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A LIAHONA A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS SETEMBRO DE 2001

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A LIAHONAA IGRE JA DE J ESUS CR I S TO DOS SANTOS DOS ÚLT IMOS D IAS � S E T E M B R O D E 20 01

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VER PÁGINA 2

A LIAHONAA IGRE JA DE J ESUS CR I S TO DOS SANTOS DOS Ú LT IMOS D IAS � S E T E M B R O D E 20 01

S U M Á R I O2 MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA: VIVER COM NOSSAS CONVICÇÕES

PRESIDENTE GORDON B. HINCKLEY

10 BERÇO DA RESTAURAÇÃO

18 A RIQUEZA DA RESTAURAÇÃO ÉLDER NEAL A. MAXWELL

25 MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES: PROMOVER A UNIÃO FAMILIARPOR MEIO DO TEMPLO E DO TRABALHO DE HISTÓRIA DA FAMÍLIA

32 “E ELE (. . .) DEU UNS PARA APÓSTOLOS” EDWARD J. BRANDT

42 VOZES DA IGREJA: O PREÇO DO DISCIPULADOEU PRECISAVA DE UMA BÊNÇÃO BRANDON J. MILLERUMA BRECHA NAS NUVENS ANA LIMA BRAXTONNOVOS SONHOS EM LUGAR DOS ANTIGOS MARÍA PATRICIA ROJAS V.UM VAQUEIRO VALENTE ALLAN L. NOBLE

48 COMO UTILIZAR A LIAHONA DE SETEMBRO DE 2001

E S P E C I A L M E N T E P A R A O S J O V E N S8 CEM PERGUNTAS LANI RICKS

26 ANA LUCRECIA MORALES: O DOM DOS POETAS DON L. SEARLE

29 SUGESTÕES PARA O ESTUDO DAS ESCRITURAS

30 LINHA SOBRE LINHA: O CONFLITO MORTAL

40 COMO MOLDAR O CARÁTER: PENSAMENTOS INSPIRADORES DO PRESIDENTEDAVID O. MCKAY

O A M I G O2 QUEM É ESSE PROFETA? JANE MCBRIDE CHOATE

5 O EXEMPLO DE UM PROFETA PRESIDENTE THOMAS S. MONSON

6 TEMPO DE COMPARTILHAR: EU POSSO SEGUIR O PROFETADIANE S. NICHOLS

8 FAZENDO AMIGOS: MIYAKO TASHIRO DE OSAKA, JAPÃO MELVIN LEAVITT

11 HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO: O HOMEM COM MAUS ESPÍRITOS; UMAMULHER TOCA AS VESTES DE JESUS

16 TENTAR SER COMO JESUSOBEDECER AOS PAIS GUSTAVO ADOLFO LOAIZA VERGARAA ORAÇÃO AJUDA FRANCISCO JAVIER LOAIZA VERGARA

NA CAPAQuarto dos pais do Profeta Joseph Smith,na casa de estrutura de madeira ondemoravam, em 1820. Ver “Berço daRestauração”, à página 10. (Fotografiade Craig Dimond.)

CAPA DE O AMIGOIlustração fotográfica de SteveBunderson.

VER PÁGINA 32

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COMENTÁRIOS

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Setembro de 2001, Vol. 25, Nº 9A LIAHONA, 21989 059Publicação oficial em português de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.A Primeira Presidência: Gordon B. Hinckley, Thomas S. Monson, James E. FaustQuórum dos Doze: Boyd K. Packer, L. Tom Perry, David B. Haight, Neal A. Maxwell, Russell M. Nelson,Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Joseph B. Wirthlin,Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland,Henry B. EyringEditor: Dennis B. NeuenschwanderConsultores: L. Lionel Kendrick, Yoshihiko Kikuchi, John M. MadsenAdministradores do Departamento de Currículo: Diretor Gerente: Ronald L. KnightonDiretor de Planejamento e Editorial: Richard M. RomneyDiretor Gráfico: Allan R. LoyborgEquipe Editorial:Editor Gerente: Marvin K. GardnerEditor Gerente Assistente: R. Val JohnsonEditor Adjunto: Roger TerryEditor Assistente: Jenifer GreenwoodEditor Associado: Susan BarrettAssistente de Publicações: Collette Nebeker AuneEquipe de Diagramação:Gerente Gráfico da Revista: M. M. KawasakiDiretor de Arte: Scott Van KampenDiagramador Sênior: Sharri CookDiagramadores: Thomas S. Child, Randall J. PixtonGerente de Produção: Jane Ann PetersProdução: Reginald J. Christensen, Denise Kirby, Kelli Pratt, Rolland F. Sparks, Kari A. Todd, Claudia E. WarnerPré-Impressão Digital: Jeff MartinEquipe de Impressão e Distribuição:Printing Diretor: Kay W. BriggsGerente de Distribuição (Assinaturas): Kris T. ChristensenA Liahona:Diretor Responsável e Produção Gráfica:Dario MingoranceEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Tradução e Notícias Locais: Dario MingoranceAssinaturas: Cezare Malaspina Jr.REGISTRO: Está assentado no cadastro da DIVISÃO DECENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS, do D.P.F., sob nº1151-P209/73 de acordo com as normas em vigor.ASSINATURAS: Toda correspondência sobre assinaturasdeverá ser endereçada a: Departamento de Assinaturasde A Liahona Caixa Postal 26023, CEP 05599-970 –São Paulo, SP. Preço da assinatura anual para o Brasil: R$ 18,00. Preço do exemplar em nossa agência: R$ 1,80. Para Portugal – Centro de DistribuiçãoPortugal, Rua Ferreira de Castro, 10 – Miratejo, 2800 –Almada. Assinatura Anual: 1.300$00. Para o exterior:Exemplar avulso: US$ 3.00; Assinatura: US$ 30.00. As mudanças de endereço devem ser comunicadas indicando-se o endereço antigo e o novo.Envie manuscritos e perguntas para: Liahona, Floor 24, 50 East North Temple, Salt Lake City,UT 84150-3223, USA. Ou envie um e-mail para: [email protected] “Liahona” (um termo do Livro de Mórmon quesignifica “bússola” ou “orientador”) é publicada emalbanês, alemão, armênio, búlgaro, cebuano, chinês,coreano, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fijiano, finlandês, francês, haitiano, hiligaynon,húngaro, holandês, ilokano, indonésio, inglês, islandês,italiano, japonês, letão, lituano, malgaxe, marshallês,mongol, norueguês, polonês, português, quiribati,romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês,taitiano, tcheco, tonganês, ucraniano e vietnamita. (A periodicidade varia de uma língua para outra.)© 2001 por Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados. Impressa nos Estados Unidos da América.For readers in the United States and Canada:September 2001 Vol. 25 No. 9. A LIAHONA (USPS 311-480) Portuguese (ISSN 1044-3347) is publishedmonthly by The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints,50 East North Temple, Salt Lake City, UT 84150. USAsubscription price is $10.00 per year; Canada, $15.50plus applicable taxes. Periodicals Postage Paid at Salt LakeCity, Utah, and at additional mailing offices. Sixty days’ noticerequired for change of address. Include address label froma recent issue; old and new address must be included.Send USA and Canadian subscriptions and queries to Salt Lake Distribution Center at address below.Subscription help line: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard, American Express) may betaken by phone. (Canada Poste Information: PublicationAgreement #1604821)POSTMASTER: Send address changes to Salt LakeDistribution Center, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

ORIENTAÇÃO DO PROFETA PARA NOSSA

VIDA

Como somos abençoados por termosum profeta vivo nestes últimos dias! AMensagem da Primeira Presidência escritapelo Presidente Gordon B. Hinckley naLiahona (inglês) de maio de 1999 é real-mente uma bússola em nossa vida. Essamensagem “As Obrigações da Vida” é tãorica e comovente! Ela fortaleceu meutestemunho do profeta vivo de Deus.Todos os dias, leio trechos dessa mensagem.Certa vez, fui a um restaurante e levei essaLiahona comigo. Um dos meus clientes quisler a mensagem e, depois de lê-la, pediu-meuma cópia. Esse homem admitiu que amensagem “era inspiradora e que real-mente se aplicava aos dias atuais.”

Attah Frederick, Ramo Bauchi, Distrito Jos Nigéria

MENINA DE SEIS ANOS ADORA A LIAHONA

A Liahona (português) é realmente umabênção em minha vida. Minha filha de seisanos adora a revista. Quando recebemos ALiahona, ela imediatamente pede que euleia as histórias da seção infantil.

Vera Lúcia Antoniassi Guerino, Ala Hortolândia, Estaca Campinas Brasil Castelo

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S E T E M B R O

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COLEÇÃO ENCADERNADA DA LIAHONA

Coleciono a Liahona (espanhol) hámuitos anos. É uma grande alegria recebero último exemplar do ano, pois posso entãoencaderná-las num único volume. Essesvolumes são uma fonte inestimável deinformação.

A Liahona ocupa um lugar de destaqueem minha pequena biblioteca, que tambémcomporta manuais, livros e outras publica-ções da Igreja. Minha coleção de Liahonasdata das conferências de 1970 até o últimoexemplar publicado este ano. Ela temaumentado minha compreensão do evan-gelho, tem sido um guia prático para o dia-a-dia, ajuda-me a preparar aulas, discursose a cumprir outras designações na Igreja.Ela também proporciona entretenimentosaudável que me edifica e incentiva aseguir o Senhor Jesus Cristo.

Daniel Alarcón, Ala Samanes, Estaca Guayaquil Equador Alborada

UMA BÊNÇÃO E UM GUIA

A Liahona (espanhol) tornou-se umadas bênçãos mais maravilhosas que nossafamília recebe mensalmente. Encontramosnela as respostas para muitas de nossasorações. A revista é uma publicação inspi-rada e fala-nos direta e pessoalmente doquanto o Pai Celestial nos ama. Os artigosda Primeira Presidência e outras AutoridadesGerais ajudam-nos a entender melhor asescrituras. Em nossa família somos muitogratos pela força espiritual que recebemos epelo conhecimento que adquirimos porintermédio da revista.

Maria Corina Smith de Cardona, Segundo Ramo de San Miguelito, Estaca San Miguelito Panamá

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MENSAGEM DA PRIMEIRA PRESIDÊNCIA

Viver com NossasConvicções

Presidente Gordon B. Hinckley

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Como membros da Igreja, tornamo-nos como umacidade edificada sobre um monte e que não podeser escondida. (Ver 3 Néfi 12:14.) Quer gostemos

disso ou não, somos todos diferentes do mundo.Conhecemos a verdade, e por isso temos uma responsa-bilidade. Essa responsabilidade é diferente para cadapessoa, porque o testemunho é uma coisa pessoal.

Nesta dispensação, quando o Senhor declarou queesta é “a única igreja verdadeira e viva na face de toda aTerra” (D&C 1:30), fomos imediatamente colocados emuma posição da qual não podemos fugir e que todosprecisamos encarar com humildade e coragem. Todomembro verdadeiro da Igreja do Senhor que vive plena-mente o espírito do evangelho do Mestre tem noçãodesse sentimento ao conviver com outras pessoas. Masquando recebemos um testemunho, temos que viver comele. Temos que viver com nossa consciência. Temos queviver com nosso Deus.

Não são apenas os conversos que às vezes enfrentamproblemas e sentem desânimo e tristeza ao explicarem aseus familiares e amigos o que significa ser membro daIgreja. De modo geral, essa é a experiência de todos osque procuram apegar-se à barra de ferro, enquanto cami-

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nham em meio às névoas do mundo. Sempre foi assim.

O preço do discipulado é a coragem pessoal. O preço deseguir a própria consciência é a coragem pessoal.

CORAGEM EM TODAS AS DISPENSAÇÕES

Não há quadro mais pungente em toda a história doque o de Jesus no Getsêmani e na cruz, sozinho: oRedentor da humanidade, o Salvador do mundo, reali-zando a Expiação.

Lembro-me de ter visitado o Jardim do Getsêmanicom o Presidente Harold B. Lee (1899–1973), emJerusalém. Podíamos sentir, ainda que em uma escalamuito pequena, a terrível luta que ocorreu naquele lugar,uma luta tão intensa, que Jesus enfrentou sozinho, aponto de fazer Seu sangue verter de cada poro. (VerLucas 22:44; D&C 19:18.) Lembramos a traição dealguém que tinha sido chamado para um cargo deconfiança. Lembramos que homens maus trataram oFilho de Deus de modo brutal. Lembramos a solitáriafigura na cruz, clamando em agonia: “Deus meu, Deus

Não há quadro mais pungente em toda a história

do que o de Jesus no Getsêmani e na cruz, sozinho:

o Redentor da humanidade, o Salvador do mundo,

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realizando a Expiação. F

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meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46) Mascorajosamente, o Salvador do mundo prosseguiu erealizou a Expiação em nosso favor.

A coragem interior é uma virtude necessária para osque seguem o Senhor. Quando a tirania da opressão reli-giosa assolava a Europa no século XVI, surgiu um homemque se ergueu corajosamente. Creio que os reformadoresforam inspirados por Deus para estabelecerem o alicercepara uma época em que “outro anjo” iria “voar pelo meiodo céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aosque habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, elíngua, e povo”. (Apocalipse 14:6) Foi na Alemanha,com coragem pessoal para agir sozinho, que MartinhoLutero proclamou suas 95 teses. A história narra tudo oque ele, seus companheiros e discípulos enfrentaram.Para mostrarem o caminho rumo a uma era mais esclare-cida, eles seguiram praticamente sozinhos, em meio àzombaria dos demais.

O grande Profeta desta dispensação foi igualmente umhomem de convicções corajosas. O menino de 14 anosque saiu do bosque foi logo perseguido por alguns, sendoodiado por toda a vida. Há poucas imagens mais tocantesdo que a do Profeta Joseph Smith seguindo sua corajosasenda com apenas uns poucos seguidores fiéis. Ele deu avida por seu testemunho da verdade.

Em todas as dispensações, os seguidores do Senhorconheceram a coragem necessária para escolher servir aDeus em vez da opinião das multidões.

A CORAGEM DE UM CONVERSO

Lembro-me de um amigo que conheci quando eramissionário em Londres, há muitos anos. Ele veio aténossa casa numa noite chuvosa. Abrimos a porta e oconvidamos a entrar.

Ele disse, conforme me lembro: “Tenho que conversarcom alguém. Estou sozinho”.

Perguntei qual era o problema.Ele disse: “Quando me filiei à Igreja, meu pai me disse

para sair de casa e nunca mais voltar. Poucos meses

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depois, meu clube esportivo cancelou meu título desócio. No mês passado, meu patrão despediu-me porquesou membro desta Igreja. E na noite passada, a moça queeu amo disse que jamais se casaria comigo por eu sermórmon”.

Eu disse: “Se isso lhe custou tanto, por que você nãosai da Igreja e volta para a casa de seu pai, para o seuclube, para o emprego que tanto significava para você ese casa com a moça por quem acha estar apaixonado?”

Ele ficou calado por um bom tempo. Depois, cobriu orosto com as mãos e soluçou, extremamente emocio-nado. Por fim, ergueu o rosto por entre as lágrimas edisse: “Eu não poderia fazer isso. Sei que ela é verdadeira,e mesmo que custasse a minha vida, não poderia aban-doná-la”.

Ele apanhou seu chapéu molhado, caminhou até aporta e saiu para a chuva. Enquanto o via afastar-se,pensei no poder da consciência, na solidão da fé e naforça e vigor do testemunho pessoal.

CORAGEM E COMPROMISSO

Gostaria de dizer aos membros da Igreja, em particularpara os rapazes e moças da Igreja, que espero quevenham a conhecer a coragem pessoal interna comomembros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias. Pois essa é uma exigência do Senhor, aopassarmos pela provação mortal, a fim de mostrarmos aEle e a nós mesmos que realmente “[amamos] o Senhor[nosso] Deus de todo o [nosso] coração, e de toda a[nossa] alma, e de todo o [nosso] pensamento” e que“[amamos o nosso] próximo como a [nós mesmos]”.(Mateus 22:37, 39)

É preciso determinação para sermos virtuosos quandoas pessoas à nossa volta zombam da virtude.

É preciso compromisso para abster-nos de substânciasprejudiciais, quando as pessoas à nossa volta zombam dasobriedade e da liberdade das drogas.

É preciso coragem para sermos íntegros, quando as

pessoas à nossa volta dão as costas aos princípios IL

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do evangelho quando isso lhes parece mais fácil ouconveniente.

É preciso amor em nosso coração para prestar um tran-qüilo testemunho da divindade do Senhor Jesus Cristopara aqueles que zombam e fazem pouco caso Dele.

Haverá ocasiões que exigirão coragem de cada um denós, porque os discípulos do Senhor precisam viver comsua consciência. Os discípulos do Senhor precisam vivercom seus princípios. Os discípulos do Senhor precisamviver com suas convicções. Cada um de nós precisa vivercom seu testemunho. A menos que o façamos, seremosmiseráveis e terrivelmente solitários.

É precis

quando

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quando

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NÃO ESTAMOS SOZINHOS

Embora haja espinhos e desapontamentos, emborapossa haver sofrimento ou mesmo desilusão, pode haverpaz, consolo e força do Senhor para aqueles que O seguem.Pois foi o próprio Senhor quem disse:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e opri-midos; e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, quesou manso e humilde de coração; e encontrareisdescanso para as vossas almas”. (Mateus 11:28–29)

Foi o Senhor que disse que se guardarmos os manda-mentos “o Espírito Santo será [nosso] companheiro

o coragem para sermos íntegros,

as pessoas à nossa volta dão

as aos princípios do evangelho

isso lhes parece mais fácil ou

iente.

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constante” (D&C 121:46), para elevar-nos, ensinar-nos,guiar-nos, consolar-nos e apoiar-nos. Para termos essacompanhia, precisamos pedi-la, viver por ela e ser leaisao Senhor.

Creio que Mórmon sabia por expe-riência própria da veracidade de suas pala-vras, ao declarar: “O Consolador (. . .) nosenche de esperança e perfeito amor, amorque se conserva pela diligência na oraçãoaté que venha o fim, quando todos ossantos habitarão com Deus”. (Morôni8:26) Embora possamos às vezes ficar sozi-nhos enquanto estivermos entre as pessoasdo mundo, não precisamos nos sentir soli-tários, pois o Senhor nos deu o EspíritoSanto para ser nosso companheiro e estara nosso lado.

Além disso, o Senhor deu-nos outros comquem podemos conviver e assim edificarnosso espírito e fortalecer nossa coragem:discípulos que têm a mesma mente, o mesmocoração e o mesmo espírito. Como oApóstolo Paulo disse, não precisamos maisser “estrangeiros (. . .), mas concidadãos dossantos, e da família de Deus”. (Efésios 2:19)Para os tessalonicenses, ele escreveu acercadesse apoio mútuo:

“Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos unsaos outros. (. . .)

E rogamo-vos (. . .) que reconheçais os que trabalhamentre vós (. . .);

E que os tenhais em grande estima e amor, por causada sua obra.” (I Tessalonicenses 5:11–13)

Embora o fato de sermos discípulos do Senhor exija àsvezes que nos coloquemos humilde e corajosamente à parte,o Senhor não nos abandona. Ele também nos permite oconvívio com outros que podem edificar e fortalecer-nos, aoexecutarmos nosso trabalho de abençoar vidas no mundo.

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ficar solit

porque o

deu-nos o

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nosso comp

E deu-nos

para edifica

espírito e fo

nossa cor

E se formos fervorosos e leais a Ele e Seus mandamentos,

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a promessa do Senhor pode aplicar-se a nós: “Irei adiante devós. Estarei a vossa direita e a vossa esquerda e meu Espíritoestará em vosso coração e meus anjos ao vosso redor para

vos suster”. (D&C 84:88)Essa é uma promessa do Senhor. Creio

nela. Presto testemunho de sua veracidade.Que o Senhor abençoe todos os que saemda escuridão do mundo para a luz do evan-gelho eterno. Que Ele abençoe a todos osque caminham humilde e corajosamentepara que sintam em seu coração aquela pazresultante de uma vida regida por princípios— a “paz (. . .) que excede todo o entendi-mento”. (Filipenses 4:7)

Regozijemo-nos no conhecimento deque embora tenhamos de manter-nos cora-josamente firmes em nossa jornada pelamortalidade, mesmo ao enfrentarmosprovações, Deus não nos deixa sem Suaorientação e poder consolador.

Que possamos seguir adiante com nossasconvicções justas. Que possamos caminharem verdade, fé e amor. Porque se assim ofizermos, seremos elevados e fortalecidospelo Senhor: “Deixo-vos a paz, a minha pazvos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.Não se turbe o vosso coração, nem se

atemorize”. (João 14:27) �

IDÉIAS PARA OS MESTRES FAMILIARES

1. Todo membro da Igreja deve assumir a responsabili-dade pessoal de ser como uma cidade edificada sobre ummonte e que não pode ser escondida. (Ver 3 Néfi 12:14.)

2. Aqueles que vivem de modo leal à sua consciênciae os princípios do evangelho recebem paz e força doSenhor.

3. Foi-nos concedida a companhia do Espírito Santo ede outros membros que podem edificar- nos e fortalecer-

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nos, se formos fiéis aos ensinamentos do Salvador.

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100 Perguntas

Lani RicksILUSTRADO POR STEVE KROPP

A listadeixou-meamedrontadaaté eudescobrirtodas asrespostas em um único lugar.

Desde quando eu freqüentava aPrimária, sempre soube que oLivro de Mórmon é a palavra

de Deus. Também sabia que devia lê-lotodas as noites. Infelizmente, acabei de certa forma esquecendo que deviatambém pesquisar, ponderar e orar aoestudar as escrituras.

Quando eu estava no curso secun-dário, uma amiga não-membro, JenniferCotton, entregou-me várias folhas depapel, com estes dizeres em letras bemgrandes: “Perguntas para Lani”. Coloqueias folhas de papel em minha mochila ecorri para a aula.

Mais tarde, naquela semana, encon-trei as perguntas na mochila. Eramexatamente 100 perguntas a respeito deA Igreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias: 100 perguntas!

Senti-me totalmente incapaz derespondê-las. Implorei ao Pai Celestialque me ajudasse a responder aquelasperguntas. Senti-me inspirada a abriras escrituras. O primeiro verso que lidizia: “Portanto, pedi e recebereis;batei e ser-vos-á aberto; porque aqueleque pede, recebe; e ao que bate, ser-lhe-á aberto”. (3 Néfi 27:29) Meus

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olhos encheram-se de lágrimas, e eu

tive a certeza de que com a ajuda doPai Celestial conseguiria encontrar asrespostas.

Passei horas estudando as escrituras.Fiquei muito impressionada por encon-trar versículos que davam resposta aperguntas que pareciam tão intimida-doras algumas horas antes.

No dia seguinte, entreguei as respostasa Jennifer, juntamente com um Livro deMórmon. Ela expressou sua gratidão,emocionada.

Jennifer ligou-me naquela noite paradizer que tinha acabado de ler 1 Néfi.Não posso descrever a alegria que senti.Mosias 18:9 nos diz que os verdadeiroscrentes estão dispostos a “servir de teste-munhas de Deus em todos os momentose em todas as coisas”. Jennifer deu-me aoportunidade de servir de testemunha, e mais tarde o privilégio de vê-la serbatizada na Igreja.

Tenho hoje um forte testemunho do Livro de Mórmon. Não importa quaissejam minhas necessidades ou problemas,sempre posso contar com as escrituras.Pesquisando, ponderando e orando, seique encontrarei as respostas. �

Lani Ricks é membro da ala BYU XXXV,

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da estaca XV da Universidade Brigham Young.

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A L I A H O N A

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A fazenda da família de Joseph Smith Sr., com seu

bosque e sua cabana de troncos, é um local sagrado

onde o evangelho restaurado de Jesus Cristo foi nutrido.

Berço daRestauração

NO ALTO: A oficina de tanoeiro, a casa

de madeira e o celeiro, que acabam de ser

restaurados, têm o mesmo aspecto que

tinham quando a família Smith morava

ali. INSERÇÃO ACIMA: Em 1820 este

“belo bosque [era] suficientemente denso

e afastado da estrada para proporcionar

o devido isolamento que o [jovem Joseph]

desejava; e ali, na manhã de um belo

e claro dia, no início da primavera, ele

ajoelhou-se pela primeira vez em toda

a sua vida para elevar uma súplica pessoal,

direta e verbal a Deus em oração”.1

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A li, pouco ao sul de Palmyra, Nova York, tendoinício na primavera de 1820, os 40 hectares dafazenda de Joseph Smith Sr. tornaram-se um

local sagrado e santo.Naquele lugar, em um bosque, o Pai Celestial e Seu

Filho Jesus Cristo apareceram ao menino Joseph SmithJr., de quatorze anos. Ali, a família Smith, que foi aprimeira a ouvir sobre a visão celestial, acreditou em seufilho e irmão, Joseph. Ali também, o anjo Morôniapareceu ao jovem profeta diversas vezes e contou-lhe arespeito de um livro escrito sobre placas de ouro, quecontinha “um relato dos antigos habitantes deste conti-nente”. (Joseph Smith – História 1:34)

Após Joseph, com 21 anos, ter recebido as placas em1827, foi ali, na casa de madeira e na oficina de tanoeiro

que ele escondeu os registros sagrados, para protegê-los

S E T E M B R

até que pudesse traduzir as inscrições e publicá-las comoo Livro de Mórmon.

Portanto, no início da dispensação da plenitude dostempos, a fazenda da família Smith tornou-se o berço noqual o evangelho restaurado de Jesus Cristo foi colocado,protegido e nutrido. Atualmente, a cabana de toras, acasa de madeira, a oficina de tanoeiro (local em que eramfeitos e consertados barris de madeira) e o celeiro estãorestaurados à sua condição original, facilitando-nos avisualização dos acontecimentos ali ocorridos. O BosqueSagrado fica a pouca distância do local, e em umapequena colina que dá vista para a fazenda, ergue-se umanova casa do Senhor: o templo de Palmyra Nova York.

Seguem-se as fotografias da fazenda de Joseph SmithSr. com uma breve explicação de alguns dos eventos que

ocorreram ali durante os primeiros anos da Restauração.

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ACIMA: Na noite de 21 de setembro de

1823, Lucy Mack Smith, a mãe do Profeta,

escreveu que Joseph “recolheu-se ao leito

com uma atitude séria e contemplativa”.2

Joseph mais tarde escreveria o seguinte

a respeito daquela noite: “Enquanto

estava assim suplicando a Deus, descobri

uma luz surgindo em meu quarto.(. . .)

Apareceu ao lado de minha cama um

personagem (. . .). Chamou-me pelo nome

e disse-me que era um mensageiro enviado

a mim da presença de Deus e que seu

nome era Morôni”.3

À DIREITA: Poucos anos depois de a família

Smith ter-se mudado para a cabana de

toras, Alvin, de 24 anos, o filho mais

velho, planejou e começou a construir

uma casa de madeira. “Para os vizinhos

que observavam o progresso da nova casa,

ele freqüentemente dizia: ‘Farei um quarto

agradável para meu pai e minha mãe

descansarem, com tudo arrumado para seu

conforto. Eles não terão mais que trabalhar

como têm feito’. Mas Alvin não viveu

para ver a casa concluída.”5 Em novembro

de 1823, ele ficou doente e morreu.

ACIMA: A cozinha da cabana de toras foi provavelmente o local de

muitas conversas particulares da família e no qual eles passaram

muitos momentos agradáveis juntos. Quando a família Smith

não pôde efetuar o último pagamento da casa de madeira, acabaram

tendo que mudar-se novamente para a cabana de toras, em 1829.

ACIMA: “Tinhamos uma confortável

cabana de toras, bem mobiliada”4, escreveu

Lucy Mack Smith a respeito da cabana

de toras com seus dois aposentos no andar

de baixo e dois quartos no andar superior.

A L I A H O N A

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Na casa de madeira (ACIMA) e em sua

cozinha (ACIMA À DIREITA), as orações

e o estudo da Bíblia em família faziam

parte da vida. O filho William relembra:

“Meu pai costumava levar os óculos no

bolso do colete, e quando os meninos

viam-no procurar seus óculos, sabíamos

que era um sinal para preparar-nos para

a oração, e se não o percebíamos, minha

mãe dizia:(. . .) ‘Fiquem prontos para orar’.

Depois da oração, cantávamos um hino”.6

ACIMA: A sala de estar da casa de madeira,

com suas janelas voltadas para oeste,

em direção ao Bosque Sagrado, era um

dos lugares favoritos da família Smith para

conversarem. Ali, Joseph freqüentemente

contava o que estava aprendendo. Sua mãe

relembra que depois da visita de Morôni,

“Joseph continuou a receber instruções do

Senhor, e continuamos a reunir nossos filhos

todas as noites para ouvir o relato que ele

fazia a respeito dessas coisas”.8 INSERÇÃO

À DIREITA: O quarto de dormir de Joseph Sr.

e Lucy Mack Smith, no andar de baixo

da casa de madeira.

À ESQUERDA: Aqui, certa noite, as irmãs

de Joseph, Catherine e Sophronia, estavam

aconchegadas no quarto ao lado da cozinha,

quando alguém notou um grupo de homens

aproximando-se da casa. Joseph pôs-se

rapidamente em ação, apanhou as placas

que estavam envoltas em um pano e

escondeu-as na cama, entre as meninas,

dizendo: “Finjam que estão dormindo”.

Dois homens entraram no quarto, um deles

com uma lanterna, viram as meninas

dormindo, olharam embaixo da cama,

e saíram.7

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Casa demadeira

CeleiroBosque Sagrado

Oficinade

tanoeiro

Cabanade toras

Fazenda de Joseph Smith Sr.

A L I A H O N A

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O Templo de Palmyra Nova York foi dedicado

pelo Presidente Gordon B. Hinckley, em

6 de abril de 2000, exatamente 170 anos

depois que a Igreja foi organizada próximo

de Fayette, Nova York, e 180 anos depois

que o jovem Joseph Smith se ajoelhou em

um bosque próximo de onde o templo se

localiza atualmente. Ao dedicar o templo,

o Presidente Hinckley pediu a nosso Pai

Celestial: “Aceita esta Tua casa santa.

Ela representa os esforços feitos por aqueles

que Te amam e que amam Teu Filho. Ela

exibe em sua fachada as palavras ‘Santidade

ao Senhor, Casa do Senhor’. Ela é Tua,

Pai querido. Ficaremos muito gratos se a

visitares com a Tua presença, em comemoração

à Tua aparição anterior aqui perto,

no Bosque Sagrado, há 180 anos.

Que o Teu Santo Espírito habite aqui”.

A fazenda de 40 hectares da família Smith incluía o Bosque Sagrado, a cabana de

toras, a casa de madeira, o celeiro e a oficina de tanoeiro. O recém-dedicado templo de

Palmyra Nova York localiza-se na extremidade nordeste da fazenda original da família

Smith. A vila de Palmyra fica ao norte da fazenda Smith, e o monte Cumora fica a

aproximadamente cinco quilômetros a sudeste do local da fazenda.

ACIMA: O celeiro e a oficina de tanoeiro. À ESQUERDA: Joseph Smith Sr.

e seus filhos trabalharam arduamente para limpar suas terras que

eram cobertas por florestas, a fim de conseguirem um terreno arável.

Conseguiram limpar 12 hectares enquanto moravam na cabana de

toras, e mais 12 enquanto moravam na casa de madeira. Possuíam

também cerca de 1.500 árvores de bordo (árvore da família das acerá-

ceas), das quais recolhiam a seiva na primavera e a convertiam em

melado e açúcar. O celeiro era o centro dessas atividades, bem como o

local onde a colheita e os animais eram tratados e cuidados diariamente.

Templo dePalmyra

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NOTAS1. B. H. Roberts, A Comprehensive History of the Church,

1:53–54.2. History of Joseph Smith, comp. por Preston Nibley (1958),

p. 74.3. Joseph Smith — História 1:30–33.4. History of Joseph Smith, p. 65.5. Roberts, A Comprehensive History of the Church, 1:32.6. Citado em Roberts, A Comprehensive History of the Church,

1:35.7. Mary Dean Hancock, “The Three Sisters of Joseph Smith”,

transcrição, páginas iii–7, RLDS Archives. Mary Dean Hancocké neta de Catherine Smith Salisbury.

8. History of Joseph Smith, p. 82.

Joseph mudou a caixa de madeira e as placas de ouro de seu

esconderijo na lareira da casa de madeira. Ele escondeu as placas

no sótão da oficina de tanoeiro (INSERÇÃO ACIMA) e enterrou

a caixa vazia sob as tábuas do piso. Naquela noite, uma turba

arrancou o piso e quebrou a caixa vazia, mas não procurou

no sótão que ficava logo acima deles (ACIMA). �

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RERESSTTAAUURRAAÇÇÃÃOOÉlder Neal A. MaxwellDo Quórum dos Doze Apóstolos

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O evangelho restaurado dissipa a dúvidae o desespero, proporcionando-nossegurança no que tange à imortalidadee ao grande plano de felicidade de Deus.

Começarei mencionando alguns fatos que ilus-tram os tempos conturbados em que vivemos.Trata-se de algo que nos convém ponderar,

ainda que brevemente, pois é a realidade diária na qualtodos estamos inseridos nesta última dispensação.

DÚVIDA E DESESPERO

Os muitos séculos que nos separam do ministériomessiânico mortal de Jesus parecem contribuir para quea fé de muitos se enfraqueça nestes últimos dias. Aprofecia de Pedro sobre a atitude dos incrédulos nosúltimos dias também está sendo visivelmente cumprida:“Onde está a promessa [da vinda de Cristo]? (. . .) Todas

A L I

A Restauração oferece uma rica profusão de

doutrinas salvadoras e bênçãos eternas num

mundo em que aqueles que vivem sem Deus

gozam prazeres escassos e momentâneos.

as coisas permanecem como desde o princípio dacriação”. (II Pedro 3:4) Assim, a monotonia e a repetiçãopassam a ser vistas por muitos como a inexistência dequalquer propósito divino discernível.

A indiferença que resulta disso concorre para oaumento da iniqüidade, e a iniqüidade produz inevitavel-mente o desespero e a amargura. (Ver Morôni 10:22;D&C 45:27; Joseph Smith — Mateus 1:30.) Além domais, à medida que o amor de muitos esfriar, um númeroenorme de pessoas deixará de cumprir tanto o primeirocomo o segundo mandamento. (Ver Mateus 22:36– 40;24:12.)

Não é de surpreender que as pessoas, ao caírem emdesespero, questionem o significado da vida, indagando:“A vida resume-se a isso?” Até mesmo as realizações evitórias alcançadas parecem vazias no final. Um exemplodisso é Louis B. Mayer, que em certo momento foi apessoa mais influente de Hollywood ao comandar osestúdios da Metro Goldwin Mayer, mas chegou ao fim da

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vida dizendo em desespero em seu leito de hospital:“Nada importa. Nada importa”.1

PRAZERES EFÊMEROS

Aqueles que “vivem sem Deus no mundo” sorvemavidamente seus prazeres escassos e momentâneos, masnão conseguem encontrar a verdadeira felicidade. (VerMosias 27:31; Mórmon 2:13.) Hoje em dia, muitosacabam envolvendo-se de uma forma ou outra no mundodos bares e boates. Outros voltam a atenção para os subs-titutos tão populares da religião: o esporte e a política.Tudo isso vem acompanhado por mudanças políticas, enós assistimos à passagem dos sucessivos grupos que serevezam no poder. Como diria uma música: “Os príncipesvão e vêm, Breves momentos de glória eles têm”.2

Assim como na época de Noé, muitas pessoas preo-cupam-se demais com o dia-a-dia. Trata-se da mentali-dade exemplificada na passagem: “Comiam, bebiam,casavam e davam-se em casamento”. (Mateus 24:38; vertambém os versículos 36–39.) Muitos deles que estão emsituação confortável dizem: “Rico sou, e estou enrique-cido, e de nada tenho falta” (Apocalipse 3:17), confun-dindo-se também quanto à fonte de suas bênçãos: “Aminha força, e a fortaleza da minha mão, me adquiriueste poder”. (Deuteronômio 8:17) Trata-se de algo seme-lhante ao que acontecia na antiga Israel, quando “cadaum fazia o que parecia bem aos seus olhos”. (Juízes 17:6;21:25) Em nossa época, “todo homem anda em seupróprio caminho e segundo (. . .) [a] semelhança domundo” (D&C 1:16), o que poderíamos chamar de rela-tivismo moral individual. Estamos sendo atingidos emcheio por essas idéias em nossos dias.

S E T E M B R

EGOÍSMO E CETICISMO

Desprovidas de memória espiritual, as pessoaspassam a agir a seu bel-prazer, o que resulta num indivi-dualismo destituído de inspiração que rechaça e nega anecessidade de submissão espiritual, o que, em últimaanálise, é um dos grandes propósitos da odisséia mortal.A antiga Israel recebeu o seguinte conselho: “E telembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teuDeus te guiou no deserto estes quarenta anos, para tehumilhar, e te provar, para saber o que estava no teucoração, se guardarias os seus mandamentos, ou não”.(Deuteronômio 8:2)

Sem conhecimento do plano de salvação, muitossimplesmente não fazem idéia do que seja o propósito damortalidade. Assim, o egoísmo e o ceticismo de nossosdias refutam a importância do Salvador, considerandoJesus meramente um “homem” (Mosias 3:9) ou “umacoisa sem valor”. (1 Néfi 19:9)

Com tal posicionamento intelectual, essas pessoasdizem que “não é razoável que venha alguém comoCristo”. (Helamã 16:18; ver também os versículos17–20.) Caso algumas das coisas profetizadas aconteçam,os céticos afirmam que os profetas meramente “[adivi-nharam] corretamente”. (Helamã 16:16)

As pessoas que professam idéias assim, que são cadavez mais numerosas, insistem em querer enxergar com osolhos físicos em vez de andar pela fé. (Ver II Coríntios5:7.) Em sua ânsia por sinais, caem na armadilha de“[olhar] para além do marco” (Jacó 4:14), deixandoinclusive de ver as folhas brotando nas figueiras, sinal deque o verão está próximo. (Ver D&C 45:37; JosephSmith — Mateus 1:38–39.)

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Nesse contexto, aqueles empenhados em proclamar asgloriosas verdades do evangelho muitas vezes se deparamcom pessoas, como aconteceu com Éter, cuja reação asuas profecias “grandes e maravilhosas” fica bem resu-mida com as palavras: “Não acreditaram porque não asviam”. (Éter 12:5)

AFASTADOS DA VERDADE

No outro espectro da população humana, muitaspessoas honradas da Terra levam uma vida louvávelmesmo sem a plenitude do evangelho. Todos conhe-cemos muitas delas; são pessoas maravilhosas e decentes.Essas pessoas, como muitos seguidores de João Batista,simplesmente ainda não tiveram a oportunidade deouvir. Quando lhes foi perguntado se haviam recebido odom do Espírito Santo, os seguidores de João respon-deram: “Nós nem ainda ouvimos que haja EspíritoSanto”. (Atos 19:2; ver também os versículos 1–6.) Entreos homens honrados da Terra há muitas pessoas que “só[estão afastadas] da verdade por não [saberem] ondeencontrá-la”. (D&C 123:12)

É óbvio que a Restauração contém a gloriosa soluçãopara os desconcertantes problemas de nossa época.Aliados ao espírito da verdade, os princípios da Restauraçãonão são apenas instrutivos e inspiradores, mas tambémconvincentes! (Ver D&C 50:21–22.)

Alguns, no entanto, precisam primeiro ser acometidospor aflições, morte, medo, terror, fome e pestilência antesde serem levados a lembrarem-se de Deus. (Ver Helamã12:3.) Relativamente poucos estão “preparados paraouvir a palavra” (Alma 32:6), mas para esses, a “palavra(. . .) [surte] um efeito mais poderoso (. . .) do que (. . .)

A L I

Na condição de beneficiários das bênçãos

da Restauração, recebemos grande luz

e conhecimento sobre o significado e

propósito da vida, a natureza do Pai

e do Filho e a obra e a glória do plano

de salvação.

qualquer outra coisa”. (Alma 31:5) Todavia, até mesmoesses, que são comparativamente poucos, precisam deum professor:

“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, edisse: Entendes tu o que lês?

E ele disse: Como poderei entender, se alguém não meensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assen-tasse.” (Atos 8:30–31; grifo do autor)

CERCADOS

Ao continuarmos a analisar o tecido social, encon-traremos o grupo dos membros semi-ativos da Igreja,que não são tão dedicados nem valentes no testemunhode Jesus. (Ver D&C 76:79.) Em muitos casos, elestemem perder sua posição no mundo ou o louvor doshomens. (Ver João 12:42–43.) Alguns membros sãocomo Amuleque, que foi chamado, mas não queriaouvir; ele “sabia, embora não quisesse saber”. (Alma10:6) Esses membros, como Amuleque, podem até já tersentido o poder redentor e amoroso de Deus, mas não osentem mais. (Ver Alma 5:26.) A propósito, não émaravilhoso que o longânimo Senhor tenha chamado,ensinado e depois usado Amuleque para pregarverdades tão sublimes!

Felizmente, em meio a tudo isso, muitos membros daIgreja estão esforçando-se sinceramente para consa-grarem sua vida ao Senhor. Eles buscam primeiro edificaro reino de Deus e estabelecer Sua justiça. (Ver a Traduçãode Joseph Smith, Mateus 6:38.) Esses membros, apesarde suas provações individuais e ocasionais momentos dedesânimo, nunca deixam de reerguer-se e dizer: “Nãoprosseguiremos em tão grande causa?” (D&C 128:22)

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Também somos solenemente advertidos: “Eis que o inimigo está reunido”. (D&C 38:12) Os santos dosúltimos dias fiéis ficarão, portanto, cercados. (VerD&C 76:29.) Contudo, podemos ainda assim forta-lecer nossa comunidade, formada por santos que sejam espiritualmente “[unos], os filhos de Cristo”. (4 Néfi 1:17)

AS ESCRITURAS COMO MEMÓRIA ESPIRITUAL

Parece evidente que o que vimos até agora reflete aausência das santas escrituras ou o descaso em relação aelas. Vemos na história o exemplo de pessoas que, semregistros sagrados, não tardaram a negar o Criador! (VerÔmni 1:17.) Aqueles que não são ensinados rapidamentese tornam descrentes. Formam uma nova geração quenão compreende as palavras dos profetas e não crê naRessurreição de Cristo, assim como “outra geração apósela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nemtampouco a obra que ele fizera a Israel”. (Juízes 2:10; vertambém Mosias 26:1–4.)

As santas escrituras testificam com poder e tambémnos familiarizam com a história do que Deus fez porSeu povo. Essa memória espiritual é essencial. Vejamoso relevante versículo aseguir: “Eis que desejoexortar-vos, quando lerdesestas coisas, caso Deusjulgue prudente que asleiais, a vos lembrardes dequão misericordioso temsido o Senhor para com osfilhos dos homens, desde a

criação de Adão até a hora em que receberdesestas coisas, e a meditardes sobre isto em vossocoração”. (Morôni 10:3)

As santas escrituras, quando as estudamos enelas cremos, ajudam-nos a “lembrar”, por assimdizer, dos registros sagrados. Esses fazem parte damemória coletiva do reino de Deus. Por isso, Almadisse a seu filho Helamã como os registrossagrados, de fato, “ampliaram a memória destepovo”. (Alma 37:8)

RESTAURAÇÃO DE CONHECIMENTOS VITAIS

A Restauração trouxe de volta grandiosasverdades espirituais, incluindo a realidade daRessurreição, e restabeleceu também um processovital de recebimento de revelações. Observem: “Ejustiça enviarei dos céus; e verdade farei brotar daterra para prestar testemunho do meu Unigênito;de sua ressurreição dentre os mortos; sim, etambém da ressurreição de todos os homens; ejustiça e verdade farei varrerem a Terra, como umdilúvio”. (Moisés 7:62)

“Deus (. . .) viu que era conveniente que oshomens soubessem das coisas que decretarapara eles.

Enviou, portanto, anjos para conversaremcom eles. (. . .)

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E dali em diante começaram a invocar seu nome;portanto Deus conversou com os homens e revelou-lheso plano de redenção que havia sido preparado desde afundação do mundo.” (Alma 12:28–30)

A Restauração, por exemplo, proporciona-nostantas novas verdades sobre o caráter do Pai e a natu-reza de Seu plano! O Élder George Q. Cannon(1827–1901), do Quórum dos Doze Apóstolos, afirmou:“Há no plano de salvação revelado por Deus nosso PaiCelestial amor, misericórdia e justiça, e todos os demaisatributos inerentes à natureza da Deidade estão perfei-tamente ilustrados no plano de salvação que foi reve-lado para guiar o homem”.3 Contudo, o Élder Cannonlamentou: “A dificuldade que presenciamos hoje é que as pessoas não crêem que Deus seja um ser de talnatureza”.4

Isso acontece muito também em nossa época. Não éde causar espanto que o rei Benjamim tenha exortadoseu povo: “Acreditai em Deus; acreditai que ele existe eque criou todas as coisas, tanto no céu como na Terra;acreditai que ele tem toda a sabedoria e todo o poder,tanto no céu como na Terra; acreditai que o homem nãocompreende todas as coisas que o Senhor podecompreender”. (Mosias 4:9)

Existem alguns em nosso meio que acreditam emDeus, mas não querem permitir que Ele seja Deus;desejam limitá-Lo no tocante à natureza e aos atributos.Todavia, de modo simples e elucidativo, o Senhordeclarou nos versículos a seguir: “Eu posso fazer minhaprópria obra”. (2 Néfi 27:20–21) Irmãos e irmãs, essa éuma maneira delicada de Deus dizer-nos que está à frentee é capaz de cumprir Seus desígnios!

A L I

A colheita não é só abundante (a ponto

de transbordar), mas também traz de volta

as “coisas claras e preciosas” mais vitais —

as doutrinas essenciais.

SOLUÇÃO PARA OS MALES HUMANOS

A riqueza da Restauração dissipa toda dúvida e deses-pero no que tange ao significado da vida, minorando ainfelicidade e trazendo-nos consolo no tocante à imorta-lidade e ao “grande plano de felicidade”! (Ver Alma42:8.) Os caminhos do Senhor são mais elevados e maiseficazes do que os nossos. (Ver Isaías 55:9.)

Todos os dias, vemos nos noticiários da televisão ou naimprensa escrita soluções que o mundo propõe pararesolver os desnorteantes problemas humanos. Essassugestões costumam envolver métodos inferiores, mesmoque sinceros e bem-intencionados, e não atacam a raiz doproblema, tentando tapar o sol com a peneira.

A Restauração é como uma cesta cheia de alimentos,“boa medida, recalcada, sacudida e transbordando”.(Lucas 6:38) Essa colheita abundante salva-nos da fomeespiritual. Todavia, sem essa plenitude, alguns dos queestão subnutridos se debatem com adversidades aotentarem crer num Deus de desígnios amorosos. Cadauma das doutrinas-chave da Restauração, por si só, nosajudaria imensamente. Contudo, quando combinadas,elas podem produzir uma fé muito mais forte por meio danutrição vital que proporcionam. A colheita não é sóabundante (a ponto de transbordar), mas também traz devolta as “coisas claras e preciosas” mais vitais (1 Néfi13:40)– as doutrinas essenciais.

A QUESTÃO DO SOFRIMENTO

Ponderemos um exemplo de conseqüência da carênciaespiritual. Algumas pessoas, confusas com a doutrina,lamentam-se: “Se Deus é bom e onipotente, por quepermite tanto sofrimento humano? Por que deixa existir

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tanto mal no mundo criado por Ele?” Várias décadas atrás,um líder religioso muito importante da Inglaterra declaroucom rara franqueza: “Ao longo de toda a minha vida, venhotentando descobrir o propósito da vida. Tenho procuradoresponder a três perguntas que sempre me pareceramfundamentais: o problema da eternidade, o problema dapersonalidade humana e o problema do mal. Fracassei. Nãocheguei a conclusões definitivas em nenhum dos três casos.(. . .) E não creio que alguém jamais venha a fazê-lo”.5

Sem a plenitude da Restauração, esse problema écompreensivelmente pungente e insolúvel! Sem a luz daRestauração no plano de salvação, tentar entender estavida é como querer compreender uma peça de três atosvendo apenas o segundo ato. Sem o conhecimento doinício e do fim, a parte intermediária torna-se confusa. Oque está realmente se passando? Há um diretor quetornará tudo mais claro? O enredo faz algum sentido?Tais perguntas só podem ser respondidas por revelação.

O mal e o sofrimento causam tremendas perdas aomundo, e não temos respostassimplistas que se apliquem aqualquer situação humanadifícil. No entanto, por meiodas bênçãos da Restauração,podemos ver as coisas comorealmente foram, são e serão.(Ver D&C 93:24; ver tambémJacó 4:13.) Então, poderemosandar melhor no caminhoestreito e apertado, inspiradose instruídos “por fé, e não porvista”. (II Coríntios 5:7)

Contudo, é claro que esses esclarecimentos adicionaisproporcionados pela Restauração não nos eximem dastentações nem do sofrimento. Ninguém está imune,apesar de todos passarem por provações diferentes.

Os santos dos últimos dias também sabem que Deusnão criou o homem ex nihilo, ou seja, do nada. O conceitode criação “do nada” apresenta para seus defensores umsério dilema. Um comentarista escreveu o seguinte acercado sofrimento humano e da criação “do nada”: “Nãopodemos dizer que [Deus] gostaria de ajudar mas nãopode: Deus é onipotente. Não podemos dizer que Eleajudaria caso soubesse: Deus é onisciente. Não podemosdizer que Ele não é responsável pela iniqüidade daspessoas: Deus é o criador dessas pessoas. De fato, um Deusonipotente, onisciente [e criador de absolutamente tudo, apartir do nada], deve ser o responsável indireto por todasas maldades humanas, bem como por todos os demaisdefeitos do universo, inclusive os de natureza não moral”.6

É claro que Deus não é “responsável” por nossas faltashumanas! Portanto, como as verdades “claras epreciosas” da Restauração são vitais para ajudar-nos a veras coisas como realmente são, sem que precisemos ficarperplexos e atônitos!

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De um discurso proferido no Assembly Hall em Salt Lake City,

Utah, em 3 de fevereiro de 1995.

NOTAS1. The Lion in Winter, terceira parte do documentário MGM:

When the Lion Roars, 1992, Turner Pictures, Inc., exibido na PBS.2. Robert Wright e George Forrest, letra de “Sands of Time,”

Kismet.3. Deseret News, 31 de janeiro de 1872, p. 609.4. Deseret News, 2 de abril de 1873, p. 132.5. Daily Express, Londres, Inglaterra, 13 de julho de 1953,

p. 4.6. Antony Flew, “Theology and Falsification,” em New Essays

in Philosophical Theology, editado por Antony Flew and AlasdairMacintyre (1955), p. 107.

7. Daniel H. Ludlow, editor, Encyclopedia of Mormonism,5 volumes (1992), 2:478.

8. Carta enviada ao autor.

Que Deus nos abençoe a todos com a disposição de

partilhar a colheita abundante da Restauração para

que, assim como fomos nutridos espiritualmente,

também nos dediquemos a nutrir o próximo.

VERDADES LIBERTADORAS

As verdades esclarecedoras da Restauração trazem-nos perspectivas libertadoras! Ao analisarmos as revela-ções a fundo, veremos que elas ressaltam que o homemé, ao mesmo tempo, uma inteligência ou espírito eterno,ainda que certamente não igual a Deus. (Ver Abraão3:18.) Assim, doutrinariamente, estamos em posiçõesdiferentes, porque “Deus não é a fonte nem a causa dosmales morais ou naturais”.7 Ele é, isto sim, o organizadordas inteligências eternas, que não podem ser criadasnem destruídas. (Ver D&C 93:29.) Além do mais, Deusnão coagirá os homens, pois todas as inteligências sãolivres para agir por si mesmas “na esfera em que Deus[as] colocou. (. . .) Eis que isto é o livre-arbítrio dohomem e isto é a condenação do homem”. (D&C93:30–31)

Na Restauração, aprendemos ainda que algoinerente à vida mortal é o fato de haver “oposição emtodas as coisas”. (2 Néfi 2:11) Essa doutrina não é algosecundário em nossa vida. Trata-se de uma grandiosarevelação divina! Como escreveu David Paulsen,professor da Universidade Brigham Young: “Sem retidãomoral, não há felicidade; sem liberdade moral, não háretidão moral; sem oposição (possibilidades conflitantesa serem escolhidas), não há liberdade moral. Por conse-guinte, a felicidade e a oposição estão intrinsecamenteligadas”.8

A L I

Assim, ao compreendermos as verdades daRestauração, entenderemos princípios valiosos e vitaispara a vida diária.

Na minha opinião — não se trata de doutrina daIgreja — naquele dia distante se tornará ainda maisevidente que nosso Pai amoroso está fazendo tudo a Seualcance para ajudar-nos!

O evangelho restaurado de Jesus Cristo é umaevidência de Seu auxílio. Na condição de beneficiáriosdas bênçãos da Restauração, recebemos grande luz econhecimento (ver Alma 9:19) sobre o significado epropósito da vida, a natureza do Pai e do Filho e a obra ea glória do plano de salvação. (Ver Moisés 1:39.)

Que Deus nos abençoe a todos com a disposição departilhar a colheita abundante da Restauração para que,assim como fomos nutridos espiritualmente, também nosdediquemos a nutrir o próximo. �

A H O N A

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(A página 25 de A Liahona estádepois do encarte de notícias

locais e do suplemento O Amigo.)

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PROMOVER A UNIÃO FAMILIAR POR MEIO DOTEMPLO E DO TRABALHO DE HISTÓRIA DA FAMÍLIA

MENSAGEM DAS PROFESSORAS VISITANTES

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O propósito das famílias mortais,diz o Élder Dallin H. Oaks, doQuorum dos Doze Apóstolos,

é trazer filhos ao mundo, ensinar-lheso que é certo e preparar todos os membros da família para a exal-tação em relacionamentos familiareseternos.” (“O Mais Importante”, A Liahona, março de 2000, p. 16.)Nossa família se fortalece quando nostornamos um em propósito com o PaiCelestial, procurando a exaltaçãopara todos os membros da família – os que já morreram, nossos familiaresque estão vivos hoje e as geraçõesfuturas.

A MISSÃO DE ELIAS

Em 1836, Elias apareceu a Joseph Smith e Oliver Cowdery noTemplo de Kirtland. Ele veio para“[converter] o coração dos pais aosfilhos, e o coração dos filhos a seuspais” (Malaquias 4:6; ver tambémD&C 2) e para restaurar as chaves dopoder selador, que permite às famíliaspermanecerem unidas eternamente.A vinda de Elias aumentou a preocu-pação com o trabalho de história dafamília. (Ver D&C 110:13–16.)

Cada uma de nós pode participarde alguma forma do trabalho dotemplo e da história da família. OEspírito Santo irá guiar-nos se, emespírito de oração, procurarmossaber quando e como cumprir essas responsabilidades. Podemoscomeçar, recebendo nossas próprias

ordenanças no templo e ajudando

nossos familiares a fazerem o mesmo.Podemos também identificar nossosantepassados, utilizando as informa-ções que temos, bem como registrosfamiliares e outros documentos. Emseguida, enviamos ao templo osnomes de nossos antepassados e, sepossível, realizamos as ordenançaspor eles. Podemos unir as gerações,contando histórias familiares anossos filhos e netos. Nossa posteri-dade irá agradecer-nos se anotarmosdatas e experiências importantes denossa vida.

DIÁRIOS E HISTÓRIAS PESSOAIS

Os laços familiares podem serfortalecidos até com nossa posteri-dade, por exemplo, por meio de umdiário ou de um relato escrito denossa história pessoal. Nossas pala-vras podem ter o poder de fortaleceras gerações futuras quando fazemosum registro do que Deus fez emnossa própria vida.

Uma irmã escreveu: “Com 21anos, contraí uma doença mentalque, segundo me informaram, poderiatrazer-me problemas o resto da vida.Por intermédio de bênçãos do sacer-dócio, recebi a promessa de que seriacurada de acordo com minha fé. Meumaior desafio foi manter essa fé.Durante um período particularmentedifícil, minha mãe deu-me para ler ahistória de minha bisavó.

Quando era criança, na Suíça, elacontraiu uma doença incurável.Enquanto estava de cama, leu fo-lhetos sobre o sacerdócio e a respeitode homens que conseguiram curarcomo Jesus”.

Depois de filiar-se à Igreja, suabisavó orou com fé para ser curada.Após uma das muitas bênçãos do sacerdócio que recebeu, elaescreveu: “Quero contar (. . .) a todosos meus netos (. . .) que não existempalavras em nenhuma língua capazesde descrever o que senti quando fuicurada. Eu realmente senti que estavasendo curada, dos pés ao alto dacabeça, e depois disso, fiquei sã”.

Essas palavras tocaram profunda-mente essa irmã. “Minha fé forta-leceu-se”, disse ela, “e eu sabia que,no tempo do Senhor, eu tambémseria curada.”

Se trabalharmos para criar laçosfamiliares eternos dessa e de outrasformas, nossa família será aben-çoada com um poder de união queafetará gerações e se perpetuará pela

eternidade. �
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Don L. Searle

Deus deu aos poetas o dom

de sentir a essência da vida,

escreve ela.

AnaLucreciaMoralesO D O M D O S P O E T A S

OTO

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FIAS

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DO

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ARLE

Ela é apenas uma jovem como asoutras de sua idade que gosta deestudar na varanda de casa oucomprar roupas. Mas também é otipo de menina que aprecia recitaisde poesia e escreveu que Deus deuaos poetas o dom

de sentir a essência da vida e das coisas: a água,a Terra, a lua e a manhã.A primeira vista, Ana Lucrecia

Morales é muito parecida com outrasmeninas de 16 anos da Guatemala.Contudo, suas amigas sabem que elaé diferente. Nem sempre compre-endem o motivo das diferenças, masrespeitam.

Uma das razões é que, apesar de játer várias atividades escolares, ela

ainda freqüenta com entusiasmo

outro curso todas as noites depoisdas aulas. Ela chama-o de seminário.Para a maioria de seus amigos, semi-nário seria o local onde estudamministros e sacerdotes, não um lugarpara adolescentes. “Não é ente-diante?” perguntam eles. “Deve sermuito cansativo”, comentam.

Mas não para Analú, seu apelidoentre os amigos. A mãe dela vaibuscá-la na escola, juntamente coma irmã e o irmão mais novos, e leva-os direto para a aula do seminário às 18 horas. Analú diz aos amigos que gosta do seminário porque láaprende sobre Jesus Cristo. Tambémsente enorme prazer ao estudar asescrituras; tirou o segundo lugar namemorização de escrituras em suaclasse.

Sua classe de cerca de 15 alunosreúne-se na capela da ala quefreqüentam, a Ala San Pedrito, EstacaCidade da Guatemala GuatemalaPalmita. Pelo menos durante aquela

A L I A H O N A

26

hora do dia, Analú está entre amigos

que também gostam de estudar asescrituras.

Durante o dia, Analú estuda noColégio Vienna, uma escola secun-dária particular administrada poreducadores austríacos. “Eu gostodaqui”, diz Analú. “Sinto que estourecebendo uma instrução de quali-dade e tenho muitos amigos.” Con-tudo, só há cerca de três ou quatroalunos que são membros da Igreja enenhum deles pertence à classe dela.

Não é só a ansiedade de Analúpara ir ao seminário que a torna dife-rente para seus amigos não- membros.

Ela sempre recusa café. Num paísem que a indústria cafeeira empregamilhares de pessoas, alguns amigostêm dificuldade para compreenderessa posição. Eles perguntam: “Porque é pecado tomar café?”

“Respondo que não é bom para onosso corpo”, diz ela. Essa perguntadá-lhe a oportunidade de explicar aPalavra de Sabedoria.

Em geral, os amigos de Analúrespeitam suas crenças, mas a maiorianão concorda com ela quanto àPalavra de Sabedoria e às vezestambém em outros pontos. Não é fácilquando eles a convidam para ativi-dades que ela aprendeu serem inade-quadas. Ela sempre ora pedindoforças para ser um bom exemplo deseus princípios.

Mas nessas circunstâncias, elaconta com auxílio. “O seminárioajuda-me de muitas maneiras”,explica. “Ao deparar-me com pro-blemas, o seminário sempre me ajudaa escolher o que é certo. Também émuito interessante aprender acerca

Analú é grata pelo evangelho,

que lhe ensina a desenvolver

e partilhar os dons de Deus. F

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dos profetas e de como o Senhor Semanifestou a eles.”

A atitude de Analú diante daspalavras do Senhor e Seus profetasparece ter algo a ver com o que elaescreveu no início de seu poema:

Deus deu aos poetas o dom de sentir a essência da vida e das coisas: a água,a Terra, a lua e a manhã.É claro que Analú passa parte de

seu tempo fazendo muitas dasmesmas coisas que as demais jovensfazem. Ela gosta de reunir-se com asamigas para ouvir música. Seu grupomusical favorito canta baladasromânticas e outras músicas popu-lares. Ela também tem uma amigaque tem muito talento no piano, eAnalú gosta de ouvi-la tocar músicaclássica.

Ela gosta de ir ao cinema com asamigas e tem um ator preferido,mas não só devido à aparênciafísica dele. E do que ela gosta nele?Ele costuma fazer papéis cômicos,mas sempre muito reais e que seimportam verdadeiramente com asoutras pessoas.

Essas características dizem algo arespeito de Analú e também do tipode família que ela pretende formarum dia. “Eu gostaria que meusfuturos filhos tivessem tudo que eutive graças à bondade de Deus”, dizela. “Empenho-me muito para viverem retidão, pois quero ser um bomexemplo para eles.”

Analú aprendeu bem cedo comoo Pai Celestial pode ser bom paraSeus filhos. Quando era pequena,seu pai ficou muito doente. Após

A L I A H O N A

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várias cirurgias, os médicos achavam

que já haviam feito tudo o quepodiam e deram poucas esperançasde sobrevivência. Mas a mãe deAnalú reuniu a família inteira paraorar e pediu também que cada umorasse individualmente. Para oespanto dos médicos, que disseramtratar-se de um milagre, ele recu-perou-se. Analú sabia que era umaresposta para as orações deles ao

Pai Celestial e aprendeu que Eleatenderia a outras de suas súplicasno futuro.

Experiências dessa natureza e asdemais coisas que lhe foram ensi-nadas estão gravadas profundamenteem seu coração e fazem parte insepa-rável de seu ser.

Talvez sejam como as coisas queela menciona em outro poema. Elaescreveu originalmente em espanhol,seu idioma materno, acerca de frasese palavras que são

uma personificação do quecorre em nossas veiase encontra forças desconhecidas,um sentimento insondável

Analú (segunda a partir da direita)

com sua irmã, Luz Andrea Carolina;

sua prima Gabriela; e seu irmão,

José Manuel.

“TODOS OS DONS”

Quando era membro doQuórum dos Setenta, o Élder Robert

D. Hales explicou: “Em Doutrina e Convênios52:14–19, recebemos uma orientação paraque nossos dons criativos sejam usados parapropósitos justos. Somos ensinados que odom do discernimento depende da oração, doespírito contrito, da obediência aos manda-mentos e ordenanças, linguagem humilde eedificante, ausência de contendas, reconheci-mento humilde do poder de Deus e produçãode frutos de louvor e sabedoria.

A seção 46, versículo 10, também fazreferência à nossa ‘mente’, significando nossacapacidade de estudar, aprender e desenvolvernossa inteligência, dons e talentos. Temos aresponsabilidade de nos aperfeiçoar.

Perguntaram a um amigo meu: ‘Você tocapiano?’ Ele respondeu: ‘Não, ainda não tentei’.Que grande lição! Quantos talentos talvezestejam escondidos, esperando paradesabrochar, se simplesmente tentássemos!

Não nos esqueçamos, contudo, de quedesenvolver nossos talentos não é uma tarefafácil. Às vezes, surpreendo-me querendo justi-ficar minha falta de talentos, dizendo: ‘Pois atodos não são dados todos os dons’ (D&C46:11). Por exemplo, quando trabalhamos aolado de tradutores e intérpretes, é fácil dizer-lhes: ‘Como vocês são abençoados porpossuírem o dom das línguas’. Certa ocasião,recebi uma resposta bem direta: ‘Meu dom daslínguas foi conseguido após milhares de horasde estudo e depois de superar muitos momentosde insucesso e desânimo’”. (“Every Good Gift”,New Era, agosto de 1983, pp. 6–7)

expresso em versos. �

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Sugestões para o Estudo dasEscrituras

Oestudo das escrituras fará com que você se aproxime mais do Pai Celestial e o ajudaráa tornar-se mais semelhante a Ele. O

Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) disse que oLivro de Mórmon dará grande força àqueles que oestudarem diligentemente. “Vocês descobrirão maiorpoder para resistir à tentação”, prometeu ele.“Encontrarão poder para evitar as dissimulações.Encontrarão poder para permanecer no caminho retoe estreito.” (“O Livro de Mórmon — Pedra Angular deNossa Religião”, A Liahona, janeiro de 1987, p. 6)

Se você está tentando achar tempo para estudar asescrituras ou está procurando entendê-las quando aslê, seguem-se algumas idéias para ajudá-lo a tornar seuestudo pessoal das escrituras mais significativo:

S E T E M B R

✔ Faça do estudo das escrituras uma prioridade.Você pode achar que não tem tempo, mas se você fizero seu tempo, conseguirá fazer as outras coisas nomomento oportuno.

✔ Leia todos os dias por certo período de tempo, de preferência quando estiver mais desperto.

✔ Ore pedindo entendimento e orientação antesde ler, e convide o Espírito Santo para estar com você.

✔ Ao terminar a leitura, tire alguns minutos parameditar e orar sobre o que leu. Pergunte a si mesmo serealmente entendeu a leitura.

✔ Escreva em seu diário. Anote o que o EspíritoSanto lhe ensina a respeito das escrituras.

✔ Fale sobre o que aprendeu com outra pessoa.Uma boa maneira de lembrar-se do que estudou é ensinar um conceito e prestar seu testemunho sobre ele.

✔ Se possível, leia num lugar sossegado. Procuresempre ler num local livre de distrações.

✔ Escolha um tópico que seja relevante em suavida no momento e procure as referências de escri-turas sobre esse assunto.

✔ Reflita a respeito dos ensinamentos que encon-trou nas escrituras e como pode aplicá-los em sua vida.Veja como irá viver os princípios que aprendeu.

✔ Se você divagar enquanto lê, volte e leia de novoo que não assimilou. Lembre-se, não importa a quan-tidade do que lê diariamente, mas a qualidade de seuestudo. �

O D E 2 0 0 1

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LINHA SOBRE LINHA

Viemos para a Terra de nosso larpré-mortal para cumprir vários

propósitos muito importantes, umdos quais é receber um corpo físico.O corpo das pessoas, obviamente,pode ter diversos formatos e tama-nhos, mas nossa aparência física nãoé particularmente importante. O quefazemos com o corpo que recebemosé extremamente importante. Apergunta que precisamos responder anós mesmos é se nosso espíritogoverna nosso corpo ou se nossocorpo governa nosso espírito.

O mundo deseja que acreditemosque nossa verdadeira identidade não

M O R T A LO C O N F L I T O

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passa de uma combinação das paixões,instintos e experiências que vêm como corpo. Mas nosso espírito habita emnosso corpo, e embora o espírito nãoseja perfeito, ele vem para a Terrainocente e ansiando, a princípio, porcoisas boas, justas e puras. (Ver D&C29:46–47; 93:38.) O espírito vem dapresença de Deus, mas por causa dovéu colocado em nossa mente aoentrarmos na mortalidade, não noslembramos de nossa vida pré-mortal.Nosso espírito é atraído por coisasespirituais. Essa virtude coloca-o emconflito com o corpo, pois o nossocorpo está sujeito às tentações do

mundo. (Ver Moisés 6:49.)

Podemos comparar o corpo a umautomóvel e o espírito ao moto-rista. O automóvel é um instru-mento maravilhoso e poderoso. Se o motorista estiver atento,sóbrio e for amadurecido suficientepara dirigir com cuidado, estará no controle e o automóvel poderálevá-lo para o destino que eledesejar. Mas se o motorista estiverdormindo ou bêbado, não estiverprestando atenção, ou se for talvezmuito imaturo para dirigir com segu-rança, então o automóvel está nocontrole, e pode causar destruição esofrimento para o motorista bem

como para qualquer um que estejaem seu caminho.

O Élder Melvin J. Ballard(1873–1939) do Quórum dos DozeApóstolos ensinou que o maiorconflito que enfrentaremos nesta vidaserá contra nós mesmos. Ele explicou:“Todos os ataques que o inimigo denossa alma fará para capturar-nos serápor meio da carne, porque ela é feitaa partir da Terra não redimida, e eletem poder sobre os elementos daTerra. A abordagem que ele empre-gará contra nós será por meio dosdesejos, apetites e ambições da carne.Toda a ajuda que recebermos do

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Senhor nessa batalha será por meio

do espírito que habita neste corpomortal. Portanto, essas duas grandesforças estarão agindo sobre nós porintermédio desses dois canais.

Como anda essa batalha dentro devocê? (. . .) Você nunca poderá dizerqual a situação dessa luta interna, amenos que esteja cuidando bem doespírito. Sabemos que se não inge-rirmos alimentos nem fizermos exercí-cios adequados, em termos físicos, nãohaverá crescimento. Se quisermos terum espírito forte que domine o corpo,é preciso cuidarmos para que o espí-rito receba alimento espiritual e seexercite espiritualmente.

Onde encontramos alimento espi-ritual? (. . .) Uma vez por semana, osmembros da Igreja são convidados apartilhar da mesa do sacramento,onde comem e bebem os emblemasdo corpo ferido e do sangue derra-mado do Senhor Jesus Cristo, aben-çoados para o seu espírito, não paraseu corpo físico, porque aquele quecome e bebe dignamente, come ebebe vida espiritual. Também nos foiordenado que busquemos o Senhordiariamente em oração, oraçãosecreta e oração familiar. O queacontece então? Fechamos os olhos edeixamos de fora o mundo físico,

abrimos as janelas de nossa alma e I
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buscamos bênçãos espirituais, poderesespirituais. Essa força, então, flui paranossa vida espiritual. Assim, essas eoutras oportunidades nos são ofere-cidas para que consigamos alimentoespiritual, e o exercício espiritual vempor meio do serviço ao próximo.

O homem ou a mulher que nãoesteja recebendo alimento espiritualnem se exercitando espiritualmenteacabará tornando-se espiritualmentefraco, e a carne será seu mestre. Por isso, todo aquele que estiverrecebendo alimento espiritual e se

exercitando espiritualmente terádomínio sobre o próprio corpo e omanterá sujeito à vontade de Deus.

(. . .) Todos já ouviram o ditadoque uma corrente é tão forte quantoseu elo mais fraco. Ela quebraránaquele ponto. Geralmente obser-vamos que nosso elo mais fraco estána carne. O diabo conhece nosso elofraco, e quando ele procura capturaruma alma, ataca no ponto fraco. Podehaver força em outros lugares, mas elenunca nos ataca onde somos fortes,mas, sim, onde somos fracos. (. . .)

Não é o corpo, mas nosso espíritoimortal que o diabo deseja. Eleprocura capturá-lo por meio docorpo, pois o corpo pode escravizaro espírito, mas o espírito podemanter o corpo como seu servo,sendo ele o mestre”. (“Conflict WillCome between Forces of Good andEvil; Every Soul Must Choose toUphold One Side or Other”,[discurso proferido no Tabernáculode Salt Lake, 29 de abril de 1928];ver A Liahona, setembro de 1984,pp. 30–41.) �

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“E EL E (. . . ) DE UO padrão de liderança

apostólica que governou a Igrejaprimitiva após a Ascensão

do Salvador continua o mesmo na Igreja atual.

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Na Igreja primitiva, o Salvadorestabeleceu o padrão de lide-rança da Igreja: “E ele mesmo

deu uns para apóstolos, e outros paraprofetas, e outros para evangelistas, eoutros para pastores e doutores”.(Efésios 4:11) Em Atos dos Apóstolos,Lucas descreve o papel essencial dosApóstolos na direção da Igreja naantigüidade. Esse modelo de lide-rança apostólica continua o mesmona Igreja atual, e é confirmado pelasrevelações de Doutrina e Convêniose pelos profetas modernos. As notá-veis semelhanças entre o papel dos

Apóstolos do Novo Testamento e odos Apóstolos atuais testificam queesse sagrado ofício continua válido.

OS APÓSTOLOS SÃO ESCOLHIDOS E

CHAMADOS POR DEUS

A palavra Apóstolo deriva de umapalavra grega que significa “enviado”.(Ver Guia para Estudo dasEscrituras, “Apóstolo”, pp. 20–21.)Essa designação exigia um comissio-namento divino e a autoridade dosacerdócio. Os Apóstolos têm aresponsabilidade especial de levar oevangelho a todos os povos da Terra

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U N S PA R A AP Ó S T O L O S” Edward J. Brandt

e o encargo particular de ajudar asupervisionar o trabalho da Igreja. Apalavra Apóstolo não se aplica aosantigos patriarcas e profetas de Deusque conduziram Seu povo ao longodas eras; mas restringe-se aos queforam chamados como testemunhasespeciais do nome de Jesus Cristo,Sua Expiação e Sua Ressurreição.Ela se aplica da mesma forma aos quepossuem essas mesmas responsabili-dades na dispensação da plenitudedos tempos.

O livro de Atos afirma que osApóstolos deviam continuar a guiar

a Igreja. Depois da Ascensão deCristo, Ele dirigia os trabalhos dosApóstolos “pelo Espírito Santo”.(Atos 1:2) Os Apóstolos tinham sidopreparados e ensinados pelo Senhorde modo a poderem cumprir seuchamado e ministério.

Nesta dispensação, o Senhornovamente chamou Apóstolos,começando por “Joseph Smith Júniorque foi chamado por Deus e orde-nado apóstolo de Jesus Cristo (. . .) e(. . .) Oliver Cowdery, que foitambém chamado por Deus comoapóstolo de Jesus Cristo (. . .) e

ordenado sob sua mão”. (D&C20:2–3) O restabelecimento de umQuórum dos Doze Apóstolos paraesta dispensação ocorreu em 14 de fevereiro de 1835, quando eles foram escolhidos e anunciados. (VerHistory of the Church, 2:181–189.)

OS APÓSTOLOS TÊM O ENCARGO

DE ENSINAR A TODAS AS NAÇÕES

Um dos principais papéis dosApóstolos sempre foi o de ensinar oevangelho: “E nomeou doze para queestivessem com ele e os mandasse apregar”. (Marcos 3:14) Embora seu

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“Todos osmembros do

Quórum da PrimeiraPresidência e do Conselho dos

Doze receberam as chaves,direitos e autoridade

pertencentes ao santo apostolado. (. . .) Nessaautoridade encontra-se

o poder de governar a Igreja e o reino de Deus na Terra.”

— Presidente Gordon B. Hinckley

ministério terreno fosse limitado àcasa de Israel (ver Mateus 10:5–6;15:24), o Salvador posteriormenteenviou-os para ensinar a “todas asnações”. (Mateus 28:19)

O livro de Atos mostra como osApóstolos cumpriram sua responsabi-lidade. No dia de Pentecostes, a inves-tidura espiritual concedida a Pedro eaos outros Apóstolos permitiu-lhesensinar até aos estrangeiros quefalavam outras línguas, e “cada um osouvia falar na sua própria língua”.(Atos 2:6)

Mais tarde, Pedro, o líder profetados primeiros Doze, foi inspirado aestender o trabalho para os gentios:“[É-lhe] agradável aquele que, emqualquer nação, o teme e faz o que éjusto”. (Ver Atos 10:34–35.) Alguns,a princípio, se recusaram a aceitar a nova orientação, mas o Espíritomanifestou a necessidade da con-versão dos que não eram da casa deIsrael. (Ver Atos 11:1–18.) O livro deAtos descreve algumas das viagens

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missionárias dos Doze, e conclui comas extensas missões do ApóstoloPaulo.

De modo semelhante, sob a direçãoda Primeira Presidência da Igreja, osApóstolos chamados em nossa dispen-sação supervisionam a pregação doevangelho às nações. “Aonde querque eles [a Primeira Presidência] temandarem, vai, e estarei contigo; eem todo lugar que proclamares meunome, uma porta eficaz ser-te-áaberta”. (D&C 112:19) Os Dozetambém receberam a responsabili-dade de supervisionar outros quefossem enviados para auxiliá-los acumprir esse encargo. (Ver D&C84:62; 107:35; 112:21.)

OS APÓSTOLOS POSSUEM AS CHAVES

DO REINO

Outra responsabilidade apostó-lica, tanto na antigüidade quantoatualmente, refere-se às “chaves doreino”, ou autoridade do sacerdóciopara presidir e dirigir a Igreja de JesusCristo. O Salvador disse aos antigosApóstolos, dos quais Pedro era opresidente: “Eu te darei as chaves doreino dos céus; e tudo o que ligaresna terra será ligado nos céus, e tudoo que desligares na terra será desli-gado nos céus”. (Mateus 16:19)

Para o Profeta Joseph Smith eOliver Cowdery, nesta dispensação, oSenhor declarou que tinha enviadoPedro, Tiago e João, “por intermédio

Apoiamos os Apóstolos como

profetas, videntes e reveladores. ILU

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de quem vos ordenei e confirmei paraserdes apóstolos e testemunhas espe-ciais de meu nome e para portardes aschaves de vosso ministério e dasmesmas coisas que a eles revelei:

A quem confiei as chaves de meu reino e uma dispensação doevangelho para os últimos tempos; epara a plenitude dos tempos, quandoreunirei em uma todas as coisas, tantoas que estão no céu como as que estãona Terra”. (D&C 27:12–13; vertambém D&C 112:30–32.)

O Presidente Gordon B.Hinckley ensinou-nos a esse respeito:“Cada homem ordenado comoApóstolo e apoiado como membrodo Conselho dos Doze foi apoiadocomo profeta, vidente e revelador.(. . .) Conseqüentemente, todos osmembros do Quórum da PrimeiraPresidência e do Conselho dos Dozereceberam as chaves, direitos eautoridade pertencentes ao santoapostolado. (. . .) Nessa autoridadeencontra-se o poder de governar aIgreja e o reino de Deus na Terra.Existe ordem no exercício dessaautoridade. Isso é especificamentedeterminado nas revelações doSenhor. É de conhecimento detodos os Irmãos e seguido fielmentepor todos”.1

OS APÓSTOLOS ENSINAM AS

DOUTRINAS E PRINCÍPIOS DO

EVANGELHO DE JESUS CRISTO

Os Apóstolos têm uma bênçãoespecial relacionada a seu trabalho de

ensinar as pessoas. Lemos: “E a uns

pôs Deus na igreja, primeiramenteapóstolos, em segundo lugarprofetas”. (I Coríntios 12:28) Emoutra carta do Apóstolo Paulo, esseslíderes da Igreja foram comparados aum edifício com o “fundamento dosapóstolos e dos profetas, de que JesusCristo é a principal pedra da esquina”.(Efésios 2:20) De modo semelhante,nesta dispensação, o Profeta JosephSmith ensinou: “Cremos na mesmaorganização que existia na IgrejaPrimitiva, isto é, apóstolos, profetas(. . .)”. (Regras de Fé 1:6)

O Presidente Boyd K. Packer,Presidente Interino do Quórum dosDoze Apóstolos, cita este ensina-mento do Presidente J. Reuben ClarkJr. (1871–1961), Conselheiro naPrimeira Presidência: “‘Algumas dasAutoridades Gerais [os Apóstolos]receberam uma designação especial;elas possuem um dom especial;foram apoiadas como profetas,videntes e reveladores, o que lhesconcede uma investidura especialem relação ao ensino deste povo.Têm o direito, o poder e a autoridadede declarar a mente e a vontade deDeus a Seu povo, estando subordi-nadas ao poder e autoridade supremado Presidente da Igreja. As outrasAutoridades Gerais não receberamessa investidura e autoridade espiri-tual especial’. Essa limitação ‘[aplica-se] a todos os outros líderes emembros da Igreja, pois nenhumdeles está espiritualmente investidocomo profeta, vidente e revelador’”.2

Dessa forma, Deus “estabeleceu

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proteções para impedir (. . .) que osmembros sejam levados em roda portodo o vento de doutrina, resguar-dando-os do engano dos homens quecom astúcia enganam fraudulosa-mente. (Ver Efésios 4:14.) Essasproteções, segundo a epístola dePaulo aos Efésios, constituíam-seprincipalmente dos apóstolos eprofetas que Deus colocou à frente daIgreja para esse propósito específico”.3

O Senhor fez a seguinte adver-tência a respeito daqueles queouvirão a mensagem dos Apóstolos:“Chegará o dia em que aqueles quenão ouvirem a voz do Senhor nem avoz de seus servos nem atenderem àspalavras dos profetas e apóstolosserão afastados do meio do povo”.(D&C 1:14) Portanto, devido à suainvestidura especial relacionada a seutrabalho de ensino, o Senhor disseque todos aqueles que ensinam naIgreja ou como missionários devemusar as instruções dos Apóstoloscomo padrão. As escrituras indicamque os professores não devem dizer“nada mais do que escreveram osprofetas e apóstolos”, ou seja, “ascoisas que viram e ouviram e em quefirmemente crêem”. (D&C 52:9, 36)

OS APÓSTOLOS DEVEM EDIFICAR E

ESTABELECER A ORDEM NA IGREJA

No tempo do Novo Testamento daIgreja, conforme as congregaçõeseram organizadas e cresciam, osApóstolos seguiam “confirmando osânimos dos discípulos, exortando-os a

permanecer na fé, (. . .) havendo-lhes
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“A PrimeiraPresidência e

o Quórum dos Doze Apóstolos,chamados e ordenados para

portar as chaves do sacerdócio,têm a autoridade e a respon-

sabilidade de governar a Igreja,ministrar suas ordenanças,

ensinar sua doutrina, e esta-belecer e manter suas regras.”

—Presidente Howard W. Hunter

(. . .) eleito anciãos em cada igreja”.(Atos 14:22–23) Eles transmitiam asorientações e conselhos dos líderes daIgreja. As escrituras antigas relatam:“[Entregavam-lhes], para seremobservados, os decretos que haviamsido estabelecidos pelos apóstolos(. . .) de sorte que as igrejas eramconfirmadas na fé”. (Atos 16:4–5)

De modo semelhante, os Apóstolosatuais têm por fim “oficiar em nome doSenhor, sob a direção da Presidênciada Igreja, (. . .) e edificar a igreja eregular todos os seus negócios emtodas as nações”. (D&C 107:33) Etambém “é dever dos Doze (. . .)ordenar e organizar todos os outrosoficiais da igreja”. (D&C 107:58) OPresidente Howard W. Hunter(1907–1995) instruiu-nos a respeito

desse aspecto do trabalho do Apóstolo:“A Primeira Presidência e o

Quórum dos Doze Apóstolos, cha-mados e ordenados para portar aschaves do sacerdócio, têm a autori-dade e a responsabilidade de governara Igreja, ministrar suas ordenanças,ensinar sua doutrina, e estabelecer emanter suas regras. (. . .)

“(. . .) O governo da Igreja e oexercício dos dons proféticos sempreestarão investidos nas autoridadesapostólicas que têm e exercem todasas chaves do sacerdócio.4

O APÓSTOLO SÊNIOR É

O PRESIDENTE DA IGREJA

Como no passado, o Apóstolosênior preside a Igreja e tem aresponsabilidade de anunciar novas

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doutrinas ou mudanças. Com a mortede Judas Iscariotes (ver Mateus27:3–5), surgiu uma vaga no Quórumdos Doze. Pedro, como Presidente daIgreja,5 dirigiu o chamado de um novoApóstolo, Matias, que foi ordenadocomo “testemunha de sua ressur-reição”. (Atos 1:22; ver também Atos1:15–16, 21–26.)

Em outro exemplo, Pedro recebeuuma grandiosa revelação queexpandia o ministério dos Apóstolosda casa de Israel para todo o mundo.(Ver Atos 10:9–16.) Quandoentendeu a revelação, Pedro a comu-nicou para a Igreja:

“Reconheço por verdade queDeus não faz acepção de pessoas;

Mas que lhe é agradável aqueleque, em qualquer nação, o teme e fazo que é justo.” (Atos 10:34- -35)

Depois do anúncio e implemen-tação da revelação, alguns membrosda Igreja opuseram-se a essa novadoutrina, aderindo firmemente à leimosaica. Pedro corrigiu seu falso ensi-namento e testificou acerca da orien-tação divina que tinha recebido sobrea questão. (Ver Atos 11:1–18.) Houveoutras discordâncias sobre como essarevelação seria colocada em práticaem relação aos conversos da Igrejaprimitiva. (Ver Atos 15:1–5.) Aquestão foi discutida em um conselhoe resolvida sob a liderança de Pedro.Uma carta que esclarecia a revelação

Os Apóstolos “[oficiam] em nome

do Senhor, sob a direção da

Presidência da Igreja”.

anterior e sua aplicação foi o meiousado para comunicar a decisão a todaa Igreja. (Ver Atos 15:6–31.)

Como explicou certo autor: “Não há a menor dúvida de que

Pedro e os outros líderes sabiam que a lei de Moisés tinha sidocumprida.(. . .) Mas ainda havia esseconflito entre a doutrina da Igreja e acultura judaica. A antiga tradiçãocultural persistiu entre muitosmembros judeus por muitos anos,mesmo após a questão doutrináriater sido resolvida.

De igual modo, atualmente, podehaver dúvidas referentes a questõesem que o fundamento doutrinárioesteja claro, mas cuja tradição oucostume seja tão forte que asAutoridades Gerais sejam inspiradasa tomar uma atitude mais firme,confiando, como os líderes da Igrejana época do Novo Testamento, quese os princípios básicos reveladosforem conhecidos, o Espírito Santoacabará levando os membros aesquecerem a tradição, popularidadeacadêmica ou pressão dos amigos emfavor da palavra de Deus.

A resolução do problema relatadono livro de Atos oferece à nossageração um modelo esclarecedorsobre como os membros da Igreja eas pessoas de outras religiões podemreagir quando a revelação entrar emchoque com a tradição e os costumesantigos. Só profetas vivos podiamlidar corretamente com essa situaçãonaquela época. Só profetas vivos

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podem fazê-lo atualmente.”

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Em nosso próprio tempo, o padrãode como resolver questões doutriná-rias continua o mesmo. O PresidenteJ. Reuben Clark Jr. ensinou que dentreos Doze e a Primeira Presidência,“somente o Presidente da Igreja, oSumo Sacerdote Presidente, é apoiadocomo Profeta, Vidente e Reveladorpara a Igreja, e só ele tem o direito dereceber revelações para a Igreja, sejamelas novas ou retificadoras, ou de darinterpretações oficiais autorizadas daIgreja para as escrituras, ou alterar dequalquer maneira as doutrinas daIgreja”.7

Quando houver casos de “dificul-dade com respeito a doutrina ou prin-cípio, (. . .) o presidente poderáconsultar e obter a vontade do Senhorpor revelação”. (D&C 102:23)Quando a Primeira Presidência daIgreja e os Doze Apóstolos se reúnemem conselho, eles ponderam “osassuntos mais importantes da igreja”(D&C 107:78), e esse grupo émencionado nas revelações como “omais alto conselho da igreja de Deus e(. . .) [aqueles que tomam] a decisãofinal em controvérsias sobre assuntosespirituais”. (D&C 107:80)

OS APÓSTOLOS SÃO TESTEMUNHAS

ESPECIAIS DE JESUS CRISTO

Uma das mais importantesresponsabilidades de um Apóstoloordenado é prestar testemunho dadivindade de Jesus Cristo, de que Ele é literalmente o Filho de Deus.Vemos esse modelo no livro de Atos,

quando Pedro prestou vigoroso
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“Como um dos queforam chamados como teste-munhas especiais, acrescento

meu testemunho ao dos outrosApóstolos: Ele vive! Ele vive

com um corpo ressuscitado. Nãohá verdade ou fato do qual eu

esteja mais seguro, ou queconheça melhor por experiênciapessoal, do que a veracidade da

ressurreição literal de nossoSenhor.”

—Presidente Ezra Taft Benson

testemunho de que Jesus Cristo era “oSanto”, “o Príncipe da vida”, sim, “oCristo”. (Ver Atos 3:12–18.) Eleensinou que Jesus era o “profeta” sobrequem Moisés tinha profetizado quedeveríamos ouvir, aquele que forapredito por todos os profetas, sim, oFilho de Deus, “enviado para nosabençoar, apartando a cada um de nósdas nossas iniqüidades”. (Ver Atos3:19–26; ver também Deuteronômio18:15–19; 1 Néfi 22:20–22.) Pedro,João, Barnabé, Paulo e os outrosApóstolos, todos eram testemunhasespeciais de Cristo em sua época.

A respeito dos Apóstolos dosúltimos dias, o Redentor disse quedeveriam ser “testemunhas espe-ciais do nome de Cristo no mundotodo — diferindo assim dos outrosoficiais da igreja nos deveres de seu chamado”. (D&C 107:23) Arespeito dessa responsabilidade, oPresidente Gordon B. Hinckleydisse:

“Eles foram chamados porque o

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Senhor os queria nesse ofício comohomens que têm um testemunho deSua divindade, e cuja voz fosse econtinuasse a ser elevada em teste-munho dessa realidade.

Cada um deles é um homem de fé.Após serem ordenados ao santo apos-tolado e designados como membrosdo Conselho dos Doze, espera-se quese dediquem principalmente aotrabalho do ministério. Colocarão emprimeiro lugar em sua vida, acima detodas as outras coisas, a responsabili-dade de serem uma testemunha espe-cial do nome de Cristo em todo omundo.”8

Além disso, o Presidente Howard W.Hunter testificou: “Presto humilde-mente meu testemunho do privilégiode possuir o santo apostolado e traba-lhar diariamente com um modernoQuórum dos Doze Apóstolos, quesão discípulos do Senhor JesusCristo. Devemos ir adiante e pregar,‘como testemunha especial, do nome de Cristo no mundo todo’.

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(D&C 107:23) E assim sempretestificaram os Apóstolos”.9

OS APÓSTOLOS SÃO TESTEMUNHAS

ESPECIAIS DA RESSURREIÇÃO DO

SALVADOR

Os Apóstolos também são teste-munhas especiais da Ressurreiçãodo Senhor Jesus Cristo. Depois deSua Ressurreição, Jesus foi visto emprimeiro lugar por Maria Madalena(ver Marcos 16:9), e “foi visto porCefas [Pedro, o cabeça da Igreja], edepois pelos doze” (I Coríntios15:5), e por outros (ver I Coríntios15:6–9).

Uma das primeiras aparições aosDoze foi no “primeiro [dia] dasemana, e cerradas as portas onde osdiscípulos (. . .) se tinham ajuntado(. . .), chegou Jesus, e pôs-se no meio[deles]”. (João 20:19; ver tambémLucas 24:36.) Aqueles primeirosApóstolos tocaram o corpo ressusci-tado do Salvador. Ele comeu comeles, deu-lhes instruções e os aben-çoou. (Ver Lucas 24:37–48; João20:20–23.)

Oito dias depois, os Dozetiveram uma experiência seme-lhante, dessa vez incluindo Tomé,que estivera ausente antes. (VerJoão 20:24–29.) Outras aparições aosDoze aconteceram até Sua Ascen-são final. (Ver Mateus 28:16–18;

Desde 12 de março de 1995,

o Presidente Gordon B. Hinckley

está servindo como o Apóstolo

sênior e Presidente da Igreja.

Marcos 16:12–13; Lucas 24:13–32;João 21:1–15.)

No livro de Atos, Pedro declarou opapel dos Apóstolos ao prestar teste-munho do ministério do Salvador:

“E nós somos testemunhas detodas as coisas que fez, tanto na terrada Judéia como em Jerusalém: aoqual mataram, pendurando-o nummadeiro:

A este ressuscitou Deus aoterceiro dia, e fez que se manifestasse,

Não a todo o povo, mas às teste-munhas que Deus antes ordenara; anós, que comemos e bebemos junta-mente com ele, depois que ressus-citou dentre os mortos.” (Atos10:39–41; ver também Atos 3:15.)

O Presidente Ezra Taft Benson(1899–1994) prestou testemunhodessa responsabilidade especial quetodos os Apóstolos têm: “Como umdos que foram chamados como teste-munhas especiais, acrescento meutestemunho ao dos outros Apóstolos:Ele vive! Ele vive com um corporessuscitado. Não há verdade ou fatodo qual eu esteja mais seguro, ou queconheça melhor por experiênciapessoal, do que a veracidade da ressur-reição literal de nosso Senhor”.10

CONCLUSÃO

Como vimos, o livro de Atosmostra um pouco da extensão e poder do ministério dos Apóstolos.Os Doze originais e quatro outrosmencionados especificamente servi-ram naquela dispensação anterior

do evangelho.

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Em nossa dispensação, 92 homensserviram como membros do Quórumdos Doze Apóstolos. Eles traba-lham sob a direção da PrimeiraPresidência para cumprir as respon-sabilidades desse santo ofício echamado. Como esses nobres líderesna vinha cumprem seu serviço apos-tólico, o Salvador refere-Se a elescomo Seus amigos: “E como disse ameus apóstolos, assim vos digo,porque sois meus apóstolos, sumossacerdotes de Deus; sois aqueles queo Pai me deu; sois meus amigos”.(D&C 84:63) �

Edward J. Brandt é gerente da Divisão de

Avaliação do Departamento de Correlação

da Igreja.

NOTAS1. Ver “Deus Está ao Leme”, A

Liahona, julho de 1994, pp. 64, 65.2. Citado em “The Twelve Apostles”,

Ensign, novembro de 1996, p. 6.3. Mark E. Petersen, “Salvation Comes

through the Church”, Ensign, julho de1973, p. 108.

4. “‘Exceeding Great and PreciousPromises’”, Ensign, novembro de 1994, p. 7.

5. Ver Jeffrey R. Holland, “TheLengthening Shadow of Peter”, Ensign,setembro de 1975, pp. 30–35.

6. Robert J. Matthews, “A Crisis, aCouncil, and Inspired Leadership”, Ensign,outubro de 1995, p. 59.

7. Citado em A Liahona, janeiro de1997, p. 6.

8. “Special Witnesses for Christ”,Ensign, maio de 1984, p. 49.

9. “An Apostle’s Witness of theResurrection”, Ensign, maio de 1986, p. 17.

10. “Five Marks of the Divinity ofJesus Christ”, New Era, dezembro de1980, p. 48.

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David O. McKay (1873–1970) serviu como Presidente

da Igreja durante nove anos e falou muitas vezes

a respeito do desenvolvimento do caráter. A seguir,

você lerá alguns pensamentos inspiradores do nono

presidente da Igreja.

Como Moldar o Caráter:Pensamentos Inspiradores doPresidente David O. McKay

“COMO O HOMEM PENSA”

“Nenhum princípio da vida foi mais constantementeressaltado pelo Grande Mestre do que a necessidade determos bons pensamentos. Para Ele, o homem não era oque aparentava ser exteriormente, tampouco o queprofessava por meio de palavras: aquilo que o homempensava determinava em todos os casos o que essehomem era. Nenhum professor jamais salientou comtamanha veemência do que Ele a verdade de que ‘comoimaginou em seu coração, assim é [o homem]’. [VerProvérbios 23:7.]

(. . .) O contentamento, a complacência, a paz —tudo o que faz com que a vida valha a pena — tem suaorigem na mente do indivíduo. Da mesma fonte brota aintranqüilidade, a confusão, a miséria — tudo o que levaà destruição e à morte. (. . .)

(. . .) É bom que [todo professor e líder da Igreja] avalie‘o que está pensando quando não precisa pensar’, pois‘como imaginou em seu coração, assim é ele’. ” (“As a ManThinketh. . . ”, Instructor, setembro de 1958, pp. 257–258)

IRRADIAMOS O QUE SOMOS

“Há uma outra responsabilidade relacionada e atécoexistente com (. . .) o arbítrio, que é freqüentementeenfatizada, ou seja, o efeito não somente das ações deuma pessoa, mas também de seus pensamentos. Ohomem irradia o que é, e essa irradiação afeta em maiorou menor grau toda pessoa que entra em contato comessa esfera de influência.” (“Free Agency. . . the Gift

Divine”, Improvement Era, fevereiro de 1962, p. 87)

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A APROVAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

“Os pensamentos moldam suas feições. Eles elevam aalma ao céu, ou arrastam-na para o inferno. (. . .) Comonada revela tão bem o caráter do que o tipo de pessoaque gostamos e com quem convivemos, assim tambémnada prevê o futuro tão bem como os pensamentos quecultivamos. (. . .)

A aprovação da consciência quando se está sozinhocom os próprios pensamentos é como estar em compa-nhia de amigos carinhosos e leais. O fato de uma pessoamerecer o próprio auto-respeito dá força ao caráter. Aconsciência é o elo que une a alma ao Espírito de Deus.”(“Those Sculptors Called Thoughts and Ideals”,Improvement Era, julho de 1960, p. 495)

O DESENVOLVIMENTO DE UM CARÁTER NOBRE

“Dia após dia, hora após hora, o homem edifica ocaráter que determina sua posição e prestígio na vidaentre as pessoas com quem convive. (. . .)

“Um caráter nobre é mais importante que as riquezas,mais duradouro que a fama, mais precioso que a felici-dade. É sem dúvida verdadeira a afirmação de que ogrande propósito da criação do homem é o desenvolvi-mento de um caráter nobre, e este é, por sua próprianatureza o produto de uma disciplina probatória.”(“Man’s Soul Is As Endless As Time”, Instructor, janeirode 1960, pp. 1–2)

UM CARÁTER CRISTÃO

“Qual é a maior glória que um homem poderia ternesta Terra no que diz respeito à sua realização pessoal?O caráter — caráter desenvolvido por intermédio daobediência às leis da vida como revelado pelo evangelho deJesus Cristo, que veio para que tivéssemos vida, e a tivéssemosem abundância. A principal preocupação do homem na

vida não deve ser a de conseguir riqueza, fama ou bens

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“A aprovação da consciência quando se está sozinho com os próprios pensamentos é como

estar em companhia de amigos carinhosos e leais.”

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materiais. Não deve ser o desenvolvimento dehabilidades físicas ou capacidade intelectual,

mas o propósito da humanidade, o mais elevado detodos, deve ser o desenvolvimento de um caráter cristão.”(“Obedience Develops Character”, Instructor, agosto de1965, p. 301) �

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O Preço do Discipulado

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VOZES DA IGREJA

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Eu Precisava de uma BênçãoBrandon J. Miller

Estávamos no período chuvoso nasFilipinas e chovera o dia inteiro.

As tempestades sempre traziam cria-turas indesejáveis para dentro denossa casa: aranhas, ratos e outrosanimais.

Ao voltarmos para casa após umdia de proselitismo, eu e meu compa-nheiro vimos a luz acesa na casa denossos vizinhos e resolvemos visitá-los. Antes, decidimos apanharalgumas fotografias de nossa família

para mostrar para eles.

Guardávamos os retratos numacômoda que ficava entre as duascamas. Quando estendi o braço parapegar meu álbum, senti uma dorsúbita na mão direita. Ao abaixar osolhos, vi que acabara de ser picadopor uma cobra.

Gritei para meu companheiro, oélder Regis, que veio correndo ver oque acontecera. Mostrei-lhe minhamão sangrando e disse que levara uma

picada de cobra. Com o alvoroço, um

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vizinho veio até nossa casa e ajudou-nos a procurar a serpente. Achamo-laquando ela estava saindo debaixo dacama em direção a uma tábua que o élder Regis estava segurando. O vizinho exclamou: “É uma naja filipina!”

O élder Regis matou a cobra.Percebi que eu estava ficando tonto,assim corri para a casa do bispoRotor, que tinha certa experiênciaem tratar mordidas de cobras. Àspressas, começou a fazer o que estavaa seu alcance para ajudar-me.

Comecei a sentir um peso no

OPresidente Gordon B. Hinckleyobservou que “o preço do discipulado éa coragem pessoal”. (Ver a página 2.) A

coragem mencionada por ele é a coragemmoral necessária para defendermos nossascrenças, seguirmos os conselhos de Deus eguardarmos Seus mandamentos mesmo que as pessoas à nossa volta não o façam. ❦

Os discípulos de Cristo precisam decoragem também em outras circuns-tâncias. Necessitam de coragempara oferecer a outra face quandoalguém se volta contra eles.Muitas vezes, precisam degrande coragem para seguir os

sussurros do Espírito. Ao enfrentarem prova-ções pessoais, precisam buscar coragem paraperseverar a fim de alcançarem metas justas.❦ As experiências narradas a seguir são uma demonstração da coragem que caracte-riza os discípulos do Senhor. Eles aprenderam,como disse o Presidente Hinckley, a “regozi-jarem-se no conhecimento de que, ainda

que estejam imbuídos de coragem ao percorrerem os caminhos da

mortalidade e mesmo que subme-tidos a provações, Deus não osdeixará sem Sua orientaçãonem fortalecimento”. (Ver estaedição, página 6.)

Apeito, e a respiração tornou-se difícil.

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Comecei a ficar

inconsciente. Eu

sabia que se quisesse

terminar a missão

na Terra, precisaria

de uma bênção.

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Parecia haver uma nuvem negrapairando sobre minha mente, ecomecei a ficar inconsciente. Foientão que ouvi uma voz dizer: “Sevocê quiser terminar sua missão naTerra, precisará de uma bênção”.

Ainda fiquei consciente o temposuficiente para dizer: “Podem dar-meuma bênção?”

O bispo respondeu: “Claro, deixe-me só terminar isto antes”. Foi difícilcontinuar alerta, mas ouvi a voz,persistente: “Você precisa de umabênção agora. Não pode esperar”.Dessa vez, pedi com resolução:“Dêem-me uma bênção”.

Não recordo as palavras dabênção que meu companheiro e obispo Rotor me deram. Mas depositeitoda a minha confiança no Senhor eSeu sacerdócio. Durante a oração,comecei a recobrar os sentidos evomitei repetidas vezes. Quandoouvi as palavras finais da bênção, ovômito cessou. Já estava consciente,e uma cálida sensação de alívio eamor percorreu-me o corpo. Eu sabiaque o Pai Celestial me amava e queeu me restabeleceria.

Meu líder de zona, o élderHowarth, levou para a casa do bispoum médico que estava pesquisando aIgreja. A essa altura, já se haviampassado duas horas. Dirigimo-nos a um hospital situado a uma hora de distância de nossa área de proselitismo.

A caminho do hospital, o médicopediu que eu relatasse o que aconte-cera. O élder Howarth perguntou:

“Doutor, será que não devemos ir

mais rápido?” A resposta dele foi: “Porquê? Ele já deveria estar morto. Ele éum homem de sorte”. A naja filipina éo ofídio mais venenoso do país.

Se as pessoas dizem que Deus jánão é um Deus de milagres é porquenão compreendem esse evangelhonem o amor Dele por nós, Seus filhos.Sei que minha vida foi poupada e nãoapresento nenhuma seqüela devidoao poder da palavra de Deus: “E, pelopoder de sua palavra fizeram com queprisões ruíssem por terra”, escreveuMorôni, “sim, nem mesmo a fornalhaardente lhes pôde fazer mal, nemanimais selvagens nem serpentesvenenosas, por causa do poder de suapalavra”. (Mórmon 8:24)

Brandon J. Miller é membro da Ala Iona

II, Estaca Iona Idaho.

Uma Brecha nas NuvensAna Lima Braxton

O ar estava abafado e quente, epássaros enchiam o céu azul

português. Ali perto de mim, algunssobrinhos estavam brincando numrio, mergulhando na água paravencer o calor.

Como eu queria superar meusproblemas com a mesma facilidade.Pouco antes, eu decidira voltar àatividade plena na Igreja. Por meiodo Espírito Santo, o Senhor aprovaraminha decisão, mas minha família emeus amigos não compreendiam.Eles haviam-me criticado e abando-nado, e eu sentia-me totalmente só.Ao atender ao pedido de minha irmãde tomar conta de seus filhosenquanto nadavam, vi que era a

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oportunidade de que eu precisavapara ter alguns momentos de paz naconstante luta contra as forças quepareciam estar mancomunadas paramanter-me afastada da verdade.

Eu trouxera meu Livro deMórmon e, enquanto meus sobri-nhos mergulhavam no riacho,sentei-me debaixo de uma árvore ecomecei a ler. As lágrimas come-çaram a brotar quando pensei naspessoas queridas que me diziam queeu estava cometendo um grandeerro. Eu tinha plena certeza de estarfazendo a vontade do Pai.

Subitamente, dei-me conta deque eu não estava mais ouvindo avoz de meus sobrinhos. Olhei rioabaixo, mas não os via em nenhumaparte. Meu coração foi tomado deuma preocupação que por pouco nãose transformou em pânico.

Então, ouvi uma voz de criançachamando-me pelo nome. Virei-mee vi meus sobrinhos logo atrás demim, sorrindo, com a fisionomiaradiante como a luz do sol. O maisnovo, de cerca de cinco anos deidade, estava com as mãos para atrásescondendo algo. Era um maço deflores de várias cores que ele e osirmãos haviam colhido no campopróximo. Quando as entregaram amim, fiquei muito comovida.

Lágrimas voltaram-me aos olhos;mas dessa vez, lágrimas de alegria. Aoabraçar meus sobrinhos, ergui o rostopara o céu e vi raios de sol brilhandopor uma brecha nas nuvens. Umagrande paz encheu-me o coração. Porcausa daquele gesto pequeno e

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Virei-me e vi meus sobrinhos logo

atrás de mim, sorrindo, com a

fisionomia radiante como a luz

do sol.

singelo — mas feito com tanto amor— eu soube que não estava sozinha.Embora não compreendessem minhadecisão, meus sobrinhos e o restantede minha família ainda me amavam.E, mais importante ainda, o PaiCelestial tinha ciência de minhasadversidades e estava sempre a meualcance para amparar-me com Seuinfinito amor e cuidado.

Ana Lima Braxton é membro do Ramo

Signal Mountain, Estaca Chattanooga

Tennessee.

Novos Sonhos em Lugardos AntigosMaría Patricia Rojas V.

Depois de terminar o curso técnicode administração, trabalhei com

um jovem executivo que posterior-mente veio a tornar-se meu marido.Como aquele período da minha vidafoi maravilhoso! Contudo, um mêsdepois do casamento, quando eu emeu esposo estávamos viajando deBogotá, Colômbia, onde vivíamos,para visitar meus pais em Duitama,sofremos um acidente automobilís-tico. O desastre custou a vida de meumarido e deixou-me com amnésia. Eunão me lembrava de nada que acon-tecera nos seis anos anteriores e nãoconseguia andar nem movimentar obraço esquerdo.

Depois de vários meses de fisiote-rapia, finalmente voltei a andar e amexer um pouco o braço. Aos poucos,recuperei parte da memória. Assim,seis anos após o acidente, conseguialembrar-me dos acontecimentos deminha vida exceto os ocorridos num

período de dois anos: o que antecediao acidente e o que o sucedia.Contudo, minhas habilidades ante-riores haviam sofrido uma sensívelredução. Eu tinha dificuldade paratransformar meus pensamentos empalavras e também para repetir algodepois de ouvir. Como me esquecia dedetalhes facilmente, algumas pessoasaproveitavam-se de meus lapsos.

A certa altura, os médicosjulgavam já ter feito tudo o quepodiam. Eu tentava demonstrar feli-cidade e entusiasmo, mas sempresentia frustração e raiva. O que eudeveria fazer com minha vida?

Quando cheguei ao fundo dopoço, li nas escrituras a promessa do Senhor de que não seremosprovados além de nossa capacidadede suportar. (Ver I Coríntios 10:13;D&C 64:20.) Orei para receber umtestemunho dessa promessa.

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Finalmente voltei para a empresaem que eu trabalhava antes doacidente. Como eu não conseguiamais desempenhar minha antigafunção, passei a desenvolver tarefasque exigiam menos de mim. Noentanto, até mesmo essas atividadesmostraram-se penosas; porém, nãodesisti. Empenhei-me ao máximopara cumprir meu contrato de seismeses. Ao fazê-lo, um sentimentomaravilhoso de esperança iluminou-me o espírito, inspirando-me a conti-nuar esforçando-me para melhorarminhas capacidades.

Ao permanecer perto do Senhor,readquiri confiança em mim mesmae consegui sentir a intervenção doEspírito Santo em minha vida. Essainfluência logo despertou em mim avontade de servir como missionária.Eu sabia que algumas pessoas acha-riam meu desejo tolo, mas quando

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missionário. Como vibrei ao receber

Um Vaqueiro ValenteAllan L. Noble

Todos sabiam que o vaqueiro DallasStock era valente. Só não sabiam

o quanto sua força seria posta à prova.

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Durante alguns anos, Dallas ficaramenos ativo na Igreja. Contudo, pormeio da influência amorosa de suaesposa, Ginny, e seus cinco filhos,bem como o trabalho inspirado doslíderes e amigos da ala, Dallas passoupor uma mudança de coração. Comobispo dele, muito me alegrei ao vê-loprogredir a ponto de desejar levar afamília ao templo. Ele preparou-se, ea família estabeleceu uma meta parair à casa do Senhor.

Uma semana antes daquela data,Dallas estava trabalhando na fazendade bem-estar da estaca colocandobois em caminhões. Um boi arredionão estava cooperando e, paraproteger-se, Dallas pulou para trás deum portão. Quando o animal atingiuo portão, ele girou, prensando Dallascontra a cerca. Ele quebrou um braçoe várias costelas e sofreu muitosoutros ferimentos graves.

Naquela noite, visitei Dallas, queestava com o braço engessado, ascostas enfaixadas e sentindo doresterríveis. Sugeri que a visita aotemplo fosse adiada. A resposta delefoi: “Bispo, eu vou ao templo quarta-feira que vem”.

Ninguém esperava ver Dallas naIgreja no domingo. Mas lá estava ele,cumprindo sua designação de dirigira Escola Dominical. Era algo extre-mamente doloroso para ele, mas suadedicação era motivo de inspiraçãopara os membros da ala.

Na quarta-feira, Dallas, Ginny,os filhos e muitos outros familiarese membros da ala foram ao temploconforme a meta inicial. Com um

falei com meu presidente de ramo,ele deu-me o incentivo de que euprecisava. Para preparar-me, decidiler o Livro de Mórmon de capa acapa, algo que nunca fizera em meusdoze anos como membro da Igreja.

Contudo, minha memória debili-tada constituía um problema real.Depois de começar com 1 Néfi pelomenos dez vezes sem conseguirlembrar nada do que lera, percebique precisaria de uma estratégia dife-rente. Orei para encontrar umasolução e logo me veio à mente ummétodo: fazer um resumo de cadacapítulo no decorrer da leitura.

Comprei um caderno e li oprimeiro capítulo de 1 Néfi. Comoeu só tinha uma vaga idéia do queacabara de estudar, reli o capítulo.Foi só aí que consegui resumir emmeu caderno as idéias principaisdaquela passagem.

Em espírito de oração, prossegui.Depois de terminar 1 Néfi, percebique não precisava mais ler cada capí-tulo duas vezes; bastava-me uma vezpara fazer um bom resumo escrito. Lio Livro de Mórmon inteiro dessamaneira. Quando terminei, ficou emmim um forte testemunho espiritualde que o livro era verdadeiro, e eutambém era capaz de testificar que o Senhor nos fortalece se nosvoltarmos para Ele.

Então, preenchi os formulários desaúde dos missionários e respondi acada pergunta com honestidade,ainda que isso pudesse comprometermeus planos de ir para o campo

o chamado para servir na MissãoColômbia Cali! Naquele momento,constatei a veracidade de outrapromessa do Senhor, a que seencontra em 1 Néfi 3:7: “O Senhornunca dá ordens aos filhos doshomens sem antes preparar umcaminho pelo qual suas ordenspossam ser cumpridas”.

Ao término da missão, fui morarcom meus pais numa fazenda ondeplantamos alimentos para depoisvender. Comecei também a cultivar otalento do tricô, que é outra fonte derenda e proporciona-me ainda tempopara eu progredir espiritualmente.Levo uma vida feliz e produtiva.

É claro que eu preferiria nunca tertido aquele acidente, mas reconheçoo enorme crescimento por que passeiem conseqüência dele. Aprendi quepodemos perder nossos sonhos, espe-ranças e até mesmo nossos entesqueridos; aprendi também que nossostalentos, riquezas e força podem desa-parecer, mas o Senhor nunca nosdesamparará. Ele concede-nos novossonhos para substituir os que nosforam tirados. A despeito de todas asdificuldades que enfrentamos, oSenhor pode ajudar-nos a seguir emfrente. Ele dá as compensações esempre cumpre Suas promessas.

María Patricia Rojas V. é membro do

Ramo Barbosa, Distrito Duitama Colômbia.

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filho de um lado e um genro dooutro, Dallas passou pela sessão dainvestidura. A cada movimentodele, era quase como se os membrosda ala pudessem sentir a dor queimaginavam que ele estivessesofrendo.

Depois que Ginny e Dallas foramselados um ao outro e aos filhos nasala de selamento, os membros daala, com lágrimas nos olhos, se enfi-leiraram para felicitá-los. Comecei a

Dallas pulou para trás de um

portão para proteger-se. Quando

o animal atingiu o portão, ele

girou, prensando Dallas contra

a cerca.

dar um abraço em Dallas, mascontive-me, dizendo: “Não queromachucá-lo”.

“Bispo”, respondeu Dallas, “nãoestou sentindo dor nenhuma. Possogarantir-lhe que não tive doresdurante todo o dia.“

“Tínhamos a impressão de que ador era enorme”, disse eu.

“Era difícil levantar e sentar”,explicou, “mas não doeu nem umpouco.”

Ao sair do templo, eu estavamaravilhado com tudo o que presen-ciara. Como sou grato pelo fato deDallas ter sido abençoado aoesforçar-se ao máximo para ir aotemplo com sua família. Naquele dia,testemunhamos não o vigor físico deum vaqueiro, mas a força de umgigante espiritual. �

Allan L. Noble é membro da Ala Garden

Lakes, Estaca Phoenix Arizona West

Maricopa.

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TÓPICOS DESTA EDIÇÃO

Adversidade..................................42Apóstolos ....................................32Ativação ......................................42Autodomínio ..........................30, 40Cárater ........................................40Coragem ..................................2, 42Cura......................25, 42, A11, A14Discipulado ..............................2, 42Ensino ..........................................48Ensino Familiar ..............................6Espiritualidade ..............................30Estudo das Escrituras ..........8, 26, 29Exemplo ......................................A5Fé ....................................10, 42, A9História da Família ......................25História da Igreja ..........................10Histórias do

Novo Testamento ..........A11, A14Jesus Cristo ....2, 43, A11, A14, A16Noite Familiar ..............................48Obediência ..........................A6, A16Obra Missionária ..............8, 42, A9Oração ......................................A16Organização da Igreja ..................32Primária ......................................A6Professoras Visitantes ..................25Profetas ....................32, A2, A5, A6Relações Familiares ......................42

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Como Utilizar A Liahona desetembro de 2001

Idéias para Aulas e Discussões

� “Viver com Nossas Convicções”, página 2: Leia o relato doPresidente Gordon B. Hinckley a respeito do converso que eleconheceu durante sua missão na Inglaterra. O que você está disposto aabandonar por causa do seu testemunho da Igreja?

� “O Conflito Mortal”, página 30: Quais são algumas das coisas quevocê pode fazer para tornar o seu espírito forte o suficiente paragovernar seu corpo?

� “ ‘E Ele (. . .) Deu Uns para Apóstolos’”, página 32: Os Apóstolosreceberam uma investidura espiritual específica. Qual é esse dom espe-

cífico e por que atualmente ele é tão importantepara a Igreja?

• “ ‘Quem É Esse Profeta?’”, O Amigo,página 2: Como a obediência ao

conselho de ouvir o profeta já oajudou a escolher o que é certo?

Restauração ............................10, 18Sábado, Dia do Senhor ................A2Talentos ........................................26Templo e ordenanças

do templo ..........................25, 42ILUSTRAÇÃO FOTOGRÁFICA DE CRAIG DIMOND ..

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SOLICITAÇÃO DE ARTIGOS

De que modo a conferência geral afetou a sua vida?Quais princípios do evangelho tocaram o seu coração e o inspiraram a mudar? Envie suas idéias, histórias eexperiências espirituais para General Conference,Liahona, Floor 24, 50 East North Temple Street, SaltLake City, UT 84150-3223, USA; ou utilize o [email protected]. Não deixe deincluir seu nome completo, endereço, número do

telefone, a ala e a estaca (ou ramo e distrito).

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O AmigoPARA AS CRIANÇAS DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS � SETEMBRO DE 2001

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SE PROFETA?”

Jane McBride ChoateUma história verídica

SE PROFETA?”

JJenelle ouviu sua melhor amiga, Michelle, convidarsua amiga Rebecca para sua festa de aniversário nodomingo. Seria uma festa na piscina.

Michelle já tinha convidado Jenelle, e Jenelle aindanão tinha dado sua resposta. Mas ela sabia que não iriaà festa.

Michelle e Jenelle eram amigas desde quando tinhamseis anos de idade. Mas depois que Jenelle e sua famíliase tornaram membros de A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias, nove meses antes, as coisasmudaram entre elas. Tornar-se um membro da Igrejanão mudou o que Jenelle sentia por sua amiga, masMichelle tinha dificuldade em entender por queJenelle tinha ficado diferente.

Depois da escola, Jenelle caminhou lenta-mente para casa, sentindo-se mais desani-mada do que nunca. Todos os outros queMichelle tinha convidado iriam à festa.Minha mãe saberá o que devo fazer, pensouJenelle. Sempre me sinto melhor depois deconversar com ela.

Em casa, ela contou toda a história àsua mãe. “O que vou fazer?” perguntou ela.

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A mãe colocou o braço no ombro de Jenelle. “Vocêtem que decidir o que é mais importante para você: ir àfesta de sua amiga ou obedecer aos mandamentos”,disse ela.

Jenelle suspirou. Ela sabia o que devia fazer. Mas issonão tornava as coisas mais fáceis. Não queria magoar ossentimentos da amiga, e queria muito ir à festa. Mas nãopodia quebrar um dos mandamentos, especialmentedepois de ouvir o profeta falar na conferência geral arespeito da importância de guardarmos o Dia do Senhor.

Ela sabia o que tinha de fazer. Depois da escola, nodia seguinte, correu para casa e embrulhou o presenteque tinha feito para Michelle. Depois,

foi até à casa da amiga.

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“Fiz algo especial para seu aniversário”, disse ela.“Sinto muito não poder vir à sua festa de aniversário. É porque vai ser no domingo.”

Michelle abriu o presente e ergueu-o no ar. “Umacasa de passarinhos!” exclamou. “Que maravilha! Vocêfez sozinha?”

Jenelle fez que sim com a cabeça. “No dia de reali-zação da Primária.” Ela contou à Michelle a respeito daPrimária e do dia de realização para meninas da suaidade.

“Qual é o problema de nadar no domingo?”Perguntou Michelle, depois de agradecer pelo presente.“A festa será à tarde, depois de você ter ido à suaigreja.”

“O profeta disse que precisamos santificar o Dia doSenhor”, explicou Jenelle.

“O que isso significa?” perguntou Michelle.“Significa que não fazemos compras aos

domingos, nem nadamos ou jogamos bola,coisas assim.”

“O que vocês fazem, então?” quis saberMichelle.

“Vamos para a igreja, passamos umtempo com nossa família, ouvimosmúsica, lemos as escrituras.” Jenellesorriu, lembrando-se do domingo ante-rior. “Às vezes tiramos uma soneca.”

Michelle franziu a testa. “Quem é esseprofeta? Por que você tem que fazer o que elediz?”

“Ele é o Presidente da Igreja”, explicou Jenelle.“Então, ele é como se fosse o patrão?”Jenelle sorriu de novo. Ela nunca tinha ouvido

o profeta ser chamado de patrão, mas achouque isso fazia sentido para as pessoas quenão eram membros da Igreja.

“O que torna o profeta tão especial?”perguntou Michelle.

“Ele nos ensina as coisas que oPai Celestial deseja que saibamos.”

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“Você quer dizer que ele fala com Deus?”“Fala, sim”, respondeu Jenelle, com firmeza. Ela sabia

que muitas pessoas não compreendiam isso.“Quem é ele?” perguntou Michelle.“O nome de nosso profeta é Presidente Gordon B.

Hinckley.”“Você tem que fazer tudo o que ele diz?”“Não temos que fazer. Decidimos fazer”, disse Jenelle,

esperando que Michelle compreendesse.“Você poderá vir à minha festa de aniversário no ano

que vem, se não for no domingo?” perguntou Michelle.Jenelle abraçou a amiga. “Já estou contando os

dias!” �

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O EXEMPLO DE UM PROFETA

Presidente Thomas S. MonsonPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

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Apoiamos Gordon B. Hinckley como presidentede A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias e como profeta, vidente e revelador da Igreja emnossos dias. Uma carta que recebi de um pai orgulhoso

relata a experiência que ele teve com seu filho de cinco anos, ressaltandoo amor desse menino pelo presidente da Igreja e seu desejo deseguir o exemplo dele.

Esse pai escreveu: “Quando Christopher tinha cincoanos de idade, arrumava-se para ir à Igreja aos domingosquase sozinho. Certo domingo, resolveu que queria usarterno e gravata, o que nunca fizera até então.Vasculhou o guarda-roupa inteiro, sem pedir ajuda aninguém, em busca da gravata de algum irmão. Paranão ter muito trabalho, acabou escolhendo uma como nó já feito. Encaixou a gravata no colarinho dacamisa branca e depois completou o traje com umpaletó azul-marinho que estava pendurado noguarda-roupa dos irmãos havia muitos anos.

Sozinho, foi ao banheiro e, com todo o cuidado,penteou o cabelo loiro até não deixar um único fiofora do lugar. Nesse momento, entrei no banheiropara terminar de aprontar-me e vi Christopher comum sorriso radiante para si mesmo no espelho. Semtirar os olhos de sua imagem refletida, ele proclamoucom orgulho: ‘Veja só, pai: Christopher B. Hinckley!’”

Um menino vinha observando atentamente oprofeta do Senhor. �

Adaptado de um discurso da conferência geral de outubro de 1998.

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“Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, porque sei

que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens

sem antes preparar um caminho pelo qual suas

ordens possam ser cumpridas.” (1 Néfi 3:7)

EU POSSO SEGUIR O PROFETA

TEMPO DE COMPARTILHAR

Diane S. Nichols

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§Em 1899, não havia água suficiente no sulde Utah. Há mais de dois anos não chovia.Os poços e riachos em torno de St. George

estavam secos. Não havia água para as plantações; porisso as plantas morreram. O gado também morreu.Muitas pessoas começaram a mudar-se.

Naquela época, morava em St. George uma meninachamada Nell. Seu pai dissera que eles logo teriam quese mudar.

Em junho, Nell e sua mãe foram a uma conferênciada Igreja em St. George. O Presidente Lorenzo Snow, oprofeta naquela época, iria falar. O pai de Nell ficara emcasa preparando a mudança. Nell ouviu cuidadosa-mente o que o profeta disse. Após a conferência, elacorreu para casa e contou ao pai que o presidente Snowprometera que se as pessoas pagassem o dízimo e plan-tassem, iria chover e eles teriam alimento para opróximo ano.

O pai de Nell explicou que a família não sobreviveriamais um ano se não conseguissem colher uma safra. Nelllembrou-lhe que seu avô contara como as pessoas de suaépoca foram abençoadas por fazer exatamente o que oPresidente Brigham Young (1801–1877) lhes pedira quefizessem. O avô prometera a Nell que se ela seguisse oprofeta vivo, ela também seria abençoada. Nell acre-ditou em seu avô e ofereceu suas próprias economias aopai para ajudar a pagar o dízimo da família.

Na manhã seguinte, Nell viu o pai arando a terra epreparando-se para plantar. Sua família ficou em St.George e fez exatamente o que o profeta lhes pediu que

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fizessem. Durante as semanas de seca e calor que se

seguiram, as pessoas de St. George pagaram o dízimo,plantaram, oraram e observaram o céu sem nuvens,esperando que chovesse. Dois meses depois da confe-rência, sentiram-se gratos porque começou a chover. As plantações cresceram bastante naquele ano!

Seremos abençoados se seguirmos o profeta vivo, o Presidente Gordon B. Hinckley. Ele fala em nome do Pai Celestial. O que ele nos pede é o que o PaiCelestial e Jesus Cristo querem que façamos. Se formosobedientes, seremos abençoados.

Idéias para o Tempo de Compartilhar

1. Convide a mulher do bispo ou presidente do ramopara falar sobre a infância de seu marido e deveres comobispo ou presidente de ramo. Explique às crinças que porcausa do testemunho dele e de seu desejo de apoiar o profetaele serve na ala ou no ramo. Faça com que as criançaspensem em alguma coisa que o bispo ou presidente do ramopediu-lhes que fizessem (pagar o dízimo, orar com a família,estudar as escrituras diariamente, fazer noites familiares,guardar o dia santificado, etc). Explique-lhes que parte de nosso apoio ao bispo ou presidente do ramo consiste em fazer o que ele nos pede. Peça a cada criança que trace o contorno de sua mão numa folha de papel, recorte-a edepois escreva na figura o que pretende fazer para apoiar o bispo ou presidente do ramo. Faça um cartaz, colando as mãos numa cartolina. Se possível, dê o cartaz de presenteao bispo ou presidente do ramo.

2. Em espírito de oração, escolha alguns padrões do evan-gelho.(Ver o folheto Meus Padrões do Evangelho.) Peça a vários adultos que se espalhem pela sala para ensinar os princípios escolhidos. As crianças deverão circular pela sala,parando nos locais onde estão os adultos para ouvi-losensinar o princípio. Por exemplo: A líder de música poderiaensinar um hino. Em outro ponto, um membro da presi-

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dência poderia contar uma história. Num outro local ainda, IL

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Início

Pai Celestial e Jesus Cristo

Ser honesto.

Pagar umdízimo

honesto.

Escolher cuidadosa-

mente os amigos.

Ser grato pelos pais.

Não fazercompras aosdomingos.

Ler as escrituras.

Participar da noite familiar.

Escutar a voz mansa e delicada do Espírito

Santo.

Ser um pouco maisbondoso.

Guardar aPalavra deSabedoria

Orar.

as crianças poderiam participar de um jogo da memória.Depois que todas as crianças tiverem ouvido todos os princípios, dê a cada uma delas um pedaço de papel com os dizeres: “Obedecerei sempre ao profeta da seguinte forma: ________________”. Peça-lhes que escrevam ou desenhem um princípio que tentarão cumprir durante

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a próxima semana.

Instruções

Siga os ensinamentos do Presidente Hinckley paraencontrar o caminho no labirinto que conduz ao PaiCelestial e Jesus Cristo. Pinte o caminho correto; depoisrecorte esta página. Coloque-a num local que lhe sirvade lembrete das coisas que você pode fazer para voltar

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a viver com o Pai Celestial e Jesus Cristo. �

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Miyako e Kazuto andando de bicicleta.

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realizar. É boa aluna e faz de boavontade as lições de casa. Sua disci-plina preferida na escola é a educaçãoartística, em que aprende a desenhar eesculpir.

Não é sempre, porém, que Miyakoestá envolvida em atividades tão sérias.Ela consegue fazer a família inteira rirquando contorce o rosto com caretasengraçadas. Com as amigas, gostade trocar adesivos coloridos, brincarde esconde-esconde, fazer piruetasna barra horizontal, andar de bici-cleta e pular corda.

Ela e Kazuto são grandes amigos.Além de estudar violino, ambospraticam Chanbara, uma espécie de arte marcial que usa espadas. Elesprotegem-se com um capacete, e asespadas, obviamente, são de borracha.

Miyako ama o evangelho e aPrimária. Todas as noites, lê o Livro de Mórmon em voz alta para a mãe.Também lembra a todos da noite familiar.

O trabalho missionário é algonatural para Miyako. Certa vez quandobrincava na casa de uma amiga, anun-ciou repentinamente que precisava irembora pois estava na hora da noitefamiliar. Intrigada, a mãe da amiga

Miyako Tashiro, de oitoanos, mora em Osaka,Japão. Ela adora essa

cidade movimentada, que é entrecor-tada por diversos canais. Ama tambémseu belo país.

O Japão é uma terra de picosnevados, densas florestas, rios cauda-losos e imensas extensões de cerejeirasem flor. E muita beleza e arte tambémsão obra das mãos de seu povo.

Miyako faz parte dessa tradiçãoartística. Toca violino e piano e treinavárias horas por semana. Seu irmão,Kazuto, de doze anos, também tocaviolino, e o pai, Shigeharu, toca violão. Quando os três treinam ou se apresentam juntos, Miyako senteuma felicidade enorme.

Ela está aprendendo com a mãe,Suzuko, a arte culinária. Elas fazembolos, bolachas e sorvetes caseiros deli-ciosos, além de outras iguarias. A irmãTashiro também está ensinando origamia Miyako: a arte de dobrar papel parafazer flores, animais e outras figuras.

Miyako possui muitas das virtudesmais valorizadas do Japão. É obedienteaos pais, tem grande sensibilidade parao que é belo e dedica-se de corpo ealma a cada tarefa que se propõe a

MiyakoTashiro de Osaka, JapãoMelvin Leavitt

FAZENDO AMIGOS

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Miyako adora pular corda.

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Miyako e uma figura de origami.

Miyako e sua mãe, Suzuko.

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pediu-lhe que explicasse do que se tratava, e Miyako não perdeu a oportuni-dade. Em outra ocasião, disse a uma amiga que sempre orava ao Pai Celestial. A amiga fez algumas perguntas, e Miyakoensinou-a a orar.

Recentemente, Miyako foi batizada e confirmada membro da Igreja. Lembra que se sentiu “limpa e pura”. Como desejacontar com a companhia constante doEspírito Santo, ouve atenciosamente a voz mansa e delicada.

Ela tem grande fé no sacerdócio. Quando não se sente bem, pede umabênção, e quando o pai impõe as mãos sobre sua cabeça, ela confia plenamente que será curada. “A fé demonstrada porMiyako aumentou minha própria fé”, diz o irmão Tashiro.

Um dos lugares favoritos de Miyako é o belo Monte Mino, que a família visita anualmente nas férias de verão. Eles levam um lanche e fazem uma longa caminhada até uma cachoeira. Lá, deliciam-se tanto com a comidaquanto com a vista privilegiada.

Miyako é uma criança bondosa queama a beleza, a família, o Pai Celestial e Jesus Cristo. É uma menina determinada a partilhar a beleza do Japão e do evangelhocom todos. �

Tocando com o irmão e o pai.

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O estudo do evangelho em família.

Guardar os sapatos da família é uma

das tarefas designadas a Miyako.

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O HOMEM COM MAUSESPÍRITOS

HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO

Um homem que vivia nas montanhas perto do Mar daGaliléia estava possuído de um mau espírito que o faziaagir de maneira selvagem. As pessoas tentaram segurá-lo, amarrando-o com cordas e correntes, mas ele asarrebentou.

Marcos 5:1–4

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Um dia, Jesus e Seus discípulos atravessaram o Mar daGaliléia num barco. Quando o Salvador saiu do barco,o homem correu até Ele.

Marcos 5:1–2, 6

O homem passava toda a noite e todo o dia nasmontanhas e cavernas. Ele gritava o tempo todo eferia-se com pedras.

Marcos 5:5

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Jesus ordenou ao mau espírito que saísse do homem. O espírito maligno conhecia Jesus. Ele o chamou deFilho de Deus e pediu-Lhe que não o atormentasse.

Marcos 5:7–8

Jesus concordou. Os espíritos maus saíram do corpo do homem e entraram em cerca de 2.000 porcos. Depois deentrarem nos porcos, precipitaram-se por um despenhadeiro, caíram no mar e afogaram-se.

Marcos 5:13

Quando o Salvador perguntou ao mau espírito qual era o seu nome, ele respondeu: “Legião é o meunome”. Legião significa muitos, pois havia muitosespíritos malignos dentro do homem. Eles pediram aJesus que não os expulsassem, mas que permitisse queeles entrassem em alguns porcos que estavam por ali.

Marcos 5:9–12

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As pessoas que vieram da cidade não conseguiramentender o que tinha acontecido. Quando outraspessoas explicaram o fato, todos ficaram com medo deJesus e pediram-Lhe que fosse embora. Jesus voltoupara o barco.

Marcos 5:15–18

Os homens que apascentavam os porcos correram paraa cidade e contaram a muitas pessoas sobre esse fato.As pessoas vieram ver o que acontecera e viram Jesus.Também viram o homem, mas ele não era maisselvagem.

Marcos 5:14–15

O homem contou a seus amigos o que lhe acontecera,e todos ficaram maravilhados com o grande poder deJesus.

Marcos 5:20

O homem que fora curado queria ir embora com Jesus.O Salvador disse-lhe que ficasse e contasse a seusamigos o que Jesus havia feito por ele.

Marcos 5:18–19

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O A M I G O

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UMA MULHERTOCA ASVESTES DE JESUS

HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO

Uma mulher estava muito doente e já havia ido amuitos médicos. Estava doente há 12 anos, mas osmédicos não conseguiam curá-la.

Marcos 5:25–26

Um dia ela viu Jesus rodeado de muitas pessoas. Ela ouvira falar Dele e acreditava que ficaria curada se tocase Suasvestes. Assim, esticou o braço e tocou na orla de Suas roupas.

Marcos 5:27–28

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S E T E M B R O D E 2 0 0 1

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Ela ficou curada no mesmo instante. Jesus voltou-Se e perguntou: “Quem tocou nas minhas vestes?”Marcos 5:29–30

Amedrontada, a mulher ajoelhou-se perante o Salvador e admitiu que havia tocado Suas vestes. Jesus disse que Suafé a curara.

Marcos 5:33–34

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TENTAR SER COMO JESUS

Obedecer aos PaisGustavo Adolfo Loaiza Vergara

Um dia, fui à praia com meu irmão e minha mãe. Quandominha mãe sentou-se um pouco para descansar, pediu-nosque esperássemos por ela, mas meu irmão e eu continuamosandando. De repente, percebemos que estávamos perdidos.Voltamos até onde estava minha mãe, mas não a encontramos.Comecei a chorar, e algumas pessoas tentaram ajudar-nos.Finalmente, nossa tia encontrou-nos.

Enquanto estivemos perdidos, fiz uma oração. Nosso paiensinou-nos que quando não sabemos o que fazer, podemosorar. Fiz uma oração bem baixinho, e depois nos encontraram.Aprendi que devemos sempre obedecer a nossos pais. Sei também que o Pai Celestial ouve nossas orações.

Gustavo Adolfo Loaiza Vergara, 8 anos, é membro da Ala Puerto

Varas Escación, Estaca Puerto Varas Chile.

POR

DEN

ISE

KIRB

Y

A Oração AjudaFrancisco Javier Loaiza Vergara

Certa tarde, eu ia fazer uma prova de matemática. Haviaestudado, mas esquecera de orar pedindo a ajuda do Senhorpara que eu pudesse ter sucesso. Estava muito nervoso e nãosabia como agir. Gostaria de fazer mais do que uma oraçãosilenciosa em meu lugar antes da prova. Perguntei à professorase poderia ir ao banheiro. Saí da classe e ofereci minha oração.Ao voltar para a sala de aula, senti-me mais calmo.

No dia seguinte, a professora devolveu-nos asprovas e pude ver que tinha ido muito bem. Eu seique a oração ajuda. Quando nos esforçamos parafazer o melhor e pedimos a Sua ajuda, o Senhornos abençoa. �

Francisco Javier Loaiza Vergara, de 10 anos, é membro

da Ala Puerto Varas Estación, Estaca Puerto Varas Chile.

O A M I G O

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ILU

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DO

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Joseph Smith e Levi Hancock, de Clark Kelley PriceEntre os primeiros conversos da Igreja estava Levi W. Hancock, que foi ordenado em 1835 para ser um dos Presidentes dos Setenta. Carpinteiro profissional, Levi ajudou a construir templos, serviu como missionário no Missouri e participou

do Acampamento de Sião e do Batalhão Mórmon. Foi um amigo leal do Profeta Joseph Smith.

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