade infantil e do

grupo, baixa taxa de crescimento vegetativo). O segundo critério “ameaças à integridade

territorial” incluía: agentes de contato (garimpeiros, madeireiros, fazendas, pesqueiros,

caçadores, castanheiros, seringueiros); obras e empreendimentos (hidrelétricas/barragens,

estradas, hidrovias, ferrovias, gasodutos, dentre outros); e degradação ambiental

(desmatamento, queimada, poluição dos recursos hídricos, degradação da fauna). Um

terceiro critério seria observado, mas apenas para desempate: a existência de reivindicação

do grupo indígena/antiguidade da demanda.

Pode-se dizer que no dia-a-dia da FUNAI - também ao longo da década de 1990 -

eram as demandas “emergenciais” as tratadas como prioridade absoluta. Quando o

presidente assim o determinava, uma TI que estivesse no final da lista de prioridades, ou

que nem dela constasse ainda, poderia passar a frente de dezenas de outras e ser

identificada primeiro.

Oliveira e Almeida afirmam que no processo de identificação das áreas indígenas o

grupo de trabalho que realiza o levantamento de campo desempenha um papel crucial, pois

É desse grupo de trabalho (GT) que emanam as determinações primárias quanto à colocação em prática de uma política fundiária para o órgão indigenista. Apesar de estar subordinado hierarquicamente a outras esferas de decisão, a importância do GT não deve ser subestimada, pois corresponde à primeira iniciativa ordenada do órgão no processo, constituindo uma investigação direta da situação, um contato específico e orientado com os próprios interessados (:74).

Ao considerar a formação dos GTs, dois aspectos são sublinhados por Oliveira e

Almeida:

1. O GT é pensado como uma instância neutra, composta unicamente de técnicos da

própria FUNAI.

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2. Existe uma seleção e priorização de determinadas competências acadêmicas e

profissionais. O Decreto 76.999, de 08/01/1976, aponta que a equipe deve ser

composta de, no mínimo, um antropólogo e um topógrafo (:78).

Com relação ao primeiro item, pode-se afirmar que a pretensa neutralidade do GT

ainda se constitui em forte paradigma por parte da FUNAI, notando-se que os antropólogos

da FUNAI não constituem a maioria dos coordenadores de GTs a partir de 1994, como

veremos no Capítulo 2. Já o segundo item se cristalizou como uma prática, inclusive com a

exclusividade de indicação de antropólogo como coordenador do GT a partir do Decreto

22/91.

Os autores apresentam como obstáculos ao trabalho de identificação, a existência de

três fatores que concorrem para inibir o exercício competente do trabalho do antropólogo:

• Diversificação de formações acadêmicas na categoria funcional de

“antropólogo da FUNAI”.

• Inexistência de um sistema centralizado de arquivos e controle da

documentação.

• As normas de funcionamento da equipe afetam de modo negativo as

condições de realização do trabalho antropológico. Causas: limitado

período de campo; presença de outros não-índios; relação circunstancial

com o povo e/ou área; necessidade premente de conclusões e sua

absolutização (: 84).

A diversificação de formações acadêmicas não persiste atualmente, pois nas

seleções para contratação pela FUNAI - pelo menos a partir de 1997 - e pelo PPTAL,

exige-se formação básica em Ciências Sociais, no mínimo. Por outro lado, conforme já

destacado e como detalharemos no Capítulo 2, os estudos e levantamentos de identificação

e delimitação são coordenados majoritariamente por antropólogos não pertencentes ao

quadro da FUNAI a partir de meados da década de 1990.

Quanto ao segundo ponto, hoje, parte da documentação referente à regularização

fundiária das terras indígenas se encontra disposta de forma muito diversa da descrita pelos

autores na década de 1980, o que viabilizou a presente pesquisa, apesar de ainda poder ser

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muito melhorada. Os processos de regularização fundiária se encontram arquivados em

caixas, organizados em ordem alfabética por terra indígena. A FUNAI ainda pretende

tornar acessível ao grande público informações sobre todas as terras indígenas geridas pelo

órgão, por meio de um banco de dados que se encontra em elaboração há alguns anos.

O terceiro fator parece ainda atual, uma vez que, mesmo com o incremento do

período de permanência em campo e do prazo para entrega do relatório pelo antropólogo,

algumas das “normas de funcionamento da equipe” efetivamente afetam as condições de

realização do trabalho do antropólogo. Algumas tentativas foram realizadas no sentido de

mandar o antropólogo a campo antes dos demais membros da equipe, conforme sugerido

pelo “manual do antropólogo” inclusive, preservando-se, assim, em tese, as características

do trabalho antropológico. Mas na maioria dos casos não é isso que acontece.

Ainda segundo Oliveira e Almeida, a demarcação seria percebida como uma ação

neutra, não comprometida com partes e executada friamente por órgãos governamentais

que visam acabar com os litígios. Tal aspecto pretensamente neutro sustentaria a ênfase em

uma representação “técnica e objetiva” da demarcação, restringindo a participação mais

ativa dos índios, que seria tida como acessória, servil e remunerada (: 107).

O artigo de Oliveira e Almeida constitui, assim, uma tentativa de reflexão sobre

certo conjunto de atos administrativos, considerados como fenômenos sociais e políticos,

na expectativa de ajudar os membros da instituição a enxergar novas articulações entre

eventos, cargos, rotinas, tradições e valores, a partir da perspectiva analítica dos autores,

que pretendem, portanto, influenciar a prática administrativa.

O interesse de Lima pelo estudo da identificação surgiu a partir da leitura do artigo

de Oliveira Filho e Almeida supracitado e da escolha das portarias de designação de GTs da

FUNAI para o trabalho de arquivamento inicial do PETI. A partir de um quadro analítico,

afirma o autor, pretendia-se realizar uma “sociologia das identificações”, procurando

mapear uma série de questões (: 172)12.

No artigo que trata da “identificação como categoria histórica”, Lima procura

reconstituir como se configura o processo pelo qual um GT realiza uma investigação in

12 Lima afirma que “a partir de um quadro concebido por Oliveira Filho e Almeida (capítulo 3), pretendia-se realizar uma ‘sociologia das identificações’, procurando mapear os atores envolvidos, as áreas identificadas segundo a região e o ano, as fontes de financiamento envolvidas, as normas gerais vigentes para cada período, as regiões privilegiadas, etc” (: 172).

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loco sobre o espaço que ocupa um contingente indígena específico (1998: 171). Lima

delineia os principais supostos do trabalho de identificação, com destaque especial para a

configuração da idéia de consenso histórico e para as diversas concepções sobre a relação

entre os índios e a terra vigentes em diferentes períodos históricos.

Lima afirma que a identificação tem um caráter recente, pois só em 1975 teve-se a

primeira norma administrativa da FUNAI claramente voltada para a regularização de terras

indígenas. Fazendo um gancho com a afirmação do autor de que “é mister lembrar que a

permanência de um termo não implica a permanência de seus conteúdos” (:173), aponto a

ressalva feita por um dos entrevistados, que sugere outra coisa: termos distintos para uma

“mesma coisa”:

fala-se em demarcação de terras indígenas desde a lei de terras de 1850. E o SPI embora não tivesse possivelmente a palavra identificação usava a palavra localização. Vamos dizer assim, seria uma categoria bastante próxima pra época. Porque na época a localização era no sentido de você assentar, localizar; no sentido de localização mesmo. Onde eles estão, fazer a localização deste pessoal. Não é uma palavra tão distante assim da categoria identificação. O nome é recente, a categoria nem tanto. (entrev. 03)

Apesar da aparente divergência de opiniões, é importante ressaltar que a proposição

de Lima relaciona-se ao fato de que a regularização fundiária das terras habitadas pelos

índios não se constituía no objeto principal da ação indigenista até meados da década de

1970. Pode-se dizer que a partir de então, a regularização fundiária foi ganhando espaço

gradativamente até que, atualmente, se constitui na principal atividade desenvolvida pela

FUNAI.

Lima aponta que no regimento interno da FUNAI de 1972 pode-se notar um

crescimento da importância do problema fundiário. Além disso, ganha relevo a idéia de

“estudos” e “levantamento” das terras indígenas, sendo que a noção de “terras indígenas” e

os procedimentos para sua demarcação seriam precisados no Estatuto do Índio, de 1973.

Lima faz a ressalva que se a expressão “demarcação administrativa” aparece pela primeira

vez no Estatuto do Índio, embora a idéia não fosse nova. Segundo ele, a inovação reside na

inclusão das terras indígenas entre os bens da União, conforme apontei na introdução.

Em artigo posterior, Lima reflete sobre alguns aspectos da relação entre

antropologia e saberes administrativos, a partir da análise de um tipo de documento

administrativo específico: os chamados relatórios antropológicos de identificação de terras

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indígenas. Lima procura tratar da dimensão textual, daquilo que considera um “gênero” de

documento, no período que vai de 1968 a 1985.

Segundo Lima, o primeiro passo para mapear as identificações seria partir das

portarias executivas de designação de pessoal, procedimento que também adotei. Os

exemplares dos relatórios analisados por Lima foram selecionados por serem integrantes de

um gênero13. Quatro critérios nortearam sua escolha: relatórios produzidos por

“antropólogos” responsáveis pelo maior número de identificação de terras indígenas; que os

antropólogos tivessem pelo menos cinco anos de atuação na FUNAI; que os relatórios

cobrissem um período amplo de ação da FUNAI; e que existissem arquivados até 1987 no

PETI, este último constituindo um critério pragmático de acesso à fonte.

Foram escolhidos para análise por Lima nove relatórios de cinco “antropólogos”

que participaram de sete ou mais grupos técnicos. Nos relatórios analisados, afirma Lima,

não teriam sido encontradas as mais elementares perguntas, inclusive sobre o sentido e a

eficácia das práticas administrativas. Os dados apresentados nos relatórios não

problematizam a forma como as informações são obtidas, se diretamente com os índios ou

através da intermediação de intérpretes, missionários, técnicos indigenistas, etc. “De forma

geral, a parte “histórica” dos relatórios busca provar a imemorialidade da ocupação

indígena, a existência e a localização de um habitat original” (: 245).

Lima organiza os relatórios em dois períodos:

• Antes de 1980: marcados por idéias genéricas sobre o grupo indígena.

• Depois de 1980 (até 1985): expressando a cristalização de um “modelo” de

identificação.

Nesse sentido, tentarei na dissertação comparar em que medida o modelo

“cristalizado” da década de 1980 difere daquele dos anos 1990 e quais os motivos que

levaram também a constituição de um “gênero” específico de documento a partir dos anos

1990.

Para Lima, o relatório de identificação parece se constituir na materialização, sob

forma escrita, de um padrão narrativo. Com esta expressão quer o autor designar “uma

13 De fato, Lima afirma que irá “tratar da descrição deste gênero de documento, isto é, de sua dimensão textual em que (...) muitas das limitações e inconsistências de um dado tipo de atividade exercida (também) por antropólogos assoma e se equaciona. Sugiro que tais problemas – simultaneamente ‘virtudes’ específicas do gênero – são reveladores de alguns aspectos do desenvolvimento tanto da disciplina Antropologia no Brasil, como da história do indigenismo” (Lima, 1998: 223).

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organização textual presidida por supostos, ainda que vagos, por meio dos quais se conta

sempre a mesma estória (ou argumento, para usar um termo cinematográfico), operando

como um script a partir do qual se atua e se improvisa” (: 251). O que emerge da leitura dos

relatórios, para Lima,

é a redução dos aspectos simbólicos, políticos e sociais para definição de uma parte do espaço geográfico como território a uma caricatura da dimensão econômica, isto é, terra garantida seria “sobreviver”, idéia bem próxima daquelas dos primórdios do SPI e da concepção hectare/índio (: 253).

Outra observação feita pelo autor é que as representações que os grupos fazem do

espaço que ocupam e a partir das quais neles se inserem são completamente descartadas.

Ele assinala que “a quantidade e a qualidade da informação etnológica previamente

disponível é um outro fator de variação dos relatórios no que se refere à extensão e

abrangência do texto” (Lima, 1998: 247). Outras características apontadas são a não

utilização das fontes orais e a falta de concepções claras quanto ao que seja um grupo

étnico (: 248).

Após efetuar esta análise, Lima aponta que ao longo dos últimos anos da década de

1990 teriam sido realizadas identificações de terras indígenas que, em tese, ultrapassariam

as características anteriormente expostas por ele - formulação esta objeto de consideração

na presente dissertação. O autor afirma que as críticas produzidas pelo PETI, juntamente

com intervenções de advogados, antropólogos e ONGs, “repercutiram fortemente sobre as

práticas antropológicas e administrativas” (: 266). As características distintivas desse novo

período - meados da década de 1990 - se deveriam à influência de alguns fatores apontados

por ele: influxo de recursos externos, instauração do PPTAL, realização de seminário para

discussão acerca da identificação de TIs - que resultou no “manual do antropólogo-

coordenador” -, fixação de padrões profissionais de trabalho para consultores externos,

ampliação do tempo de estadia em campo e estabelecimento do direito do contraditório

através do Decreto 1.775/96 – o que indicaria um maior cuidado a ser observado quando

da elaboração do relatório, que deve seguir o determinado pela Portaria 14/96.

No Capítulo 2 terei a oportunidade de contrapor mais detalhadamente o discurso de

antropólogos que trabalham ou trabalharam com identificação de terras indígenas no

período de 1988 a 2003 e os dados constantes nas tabelas em anexo com a formulação

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apresentada por Lima, atualizando-a assim como uma agenda de pesquisa. Por hora,

importa destacar os contrastes mais evidentes e visíveis entre os dois períodos.

Contrastes entre os Períodos de 1968-1985 e 1988-2003

Os trabalhos de identificação de terras indígenas sofreram várias modificações após

a pesquisa desenvolvida por Lima (1998). A análise do período de 1968-1985 indicou

semelhanças e certa continuidade na maneira de se fazer antropologia e na relação dessa

disciplina com o indigenismo oficial. Lima identifica a existência de um “padrão” de

relatório de identificação, marcado por um conjunto de articulações discursivas comuns, o

que o leva a tratar da dimensão textual dos relatórios, focalizando-os como um “gênero” de

documento, com padrão discursivo característico.

No entanto, o “padrão de relatório” delineado por Lima para o período de 1968-

1985 parece ser distinto do “padrão de relatório” dos períodos posteriores. Alguns fatores

contribuíram para a mudança no que foi denominado “padrão de relatório”, principalmente

a promulgação da Constituição Federal de 1988. O conceito de “terra tradicionalmente

ocupada” tornou-se referência nos trabalhos desenvolvidos a partir de então, abandonando-

se gradualmente o conceito de “ocupação imemorial”, apesar de alguns antropólogos

continuarem utilizando o conceito de imemorialidade nos relatórios de identificação e

delimitação ainda no final da década de 1990 – conforme demonstro no Capítulo 3 para

alguns dos relatórios analisados.

Outra característica do período aqui analisado é que no início da década de 1990

(1992/1993) os grupos técnicos passaram a ser coordenados cada vez mais por

antropólogos de fora dos quadros da FUNAI, enquanto em períodos anteriores -1988-1990

e antes de 1988 - os GTs eram majoritariamente coordenados pelos antropólogos da

FUNAI. A tendência a contratar antropólogos não pertencentes aos quadros da FUNAI se

acentuou ao longo da última década, inclusive com a contratação de antropólogos e

“ambientalistas” por meio de editais nos últimos anos. Isso significa que, com o tempo, a

situação observada por Lima – muitos relatórios produzidos por poucos profissionais –

deixou de existir, o que complexifica a tarefa de selecionar relatórios representativos.

Page 33: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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A cooperação internacional

O Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia

Legal – PPTAL – é um sub-programa do Programa Piloto para a Proteção das Florestas

Tropicais do Brasil – PP-G7. Ludmila Moreira Lima historia o Programa – PP-G7 – desde

1990, quando “por ocasião da Reunião de Cúpula de Houston, Chefes de Estado e o Grupo

dos sete (G7), através do Chanceler alemão Helmut Kohl, declararam sua intenção em

apoiar um programa voltado para a redução da taxa de desmatamento das florestas tropicais

brasileiras” (Lima, 2000: 103). A partir de então, iniciaram-se as discussões entre

representantes do governo brasileiro, do Banco Mundial – BIRD – e da Comissão Européia

com o objetivo de delinear o desenho inicial do programa. Dessa forma,

constituiu-se o Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil: um conjunto integrado de projetos voltados fundamentalmente para a Região Amazônica, como também para a proteção das florestas do sudeste brasileiro, precisamente a Mata Atlântica que outrora cobria a maior parte da costa nacional, do nordeste ao sul do país.

O montante total de compromissos de assistência financeira e técnica ao Programa Piloto, incluindo projetos bilaterais associados, atingiu cerca de U$ 250 milhões. Assim, em conformidade com os acordos celebrados entre os participantes (os doadores e o Brasil), o programa recebe apoio financeiro do Grupo dos Sete, bem como da Comissão das Comunidades Européias e da Holanda, na forma de doações ou empréstimos concessionais (: 104 – grifo da autora).

Moreira Lima demonstra como, desde o início da elaboração do Programa Piloto em

1990, estava previsto “um projeto de proteção às terras indígenas, em função do objetivo

específico do Programa de dar prioridade de atendimento às populações tradicionais

particularmente vulneráveis às formas inadequadas de ocupação e exploração da região” (:

120), que viria a se constituir no PPTAL, cuja concepção data de 1992 e que foi

implementado a partir de 1996, com conclusão inicialmente prevista para 200014. Segundo

a autora,

O orçamento total [do PPTAL] é de U$$ 20,9 milhões, contando com a cooperação financeira do Rain Forest Trust Fund (U$$ 2,1 milhões), da KFW (DM 30 milhões, equivalendo a aproximadamente U$$ 17 milhões) e, como contrapartida do Governo Brasileiro (U$$ 2,2 milhões), montante particularmente destinado às indenizações erigidas por terceiros de boa-fé nas terras a serem demarcadas.

14 Posteriormente o Projeto foi prorrogado por dois anos e depois por mais dois anos.

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O PPTAL é executado pela FUNAI e coordenado por uma unidade de gerenciamento – a Coordenação Técnica do PPTAL/CTPPTAL – vinculada originalmente à Coordenação Geral de Projetos Especiais (CGPE), esta diretamente ligada à Presidência da FUNAI (: 137).

A vinculação à CGPE permaneceu até a gestão do então Presidente da FUNAI Júlio

Gaiger entre 1996 e 1997 quando então o projeto se separou e passou a ser uma assessoria

direta da presidência, separada da CGPE. Segundo informações de um interlocutor, a

separação ocorreu, pois “o projeto [PPTAL] tinha uma dimensão que tomava toda a CGPE,

ele era maior que a própria coordenação, então ele não cabia na coordenação, tinha que

separar para que a coordenação pudesse cuidar de outros projetos” (entrev. 02).

Os objetivos gerais do PPTAL expostos em documento datado de junho de 1992

seriam os seguintes:

1. Assegurar os direitos dos grupos indígenas à posse de suas terras;

2. Garantir a integridade física e o controle territorial das áreas indígenas;

3. Compatibilizar o manejo tradicional indígena da floresta com tecnologias

ambientalmente apropriadas, de forma a conservar e melhorar a qualidade

de vida destas populações ameaçadas.

Segundo Moreira Lima, “tais objetivos alinham-se à perspectiva do PP-G7,

sobretudo no que diz respeito ao melhoramento, à conservação e ao manejo sustentável dos

recursos naturais da Amazônia” (: 141).

Moreira Lima faz a importante ressalva que, “no documento original do Projeto, o

PPTAL era denominado ‘Projeto Integrado de Proteção às Terras Indígenas da Amazônia

Legal’ (...) e não como ‘Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da

Amazônia Legal’, como passou a ser conhecido posteriormente, após acaloradas discussões

sobre as prioridades de proteção nele estabelecidas” (: 141 – grifos da autora).

Dentre os objetivos específicos do PPTAL, apenas dois deles teriam sido

implementados até o ano 2000 (ano do provável término do Projeto, conforme a previsão

inicial), segundo Moreira Lima, justamente os que interessam à nossa análise:

• Identificar, demarcar e promover a regularização fundiária das terras

indígenas;

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• Realizar, como um processo simultâneo à identificação e delimitação das

terras indígenas, o levantamento das suas condições ambientais e de

elementos que possam viabilizar projetos de auto-sustentação.

Para a implementação dos dois objetivos, o PPTAL tinha como desafio a

contratação de profissionais, especificamente para a realização de estudos de identificação

de TIs, uma vez que o quadro de funcionários da FUNAI não dispunha de tantos

profissionais quanto os necessários para a consecução dos objetivos do Programa. Como

vimos, os recursos financeiros não poderiam ser apontados como um entrave, uma vez que

o montante destinado ao PPTAL era bastante expressivo.

No período analisado por Lima, alguns poucos profissionais da FUNAI produziram

um grande número de relatórios de identificação, sendo esses relatórios objeto do recorte

analítico do autor. Com a implementação, no âmbito da FUNAI, do projeto PPTAL e com a

aprovação do Decreto 1.775/96, o quadro mudou. Em 1997, a FUNAI contratou dezenas de

profissionais de nível médio e superior15 - antropólogos, sociólogos, historiadores,

agrônomos, agrimensores, técnicos agrícolas, advogados, engenheiros florestais - para atuar

principalmente na área fundiária. Por sua vez, desde 1996 o PPTAL também contrata

diversos profissionais para participar dos grupos de trabalho de identificação,

especialmente antropólogos e “ambientalistas”.

Não obstante a contratação destes profissionais e da disponibilidade de recursos

financeiros para a realização dos trabalhos de identificação, o PPTAL não conseguiu

cumprir as metas inicialmente estabelecidas. A análise dos resultados do PPTAL, após seis

anos de implementação do projeto, elaborada no final de 2001, indica que de 104 terras

indígenas previstas para serem identificadas no âmbito do Projeto, apenas 40% ou 42 terras

indígenas foram efetivamente identificadas. Relatório dos consultores que realizaram a

15 No edital nº 01 – FUNAI-CESPE, de 10 de março de 1997, a FUNAI divulgou a realização de processo seletivo simplificado para contratação de profissionais em regime de contratação temporária por doze meses (que acabaram sendo prorrogados por mais doze meses posteriormente). As vagas a serem preenchidas (nem todas foram) se encontravam assim distribuídas: Nível superior – 53 vagas - administrador: 01 (DF); analista de sistemas: 03 (DF); antropólogo: 17 – 08 (DF), 02 (PA), 02 (RS), 05 (AM); arquivista: 02 (DF); economista: 01 (DF); engenheiro agrimensor: 05 - 03 (DF), 01 (PA), 01 (AM); engenheiro agrônomo: 07 – 03 (DF), 01 (PA), 01 (MT), 01 (RS), 01 (AM); engenheiro florestal: 06 (DF); geógrafo: 03 (DF); geólogo: 01 (DF); historiador: 03 (DF); sociólogo: 02 (DF); advogado: 02 (DF). Nível médio – 31 vagas - desenhista: 03 (DF); operador de computador: 05 (DF); programador de computador: 03 (DF); técnico agrimensor: 06 – 02 (PA), 01 (MT), 03 (AM); técnico agrícola: 10 – 03 (DF), 02 (PA), 01 (MT), 01 (RS), 03 (AM); técnico de arquivo: 04 (DF). Eram portanto 84 vagas a serem preenchidas.

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avaliação do PPTAL aponta que, no ano de 2001, as causas para o baixo desempenho das

ações de regularização fundiária devem-se à não entrega de relatórios finais e à exígua

formação de grupos técnicos, devido à dificuldade da FUNAI em constituir grupos técnicos

compostos por todos os profissionais necessários. De acordo com um interlocutor, o

manual do antropólogo – que será analisado a seguir – seria um dos fatores que auxiliaram

na mudança deste quadro a partir de 2002:

Eu lembro que no início do PPTAL havia uma relação enorme de relatórios em atraso, inclusive era uma crítica assim, uma das coisas que aparecia em todas as missões do banco [Banco Mundial], tem não sei quantos relatórios em atraso, tem que resolver isso, depois que o manual começou a ser implementado, esse número de relatórios em atraso diminuiu, já não é um problema que chame atenção, que seja apontado como um dos principais entraves. Ou seja, vem sendo reduzida essa inadimplência de relatórios, eu não atribuiria somente ao manual, eu acho que o manual contribuiu para isso, tornou mais fácil para o antropólogo concluir um relatório, formatar um relatório dentro da expectativa que se cria com o Decreto [1.775/96] e com a Portaria 14 (entrev. 02).

Com relação à parte do segundo objetivo, “realizar o levantamento das condições

ambientais” das TIs, o PPTAL passou a contratar profissionais para participar da

constituição de GTs de identificação e delimitação e elaborar “relatórios ambientais” das

TIs identificadas. As repercussões da inclusão destes profissionais - denominados

“ambientalistas” - nos estudos de identificação de TIs serão abordadas na seção a seguir.

A questão ambiental

A preocupação com a caracterização e a gestão ambiental das terras indígenas

ganhou um espaço na década de 1990 que não existia no período analisado por Lima. Os

relatórios de identificação após o Decreto 1.775/96 e a Portaria 14/96 devem

obrigatoriamente caracterizar as áreas imprescindíveis à preservação dos recursos

ambientais necessários ao bem estar da comunidade indígena e trazer o relatório ambiental

como peça anexa imprescindível. Apesar do referido decreto também determinar, além dos

estudos ambientais, cartográficos e o levantamento fundiário, outros de natureza etno-

histórica, sociológica e jurídica, tais estudos não são viabilizados por meio da contratação,

salvo em honrosas exceções, de historiadores, sociólogos ou profissionais da área jurídica,

o que demonstra a relevância crescente das questões ambientais no período aqui enfocado.

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As discussões sobre a elaboração de relatórios de identificação ganharam maior

fôlego após a publicação do Decreto 1.775, em 08 de janeiro de 1996, quando então a

FUNAI abriu a possibilidade aos não-índios de contestar administrativamente os trabalhos

de identificação, aumentando a preocupação com a qualidade técnica dos relatórios de

identificação. Na esteira dessas discussões, em 1997, o PPTAL elaborou um “Manual do

Antropólogo” e posteriormente um “Manual do Ambientalista”16, nos quais são descritos

vários procedimentos a serem observados pelo antropólogo e demais integrantes de um GT

ao identificar uma terra indígena.

É importante colocar que, corroborando a conceituação de Lima referente aos

relatórios antropológicos como “gênero narrativo”, a Portaria 14/96, publicada um dia

depois do Decreto 1.775/96 para regulamentar um dispositivo daquele, é um importante

instrumento de homogeneização dos relatórios de identificação, na medida em que os seus

itens - e mesmo a ordem destes - devem ser respeitados e contemplados pelo antropólogo

quando da elaboração de seu texto - não obstante o antropólogo poder incluir outras

informações além daquelas determinadas pela Portaria 14, que julgue importantes para

caracterizar a terra como tradicionalmente ocupada pelos índios.

Se a Constituição de 1988 é clara na determinação da realização de estudos

ambientais na caracterização da terra indígena, não foi a primeira vez que essa temática foi

abordada. Não é meu propósito aqui historiar como a questão ambiental foi tratada na

legislação brasileira, mas apenas mostrar como na década de 1990 teve papel cada vez

maior nos estudos de identificação de terras indígenas e quais as implicações deste fato para

a construção do relatório de identificação.

Blaikie e Brookfield colocam a questão da escala como fundamental para a análise

que procedem, pois ela ajuda a identificar os distintos níveis de onde derivam as tomadas

de decisão - decision-making (Blaikie e Brookfield, 1987: 83). Diversos autores colocam

16 Na verdade, dentre as diversas versões desses documentos, a denominação variou: “Roteiro Metodológico expedito para o atendimento das necessidades imediatas de caracterização ambiental de terras indígenas como subsídio ao processo de sua demarcação”, versão preliminar de Lucio C. Bedê, da Fundação Alexander Brandt, foi uma das primeiras, de junho de 1996, tendo sido apresentado como “Manual de orientação para o levantamento, análise e apresentação dos dados sobre meio ambiente” pelo Departamento de Identificação e Delimitação (DEID). Em setembro de 1997, após o seminário supramencionado, o documento reaparece, totalmente modificado, como “Revisão da proposta preliminar de estudos de levantamento ambiental”, apresentado pelo PPTAL. Com relação ao manual do antropólogo, surge inicialmente como “Procedimentos para a identificação de terras indígenas – Manual do antropólogo-coordenador (Proposta – 1ª versão – 10/10/1997)”.

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essa questão sob diferentes perspectivas. Stonich mostra como a análise dos distintos níveis

– local, regional e global – contribui para a compreensão da inter-relação entre problemas

ambientais e humanos, o que facilita aos antropólogos a participação em trabalhos e

pesquisas interdisciplinares (Stonich, 1993: 18).

Esses conceitos podem ser adaptados e se mostrar reveladores quando utilizados na

caracterização da situação específica do antropólogo realizando trabalhos de identificação e

das várias esferas de relações que caracterizam esse tipo de trabalho: a do “microcampo”,

ou seja, a aldeia, onde se desenrolam as relações “face a face” entre o antropólogo, os

demais integrantes do GT e os índios; a do “mesocampo”, entre esses atores sociais e o

Estado Brasileiro – outros agentes, instituições e normas indigenistas; e a do

“macrocampo”, onde operam instituições em nível internacional, tanto organizações

indígenas, quanto programas como o PP-G7, do qual o PPTAL é um sub-componente.

Os manuais de identificação: ambiental e antropológico

Conforme colocado anteriormente, a dimensão ambiental nos trabalhos de

identificação e delimitação foi objeto de consideração por parte da FUNAI, especialmente a

partir de 1996. A primeira versão do manual do ambientalista é muito distinta da versão

elaborada após o seminário promovido pelo PPTAL em 1997, até porque esta nova versão

visava a “revisão dos manuais de orientação de regularização fundiária” e deveria articular

a dinâmica do processo de identificação e delimitação que envolve as áreas antropológica,

ambiental e fundiária. No entanto, ao contrário da primeira versão, a revisão da proposta

preliminar de estudos de levantamento ambiental se refere à Amazônia Legal, área de

abrangência do PPTAL, devendo ser reavaliada fora deste contexto, conforme ressaltam os

autores.

Alguns aspectos apresentados nessa versão, produzida em setembro de 1997,

merecem atenção, tendo em vista que já apontam para a necessidade de articulação dos

integrantes do GT entre si e com os índios. Em relação ao perfil do profissional ambiental,

afirma-se que “dada a complexidade de situações que envolvem as formas de interação

sociedade-natureza, a dimensão ambiental envolve diversas áreas do conhecimento, o que

de maneira alguma é abrangida por uma única categoria profissional das áreas naturais e

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38

humanas” . A seguir, contudo, enumera-se uma série de conhecimentos específicos

desejáveis de tal profissional, o que sugere não se tratar de uma única pessoa, mas de uma

equipe de trabalho (Costa Júnior, 1997: 15).

Outra questão destacada no referido documento é a postura etnocêntrica adotada

pelos ambientalistas em campo e a necessidade de se superar tal postura. Uma técnica

destacada pelo “Manual” é a realização de entrevistas com os índios, mas não aprofunda a

forma de se operacionalizar tal técnica, apenas enumera questões principais a serem

trabalhadas pelo ambientalista, tais como:

• Existem critérios para o manejo dos recursos naturais, quais?

• Existem bioindicadores para o manejo dos recursos naturais?

• Qual o conhecimento dos hábitos das espécies utilizadas em suas formas de

manejo?

• Aonde/quando tais espécies criam/reproduzem?

• Quais os locais de maior ocorrência das espécies manejadas? Quanto tempo gasta

nessa atividade? Com que freqüência realiza esta atividade?

• Quais os melhores locais e épocas para capturar essas espécies?

• Em que época do ano essas espécies ocorrem em maior e em menor quantidade

(mês, estação, etc)? Porque?

• Tem diminuído ou aumentado a quantidade de animais na área: o que evidencia

isso? Porque?

• Em caso da existência de invasões no território ou maior pressão de ocupação do

entorno, qual a(s) percepção(ões) dos impactos que o grupo possui?

• Como é o processo de captura dessas espécies? Quais os instrumentos e técnicas

utilizadas nas diferentes práticas econômicas?

• Quais as espécies mais apreciadas e as mais abundantes na região?

• Existem práticas econômicas que são mais valorizadas socialmente?

• Como são estocados/guardados? Como são preparados?

• Há algum tipo de restrição alimentar para alguma espécie? Alguma espécie é

utilizada como remédio? Para mais o que se utiliza estas espécies? Quais partes?

• Há mais de um nome para uma mesma espécie?

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Como ressalta Costa Júnior, essas questões “são de ordem ilustrativa, sendo que na

etapa de levantamento de dados secundários será possível a construção e o refinamento

desse instrumental” (: 35 e 36).

A versão atual do documento denominada “Manual do Ambientalista” data do ano

de 2002 e baseia-se na versão de 1997, com o acréscimo de três pequenas partes: a

primeira, “instruções para a apresentação de relatórios ambientais”, trata das referências

técnicas para a apresentação textual do relatório e da sua formatação; a segunda “temas

para o relatório ambiental” é a continuação da parte anterior; e, por fim, “legislação e

normas referentes ao trabalho ambiental” é uma importante compilação das leis mais

utilizadas para a elaboração do relatório, quais sejam, os Artigos 231 e 232 da Constituição

Federal, o Decreto 1.775/96 e as Portarias 239/91 e 14/96. A discussão sobre padrões de

ocupação aponta para um trabalho definido como de “zoneamento econômico-ecológico”

do território, por meio de trabalhos de cartografia e georeferenciamento de locais relevantes

para a caracterização ambiental.

A importância crescente da temática ambiental nas últimas décadas tem implicações

em diversas esferas e, principalmente, para diversos atores sociais. A inclusão de questões

ambientais como fundamentais para a caracterização de uma terra indígena enquanto tal

repercute no processo de regularização fundiária, inclusive no papel desempenhado por

antropólogos em trabalhos de identificação.

Não há unanimidade em relação à forma como o “manual do ambientalista” vem

sendo utilizado ao longo dos últimos anos e à prática do ambientalista em campo. Um dos

entrevistados, por exemplo, critica as atribuições do ambientalista no conjunto de dados a

ser levantado pelo GT. Segundo ele, a diversidade de formação do “ambientalista” -

geógrafos, engenheiros florestais, agrônomos, biólogos, etc - faz com que o encargo de

identificar as atividades produtivas do grupo indígena nem sempre seja conduzida de modo

satisfatório, devido à especificidade da formação profissional desses “técnicos”. Outra

crítica deste interlocutor refere-se ao fato de que no manual do ambientalista existem

tabelas para listar espécies, tanto do reino animal quanto vegetal. Para ele, a tabela tem

coisas boas, mas também tem coisas perigosas, pois,

por exemplo, quando você diz que a planta X é utilizada pelo grupo secularmente para fazer com a folha dela em efusão, x% de água, tanto de folha para poder curar dor de cabeça, isso

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40

é um conhecimento tradicional resguardado por legislação específica. Eu acho que isso não pode continuar existindo. Ela tem que ser eliminada do relatório ambiental, da coleta de dados ambiental, porque não há nenhum compromisso do ambientalista e dos outros técnicos com a informação, que é resguardada pelo direito - informação tradicional que o povo tem. Então, esse é um ponto de grande importância que precisa ser retirado do manual. Não estou dizendo que não se deva fazer listagens: eu estou dizendo é que essas listagens têm que ser feitas com um maior relacionamento com o objetivo que a gente quer, que é identificar onde é que ele caça, onde é que ele pesca e tal, e ainda retirar essa possibilidade de você estar colocando conhecimento tradicional... Então, eu acho que essa coisa precisa ser mudada do manual [do ambientalista] (entrev. 01).

O “manual do antropólogo”, por sua vez, possui uma única versão, elaborada em

outubro de 1997 e ainda não revisada, apesar de ter passado por avaliações constantes

desde então. Intitula-se Procedimentos para a identificação de terras indígenas – Manual

do antropólogo-coordenador. Ele trata inicialmente dos fundamentos da identificação e dos

preceitos constitucionais, bases normativas e procedimentos que o norteiam. Na segunda

parte, o manual trata dos trabalhos de identificação, da fundamentação antropológica da

terra tradicionalmente ocupada e dos trabalhos complementares e de delimitação - trabalhos

cartográfico, fundiário-cartorial e ambiental. A terceira parte refere-se aos relatórios de

identificação, à forma e clareza que ele deve ter, à necessidade de traduzir o discurso

antropológico para os termos do discurso jurídico e aos demais “resultados” da

identificação: o resumo, o memorial descritivo e o mapa de delimitação.

Ao confrontar os dois documentos, percebe-se que a importância do relatório de

identificação é ressaltada, visto que os estudos ambientais são tratados como “estudos

complementares” que devem servir de subsídio ao trabalho do antropólogo-coordenador do

GT.

Em relação ao manual do antropólogo, outro entrevistado afirma que ele é de grande

utilidade, pois, segundo ele, existe uma deficiência na formação acadêmica dos

antropólogos que seria em parte sanada pela aplicação do manual:

ele tem uma utilidade enorme [o manual do antropólogo], eu acredito, até porque essa questão da constituição de laudos é algo estranho à prática acadêmica, o pessoal sai da academia e nunca se preparou para uma coisa dessa, não é preparado para isso, o antropólogo ele é formado para ser um pesquisador, para produzir uma etnografia, para produzir um estudo que visa ampliar um conhecimento sobre determinada realidade. Então, ele não está lá para produzir uma peça administrativa nem uma peça judicial, então se não fosse o manual eu acho que as dificuldades seriam muito maiores para que ele pudesse se

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adequar a essas exigências, e se limitar às exigências de uma peça administrativa, de uma peça judicial. A gente sente que hoje em dia muitos antropólogos, e aí não depende da formação dele, excelentes antropólogos, têm dificuldade de concluir um relatório desse, eu não diria nem uma deficiência, mas uma lacuna na formação dele, quer dizer, o ensino da antropologia é muito deslocado dessa questão do mercado (entrev. 2). Essa crítica à formação acadêmica dos antropólogos parece fazer parte da antiga

dicotomia entre teoria e prática. Como observei, essa dicotomia parece ter perdido força,

pois “nos últimos anos, com a ampliação do mercado de trabalho para antropólogos,

posicionamentos que associam a teoria e a prática na antropologia passaram a ser mais

constantes. A Associação Brasileira de Antropologia vem tratando do tema nos últimos

anos em diversas ocasiões17” (Chaves, 2003: 325).

Em relação à essa questão, Oliveira tem uma interpretação distinta, uma vez que ele

afirma que

de uma maneira geral, uma preocupação corrente daqueles que trabalham na área [identificação de TIs] é com o caráter alegadamente “pouco antropológico” de semelhante atividade. Esta suspeita, digamos assim, não se restringe à atuação de antropólogos no procedimento administrativo de identificação e delimitação de terras indígenas, mas abarca atividades extra-academia em geral, sendo, em alguma medida, compartilhada não apenas por aqueles que atuam pontualmente em procedimentos de identificação e delimitação de terras indígenas, mas também pelos antropólogos que trabalham na área. Ela reflete, antes de mais nada, a profunda cisão que marcou até recentemente a comunidade antropológica e os implementadores das políticas públicas e sociais do Estado para com os índios, sinteticamente expressa no epíteto “antropólogo da FUNAI”, com que antropólogos da academia costumavam designar indigenistas trabalhando na agência indigenista oficial (Oliveira, 2002: 87- 88).

Barreto Filho afirma que os relatórios e os estudos de identificação parecem fazer

parte do que Bruce Albert chama de “etnografia didática”, que seria uma “dimensão

aparentemente pouco nobre do ponto de vista acadêmico tout court, mas de graves e sérias

repercussões no ordenamento e na crítica de uma importante dimensão da nossa vida social:

as relações que logramos estabelecer com ‘outros’ ” (Barreto Filho, 2002a: 18).

17 Por exemplo, o Fórum de Pesquisa “Indigenismo e Antropologia da Ação: 25 anos Identificando Terras Indígenas” realizado em 2002 na 23ª Reunião Brasileira de Antropologia, em Gramado, mostrou-se um local privilegiado para se pensar como vem sendo desenvolvida a prática da antropologia “extramuros” (denominação de uma oficina promovida pela ABA em 2002 na UFF – “Antropologia Extramuros: Campo Profissional e as Novas Responsabilidades Sociais e Políticas”), especialmente em trabalhos de identificação de terras indígenas.

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42

Oliveira relata como as discussões sobre a atividade do antropólogo em trabalhos de

identificação, ocorridas por ocasião do seminário promovido pelo PPTAL em julho de

1997, resultaram em diferentes interpretações por parte do que ele denomina “antropólogos

acadêmicos, da agência indigenista e de organizações não-governamentais (além do próprio

PPTAL) bem como por servidores da FUNAI e do PPTAL envolvidos de alguma forma

com a atividade fundiária da entidade” (Oliveira, 2002: 90). Isso mostra como o campo de

ação da identificação está sujeito a diferentes formas de apropriação por distintos agentes

sociais.

O processo de dialogia nos trabalhos de identificação

Apel (2001) aponta que a dimensão dialógica é constitutiva da produção de

conhecimento sobre fenômenos humanos. O relatório antropológico, em certo sentido, pode

ser definido como textualização da ação e deve ser persuasivo, na medida em que é uma

peça pretensamente técnica que deve argumentar, de modo a comprovar a ocupação

“tradicional” indígena da área proposta. A dialogia está presente tanto na relação do

antropólogo com os índios, que devem atuar não mais como simples “informantes” do

pesquisador, mas sobretudo como interlocutores para que a proposta de delimitação não

seja exógena aos anseios e necessidades daqueles que dela dependem18; quanto na relação

do antropólogo com o Estado nacional, na medida que aquele argumenta textualmente a

pertinência da proposta apresentada, a qual deve ter sido discutida com os indígenas.

Além disso, a argumentação entre ímpares19 também tem lugar, visto que o relatório

de identificação é construído, atualmente, com base em um trabalho multidisciplinar, pelo

menos em teoria. Assim, a participação de “técnicos” das áreas ambiental, fundiária e de

agrimensura se coloca como mais uma tarefa a ser “administrada” pelo antropólogo, pois

ele também acumula a função de coordenador do grupo técnico da FUNAI, quer seja do

18 Mesmo quando - e se - a prática dialógica não é consciente, ela é operante, pois um relatório de identificação que não conte com a anuência da comunidade indígena interessada não é aprovado pela Coordenação Geral de Identificação e Delimitação da FUNAI. 19 A noção de argumentação entre ímpares foi sugerida por Roberto Cardoso de Oliveira em comunicação pessoal.

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43

quadro da instituição ou não20. Cada um desses “técnicos” supostamente constrói seus

argumentos com base no conhecimento específico de que dispõe, de acordo com sua

formação acadêmica. Dessa forma, o relatório de identificação é, em certa medida,

resultado das fusões operacionais de horizontes, ou pelo menos da articulação desses

distintos horizontes, pois conforme Gadamer, “ter horizontes significa não estar limitado ao

que há de mais próximo, mas poder ver para além disso” (Gadamer, 1997: 452).

No capítulo a seguir, analiso se, e em que medida, ocorreram modificação nos

procedimentos de identificação de TIs – e portanto, também nos relatórios de identificação

– ao longo do período aqui focalizado, comparando-o também ao período analisado por

Lima e Oliveira e Almeida. Para proceder a tal análise, valho-me dos depoimentos e

entrevistas realizados com antropólogos que desenvolveram estudos e trabalhos de

identificação de TIs, bem como dos dados produzidos a partir da pesquisa documental das

portarias de constituição de GTs exaradas pelos diversos presidentes que passaram pelo

órgão indigenista oficial ao longo dos últimos 15 anos.

20 Isso se dá por determinação legal desde 1991, mas mesmo antes disso já existia uma “prática institucional” segundo a qual o antropólogo muitas vezes também era o coordenador, conforme os dados das tabelas em anexo do período 1988-1991 demonstram.

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44

Capítulo 2 – Panorama das identificações de TIs no período 1988 - 2003

Eu não deveria dizer isso aqui, mas a minha idade me permite dizer. Vou abusar da situação: eu não aconselho colega meu, eu não aconselho ninguém a fazer relatório de identificação e delimitação de terra indígena. A não ser que muito jovem, talvez até que com esses desafios todos, porque ele não dá nenhuma retribuição, não é gratificante. Comunicação pública apresentada durante a V RAM, Florianópolis, 01/12/2003.

O conselho acima, de uma reconhecida antropóloga, proferido durante comunicação

em Florianópolis, na 5ª Reunião de Antropologia do Mercosul, no Grupo de Trabalho 1

“Laudos Antropológicos”, demonstra o quão desgastante pode se tornar um trabalho de

identificação para um profissional da área de antropologia.

No presente capítulo irei analisar os dados produzidos a partir da pesquisa

documental das portarias de constituição de GTs, das entrevistas com antropólogos que

ocuparam cargos de direção na FUNAI e das comunicações apresentadas por diversos

pesquisadores em dois congressos científicos: a 23ª Reunião Brasileira de Antropologia,

realizada em Gramado – RS, em junho de 2002,21 e a 5ª Reunião de Antropologia do

Mercosul, realizada em Florianópolis – SC, em dezembro de 200322.

Análise dos dados das tabelas

Foram levantados dados sobre 254 portarias de constituição de grupos técnicos

exaradas no período compreendido entre 01 de janeiro de 1988 e 31 de dezembro de 2003,

os quais se encontram sintetizadas em anexo, na forma de tabelas. Conforme esclarecido na

introdução, a tabela conta com nove campos: nome da(s) terra(s) indígena(s), localização,

número e data da portaria, situação fundiária atual, responsável pela coordenação do GT,

vínculo institucional deste coordenador, duração do período de campo, prazo para entrega

do relatório e observações gerais. Nem sempre foi possível contemplar todos os nove itens

21 Especificamente o Fórum de Pesquisa “Indigenismo e Antropologia da Ação: 25 anos identificando Terras Indígenas”, coordenado por Antônio Carlos de Souza Lima e Henyo Trindade Barretto Filho. 22 O GT 01 tinha como tema os laudos antropológicos, sendo a primeira seção dedicada à identificação de terras indígenas, onde apresentei uma versão preliminar da presente pesquisa.

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da tabela, o que não impede que se possa fazer algumas inferências a partir da análise das

mesmas, o que faremos a seguir.

Os dados quantitativos aqui apresentados baseiam-se em uma metodologia própria,

distinta da adotada pelo Departamento da FUNAI responsável pela identificação de terras

indígenas, conforme pude observar nas ocasiões em que tive acesso às suas auto-avaliações.

A divergência em relação ao número de identificações baseia-se no fato de que é a lógica

da produtividade que permeia as avaliações anuais do referido Departamento. Dessa forma,

a constituição de GTs complementares ao GT originalmente constituído consta como nova

portaria segundo os dados da CGID. Além disso, os dados sobre Terras Indígenas

identificadas em um determinado ano discriminam separadamente diversas TIs objeto de

estudos e levantamentos de identificação por um mesmo GT - no caso aqueles GTs

responsáveis pela identificação de duas ou mais TIs.

No levantamento que realizei, considero o número de grupos técnicos constituídos

como a informação básica e não o número de TIs a serem identificadas por um determinado

GT. Alguns grupos técnicos são responsáveis pela identificação de mais de uma terra

indígena e para a identificação de certas terras indígenas são constituídos inúmeros GTs ao

longo dos anos, sem que o procedimento demarcatório avance. No caso da complementação

de trabalhos, incluo os dados referentes à complementação no item “observações” das

tabelas apresentadas em anexo.

Apresento a seguir gráfico com o número de grupos técnicos constituídos entre

1988 e 2003.

GT´S CONSTITUÍDOS

05

101520253035

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

ANO

QU

AN

TID

AD

E

GT´S

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46

É importante ressaltar que nem todos os grupos técnicos produziram relatórios de

identificação, mas não disponho de dados sobre o número de relatórios efetivamente

produzidos, visto que não pude, sozinho, dispor de todo o tempo demandado para a

averiguação das 254 portarias, o que poderá ser feito com a continuidade da pesquisa. O

item da tabela “situação fundiária atual” não resolve o problema, mas aponta em que

medida os trabalhos de identificação foram instrumentais para regularização fundiária da

terra indígena.

O ano de 1990 é atípico, visto que foram levantados dados sobre dois GTs apenas, o

que irá se refletir nos gráficos sobre tempo médio de realização de trabalho de campo e

prazo para entrega do relatório, conforme ver-se-á a seguir. A partir de 1991 o número de

GTs constituídos aumenta gradativamente, com uma pequena inflexão em 1994. Entre 1997

e 2000 - período em que a FUNAI contratou antropólogos e outros profissionais de nível

superior e médio para trabalhar, em sua maioria, na área de regularização fundiária de TIs -

observa-se uma tendência de alta, que cessa abruptamente entre 2000 e 2002, período em

que os referidos profissionais foram dispensados e volta a crescer no ano 2003, quando a

Funai novamente passou a contar com antropólogos contratados temporariamente.

A contratação de antropólogos pela FUNAI para realizar identificações de TIs

indica uma mudança profunda em relação ao período analisado por Lima, e Oliveira e

Almeida, quando a presença de antropólogos ou outros profissionais do quadro de

funcionários da FUNAI era esmagadoramente predominante e quase que obrigatório na

composição/coordenação dos GTs. Em relação à essa questão, há uma diferença entre o que

determinam os Decretos 22/91 e 1.775/96, visto que o primeiro afirma que o GT será

“composto por técnicos especializados” do órgão federal de assistência ao índio, enquanto

o segundo afirma, de forma mais maleável, que o GT deverá ser “composto

preferencialmente por servidores do próprio quadro funcional” da FUNAI.

No gráfico abaixo pode-se observar que o número de antropólogos de fora do

quadro de funcionários da FUNAI, contratados para realizar estudos e levantamentos de

identificação e delimitação de terras indígenas cresce gradativamente a partir de 1992, até

se constituir em maioria no final da década de 1990.

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A diversidade de instituições (27) às quais, segundo o que consta das portarias,

estão ligados os antropólogos-coordenadores é expressiva: PUC-SP, UCG, USP, Museu

Nacional-UFRJ, UnB, FLACSO, UFPR, Ministério Público da União - Brasília e

Pernambuco -, Museu Paraense Emílio Goeldi, UFMT, IPHAN, Procuradoria Geral da

República - Brasília e São Paulo -, UFRGS, UFPA, CTI-SP, UFRJ, ANAI/BA, UFBA,

Universidade do Amazonas, Universidade Estadual de Araras, MARI/USP, UFPB, UFF,

FUNASA, UNICAMP e Universidade Estadual de Londrina. A partir de 2001, como já

observei, a referência à instituição de origem dos antropólogos contratados para realizar

estudos de identificação não consta mais das portarias, há referência apenas ao organismo

internacional por meio do qual o antropólogo foi contratado.

A partir dos dados das portarias pesquisadas, estabeleci o tempo médio de duração

dos trabalhos de campo do antropólogo-coordenador. Pode-se dizer que os dados da

duração do período de campo são mais condizentes com o que de fato ocorreu do que

aqueles sobre o prazo para entrega do relatório, pois em geral os prazos para permanência

em campo são cumpridos pelos GTs, com as seguintes exceções: GTs que, apesar de

constituídos, não foram à campo; GTs que tiveram problemas em campo e tiveram de

abandonar os trabalhos antes da conclusão; ou GTs que concluíram os trabalhos antes do

prazo estabelecido. As prorrogações de prazo para a realização dos trabalhos em campo

constam de portarias do presidente da FUNAI e foram somadas ao prazo determinado

originalmente.

ORIGEM INSTITUCIONAL

0

5

10

15

20

25

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

ANO

QU

AN

TID

AD

E

FUNAI OUTRAS INSTITUIÇÕES

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48

Oliveira e Almeida apontaram algumas condições desfavoráveis ao exercício da

prática antropológica, o que já foi analisado no Capítulo 1, mas é importante lembrar como

os autores ressaltam o limitado período de campo como uma das principais, o que indicaria

uma concepção de “trabalho de campo” distinta daquela das ciências sociais:

Na verdade uma tal atividade mais se aproxima da concepção que os geógrafos, agrimensores e topógrafos têm sobre trabalhos de campo do que com o seu significado nas Ciências Sociais e mais particularmente em Antropologia. A curta duração do contato com o grupo indígena, juntamente com as praxes já estabelecidas dos GTs, fazem com que o antropólogo não disponha das condições mínimas de controle sobre a coleta de dados, nem possa ajustar os seus meios de observação às características culturais e ao contexto histórico presente do grupo. Neste quadro o trabalho de campo antropológico parece inteiramente inviável, as tentativas de executa-lo dificilmente ultrapassando as boas intenções e de fato mais se aproximando da idéia de uma visita de área, expressão que surge algumas vezes na documentação, enfatizando uma pesquisa direcionada, com finalidade definida por uma portaria e com previsão de um prazo bastante limitado (Oliveira e Almeida, 1998: 85).

Reforçando essa afirmação, é importante ter em mente a ressalva feita por Silva de

que, em relação aos estudos de identificação e delimitação,

falar em “trabalho de campo” ou “levantamento de campo”, nesse caso, é um eufemismo, pois a idéia antropológica de “campo” enquanto “campo de pesquisa” ou “etnografia” se encontra aqui reelaborada e ajustada aos termos e demandas do órgão indigenista (Silva, 2002: 03).

Trata-se, portanto, de uma distinta idéia de “campo” e uma nova representação do

“ofício do antropólogo” que servem de base “para uma nova forma de relação entre

indígenas e antropólogo no contexto de trabalhos de identificação” (: 06).

Alguns entrevistados, contudo, argumentaram que a exigüidade do tempo de

permanência em campo não seria uma característica exclusiva dos trabalhos de

identificação, mas parte de uma tendência mais geral da pesquisa em Antropologia:

Na hora que o cara vai aplicar a metodologia antropológica, não aplica. Eu fico um tempão, não é observação participante. Qual é a qualidade da tua observação? Eu acho que falta um pouco de coragem ao pessoal de rever, de dizer que o método antropológico hoje também mudou, até mesmo as pesquisas etnográficas são curtas. Falta um pouco de percepção de que não é o negócio da identificação. Até mesmo nos trabalhos acadêmicos hoje, são poucos. É difícil pra se encontrar quem faça uma, encontra um ou outro. Em alguns casos, só no doutorado, e olhe lá... (entrev. 3).

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49

Encontramos o mesmo tipo de argumento em artigo de Alcida Ramos, onde ela

aponta alguns fatores que impedem uma longa permanência em campo dos antropólogos:

Raramente um etnógrafo brasileiro passou um ano inteiro em campo. São várias as razões para que isso ocorra, mas podemos mencionar três: fundos limitados, restrições com relação à ausência dos empregos, e a síndrome do campo-no-nosso-quintal23. (...) Poderíamos dizer que os doutorandos são, hoje em dia, os únicos com tempo, disposição e possibilidade (até mesmo a obrigação) de passar aproximadamente um ano fazendo trabalho de campo. Mas isso é recente, desde a criação de programas de doutorado em antropologia, especialmente no Museu Nacional do Rio de Janeiro, e na Universidade de Brasília (Ramos, 1990: 458).

Esta característica não seria exclusividade do ensino e pesquisa da antropologia

brasileira, mas se encontra presente em outros países, como os Estados Unidos, por

exemplo, onde, segundo Gupta e Ferguson,

É espantoso, mas verdadeiro, que a maioria dos principais departamentos de antropologia nos Estados Unidos não provêem formalmente (e muito pouco informalmente) treinamento em métodos de trabalho de campo – apenas 20 porcento dos departamentos, de acordo com uma pesquisa.Também é verdade que a maioria dos programas de treinamento antropológico provêm pouca orientação para, e quase nenhuma reflexão crítica sobre, a seleção de locais para trabalho de campo e as considerações que julgam alguns lugares em detrimento de outros como apropriados para o papel de “campo”.24 (Gupta e Ferguson, 1997: 02)

A variação da média de dias de permanência em campo do antropólogo-

coordenador ao longo do período analisado se encontra representada no gráfico a seguir:

23 Tradução livre, no original: “Rarely has a Brazilian ethnographer spent a whole continuous year in the field. The reasons for this are various, but we can mention three: limited funds, restrictions regarding absence from jobs, and the field-in-our-backyard syndrome”. Ela continua: “We might say that doctoral candidates are nowadays the only ones with the time, disposition, and possibility (even the obligation) to spend about a year doing fieldwork. But this is of recent date, since the creation of doctoral programs in anthropology, especially at the National Museum in Rio de Janeiro, and at the University of Brasília”. 24 Tradução livre, no original: “It is astonishing, but true, that most leading departments of anthropology in the United States provide no formal (and very little informal) training in fieldwork methods – as few as 20 percent of departments, according to one survey. It is also true that most anthropological training programs provide little guidance, and almost no critical reflection on, the selectionof fieldwork sites and the considerations that deem some places but not others as suitable for the role of “the field”.

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50

Percebe-se que o tempo médio de duração do trabalho de campo apresenta certa

estabilidade durante a vigência do Decreto 22, ou seja, entre 1991 e 1995. A partir de 1996,

ano em que entra em vigor o Decreto 1.775, há um aumento da média de duração dos

trabalhos de campo, que fica acima de trinta dias.

Em relação ao prazo médio para entrega do relatório circunstanciado é necessário

fazer uma ressalva: o prazo estabelecido pela portaria muitas vezes não é cumprido, trata-se

de uma estimativa. Para checar quando o relatório foi efetivamente entregue é necessário

acessar o processo de regularização fundiária de cada TI individualmente, informação esta

que seria fundamental.

Creio, porém, que o gráfico a seguir espelha o que a FUNAI espera do relatório em

termos de qualidade das informações apresentadas ao longo do período, ou seja, os

relatórios elaborados entre 1988 e 1990 no prazo médio de vinte dias apresentam

informações superficiais sobre a TI identificada e sobre a sociedade indígena, enquanto os

relatórios produzidos após 1996 apresentam, de modo geral, informações muito mais

elaboradas, inclusive para contemplar todos os itens exigidos pela Portaria 14. Um

entrevistado afirma que na década de 1980 os relatórios poderiam ser caracterizados pela

precariedade das informações apresentadas:

as exigências eram muito menores, do ponto de vista do conteúdo mesmo do relatório, você fazia uma proposta de delimitação, você não fazia um relatório antropológico, você não fazia um levantamento etnográfico, você ia para o campo e voltava com uma proposta de

TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO DO TRABALHO DE CAMPO

0

10

20

30

40

50

60

70

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

ANO

DIA

S

TRABALHO DE CAMPO

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51

delimitação, você obviamente justificava essa proposta, levantava alguns dados que dessem embasamento para aquela proposta, mas o propósito do relatório era apresentar a delimitação. Era menos do que é hoje o resumo do relatório. Em termos de quantidade de informação é menos de um décimo do que é hoje exigido do relatório. Não tinha questão nenhuma ligada a meio-ambiente, nenhuma exigência nesse sentido, era só o relatório antropológico, o mapa e o levantamento fundiário que também não era tão detalhado como é hoje. Então as mudanças que ocorreram foram enormes; se tornou um processo mais rigoroso, e conseqüentemente mais moroso, mais demorado, por força dessas exigências que hoje você tem, a começar pela própria Constituição, que já coloca ali quais são os parâmetros para se considerar uma terra como indígena (entrev. 2).

Novamente se observa certa estabilidade entre 1991 e 1996, com um crescimento

acentuado do prazo médio para a entrega do relatório a partir do Decreto 1.775/96.

Conforme analiso no capítulo seguinte, as condições de realização dos estudos de

identificação e o prazo para entrega dos relatórios são determinantes para a qualidade da

informação disponível nos relatórios analisados, os quais devem ser considerados a partir

do contexto no qual foram produzidos. Não havia, no início da década de 1980, um setor

responsável pela análise dos relatórios como a CDA-CGID procede atualmente. Segundo

um entrevistado,

naquela época [início da década de 1980] a proposta era uma discussão muito menos técnica do que é hoje, e muito mais política mesmo: “Ah, não, essa área não, vai dar problema, tem que diminuir”, era uma discussão muito mais em cima dos problemas que a delimitação poderia provocar do que propriamente de outras questões. Não havia parâmetros técnicos muito claros para você fazer uma análise com base neles, era mais na

PRAZO MÉDIO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

0

20

40

60

80

100120

140

160

180

200

1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

ANO

DIA

S

PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

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52

base do dá ou não dá, essa proposta é viável ou não politicamente, era mais em cima disso (entrev. 02).

Outro entrevistado afirma que o prazo para a entrega do relatório não deve ser muito

longo, pois poderia prejudicar a qualidade das informações apresentadas no relatório. De

acordo com ele, os relatórios deveriam ser entregues em até três meses após o retorno de

campo:

Esses tempos muito grandes para elaboração de relatórios eu acho até inconvenientes. Para mim foi muito inconveniente pegar tempo muito grande de elaboração de relatório. Há uma coisa que eu julgo muito importante em qualquer trabalho antropológico, incluindo o trabalho de identificação de terra indígena, é a tal da observação participante e que você muitas vezes não grava, não escreve; só observa e grava. Você leva fita e aí faz aquele monte de fitas, aí você fica praticamente estudando, mas a sua observação é muitas vezes visual de fato, ou de relações. Você no geral não registra e quando você passa muito tempo para elaborar um relatório, isso vai se perdendo. Então, eu acho que muito tempo para elaborar relatório é inconveniente, mas isso muitas vezes é obrigatório por falta de informações. Por exemplo, a nossa biblioteca aqui é boa, nossa documentação é boa, mas grande parte dos dados sobre o SPI está no Museu do Índio e até que você consiga botar a mão nesses dados é um Deus-nos-acuda. É um horror para você conseguir os dados. Ou estão no Museu Nacional, ou na USP, ou sei lá, no Museu Emílio Goeldi, e nós não temos um acesso rápido e total a essa fonte de informações. Então, eu acho que isso é uma questão administrativa que precisa ser encaminhada, mas eu entendo que um relatório não deve passar de 90 dias para ser elaborado. Você tem experiência nisso e sabe que com 40, 50 dias, você elabora um relatório, dependendo de você ter essa disponibilidade. Porque às vezes o técnico não fica disponível para fazer o relatório. É o que mais acontece, o técnico que demora três meses, seis meses, um ano, sei lá quanto tempo para fazer um relatório, porque ele não está preocupado com o relatório, está fazendo outra coisa, então isso é fato. Eu acho que o grande aumento do tempo para fazer relatório tem aí um erro qualquer que precisa ser corrigido e a Coordenação de Delimitação e Análise vem buscando corrigir isso. Na hora de contatar o técnico para coordenar o GT diz para ele: “olha, você durante este período tem que ficar por conta dessa história, se você não se dedica, o relatório não sai”. Eu acho que tem uns defeitos que precisam ser corrigidos, eu acho um tempo muito longo muito ruim, porque você deixa passar a questão da observação e ela é determinante em vários casos, pelo menos comigo tem sido (entrev. 01).

Page 54: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

53

Ouvindo os “antropólogos”

Na presente seção, refiro-me às reflexões de diversos antropólogos que

apresentaram trabalhos na primeira sessão do GT 01 da 5ª Reunião de Antropologia do

Mercosul, cujo tema era justamente “a identificação de terras indígenas”, e às entrevistas

dirigidas que realizei com antropólogos que trabalham com identificação de terras

indígenas. No primeiro caso, os antropólogos serão identificados, visto que se tratava de

uma reunião pública, gravada por mais de uma pessoa com o consentimento dos

expositores. Em relação às entrevistas dirigidas, será garantido o anonimato dos

entrevistados, cujos depoimentos serão identificados pelo número de ordem da entrevista –

entrevista 1, 2, 3, como vinha fazendo até aqui.

Um ponto de concordância entre os entrevistados é que os trabalhos de identificação

e, conseqüentemente, os relatórios de identificação de terras indígenas efetivamente

mudaram em relação ao período analisado por Lima. Um interlocutor aponta como

principal diferença o fato que na década de 1970 faltavam parâmetros objetivos como os

atualmente existentes, visto que a Portaria 14/96 normatiza o relatório e o Decreto 1.775/96

estabelece as diretrizes de encaminhamento, segundo ele. Os trabalhos, segundo ele, “não

eram analisados pelo setor técnico de antropologia, como ocorre atualmente” . Outra

diferença importante é que, em geral, os antropólogos não eram os coordenadores dos

grupos técnicos, pois os coordenadores eram autoridades institucionais, muitas vezes

assessores militares que atendiam ao que a administração de então achava que era

adequado.

Dessa forma, esse informante acredita que a seriedade com que a FUNAI vê o

trabalho do técnico hoje é muito maior do que na década de 1970, o peso do relatório sendo

taxativo e não podendo ser modificado em gabinete - apesar das evidências em contrário -,

como demonstra Barreto Filho (2002a) em artigo no qual analisa o teor dos despachos do

então Ministro da Justiça Nelson Jobim em relação à algumas TIs25. A grande mudança que

ocorreu, ainda segundo este interlocutor, foi de direcionamento. A política até 1988

buscava a integração do índio à comunhão nacional. Com a Constituição Federal de 1988, o

25 Um exemplo mais recente foi a diminuição de 328 mil hectares da área da TI Baú – PA, através da Portaria nº 1.487/GAB/MJ, de 08 de outubro de 2003, do Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

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quadro mudou completamente. Para ele, essa mudança é que tem significação importante

na diferenciação entre os relatórios até 1988 e os relatórios posteriores a 1988. Ele aponta,

no entanto, o fato de que os relatórios já vieram a mudar efetivamente em 1991, com o

Decreto 22. Para ele,

O Decreto 22 e a Portaria 239 tiveram essa significação de refletir sobre o disposto constitucional de 1988, a mudança do [Decreto] 22 para o [Decreto] 1.775 no que se refere a conteúdo de documento e de identificação, é pouco significativo. O que é significante da mudança do 22 para o 1775 basicamente é o contestatório. A vantagem do 22 para o 1.775 é que o antropólogo coordenador é responsável pela identificação de fato. (entrev. 01)

A normatização dos trabalhos de identificação só veio a ocorrer, de acordo com

outro entrevistado, a partir da edição da Portaria 14, em 1996. Ele afirma que a Portaria 22,

de 1991, não era tão rigidamente seguida pelos autores dos relatórios. Dessa forma, no

início da década de 1990,

Não existia, na época, o que veio a ocorrer depois uma normatização rígida dos trabalhos de identificação. Você tinha uma orientação, você tinha uma portaria, que era a Portaria 22, quer dizer, que dá bastante parâmetros e eu procurei aplicar estes parâmetros, mas aquilo não se repetia, vamos dizer assim, numa cobrança administrativa de seguimento daquela estrutura. Em grande parte foi uma portaria exclusivamente interna. Então, vamos dizer assim, muitas vezes internamente se compensava a qualidade do relatório, compensava a não observância estrita da portaria com a qualidade do relatório. Ou seja, não importava muito se você seguia ou não exatamente, ao pé da letra, a Portaria 22, o que a portaria colocava, mas sim se o relatório era bom, se era convincente. O bom aí é até onde eu pude perceber a prática, que era se o relatório convencia que aquilo era uma terra indígena. Se convencesse estava bom” (entrev. 3).

Apesar de atualmente o tempo de permanência médio do GT em campo ser maior

do que na década de 1980, o interlocutor 1 não acredita que esse seja o grande diferencial

entre os dois períodos, pois a visão política é que é apontada como o grande diferencial. Ele

afirma que antes da Constituição Federal de 1988, não se buscava a sustentabilidade

cultural, mas tão somente a sustentabilidade física, o que daria condições de se identificar

uma terra indígena em um tempo muito menor do que hoje em dia.

Peter Schöeder26 critica a idéia de que a identificação e a delimitação sejam

normalmente definidas como tarefas meramente técnicas - pelo menos na documentação

oficial, decretos, manuais, etc, afirma ele -, pois há uma série de demandas explícitas e 26 V RAM, Florianópolis, 01/12/2003.

Page 56: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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implícitas que enumera: a capacidade de diálogo, de criar transparência no processo, de

criar clima de participação junto à população indígena - sendo que estas demandas não

podem ser definidas como “técnicas”. Na avaliação que faz do trabalho de identificação que

realizou entre os índios Fulniô, Schöeder foi otimista: “eu acho esse trabalho extremamente

fascinante, apesar do cansaço pelas facções e das tensões”.

Em relação a esta questão, Barreto Filho buscou destacar em artigo no qual analisa a

consolidação de uma interpretação específica do dispositivo constitucional sobre as “terras

tradicionalmente ocupadas pelos índios”, expressa no Decreto 1.775/96, na Portaria 14 e

em despachos de dezembro de 1996 e março e abril de 1997 do então Ministro da Justiça

Nelson Jobim sobre seis TIs,

que a ênfase acentuada na dimensão técnica do estudo de identificação caminha pari passu à transferência e concentração de poder para as mãos do Ministro da Justiça – e, portanto, do Governo -, ampliando assim as possibilidades deste negociar politicamente as demandas de grupos de interesses não indígenas, ao longo do procedimento administrativo de demarcação (Barreto Filho, 2002a: 17).

O autor chama atenção para o fato de que a Portaria 14 reforça a “tendência a uma

caracterização eminentemente técnica do trabalho de identificação”. Segundo ele,

Esta caracterização e pretensão tecnicista se expressam tanto no alijamento da participação de quaisquer elementos tendentes a dar à identificação um caráter político – donde a restrição à participação mais ativa dos índios -, quanto na epistemologia antropológica subjacente à portaria (...) que deve presidir a organização da forma final do relatório conclusivo (: 11).

Maria Inês Ladeira27 aponta a particularidade da situação dos índios Guarani com

relação à questão da tradicionalidade da ocupação, visto que somente há 15 anos tiveram

início as primeiras identificações de terra para essa sociedade indígena. Para ela, as

delimitações, no caso das aldeias guarani, via de regra têm como condicionante as

ocupações no entorno, que são definidas por um modelo de desenvolvimento e de

conservação ambiental alheio a esses índios, não abrangendo todas as suas áreas de uso. Ela

alerta que isso implica no comprometimento de suas categorias geográficas e ambientais,

27 V RAM, Florianópolis, 01/12/2003.

Page 57: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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devido à exigüidade das áreas que abrigam comunidades Guarani, e na conseqüente

escassez de recursos naturais. Segundo Ladeira,

a gente tem trabalhado o conceito de ocupação tradicional, o modo como eles ocupam a terra em que eles estão agora, do seu fazer, do seu produzir, e também a dinâmica de ocupação territorial como um todo, como sendo um modo tradicional e que aí então teria que ter esse reconhecimento de uma dinâmica própria do grupo. Ladeira chama a atenção para o conceito de ocupação tradicional, que seria “uma

categoria que define uma condição, que legitima um direito”.

Barreto Filho lembra que o conceito de “terras tradicionalmente ocupadas pelos

índios” foi uma maneira encontrada para conciliar pontos de vista antagônicos em relação

aos direitos indígenas quando da “discussão do capítulo dos índios, da “Ordem Social”, ao

longo da Assembléia Nacional Constituinte” em 1988. Segundo ele,

Num determinado momento, entre as posições polarizadas de “terras [simplesmente] ocupadas” pelos índios, que era a proposta pró-indígena, e “terras permanentemente ocupadas”, que era a proposição anti-indígena e que excluiria parcela significativa dos povos indígenas do tratamento diferenciado previsto no dispositivo constitucional, passou a solução conciliatória “tradicionalmente” (Barreto Filho, 2002a: 03).

Percebe-se uma variedade de concepções dos antropólogos com experiência na

coordenação de GTs de identificação de TIs em relação ao trabalho realizado, devido à

especificidade de cada uma das situações encontradas em campo, interesses pessoais e

acadêmicos, experiência prévia com a sociedade indígena, dentre inúmeros outros fatores.

O número crescente de GTs constituídos ao longo do período 1988-2003 e a qualificação

maior dos antropólogos coordenadores indica uma complexificação do quadro analisado.

No capítulo a seguir, irei confrontar os dados obtidos e explorados no presente

capítulo com a análise de seis exemplares de relatórios produzidos nos três sub-períodos

que focalizo: 1988-1990, 1991-1995, 1996-2003.

Page 58: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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Capítulo 3 - Os relatórios de identificação e delimitação da FUNAI no período 1988-

2003

No presente capítulo analiso seis relatórios produzidos entre 1988 e 2003, sendo

dois do período 1988–1990, três do período 1991–1995 e um do período 1996–2003. A

análise destes relatórios remete à sua relação com o quadro analítico apresentado por

Oliveira e Almeida, e Lima no Capítulo 1 e permite qualificar os dados apresentados no

capítulo 2, obtidos através de entrevistas, observação participante e pesquisa documental

nos arquivos da FUNAI. Dessa forma, os relatórios selecionados apresentam uma estrutura

discursiva diferente da analisada pelos referidos autores, especialmente a partir de 1991, de

forma que não poderia afirmar, como fez Lima, que tal escolha decorre do fato de que “os

exemplares dos relatórios aqui analisados foram selecionados por serem integrantes de um

gênero, e dele especialmente reveladores” (1998: 235), pois as diferenças entre o primeiro

período e os dois períodos posteriores são expressivas. Poderia mesmo dizer que os

relatórios analisados do primeiro período não diferem daqueles analisados por Lima no

período “após 1980” – até 1988 -, enquanto um outro gênero de relatório passa a se

consolidar a partir de 1991.

A partir dos dados das portarias de constituição de GTs, estabeleci alguns critérios

para a seleção dos relatórios a serem analisados. Diferentemente da forma que procedeu

Lima, os autores dos relatórios analisados não foram responsáveis pela identificação de

mais de sete TIs, pois no período aqui analisado ocorreu uma diversificação das pessoas

responsáveis pelas identificações. Por sua vez, a crescente complexificação dos dados

apresentados nos relatórios implica em uma demanda de tempo e trabalho que inviabiliza a

realização de diversas identificações no espaço de um ou dois anos pelo mesmo

antropólogo, por exemplo, tendo em vista que o tempo médio de elaboração dos relatórios

na década de 1990 é superior aquele da década de 1980 e precedente. Procurei uma

proporcionalidade entre os relatórios produzidos por antropólogos do quadro da FUNAI e

aqueles de outras instituições. Emergiu uma lista com quinze GTs constituídos entre 1988 a

2003, da qual selecionei os seis relatórios analisados, principalmente a partir da

disponibilidade na DOC/DAF dos processos administrativos onde constam os relatórios, os

quais estão assinalados em negrito na listagem a seguir.

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Período 1988 - 1990

• TI Trincheira–Bacajá: GT constituído pela Portaria 1529/88, de 21/12/1988 e

coordenado por Carmen Sylvia Affonso (antropóloga – FUNAI).

• TI Guarani do Canta Galo: GT constituído pela Portaria 027/89, de 11/01/1989

e coordenado por Fernando Dantas (indigenista – FUNAI) .

Período 1991 – 1995

• TI Lagoa dos Brincos: GT constituído pela Portaria 916/91, de 16/08/1991 e

coordenado por Aderval Costa Filho (antropólogo – FUNAI). O relatório foi

escrito pela antropóloga colaboradora do Museu Nacional, Neila Soares da

Silva e assinado em conjunto com o antropólogo-coordenador.

• TI Escondido: GT constituído pela Portaria 1759/1992, de 20/11/92 e coordenado

por Rinaldo Arruda (antropólogo, PUC/SP).

• TI Cuiu-Cuiu: GT constituído pela Portaria 1764/1992, de 26/11/1999, com

coordenação de Luciene Moraes de Oliveira (socióloga, FUNAI). Esta Portaria

foi revogada pela Portaria 1792/92, de 26/11/1992, que instituiu GT sob a

coordenação de Jorge Luiz de Paula (antropólogo, FUNAI), responsável pela

elaboração do relatório.

• TI Mundurukú e Kayabi Gleba Sul: GT constituído pela Portaria 1137/93, de

12/11/1993, e coordenado por Patrícia de Mendonça Rodrigues (antropóloga –

UnB).

• TI Cachoeira Seca/Iriri: GT constituído pela Portaria 428/94, de 27/04/1994 e

coordenado por Márnio Teixeira Pinto (antropólogo – UFPR).

• TI Ibirama: GT constituído pela Portaria 493/Pres, de 22/05/1995 e coordenado por

Irani Cunha da Silva (antropólogo – ADR Chapecó/FUNAI).

Page 60: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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Período 1996 – 2003

• TI Kulina do Igarapé Anjo (renomeada Jaminauá/Envira): GT constituído

pela Portaria 390, de 31/05/1996 e coordenado por Antônio Pereira Neto

(antropólogo – FUNAI).

• TI Cuminapanema/Urucuriana: GT constituído pela Portaria 309, de 04/04/1997 e

coordenado por Dominique Tilkin Gallois (antropóloga – USP).

• TI Amanayé: GT constituído pela Portaria 640, de 19/06/1998 e coordenado por

Eneida Correa de Assis (antropóloga – UFPA).

• TI Rio Omerê e Rio Muqui: GT constituído pela Portaria 009, de 13/01/1999 e

coordenado por Luiz Fernando de Souza (antropólogo – FUNAI).

• TI Lauro Sodré: GT constituído pela Portaria 022/Pres, de 18/01/2000 e coordenado

por Regina Maria de Carvalho Erthal (antropóloga), com a participação de Fábio

Vaz Ribeiro de Almeida (antropólogo – assistente técnico).

• TI Cacique Fontoura: GT constituído pela Portaria 594, de 18/07/2001 e

coordenado por André Toral (antropólogo – colaborador).

• TI Aldeia Velha: GT constituído pela Portaria 1.236, de 28/11/2002 e coordenado

por Jorge Luiz de Paula (antropólogo – FUNAI).

A análise desses relatórios, relacionada à da legislação específica e das

características dos estudos de identificação e delimitação apresentadas no Capítulo 2, indica

uma alteração na forma como os relatórios foram construídos, especialmente a partir de

1991, com a edição do Decreto 22. Analisarei a seguir cada um dos seis relatórios:

TI Guarani do Canta Galo

GT constituído pela Portaria 027/89, de 11/01/1989, designa Fernando Antônio de

Carvalho Dantas, indigenista da 1ª SUER - Curitiba - como coordenador e estabelece o

prazo para realização do trabalho de campo de sete dias para o coordenador, cinco dias para

o engenheiro agrônomo e três dias para os demais técnicos, e 30 dias para a entrega do

relatório.

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O relatório é datado de 22 de janeiro de 1989, foi encaminhado pelo coordenador

em 25 de janeiro de 1989 ao superintendente Regional da 1ª SUER, que o encaminhou à

SUAF, em Brasília, em 15 de fevereiro de 1989 e é intitulado “a situação da terra indígena

Guarani do Cantagalo”. É notável a rapidez do procedimento, uma vez que o GT foi

constituído dia 11 de janeiro, onze dias antes da entrega do relatório.

O relatório conta com uma breve apresentação da situação da TI identificada. O

autor enumera os participantes28 da reunião realizada na sede da ANAÍ – RS em Porto

Alegre nos dias 20 e 21 de dezembro de 1988, ou seja, antes da constituição do GT.

Na parte 1, “o grupo indígena”, refere-se a aspectos lingüísticos e etnológicos dos

índios Guarani Mbyá. Na segunda parte, “localização da terra indígena”, Dantas faz uma

descrição pouco clara da localização da TI, pois aponta apenas o município em que se

localiza, a distância da sede do município e a jurisdição da FUNAI a que está relacionada.

Na terceira parte, “a situação atual desta terra indígena e seu enquadramento legal”, aponta

os dispositivos legais que ensejam a identificação da TI: CF, Lei 6.001/73 e Decreto 018/88

da prefeitura Municipal de Viamão29. Na quarta parte, “a reunião – exposição e

discussões”, o autor relata os assuntos discutidos na reunião realizada no dia 21/12/1988 –

antes, portanto, da constituição do GT - em Porto Alegre, que contou com representantes da

FUNAI, da ANAÍ – RS, ABA, MIRAD – RS, prefeitura municipal de Viamão e da

comunidade indígena Guarani do Cantagalo. Na última parte, “recomendações”, Dantas

apresenta as recomendações definidas na reunião de Porto Alegre. A exigüidade das

informações contidas no relatório de Dantas, que possui apenas 08 páginas, seria uma

característica dos relatórios produzidos na década de 1980, segundo um dos entrevistados:

você fazia o relatório, por exemplo, quando era só para dirimir uma dúvida ou outra. Fazia duas folhas, uma coisa, outra. Outros tinham um pouco mais de substância, de conteúdo. A gente ficava mais tempo, para conversar com os índios, mas era tudo no seu próprio critério. Você colocava o que achava importante, ninguém te exigia mais do que isso se não considerasse necessário (entrev. 02).

28 A lista dos participantes da reunião em Porto Alegre foi apresentada no relatório de Dantas: o próprio, representando a FUNAI – 1ª SUER – Curitiba; Hilda Zimmerman, Rodrigo Venzon, Renato Ferreira, Notburga Rosa, Inácio Kunkel, representando a ANAÍ – RS – Associação Nacional de Apoio ao Índio; Silvio Coelho dos Santos, representando a ABA – Associação Brasileira de Antropologia; Venina Santos, representante do MIRAD – RS; Ceci Rocha, representante da Prefeitura municipal de Viamão – RS; e Artur Benites e Augusto da Silva, representando a “comunidade indígena Guarani do Cantagalo”. 29 O Decreto Municipal - de Viamão, RS - nº 18/88, de 06/04/1988, desapropriou uma área de 48 hectares para os índios Guarani.

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Estas considerações remetem-nos à idéia de um saber prático administrativo, que

não tem nada de antropológico, característica marcante dos relatórios produzidos até o final

da década de 1980.

TI Trincheira Bacajá

GT constituído pela Portaria 286/89, de 22/03/1989, designa Carmen Sylvia Soares

Affonso, antropóloga/4ª SUER/FUNAI como coordenadora e estabelece o prazo de 30 dias

para a realização dos trabalhos de campo, mas não estabelece prazo para entrega do

relatório.

O “relatório sobre a identificação e delimitação da área indígena Trincheira-Bacajá”

(31 páginas) foi encaminhado em 16/11/1989 pela antropóloga ao chefe da Divisão

Fundiária da 4ª SUER (Belém). É datado de outubro de 1989 e foi assinado por Nerci

Caetano Ventura (técnico indigenista), Carmen S. S. Affonso (chefe do serviço de estudos e

pesquisas) e Carlos Vianei da Silva (técnico em agropecuária).

Na parte 1, “introdução” (01 página), os autores apresentam a portaria que constitui

o GT com respectivos integrantes, a duração dos trabalhos de campo, que eles chamam de

“missão” - “a missão teve a duração de trinta dias” - e o sobrevôo realizado com o objetivo

“de verificar possíveis ocupações existentes na área reivindicada pelos Xicrin”, além de

levantamento das “benfeitorias existentes no garimpo de propriedade da empresa

PARANAPANEMA S/A” (Ventura, 1989: 01).

Na parte 2, “histórico” (07 páginas), são apresentados dados sobre a separação dos

Xicrin do núcleo original Kayapó a que pertenciam no final do século XVIII e o

deslocamento do grupo pela região do rio Itacaiúnas até se estabelecerem na atual

localização, após o contato com agentes do SPI.

Na parte 3, “aspectos gerais” (04 páginas), procedem os autores à descrição das

aldeias com a respectiva população, disposição das casas, formas de acesso e localização

das aldeias, doenças mais freqüentes, infra-estrutura da FUNAI, fontes de água potável,

existência de pajés, e recursos provenientes do convênio com a Companhia Vale do Rio

Doce (CVRD).

Na parte 4, “aspectos econômicos” (06 páginas), os autores descrevem as principais

atividades produtivas desenvolvidas pelos índios das aldeias Bacajá e Trincheira:

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agricultura, artesanato, caça e pesca, e extrativismo vegetal – castanha do Pará. Apontam

diferenças na “organização das duas comunidades” em virtude do recebimento de recursos

da PARANAPANEMA por parte dos Xicrin da aldeia Bacajá e a influência de não-índios

entre os Xicrin da aldeia Trincheira (: 13).

Na parte 5, “proposta de reserva” (04 páginas), os autores historiam o processo de

regularização fundiária da área pela FUNAI e a contestação por parte dos índios da

demarcação realizada em 1979, o que resultou na realização de novos estudos no mesmo

ano, cuja proposta, no entanto, não foi levada a diante. Outra proposta de limites foi

encaminhada à FUNAI em 1985 pela CVRD. Descrevem a proposta do GT para a TI

Trincheira-Bacajá e os principais argumentos que justificam a delimitação da faixa de terra

situada no extremo oeste, que seriam os seguintes:

“1. Os Xicrin consideram essa região como integrante de seu território; 2. É uma área rica em castanhais, que poderão vir a ser explorados pelos Xicrin; 3. Existem índios arredios ao norte dessa região; 4. Caso o limite fosse fixado mais a leste, ficaria um corredor entre as Áreas Indígenas Assurini, Araweté e Apiterewa e a A.I. Trincheira-Bacajá, o que certamente facilitaria a invasão nas mencionadas áreas por parte de madeireiros, fazendeiros e outros que ali se instalariam; 5. A manutenção dessa região como Área Indígena, devidamente protegida por postos de vigilância, evitará que ali ocorra uma ocupação predatória, como vem ocorrendo em toda a região do Xingu, onde grandes extensões de florestas vem sendo derrubadas devido à implantação de pastagens, ameaçando o equilíbrio ecológico da Amazônia; 6. A construção do Complexo Hidroelétrico do Xingu provocará a inundação de parte das Áreas Indígenas Assurini, Araweté e Apiterewa, o que forçará o deslocamento desses grupos para leste” (Ventura, 1989: 22).

Na parte 6, “levantamento ocupacional da área” (07 páginas), constam informações

sobre os ocupantes não-índios, títulos expedidos incidentes sobre a TI, existência de

garimpos e alvarás para pesquisas minerais expedidos pelo DNPM (Departamento Nacional

de Produção Mineral), pagamentos aos índios efetuados pelos garimpeiros e posteriormente

pela empresa PARANAPANEMA, invasão da TI por madeireiros, existência de pistas de

pouso, e a não realização do levantamento cartorial.

Na última parte, “conclusão” (02 páginas), apresentam os principais pontos

considerados na elaboração da proposta de delimitação e sua justificativa, que são

basicamente os seis pontos apresentados anteriormente.

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TI Lagoa dos Brincos – MT

GT constituído pela Portaria 916/91, de 16/08/1991, designa Aderval Costa Filho,

antropólogo/2ª SUER30/FUNAI como coordenador e Neila Soares da Silva, antropóloga do

Museu Nacional, no caráter de colaboradora e estabelece o prazo de 10 dias para os

trabalhos de campo, a contar do dia 20/08/1991, e 45 dias para a entrega do relatório

conclusivo, mapas e memorial descritivo. O relatório (30 páginas + 09 de “apêndices”) é

assinado por Neila Soares da Silva como autora e Aderval Filho como coordenador do GT,

mas não é datado, não sendo possível determinar quando foi entregue.

Na introdução do relatório (02 páginas), a autora afirma que para fundamentar a

identificação da área irá utilizar as informações obtidas durante o trabalho de campo31 e a

literatura etnográfica sobre os índios Nambiquara. Ela fala brevemente acerca de seu

conhecimento sobre o grupo indígena, inclusive com relação à elaboração de sua

dissertação de mestrado. Note-se que a participação de antropólogos de outras instituições

que não a FUNAI era rara até a década de 1990. Há um crescimento expressivo de

antropólogos nesta situação ao longo da década de 1990, até se tornarem a maioria dos

coordenadores de GTs, conforme foi apresentado no Capítulo precedente.

Na parte seguinte, “apresentação dos Negarotê” (1 página), descreve a população da

TI e sua localização. Na parte 3, “a delimitação do território Negarotê: fronteiras que têm

significação do ponto de vista indígena” (02 páginas), Silva descreve o território de

ocupação dos Negarotê e sua relação com o mesmo.

Em “situação do contato” (13 páginas), a autora relata o histórico dos contatos entre

os Negarotê e não-índios a partir das décadas de 1920 e 1930 e das relações entre aqueles e

outros povos indígenas do norte do Vale do Guaporé e do rio Juruena, no alto da chapada

dos Parecis. Silva trata dos aspectos cosmológicos dos Nambiquara, para quem “o

reconhecimento do território de ocupação, seja por um grupo local, seja por um indivíduo,

passa, antes, pela afirmação de que seus antepassados habitaram esse território. O território

é conectivo, une os seres vivos aos mortos” (Silva, 1991: 09). Ela relata como os locais das

aldeias Negarotê foram abandonados contra a vontade dos índios, sendo instaladas fazendas

nesses locais, e a chegada de agentes da FUNAI a partir de 1971, com o intuito de transferi-

30 2ª Superintendência Executiva Regional - Cuiabá. 31 No entanto, a autora não especifica se o trabalho de campo é aquele relativo à elaboração de sua dissertação de mestrado ou aos trabalhos de identificação e delimitação para a FUNAI.

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los para a Reserva Indígena Nambiquara, criada em 1968. Em 1976, a FUNAI conseguiu

convencer os índios a aceitar a transferência para a Reserva Indígena. Menos de um ano

após serem transferidos, duas famílias Negarotê abandonaram a Reserva.

Silva aponta o aumento das tensões sociais no Vale do Guaporé, oriundo dos fluxos

migratórios para a região e das áreas de colonização particular, especialmente empresas

agropecuárias, de mineração e agroindustriais.

Na parte 5, “assentamento de posseiros em áreas limítrofes do território atual dos

Negarotê” (04 páginas), descreve o relacionamento dos índios com os posseiros assentados

nos limites de seu território, os quais colocam em risco recursos ambientais importantes

para os Negarotê. Segundo ela, os Negarotê são caçadores e coletores, mas a pesca vem

desempenhando uma função cada vez maior na alimentação dos índios, por conta da

escassez crescente da caça, e a cada ano os índios dependem mais da produção de alimentos

cultivados.

Nas partes seguintes, “o uso dos brincos” (01 página), “os brincos nos mitos” (02

páginas) e “o significado dos brincos” (04 páginas), Silva ressalta a importância que os

Negarotê atribuem ao uso de brincos de nácar, por todos as pessoas, desde crianças até os

idosos. Relata alguns mitos e sua relação com a organização social dos índios. Na

explicação sobre o significado dos brincos, a autora associa-o à idéia de pessoa entre os

Nambiquara, que é constituída por três elementos: a existência biológica do indivíduo; o

que chamam de “sombra”, ou imagem, que é também um indivíduo, mas de caráter

espiritual; e o princípio vital, ou alma. A autora aponta que “é através da ornamentação

corporal que os Negarotê se distinguem como ‘índios’ dos brancos com quem convivem e

que os circundam” (Silva, 1991: 28). É interessante notar que ao contrário do que acontecia

até então nos relatórios de identificação, a autora fornece informações sobre metodologia

que permitem contextualizar seu trabalho.

Na última parte, “conclusão: proposta” (01 página), Silva expõe os principais

argumentos para a criação da “área indígena Lagoa dos Brincos”.

No apêndice 1, “notas sobre o trabalho de campo” (03 páginas), Silva relata como

desenvolveu o trabalho de campo junto com o técnico indigenista Marcelo dos Santos. Se

deslocaram até a lagoa dos Brincos juntamente com um grupo de índios, quando ela

procurou “explicar o significado e o alcance do estudo antropológico, ou seja, seu destino

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administrativo e legal” (: 31). Quando retornaram à aldeia, se reuniram com toda a

comunidade. Ela afirma que dedicou os dias seguintes à tradução e à complementação dos

relatos dos adultos mais velhos.

Ela não faz referência ao período em que permaneceu em campo, mas afirma que a

segunda parte dos trabalhos, segundo informações do antropólogo-coordenador do GT, “foi

realizada no período de 24 de agosto a 02 de setembro e constou de trabalhos técnicos

topográficos, cartográficos e antropológico complementares” (: 33). Nos trabalhos de

reconhecimento, contaram com a participação de seis indígenas; e no Posto Indígena

Negarotê, contaram com a participação de dois índios, um como informante e o outro como

tradutor.

No apêndice 2, “notas sobre a ocupação do Vale do Guaporé” (03 páginas), Silva

procura demonstrar o caráter contínuo da ocupação do Vale do Guaporé, desde o século

XVIII pelos Nambiquara, o que já havia sido realizado pelo antropólogo David Price a

partir do estudo da historiografia dedicada ao período da expansão colonial portuguesa. Ela

apresenta diversas referências históricas da presença indígena na região.

No apêndice 3, “algumas notas sobre o processo de alienação das terras indígenas

do Vale do Guaporé” (03 páginas), Silva procura historiar as diversas iniciativas estaduais e

federais que visavam a colonização do Vale do Guaporé, a partir de 1949.

Em anexo (02 páginas), Silva apresenta “informações complementares” sobre a

“ocupação e utilização da área indígena Lagoa dos Brincos pelo grupo indígena Negarotê”.

A rigor, ela apresenta uma listagem com os principais animais caçados, frutos coletados e

que os animais comem com o nome na língua indígena e seu correspondente em português,

que foram fornecidos por Gorducho Negarotê, apresentado como “informante” e com a

indicação de Aderval Costa Filho, “coordenador do GT PP. 916/91”, como “responsável

pela coleta de dados”.

Por fim, apresenta o memorial descritivo de delimitação e o mapa da área

delimitada.

TI Cuiú-Cuiú

O GT foi constituído pela Portaria 1792/92, de 30/11/1992, que revogou a Portaria

1764/92, que havia instituído um GT coordenado por uma socióloga. Ao novo GT foi

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concedido prazo de 15 dias para a realização dos trabalhos de campo e 60 dias para a

apresentação do relatório. O trabalho de campo foi realizado em dezembro de 1992 e o

relatório foi encaminhado à DAF através da C.I. nº 38/DFU/ADR/MAO/FUNAI em

29/07/1993. O relatório de identificação da TI Cuiú-Cuiú foi elaborado pelo antropólogo da

FUNAI Jorge Luiz de Paula.

O relatório tem apenas 14 páginas. Na introdução (02 páginas), o autor apresenta as

principais dificuldades para realização do trabalho: pouco tempo disponível em campo e

impossibilidade de consulta prévia às fontes bibliográficas sobre o grupo. Ele refere-se à

ocupação tradicional dos índios Miranha apenas uma vez, nesta parte do relatório.

Na parte dois, “histórico” (04 páginas), apresenta referências históricas sobre a

sociedade indígena Miranha, desde o final do século XVIII e relatos orais dos próprios

índios sobre a ocupação do rio Japurá e da TI objeto do estudo de identificação e

delimitação, utilizando-se, desse modo, tanto da documentação como da observação direta.

Na parte três, “ocupação e utilização da área pelo grupo” (04 páginas), o autor

aponta a imemorialidade da ocupação do rio Japurá pelos índios Miranha, que se fixaram

no baixo curso do rio desde o início da colonização. Descreve as aldeias existentes e

respectiva população, as atividades produtivas desenvolvidas pelos índios e suas relações

com a sociedade envolvente. Aponta ainda sítios arqueológicos, cemitérios antigos e a

existência de espécies animais e vegetais em risco de extinção como fatores importantes

para justificar “a necessidade de preservação da área” (: 09) É interessante observar como

já era recorrente a referência à questão da variável ambiental como parte integrante do

argumento para a identificação das TIs, o que viria a se consolidar em meados da década de

1990 com a incorporação da participação do “ambientalista” nos GTs de identificação e

delimitação.

A parte quatro é intitulada “proposta de delimitação da área indígena” (03 páginas).

O autor afirma que na elaboração da proposta de delimitação levou em consideração os

dados referentes à memória oral do grupo e dois mapas com propostas de delimitação

apresentados pela “comunidade indígena”. Relata a realização de reuniões em cada aldeia

da TI e uma reunião conjunta, onde a proposta de limites foi apresentada e aprovada pelos

índios. A seguir, apresenta o memorial descritivo da TI. Novamente, observa-se uma

prática – a discussão com os índios dos limites de suas terras – que se consolidou como

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algo obrigatório a partir de 199132. O autor buscava se adequar ao exigido pela legislação

de então.

Na quinta parte, “situação fundiária” (01 página), apresenta brevemente os quatro

ocupantes não-índios e o resultado da pesquisa cartorial.

TI Mundurukú

A Portaria 1137/93, de 12/11/1993, constitui GT com a finalidade de identificar e

delimitar as áreas indígenas Mundurukú e Kayabi Gleba Sul, estabelecendo o prazo de 30

dias para a realização dos trabalhos de campo e 60 dias para a entrega dos relatórios. A

Portaria 551/94, de 06/06/1994, prorroga por 180 dias o prazo para entrega do relatório, o

qual é datado de 15/06/1994, mas foi encaminhado em 20/09/1994 à Sra. Ana Costa, então

chefe do DID. O trabalho de campo junto aos Mundurukú coordenado pela antropóloga

Patrícia de Mendonça Rodrigues foi realizado entre 15 e 29/12/1993. Tratava-se de um

reestudo de uma identificação realizada em 1987 pela antropóloga da FUNAI - lotada em

Belém - Carmen Sylvia Soares Affonso33. Passo, então, às principais particularidades do

relatório elaborado por Patrícia Rodrigues.

A autora apresenta na introdução (p. 01-06) breve cronograma dos trabalhos de

campo (2,5 páginas), onde indica as atividades desenvolvidas em cada dia em campo,

semelhante ao relatório diário de atividades que se deve fazer para o PPTAL no retorno de

campo. A segunda parte, histórica (p. 07-56), é a mais extensa, com 49 páginas, do total de

127 páginas do relatório. É denominada “Registros Históricos da Ocupação Territorial

Mundurukú”, sendo muito bem construída de forma a indicar como se deu a relação dos

índios com seu território de ocupação tradicional.

Nesta parte, a autora apresenta as fontes utilizadas em seu trabalho e referências

sobre os índios e sobre o histórico do contato dos Mundurukú com a sociedade envolvente,

desde 1770 até 1994, ano da elaboração do relatório. Rodrigues relata a dispersão dos 32 O Decreto 22, de 04/02/1991, determinava no parágrafo 3º do artigo 2º que “o grupo indígena envolvido participará do processo em todas as suas fases”, o que foi reforçado pelo item 3 das “disposições finais” da Portaria 239, de 20/03/1991: “os trabalhos de que trata esta Portaria, especialmente os de campo, serão desenvolvidos pelo grupo técnico juntamente com os representantes da comunidade indígena”. 33 Segundo Rodrigues, o motivo para a realização do reestudo da identificação e delimitação da TI foi que “algum tempo depois da identificação [realizada por Affonso em 1987], os Mundurukú passaram a reivindicar uma ampliação da área a sudeste, pois constataram que as cabeceiras do rio Cururu, onde está localizada a maior parte das aldeias, e alguns de seus formadores, haviam ficado fora da interdição” (Rodrigues, 1994: 02).

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índios para o baixo Tapajós, inclusive com documentos registrando a fundação de aldeias

no baixo curso do rio Tapajós em 1797 e 1799.

Na terceira parte, “identificação da TI” (p. 57-78), a autora alia os registros

históricos aos mitos e narrativas dos próprios Mundurukú para confirmar a

“ imemorialidade da ocupação do grupo na região atualmente reivindicada” (Rodrigues,

1994: 57) e apresenta e analisa alguns mitos Mundurukú, onde procura mostrar “a origem

mítica que os Mundurukú atribuem ao território atualmente ocupado” (: 63-64). A autora

relaciona as áreas de ampliação como áreas de grande importância simbólica e cultural, e

fala em “ocupação tradicional” pela primeira vez na página 75, enquanto ela se refere

diversas vezes à “ocupação imemorial”34.

A quarta parte é intitulada “a questão ambiental” (p. 78-85), onde a autora apresenta

principalmente o quadro de degradação ambiental causado pelas atividades ilegais de

garimpagem na TI e as conseqüências para a população indígena, tanto em termos de saúde

e disponibilidade de caça, pesca e coleta, como em termos da pressão sobre a TI e

contaminação dos recursos hídricos.

Na parte cinco, “o trabalho de campo e a delimitação da TI” (p. 86-109), Rodrigues

descreve a preparação para a viagem à área Mundurukú e as razões para se visitar aldeias

consideradas como “centros de decisão política dos Mundurukú” (: 86). Dessa forma,

aponta a autora, “só foi possível chegar a uma definição total da área indígena, somando-se

as várias áreas menores e contíguas que se interpenetram, após ouvir diversos grupos

locais” (: 87). Apresenta ainda as três regiões principais onde foram realizadas reuniões e

entrevistas: rio Cururu, rio Cabitutu e rio das Tropas. A seguir, discorre sobre o trabalho de

campo em cada uma das regiões. No item seguinte, “divergências internas sobre a definição

dos limites”, apresenta como a proposta de limites apresentada pelo GT foi questionada por

alguns grupos locais Mundurukú e por quais motivos. Sua atitude em discutir e mesmo

discordar das colocações de algumas lideranças indígenas seria apontada por um dos

entrevistados como uma exceção, pois

34 Nas seguintes páginas: 03 – introdução; 57 – identificação da TI; 87 – o trabalho de campo; 123 –

conclusão; 124 – definição da TI Mundurukú; e 126.

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A instituição [FUNAI] não consegue ter um diálogo com as comunidades indígenas. Ela não consegue ter um diálogo; diálogo pressupõe às vezes discordância. A Funai ela não consegue discordar da comunidade indígena na proposição de um limite. Discordar. O Xavante chegar lá e falar quero que se demarque a terra, a FUNAI é incapaz de dizer chega, nós não vamos mais demarcar terras pra vocês. Contentem-se com o que vocês tem. Ela não consegue fazer isso. Ou seja, não existe um diálogo interétnico propriamente falando por parte da instituição. Deveria. É o órgão, vamos dizer, do Estado brasileiro encarregado de dialogar com os índios, de lidar com essas sociedades. Não faz sentido que ela seja o órgão que sempre chancele as demandas e as faltas indígenas. Têm limites que devem ser colocados às reivindicações indígenas (entrev. 3).

Na sexta parte, “situação fundiária” (p. 110-120), Rodrigues apresenta uma “síntese

do processo de reconhecimento legal do território Mundurukú pelo governo brasileiro”, ao

longo do século XX – desde a década de 1940 – e o levantamento fundiário – que já havia

sido realizado pelo GT anterior, em 1987 – das denominadas “áreas de ampliação”. No item

“providências para a regularização fundiária da área” aponta a necessidade de retirada

imediata dos garimpeiros e de discussões com o Exército relativas às glebas doadas pelo

INCRA ao Exército, glebas estas totalmente incidentes na TI, e também com o IBAMA

relativas à reserva florestal Mundurucânea, que incide parcialmente sobre a TI.

Na sétima parte, “conclusão” (p. 121-127), apresenta no item (a) os “critérios

utilizados na definição dos limites” e no item (b) aponta a “definição da TI Mundurukú”.

Apresenta e justifica a área identificada pelo GT, inclusive com uma descrição dos limites e

dicas práticas para a demarcação, especialmente no limite entre a TI Mundurukú e a TI

Kayabi, o que remete à questão do saber prático administrativo.

TI Jaminauá/Envira

A TI Kulina do Igarapé do Anjo foi renomeada após a identificação para TI

Jaminauá/Envira, cujo relatório foi elaborado por Antônio Pereira Neto, antropólogo da

ADR Macapá/FUNAI. O GT foi constituído pela Portaria 390/Pres, de 31/05/1996, que

determinou o deslocamento do antropólogo e da ambientalista à sede da FUNAI em

Brasília, o primeiro antes e após o trabalho de campo e a segunda após. Observa-se aqui

uma inovação, com a reunião prévia de alguns membros do GT para proceder ao

planejamento dos trabalhos de identificação.

A Portaria estabelece o prazo de 06 dias para o deslocamento à Brasília e 34 dias

para os trabalhos de campo no estado do Acre, a contar de 10/06/1996 e a entrega do

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relatório no prazo de 35 dias. O relatório é datado de 19/09/1996 e foi encaminhado à DAF

em 20/09/1996. Problemas com emissão de bilhetes aéreos e pagamento de diárias fizeram

com que o início dos trabalhos de campo só ocorresse em 17/06/1996. De fato, o

planejamento das atividades de um GT costuma ser muito diferente do que ocorre na

prática, como esse caso demonstra, o que em alguns caso pode inclusive inviabilizar os

trabalhos de identificação. O planejamento operacional e logístico - que muitas vezes fica a

cargo do antropólogo-coordenador – toma boa parte do tempo deste, o qual poderia ser

utilizado para o levantamento antropológico.

Pereira Neto procura seguir o determinado pela Portaria 14. Na “Introdução” (p. 02-

08), descreve a composição do GT e o histórico da realização do trabalho, desde o

deslocamento à Brasília até o estado do Acre e à TI objeto de estudo. Apresenta uma

espécie de “relatório diário” das atividades desenvolvidas, o que seria instituído pelo

PPTAL como uma prática, visto que para a liberação do pagamento de consultores

externos, o primeiro “produto” a ser apresentado é o relatório diário de atividades. Neste

caso, ele precede o relatório circunstanciado e não necessariamente é incorporado por este.

Na parte 2, “motivos que levaram a FUNAI a criar GT para identificar a TI Igarapé

do Anjo, município de Feijó – AC” (p. 09-16), o autor busca “historiar” a ocupação da

região do igarapé do Anjo pelos índios Kulina, especialmente a partir de 1974, com a

abertura da Fazenda Califórnia no alto curso do rio Envira e relata os procedimentos

administrativos da FUNAI na região. No final da parte 2, após explicar os motivos, o autor

sugere a alteração do nome da área identificada para TI Jaminauá/Envira.

A partir da parte 3 - “caracterização da terra” (p. 17-18) - o autor afirma que irá

seguir o roteiro “sugerido” pela Portaria 14/MJ em seu relatório. É interessante observar

que a interpretação que o autor faz do disposto na Portaria 14 é distinto daqueles que

afirmar que a mesma atuaria como uma espécie de “camisa de força” da produção

intelectual, tendo em vista sua afirmação de que o roteiro é “sugerido” e não “determinado”

como parece ser o caso, pois a referida Portaria visa estabelecer “regras sobre a elaboração

do Relatório circunstanciado de identificação e delimitação de Terras Indígenas”, o qual

deverá abranger necessariamente “dados gerais e específicos” organizados da forma como

dispõe a Portaria 14.

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71

Na parte 4, “caracterização dos povos indígenas” (p. 19-22), o autor faz

considerações sobre a organização social dos índios Kulina e Kampa e sobre suas

denominações, sub-grupos, línguas, etc.

Na parte 5, “distribuição espacial da população indígena e critérios determinantes”

(p. 23-32), Pereira Neto refere-se às duas aldeias dos índios Kulina e da cisão ocorrida,

segundo ele, por razões de ordem política e estratégica, e à aldeia de índios Kampa, com 52

indivíduos. Refere-se ainda à relação entre os Kampa e os Kulina.

Na parte 6, “eventuais migrações” (p. 33-39), Pereira Neto trata das relações sociais,

econômicas e políticas dos Kulina da TI identificada com os agrupamentos Kulina do rio

Envira, do rio Purus, do Peru e do médio Juruá. Aponta as principais causas para as

“grandes migrações Kulina” (Pereira Neto, 1996: 33), as relações dos índios Kampa com

outras aldeias da região e os motivos culturais para sua mobilidade geográfica.

Na parte 7, “censo demográfico” (p. 40-53), o autor enumera a população da TI,

com o nome em português e na língua indígena, apresenta diagramas de parentesco de cada

casa e de cada aldeia, e tece considerações sobre a situação encontrada em campo e

aspectos da organização social e parentesco dos índios Kulina e Kampa.

Na parte 8, “histórico da ocupação da área de acordo com a memória dos grupos

envolvidos” (p. 54-71), busca o autor - através da história oral e relato dos índios -

descrever como se processou a ocupação da região. Fala, na página 62, do retorno dos

índios à “sua área tradicional”. Aponta o fato do rio Jaminauá já ser habitado por outros

índios antes da chegada dos Kulina, o que comprovaria, segundo ele, “a imemorialidade,

ancestralidade e a tradicionalidade da ocupação indígena ali, mesmo antes da chegada do

empreendimento seringalista ao final do século XIX” (: 62). Busca o autor, nesta parte,

caracterizar a ocupação tradicional da TI Jaminauá/Envira “sob a ótica de seus ocupantes

Kulina e Kampa”.

A parte 9, “histórico bibliográfico e documental” (p. 72-138), é a mais extensa de

todas, são 66 páginas, do total de 187. Até a página 86 Pereira Neto apresenta referências

históricas sobre a colonização da Amazônia, desde o século XVI, e sobre as frentes

extrativistas. A partir da página 86 apresenta referências históricas sobre os índios Kulina, a

partir do século XIX. Trata da “presença Kulina no rio Jaminauá” e da “presença Kampa na

região – uma visão geral”.

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72

Fala em “posse tradicional” na página 110 e em “terras tradicionais” na página 111.

Na página 137, afirma que “quanto à TI Jaminauá/Envira, demonstramos também a

tradicionalidade e ancestralidade da ocupação indígena fundamentalmente Kulina” e na

página 138 conclui que “a TI Jaminauá/Envira é portanto a área que estava faltando para

que, finalmente, os povos Kulina e Kampa tenham os seus espaços tradicionais do alto

Envira assegurados e reconhecidos”. No entanto, o autor fala em “terra imemorial

indígena” em diversas passagens: na página 06; na página 16 – “área imemorial indígena”;

página 26 – “é imemorialmente uma terra Kulina”.

Na parte 10, “identificação de possíveis cisões praticadas e/ou previsíveis e dos

critérios causais, temporários e espaciais” (p. 139-149), Pereira Neto apresenta

características culturais e da organização social próprias dos índios Kulina e Kampa para

sua mobilidade geográfica e para as cisões de aldeias, e fatores relacionados ao

esgotamento do uso do solo e de recursos naturais. O autor afirma que “o processo de

definição fundiária que está a ocorrer na região, tornará para os Kulina, cada vez mais

difícil encontrar espaços - que não os seus formalmente reconhecidos - para manter suas

práticas tradicionais de mobilidade” (: 142).

Em relação à ocupação Kampa de um território, esta sempre se processa “de forma

extensiva, em largas faixas, onde cada unidade possa desenvolver suas atividades de forma

independente das demais” (: 145). Mostra como os Kampa foram utilizados pelos

seringalistas para “dar segurança aos seringais” contra “índios brabos”. A mobilidade deste

povo estaria atrelada à busca por trabalho nos seringais e ao deslocamento para visita de

parentes em outras aldeias. Dessa forma, afirma Pereira Neto,

o que ocorre com os Kampa não são cisões e sim migrações, motivadas por situações as mais diversas (...) que podem ser causadas por busca de melhor condição de vida, busca de patrão, busca de segurança, retirada por conflitos internos, busca de assistência, busca de mercado e facilidades de escoamento de produção, etc” (: 148).

Na parte 11, “habitação permanente” (p. 150-156), o autor descreve as aldeias então

existentes na TI identificada, com a respectiva população, casa a casa. Descreve a forma

como as casas são construídas e dispostas nas aldeias, inclusive com ilustrações, e como

são construídos os abrigos temporários, por ocasião das expedições de caça e pesca.

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73

Na parte 12, “atividades produtivas” (p. 157-164), Pereira Neto descreve os roçados

e a forma pela qual o trabalho de preparação do solo para plantio é realizado; a criação de

animais domésticos; a caça; a pesca; coleta de produtos vegetais; o artesanato; e os

produtos de troca dos Kulina e dos Kampa com seus vizinhos não-índios e com os regatões.

Na parte 13, “levantamento fundiário” (p. 165-175), afirma-se que não foi

necessário proceder ao levantamento fundiário, pois não havia ocupantes não-índios dentro

dos limites da TI identificada. Não obstante, Pereira Neto descreve cada um dos não-índios

confrontantes com a TI e suas relações com os índios. Relata o resultado do levantamento

cartorial efetuado, no qual constatou-se que parte da Fazenda Califórnia incide sobre a TI

identificada.

Na parte 14, “delimitação da terra indígena Jaminauá/Envira” (p. 176-182), o autor

apresenta a base cartográfica utilizada pelo GT para a delimitação da referida TI. Relata a

participação das lideranças indígenas que “foram ouvidas pelo GT para que demonstrassem

como queriam suas terras” e transcreve seus depoimentos proferidos nas reuniões com o

GT (: 176). O autor descreve a área a ser delimitada na forma de memorial descritivo de

delimitação.

Na parte 15, “conclusão” (p. 183-187), Pereira Neto resume os principais

argumentos apresentados no relatório, de forma a mostrar “a tradicionalidade e

imemorialidade da ocupação indígena no rio Jaminauá e da necessidade de se resgatar para

o presente e para o futuro de seus habitantes índios aquele espaço” (: 183). Ressalta a

urgência em se regularizar a TI ocupada pelos Kulina e Kampa, cuja situação, segundo ele,

é dramática do ponto de vista da sobrevivência física. Ele aponta que “a demarcação da

Terra Indígena Jaminauá/Envira, será mais uma demonstração de que a sociedade nacional

reconhece seu débito para com os índios daquele alto rio Envira” (: 186).

*******

Cada uma das identificações realizadas, cujos relatórios forma analisados no

presente capítulo, apresenta um percurso bastante particular no chamado “procedimento

administrativo de demarcação”, o que seria uma característica deste tipo de trabalho,

segundo um dos entrevistados:

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74

a minha experiência com relatórios de identificação, propriamente falando, a minha experiência pessoal é essa, ou seja, as identificações têm os desdobramentos mais variáveis possíveis. É isso, ou seja, a instituição ela é muito, vamos dizer assim, a Funai enquanto gerente dos contratos de identificação é muito singular. Você não pode pré-determinar que os processos tenham um andamento padrão porque não tem. Ele é variável (entrev. 3).

Apesar de cada um dos relatórios analisados no presente capítulo possuírem

características particulares, há algumas recorrências que merecem ser exploradas. A

primeira delas refere-se à maneira como os autores apresentam a forma de ocupação

territorial dos grupos indígenas: ora a referência é a imemorialidade da ocupação,

principalmente no primeiro período; ora é a tradicionalidade da ocupação, o que ocorre com

freqüência nos dois períodos subseqüentes. Em nenhum dos relatórios existe referência

apenas a tradicionalidade da ocupação, apesar de ser este o critério determinante para a

identificação e delimitação de uma TI, conforme estabelecido pela CF no caput do artigo

231: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e

tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,

competindo à União demarca-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens” (ênfase

minha). Assim, apesar de decorridos mais de 15 anos da promulgação da CF, o conceito de

terra imemorial indígena permanece como justificativa para a identificação de determinadas

TIs.

É importante destacar que a participação indígena – mesmo que reduzida e limitada

a uma mera “manifestação”, como destaca Barreto Filho (2002a: 11) em relação ao

estabelecido pela Portaria 14/96 – parece crescer em importância como fator para justificar

os limites propostos pelos coordenadores dos GTs, o que não ocorria no período anterior a

1988. Por sua vez, a questão da variável ambiental também ganha relevância crescente,

especialmente após a edição do Decreto 1.775/96 e da implementação do PPTAL, inclusive

com a participação de “ambientalistas” na composição dos GTs de identificação e

delimitação de TIs com financiamento do referido Projeto.

Um aspecto dos relatórios permanece semelhante ao que outros autores35 haviam

apontado para períodos anteriores: a parte histórica dos relatórios é proporcionalmente a

maior delas. De fato, isso se verifica nos seis relatórios analisados, com proporções

variáveis. Lima mostra como o peso do histórico cresce ao longo do período por ele

35 Cf Oliveira e Almeida, 1998: 88-89; Lima, 1998: 245-246.

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75

abordado, “afirmando-se sobretudo a partir de 1980” (1998: 245) o que se consolidou como

algo recorrente nas décadas de 1980 e 1990, apesar do item “referências históricas” não ser

contemplado pelo que a Portaria 14/96 determina como partes necessariamente integrantes

do relatório circunstanciado de identificação e delimitação. Assim, é interessante observar

que, mesmo após 1996, a idéia de consenso histórico ainda é vista pela maioria dos

antropólogos-coordenadores como relevante para a caracterização das TIs, o que é bastante

expressivo. As limitações de tal abordagem é ressaltada por Lima, que afirma que

a etnologia brasileira (ou alguns de seus produtores) tem apontado para os cuidados necessários à utilização dos relatos de cronistas e viajantes para o estudo antropológico (Fernandes, 1975), para a heterogeneidade sociológica dos textos recobertos por tais categorias (Oliveira Filho, 1987b) e sobretudo para as utilizações “mágicas” e mitificadoras de relatos oriundos do passado de forma a suprir ignorâncias do conhecimento presente (Oliveira Filho, 1987c). (Idem Ibidem).

Uma ampliação da amostra de relatórios de identificação e delimitação poderá

ensejar um aprofundamento da análise das características acima apontadas, o que poderá

permitir uma generalização destas características a todo o conjunto de relatórios produzidos

ao longo do período focalizado na presente dissertação.

Page 77: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

76

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise de alguns relatórios de identificação de TIs produzidos no período 1988 –

2003, apesar de representar um pequeno contingente do total de relatórios elaborados,

permitiu apreciar algumas hipóteses aventadas por Oliveira e Almeida, e Lima para um

período anterior, e explorar preliminarmente a agenda de pesquisa proposta por este. A

comparação entre os distintos períodos indica que, ainda que algumas características dos

trabalhos de identificação persistam, muita coisa mudou, conforme já destacado nos

capítulos precedentes.

As principais peculiaridades dos trabalhos de identificação foram pontuadas no

segundo capítulo, que foi construído a partir dos dados obtidos na pesquisa documental das

portarias de constituição de GTs e das entrevistas e depoimentos de antropólogos com

experiência na elaboração e/ou análise de relatórios de identificação.

Dentre as motivações básicas para o exercício analítico desenvolvido na presente

dissertação, aponto duas em particular. A primeira diz respeito à importância dos trabalhos

de identificação de TIs para as sociedades indígenas presentes no território brasileiro, com

implicações diretas sobre sua vida, organização social e subsistência física e cultural, o que

indica a relevância deste tipo de estudo para a antropologia. A segunda motivação refere-se

a meu interesse particular em estudar e refletir sobre um tipo de atividade na qual eu tive a

oportunidade de iniciar minha trajetória profissional como antropólogo e por meio da qual

acompanhei direta e indiretamente uma série de trabalhos de colegas ao longo dos últimos

sete anos, e os resultados e repercussões que vários destes trabalhos tiveram. Desta forma, a

análise aqui desenvolvida difere do modo como autores como Lima, Oliveira e Almeida

abordaram a questão, pois ao contrário destes autores, pude confrontar minha experiência

com trabalhos de identificação de TIs, o acompanhamento de outros trabalhos e do

cotidiano institucional de forma a refletir sobre uma prática específica requerida de

profissionais com formação em antropologia.

Talvez ainda seja cedo para afirmar que um novo período esteja se delineando, mas

atualmente vêm ganhando força algumas articulações de setores da sociedade contrários à

regularização fundiária das TIs tal como vem se processando atualmente. Neste sentido, por

mais nababescos que pareçam, os posicionamentos de figuras como os senadores Mozarildo

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77

Cavalcanti (PPS-RR) e Delcídio Amaral (PT-MS) indicam que certos setores sociais vêm

se unido para combater o procedimento administrativo de regularização fundiária de TIs

atualmente vigente, inclusive com a proposição de um projeto de lei por parte de Cavalcanti

- o PL 003/2004 – e a aprovação de relatório de Amaral na “Comissão Temporária Externa

das Questões Fundiárias” do Senado Federal. Ambas as iniciativas visam alterar

dispositivos dos artigos 231 e 232 da CF.

As notícias veiculadas pelo senador governista Delcídio Amaral no site do Senado

Federal são suficientemente claras do seu posicionamento em relação à demarcação de

terras indígenas:

08/06/2004: Projeto de Delcídio revoluciona demarcação de terras indígenas

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) apresentou ao final do expediente de hoje [08/06/2004], projeto de lei que revoluciona os critérios de demarcação das terras indígenas. O projeto acaba com os poderes quase ditatoriais da FUNAI, cujos funcionários têm a faculdade de decidir sobre áreas a serem demarcadas e as etnias que ocuparão essas áreas. “A FUNAI vem agindo como um estado dentro do Estado. Um simples antropólogo tem mais poderes do que o presidente da República. Suas decisões não podem ser contestadas”, justificou Delcídio Amaral. Pelo projeto, as novas demarcações exigirão a presença de um grupo técnico que deve realizar estudos de natureza etno-histórica, socioeconômica, jurídica, cartográfica, ambiental, etc... O levantamento de uma área passível de ser considerada terra indígena exigirá, por lei, a presença de um antropólogo indicado pelo Ministério da Justiça, ocupante de cargo público efetivo. Atualmente, um grande número dos antropólogos que prestam serviço à FUNAI são (sic) terceirizados. Muitos são funcionários de organismos internacionais, como a Unesco, havendo inclusive antropólogos remunerados via ONGs (Organizações Não Governamentais). Pelo decreto, o antropólogo “oficial” coordenará uma equipe da qual devem participar, obrigatoriamente, funcionários indicados pela Advocacia Geral da União, pelo Ministério da Fazenda, um técnico indicado pelo governo do Estado envolvido e outro indicado pelo Senado Federal. O projeto foi aprovado pela comissão especial do Senado Federal para a questão da demarcação das terras indígenas, presidida pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) e deve ser encaminhado inicialmente à Comissão de Constituição e Justiça. Outra alteração profunda na legislação é a necessidade de que toda demarcação seja submetida à aprovação do Senado. (http//:www.senado.gov.br/web/senador/delcidioamaral/ultimasnoticias/2004/20040608.htm)

A proposta de Amaral visa, dentre outras coisas, retirar do antropólogo a

responsabilidade pela elaboração do relatório, que deverá inclusive ser submetido à

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78

aprovação dos demais integrantes dos GTs que serão: um economista do Ministério da

Fazenda, um advogado da Advocacia Geral da União, um representante do Senado Federal

e outro do estado da federação onde se localize a TI. O antropólogo deverá ser funcionário

público federal, com lotação no Ministério da Justiça. Ora, é notória a escassez destes

profissionais nos quadros do MJ, o que irá obviamente inviabilizar a realização de trabalhos

de identificação de TIs, que é, em última instância, o objetivo do projeto do senador. Essa

proposta é diametralmente oposta às recomendações feitas por Oliveira e Almeida:

A definição final quanto à identificação de uma área indígena não pode continuar a ser feita exclusivamente por técnicos da FUNAI. É imprescindível que o Grupo de Trabalho que conduziu o levantamento de campo venha a incorporar em sua composição pessoas/equipes/instituições que detenham um conhecimento ou experiência significativas sobre esse grupo étnico. Dessa maneira a discussão sobre a definição de uma área indígena poderia mobilizar diversos especialistas (antropólogos, sociólogos, historiadores etc) beneficiando-se das informações e de análises existentes, bem como reunindo e debatendo toda experiência acumulada por diversos indigenistas e missionários que viveram (ou ainda vivem) aquela situação interétnica (Oliveira e Almeida, 1998: 105).

Não é verdadeira, como foi demonstrado no Capítulo 2, a afirmação de que muitos

antropólogos são funcionários de organismos internacionais como a UNESCO, pois a

contratação dos mesmos é efetuada via convênio com a UNESCO, mas não se trata de

antropólogos do quadro de funcionários desta instituição36.

Por sua vez, pelo projeto de Amaral, a FUNAI perderá cada vez mais autonomia

sobre o procedimento administrativo, uma vez que as demarcações de TIs deverão ser

submetidas à aprovação do Senado Federal. Algo semelhante já havia sido relatado por

Oliveira e Almeida para um período anterior, quando o Decreto 88.118, de 23/02/1983,

retirou da FUNAI o “poder de decisão relativo às delimitações e demarcações” (: 104), o

que ficou conhecido como a instituição de um “grupão” com o objetivo de aprovar as

demarcações realizadas pela FUNAI. Um interlocutor aponta que em período anterior a

1983, a autonomia do presidente da FUNAI era bem maior:

36 Conforme já colocado anteriormente, a contratação de pessoal através de organismos internacionais foi uma forma encontrada pelo governo brasileiro para contratar mão de obra sem a necessidade de realização de concurso público, como determina a CF. O número de antropólogos contratados por esta modalidade corresponde apenas a uma pequena fração do número total dos mais diversos profissionais contratados pelo governo federal, que se concentram, sobretudo, nos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente.

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79

Foi uma época [início dos anos 1980] em que o presidente da FUNAI tinha ainda a prerrogativa de declarar Terra Indígena, assinar portaria declarando, mandando demarcar, pra não amontoar. A gente mandava para o presidente [os relatórios de identificação], via malote, ele baixava a portaria aqui e já mandava demarcar. Mudou isso quando na época criaram o grupão, criou-se essa instância de decisão acima da FUNAI. Quando foi o decreto que criou o grupão eu não sei se foi 1983 ou 1984, mas até então a FUNAI tinha todo o poder para declarar a Terra Indígena, para mandar demarcar (entrev. 02).

Barreto Filho propôs que a Portaria 14/96 atuaria como uma atualização do grupão,

só que desta feita sob controle de uma única pessoa, o Ministro da Justiça:

Do ponto de vista político, o que temos é o ressurgimento da “lógica do biombo”, que prevaleceu em outros quadros normativos e administrativos e que gostaríamos de ver para sempre abolida. O papel que uma vez desempenhou o extinto Grupo de Trabalho Interministerial – o “grupão” – instituído pelo Decreto nº 88.118/83 e remodelado pelo Decreto 94.945/87, hoje é desempenhado por apenas uma pessoa, o Ministro de Estado da Justiça. As práticas mesmas são similares às do “grupão” (Barreto Filho, 2002a: 15).

Procurei, na presente dissertação, analisar de que forma e em que medida os

relatórios de identificação e delimitação de TIs sofreram alterações no período

compreendido entre 1988 e 2003.

Inicialmente subdividi, para fins analíticos, o período enfocado em três sub-períodos

em função de três marcos normativos que são analisados separadamente: a Constituição

Federal, de 1988; o Decreto 22, de 1991; e o Decreto 1.775 e a Portaria 14, de 1996. Trato

da minha experiência profissional com os trabalhos de identificação e delimitação, o que

permitiu apontar algumas mudanças entre os trabalhos realizados no período enfocado na

presente dissertação e períodos anteriores para então explanar brevemente o chamado

“procedimento de regularização fundiária de terras indígenas”. Apresento de que forma

procedi ao levantamento documental das portarias de constituição de GTs de identificação e

delimitação e a forma como os dados obtidos foram processados na forma de tabelas, que

se encontram em anexo.

A seguir abordo a identificação de terras indígenas como objeto de investigação

antropológica a partir de três artigos - que analisam diversas instâncias de poder, o

cotidiano da ação administrativa e as estruturas de conhecimento que suportam a prática

indigenista em processos de territorialização -, de forma a comparar a produção dos

relatórios de identificação entre 1988 e 2003 com aquela do período anterior (1968-1985), e

Page 81: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

80

apresentar os contrastes existentes. Aponto a existência de novos fatores, como a

cooperação internacional – via PPTAL, a normatização da produção dos relatórios e uma

maior ênfase na questão ambiental como características distintivas do período em foco.

Posteriormente procedo a análise dos dados produzidos a partir da pesquisa

documental das portarias de constituição de GTs, das entrevistas realizadas com

antropólogos que ocuparam cargos de direção na FUNAI na área fundiária, e de

comunicações apresentadas por pesquisadores em dois congressos científicos, onde aponto

as alterações ocorridas nos estudos de identificação de TIs, especialmente ao longo da

década de 1990.

Por fim, analiso seis relatórios de identificação de TIs produzidos entre 1988 e

2003 de forma a qualificar os dados obtidos através de entrevistas, observação participante

e pesquisa documental e relacioná-los com o quadro analítico apresentado por Lima e

Oliveira e Almeida.

Page 82: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

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Page 86: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

I

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1988

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Mangueirinha - Paraná Ofayé – Xavante

02 LOCALIZAÇÃO

Paraná Município de Bataiporã e Brasilândia, MS

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0005/88, de 07/01/88 0025/88, de 12/01/88

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Homologada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Artur Nobre Mendes (chefe da DID) Deidi Luci da Silva

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Do quadro da Funai - SUAF Antropóloga/2ª SUER (Cuiabá)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias 30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Recursos: DEMAT

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II

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1988

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Karapotó Xukuru/Kariri

02 LOCALIZAÇÃO

São Sebastião, Alagoas Palmeira dos Índios, Alagoas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0411/88, de 11/04/88 0461/88, de 22/04/88

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES(COORD

ENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Maria de Fátima Campelo Brito

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/3ª SUER (Recife) Antropóloga/3ª SUER (Recife)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

05 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

10 dias

15 dias (02 relatórios)

09 OBSERVAÇÕES

- Determina que a equipe técnica da Portaria PP nº 0411, proceda também a identificação da TI

Xukuru/Kariri.

Page 88: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

III

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1988

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Jacaré de São Domingos Cachoeira Seca/Iriri

02 LOCALIZAÇÃO

Município de Baía da Traição, Paraíba Altamira, Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0470/88, de 26/04/88 0584/88, de 24/05/88

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza Tânia Chaves

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/3ª SUER (Recife) Antropóloga/4ª SUER (Belém)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

10 dias

09 OBSERVAÇÕES

- Recursos: DEMAT

Page 89: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

IV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1988

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Apiterewa Rio dos Pardos (Xokléng)

02 LOCALIZAÇÃO

Altamira e São Félix do Xingu, Pará Mun. Matos Costa e Porto União, SC

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0769/88, de 12/07/88 0807/88, de 21/07/88

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Regularizada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Tânia Chaves Fernando Antonio de Carvalho Dantas

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/4ª SUER (Belém) Técnico de indigenismo, DAFI/1ª SUER (Curitiba)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 25 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

20 dias

10 dias

09 OBSERVAÇÕES

Altera o item I da Portaria PP 0720/88, de 28/06/88. (Portaria PP 1323, de 18/10/88 prorroga por + 25 dias o prazo estipulado no item III da PP 720).

Determina ainda que o assistente social da 1ª SUER (Curitiba) acompanhe a equipe técnica pelo período de 05 dias para estabelecer diretrizes para os procedimentos iniciais de assistência da Funai à comunidade indígena. Recursos: DEMAT.

Page 90: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

V

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1988

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Krikati Cachoeira Seca/Iriri

02 LOCALIZAÇÃO

Maranhão Altamira, Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1386/88, de 04/11/1988 1528/88, de 21/12/88

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Demarcada Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Wilma Leitão Marise Batista dos Reis

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga da 4ª SUER (Belém) Socióloga da 4ª SUER (Belém)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

60 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

09 OBSERVAÇÕES

Levantamento topográfico e ocupacional Perícia solicitada por Juiz do Maranhão. Recurso:

Convênio Funai/CVRD

Recursos: DEMAT

Page 91: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

VI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1988

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Trincheira- Bacajá

02 LOCALIZAÇÃO

Mun. Senador José Porfírio, PA

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1529/88, de 21/12/88 (Tornada sem efeito pela Portaria 1128/89 em 22/03/89).

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carmen Sylvia Soares Affonso

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga da 4ª SUER (Belém)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: Convênio CVRD/FUNAI.

Page 92: A Identificação de Terras Indígenas e os Relatórios de ...€¦ · 2 RESUMO Na presente dissertação analiso os relatórios circunstanciados de identificação e delimitação

VII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1989

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Guarani do Canta Galo Atikum

02 LOCALIZAÇÃO

Viamão, RS Floresta, PE

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

027/89, de 11/01/89 217/89, de 14/03/89

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Regularizada (27/08/1996)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Fernando Antônio de Carvalho Dantas Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza (Substituída por Ivson José Ferreira –

Antropólogo 3ª SUER (Recife)

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Indigenista/1ª SUER (Curitiba) Antropóloga/3ª SUER (Recife)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

Coordenador do GT: 07 dias Eng. Agrônomo: 05 dias

Agrimensor e Técnicos a serem designados: 03 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

15 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Alterada pela Portaria PP 600/89, de 05/07/89. Recursos: DEMAT.

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VIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1989

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Xucuru Trincheira – Bacajá

02 LOCALIZAÇÃO

Pesqueira, PE Mun. Senador José Porfírio, PA

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

218, de 14/03/89 286/89, de 22/03/89

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Regularizada (01/09/1998)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza Carmem Sylvia Soares Affonso

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/3ª SUER (Recife) Antropóloga/4ª SUER (Belém)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Recursos: Convênio CVRD/FUNAI: * Torna sem efeito as PP nº 1529/88,025 e 070/89, por

conterem designações incorretas.

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IX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1990

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Uru-Eu-Wau-Wau Menkragnoti

02 LOCALIZAÇÃO

Rondônia Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

231/Pres, de 07/03/1990 162/Pres, de 16/02/1990

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (14/09/1988) Regularizada (05/07/1994)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

José Augusto Mafra dos Santos Carmen Sylvia Soares Affonso

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Assessor III, lotado na 2ª Suer (Cuiabá) Antropóloga, 4ª Suer (Belém)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

60 dias

60 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Recursos: DEMAT

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X

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1991

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Igarapé Capana Kaxarari

02 LOCALIZAÇÃO

Boca do Acre, AM Lábrea, AM e Porto Velho, RO

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

331/91, de 19/04/1991 332/91, de 19/04/1991

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (22/11/2002) Regularizada (20/09/1999)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Isa Maria Pacheco Rogedo Isa Maria Pacheco Rogedo

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/SUAF/FUNAI Antropóloga/SUAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias (a partir de 09/05/91)

10 dias (a partir de 29/04/91)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: SEMAM/PR Recursos: SEMAM/PR

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XI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1991

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Brejo do Burgo (Pankararé) Yanomami

02 LOCALIZAÇÃO

Glória, BA. Amazonas, Roraima.

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

515/91, de 24/05/1991 517/91, de 29/05/1991

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (15/10/2002) Regularizada (11/08/1993)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Célio Horst Edson Soares Diniz

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/SUAF/FUNAI Antropólogo/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

10 dias

90 dias (a contar da publicação no DOU)

09 OBSERVAÇÕES

Acolhe a indicação de 03 lideranças indígenas que deverão participar do processo de

identificação (01 cacique e 02 conselheiros)

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XII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1991

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Ofayé - Xavante Awá (Guajá)

02 LOCALIZAÇÃO

Brasilândia, MS Carutapera, Bom Jardim e Zé Doca, MA

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

661/91, de 21/06/91 881/91, de 08/08/91

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Otília Maria Correa da Escócia Nogueira Maria Auxiliadora Cruz de Sá Leão

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga APL/Funai Antropóloga/Ass. Pres.

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

12 dias

08 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Participação de 03 lideranças indígenas.

Recursos: DEMAT. Participação de: Ana Maria Carvalho

Ribeiro Lange – Antropóloga Semam/PR e Mércio Pereira Gomes - Antropólogo/CVRD

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XIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1991

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Lagoa dos Brincos Geralda Toco Preto

02 LOCALIZAÇÃO

Comodoro, MT Grajaú, MA

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

916/91, de 16/08/1991 1031/91, de 06/09/1991

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (13/03/1996) Regularizada (12/12/1996)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Aderval Costa Filho Tânia Maria Nunes de Araújo de Alencar

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo (2ª SUER/Cuiabá) Pesquisadora da 4ª SUER (Belém)

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

10 dias (p/conclusão dos trabalhos)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

45 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. Participação no caráter de colaboradora da Antropóloga do Museu

Nacional, Neila Soares da Silva.

Estudos objetivam a adequação dos limites da TI.

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XIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1991

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Arara – Beiradão (Arara do Rio Branco) Água Preta/Inari, Ciriquiqui e Paumari do Rio Ituxi

02 LOCALIZAÇÃO

Aripuanã, MT Pauini e Lábrea, AM

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1.046, de 13/09/91 1192/91, 25/10/91

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (26/02/1998) Regularizada (17/07/2000), TI retirada da listagem da Funai por falta de informações,

Regularizada (07/04/1999) 05 RESPONSÁVEL

PELA DEFINIÇÃO DE LIMITES

(COORDENADOR)

Sheila Maria Guimarães Sá Silvia Regina Brogiolo Tafuri

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Pesquisadora, Museu do Índio Antropóloga/SUAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

45 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Estudos de adequação de limites. Recursos: DEMAT. Convidados como colaboradores: irmã Catarina Lourdes Cristh (CIMI) e o antropólogo João dal Poz Neto. Portaria nº 877/92, de 30/06/92 muda a denominação para Arara do Rio Branco.

Convidado como colaboradors: Francisco Avelino Batista Apurinã – UNI/Acre. Estudo de adequação de limites.

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XV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1991

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Maxacali, Aldeias Pradinho e Água Boa

02 LOCALIZAÇÃO

Bertópolis, MG

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1265/91, 14/11/91

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (27/12/1996)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Elizabeth Brea Monteiro

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga, Museu do Índio

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

06 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Estudos de adequação de limites – convidados como colaboradores: Maria Hilda Barqueiro Paraíso – Professora do Dep. Antropologia da UFBA e Márcia Angelina Alves - Arqueóloga do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.

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XVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1992

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Suiá – Missú (Maraiwatsede) Raposa Serra do Sol

02 LOCALIZAÇÃO

São Félix do Araguaia, MT Roraima

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

09/92, de 20/01/1992 1141/92, de 06/08/1992

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (08/09/1999) Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Patrícia de Mendonça Rodrigues (coord.) Iara Ferraz (Antr. CTI)

Maria Guiomar de Melo

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/DID/SUAF/FUNAI Antropóloga/DID/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

30 dias + 26 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT 06 integrantes do conselho indígena de Roraima (CIR) + 04 pessoas integram o GT.

Portaria 1375/92, de 08/09/92 inclui 17 pessoas no GT, inclusive 07 lideranças indígenas.

Portaria 1707/92, de 18/11/92, prorroga por 26 dias os trabalhos de campo.

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XVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1992

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Aruanã (Karajá de Aruanã) Kambiwá

02 LOCALIZAÇÃO

Goiás Pernambuco

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1251/92, de 24/08/92 1284/92, de 25/08/92

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada Regularizada (18/02/2002)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eliana Maria Granado Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Socióloga/ADR Goiânia/Funai Antropóloga/ADR Recife/Funai

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

04 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias a contar da assinatura/até 30/10/1992

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Manoel Ferreira Lima Filho, Antropólogo do IGPA/UCG. Portaria 1547/92,

de 07/10/92, prorroga o prazo p/entrega dos relatórios até o dia 30/10/92. Portaria 290/93, de

01/04/93 complementa os trabalhos.

Participação de Pedro Joaquim da Silva e Pedro Porfírio da Silva, líderes indígenas Kambiwá e de Wallase de Deus Barbosa,

Antropólogo do Museu Nacional/RJ. Portaria 1512/92, de 30/09/92, inclui o

levantamento fundiário da A.I. Pankararu, Município de Tacaratu e Petrolândia, PE (02

dias de campo).

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XVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1992

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Geripancó (Jeripancó) Tremembé (Tremembé de Almofala)

02 LOCALIZAÇÃO

Alagoas Ceará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1285, de 25/08/92 1366/92, de 04/09/92

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Jussara Vieira Gomes

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/ADR Recife/Funai Antropóloga/Museu do Índio/Funai

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Genésio Miranda da Silva e André Francisco do Nascimento, líderes

indígenas Geripancó. Portaria 1334/92, de 01/09/92, inclui Nuzi de Mendonça, representante da UFAL. Portaria

1402, de 16/09/92 inclui o levantamento fundiário da AI Pankararu, Município de

Surubim, PE (02 dias de campo).

Participação de José Martins da Silva, representante da Arquidiocese de

Fortaleza/CE.

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XIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1992

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Massaco (isolados) Pinhal (Toldo Pinhal - SC) e Laranjinha (PR)

02 LOCALIZAÇÃO

Rondônia SC e PR

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1374/92, de 08/09/92 1634/92, de 30/10/92

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (15/09/1999) Regularizada (17/10/2002) – TI em revisão de limites – delimitada; Regularizada

(13/07/1998) – terra em revisão de limites 05 RESPONSÁVEL

PELA DEFINIÇÃO DE LIMITES

(COORDENADOR)

Lara Santos de Amorim Wagner Antonio de Oliveira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/DPI/CODEMA/FUNAI Antropólogo/DID/DAF/FU NAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

15 dias + 05 dias + 20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT composto pela antropóloga e por Antenor A.A.Vaz, chefe da frente de contato Guaporé.

Portaria 1706/92, de 18/11/92, prorroga por 05 dias os trabalhos do GT. Portaria 1812/92, de 03/12/92, prorroga por 20 dias a execução das atividades.

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XX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1992

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Tereza Cristina Munduruku

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1708/92, de 18/11/92 1758/92, de 20/11/92

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, TI em revisão de limites - a identificar

Homologada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Neila Soares Carmen Sylvia Soares Affonso

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/ADR Cuiabá/FUNAI Antropóloga/ADR Belém/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

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XXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1992

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Escondido Cuiu – Cuiu

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1759/92, de 20/11/92 1764/92, de 26/11/92 (revogada pela Portaria 1792, de 30/11/1992)

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (21/07/1999) Regularizada (25/03/2004)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Rinaldo Arruda (Luciene Moraes de Oliveira) Jorge Luiz de Paula

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/PUC - SP (Socióloga/DID/DAF/FUNAI) Antropólogo, ADR Manuaus, coordenador

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

(20 dias) 15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

O GT foi constituído pela Portaria 1792/92, de 30/11/1992, que revogou a Portaria 1764/92, que havia instituído um

GT coordenado por uma socióloga. Ao novo GT foi concedido prazo de 15 dias para a realização dos trabalhos

de campo e 60 dias para a apresentação do relatório. O trabalho de campo foi realizado em dezembro de 1992 e o

relatório foi encaminhado à DAF através da C.I. nº 38/DFU/ADR/MAO/FUNAI em 29/07/1993.

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XXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Ciriquiqui Umariaçu (Tukuna Umariaçu)

02 LOCALIZAÇÃO

Lábrea, Amazonas Tabatinga, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0043/93, de 14/01/93 262/93, de 29/03/1993

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

TI retirada da listagem da Funai por falta de informações.

Regularizada (09/02/2001)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Wagner Antonio de Oliveira Silvia Regina Brogiolo Tafuri

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/DID/DAF/FUNAI Antropóloga/CDA/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

08 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

20 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: Convênio FUNAI/IBAMA nº 143/92. Estudos de adequação de limites.

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XXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Karajá de Aruanã I Estação Rondon (Paresi)

02 LOCALIZAÇÃO

Aruanã, Goiás Diamantino, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

290/93, de 01/04/93 308/93, de 06/04/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (09/08/2001) Regularizada (18/05/1987)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Manoel Ferreira Lima Filho Luciene Moraes de Oliveira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/IGPA/UCG Socióloga/DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

02 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Complementa os trabalhos determinados pela Portaria 1251/92, de 24/08/92.

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XXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Umariaçu (Tukuna Umariaçu) e Lauro Sodré Karajá de Aruanã e Cocalin

02 LOCALIZAÇÃO

Tabatinga e Benjamin Constant, Amazonas Aruanã, Goiás e Cocalinho, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0537/93, de 06/07/93 0724/93, de 11/08/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (09/02/2001), Demarcada Regularizada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Noraldino Vieira Cruvinel Noraldino Vieira Cruvinel

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo, DID/DAF/FUNAI Antropólogo/FUNAI –BSB

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

45 dias + 60 dias

30 dias + 30 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT tem como finalidade complementar os estudos de identificação e delimitação. Portaria

897/93, de 20/09/93, prorroga por 60 dias o prazo para entrega do relatório.

Complementa os estudos de identificação e limitação determinados pelas portarias

1251/92, de 24/08/92 e 290/93, de 01/04/93. Portaria 1009/93, de 08/10/93, prorroga por 30

dias o prazo p/entrega do relatório.

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XXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Ventarra e Monte Caseiros Votouro e Votouro Guarani (Guarani Votouro)

02 LOCALIZAÇÃO

Getulio Vargas, RS/Caseiros e Lagoa Vermelha, RS

São Valentim, RS

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0742/93, de 16/08/93 969/93, de 30/09/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada – TI em revisão de limites, Regularizada (02/07/1999)

Regularizada (04/06/2002), Regularizada (15/01/2001)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Helen da Costa Pimenta Guimarães Wagner Antônio de Oliveira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/DID/DEM/FUNAI Antropólogo/DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

25 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Lígia Terezinha Lopes Simonian, pesquisadora do IEA.

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XXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Ilha das Peças, Superagui, Farol, Guaraqueçaba e Rio Areia/Mbiguaçu e Morro dos Cavalos

Urubu Branco

02 LOCALIZAÇÃO

PR e SC Confresa, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0973/93, de 01/10/93 1013/93, de 11/10/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada (Morro dos Cavalos) Regularizada (22/11/1999)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Wagner Antonio de Oliveira André Toral

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/DID/DAF/FUNAI Antropólogo/USP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

60 dias (a contar do início do trabalho de

campo). 09 OBSERVAÇÕES

Participação de Rodrigo Roberto Outeiro de Azevedo Lima, comunicólogo do Centro Visão e

Imagem Indígena (CVII).

Recursos: PRODEAGRO.

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XXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Guarani Barra do Ouro, Três Forquilhas, Canta Galo e Capivari

Guarani do Bracuí, Guarani do Aguapeú. Parati- Mirim e Aldeia Araponga (Patrimônio)

(Guarani Araponga). 02 LOCALIZAÇÃO

RS RJ e SP

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1083/93, de 22/10/93 1095/93,de 27/10/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada (Cantagalo), Regularizada – Capivari (08/01/2003)

Regularizada (01/09/1997), Regularizada (10/11/1998), Regularizada (16/04/1996),

Regularizada (16/04/1996) 05 RESPONSÁVEL

PELA DEFINIÇÃO DE LIMITES

(COORDENADOR)

Arilza Nazareth de Almeida Celso Lourenço Moreira Corrêa

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/Museu do Índio Antropólogo/DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias (a contar do início do trabalho de campo).

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Kátia Vietta, Antropóloga convidada do projeto M’bya Guarani.

Finalidade de complementar os trabalhos de identificação e delimitação.

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XXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Maraitá, Rio Içá e Rio Jandiatuba (Nova Esperança do rio Jandiatuba)

Pacheca, Taia, Tapes, Irapuã e Salto Grande do Jacuí

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas RS

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1133/93, de 11/11/1993 1136/93, de 12/11/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada, não existem informações sobre esta TI, Demarcada

Regularizada (15/01/2001), não existem informações sobre esta TI, não existem

informações sobre esta TI, A Identificar, Regularizada (20/11/2002)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

João Pacheco de Oliveira Filho Carlos Augusto da R. Freire

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo, Museu Nacional Antropólogo/Museu do Índio/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias (a contar do início do trabalho de campo).

60 dias (a contar do início do trabalho de

campo). 09 OBSERVAÇÕES

Participação de Adércio Custódio Manoel, representante do Conselho Geral da Tribo Ticuna e Fábio Vaz Ribeiro de Almeida,

Antropólogo/Museu Nacional.

Participação de Ionácio Kunkec, antropólogo convidado do projeto M’ bya Guarani.

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XXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Munduruku e Kayabi Gleba Sul Kulina do Akurawa, Timbaúba, Praia do Carapanã, Nukini do Recreio I e Riozinho da

Liberdade. 02 LOCALIZAÇÃO

Pará Acre e Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1137/93, de 12/11/93 1204/93, de 25/11/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, Declarada Regularizada (12/05/1997) – Nukini – TI em revisão de limites

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Patrícia de Mendonça Rodrigues Terri Valle de Aquino

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/Universidade de Brasília Antropólogo/ADR Rio Branco/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

90 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias (a contar do início do trabalho de campo).

90 dias (a contar do início do trabalho de campo).

09 OBSERVAÇÕES

Participação de 02 agentes da Polícia Federal. Portaria 1183/93, de 23/11/95 inclui o chefe do

posto indígena Kayabi, Francisco José B. Moraes.

Participação de Marcelo Piedrafita Iglesias, antropólogo convidado.

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XXX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1993

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Médio Rio Negro

02 LOCALIZAÇÃO

São Gabriel da Cachoeira/AM

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1247/93, de 16/12/93

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (2000)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ana Gita de Oliveira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/Pesquisadora da FLACSO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

29 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Márcio Meira, antropólogo do Museu Goeldi, Jorge Pozzobon, antropólogo

convidado e Braz de Oliveira França, presidente da FOIRN.

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XXXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1994

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cachoeira Seca/Iriri Apinayé

02 LOCALIZAÇÃO

Pará Tocantins

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

428/Pres, de 27/04/1994 429/Pres, de 27/04/1994

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Regularizada (27/06/1989)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Márnio Texeira Pinto Adolfo Neves de Oliveira Júnior

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/UFPR Antropólogo/Ministério Público da União

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

50 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

60 dias a contar do término dos trabalhos de campo.

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. OBS: A TI já havia sido declarada de posse

permanente pela portaria 026/MJ, de 22/01/93. Existia o levantamento fundiário e faltavam os

estudos antropológicos conclusivos.

Participação de Maria Elisa Ladeira, antropóloga convidada do Centro de Trabalho Indigenista – CTI. Reestudo da identificação.

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XXXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1994

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Tupã – Supé, Igarapé Grande, Cuiu – Cuiu, Kumaru do Lago Ualá e Porto Praia

Karipuna e Massaco

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Rondônia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0745/94- Pres, de 18/08/94 820/94- Pres de 14/09/1994

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, Homologada, Regularizada (25/03/2004), Demarcada, Homologada

Regularizada (24/06/1999), Regularizada (15/09/1999)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Priscila Faulhaber Barbosa Denise Maldi

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/Museu Paraense Emílio Goeldi Antropóloga/UFMT

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

35 dias

20 dias + 20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

30 dias + 10 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Peter Jorna, antropólogo convidado.

Participação de Maria Inês Saldanha Hargreaves, indigenista convidada. Portaria nº

012/Pres, de 11/01/1995 nomeia GT para realizar o levantamento fundiário/ambiental

com vistas a conclusão definitiva da identificação das TIS Karipuna e Massaco. GT coordenado por Denise Maldi com prazo de 20 dias p/execução dos trabalhos de campo e 10

dias p/ entrega do relatório.

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XXXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1994

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Panará Itaoca

02 LOCALIZAÇÃO

Guarantã do Norte, Mato Grosso Mongaguá, São Paulo

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0834/94 –Pres, de 19/09/94 0912, de 13/10/1994

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (09/09/2002) Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ana Gita de Oliveira Wagner Antonio de Oliveira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga/DID/DAF/FUNAI Antropólogo/DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias + 06 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de Aké Panará, liderança Panará. Portaria 0910/PRES/94, de 11/10/1994, prorroga

por 06 dias o prazo do trabalho de campo.

Participação de André Luís Abrahão, fotógrafo convidado da Documentação

Indigenista e Ambiental (DIA).

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XXXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1994

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Avá – Canoeiro

02 LOCALIZAÇÃO

Minaçu e Colinas do Sul, Goiás

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0784/Pres, de 31/08/94

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Noraldino Vieira Cruvinel

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo/FUNAI/BSB

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

20 dias

09 OBSERVAÇÕES

Portaria visa promover os estudos complementares da área indígena. O único

designado é o antropólogo.

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XXXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Vale do Javari e Lameirão Ventarra e Monte Caseros

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Rio Grande do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0174/PRES, de 10/03/1995 352/PRES, de 18/04/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (31/07/2002), A identificar Homologada, Regularizada (02/07/1999)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Walter Alves Coutinho Junior José Octávio Catafesto de Souza

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-DID/DAF/FUNAI Antropólogo-Ministério da Cultura/12º CR/IPHAN

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

90 dias + 30 dias + 25 dias

12 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias + 90 dias

25 dias

09 OBSERVAÇÕES

Portaria 158/Pres, de 09/04/1996 constitui grupo técnico com a finalidade de complementar os trabalhos determinados pela portaria 0174,

para revisão e atualização dos dados referentes à terra indígena (+ 30 dias de campo e 90 para

entrega do relatório). Portaria 275, de 08/05/1996, prorroga por 25 dias, a partir de

15/05/1996, o prazo para a execução dos trabalhos de campo.

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XXXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Mata Medonha Guató

02 LOCALIZAÇÃO

Santa Cruz Cabrália, Bahia Corumbá, Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

059/PRES, de 31/01/1995 403/PRES/95, de 05/05/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (29/08/1997) Regularizada (12/03/2004)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alberto Montes Peres Noraldino Vieira Cruvinel

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Pesquisador-Museu do Índio/FUNAI Antropólogo-FUNAI/BsB

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

05 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

20 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Adequação dos limites da Terra Indígena Mata Medonha (participação única do pesquisador). Portaria 130/PRES, de 21/02/1995 determina a substituição de Carlos Peres pelo servidor José

Carlos Levinho, antropólogo-Museu do Índio/RJ.

Participação do major Fredmar da Silva Torres, MEX-Comando Militar do Oeste e de Severo Ferreira e Alfredo Assunção, índios

Guató.

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XXXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Xukuru/Kariri Xukuru/Kariri

02 LOCALIZAÇÃO

Palmeira dos Índios, Alagoas. Palmeira dos Índios, Alagoas.

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

412/PRES, de 05/05/1995. 553/PRES, de 05/06/1995.

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Silvia Aguiar C. Martins. Adolfo Neves de Oliveira Junior.

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga da Universidade Federal de Alagoas.

Antropólogo-Procuradoria Geral da República

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Pesquisa preliminar junto às famílias Xukuru/Kariri com vistas aos trabalhos de

reestudo da identificação e delimitação da terra indígena.

Designa Adolfo Neves como coordenador e Silvia Martins para proceder às pesquisas

preliminares junto às famílias Xukuru/Kariri.

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XXXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Itaóca Deni do Rio Xeruã

02 LOCALIZAÇÃO

Mongaguá, São Paulo. Itamarati, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0571/PRES/95, de 07/06/1995 606/PRES/95, de 16/06/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Débora Stucchi Eduardo Vieira Barnes

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Da Procuradoria Geral da República em SP. Antropólogo-Núcleo de Pesquisas Etnológicas Comparadas (NUPEC) da UnB.

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

04 dias

23 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Portaria tem como objetivo proceder pesquisas preliminares junto ao grupo indígena Guarani, com

vistas ao levantamento de dados antropológicos preliminares a identificação dessa terra.

Participação de Maria Inês Ladeira, do Centro de Trabalho Indigenista. Portaria 959/PRES, de

01/09/1995 designa Magali Aparecida dos Santos, geógrafa convidada para realizar estudos

topográficos em complementação aos estudos antropológicos (11 dias em campo).

Primeira etapa dos estudos complementares junto ao grupo indígena Deni do rio Xeruã

com vista a levantamento de dados antropológicos para identificação da TI Deni. O relatório não foi entregue pois o contrato de

trabalho com o antropólogo foi anulado.

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XXXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Bacurizinho Nonoai

02 LOCALIZAÇÃO

Grajaú, Maranhão. Nonoai, Rio Grande do Sul.

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

757/PRES/95, de 17/07/1995 760/PRES/95, de 17/07/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (29/02/1984) – TI em revisão de limites

Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Wagner Antônio de Oliveira Ligia Terezinha Lopes Simonian

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-DID/DAF/FUNAI Antropóloga.

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

10 dias

15 dias

09 OBSERVAÇÕES

Adequação de limites da terra indígena. Estudos complementares de identificação e delimitação da TI.

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XL

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Coroa Vermelha Bacurizinho

02 LOCALIZAÇÃO

Santa Cruz Cabrália, Bahia Grajaú, Maranhão

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

860/PRES/95, de 08/08/1995 873/95, de 09/08/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (30/06/1999) Regularizada (29/02/1984) – TI em revisão de limites

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Isa Maria Pacheco Klinton Vieira Serna

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-Diretora de Assuntos Fundiários/FUNAI

Antropólogo-Museu Nacional

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

08 dias + 20 dias + 15 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

45 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de José Augusto Sampaio, antropólogo da Universidade Estadual da Bahia.

Portaria 946/PRES, de 31/08/1995, prorroga por 20 dias o prazo para a realização do levantamento fundiário relativo aos trabalhos de campo de

identificação/delimitação da TI Coroa Vermelha. Portaria 1058/PRES, de 28/09/1995, prorroga por 15

dias o prazo da Portaria 946/PRES.

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XLI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Potiguar de Monte-Mor Picina (Paukalirajausu)

02 LOCALIZAÇÃO

João Pessoa, Paraíba Pontes e Lacerda, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

907/PRES/95, de 21/08/1995 (Portaria revogada pela Portaria 1040/PRES, de 22/09/1995).

923/PRES, de 23/08/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Identificada (19/05/2004) A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Marcelo Oppido Fiorini

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-AER Recife/FUNAI Antropólogo-PIN Wasusu/ADR Vilhena/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Portaria revogada pela Portaria 1040/PRES, de 22/09/1995.

Portaria 1158/PRES, de 03/11/1995 determina o retorno do grupo técnico à TI Picina para

dar continuidade aos estudos de identificação e delimitação (15 dias de campo). Portaria

1188/PRES, de 29/11/1995 prorroga o prazo até 02/01/1996 para a entrega do relatório de

identificação e delimitação e revoga a Portaria 1158/PRES, que determina o retorno do GT a

campo.

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XLII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Tupã-Supé, Igarapé Grande, Porto Praia, Cuiu-Cuiu e Kumarú do Lago Ualá

Igarapé Omerê (Rio Omerê)

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Rondônia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

978/PRES, de 06/09/1995 1039/PRES, de 22/09/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, Homologada, Homologada, Regularizada (25/03/2004), Demarcada

Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Priscila Faulhaber Barbosa Virginia Marcos Valadão

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga - Museu Goeldi Antropóloga

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

08 dias + 10 dias (Port. 1059/PRES) + 12 dias

(Port. 1149/PRES)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Estudos visando a interdição da área dos índios isolados recém contatados no igarapé Omerê. Portaria 1041/PRES, de

22/09/95 designa o pesquisador/lingüista Nilson Gabas Junior para realizar estudos visando a interdição da área (08 dias de

campo). Portaria 1059/PRES, de 28/09/95 designa a antropóloga Virgínia Valadão para realizar estudos

antropológicos visando o reconhecimento étnico do grupo indígena (10 dias de campo). Portaria 1060/PRES, de 28/09/95,

determina 10 dias de campo para o linguísta. Portaria 1137/PRES, de 19/10/1995, designa o lingüista para retornar a área por 09 dias. Portaria 1149/PRES, de 26/10/95, designa a antropóloga para realizar estudos antropológicos por 12 dias.

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XLIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Potiguara de Monte-Mor Kantaruré da Batida (Kantaruré)

02 LOCALIZAÇÃO

Rio Tinto, Paraíba Glória, Bahia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1040/PRES, de 22/09/1995 1.077/PRES, de 02/10/1995

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Identificada (19/05/2004) Regularizada (15/02/2001)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Sheila dos Santos Brasileiro

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-ADR Recife/FUNAI Antropóloga-Ministério Público Federal/Recife/PE

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação do antropólogo José Augusto Laranjeiras Sampaio, assistente, da ANAI/BA.

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XLIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1995

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Borboleta Ibirama

02 LOCALIZAÇÃO

Rio Grande do Sul Santa Catarina

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1228/PRES, de 18/12/1995 493/PRES, de 22/05/1995.

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar Regularizada (03/07/1996) – TI em revisão de limites - declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

José Otávio Catafesto Irani Cunha da Silva

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo - UFRGS Antropólogo - ADR Chapecó/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Participação de João Carlos Padilha, Teodoro Mello Linhares, Abílio Padilha da Silva e Manoel João Vieira, representantes da

comunidade indígena e de Mozart Artur Dietrich, assessor jurídico do Conselho de

Missão entre Índios – COMIN.

Constitui GT com a finalidade de estudar a área de terra determinada pelo Decreto nº 015, de 03/04/1926, para usufruto dos indígenas, e excluída dos limites demarcados da atual TI

Ibirama. Torna insubsistente a Portaria 418/PRES, de 10/05/1995.

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XLV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Paraíso e Aldeia Chão Preto Parabubure

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Campinápolis, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

092/Pres, de 11/03/1996 (revogada pela portaria 107/Pres, de 26/03/1996, por sua vez revogada

pela Portaria 255/Pres, de 24/04/1996)

0255/Pres, de 24/04/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Paraíso era o nome de um posto indígena localizado na TI Bakairi, que se encontra regularizada (10/05/1987), Regularizada

(22/05/2002)

Regularizada (26/08/1987) – TI em revisão de limites em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Jorge Luiz de Paula Jorge Luiz de Paula

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, FUNAI/ADR Xavantina/MT

Antropólogo-coordenador, FUNAI/ADR Xavantina/MT

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 30 dias

40 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias/30 dias

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT: 04 pessoas. Portaria revogada pela Portaria 107/Pres, de 26/03/1996. Portaria 107/Pres revogada pela Portaria

255/Pres, de 24/04/1996. Portaria 344/Pres, de 21/05/1996, inclui dois técnicos no GT e exclui um, além de prorrogar

por trinta dias os prazos dos trabalhos de campo. Portaria 514/Pres, de 27/06/1996, prorroga o prazo

referente aos estudos e levantamentos de campo para 10/07/1996 e a entrega do relatório para o dia 10/08/1996.

GT: 04 pessoas. Portaria 343/Pres, de 21/05/1996, determina que os estudos

antropológicos de identificação e complementares de delimitação objetivando a

revisão de limites da TI Parabubure sejam feitos em etapas subseqüentes.

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XLVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

TIs Mura: Cacaia do Piquiá, Capoeira Grande, Caracaraí, Colônia São João, Guariba, Igarapé

Acurau, Inajazinho, Lago Capanã, Maloca Cidade, Novo Retiro, Onça II, Palmeira,

Pinatuba, Piquiá, Piquiá II, Rio Manicoré, Salsal, Terra Preta.

Mura: Paraná do Arauató, Paraná do Maquira e Rio Urubu

02 LOCALIZAÇÃO

Manicoré, Amazonas

Itacoatiara, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

388/Pres, de 31/05/1996 389/Pres, de 31/05/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada (Pinatuba) Demarcada, inexistente, Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eliane da Silva Souza Carlos Alberto Montes Perez

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, DID/DAF/FUNAI Antropólogo-coordenador, FUNAI/Museu do Índio/RJ

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

03 dias: deslocamento do ambientalista à sede da FUNAI.

47 dias: trabalhos de campo (a contar de 10/06/1996) + 20 dias

03 dias: deslocamento do ambientalista à sede da FUNAI.

47 dias: trabalhos de campo (a contar de 10/06/1996) + 20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

40 dias: entrega do(s) relatório(s) + 20 dias

40 dias: entrega do(s) relatório(s) + 20 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT: 05 pessoas. GT constituído para realização de estudos antropológicos de identificação e/ou

revisão de limites e complementação de delimitação. Portaria 628, de 08/08/1996, prorroga por 20 dias os prazos para os

trabalhos de campo e entrega dos relatórios.

GT: 05 pessoas. GT constituído para realização de estudos antropológicos de identificação e/ou

revisão de limites e complementação de delimitação. Portaria 628, de 08/08/1996, prorroga por 20 dias os prazos para os trabalhos de campo e

entrega dos relatórios.

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XLVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Kulina do Igarapé Anjo (Jaminauá/Envira) Zoé

02 LOCALIZAÇÃO

Feijó, Acre Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

390/Pres, de 31/05/1996 430/Pres, de 10/06/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (05/08/2003) Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Antônio Pereira Neto Dominique Tilkin Gallois

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, ADR Macapá/FUNAI

Antropóloga-coordenadora, professora da USP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

06 dias: deslocamento do antropólogo e ambientalista à sede da FUNAI

34 dias: trabalhos de campo

60 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

35 dias: entrega do(s) relatório(s)

40 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT: 06 pessoas. GT tem a finalidade de realizar estudos antropológicos de identificação e

complementares de delimitação.

GT: 02 pessoas. Participação de Nadja Havt, antropóloga – mestranda da USP. Os estudos serão realizados concomitantemente com a continuação de pesquisas de interesse das

antropólogas financiadas pela USP e com as atividades ligadas aos trabalhos do Centro de Trabalho Indigenista/CTI, não implicando em

custos financeiros para a FUNAI.

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XLVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Sete Cerros (estudos e levantamentos complementares)

Parque Indígena do Xingu (revisão de parte dos limites leste e sul)

02 LOCALIZAÇÃO

Coronel Sapucaia, Mato Grosso do Sul Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

627/Pres, de 08/08/1996 526/Pres, de 05/07/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (26/11/1993) Regularizada (18/05/1987)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Walter Alves Coutinho Junior Mônica Thereza Soares Pechincha

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI Antropóloga-coordenadora, SEDOC/DAM/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias (a contar de 09/08/1996)

30 dias (a contar de 15/07/1996) + 15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

40 dias: entrega do(s) relatório(s)

40 dias: entrega do(s) relatório(s) + 15 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT: 03 pessoas. Diligência requerida pelo Ministério da Justiça.

GT: 05 pessoas. GT constituído para realizar estudos antropológicos e complementares de

revisão de parte dos limites leste e sul do Parque do Xingu – regiões do Córrego Santo Antônio e rio Batovi, territórios de ocupação

tradicional dos índios Suyá e Waurá, respectivamente. Portaria 663/Pres, de

21/08/1996, prorroga por 15 dias os prazos determinados.

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XLIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Parabubure (parte dos limites sul e leste) Kampa do Rio Envira (estudos e levantamentos complementares)

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Feijó, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

560/Pres, de 18/07/1996 638/Pres, de 13/08/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (26/08/1987) – TI em revisão de limites – em identificação

Regularizada (13/09/1999)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eugênio Gervásio Wenzel Noraldino Vieira Cruvinel

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, colaborador Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

47 dias

15 dias: antropólogo ADR Xavantina

30 dias (a contar de 14/08/1996)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

43 dias

25 dias: entrega do(s) relatório(s)

09 OBSERVAÇÕES

GT: 07 pessoas. Participação de Jorge Luiz de Paula, antropólogo, lotado na ADR

Xavantina/MT.

GT: 06 pessoas. Diligência requerida pelo Ministério da Justiça.

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L

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Baú (estudos e levantamentos complementares) Apyterewa (estudos e levantamentos complementares)

02 LOCALIZAÇÃO

Altamira, Pará Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

707/Pres, de 30/08/1996 710/Pres, de 30/08/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Declarada – TI em revisão de limites – delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eneida Corrêa de Assis Carlos Fausto

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, UFPA Antropólogo-coordenador, UFRJ

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias (a contar de 02/09/1996)

15 dias (a contar de 30/08/1996)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias: entrega do(s) relatório(s)

15 dias: entrega do(s) relatório(s)

09 OBSERVAÇÕES

GT: 04 pessoas. Diligência requerida pelo Ministério da Justiça.

GT: 07 pessoas. Participação de Antônio Carlos Magalhães, antropólogo-colaborador, do Museu Emílio Goeldi. Diligência requerida

pelo Ministério da Justiça.

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LI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Krikati (estudos e levantamentos complementares)

Sororó

02 LOCALIZAÇÃO

Maranhão São João do Araguaia, Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

748/Pres, de 05/09/1996 907/Pres, de 21/10/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Demarcada Rgularizada (07/03/1989) – TI em revisão de limites – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Marco Paulo Fróes Schettino Iara Ferraz

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI Antropóloga, CTI/SP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias (a contar de 06/09/1996)

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias: entrega do(s) relatório(s)

30 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT: 03 pessoas. Diligência requerida pelo Ministério da Justiça.

Recursos: PPTAL. GT: 01 pessoa. A antropóloga foi designada para realizar estudos e levantamentos antropológicos e a

coordenação dos estudos complementares de revisão da TI Sororó.

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LII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1996

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Xacriabá Rancharia Limão Verde

02 LOCALIZAÇÃO

Missões, Minas Gerais Aquidauana, Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1012/Pres, de 11/11/1996 1.180/Pres, de 13/12/1996

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Homologada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Marco Paulo Fróes Schettino Alceu Cotia Mariz

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

34 dias (a contar a partir do dia 18/11/1996)

15 dias (a contar de 14/12/1996)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: entrega dos relatórios + 120 dias:

relatório antropológico. 09 OBSERVAÇÕES

GT: 07 pessoas. Participação de Cloude de Souza Correia, estagiário de antropologia,

lotado no DID/DAF/FUNAI.

GT: 06 pessoas. Portaria 018/Pres, de 10/01/1997, constitui GT para complementar os levantamentos fundiário e ambiental (15

dias de campo). Portaria 426/Pres, de 07/05/1997, prorroga por 120 dias o prazo de

encaminhamento do relatório técnico conclusivo.

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LIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Mura: Arary, Castanha do Sapucaia, Furo Novo, João Pedro, Lago do Marinheiro,

Miguel/Josefa, Peito Branco, Rio Jumas e São Vicente.

Mura: Aranaquara, Balbina/Adelina, Boca do Tapuna, Capana do Aracú, Cunha/Sapucaia, Fé em Deus, Igarapé-Açu, Jutai/Igapó-Açu,

Onça, Pacovão e Setemã. 02 LOCALIZAÇÃO

Careiro, Amazonas Borba, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

053/Pres, de 16/01/1997 078/Pres, de 28/01/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar (Arary), Regularizada – Miguel/Josefa (20/05/2002)

Declarada (Cunha-Sapucaia), A identificar (Igarapé-Açu, Jutai do Igapó-Açu, Pacovão,

Setemã) 05 RESPONSÁVEL

PELA DEFINIÇÃO DE LIMITES

(COORDENADOR)

Adriana Romano Áthila Marta Rosa Amoroso

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, UFRJ Antropóloga-cordenadora, USP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

30 dias + 15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatórios finais

60 dias: entrega do(s) relatório(s) + 90 dias

09 OBSERVAÇÕES

GT: 05 pessoas. GT: 05 pessoas. Portaria 199/Pres, de 06/03/1997, prorroga por 15 dias o prazo para os trabalhos de campo. Portaria 535/Pres, de 13/06/1997, prorroga por 90 dias o prazo para

a entrega do(s) relatório(s).

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LIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Tenharim do Igarapé Preto Boqueirão, Jacamim e Tabalascada (revisão de limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Manicoré, Amazonas Roraima

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

117/Pres, de 31/01/1997 257/Pres, de 13/03/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Homologada, Regularizada (12/03/2004), Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Edmundo Antônio Peggion Noraldino Vieira Cruvinel

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, UFMT Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

44 dias: antropólogo 38 dias: motorista

33 dias: demais técnicos (a contar de 14/03/1997)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: entrega dos relatórios

60 dias: elaboração e entrega dos relatórios

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Recursos: PPTAL-G7. GT: 07 pessoas. Portaria 277/Pres, de 21/03/1997, designa os líderes indígenas Anastácio Terêncio Mondeco e

Franscisco Agostinho Oliveira, da TI Jacamim; Norberto Cruz da Silva e Alderizio Pereira, da TI Tabalascada e Cosmo da Silva Viriato e Adelson

Santiago, da TI Boqueirão, para acompanharem os trabalhos do grupo técnico. Portaria 432/Pres, de 05/05/1997, prorroga por 07 dias os trabalhos de

campo dos técnicos fundiários e do motorista.

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LV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cuminapanema/Urucuriana (Zoé) Mura: Capitão, Capivara, Guapenu, Jauary, Lago do Limão, Muratuba, Murutinga,

Pantaleão, Furo Novo e Tracajá. 02 LOCALIZAÇÃO

Pará Autazes e Careiro, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

309/Pres, de 04/04/1997 315/Pres, de 04/04/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada A identificar (Capivara, Guapenu, Jauary, Lago do Limão, Muratuba, Murutinga,

Pantaleão, Tracajá) 05 RESPONSÁVEL

PELA DEFINIÇÃO DE LIMITES

(COORDENADOR)

Dominique Tlkin Gallois Ana Flávia Moreira Santos

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, USP Antropóloga-coordenadora

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

Variado – antropóloga e biólogo: de 03 a 29/04/1997

40 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatórios finais

60 dias: entrega do(s) relatório(s)

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 09 pessoas. Participação de Nadja Havt Bindá, antropóloga,

da USP.

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas.

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LVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Muriru Espírito Santo

02 LOCALIZAÇÃO

Bonfim, Roraima Jutaí, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

316/Pres, de 04/04/1997 431/Pres, de 05/05/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Marcos Alves de Souza Luciana Maria de Moura Ramos

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, UnB Antropóloga-coordenadora

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

25 dias (a contar de 09/04/1997)

30 dias + 14 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: entrega do(s) relatório(s) + 90 dias

60 dias: entrega do(s) relatório(s) + 90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 733/Pres, de 11/08/1997, prorroga por 90 dias o

prazo para entrega do relatório.

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 536/Pres, de 13/06/1997, prorroga por 14 dias os prazos relativos aos trabalhos de campo.

Portaria 914/Pres, de 29/09/1997, prorroga por 90 dias o prazo para a entrega do(s) relatório(s), a contar de 20/09/1997.

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LVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Xukuru-Kariri São Sebastião/Mapari

02 LOCALIZAÇÃO

Palmeira dos Índios, Alagoas Tonantins e Japurá, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

689, de 28/07/1997 743/Pres, 11/08/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Declarada, Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Sheila dos Santos Brasileiro Kênia Gonçalves Itacaramby

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, Ministério Público Federal

Antrpóloga, DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

(levantamento fundiário: 90 dias + 60 dias + 60 dias)

60 dias + 12 dias + 40 dias: antropóloga e ambientalista

30 dias + 01 dia + 40 dias: demais componentes do GT.

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias: entrega do(s) relatório(s)

120 dias + 90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 08 pessoas. Participação de José Augusto Laranjeira

Sampaio, antropólogo, ANAI/Bahia. Portaria 1.187, de 18/11/1997, prorroga por 60 dias o

prazo para realização dos trabalhos de campo referentes ao levantamento fundiário.

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 746, de 15/08/1997, altera a Portaria 743, determinando o prazo de 72 dias para a realização dos trabalhos de campo da antropóloga e da ambientalista e 31 dias para os demais

técnicos, a contar de 03/10/1997. Portaria 1.132, de 07/11/1997, prorroga por 40 dias os trabalhos de campo do GT. Portaria 343, de 14/04/1998, prorroga por mais 90 dias o prazo para entrega do relatório. O resumo do

relatório foi publicado em 17/02/2000 e a portaria declaratória em 23/04/2001.

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LVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Kwazá/Aikanã (Kwazá do Rio São Pedro) Coatá Laranjal (revisão de limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Rondônia Borba, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

917/Pres, de 30/09/1997 920, de 02/10/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (24/09/2003) Homologada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Luiz Fernando Machado de Souza Maria Elisa Guedes Vieira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, DID/DAF/FUNAI Antropóloga-coordenadora, DID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

45 dias: antropólogo, ambientalista e indigenista

25 dias + 10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias + 90 dias

45 dias + 120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 05 pessoas. Participação de Roque Simão, indigenista colaborador, CIMI/RO. Portaria 36, de

16/01/1998, prorroga por 90 dias o prazo para entrega do relatório. O resumo do relatório foi

publicado em 01/02/1999 e a portaria declaratória em 26/07/2000.

Recursos: DEMAT. GT: 05 pessoas. Portaria 1.131, de 07/09/1997, prorroga por 10 dias a realização dos trabalhos de campo. Portaria 1.361, de 30/12/1997, prorroga por 120 dias o

prazo para entrega do(s) relatório(s). O resumo do relatório foi publicado no DOU em

27/04/1999 e portaria declaratória em 08/10/1999.

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LIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Apurinã do Igarapé São João (reestudo da identificação e delimitação)

Ibirama (Ibirama – La Klãnõ)

02 LOCALIZAÇÃO

Tapauá, Amazonas Santa Catarina

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

922, de 02/10/1997 923, de 02/10/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Rodrigo Padua Rodrigues Chaves Walmir da Silva Pereira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, DFU/ADR Manaus/FUNAI

Antropólogo-coordenador, FUNAI/ADR Passo Fundo

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias/08 dias

30 dias + 30 dias + 45 dias

Técnico fundiário: 30 dias + 20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias/90 dias + 40 dias

90 dias/60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 226, de 10/03/1998, constitui GT para

complementação dos trabalhos, composto pelo antropólogo, técnico em agrimensura e técnico agrícola com prazo de 08 dias para realização

dos trabalhos de campo. Portaria 764, de 21/07/1998, prorroga por 40 dias o prazo para

entrega do(s) relatório(s). O resumo do relatório foi publicado no DOU em em 03/12/1999 e a

portaria declaratória em 26/07/2000.

Recursos: DEMAT. GT: 07 pessoas. Portaria 1.255, publicada em 25/11/1997, prorroga por 20 dias o prazo para os trabalhos de

campo do técnico em agricultura e pecuária da FUNAI. Portaria 583, de 10/06/1998, constitui GT com 07 pessoas para

complementar os trabalhos determinados pela Portaria 923, concedendo 30 dias para os integrantes, exceto para o engenheiro agrimensor e o especialista em antropologia, para quem concede

08 dias. Portaria 762, de 20/07/1998, prorroga os trabalhos de campo por 45 dias. Portaria 198, de 09/04/1999, determina o

retorno a campo do antropólogo e do engenheiro agrimensor por 08 dias. Portaria 362, de 18/05/1999, prorroga por 08 dias o prazo para os trabalhos de campo. O resumo do relatório foi publicado

em 11/11/1999 e a portaria declaratória em 13/08/2003.

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LX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Genipapo-Canindé e Pitaguary (Lagoa da Encantada)

Tuxá de Rodelas (eleição de nova área)

02 LOCALIZAÇÃO

Ceará Rodelas, Bahia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1.093, de 24/10/1997 1.096, de 24/10/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Marcos Tromboni

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, FUNAI/ADR Recife

Antropólogo-coordenador, ANAI/Bahia

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias: antropóloga, socióloga e historiadora

20 dias: demais técnicos

45 dias + 45 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 08 pessoas. Recursos: CHESF. GT: 10 pessoas. Participação de 04 índios da comunidade Tuxá

de Rodelas. Portaria 94, de 03/02/1998, prorroga os trabalhos de campo por 45 dias.

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LXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Paumari do Lago Marahã/Paumari do Lago Manissuã (estudos e levantamentos para identificação e delimitação das áreas de

acréscimo)

Moscow (levantamento fundiário e reestudo da identificação e delimitação)

02 LOCALIZAÇÃO

Lábrea e Tapauá, Amazonas Bonfim, Roraima

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1.128/Pres, de 07/11/1997 1.186, de 18/11/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (29/08/2003), Regularizada (11/09/2003)

Homologada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Luciene Pohl Edison Netto Lasmar

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, FUNAI/ADR Manaus

Antropólogo-coordenador, FUNAI/DID/DAF

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

40 dias + 15 dias + 15 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias/90 dias

90 dias + 90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 05 pessoas. Portaria 33, de 12/01/1998, prorroga por 15 dias os trabalhos de campo. Portaria 350, de 16/04/1998, constitui GT

para complementar os trabalhos determinados pela Portaria 1.128, referente à identificação e

delimitação da área de acréscimo da TI Paumari do Lago Marahã – 15 dias de campo e 90 dias para a

entrega do(s) relatório(s). O resumo do relatório foi publicado em 09/09/1999 e a portaria declaratória

em 26/07/2000.

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 269, de 27/03/1998, prorroga por 90 dias o

prazo para entrega do relatório de “reidentificação” da TI Moscow. O resumo do

relatório foi publicado em 10/01/2000 e a portaria declaratória em 23/04/2001.

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LXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1997

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Potrero Guaçu Igarapé Acapori de Cima (Acapuri de Cima)

02 LOCALIZAÇÃO

Paranhos, Mato Grosso do Sul Fonte Boa, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1.260, de 25/11/1997 1.280, de 03/12/1997

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Rubem Ferreira Thomaz de Almeida Marco Antônio Braga de Freitas

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, USP Antropólogo-coordenador, FUNAI/DFU/AER Manaus

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

20 dias + 15 dias: antropólogo 15 dias + 15 dias: engenheiro florestal e

engenheiro agrimensor 14 dias + 15 dias: engenheiro agrônomo

15 dias: agrônomo do IFAM 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

40 dias

60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 06 pessoas. O resumo foi publicado em 27/07/1998 e a portaria

declaratória em 17/04/2000.

Recursos: PPTAL. GT: 04 pessoas. Portaria 227, de 10/03/1998, constitui GT para

complementar os trabalhos determinados pela portaria 1280 - 15 dias de campo e 60 para

entrega do relatório. O resumo do relatório foi publicado em 25/08/1999 e a portaria

declaratória em 17/04/2000.

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LXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Badjônkôre (Área reivindicada pelas lideranças indígenas Kayapó)

Awá

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso e Pará Maranhão

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

125/PRES, de 16/02/1998 200/PRES, de 03/03/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (10/02/2004) Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eliane da Silva Souza Wellington Gomes Figueiredo

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – DEID/DAF/FUNAI Sertanista, colaborador

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

45 dias: técnicos da FUNAI

30 dias: demais técnicos

25 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias

09 OBSERVAÇÕES

Grupo Técnico constituído para realizar estudos e levantamentos complementares do território de ocupação e uso dos índios Awá, para redefinição da delimitação da TI Awá.

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LXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Karajá de Aruanã I e III Sepoti e Tora

02 LOCALIZAÇÃO

Aruanã, Goiás Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0282/PRES, de 03/04/1998 0306/PRES, de 06/04/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (09/08/2001), Regularizada (07/08/2001)

Demarcada, Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alexandre Barbosa Plínio dos Santos Edmundo Antônio Peggion

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – DEID/DAF/FUNAI Antropólogo – UFMT

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias

45 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Participação de Ludmila de Carvalho Menezes, Assessora Técnica da Presidência/FUNAI e de

Renan Uassuri, Raul Mauri dos Santos e Nicolau Cawinan, líderes Karajá.

Recursos: PPTAL Participação de Raissa Miriam Nascimento

Guerra, bióloga, colaboradora (ambientalista).

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LXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Santo Amaro – Aldeia Velha (Pataxó – próximo à vila Arraial d’Ajuda)

Alto Tarauacá

02 LOCALIZAÇÃO

Porto Seguro, Bahia Jordão, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

0314/PRES, de 08/04/1998 483/PRES, de 22/05/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

José Augusto Laranjeira Sampaio Antônio Pereira Neto

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – UFBA, colaborador Antropólogo – DEART/DAS/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

30 dias + 07-antropólogo 14-agrimensor

22-técnico EMATER

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT Participação de Marco Antônio do Espírito

Santo, sociólogo, DEDOC/DAD/FUNAI. Portaria734/PRES, de 08/07/1998, torna sem

efeito a finalidadade de readequar os limites da TI Pataxó de Imbiriba/BA.

Recursos: PPTAL. Participação de José Carlos dos Reis Meirelles Júnior, sertanista,

FUNAI/DEII/FCE e Geraldo Carlos Alberto, técnico indigenista, FUNAI/AER Rio Branco. Portaria 609/PRES, de 17/06/1998 inclui Lacy

Ferreira Lessa, assistente administrativo, FUNAI/AER Rio Branco. Portaria 803/PRES, de 04/08/1998, prorroga os trabalhos de campo: 07

dias para antropólogo, 14 dias para o agrimensor e 22 dias para o técnico agrícola da EMATER/AC.

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LXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Maraitá, Matintin, Nova Esperança e São Francisco do Canimari

Amanayé

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

579/PRES, de 09/06/1998 640/PRES, de 19/06/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada, Delimitada, Demarcada, Declarada A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Fábio Vaz de Almeida Eneida Correa de Assis

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – Universidade do Amazonas Antropóloga - UFPA

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

45 dias + 13 dias

45 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 60 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. Participação de Deusimar Freire Brasil, Zootecnista, UA, colaborador

(ambientalista). Portaria 1102/PRES, de 29/11/1999, designa o

antropólogo Noraldino Vieira Cruvinel – DEID/DAF/FUNAI, como coordenador dos estudos e

levantamentos de identificação e Fábio Almeida como colaborador (13 dias de campo para o

coordenador e 60 dias para a entrega do relatório).

Recursos: PPTAL Participação de Ricardo Luís da Silva Costa,

engenheiro florestal – FUNAI/DFU/AER Belém; Antônio Sarmento dos Santos,

liderança indígena, presidente da AMTAPAMA e Sérgio José Corrêa Nunes, assessor administrativo FUNAI/DA/AER

Belém.

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LXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Corveta I e II, Rio do Meio, Garuva, Rio Bonito, Reta e outras (Corveta, Ferrovia e Piraí).

Entre Serras

02 LOCALIZAÇÃO

Santa Catarina Pernambuco

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

641/PRES, de 19/06/1998 659/PRES, de 25/06/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar (Piraí) Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Iane Andrade Neves Ivson José Ferreira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – DEID/DAF/FUNAI Antropólogo – FUNAI/AE R Recife

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

60 dias + 20 dias

60 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

150 dias + 150 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: Convênio DNER/FUNAI. Participação de Maria Dorothea Post Darela, socióloga, Museu

Universitário/UFSC. Portaria 922/PRES, de 15/09/1998, determina a

realização de estudos complementares de identificação e delimitação da TI Mbiguaçu e

prorroga por 20 dias o prazo de permanência em campo da antropóloga e da agrimensora. Portaria 087, de 12/02/1999, prorroga por 150 dias o prazo

referente à entrega dos relatórios.

Recursos: DEMAT. Participação de Vânia Rocha Fialho de Paiva e

Souza, antropóloga, UPE, colaboradora. Portaria 735/PRES, de 08/07/1998 exclui Vânia Fialho e inclui José Maurício Andion Arruti,

antropólogo, Museu Nacional/UFRJ, colaborador.

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LXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Jeripancó Kariri-Xocó

02 LOCALIZAÇÃO

Pariconha, Alagoas Porto Real do Colégio, Alagoas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

743/PRES, de 10/07/1998 744/PRES, de 10/07/1998 [sem efeito]

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (06/02/2001), TI em revisão de limites – a identificar

Regularizada (25/04/2000), TI em revisão de limites - delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Maria de Fátima Campelo Brito

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – FUNAI/AER Recife Antropóloga – FUNAI/AER Recife

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias

90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. Recursos: DEMAT. Portaria 317/PRES, de 12/05/1999 torna sem

efeito a Portaria 744/PRES.

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LXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Aldeia Condá (Kaingang) Toldo Chimbangue e Toldo Imbu

02 LOCALIZAÇÃO

Chapecó, Santa Catarina Santa Catarina

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

761, de 20/07/1998 763/PRES, de 20/07/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada Regularizada (30/08/1994), Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Kimye Tommasino Maria Elizabeth Bréa Monteiro

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, USP, colaboradora Antropóloga – Museu do Índio/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias

60 dias + 60 dias + 60 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 08 pessoas. Participação de Vilson Antônio Cabral Júnior,

antropólogo, UNICAMP.

Recursos: DEMAT. Participação de Alberto Capucci Filho,

CIMI/Sul. Portaria 1050/PRES, de 18/11/1998, prorroga por 60 dias o prazo para entrega do relatório

técnico. Portaria 130/PRES, de 05/03/1999, prorroga

por 60 dias o prazo para a entrega dos relatórios.

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LXX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Parabubure (etapas 02 e 03) Boto Velho (Inawebohona)

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Tocantins

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

891/PRES, de 31/08/1998 941/PRES, de 05/10/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (26/08/1987), TI em revisão de limites – em identificação

Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eugenio Gervasio Wenzel André Amaral Toral

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – Universidade Estadual de Araras/SP

Antropólogo – MARI/USP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

75 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. Grupo Técnico constituído para a

complementação dos trabalhos determinados pela Portaria 560/PRES, de 18/07/1996.

Recursos: PPTAL. Participação de Plácido Costa Júnior, biólogo –

colaborador, GERA/MT.

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LXXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1998

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Capitão, Patauá, Santo Antônio do Apipica (identificação e delimitação), Boa Vista e Padre (revisão de limites) e Lago Jauari (levantamento

fundiário)

Deni (1ª etapa)

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

969/PRES, de 09/10/1998 1028/PRES, de 06/11/1998

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada – Patauá (03/12/2003); Regularizada – Boa Vista (13/03/2002) – TI em

revisão de limites – homologada; Regularizada – Padre (19/06/1997) TI em revisão de limites –

regularizada; demarcada – Lago Jauari

Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eliane da Silva Souza Pequeno Rodrigo Padua Rodrigues Chaves

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – DEID/DAF/FUNAI Antropólogo – FUNAI/AE R Manaus

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

50 dias + 15 dias

45 dias (1ª etapa)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 120 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. Participação de Luciana de Oliveira Rosa Machado,

engenheira florestal, consultora (ambientalista). Portaria 1.099, de 09/12/1998, prorroga por 15 dias

os trabalhos de campo. Portaria 602/PRES, de 23/07/1999, prorroga por 120 dias o prazo para

entrega dos relatórios.

Recursos: PPTAL. Participação de Juarez Carlos Brito Pezzuti,

biólogo, INPA/AM (ambientalista).

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LXXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Rio Omerê e Rio Muqui Córrego João Pereira (São José do Capim-Açu)

02 LOCALIZAÇÃO

Rondônia Itarema, Ceará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

009/PRES, de 13/01/1999 010/PRES, de 13/01/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada, A identificar Homologada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Luiz Fernando Machado de Souza Cristhian Teófilo da Silva

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – DEID/DAF/FUNAI Antropólogo – UnB

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

30 dias + 04 dias: antropólogo

21 dias: demais componentes do GT + 08 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 180 dias

60 dias + 60 dias + 30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. Participação de Marcelo dos Santos, chefe da FCG/DEII/DAS/FUNAI, Altair José Algayer, colaborador, FCG e Ricardo Felix Santana,

engenheiro florestal, colaborador CNPq (ambientalista). Portaria 1138/PRES, de 08/12/1999,

prorroga por 180 dias o prazo para entrega dos relatórios de identificação e delimitação.

Recursos: DEMAT. Participação de Joani Silvana Capiberibe de Lyra, socióloga, DEID/DAF/FUNAI e Silvia Regina

Zacarias, engenheira florestal, colaboradora (ambientalista). Portaria 131/PRES, de 05/03/99, prorroga por 08 dias o prazo

dos trabalhos de campo dos 4 engenheiros e do técnico agrícola. Portaria 291/PRES, de 06/05/99, prorroga por 60

dias o prazo para entrega dos relatórios. Portaria 831/PRES, de 23/09/99 determina o deslocamento do antropólogo e do

engenheiro agrônomo/IDACE para complementar os estudos de identificação e delimitação (04 dias de campo e 30 dias para

a entrega do relatório).

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LXXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cantagalo, Irapuá, Taim e Varzinha

Truká

02 LOCALIZAÇÃO

Rio Grande do Sul Cabrobró, Pernambuco

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

011/PRES, de 13/01/1999 065/PRES, de 27/01/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada, A identificar, Acampamento temporário Guarani abandonado, Regularizada

(16/09/2003)

Regularizada (20/05/1996) – TI em revisão de limites - declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos Mércia Rejane Raquel Batista

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – DEID/DAF/FUNAI Antropóloga – UFPB

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

30 dias + 20 dias + 15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias + 240 dias

90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. Participação de Otávio Gurgel, engenheiro

florestal, DEID/DAF/FUNAI (ambientalista). Portaria 046/PRES, de 02/02/2000, prorroga por

240 dias o prazo para a entrega dos relatórios de identificação e delimitação.

Recursos: DEMAT. Participação de Hamed Farias Seabra,

engenheiro florestal, DEPIMA/DAS/FUNAI (ambientalista). Portaria 179/PRES, de

29/03/1999, prorroga por 20 dias o prazo referente aos trabalhos de campo. Portaria

192/PRES, de 07/04/1999, prorroga por 15 dias o prazo referente aos trabalhos de campo.

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LXXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Banawá-Yafi (revisão de limites) Marimã e Hi-Merimã (identificação e

delimitação)

Boa Vista

02 LOCALIZAÇÃO

Tapauá, Amazonas Laranjeiras do Sul, Paraná

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

086/PRES, de 12/02/1999 091/PRES, de 19/02/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada – TI em revisão de limites - delimitada

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Luciene Pohl Cecília Maria Vieira Helm

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – FUNAI/DFU/AER Manaus Antropóloga, consultora

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 30 dias

15 dias + 08 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 150 dias

75 dias/60 dias/(30/17/2001)

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. Participação de Alan Abreu, engenheiro florestal, consultor (ambientalista) e Rieli Franciscato, chefe da frente de contato Rio

Purus, DEII/FUNAI. Portaria 197/PRES, de 09/04/1999, prorroga o prazo dos trabalhos de

campo por 30 dias. Portaria 1101/PRES, de 29/11/1999, prorroga por 150 dias o prazo para

entrega do relatório.

Recursos: DEMAT. Participação de Pedro Cornélio Seg Seg, chefe do PIN Guarapuava/FUNAI e José Kogmu Olíbio, cacique Kaingang do PIN Rio das Cobras/PR. Portaria

055/PRES, de 18/01/2001, convalida as ações praticadas pelo GT e concede o prazo de 60 dias para entrega do relatório

correspondente. Portaria 468/PRES, de 26/05/2001, prorroga até 30/07/2001 o prazo para entrega do relatório. Portaria 469/PRES, de 26/05/2001, determina o deslocamento da

antropóloga ao município de Laranjeiras do Sul/PR, com a finalidade de proceder complementação dos levantamentos de campo referente aos trabalhos de identificação e delimitação

da TI.

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LXXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Awá Deni (2ª etapa) Rio Cuniuá

02 LOCALIZAÇÃO

Santa Inês, Maranhão Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

125/PRES, de 01/03/1999 126/PRES, de 01/03/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Demarcada Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Antônio Pereira Neto Rodrigo Padua Rodrigues Chaves

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – DAF/FUNAI Antropólogo, AER Manaus/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 06 dias: antropólogo

30 dias: sertanista 21 dias: demais integrantes do GT

45 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

15 dias

120 dias + 180 dias + 70 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT constituído com a finalidade de proceder a

“readequação dos limites da TI Awá, nos termos apresentados pelo GT constituído pela Portaria

200/FUNAI, de 03/03/1998”. Portaria 271/PRES, de 23/04/1999, prorroga por 06 dias

o prazo para os trabalhos de campo do antropólogo-coordenador.

Recursos: PPTAL. Portaria 033/PRES, de 31/01/2000, prorroga por mais 180 dias o prazo para entrega do

relatório. Portaria 317/PRES, de 11/05/2000, prorroga por 70 dias o prazo para entrega do

relatório (efeitos retroagem a 25/09/1999).

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LXXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Igarapé Grande, Porto Praia e Tupã Supé Entre Serras (conclusão dos trabalhos de levantamento fundiário)

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Pernambuco

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

134/PRES, de 11/03/1999 178/PRES, de 29/03/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, Homologada, Homologada Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alberto Montes Peres Maria de Fátima Campelo Brito

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – Museu do Índio-RJ/FUNAI Antropóloga – AER Recife/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

38 dias

60 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 270 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. Participação de Raissa Miriam Nascimento

Guerra, bióloga (ambientalista). Continuidade dos trabalhos determinados pela Portaria 745, de 18/08/1994 e 1199, de 01/12/1995. Portaria

293/PRES, de 28/04/2000, prorroga por 270 dias o prazo para a entrega dos relatórios (efeitos

retroagem a 25/09/1999).

Recursos: DEMAT. Portaria 442/PRES, de 17/06/1999, prorroga

por 45 dias o prazo referente aos trabalhos de levantamento fundiário.

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LXXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cerro Marangatu (Ñande Ru Marangatu) e Lima Campo ( Jataivari)

Kariri-Xocó

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso do Sul Alagoas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

199/PRES, de 09/04/1999 317/PRES, de 12/05/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada, A identificar Regularizada (25/04/2000) – TI em revisão de limites - delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Rubem Ferreira Thomaz de Almeida

Marco Tromboni de Souza Nascimento

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo Antropólogo – ANAI/BA

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

40 dias + 32 dias + 10 dias (técnicos fundiários).

30 dias + 30 dias + 14 dias (biólogo)

07 dias (antropólogo e agrimensora)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias

120 dias + 90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. Participação de Celso Shitoshi Aoki,

antropólogo, colaborador. Portaria 577/PRES, de 19/07/1999, prorroga por 32 dias o prazo

para realização dos trabalhos de campo. Portaria 751/PRES, de 10/09/1999, prorroga por

10 dias o prazo do trabalho de campo dos técnicos fundiários.

Recursos: DEMAT. Torna sem efeito a Portaria 744/PRES, de 10/07/1998. Participação de Márcio Fróes

da Motta Mascarenhas, antropólogo, ANAI-BA, colaborador. Portaria 601/PRES, de 23/07/1999,

prorroga por 30 dias o prazo para a realização dos trabalhos de campo. Portaria 664/PRES, de 12/08/1999, prorroga por 14 dias o prazo para trabalho de campo

do biólogo. Portaria 230/PRES, de 06/04/2000, designa o antropólogo e a engenheira agrimensora para realizar os levantamentos de campo pelo prazo de 07 dias (90

dias para entrega do relatório).

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LXXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cachoeirinha, Taunay/Ipegue e Buriti Corumbauzinho e Barra Velha (revisão de limites).

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso do Sul Bahia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

553/PRES, de 09/07/1999 685/PRES, de 18/08/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada; Regularizada (05/01/1994) – TI em revisão de limites – a identificar;

Regularizada (12/01/1994) TI em revisão de limites - delimitada

A identificar, Regularizada (27/09/1996) TI em revisão de limites – a identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Gilberto Azanha Maria do Rosário Gonçalves de Carvalho

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – CTI Antropóloga – UFBA

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 04 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 04 pessoas. Participação de Rogério Alves Resende,

historiador, CTI. GT constituído para realizar levantamentos preliminares com vistas ao

reestudo dos limites das Terras Indígenas acima referidas. Portaria 667/PRES, de 12/08/1999, prorroga por 04 dias o prazo dos trabalhos de

campo.

Recursos: DEMAT. GT: 06 pessoas. Portaria 750/PRES, de 10/09/1999, inclui

Márcio Fróes da Motta Mascarenhas, antropólogo, ANAI-BA, colaborador, no GT.

Portaria 857/PRES, de 30/09/1999, inclui Célio Murilo de Carvalho Valle, biólogo/UFMG, no

Grupo Técnico.

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LXXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Borboleta Rio Branco (Diahui)

02 LOCALIZAÇÃO

RS Humaitá, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

739/PRES, de 31/08/1999 (revogada em 23/02/2000)

742/PRES, de 01/09/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar Demarcada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Iane Andrade Neves Edmundo Antônio Peggion

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – FUNAI/DAF/DEID Antropólogo – UFMT

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias

31 dias: antropólogo 25 dias: bióloga

22 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 05 pessoas. GT constituído para realizar estudos e

levantamentos de identificação e delimitação com vistas a uma definição fundiária para as

famílias originárias da área Borboleta. Participação de Abílio Padilha da Silva,

representante indígena. Portaria 101/PRES, de 23/02/2000 revoga a Portaria 739/PRES.

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas.

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LXXX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Potiguara de Monte-Mor Água Limpa e Lalima (reestudo dos limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Paraíba Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

933/PRES, de 06/10/1999 948/PRES, de 08/10/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Identificada (19/05/2004) A identificar, Regularizada (21/01/1997) – TI em revisão de limites – a identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Sidnei Clemente Peres Maria Guiomar de Melo

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo- UFF/RJ Antropóloga – FUNASA

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias + 15 dias + 05 dias + (antropólogo): 10 + 02 dias

ambientalista): +15 + 05 dias 26 dias: demais técnicos

40 dias + 15 dias + 05 dias (antropóloga)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias + 60 dias/90 dias.

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: DEMAT. GT: 01 integrante. Portaria 013/PRES, de 07/01/2000, determina o deslocamento do antropólogo à campo

por 15 dias. Portaria 250/PRES, de 13/04/2000, designa o antropólogo e o engenheiro agrimensor para complementar os trabalhos (05 dias de campo e 60 para entrega do relatório). Portaria 067/PRES, de 25/01/2001 constitui GT para realizar

estudos complementares da TI. Recursos: PTCI. GT: 04 pessoas. Portaria 310/PRES, de 28/03/2001, prorroga por dois

dias o prazo para trabalhos de campo do antropólogo e do ambientalista. Portaria 345/PRES, de 04/04/2001, prorroga por

20 dias o prazo de campo do levantamento fundiário.

Recursos: DEMAT. GT: 07 pessoas. Portaria 059/PRES, de 05/02/2000, prorroga

por 15 dias o prazo para os trabalhos de campo. Portaria 295/PRES, de 02/04/2000,

prorroga por 05 dias o prazo para os trabalhos de campo para a antropóloga.

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LXXXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Xipaya e Kuruaya (Rio Curuá) Cunha Sapucaia, Jutaí do Igapó Açu e Pacovão

02 LOCALIZAÇÃO

Altamira, Pará Borba, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

974/PRES, de 15/10/1999 1039/PRES, de 04/11/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada, Declarada Declarada, A identificar, A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Elisa Guedes Vieira Marta Rosa Amoroso

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – FUNAI/UNESCO Antropóloga – ESP-SP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

45 dias: antropóloga + 10 dias 43 dias: engenheira florestal

40 dias: técnico em agrimensura + 10 dias 35 dias: representante da AMTAPAMA

30 dias: demais técnicos

20 dias: antropóloga + 03 dias

15 dias: demais técnicos + 10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 120 dias + 120 dias

120 dias + 40 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 07 pessoas. Participação de Antônio Sarmento dos Santos, representante/AMTAPAMA. Portaria

1177/PRES, de 27/12/1999, prorroga por 10 dias o prazo para realização dos trabalhos de campo da antropóloga e do técnico em agrimensura. Portaria 401/PRES, de 19/05/2000, prorroga por 120 dias o prazo para a entrega dos relatórios (efeitos retroagem a 18/04/2000). Portaria 1213/PRES, de

30/11/2000, prorroga por 120 dias o prazo para entrega dos relatórios (efeitos retroagem a 18/08/2000).

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 1103/PRES, de 29/11/1999, prorroga por 03 dias para a antropóloga e 10 dias para os demais técnicos o prazo para realização dos

trabalhos de campo. Portaria 300/PRES, de 03/05/2000, prorroga por 40 dias o prazo para

entrega do relatório.

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LXXXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 1999

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Sororó Taquara

02 LOCALIZAÇÃO

Pará Juti, Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1038/PRES, de 04/11/1999 1176/PRES, de 23/12/1999

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (07/03/1989) – TI em revisão de limites – em identificação

A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Eduardo Vieira Barnes Themis Quezado de Magalhães

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo – Convênio FUNAI/UNESCO Antropóloga – FUNAI/PG

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

45 dias: antropólogo e engenheiro agrônomo 39 dias: técnico em agrimensura

23 dias: demais técnicos

30 dias + 15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 70 dias

120 dias + 120 dias + 90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 301/PRES, de 03/05/2000, prorroga por

70 dias o prazo para entrega do relatório (efeitos retroagem a 21/04/2000).

Recursos: DEMAT. GT: 05 pessoas. Participação de Levi Marques Pereira,

antropólogo, UFMS, colaborador. Portaria 163/PRES, de 17/03/2000, prorroga por 15 dias o prazo para realização dos trabalhos de campo.

Portaria 737/PRES, de 31/07/2000, prorroga por 120 dias o prazo para entrega dos relatórios.

Portaria 1233/PRES, de 12/12/2000, prorroga por 90 dias o prazo para entrega dos relatórios.

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LXXXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Lauro Sodré Arara do Igarapé Humaitá

02 LOCALIZAÇÃO

Benjamin Constant, Amazonas Porto Walter, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

022/PRES, de 18/01/2000 031/PRES, de 26/01/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Demarcada Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Regina Erthal Cloude de Souza Correia

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – UFRJ Antropólogo – UnB

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

14 dias: antropóloga + 03 dias 30 dias: colaborador + 14 dias

20 dias: demais técnicos

40 dias: antropólogo 38 dias: ambientalista

36 dias: téc. em indigenismo e eng. Agrimensor 24 dias: técnicos agrícolas

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias

120 dias + 90 dias + 180 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Participação de Fábio Vaz Ribeiro de Almeida,

colaborador, UFAM. Portaria 053/PRES, de 04/02/2000, prorroga por 03 dias a realização do

trabalho de campo da antropóloga-coordenadora do GT. Portaria 258/PRES, de 18/04/2000, prorroga por 14 dias o prazo para

os trabalhos de campo para o colaborador (efeitos retroagem a 26/02/2000)

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 622/PRES, de 05/07/2000, prorroga

por 90 dias o prazo para a entrega dos relatórios. Portaria 1217/PRES, de 30/11/2000, prorroga por 180 dias o prazo de entrega do

relatório antropológico (a contar de 03/10/2000).

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LXXXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Anaro Rio dos Índios e Borboleta (levantamentos).

02 LOCALIZAÇÃO

Alto Alegre, Roraima Rio Grande do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

054/PRES, de 04/02/2000 101/PRES, de 23/02/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Delimitada, A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Nadia Farage Héber Rogério Grácio

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – UNICAMP Antropólogo – FUNAI/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

18 dias: antropóloga 13 dias: geógrafo

10 dias: demais técnicos

40 dias + 21 dias + 12 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias

150 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Recursos: Programa Território e Cultura Indígenas (PTCI). GT: 05 pessoas.

Portaria 400/PRES, de 19/05/2000, inclui a socióloga Joani Silvana Capiberibe de Lyra no

GT. Portaria 623/PRES, de 05/07/2000, prorroga por 21 dias o prazo dos trabalhos de

campo. Portaria 782/PRES, de 09/08/2000, prorroga por 12 dias o prazo dos trabalhos de

campo.

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LXXXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Palmas Corumbauzinho e Barra Velha (revisão de limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Paraná e Santa Catarina Bahia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

102/PRES, de 23/02/2000 104/PRES, de 24/02/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada A identificar, Regularizada (27/09/1996) – TI em revisão de limites – a identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Cláudia Tereza Signori Franco Maria Rosário Gonçalves de Carvalho

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – FUNAI/DAF/DEID Antropóloga – UFBA

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

40 dias + 22 dias: antropóloga, bióloga e indigenista + 22 dias + 04 dias

+ 60 dias: levantamento fundiário + 07 dias (eng. agrimensor)

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 75 dias

90 dias + 120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas. GT constituído para realizar estudos e

levantamentos de identificação e revisão da TI Palmas. Portaria 1215/PRES, de 30/11/2000, prorroga por 75 dias o prazo de entrega do relatório antropológico de identificação e

delimitação.

Recursos: PTCI. GT: 07 pessoas. Participação de Eduardo Aguiar de Almeida, indigenista. Portaria 1262/PRES, de

22/12/00, constitui GT para concluir os estudos de identificação e delimitação ds TI Corumbauzinho e revisão de

limites da TI Barra Velha. GT: 06 pessoas. Portaria 258/PRES, de 19/03/01, concede o prazo de 22 dias para a

conclusão dos estudos e levantamentos antropológicos. Portaria 498/PRES, de 07/06/01, constitui GT para realizar

estudos e levantamentos visando a conclusão da identificação e del. e revisão de limites. Trabalhos de campo: 04 dias. Portaria 530/PRES, de 28/06/01, prorroga por 07 dias o prazo para os

trabalhos de campo do eng. agrimensor.

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LXXXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Maranduba Kayabi (limite noroeste do Parque do Xingu) (Rio Arraias/BR 080)

02 LOCALIZAÇÃO

Santa Maria das Barreiras, Pará Marcelândia, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

162/PRES, de 17/03/2000 214/PRES, de 04/04/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Declarada A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Juliana Gonçalves Melo Klinton Vieira Senra

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – Consultora/PPTAL Antropólogo

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias: antropóloga

20 dias: demais técnicos

15 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias + 60 dias

90 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 1216/PRES, de 30/11/2000, prorroga por 60 dias o prazo para entrega do relatório

antropológico (a contar de 06/11/2000).

Recursos: Convênio FUNAI/UNESCO. GT: 01 pessoa. Estudos preliminares de identificação

da área reivindicada pelos índios Kayabi junto ao limite noroeste do Parque do Xingu.

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LXXXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cajuhiri Atravessado Buriti

02 LOCALIZAÇÃO

Coari, Amazonas Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

420/PRES, de 29/05/2000 490/PRES, de 13/06/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada Regularizada (12/01/1994) – TI em revisão de limites - delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Leslye Bombonatto Ursini Edison Netto Lasmar

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga, consultora/PPTAL Antropólogo – Convênio FUNAI/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias: antropóloga + 12 dias 30 dias: engenheiro florestal

20 dias: demais técnicos + 16 dias (téc. agrimensura e téc. agrícolas)

30 dias + 10 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias + 60 dias + 90 dias + 120 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 736/PRES, de 31/07/2000, prorroga por 12 dias a realização dos trabalhos de

campo da antropóloga-coordenadora e 16 dias para o técnico em agrimensura e os técnicos agrícolas. Portaria 1214/PRES, de

30/11/2000, prorroga por 60 dias o prazo de entrega do relatório antropológico de identificação e delimitação da TI (a contar de

27/11/2000). Portaria 312/PRES, de 28/03/2001, prorroga por 90 dias o prazo para entrega do relatório. Portaria 572/PRES, de

13/07/2001, prorroga por 120 dias o prazo para entrega do relatório de identificação e delimitação (efeitos retroagem ao dia

25/04/2001).

Recursos: PTCI. GT: 04 pessoas. GT constituído para realizar estudos e

levantamentos de identificação e delimitação com vistas a revisão de limites da TI. Portaria 835/PRES, de 16/08/2000, prorroga por 10 dias

o prazo para os trabalhos de campo.

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LXXXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Estação Parecis Ypytã, Ykuku e Kokue’y (levantamentos preliminares

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

527/Pres, de 21/06/2000 618/PRES, de 30/06/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar A identificar (Kokue’y)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Fátima Roberto Machado Carlos Alexandre Barbosa Plínio dos Santos

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – UFMT Antropólogo, Convênio FUNAI/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

05 dias

20 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

40 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 04 pessoas. GT constituído para proceder levantamentos

complementares de identificação e delimitação da TI.

Recursos: TERRASUL. Portaria designa antropólogo e engenheiro agrimensor para realizar levantamentos preliminares com vistas à identificação e

delimitação das áreas supracitadas.

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LXXXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Ribeirão Silveira e Piaçaguera Ponte de Pedra e Uirapuru

02 LOCALIZAÇÃO

São Paulo Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

867/PRES, publicada em 28/08/2000 637/Pres, de 07/07/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada, Delimitada A identificar, A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos Aderval da Costa Filho

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, FUNAI/UNESCO Antropólogo – UFMT

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

50 dias + 10 dias: antropólogo, agrimensora e agrônoma

30 dias + 17 dias: técnico em agropecuária e técnico agrimensor

36 dias: antropólogo e engenheira agrimensora 24 dias: geógrafa

33 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias

180 dias/15/06/2001

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas. Portaria 1.041, de 03/10/2000, prorroga por 10 dias os trabalhos

de campo do antropólogo, agrimensora e agrônoma e 17 dias para os técnicos em

agropecuária e agrimensura. O resumo do relatório foi publicado no DOU em 23/12/2002.

Recursos: PRODEAGRO e PTCI. GT: 06 pessoas.

Portaria 220/Pres, de 09/03/2001, prorroga o prazo de entrega do relatório antropológico

para o dia 15/06/2001.

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XC

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Guarani do Araça’i

02 LOCALIZAÇÃO

Saudades, Santa Catarina

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

928/PRES, de 06/09/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Kimiye Tommasino

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga – Universidade Estadual de Londrina

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias/31.07.2001

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 04 pessoas. Portaria 1081/Pres, de 17/10/2000, prorroga por

30 dias o prazo para os trabalhos de campo. Portaria 521/Pres, de 21/06/2001, prorroga o prazo para a entrega do relatório técnico até

31/07/2001.

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XCI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Trombetas/Mapuera Balaio

02 LOCALIZAÇÃO

Pará, Amazonas, Roraima São Gabriel da Cachoeira, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

981/PRES, de 18/09/2000 993/PRES, de 20/09/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ruben Caixeta de Queiroz Eliane da Silva Souza Pequeno

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo Antropóloga – DEID/DAF/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

40 dias: antropólogo-coordenador 36 dias: demais técnicos

45 dias: antropóloga, geólogo e engenheiro agrimensor + 10 dias (eng. agrimensor)

30 dias: demais técnicos do GT

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias

120 dias + 120 dias + 120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Participação de Fiorello Parise, sertanista,

DEII/FUNAI.

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 1121/Pres, de 30/10/2000, prorroga por 10

dias a realização do trabalho de campo do engenheiro agrimensor. Portaria 322/Pres, de

03/04/2001, prorroga por 120 dias o prazo para a entrega do relatório (efeitos retroagem ao dia 18/03/2001). Portaria 575/Pres, de 16/07/2001, prorroga por 120 dias o prazo para entrega do relatório (efeitos retroagem ao dia 16/07/2001).

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XCII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S) TERRA(S)

INDÍGENA(S)

Areões e Pimentel Barbosa Parabubure (áreas II, III, IV e V)

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1054/Pres, de 10/10/2000 1086/PRES, de 19/10/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (30/10/1997) – TI em revisão de limites – a identificar; Regularizada

(17/06/1994) TI em revisão de limites – a identificar

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ricardo Calaça Manoel Jorge Luiz de Paula

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo, FUNAI/DEID/UNESCO Antropólogo-coordenador – FUNAI/AER Cuiabá

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

65 dias: antropólogo + 03 dias + 01 dia 65 dias: técnico indigenista + 30 dias

54 dias: bióloga-consultora 54 dias: engenheiro agrimensor + 30 + 03 + 01

40 dias: téc. fundiários – AER Cuiabá e INTEREMAT

07 dias: téc. ambiental-colaborador

47 dias: antropólogo-coordenador 60 dias: demais antropólogos, engenheiros

agrônomos e ecólogo 29 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias + 120 dias

180 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 07 pessoas. Participação de Francisco dos Santos Magalhães, técnico indigenista, NAL Água Boa/MT. GT constituído para

realizar novos estudos e levantamentos de identificação e delimitação. Portaria 520/Pres, de 18/06/2001, constitui GT para complementação de

dados dos levantamentos para revisão de limites da TI Pimentel Barbosa. GT: 03 pessoas. Recursos: PTCI. 30 dias de campo e 120 para entrega do relatório. Portaria 630/Pres, de 02/08/2001, prorroga por 03 dias o prazo para os trabalhos de campo do antropólogo e do engenheiro agrimensor.

Portaria 668/Pres, de 14/08/2001, prorroga por 01 dia o prazo para os trabalhos de campo.

Recursos: PTCI. GT: 11 pessoas. Participação de Luis Roberto de Paula, antropólogo-consultor, Helder Ferreira de Sousa,

antropólogo FUNAI/DEID/UNESCO, 02 engenheiros agrimensores da FUNAI e um técnico agrícola e engenheira

agrônoma. GT constituído para realizar novos estudos e levantamentos de identificação e delimitação, em conformidade

com a Portaria 343/Pres/96, de 21/05/1996. Portaria 1114/Pres, de 26/10/2000 exclui Helder de Sousa e o técnico agrícola.

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XCIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Estação e São Domingos (São Domingos do Jacapari e Estação)

Kanela – Buriti Velho e Porquinhos - Aldeia Chinela

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Barra do Corda e Fernando Falcão, Maranhão

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1109/PRES, de 25/10/2000 1122/PRES, de 30/10/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada Regularizada (22/04/1983) TI em revisão de limites – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Luciana Maria de Moura Jaime Garcia Siqueira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga, Consultora UNESCO Antropólogo – Consultor

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

46 dias: antropóloga-coordenadora 42 dias: biólogo

40 dias: engenheiro agrimensor 30 dias: demais técnicos

45 dias: antropólogo-coordenador + 21 + 10 45 dias: eng. agrônomo-consultor + 30

30 dias: demais técnicos + 45 dias + 07 dias: eng. agrimensor + 47 dias: técnico agrícola

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias

180 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Recursos: PPTAL. GT: 07 pessoas. Portaria 1222/Pres, de 06/12/00, prorroga por 07 dias a realização dos

trabalhos de campo do eng. agrimensor, 30 dias para eng. agrônomo do INCRA e técnico agropecuário.

Portaria 1234/Pres, de 12/12/2000, altera a Portaria 1222/Pres, prorrogando por 21 dias a realização dos

trabalhos de campo do antropólogo-ccordenador e 11 dias para o ambientalista. Portaria 753/Pres, de 19/09/2001, constitui GT para continuação do

levantamento fundiário.

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XCIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Igarapé Itaboca, Igarapé Joari e Terra Vermelha (Itixi Mitari)

Irantxe

02 LOCALIZAÇÃO

Beruri, Amazonas Brasnorte, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1123/PRES, de 31/10/2000 1144/Pres, de 08/11/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada Regularizada (23/04/1990) TI em revisão de limites - delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ney José Brito Maciel Rinaldo Sérgio Arruda

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo, Consultor/FUNAI/UNESCO Antropólogo – PUC/SP

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

46 dias: antropólogo-coordenador e engenheiro florestal

40 dias: engenheiro agrimensor 30 dias: demais técnicos

35 dias: antropólogo, ambientalista e técnico em agrimensura

25 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

180 dias + 120 dias + 270 dias

180 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 700/Pres, de 27/08/2001, prorroga por

120 dias o prazo para entrega do relatório. Portaria 077/Pres, de 31/01/2002, prorroga por

270 dias o prazo para entrega do relatório.

Recursos: PRODEAGRO. GT: 06 pessoas. GT constituído para realizar novos estudos e levantamentos de identificação e delimitação.

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XCV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Baía dos Guató Cachoeirinha, Taunay Ipegue e Buriti

02 LOCALIZAÇÃO

Barão de Melgaço, Mato Grosso Mato Grosso do Sul

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1145/PRES, de 08/11/2000 1155/PRES, de 13/11/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada Regularizada – TI em revisão de limites – delimitada; Regularizada (05/01/1994) TI em

revisão de limites – a identificar; Regularizada (12/01/1994) TI em revisão de limites - delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Giovani José da Silva Gilberto Azanha

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador Antropólogo, CTI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

43 dias: levantamento antropológico e ambiental

26 dias: levantamento fundiário + 45 dias + 45 dias + 45 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias

43 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PRODEAGRO. GT: 06 pessoas. Participação de Jorge Luiz de Paula,

antropólogo, FUNAI/AER Cuiabá. GT constituído para realizar novos estudos e

levantamentos de identificação e delimitação.

Recursos: PTCI. GT: 06 pessoas. GT constituído para realizar novos estudos e levantamentos de

identificação e delimitação. Portaria 026/Pres, de 09/01/2001, prorroga por 45 dias o prazo para os trabalhos de levantamento fundiário. Portaria 164/Pres, de 02/03/2001, prorroga por 45 dias o

prazo para conclusão do levantamento fundiário das TIs. Portaria 445/Pres, de 10/05/2001, prorroga

por 45 dias o prazo para os trabalhos de campo.

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XCVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2000

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Caieiras Velha Xetá

02 LOCALIZAÇÃO

Aracruz, Espírito Santo Paraná

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1156/PRES, de 13/11/2000 1230/PRES, de 07/12/2000

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (10/04/2003) Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Elizabeth Monteiro Carmen Lúcia da Silva

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga, FUNAI/Museu do Índio-RJ Antropóloga

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

07 dias: antropóloga e geólogo 03 dias: demais técnicos

30 dias: antropóloga + 16 dias: antropóloga, agrimensor, representantes indígenas e téc.

agronomia 15 dias: demais técnicos + 11 dias: demais

técnicos 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias + 30 dias

90 dias + 120 dias: antropóloga

+ 40 dias: demais técnicos 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas. Portaria 060/Pres, de 24/01/2001, prorroga por

30 dias o prazo para entrega do relatório antropológico referente ao reestudo dos limites

da TI.

Recursos: PTCI. GT: 06 pessoas. Portaria assinada pelo presidente da FUNAI em conjunto com o governador do

Paraná, Jaime Lerner. Indicação da participação de “membro da comunidade Xetá a ser designado segundo suas formas próprias”. Portaria 970/Pres, de 27/11/2001,

constitui GT para realização de estudos complementares de identificação e delimitação da TI. Portaria 898/Pres, de

05/09/2002, constitui grupo técnico para realizar estudos de levantamento ambiental (17 dias: antropóloga, 14 dias:

demais técnicos). GT: 04 pessoas.

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XCVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Guyraroká e Arroio-Korá Jeripancó (estudos complementares)

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso do Sul Água Branca, Alagoas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

083/PRES, de 31/01/2001

379/PRES, de 19/04/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação, Em identificação Regularizada (06/02/2001), TI em revisão de limites - a identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Levi Marques Pereira Wallace de Deus Barbosa

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo, Consultor/UNESCO Antropólogo, consultor

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias: antropólogo + 30 + 30 + 32 dias 40 dias: técnico fundiário + 24 dias

25 dias: ambientalista 50 dias: engenheiro agrônomo da FUNAI + 14

14 dias: técnico em agrimensura + 30 dias + 50 dias: levantamento fundiário

30 dias: antropólogo 30 dias: técnico em agrimensura + 07 dias

40 dias: demais técnicos + 03 dias

Início dos trabalhos de campo: 05/06/2001

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias

120 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 06 pessoas. Portaria 257/Pres, de 19/03/2001, prorroga por 30 dias o prazo para a realização dos trabalhos em campo do

antropólogo-coordenador e 50 dias para conclusão do levantamento fundiário. Portaria 409/Pres, de 26/04/2001, prorroga por 30 dias o prazo para realização dos trabalhos de campo do antropólogo e do técnico em

agrimensura para conclusão do levantamento fundiário. Portaria 457/Pres, de 23/05/2001, prorroga por 32 dias o prazo para realização dos trabalhos em

campo do antropólogo, 24 dias: téc. agropecuária e téc. fundiário do IDATERRA e 14 dias para engenheiro agrônomo para conclusão do lev. fundiário. Portaria 495/Pres, de 05/06/2001, prorroga por 23 dias o prazo para realização dos trabalhos em campo do téc. agrimensura da FUNAI.

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas (sem ambientalista). Portaria 595/Pres, de 20/07/2001,

prorroga por 07 dias o prazo para os trabalhos de campo do técnico em agrimensura. Portaria

051/Pres, de 10/08/2001, prorroga por 03 dias o prazo para os trabalhos de campo dos técnicos

Pedro Souza Filho, Gabriel Gomes Inácio e Luiz A. Freitas Falcão.

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XCVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Potiguara Monte Mor (estudos complementares)

Batelão

02 LOCALIZAÇÃO

Paraíba Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

443/PRES, de 10/05/2001 448/PRES, de 15/05/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Identificada (19/05/2004) Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Sidnei Clemente Peres Klinton Senra

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo Antropólogo, consultor

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias + 15 dias

40 dias: antropólogo + 15 dias 40 dias: ambientalista + 22 dias

40 dias: engenheiro agrônomo e motorista 20 : téc. agrimensor e eng. agrônomo INCRA

+ 10 dias: demais técnicos 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias

120 dias: relatório antropológico 60 dias: relatório ambiental 30 dias: demais relatórios

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas (sem ambientalista). Portaria 472/Pres, de 30/05/2001, prorroga por 15 dias o prazo para os trabalhos de campo. Portaria 929/Pres, de 19/09/2002, constitui grupo técnico para realizar a complementação dos levantamentos cartográficos e fundiário (GT: 06

pessoas). Portaria 1230/Pres, de 26/11/2002, prorroga os trabalhos de campo.

Recursos: PRODEAGRO e PTCI. GT: 06 pessoas. Portaria 752/Pres, de 19/09/2001, constitui grupo técnico para dar

continuidade aos estudos e levantamentos de identificação e delimitação da TI, cujos trabalhos de campo foram

paralisados em razão da necessidade de se contar com proteção policial aos membros do GT. Portaria 701/Pres, de

16/07/2002, constitui grupo técnico para finalizar os estudos e levantamentos documental e cartorial das propriedades

existentes no interior da TI Batelão, composto por 04 pessoas – eng. agrônomo, téc. agrimensor, analista de sistemas e

motorista (15 dias de campo e 05 para entrega do relatório).

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XCIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Lagoa Encantada (conclusão do levantamento antropológico e fundiário)

Krukutu, Guarani da Barragem e Jaraguá

02 LOCALIZAÇÃO

Aquiraz, Ceará São Paulo, São Paulo

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

459/PRES, de 23/05/2001 531/PRES, de 28/06/2001 (Portaria 800/Pres, de 01/10/2001 torna insubsistente)

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar Regularizada (09/09/1998) TI em revisão de limites – em identificação; Regularizada (09/09/1998) – TI

em revisão de limites - em identificação; Regularizada (09/091998) – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria de Fátima Campelo Brito Leslye Bombonatto Ursini

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga, FUNAI/AER Recife Antropóloga-coordenadora, colaboradora

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias + 03 dias

30 dias: antropóloga-coordenadora, antropólogo-colaborador, técnico ambiental da

SEMA e engenheira agrimensora 06 dias: antropóloga colaboradora

50 dias: técnico agropecuário, técnico agrícola, e engenheiro agrônomo do INCRA

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias

70 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas. Portaria 310/Pres, de 16/04/2002, constitui

grupo técnico para proceder os levantamentos necessários visando a adequação de limites da terra indígena Lagoa da Encantada (03 dias de

campo).

Recursos: FURNAS – Centrais Elétricas S/A e PTCI. GT: 08 pessoas. Participação de Carlos Alexandre Santos, antropólogo-colaborador e

Maria Inês Ladeira, antropóloga-colaboradora, Roberto Ulisses Resende, técnico ambiental-

SEMA/SP. Portaria 800/Pres, de 01/10/2001 torna insubsistente a Portaria 531/pres, de 28/06/2001.

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C

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Kokue’y (estudos de identificação e delimitação), Urukuty, Maracaí (M’barakay),

Gua-y-viri e Samakuã (levantamentos preliminares)

Paukalirajausu (complementação de dados da identificação e delimitação)

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso do Sul Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

542/PRES, de 29/06/2001 587/PRES, de 17/07/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar, A identificar, A identificar, A identificar

A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos Marcelo Oppido Fiorini

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, colaborador Antropólogo-coordenador, colaborador

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias: antropólogo-coordenador e antropóloga colaboradora

17 dias: engenheira agrimensora do IDATERRA

15 dias: antropólogo-coordenador 10 dias: demais integrantes

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias

90 dias: relatório do antropólogo-coordenador 60 dias: rel. ambientalista 30 dias: rel. agrimensor

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 03 pessoas. Portaria 957/PRES, de 24/09/2002, constitui grupo técnico com a finalidade de realizar o

levantamento fundiário nos limites em estudo da TI Kokue’y (32 dias de trabalho de campo e 15 dias para entrega do relatório fundiário. GT: 03

pessoas.)

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas (sem fundiário). Participação de Pedro Dias

Correia, indigenista, colaborador.

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CI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Cacique Fontoura Estação e São Domingos

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso Tonantins, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

594/PRES, de 18/07/2001 701/PRES, de 27/08/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Delimitada Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

André Amaral de Toral Luciana Maria de Moura Ramos

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, colaborador Antropóloga, consultora/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias: antropólogo e ambientalista 15 dias: engenheira agrimensora 20 dias: engenheiro agrônomo

05 dias: engenheiro agrônomo INCRA + 20 dias

48 dias: antropóloga e ambientalista 30 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias: rel. antropológico 30 dias: demais relatórios

30 dias: agrimensor. 45 dias: rel. fundiário Ambientalista: -60 dias: Estação

-90 dias: São Domingos Antropóloga: -120 dias: Estação

-180 dias: São Domingos 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI e Instituto Ecológica. GT: 05 pessoas. Todos os 04 integrantes são

colaboradores (+ 01 do INCRA/MT). Portaria 670/Pres, de 14/08/2001 estabelece o prazo de 20 dias para execução do trabalho do engenheiro

agrônomo do INCRA.

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas.

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CII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Porto Lindo (estudos de revisão de limites) (Yvy-Katu)

Xapecó (estudos de revisão de limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Mundo Novo, Mato Grosso do Sul Santa Catarina

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

724/PRES, de 28/08/2001 728/PRES, de 04/09/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (04/01/1994), TI em revisão de limites - delimitada

Homologada, TI em revisão de limites - delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Fábio Mura Juracilda Veiga

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, colaborador Antropóloga-coordenadora, colaboradora

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias+ 02 dias: antropólogo-coordenador e ambientalista

07 dias+ 02 dias: antropólogo colaborador 07 dias: agrimensor

30 dias: demais técnicos

22 dias + 07 dias: antropóloga-coordenadora 15 dias: ambientalista

08 dias + 07 dias: agrimensor 20 dias + 20 dias: demais técnicos.

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

120 dias: antropólogo-coordenador 60 dias: antropólogo colaborador e

ambientalista 30 dias: demais técnicos

120 dias + 90 dias: antropólogo-coordenador 90 dias: ambientalista

30 dias + 30 dias: demais técnicos

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 07 pessoas. Participação de Rubem Thomaz de Almeida,

antropólogo, colaborador. Portaria 726/Pres, de 30/08/2001, prorroga por dois dias o prazo para

os trabalhos de campo do antropólogo-coordenador, antropólogo-colaborador e

ambientalista.

Recursos: PTCI. GT: 07 pessoas. Portaria 175/Pres, de 05/03/2002, constitui

grupo técnico para complementar os estudos e levantamentos para a revisão de limites da TI

Xapecó (GT: 05 pessoas).

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CIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Bacurizinho Kaxinawá Seringal Curralinho

02 LOCALIZAÇÃO

Grajaú, Maranhão Feijó, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

725/PRES, de 30/08/2001 822/PRES, de 10/10/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (29/02/1984) TI em revisão de limites, em identificação

A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Leslye Bombonatto Ursini Jacó César Piccoli

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, consultora/PNUD Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

45 dias + 21 dias: antropóloga-coordenadora 45 dias + 08 dias: ambientalista

17 dias + 15 dias + 06 dias: agrimensor 52 dias: engenheiro agrônomo

50 dias: demais técnicos

44 dias + 30 dias: antropólogo 27 dias + 17 dias: bióloga

32 dias + 30 dias: engenheiro agrimensor 30 dias: demais técnicos

+ 30 dias: técnicos agrícolas 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: rel. fundiário e de demarcação 60 dias + 30 dias: rel. ambiental 120 dias: re. Final antropológico

30 dias: agrimensor e fundiário 60 dias: ambiental

120 dias: rel. final do antropólogo 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas. Portaria 890/Pres, de 31/10/2001, prorroga por 15 dias o prazo dos trabalhos de campo do engenheiro agrimensor. Portaria 940/Pres, de 19/11/2001, prorroga por 21 dias o prazo dos trabalhos de

campo da antropóloga, 08 dias para biólogo e 05 para engenheiro agrimensor. Portaria 168/Pres, de

04/03/2002, prorroga por 30 dias o prazo para entrega do relatório do biólogo.

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 973/Pres, de 29/11/2001, prorroga por 17 dias a realização dos trabalhos de campo da bióloga.

Portaria 1050/Pres, de 19/12/2001 prorroga por 30 dias o prazo dos trabalhos de campo.

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CIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Anaro (Makuxi) Morro dos Cavalos (Guarani M’byá)

02 LOCALIZAÇÃO

Amajari, Roraima Palhoça, Santa Catarina

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

824/PRES, de 11/10/2001 838/PRES, de 16/10/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Jorge Manoel Costa e Souza Maria Inês Ladeira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD Antropóloga-coordenadora, consultora-CTI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias + 09 dias + 09 dias + 19 dias: antropólogo e ambientalista

08 dias + 07 dias + 05 dias: agrimensor 15 dias: demais técnicos

16 dias + 02 dias + 05 dias: antropóloga 15 dias + 02 dias: biólogo

07 dias + 05 dias: agrimensor 20 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias + 30 dias: agrimensor e fundiário 60 dias: rel. ambiental

120 dias + 60 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

120 dias: rel. antropológico 60 dias: rel. ambiental

30 dias: demais relatórios

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 862/Pres, de 22/10/2001, prorroga por 07 dias o prazo para a realização dos trabalhos de campo do técnico em agrimensura. Portaria 1060/Pres, de 11/10/2002, constitui grupo técnico com a finalidade de dar continuidade aos estudos e levantamentos de identificação e delimitação (09 dias:

antropólogo; 12 dias: eng. agrimensor; 20 dias: técnico em agropecuária AER-RR e 23 dias: técnico agrícola do INCRA/DF). Portaria 1.165/Pres, de 05/11/2002, prorroga por

05 dias a permanência em campo do engenheiro agrimensor. Portaria 1.172/Pres, de 07/11/2002, prorroga por 09 dias a permanência em campo do antropólogo-coordenador.

Portaria 1331/Pres, de 06/03/2003, constitui grupo técnico com a finalidade de dar continuidade aos estudos e levantamentos de identificação e delimitação da TI Anaro (19

dias: antropólogo e téc. agrícola da FUNAI; 21 dias: téc. agrícola do INCRA).

Recursos: PTCI e Convênio FUNAI/DNER. GT: 07 pessoas. GT constituído para ‘realizar novos estudos e levantamentos de identificação e delimitação da TI.’ Portaria 922/Pres, de 12/11/2001, determina o deslocamento de um eng.

agrimensor por 05 dias. Portaria 938/Pres, de 19/11/2001, prorroga por 02 dias os trabalhos de campo da antropóloga e do biólogo. Portaria 975/Pres, de

03/12/2001, prorroga por 10 dias o prazo dos trabalhos de campo dos técnicos responsáveis pelo levantamento fundiário. Portaria 622/Pres, de 24/06/2002, designa a antropóloga para se deslocar à cidade de Florianópolis/SC com a

finalidade de complementar informações necessárias à finalização do relatório de identificação e delimitação (05 dias de campo).

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CV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Arroio-Korá (Kaiowá) Las Casas (Kaiapó)

02 LOCALIZAÇÃO

Mato Grosso do Sul Araguaina, Tocantins e Redenção, Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

921/PRES, de 12/11/2001 992/PRES, de 06/12/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Levi Marques Pereira Juliana Melo

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, colaborador Antropóloga-coordenadora, consultora/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias: antropólogo

15 dias: demais técnicos

30 dias + 10 dias: antropóloga 30 dias: biólogo

15 dias: agrimensor 45 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: rel. antropológico

30 dias: rel. demais técnicos

30 dias: rel. agrimensor 45 dias: fundiário 60 dias: biólogo

120 dias + 90 dias + 90 dias: relatório final da antropóloga

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas. GT constituído com base na carta precatória nº

013/01-SD 01 para realizar estudos e levantamentos complementares de identificação

e delimitação.

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 001/Pres, de 07/01/2002, prorroga por 10 dias o prazo

dos trabalhos de campo da antropóloga. Portaria 607/Pres, de 12/06/2002, prorroga por 90 dias a

entrega do relatório da antropóloga-coordenadora (portaria retroage a 27/05/2002). Portaria 049/Pres, de 24/01/2003, prorroga por 90 dias o prazo para

entrega do relatório final da antropóloga.

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CVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2001

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Arara do Alto Juruá

02 LOCALIZAÇÃO

Marechal Thaumaturgo, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1054/PRES, de 21/12/2001

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Walter Alves Coutinho Junior

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias: antropólogo 15 dias + 03 dias: bióloga

16 dias: agrimensor 15 dias: demais técnicos

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: rel. agrimensor e fundiário 45 dias: ambiental

90 dias + 90 dias: relatório final do antropólogo

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 256/Pres, de 22/03/2002, prorroga o prazo dos

trabalhos de campo da bióloga por 03 dias. Portaria 910/Pres, de 10/09/2002, prorroga por

90 dias o prazo concedido para a entrega do relatório do antropólogo (efeitos retroagem a

19/07/2002).

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CVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Pinhal (reestudo dos limites) Apurinã do Igarapé Mucuim

02 LOCALIZAÇÃO

Seara, Santa Catarina Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

020/PRES, de 18/01/2002 092/PRES, de 05/02/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (17/10/2002) TI em revisão de limites - delimitada

Delimitada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ricardo Cid Fernandes Rodrigo Padua Rodrigues Chaves

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, colaborador Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias + 02 dias: antropólogo 20 dias: bióloga

20 dias + 05 dias: eng. agrimensor 30 dias + 40 dias + 30 dias: eng. agrônomos

40 dias: antropólogo e geógrafa 37 dias: técnica agrícola 35 dias: eng. agrimensor

20 dias: chefe do PIN Lábrea 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias: relatório final antropológico

30 dias: rel do agrimensor e fundiário 60 dias: rel. ambiental

120 dias: relatório final do antropólogo 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas. Portaria 413/Pres, de 30/04/2002, prorroga o prazo dos

trabalhos de campo dos engenheiros agrônomos por 40 dias, para o antropólogo por 02 dias e para o eng. agrimensor por 05 dias. Portaria

610/Pres, de 14/06/2002, prorroga por mais 30 dias o prazo para conclusão dos trabalhos de

levantamento fundiário.

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas.

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CVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Trombetas/Mapuera Tenharim/Marmelos

02 LOCALIZAÇÃO

Pará, Amazonas e Roraima Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

205/PRES, de 14/03/2002 176/PRES, de 05/03/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

A identificar Regularizada (19/03/1996) TI em revisão de limites – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Ruben Caixeta de Queiroz Edmundo Antônio Peggion

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD Antropólogo-coordenador, Consultor/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

72 dias + 04 dias: antropólogo 27 dias: agrimensor da FUNAI

28 dias: técnico do INCRA e agrimensor ITERPA

33 dias: eng. agrônomo

31 dias + 06 dias: antropólogo e biólogo

17 dias + 11 dias: agrimensor 27 dias + 06 dias: técnicos agrícolas

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: rel fundiário e do agrimensor 120 dias: relatório circunstanciado do

antropólogo

30 dias: relatórios fundiário e de delimitação 60 dias: biólogo

120 dias: relatório final antropológico 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Grupo Técnico constituído para realizar estudos complementares

para levantamento de dados etnográficos e fundiários de identificação e delimitação da TI

Trombetas/Mapuera. Portaria 568/Pres, de 28/05/2002, prorroga por 04 dias o prazo para

realização dos trabalhos de campo do antropólogo.

Recursos: PPTAL. GT: 05 pessoas. Portaria 293, de 03/04/2002, prorroga por 06 dias o

prazo para realização dos trabalhos de campo, exceto para o engenheiro agrimensor: 11 dias.

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CIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Boa Vista Setemã (complementação de estudos e levantamentos de identificação e delimitação)

02 LOCALIZAÇÃO

Laranjeiras do Sul, Paraná Borba, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

261/PRES, de 26/03/2002 702/PRES, de 16/07/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação A identificar

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Cecília Maria Viera Helm Adriana Romano Athila

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, colaboradora Antropóloga-coordenadora, consultora/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

05 dias: antropóloga 15 dias: ambientalista

30 dias + 35 dias: demais técnicos

09 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: rel. ambiental 30 dias: rel. fundiário

15 dias: rel. de demarcação 60 dias: relatório final antropológico

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 04 pessoas. GT constituído para realizar levantamento ambiental e fundiário da

TI Boa Vista. Portaria 585/Pres, de 29/05/2002, prorroga por 35 dias o prazo para conclusão dos trabalhos de levantamento fundiário. Portaria

668/Pres, de 05/07/2002, prorroga por mais trinta dias o prazo para conclusão dos trabalhos de

levantamento fundiário.

Recursos: PTCI. GT: 02 pessoas. Grupo técnico composto pela antropóloga e

pelo engenheiro agrimensor.

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CX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Krukutu, Guarani da Barragem e Jaraguá São Domingos do Jacapari e Mapari (levantamento cartográfico e fundiário)

02 LOCALIZAÇÃO

São Paulo, São Paulo Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

735/PRES, de 05/08/2002 922/PRES, publicada no DOU de 17/09/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (09/09/1998) TI em revisão de limites – em identificação; Regularizada (09/09/1998) TI em revisão de limites – em identificação; Regularizada (09/09/1998) TI

em revisão de limites – em identificação

Delimitada, Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Carlos Alexandre P. B. dos Santos Luciana Maria de Moura Ramos

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, FUNAI/UNESCO/DF

Antropóloga-coordenadora, colaboradora

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 15 dias: antropólogo e ambientalista 30 dias + 35 dias + 20 dias: eng. agrimensor

40 dias + 35 dias: eng. agrônoma 15 dias + 35 dias: técnicos do ITESP

15 dias + 35 dias: agentes de polícia federal

23 dias: antropóloga-coordenadora 14 dias: antropóloga AER Manaus

11 dias: chefe do DEID 17 dias: eng. agrimensor de Manaus

10 dias: engenheiro agrimensor de Brasília 18 dias: eng. agrônomo, téc. agrícola e téc. do INCRA

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

TI Krukutu: antropológico-70 dias; ambiental-50 dias; fundiário e cartográfico: 30 dias.

TI Guarani da Barragem: antropológico-100 dias; ambiental, fundiário e cartográfico: 70 dias.

TI Jaraguá: antropológico-120 dias; ambiental-100 dias; fundiário e cartográfico-90 dias.

30 dias: relatórios cartográfico e fundiário

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: FURNAS (Convênio nº 14.221, firmado entre FUNAI e FURNAS). GT: 07 pessoas. Portaria 920/Pres, de 12/09/2002, inclui 02 agentes federais pelo prazo de 15 dias no grupo técnico. Portaria 923/Pres, de 16/09/2002, prorroga por 15 dias os trabalhos de campo

do antropólogo, ambientalista e auxiliar administrativo e 20 dias para o engenheiro agrimensor. Portaria 940/Pres, de 23/09/2002,

prorroga por 35 dias os trabalhos de campo.

Recursos: PPTAL. GT: 09 pessoas. Portaria 976/Pres, de 30/09/2002, prorroga por 05 dias o prazo para realização dos

trabalhos de campo do engenheiro agrimensor. Portaria 1084/Pres, de 21/10/2002, prorroga por 05 dias a permanência

em campo da antropóloga objetivando a finalização dos trabalhos de levantamento prévio na TI Sapotal (AM).

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CXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Tapeba Fortuna (Chiquitano)

02 LOCALIZAÇÃO

Caucaia, Ceará Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1.185/PRES, de 11/11/2002 1.187/PRES, de 11/11/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Henyo Trindade Barretto Filho Joana Aparecida Fernandes Silva

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor UNESCO Antropóloga-coordenadora, UFMT-UFG

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

35 dias + 25 dias + 06 dias: antropólogo e ambientalista

22 dias + 11 dias: eng. agrimensor 60 dias + 30 dias: equipe fundiária

16 dias: antropóloga, téc. ambiental, téc. agrimensor, motorista

30 dias: técnico indigenista 20 dias: engenheiros agrônomos e motorista

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

70 dias: relatórios + 60 dias: rel. fundiário +210 dias: rel circunstanciado

90 dias: rel. antropológico 60 dias: rel. ambiental

30 dias: demais relatórios 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 03 pessoas. Primeira etapa de estudos e levantamentos de identificação e delimitação. Portaria

1.246/Pres, de 03/12/2002, prorroga por 11 dias a permanência em campo do eng. agrimensor. Portaria 097/Pres, de 12/02/2003, constitui grupo técnico com o objetivo de realizar os trabalhos de levantamento fundiário. Concede 25 dias para o trabalho de campo do antropólogo e 60 dias para a equipe fundiária, 60 dias

de prazo para a entrega do rel. fundiário e 210 dias pra o rel. circunstanciado. Portaria 277/Pres, de 10/04/2003, prorroga por 30 dias a permanência em campo da equipe fundiária e autoriza

o retorno do antropólogo a Caucaia por 06 dias.

Recursos: PNUD/PRODEAGRO. GT: 08 pessoas.

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CXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Fulni-ô (1ª etapa) Tumbalalá

02 LOCALIZAÇÃO

Águas Belas, Pernambuco Abaré e Curaçá, Bahia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1201/PRES, de 14/11/2002 1235/PRES, de 28/11/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, TI em revisão de limites – em identificação

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Peter Schröder Mércia Rejane Rangel Batista

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor UNESCO Antropóloga-coordenadora, consultora UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias: antropólogo-coordenador 10 dias: antropólogo colaborador 07 dias: engenheiro agrimensor

15 dias: antropóloga e geógrafo/ambientalista

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: rel. cartográfico

12 meses: rel. antropológico final 06 meses: rel ambiental final

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 03 pessoas. Primeira etapa dos estudos e levantamentos de

identificação e delimitação. Participação de Robson Cândido da Silva, antropólogo-colaborador, DEID/FUNAI/UNESCO.

Recursos: PTCI. GT: 02 pessoas.

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CXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Aldeia Velha Karitiana (reestudo dos limites) Igarapé Lourdes e Zoró (levantamento prévio para

reestudo dos limites) 02 LOCALIZAÇÃO

Porto Seguro, Bahia Rondônia, Rondônia e Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1.236/PRES, de 28/11/2002 1.241/PRES, de 21/11/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Regularizada (19/09/2002) – TI em revisão de limites – em identificação; Regularizada (30/08/2002)– TI em

revisão de limites – identificada; Regularizada (06/11/1987) – TI em revisão de limites – identificada.

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Jorge Luiz de Paula Luiz Fernando Machado de Souza

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, FUNAI/AER Governador Valadares

Antropólogo-coordenador, UNESCO/FUNAI

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

20 dias: antropólogo, ambientalista, técnicos agrícola e motorista

14 dias: eng. agrimensor

30 dias + 30 dias + 07 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: rel fundiário e do agrimensor

100 dias + 60 dias: relatório antropológico

30 dias: rel. agrimensura 90 dias: rel antropológico e ambiental + 120 dias + 70 dias: rel. antropológico

+ 90 dias + 70 dias: rel. ambiental 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI. GT: 06 pessoas. Estudos e levantamentos de identificação e delimitação.

Portaria 237/Pres, de 03/04/2003, prorroga por 60 dias a entrega do relatório antropológico.

Recursos: PTCI. GT: 03 pessoas. Participação de Roque Simão-motorista/indigenista, colaborador COMIN. Portaria

361/Pres, de 07/05/2003 constitui GT com a finalidade de realizar complementação dos estudos e levantamentos à

revisão de limites da TI Karitiana, concedendo o prazo de 30 dias para a realização dos trabalhos de campo do antropólogo,

da eng. florestal e do motorista. Portaria 557/Pres, de 11/06/2003, prorroga por 07 dias a permanência do GT em

campo. Portaria 892/Pres, de 23/09/2003, prorroga em 70 dias o prazo para entrega dos relatórios antropológico e ambiental referentes aos trabalhos de revisão de limites da TI Karitiana.

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CXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2002

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Riozinho (1ª etapa dos estudos e levantamentos)

02 LOCALIZAÇÃO

Jutaí, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1257/PRES, de 05/12/2002

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Rodrigo Barbosa Ribeiro

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

33 dias: antropólogo 32 dias: geógrafa

15 dias + 15 dias: técnico em agrimensura

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: rel. de agrimensura 180 dias: rel. ambiental

210 dias: rel. do antropólogo

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 03 pessoas. Portaria 1303/Pres, de 24/12/2002, prorroga por 15 dias a

permanência em campo do técnico em agrimensura.

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CXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Paquiçamba (2a. etapa de estudos e levantamentos de identificação e delimitação

para revisão de limites)

Boca do Cano do Correio e Porto Limoeiro

02 LOCALIZAÇÃO

Altamira/PA Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

110/PRES, de 24/02/2003 130/PRES, de 28/02/2003

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (05/08/1994) Em identificação, Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Louis Carlos Forline Cássio Inglez de Souza

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Coordenador-antropólogo-consultor UNESCO Coordenador-antropólogo-consultor PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

14 dias

41 dias: antropólogo e geógrafo

32 dias: técnicos em agrimensura e agrícolas

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

90 dias: relatórios ambiental e fundiário 180 dias: relatório circunstanciado

30 dias: rel. agrimensor 60 dias: técnico agrícola da FUNAI

150: geógrafo 210: relatório final do antropólogo

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 05 pessoas Recursos PPTAL GT: 05 pessoas

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CXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Fulni-ô Xucuru-Kariri

02 LOCALIZAÇÃO

Águas Belas, Pernambuco Palmeira dos Índios, Alagoas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

145/PRES, de 12/03/2003 178/PRES, de 19/03/2003

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Homologada, TI em revisão de limites – em identificação

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Peter Wilfried Schröder Douglas Carrara

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Coordenador-antropólogo-consultor UNESCO Coordenador-antropólogo-consultor UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

27 dias: antropólogo-coordenador, ambientalista e engenheiro agrimensor + 04 dias 13 dias +14 dias + 04: antropólogo colaborador

60 dias + 30 dias: técnicos agrícolas

30 dias + 13 dias + 06 dias/engenheiro agrimensor: + 06 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: relatório fundiário 120 dias: relatório ambiental

210 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

60 dias: relatório ambiental 210 dias: relatório circunstanciado de

identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI, ação identificação e revisão de TI. GT: 06 pessoas. Participação de Robson Cândido da Silva- antropólogo

colaborador-consultor-UNESCO. Portaria 202/PRES, de 31/03/03, prorroga por 14 dias o prazo para o antropólogo

colaborador. Portaria 278/PRES, de 10/04/03, prorroga por 14 dias a permanência em campo do antropólogo colaborador e do

engenheiro agrimensor. Portaria 459/PRES, de 20/05/03, prorroga por 30 dias a permanência em campo da equipe fundiária. Portaria 724/PRES, de 29/07/03, constitui grupo técnico para dar continuidade ao levantamento fundiário e

concede 120 dias para execução dos trabalho de campo.

Recursos: PTCI GT: 04 pessoas Portaria 302/PRES, de 17/04/03, prorroga por

13 dias a permanência do GT em campo. Portaria 363/PRES, de 07/05/03, prorroga por

seis dias a permanência do GT em campo. Portaria 422/PRES, de 14/05/03, prorroga por

seis dias a permanência em campo do engenheiro agrimensor.

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CXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Sombrerito Tumbalalá (trabalhos de identificação e delimitação) e Atikum (estudos de

levantamento prévio) 02 LOCALIZAÇÃO

Sete Quedas, Mato Grosso do Sul Abaré e Curaçá, Bahia

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

194/PRES, de 26/03/03 195/PRES, de 26/03/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação, Regularizada (27/08/1996)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Roberto Salviani Mércia Rejane Rangel Batista

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, consultor UNESCO Antropóloga-coordenadora, consultora UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

44 dias: antropólogo-coordernador 09 dias: antropóloga-colaboradora + 03 dias

30 dias: demais componentes do GT

21 dias: antropóloga-coordenadora + 05 Atikum: antropóloga + 07 dias

15 dias: ambientalista e engenheiro agrimensor +02 dias

40 dias: equipe fundiária e motorista + 45 dias 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

150 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

60 dias: relatório fundiário e ambiental 150 dias: relatório circunstanciado de

identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI ação IRTI GT: 08 pessoas. Participação de Ruth Henrique da Silva-

antropóloga colaboradora CGID/FUNAI/UNESCO. Portaria 312/PRES,

de 23/04/03, prorroga por três dias a permanência em campo da antropóloga

colaboradora.

Recursos: PTCI, ação IRTI GT : 07 pessoas. Portaria 325/PRES, de 29/04/03. prorroga por dois dias a

permanência em campo do engenheiro agrimensor. Portaria 988/PRES, d 22/10/03, constitui GT com o objetivo de realizar os trabalhos de levantamento

fundiário da TI Tumbalalá (05 dias para antropólogo e 45 dias para equipe fundiária- prazo de 60 dias para

entrega do relatório fundiário)

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CXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

São Gabriel/São Salvador Sangradouro/Volta Grande

02 LOCALIZAÇÃO

Santo Antônio do Içá, Amazonas Primavera do Leste, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

301/PRES, de 17/04/03 330/PRES, de 30/04/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Regularizada (19/09/1996), TI em revisão de limites – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Tereza de Lima Fleury Brandão Ricardo Calaça Manoel

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Coordenador-antropóloga-consultor PNUD Coordenador-antropólogo-colaborador

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

36 dias: antropóloga e biólogo 30 dias: engenheiro agrimensor e engenheiro

agrônomo do INCRA 32 dias: técnico agrícola da FUNAI/ + 05 dias

35 dias: antropólogo, engenheiro florestal e engenheiro agrimensor

60 dias: equipe fundiária

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: relatório fundiário e de agrimensura 100 dias: relatório ambiental

150 dias: relatório da antropóloga

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos : PPTAL GT: 05 pessoas Estudos e levantamentos de identificação e

delimitação Portaria 501/PRES, de 30/05/03, prorroga por cinco dias a permanência em

campo do GT.

Recursos: PTCI ação IRTI. GT: 06 pessoas. Portaria 458/PRES, de 20/05/03, inclui o líder

indígena HIPARIDI TOP´TIRO, como antropólogo colaborador e um técnico agrícola do INCRA. Portaria 747/PRES, de 31/07/03, constitui

GT com dois integrantes que não constavam na portaria anterior, mas com prazos de campo e

entrega de relatórios idênticos.

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CXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Sapotal (complementação dos levantamentos antropológico e ambiental)

Uneiuxi (revisão de limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Amazonas Santa Isabel do Rio Negro, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

368/PRES, de 09/05/03 415/PRES, de 12/05/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Regularizada (25/06/2001) – TI em revisão de limites – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Luciana Maria de Moura Ramos Ricardo Neves Romcy Pereira

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Coordenadora-antropóloga-consultora PNUD Coordenador-antropólogo-consultor UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias + 08 dias 40 dias: antropólogo, ambientalista e motorista 15 dias: técnicos agrícola e técnico em

agrimensura

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatório ambiental 120 dias: relatório antropológico

60 dias: relatórios fundiário e cartográfico 90 dias: relatório ambiental

150 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL GT 02 pessoas. Portaria 511/PRES, de 30/05/03, prorroga por 08 dias a

permanência em campo do GT.

Recursos: PTCI ação IRTI GT: 06 pessoas.

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CXX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Piraí, Tarumã e Morro Alto Cajuhiri-Atravessado (estudos complementares) e Zo´é (reconhecimento de

limites) 02 LOCALIZAÇÃO

Santa Catarina Coari, Amazonas e Óbidos, Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

428/PRES, de 15/05/03 463/PRES de 22/05/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação, Em identificação, Em identificação

Delimitada, Declarada

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Janete Albuquerque de Carvalho Nadja Havt Bindá

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora-consultora FUNAI/UNESCO

Antropóloga-coordenadora -consultora FUNAI/CGID/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

60 dias: antropóloga e ambientalista 50 dias: engenheiro agrônomo, técnico do

INCRA e engenheiro agrimensor/ + 05 dias

47 dias: antropóloga 43 dias: técnico em agrimensura

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

TI Morro Alto: antropológico, 100 dias; + 90 ambiental, 80 dias + 90; cartográfico, 70;

fundiário, 80 TI Piraí: antropológico, 120; ambiental e

fundiário, 100; cartográfico, 90. TI Tarumã: antropológico, 140; ambiental, 120;

+ 90 cartográfico, 110; fundiário, 120 dias.

TI Cajuhiri-Atravessado: 60 dias TI Zo´é: 30 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 06 pessoas. Portaria 634/PRES, de 30/06/03, inclui os estudos de identificação e delimitação da TI Pindoty e estipula o

prazo de 160 dias para entrega do relatório antropológico e 140 dias para os relatórios ambiental e fundiário. Portaria 672/PRES, de 14/07/03, prorroga por cinco dias os trabalhos de campo do GT.

Portaria 958/PRES, de 14/10/03, prorroga por 90 dias o prazo para entrega dos relatórios ambiental e antropológico referente aos trabalhos

de identificação das TI Morro Alto, Piraí, Tarumã e Pindoty/SC

Recursos: PTCI GT: 02 pessoas

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CXXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Tingui-Botó Rio Arraias

02 LOCALIZAÇÃO

Feira Grande, Alagoas Marcelândia, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

468/PRES, de 26/05/03 469/PRES, de 26/05/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

João Nelson Di Mota Trindade Klinton Vieira Senra

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, FUNAI/UNESCO Antropólogo-coordenador- UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias

30 dias: antropólogo, engenheiro florestal e engenheiro agrimensor

60 dias: equipe fundiária

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatório fundiário 120 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação + 70 dias

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 05 pessoas Recursos: PTCI GT: 05 pessoas Portaria 1.218/PRES, de 22/12/03, prorroga

por 70 dias o prazo para a entrega do relatório circunstanciado de identificação e delimitação.

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CXXII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Sururuá e Guanabara Pacajá

02 LOCALIZAÇÃO

Benjamim Constant, Amazonas Portel, Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

499/PRES, de 30/05/03 615/PRES de 26/06/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação, Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Priscila Matta Samuel Vieira Cruz

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora- consultora PNUD Antropólogo-coordenador- consultor/FUNAI/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

44 dias: antropóloga e geógrafa 40 dias: demais técnicos/+13 dias: técnico

agrícola

45 dias: antropólogo e engenheiro florestal 15 dias: técnico em agrimensura 40 dias: técnico em agricultura

30 dias: técnico agrícola do INCRA 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: relatório fundiário e do agrimensor 110 dias: relatório do geógrafo

210 dias: relatório da antropóloga

30 dias: relatório do agrimensor 60 dias: relatório do biólogo

210 dias: relatório do antropólogo 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL GT: 05 pessoas. Portaria 697/PRES, de 16/07/03, prorroga o

prazo de permanência em campo por treze dias do técnico agrícola.

Recursos: PPTAL GT: 05 pessoas

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CXXIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Xinane Parabubure II e III

02 LOCALIZAÇÃO

Feijó e Santa Rosa do Purus, Acre Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

548/PRES, de 10/06/03 592/PRES, de 20/06/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Regularizada (26/08/1987) – TI em revisão de limites – em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Elisa Guedes Vieira Luis Roberto de Paula

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora-consultora/FUNAI/UNESCO

Antropólogo-coordenador-consultor/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

51 dias: antropóloga 53 dias: engenheiro florestal

46 dias: engenheiro agrimensor 40 dias: sertanista

04 dias: técnico agrícola do INCRA

37 dias: antropólogo, engenheiro florestal e

técnico em agrimensura 60 dias: equipe fundiária

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: relatório do agrimensor e do técnico INCRA

60 dias: relatório do engenheiro florestal 180 dias: relatório da antropóloga

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL GT : 05 pessoas Recursos: PTCI GT: 05 pessoas

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CXXIV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Krahô-Kanela Vila Real

02 LOCALIZAÇÃO

Lagoa da Confusão, Tocantins Barra do Corda, Maranhão

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

613/PRES, de 26/06/2003 633/PRES de 30/06/2003

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Graziela Rodrigues de Almeida Isabel Missagia de Mattos

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora-consultora FUNAI/UNESCO

Antropóloga-coordenadora-consultora PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

37 dias + 10 dias: antropóloga, ambientalista e

engenheiro agrimensor 45 dias + 25 dias: equipe fundiária

32 dias: antropóloga e ambientalista + 02 dias 22 dias: engenheiro agrimensor

50 dias: engenheiro agrônomo da FUNAI, técnico agrícola do INCRA, engenheiro

agrônomo do GRR 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatório fundiário+ 45 dias 90 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

30 dias: relatório engenheiro agrimensor e do engenheiro agrônomo da FUNAI 60 dias: relatório ambientalista

180 dias: relatório da antropóloga 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 06 pessoas. Portaria 984/PRES, de 21/10/03, constitui GT com o objetivo de realizar trabalhos de levantamento fundiário da TI Krahô-Kanela, concedendo 10

dias para a antropóloga e 25 dias para a equipe fundiária realizarem trabalhos de campo e 45 dias de prazo para entrega do relatório fundiário. Portaria 1.035/PRES, de 11/11/03, inclui quatro agentes da Polícia Federal para suporte à realização dos

trabalhos de levantamento fundiário.

Recursos: PPTAL GT: 06 pessoas. Portaria 727/PRES, de 30/07/03, inclui 05 agentes da

Polícia Federal para acompanhar o GT, concedendo o prazo de 50 dias para os

trabalhos de campo. Portaria 748/PRES, de 31/07/03, prorroga por dois dias a

permanência em campo do ambientalista.

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CXXV

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Lago Grande Naruvóto

02 LOCALIZAÇÃO

Porto Espiridião, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso

Gaúcha do Norte, Mato Grosso

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

686/PRES, de 14/07/2003 653/PRES, de 07/07/2003

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Joana Aparecida Silva Marcelo Fiorini

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, UFG Antropólogo-coordenador-consultor/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

10 dias: etapa preliminar (antropóloga, técnicos indigenistas e procurador federal)

60 dias: continuidade (toda a equipe)

37 dias: antropólogo e ambientalista 30 dias: engenheiro agrimensor e técnicos

agrícolas

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: peças técnicas relativas aos estudos e levantamentos

60 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

120 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: Convênio 08/2002-FUNAI/GASMAT Recursos: PTCI GT 07 pessoas. Participação de Vanite Kalapalo-AER Xingu/FUNAI.

Portaria 765/PRES, de 06/08/03, prorroga por 04 dias os trabalhos de campo do GT, com

exceção dos técnicos agrícolas.

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CXXVI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Votouro/Kandóia/Faxinalzinho Cué-Cué/Marabitanas

02 LOCALIZAÇÃO

Rio Grande do Sul São Gabriel da Cachoeira, Amazonas

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

773/PRES, de 11/08/03 776/PRES, de 12/08/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Maria Helena de Amorim Pinheiro Eliane da Silva Souza Pequeno

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora FUNAI/UNESCO/AER/Curitiba

Antropóloga-coordenadora, consultora FUNAI/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias: antropóloga, ambientalista e engenheiro agrimensor

50 dias: equipe fundiária

22 dias: antropóloga + 05 dias 26 dias: bióloga + 04 dias

17 dias: engenheiro agrimensor+ 06 dias 22 dias: técnico agrícola da FUNAI + 04 dias

20 dias: técnico do ITEAM + 01 dia 08 PRAZO PARA

ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambientalista

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

30 dias: relatório do agrimensor e do técnico agrícola da FUNAI

60 dias: relatório da bióloga 150 dias: relatório da antropóloga

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 06 pessoas. Portaria 860/PRES, de 02/09/03, suspende

temporariamente os trabalhos do GT de identificação e delimitação da TI Votouro/Kandóia/Faxinalzinho

Recursos: PPTAL GT: 05 pessoas. Portaria 810/PRES, de 19/08/03, prorroga o prazo de

permanência em campo dos técnicos: antropóloga, - 5 dias, bióloga e técnico agrícola

FUNAI- 04 dias, engenheiro agrimensor- 06 dias, técnico ITEAM- 01 dia.

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CXXVII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Bragança/Taquara e Marituba Paquiçamba (terceira etapa dos trabalhos de revisão de limites)

02 LOCALIZAÇÃO

Belterra e Santarém/Pará Altamira/Pará

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

799/PRES, de 13/08/03 889/PRES, de 22/09/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Regularizada (05/08/1994)

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Edviges Ioris Louis Carlos Forline

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora/consultora/PNUD Antropólogo-coordenador/consultor-UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

40 dias + 10 dias: antropóloga 40 dias + 09 dias: engenheiro agrimensor

42 dias+ 10 dias: geógrafa 37 dias + 12 dias: engenheiro agrônomo da

FUNAI e técnico do ITERPA

15 dias + 04 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: relatório do agrimensor e do agrônomo 90 dias: relatório da geógrafa

180 dias: relatório da antropóloga

20 dias: relatório do agrimensor e da equipe fundiária

60 dias: relatório do antropólogo 09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL GT: 05 pessoas. Portaria 859/PRES, de 02/09/03, inclui os representantes indígenas José Gedeão Monteiro Cardoso, coordenador do CITA e

Maria das Graças Tapajós Mota, coordenadora do GCI no GT de identificação e delimitação. Portaria 882/PRES, de 16/09/03, prorroga o prazo de permanência em campo da antropóloga e ambientalista em 10 dias; do engenheiro

agrimensor em nove dias e do técnico em agropecuária em doze dias.

Recursos: PTCI GT: 04 pessoas. Portaria 979/PRES, de 15/10/03, prorroga por quatro

dias o prazo de permanência em campo do GT.

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CXXVIII

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Laranjinha (trabalhos de revisão de limites) Xetá (estudos de levantamento fundiário)

02 LOCALIZAÇÃO

Santa Amélia e Abatiá, Paraná Umuarama e Ivaté, Paraná

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

926/PRES, de 07/10/03 937/Pres, de 09/10/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (13/07/1998) – TI em revisão de limites – em identificação

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Juracilda Veiga Carmem Lúcia da Silva

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, consultora UNESCO

Antropóloga-coordenadora, consultora UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

30 dias + 02 dias: antropóloga 30 dias: ambientalista, engenheiro agrimensor e

técnico em indigenismo 50 dias: equipe fundiária

15 dias: antropóloga 45 dias: técnicos da equipe fundiária

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

30 dias: relatório fundiário 90 dias: conclusão e entrega do relatório

circunstanciado de identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 06 pessoas. Portaria 1089/PRES, de 17/11/03, prorroga por dois dias o prazo dos trabalhos de campo da antropóloga.

Recursos: PTCI GT: 03 pessoas. Portaria 1069/PRES, de 13/11/03, inclui os guias

indígenas Tucanambá José Paraná AER/Guarapuava e José Luciano da

Silva/PIN/São Jerônimo, nos trabalhos de levantamento fundiário, pelo prazo de 30 dias.

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CXXIX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Utaria Wyhyna/Hirari Berena (Ilha do Bananal)

Fazenda Cristo Rei

02 LOCALIZAÇÃO

Lagoa da Confusão e Pium, Tocantins Jatobá, Pernambuco

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

957/PRES, de 13/10/03 977/PRES, de 14/10/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Alceu Cotia Mariz Juliano Bomeisel Campos de Azevedo

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, CGID/DAF/FUNAI Antropólogo-coordenador, consultor/FUNAI/UNESCO

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

15 dias

30 dias

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

60 dias: relatórios cartográfico, ambiental e fundiário

90 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

30 dias: relatório fundiário 90 dias: relatório ambiental

180 dias: relatório circunstanciado de identificação e delimitação

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 05 pessoas Recursos: PTCI. GT: 05 pessoas.

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CXXX

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Apurinã do Igarapé Tauamirim (estudos e levantamentos necessários à revisão de limites)

Nawa

02 LOCALIZAÇÃO

Tapauá, Amazonas Mâncio Lima, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1034/PRES, de 11/11/03 1071/PRES, de 14/11/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Regularizada (16/04/1996) Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Andréa Bittencourt Prado Cloude de Souza Correia

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropóloga-coordenadora, consultora FUNAI/UNESCO/AER/Manaus

Antropólogo-coordenador, consultor/PNUD

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

36 dias

37 dias: antropólogo 30 dias: engenheiro florestal

35 dias: engenheiro agrimensor 33 dias: técnico em agropecuária 20 dias: técnico agrícola INCRA 30 dias: representante da OPIRJ

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

30 dias: relatório engenheiro agrimensor 60 dias: relatório da ambientalista 120 dias: relatório da antropóloga

150 dias: relatório do antropólogo 70 dias: relatório do engenheiro florestal

30 dias: relatório do engenheiro agrimensor e do técnico agrícola da FUNAI

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PTCI GT: 03 pessoas. Participação de Cristina Batista-analista

ambiental/IBAMA/REBIO/ABUFARI/Am. Portaria 1207/PRES, de 19/12/03, substitui a analista

ambiental do IBAMA por Jackson Pantoja Lima, também analista ambiental lotado na REBIO

ABUFARI.

Recursos: PPTAL GT: 06 pessoas Participação de Luis Valdenir Silva de Souza,

representante da OPIRJ.

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CXXXI

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS DADOS DO ANO DE 2003

01 NOME DA(S)

TERRA(S) INDÍGENA(S)

Manchineri do Seringal Guanabara

02 LOCALIZAÇÃO

Assis Brasil e Sena Madureira, Acre

03 NÚMERO E DATA DA PORTARIA

1073/PRES, de 14/11/03

04 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

ATUAL

Em identificação

05 RESPONSÁVEL PELA DEFINIÇÃO

DE LIMITES (COORDENADOR)

Raimundo Tavares Leão

06 VÍNCULO INSTITUCIONAL

Antropólogo-coordenador, AER/Rio Branco

07 DURAÇÃO DO PERÍODO DE

CAMPO

37 dias: antropólogo 45 dias: biólogo

41 dias: engenheiro agrimensor da FUNAI 37 dias: técnico agrícola do INCRA

24 dias: sertanista

08 PRAZO PARA ENTREGA DO RELATÓRIO

150 dias: relatório do antropólogo 60 dias: relatório do biólogo

30 dias: relatório do agrimensor e fundiário

09 OBSERVAÇÕES

Recursos: PPTAL. GT: 06 pessoas.