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8/6/2019 Liahona-Maio 2011 http://slidepdf.com/reader/full/liahona-maio-2011 1/148 A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • MAIO DE 2011 Discursos da Conferência Geral 75º Aniversário do Programa de Bem-Estar da Igreja Três Novos Templos São Anunciados

Liahona-Maio 2011

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A I G R E J A D E J E S U S C R I S T O D O S S A N T O S D O S Ú L T I M O S D I A S • M A I O D E 2 0 11

Discursos

da Conferência

Geral

75º Aniversário

do Programa deBem-Estar da Igreja

Três Novos TemplosSão Anunciados

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Certo “homem que desde o ventre de sua mãe era coxo (…) todos os dias (…) [era deixado] à porta do templo (…).

Vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. (…)

 E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.

 E [Pedro], tomando [o coxo] pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se frmaram” (Atos 3:2–3, 6–7).

   C   O

   R   T   E   S   I   A   D   O   M   U   S   E   U   D   E   H   I   S   T    Ó   R   I   A   D   A   I   G   R   E   J   A

Mas o Que Tenho Isso Te Dou, de Walter Rane

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2 Resumo da 181ª ConerênciaGeral Anual

SESSÃO DA MANHÃ DE SÁBADO4 Estamos Novamente em Conerência

 Presidente Thomas S. Monson

6 O Dia do Senhor e o Sacramento Élder L. Tom Perry 

10 Tornar-se Como uma Criancinha Jean A. Stevens 

13 Seguidores de Cristo Élder Walter F. González 

15  A Expiação Cobre Toda Dor Élder Kent F. Richards 

18  As Mulheres da Igreja São Incríveis! Élder Quentin L. Cook 

22 Oportunidades de Fazer o Bem Presidente Henry B. Eyring

SESSÃO DA TARDE DE SÁBADO26  Apoio aos Líderes da Igreja

 Presidente Dieter F. Uchtdorf 

28 Relatório do Departamento de Auditoria da Igreja para 2010 Robert W. Cantwell 

29 Relatório Estatístico de 2010 Brook P. Hales 

30Guiados pelo Santo Espírito Presidente Boyd K. Packer 

34 Encarar o Futuro com Fé Élder Russell M. Nelson

37 Criar um Lar Centralizado em Cristo Élder Richard J. Maynes 

40 Testemunho Élder Cecil O. Samuelson Jr.

42 Desejo Élder Dallin H. Oaks 

46 Encontrar Alegria no Serviço Amoroso Élder M. Russell Ballard 

SESSÃO DO SACERDÓCIO49 Preparar o Mundo para

a Segunda Vinda Élder Neil L. Andersen

53 Esperança Élder Steven E. Snow 

55  As Sagradas Chaves doSacerdócio Aarônico Larry M. Gibson

58 Seu Potencial, Seu Privilégio Presidente Dieter F. Uchtdorf 

62  Aprendizado no Sacerdócio Presidente Henry B. Eyring

66 O Poder do Sacerdócio Presidente Thomas S. Monson

SESSÃO DA MANHÃ DE DOMINGO70  À Espera, na Estrada para

Damasco Presidente Dieter F. Uchtdorf 

78 “Mais do que Vencedores,por Aquele Que Nos Amou” Élder Paul V. Johnson

81 O Trabalho Santifcadordo Bem-Estar

 Bispo H. David Burton84  A Essência do Discipulado

Silvia H. Allred 

87 O Espírito de Revelação Élder David A. Bednar 

90 O Templo Sagrado —Um Farol para o Mundo Presidente Thomas S. Monson

SESSÃO DA TARDE DE DOMINGO94  As Bênçãos Eternas do Casamento

 Élder Richard G. Scott 

97 “Eu Repreendo e Castigo a TodosQuantos Amo” Élder D. Todd Christofferson

 101  As Mais Ricas Bênçãos do Senhor Élder Carl B. Pratt 

 103 “Que Tipo de Homens[e Mulheres] Devereis Ser?” Élder Lynn G. Robbins 

 106 Chamados paraSer Santos Élder Benjamín De Hoyos 

 108 O Milagre da Expiação Élder C. Scott Grow 

 111 Um Estandarte entreas Nações

 Élder Jeffrey R. Holland  114  Ao Despedir-nos

 Presidente Thomas S. Monson

REUNIÃO GERAL DAS MOÇAS 115 “Creio em Ser Honesta

e Verdadeira” Ann M. Dibb

 118 “A Bondade por Mim Começará” Mary N. Cook 

 121 Guardiãs da Virtude Elaine S. Dalton

 125 Um Testemunho Vivo Presidente Henry B. Eyring

72  As Autoridades Gerais de A Igrejade Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias

 129Índice das Histórias Contadasna Conerência

 130 Eles Falaram para Nós: Tornar aConerência Parte de Nossa Vida

 132 Presidências Gerais das Auxiliares 132 Ensinamentos para os Nossos Dias 133 Notícias da Igreja

Sumário — Maio de 2011Volume 64 • Número 5

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2 A L i a h o n a

SESSÃO DA MANHÃ DE SÁBADO,2 DE ABRIL DE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Dieter F. Uchtdor.Oração de abertura: Élder Allan F. Packer.Oração de encerramento: Élder Dale G.Renlund. Música: Coro do Tabernáculo;regentes: Mack Wilberg e Ryan Murphy;organista: Clay Christiansen: “A Deus, Senhore Rei!” Hinos, nº 35; “Glória a Deus Cantai”, Hinos, nº 33; “We Listen to a Prophet’s Voice”[Ouvimos a Voz de um Proeta], Hymns, nº 22,

arr. Murphy, não publicado; “Eu Sei Que ViveMeu Senhor,” Hinos, nº 70; “Que Cristo Me Ama Eu Sei,” Creamer/Bell, arr. Murphy, nãopublicado; “No Monte a Bandeira,” Hinos, nº 4, arr. Wilberg, não publicado.

SESSÃO DA TARDE DE SÁBADO,2 DE ABRIL DE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Dieter F. Uchtdor.Oração de abertura: Élder Kevin W. Pearson.Oração de encerramento: Michael T. Ring

 wood. Música: coro combinado da Universi dade Brigham Young–Idaho; regentes: Eda

 Ashby e Randall Kempton; organista: Bonnie

Goodlie: “Que Firme Alicerce”, Hinos, nº 42, arr. Ashby, não publicado; “Da CorteCelestial,” Hinos, nº 114; “Firmes, Segui,” Hinos, nº 41; “Let Zion in Her Beauty Rise”[Que Sião Se Erga em Beleza], Hymns, nº 41,arr. Kempton, não publicado.

NOITE DE SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2011,SESSÃO DO SACERDÓCIOPreside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Henry B. Eyring.Oração de abertura: Élder Raael E. Pino.Oração de encerramento: Élder Joseph W.Sitati. Música: Coro do Sacerdócio dos Insti tutos de Ogden Utah e Logan Utah; regentes:

 Jerald F. Simon, J. Nyles Salmond e Alan T.Saunders; organista: Andrew Unsworth:“See the Mighty Priesthood Gathered” [Vedeo Poderoso Sacerdócio Reunido], Hymns, nº 325; “Guia me a Ti,”  Hinos, nº 63, arr.Unsworth, não publicado; “Cantando Louva mos,” Hinos, nº 50; “Por Teus Dons,” Hinos, nº 17, arr. Durham, pub. Jackman.

SESSÃO DA MANHÃ DE DOMINGO,3 DE ABRIL DE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Henry B. Eyring.

Oração de abertura: Élder Gary E. Stevenson.Oração de encerramento: Élder Tad R. Callis ter. Música: Coro do Tabernáculo Mórmon;regente: Mack Wilberg; organistas: RichardElliott e Andrew Unsworth: “Tu, Jesus, ÓRocha Eterna”, Hinos, nº 158; “Sabbath Day”[Dia do Senhor], Hymns, nº 148; “Povosda Terra, Vinde, Escutai” Hinos, nº 168,arr. Wilberg, não publicado; “TrabalhemosHoje,” Hinos, nº 141; “Neste Mundo”, Hinos, nº 136, arr. Zabriskie, pub. Plum; “Tal Comoum Facho,” Hinos, nº 2, arr. Wilberg, não

publicado.SESSÃO DA TARDE DE DOMINGO,3 DE ABRIL DE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Henry B. Eyring.Oração de abertura: Élder José A. Teixeira.Oração de encerramento: Élder Kent D. Wat son. Música: Coro do Tabernáculo Mórmon;regentes: Mack Wilberg e Ryan Murphy;organistas: Linda Margetts e Bonnie Good lie: “I Saw a Mighty Angel Fly” [Vi um Anjo

 Voar em Poder], Hymns, nº 15, arr. Wilberg,não publicado; “Eu Quero Ser Como Cristo,” Músicas para Crianças , pp. 40–41, arr. Brad

ord, pub. Nature Sings; “Vinde, Ó Filhos doSenhor,” Hinos, nº 27; “Mais Vontade Dá Me,” Hinos, nº 75, arr. Staheli, pub. Jackman.

NOITE DE SÁBADO, 26 DE MARÇO DE 2011,REUNIÃO GERAL DAS MOÇASPreside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Elaine S. Dalton.Oração de abertura: Emily Lewis.Oração de encerramento: Bethany Wright.Música: Coro de moças das estacas daárea de Salt Lake; regente: Merrilee Webb;organistas: Linda Margetts e BonnieGoodlie: “No Monte a Bandeira,” Hinos, 

nº 4; “Guardiãs da Virtude,” Apresentação de Vídeo “Vigor da Juventude 2011: Cremos,”  

não publicado (cello: Jessica Hunt); “Eu SeiQue Vive Meu Senhor,” Hinos, nº 70, arr.Lyon, pub. Jackman (harp: Hannah Cope);“Que Firme Alicerce,” Hinos, nº 42, arr.

 Wilberg, não publicado.

GRAVAÇÃO DAS SESSÕES DA CONFERÊNCIA Para acessar os discursos da conerênciageral em vários idiomas pela Internet, visiteo site conerence.LDS.org. Selecione umidioma. Geralmente, dois meses após a con erência, as gravações também são disponibi lizadas nos Centros de Distribuição.

MENSAGENS DOS MESTRES FAMILIARES

E DAS PROFESSORAS VISITANTESPara as mensagens dos mestres amiliarese das proessoras visitantes, escolha umdiscurso que mais atenda à necessidadedaqueles a quem você visita.

NA CAPA Primeira capa: Fotografa de Weston Colton.Última capa: Fotografa de Les Nilsson.

FOTOGRAFIAS DA CONFERÊNCIA  As cenas da conerência geral em Salt LakeCity oram enviadas por Craig Dimond,

 Welden C. Andersen, John Luke, MatthewReier, Christina Smith, Cody Bell, Les Nilsson,

 Weston Colton, Sarah Jensen e Derek Israel sen; na Argentina, por Marcelino Tossen; noBrasil, por Laureni Fochetto, Ana ClaudiaSouza de Oliveira e Veruska Oliveira; noEquador, por Alex Romney; na Alemanha,por Mirko Kube; na Jamaica, por AlexiaPommells; no México, por Ericka GonzálezLage; nas Filipinas, por Wilmore La Torre;em Portugal, por Juliana Oliveira; na Romê nia, por Matei Florin; na Eslovênia, por IvanMajc; na Árica do Sul, por Kevin Cooney; naUcrânia, por Marina Lukach; em Maryland,EUA, por Sasha Rose; e na Zâmbia, por

 Tawanda Maruza.

Resumo da 181ª Conferência Geral Anual

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4 A L i a h o n a

Presidente Thomas S. Monson

pelo Élder Quentin L. Cook e sua

esposa, e pelo Élder William R. Walkere sua esposa. Na noite anterior àrededicação, que ocorreu em novem-bro, vimos 2.000 jovens do distrito dotemplo encherem o Centro de Ativi-dades Cannon, no campus da BYU–Havaí, e se apresentarem para nós.Sua apresentação, intitulada “Local deColigação”, contou de orma criativa emagistral os momentos signicativosda história local da Igreja e da história

Quando este ediício oi plane-

 jado, pensamos que nuncacaria cheio. Mas olhem para

ele agora.Meus amados irmãos e irmãs, como

é bom estarmos juntos mais uma vez ao iniciarmos a 181ª ConerênciaGeral Anual de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias.

Os últimos seis meses parecem terpassado rapidamente, por eu ter-meocupado com muitas responsabilida-des. Uma das grandes bênçãos desseperíodo oi a rededicação do belo

 Templo de Laie Havaí, que passou porgrandes reormas durante quase doisanos. Fui acompanhado pelo Presi-dente Henry B. Eyring e sua esposa,

S ES S Ã O D A M A N H Ã D E S Á B A D O | 2 de abr i l de 2011

Estamos Novamenteem ConferênciaObrigado por sua é e devoção ao evangelho, pelo amor e carinho que demonstram uns para com os outros e pelo serviço que prestam.

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do templo. Que noite maravilhosa oi

aquela!O dia seguinte oi um banqueteespiritual, no qual o templo oi rede-dicado em três sessões. Sentimos oEspírito do Senhor com abundância.

Continuamos a construir templos. Tenho o privilégio esta manhã deanunciar três novos templos para osquais os terrenos estão sendo adqui-ridos e que, nos próximos meses eanos, serão construídos nos seguintes

locais: Fort Collins, Colorado; Meri-

dian, Idaho; e Winnipeg, Manitoba,Canadá. Eles certamente serão umabênção para os nossos membros des-sas áreas.

 A cada ano, milhões de ordenançassão realizadas nos templos. Que con-tinuemos a ser éis no cumprimentodessas ordenanças, não só para nósmesmos, mas também para nossosentes queridos alecidos, que nãopodem azê-las por si mesmos.

 A Igreja continua a prover auxílio

humanitário em situações de catás-troe. Mais recentemente, direciona-mos nosso coração e nossa ajuda ao

 Japão, após o devastador terremotoe tsunami e os problemas nuclearesresultantes. Distribuímos mais de 70toneladas de suprimentos, inclusivecomida, água, cobertores, colchões,produtos de higiene, roupas e com-bustível. Nossos jovens adultos sol-teiros oereceram voluntariamente de

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6 A L i a h o n a

Élder L. Tom Perry Do Quórum dos Doze Apóstolos

Meus irmãos e irmãs do mundointeiro, viemos esta manhãouvir a voz do proeta. Tes-

tico que essa voz que acabamos deouvir é a voz do proeta vivo de Deusna Terra hoje, o Presidente Thomas S.Monson. Quão abençoados somos por

termos seus ensinamentos e exemplo!Neste ano, todos nós temos a

oportunidade de estudar as palavrasdos proetas do Novo Testamento naEscola Dominical. Embora o Velho

 Testamento seja um estudo de proe-tas e de um povo, o Novo Testamentoconcentra-se na vida e infuência doúnico Homem que veio à mortalidadecom cidadania dupla, no céu e na

 Terra: nosso Salvador e Redentor Jesus Cristo.

O mundo atual está tão saturadode doutrinas dos homens que é ácilesquecer e perder a é nesse relatoextremamente importante da vida edo ministério do Salvador: o Novo

 Testamento. Esse livro sagrado é oponto central da história das escritu-ras, assim como o próprio Salvadordeve ser o ponto central de nossa

 vida. Precisamos comprometer-nos aestudá-lo e a amá-lo!

Há pérolas inestimáveis de sabedo-ria a ser encontradas em nosso estudodo Novo Testamento. Sempre gosteimuito de ler os relatos de Paulo, dequando ele viajava e organizava aIgreja do Salvador, especialmenteseus ensinamentos a Timóteo. No

quarto capítulo dos escritos de Paulo a Timóteo, lemos: “Manda estas coisas eensina-as. (…) Sê o exemplo dos éis,na palavra, no trato, no amor, no espí-rito, na é, na pureza”.1 Não consigoimaginar um modo melhor de come-çarmos ou continuarmos a ser umexemplo dos éis do que em nossocumprimento do Dia do Senhor.

Começando pela Criação domundo, um dia oi separado dosdemais. “E abençoou Deus o dia

sétimo, e o santicou.”2

Até Deusdescansou de Seu trabalho nesse dia,e Ele espera que Seus lhos açam omesmo. Para os lhos de Israel Eledeu o mandamento:

“Lembra-te do dia do sábado, parao santicar.

Seis dias trabalharás, e arás toda atua obra.

Mas o sétimo dia é o sábado doSenhor teu Deus. (…)

seu tempo para localizar membrosdesaparecidos usando a Internet,a mídia social e outros modernosmeios de comunicação. Os membrosestão levando ajuda, por meio demotonetas ornecidas pela Igreja,a áreas de diícil acesso por carro.Estão sendo organizados projetos deserviço para montar kits de higienee kits de limpeza em várias estacase alas de Tóquio, Nagoya e Osaka.

 Até o momento, mais de 40.000horas de serviço oram doadas pormais de 4.000 voluntários. Nossaajuda será contínua no Japão e emquaisquer outras áreas onde houvernecessidade.

Meus irmãos e irmãs, agradeço suaé e devoção ao evangelho, o amor eo carinho que demonstram uns pelosoutros e pelo serviço que vocês pres-tam em suas alas e seus ramos, estacase distritos. Obrigado também por suadelidade no pagamento de seus dízi-mos e oertas e por sua generosidade

em contribuir para outros undos daIgreja.

No nal do ano de 2010 havia52.225 missionários servindo em340 missões espalhadas por todo omundo. O trabalho missionário éa seiva vital para o crescimento doreino. Gostaria de sugerir que, setiverem condições, pensem na pos-sibilidade de azer uma contribuiçãopara o Fundo Missionário Geral daIgreja.

 Agora, irmãos e irmãs, estamosansiosos para ouvir as mensagensque nos serão transmitidas hoje eamanhã. Os oradores buscaram aajuda e a orientação dos céus aoprepararem suas mensagens. Queestejamos cheios do Espírito doSenhor e que sejamos elevados einspirados ao ouvir e aprender. É aminha oração. Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

O Dia do Senhore o SacramentoQue sua amília esteja cheia de amor ao honrarem todo o

 Dia do Senhor e vivenciarem suas bênçãos espirituais durante a semana.

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Portanto abençoou o Senhor o diado sábado, e o santicou”.3

O padrão do cumprimento do Diado Senhor sempre inclui a adoração.Depois que Adão e Eva entraram namortalidade, oi-lhes ordenado que“adorassem ao Senhor seu Deus eoerecessem as primícias de seusrebanhos como oerta ao Senhor (…)à semelhança do sacriício do Unigê-nito do Pai”.4 O sacriício de animaisez com que a posteridade de Adão selembrasse de que um dia o Cordeirode Deus, Jesus Cristo, aria o sacriíciode Sua própria vida por nós.

Durante toda a Sua vida, o Salvadoralou desse sacriício.5 Na véspera deSua crucicação, Suas palavras come-çaram a ser cumpridas. Ele reuniuSeus discípulos no cenáculo, longedas distrações do mundo. Ele instituiuo Sacramento da Ceia do Senhor.

“E, quando comiam, Jesus tomouo pão, e abençoando-o, o partiu, eo deu aos discípulos, e disse: Tomai,

comei, isto é o meu corpo.E, tomando o cálice, e dando

graças, deu-lho, dizendo: Bebei deletodos;

porque isto é o meu sangue, osangue do novo testamento, que éderramado por muitos, para remissãodos pecados.”6

 A partir daquela ocasião, a Expia-ção do Salvador tornou-se o grande eúltimo sacriício. Quando Ele apareceuno continente americano após Sua

Ressurreição, Ele coneriu Seu sacer-dócio a Seus discípulos e introduziu osacramento, dizendo:

“E sempre procurareis azer isto talcomo eu z, da mesma orma que euparti o pão, abençoei-o e dei-o a vós.

(…) E será um testemunho ao Paide que vos lembrais sempre de mim.E se lembrardes sempre de mim, tereismeu Espírito convosco.”7

É extraordinário lembrar que

mesmo nos tenebrosos períodos da

apostasia, esse padrão de adoraçãono Dia do Senhor e do sacramentocontinuou a ser praticado de muitasormas.

Quando o evangelho oi restau-rado, Pedro, Tiago e João, três dosapóstolos, que originalmente rece-beram o sacramento do Salvadorapareceram a Joseph Smith e OliverCowdery. Sob sua direção, oi res-taurada a autoridade do sacerdócio

necessária para ministrar o sacramento

aos membros da Igreja.8

Conerida pelo Salvador a Seus pro-etas e apóstolos, e deles a nós, essaautoridade do sacerdócio continua na

 Terra hoje em dia. No mundo inteiro, jovens portadores do sacerdóciose qualicam para exercer o poderdo sacerdócio, cumprindo sincera-mente os mandamentos e vivendoos padrões do evangelho. Mantendoas mãos espiritualmente limpas e o

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coração puro, esses rapazes preparam,abençoam e distribuem o sacramentoà maneira do Salvador: uma maneira

denida pelo que Ele ez há mais dedois mil anos.

O sacramento é o ponto central denosso cumprimento do Dia do Senhor.Em Doutrina e Convênios, o Senhorordenou a todos nós:

“E para que mais plenamente teconserves limpo das manchas domundo, irás à casa de oração e oe-recerás teus sacramentos no meu diasanticado;

porque em verdade este é um dia

designado para descansares de teuslabores e prestares tua devoção ao Altíssimo; (…)

e nesse dia não arás qualqueroutra coisa”.9

 Ao ponderarmos o padrão do Diado Senhor e do sacramento em nossaprópria vida, parece haver três coisasque o Senhor exige de nós: primeiro,manter-nos livres das manchas domundo; segundo, ir à casa de oração

e oerecer nossos sacramentos; e ter-ceiro, descansar de nossos labores.

É glorioso ser cristão e viver como

 verdadeiro discípulo de Cristo. Anosso respeito Ele disse: “Não sãodo mundo, como eu do mundo nãosou”.10 Para manter-nos livres dasmanchas do mundo, Ele espera queevitemos as distrações mundanas dosnegócios e dos locais de recreação, noDia do Senhor.

Creio que Ele também deseja quenos vistamos adequadamente. Nos-sos jovens podem achar que a velhaexpressão “roupa de domingo” seja

antiquada. Ainda assim, sabemosque, quando a roupa de domingodecai e vestimos roupas do dia a dia,as atitudes e ações azem o mesmo.Evidentemente não é necessário quenossos lhos vistam roupas ormais dedomingo até o pôr do sol. Contudo,por meio das roupas que os incen-tivamos a vestir e as atividades queplanejamos, estamos ajudando-os apreparar-se para o sacramento e para

desrutar suas bênçãos o dia inteiro.O que signica oerecer nossossacramentos ao Senhor? Reconhe-cemos que todos cometemos erros.

 Todos precisamos conessar e abando-nar nossos pecados e erros. Cones-sá-los a nosso Pai Celestial e a outrosque tenhamos oendido. O Dia doSenhor nos proporciona uma preciosaoportunidade de oerecer essas coisas— nossos sacramentos — ao Senhor.Ele disse: “Lembra-te, porém, de queno dia do Senhor oerecerás tuasoblações e teus sacramentos ao

 Altíssimo, conessando teus pecadosa teus irmãos e perante o Senhor”.11

O Élder Melvin J. Ballard suge-riu: “Queremos que todo santo dosúltimos dias vá à mesa do sacramentoporque esse é o lugar para uma autoa-

 valiação, para um autoexame, ondepodemos aprender a corrigir nossocurso e endireitar nossa própria vida,harmonizando-nos com os ensina-mentos da Igreja e com nossos irmãos

e irmãs”.12

Quando tomamos dignamenteo sacramento, testemunhamos queestamos dispostos a tomar o nome doSalvador sobre nós e a guardar Seusmandamentos e a sempre recordar-nos Dele, para termos Seu Espíritoconosco. Desse modo, o convênio denosso batismo é renovado. O Senhorassegurou a Seus discípulos: “Todasas vezes que o zerdes, lembrar-

 vos-eis desta hora em que eu estava

convosco”.13

 Às vezes achamos que descansarde nossos labores seja simplesmentedeixar o ardo de eno largado nomeio do campo e colocar um aviso de“echado” na porta de nosso negó-cio. Mas no mundo atual, os laboresincluem as tareas do dia a dia denossa vida. Isso pode signicar ativi-dades comerciais que podem ser leva-das a eeito em casa, as competições

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esportivas e outras atividades quenos aastam da adoração do Dia doSenhor e da oportunidade de ministraràs pessoas.

“Não trates com leviandade ascoisas sagradas,”14 revelou o Senhoraos santos dos últimos dias, como seestivesse nos lembrando do que disseaos discípulos: “O sábado oi eito porcausa do homem, e não o homem porcausa do sábado”.15

Irmãos e irmãs, nestes últimos dias,o adversário tem sucesso quandorelaxamos nosso compromisso com oSalvador, ignoramos Seus ensinamen-tos contidos no Novo Testamento eem outras escrituras, e deixamos desegui-Lo. Pais, agora é o momento deensinar a nossos lhos a ser o exem-plo dos éis requentando a reuniãosacramental. Quando chegar a manhãde domingo, ajudem-nos a estar bemdescansados, devidamente vestidose espiritualmente preparados parapartilhar dos emblemas do sacramento

e receber a instrução, a edicação e opoder enobrecedor do Espírito Santo.Que sua amília esteja cheia de amorao honrarem todo o Dia do Senhor e

 vivenciarem suas bênçãos espirituaisdurante a semana. Convidem seuslhos e suas lhas a “[erguer-se] e [bri-lhar]”, por meio da santicação do Diado Senhor, para que “[sua] luz seja umestandarte para as nações”.16

 À medida que os anos passam,continuo a refetir sobre como era o

Dia do Senhor em minha juventude. Ainda me lembro do primeiro diaem que ministrei o sacramento comodiácono, e os pequenos copinhos de

 vidro que eu levava para os membrosde nossa ala. Há poucos anos, umprédio da Igreja da cidade em quenasci oi reormado, e um comparti-mento do púlpito estava trancado. Aoser aberto, oram encontrados algunsdaqueles copinhos de vidro que

caram ali ocultos por anos. Um delesoi-me dado como lembrança. Também me lembro de um baú

 verde que levávamos conosco aoservir nos uzileiros navais dos EUA.Dentro do baú havia uma bandeja demadeira e pacotes de copinhos desacramento, para que pudéssemos serabençoados pela paz e esperança daCeia do Senhor, mesmo durante asbatalhas e o desespero da guerra.

 Ao pensar naqueles copinhos desacramento da minha juventude, umdeles no vale protegido da cidadeem que cresci, e outro milhares dequilômetros dali, no Pacíco, sinto-mecheio de gratidão pelo Salvador domundo ter tomado da “taça amarga”17 por mim. E por Ele ter eito isso, possodizer, com o salmista, que “meu cálicetransborda” 18 com as bênçãos de Suainnita e eterna Expiação.

Nesta véspera do Dia do Senhor, aodarmos início a esta grande cone-rência, lembremo-nos das bênçãos

e oportunidades que temos quandorequentamos a reunião sacramen-tal todas as semanas em nossas alase nossos ramos. Preparemo-nos e

comportemo-nos no Dia do Senhor demodo que possamos pedir que essasbênçãos prometidas sejam derramadassobre nós e sobre nossa amília. Prestomeu especial testemunho de que amaior alegria que recebemos nesta

 vida é seguir o Salvador. Que guarde-mos Seus mandamentos santicandoSeu dia santo. É minha oração, emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. I Timóteo 4:11–12.

2. Gênesis 2:3.3. Êxodo 20:8–11.4. Moisés 5:5, 7.5. Ver, por exemplo, Marcos 10:32–34; João

2:19; 10:17; 12:32.6. Mateus 26:26–28.7. 3 Néf 18:6–7.8. Ver Joseph Smith—História 1:68–69,

72; ver também Doutrina e Convênios27:12–13.

9. Doutrina e Convênios 59:9–10, 13.10. João 17:16.11. Doutrina e Convênios 59:12.12. Em Bryant S. Hinckley, Sermons and 

 Missionary Services of Melvin Joseph Ballard, 1949, p. 150.

13. Tradução de Joseph Smith, Marcos 14:21.

14. Doutrina e Convênios 6:12.15. Marcos 2:27.16. Doutrina e Convênios 115:5.17. 3 Néf 11:11.18. Salmos 23:5.

Kiev, Ucrânia 

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10 A L i a h o n a

 Jean A. StevensPrimeira Conselheira na Presidência Geral da Primária

Nosso Pai Celestial, em Suagrande sabedoria e amor, enviaSeus lhos espirituais a esta

 Terra como crianças. Eles chegam àsamílias como dádivas preciosas e sua

natureza e seu destino são divinos. OPai Celestial sabe que as crianças sãouma chave para ajudar-nos a ser comoEle. Há muito que podemos aprendercom as crianças.

Essa importante verdade couevidente há alguns anos, quando umSetenta ez uma visita ocial a HongKong. Ele oi a uma ala bem humildeque enrentava muitas diculdadese não conseguia atender às própriasnecessidades. Quando o bispo con-

tou-lhe a situação, essa autoridadegeral sentiu-se inspirada a pedir queos membros pagassem o dízimo. Obispo, conhecendo a situação diícildos membros, cou preocupado, semsaber como conseguiriam obede-cer àquele conselho. Ele pensou noassunto e decidiu alar com algunsdos membros de mais é e pedir-lhesque pagassem o dízimo. No domingoseguinte, oi à Primária e ensinou às

de grande impacto. Chamou umacriança para junto de Si, colocou omenino no meio deles e disse:

“(…) Se não vos converterdes enão vos zerdes como meninos, demodo algum entrareis no reino doscéus.

Portanto, aquele que se tornarhumilde como este menino, esse éo maior no reino dos céus” (Mateus18:3–4).

O que teríamos a aprender com ascrianças? Que qualidades elas têm, eque exemplos dão, capazes de ajudar-nos em nosso próprio desenvolvi-mento espiritual?

Esses preciosos lhos de Deuschegam a nós com um coração prontoa acreditar. São cheios de é e recep-tivos à infuência do Espírito. São umexemplo de humildade, obediência eamor. Eles são em geral os primeiros aamar e os primeiros a perdoar.

 Vou contar-lhes algumas experiên-cias que mostram como as crianças

podem abençoar nossa vida com seuexemplo inocente, mas vigoroso, dequalidades cristãs.

 Todd, um menininho de apenasdois anos, recentemente oi com amãe a um museu de arte em quehavia uma exposição especial de belaspinturas representando o Salvador.Enquanto andavam por entre essasimagens sagradas, ela ouviu o meni-ninho dizer com reverência o nome“Jesus”. Ela olhou para baixo e o viu

cruzar os braços e baixar a cabeçadiante dos quadros. Será que o Toddpoderia ensinar-nos alguma coisaquanto a ter humildade, reverência eamor ao Senhor?

No outono passado, vi o exemplode um menino de dez anos, na Armê-nia. Enquanto esperávamos o início dareunião sacramental, ele viu a senhoramais velha da ala chegar. Foi o pri-meiro que rapidamente colocou-se ao

crianças a lei do dízimo do Senhor eperguntou se elas estariam dispostas apagar o dízimo de todo dinheiro querecebessem. As crianças disseram quepagariam, e pagaram.

 Algum tempo depois, o bispo oialar com os adultos da ala e con-tou-lhes que nos últimos seis meses,as crianças, cheias de é, vinhampagando o dízimo. Ele perguntou-lhesse estariam dispostos a seguir o exem-plo das crianças e azer o mesmo. Aspessoas caram tão tocadas com osacriício que as crianças zeram quese dispuseram a azer o que osse pre-ciso para pagar o dízimo. Com isso,as janelas do céu se abriram. Com o

exemplo dessas crianças éis, a alapassou a ser mais obediente e o teste-munho dos membros aumentou.

Foi o próprio Jesus Cristo quemnos ensinou a ter as crianças comoexemplo. No Novo Testamento, lemoso que Ele respondeu aos apóstolos,quando estes discutiam quem seriao maior no reino dos céus. Jesusrespondeu a essa pergunta com umademonstração prática e simples, mas

Tornar-se Comouma CriancinhaSe tivermos um coração que quer aprender e o desejo de 

 seguir o exemplo das crianças, os divinos atributos delas  podem ser a chave para destravar o nosso própriocrescimento espiritual.

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lado dela e oereceu-lhe o braço paraajudá-la a caminhar. Acompanhou-aaté o primeiro banco da capela, onde

ela poderia ouvir melhor. Será que,com esse pequeno ato de bondade,poderíamos aprender que, no reinodo Senhor, os grandes são aquelesque procuram oportunidades de servirao próximo?

 Aprendemos com Katie, umamenina da Primária, que infuencioua própria amília. Ela requentava aPrimária e tinha muito interesse pelosensinamentos do evangelho. Com é

e testemunho crescentes, ela deixouum bilhete no travesseiro dos paisdizendo que as verdades do evange-

lho “moravam em seu coração”. Eladisse que queria muito estar perto doPai Celestial, obedecer aos manda-mentos e ver a amília ser selada notemplo. O testemunho simples dessadoce menina tocou proundamenteo coração dos pais. Katie e a amíliareceberam as ordenanças sagradas dotemplo, que agora os unem para sem-pre. A candura de Katie e seu exem-plo de é ajudou a amília a receber

bênçãos eternas. Será que o testemu-nho sincero e o desejo dessa meninade seguir o plano do Senhor poderiamlevar-nos a perceber com mais clarezao que é mais importante?

Nossa amília vem aprendendomuitas coisas com um parente pró-

 ximo de seis anos chamado Liam.Desde o ano passado ele tem tra-

 vado uma batalha contra um câncercerebral bastante agressivo. Depoisde duas cirurgias diíceis, concluiu-seque ele também precisaria de radio-terapia. Era preciso que, durante asdiversas sessões desse tratamento, elecasse completamente só e permane-cesse imóvel. Liam não queria que lhedessem sedativos, porque não gostavada sensação que sentia. Ele tinhacerteza de que se ao menos pudesseouvir a voz do pai pelo autoalante,conseguiria car deitado, parado, semo sedativo.

Nesses momentos de ansiedade, opai alava com ele e dizia palavras de

encorajamento e amor: “Liam, vocênão me vê, mas eu estou bem aqui.Sei que você consegue! Eu te amo”.Liam terminou com sucesso as 33sessões de radioterapia, nas quais nãopodia mover um músculo. Os médi-cos achavam que isso seria um eitoimpossível para uma criança dessaidade, sem sedativos. Durante mesesde dores e diculdades, o otimismocontagiante de Liam oi um exem-plo de como encarar a adversidade

com esperança e até elicidade. Seusmédicos, suas enermeiras e inúmerasoutras pessoas oram inspirados porsua coragem.

Liam nos ensina importantes lições— lições sobre escolhas e conançano Senhor. Assim como ele, não

 vemos nosso Pai Celestial, mas pode-mos ouvir Sua voz dando-nos a orçade que precisamos para suportar osdesaos da vida.

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Poderia o exemplo de Liam nosajudar a melhor compreender o queo rei Benjamim disse sobre tornar-noscomo criancinhas, submissos, mansos,

humildes, pacientes e cheios de amor?(Ver Mosias 3:19.)

Essas crianças nos oerecemexemplos de algumas das qualidadesinantis que precisamos desenvolverou redescobrir em nós mesmos paraentrar no reino dos céus. Elas sãoespíritos ulgurantes, não contamina-dos pelo mundo — prontos a apren-der e cheios de é. Não é de admirarque o Salvador tenha especial amor eapreço pelas crianças.

Entre os acontecimentos transcen-dentes do ministério do Salvador na América, o carinho com que ministrouàs crianças se destaca. Foi comovente aorma como deu atenção a cada uma.

“E pegou as criancinhas, uma auma, e abençoou-as e orou por elasao Pai.

E depois de haver eito isso,chorou (…);

E dirigindo-se à multidão,

disse-lhes: Olhai para vossas crianci-nhas” (3 Né 17:21–23).

O Élder M. Russell Ballardensinou o quanto é importante a

admoestação “olhai para vossascriancinhas”, eita pelo Senhor,quando disse: “É interessantenotar que Ele não disse ‘deemuma espiada nelas’, ‘observem-nassupercialmente’ ou ‘olhem de vezem quando na direção delas’. Elepediu-nos que as contemplássemos .No meu entender, isso signica quedevemos abraçá-las com os olhose com o coração; devemos ver ecompreender quem realmente são:

lhos espirituais do Pai Celestial,com características divinas” (“Olhaipara Vossas Criancinhas”, A Liahona,outubro de 1994, p. 35; [traduçãoatualizada]; grio do autor).

Não há melhor lugar para “[olhar]para [nossas] criancinhas” do que naamília. O lar é o lugar onde todospodem aprender e crescer juntos.Uma bela música da Primária ensinaesta verdade:

 Família, dom de Deus, Pra sermos tão bons quanto Ele nos 

quer; E assim, mostra o Seu amor, Pois amília é do Senhor.(“A Família É do Senhor,” A Liahona, outubro de 2008, pp. A12–A13.)

É aqui com nossa amília, emuma atmosera de amor, que vemose desrutamos de orma mais pes-soal dos atributos divinos dos lhosespirituais de Deus. É aqui em meio anossa amília, que nosso coração podeabrandar-se e nós, humildemente,desejamos mudar e tornar-nos maissemelhantes às crianças. É por meiodesse processo que nos tornamosmais semelhantes a Cristo.

Será que algumas das experiênciasda vida lhe roubaram o coraçãoque crê e a é de uma criança, que

 você já teve? Se isso aconteceu,olhe as crianças ao seu redor. Olhe-as de novo. Podem ser crianças

de sua amília ou dos vizinhos, oumesmo da Primária de sua ala. Setivermos um coração que quer apren-der e o desejo de seguir o exemplodas crianças, os divinos atributosdelas podem ser a chave para des-travar o nosso próprio crescimentoespiritual.

Sempre serei grata pela bênção quesão meus próprios lhos. O exemplode cada um tem me ensinado liçõesde que necessito. Eles têm me ajudado

a mudar para melhor.Presto meu humilde, mas rmetestemunho de que Jesus é o Cristo.Ele é o único Filho pereito —submisso, manso, humilde, pacientee tão cheio de amor. Que tenhamosa coragem de seguir Seu exemplo,de tornar-nos como criancinhas para,assim, voltar ao lar celestial. Essa éminha oração, em nome de JesusCristo. Amém. ◼

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Élder Walter F. GonzálezDa Presidência dos Setenta

Em outubro passado, minha esposae eu acompanhamos o ÉlderNeil L. Andersen e sua esposa

para a abertura de terra do novo tem-plo em Córdoba, Argentina. Como decostume, após a cerimônia houve umaentrevista coletiva. Uma jornalista quenão era membro da Igreja comentouque notara que os maridos tratavammuito bem as esposas. Depois, inespe-radamente ez-me uma pergunta: “Isso

é verdade ou cção?” Tenho certezade que ela viu e sentiu algo dierenteentre nossos membros. Talvez elatenha percebido o desejo de nos-sos membros de seguir a Cristo. Osmembros de todo o mundo sentem taldesejo. Ao mesmo tempo, milhões depessoas que não são da Igreja tambémtêm o desejo de segui-Lo.

Recentemente, minha esposa e eucamos muito impressionados com opovo de Gana e da Nigéria. A maior

parte dele não é membro de nossaIgreja. Ficamos contentes diante dodesejo de seguir a Cristo expressadopor muitos em nossas conversas —nas casas, nos carros, nos muros ecartazes. Nunca vimos tantas igrejascristãs próximas umas das outras.

Nós, membros da Igreja, temos odever de convidar milhões de pessoasassim, a virem e verem o que nossaIgreja pode acrescentar às boas coisas

que elas já têm. Qualquer pessoa, dequalquer continente, clima ou culturapode saber por si mesmo que o Pro-eta Joseph Smith viu o Pai e o Filho.Qualquer um pode saber que o sacer-dócio oi restaurado por mensageiroscelestiais e que o Livro de Mórmon éoutro testamento de Jesus Cristo. Naspalavras do Senhor a Enoque: “Justiça[oi enviada] dos céus; e verdade [bro-tou] da terra para prestar testemunho

do (…) Unigênito [do Pai]”.1O Salvador prometeu: “Quem me

segue não andará em trevas, masterá a luz da vida”.2 Os que seguema Cristo moldam a vida no Salvador am de andar na luz. Duas caracterís-ticas ajudam-nos a ver até que pontonós O seguimos: Primeira, os seguido-res de Cristo são um povo dedicado.Segunda, os seguidores de Cristoazem convênios e os guardam.

 A primeira característica, que é ter

amor, oi provavelmente uma coisaque a jornalista de Córdoba percebeunos membros da Igreja. Seguimos aCristo porque O amamos. Quandoseguimos o Redentor por amor, segui-mos o exemplo que Ele mesmo nosdeu. Por amor, o Salvador obedecia à

 vontade do Pai em quaisquer cir-cunstâncias. O Salvador oi obedientemesmo quando, para isso, teve queenrentar grande sorimento ísico e

emocional; mesmo quando, por isso,oi açoitado e desprezado; mesmoquando, por isso, oi torturado porSeus inimigos e abandonado pelosamigos. O sacriício expiatório, queoi um elemento ímpar da missão doSalvador, oi a maior maniestação deamor de todos os tempos. “O castigoque nos traz a paz estava sobre ele, epelas suas pisaduras omos sarados.”3

Da mesma orma que Cristo seguiuo Pai sob qualquer circunstância,devemos seguir Seu Filho. Se o zer-mos, não importa o tipo de persegui-ção, sorimento, tristeza ou “espinhona carne”4 que enrentemos. Nãoestamos sozinhos. Cristo nos ajudará.Suas ternas misericórdias nos tornarãoortes, sob qualquer circunstância.5

Seguir a Cristo talvez signiqueabandonar muitas coisas queridas,como o ez Rute, a moabita. Comorecém-conversa, por amor a Deus e aNoemi, ela deixou tudo para trás para

 viver sua religião.6

 Talvez signique resistir à adversi-dade e às tentações. Quando jovem,

 José oi vendido como escravo. Foi-lhetirado tudo o que amava. Depois oitentado a deixar de ser casto. Ele resis-tiu à tentação e disse: “Como pois ariaeu tamanha maldade, e pecaria contraDeus?”7 Seu amor por Deus era maispoderoso do que qualquer adversi-dade ou tentação.

Hoje em dia temos Rutes e Josésmodernos em todo o mundo. Quando

o irmão Jimmy Olvera, de Guayaquilno Equador, recebeu seu chamadomissionário, sua amília se opôs gran-demente. No dia de sua partida, oi-lhe dito que se saísse de casa, perderiaa amília. Com o coração partido, elesaiu. Durante a missão, a mãe pediu-lhe que casse por mais tempo nocampo, porque eles estavam rece-bendo muitas bênçãos. Hoje o irmãoOlvera serve como patriarca de estaca.

Seguidores de CristoOs que seguem a Cristo moldam a vida no Salvador a fm de andar na luz.

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O amor verdadeiro a Cristo dá-nos a orça de que precisamos parasegui-Lo. O próprio Senhor demons-trou-nos isso ao perguntar três vezesa Pedro: “Amas-me?” Depois de terarmado em voz alta que O amava, oSenhor descreveu a Pedro as dicul-dades que estavam por vir. Foi entãoque veio o chamado: “Segue-me”.

 A pergunta que o Salvador ez aPedro também pode ser eita a nós:

“Amas-me?” seguida do chamado aagir: “Segue-me”.8

O amor é uma poderosa infuênciano coração em nosso empenho desermos obedientes. O amor ao Salva-dor inspira-nos a guardar Seus manda-mentos. O amor por uma mãe, pai oucônjuge também é capaz de inspirarnossa obediência aos princípios doevangelho. A orma como tratamos asoutras pessoas, refetem até que ponto

seguimos nosso Salvador em nossoamor ao próximo.9 Mostramos nossoamor a Ele quando paramos paraajudar outras pessoas, quando somos“pereitamente honestos e justos emtodas as coisas”10, e quando azemos eguardamos os convênios.

 A segunda característica dos segui-dores de Cristo é azer convênios eguardá-los, como Ele o ez. Morônienatizou que: “[é] por meio do

derramamento do sangue de Cristo,que está no convênio do Pai para aremissão de vossos pecados, que vos[tornais] santos, sem mácula”.11

O Proeta Joseph Smith ensinouque, mesmo antes da organizaçãodesta Terra, zemos convênios nocéu.12 Os antigos proetas e patriarcaszeram convênios.

O próprio Salvador deu o exemplo.Ele oi batizado para cumprir toda

a justiça por quem possuía a devidaautoridade. Por meio do Seu batismo,o Salvador testicou ao Pai que seriaobediente e cumpriria todos os Seusmandamentos.13 Da mesma maneiraque na Antiguidade, nós tambémseguimos a Cristo e azemos con-

 vênios por meio das ordenanças dosacerdócio.

Fazer convênios é algo que milhõesde pessoas que não são membros daIgreja podem acrescentar às coisasexcelentes que já têm. Fazer convê-nios é uma expressão de amor. É umamaneira de dizer-Lhe: “Sim, eu Teseguirei porque Te amo”.

Convênios incluem promessas,“até mesmo a vida eterna”. 14 Todas ascoisas trabalharão juntas para nossobem, se nos lembrarmos de nossosconvênios.15 Eles precisam ser eitose cumpridos para que plenamenterecebamos as promessas neles con-tidas. Amar o Salvador e lembrar denossos convênios, vão ajudar-nos a

cumpri-los. Partilhar do sacramentoa cada semana é uma orma delembrar nossos convênios.16 Outraorma é ir ao templo com requência.Lembro-me de um jovem casal na

 América do Sul que queria divor-ciar-se porque não conseguia seentender. Um líder do sacerdócioaconselhou-os a irem ao templo eprestarem atenção especica às pala-

 vras e promessas dos convênios alieitos. Eles o zeram e o casamento

oi salvo. O poder de nossos convê-nios é maior do que qualquer desaoque enrentamos ou que venhamos aenrentar.

 Aos membros que não são ativosna Igreja, por avor, voltem! Partici-pem da bênção que é recordar-se dosconvênios e renová-los por meio dosacramento e da requência ao tem-plo. Fazer isso é uma maniestação deamor que demonstra sua disposição

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Élder Kent F. RichardsDos Setenta

Sendo cirurgião, percebi quepasso uma parte signicativa demeu tempo no trabalho lidando

com a questão da dor. Por ser neces-sário, eu a infijo quase diariamentenas cirurgias — e grande parte demeus esorços são dedicados depoisao controle e alívio da dor.

 Tenho ponderado sobre o propó-sito da dor. Nenhum de nós é imune àdor. Vi pessoas que lidam com ela demaneiras variadas. Algumas se aastamde Deus, com raiva, e outras permitemque seu sorimento as aproxime deDeus.

 Tal como vocês, eu mesmo já sentidor. A dor é um medidor do processode cura. Em geral, ela nos ensinapaciência. Talvez seja por isso queusamos o termo paciente ao reerir-

nos ao doente.O Élder Orson F. Whitney escre- veu: “Nenhuma dor que soremos,nenhuma provação por que passa-mos, é em vão. Ela ministra a nossaeducação para o desenvolvimento dequalidades como paciência, é, orçae humildade. (…) É por meio dastristezas e do sorimento, da labuta eda tribulação que obtemos a educaçãoque viemos adquirir neste mundo”.1

Na mesma linha, o Élder Robert D.Hales disse:

“A dor leva-nos à humildade quenos permite ponderar. Sou grato porter passado por essa experiência. (…)

 Aprendi que a dor ísica e a curado corpo após uma cirurgia delicadasão extraordinariamente similares à

dor espiritual e à cura da alma noprocesso de arrependimento”.2

Grande parte de nosso sorimentonão é obrigatoriamente culpa nossa.

 Acontecimentos inesperados, situa-ções contraditórias ou rustrantes,doenças incapacitantes ou até a mortesão coisas que nos cercam e per-meiam nossa vida mortal. Além disso,podemos sorer afições por causa dosatos de outras pessoas.3 Leí declarouque Jacó tinha “[sorido] afições e

muito pesar por causa da rudeza de[seus] irmãos”.4 A oposição az partedo plano de elicidade dado pelo PaiCelestial. Todos nós recebemos o su-ciente para termos ciência do amor denosso Pai e da necessidade que temosdo auxílio do Salvador.

O Salvador não é um observadorsilencioso. Ele próprio conhece demodo pessoal e innito a dor queenrentamos.

A Expiação CobreToda Dor Nosso grande desafo pessoal na mortalidade é tornar-nos 

“santos pela expiação de Cristo”.

de serem verdadeiros seguidores deCristo. Isso vai qualicá-los para rece-ber todas as bênçãos prometidas.

 A quem não é membro de nossaIgreja: convido-os a terem é, arrepen-derem-se e qualicarem-se a recebero convênio do batismo na Igreja de

 Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias. Fazendo isso, demonstrarão queamam o Pai Celestial e estão dispostosa seguir a Cristo.

 Testico-lhes que somos maiselizes quando seguimos os ensina-mentos do evangelho de Jesus Cristo.

 À medida que nos empenharmos emsegui-Lo, receberemos as bênçãos docéu. Sei que as promessas do Senhorserão cumpridas à medida que zer-mos convênios e os guardarmos e tor-narmo-nos verdadeiros seguidores deCristo. Presto testemunho do grandeamor que Ele tem a cada um de nós,em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Moisés 7:62.2. João 8:12.3. Isaías 53:5.4. II Coríntios 12:7.5. Ver 1 Néf 1:20.6. Ver Rute 1:16.7. Ver Gênesis 39:7–9.8. Ver João 21:15–19.9. Ver João13:15.

10. Alma 27:27.11. Morôni 10:33.12. Ver  Ensinamentos dos Presidentes da

 Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 45; “ver também Spencer W. Kimball, “Be Ye

 Thereore Perect” (devocional, Salt LakeInstitute o Religion, 10 de janeiro de 1975):“We made vows, solemn vows, in the

heavens beore we came to this mortal lie).… We have made covenants. We madethem beore we accepted our position hereon the ear th.”

13. Ver 2 Néf 31:5–7.14. Ver Abraão 2:11. Ver também John A.

 Widtsoe, “Temple Worship” (discurso, Assembly Hall, Salt Lake City, 12 deoutubro de 1920, p. 10: “The covenantgives lie to truth; and makes possible theblessings that reward all those who useknowledge properly”).

15. Ver Doutrina e Convênios 90:24.16. Ver, por exemplo, 3 Néf 18:7–11.

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“Ele sore as dores dos homens,sim, as dores de toda criatura vivente,tanto homens como mulheres ecrianças.” 5

“Cheguemos, pois, com conançaao trono da graça, para que possamosalcançar misericórdia e achar graça,a m de sermos ajudados em tempooportuno.”6

 Às vezes, ao sorer dores proun-das, somos tentados a perguntar: “Por-

 ventura não há bálsamo em Gileade?Ou não há lá médico?”7 Testico quea resposta é sim, há um médico. AExpiação de Jesus Cristo cobre todasessas situações e os propósitos damortalidade.

Há outro tipo de dor pela qual somos responsáveis. Essa dor espiritualnos penetra proundamente a alma epode parecer inextinguível, como seôssemos atormentados com “inex-primível horror”, conorme descreveu

 Alma.8 Ela decorre de nossos atospecaminosos e da alta de arrependi-

mento. Para essa dor, também há umacura universal e absoluta. Ela vem doPai, por intermédio do Filho, e é paratodos os que estão dispostos a azertudo o que or necessário para arre-pender-se. Cristo disse: “Não volvereisa mim agora, (…) convertendo-vos,para que eu vos cure?”9

O próprio Cristo ensinou:“E meu Pai enviou-me para que eu

osse levantado na cruz; e depois queeu osse levantado na cruz, pudesse

atrair a mim todos os homens. (…)E por esta razão ui levantado; por-tanto, de acordo com o poder do Pai,atrairei todos os homens a mim”.10

 Talvez Sua obra mais signicativaseja Seu empenho contínuo por nós,individualmente, para elevar-nos,abençoar-nos, ortalecer-nos, suster-nos, guiar-nos e perdoar-nos.

Conorme Né contemplou em visão, grande parte do ministério

mortal de Cristo oi dedicado à bên-ção e cura de doentes com todo tipode enermidades — ísicas, emocio-nais e espirituais. “E vi multidões depessoas doentes e afigidas com todaespécie de moléstias. (…) E oramcuradas pelo poder do Cordeiro deDeus”.11

 Alma também proetizou que “eleseguirá, sorendo dores e afições etentações de toda espécie; e (…) eletomará sobre si as dores e as enermi-dades de seu povo. (…)

Para que se lhe encham de mise-ricórdia as entranhas, (…) para que saiba, segundo a carne, como socor-rer seu povo, de acordo com suasenermidades”.12

 Tarde da noite, num leito de hos-pital, dessa vez como paciente e nãocomo médico, li inúmeras vezes esses

 versículos. Ponderei: “Como isso acon-tece? Para quem? O que é exigido paranos qualicar? Isso é como o perdãodo pecado? Temos que conquistar

Seu amor e Sua ajuda?” Ao ponderar,compreendi que durante Sua vidamortal Cristo decidiu sentir dores eafições para que pudesse compreen-der-nos. Talvez também necessitemos

sentir a proundeza da mortalidadepara adquirir entendimento Dele e denosso propósito eterno.13

O Presidente Henry B. Eyringensinou: “Somos consolados enquantoesperamos afitos pelo alívio prome-tido do Salvador, de que Ele sabe, porexperiência própria, como curar-nos eajudar-nos. (…) A é que temos nessepoder nos torna pacientes, à medidaque oramos, trabalhamos e espera-mos pela ajuda. O Senhor poderia teradquirido conhecimento sobre comosocorrer-nos por simples revelação,mas decidiu aprender por experiência própria”.14

Naquela noite, senti-me envolvidonos braços de Seu amor.15 Meu traves-seiro cou molhado com lágrimas degratidão. Mais tarde, ao ler em Mateussobre o ministério mortal de Cristo,z outra descoberta: “E, chegada atarde, trouxeram-lhe muitos (…) eele (…) curou todos os que estavamenermos”.16 Ele curou todos os que

O procuraram. Não deu as costas aninguém.

Como ensinou o Élder Dallin H.Oaks: “As bênçãos de cura vêm de

 várias ormas, cada uma adaptada a

Guayaquil, Equador 

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Élder Quentin L. Cook Do Quórum dos Doze Apóstolos

Oescritor e historiador WallaceStegner escreveu sobre amigração e a coligação mór-

mon no Vale do Lago Salgado. Ele nãoaceitava nossa religião e, em muitosaspectos, ez críticas; no entanto, couimpressionado com a dedicação e oheroísmo dos primeiros membros da

Igreja, especialmente das mulheres.Ele declarou: “Suas mulheres eramincríveis”.1 Faço eco a esse sentimentohoje. Nossas mulheres da Igreja sãoincríveis!

Deus colocou nas mulheres quali-dades divinas de orça, virtude, amore disposição de sacriício para criaras uturas gerações de Seus lhosespirituais.

Um recente estudo americanoarma que as mulheres de todas as

religiões “acreditam mais ervorosa-mente em Deus” e participam de maisserviços religiosos do que os homens.“Em praticamente todas as ormas deavaliação, elas são mais religiosas.”2

Não quei surpreendido com esseresultado, particularmente ao refetirsobre o papel preeminente da amíliae das mulheres em nossa religião.Nossa doutrina é clara: as mulheressão lhas de nosso Pai Celestial, que

de Elizabeth Jackson, cujo marido, Aaron, morreu após a última travessiado Rio Plate, com a companhia Martinde carrinhos de mão. Ela escreveu:

“Não tentarei descrever meus senti-mentos ao encontrar-me assim, viúvae com três lhos, em tais circunstân-cias torturantes. (…) Eu acredito (…)que meus sorimentos por causa doevangelho serão santicados para omeu bem. (…)

[Recorri] ao Senhor, (…) Ele queprometera ser um marido para a

 viúva, e um pai para os órãos. Recorria Ele, e Ele veio em meu auxílio”.4

Elizabeth disse que estava escre- vendo aquela história em nomedaqueles que passaram por situaçõessemelhantes, com a esperança deque a posteridade estivesse dispostaa sorer e a sacricar todas as coisaspelo reino de Deus.5

 As Mulheres na Igreja Hoje São Fortese Valorosas

Creio que as mulheres da Igrejahoje enrentam esse desao e sãoigualmente ortes e éis. A liderançado sacerdócio da Igreja, em todosos níveis, reconhece com gratidão oserviço, o sacriício, o empenho e acontribuição das irmãs.

Muito do que realizamos na Igrejadeve-se ao serviço abnegado dasmulheres. Seja na Igreja ou em casa, éuma coisa bonita de se ver o sacerdó-cio e a Sociedade de Socorro traba-

lhando em pereita harmonia. Esserelacionamento é como uma orquestrabem anada, e a sinonia que resultadisso inspira-nos a todos.

Quando ui recentemente desig-nado a participar de uma conerênciana Estaca Mission Viejo Caliórnia,senti-me tocado pelo relato do queaconteceu no baile da juventude, dequatro estacas, no Ano Novo. Após obaile, oi encontrada uma bolsa sem

as ama. A esposa está à altura de seumarido. O casamento exige uma plenaparceria em que a mulher e o maridotrabalhem lado a lado para atender àsnecessidades da amília.3

Sabemos que existem muitos desa-os para as mulheres, inclusive paraaquelas que se empenham em viver

o evangelho.

Herança de Irmãs PioneirasUm atributo predominante na

 vida de nossos antepassados pionei-ros oi a é das irmãs. As mulheres,por natureza divina, têm maior dome responsabilidade pelo lar e peloslhos, nutrindo-os naquela circunstân-cia e em outras. Em vista disso, a éexpressa pelas irmãs, ao se disporema abandonar suas casas para atravessar

as planícies rumo ao desconhecido,é inspiradora. Se alguém tivesse decaracterizar seu atributo mais impor-tante, seria a sua inabalável é noevangelho restaurado do Senhor

 Jesus Cristo.O relato heroico do que aquelas

mulheres pioneiras sacricaram e rea-lizaram enquanto atravessavam as pla-nícies é um legado inestimável para aIgreja. Senti-me tocado pelas palavras

As Mulheres da IgrejaSão Incríveis! Muito do que realizamos na Igreja deve-se ao serviço

abnegado das mulheres.

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“[socorrem] os racos, [erguem] asmãos que pendem e [ortalecem] os joelhos enraquecidos”.11

Uma presidente de Sociedadede Socorro que reconheceu esseextraordinário serviço disse: “Atéquando as irmãs servem, elas campensando: ‘Eu bem que poderia tereito mais!’” Embora não sejam per-eitas e todas enrentem problemaspessoais, sua é em um Pai Celestialamoroso e a certeza do sacriícioexpiatório do Salvador permeiam-lhes a vida.

O Papel das Irmãs na IgrejaNos últimos três anos, a Primeira

Presidência e o Quórum dos Dozebuscaram orientação, inspiração erevelação ao reunirem-se em conselhocom líderes do sacerdócio e das auxi-liares para elaborar os novos manuaisda Igreja. Nesse processo, senti imensagratidão pelo papel essencial que asirmãs, tanto casadas quanto solteiras,

desempenharam historicamente e hojeem dia, tanto na amília quanto naIgreja.

 Todos os membros da Igreja de Jesus Cristo devem “[trabalhar] em sua vinha para a salvação da alma doshomens”.12 “Esse trabalho de salva-ção inclui o trabalho missionário dosmembros, a retenção de conversos, aativação de membros menos ativos,o trabalho do templo e de história daamília, o ensino do evangelho”13 e o

cuidado dos pobres e necessitados.14

 Isso é administrado primordialmentepor meio do conselho da ala.15

Especicamente pretende-se,nos novos manuais, que os bispos,sensíveis às demandas existentes,deleguem mais responsabilidades. Osmembros precisam saber que o bispooi instruído a delegar. Os membrosprecisam apoiá-lo quando ele seguiresse conselho. Isso permitirá que

o bispo passe mais tempo com os jovens, com os jovens adultos sol-teiros e com sua própria amília. Ele

 vai delegar outras responsabilida-des importantes para os líderes dosacerdócio, para as presidentes dasauxiliares e individualmente parahomens e mulheres. Na Igreja, o papelda mulher no lar é altamente respei-tado.16 Quando a mãe recebe um cha-mado na Igreja que lhe demande umtempo signicativo, o pai geralmentedeve receber um chamado menosexigente, a m de manter o equilíbriona vida amiliar.

Há vários anos, assisti a umaconerência de estaca em Tonga. Nodomingo pela manhã, as três leiras darente da capela estavam repletas dehomens entre 26 e 35 anos de idade.Presumi que zessem parte de umcoro de homens. Mas quando oramtratados os assuntos da conerência,todos aqueles homens, 63 no total,levantaram-se quando seus nomes

oram lidos e oram apoiados paraserem ordenados ao Sacerdócio deMelquisedeque. Fiquei eliz e surpreso.

 Após a sessão, perguntei aopresidente Mateaki, o presidente daestaca, como aquele milagre tinhaacontecido. Ele me disse que, em umareunião de conselho da estaca, oiabordada a reativação. A presidenteda Sociedade de Socorro da estaca,a irmã Leinata Va’enuku, perguntouse seria adequado ela dizer alguma

coisa. Enquanto ela alava, o Espíritoconrmou ao presidente que o queela estava sugerindo era verdade.Ela explicou que havia na estacaum grande número de maravilhosos

 jovens na aixa dos 20 e 30 anos deidade que não tinham servido missão.Ela disse que muitos deles sabiam terdecepcionado seus bispos e líde-res do sacerdócio, que ortementeos incentivaram a servir missão, e

agora se sentiam como membros desegunda classe da Igreja. Ela salientouque aqueles jovens tinham passado daidade de ser missionários. Expressouseu amor e preocupação por eles.Explicou que todas as ordenanças desalvação ainda estavam disponíveispara eles, e que o enoque deveriaser a ordenação ao sacerdócio e àsordenanças do templo. Ela observouque, embora alguns daqueles jovensainda ossem solteiros, a maioriadeles havia-se casado com mulheresmaravilhosas — algumas ativas, algu-mas inativas e algumas que não erammembros.

 Após trocarem ideias no conse-lho da estaca, oi decidido que oshomens do sacerdócio e as mulheresda Sociedade de Socorro procurariamresgatar aqueles homens e as esposas,enquanto os bispos passariam mais deseu tempo com os rapazes e as moçasnas alas. Os envolvidos no resgateenocaram principalmente a prepara-

ção para o sacerdócio, o casamentoeterno e as ordenanças de salvaçãorealizadas no templo. Nos dois anossubsequentes, quase todos os 63homens que haviam sido apoiadospara receber o Sacerdócio de Mel-quisedeque na conerência da qualparticipei receberam a investidura notemplo e oram selados ao cônjuge.Esse relato é apenas um exemplo decomo nossas irmãs são essenciais parao trabalho de salvação em nossas alas

e estacas e como elas acilitam a reve-lação, especialmente na amília e nosconselhos da Igreja.17

O Papel das Irmãs na FamíliaReconhecemos que existem orças

imensas mobilizadas contra as mulhe-res e as amílias. Estudos recentesmostram um declínio na devoção aocasamento, com uma diminuição nonúmero de adultos que se casam.18 

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Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Meus queridos irmãos e irmãs, opropósito de minha mensagemé honrar e comemorar o que

o Senhor ez e está azendo para serviraos pobres e aos necessitados que estão

entre Seus lhos na Terra. Ele ama Seuslhos necessitados e também aquelesque querem ajudar. E Ele criou meiosde abençoar tanto os que necessitam deajuda quanto os que a oerecem.

Nosso Pai Celestial ouve as ora-ções de Seus lhos do mundo inteiroque rogam pedindo alimento, roupaspara cobrir o corpo e a dignidade queadvém da capacidade de se susten-tarem. Esses pedidos chegam até Eledesde que Ele colocou o homem e a

mulher na Terra. Vocês cam sabendo dessas neces-sidades no lugar onde moram e nomundo inteiro. Seu coração ca mui-tas vezes tocado por um sentimentode compaixão. Quando encontramalguém com diculdade para con-seguir emprego, sentem o desejo deajudar. Sentem isso quando vão à casade uma viúva e percebem que elanão tem comida. Sentem isso quando

 veem otograas de crianças chorando junto às ruínas de sua casa destruídapor um terremoto ou pelo ogo.

Como o Senhor ouve o chorodessas pessoas e sente a prounda

compaixão que vocês têm por elas,desde o princípio dos tempos Eleproveu meios para que Seus discípu-los possam ajudar. Ele convidou Seuslhos a consagrarem seu tempo, seusrecursos e a si mesmos, unindo-se aEle no serviço ao próximo.

Sua maneira de ajudar às vezes oichamada de “viver a lei da consagra-ção”. Em outra época, a maneira Delese chamava “ordem unida”. Em nossaépoca, ela se chama Programa de

Bem-Estar da Igreja.Os nomes e detalhes de operaçãomudam para condizer com as neces-sidades e condições das pessoas. Masa maneira do Senhor de ajudar os quepassam necessidades materiais semprerequer pessoas que, por amor, consa-graram a si mesmas — e as coisas quepossuem — a Deus e Sua obra.

Ele convidou-nos e ordenou-nos aparticipar de Seu trabalho de ajudar os

Oportunidades deFazer o Bem Mas a maneira do Senhor de ajudar os que passam

necessidades materiais sempre requer pessoas que, por amor, consagraram a si mesmas — e as coisas que possuem— a Deus e Sua obra.

Estaca Laguna Niguel Caliórnia, e de umdiscurso proerido por Leslie Mortensen,presidente das Moças da Estaca Mission

 Viejo Caliórnia.7. Extraído de um artigo intitulado “Why 

Do We Let Them Dress Like That?” (Wall Street Journal, março 19–20 de 2011, C3),uma mãe judia solícita deende os padrõesde vestimenta e modéstia e reconhece oexemplo das mulheres mórmons.

8. “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, novembro de 2010, últimacontracapa.

9. Ver Putnam and Campbell, AmericanGrace, pp. 244–245.

10. Ver Putnam and Campbell, American

Grace, p. 504.11. Doutrina e Convênios 81:5; ver tambémMosias 4:26.

12. Doutrina e Convênios 138:56.13. Manual 2: Administração da Igreja, 2010,

p. 24.14. Ver  Manual 2, 6.1.15. Ver  Manual 2, 4.5.16. Ver Emily Matchar, “Why I Can’t Stop

Reading Mórmon Housewie Blogs,”salon.com/lie/eature/2011/01/15/eminist_obsessed_with_mormon_blogs.Essa mulher que se identifca como sendoeminista e ateia admite o ato e diz queé viciada em ler blogs de donas de casamórmons.

17. De conversas com o Presidente da EstacaNuku’aloa Tonga Ha’akame, PresidenteLehonitai Mateaki (que posteriormenteserviu como presidente da MissãoPapua-Nova Guiné Port Moresby) e dapresidente da Sociedade de SocorroLeinata Va’enuku.

18. Ver D’Vera Cohn e Richard Fry, “Women,Men, and the New Economics o Marriage,”Centro de Pesquisas Pew, TendênciasSociais e Demográfcas, pewsocialtrends.org. O número de crianças nascidastambém diminuiu signifcativamente emmuitos países. Isso tem sido chamado deInverno Demográfco.

19. “A Troubling Marriage Trend,” Deseret  News, 22 de novembro de 2010, A14,

citando um relatório do msnbc.com.20. Ver Simon Collins, “Put Family beoreMoneymaking Is Message rom Festival,” Nova Zelândia Herald, 1º de evereiro de2010, A2.

21. Gordon B. Hinckley, “Mulheres da Igreja,” A Liahona, janeiro de 1997, p. 72; ver também Spencer W. Kimball, “Nossas Irmãsna Igreja,” A Liahona, março de 1980, p. 72[traduções atualizadas].

22. “Irmãs em Sião,” Hinos, nº 200.23. Karen Lynn Davidson, Our Latter-Day 

 Hymns: The Stories and the Messages, ed.Rev., 2009, pp. 338–339.

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necessitados. Assumimos o convêniode azer isso nas águas do batismo enos templos sagrados de Deus. Reno-

 vamos esse convênio aos domingos,quando tomamos o sacramento.

Meu objetivo hoje é descrever algu-mas oportunidades que Ele nos pro-

 veu para ajudar pessoas necessitadas.Não posso mencionar todas no poucotempo que temos. Minha esperança érenovar e ortalecer seu compromissode agir.

Há um hino sobre o convite doSenhor para essa obra, que tenhocantado desde menino. Em minhainância, prestei mais atenção na ale-gre melodia do que no poder da letra.Oro para que vocês sintam hoje essaletra em seu coração. Ouçam nova-mente a letra do hino:

 Neste mundo, acaso, fz hoje eu A alguém um avor ou bem? Se ainda não fz ser alguém mais eliz, Falhei ante os céus, também! 

 A carga de alguém mais leve fz eu, Porque um auxílio lhe dei? Ou, acaso, ao pobre que as mãos 

estendeuUm pouco do meu oertei?  Desperta e az algo mais, Não queiras somente sonhar  Pelo bem que azemos a paz 

 ganharemos  No céu que será nosso lar.1

O Senhor envia-nos regularmente

avisos para despertar. Às vezes, podeser um súbito sentimento de compai- xão por alguém necessitado. Um paipode sentir isso ao ver um lho cair eralar o joelho. Uma mãe pode sentirisso ao ouvir o grito assustado dolho, durante a noite. Um lho podesentir compaixão por alguém quepareça triste ou temeroso na escola.

 Todos já omos tocados por umsentimento de compaixão por pessoas

que nem sequer conhecemos. Porexemplo: ao ouvir as notícias dasondas que varreram o Pacíco apóso terremoto ocorrido no Japão, vocêssentem preocupação pelos quepodem ter-se erido.

Milhares de vocês sentiram compai- xão quando souberam das inundaçõesem Queensland, Austrália. As notíciasapenas nos relatam uma estimativa donúmero de pessoas necessitadas. Mui-tos de vocês, porém, soreram a dorque as pessoas estão sentindo. Cercade 1.500 ou mais voluntários membrosda Igreja atenderam à convocaçãopara despertar e oereceram ajuda econsolo na Austrália.

 Transormaram seu sentimentode compaixão na decisão de agirde acordo com seus convênios. Vias bênçãos recebidas pela pessoanecessitada que recebe ajuda e pelapessoa que aproveita a oportunidadede oerecê-la.

Os pais sábios enxergam em todanecessidade alheia uma maneira detrazer bênçãos para a vida dos pró-prios lhos. Recentemente, três crian-ças levaram recipientes contendo um

 jantar delicioso até a porta de nossacasa. Os pais delas souberam que pre-cisávamos de ajuda e envolveram oslhos na oportunidade de nos servir.

 Aqueles pais abençoaram nossaamília com seu serviço generoso.Graças a sua decisão de azer comque os lhos participassem da doação,estenderam as bênçãos a seus uturosnetos. O sorriso das crianças ao saíremde nossa casa deixou-me conante

no que vai acontecer. Elas vão contara seus próprios lhos a alegria quesentiram ao prestarem bondosamenteserviço ao Senhor. Lembro-me dosentimento de serena satisação quetive em minha inância, quando arran-quei ervas daninhas do jardim de um

 vizinho a convite de meu pai. Sempreque sou convidado a doar, lembro-mecom é da letra do hino “Doce É o

 Trabalho, Ó Senhor”.2

Sei que essa letra oi escrita paradescrever a alegria resultante daadoração ao Senhor em Seu dia.Mas aquelas crianças que trouxeramcomida a nossa porta sentiram numdia de semana a alegria de azer a

obra do Senhor. E os pais viram aoportunidade de azer o bem e deespalhar alegria ao longo de gerações.

 A maneira do Senhor de cuidardos necessitados proporciona outraoportunidade para os pais abençoa-rem os lhos. Vi isso acontecer numacapela num domingo. Um menininhoentregou um envelope de doação aobispo quando este entrou na capela,antes da reunião sacramental.

Eu conhecia a amília e o menino.

 A amília soubera que alguém daala estava necessitado. O pai domenino disse algo assim para o lhoao colocar uma oerta de jejum maisgenerosa do que a comum no enve-lope: “Jejuamos e oramos hoje pelaspessoas necessitadas. Por avor, entre-gue este envelope ao bispo por nós.Sei que ele vai usá-lo para ajudar osque passam necessidades maiores queas nossas.”

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excedentes é gastar menos do queganho. Com esse excedente pudeaprender que realmente é melhordoar do que receber. Isso aconteceem parte porque quando ajudamos àmaneira do Senhor, Ele nos abençoa.

O Presidente Marion G. Romneydisse o seguinte sobre o trabalhode bem-estar: “Não é possível vocêtornar-se pobre ao doar-se nestetrabalho”. Em seguida, ele citou seupresidente de missão, Melvin J. Ballard:“Ninguém doa uma casca de pão aoSenhor sem receber um pão inteirocomo retribuição”.3

Descobri que isso é verdade emminha vida. Quando sou generosopara com os lhos necessitados do PaiCelestial, Ele é generoso comigo.

Um segundo princípio do evange-lho que tem me guiado no trabalhode bem-estar é o poder e a bênção daunião. Quando unimos as mãos paraservir aos necessitados, o Senhor unenosso coração. O Presidente J. Reuben

Clark Jr. explicou: “Essa doação (…)proporcionou (…) um sentimento deirmandade, quando homens de todotipo de ormação e prossão trabalha-ram lado a lado na horta do Bem-Estarou em outro projeto.”4

Esse sentimento maior de irman-dade é real tanto para o que recebequanto para o que doa. Até hoje, ohomem com quem trabalhei lado alado, removendo lama em sua casainundada em Rexburg, tem um orte

 vínculo de amizade comigo. E elesente mais dignidade pessoal por tereito tudo o que podia por si mesmo epor sua amília. Se tivéssemos tra-balhado sozinhos, ambos teríamosperdido uma bênção espiritual.

Isso nos leva a meu terceiro princí-pio de ação no trabalho de bem-estar:envolva sua amília em seu trabalhopara que aprendam a cuidar uns dosoutros ao cuidarem de outras pessoas.

É mais provável que seus lhos quetrabalharem com você para serviroutras pessoas necessitadas ajudem-semutuamente quando estiveremnecessitados.

 Aprendi o quarto princípio valiosodo Bem-Estar da Igreja quando erabispo. Isso aconteceu quando segui omandamento das escrituras de buscaros pobres. É dever do bispo procuraros que necessitam de ajuda e oerecer-lhes auxílio, depois de tudo o que elese sua amília puderem azer. Descobrique o Senhor envia o Espírito Santoque nos permite “buscar e encontrar” 5,tanto no auxílio aos pobres quanto

na busca pela verdade. Mas tambémaprendi a envolver a presidente daSociedade de Socorro nessa busca. Épossível que ela receba a revelaçãoantes de vocês.

 Alguns de vocês precisarão dessainspiração nos meses que virão. Paracomemorar o aniversário de 75 anosdo Programa de Bem-Estar da Igreja,os membros do mundo inteiro serãoconvidados a participar de um dia deserviço. Os líderes e membros deverão

buscar revelação ao elaborar os proje-tos, onde quer que sejam eitos.Farei três sugestões para seu plane-

 jamento do projeto de serviço.Em primeiro lugar, preparem a si

mesmos e àqueles a quem lideramespiritualmente. Somente quando seucoração or abrandado pela Expiaçãodo Salvador é que vocês verão clara-mente que o objetivo do projeto é seruma bênção tanto espiritual quanto

material para a vida dos lhos do PaiCeleste.

Minha segunda sugestão é queescolham como beneciários de seuprojeto de serviço pessoas, tanto daIgreja quanto da comunidade, cujasnecessidades vão tocar o coraçãodaqueles que prestarem o serviço. Aspessoas a quem eles servirem senti-rão o seu amor. Isso pode azer maispara deixá-las elizes, como promete ohino, do que atender somente as suasnecessidades materiais.

Minha última sugestão é a de queplanejem utilizar a orça dos laçosque unem amílias, quóruns, organi-

zações auxiliares e pessoas que vocêsconhecem em sua comunidade. Osentimento de união vai multiplicaros bons eeitos do serviço que vocêsprestarem. E esse sentimento de uniãona amília, na Igreja e na comunidade

 vai crescer e tornar-se um legadoduradouro, bem depois do términodo projeto.

Esta é minha oportunidade dedizer-lhes o quanto lhes sou grato.Pelo serviço amoroso que vocês

oereceram ao Senhor recebi o agra-decimento das pessoas que vocêsajudaram, ao encontrar-me com elaspelo mundo aora.

 Vocês descobriram um meio deelevá-las ao ajudarem à maneira doSenhor. Vocês e outros humildesdiscípulos do Salvador prestaramserviço às pessoas, e elas procuraramoerecer-me abundante gratidão comoretribuição.

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 Apresentado pelo Presidente Dieter F. UchtdorfSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Os que se opuserem, se houveralguém, pelo mesmo sinal.

É proposto que desobriguemos osseguintes como Setentas de Área, a

 vigorar a partir de 1º de maio de 2011: José L. Alonso, Nelson L. Altamirano, John S. Anderson, Ian S. Ardern,Sergio E. Avila, David R. Brown,D. Fraser Bullock, Donald J. Butler,

 Vladimiro J. Campero, Daniel M.

Cañoles, Carl B. Cook, I. PoloskiCordon, J. Devn Cornish, Federico F.Costales, LeGrand R. Curtis Jr.,Heber O. Diaz, Andrew M. Ford,

 Julio G. Gaviola, Manuel Gonzalez,Daniel M. Jones, Donald J. Keyes,Domingos S. Linhares, B. RenatoMaldonado, Raymundo Morales,

 J. Michel Paya, Stephen D. Posey, JuanM. Rodriguez, Gerardo L. Rubio, JayL. Sitterud, Dirk Smibert, Eivind Sterri,

 Ysrael A. Tolentino, W. Cristo Waddell

e Gary W. Walker.Os que quiserem juntar-se a nós eexpressar gratidão por seu excelenteserviço, maniestem-se.

É proposto que apoiemos comonovos membros do Primeiro Quó-rum dos Setenta: Don R. Clarke,

 José L. Alonso, Ian S. Ardern, Carl B.Cook, LeGrand R. Curtis Jr., W. Cristo

 Waddell e Kazuhiko Yamashita; ecomo novos membros do Segundo

Éproposto que apoiemos ThomasSpencer Monson como proeta,

 vidente e revelador, e Presidentede A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias; Henry BennionEyring como Primeiro Conselheiro naPrimeira Presidência, e Dieter Frie-drich Uchtdor como Segundo Conse-lheiro na Primeira Presidência.

Os que orem a avor,

maniestem-se.Os que se opuserem, se houver,

maniestem-se.É proposto que apoiemos Boyd

Kenneth Packer como Presidentedo Quórum dos Doze Apóstolos, eos seguintes como membros dessequórum: Boyd K. Packer, L. TomPerry, Russell M. Nelson, Dallin H.Oaks, M. Russell Ballard, Richard G.Scott, Robert D. Hales, Jerey R.Holland, David A. Bednar, Quentin L.

Cook, D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen.Os que orem a avor,

maniestem-se.Se alguém se opuser, manieste-se.É proposto que apoiemos os

conselheiros na Primeira Presidênciae os Doze Apóstolos como proetas,

 videntes e reveladores.Os que orem a avor,

maniestem-se.

S ES S Ã O D A T A R D E D E S Á B A D O | 2 de abr i l de 2011

Apoio aos Líderesda Igreja

Ouço a mesma gratidão serexpressa pelas pessoas que trabalha-ram com vocês. Lembro-me de estarcerta vez ao lado do Presidente Ezra

 Tat Benson. Estávamos conversandosobre o serviço de Bem-Estar na Igrejado Senhor. Ele surpreendeu-me comseu vigor juvenil ao dizer, agitando asmãos, entusiasmado: “Adoro este traba-lho, e é trabalho!”

 Agradeço ao Mestre pelo traba-lho que vocês realizaram para serviraos lhos de nosso Pai Celestial. Eleconhece vocês e vê seu empenho,sua diligência e sacriício. Oro paraque Ele lhes conceda a bênção de veros rutos de seu trabalho na elici-dade daqueles que vocês ajudaram edaqueles com quem trabalharam emnome do Senhor.

Sei que Deus, o Pai, vive e que Eleouve nossas orações. Sei que Jesus é oCristo. Vocês e aqueles a quem vocêsservem podem ser puricados e orta-lecidos ao servi-Lo e ao guardar Seus

mandamentos. Vocês podem saber,como eu sei, pelo poder do EspíritoSanto, que Joseph Smith oi o proetade Deus para restaurar a Igreja verda-deira e viva, que é esta. Testico queo Presidente Thomas S. Monson é oproeta vivo de Deus. Ele é um grandeexemplo daquilo que o Senhor ez:andar azendo o bem. Oro para queaproveitemos nossas oportunidadesde “[erguer] as mãos que pendem e[ortalecer] os joelhos enraquecidos”.6 

No sagrado nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. “Neste Mundo”, Hinos, nº 136.2. “Doce É o Trabalho”, Hinos, nº 54.3. Marion G. Romney, “Welare Services: The

Savior’s Program,” Ensign, novembro de1980, p. 93.

4. J. Reuben Clark Jr., Conference Report, outubro de 1943, p. 13.

5. Ver Mateus 7:7–8; Lucas 11:9–10; 3 Néf14:7–8.

6. Doutrina e Convênios 81:5.

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Quórum dos Setenta: Randall K.Bennett, J. Devn Cornish, O. VincentHaleck e Larry Y. Wilson.

Os que orem a avor,maniestem-se.

Os que se opuserem, pelo mesmo

sinal.É proposto que apoiemos os

seguintes como novos Setentas de Área: Kent J. Allen, Stephen B. Allen,

 Winsor Balderrama, R. Randall Bluth,Hans T. Boom, Patrick M. Boutoille,Marcelo F. Chappe, Eleazer S. Col-lado, Jerey D. Cummings, Nicolas L.Di Giovanni, Jorge S. Dominguez,Gary B. Doxey, David G. Fernandes,

Hernán D. Ferreira, Ricardo P. Giménez, Allen D. Haynie, Douglas F. Higham,Robert W. Hymas, Lester F. Johnson,Matti T. Jouttenus, Chang Ho Kim,

 Alred Kyungu, Remegio E. Meim Jr.,Ismael Mendoza, Cesar A. Morales,Rulon D. Munns, Ramon C. Nobleza,

 Abenir V. Pajaro, Gary B. Porter, José L. Reina, Esteban G. Resek,George F. Rhodes Jr., Lynn L.

Summerhays, Craig B. Terry, David J. Thomson, Ernesto R. Toris, Arnulo Valenzuela, Ricardo Valladares,Fabian I. Vallejo, Emer Villalobos e

 Terry L. Wade.Os que orem a avor,

maniestem-se.Quem se opuser, manieste-se.É proposto que apoiemos as

demais Autoridades Gerais, Seten-tas de Área e presidências geraisdas auxiliares como presentemente

constituídas.Os que orem a avor,maniestem-se.

Se alguém se opuser, manieste-se.Presidente Monson, pelo que pude

observar, a votação no Centro de Con-erências oi unânime a avor do queoi proposto.

Obrigado, irmãos e irmãs, por seu voto de apoio, por sua é, devoção eorações contínuas. ◼

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APrimeira Presidência divulgouo seguinte relatório estatísticoda Igreja reerente ao ano

de 2010. Até 31 de dezembro de2010, havia 2.896 estacas, 340 mis-sões, 614 distritos e 28.660 alase ramos.

O total de membros da Igreja nonal de 2010 era de 14.131.467.

Havia 120.528 novas crianças regis-tradas na Igreja e 272.814 conversosoram batizados em 2010.

O número de missionários de

tempo integral no campo, ao naldo ano, era de 52.225.

O número de missionários emserviço da Igreja atuantes era de20.813, muitos dos quais moram naprópria casa e são chamados para darsuporte a uma variedade de unçõesda Igreja.

Quatro templos oram dedicadosdurante o ano: o Templo de Vancou-

 ver Colúmbia Britânica, no Canadá;o Templo de Gila Valley Arizona, nos

Estados Unidos; o Templo da Cidade

de Cebu Filipinas e o Templo de KievUcrânia.O Templo de Laie Havaí, nos Esta-

dos Unidos, oi rededicado em 2010.O número total de templos em

uncionamento, no mundo todo,era de 134.

Líderes Gerais da Igreja e Outros QueFaleceram desde a Conferência Geral de

 Abril do Ano Passado.Élderes W. Grant Bangerter,

 Adney Y. Komatsu, Hans B. Ringger,LeGrand R. Curtis, Richard P. Lindsay,Donald L. Staheli e Richard B. Wirthlin,ex-membros do Quórum dos Setenta;Barbara B. Smith, ex-presidente geralda Sociedade de Socorro; Ruth H.Funk, ex-presidente geral das Moças;Norma Jane B. Smith, ex-conselheirana Presidência Geral das Moças; HelenFyans, viúva do Élder J. Thomas Fyans,

 Autoridade Geral emérita; Arnold D.Friberg, artista e ilustrador; e J. ElliotCameron, ex-Comissário de Educação

da Igreja. ◼

Relatório Estatísticode 2010

 Apresentado por Brook P. HalesSecretário da Primeira Presidência

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30 A L i a h o n a

Presidente Boyd K. PackerPresidente do Quórum dos Doze Apóstolos nome; e invocareis o Pai em meunome, a m de que ele abençoe aigreja por minha causa.

E como será a minha igreja, se nãotiver o meu nome? Porque se umaigreja or chamada pelo nome deMoisés, então será a igreja de Moisés;ou se or chamada pelo nome de umhomem, então será a igreja de umhomem; mas se or chamada pelomeu nome, então será a minha igreja,desde que estejam edicados sobre omeu evangelho”.3

Obedientes à revelação, chamamo-nos de A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias, e não a IgrejaMórmon. Uma coisa é que os outrosse reram à Igreja como a IgrejaMórmon ou a nós como mórmons,mas é bem dierente se nós zermoso mesmo.

 A Primeira Presidência declarou:“O uso do nome revelado, A Igreja

de Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias (D&C 115:4), é cada vez mais

importante em nossa responsabilidadede proclamar o nome do Salvadorao mundo inteiro. Por esse motivo,pedimos que, ao reerir-nos à Igreja,usemos seu nome completo, sempreque possível.

(…) Ao reerir-nos aos membros daIgreja, sugerimos ‘membros da Igrejade Jesus Cristo dos Santos dos ÚltimosDias’. Como reerência abreviada, épreerível o termo ‘santos dos últimosdias’”.4

“[Nós, santos dos últimos dias]alamos de Cristo, regozijamo-nos emCristo, pregamos a Cristo, proetiza-mos de Cristo e escrevemos de acordocom nossas proecias, para que nossoslhos saibam em que onte procurar aremissão de seus pecados.”5

O mundo pode chamar-nos do quequiserem, mas em nosso alar semprelembramos que pertencemos à Igrejade Jesus Cristo.

Faz 400 anos desde a publicaçãoda versão do rei Jaime da Bíblia,com signicativas contribuições de

 William Tyndale, um grande herói ameus olhos.

O clero não queria que a Bíbliaosse publicada em inglês comum.Caçaram Tyndale de um lugar a outro.

Ele disse a eles: “Se Deus pouparminha vida, arei com que daqui a

 vários anos um rapaz que conduz oarado saiba mais sobre as escriturasdo que vocês”.1

 Tyndale oi traído e connado auma prisão escura e ria, em Bruxe-las, por mais de um ano. Suas roupasestavam em trapos. Ele rogou a seuscaptores que lhe dessem seu casaco,um capuz e uma vela, dizendo: “Érealmente muito aborrecido car sen-

tado sozinho no escuro”.2

Essas coisaslhe oram negadas. Por m, tiraram-noda prisão e, diante de uma grandemultidão, ele oi enorcado e quei-mado numa estaca. Mas o trabalho ea morte de mártir de William Tyndalenão oram em vão.

Como as crianças da Igreja sãoensinadas desde a inância a conheceras santas escrituras, em certa medidaelas cumprem a proecia eita há

quatro séculos por William Tyndale.Nossas escrituras atualmente con-

sistem na Bíblia, no Livro de Mórmon:Outro Testamento de Jesus Cristo, naPérola de Grande Valor e em Doutrinae Convênios.

Por causa do Livro de Mórmon,somos requentemente chamados de a

Igreja Mórmon, um título que não nosincomoda, mas que realmente não écorreto.

No Livro de Mórmon, o Senhor voltou a visitar os netas porqueeles oraram ao Pai em Seu nome. OSenhor disse:

“Que desejais que eu vos dê?E eles responderam-lhe: Senhor,

desejamos que nos digas o nome quedevemos dar a esta igreja, porque hácontrovérsias entre o povo a respeito

deste assunto.E o Senhor disse-lhes: (…) Porque é que o povo murmura e discutesobre este assunto?

Não leram as escrituras, que dizemque deveis tomar sobre vós o nomede Cristo (…)? Porque por esse nomesereis chamados no último dia.(…)

Portanto tudo quanto zerdes, vóso areis em meu nome; por conse-guinte chamareis a igreja pelo meu

Guiados peloSanto EspíritoTodos podemos ser guiados pelo espírito de revelação

e pelo dom do Espírito Santo.

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32 A L i a h o n a

moralidade do Senhor ordena que ospoderes sagrados de gerar vida sejamprotegidos e empregados apenasentre homem e mulher casados entresi.13 Os únicos pecados mais graves doque o uso indevido desse poder sãoo derramamento de sangue inocentee a negação do Espírito Santo.14 Sealguém transgredir a lei, a doutrina doarrependimento ensina como apagaros eeitos dessa transgressão.

 Todos são testados. Alguém podeachar injusto o ato de ser dierentee de estar sujeito a uma tentaçãoespecíca, mas esse é o propósito da

 vida mortal — sermos testados. E aresposta é a mesma para todos: Preci-samos e podemos resistir a todo tipode tentação.

“O grande plano de elicidade”15 centraliza-se na vida em amília. Omarido é o cabeça do lar e a mulher,o coração do lar, sendo o casamentouma parceria entre iguais. Um santodos últimos dias é um homem de

amília, responsável e el ao evange-lho. Ele é um marido e pai carinhoso

e devotado. Ele reverencia a emini-lidade da mulher. A esposa apoia omarido. Tanto o pai quanto a mãenutrem o crescimento espiritual doslhos.

Os santos dos últimos dias sãoensinados a amar uns aos outros e aperdoar sinceramente as oensas.

Minha vida mudou graças a umpatriarca muito virtuoso. Ele casou-secom sua amada. Estavam prounda-mente apaixonados, e logo ela cougrávida de seu primeiro lho.

Na noite em que o bebê nasceu,houve complicações. O único médicodisponível naquela zona rural estavaatendendo a um doente. Depois demuitas horas de trabalho de parto, ascondições da utura mãe tornaram-sedesesperadoras. Por m, o médico oilocalizado. Naquela emergência, eleagiu rapidamente e, pouco depois, obebê nasceu, e a crise estava apa-rentemente terminada. Mas algunsdias depois, a jovem mãe morreu da

mesma inecção que o médico estiveratratando em outra casa naquela noite.

O mundo do rapaz ruiu a seuspés. À medida que as semanas sepassaram, sua dor aumentou. Ele nãoconseguia pensar em mais nada e,em sua amargura, tornou-se vinga-tivo. Hoje, sem dúvida, ele teria sidoinstado a mover uma ação por erromédico, como se o dinheiro resolvessequalquer coisa.

Certa noite, alguém bateu emsua porta. Uma menina disse sim-plesmente: “Meu pai quer que você

 venha a nossa casa. Ele quer conver-sar com você”.

“O pai” era o presidente da estaca.O conselho daquele sábio líder oisimplesmente: “John, esqueça. Nadado que você aça vai trazê-la de volta.

 Tudo o que você zer vai piorar asituação. John, esqueça”.

Essa oi a provação de meu amigo.Como ele poderia esquecer? Um erroterrível ora cometido. Ele se debateupara controlar-se e, por m, decidiuque devia ser obediente e seguir o

conselho daquele sábio presidente deestaca. Ele esqueceria.

Ele disse: “Foi só quando quei velho que nalmente consegui enten-der a vida daquele pobre médico dointerior: sobrecarregado de trabalho,mal pago, correndo sem recursos deum paciente a outro, com poucosmedicamentos, sem hospital, compoucos instrumentos, lutando parasalvar vidas, e tendo sucesso na maio-ria dos casos. Ele tinha chegado a um

momento de crise, quando duas vidasestavam em risco, e agiu sem demora.Finalmente compreendi!” Ele disse:“Eu teria arruinado a minha vida e ade outros”.

Ele agradeceu muitas vezes aoSenhor de joelhos por aquele sábiolíder do sacerdócio que aconselhousimplesmente: “John, esqueça”.

 Ao nosso redor, vemos membrosda Igreja que se oenderam. Alguns se

São Luis, Brasil 

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oendem com incidentes da história daIgreja ou com seus líderes, e sorem a vida inteira, incapazes de deixar paratrás o erro de outras pessoas. Nãoesquecem. Acabam cando inativos.

Essa atitude é parecida com a deum homem que leva uma paulada.Oendido, ele pega um pedaço demadeira e ca batendo na própriacabeça com ele todos os dias de sua

 vida. Que tolice! Que tristeza! Quetipo de vingança está infigindo a simesmo? Se vocês oram oendidos,perdoem, esqueçam.

O Livro de Mórmon traz estaadmoestação: “E agora, se há alhas,são erros dos homens; não condeneis,portanto as coisas de Deus, para quesejais declarados sem mancha notribunal de Cristo”.16

Um santo dos últimos dias é umapessoa bem comum. Estamos emtodos os lugares do mundo, somoscatorze milhões. Esse é apenas oinício. Somos ensinados a estar no

mundo, mas a não ser do mundo.17 Portanto, levamos uma vida comumem uma amília comum, em meio àpopulação geral.

Somos ensinados a não mentir nemenganar.18 Não dizemos palavrões.Somos otimistas e elizes, e não temosmedo da vida.

Estamos “dispostos a chorar comos que choram (…) e consolar osque necessitam de consolo e servirde testemunhas de Deus em todos os

momentos e em todas as coisas e emtodos os lugares”.19

Se alguém procura uma igreja queexija muito pouco, não será esta aqui.Não é ácil ser um santo dos últimosdias, mas a longo prazo é o únicocaminho verdadeiro.

 A despeito da oposição ou de “guer-ras, rumores de guerra e terremotos emdiversos lugares”,20 nenhum poder ouinfuência pode parar esta obra. Todos

podemos ser guiados pelo espíritode revelação e pelo dom do Espí-rito Santo. “Seria tão inútil o homem

estender seu braço débil para deter orio Missouri em seu curso ou azê-lo ircorrenteza acima, como o seria impedirque o Todo-Poderoso derramasseconhecimento do céu sobre a cabeçados santos dos últimos dias.”21

Se você estiver carregando umardo, esqueça, deixe para lá. Per-doe muito e arrependa-se um poucoe você receberá a visita do EspíritoSanto e receberá conrmação pormeio de um testemunho que você não

sabia existir. Você estará protegido eabençoado — você e os seus. Este éum convite de vir a Cristo. Nesta igreja— A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias, “a única igreja

 verdadeira e viva na ace de toda a Terra”,22 conorme o próprio Cristodeclarou — é onde encontramos “ogrande plano de elicidade”.23 Distopresto testemunho em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. David Daniell, introduction to Tyndale’s  New Testament, 1989, p. viii.

2. Em Daniell, introduction to Tyndale’s New 

Testament, p. ix.3. 3 Néf 27:2–5, 7–8.4. Carta da Primeira Presidência, 23 de

evereiro de 2001.5. 2 Néf 25:26.6. Ver Moisés 5:8; batismo: ver 2 Néf

31:12; 3 Néf 11:27; 18:16; bênção dosenermos: ver Doutrina e Covênios 42:44;conerir o Espírito Santo: ver Morôni 2:2;ordenação ao sacerdócio: ver Morôni 3:1–3;sacramento: ver Morôni 4:1–3; milagres: ver Doutrina e Convênios 84:66–69.

7. Ver Regras de Fé 1:6.8. Ver Atos 9:3–18.9. Atos 2:2–4.

10. Ver Atos 2:38.

11. Doutrina e Convênios 1:20.12. Doutrina e Convênios 89:18–20.13. Ver “A Família: Proclamação ao Mundo”,

 A Liahona, novembro de 2010, últimacontracapa.

14. Ver Alma 39:4–6.15. Alma 42:8.16. Livro de Mórmon, página de rosto.17. Ver João 17:14–19.18. Ver Êxodo 20:15–16.19. Mosias 18:9.20. Mórmon 8:3.21. Doutrina e Convênios 121:33.22. Doutrina e Convênios 1:30.

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Élder Russell M. NelsonDo Quórum dos Doze Apóstolos a seguir seus caminhos e tornar-nosmiseráveis, assim como ele é.1 E osriscos normais da vida como as ener-midades, os erimentos e os acidentesestarão sempre presentes.

 Vivemos numa época tumultuada. Terremotos e tsunamis causam devas-tação, governos caem, as diculda-des econômicas são muito graves, aamília está sob ataque e o índice dedivórcios está crescendo. Temos mui-tos motivos para nos preocupar. Masnão precisamos deixar que os temoresocupem o lugar de nossa é. Podemoscombater esses temores, ortalecendonossa é.

Comecem por seus lhos. A vocês,pais, cabe a responsabilidade primor-dial de ortalecer a é que eles têm.Façam com que sintam a é que vocêstêm, mesmo quando enrentaremdolorosas provações. Façam com quesua é se concentre em nosso amorosoPai Celestial e em Seu Filho Amado, oSenhor Jesus Cristo. Ensinem essa é

com prounda convicção. Ensinem acada preciosa criança que ela é umalha de Deus, criada à imagem Dele,com propósito e potencial sagrados.Cada uma nasce com desaos parasuperar e é para desenvolver.2

Ensinem a respeito da é no planode salvação de Deus. Ensinem quenossa jornada mortal é um período deprovação, uma época de testes para

 ver se aremos tudo o que o Senhornos ordenar.3

Ensinem sobre a é para cumprirtodos os mandamentos de Deus,sabendo que eles oram dados paraabençoar Seus lhos e proporcionar-lhes alegria.4 Alertem-nos de queencontrarão pessoas que escolhemquais mandamentos vão cumprir,ignorando os outros, que decidemquebrar. Chamo isso de obediênciado tipo lanchonete. Essa práticade escolher o que cumprir não

Meus amados irmãos e irmãs,obrigado por seu apoio, nãoapenas por levantarem a mão,

mas por seu serviço inspirador nolar, na Igreja e em suas comunidades.Gostamos imensamente de estar com

 vocês e de vê-los com seus amiliarese amigos. Onde quer que morem,

observamos seus esorços para tornareste mundo melhor. Apoiamos vocês!Nós os amamos! Assim como orampor nós, oramos por vocês!

 Visualizamos sua amília reunidaao redor da televisão ou do com-putador para assistir à conerênciageral em casa. Uma mãe e um paiatentos enviaram-me a cópia de umaotograa que tiraram durante umaconerência. Eles observaram a reaçãode seu lho de dezoito meses, que

reconheceu a imagem e a voz do ora-dor. O menino começou a jogar beijospara a televisão. Ele queria chegarmais perto. Por isso, sua prestativairmã mais velha rapidamente ergueuo irmãozinho nos ombros e o levoupara mais perto da televisão. Aqui estáa otograa.

Sim, a imagem na televisão é aminha, e essas crianças são nossosnetos. Em poucos anos, esse menino

será um élder, com a investidura dotemplo e pronto para sua missão. Maistarde, ele será selado à companheiraeterna que escolher. Podem vê-lo, umdia, como pai e marido, com seus pró-prios lhos? E então, ele se despediráde seus avós, com a rme certeza deque a morte az parte da vida.

É verdade. Vivemos para morrer,e morremos para viver de novo. Daperspectiva eterna, a única morte queé realmente prematura é a de alguémque não está preparado para encon-trar-se com Deus.

Como apóstolos e proetas, preo-cupamo-nos não apenas com nossoslhos e netos, mas também com osseus, e com cada um dos lhos deDeus. Tudo o que o uturo reservapara cada lho sagrado de Deus será

moldado por seus pais, amiliares,amigos e proessores. Portanto, a éque temos agora se torna parte da éque nossa posteridade terá depois.

Cada pessoa trilhará o própriocaminho num mundo em constantemudança — um mundo de ideolo-gias que competem entre si. As orçasdo mal estarão sempre em oposiçãoàs orças do bem. Satanás se esorçaconstantemente para infuenciar-nos

Encarar o Futurocom FéVerdades, convênios e ordenanças nos permitem sobrepujar o

temor e encarar o futuro com fé! 

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uncionará. Ela vai conduzi-los àinelicidade. Para nos preparar paraencontrar Deus, é preciso cumprirtodos os Seus mandamentos. É precisoter é para obedecer a eles, e o cum-primento de Seus mandamentos vai

ortalecer essa é. A obediência permite que as bên-

çãos de Deus sejam derramadas semrestrições. Ele vai abençoar Seus lhosobedientes, livrando-os do cativeiroe da desgraça. E vai abençoá-los commais luz. Por exemplo: cumprimosa Palavra de Sabedoria, sabendoque essa obediência não apenas noslivrará de vícios, mas também nosacrescentará bênçãos de sabedoria etesouros de conhecimento.5

Ensinem sobre a é para saberemque a obediência aos mandamentosde Deus vai trazer-nos proteção ísicae espiritual. E lembrem-se: os santosanjos de Deus estão sempre prontosa ajudar-nos. O Senhor declarou: “Ireiadiante de vós. Estarei a vossa direitae a vossa esquerda e meu Espíritoestará em vosso coração e meus anjosao vosso redor para vos suster”.6 Quepromessa! Se ormos éis, Ele e Seus

anjos vão ajudar-nos. A é inabalável é ortalecida pela

oração. Suas súplicas sinceras sãoimportantes para Ele. Pensem nas ora-ções intensas e ervorosas do Proeta

 Joseph Smith nos terríveis dias em que

esteve preso na Cadeia de Liberty. OSenhor respondeu, mudando a pers-pectiva do Proeta. Ele disse: “Sabe,meu lho, que todas essas coisas teservirão de experiência e serão para oteu bem”.7

Se orarmos com uma perspectivaeterna, não precisaremos questionarse nossas súplicas sinceras e soridasserão ouvidas. Essa promessa doSenhor está registrada na seção 98 deDoutrina e Convênios:

“Vossas orações chegaram aosouvidos do Senhor (…) e estão regis-tradas com este selo e testamento — oSenhor jurou e decretou que serãoatendidas.

Portanto ele vos az essa promessa,com um convênio imutável de queserão cumpridas; e todas as coisas que

 vos tiverem afigido reverterão parao vosso bem e para a glória do meunome, diz o Senhor”.8

O Senhor escolheu Suas palavrasmais ortes para nos assegurar! Selo! Testamento! Jurou! Decretou! Convê-nio imutável!  Irmãos e irmãs, creiamNele! Deus vai atender a suas oraçõessinceras, e sua é será ortalecida.

Para desenvolver uma é dura-doura, um compromisso duradourode ser dizimista integral é essencial. Aprincípio, é preciso ter é para pagaro dízimo. Depois, o dizimista desen-

 volve mais é, a ponto de o dízimotornar-se um privilégio precioso. Odízimo é uma antiga lei de Deus.9 Eleprometeu a Seus lhos abrir “as jane-las do céu, e (…) derramar sobre [eles]uma bênção tal até que não haja lugarsuciente para a recolherdes”.10 Não

apenas isso. O dízimo vai manter seunome alistado entre o povo de Deus e vai protegê-los no “dia da vingança equeima”.11

Por que precisamos de uma é tãorme? Porque temos dias diíceis pelarente. É bem pouco provável que, nouturo, seja ácil ou bem aceito ser umel santo dos últimos dias. Cada umde nós será testado. O Apóstolo Pauloadvertiu que, nos últimos dias, aqueles

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que diligentemente seguirem o Senhor“padecerão perseguições”.12 Essamesma perseguição pode esmagar-nosem nossa silente raqueza ou motivar-nos para que sejamos mais exemplarese corajosos em nossa vida diária.

O modo como vocês lidam com asprovações da vida az parte do desen-

 volvimento de sua é. A orça vem

quando vocês lembram que têm umanatureza divina, um legado de innito

 valor. O Senhor lembrou que vocês,seus lhos e netos são herdeiros legí-timos, que oram reservados no céupara, em uma época e um local espe-cícos, nascerem, crescerem e torna-rem-se portadores de Seu estandarte eSeu povo do convênio. Ao trilharem ocaminho de retidão do Senhor, serãoabençoados para que continuem emSua benignidade e sejam uma luz e

um salvador para Seu povo.13

Estão ao alcance de cada um de vocês, irmãos e irmãs, as bênçãosobtidas por intermédio do poder doSacerdócio de Melquisedeque. Essasbênçãos podem mudar as circuns-tâncias de sua vida, em questõescomo saúde, a companhia do EspíritoSanto, os relacionamentos pessoaise as oportunidades para o uturo. Opoder e a autoridade desse sacerdócio

possuem as chaves para todas as bên-çãos espirituais da Igreja.14 E o maisextraordinário, é que o Senhor decla-rou que Ele vai suster essas bênçãos,de acordo com a vontade Dele.15

 As maiores de todas as bênçãos dosacerdócio são concedidas nos tem-plos sagrados do Senhor. A delidadeaos convênios ali eitos vai qualicar

 vocês e sua amília para as bênçãos da vida eterna.16

Suas recompensas não virãosomente na vida utura. Muitas bênçãosserão suas nesta vida, entre seus lhose netos. Vocês, santos éis, não preci-sam lutar as batalhas da vida sozinhos.Pensem nisso! O Senhor declarou: “Eucontenderei com os que contendemcontigo, e os teus lhos eu remirei”.17 Mais tarde, veio esta promessa a Seupovo el: “E eu, o Senhor, lutaria suas

batalhas e as batalhas de seus lhos eas dos lhos de seus lhos, (…) até aterceira e a quarta geração”.18

Nosso amado Presidente Thomas S.Monson deixou-nos seu testemunhoproético. Ele disse: “Testico a vocêsque as bênçãos que nos oram prome-tidas são imensuráveis. Embora se or-mem nuvens de tempestade, emboraa chuva seja derramada sobre nós,nosso conhecimento do evangelho e

nosso amor pelo Pai Celestial e pornosso Salvador vão consolar-nos edar-nos alento e alegria ao coração, seandarmos em retidão e guardarmos osmandamentos”.

O Presidente Monson continuou,dizendo: “Meus amados irmãos eirmãs, não temam. Tenham bomânimo. O uturo é tão brilhante quantosua é”.19

 À vigorosa declaração do Presi-dente Monson acrescento a minha.

 Testico que Deus é nosso Pai. Jesusé o Cristo. Sua Igreja oi restauradana Terra. Suas verdades, convênios eordenanças nos permitem sobrepujaro temor e encarar o uturo com é!Disso presto testemunho, no sagradonome de Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Ver 2 Néf 2:27.2. Pedro ensinou esse conceito quando expres-

sou a esperança de que “fqueis participantesda natureza divina, havendo escapado dacorrupção, que pela concupiscência há nomundo” (II Pedro 1:4).

3. Ver Abraão 3:25.4. Ver 2 Néf 2:25.5. Ver Doutrina e Convênioss 89:19; ver 

também Isaías 45:3.6. Doutrina e Convênios 84:88.7. Doutrina e Convênios 122:7. Outro

exemplo de mudança de perspectiva estáregistrado em Salmos: “Guarda a minhaalma, (…) ó Deus meu, salva o teu servo,que em ti confa. Tem misericórdia de mim,ó Senhor, pois a ti clamo todo o dia. (…)Louvar-te-ei, Senhor Deus meu, com todo omeu coração, e glorifcarei o teu nome parasempre” (Salmos 86:2–3, 12).

8. Doutrina e Convênios 98:2–3.9. O dízimo é mencionado em oito livros

do Velho Testamento: Gênesis, Levítico,

Números, Deuteronômio, II Crônicas,Neemias, Amós e Malaquias.10. Malaquias 3:10.11. Doutrina e Convênios 85:3.12. II Timóteo 3:12.13. Ver Doutrina e Convênios 86:8–11.14. Ver Doutrina e Convênios 107:18.15. Ver Doutrina e Convênios 132:47, 59.16. Ver Abraão 2:11.17. Isaías 49:25; ver também Doutrina e

Convênios 105:14.18. Doutrina e Convênios 98:37.19. Thomas S. Monson, “Tenham Bom Ânimo”,

 A Liahona, maio de 2009, p. 89

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Élder Richard J. MaynesDos Setenta o hino da Primária “Sou um Filho deDeus”. Lembram-se da letra?

Sou um flho de Deus, Por Ele estou aqui. Mandou-me à Terra, deu-me um lar  E pais tão bons pra mim.

 Ensinai-me, ajudai-me as leis de Deus guardar, Para que um dia eu vácom Ele habitar.2

Reconhecer que temos uma amíliacelestial ajuda-nos a compreendera natureza eterna de nossa amíliaterrena. O livro de Doutrina e Con-

 vênios ensina que a amília é unda-mental à ordem do céu: “A mesmasociabilidade que existe entre nós,aqui, existirá entre nós lá, só que seráacompanhada de glória eterna”.3

O entendimento da natureza eternada amília é um elemento crítico paracompreendermos o plano do Pai

O ato de termos sidos geradospor um Pai Celestial que nos ama éum princípio tão básico do evangelhode Jesus Cristo que até as criançasproclamam essa verdade, ao cantarem

No início de meu serviço como

 jovem missionário no Uruguaie no Paraguai, percebi que

uma das coisas que mais atraíamas pessoas que queriam conhecer

 A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias era o interesseem nossa doutrina relacionada àamília. Na verdade, desde a Restau-ração do evangelho de Jesus Cristo,as pessoas que buscam a verdadesão atraídas pela doutrina de que aamília pode permanecer unida parasempre.

O princípio de que a amília éeterna é um elemento essencial dogrande plano do Pai Celestial para

Seus lhos. Parte undamental desseplano é entendermos que nós temosuma amília celestial bem como umaamília terrena. O Apóstolo Pauloensinou que o Pai Celestial é o pai denosso espírito:

“Para que buscassem ao Senhor(…) [e] o pudessem achar; (…)

Porque nele vivemos, e nos move-mos, e existimos; (…) Pois somostambém sua geração”.1

Criar um LarCentralizado em Cristo Nós compreendemos e acreditamos na natureza eterna

da família. Esse entendimento e essa crença deveminspirar-nos a fazer tudo ao nosso alcance para criar um lar centralizado em Cristo.

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Celestial para Seus lhos. O adversá-rio, por outro lado, quer azer tudo aseu alcance para destruir o plano doPai Celestial. Em sua tentativa de der-rubar o plano de Deus, ele lidera umataque sem precedentes à instituiçãoda amília. Entre as armas mais pode-rosas que ele usa nesse ataque estãoo egoísmo, a ganância e a pornograa.

Nossa elicidade eterna não estáentre os objetivos de Satanás. Ele sabeque privá-los dos laços amiliaresde potencial eterno é a chave essen-cial para que homens e mulheres setornem tão miseráveis quanto ele.Satanás compreende que a verdadeiraelicidade nesta vida e na eternidadeencontra-se na amília e, portanto, aztudo o que pode para destruí-la.

 Alma, o proeta da Antiguidade,chama o plano de Deus para Seuslhos de “o grande plano de elici-dade”.4 A Primeira Presidência e oQuórum dos Doze Apóstolos, a quemapoiamos como proetas, videntes e

reveladores, deram-nos este conselhoinspirado quanto à elicidade e à vidaamiliar: “A amília oi ordenada porDeus. O casamento entre o homem ea mulher é essencial para Seu planoeterno. Os lhos têm o direito de nas-cer dentro dos laços do matrimônio ede ser criados por pai e mãe que hon-rem os votos matrimoniais com totaldelidade. A elicidade na vida amiliaré mais provável de ser alcançadaquando undamentada nos ensinamen-

tos do Senhor Jesus Cristo ”.5

Essa elicidade citada por Almae, mais recentemente, pela PrimeiraPresidência e pelo Quórum dos Doze

 Apóstolos encontra-se com abso-luta certeza no lar e na amília. Nósa encontraremos em abundância sezermos tudo o que pudermos paracriar um lar centralizado em Cristo.

 A irmã Maynes e eu aprendemosalguns princípios importantes quando

iniciamos o processo de criar um larcentralizado em Cristo, ainda no iníciode nosso casamento. Começamospor seguir os conselhos dos líderesda Igreja e passamos a reunir nossoslhos e realizar a noite amiliar sema-nalmente, bem como a orar e estudaras escrituras diariamente. Nem sempreera ácil ou conveniente e nem sem-pre dava certo, mas com o tempo,esses simples momentos passados

 juntos transormaram-se em tradições

queridas da amília. Aprendemos que, mesmo quemais adiante na semana nossos lhosnão se lembrassem de tudo o que oidito na lição da noite amiliar, eles selembrariam de que fzemos a reunião. Descobrimos que mais tarde naqueledia, na escola, eles dicilmente selembrariam das palavras exatas dasescrituras ou da oração, mas lembra-riam que lemos as escrituras e oramos .

Irmãos e irmãs, recebemos grandeorça e proteção, tanto nós como nos-sos lhos, quando criamos tradiçõescelestiais no lar.

O ato de aprender, ensinar e pra-ticar os princípios do evangelho de

 Jesus Cristo em casa ajuda-nos a criaruma cultura que convida a presençado Espírito. Se estabelecermos essastradições amiliares em casa, seremoscapazes de deixar para trás as alsastradições do mundo e aprender a

colocar as necessidades e os assuntosda amília em primeiro lugar. A responsabilidade de criar um

lar centralizado em Cristo é tantodos pais quanto dos lhos. Os paistêm a responsabilidade de ensinar oslhos com amor e retidão. Eles terãode prestar contas ao Senhor quantoao cumprimento dessas responsabi-lidades sagradas. Os pais ensinamos lhos por meio de palavras e pelo

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Élder Cecil O. Samuelson Jr.Dos Setenta

Uma das grandes bênçãos daminha vida, durante muitosanos, oi a oportunidade de

estar cercado por jovens da Igreja ede trabalhar com eles. Considero esseconvívio e amizade uma das coisasmais belas e valiosas da minha vida.Eles também são grande parte doalicerce do otimismo que tenho emrelação ao uturo da Igreja, da socie-

dade e do mundo.Nessas interações, também tive o

privilégio de conversar com algunsque tinham muitas dúvidas oudesaos em relação a seu testemu-nho. Embora as situações especícasossem variadas e, às vezes, únicas,muitas das dúvidas e dos motivos deconusão eram bem semelhantes. Damesma orma, essas dúvidas e preo-cupações não se restringem a nenhumgrupo demográco ou etário. Elas

podem incomodar aqueles que sãomembros da Igreja há várias gerações,os membros da Igreja relativamentenovos e também aqueles que estãoconhecendo A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Suasdúvidas são geralmente a consequên-cia de questionamentos sinceros oucuriosidade. Como as implicações sãoextremamente signicativas e sériaspara cada um de nós, pareceu-me

Em primeiro lugar: quem temdireito a ter um testemunho? Todosos que estiverem dispostos a pagar opreço — ou seja, guardar os manda-mentos — podem ter um testemunho.“Portanto a voz do Senhor chega aosconns da Terra, para que ouçam osque quiserem ouvir” (D&C 1:11). Ummotivo undamental da Restauraçãodo evangelho oi para que “todohomem (…) ale em nome de Deus,o Senhor, sim, o Salvador do mundo;para que a é também aumente na

 Terra” (D&C 1:20–21).Em segundo lugar, como é que

podemos obter a revelação necessáriae quais são os passos undamentaispara se conseguir isso? O padrão temsido claro e constante ao longo dostempos. A promessa dada para seganhar um testemunho do Livro deMórmon também se aplica ao evange-lho como um todo:

“E quando receberdes estas coisas”— ou seja, você ouviu, leu, estudou

e ponderou a dúvida em questão—, “(…) [pergunte] a Deus, o PaiEterno, em nome de Cristo, se estascoisas não são verdadeiras” — issosignica que você vai orar de ormaponderada, especíca e reverente,com o rme compromisso de seguir aresposta que receber —; “e se pergun-tardes com um coração sincero e comreal intenção, tendo é em Cristo, ele

 vos maniestará a verdade delas pelopoder do Espírito Santo.

E pelo poder do Espírito Santopodeis saber a verdade de todas ascoisas” (Morôni 10:4–5).

Em terceiro lugar, a aquisição deum testemunho é um evento ou umprocesso contínuo? O testemunhoé semelhante a um organismo vivoque cresce e se desenvolve quandoé adequadamente tratado. Ele pre-cisa de constante nutrição, cuidado eproteção para crescer e prosperar. Da

adequado abordar o assunto de nossotestemunho. Em nosso contexto santodos últimos dias chamamos de teste-munho a nossa certeza da veracidadedo evangelho de Jesus Cristo, queé obtida por revelação recebida porintermédio do Espírito Santo.

Embora essa denição de testemu-nho seja simples e clara, ela pode sus-citar muitas dúvidas, tais como: Quem

tem direito a ter um testemunho? Comoalguém pode obter a revelação neces-sária? Quais são os passos para se obterum testemunho? A aquisição de um tes-temunho é um evento ou um processocontínuo? Cada uma dessas dúvidas e

 várias outras têm seus próprios corolá-rios, mas os undamentos da aquisiçãoe conservação de um testemunho doevangelho de Jesus Cristo são simples,claros e acessíveis a todas as pessoas.

Deixem-me responder rapidamente

a essas possíveis incertezas e, emseguida, abordar algumas ideias queme oram compartilhadas recente-mente por amigos de conança, quesão jovens adultos que tiveram umaexperiência pessoal na busca de umtestemunho. Eles também tiveram aoportunidade de ministrar a outrosque tinham desaos ou diculdadesem relação a alguns aspectos de sua ée suas crenças.

TestemunhoOs fundamentos da aquisição e conservação de umtestemunho do evangelho de Jesus Cristo são simples,claros e acessíveis a todas as pessoas.

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mesma orma, a negligência ou o aas-tamento do padrão de vida condizentecom o testemunho pode levar-nos àperda ou diminuição dele. As escri-turas advertem que a transgressão ou

 violação dos mandamentos de Deuspode resultar na perda do Espírito eaté mesmo na negação do testemunhoque a pessoa já teve (ver D&C 42:23).

Permitam-me agora compartilhardez coisas que meus éis e valorosos

 jovens amigos sugeriram. As ideiasque eles partilharam têm algo emcomum com o que vocês pensame sentem, portanto, é provável quenão sejam novidade para nenhum denós. Mas, principalmente em nossosmomentos de diculdade e sori-mento, podemos esquecer tempora-riamente deles ou achar que não seaplicam a nós, pessoalmente.

Em primeiro lugar, todos temos valor, porque somos todos lhos deDeus. Ele nos conhece e nos ama equer que consigamos retornar a Ele.

Precisamos aprender a conar noamor Dele e em Sua escolha do tempocerto, e não em nossos próprios dese-

 jos impacientes e impereitos.Em segundo lugar, embora acre-

ditemos plenamente na vigorosamudança no coração descrita nasescrituras (ver Mosias 5:2; Alma 5:12–14, 26), devemos entender que issomuitas vezes ocorre de orma gradual,e não de modo instantâneo ou global,e vem em resposta a dúvidas, expe-

riências e preocupações especícas,bem como por meio de nosso estudoe oração.

Em terceiro lugar, precisamoslembrar que a nalidade undamentalda vida é sermos testados e provadosaté nosso limite. Portanto, devemosaprender a crescer com nossos desa-os e a ser gratos pelas lições que nãopoderíamos aprender de uma maneiramais ácil.

Quarto, devemos aprender a con-ar nas coisas em que acreditamosou que sabemos, para nos suster nosmomentos de incerteza ou nas dúvi-das que tivermos.

Em quinto lugar, como Alma ensi-nou, a aquisição de um testemunho

é normalmente uma progressão aolongo de uma linha contínua que vaida esperança à crença e chega, porm, ao conhecimento da veracidadede um determinado princípio ou dou-trina, ou do próprio evangelho (ver

 Alma 32).Em sexto lugar, quando ensina-

mos o que sabemos a alguém issoortalece nosso próprio testemunhoe o da outra pessoa. Quando vocêdoa dinheiro ou comida, ca com

menos. Mas quando presta testemu-nho, tanto o seu testemunho quanto odaquele que o ouve são ortalecidos eaumentam.

Em sétimo lugar, precisamos azercoisas pequenas, porém necessáriastodos os dias, regularmente. A oração,o estudo das escrituras e do evange-lho, as reuniões da Igreja, a adoraçãono templo, as visitas de mestre amiliare de proessora visitante e outros

encargos, tudo isso ortalece nossa ée promove a presença do Espírito emnossa vida. Quando negligenciamosqualquer desses privilégios, coloca-mos em risco o nosso testemunho.

Em oitavo lugar, não devemos exi-gir dos outros padrões mais elevados

que os nossos. Com muita requên-cia, deixamos que erros ou alhasalheias, especialmente de líderes oumembros da Igreja, infuenciem nossaautoimagem ou nosso testemunho. Asdiculdades das outras pessoas nãosão desculpa para nossas própriasdeciências.

Em nono lugar, é bom lembrar queo excesso de severidade com nossospróprios erros pode ser tão negativoquanto a indierença a nossa necessi-

dade de real arrependimento.E em décimo lugar, precisamossempre saber que a Expiação deCristo está plena e continuamente

 válida para cada um de nós, se opermitirmos. Assim, tudo o maisentrará nos eixos, ao nos depararmoscom certos detalhes, hábitos ou peçasque aparentemente estão altando nomosaico de nossa é.

Sinto-me grato pela sensatez, orça

Khayelitsha, África do Sul 

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Élder Dallin H. OaksDo Quórum dos Doze Apóstolos

Decidi alar sobre a importânciado desejo. Espero que exami-nemos nosso coração para ver

quais são realmente nossos desejose em que ordem de importância osclassicamos.

Os desejos determinam nossasprioridades, as prioridades moldamnossas decisões, e as decisões deter-minam nossas ações. Os desejos que

são colocados em prática determinamcomo mudamos, o que realizamos eem que nos tornamos.

Primeiramente, alarei de algunsdesejos comuns. Sendo seres mortais,temos algumas necessidades ísicasbásicas. O desejo de satisazer essasnecessidades compele nossas esco-lhas e determina algumas de nossasações. Três exemplos demonstramcomo muitas vezes substituímos essesdesejos por outros que consideramos

mais importantes.Em primeiro lugar, comida. Temosa necessidade básica de alimentar-nos,mas por algum tempo ela pode sersubstituída pelo desejo mais orte de

 jejuar.Em segundo lugar, abrigo. Quando

eu tinha doze anos, resisti ao desejode buscar abrigo por causa de meudesejo maior de cumprir um requisitodo escotismo de passar uma noite no

bosque. Fui um dos vários rapazesque deixaram suas tendas conortáveise descobriram um meio de construirum abrigo e de azer uma cama pri-mitiva usando materiais naturais queconseguimos achar.

Em terceiro lugar, sono. Até essedesejo básico pode ser substituídotemporariamente por outro ainda maisimportante. Quando eu era um jovem

soldado na Guarda Nacional de Utah, vi um exemplo disso na vida de umocial experiente em combate.

Nos primeiros meses da Guerrada Coreia, uma bateria de artilhariade campo de Richeld, da GuardaNacional de Utah, oi convocada paralutar. Aquela bateria, comandada pelocapitão Ray Cox, era ormada poruns 40 soldados mórmons. Depoisde alguns treinamentos e reorçadospor reservistas de outros lugares, logo

oram enviados à Coreia, onde viven-ciaram algumas das batalhas maiserozes daquela guerra. Em uma delas,tiveram que repelir um ataque diretode centenas de soldados da inantariainimiga, do tipo que já havia vencidoe destruído outras baterias de artilha-ria de campo.

O que isso tem a ver com odesejo de dormir? Numa noitecrucial, quando a inantaria inimiga

Desejo Para alcançar nosso destino eterno temos que desejar e trabalhar para adquirir as qualidades exigidas paratornar-nos seres eternos.

e pelo testemunho de muitos demeus jovens e exemplares amigos econhecidos. Quando estou com eles,sinto-me ortalecido, e quando sei queeles estão com outros, sinto-me incen-tivado por saber do bem que estãoazendo e do serviço que prestamem nome do Mestre que adoram e aQuem se esorçam em obedecer.

 As pessoas azem coisas boas eimportantes porque têm um testemu-nho. Embora isso seja verdade, tam-bém adquirimos testemunho por meiodaquilo que azemos. Jesus disse:

“A minha doutrina não é minha,mas daquele que me enviou.

Se alguém quiser azer a vontadedele, pela mesma doutrina conheceráse ela é de Deus, ou se eu alo demim mesmo” (João 7:16–17).

“Se me amais, guardai os meusmandamentos” ( João 14:15).

 Tal como Né e Mórmon, no pas-sado, “não conheço (…) o signicadode todas as coisas” (1 Né 11:17; ver

também Palavras de Mórmon 1:7),mas quero dizer-lhes o que sei.

Sei que Deus nosso Pai Celestial vive e nos ama. Sei que Seu Filhoespecial, Jesus Cristo, é nosso Salva-dor e Redentor e o líder da Igreja queleva Seu nome. Sei que Joseph Smith

 viu tudo o que ele contou e ensinoua respeito da Restauração do evan-gelho em nossos dias. Sei que somosliderados por apóstolos e proetashoje, e que o Presidente Thomas S.

Monson possui todas as chaves dosacerdócio necessárias para abençoarnossa vida e levar adiante a obra doSenhor. Sei que temos direito a esseconhecimento e que, se vocês estãotendo diculdades, podem conarna veracidade dos testemunhos queouvirem deste púlpito nesta conerên-cia. Sei essas coisas e presto testemu-nho delas, em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

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transpôs a rente de batalha e chegouà retaguarda ocupada pela artilha-

ria, o capitão ez com que as linhasteleônicas ossem conectadas a suabarraca e ordenou que seus muitosguardas de perímetro teleonassempessoalmente para ele a cada hora, anoite inteira. Isso manteve os guar-das acordados, mas também ez comque o sono do capitão Cox osseinterrompido muitas vezes. “Comoconseguiu azer isso?” perguntei a ele.

 A resposta mostra a orça que temum desejo premente.

“Eu sabia que se conseguisse voltarpara casa encontraria os pais daquelesrapazes, nas ruas de nossa pequenacidade, e eu não poderia encararnenhum deles se o lho deles nãotivesse voltado para casa por causade algo que deixei de azer como seucomandante.”1

Que grande exemplo da orça deum desejo premente sobre as prio-ridades e as ações. Que poderoso

exemplo para todos nós que somosresponsáveis pelo bem-estar de outros

— pais, líderes e proessores da Igreja!Concluindo essa ilustração, bem

cedo pela manhã, após a noite insone,o capitão Cox liderou seus soldadosem um contra-ataque à inantaria ini-miga. Fizeram mais de 800 prisionei-ros, e só dois dos seus caram eridos.Cox oi condecorado por bravura,e sua bateria recebeu uma MençãoHonrosa Presidencial de Unidade porseu extraordinário heroísmo. E talcomo os jovens guerreiros de Helamã

(ver Alma 57:25–26), todos voltarampara casa.2

O Livro de Mórmon contém muitosensinamentos sobre a importância dodesejo.

Depois de suplicar ao Senhor pormuitas horas, Enos ouviu que seuspecados haviam sido perdoados. Eleentão “[começou] a desejar” o bem-estar de seus irmãos (Enos 1:9). Enosescreveu: “E (…) após ter orado e me

empenhado com toda a diligência, oSenhor disse-me: Por causa de tua éconceder-te-ei de acordo com teusdesejos” (versículo 12). Observem ostrês conceitos essenciais que prece-deram a bênção prometida: Desejo,trabalho e é.

Em seu sermão sobre a é, Almaensina que ela pode começar comnada “mais que o desejo de acreditar”se deixarmos “que esse desejo opereem [nós]” (Alma 32:27).

Outro grande ensinamento sobreo desejo, especialmente sobre qualdeve ser nosso maior desejo, ocorreuquando o rei lamanita oi ensinadopelo missionário Aarão. Quando osensinamentos de Aarão lhe atraíramo interesse, o rei perguntou: “Quedeverei azer para nascer de Deus”e “conseguir essa vida eterna?” Alma22:15. Aarão respondeu: “Se desejasisto, (…) se te arrependeres de todosos teus pecados e te curvares diantede Deus e invocares o seu nome com

é, acreditando que receberás, entãoobterás a esperança que desejas”(versículo 16).

O rei ez isso e declarou em vigorosa oração: “Abandonarei todosos meus pecados para conhecer-te”(versículo 18). Com esse comprome-timento e essa identicação de seumaior desejo, sua oração oi respon-dida de modo milagroso.

O proeta Alma tinha grandedesejo de clamar arrependimento a

todos, mas compreendeu que nãodeveria desejar o poder de compeliras pessoas porque concluiu que “umDeus justo (…) concede aos homenssegundo os seus desejos, sejam estespara a morte ou para a vida” (Alma29:4). De modo semelhante, o Senhordeclarou em revelação moderna que

 julgará “todos os homens segundosuas obras, segundo o desejo de seucoração” (D&C 137:9).

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Será que estamos verdadeiramentepreparados para que o Juiz Eternoatribua esse enorme signicado àquiloque realmente desejamos?

Muitas escrituras alam do quedesejamos em termos daquilo quebuscamos. “Aquele que cedo mebuscar achar-me-á e não será aban-donado” (D&C 88:83). “Procurai comzelo os melhores dons” (D&C 46:8).“Pois aquele que procurar diligente-mente achará” (1 Né 10:19). “Ache-gai-vos a mim e achegar-me-ei a vós;procurai-me diligentemente e achar-me-eis; pedi e recebereis; batei e ser-

 vos-á aberto” (D&C 88:63).Não é ácil reajustar nossos desejos

para dar maior prioridade às coisasda eternidade. Todos somos tentadosa desejar o quarteto mundano: daposse, preeminência, presunção e dopoder. Podemos desejar essas coisas,mas não devemos torná-las nossasmaiores prioridades.

 Aqueles cujo maior desejo é ter

posses caem na armadilha do mate-rialismo. Deixam de dar ouvidos aoaviso: “Não busques as riquezas nem

as coisas vãs deste mundo” (Alma39:14; ver também Jacó 2:18). Aqueles que desejam preeminência

ou poder deviam seguir o exemplo do valoroso capitão Morôni, que não ser- viu buscando “poder” nem as “honrasdo mundo” (Alma 60:36).

Como desenvolvemos desejos?Poucos terão o tipo de crise que moti-

 vou Aron Ralston,3 mas a experiênciapessoal dele deixa uma valiosa liçãosobre o desenvolvimento do desejo.Quando Ralston excursionava por umdesladeiro remoto no sul de Utah,uma rocha de quase meia toneladasoltou-se de repente, prendendo-lheo braço. Por cinco dias solitários, eleez de tudo para libertar-se. Quandoestava prestes a desistir e aceitar amorte, teve a visão de um meninode três anos que corria em suadireção e a quem ele abraçava como braço esquerdo. Compreendendoque aquela era uma visão de seuuturo lho, garantindo-lhe que ele

poderia sobreviver, Ralston reuniucoragem e executou a drástica açãopara salvar a vida antes de perder as

orças. Ele quebrou os dois ossos dobraço direito preso e depois usou alâmina de seu canivete para cortarora o braço. Depois reuniu orçaspara percorrer oito quilômetros embusca de ajuda.4 Que grande exem-plo da orça de um desejo premente!Quando temos a visão daquilo emque podemos nos tornar, nosso desejoe nosso poder de agir aumentamenormemente.

 A maioria de nós jamais enrentaráuma crise tão extrema, mas todosenrentamos armadilhas potenciaisque vão impedir o progresso rumoa nosso destino eterno. Se oremsucientemente intensos, os nossosdesejos justos nos motivarão a cortarora vícios e outras tendências peca-minosas e prioridades erradas queimpedem nosso progresso eterno.

Devemos lembrar que os desejos justos não podem ser superciais,impulsivos ou temporários. Precisamser sinceros, inabaláveis e permanen-

tes. Motivados dessa maneira, procura-remos aquela condição descrita peloProeta Joseph Smith, na qual teremos“[superado] todas as coisas ruins da

 vida e [perdido] toda a vontade depecar”.5 Essa é uma decisão muitopessoal. Como disse o Élder Neal A.Maxwell:

“Quando se diz que as pessoas‘perderam todo o desejo de pecar’,signica que elas, e somente elas,decidiram, de modo deliberado,

perder esses desejos iníquos, volun-tariamente ‘abandonando todos osseus pecados’ a m de conhecerema Deus.

 Assim, o que insistentementedesejamos no decorrer da vida é oque acabaremos nos tornando e o quereceberemos na eternidade”.6

Por mais importante que seja aperda de todo o desejo de pecar, a

 vida eterna exige mais que isso. Para

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alcançar nosso destino eterno temosque desejar e trabalhar para adquiriras qualidades exigidas a m de tornar-nos seres eternos. Por exemplo: osseres eternos perdoam todos aquelesque os injuriaram. Eles colocam obem-estar das outras pessoas acimadeles mesmos. E amam todos os lhosde Deus. Se isso parecer diícil — esem dúvida não é ácil para nenhumde nós — então devemos começarcom o desejo de ter essas qualida-des e rogar a ajuda do amoroso PaiCelestial para lidarmos com nossossentimentos. O Livro de Mórmon nosensina que devemos rogar ao Pai, comtoda a energia de nosso coração, quesejamos cheios desse amor que Eleconcedeu a todos os que são verda-deiros seguidores de Seu Filho, JesusCristo (ver Morôni 7:48).

Encerro com um último exemplode desejo que deve ser de extremaimportância para todos os homense mulheres, tanto casados quanto

solteiros. Todos devemos desejar eesorçar-nos seriamente para garantirum casamento eterno. Aqueles que

 já se casaram no templo devem azertudo o que puderem para preservarseu casamento. Os solteiros devemdesejar um casamento no templo edar a máxima prioridade para conse-gui-lo. Os jovens e os jovens adultosdevem resistir ao conceito politica-mente correto, mas also do ponto de

 vista eterno, de que o casamento e os

lhos não são importantes.7

 Vocês, homens solteiros, pen-sem no desao lançado nesta cartaescrita por uma irmã solteira. Elarogava pelas “lhas dignas de Deus,que sinceramente procuram umcompanheiro digno, mas os homensparecem cegos e conusos em relaçãoa terem ou não a responsabilidadede procurar essas lhas maravilho-sas e especiais do Pai Celestial e

namorá-las, estando dispostos a azere cumprir convênios sagrados na casado Senhor”. Ela conclui, dizendo: “Hámuitos homens SUD solteiros quecam elizes em sair e divertir-se a

dois ou em grupo, mas que não têmabsolutamente nenhum desejo deassumir qualquer tipo de compro-misso com uma mulher”.8

 Tenho certeza que alguns rapazesque buscam ansiosamente uma com-panheira gostariam que eu acrescen-tasse que há moças cujo desejo de terum casamento e lhos é bem menordo que seu desejo de ter uma carreiraprossional ou outras honras mortais.

 Tanto os homens quanto as mulheres

necessitam ter desejos justos que vãoconduzi-los à vida eterna.Lembremos que os desejos deter-

minam nossas prioridades, as priori-dades moldam nossas decisões, e asdecisões determinam nossas ações.

 Além disso, são nossas ações e nossosdesejos que nos azem tornar-nosalguma coisa, seja um amigo ver-dadeiro, um proessor talentoso oualguém qualicado para a vida eterna.

Presto testemunho de Jesus Cristo,cujo amor, cujos ensinamentos e cujaExpiação tornaram tudo isso possível.Oro para que desejemos acima detudo nos tornarmos como Ele para

que um dia possamos retornar a Suapresença e receber a plenitude deSua alegria. Em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼NOTAS

1. Ray Cox, entrevistado pelo autor, em 1ºde agosto de 1985, Mount Pleasant, Utah,confrmando o que me contara em Provo,Utah, aproximadamente em 1953.

2. Ver Richard C. Roberts, Legacy: The History of the Utah National Guard , 2003, pp. 307–314; “Sel-Propelled Task Force”, National Guardsman, maio de 1971, última capa; Miracle at Kapyong: The History of the 213th (flme produzido pela Universidade

do Sul de Utah, 2002).3. Ver Aron Ralston, Between a Rock and a

 Hard Place , 2004.4. Ralston, Between a Rock and a Hard Place ,

p. 248.5. Ver  Ensinamentos dos Presidentes da

 Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 220.6. 6. Ver Neal A. Maxwell, “Segundo o Desejo

de [Nossos] Corações”, A Liahona, janeirode 1997, pp. 21–23.

7. Ver Julie B. Beck, “Ensinar a Doutrinada Família”, A Liahona, Março 2011,pp. 32–37.

8. Carta de 14 de setembro de 2006.

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Élder M. Russell BallardDo Quórum dos Doze Apóstolos

Irmãos e irmãs, espero que aquelesque estão visitando Salt Lake tenham aoportunidade de apreciar as cores e o

perume das belas fores de primaverano terreno do Templo de Salt Lake.

 A primavera traz uma renovaçãode luz e vida — lembrando-nos, por

meio do ciclo das estações, da vida,do sacriício e da Ressurreição denosso Senhor e Redentor, Jesus Cristo,pois “todas as coisas prestam testemu-nho [Dele]” (Moisés 6:63).

Contrastando com esse bonitocenário de primavera e com seu sim-bolismo de esperança, há um mundode incerteza, complexidade e conu-são. As exigências da vida cotidiana— educação, emprego, a criação doslhos, a administração e os chamados

da Igreja, as atividades seculares e atémesmo a dor e o sorimento de umadoença inesperada ou uma tragédia— podem desgastar-nos. Como pode-mos livrar-nos dessa teia emaranhadade desaos e incertezas e encontrarpaz de espírito e elicidade?

Muitas vezes somos como certo jovem comerciante de Boston, queem 1849, segundo conta a história, oicontagiado pelo ervor da corrida do

O velho garimpeiro estendeu abolsa para o rapaz, que olhou dentrodela esperando ver muitas pepitasgrandes. Ficou surpreso ao ver quea bolsa estava cheia de milhares deletes de ouro.

O velho garimpeiro disse: “Filho,parece-me que você está tão ocupadoprocurando pepitas grandes, que estádeixando de encher sua bolsa comesses preciosos letes de ouro. O acú-mulo paciente desses pequenos letesme trouxe uma grande riqueza”.

Essa história ilustra a verdade espi-ritual que Alma ensinou a seu lhoHelamã:

“Por meio de coisas peque-nas e simples que as grandes sãorealizadas. (…)

E por meios muito pequenos oSenhor (…) eetua a salvação de mui-tas almas” (Alma 37:6–7).

Irmãos e irmãs, o evangelho de Jesus Cristo é simples, não importa oquanto tentemos torná-lo complicado.

Devemos esorçar-nos para manternossa vida igualmente simples, livrede infuências externas, e concentrar-nos nas coisas que mais importam.

Quais são as coisas preciosas esimples do evangelho que trazem cla-reza e propósito a nossa vida? Quaissão os letes de ouro do evangelhocujo paciente acúmulo ao longo denossa vida nos recompensa com osupremo tesouro — o dom preciosoda vida eterna?

Creio que há um princípio simples,porém proundo — até sublime —que abrange a totalidade do evan-gelho de Jesus Cristo. Se adotarmossinceramente esse princípio e zermosdele o ponto central de nossa vida, ele

 vai puricar-nos e santicar-nos paraque possamos viver novamente napresença de Deus.

O Salvador alou desse princípioquando respondeu a um ariseu que

ouro na Caliórnia. Ele vendeu tudoo que possuía para tentar a sorte nosrios da Caliórnia, que lhe disseramestar repletos de pepitas de ouro tãograndes que dicilmente podiam sercarregadas.

Dia após dia, numa rotina inter-

minável, o jovem mergulhava suapeneira no rio, que voltava vazia. Suaúnica recompensa era uma pilha cada

 vez maior de pedras. Desanimadoe sem dinheiro, ele estava prestes adesistir, até que, um dia, um garim-peiro velho e experiente lhe disse: “Éum belo monte de pedras esse que

 você está juntando aí, meu rapaz”.O rapaz respondeu: “Não há ouro

aqui. Vou voltar para casa”. Aproximando-se da pilha de

pedras, o velho garimpeiro disse: “Oh,há ouro aqui, sim. Você só tem quesaber onde encontrá-lo”. Ele pegouduas pedras e bateu uma na outra.Uma das pedras rachou revelando

 vários letes de ouro brilhando ao sol.Percebendo a bolsa de couro car-

regada, presa à cintura do garimpeiro,o jovem disse: “Estou à procura depepitas como as de sua bolsa, e nãoapenas minúsculos letes”.

Encontrar Alegria noServiço Amoroso Mostremos nosso amor e apreço pelo sacrifício expiatório

do Salvador, por meio de nossos atos simples e compassivos de serviço.

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Lhe perguntou: “Mestre, qual é ogrande mandamento na lei?E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor

teu Deus de todo o teu coração, ede toda a tua alma, e de todo o teupensamento.

Este é o primeiro e grandemandamento.

E o segundo, semelhante a este,é: Amarás o teu próximo como a timesmo” (Mateus 22:36–40).

Só quando amamos a Deus e aCristo de todo o coração, alma emente, é que somos capazes de com-partilhar esse amor com nossos seme-lhantes, por meio de atos de bondadee de serviço — da maneira que oSalvador amaria e serviria a todos nós,se estivesse em nosso meio hoje.

Quando esse puro amor de Cristo— ou caridade — nos envolve, pen-samos, sentimos e agimos mais comoo Pai Celestial e Jesus pensariam, sen-tiriam e agiriam. Nosso desejo sinceroe motivação são mais semelhantes aos

do Salvador. Ele compartilhou essedesejo com Seus apóstolos na vésperade Sua crucicação. Ele disse:

“Um novo mandamento vos dou:Que vos ameis uns aos outros; comoeu vos amei a vós. (…)

Nisto todos conhecerão que soismeus discípulos, se vos amardes unsaos outros” (João 13:34–35).

O amor do Salvador é descritocomo um amor ativo. Não se mani-esta por meio de eitos grandes e

heroicos, mas sim por simples gestosde bondade e de serviço.Há uma innidade de maneiras e

situações nas quais podemos servir eamar as pessoas. Gostaria de sugeriralgumas.

Em primeiro lugar, a caridadecomeça no lar. O princípio maisimportante que deve governar todolar é a prática da Regra de Ouro — aadmoestação do Senhor de que “tudo

o que vós quereis que os homens vos açam, azei-lho também vós”(Mateus 7:12). Pare um pouco e ima-gine como você se sentiria se osse

alvo de palavras ou atos irrefetidos.Por meio de nosso exemplo, ensine-mos nossos amiliares a ter amor unspelos outros.

Outro lugar em que temos amplasoportunidades de servir é na Igreja.Nossas alas e ramos devem ser luga-res em que a Regra de Ouro sempreguie as palavras e ações de uns paracom os outros. Ao tratarmos unsaos outros com bondade, dizendopalavras de apoio e incentivo e sendo

sensíveis às necessidades alheias,podemos criar uma união carinhosaentre os membros da ala. Onde existecaridade, não há lugar para oocasou palavras rudes.

Os membros da ala, tanto adul-tos quanto jovens, podem unir-se naprestação de um serviço signica-tivo para abençoar a vida de outros.Poucas semanas atrás, o Presidenteda Área América do Sul Noroeste, o

Élder Marcus B. Nash, dos Setenta,relatou que ao designar que os “ortesde espírito ortalecessem os racos”,eles estavam resgatando centenas de

adultos e jovens menos ativos. Pormeio do amor e do serviço, “um aum”, estavam retornando. Esses atosde bondade criam um vínculo orte eduradouro entre todos os envolvidos— tanto os que ajudaram quanto osque oram ajudados. Muitas lem-branças preciosas giram em torno deserviços assim.

Quando penso em meus muitosanos de administração na Igreja,algumas de minhas lembranças mais

marcantes são da época em que meuni aos membros da ala para ajudaralguém.

Lembro-me, por exemplo, dequando era bispo e trabalhei com

 vários membros de minha ala paralimpar o poço de silagem da azendade bem-estar da estaca. Não era umatarea agradável! Um irmão menosativo que não requentava a Igreja,havia muitos anos, oi convidado

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para ajudar-nos. Devido ao amor e àamizade que sentiu enquanto con-

 versávamos naquele poço de silagemmal-cheiroso, ele voltou à Igreja e oimais tarde selado no templo a suaesposa e seus lhos. Nossa integraçãopor meio do serviço abençoou seuslhos, netos e agora bisnetos. Muitosdeles serviram missão, casaram-se notemplo e estão criando uma amíliaeterna — um grande trabalho que

oi ruto de um simples ato — umpequeno lete de ouro.Uma terceira área em que podemos

servir é em nossa comunidade. Comopura expressão de nosso amor e preo-cupação, podemos estender a mãopara aqueles que necessitam de nossaajuda. Muitos de vocês já vestiramuma camiseta Mãos Que Ajudam e tra-balharam incansavelmente para aliviaro sorimento de suas comunidades e

melhorá-las. Os jovens adultos soltei-ros da estaca Sendai Japão prestaramrecentemente um serviço inestimávelna busca de membros, após a devas-tação do terremoto e do tsunami. Háinúmeras oportunidades de servir!

Por meio de nossa bondade enosso serviço sinceros podemosazer amizade com aqueles a quemservimos. Dessas amizades surgeuma melhor compreensão de nossa

devoção ao evangelho e um desejo desaber mais a nosso respeito.Meu bom amigo, o Élder Joseph B.

 Wirthlin, alou do poder desse princí-pio: “A bondade é a essência da gran-deza. (…) É a chave que abre portase molda os bons amigos. Ela suavizacorações e molda os relacionamentosque podem perdurar a vida toda”(“A Virtude da Bondade”, A Liahona,maio de 2005, p. 26).

Outro modo pelo qual podemosservir aos lhos do Pai Celestial é pormeio do serviço missionário — nãoapenas como missionários de tempointegral, mas também como amigose vizinhos. O crescimento uturo daIgreja não acontecerá apenas batendoem portas de estranhos. Aconteceráquando os membros, juntamente comnossos missionários, cheios do amorde Deus e de Cristo, discernirem asnecessidades e as atenderem, no espí-rito do serviço caridoso.

Quando zermos isso, irmãos eirmãs, os honestos de coração sentirãonossa sinceridade e nosso amor. Mui-tos vão querer conhecer mais a nossorespeito. Então, e somente então, aIgreja crescerá para encher toda a

 Terra. Isso não pode ser realizadosomente pelos missionários, mas exigeo interesse e o serviço de todos osmembros.

Em todo nosso serviço, precisamosestar receptivos aos sussurros do Espí-

rito Santo. A voz mansa e delicada vaiindicar-nos quem necessita de nossaajuda e o que podemos azer paraajudá-los.

O Presidente Spencer W. Kimballdisse: “É vital que sirvamos uns aosoutros no reino. (…) Com muitarequência, nossos atos de serviçoconsistem em dar um simples incen-tivo ou oerecer ajuda em atividadescotidianas, mas que consequênciasgloriosas podem resultar de atos coti-

dianos (…), mas conscientes!” ( Ensi-namentos dos Presidentes da Igreja:Spencer W. Kimball , 2006, p. 92.)

E o Presidente Thomas S. Monsonaconselhou:

“Há pessoas necessitadas em todaparte, e todos nós podemos azer algopara ajudar alguém.

(…) A menos que nos entregue-mos totalmente ao serviço ao pró-

 ximo, haverá pouco propósito em

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Élder Neil L. AndersenDo Quórum dos Doze Apóstolos

retorno. Esta é uma época de grandesoportunidades e de importantes res-ponsabilidades. Esta é a sua época.

Com o batismo, vocês declararamsua é em Jesus Cristo. Com sua orde-

nação ao sacerdócio, seus talentos ecapacidades espirituais oram amplia-dos. Uma de suas importantes respon-sabilidades é a de ajudar a prepararo mundo para a Segunda Vinda doSalvador.

O Senhor nomeou um proeta, oPresidente Thomas S. Monson, paradirigir o trabalho de Seu sacerdócio.Para vocês, o Presidente Monsondisse: “O Senhor precisa de missioná-rios”.1 “Todo rapaz digno e capaz deve

preparar-se para servir uma missão.O serviço missionário é um dever dosacerdócio — uma obrigação que oSenhor espera de [vocês], que tanto[receberam] Dele”.2

O serviço missionário exige sacrií-cio. Sempre haverá algo que deixarãopara trás ao aceitarem o chamado doproeta para servir.

 Aqueles que acompanham os jogosde rúgbi sabem que a equipe All

Dirijo-me hoje, em especial, aosrapazes de 12 a 25 anos queportam o sacerdócio de Deus.

Nós pensamos muito em vocês eoramos por vocês. Certa vez contei a

história de um neto de quatro anosque deu um empurrão no irmãozinho.Depois de consolar aquele que cho-rava, minha esposa, Kathy, voltou-separa o de quatro anos e perguntouseriamente: “Por que você empurrouseu irmãozinho?”. Ele olhou para a avóe disse: “Mimi, sinto muito. Perdi meuanel do CTR e não consigo escolhero que é certo”. Sabemos que vocêssempre se empenham em azer o queé certo. Nós os amamos muito.

 Já pensaram no motivo pelo qualoram enviados à Terra nesta épocaespecíca? Vocês não nasceram naépoca de Adão e Eva, nem enquantoos araós governavam o Egito, nemdurante a dinastia Ming. Vieram à

 Terra nesta época, vinte séculosdepois da primeira vinda de Cristo. Osacerdócio de Deus oi restaurado na

 Terra, e o Senhor estendeu a mão parapreparar o mundo para Seu glorioso

S ES S Ã O D O S A C ER D ÓC IO | 2 de abr i l de 2011

Preparar o Mundopara a Segunda VindaSua missão será uma oportunidade sagrada de conduzir  pessoas a Cristo e ajudar a preparar o mundo “para aSegunda Vinda do Salvador”.

nossa vida” (“O Que Fiz Hoje por Alguém?”, A Liahona, novembro de2009, p. 86).

Irmãos e irmãs, gostaria de ena-tizar novamente que o atributo maisimportante do Pai Celestial e de SeuFilho amado, que devemos desejar eesorçar-nos para ter dentro de nós,é o dom da caridade, “o puro amorde Cristo” (Morôni 7:47). Desse domemana nossa capacidade de amare servir às pessoas — como ez oSalvador.

O proeta Mórmon ensinou-nosa suprema importância desse dom enos disse como podemos recebê-lo:“Portanto, meus amados irmãos, rogaiao Pai, com toda a energia de vossocoração, que sejais cheios desse amorque ele concedeu a todos os que são

 verdadeiros seguidores de seu Filho, Jesus Cristo; que vos torneis os lhosde Deus; que quando ele aparecer,sejamos como ele, porque o veremoscomo ele é; que tenhamos esta espe-

rança; que sejamos puricados, comoele é puro” (Morôni 7:48).

Grandes coisas são realizadas pormeio de simples e pequenas coisas.Como os pequenos letes de ouroque se acumulam com o tempo paraormar um grande tesouro, nossospequenos e simples atos de bondadee serviço vão-se acumular em uma

 vida cheia de amor pelo Pai Celestial,de devoção ao trabalho do Senhor

 Jesus Cristo e de um sentimento de

paz e alegria, sempre que estender-mos a mão uns para os outros. Ao aproximar-nos da época da

Páscoa, que mostremos nosso amore apreço pelo sacriício expiatório doSalvador, por meio de nossos atossimples e compassivos de serviço anossos irmãos e irmãs em casa, naIgreja e em nossas comunidades. Essaé minha humilde oração, em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

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Blacks, da Nova Zelândia, nome quelhes oi dado por causa da cor de seuuniorme, é o mais amoso time derúbgi de todos os tempos.3 O privi-légio de ser escolhido para integraros All Blacks da Nova Zelândia seriacomparável ao de participar da sele-ção da Copa do Mundo de utebol.

Em 1961, aos dezoito anos deidade, sendo portador do Sacerdócio

 Aarônico, Sidney Going, estava-se

tornando um astro do rúbgi, na NovaZelândia. Devido a suas habilidadesextraordinárias, muitos acharam queele seria escolhido no ano seguintepara integrar a equipe dos All Blacks.

 Aos dezenove anos, num momentocrítico de sua carreira ascendente norúgbi, Sidney declarou que iria aban-donar o esporte para servir missão.

 Alguns o chamaram de louco. Outroso chamaram de tolo.4 Alegaram queaquela oportunidade no rúgbi nunca

aconteceria de novo.Para Sid, o importante não era oque ele deixava para trás, mas a opor-tunidade e a responsabilidade quehavia pela rente. Ele tinha o dever dosacerdócio de oerecer dois anos desua vida para declarar a realidade doSenhor Jesus Cristo e de Seu evange-lho restaurado. Nada — nem mesmoa chance de jogar na seleção nacio-nal, com toda a consagração que isso

lhe proporcionaria — o impediria decumprir aquele dever.5

Ele oi chamado por um proetade Deus para servir na Missão Cana-dense Ocidental. Há quarenta e oitoanos, neste mês, o jovem Élder SidneyGoing, de dezenove anos, partiu daNova Zelândia para servir como mis-sionário da Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias.

Sid contou-me uma experiência

pessoal que teve em sua missão. Eranoite, e ele e o companheiro estavamprestes a retornar ao apartamento.Decidiram visitar mais uma amília. Opai os deixou entrar, e o Élder Goinge seu companheiro prestaram teste-munho do Salvador. A amília aceitouum exemplar do Livro de Mórmon. Opai o leu a noite inteira. Uma semanae meia depois, o pai tinha completadoa leitura do Livro de Mórmon, de Dou-trina e Convênios e de A Pérola de

Grande Valor. Poucas semanas depois,a amília oi batizada.6

Uma missão, em vez de uma posi-ção no time All Blacks da Nova Zelân-dia? Sid respondeu: “A bênção de levaro evangelho para as pessoas é muitomaior do que qualquer sacriício que

 você venha a azer”.7

 Vocês provavelmente estão-seperguntando: o que aconteceu comSid Going depois da missão. O mais

importante: um casamento eterno comsua namorada, Collenn, cinco nobreslhos e uma geração de netos. Portoda a vida, ele conou em seu PaiCelestial, guardou os mandamentos eserviu ao próximo.

E o rúgbi? Depois de sua missão,Sid Going tornou-se um dos melhoreszagueiros da história do All Blacks,disputando onze campeonatos,atuando por muitos anos como capi-tão do time.8

Será que Sid Going era bom? Eleera tão bom que sua agenda de treinose jogos oi alterada, porque ele não

 jogava aos domingos.9 Sid era tão bomque a rainha da Inglaterra reconheceusua contribuição para o rúgbi.10 Eratão bom que um livro oi escrito a res-peito dele, intitulado Super Sid.

E se Sid não tivesse recebido essashonras depois da missão? Um dosmaiores milagres do serviço missio-nário desta Igreja é ver que Sid Goinge milhares de missionários como ele

nunca perguntaram: “O que eu ganhocom minha missão?” Mas, sim: “O queposso oerecer?”

Sua missão será uma oportunidadesagrada de conduzir pessoas a Cristoe ajudar a preparar o mundo “para aSegunda Vinda do Salvador”.

O Senhor ala há muito tempoda preparação necessária para SuaSegunda Vinda. Para Enoque Eledeclarou: “E justiça enviarei dos céus;e verdade arei brotar da terra (…)

e justiça e verdade arei varrerema Terra, como um dilúvio, a m dereunir meus eleitos dos quatro cantosda Terra”.11 O proeta Daniel proeti-zou que nos últimos dias o evangelhoiria rolar até os conns da Terra, como“uma pedra [cortada] sem auxílio demãos”.12 Né alou da Igreja dos últi-mos dias, que teria poucos membros,mas estaria espalhada por toda a aceda Terra.13 O Senhor declarou, nesta

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como bons exemplos. A esperançapor si só não az com que nossoslhos cresçam em retidão. Precisa-mos passar tempo com eles na noiteamiliar e em atividades amiliares que

 valem a pena. Precisamos ensiná-los aorar. Precisamos ler as escrituras comeles e ensinar-lhes importantes prin-cípios do evangelho. Somente entãoserá possível que nossas mais almeja-das esperanças se tornem realidade.

 Jamais devemos deixar que a espe-rança seja substituída pelo desespero.O Apóstolo Paulo escreveu que deve-mos “lavrar com esperança” (I Corín-tios 9:10). O exercício da esperançaenriquece-nos a vida e ajuda-nos a

ansiar pelo uturo. Tanto ao arar umcampo quanto na vida é preciso quenós, santos dos últimos dias, tenhamosesperança.

No evangelho de Jesus Cristo, aesperança é o desejo de Seus seguido-res de alcançar a salvação eterna pormeio da Expiação do Salvador.

Essa é verdadeiramente a esperançaque todos devemos ter. É isso quenos dierencia do restante do mundo.Pedro admoestou os antigos seguido-

res de Cristo a estarem “sempre prepa-rados para responder com mansidãoe temor a qualquer que vos pedir arazão da esperança que há em vós”(I Pedro 3:15).

Nossa esperança na Expiaçãoinveste-nos de uma perspectiva eterna.Essa perspectiva permite que olhemospara além do aqui e agora, para apromessa das eternidades. Não temosque car connados às limitadas e

inconstantes expectativas da socie-dade. Estamos livres para almejar aglória celestial, selados a nossa amíliae a nossos entes queridos.

No evangelho, a esperança estáquase sempre relacionada à é eà caridade. O Presidente Dieter F.Uchtdor ensinou: “A esperança éuma das pernas de um banco de trêspernas, ao lado da é e da caridade.Essas três pernas estabilizam nossa

 vida, qualquer que seja a aspereza oua irregularidade das superícies queencontrarmos na ocasião” (“O PoderInnito da Esperança”, A Liahona,novembro de 2008, p. 21).

No último capítulo do Livro de

Mórmon, Morôni escreveu:“Portanto é preciso haver é; e se

é preciso haver é, também é precisohaver esperança; e se é preciso haveresperança, é preciso também havercaridade.

E a não ser que tenhais caridade,não podeis de modo algum ser salvosno reino de Deus; tampouco podeisser salvos no reino de Deus se nãotendes é e se não tendes esperança”(Morôni 10:20–21).

O Élder Russell M. Nelson ensinouque: “A fé está enraizada em JesusCristo. A esperança centraliza-se naExpiação. A caridade maniesta-seno ‘puro amor de Cristo’. Esse trêsatributos estão entrelaçados como osos dentro de um cabo e nem semprepodem ser precisamente distinguidosuns dos outros. Juntos, eles se tornamnossa conexão com o reino celestial”(“A More Excellent Hope”, Ensign,

evereiro de 1997, p. 61).Quando Né proetizou a respeitode Jesus Cristo, no nal de seu regis-tro, ele escreveu: “Deveis, pois, pros-seguir com rmeza em Cristo, tendoum pereito esplendor de esperançae amor a Deus e a todos os homens”(2 Né 31:20).

Esse “pereito esplendor deesperança” a que Né se reere é aesperança na Expiação, a salvaçãoeterna possibilitada pelo sacriício denosso Salvador. Essa esperança levouhomens e mulheres a azer coisasextraordinárias ao longo das eras. Osantigos apóstolos viajaram por todo omundo e prestaram testemunho Delee, por m, deram a vida a Seu serviço.

Nesta dispensação, muitos dosprimeiros membros da Igreja abando-naram suas casas com o coração cheiode esperança e é, ao viajarem para ooeste através das Grandes Planícies,até o Vale do Lago Salgado.

Em 1851, Mary Murray Murdoch

liou-se à Igreja na Escócia, quandoera uma viúva de 67 anos. Ela era umamulher baixinha, de 1,20 metro dealtura e com menos de 41 quilos, queteve oito lhos, seis dos quais viveramaté a idade adulta. Devido a sua baixaestatura, seus lhos e netos a chama-

 vam aetuosamente de “vovozinha”.Seu lho, John Murdoch e a esposa

liaram-se à Igreja e partiram para Utahem 1852 com seus dois lhos peque-nos. Apesar das diculdades da própria

amília, quatro anos depois, Johnenviou a sua mãe o dinheiro necessáriopara que ela se unisse à amília em SaltLake City. Com uma esperança bemmaior do que sua baixa estatura, Marycomeçou a árdua viagem para o oeste,rumo a Utah, aos 73 anos de idade.

Depois de uma travessia segurado Atlântico, ela acabou unindo-se àdesventurada companhia Martin decarrinhos de mão. No dia 28 de junho,

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Larry M. GibsonPrimeiro Conselheiro na Presidência Geral dos Rapazes

Um de meus lhos, aos doze anos,decidiu criar coelhos. Fizemosgaiolas e compramos um grande

coelho macho e duas êmeas, de um vizinho. Eu não tinha ideia do que nosaguardava. Em pouco tempo, o viveirocou lotado de coelhinhos. Agora quemeu lho está crescido, devo conessarminha surpresa ao ver o modo comoeles eram controlados: um cachorro do

 vizinho entrava de vez em quando no viveiro e reduzia sua população.

Mas, emocionava-me ao ver comomeu lho e seus irmãos cuidavamdaqueles coelhos e os protegiam. E

agora, como maridos e pais, eles sãoportadores do sacerdócio dignos queamam, ortalecem a própria amília ezelam por ela.

Sinto-me tocado ao observar vocês,rapazes do Sacerdócio Aarônico,zelando pelas pessoas ao seu redor,dando-lhes apoio e ortalecendo-as,inclusive as de sua amília, os mem-bros de seu quórum e muitos outros.Eu os amo muito.

Recentemente, vi um rapaz de trezeanos ser designado presidente doquórum de diáconos. Depois disso, o

bispo apertou-lhe a mão e o cha-mou de “presidente”, explicando aosmembros do quórum que “o chamavade presidente para salientar a naturezasagrada do chamado dele. O presi-dente do quórum de diáconos é umadas quatro únicas pessoas da ala quetêm chaves de presidência. Com essaschaves, ele e seus conselheiros vãoliderar o quórum sob a inspiração doSenhor”. Aquele bispo compreendeuo poder de uma presidência lide-

rada por um presidente que possui eexerce as sagradas chaves do sacerdó-cio (ver D&C 124:142–143).

Mais tarde, perguntei àquele rapazse ele estava preparado para presidiraquele grande quórum. Sua respostaoi: “Estou nervoso. Não sei o que umpresidente de quórum de diáconosaz. Poderia me dizer?”

Eu disse que ele tinha um bispadoe consultores maravilhosos que o

As Sagradas Chavesdo Sacerdócio

AarônicoO Senhor quer que todo portador do Sacerdócio Aarônicoconvide todos a virem a Cristo — começando pela própria família.

aqueles pioneiros de carrinho de mãocomeçaram sua jornada para o oeste.O sorimento daquela companhia ébem conhecido. Dos 576 membrosdo grupo, quase um quarto morreuantes de chegarem a Utah. Mais teriamperecido se não osse pelo trabalhode resgate organizado pelo PresidenteBrigham Young, que enviou carroçõese suprimentos para procurar os santosperdidos na neve.

Mary Murdoch morreu no dia 2 deoutubro de 1856, perto de ChimneyRock, Nebraska. Ali, ela morreu devidoà adiga e exposição às intempéries da

 jornada. Seu rágil corpo simplesmentenão suportou o sorimento ísico comque os santos se depararam. Quandoestava prestes a morrer, seus pensa-mentos estavam com a amília, emUtah. As últimas palavras daquela elmulher pioneira oram: “Diga ao Johnque morri com o rosto voltado paraSião” (ver Kenneth W. Merrell, ScottishShepherd: The Life and Times of John

 Murray Murdoch, Utah Pioneer ,2006, pp. 34, 39, 54, 77, 94–97, 103,112–113, 115).

Mary Murray Murdoch é um exem-plo da esperança e é que tinhammuitos dos antigos pioneiros queempreenderam a corajosa jornadapara o oeste. As jornadas espirituaisde hoje exigem tanta esperança eé quanto a que tinham os antigospioneiros. Nossos desaos podem serdierentes, mas as diculdades são

igualmente grandes.É minha oração que nossas espe-ranças nos conduzam à realização denossos sonhos justos. Oro particular-mente para que nossa esperança naExpiação ortaleça nossa é e caridadee nos dê uma perspectiva eterna denosso uturo. Que todos tenhamosaquele pereito esplendor de espe-rança, é minha oração, em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

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ajudariam a tornar-se um poderoso ebem-sucedido líder do sacerdócio. Eusabia que eles respeitariam as sagradaschaves de presidência que ele possuía.

Perguntei-lhe, então: “Você achaque o Senhor o chamaria paraeste importante cargo sem lhe darorientações?”

Ele pensou e em seguida respon-deu: “Onde as encontro?”

Depois de conversarmos umpouco, ele se deu conta de queencontraria orientações nas escrituras,nas palavras dos proetas vivos e nasrespostas a suas orações. Decidimosprocurar uma escritura que osse umponto de partida em sua pesquisapara descobrir as responsabilidadesde seu novo chamado.

 Abrimos na seção 107 de Doutrinae Convênios, versículo 85. Aquele ver-sículo mencionava que um presidente

de quórum de diáconos devia sen-tar-se em conselho com os membrosde seu quórum e ensinar-lhes seusdeveres. Observamos que o quórumnão é simplesmente uma classe, mastambém um conselho de rapazes, eeles devem ortalecer e edicar unsaos outros, sob a direção do presi-dente. Expressei conança de que eleseria um ótimo presidente, que cona-ria na inspiração do Senhor e magni-caria seu sagrado chamado, ao ensinar

aos outros diáconos seus deveres.Depois, perguntei: “Sabendo que você deve ensinar aos diáconos seusdeveres, você sabe quais são essesdeveres?”

Novamente abrimos as escrituras eencontramos:

1. Um diácono está encarregado dezelar pela Igreja e de ser um minis-tro local (ver D&C 84:111).

Como a amília é a unidadebásica da Igreja, o lugar maisimportante em que o portador doSacerdócio Aarônico pode cumpriresse dever é no próprio lar. Elepresta serviço no sacerdócio ao paie à mãe, na tarea que eles têm deliderar a amília. Também zela porseus irmãos e irmãs, pelos rapa-zes de seu quórum e pelos outrosmembros da ala.

2. O diácono auxilia o mestre emtodos os seus deveres na Igreja,conorme as necessidades (verD&C 20:57).

Concluímos que, se o diáconodeve auxiliar nos deveres dosmestres, ele precisa conhecer essesdeveres. Procuramos nas escritu-ras e rapidamente identicamosdiversos deveres do oício de mes-tre (ver D&C 20:53–59; 84:111).

Que vigorosa experiência pessoalseria para todo rapaz — e paraseu pai, seus consultores e todosnós — se ele zesse exatamente oque aquele jovem ez: consultar asescrituras e descobrir por si mesmoquais são seus deveres. Suspeitoque muitos de nós caríamossurpresos — e inspirados — como que encontraríamos. O programaDever para com Deus contémresumos úteis dos deveres do

Sacerdócio Aarônico e é um bomrecurso para o desenvolvimentoespiritual. Recomendo que o usemrequentemente.

3. Os diáconos e mestres tambémdevem “admoestar, explicar, exortare ensinar e convidar todos a virema Cristo” (D&C 20:59; ver os versí-culos 46 e 68 para os sacerdotes).

Muitos rapazes acham que suaexperiência missionária começará

quando zerem dezenove anos eentrarem no Centro de TreinamentoMissionário. Aprendemos nas escri-turas que ela começa bem antesdisso. O Senhor quer que todoportador do Sacerdócio Aarônicoconvide todos a virem a Cristo —começando pela própria amília.

Em seguida, para ajudar o jovempresidente a compreender que ele —e somente ele — era o líder presi-dente do quórum, sugeri que ele lessetrês vezes o primeiro dever citado emDoutrina e Convênios 107:85. Ele leu:“Presidir doze diáconos”. Perguntei:“O que o Senhor está dizendo-lhepessoalmente sobre seu dever comopresidente?”

“Bem”, disse ele, “várias coisas me vieram à mente enquanto conversá- vamos. Acho que o Pai Celestial querque eu seja presidente de doze diáco-nos. Há apenas cinco que requentam,e um vem apenas às vezes. Então,

como podemos ter doze?”Ora, nunca vi alguém interpretar

aquela escritura da maneira que ele oez, mas ele tinha as chaves sagradasque eu não tinha. Fui ensinado porum presidente de quórum de diáco-nos de treze anos a respeito do poderde revelação que resulta das chavessagradas da presidência, indepen-dentemente do intelecto, estatura ouidade.

Respondi: “Não sei. O que você

acha?”E ele disse: “Precisamos descobrirum meio de azer com que ele conti-nue vindo. Sei que há dois outros quedeveriam estar em nosso quórum, masnão requentam, e não os conheço.

 Talvez eu possa azer amizade comum deles e pedir que meus conse-lheiros trabalhem com os outros. Setodos vierem, teríamos sete, mas ondeconseguiremos mais cinco?”

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“Não sei”, oi minha resposta, “mas,se o Pai Celestial quer que eles re-quentem, Ele sabe”.

“Então precisamos orar como presi-dência e como quórum para descobriro que azer.” Ele então perguntou:“Sou responsável por todos os rapazesda idade de diácono de nossa ala, atéos que não são membros?”

 Admirado, eu disse: “Do pontode vista do Senhor, será que o bispotem responsabilidade apenas pelosmembros da ala, ou por todos os quemoram dentro dos limites dela?”

 Aquele jovem “ministro local”entendeu. Ele reconheceu o papelque todo diácono, mestre e sacerdotetem de zelar pela Igreja e de convidartodos a virem a Cristo.

Meus pensamentos se voltarampara uma escritura, ao pensar nosnossos maravilhosos rapazes e moçasda Igreja — uma escritura que Morônicitou para Joseph Smith, dizendo queaquilo “não havia sido cumprido, mas

logo o seria” (Joseph Smith—Histó-ria 1:41) — “E há de ser que, depois

derramarei o meu Espírito sobre todaa carne, e vossos lhos e vossas lhasproetizarão, (…) os vossos jovensterão visões” ( Joel 2:28).

O que “veio à mente” daquele jovem presidente oi uma visão doque o Pai Celestial queria que o quó-rum dele osse. Foi a revelação queele precisava receber para ortaleceros membros ativos de seu quórum,resgatar os que estavam tendo di-culdades e convidar todos a virema Cristo. Tendo essa inspiração, eleez planos para realizar a vontade doSenhor.

O Senhor ensinou àquele jovempresidente que sacerdócio signicaestender a mão e servir ao pró-

 ximo. Como nosso amado proeta,o Presidente Thomas S. Monson,explicou: “O sacerdócio, mais do queuma dádiva, é um comissionamentopara servir, um privilégio de elevar,e uma oportunidade de abençoaroutras vidas” (“Nosso Sagrado Voto de

Conança do Sacerdócio”, A Liahona,maio de 2006, p. 54).

O serviço é o próprio alicerce dosacerdócio: o serviço ao próximo,como exemplicado pelo Salvador.

 Testico-lhes que este é Seu sacerdó-cio, que estamos a serviço Dele, e queEle mostrou a todos os portadores dosacerdócio o caminho para o serviçoel no sacerdócio.

Convido todas as presidênciasde quóruns de diáconos, mestres

e sacerdotes a aconselharem-semutuamente, estudar e orar paraconhecer a vontade do Senhor paraseu quórum e, depois, colocá-la emprática. Usem o livreto Dever paracom Deus para ajudá-los a ensinaraos membros do seu quórum quaissão os deveres deles. Convido cadamembro de quórum a apoiar seupresidente de quórum e a bus-car conselhos dele, ao aprender e

cumprir dignamente todos os seusdeveres do sacerdócio. E rogo quecada um de nós veja esses extraor-dinários jovens como o Senhor os

 vê: um vigoroso instrumento para aedicação e o ortalecimento de Seureino, aqui e agora.

 Vocês, rapazes maravilhosos, sãoportadores do Sacerdócio Aarônico,restaurado por João Batista a JosephSmith e Oliver Cowdery, perto deHarmony, Pensilvânia. Seu sacerdó-cio possui as chaves sagradas queabrem as portas para que todosos lhos do Pai Celestial se ache-guem a Seu Filho, Jesus Cristo, e Osigam. Isso é eito por intermédio do“evangelho do arrependimento, e dobatismo por imersão para a remissãode pecados”, pela ordenança sema-nal do sacramento e pela “minis-tração de anjos” (D&C 13:1; JosephSmith—História 1:69). Vocês sãorealmente “ministros”, que precisamser limpos, dignos e éis portadores

do sacerdócio, em todos os momen-tos e em todos os lugares.

Por quê? Ouçam as palavras denossa amada Primeira Presidência,dirigidas a cada um de vocês em seulivreto Dever para com Deus:

“Você tem a autoridade paraministrar as ordenanças do Sacerdó-cio Aarônico. (…) Você abençoaráabundantemente a vida daqueles aoseu redor. (…)

O Pai Celestial deposita grande

conança em você e tem uma impor-tante missão para você cumprir”(Cumprir Meu Dever para com Deus: Para os Portadores do Sacerdócio Aarônico, 2010, p. 5).

Sei que essas palavras são verda-deiras e oro para que cada um de nóstenha aquele mesmo testemunho.Digo essas coisas no sagrado nomeDaquele, Cujo sacerdócio portamos:

 Jesus Cristo. Amém. ◼

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Presidente Dieter F. UchtdorfSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Era uma vez um homem cujosonho de sua vida era subir abordo de um navio de cruzeiro

e viajar pelo Mar Mediterrâneo. Elesonhava em andar pelas ruas deRoma, Atenas e Istambul. Ele eco-nomizou cada centavo até juntar o

suciente para sua passagem. Comoo dinheiro era escasso, levou consigouma mala cheia de latas de eijão,caixas de biscoitos e saquinhos delimonada em pó, e era isso que eleconsumia todos os dias.

Ele teria adorado participar dasmuitas atividades oerecidas no navio— exercitar-se na sala de ginástica,

 jogar mini-gole e nadar na piscina.Invejava aqueles que iam ao cinema,aos shows e às apresentações cul-

turais. E, oh, como ele ansiava porprovar um pouco que osse da comidaincrível que viu no navio — cadareeição parecia um banquete! Maso homem não queria gastar muito,por isso não participou de nenhumadaquelas coisas. Conseguiu ver ascidades que havia desejado visitar,mas durante a maior parte da viagem,cou em sua cabine e só consumiuseu parco alimento.

m de anos”.1

Ele possui “a chave doconhecimento de Deus”.2 Na verdade,por meio do sacerdócio, “maniesta-seo [verdadeiro] poder da divindade”.3

 As bênçãos do sacerdócio transcen-dem nossa capacidade de compreen-são. Os éis portadores do Sacerdóciode Melquisedeque podem “[tornar-se](…) os eleitos de Deus”.4 Eles são“santicados pelo Espírito para a reno-

 vação do corpo”5 e podem, no nal,receber “tudo o que [o] Pai possui”.6 Isso pode ser diícil de compreender,mas é maravilhoso, e testico que é

 verdade.O ato de nosso Pai Celestial ter

conado esse poder e responsabili-dade ao homem é uma prova de Seugrande amor por nós e um prenúnciode nosso potencial como lhos deDeus no uturo.

No entanto, muitas vezes nossasações sugerem que vivemos bemaquém do nosso potencial. Quandoquestionados sobre o sacerdócio, mui-

tos de nós podem recitar uma deni-ção correta; mas, em nossa vida diária,talvez haja pouca evidência de quenosso entendimento se estenda alémdo nível de um roteiro ensaiado.

Irmãos, estamos diante de umaescolha. Podemos satisazer-nos comuma experiência pobre como porta-dores do sacerdócio, e nos contentarcom algo bem aquém de nossas prer-rogati vas, ou podemos participar deum arto banquete de oportunidades

espirituais e de bênçãos abrangentesdo sacerdócio.

O que podemos fazer para viver à alturado nosso potencial?

 As palavras escritas nas escrituras eproeridas na conerência geral devem,sim, “aplicar-se a nossa vida”,7 e nãoser apenas para ler ou ouvir.8 Mui-tas vezes, participamos de reuniõese azemos que sim com a cabeça;

No último dia do cruzeiro, ummembro da tripulação perguntou-lhe em qual das estas de despedidaele estaria presente. Foi então que ohomem cou sabendo que não só aesta de despedida, mas quase tudoa bordo do navio de cruzeiro — a

comida, o entretenimento, todas as ati- vidades — já estava incluído no preçoda sua passagem. O homem percebeutarde demais que estivera vivendobem abaixo de seus privilégios.

 A questão levantada por essaparábola é: Será que, como portado-res do sacerdócio, também estamos

 vivendo abaixo de nossos privilégiosno tocante ao poder sagrado, às dádi-

 vas e bênçãos sagradas que são nossoprivilégio e direito como portadores

do sacerdócio de Deus?

 A Glória e a Grandiosidadedo Sacerdócio

 Todos sabemos que o sacerdócioé muito mais do que somente umnome ou título. O Proeta JosephSmith ensinou que “o sacerdócio é umprincípio eterno e existiu com Deusdesde a eternidade (…) por toda aeternidade, sem princípio de dias ou

Seu Potencial,Seu Privilégio Ao lerem as escrituras e ouvirem as palavras dos profetas 

com toda mente e de todo coração, o Senhor lhes dirá comoviver a plenitude de seus privilégios do sacerdócio.

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essa inspiração parece tão pequenae insignicante, não a reconhecemcomo realmente é. Como resultado,permitem que dúvidas os impeçamde atingir seu pleno potencial comoportadores do sacerdócio.

 A revelação e o testemunho nemsempre chegam com orça esma-gadora. Para muitos, o testemunhochega lentamente, um pouco de cada

 vez. Às vezes, chega de orma tão gra-dual que é diícil recordar o momento

exato em que soubemos realmenteque o evangelho era verdadeiro. OSenhor nos dá “linha sobre linha, pre-ceito sobre preceito, um pouco aqui eum pouco ali”.10

De certa orma, nosso testemunhoé como uma bola de neve que crescea cada vez que rola. Começamos comuma pequena quantidade de luz,mesmo que seja apenas um desejode acreditar. Gradualmente, “a luz seapega à luz”,11 e “aquele que recebe

luz e persevera em Deus recebemais luz; e essa luz se torna mais emais brilhante, até o dia pereito”,12 quando, então, “no devido tempo,[receberemos] de sua plenitude”.13

Imaginem que coisa gloriosa seriaultrapassar nossas limitações terrenas,

 vendo abrir os olhos de nosso enten-dimento e recebendo luz e conhe-cimento das ontes celestiais! Temoso privilégio e a oportunidade, como

portadores do sacerdócio, de buscarrevelações pessoais e aprender a reco-nhecer a verdade por nós mesmos,por meio do testemunho seguro doEspírito Santo.

Busquemos sinceramente a luzda inspiração pessoal. Roguemos aoSenhor que conceda a nossa mentee alma aquela centelha de é quenos permitirá receber e reconhecer adivina ministração do Espírito Santo,especicamente para a nossa situação

na vida e por nossos desaos e deve-res do sacerdócio.

Terceiro: Encontrar Alegria no Serviçodo Sacerdócio

Durante minha carreira como pilotode avião, tive a oportunidade de serocial de vericação de prociência etreinamento. Como parte desse traba-lho, eu treinava e testava pilotos expe-rientes para garantir que eles tivessemsuciente conhecimento e perícia para

pilotar com segurança e ecácia aque-les grandes e magnícos jatos.Descobri que havia pilotos que,

mesmo após muitos anos de carreiraprossional, nunca deixaram de sentira emoção de subir para a atmosera,“escapando dos laços mal-humoradosda Terra para dançar pelos céus comsorridentes asas prateadas”.14 Adora-

 vam o impetuoso sibilo do ar, o rosnardas potentes turbinas, a sensação de

ser “um com o vento e um com o céuescuro e as estrelas à rente”.15 Seuentusiasmo era contagiante.

 Também havia uns poucos quepareciam estar simplesmente cum-prindo a rotina. Tinham aprendido alidar com os sistemas e a manejar os

 jatos, mas em algum lugar ao longodo caminho tinham perdido a alegriade voar “onde nenhuma cotovia, oumesmo uma águia, já voou”.16 Tinhamperdido o sentimento de admiraçãodiante de um reluzente nascer do sole da beleza das criações de Deus aoatravessarem oceanos e continentes.Se cumprissem os requisitos o-ciais, eu liberava sua licença, mas aomesmo tempo sentia pena deles.

 Vocês poderiam perguntar a simesmos se estão apenas cumprindoa rotina como portadores do sacer-dócio — azendo o que é esperado,mas sem sentir a alegria que deve-riam ter. O sacerdócio nos oerecemuitas oportunidades de sentir a

alegria descrita por Amon: “Nãotemos, portanto, motivo para regozi-

 jar-nos? (…) Fomos instrumentos [nas]

Bucareste, Romênia 

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mãos [do Senhor] para realizar estagrande e maravilhosa obra. Gloriemo-nos, portanto (…) no Senhor; sim,rejubilar-nos-emos”.17

Irmãos, nossa religião é cheia dealegria! Temos a grande bênção desermos portadores do sacerdóciode Deus! No livro de Salmos, lemos:“Bem-aventurado o povo que conheceo som alegre; andará, ó Senhor, naluz da tua ace”.18 Podemos sen-tir essa grande alegria: basta que aprocuremos.

Muitas vezes deixamos de sentira elicidade decorrente da práticadiária do serviço do sacerdócio.

 Às vezes, nossos encargos podemparecer ardos. Irmãos, que nãopassemos a vida imersos em três As:aadigados, angustiados e cheios deautopiedade. Vivemos aquém denossos privilégios quando permi-timos que âncoras mundanas nosaastem da alegria abundante queadvém do serviço dedicado e el no

sacerdócio, especialmente dentroda nossa própria casa. Vivemosaquém de nossos privilégios quandodeixamos de participar do banquetede elicidade, paz e alegria que Deusconcede tão abundantemente aoséis servos do sacerdócio.

Rapazes, se o ato de chegar cedo àIgreja para ajudar a preparar o sacra-mento lhes parecer mais uma tareaárdua do que uma bênção, convido

 vocês a pensarem no que essa orde-

nança sagrada pode signicar paraum membro da ala que talvez tenhatido uma semana diícil. Irmãos, seseus esorços no ensino amiliarparecerem pouco ecazes, convi-do-os a ver com os olhos da é o queuma visita de um servo do Senhorpoderá azer por uma amília que temproblemas que ninguém vê. Quandocompreenderem o divino potencialdo seu serviço no sacerdócio, o

Espírito de Deus vai encher-lhes ocoração e a mente, e vai brilhar emseus olhos e em seu rosto.

Como portadores do sacerdócio,que jamais nos tornemos insensíveisàs coisas maravilhosas e extraordiná-rias que o Senhor nos conou.

ConclusãoMeus queridos irmãos, busquemos

aprender a doutrina do santo sacerdó-

cio; ortaleçamos nosso testemunholinha sobre linha, recebendo as reve-lações do Espírito, e encontremos a

 verdadeira alegria do serviço diário nosacerdócio. Se zermos essas coisas,

 vamos começar a viver de acordo comnosso potencial e nossos privilégioscomo portadores do sacerdócio, e

 vamos ser capazes de azer “todas ascoisas em Cristo que [nos] ortalece”.19 Disso presto testemunho, como

apóstolo do Senhor, e deixo-lhesminha bênção, no sagrado nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 109.

2. Doutrina e Convênios 84:19.3. Doutrina e Convênios 84:20.4. Doutrina e Convênios 84:34.5. Doutrina e Convênios 84:33.6. Doutrina e Convênios 84:38.7. Ver 1 Néf 19:24.8. Ver Tiago 1:22.

9. Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 113–114.10. 2 Néf 28:30.11. Doutrina e Convênios 88:40.12. Doutrina e Convênios 50:24.13. Doutrina e Convênios 93:19.14. John Gillespie Magee Jr., “High Flight”,

Diane Ravitch, ed., The American Reader:Words That Moved a Nation, 1990, p. 486.

15. Richard Bach, Stranger to the Ground ,1963, p. 9.

16. Magee, “High Flight”, p. 486.17. Alma 26:13, pp. 15–16.18. Salmos 89:15.19. Filipenses 4:13.

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Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Sinto-me grato por estar com

 vocês nesta reunião do sacerdó-cio de Deus. Estamos em muitos

lugares dierentes nesta noite e emmuitos estágios de nosso serviço nosacerdócio. Ainda assim, com todanossa variedade de circunstânciastemos uma necessidade em comum.

É a de aprender nossos deveres nosacerdócio e aumentar nossa capaci-dade de desempenhá-los.

Quando eu era diácono, senti orte-mente essa necessidade. Morava numpequeno ramo da Igreja, em Nova

 Jersey, na Costa Leste dos EstadosUnidos. Eu era o único diácono noramo — não apenas o único ativo,mas o único nos registros. Meu irmãomais velho, Ted, era o único mestre.Ele está aqui esta noite.

Enquanto eu ainda era diácono,minha amília mudou-se para Utah. Aqui, encontrei três coisas maravilho-sas que aceleraram meu crescimentono sacerdócio. A primeira oi umpresidente que sabia como se sentarem conselho com os membros de seuquórum. A segunda era uma grandeé em Jesus Cristo que nos levou ater o grande amor de que ouvíramosalar — amor uns pelos outros. E a

coisa pequena e comum para vocês,mas isso deu-me uma sensação depoder no sacerdócio e mudou meuserviço no sacerdócio desde aquelemomento. Começou pelo modo comoele nos liderava.

Pelo que posso lembrar, ele tratavaa opinião dos jovens sacerdotes comose osse a dos homens mais sábios domundo. Ele esperava até que todostivessem terminado de alar. Ele ouvia.E quando decidia o que devia sereito, parecia-me que o Espírito conr-mava as decisões para nós e para ele.

Dou-me conta hoje de que senti oque signica a escritura que diz que opresidente deve sentar-se em conselhocom os membros de seu quórum.1 Eanos mais tarde, com meu quórum desacerdotes, quando eu era bispo, tantoeles quanto eu omos ensinados peloque eu havia aprendido quando eraum jovem sacerdote.

 Vinte anos depois, também comobispo, tive a oportunidade de ver a e-

cácia de um conselho, não apenas nacapela, mas também nas montanhas.Numa atividade de sábado, um mem-bro de nosso quórum passou a noiteperdido na foresta. Pelo que sabía-mos, estava sozinho e sem agasalho,comida ou abrigo. Nós o procuramossem ter sucesso.

Lembro-me que oramos juntos,o quórum dos sacerdotes e eu, eentão pedi que cada um alasse. Ouviatentamente e pareceu-me que eles

também o zeram. Depois de algumtempo, tivemos um sentimento de paz.Senti que o membro perdido de nossoquórum estava seguro e protegido dachuva em algum lugar.

Ficou claro para mim o que oquórum devia azer e o que não devia.Quando as pessoas que o encontra-ram descreveram o lugar no bosqueem que ele se abrigara, senti que oreconheci. Mas, para mim, o maior

terceira oi a convicção compartilhadapor todos, de que o propósito globaldo sacerdócio era o de trabalhar pelasalvação dos homens.

Não oi a ala bem estabelecida queez a dierença. O que havia naquelaala pode existir em qualquer lugar, emqualquer unidade da Igreja em que

 vocês estejam.Essas três coisas podem ser uma

parte tão constante do que viven-ciam no sacerdócio, que talvez mal atenham percebido. Outros talvez nãotenham sentido essa necessidade decrescimento, de modo a tornar essesauxílios invisíveis a vocês. Seja comoor, oro para que o Espírito me ajude atorná-las claras e atraentes para vocês.

Meu objetivo ao abordar essestrês auxílios para o crescimento no

sacerdócio é azer com que vocês os valorizem e usem. Se zerem isso, seuserviço se tornará muito melhor. E seor magnicado, seu serviço no sacer-dócio vai abençoar os lhos do PaiCelestial mais do que vocês possamimaginar ser possível hoje.

Descobri a primeira quando uirecebido calorosamente no quórumde sacerdotes, tendo o bispo comonosso presidente. Pode parecer uma

Aprendizado noSacerdócioSe forem obedientes e diligentes no sacerdócio, sobre vocês 

 serão derramados tesouros de conhecimento espiritual.

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milagre oi ver a é em Jesus Cristodemonstrada por um conselho dosacerdócio unido, trazendo revelaçãoao homem que possuía as chavesdo sacerdócio. Todos crescemos empoder no sacerdócio naquele dia.

 A segunda chave para um maioraprendizado é ter o amor mútuo queresulta de uma grande é. Não tenhocerteza do que vem primeiro, mas

parece-me que as duas coisas estãosempre presentes onde quer quehaja grande e rápido aprendizado nosacerdócio. Joseph Smith ensinou-nosisso pelo exemplo.

No início da Igreja, nesta dispensa-ção, ele recebeu um mandamento deDeus no qual lhe oi ordenado edicara orça no sacerdócio. Ele oi orien-tado a criar escolas para os portadoresdo sacerdócio. O Senhor exigiu que

ali houvesse amor uns pelos outrosentre aqueles que iriam ensinar e serensinados. Eis as palavras do Senhorsobre o estabelecimento de um lugarde aprendizado no sacerdócio e sobrecomo ele deveria ser para os que os-sem aprender ali:

“Organizai-vos (…) e estabeleceiuma casa (…) de aprendizado, (…)uma casa de ordem (…).

Dentre vós designai um proessore não alem todos ao mesmo tempo;mas cada um ale a seu tempo etodos ouçam suas palavras, para quequando todos houverem alado, todossejam edicados por todos, para quetodos tenham privilégios iguais”.2

O Senhor descreveu o que vimosser a orça de um conselho ou classedo sacerdócio para proporcionar reve-lação pelo Espírito. A revelação é a

única maneira de sabermos que Jesusé o Cristo. Essa grande é é o primeirodegrau da escada que subimos paraaprender os princípios do evangelho.

Na seção 88 de Doutrina e Con- vênios, nos versículos 123 e 124, oSenhor salientou que devemos amaruns aos outros e não achar altas unsnos outros. Cada pessoa entrava naescola do sacerdócio estabelecida peloproeta do Senhor erguendo a mãopara azer o convênio de ser “amigo eirmão (…) nos laços do amor”. 3

Não seguimos essa prática hoje emdia, mas sempre que vejo um apren-dizado extraordinário no sacerdócio,lá existem esses laços de amor. Peloque vi, isso oi tanto causa quantoeeito do aprendizado de verdades doevangelho. O amor propicia a pre-sença do Espírito Santo para conrmara verdade. E a alegria de aprender

 verdades divinas cria amor no cora-ção das pessoas que compartilham aexperiência de aprendizado.

O contrário também é verdade. Adiscórdia ou a inveja inibem a capaci-dade de o Espírito Santo ensinar-nose inibe nossa capacidade de receberluz e verdade. E o dissabor invaria-

 velmente resultante gera discórdia ecríticas ainda maiores, em meio aosque deveriam ter uma experiência deaprendizado que não acontece.

Sempre me parece que entreos portadores do sacerdócio, queaprendem juntos, há grandes paci-

cadores. Vocês veem isso nas classesdo sacerdócio e nos conselhos. É odom de ajudar as pessoas a encon-trar pontos em comum, quando elastêm dierenças de opinião. É o domdo pacicador de ajudar as pessoas a

 verem que o que a outra disse oi umacontribuição e não uma correção.

Com bastante do puro amor deCristo e o desejo de ser um pacica-dor, a união é possível nos conselhos

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do sacerdócio e nas classes. É precisopaciência e humildade, mas vi issoacontecer mesmo quando as questõessão diíceis e as pessoas do conselhoou da classe têm ormação muitodierente.

É possível erguer-nos ao sublimepadrão estabelecido pelo Senhor paraos portadores do sacerdócio ao toma-rem decisões nos quóruns. É possívelquando ali existe grande é e amor, enão há contendas. Eis o que Senhorexige para que Ele endosse nossas

decisões: “E toda decisão tomadapor um desses quóruns deve sê-lopelo voto unânime do mesmo; isto é,cada membro de cada quórum deveconcordar com suas decisões, a m deque estas tenham o mesmo poder ou

 validade entre si”.4

O terceiro auxílio para o aprendi-zado no sacerdócio advém da con vic-ção que compartilhamos do motivopelo qual o Senhor nos abençoa comSeu sacerdócio e cona que o porte-

mos e o exerçamos, isto é, trabalhar-mos para a salvação dos homens. Essaconvicção compartilhada proporcionaunião nos quóruns. Podemos começara aprender a respeito disso no relatodas escrituras sobre como os lhosespirituais oram preparados, antesde nascer, para esta grande honra depossuir o sacerdócio.

Falando daqueles a quem oiconada a grande responsabilidade

no sacerdócio nesta vida, o Senhordisse: “Mesmo antes de nascerem,eles, com muitos outros, receberamsuas primeiras lições no mundodos espíritos e oram preparadospara nascer no devido tempo doSenhor, a m de trabalharem em sua

 vinha para a salvação da alma doshomens”.5

No sacerdócio, compartilhamos osagrado dever de trabalhar pela almados homens. Precisamos azer mais doque aprender que esse é nosso dever.

Isso precisa penetrar proundamentenosso coração de modo que nem asmuitas demandas de nossas atividadesna for da vida nem as provações que

 vêm com a idade nos desviem dessepropósito.

Recentemente, visitei um sumosacerdote. Ele já não conseguerequentar nossas reuniões de quó-rum. Mora sozinho. Sua linda esposaaleceu e seus lhos moram longe. Aidade e a doença limitam sua capaci-

dade de servir. Ele ainda ergue pesospara manter o que puder de sua orça,outrora vigorosa.

Quando entrei em sua casa, elelevantou-se com seu andador paracumprimentar-me. Convidou-me asentar numa poltrona perto dele. Con-

 versamos sobre nosso eliz convíviono sacerdócio.

Então, com grande emoção, eleperguntou-me: “Por que ainda estou

 vivo? Por que ainda estou aqui? Nãoconsigo azer nada”.Eu disse que ele estava azendo

algo por mim. Estava elevando-mecom sua é e amor. Mesmo em nossabreve visita, ele ez-me querer sermelhor. Seu exemplo de determinaçãoem azer algo que tenha importânciainspirou-me a esorçar-me mais paraservir às pessoas e ao Senhor.

Mas pela tristeza que senti em sua voz e por seu olhar percebi que eunão tinha respondido a suas perguntas.Ele ainda se perguntava por que Deuspermitia que vivesse com tamanhaslimitações em sua capacidade de servir.

Com a generosa atitude que lhe écostumeira, agradeceu-me por ter ido

 vê-lo. Quando me levantei para sair, aenermeira que passa algumas horasem sua casa todos os dias entrou nasala, vindo de outro aposento. Emnossa conversa particular, ele con-tou-me um pouco a respeito dela.Disse-me que ela era maravilhosa. Ela

havia morado em meio a santos dosúltimos dias durante a maior parte da

 vida, mas ainda não era membro.Ela acompanhou-me até a porta.

Ele apontou para ela e disse com umsorriso: “Como vê, parece que nãoconsigo azer nada. Venho tentandoazer com que ela se batize na Igreja,mas não tem dado certo”. Ela sorriu de

 volta para ele e para mim. Saí da casadele, e dirigi-me a minha casa.

Percebi, então, que as respostas

a suas dúvidas estavam plantadasem seu coração havia muito tempo.Ele era um valoroso sumo sacerdoteque procurava cumprir o dever quelhe ora ensinado em décadas nosacerdócio.

Ele sabia que a única maneirapela qual aquela jovem poderia tera bênção de salvação por meio doevangelho de Jesus Cristo era azendoum convênio ao ser batizada. Ele tinha

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sido ensinado de acordo com os con- vênios, por todos os presidentes detodos os quóruns, desde os diáconosaté os sumos sacerdotes.

Ele lembrava e sentia seu próprio juramento e convênio do sacerdócio. Ainda o estava cumprindo.

Era uma testemunha e um mis-sionário para o Salvador, aonde querque a vida o levasse. Já estava em seucoração. O desejo de seu coração eraque o coração dela osse mudadopor meio da Expiação de Jesus Cristoe pelo cumprimento de convêniossagrados.

Seu tempo na escola do sacerdócionesta vida será relativamente brevecomparado com a eternidade. Mas,mesmo nesse curto período de tempo,ele aprendeu bem o currículo eterno.Ele vai levar consigo, aonde quer queo Senhor o chamar, lições do sacerdó-cio de valor eterno.

 Vocês devem não apenas estarávidos para aprender suas lições do

sacerdócio nesta vida, mas tambémser otimistas sobre o que é possível.

 Alguns talvez bloqueiem mentalmentea possibilidade de aprender aquiloque o Senhor coloca diante de nós emSeu serviço.

Um rapaz deixou sua pequena vilagalesa no início da década de 1840,ouviu os apóstolos de Deus e entroupara Seu reino na Terra. Viajou denavio com os santos para a Américae conduziu um carroção para o oeste,

atravessando as planícies. Ele estevena companhia que seguiu para este vale após a companhia de Brigham Young. Seu serviço no sacerdócioincluiu o preparo e a aragem da terrapara uma azenda.

Ele vendeu a azenda por bemmenos do que ela valia, a m de serviruma missão para o Senhor, nos deser-tos, onde hoje é Nevada, cuidandode ovelhas. Foi chamado após esse

encargo para outra missão além-mar,na própria vila que ele havia dei- xado em sua pobreza, para seguir aoSenhor.

Em tudo isso, ele encontrou ummeio de aprender com seus irmãosdo sacerdócio. Sendo um missionáriodestemido, caminhou por uma estradado País de Gales até a casa de verãode um homem que havia sido quatro

 vezes primeiro-ministro da Inglaterra,para oerecer-lhe o evangelho de

 Jesus Cristo. Aquele grande homem permitiu

que ele entrasse em sua mansão. Eraormado no Eton College e na Uni-

 versidade de Oxord. O missionárioconversou com ele sobre as origensdo homem, sobre o papel central de

 Jesus Cristo na história do mundo eaté sobre o destino das nações.

No nal de sua discussão, oantrião declinou a oerta de aceitaro batismo. Mas, ao se despedirem,aquele líder de um dos grandes impé-

rios do mundo perguntou ao humildemissionário: “Onde oi que vocêadquiriu sua instrução?” Sua resposta:“No sacerdócio de Deus”.

Pode ser que vocês tenham

imaginado, alguma vez, quão melhorseria sua vida se tivessem sido aceitospara estudar em alguma escola. Oropara que vejam a grandiosidade doamor de Deus por vocês e a oportuni-dade que Ele lhes deu de entrarem emSua escola do sacerdócio.

Se orem obedientes e diligentes nosacerdócio, sobre vocês serão der-ramados tesouros de conhecimentoespiritual. Vocês vão crescer em suacapacidade de resistir ao mal e deproclamar a verdade que conduz àsalvação. Terão alegria na elicidadedaqueles que vocês conduzirem àexaltação. Sua amília vai tornar-se umlugar de aprendizado.

 Testico que as chaves do sacerdó-cio oram restauradas. O Presidente

 Thomas S. Monson possui e exerceessas chaves. Deus vive e conhece

 vocês pereitamente. Jesus Cristo vive. Vocês oram escolhidos para terem ahonra de possuir o santo sacerdócio.Em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Ver Doutrina e Convênios 107:87.2. Doutrina e Convênios 88:119, 122.3. Doutrina e Convênios 88:133.4. Doutrina e Convênios 107:27.5. Doutrina e Convênios 138:56.

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Presidente Thomas S. Monson

Orei e estudei muito sobre oque diria nesta noite. Nãoquero que ninguém se

oenda. Pensei: “Quais são os nossosdesaos? Com que questões lido todosos dias que me levam às lágrimas, às

 vezes, tarde da noite?” Pensei em abor-dar nesta noite alguns desses desaos.

 Alguns se aplicam aos rapazes. Outrosse aplicam àqueles que estão na meia-

idade. Outros ainda se aplicam àque-les que já passaram da meia-idade.Não alamos sobre velhice.

 Assim, quero começar simples-mente dizendo que tem sido bompara nós nos reunirmos nesta noite.Ouvimos mensagens maravilhosase oportunas sobre o sacerdócio deDeus. Todos omos edicados einspirados.

Nesta noite, gostaria de abordarassuntos que não me saíram da mente

nos últimos tempos e que me sentiinspirado a compartilhar com vocês.De um modo ou de outro, todos serelacionam com a dignidade pessoalexigida para se receber e exercer osagrado poder do sacerdócio quepossuímos.

Gostaria de começar lendo algo daseção 121 de Doutrina e Convênios:

“Os direitos do sacerdócio são inse-paravelmente ligados com os poderes

um grande abismo entre nós, que estátornando-se cada vez maior.Muitos lmes e programas de

televisão retratam comportamentosque estão em ranca oposição às leisde Deus. Não se submetam às insi-nuações ou à total imundície que comrequência neles encontramos. A letrade grande parte da música atual cainessa mesma categoria. A linguagemproana tão diundida a nossa voltahoje em dia jamais teria sido toleradanum passado não muito distante. Onome do Senhor é tomado em vãomuitas e muitas vezes. Relembremcomigo o mandamento — um dosdez — que o Senhor revelou a Moisésno Monte Sinai: “Não tomarás o nomedo Senhor teu Deus em vão; porqueo Senhor não terá por inocente o quetomar o seu nome em vão”.2 Entriste-ce-me saber que qualquer um de nósesteja sujeito à linguagem proana erogo para que não a usem. Imploroque não digam nem açam qualquer

coisa da qual não possam orgulhar-se.Permaneçam completamente aas-

tados da pornograa. Não se permi-tam vê-la, jamais. Comprovou-se queela é um vício dicílimo de se vencer.

 Abstenham-se de bebidas alcoólicas,de umo e de qualquer outra droga,que também são vícios que lhes serãodiíceis de sobrepujar.

O que vai protegê-los do pecadoe do mal que os rodeiam? Armo queum orte testemunho de nosso Salva-

dor e de Seu evangelho vai ajudá-losa manterem-se seguros. Se ainda nãoleram o Livro de Mórmon, leiam-no.Não vou pedir que levantem a mão.Se zerem isso em espírito de oraçãoe com sincero desejo de conhecer a

 verdade, o Espírito Santo vai manies-tar a veracidade do Livro de Mórmona vocês. Se ele or verdadeiro — comorealmente é — então Joseph Smith oium proeta que viu Deus, o Pai, e Seu

do céu e (…) os poderes do céu nãopodem ser controlados nem exercidosa não ser de acordo com os princípiosda retidão.

Que eles nos podem ser cone-ridos, é verdade; mas quando nospropomos a encobrir nossos pecadosou satisazer nosso orgulho, nossa

 vã ambição ou exercer controle oudomínio ou coação sobre a alma

dos lhos dos homens, em qualquergrau de iniquidade, eis que os céusse aastam; o Espírito do Senhor semagoa e, quando se aasta, amémpara o sacerdócio ou a autoridadedesse homem”.1

Irmãos, essa é a palavra deni-tiva do Senhor sobre Sua autoridadedivina. Não podemos duvidar quantoà obrigação que isso coloca sobre osombros de cada um de nós que pos-suímos o sacerdócio de Deus.

 Viemos à Terra em tempos con-turbados. A bússola moral das multi-dões desviou-se gradualmente parauma posição em que “quase tudo épermitido”.

 Já vivi o suciente para testemu-nhar grande parte da metamoroseocorrida nos valores morais dasociedade. Antigamente os padrõesda Igreja e os da sociedade eram emgrande parte compatíveis, mas hoje há

O Poder do SacerdócioQue sejamos hoje e sempre portadores dignos do poder divinodo sacerdócio que possuímos. Que ele abençoe nossa vida e que o usemos para abençoar a vida de outros.

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Filho Jesus Cristo. A Igreja é verda-deira. Se ainda não têm um testemu-nho dessas coisas, açam o que ornecessário para obtê-lo. É essencialque vocês tenham seu próprio tes-temunho, porque o testemunho dosoutros não vai levá-los muito longe.Depois de adquirido, seu testemunhoprecisa ser mantido vivo e orte, pormeio da obediência aos mandamentosde Deus, pela oração e pelo estudoregular das escrituras. Frequentem aigreja. Vocês, rapazes, requentem oseminário ou o instituto, se houver nolugar em que moram.

Se houver qualquer coisa erradaem sua vida, há um caminho de voltapara vocês. Cessem todas as iniqui-dades. Conversem com seu bispo.Seja qual or o problema, ele pode serresolvido com o devido arrependi-mento. Vocês podem tornar-se limposnovamente. O Senhor disse, reerin-do-se aos que se arrependem: “Aindaque os vossos pecados sejam como

a escarlata, eles se tornarão brancoscomo a neve”,3 “e eu, o Senhor, delesnão mais me lembro”.4

O Salvador da humanidade descre- veu-Se como alguém que estava nomundo, mas não era do mundo.5 Nóstambém podemos estar no mundosem ser do mundo, se rejeitarmos con-ceitos e ensinamentos alsos e perma-necermos éis ao que Deus ordenou.

 Tenho pensado muito em vocês,rapazes, que estão em idade de casar,

mas ainda não decidiram azê-lo. Vejomoças adoráveis que desejam casar ecriar uma amília, mas suas oportuni-dades estão limitadas porque há tantosrapazes que adiam o casamento.

Essa não é uma situação nova.Muito oi dito a esse respeito pelospresidentes anteriores da Igreja. Querocompartilhar com vocês apenas um oudois exemplos dos seus conselhos.

O Presidente Harold B. Lee disse:

“Não estamos cumprindo nosso devercomo portadores do sacerdócio sepassarmos da idade de casar e ugir-mos de um casamento honroso comuma dessas adoráveis mulheres”.6

O Presidente Gordon B. Hinckleydisse o seguinte: “Sinto o coraçãotocado por (…) nossas irmãs soltei-ras, que anseiam por casar-se e nãoparecem conseguir. (…) Tenho bem

menos compaixão pelos rapazes que,pelos costumes de nossa sociedade,têm a prerrogativa de tomar a inicia-tiva nesse assunto, mas em muitoscasos deixam de azê-lo”.7

Sei que há muitos motivos pelosquais vocês podem estar hesitantesem dar o passo para o casamento.Se estiverem preocupados com osustento nanceiro de uma esposa eamília, asseguro-lhes de que não é

 vergonha um casal ter de pechinchar

e economizar. É geralmente nessaépoca desaadora que vocês vãotornar-se mais próximos, ao aprende-rem a sacricar-se e a tomar decisõesdiíceis. Talvez tenham medo de azera escolha errada. Quanto a isso digoque precisam exercer é. Encontremalguém que lhes possa ser compa-tível. Compreendam que não serãocapazes de prever todos os desaosque podem surgir no casamento, mas

tenham a certeza de que quase tudopode ser resolvido se orem fexíveise se estiverem comprometidos a azerseu casamento dar certo.

 Talvez estejam se divertindo umpouco demais com a vida de solteiro,com viagens extravagantes, com acompra de carros e brinquedos carosou simplesmente levando a vidadespreocupadamente com os amigos.

Encontrei grupos de rapazes reali-zando atividades juntos, e admito queme perguntei por que não estavamsaindo com as moças.

Irmãos, há um momento de sepensar seriamente no casamento ede procurar uma companheira comquem desejam passar a eternidade.Se vocês escolherem com sabedoria ese comprometerem a ter sucesso nocasamento, nada há nesta vida quelhes trará maior elicidade.

Quando se casarem, irmãos, dese- jarão casar-se na casa do Senhor. Para vocês que possuem o sacerdócio,não deve haver outra opção. Tomemcuidado para não destruir sua elegi-bilidade para esse casamento. Vocêspodem continuar seu namoro, dentrodos devidos limites, e ainda assim des-rutar momentos maravilhosos.

Irmãos, quero agora passar a outroassunto que me senti inspirado a

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abordar com vocês. Nos três anosdesde que ui apoiado como Presi-dente da Igreja, creio que a respon-sabilidade mais triste e desanimadoraque tive oi a de ter que lidar cadasemana com cancelamentos de sela-mentos. Cada um deles oi precedidode um eliz casamento na casa doSenhor, onde um casal amoroso ini-ciou uma vida nova juntos, ansiandopor passar o restante da eternidadeum com o outro. E então, passaram-se

meses e anos e, por um motivo ououtro, o amor desapareceu. Pode serdevido a problemas nanceiros, altade comunicação, temperamentos des-controlados, intererência da amília,envolvimento em pecado. Há inúme-ros motivos. Na maioria dos casos, oresultado não tem que ser o divórcio.

 A grande maioria dos pedidos decancelamento de selamento parte demulheres que tentaram desesperada-mente azer o casamento dar certo,

mas que, no nal, não conseguiramsobrepujar os problemas.Escolham uma companheira de

modo cuidadoso e ervoroso. E quandose casarem, sejam errenhamente leaisum ao outro. Vi um conselho inesti-mável numa placa emoldurada queestava na casa de meu tio e minhatia. Nela estava escrito: “Escolha seuamor, ame sua escolha”. Há grandesabedoria nessas poucas palavras. O

comprometimento no casamento éabsolutamente essencial.

Sua esposa é sua parceira igual.No casamento, nenhum é superiorou inerior ao outro. Vocês caminhamlado a lado, como lho e lha deDeus. Ela não deve ser menosprezadanem insultada, mas, sim, respeitadae amada. O Presidente Gordon B.Hinckley disse: “Qualquer homemdesta Igreja que (…) exercer sobre [aesposa] injusto domínio não é digno

de possuir o sacerdócio. Ainda queele tenha sido ordenado, os céus seaastarão, o Espírito do Senhor Semagoará e amém para a autoridade dosacerdócio desse homem”.8

O Presidente Howard W. Hunterdisse o seguinte sobre o casamento: “Aelicidade e o sucesso no casamentogeralmente não é tanto uma questãode casar com a pessoa certa, mas, sim,de você ser a pessoa certa”. Gosto dessarase. “O esorço consciente de azer

plenamente a sua parte é o elementoque mais contribui para o sucesso.” 9

Há muitos anos, na ala que presidicomo bispo, havia um casal quesempre tinha desavenças muito sériase acaloradas. Realmente discordân-cias ortes. Cada qual tinha certeza desua opinião. Nenhum cedia ao outro.Quando não estavam discutindo, man-tinham o que eu chamaria de tréguadesconortável.

Certo dia, às 2 horas da manhã,recebi um teleonema do casal.Queriam conversar comigo, e tinhade ser naquele momento. Arrastei-mepara ora da cama, vesti-me e ui atéa casa deles. Sentaram-se em ladosopostos da sala, sem alar um com ooutro. A esposa comunicava-se como marido conversando comigo. Elerespondia, alando comigo. Pensei:“De que modo vamos conseguir uniresse casal?”

Orei por inspiração e tive a ideiade azer-lhes uma pergunta. Eu disse:“Há quanto tempo vocês estiveramno templo para testemunhar umselamento?” Eles admitiram que aziamuito tempo. Em todos os outrosaspectos, eram pessoas dignas quepossuíam uma recomendação para otemplo e que iam ao templo e aziamordenanças por outras pessoas.

Perguntei-lhes então: “Aceitam virao templo comigo na quarta-eira pela

manhã, às 8 horas? Vamos testemu-nhar uma cerimônia de selamento”. Ao mesmo tempo, os dois pergun-

taram: “De quem será a cerimônia?”Respondi: “Não sei. Será de quem

quer que esteja casando-se naquelamanhã”.

Na quarta-eira seguinte, na horamarcada, reunimo-nos no Templode Salt Lake. Fomos os três a umadas belas salas de selamento, sem

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Presidente Dieter F. UchtdorfSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

era o que costumava ser. Sentia que amenos que os céus se abrissem paraela, jamais seria capaz de acreditarnovamente.

Portanto, estava à espera.Existem muitos outros que, por

dierentes motivos, encontram-setambém à espera, na estrada paraDamasco. Eles adiam a decisão de tor-narem-se totalmente engajados comodiscípulos. Querem muito receber osacerdócio, mas hesitam em torna-rem-se dignos desse privilégio. Dese-

 jam entrar no templo, mas retardamo ato nal de é para se qualicarem.Continuam esperando que Cristo lhesseja entregue como um quadro deCarl Bloch, para eliminar de uma vezpor todas as suas dúvidas e temores.

 A verdade é que, aqueles quebuscam com diligência aprender arespeito de Cristo, acabam por conhe-cê-Lo. Eles recebem pessoalmente umretrato divino do Mestre, embora, namaioria das vezes, isso venha na orma

de uma peça de quebra-cabeça —uma de cada vez. Cada peça individualtalvez não seja acilmente reconhecidacomo tal — pode não car claro comoela se relaciona com o todo. Cada peçanos ajuda a ver um pouco mais claroo quadro geral. Por m, depois de umnúmero suciente de peças ter sidoencontrado, reconhecemos a grandebeleza de tudo isso. Então, recordandoo que vivenciamos, vemos que oSalvador havia de ato vindo para car

conosco, anal — não de uma vez,mas silenciosa e serenamente, quasedespercebido.

Essa pode ser a nossa experiência,se avançarmos com é e não carmostempo demasiado à espera, na estradapara Damasco.

Ouvir e Atender Testico a vocês que nosso Pai

Celestial ama Seus lhos. Ele nos

Um dos acontecimentos maismarcantes da história do mundoaconteceu na estrada para

Damasco. Vocês conhecem bem ahistória de Saulo, um jovem que “asso-lava a igreja, entrando pelas casas; e

(…), encerrava [os santos] na prisão”.1 Saulo era tão hostil que muitos mem-bros da Igreja primitiva ugiram de

 Jerusalém, na esperança de escapar desua ira.

Saulo os perseguiu. Mas “chegandoperto de Damasco, subitamente o cer-cou um resplendor de luz do céu.

E, caindo em terra, ouviu uma vozque lhe dizia: Saulo, Saulo, por queme persegues?”2

 Aquele momento de transorma-

ção mudou Saulo para sempre. Na verdade, mudou o mundo.Sabemos que maniestações como

essa acontecem. Na verdade, testi-camos que uma experiência divinasemelhante aconteceu em 1820, paraum rapaz chamado Joseph Smith.Nosso testemunho é claro e seguro deque os céus estão abertos novamentee que Deus ala a Seus proetas eapóstolos. Deus ouve e responde as

orações de Seus lhos.No entanto, existem alguns que

acham que, a menos que tenham umaexperiência semelhante à de Sauloou à de Joseph Smith, não podemacreditar. Estão à beira das águas do

batismo, mas não entram. Esperamno limiar do testemunho, mas nãoconseguem reconhecer a verdade.Em vez de dar pequenos passos de éno caminho do discipulado, queremalgum acontecimento dramático paracompeli-los a acreditar.

Passam seus dias à espera, naestrada para Damasco.

Começamos a Acreditar Um Passopor Vez

Uma querida irmã tinha sidomembro el da Igreja toda a vida. Masela carregava consigo uma tristezasecreta. Alguns anos antes, sua lhahavia morrido depois de uma breveenermidade, e as eridas daquelatragédia ainda a assombravam. Ela seangustiava com o proundo ques-tionamento que acompanha umaexperiência como essa. Admitiu ran-camente que o seu testemunho não

S ES S Ã O D A M A N H Ã D E D OM IN GO | 3 de abr i l de 2011

À Espera, na Estradapara Damasco Aqueles que buscam com diligência aprender a respeitode Cristo, acabam por conhecê-Lo

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    H   e   n   r   y    B .

    E   y   r    i   n   g

    P   r    i   m   e    i   r   o    C   o   n   s   e    l    h   e    i   r   o

   A   P   R   I   M   E   I   R   A   P   R   E   S   I   D    Ê   N   C   I   A

   A    b  r   i    l 

    d  e   2   0   1   1

   A  s   A  u   t  o  r   i   d  a   d  e  s   G  e  r  a   i  s   d  e   A   I  g  r  e   j   a   d  e   J  e  s  u  s   C  r   i  s   t  o

   d  o  s   S  a  n   t  o  s   d  o  s    Ú

   l   t   i  m  o  s   D   i  a  s

    B   o   y    d    K .

    P   a   c    k   e   r

   O    Q

   U    Ó   R   U   M

    D   O   S   D   O   Z   E   A   P    Ó   S   T   O   L   O   S

   A

   P   R   E   S   I   D    Ê   N   C   I   A   D   O   S   S   E   T   E   N   T   A

    D    i   e    t   e   r    F .    U   c    h    t    d   o   r    f

    S   e   g   u   n    d

   o    C   o   n   s   e    l    h   e    i   r   o

    T    h   o   m   a   s    S .

    M   o   n   s   o   n

    P   r   e   s    i    d   e   n    t   e

    N   e    i    l    L .

    A   n    d   e   r   s   e   n

    D .

    T   o    d    d    C    h   r    i   s    t   o    f    f   e   r   s   o   n

    Q   u   e   n    t    i   n    L .    C   o   o    k

    D   a

   v    i    d    A .

    B   e    d   n   a   r

    J   e    f    f   r   e   y    R .

    H   o    l    l   a   n    d

    R   o    b   e   r    t    D .

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    R    i   c    h   a   r    d    G .

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    M .

    R   u   s   s   e    l    l    B   a    l    l   a   r    d

    D   a    l    l    i   n    H .

    O   a    k   s

    R   u   s   s   e    l    l    M .

    N   e    l   s   o   n

    L .    T   o   m

    P   e   r   r   y

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“Concidadãos dos santos” (Efé-

sios 2:19) reúnem-se no mundo 

todo para participar da 181ª 

Conferência Geral Anual da 

Igreja. No sentido do horário,

a partir do alto à esquerda,vemos os santos em Lusaka,

Zâmbia; Kiev, Ucrânia, St.

Catherine, Jamaica; São Paulo,

Brasil; Odenton, Maryland,

EUA; Dortmund, Alemanha; 

e Coimbra, Portugal.

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ama. Ele ama você. Quando neces-sário, o Senhor vai até erguê-lo paratranspor obstáculos, se você procurarSua paz com um coração quebran-tado e um espírito contrito. Muitas

 vezes Ele nos ala de um modo quesó podemos ouvir com o coração.Para melhor ouvir a Sua voz, seriaaconselhável abaixar o volume dosruídos do mundo em nossa vida.Se ignorarmos ou bloquearmos ossussurros do Espírito, seja qual oro motivo, eles se tornarão menosperceptíveis, até que deixamos deouvi-los totalmente. Que possamosaprender a dar ouvidos aos sussurrosdo Espírito e, depois, ter avidez emsegui-los.

Nosso amado proeta, Thomas S.Monson, é o nosso exemplo disso.Inúmeras são as histórias sobre oca-siões em que ele atendeu aos sussur-ros do Espírito. O Élder Jerey R.Holland nos relata um dessesexemplos:

Certa vez, quando o PresidenteMonson estava cumprindo uma desig-nação na Louisiana, um presidente deestaca perguntou se ele teria tempopara visitar uma menina de dez anos,chamada Christal, que estava em aseterminal devido a um câncer. A amíliade Christal estivera orando para queo Presidente Monson os visitasse.Mas a casa deles cava muito longe,e a agenda era tão apertada que nãohavia tempo. Então, em vez disso, o

Presidente Monson pediu aos queariam as orações durante a conerên-cia de estaca que incluíssem Christalem suas orações. Certamente o Senhore a amília dela iriam entender.

Durante a sessão de sábado daconerência, quando o PresidenteMonson se levantou para alar, oEspírito sussurrou: “Deixai vir osmeninos a mim, e não os impeçais;porque dos tais é o reino de Deus”.3

“Ele não conseguia ler suas ano-tações. Ele tentou seguir o tema dareunião como indicado, mas o nomee a imagem [da menina] não lhe saíamda mente”.4

Ele deu ouvidos ao Espírito ereorganizou sua agenda. Na manhãseguinte, o Presidente Monson deixouas noventa e nove e viajou muitosquilômetros para estar junto ao leitode uma.

 Ao chegar lá, ele “olhou para

aquela criança extremamente enerma,raca demais para alar. A doença já atinha deixado cega. Proundamentetocado pela cena e pelo Espírito doSenhor, o irmão Monson segurou arágil mão da criança. ‘Christal’, sussur-rou, ‘estou aqui’.

Com grande esorço, ela sussurrouem resposta: ‘Irmão Monson, eu sabiaque você viria’.”5

Meus queridos irmãos e irmãs, vamos esorçar-nos para estar entre

aqueles em quem o Senhor cona queirão ouvir Seus sussurros e responder,como Saulo ez em seu caminho paraDamasco: “Senhor, que queres queeu aça?”6

ServirOutro motivo pelo qual às vezes

não reconhecemos a voz do Senhorem nossa vida é porque as revelaçõesdo Espírito podem não nos chegar

diretamente como resposta a nossasorações.

Nosso Pai Celestial espera queprimeiro estudemos bem a questão edepois oremos pedindo orientação, aobuscarmos respostas para as dúvidase preocupações de nossa vida. NossoPai Celestial deu-nos a certeza de queEle vai ouvir nossas orações e respon-der a elas. A resposta pode vir pormeio da voz e da sabedoria de amigose amiliares, das escrituras e das pala-

 vras dos proetas.Sei por experiência própria que

alguns dos sussurros mais ortes querecebemos não são apenas para nossopróprio beneício, mas também parao beneício de outros. Se pensarmosapenas em nós mesmos, podemosperder algumas das experiênciasespirituais mais vigorosas, e as maisproundas revelações de nossa vida.

O Presidente Spencer W. Kimballensinou esse conceito, quando disse:

“Deus está atento a nós e preocupa-Seconosco. Contudo, é por meio deoutras pessoas que Ele costuma aten-der a nossas necessidades. Portanto,é vital que sirvamos uns aos outros”.7 Irmãos e irmãs, cada um de nós temuma responsabilidade assumida comoconvênio de estar atento às necessi-dades das pessoas e de servir como oSalvador ez — para estender a mão,abençoar e elevar os que nos rodeiam.

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Muitas vezes, a resposta a nossaoração não vem quando estamos de

 joelhos, mas quando estamos de pé,servindo ao Senhor e servindo àquelesque nos rodeiam. Os abnegados atosde serviço e de consagração renamnosso espírito, removem as escamasdos nossos olhos espirituais e abremas janelas do céu. Ao tornar-nos aresposta da oração de outra pessoa, écomum encontrarmos a resposta para

a nossa própria oração.

CompartilharHá momentos em que o Senhor

nos revela coisas que são destinadasapenas a nós. No entanto, em muitosoutros casos, Ele cona um teste-munho da verdade aos que Ele sabeque irão compartilhá-lo com outros.Foi isso que aconteceu com todos osproetas desde os tempos de Adão. O

Senhor espera também que os mem-bros de Sua Igreja, “[abram] a boca emtodas as ocasiões, declarando [Seu]evangelho em tom de regozijo”.8

Isso nem sempre é ácil. Algunspreerem puxar um carrinho de mãoao longo de mil quilômetros de pra-darias do que abordar o tema da ée religião com seus amigos e colegasde trabalho. Eles se preocupam sobrecomo serão vistos ou como isso vai

prejudicar seu relacionamento. Nãoprecisa ser assim, porque temos umamensagem eliz para compartilhar —temos uma mensagem de alegria.

Há vários anos, nossa amíliamorou e trabalhou entre pessoasque, quase todas, não eram danossa religião. Quando nos pergun-tavam como tinha sido nosso mde semana, procurávamos igno-rar os temas habituais — eventos

esportivos, lmes ou o tempo — etentávamos compartilhar algumasexperiências religiosas que tivéramoscomo amília no m de semana. Porexemplo: o que um jovem oradordissera sobre os padrões de Parao Vigor da Juventude , ou comohavíamos sido tocados pelas palavrasde um jovem que estava saindo emmissão, ou como o evangelho e aIgreja nos ajudaram como amília asuperar um desao especíco quetivemos. Tentávamos não ser enado-nhos ou autoritários. Minha mulher,Harriet, sempre era a que melhorconseguia encontrar algo inspirador,animador ou humorístico para com-partilhar. Isso muitas vezes levava adiscussões mais proundas. Curiosa-mente, sempre que conversávamoscom os amigos sobre como lidar comos desaos da vida, muitas vezesouvíamos o comentário: “É ácil para

 vocês, vocês têm sua igreja”.Com tantos recursos de mídia

social e uma innidade de dispositi- vos, alguns mais e outros menos úteisa nossa disposição, é mais ácil com-partilhar as boas novas do evangelho,e os resultados são mais abrangentesdo que nunca. Na verdade, receio quealguns que me ouvem já enviarammensagens de texto dizendo algocomo: “Ele já está alando há dezminutos, e ainda não ez nenhumaanalogia com a aviação!” Meus queri-dos jovens amigos, talvez o incentivo

do Senhor para que “[abram] a boca”9

 poderia incluir, em nossos dias, “usemas mãos”, para escrever no blog ouenviar mensagens de texto sobre oevangelho para o mundo inteiro! Maslembrem-se: tudo na hora certa e nolugar certo.

Irmãos e irmãs, com as bênçãosda tecnologia moderna, podemosexpressar gratidão e alegria pelogrande plano de Deus para Seus

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lhos, de uma orma que pode serouvida não só em nosso local detrabalho, mas no mundo inteiro. Às

 vezes, uma única rase de testemu-nho pode colocar em movimentoalgo que infuenciará a vida dealguém por toda a eternidade.

 A maneira mais ecaz de pregar oevangelho é por meio do exemplo.Se vivermos de acordo com nossascrenças, as pessoas vão notar. Se o

semblante de Jesus Cristo brilhar emnossa vida,10 se estivermos alegres eem paz com o mundo, as pessoas vãoquerer saber o motivo disso. Um dosmaiores sermões já proeridos sobreo trabalho missionário é este simplespensamento, atribuído a São Franciscode Assis: “Pregue o evangelho a todahora e, se necessário, use palavras”.11 

 Temos muitas oportunidades de azerisso a nossa volta. Não as percam,

esperando muito tempo na estradapara Damasco.

Nossa Estrada para Damasco Testico-lhes que o Senhor ala

a Seus proetas e apóstolos nos diasde hoje. Ele também ala a todos que

 vêm a Ele com um coração sincero ecom real intenção.12

Não duvidem. Lembrem-se: “Bem-aventurados os que não viram ecreram”.13 Deus ama vocês. Ele ouvesuas orações. Ele ala a Seus lhos eoerece consolo, paz e compreensãopara aqueles que O buscam e O hon-ram, andando em Seu caminho. Prestomeu testemunho sagrado de que aIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias segue seu curso. Temosum proeta vivo. Ela é liderada por

 Aquele Cujo nome tomamos sobrenós, sim, o Salvador, Jesus Cristo.

Irmãos e irmãs, queridos amigos,não esperemos muito tempo em nosso caminho para Damasco. Em vez disso,

sigamos corajosamente em rente, comé, esperança e caridade, e seremosabençoados com a luz que todos pro-curamos no caminho do verdadeiro dis-cipulado. Essa é minha oração, e deixocom vocês minha bênção, no sagradonome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Atos 8:3.2. Atos 9:3–4.3. Marcos 10:14.4. Ver Jerey R. Holland, “President

 Thomas S. Monson: Always ‘on the Lord’s

Errand,’” Tambuli, outubro–novembro de1986, p. 20.5. Jerey R. Holland, Tambuli, outubro–

novembro de 1986, p. 20.6. Atos 9:6.7. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

Spencer W. Kimball, 2006, p. 92.8. Doutrina e Convênios 28:16.9. Doutrina e Convênios 60:2.

10. Ver Alma 5:14.11. William Fay and Linda Evans Shepherd,

Share Jesus without Fear, 1999, p. 22.12. Ver Morôni 10:3–5.13. João 20:29.

São Paulo, Brasil 

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Élder Paul V. JohnsonDos Setenta

A vida na Terra inclui testes, pro- vações e tribulações, e algumasprovações que enrentamos

podem ser muito dolorosas. Sejam

enermidades, traição, tentações, aperda de um ente querido, catástroesnaturais ou outras adversidades, aafição az parte de nossa vida mortal.Muitos se perguntam por que preci-sam enrentar desaos tão diíceis.Sabemos que uma das razões é a detestar a nossa é para ver se aremostudo o que o Senhor nos ordena.1 Felizmente, a vida na Terra é o cenáriopereito para enrentar — e passar —nesses testes.2

Mas essas provações não são ape-nas para nos testar. Elas são de impor-tância vital no processo de obtençãoda natureza divina.3 Se lidarmos devi-damente com essas afições, elas serãoconsagradas para nosso beneício.4

O Élder Orson F. Whitney disse:“Nenhuma dor que soremos,nenhuma provação por que passa-mos será em vão. (…) Tudo o quesoremos e tudo o que suportamos,

esperado desses desaos, não devería-mos nos admirar que essas provaçõespossam ser bem pessoais — comose ossem guiadas com precisãopara nossas necessidades e raque-zas especícas. E ninguém está livredisso, especialmente os santos quese esorçam para azer o que é certo.

 Alguns santos obedientes podem-seperguntar: “Por que eu? Estou ten-tando ser bom! Por que o Senhorestá permitindo que isso aconteça?”

 A ornalha da afição ajuda a puricaraté os melhores santos, retirando asimpurezas de sua vida até restar oouro puro.6 Até os minérios mais ricosprecisam ser renados para removerimpurezas. Ser bom não é o bastante.Queremos tornar-nos como o Salva-dor, que aprendeu ao sorer “dores eafições e tentações de toda espécie”.7

 A Trilha Crimson, no desladeirode Logan, é um dos meus passeiospreeridos. A parte principal da trilhaserpeia pelo alto de elevadas escarpas

calcárias, de onde temos uma bela vista do desladeiro e do vale abaixo.Mas não é ácil chegar ao topo dasescarpas. A trilha ali é uma subidaconstante, e pouco antes de chegarao topo, o alpinista se depara com aparte mais íngreme da trilha, onde a

 vista do desladeiro ca oculta pelaspróprias escarpas. O esorço nal valeimensamente a pena, porque depoisque o alpinista chega ao topo, a vistaé de tirar o ôlego. O único modo de

contemplar aquela vista é azendo aescalada.Um padrão nas escrituras e na vida

mostra que muitas vezes os testesmais tenebrosos e perigosos vêmimediatamente antes de aconteci-mentos extraordinários e de imensocrescimento pessoal. “Após muitastribulações vêm as bênçãos”.8 Oslhos de Israel caram encurraladosdiante do Mar Vermelho, antes de ele

particularmente se o zermos compaciência, edica nosso caráter,purica-nos o coração, expandenossa alma e nos torna mais ternos e

caridosos, (…) e é por meio da dor edo sorimento, do trabalho árduo e datribulação, que obtemos a educaçãoque aqui viemos receber”.5

Recentemente um menino de noveanos oi acometido de um raro tipode câncer ósseo. O médico explicou odiagnóstico e o tratamento, que incluíameses de quimioterapia e algumascirurgias de grande porte. Ele disseque seria um período muito diícil parao menino e sua amília, mas depois

acrescentou: “As pessoas me pergun-tam: ‘Serei o mesmo depois que issoterminar?’ Eu lhes digo: ‘Não, você nãoserá o mesmo. Será muito, muito maisorte. Será muito abuloso!’”

 Às vezes, pode parecer quenossas provações se concentram emcertos aspectos de nossa vida e denossa alma com os quais pensáva-mos ser incapazes de lidar. Como ocrescimento pessoal é um resultado

“Mais do queVencedores, por Aquele

Que Nos Amou” As provações não são apenas para nos testar. Elas são de importância vital no processo de obtenção da natureza divina.

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se abrir.9 Né enrentou perigos, a irade seus irmãos e vários racassos antesde poder obter as placas de latão.10 

 Joseph Smith oi subjugado por umpoder maligno tão orte que pare-cia estar destinado a uma completadestruição. Quando estava prestes a seentregar ao desespero ele se esorçoupara invocar Deus e, naquele exatomomento, recebeu a visita do Pai e doFilho.11 Frequentemente os pesquisa-

dores enrentam oposição e tribulaçãoquando estão prestes a ser batizados. As mães sabem que os desaos doparto precedem o milagre do nasci-mento. Vez após vez vemos bênçãosmaravilhosas logo após grandesprovações.

Quando minha avó estava comaproximadamente dezenove anos,oi acometida de uma doença quea deixou muito mal. Mais tarde ela

disse: “Não conseguia andar. Meupé esquerdo cou todo deormadodepois de eu passar vários meses nacama. Os ossos estavam rágeis comouma esponja e, quando tocava o péno chão, era como se tivesse tomadoum choque”.12 Enquanto estava con-nada ao leito e no auge de seu sori-mento, ela recebeu e estudou olhetosde A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias. Foi convertida e,

mais tarde, oi batizada. Muitas vezes,um desao pessoal ajuda a preparar-nos para algo de vital importância.

Em meio aos problemas, é quaseimpossível ver que as bênçãos reser-

 vadas são muito maiores do que a dor,a humilhação e o sorimento que esta-mos vivenciando no momento. “Todaa correção, ao presente, não parece serde gozo, senão de tristeza, mas depoisproduz um ruto pacíco de justiça

nos exercitados por ela”.13

O ApóstoloPaulo ensinou: “Porque a nossa leve emomentânea tribulação produz paranós um peso eterno de glória muiexcelente”.14 É interessante notar quePaulo usa o termo “leve tribulação”.Isso oi dito por alguém que tinha sidoespancado, apedrejado, que soreuum naurágio, oi aprisionado e soreumuitas outras provações.15 Duvido quemuitos de nós rotulariam nossas tribu-lações de leves. Mas em comparaçãoàs bênçãos e ao crescimento pessoalque teremos no nal, tanto nesta vidaquanto na eternidade, nossas afiçõessão verdadeiramente leves.

Não buscamos testes, problemasnem tribulações. Nossa jornada pes-soal pela vida vai prover-nos a medidacerta para nossas necessidades. Muitasprovações são apenas uma partenatural de nossa existência mortal,mas desempenham um papel muitoimportante em nosso progresso.

Quando o ministério mortal do

Salvador chegava ao m, Ele passoupela provação mais diícil de todos ostempos: o incrível sorimento no Get-sêmani e no Gólgota. Isso precedeua gloriosa Ressurreição e a promessade que todos os nossos sorimen-tos serão, um dia, eliminados. Seusorimento oi um pré-requisito parao sepulcro vazio da manhã de Páscoae para a nossa utura imortalidade e

 vida eterna. Às vezes queremos ter crescimento

sem desaos e desenvolver orçassem nenhum esorço. Mas o cresci-mento não pode vir quando seguimoso caminho ácil. Compreendemosclaramente que um atleta que não sesubmete a um treinamento rigoroso

 jamais se tornará um atleta de nívelmundial. Precisamos tomar cuidadopara não nos ressentirmos exatamentecom as coisas que vão ajudar-nos aadquirir a natureza divina.

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Bispo H. David BurtonBispo Presidente

Bom dia, irmãos e irmãs. Em 1897,o jovem David O. McKay paroudiante de uma porta com um

olheto na mão. Sendo missionárioem Stirling, Escócia, ele já havia eitoaquilo muitas vezes. Mas naquele dia,uma senhora muito abatida abriu aporta e se pôs diante dele. Estava mal

 vestida e tinha o rosto magérrimo e oscabelos desarrumados.

Ela pegou o olheto que o ÉlderMcKay lhe oereceu e disse seis pala-

 vras que ele jamais esqueceria: “Seráque isso me compra pão?”

 Aquele encontro deixou umaimpressão duradoura no jovemmissionário. Mais tarde, ele escreveu:“Daquele momento em diante, com-preendi mais proundamente o que aIgreja de Cristo deveria ser, e o que ela

é: uma igreja interessada na salvaçãoísica do homem. Deixei aquela portasentindo que aquela [mulher], com(…) tamanha amargura no coraçãocontra os homens e contra Deus,não [estava] em condições de rece-ber a mensagem do evangelho. [Ela]precisava de auxílio material, e nãohavia em Stirling, pelo que conseguidescobrir, nenhuma organização que[lhe] pudesse oerecer isso.”1

Poucas décadas depois, o mundose angustiou sob o ardo da GrandeDepressão. Foi naquela época, em6 de abril de 1936, que o PresidenteHeber J. Grant e seus conselheiros,

 J. Reuben Clark e David O. McKay,anunciaram o que mais tarde viria aser conhecido como o Programa de

Bem-Estar da Igreja. Coincidência ounão, duas semanas depois, o ÉlderMelvin J. Ballard e Harold B. Leeoram respectivamente nomeadosprimeiro presidente e primeiro diretoradministrativo do programa.

Não oi um empreendimentocomum. Embora o Senhor tenhachamado pessoas extraordinárias paraadministrá-lo, o Presidente J. ReubenClark deixou bem claro que “o esta-belecimento do sistema [de bem-estar]

 veio por revelação do Espírito Santoao Presidente Grant, e ele tem sidoadministrado desde aquela época pormeio de revelações semelhantes queoram dadas aos irmãos encarregadosdo programa”.2

O comprometimento dos líderesda Igreja com a tarea de aliviar osorimento humano oi rme e irre-

 vogável. O Presidente Grant queria“um sistema que auxiliasse as pessoas

e cuidasse delas, não importando oscustos”. Ele disse que chegaria aoponto de “suspender os seminários,de interromper o trabalho missionáriopor algum tempo, ou até de echar ostemplos, mas não deixaria as pessoaspassarem ome”.3

Eu estava ao lado do PresidenteGordon B. Hinckley, em Manágua,Nicarágua, quando ele alou para 1.300membros da Igreja que haviam sobre-

 vivido a um uracão devastador queceiou mais de 11.000 vidas. “Enquantoa Igreja tiver recursos”, disse ele, “nãodeixaremos que passem ome ou quequem sem ter o que vestir ou onde seabrigar. Faremos tudo o que puder-mos para auxiliá-los da maneira que oSenhor determinou que osse eito.”4

Uma das características marcantesdesse trabalho, que é centrado noevangelho, é sua ênase na responsa-bilidade individual e na autossuciên-cia. O Presidente Marion G. Romneyexplicou: “Muitos programas oram

criados por pessoas bem-intenciona-das para auxiliar os necessitados. Con-tudo, muitos desses programas oramelaborados com o objetivo de curtoprazo de ‘ajudar as pessoas’, em vezde ‘ajudar as pessoas a ajudarem-se asi mesmas’”.5

 A autossuciência é ruto do viverprevidente e do exercício da auto-disciplina nanceira. Desde o início,a Igreja ensinou que a amília — namedida do possível — precisa assumir

a responsabilidade pelo próprio bem-estar material. É primordial que cadageração aprenda de novo os princí-pios undamentais da autossuciência:evitar dívidas, implementar os princí-pios da rugalidade, preparar-se paratempos diíceis, ouvir e seguir as pala-

 vras dos oráculos vivos, desenvolverdisciplina para distinguir necessidadesde desejos e, depois, viver segundoesses princípios.

O Trabalho Santifcadordo Bem-EstarO trabalho de cuidar dos outros e de ser “bondosos com os 

 pobres” é um trabalho santifcador, ordenado pelo Pai.

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O propósito, as premissas e osprincípios que ortalecem nossotrabalho de cuidar do pobre e donecessitado se estendem muito alémdos limites da mortalidade. Esse tra-balho sagrado não apenas beneciae abençoa os que sorem ou passamnecessidades. Como lhos e lhas deDeus, não podemos herdar plena-mente a vida eterna sem estarmoscompletamente investidos do cuidadode outros, enquanto estamos aqui na

 Terra. É na benevolente prática do

sacriício e da doação pessoal a outrosque aprendemos os princípios celes-tiais do sacriício e da consagração.6

O grande rei Benjamim ensinouque um dos motivos pelos quaisdividimos o que temos com os pobrese lhes oerecemos auxílio é para quepossamos preservar a remissão denossos pecados dia a dia e andar semculpa perante Deus.7

Desde a undação do mundo,as sociedades justas sempre oram

tecidas com os os dourados dacaridade. Ansiamos por um mundopacíco e por comunidades prósperas.Oramos por uma sociedade bondosae virtuosa, na qual a iniquidade sejaabolida e prevaleçam a virtude e aretidão. Não importa quantos templosconstruamos, não importa o quantocresça o número de membros, nãoimporta quão bem sejamos vistos aosolhos do mundo — se deixarmos de

cumprir o grande e vital mandamentode “[socorrer] os racos, [erguer] asmãos que pendem e [ortalecer] os

 joelhos enraquecidos”,8 ou se des- viarmos o coração dos que sorem echoram, estaremos sob condenação enão poderemos agradar ao Senhor,9 ea esperança jubilosa de nosso coraçãoestará sempre distante.

Em todo o mundo, 28.000 bisposprocuram os pobres para atendera suas necessidades. Cada bispo éauxiliado por um conselho de ala, or-

mado por líderes do sacerdócio e dasauxiliares, incluindo uma dedicadapresidente da Sociedade de Socorro.Eles podem “apressar-se em auxiliar oestrangeiro, (…) deitar azeite e vinhono coração erido do afito, (…) esecar as lágrimas do órão e azer ocoração da viúva rejubilar”.10

O coração dos membros e líderesda Igreja do mundo inteiro está sendoinfuenciado positivamente e guiadopelas doutrinas e pelo divino espírito

de carinho e amor ao próximo.Um líder do sacerdócio na Amé-rica do Sul estava preocupado coma ome e a pobreza dos membros desua pequena estaca. Não querendodeixar que as crianças passassemome, ele procurou um terreno livre eorganizou o sacerdócio para cultivá-loe semeá-lo. Encontraram um velhocavalo, atrelaram a ele um aradoprimitivo e começaram a trabalhar o

solo. Mas antes que pudessem termi-nar, aconteceu uma tragédia e o velhocavalo morreu.

Em vez de deixar que seus irmãose irmãs passassem ome, os irmãos dosacerdócio atrelaram o velho arado àspróprias costas e o puxaram ao longodo terreno implacável. Literalmentetomaram sobre si o jugo do sorimentoe da carga de seus irmãos e irmãs.11

Um episódio da história da minhaprópria amília exemplica o com-promisso de cuidar dos necessitados.Muitos ouviram alar das companhiasde carrinhos de mão Willie e Martin, ede como aqueles éis pioneiros sore-ram e morreram ao enrentar o gélidoinverno e as condições debilitantesde sua jornada para o Oeste. Robert

 Taylor Burton, um dos meus trisavôs,oi uma das pessoas a quem Brigham

 Young pediu que ossem resgataraqueles santos queridos e afitos.

 A respeito daquela ocasião, vovôescreveu em seu diário: “A neve estava

St. Catherine, Jamaica 

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bem alta e muito gelada (…). Faziatanto rio que não conseguíamos nosmover. O termômetro marcava 24graus abaixo de zero (…) estava tãorio que as pessoas não conseguiam

 viajar”.12

Foram distribuídos mantimentospara salvar a vida dos santos afitos,mas “apesar de tudo o que [os resga-tadores] puderam azer, muitos oramenterrados à beira do caminho”. 13

Quando os santos resgatadosatravessavam uma parte da trilha quepassava pelo desladeiro de Echo

Canyon, vários carroções pararampara ajudar na chegada de um bebê— uma menina. Robert notou que a

 jovem mãe não tinha roupas su-cientes para aquecer o bebê recém-nascido. Apesar das temperaturascongelantes, ele “tirou sua camisa eitaem casa e a deu à mãe para envolvero bebê”.14 A criança recebeu o nomede Echo — Echo Squires — em lem-brança do local e das condições deseu nascimento.

 Anos mais tarde, Robert oi cha-mado para o Bispado Presidente daIgreja, onde serviu por mais de trêsdécadas. Aos 86 anos de idade, Robert

 Taylor Burton cou doente. Ele reuniua amília junto a seu leito para dar-lhessua última bênção. Entre suas últimaspalavras estava este conselho simples,porém muito proundo: “Sejam bon-dosos com os pobres”.15

Irmãos e irmãs, honramos aqueles

gigantes inovadores que o Senhorlevantou para organizar e administraro empreendimento institucional deauxílio aos membros necessitados deSua Igreja. Honramos aqueles que,em nossos dias, estendem a mão demaneiras incontáveis e muitas vezessilenciosas para “ser bondosos comos pobres”, alimentar o aminto, vestiro nu, ministrar ao enermo e visitaro cativo.

Esse é o trabalho sagrado que oSalvador espera de Seus discípulos.É o trabalho que Ele amava quando

esteve neste mundo. É o trabalho quesabemos que O veríamos azer seestivesse entre nós hoje.16

Há setenta e cinco anos, um sis-tema dedicado à salvação espirituale material da humanidade surgiu demodo bem humilde. Desde aquelaépoca, ele enobreceu e abençooua vida de dezenas de milhões depessoas no mundo inteiro. O planoproético de bem-estar não é umamera nota de rodapé na história da

Igreja. Os princípios sobre os quaisele se baseia denem quem somoscomo povo. É a essência de quemsomos como discípulos individuaisde nosso Salvador e nosso exemplo,

 Jesus Cristo.O trabalho de cuidar dos outros e

de ser “bondosos com os pobres” éum trabalho santicador, ordenadopelo Pai e divinamente atribuído paraabençoar, renar e exaltar Seus lhos.

Que possamos seguir o conselhodo Salvador a certo advogado naparábola do bom samaritano: “Vai, eaze da mesma maneira”.17 Disso eutestico, em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS

1. Cherished Experiences from the Writings of President David O. McKay, comp. ClareMiddlemiss, 1955, p. 189.

2. J. Reuben Clark Jr., “Testimony o DivineOrigin o Welare Plan,” Church News, 8 deagosto de 1951, p. 15; ver também Glen L.Rudd, Pure Religion, 1995, p. 47.

3. Glen L. Rudd, Pure Religion, p. 34.4. “President Hinckley Visits Hurricane Mitch

 Victims and Mid-Atlantic United States,” Ensign, evereiro de 1999, p. 74.

5. Marion G. Romney, “A Natureza Celestialda Autossufciência”, A Liahona, março de2009, p. 15.

6. Ver Doutrina e Convênios 104:15–18; ver também Doutrina e Convênios 105:2–3.

7. Ver Mosias 4:26–27.8. Doutrina e Convênios 81:5; ver também

Mateus 22:36–40.9. Ver Doutrina e Convênios 104:18.

10. Joseph Smith, in History of the Church,  vol.4, pp. 567–568.

11. Entrevista com Harold C. Brown, antigodiretor administrativo do Departamento deServiços de Bem-Estar.

12. Diário de Robert T. Burton, Church History Library, Salt Lake City, 2–6 de novembro de1856.

13. Robert Taylor Burton, Janet BurtonSeegmiller, ”Be Kind to the Poor”: The Life Story of Robert Taylor Burton, 1988, p. 164.

14. Lenore Gunderson, Jolene S. Allphin,Tell My Story, Too, tellmystorytoo.com/art_imagepages/image43.html.

15. Robert Taylor Burton, Seegmiller, “Be Kind to the Poor”, p. 416.

16. Ver Dieter F. Uchtdor, “Vós Sois MinhasMãos,” A Liahona, maio de 2010, p. 68.

17. Lucas 10:37.

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 Apesar de o mundo estar em rápidamudança, os princípios de bem-estarnão mudaram com o passar do tempo,porque são uma verdade inspirada

e revelada por Deus. Quando ummembro da Igreja e sua amília azemtudo o que podem para sustentar-see ainda assim não conseguem suprirsuas necessidades básicas, a Igrejaestá pronta a ajudar. Dá-se atençãoimediata às necessidades de curtoprazo, e estabelece-se um planopara ajudar o beneciário a tornar-seautossuciente. A autossuciência é acapacidade de prover as necessidadesespirituais e materiais da vida para si

mesmo e para a amília. Ao elevarmos nosso próprio nívelde autossuciência, aumentamosnossa capacidade de ajudar e servirao próximo, como o Salvador ez.Seguimos o exemplo do Salvadorquando ministramos aos necessitados,aos enermos e aos afitos. Quando oamor se torna o princípio orientadordo serviço que prestamos às pessoas,isso se torna o evangelho em ação.

Esse é o evangelho em sua melhorexpressão. É religião pura.

Em minhas várias atribuições naIgreja, senti-me humilde com o amor

e a preocupação que os bispos eas líderes da Sociedade de Socorrodemonstraram por seus rebanhos.Quando eu servia como presidente daSociedade de Socorro no Chile, no iní-cio da década de 1980, o país passavapor uma prounda recessão e a taxade desemprego era de 30%. Testemu-nhei o modo como heróicas presiden-tes da Sociedade de Socorro e éisproessoras visitantes “aziam bem”8,naquelas diíceis circunstâncias. Elas

exemplicavam a escritura encontradaem Provérbios 31:20: “[Ela] abre a suamão ao pobre, e estende as suas mãosao necessitado”.

Havia irmãs, cuja própria amíliatinha bem pouco, que ajudavam cons-tantemente as que consideravam ternecessidades maiores. Foi então quecompreendi mais claramente o queo Salvador viu, quando declarou emLucas 21:3–4:

“Em verdade vos digo que lançoumais do que todos, esta pobre viúva;

Porque todos aqueles deitarampara as oertas de Deus do que lhes

sobeja; mas esta, da sua pobreza, dei-tou todo o sustento que tinha”.

Poucos anos depois, testemunheia mesma coisa como presidente daSociedade de Socorro da estaca, na

 Argentina, quando a hiperinfaçãoassolou o país e o colapso econômicosubsequente aetou muitos de nossosmembros éis. Testemunhei isso denovo em minhas recentes visitas aKinshasa, na República Democráticado Congo; em Antananarivo, Mada-

gascar; e em Bulawayo, no Zimbábue.Em toda parte, há membros da ala e,em especial, irmãs da Sociedade deSocorro, que continuam a edicar aé, a ortalecer pessoas e amílias, e aajudar os necessitados.

É admirável pensar que uma irmãou irmão humilde, com um chamadona Igreja, pode ir a uma casa ondehá pobreza, sorimento, doença ouafição e levar paz, apoio e elicidade.

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Não importa onde seja a ala ou oramo, ou quão grande ou pequeno

seja o grupo, todo membro no mundotem essa oportunidade. Isso acontecetodos os dias e está acontecendo emalgum lugar neste exato momento.

Karla é uma jovem mãe comdois lhos. Seu marido Brent traba-lha muitas horas e viaja uma horapara chegar ao local de trabalho.Logo depois do nascimento de suasegunda lhinha, ela conta a seguinteexperiência pessoal: “Um dia, depoisde receber o chamado para servir

como conselheira na Sociedade deSocorro da minha ala, senti que erademais para mim. Como eu poderiaassumir a responsabilidade de cuidardas mulheres de minha ala, se estavatendo diculdades para simplesmentecumprir meu papel de esposa e demãe de uma lha muito ativa, de doisanos, e de um bebê recém-nascido?Enquanto refetia sobre esses sen-timentos, minha lha de dois anos

cou doente. Não sabia muito bemo que azer por ela e ainda cuidar

do bebê ao mesmo tempo. Foi entãoque a irmã Wasden, uma de minhasproessoras visitantes, apareceuinesperadamente em casa. Como elaera mãe de lhos crescidos, sabiaexatamente o que azer para meajudar. Disse-me o que eu precisavaazer enquanto ela ia até a armáciacomprar algumas coisas. Mais tarde,ela providenciou para que alguémosse à estação erroviária buscarmeu marido, para que ele voltasse

logo para casa, a m de me ajudar.Sua atitude, que acredito ter sidoinspirada pelo Espírito Santo, somadaa sua disposição de servir, oram aconrmação que eu precisava receberdo Senhor de que Ele ia ajudar-me acumprir meu novo chamado”.

O Pai Celestial nos ama e conhecenossa situação e nossas capacida-des especiais. Embora busquemosdiariamente Sua ajuda por meio da

oração, geralmente é por meio deoutra pessoa que Ele atende a nossasnecessidades.9

O Senhor disse: “Nisto todosconhecerão que sois meus discípulos,se vos amardes uns aos outros”.10

O puro amor de Cristo se expressaquando prestamos serviço abnegado.

 A oportunidade de ajudar-nos uns aosoutros é uma experiência santica-dora, que exalta o que recebe e tornahumilde o que doa. Ela nos ajuda atornar-nos verdadeiros discípulos deCristo.

O plano de Bem-Estar sempre oi aaplicação prática de princípios eternosdo evangelho. Ele é verdadeiramenteprover à maneira do Senhor. Vamostodos renovar nosso desejo de azerparte do armazém do Senhor paraabençoar as pessoas.

Oro para que o Senhor abençoecada um de nós com maior senti-mento de misericórdia, caridade ecompaixão. Rogo que tenhamos mais

desejo e capacidade de estender amão e ajudar os menos aortunados,os afitos e os que sorem. Que suasnecessidades sejam satiseitas, que suaé seja ortalecida, que seu coração seencha de gratidão e amor.

Que o Senhor abençoe cada um denós ao prosseguirmos sendo obe-dientes a Seus mandamentos, a Seuevangelho e a Sua luz. Em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Ver Moisés 7:18.2. Ver Mateus 22:36–40.3. Doutrina e Convênios 44:6.4. Joseph Smith, in History of the Church,

 vol. 4, p. 607.5. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph Smith, 2007, p. 475.6. Ensinamentos: Joseph Smith, p. 475.7. Ver  Prover à Maneira do Senhor: Guia do

 Líder para o Bem-Estar , 1990, p. 11.8. Atos 10:38; Regras de Fé 1:13.9. Ver Ensinamentos dos Presidentes da

 Igreja: Spencer W. Kimball , 2006, p. 92.10. João 13:35.

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Élder David A. BednarDo Quórum dos Doze Apóstolos

E xpresso minha gratidão pelainspiração que orientou a esco-lha do hino que será cantado

após minhas palavras, “Neste Mundo”( Hinos , nº 136). Entendi a sutilsugestão.

Convido-os a pensarem em duasexperiências que a maioria de nós játeve com relação à luz.

 A primeira experiência ocorreudepois de entrarmos em um quarto

escuro e termos acionado o inter-ruptor. Lembrem-se de como umailuminação intensa e brilhante encheuo quarto e ez com que a escuri-dão desaparecesse. O que antes erainvisível e incerto tornou-se claro ereconhecível. Essa experiência carac-terizou-se pelo imediato e intensoreconhecimento da luz.

 A segunda experiência ocorreuao observarmos a noite tornar-sedia. Lembram-se do aumento lento e

quase imperceptível da luz no hori-zonte? Em contraste com o acender aluz no quarto escuro, a luz do ama-nhecer não apareceu imediatamente.Em vez disso, a intensidade da luzaumentou gradual e continuamente,e a escuridão da noite oi substituídapela radiante manhã. Por m, o solapareceu acima do horizonte. Porém, aevidência visual da chegada iminentedo sol estava presente horas antes de

ele realmente aparecer no horizonte.Essa experiência caracterizou-se pelodiscernimento sutil e gradual da luz.

Com essas duas experiênciascomuns com a luz, podemos aprendermuito sobre o espírito de revelação.Oro para que o Espírito Santo nosinspire e instrua ao nos concentrarmosno espírito de revelação e nos padrõesbásicos pelos quais a revelação érecebida.

O Espírito de RevelaçãoRevelação é a comunicação de

Deus a Seus lhos na Terra e é uma

das grandes bênçãos associadas aodom e à companhia constante doEspírito Santo. O Proeta Joseph Smithensinou: “O Espírito Santo é umrevelador” e “ninguém pode receber oEspírito Santo sem receber revelações”( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 139).

O espírito de revelação está à dispo-sição de todo aquele que recebe, peladevida autoridade do sacerdócio, asordenanças salvadoras do batismo porimersão para a remissão dos pecadose a imposição de mãos para o domdo Espírito Santo — e que está agindocom é para cumprir a determinaçãodo sacerdócio de receber o EspíritoSanto. Tal bênção não se restringe àsautoridades presidentes da Igreja, maspertence e deve produzir eeito na

 vida de todo homem, toda mulher ecriança que atinge a idade da respon-sabilidade e az convênios sagrados. Odesejo sincero e a dignidade convidamo espírito de revelação a nossa vida.

 Joseph Smith e Oliver Cowderyobtiveram valiosa experiência com oespírito de revelação ao traduziremo Livro de Mórmon. Esses irmãos

O Espírito de RevelaçãoO espírito de revelação é real — e pode de ato uncionar em nossa vida individual e na Igreja.

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receber aos poucos impressões espi-rituais pequenas, que a longo prazoe na totalidade constituem a respostadesejada ou a orientação necessária,pode levar-nos a “[olhar] para além domarco” (Jacó 4:14).

 Tenho conversado com muitaspessoas que questionam a orça deseu testemunho pessoal e subestimamsua capacidade espiritual, porquenão recebem impressões requentes,

miraculosas e ortes. Talvez, ao con-siderarmos as experiências de Josephno Bosque Sagrado, ou a de Saulo naestrada de Damasco, e a de Alma, olho, venhamos a crer que algo estáerrado ou alta em nós, por não ter-mos em nossa vida tais exemplos tãoconhecidos e espiritualmente admirá-

 veis. Se vocês já tiveram pensamentose dúvidas semelhantes, saibam quesão muito normais. Apenas sigam em

rente obedientemente, com é no Sal- vador. Fazendo isso, “não vos podeisenganar” (D&C 80:3).

O Presidente Joseph F. Smithaconselhou: “Mostrem-me santos dosúltimos dias que precisam nutrir-se demilagres, sinais e visões para man-terem-se rmes na Igreja, e eu lhesmostrarei membros (…) que não estãoem boa situação diante de Deus e queandam por caminhos escorregadios.

Não é por meio de maniestaçõesmaravilhosas que seremos estabe-lecidos na verdade, mas, sim, pelahumildade e pela el obediência aosmandamentos e às leis de Deus” (Con- ference Report , abril de 1900, p. 40).

Outra experiência comum com aluz nos ajuda a aprender outra verdadesobre o padrão de revelação de “linhasobre linha, preceito sobre preceito”.

 Às vezes, o sol nasce em uma manhã

nublada e nevoenta. Devido às condi-ções do tempo, é mais diícil percebera luz e identicar o momento precisoem que o sol surge acima do hori-zonte. Mas, apesar de tudo, mesmoem uma manhã como essa podemoster luz suciente para reconhecer umnovo dia e cuidar da vida.

Similarmente, muitas vezes recebe-mos revelação sem reconhecer pre-cisamente como ou quando estamosrecebendo revelação. Um importanteepisódio da história da Igreja ilustraesse princípio.

Na primavera de 1829, Oliver Cow-dery era proessor em uma escola dePalmyra, Nova York. Ao saber sobre

 Joseph Smith e o trabalho de traduçãodo Livro de Mórmon, Oliver sentiu-seinspirado a oerecer ajuda ao jovemproeta. Consequentemente, viajoupara Harmony, Pensilvânia, e tornou-seo escriba de Joseph. Sua chegada eajuda oportunas oram vitais para oaparecimento do Livro de Mórmon.

Logo depois o Salvador reveloua Oliver que, sempre que ele oravapedindo orientação, recebia instruçãodo Espírito do Senhor. “Se assim nãoora”, declarou o Senhor, “não teriaschegado ao lugar onde agora estás. Eisque tu sabes que me inquiriste e quete iluminei a mente; e agora te digoestas coisas para que saibas que osteiluminado pelo Espírito da verdade”(D&C 6:14–15).

 Assim, Oliver recebeu uma revela-

ção por meio do Proeta Joseph Smithinormando-o de que ele estiverarecebendo revelação. Evidentemente,Oliver não tinha reconhecido comoe quando recebera orientação deDeus e precisava dessa instrução paraaumentar seu entendimento sobre oespírito de revelação. Na verdade, Oli-

 ver estivera andando na luz enquantoo sol se levantava em uma manhãnublada.

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Presidente Thomas S. Monson

Meus amados irmãos e irmãs,expresso meu amor e sauda-ções a cada um de vocês e

oro para que nosso Pai Celestial guiemeus pensamentos e inspire minhas

palavras ao lhes alar hoje.Gostaria de começar com um ou

dois comentários sobre as excelen-tes mensagens que ouvimos da irmã

 Allred e do Bispo Burton e de outros,nesta manhã, reerentes ao Programade Bem-Estar da Igreja. Conormemencionado, comemoramos nesteano o aniversário de 75 anos desseprograma inspirado que já abençooua vida de tantos. Tive o privilégio deconhecer pessoalmente alguns dos

pioneiros desse grande empreendi-mento: homens cheios de compaixãoe previsão.

Como o Bispo Burton, a irmã All-red e outros mencionaram, o bispo daala tem a responsabilidade de cuidardos necessitados que moram den-tro dos limites de sua ala. Tive esseprivilégio quando presidi, como jovembispo em Salt Lake City, uma ala de1.080 membros, que incluía 84 viúvas.

Havia muitas pessoas que precisavamde auxílio. Quão grato quei pelo Pro-grama de Bem-Estar da Igreja e pelaajuda da Sociedade de Socorro e dosquóruns do sacerdócio.

Declaro que o Programa de Bem-Estar da Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias é inspiradopelo Deus Todo-Poderoso.

Meus irmãos e irmãs, esta con-erência marca os três anos desdeque ui apoiado como Presidente daIgreja. Evidentemente oram anosatareados, repletos de desaos, mastambém com incontáveis bênçãos.Para mim, a oportunidade que tivede dedicar e rededicar templos oram

algumas das mais agradáveis e sagra-das bênçãos, e é sobre o templo quedesejo alar-lhes hoje.

Na conerência geral de outu-bro de 1902, o Presidente da Igreja

 Joseph F. Smith expressou em seudiscurso inicial a esperança de queum dia teríamos “templos construídosnas várias partes do [mundo] em queossem necessários para conveniênciadas pessoas”.1

O Templo Sagrado —Um Farol para o

Mundo As bênçãos mais importantes e sublimes de nossa condição de membros da Igreja são as que recebemos nos templos de Deus.

Em muitas incertezas e desaosque enrentamos na vida, Deus requerque açamos o melhor que puder-mos, agindo por nós mesmos e nãorecebendo a ação (ver 2 Né 2:26),e que conemos Nele. Talvez não

 vejamos anjos, nem ouçamos vozescelestes, nem recebamos impressõesespirituais marcantes. Em geral pode-mos ir em rente, esperando e orando— mas com certeza absoluta — deque estamos agindo de acordo com a

 vontade de Deus. Mas ao honrarmosnossos convênios e guardarmos osmandamentos, ao procurarmos con-sistentemente azer o bem e melhorar,podemos caminhar com a certezade que Deus guiará nossos passos.E podemos alar com segurança queDeus inspirará o que dissermos. Isso,em parte, é o signicado da escrituraque declara: “Então tua conançase ortalecerá na presença de Deus”(D&C 121:45).

 Ao procurarem devidamente o

espírito de revelação e o aplicarem,prometo-lhes que “[andarão] na luzdo Senhor” (Isaías 2:5; 2 Né 12:5).

 Às vezes o espírito de revelação ope-rará imediata e intensamente; outras

 vezes o ará sutil e gradualmente ecom requência, com tal delicadezaque talvez não o notem nem reco-nheçam conscientemente. Mas sejaqual or o padrão pelo qual essabênção seja recebida, a luz que elatraz iluminará e ampliará a sua alma,

iluminará seu entendimento (ver Alma 5:7; 32:28) e dirigirá e prote-gerá você e sua amília.

Declaro meu testemunho apos-tólico de que o Pai e o Filho vivem.O espírito de revelação é real — epode de ato uncionar em nossa vidaindividual e na Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias. Testicodessas verdades no sagrado nome doSenhor Jesus Cristo. Amém. ◼

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Nos primeiros 150 anos após aorganização da Igreja, de 1830 a 1980,21 templos oram construídos, inclu-sive os templos de Kirtland, Ohio, eNauvoo, Illinois. Comparem isso comos 30 anos que se passaram desde1980, durante os quais 115 templosoram construídos e dedicados. Como anúncio eito ontem de três novostemplos, haverá mais 26 templos emconstrução ou em estágio de pré-construção. Esses números continua-rão a crescer.

 A meta almejada pelo Presidente Joseph F. Smith, em 1902, está-setornando realidade. Nosso desejo étornar o templo tão acessível quantopossível para nossos membros.

Um dos templos atualmente emconstrução é o de Manaus, Brasil. Hámuitos anos, li a respeito de um grupode mais de cem membros que partiude Manaus, que ca no coração da fo-resta tropical do Amazonas, para viajaraté o templo mais próximo na época,

localizado em São Paulo, Brasil — aquase 4.000 quilômetros de Manaus.

 Aqueles santos éis viajaram de barcopor quatro dias pelo Rio Amazonas epor seus afuentes. Depois de termi-nar esse percurso por barco, subiramem ônibus para enrentar mais trêsdias de viagem por estradas esbura-cadas, com quase nada para comer enenhum lugar conortável para dormir.

 Após sete dias e noites, chegaram ao Templo de São Paulo, onde oram

realizadas ordenanças de naturezaeterna. É claro que sua viagem de volta oi igualmente diícil. Contudo,eles haviam recebido as ordenançase bênçãos do templo e, embora esti-

 vessem sem dinheiro, estavam plenosdo espírito do templo e de gratidãopelas bênçãos que tinham recebido.2 

 Agora, muitos anos depois, nossosmembros de Manaus se regozijam ao

 ver seu próprio templo tomar orma

nas margens do Rio Negro. Os tem-plos proporcionam alegria a nossosmembros éis, onde quer que sejamconstruídos.

Os relatos dos sacriícios eitos parareceber as bênçãos que só podemser encontradas nos templos de Deusnunca deixam de tocar-me o coraçãoe de proporcionar-me um renovadosentimento de gratidão pelos templos.

Gostaria de contar o relato sobre Tihi e Tararaina Mou Tham e seus dez

lhos. A amília inteira, exceto umalha, liou-se à Igreja no início dadécada de 1960, quando os missioná-rios chegaram a sua ilha, localizadaa cerca de 160 quilômetros ao sul do

 Taiti. Logo, eles começaram a dese- jar as bênçãos do selamento de umaamília eterna no templo.

Naquela época, o templo maispróximo da amília Mou Tham era o

 Templo de Hamilton Nova Zelândia,

que cava a mais de 4.000 quilôme-tros a sudoeste, somente acessível pormeio de uma dispendiosa viagem deavião. A grande amília Mou Tham,que sobrevivia com diculdade coma renda gerada por uma pequenaplantação, não tinha dinheiro para apassagem de avião. Tampouco haviaqualquer oportunidade de empregoem sua ilha do Pacíco. Por isso, oirmão Mou Tham e seu lho Gérardtomaram a diícil decisão de viajar

4.800 quilômetros para trabalhar emNova Caledônia, onde outro lho játrabalhava. O empregador pagava apassagem dos empregados para asminas, mas não ornecia transporte de

 volta para casa.Os três homens da amília Mou

 Tham trabalharam ali por quatro anos.O irmão Mou Tham só retornou uma

 vez durante esse período, para partici-par do casamento de uma lha.

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 Após quatro anos, o irmão Mou Tham e seus lhos economizaramdinheiro suciente para levar a amíliaao Templo da Nova Zelândia. Todosos que já eram membros oram,exceto uma lha que estava espe-rando bebê. Foram selados para esta

 vida e para toda a eternidade: umaexperiência indescritível e eliz.

O irmão Mou Tham voltou dotemplo diretamente para a Nova Cale-dônia, onde trabalhou por mais doisanos para pagar a passagem da lha

que não estivera no templo com eles:uma lha casada, o marido e seu lho.

 Já na velhice, o irmão e a irmãMou Tham desejaram servir notemplo. Naquela época, o Templo dePapeete Taiti já havia sido construídoe dedicado, e eles serviram quatromissões ali.3

Meus irmãos e irmãs, os templossão mais do que pedra e argamassa.Eles estão cheios de é e jejum. Sãoconstruídos de provações e de teste-

munhos. São santicados pelo sacrií-cio e pelo serviço.O primeiro templo a ser construído

nesta dispensação oi o Templo deKirtland, Ohio. Os santos estavamempobrecidos na época; ainda assim oSenhor ordenou que um templo osseconstruído, então eles o construíram. OÉlder Heber C. Kimball escreveu, sobreessa experiência: “Só o Senhor sabe ascenas de pobreza, tribulação e afição

por que passamos para realizar isso”.4 E então, depois de tudo estar doloro-samente concluído, os santos oramorçados a deixar Ohio e seu queridotemplo para trás. Por m, encontraramreúgio, embora apenas temporário, àsmargens do Rio Mississipi, no Estadode Illinois. Eles chamaram seu povoadode Nauvoo e, novamente dispostos adar tudo de si, com sua é inabalada,construíram outro templo a seu Deus.No entanto, oram assolados por per-seguições e, com o Templo de Nauvoo

recém-construído, oram expulsosnovamente de suas casas, buscandoreúgio em um deserto.

Recomeçaram suas lutas e sacrií-cios ao trabalharem por quarenta anospara construir o Templo de Salt Lake,que se ergue majestosamente no quar-teirão que ca logo ao sul do nossoCentro de Conerências.

 Algum grau de sacriício sempreesteve associado à construção de tem-plos e à requência ao templo. Incontá-

 veis são os que trabalharam e lutarampara obter para si mesmos e para suaprópria amília as bênçãos que sãoencontradas nos templos de Deus.

Por que há tantos que estão dis-postos a dar tanto de si para receberas bênçãos do templo? Aqueles quecompreendem as bênçãos eternas queadvêm do templo sabem que nenhumsacriício é grande demais, nenhumpreço é alto demais, nenhuma luta é

diícil demais para receber essas bên-çãos. Nunca há quilômetros demaispara viajar, obstáculos demais parasobrepujar ou desconorto demaispara suportar. Eles compreendem queas ordenanças de salvação recebi-das no templo, que nos permitemum dia voltar à presença de nossoPai Celestial em um relacionamentoamiliar eterno, além da investidurade bênçãos e de poder do alto valemtodo sacriício e todo esorço.

Hoje, a maioria de nós não precisaenrentar muitas diculdades para irao templo. Oitenta e cinco por centodos membros da Igreja mora hojea menos de 320 quilômetros de umtemplo e, para muitos de nós, essadistância é bem menor.

Se vocês já estiveram no templopara ordenanças próprias e se moramrelativamente perto de um, seu sacrií-cio talvez seja o de reservar um tempoem sua vida atareada para irem aotemplo regularmente. Há muito a ser

eito em nossos templos em avordaqueles que esperam além do véu.

 Ao realizarmos o trabalho por eles,

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saberemos que zemos o que elesnão podem azer por si mesmos. OPresidente Joseph F. Smith, em vigo-rosa declaração, disse: “Por meio denosso empenho em avor deles as cor-rentes que os prendem cairão de suasmãos, e a escuridão que os cerca serádissipada, para que a luz brilhe sobreeles, e eles possam ouvir no mundoespiritual a respeito do trabalho queoi eito por eles por seus lhos aquina Terra, e eles se regozijarão com

 vocês por causa do cumprimentodesses deveres”.5 Meus irmãos e irmãs,esse é o trabalho que temos de azer.

Em minha própria amília, algumasde nossas experiências mais sagradase queridas ocorreram quando nosreunimos no templo para realizarordenanças de selamento para nossosantepassados alecidos.

Se ainda não estiveram no templo,ou se já estiveram, mas, no momento,não estão qualicados para umarecomendação, não há meta mais

importante para alcançarem do que ade serem dignos de ir ao templo. Seusacriício pode ser o de tornar sua vidacondizente com o que é exigido parareceber uma recomendação, talvezabandonando antigos hábitos que osdesqualiquem. Pode ser o de terema é e a disciplina para pagar seudízimo. Seja qual or esse sacriício,qualiquem-se para entrar no templode Deus. Consigam uma recomenda-ção para o templo e considerem-na

preciosa, porque realmente é. Até vocês terem entrado na casa doSenhor e recebido todas as bênçãosque os aguardam ali, não terão obtidotudo o que a Igreja tem a oerecer. Asbênçãos mais importantes e sublimesde nossa condição de membros daIgreja são as que recebemos nos tem-plos de Deus.

 Agora, vocês, meus jovens amigosque estão na adolescência, tenham

sempre o templo em vista. Não açamnada que os impeça de entrar porsuas portas e ali partilhar as bênçãossagradas e eternas. Elogio aque-les de vocês que já vão ao temploregularmente para realizar batismospelos mortos, acordando bem cedopela manhã para poderem participardesses batismos antes da escola. Nãoconsigo imaginar um modo melhor decomeçar o dia.

Para vocês, pais com lhos peque-nos, gostaria de compartilhar um sábio

conselho do Presidente Spencer W.Kimball. Ele disse: “Seria muito bom se(…) os pais tivessem em todo cômododa casa uma gravura do templo paraque [seus lhos], desde a inância,pudessem olhar para a gravura todosos dias [até] que ela se tornasse partede [sua] vida. Quando atingirem aidade em que precisarão tomar a deci-são muito importante [reerente a iremao templo], ela já terá sido tomada”.6

Nossas crianças cantam na

Primária:

 Eu gosto de ver o templo, Ali eu hei de entrar,Sentindo o Santo Espírito,Vou escutar e orar.7

Rogo-lhes que ensinem a seuslhos a importância do templo.

O mundo pode ser um lugardesaador e diícil de viver. Estamos

requentemente cercados por coisasque nos arrastam para baixo. Se todosormos à casa sagrada de Deus, senos lembrarmos dos convênios quenela zemos, seremos mais capazesde suportar todas as provações e desobrepujar cada tentação. Nesse san-tuário sagrado encontraremos paz eseremos renovados e ortalecidos.

Meus irmãos e irmãs, gostaria demencionar mais um templo antesde terminar. Num uturo não muitodistante, à medida que novos templostomam orma em todo o mundo, umdeles vai-se erguer em uma cidadeque surgiu há mais de 2.500 anos.Rero-me ao templo que está sendoconstruído hoje em Roma, Itália.

 Todo templo é uma casa de Deus,cumprindo as mesmas unções e comas mesmas bênçãos e ordenanças. O

 Templo de Roma Itália, em especial,está sendo construído em um doslugares mais históricos do mundo,uma cidade onde os antigos Apóstolos

Pedro e Paulo pregaram o evangelhode Cristo e oram martirizados.

Em outubro passado, ao reunir-nos em um belo cenário pastoril naextremidade nordeste de Roma, tive aoportunidade de proerir uma oraçãodedicatória, ao preparar-nos para acerimônia de abertura de terra. Sen-ti-me inspirado a convidar o senadoritaliano Lucio Malan e o vice-preeitode Roma, Giuseppe Ciardi, para queossem uns dos primeiros a revolver a

terra com a pá. Os dois participaramda decisão que permitiu-nos construirum templo em sua cidade.

O dia estava nublado, mas quente,e embora ameaçasse chover, não caí-ram mais do que uma ou duas gotas.Quando o magníco coro cantou, emitaliano, a bela melodia do hino “TalComo um Facho”, sentimos como se océu e a Terra se unissem em gloriosohino de louvor e gratidão ao Deus

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Élder Richard G. Scott Do Quórum dos Doze Apóstolos

amília, a m de que juntos recebamostodas as bênçãos eternas prometidasno templo.

Dois dos pilares undamentais quesustentam o plano de elicidade do PaiCelestial são o casamento e a amília.Sua nobre importância é ressaltadapelos esorços incansáveis de Satanásem dividir a amília e minar o signi-cado das ordenanças do templo, queunem a amília para a eternidade. Oselamento no templo adquire maiorsignicado à medida que a vidatranscorre. Ele vai ajudá-los a ache-garem-se cada vez mais um ao outro

e a terem mais alegria e satisação namortalidade. Aprendi uma lição importante

com minha esposa. Eu viajava muitodevido a minha prossão. Eu estiveraora por quase duas semanas e volteipara casa em uma manhã de sábado.

 Tinha quatro horas antes de ter quesair para outra reunião. Percebi quea nossa pequena máquina de lavarhavia quebrado e que minha esposa

Acredito que a linda mensagemdeste magníco coro seja opadrão de vida de muitos de

nós: “[tentar] ser como [Jesus]”.Em 16 de julho de 1953, minha

amada Jeanene e eu nos ajoelhamoscomo jovem casal, em um altar do

 Templo de Manti, Utah. O PresidenteLewis R. Anderson exerceu a auto-ridade de selamento e nos declaroumarido e mulher, casados por esta

 vida e por toda a eternidade. Não con-sigo descrever a paz e a serenidadeque advêm da certeza de que, se eucontinuar a viver dignamente, poderei

estar para sempre com minha amada Jeanene e nossos lhos, graças àquelaordenança sagrada realizada com adevida autoridade do sacerdócio, nacasa do Senhor.

Nossos sete lhos são selados a nóspelas ordenanças sagradas do tem-plo. Minha querida esposa, Jeanene,e dois de nossos lhos estão além do

 véu. Eles são uma orte motivação de vida para todos os membros de nossa

S ES S Ã O D A T A R D E D E D OM IN GO | 3 de abr i l de 2011

As Bênçãos Eternasdo CasamentoO selamento no templo adquire maior signifcado à medidaque a vida transcorre. Ele vai ajudá-los a achegarem-se cadavez mais um ao outro e a terem mais alegria e satisação namortalidade.

 Todo-Poderoso. Não pudemos conteras lágrimas.Dia virá em que os éis daquela

Cidade Eterna receberão as ordenan-ças de natureza eterna em uma casasanticada de Deus.

Expresso minha imperecível grati-dão a meu Pai Celestial pelo temploque agora está sendo construído emRoma e por todos os nossos templos,onde quer que estejam. Cada umdeles é um arol para o mundo, umaexpressão de nosso testemunho deque Deus, nosso Pai Eterno, vive, deque Ele deseja dar-nos bênçãos e real-mente abençoar Seus lhos e lhas detodas as gerações. Cada um de nossostemplos é uma expressão de nossotestemunho de que a vida além damorte é tão real e certa quanto nossa

 vida aqui na Terra. Disso testico.Meus amados irmãos e irmãs, que

açamos todo e qualquer sacriícionecessário para requentar o temploe para ter o espírito do templo em

nosso coração e em nosso lar. Quesigamos os passos de nosso Senhor eSalvador, Jesus Cristo, que ez o maiorde todos os sacriícios por nós paraque possamos desrutar a vida eternae a exaltação no reino de nosso PaiCelestial. É a minha sincera oração,que oereço em nome de nosso Salva-dor, Jesus Cristo, o Senhor. Amém. ◼

NOTAS

1. Joseph F. Smith, Conference Report ,outubro de 1902, p. 3.

2. Ver Vilson Felipe Santiago e Linda Ritchie Archibald, “From Amazon Basin to Temple”,Church News , 13 de março de 1993, p. 6.

3. Ver C. Jay Larson, “Temple Moments:Impossible Desire”, Church News , 16 demarço de 1996, p. 16.

4. Heber C. Kimball, Orson F. Whitney, Life of  Heber C. Kimball , 1945, p. 67.

5. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 247.

6. The Teachings of Spencer W. Kimball, ed.Edward L. Kimball, 1982, p. 301.

7. Janice Kapp Perry, “Eu Gosto de Ver o Templo”, Músicas para Crianças , p. 99.

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estava lavando a roupa à mão. Come-cei a consertar a máquina. Jeanene se aproximou e disse:

“Rich, o que você está azendo?”Eu disse: “Eu estou consertando

a máquina de lavar, assim você nãoprecisará azer isso manualmente”.

Ela disse: “Não. Vá brincar com ascrianças”.

Respondi: “Posso brincar com ascrianças a qualquer hora. Quero aju-dar você”.

Ela então disse: “Richard, por avor, vá brincar com as crianças”.

Quando ela alou comigo comtanta autoridade, obedeci.

Passei um tempo maravilhoso comnossas crianças. Brincamos de pique erolamos nas olhas caídas de outono.Depois, ui a minha reunião. Provavel-mente eu teria esquecido aquela expe-riência, se não osse pela lição que elaqueria que eu aprendesse.

Na manhã seguinte, por volta das 4horas da manhã, acordei quando senti

dois bracinhos em volta do meu pes-coço, um beijo na bochecha e estaspalavras sussurradas em meu ouvido,que nunca vou esquecer: “Papai, amo

 você. Você é meu melhor amigo”.Se você não está tendo esse tipo de

experiência com sua amília, está per-dendo uma das alegrias mais sublimesda vida.

Se você é um jovem em idadeadequada e não está casado, nãoperca tempo em atividades inúteis.

Siga em rente na vida e concentre-seem casar-se. Não que à toa nesseperíodo da vida. Rapazes, sirvam umamissão digna. Depois, aça com quesua mais alta prioridade seja encon-trar uma digna companheira eterna.Quando achar que está desenvol-

 vendo interesse por uma jovem,mostre-lhe que você é uma pessoaexcepcional que ela acharia interes-sante conhecer melhor. Leve-a para

lugares que valem a pena. Mostreuma certa criatividade. Se quer teruma esposa maravilhosa, você tem de

azê-la ver em você um homem mara- vilhoso e um marido em perspectiva.

Se encontrou alguém, vocês podemter um namoro e um casamentoextraordinariamente maravilhosos,e serem muitíssimo elizes eterna-mente, se permanecerem dentro doslimites de dignidade que o Senhorestabeleceu.

Se or casado, você é el ao seucônjuge tanto mental como sica-mente? Você é el a seus convênios

matrimoniais, de modo a nunca iniciaruma conversa que você não gostariaque sua esposa ouvisse? Você é gentile solidário com sua esposa e lhos?

Irmãos, vocês lideram as ativida-des amiliares, tais como estudo deescrituras, oração amiliar e noiteamiliar, ou deixam sua esposa preen-cher o vazio que sua alta de atençãodeixa no lar? Vocês dizem requen-temente a sua esposa o quanto a

amam? Isso trará a ela grande elici-dade. Já ouvi homens me dizeremquando pergunto isso: “Oh, ela sabe”.

 Você precisa dizer a ela. Uma mulhercresce e é grandemente abençoadacom tal armação. Expresse gratidãopor aquilo que seu cônjuge az para

 você. Expresse esse amor e gratidãocom requência. Isso vai tornar a vidabem mais preciosa, mais agradável echeia de propósito. Não retenha essasexpressões naturais do amor. E un-ciona muito melhor se você a abraçarquando disser isso a ela.

 Aprendi com minha esposa a

importância dessas expressões deamor. No início de nosso casamento,muitas vezes eu abria as escrituraspara dar uma mensagem em umareunião e encontrava um bilhetecarinhoso de apoio que a Jeanenetinha deixado no meio das páginas.

 Às vezes eram tão carinhosos que eumal conseguia alar. Aqueles precio-sos bilhetes de uma esposa amorosaoram e continuam a ser um tesouro

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inestimável de consolo e inspiração.Comecei a azer a mesma coisa,

não percebendo o quanto isso real-mente signicava para ela. Lembro-mede um ano em que não tínhamosrecursos para eu lhe dar um presentedo Dia dos Namorados, por issodecidi pintar uma aquarela na portada geladeira. Fiz o melhor que pude,só que cometi um erro. Era tintaesmalte e não aquarela. Ela nunca medeixou tentar remover aquela tintapermanente da geladeira.

Lembro-me de um dia em que

peguei alguns daqueles pequenoscírculos de papel que se ormamquando você ura um papel e escrevineles os números de 1 a 100. No versode cada um, escrevi uma mensagempara ela, uma palavra em cada círculo.Depois, juntei-os todos e coloquei-osem um envelope. Achei que seria algoengraçado.

Quando ela aleceu, descobri emmeio a suas coisas pessoais o quantoela apreciava as mensagens simples

que compartilhávamos um com ooutro. Notei que ela havia coladocuidadosamente cada um daquelescírculos em uma olha de papel. Elanão só havia guardado meus bilhetespara ela, mas os protegera em enve-lopes de plástico como se ossem umtesouro valioso. Há apenas um que elanão colocou com os outros. Ainda estápor trás do vidro do nosso relógio decozinha. Nele está escrito: “Jeanene, é

hora de dizer que amo você”. Per-manece lá e me lembra daquela lhaespecial do Pai Celestial.

 Ao recordar nossa vida juntos, per-cebo o quanto temos sido abençoa-dos. Não tínhamos desentendimentosem nossa casa nem palavras indeli-cadas entre nós. Agora compreendoque tal bênção nos adveio por causadela. Resultou da sua disposição dedoar, de partilhar e de nunca pensarem si mesma. Em nossa vida juntos,mais tarde, tentei imitar seu exemplo.Sugiro que, como marido e mulher,

açam o mesmo em casa.O puro amor é um poder incompa-

ravelmente orte para azer o bem. Oamor exercido em retidão é o alicercede um casamento bem-sucedido. Éa principal razão de termos lhoscontentes e bem criados. Quem podemedir adequadamente a infuência

 justa do amor de uma mãe? Que rutosduradouros crescem das sementesde verdade que uma mãe planta comcuidado e cultiva com amor no solo

értil da mente e do coração de umlho que nela cona? Como mãe,oram-lhe dados instintos divinos paraajudar você a perceber os talentosespeciais e a capacidade sem igual deseu lho. Com seu marido, você podenutrir, ortalecer e azer com que essepotencial foresça.

É muito graticante estar casado.O casamento é maravilhoso. Com otempo vocês começam a pensar da

mesma orma e têm as mesmas ideiase impressões. Haverá momentos emque estarão extremamente elizes ehaverá momentos de provação, mas oSenhor os guiará em todas essas expe-riências de crescimento conjunto.

Certa noite, nosso lhinho Richard,que tinha um problema cardíaco,acordou chorando. Nós dois ouvimos.Normalmente, minha esposa era quemsempre se levantava para cuidar dobebê chorando, mas daquela vez eudisse: “Eu vou cuidar dele”.

Por causa de seu problema, quandoele começava a chorar, seu coraçãobatia muito rapidamente. Ele vomi-tava e sujava toda a roupa de cama.Naquela noite, eu o segurei bem pertode mim para tentar acalmar-lhe ocoração acelerado e azê-lo parar dechorar, enquanto trocava sua roupa eo lençol. Segurei-o até ele adormecer.Não sabia então que, apenas algunsmeses mais tarde, ele viria a alecer.Sempre me lembrarei de quando o

segurei em meus braços no meioda noite.

Lembro-me bem do dia em que elemorreu. Quando Jeanene e eu saímosdo hospital, parei o carro junto à cal-çada. Abracei-a. Choramos um pouco,mas soubemos que poderíamos tê-loalém do véu, por causa dos convêniosque zéramos no templo. Isso ez comque sua morte osse um pouco maisácil de aceitar.

 A bondade de Jeanene ensinou-me

muitas coisas valiosas. Eu era tãoimaturo, e ela era tão disciplinada etão espiritual. O casamento oereceo ambiente ideal para superarmosqualquer tendência que tenhamos deser egoístas ou egocêntricos. Achoque uma das razões de sermos acon-selhados a casar cedo na vida é paraevitar o desenvolvimento de traços decaráter impróprios que sejam diíceisde mudar.

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qualquer que nos pareça agradável”.4

Gostaria de alar de determinadaatitude e prática que precisamos ado-tar, se quisermos satisazer as elevadasexpectativas de nosso Pai Celestial. Éo seguinte: Aceitar de bom grado e atémesmo solicitar a correção. A correçãoé essencial, se quisermos tornar nossa

 vida condizente com a de um “homempereito, [ou seja], à medida da esta-tura completa de Cristo” (Eésios 4:13).Paulo disse o seguinte sobre a corre-ção ou repreensão divina: “Porque oSenhor corrige o que ama” (Hebreus12:6). Embora seja diícil de suportar,devemos realmente car elizes porDeus considerar válidos o tempo e otrabalho exigidos para corrigir-nos.

 A repreensão divina tem, nomínimo, três propósitos: (1) persuadir-nos a arrepender-nos, (2) apereiçoar-nos e santicar-nos, e (3) às vezes,redirecionar o curso de nossa vidapara um caminho que Deus sabe sermelhor.

Consideremos em primeiro lugar oarrependimento, a condição neces-sária para o perdão e a puricação.O Senhor declarou: “Eu repreendo ecastigo a todos quantos amo; sê poiszeloso, e arrepende-te” (Apocalipse3:19). Novamente, Ele disse: “E meupovo precisa ser corrigido até apren-der obediência, ainda que seja pelascoisas que sore” (D&C 105:6; vertambém D&C 1:27). Numa revelaçãomoderna, o Senhor ordenou que

quatro líderes importantes da Igrejase arrependessem (como poderia terordenado a muitos de nós) por nãoensinarem adequadamente os lhos“segundo os mandamentos” e pornão serem “mais diligentes e interes-sados em casa” (D&C 93:41–50). Oirmão de Jarede no Livro de Mórmonse arrependeu quando o Senhor lheapareceu em uma nuvem e alou comele “pelo espaço de três horas (…) e

repreendeu-o por não se ter lembradode invocar o nome do Senhor” (Éter2:14). Por ter prontamente respondidoàquela severa reprimenda, mais tarde,oi dado ao irmão de Jarede o privilé-gio de ver o Redentor pré-mortal e deser instruído por Ele (ver Éter 3:6–20).O ruto da repreensão de Deus é oarrependimento que nos conduz àretidão (ver Hebreus 12:11).

 Além de estimular nosso arrepen-dimento, a própria experiência dacorreção duradoura pode renar-nos epreparar-nos para maiores privilégiosespirituais. O Senhor declarou: “Meupovo deve ser provado em todas ascoisas a m de preparar-se para rece-

ber a glória que tenho para ele, sim,a glória de Sião; e quem não suportacorreção não é digno do meu reino”(D&C 136:31). Em outra ocasião, Eledisse: “Pois todos os que não queremsuportar a correção, mas negam-me,não podem ser santicados” (D&C101:5; ver também Hebreus 12:10).Como disse o Élder Paul V. Johnsonesta manhã, devemos tomar cuidadopara não nos ressentirmos exatamentecom as coisas que vão ajudar-nos a

adquirir a natureza divina.Os seguidores de Alma estabele-ceram uma comunidade de Sião emHelã, mas depois oram levados parao cativeiro. Eles não mereciam aquelesorimento, muito pelo contrário, maso registro diz:

“Não obstante, o Senhor julga con- veniente castigar seu povo; sim, eleprova sua paciência e sua é.

Entretanto, quem nele cona será

elevado no último dia. E assim oi comeste povo” (Mosias 23:21–22).

O Senhor os ortaleceu e aliviouseus ardos até que mal podiam senti-los sobre as costas. Depois disso, nodevido tempo, Ele os libertou (verMosias 24:8–22). Sua é oi imensa-mente ortalecida pelo que passaram,e mesmo depois desrutaram um

 vínculo especial com o Senhor.Deus usa outra orma de repreen-

são ou correção para nos guiar a umuturo que nem imaginamos agora,mas que Ele sabe que é o melhorcaminho para nós. O PresidenteHugh B. Brown, antigo membro dosDoze e conselheiro na Primeira Presi-

dência, compartilhou uma experiênciapessoal. Ele conta que, há muitosanos, comprou uma azenda em pre-cárias condições no Canadá. Ao limpare consertar sua propriedade, ele sedeparou com um pé de groselha quetinha crescido até quase dois metrosde altura e não estava dando rutos,por isso ele o podou drasticamente,deixando-lhe apenas pequenos cotos.Então, viu uma gota semelhante auma lágrima brotando da ponta de

cada um daqueles tocos, como se opé de groselha estivesse chorando, epareceu-lhe ouvi-lo dizer:

“Como você pôde azer issocomigo? Eu estava crescendo demaneira tão maravilhosa, (…) masagora você me reduziu a isto. Todas asplantas do quintal vão olhar para mimcom desprezo. (…) Como você tevecoragem de azer isso comigo? Acheique você osse o jardineiro.”

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O Presidente Brown replicou:“Olhe, minha pequena groselheira,eu sou o jardineiro, e sei o que queroque você seja. Eu não queria que vocêse tornasse uma árvore para dar rutosquaisquer ou sombra. Quero que vocêseja um pé de groselha e, algum dia,pequena groselheira, quando vocêestiver carregada de rutos, você vaidizer: ‘Obrigada, Sr. Jardineiro, poramar-me o bastante para podar-me’”.

 Anos depois, o Presidente Brownservia na Inglaterra como ocial doexército canadense. Quando umocial superior soreu um acidente debatalha, o Presidente Brown estavana la para ser promovido a generale oi convocado para Londres. Mas,apesar de estar totalmente quali-cado, a promoção lhe oi negada porele ser mórmon. O comandante geraldisse, em resumo: “Você merece anomeação, mas não posso conce-dê-la a você”. A promoção pela qualo Presidente Brown passara dez anos

esperando, orando e se preparandoescorregou-lhe por entre os dedosnaquele momento, por causa de umafagrante discriminação. Continuandosua história, o Presidente Brownlembrou:

“Peguei o trem e voltei (…) sentin-do-me arrasado e cheio de amargurana alma. (…) Quando cheguei a meualojamento (…) joguei o quepe nacama. Cerrei os punhos e sacudi asmãos para o céu, dizendo: ‘Como

pudeste azer isso comigo, Deus? Fiztudo ao meu alcance para quali-car-me. Não há nada que eu pudesseou devesse ter eito que não z. Comozeste isso comigo?’ Meu ser era umataça de el.

Então ouvi uma voz e reconheci-a.Era a minha própria voz, e ela dizia:‘Eu sou o jardineiro. Sei o que euquero que você aça’. A amargura saiude minha alma e caí de joelhos ao

lado da cama para pedir perdão porminha ingratidão. (…)

E agora, quase 50 anos depois, diri-

 jo-me a Ele e digo: ‘Obrigado, Sr. Jardi-neiro, por podar-me, por amar-me obastante para erir-me’.”5

Deus sabia em que Hugh B. Brownse tornaria e o que era necessário paraque isso acontecesse, e Ele redire-cionou o curso de sua vida a m deprepará-lo para o santo apostolado.

Se desejarmos sinceramente enos esorçarmos para estar à alturadas elevadas expectativas de nossoPai Celestial, Ele vai assegurar-Se

para que recebamos toda a ajuda deque precisamos, seja ela de con-solo, ortalecimento ou correção.Se ormos receptivos, a correçãonecessária virá de muitas ormas e demuitas ontes. Pode vir no decorrerde nossas orações, à medida queDeus nos alar à mente e ao coraçãopor intermédio do Espírito Santo(ver D&C 8:2). Pode vir na orma deorações que são respondidas com

um “Não”, ou de orma dierentedo que esperávamos. A repreensãopode vir ao estudarmos as escrituras

e sermos lembrados de deciências,de desobediência ou simplesmentede assuntos negligenciados.

 A correção pode vir por meio deoutros, especialmente daqueles quesão inspirados por Deus para promo-

 ver a nossa elicidade. Na Igreja atual,como antigamente, oram chamadosapóstolos, proetas, patriarcas, bispose outros, para “o apereiçoamento dossantos, para a obra do ministério, paraedicação do corpo de Cristo” (Eésios

4:12). Talvez algumas das coisas ditasnesta conerência cheguem a vocêscomo um chamado ao arrependi-mento ou uma mudança que vaierguê-los para um lugar mais alto, seor seguido. Podemos ajudar uns aosoutros como membros da Igreja. Esseé um dos principais motivos pelosquais o Salvador estabeleceu umaIgreja. Mesmo quando nos deparamoscom crítica negativa de pessoas que

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não têm consideração ou amor pornós, pode ser útil exercer mansidãosuciente para selecionar algo quepossa nos beneciar.

 A correção — espero que gentil— pode vir de um cônjuge. O ÉlderRichard G. Scott, que acabou de nosalar, lembra uma ocasião no início

de seu casamento em que sua esposa, Jeanene, o aconselhou a olhar direta-mente para as pessoas ao conversarcom elas. “Você olha para o chão,para o teto, para a janela, para todosos lugares, menos nos olhos delas”,ela disse. Ele aceitou de coraçãoaquela gentil repreensão, e isso otornou bem mais ecaz ao aconselhare trabalhar com as pessoas. Comoalguém que serviu como missionáriode tempo integral sob a direção do

então Presidente Scott, posso atestarque ele olha diretamente nos olhosao conversar com as pessoas. Possotambém acrescentar que, quandoalguém precisa de correção, aqueleolhar pode ser muito penetrante.

Os pais podem e devem corri-gir e até repreender, para que seuslhos não sejam lançados à deriva,à mercê de um adversário impie-doso e daqueles que o apoiam. O

Presidente Boyd K. Packer comentouque, quando alguém com respon-sabilidade de corrigir deixa deazer isso, ele está pensando emsi mesmo. Lembrem-se de que arepreensão deve vir no momentocerto, com clareza e rmeza,“quando movido pelo Espírito Santo;

e depois, mostrando então um amormaior por aquele que repreendeste,para que ele não te julgue seu ini-migo” (D&C 121:43).

Lembrem-se de que, se resistir-mos à correção, as pessoas podemparar completamente de corrigir-nos, apesar de seu amor por nós.Se repetidamente deixarmos de daratenção à repreensão de um Deusamoroso, Ele também vai desistir.Ele disse: “Meu Espírito não lutará

para sempre com o homem” (Éter2:15). No nal, grande parte denossa disciplina deve vir de dentro— devemos tornar-nos autodis-ciplinadores. Uma das maneiraspelas quais nosso saudoso e amadocolega, o Élder Joseph B. Wirthlin,tornou-se o discípulo puro ehumilde que era, oi por meio daanálise de seu desempenho em cadatarea e designação. Em seu desejo

de agradar a Deus, ele resolveudeterminar o que poderia ter eitomelhor e, em seguida, diligente-mente aplicava cada lição aprendida.

 Todos podemos satisazer aselevadas expectativas de Deus, pormaiores ou menores que sejam nossacapacidade e talentos. Morôni arma:“Se vos negardes a toda iniquidadee amardes a Deus com todo o vossopoder, mente e orça, então [a graçade Deus] vos será suciente; e porsua graça podeis ser pereitos emCristo” (Morôni 10:32). É o esorçodiligente e dedicado da nossa parteque suscita essa graça que nos capa-cita e nos dá orças, um esorço quecertamente inclui a submissão à mãodisciplinadora de Deus e um arre-pendimento sincero e incondicional.Oremos para receber Sua correçãoinspirada pelo amor.

Que Deus os ajude em seu empe-nho de atender às expectativas Delee lhes conceda a medida plena de

elicidade e paz que naturalmente seseguem. Sei que todos podemos tor-nar-nos um com Deus e com Cristo.De nosso Pai Celestial e Seu Filho

 Amado e do eliz potencial que temospor causa Deles, presto humilde econante testemunho, em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Dallin H. Oaks, “O Desafo de Tornar-se,” A Liahona, janeiro de 2001, p. 40.

2. Kenda Creasy Dean, Almost Christian:What the Faith of Our Teenagers Is Telling 

the American Church [Quase Cristãos:O Que a Fé Proessada por Nossos

 Adolescentes Está Dizendo à Igreja da América], 2010, p. 17.

3. Dean, Almost Christian, 30; ver tambémChristian Smith e Melinda LundquistDenton, Soul Searching: The Religious and Spiritual Lives of AmericanTeenagers [Em Busca da Alma: A VidaReligiosa e Espiritual dos AdolescentesNorte-americanos], 2005, pp. 118–171.

4. Dean, Almost Christian, p. 37.5. Hugh B. Brown, “O Pé de Groselha,”

 A Liahona, março de 2002, p. 22.

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Élder Carl B. Pratt Dos Setenta

o dízimo naquele verão. Eles nãotinham recebido dinheiro algum, masminha avó lembrou-lhe que os animaistinham ornecido carne, ovos e leite.

 A horta e o pomar haviam produzidomuitas rutas e hortaliças e eles haviameito negócios à base de troca, nosquais não entrara dinheiro vivo. Ela

sugeriu que entregassem o dinheiro aobispo para pagar o dízimo.

Meu avô cou um pouco decep-cionado, pois o dinheiro seria degrande ajuda para custear as despesasescolares dos lhos, mas concordouprontamente que era preciso pagaro dízimo. Ele oi ao escritório dedízimos carregando o pesado saco dedinheiro e acertou tudo com o bispo.

Pouco depois, recebeu a notíciade que um rico homem de negócios

dos Estados Unidos, chamado Sr.Hord, chegaria na semana seguintecom vários outros homens para passaralguns dias caçando e pescando nasmontanhas.

Meu avô oi receber aquele grupode homens na estação próxima àColônia Juárez. Levou vários cavalosselados e os animais de carga neces-sários, já prontos para transportar abagagem e o equipamento para o

Sou grato por antepassados que

 viveram em retidão e ensinaramos lhos em casa, muito antes que

as noites amiliares ormais existissem.Meus avós maternos chamavam-seIda Jesperson Whetten e John A.

 Whetten. Moravam numa vilazinhachamada Colônia Juárez, em Chihua-

hua, no México. Os lhos da amília Whetten aprendiam por preceito eobservando o exemplo dos pais.

No início da década de 1920, noMéxico, a vida era diícil. Uma revolu-ção violenta terminara recentemente,havia pouco dinheiro em circulaçãoe a maior parte do que havia era emmoedas de prata. As pessoas muitas

 vezes negociavam à base de troca debens e serviços.

Certo dia, quase no nal do verão,

meu avô John chegou em casa depoisde echar um negócio pelo qualrecebera 100 pesos em moedas deprata como parte do pagamento. Eleentregou o dinheiro a minha avó Ida,e disse-lhe que aquele dinheiro estavareservado para as despesas escolaresdos lhos.

Minha avó cou contente com odinheiro, mas lembrou a meu avôque eles ainda não tinham pagado

acampamento nas montanhas. Passoua semana seguinte como guia dogrupo, tratador dos animais e encarre-gado do acampamento.

No nal da semana, os homens voltaram para a estação onde embar-cariam de volta para os EstadosUnidos. Nesse dia meu avô Johnrecebeu o pagamento do trabalho quezera, além de um saco de pesos deprata para cobrir as outras despesas.Depois de pagar os outros homens,meu avô devolveu o dinheiro exce-dente ao Sr. Hord, que cou surpreso,pois não esperava que houvesse troco.Ele perguntou a meu avô se todas asdespesas haviam sido pagas. Meu avôrespondeu que todas as despesas da

 viagem estavam pagas e que aqueleera o dinheiro restante.

O trem apitou. O Sr. Hord virou-separa ir embora, depois, voltou-se denovo para meu avô e jogou-lhe o sacode moedas: “Aqui, leve isso para seusmeninos”, ele disse. Meu avô pegou o

saco e se pôs a caminho de volta paraa Colônia Juárez.

Naquela noite a amília se reuniudepois do jantar para ouvir as históriasda viagem; meu avô lembrou-se dosaco de moedas, pegou-o e colocou-ona mesa. Disse que não sabia quantohavia ali; então, só por diversão, esva-ziaram o saco na mesa, (as moedasormaram um monte bem grande).Depois de contarem tudo, viram quehavia exatamente 100 pesos de prata.

É claro que todos acharam que a viagem do Sr. Hord oi uma verdadeirabênção. John e seus lhos tinham sidobem pagos, mas os 100 pesos a maisnos lembraram de que aquela ora aexata quantia paga como dízimo nasemana anterior. Para alguns, essaseria uma coincidência interessante,mas para a amília Whetten essa oiclaramente uma lição do Senhor, quelhes ensinou que Ele Se lembra das

As Mais RicasBênçãos do SenhorSe pagarmos o dízimo felmente, o Senhor abrirá as janelas 

do céu e derramará Suas mais ricas bênçãos sobre nós.

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promessas que az a quem paga odízimo elmente.

Quando eu era criança adoravaessa história por causa da expedição

a cavalo e do acampamento nas mon-tanhas para caçar e pescar. E adoravaa história porque ela ensinava que,quando obedecemos aos mandamen-tos, somos abençoados. Todos nóspodemos aprender várias coisas sobreo dízimo com ela.

Primeiro, vocês devem ter perce-bido que o pagamento do dízimonesse caso não teve relação algumacom uma renda em dinheiro. A amília

 Whetten decidiu usar o primeiro

dinheiro que recebeu para pagar odízimo porque todos tinham vividobem com o que seus animais, hortae pomar produziram. Fica claro quesentiam estar em dívida com o Senhorpelas bênçãos que receberam.

Isso nos lembra do que ca implí-cito nas palavras do Senhor, que per-guntou: “Roubará o homem a Deus?

 Todavia vós me roubais”. E as pessoasperguntam: “Em que te roubamos?” E

o Senhor responde estrondosamente:“Nos dízimos e nas oertas” (Malaquias3:8). Sim, irmãos e irmãs, naquele

 verão, há várias décadas, John e

Ida Whetten estavam certos: todostemos uma dívida com o Senhor. Nãosejamos acusados de roubar a Deus.Sejamos honestos e paguemos o quedevemos ao Senhor. Ele só pede dezpor cento. A integridade em pagarnossa dívida ao Senhor nos ajudará asermos honestos com o próximo.

Outra coisa que percebi nessahistória oi que meus avós pagaram odízimo apesar de serem pobres. Elesconheciam o mandamento do Senhor,

aplicaram as escrituras a si mesmos(ver 1 Né 19:23–24) e obedecerama lei. É isso que o Senhor esperade todos de Seu povo. Espera quepaguemos o dízimo, não por sermosricos, não do que “sobra” das despe-sas amiliares, mas de acordo com oantigo mandamento, ou seja, das “pri-mícias” de nossa renda, seja ela muitaou pouca. O Senhor ordenou: “As tuasprimícias (…) não retardarás” (Êxodo

22:29). Sei por experiência própriaque a orma mais certeira de pagar odízimo elmente é pagá-lo assim querecebo qualquer renda. Na verdade,percebi que não há outra orma.

 Aprendemos com meus avósmaternos que o dízimo na verdadenão é uma questão de dinheiro (…)é uma questão de é — é no Senhor,que promete abençoar-nos se guar-darmos os mandamentos. Ficouclaro que, para John e Ida Whetten,o pagamento do dízimo oi umademonstração de grande é. Demons-tremos nossa é no Senhor pagandonosso dízimo. Paguemos o dízimo emprimeiro lugar e com honestidade.Ensinemos nossos lhos a pagar odízimo até da mesada ou de outrasontes de renda, depois, levemo-nosconosco para o acerto do dízimo, paraque eles saibam por meio de nossoexemplo e amor pelo Senhor.

Há margem para uma interpretaçãoerrônea nessa história de meus avós.

Podemos concluir que, uma vez quepagamos o dízimo em dinheiro, oSenhor sempre nos abençoará comdinheiro. Era isso que eu achavaquando criança. De lá para cá, aprendique as coisas não são bem assim.O Senhor promete bênçãos a quempaga o dízimo. Ele promete “abrir as

 janelas do céu, e (…) derramar sobre[nós] uma bênção tal até que não hajalugar suciente para a [recolhermos]”(Malaquias 3:10). Testico que Ele

cumpre o que promete e, se pagarmoso dízimo elmente, não passaremosnecessidade — mas, Ele não prometeque caremos ricos. O dinheiro e ascontas bancárias não são as mais ricasbênçãos do Senhor. Ele abençoa-noscom sabedoria para administrar nos-sos recursos materiais limitados, sabe-doria essa que possibilita que vivamosmelhor com 90 por cento de nossarenda do que viveríamos com 100 por

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Élder Lynn G. RobbinsDos Setenta

S

er ou não ser” é realmente umaboa pergunta.1 O Salvador ez

essa pergunta de modo bemmais proundo, tornando-a umapergunta doutrinária vital para cadaum de nós: “Que tipo de homens [emulheres] devereis ser ? Em verdade

 vos digo que devereis ser como eu sou” (3 Né 27:27; grio do autor). Aprimeira pessoa do presente do indi-cativo do verbo ser é Eu sou. Ele nosconvida a tomar sobre nós Seu nomee Sua natureza.

Para tornar-nos como Ele é , pre-

cisamos também azer as coisas queEle ez : “Em verdade, em verdade vosdigo que este é o meu evangelho; esabeis o que deveis azer em minhaigreja; pois as obras que me vistes azer , essas também areis ” (3 Né27:21; grio do autor).

Ser e azer são coisas inseparáveis.Como doutrinas interdependentes,elas reorçam e promovem uma àoutra. A é inspira a pessoa a orar,

por exemplo, e a oração, por sua vez,ortalece a é que ela tem.

O Salvador com requência denun-ciava os que aziam sem serem,chamando-os de hipócritas: “Este povohonra-me com os lábios, mas o seucoração está longe de mim” (Marcos7:6). Fazer sem ser é hipocrisia, ouseja, simular o que não é: é ser ngido.

Por outro lado, ser sem azer é vazio, como em “a é, se não tiver asobras, é morta em si mesma” (Tiago2:17; grio do autor). Ser sem azer  não é ser de verdade: é enganar-nos

a nós mesmos, crendo que somosbons, simplesmente por termos boasintenções.

 Fazer sem ser (hipocrisia) passauma alsa imagem para os outros, aopasso que ser sem azer passa umaimagem alsa para nós mesmos.

O Salvador repreendeu os escribase ariseus por sua hipocrisia: “Ai de

 vós, escribas e ariseus, hipócritas!pois que dizimais” — algo que eles

“Que Tipo de Homens[e Mulheres] Devereis

Ser?”Que nosso empenho em desenvolver atributos semelhantes aos de Cristo seja bem-sucedido, para que Sua imagem seja gravada em nosso semblante e Seus atributos se maniestemem nossa conduta.

cento. Portanto, os éis pagadores dodízimo compreendem o que é vivercom prudência e tendem a ser maisautoconantes.

 Aprendi que as mais ricas bênçãosdo Senhor são espirituais e, muitas

 vezes, relacionadas à amília, aosamigos e ao evangelho. Com requên-cia, é como se Ele nos abençoassecom maior sensibilidade à orienta-ção do Espírito Santo, especialmentequanto ao casamento e em questõesamiliares, como a criação dos lhos.Essa sensibilidade espiritual podeajudar-nos a ter a bênção da harmoniae paz no lar. O Presidente James E.Faust comentou que o pagamento dodízimo é “um excelente seguro contrao divórcio” (“Como Enriquecer SeuCasamento”, A Liahona, abril de 2007,pp. 2–6).

Pagar o dízimo ajuda-nos adesenvolver um coração humilde esubmisso, e o coração grato tende aconessar a mão do Senhor em todas

as coisas (ver D&C 59:21). O paga-mento do dízimo contribui para quedesenvolvamos a generosidade, acapacidade de perdoar e a caridade,em um coração repleto do puroamor de Cristo. Passamos a estarsempre ávidos por servir e abençoaro próximo com o coração cheio deobediência e submissão à vontadedo Senhor. Quem paga regularmenteo dízimo tem sua é no Senhor JesusCristo ortalecida e desenvolve um

testemunho rme e duradouro do Seuevangelho e de Sua Igreja. Nenhumadessas bênçãos é nanceira oumaterial, sob qualquer aspecto, mascertamente estão entre as mais ricasbênçãos do Senhor.

 Testico que, se pagarmos o dízimoelmente, o Senhor abrirá as janelasdo céu e derramará Suas mais ricasbênçãos sobre nós. Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

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 aziam — “a hortelã, o endro e ocominho, e desprezais o mais impor-tante da lei, o juízo, a misericórdia e aé” (Mateus 23:23). Em outras palavras,eles não eram o que deviam ser .

Embora reconhecesse a importân-cia de azer , o Salvador identicou ser  como “o mais importante”. A impor-tância maior de ser é ilustrada nosseguintes exemplos:

• Entrar nas águas do batismo é algoque azemos. O ser que precisa virantes disso é a é em Jesus Cristo euma vigorosa mudança no coração.

• Tomar o sacramento é algo que azemos. Ser dignos de tomar osacramento é algo bem mais sério eimportante.

• A ordenação ao sacerdócio é umato que azemos. A questão maisséria, porém, é o poder no sacerdó-cio, que se baseia nos “princípiosda retidão” (D&C 121:36) ou ser.

Muitos elaboram uma lista decoisas a azer , para lembrar-se doque desejam realizar. Mas as pessoasraramente azem uma lista de coi-sas que devem ser . Por quê? Fazer  envolve atividades ou acontecimentosque podem ser assinalados na lista,quando estão eitos. Ser, porém, nuncaacaba. Não há como assinalar comoconcluídas as coisas que você deve ser . Posso levar minha mulher parapassear numa bela noite de sexta-

eira. Isso é algo que vou azer. Mas ser um bom marido não é um eventoúnico: é algo que precisa ser parte daminha natureza, do meu caráter, dequem eu sou.

Ou como pais, quando é que pode-mos assinalar um lho como algo eito e acabado? Ser bons pais é algo quenunca acaba. E para sermos bons pais,uma das coisas mais importantes quepodemos ensinar aos nossos lhos

é como serem mais semelhantes aoSalvador.Não se podem ver os atributos

cristãos de que somos eitos, mas elessão a orça motivadora por trás doque azemos , que é algo que podeser visto. Quando os pais ajudam umlho a aprender a andar, por exemplo,

 vemos os pais azendo coisas comosegurar ou elogiar o lho. Essas coisasque eles azem revelam o amor quenão vemos no coração deles e a suainvisível é e esperança no potencialdo lho. Eles continuam se esorçandodia a dia: uma evidência do quãopacientes e diligentes eles são.

Como o ser causa o azer , e é omotivo por trás do azer , ensinar a ser  

 vai melhorar o comportamento maisdo que a ênase no azer .

Quando os lhos se comportammal, quando brigam entre si, porexemplo, geralmente direcionamoserroneamente nossa disciplina ao queeles fzeram ou na briga que obser-

 vamos. Mas o azer — o comporta-mento deles — é apenas um sintomada motivação invisível que eles têmno coração. Podemos perguntar-nos:“Que atributos, se orem compreendi-dos pelos lhos, corrigiriam esse com-portamento no uturo? Ser paciente eperdoar quando incomodados? Amare ser pacicadores? Assumir responsa-bilidade pessoal pelos próprios atos enão pôr a culpa nos outros?”

Como é que os pais ensinam esses

atributos aos lhos? Nunca teremosmaior oportunidade de ensinar edemonstrar atributos cristãos a nossoslhos do que na maneira como os dis-ciplinamos. O termo disciplina derivada mesma raiz da palavra discípulo eimplica paciência e ensino da nossaparte. Não deve ser exercida comraiva. Podemos e devemos disciplinarda maneira que Doutrina e Convê-nios 121 nos ensina: “Com persuasão,

com longanimidade, com brandurae mansidão e com amor não ngido;com bondade e conhecimento puro”(versículos 41–42). Esses são atributosde ser cristãos que devem azer partede quem somos , como pais e discípu-los de Cristo.

Por meio da disciplina, o lhoaprende a respeito das consequências.Nesses momentos, é útil transormaras coisas negativas em positivas. Se olho conessar ter eito algo errado,elogie a coragem que teve paraconessar. Pergunte ao lho o queele aprendeu com o erro, dando a

 vocês, e mais importante, ao Espírito,a oportunidade de tocá-lo e ensiná-lo.Quando lhe ensinamos a doutrinapelo Espírito, essa doutrina tem opoder de mudar a própria naturezadele ser ao longo do tempo.

 Alma descobriu esse mesmoprincípio, que “a pregação da palavraexercia uma grande infuência sobre opovo, levando-o a praticar [ou azer] o

que era justo — sim, surtia um eeitomais poderoso sobre a mente do povodo que a espada” (Alma 31:5; griodo autor). Por quê? Porque a espadaenocava somente a punição do com-portamento ( azer ), ao passo que apregação da palavra mudava a próprianatureza das pessoas — quem elaseram ou em quem podiam tornar-se.

Um lho aável e obediente levaos pais a matricular-se somente noCurso Básico de como ser pais. Se

 vocês orem abençoados com umlho que ponha sua paciência àprova, então estarão matriculados noCurso Avançado para pais. Em vez dequestionar o que zeram de erradona vida pré-mortal para merecer isso,

 vocês podem considerar um lho maisdesaador como uma bênção e umaoportunidade para vocês se tornaremmais semelhantes a Deus. Com quallho sua paciência e longanimidade

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e as outras virtudes cristãs têm maiorprobabilidade de serem testadas,desenvolvidas e renadas? Quemsabe, vocês precisem desse lho tantoquanto ele precisa de vocês?

Ouvimos o conselho de condenaro pecado, mas não o pecador. Damesma orma, quando nossos lhosse comportam mal, precisamos tomarcuidado para não dizer coisas que osaçam acreditar que aquilo que fze-ram de errado dene quem eles são.“Jamais permitam que um racassoprogrida de uma ação para uma iden-tidade, usando rótulos como “burro”,“lerdo”, “preguiçoso” ou “desastrado”.2 Nossos lhos são lhos de Deus.Essa é sua verdadeira identidade eseu potencial. O plano Dele é ajudarSeus lhos a sobrepujar os erros e asmás ações e a progredir para torna-rem-se como Ele é. O comportamentodecepcionante, portanto, deve serconsiderado como algo temporário,e não permanente — um ato, e não

uma identidade.É preciso ter cuidado, portanto,

ao usar expressões permanentescomo: “Você sempre (…)” ou “Vocênunca (…)”, quando estiver corrigindoalguém. Evite em especial expressõescomo “Você nunca leva em conta oque estou sentindo” ou “Por que vocêsempre chega atrasado?” Frases comoessas azem as ações parecerem iden-tidade e podem exercer uma infuên-cia contrária no autoconhecimento e

na autoestima da criança. A conusão de identidade podetambém ocorrer quando perguntamosaos nossos lhos o que querem ser  quando crescer, como se aquilo queuma pessoa az prossionalmentedenisse o que ela é. Nem as pros-sões nem as coisas que possuímospodem denir a identidade ou o valorpessoal. O Salvador, por exemplo, eraum humilde carpinteiro, mas é pouco

provável que isso deniria Sua vida.Para ajudar nossos lhos a desco-

brir quem eles são e ortalecer seu valor pessoal, podemos cumprimentá-los devidamente por sua realizaçãoou comportamento: o azer, mas seriaainda mais sábio enocar ou elogiarprincipalmente seu caráter e suascrenças: quem eles são.

Nos esportes, um modo sábio deelogiar o desempenho dos lhos —  azer — é por meio do ponto de vistado ser — como sua energia, perseve-rança, rmeza diante do adversário,etc. — e assim estaremos elogiandotanto o ser quanto o azer .

Quando pedimos a nossos lhos

que açam certas tareas, podemostambém procurar meios de elogiá-lospelo que eles são, como: “Fico tãoeliz quando você cumpre suas tareasde boa vontade”.

Quando os lhos recebem o bole-tim escolar, podemos elogiá-los porsuas boas notas, mas algo que talveztenha um beneício mais duradouroseria elogiá-los por sua diligência:“Você entregou todos os seus deveres.

 Você é alguém que sabe lidar com

coisas diíceis e concluí-las. Estouorgulhoso de você”.Na hora de ler as escrituras com a

amília, procurem e discutam exem-plos de atributos encontrados na lei-tura do dia. Uma vez que os atributossemelhantes aos de Cristo são donsde Deus, e não podemos desenvol-

 vê-los sem a ajuda Dele 3, orem poresses dons na oração amiliar e napessoal.

 À mesa de jantar, conversem de vezem quando sobre atributos, princi-palmente os que encontraram nasescrituras na leitura da manhã. “Deque maneira cada um de vocês oi umbom amigo hoje? Como demonstraramsua solidariedade? De que maneira aé ajudou vocês a vencer os obstáculosde hoje? De que maneira mostraramque são dignos de conança? Quesão honestos?” Generosos? Humil-des?” Esses são exemplos de atributosencontrados nas escrituras que preci-sam ser ensinados e aprendidos.

O modo mais importante para ensi-nar a ser é sermos o tipo de pais que oPai Celestial é para nós. Ele é um Pai

pereito e compartilhou conosco Seumanual para pais: as escrituras.

Meu discurso de hoje oi dirigidoprincipalmente aos pais, mas os prin-cípios se aplicam a todos. Que nossoempenho em desenvolver atributossemelhantes aos de Cristo seja bem-sucedido, para que Sua imagem sejagravada em nosso semblante e Seusatributos Se maniestem em nossaconduta. Assim, quando nossos lhosou outras pessoas sentirem nosso

amor e virem nossa conduta, isso osaça achegarem-se a Ele. É minha ora-ção e testemunho, em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. William Shakespeare, Hamlet, Príncipe da Dinamarca, ato 3, cena 1, linha 56.

2. Carol Dweck, como citado em Joe Kita,“Bounce Back Chronicles,” Reader’s Digest,maio de 2009, p. 95.

3. Ver  Pregar Meu Evangelho, Guia para oServiço Missionário, 2004, p. 121.

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aos outros de santos. Quão emocio-nante deve ter sido para eles ouvir o Apóstolo Paulo chamá-los de “con-cidadãos dos santos, e da amília deDeus” (Eésios 2:19) e também dizerque eles tinham sido “chamados [para ser] santos” (Romanos 1:7; griodo autor).

 À medida que os membros daIgreja vivem o evangelho e seguemo conselho dos proetas, eles vão,pouco a pouco, até mesmo semperceber, tornando-se santicados.Os humildes membros da Igreja querealizam diariamente a oração amiliare o estudo das escrituras, que partici-pam do trabalho de história da amíliae consagram seu tempo para adorarrequentemente no templo, tornam-sesantos. Eles são os que se dedicam acriar uma amília eterna. Também sãoos que reservam um tempo de sua

 vida atareada para resgatar os que seaastaram da Igreja, incentivando-os a

 voltar e a sentar-se à mesa do Senhor.

Eles são os élderes, as sísteres e oscasais idosos que atendem ao cha-mado de servir como missionários doSenhor. Sim, meus irmãos e irmãs, elesse tornam santos na mesma proporçãoem que descobrem aquele sentimentocálido e maravilhoso que se chamacaridade, ou puro amor de Cristo (verMorôni 7:42–48).

Os santos, ou membros da Igreja,também passam a conhecer nossoSalvador por meio de afições e pro-

 vações. Não nos esqueçamos de queaté Ele teve de sorer todas as coisas.“E tomará sobre si a morte, para sol-tar as ligaduras da morte que pren-dem o seu povo; e tomará sobre si assuas enermidades, para que se lheencham de misericórdia as entranhas,segundo a carne, para que saiba,segundo a carne, como socorrer seupovo, de acordo com suas enermida-des” (Alma 7:12).

 Ao longo dos últimos anos, tes-temunhei o sorimento de muitaspessoas, inclusive de muitos de nossossantos. Oramos continuamente poreles, pedindo a intervenção do Senhorpara que sua é não enraqueça e queeles possam seguir em rente compaciência. Para esses, repetimos aspalavras de consolo do proeta Jacó,do Livro de Mórmon:

“Ó, meus amados irmãos, vinde,pois, ao Senhor, o Santo. Lembrai-

 vos de que seus caminhos são justos.Eis que o caminho para o homem

é estreito, mas segue em linha retaadiante dele; e o guardião da portaé o Santo de Israel; e ele ali não usaservo algum, e não há qualquer outrapassagem a não ser pela porta; por-que ele não pode ser enganado, poisSenhor Deus é o seu nome.

E a quem quer que bata, ele abrirá”(2 Né 9:41–42).

Não importam as circunstâncias,provações ou desaos que nos cer-quem, a compreensão da doutrina de

Cristo e de Sua Expiação será a ontede nossa orça e paz. Sim, irmãos eirmãs, é essa tranquilidade interior queé gerada pelo Espírito, e que o Senhorconcede a Seus santos éis. Ele nosnutre, dizendo: “Deixo-vos a paz. (…)Não se turbe o vosso coração, nem seatemorize” (João 14:27).

Há muitos anos sou testemunhada delidade dos membros da Igreja,os santos dos últimos dias, que com

é no plano de nosso Pai Celestial ena Expiação de nosso Salvador, JesusCristo, sobrepujaram tribulações eafições, com coragem e grande entu-siasmo, perseverando e continuandono caminho reto e apertado dasanticação. Faltam-me palavras paraexpressar minha gratidão e admiraçãopor todos os santos éis com quemtive o privilégio de conviver!

Embora nosso entendimento doevangelho não seja tão proundoquanto nosso testemunho de sua

 veracidade, se depositarmos nossa

conança no Senhor, seremos ampa-rados em todas as nossas diculdades,provações e afições (ver Alma 36:3).Essa promessa do Senhor a Seussantos não quer dizer que estaremoslivres dos sorimentos ou das prova-ções, mas que seremos amparadosao atravessá-los e saberemos que é oSenhor Quem nos ampara.

Meus queridos irmãos e irmãs,quão abençoados somos por termossido trazidos a esta irmandade de

santos dos últimos dias! Quão aben-çoados somos por nosso testemunhodo Salvador ser contado com o deproetas antigos e modernos!

 Testico que nosso Senhor, o Santode Israel, vive e que Ele dirige SuaIgreja, A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias, por intermé-dio de nosso amado proeta, Tho-mas S. Monson. Em nome de nossoSenhor, Jesus Cristo. Amém. ◼

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Élder C. Scott Grow Dos Setenta

Enquanto preparava meu discursopara esta conerência, recebi umteleonema chocante de meu pai.

Ele disse que meu irmão mais novomorrera naquela manhã, enquantodormia. Fiquei de coração partido.Ele tinha apenas 51 anos de idade.

 Ao pensar nele, senti-me inspirado a

compartilhar com vocês alguns acon-tecimentos de sua vida. Faço isso compermissão.

Quando jovem, meu irmão erabonito, simpático e extrovertido —totalmente dedicado ao evangelho.Depois de servir uma missão honrosa,casou-se com sua namorada no tem-plo. Foram abençoados com um lhoe uma lha. Tinha um uturo muitopromissor.

Mas então, sucumbiu a uma

raqueza. Decidiu adotar um estilode vida hedonista, que lhe custou asaúde, seu casamento e sua condiçãode membro da Igreja.

Mudou-se para longe de casa.Continuou com seu comportamentoautodestrutivo por mais de umadécada, mas o Salvador não Se esque-cera dele nem o abandonara. Por m,a dor de seu desespero permitiu queum espírito de humildade entrasse

Sou grato pelo milagre da Expiaçãona vida de meu irmão. A Expiação doSalvador está ao alcance de todos nós,sempre.

Podemos ter acesso à Expiação pormeio do arrependimento. Quandonos arrependemos, o Senhor permiteque deixemos para trás os erros dopassado.

“Eis que aquele que se arrependeude seus pecados é perdoado e eu, oSenhor, deles não mais me lembro.

Desta maneira sabereis se umhomem se arrepende de seus peca-dos — eis que ele os conessará eabandonará”.2

 Todos conhecemos alguma pessoaque passou por sérios desaos na

 vida — alguém que se desviou ouenraqueceu. Essa pessoa pode serum amigo ou parente, um pai, mãeou lho, um marido ou esposa. Essapessoa pode ser até você.

Falo a todos, até para você. Falo domilagre da Expiação.

O Messias veio para redimir oshomens da Queda de Adão.3 Tudo noevangelho de Jesus Cristo aponta parao sacriício expiatório do Messias, oFilho de Deus.4

O plano de salvação não poderiaser levado a eeito sem uma Expiação.“Portanto o próprio Deus expia ospecados do mundo, para eetuar oplano de misericórdia, para satisazeros requisitos da justiça, a m de queDeus seja um Deus pereito, justo e

também um Deus misericordioso.”5

O sacriício expiatório tinha de serrealizado por alguém sem pecado,o Filho de Deus, porque o homemdecaído não podia expiar os própriospecados.6 A Expiação tinha de ser in-nita e eterna — para abranger todosos homens, por toda a eternidade.7

Por meio de Seu sorimento emorte, o Salvador expiou os pecadosde todos os homens.8 Sua Expiação

em sua alma. Seu sentimento de raiva,rebelião e oposição começou a desa-parecer. Como o lho pródigo, ele“[tornou] em si”.1 Começou a aproxi-mar-se do Salvador e a tomar o rumode volta para o lar e para os pais éisque nunca desistiram dele.

Ele trilhou o caminho do arrepen-

dimento. Não oi ácil. Depois de cardoze anos ora da Igreja, oi rebati-zado e recebeu novamente o domdo Espírito Santo. Seu sacerdócio eas bênçãos do templo oram, por m,restaurados.

 Teve a bênção de encontrar umamulher disposta a não se importarcom os problemas de saúde decorren-tes de seu estilo de vida anterior,e eles oram selados no templo. Tive-ram dois lhos. Serviu elmente no

bispado por vários anos.Meu irmão morreu na manhã dodia 7 de março, uma segunda-eira.Na noite da sexta-eira anterior, ele ea mulher oram ao templo. Na manhãde domingo, um dia antes de mor-rer, ele deu a aula do sacerdócio aseu grupo de sumos sacerdotes. Foidormir naquela noite, para nuncamais acordar nesta vida — mas paraerguer-se na ressurreição dos justos.

O Milagre daExpiação Não há pecado ou transgressão, dor ou pesar, que esteja ora

do poder de cura de Sua Expiação.

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teve início no Getsêmani e pros-seguiu na cruz, culminando com aRessurreição.

“Sim, [ele] será conduzido, cruci-cado e morto, a carne sujeitando-seà morte, a vontade do Filho sendoabsorvida pela vontade do Pai.”9 Pormeio de Seu sacriício expiatório, Ele“[ez] de sua alma uma oerta pelopecado”.10

Como Filho Unigênito de Deus,Ele herdou poder sobre a morte ísica.Isso Lhe permitiu conservar a vida, aosorer “[mais] do que o homem podesuportar sem morrer; eis que sairásangue de cada um de seus poros,tão grande será a sua angústia pelasiniquidades e abominações de seupovo”.11

Ele não apenas pagou o preço dospecados de todos os homens, mastambém tomou “sobre si as dores eas enermidades de seu povo”. E Eletomou “sobre si as suas enermidades,para que se lhe encham de miseri-

córdia as entranhas, (…) para quesaiba, segundo a carne, como socor-rer seu povo, de acordo com suasenermidades”.12

O Salvador sentiu o peso daangústia de toda a humanidade — aangústia do pecado e do sorimento.“Certamente ele tomou sobre si nossasdores e carregou nossos pesares.”13

Por meio de Sua Expiação, Ele curanão apenas o transgressor, mas tam-bém o inocente que sore por causa

dessas transgressões. À medida que oinocente exerce é no Salvador e emSua Expiação, e perdoa o transgressor,ele também pode ser curado.

Há momentos em que todos nós“[precisamos] do alívio do sentimentode culpa causado [pelos] erros e peca-dos”.14 Se nos arrependermos, o Salva-dor removerá a culpa de nossa alma.

Por meio de Seu sacriício expia-tório, somos redimidos. Com exceção

dos lhos de perdição, a Expiação estáao alcance de todos, o tempo todo,“sob condição de arrependimento,

não importa quão grande ou pequenotenha sido o pecado”.15

Por causa de Seu amor innito, Jesus Cristo nos convida a arrepen-der-nos para que não tenhamos desorer todo o peso de nossos própriospecados:

“[Arrepende-te] — Arrepende-te,para que (…) teus sorimentos [não]sejam dolorosos — quão dolorosos tunão sabes, quão intensos tu não sabes,sim, quão diíceis de suportar tu não

sabes.Pois eis que eu, Deus, sori essascoisas por todos, para que não preci-sem sorer caso se arrependam;

Mas se não se arrependerem, terãoque sorer assim como eu sori;

Sorimento que ez com que eu,Deus, o mais grandioso de todos,tremesse de dor e sangrasse por todosos poros; e soresse, tanto no corpocomo no espírito.”16

O Salvador oerece cura para osque sorem devido ao pecado: “Não

 volvereis a mim agora, arrependendo-

 vos de vossos pecados e convertendo- vos, para que eu vos cure?”17

 Jesus Cristo é o Grande Médico denossa alma. Com exceção dos peca-dos de perdição, não há pecado outransgressão, dor ou pesar, que estejaora do alcance do poder de cura deSua Expiação.

Quando pecamos, Satanás nos dizque estamos perdidos. Por outro lado,nosso Redentor oerece redenção atodos, não importa o que tenhamos

eito de errado, tanto para vocêsquanto para mim. Ao refetir sobre sua própria vida,

há coisas que você precisa mudar? Você cometeu erros que ainda preci-sam ser corrigidos?

Se estiver tendo sentimentos deculpa, remorso, amargura, ira ouperda de é, convido-o a buscaralívio. Arrependa-se e abandone seuspecados. Depois, em oração, peça a

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Deus que o perdoe. Busque o perdãodaqueles que você magoou. Perdoe osque o injuriaram. Perdoe a si mesmo.

Procure o bispo, se necessário. Eleé o mensageiro de misericórdia doSenhor. Ele vai ajudá-lo em sua lutapara tornar-se limpo por meio doarrependimento.

Entregue-se à oração e ao estudo

das escrituras. Ao azer isso, sentirá ainfuência santicadora do Espírito. OSalvador disse: “[Santicai-vos]; sim,puricai o coração e lavai as mãos(…) perante mim, para que eu vostorne limpos”.18

 Ao tornar-nos puros pelo poderde Sua Expiação, o Salvador torna-Se nosso Advogado junto ao Pai,rogando:

“Pai, contempla os sorimentose a morte daquele que não come-

teu pecado, em quem te rejubilaste;contempla o sangue de teu Filho, queoi derramado, o sangue daquele quedeste para que osses gloricado;

Portanto, Pai, poupa estes meusirmãos que creem em meu nome,para que venham a mim e tenham

 vida eterna”.19

 Todos recebemos a dádiva doarbítrio moral. “Os homens são livres(…) para escolher a liberdade e a vida

eterna por meio do grande Mediadorde todos os homens, ou para escolhe-rem o cativeiro e a morte, de acordocom o (…) poder do diabo.”20

Há vários anos, meu irmão exer-ceu seu arbítrio quando escolheuum estilo de vida que lhe custou asaúde, a amília e sua condição demembro da Igreja. Anos depois, ele

exerceu esse mesmo arbítrio quandodecidiu se arrepender, tornar sua vidacondizente com os ensinamentos doSalvador e literalmente nascer de novopor meio do poder da Expiação.

Presto testemunho do milagreda Expiação. Vi seu poder de curana vida de meu irmão, e na minhaprópria vida. O poder de cura e deredenção oerecido pela Expiação estáao alcance de todos nós — sempre.

 Testico-lhes que Jesus é o Cristo— o Médico de nossa alma. Oro paraque cada um decida aceitar o convite

do Salvador: “Não volvereis a mimagora, arrependendo-vos de vossospecados e convertendo-vos, para queeu vos cure?”21 Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Lucas 15:17.2. Doutrina e Convênios 58:42–43.3. Ver 2 Néf 2:25–26.4. Ver Alma 34:14.5. Alma 42:15.6. Ver Alma 34:14.7. Ver Alma 34:10.8. Ver Alma 5:14.

9. Mosias 15:7.10. Mosias 14:10.11. Mosias 3:7.12. Alma 7:11–12.13. Mosias 14:4.14. Pregar Meu Evangelho, Guia para o

Serviço Missionário, 2004, p. 2.15. Doutrina e Convênios 18:12.16. Doutrina e Convênios 19:15–18.17. 3 Néf 9:13.18. Doutrina e Convênios 88:74.19. Doutrina e Convênios 45:4–5.20. 2 Néf 2:27.21. 3 Néf 9:13.

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Élder Jeffrey R. HollandDo Quórum dos Doze Apóstolos

proecia, os irmãos desejaram hastearali algum tipo de bandeira para tornarliteral o conceito de “um estandarteentre as nações”. O Élder Heber C.Kimball orneceu um lenço amarelo.O irmão Brigham o amarrou à bengalado Élder Willard Richards e ncou nochão a bandeira improvisada, decla-

rando que o vale do Grande LagoSalgado, com as montanhas que orodeavam, era o lugar proetizado doqual sairia a palavra do Senhor nosúltimos dias.

Irmãos e irmãs, esta conerênciageral e suas outras versões anuaise semestrais são uma continuaçãodaquela primeira declaração aomundo. Testico que os aconteci-mentos destes últimos dois dias sãooutra prova de que, como diz nosso

hino, “Eis que o estandarte de Siãooi desraldado”2 — e obviamente oduplo sentido da palavra estandarte  é intencional. Não é por acaso que asmensagens de nossa conerência geralsejam publicadas em inglês em umarevista simplesmente intitulada Ensign,que signica “estandarte”.

 Ao chegarmos ao término de nossaconerência, peço que refitam nospróximos dias não apenas sobre as

Fiquei emocionado com cadanota musical cantada e com cadapalavra dita até aqui e oro para ser

capaz de alar-lhes. Antes de partir de Nauvoo, no

inverno de 1846, o Presidente Brigham Young teve um sonho no qual viu umanjo em pé sobre uma colina cônica,

em algum lugar do Oeste, apontandopara um vale que cava abaixo.Quando ele entrou no Vale do LagoSalgado, uns dezoito meses depois,

 viu na encosta das montanhas, poucoacima de onde estamos reunidos hoje,a mesma elevação que contemplaraem sua visão.

Como oi muitas vezes mencionadodeste púlpito, o irmão Brigham con-duziu um grupo de líderes até o altoda colina e deu-lhe o nome de Pico

Ensign, ou pico do estandarte, umnome cheio de signicado religiosopara aqueles modernos israelitas. Doismil e quinhentos anos antes, o proetaIsaías declarou que “nos últimos diasse rmará o monte da casa do Senhorno cume dos montes, e se elevará porcima dos outeiros (…) [e ali Ele] levan-tará um estandarte entre as nações”.1

Considerando o momento histó-rico um cumprimento parcial daquela

mensagens que ouviram, mas tambémsobre o enômeno inigualável que éa conerência geral em si — que nóscomo santos dos últimos dias acredi-tamos que essas conerências são, eque convidamos o mundo a ouvir ea observar nelas. Testicamos a todanação, tribo, língua e povo que Deusnão somente vive, mas que Ele ala, epara nossa época e em nossos dias, oconselho que ouviram é, sob a dire-ção do Santo Espírito, “a vontade doSenhor, (…) a palavra do Senhor, (…)a voz do Senhor e o poder de Deuspara a salvação”.3

 Talvez já saibam (e se não sabemdeveriam saber) que, com raras exce-ções, a nenhum dos oradores, tantohomens quanto mulheres, é desig-nado um tópico. Cada um tem de

 jejuar e orar, estudar e buscar, come-çar, parar e começar novamente, atéter a certeza de que, para esta cone-rência, nesta ocasião, seu tópico seja oque o Senhor deseja que os oradores

abordem, independentemente de seusdesejos pessoais ou preerências parti-culares. Os homens e as mulheres que

 vocês ouviram nas últimas dez horasde conerência geral procuraram seréis a essa inspiração. Cada um deleschorou, preocupou-se e buscou since-ramente a orientação do Senhor paraguiar seus pensamentos e suas pala-

 vras. E assim como Brigham Young viu um anjo de pé sobre este lugar, eutambém vejo anjos aqui. Meus irmãos

e irmãs que azem parte da liderançageral da Igreja carão pouco à von-tade com essa descrição, mas é assimque os vejo: mensageiros mortaiscom mensagens angelicais, homens emulheres que têm todas as diculda-des ísicas, nanceiras e amiliares que

 vocês têm, mas que com é consagra-ram a vida aos chamados que recebe-ram e ao dever de pregar a palavra deDeus, e não a deles mesmos.

Um Estandarteentre as NaçõesSe ensinarmos pelo Espírito e você ouvir pelo Espírito,

alguém dentre nós vai abordar a sua situação.

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exemplo, estiver tentando realizar anoite amiliar apesar da bagunça queàs vezes reina numa amília cheiade bagunceirinhos — então dê a simesmo uma nota alta nesse assuntoe procure ouvir outro discurso queaborde algo que você talvez estejaprecisando melhorar. Se ensinarmospelo Espírito e você ouvir pelo Espí-rito, alguém dentre nós vai abordar asua situação, enviando uma epístolaproética pessoal especialmente para

 você.Irmãos e irmãs, na conerência

geral, estamos apenas unindo nossotestemunho ao de outros que virão,porque de uma orma ou de outra,Deus ará Sua voz ser ouvida. OSenhor disse a Seus proetas: “Eis que

 vos enviei para testicar e advertir opovo”.15

“[E] depois de vosso testemunho vem o testemunho de terremotos, (…)de trovões (…), relâmpagos e (…)tempestades e da voz das ondas do

mar, arremessando-se além de seuslimites. (…)

E anjos (…) [clamarão] em alta voz,soando a trombeta de Deus.”16

Os anjos mortais que subiram aeste púlpito, cada um a sua maneira,“soaram a trombeta de Deus”. Cadasermão proerido oi, por denição,tanto um testemunho de amor quantouma advertência, assim como a pró-pria natureza vai testicar com amor eadvertência nos últimos dias.

Daqui a pouco, o Presidente Tho-mas S. Monson virá ao púlpito paraencerrar esta conerência. Gostaria dedizer algo pessoal sobre esse amadohomem, o Apóstolo sênior e o proeta

dos dias em que vivemos hoje. Dadasas responsabilidades que mencionei,e tudo o que você ouviu nesta cone-rência, é óbvio que a vida dos proe-tas não é ácil, e a vida do PresidenteMonson também não. Ele se reeriu aisso especicamente ontem à noite,na reunião do sacerdócio. Ele oi cha-mado para o apostolado aos 36 anos,quando seus lhos tinham doze, novee quatro anos, respectivamente. Airmã Monson e aqueles lhos doaram

seu marido e pai para a Igreja e paraseus deveres, já por mais de 50 anos.Suportaram as enermidades e exigên-cias, os problemas e as diculdadesda mortalidade que todos enrentam,alguns dos quais, sem dúvida, aindaestão por vir. Mas o Presidente Mon-son continua irreprimivelmente alegreem meio a tudo isso. Nada o desa-nima. Ele tem uma é e uma energiaextraordinárias.

Presidente, em nome de toda estacongregação, os que estão aqui e emoutros lugares, digo que o amamos e ohonramos. Sua devoção é um exemplopara todos nós. Agradecemos sua lide-rança. Quatorze outros que possuemo oício apostólico, além de outrosque estão neste púlpito, os que estãosentados na congregação e inúmeraspessoas reunidas ao redor do mundo oamam, o apoiam e se empenham com

 você neste trabalho. Queremos aliviarsua carga da maneira que pudermos.

 Você é um dos mensageiros angé-licos chamados antes da undação

do mundo para acenar o estandartedo evangelho de Jesus Cristo para omundo inteiro. Está azendo um traba-lho magníco. Presto testemunho doevangelho que está sendo declarado,da salvação que ele proporciona eDaquele que tornou tudo isso possível,no nome grande e glorioso do Senhor

 Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Isaías 2:2; 11:12.2. “The Morning Breaks”, Hymns nº 1.3. Doutrina e Convênios 68:4.

4. Ver I Coríntios 13:16.5. Ver I Coríntios 1:23.6. Doutrina e Convênios 6:9; 11:9.7. Isaías 61:1.8. Eésios 3:8.9. Ver Harold B. Lee, “The Message”, New Era, 

 janeiro de 1971, p. 6.10. Ver Mateus 5:3–12.11. Mateus 5:21–22; ver também 3 Néf 12:22.12. Mateus 5:27–28.13. Mateus 5:48.14. Ver Romanos 14:11; Mosias 27:31.15. Doutrina e Convênios 88:81.16. Doutrina e Convênios 88:89–90, 92.

Bucareste, Romênia 

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Presidente Thomas S. Monson

Meus irmãos e irmãs, meucoração está repleto ao che-garmos ao nal desta cone-

rência. Sentimos o Espírito do Senhorcom grande abundância. Expressominha gratidão e a dos membrosda Igreja do mundo inteiro a cadaum dos que participaram, inclusiveaqueles que proeriram orações. Quepossamos lembrar por muito tempo

das mensagens que ouvimos. Aorecebermos as revistas Ensign e A Liahona, que conterão essas men-sagens por escrito, que as leiamos eestudemos.

Mais uma vez a música oi maravi-lhosa em todas as sessões. Expressomeu agradecimento pessoal por todosos que se dispuseram a partilharconosco seu talento, tocando-nos einspirando-nos.

 Apoiamos, com a mão erguida,

os irmãos que oram chamados paranovos cargos durante esta conerência.Queremos que eles saibam que esta-mos ansiosos por trabalhar com elesna causa do Mestre.

Expresso meu amor e gratidãopor meus conselheiros dedica-dos, o Presidente Henry B. Eyringe o Presidente Dieter F. Uchtdor.Eles são homens de sabedoria eentendimento. Seu serviço é de

açam em segurança. Que as bênçãosdo céu estejam sobre vocês. Agora, antes de partir, quero com-

partilhar com vocês meu amor peloSalvador e por Seu grande sacriícioexpiatório por nós. Daqui a trêssemanas o mundo cristão vai come-morar a Páscoa. Creio que nenhumde nós pode conceber o pleno signi-cado do que Cristo ez por nós noGetsêmani, mas agradeço todos osdias da minha vida por Seu sacriícioexpiatório por nós.

No último momento, Ele poderiater desistido. Mas não o ez. Ele desceuabaixo de todas as coisas para podersalvar todas as coisas. Ao azer isso,Ele deu-nos vida além desta existênciamortal. Ele resgatou-nos da Queda de

 Adão.Das proundezas de minha alma,

sou grato a Ele. Ele ensinou-nos a viver. Ele ensinou-nos a morrer. Elegarantiu nossa salvação.

Para encerrar, compartilho com

 vocês as tocantes palavras escritas porEmily Harris que descrevem tão bemos meus sentimentos quando chega aPáscoa:

 Nada há no lençol que antes O envolvia.

 Está lá, Fresco, branco e limpo. A porta está aberta. A pedra oi rolada para o lado,Quase posso ouvir os anjos 

cantando-Lhe louvores.O lençol não pôde retê-Lo. A pedra não pôde prendê-lo. As palavras ecoam pela câmara de 

 pedra vazia,“Ele não está aqui.”  Nada há agora no lençol que antes 

O envolvia. Está lá, Fresco, branco e limpo E, oh, aleluia, nele nada há.1

 valor inestimável. Amo e apoiomeus irmãos do Quórum dos Doze

 Apóstolos. Eles servem de maneiraextremamente ecaz e são com-pletamente dedicados ao trabalho.

 Também expresso o meu amor aosmembros dos Setenta e do BispadoPresidente.

Enrentamos muitos desaos nomundo atual, mas asseguro-lhes que

nosso Pai Celestial Se lembra de nós.Ele ama cada um de nós e vai aben-çoar-nos, se O buscarmos por meioda oração e nos esorçarmos paraguardar Seus mandamentos.

Somos uma Igreja mundial.Há membros da Igreja no mundointeiro. Que sejamos bons cidadãosdas nações em que vivemos e bons

 vizinhos em nossa comunidade,estendendo a mão para pessoas deoutras religiões, bem como para nos-

sos próprios membros. Que sejamosexemplos de honestidade e integri-dade, onde quer que estejamos e emtudo o que zermos.

Obrigado por suas orações pormim, irmãos e irmãs, e por todas as

 Autoridades Gerais da Igreja. Somosproundamente gratos a vocês portudo o que azem para promover aobra do Senhor.

 Ao retornarem para casa, que o

Ao Despedir-nos Nenhum de nós pode conceber o pleno signifcado do que Cristo ez por nós no Getsêmani, mas agradeço todos os dias da minha vida por Seu sacriício expiatório.

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 Ann M. DibbSegunda Conselheira na Presidência Geral das Moças

REUN IÃO G ERAL DAS MO ÇAS | 26 de março de 2011

Minhas queridas jovens, é umgrande privilégio e oportuni-dade, para mim, estar diante

de vocês nesta noite. Vocês são uma visão impressionante e inspiradora.

 A décima terceira Regra de Fé é o Tema da Mutual de 2011. Ao participarde reuniões de jovens e de reuniõessacramentais neste ano, ouvi rapa-zes e moças compartilharem o que adécima terceira Regra de Fé signicapara eles e como ela se aplica à vidadeles. Há muitos que sabem que ela éa última Regra de Fé, a mais comprida,a mais diícil de decorar e a Regra de

Fé que eles esperam que o bispo nãolhes peça para recitar. Contudo, mui-tas de vocês também entendem quea décima terceira Regra de Fé é bemmais que isso.

 A décima terceira Regra de Fé éum guia para uma vida cristã justa.Imaginem como seria nosso mundo setodos decidissem viver de acordo comos ensinamentos contidos na décimaterceira Regra de Fé: “Cremos em ser

honestos, verdadeiros, castos, benevo-lentes, virtuosos e em azer o bem atodos os homens; na realidade, pode-

mos dizer que seguimos a admoes-tação de Paulo: Cremos em todas ascoisas, conamos em todas as coisas,suportamos muitas coisas e esperamoster a capacidade de tudo suportar.Se houver qualquer coisa virtuosa,amável, de boa ama ou louvável, nósa procuraremos”.

No primeiro discurso que oPresidente Thomas S. Monsonproeriu como proeta, na sessão dedomingo da conerência geral, ele

citou a admoestação de Paulo quese encontra em Filipenses 4:8, queinspirou muitos dos princípios conti-dos na décima terceira Regra de Fé.O Presidente Monson reconheceuos tempos diíceis em que vivemose nos incentivou, dizendo: “Nestadiícil jornada pela mortalidade,sigamos esse conselho do ApóstoloPaulo, que ajudará a manter-nos nocaminho seguro”.1

Creio em Ser Honestae VerdadeiraO ato de sermos verdadeiras e féis a nossas crenças, mesmoque isso não seja bem visto pela maioria, é algo que nos mantém seguras no caminho que conduz à vida eternacom nosso Pai Celestial.

Bênçãos para vocês, meus irmãos eirmãs. Em nome de Jesus Cristo, nossoSalvador. Amém. ◼

NOTA

1. Emily Harris, “Empty Linen,” New Era, abrilde 2011, p. 49

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Gostaria hoje de enocar dois prin-cípios intimamente relacionados dadécima terceira Regra de Fé que, semdúvida, ajudam-nos a “manter-nos nocaminho seguro”. Tenho um orte tes-temunho e a determinação de seguir oimportante princípio de ser honesta e

 verdadeira.Em primeiro lugar, “[Creio] em ser

[honesta]”. O que signica sermoshonestos?. O livreto Sempre Fiéis  ensina: “Ser honesto signica sersincero, verdadeiro e sem alsidadeem todas as situações”.2 A honesti-

dade é um mandamento de Deus,3 e “é necessário que sejamos comple-tamente honestos para conseguir asalvação”.4

O Presidente Howard W. Hunterensinou que precisamos estar dispos-tos a ser estritamente honestos. Eledisse:

“Há vários anos havia cartazesnos corredores e saguões de nossascapelas intitulados: ‘Sejam Hones-tos Consigo Mesmos’. A maioria

deles reeria-se às coisas pequenas ecomuns da vida. É nessas coisas que oprincípio da honestidade é cultivado.

Há pessoas que reconhecem que émoralmente errado ser desonesto nasgrandes coisas, mas acreditam que éperdoável se as coisas tiverem poucaimportância. Será que existe realmentealguma dierença entre a desonesti-dade que envolve mil dólares e a queenvolve apenas dez centavos? (…)

Será que existem realmente níveisde desonestidade, dependendo de oassunto ser grande ou pequeno?”

O Presidente Hunter prossegue,dizendo: “Se quisermos ter a compa-nhia do Mestre e do Espírito Santo,precisamos ser honestos com nós mes-mos, com Deus e com nosso próximo.Isso proporciona a verdadeira alegria”.5

Se ormos honestos em todas ascoisas, tanto grandes quanto peque-nas, teremos paz na mente e umaconsciência tranquila. Nosso relacio-namento com as pessoas é enrique-

cido porque se baseia na conança. Ea maior bênção da honestidade é quepodemos ter a companhia do EspíritoSanto.

Gostaria de contar uma históriasimples que ortaleceu minha deter-minação de ser honesta em todas ascoisas:

“Um homem oi certa noite roubarmilho no campo do vizinho. Levoucom ele seu lhinho para que este sesentasse na cerca e casse de vigia,

para alertá-lo caso alguém aparecesse.O homem pulou a cerca levando nosbraços uma grande sacola, e antes decomeçar a pegar o milho, olhou em

 volta, primeiro para um lado e depoispara o outro. Como não viu ninguém,estava prestes a começar a encher asacola”. (…) [Então o menino gritou]:

“‘Pai, você se esqueceu de olharum lado! (…) Esqueceu de olhar paracima’.”6

Quando somos tentadas a serdesonestas — e todas estamos sujeitasa essa tentação — podemos suporque ninguém vai car sabendo. Essahistória nos lembra que nosso PaiCelestial sempre sabe, e que, no nal,teremos de prestar contas a Ele. Esseconhecimento me ajuda a esorçar-mecontinuamente para viver de acordocom este compromisso: “[Creio] emser honesta”.

O segundo princípio ensinado nadécima terceira Regra de Fé é: “[Creio]em ser verdadeira”. O dicionáriodene a palavra verdadeiro como“genuíno”, “el”, “exato” ou “semdistorções”.7

Um de meus livros avoritos da lite-ratura inglesa é Jane Eyre , escrito porCharlotte Brontë e publicado em 1847.

 A personagem principal, Jane Eyre,é uma pobre órã adolescente queé um exemplo do que signica “ser

 verdadeira”. Nesse relato ctício, umhomem, o senhor Rochester, ama a

senhorita Eyre, mas não pode casar-secom ela. Em vez disso, ele pede àsenhorita Eyre que more com ele, semo beneício do casamento. A senhorita

Montalban, Filipinas 

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Eyre também ama o senhor Rochestere, por um momento, sente-se tentada,perguntando a si mesma: “Quem nestemundo se importa com você ? Ouquem será prejudicado pelo que vocêzer?”

Rapidamente, a consciência de Janeresponde: “ Eu me preocupo comigo.Quanto mais solitária, quanto maissem amigos, quanto menos apoioeu tiver, mais respeito terei por mimmesma. Vou cumprir a lei dada porDeus; (…) As leis e os princípios nãosão para os momentos em que não hátentação: são para momentos comoesse. (…) Se para minha conveniênciaeu os violar, de que valeriam? Eles têm

 valor. Sempre acreditei nisso. (…) Asopiniões que ormei, as decisões quetomei, isso é tudo que tenho nesteinstante para me rmar: essa é minhabase de apoio”.8

Em um momento desesperador detentação, Jane Eyre oi verdadeira eel a suas crenças, conou na lei dada

por Deus e “rmou-se”, resistindo àtentação.

O ato de sermos verdadeiras e éisa nossas crenças, mesmo que isso nãoseja bem visto pela maioria, é algoque nos mantém seguras no caminhoque conduz à vida eterna com nossoPai Celestial. Adoro este desenho eitopor uma jovem para lembrá-la de seudesejo de ter a alegria de viver com oPai Celestial para sempre.

O ato de sermos verdadeirastambém nos permite exercer umainfuência positiva na vida das outraspessoas. Recentemente ouvi a história

inspiradora de uma jovem que, graçasa sua determinação de ser verdadeirae el a suas crenças, exerceu grandeinfuência na vida de outra jovem.

Há vários anos, Kristi e Jennparticipavam juntas do mesmo corono Ensino Médio, em Hurst, Texas.Embora uma não conhecesse a outra

muito bem, Jenn ouviu Kristi conver-sando com as amigas, certo dia, sobrereligião, suas várias crenças e históriasavoritas da Bíblia. Recentemente, ao

 voltar a encontrar-se com Kristi, Jenncontou esta história:

“Senti-me triste por não saber nadaa respeito do que você e suas amigasconversavam, por isso pedi a meuspais uma Bíblia de presente de Natal.Ganhei a Bíblia e comecei a ler. Esseoi o início de minha jornada religiosa

e minha busca pela Igreja verdadeira.(…) Doze anos se passaram. Nesseperíodo, visitei diversas igrejas e atépassei a requentar uma regularmente,mas ainda sentia alta de alguma coisa.Certa noite, caí de joelhos e supliqueipara saber o que azer. Naquela noite,sonhei com você, Kristi. Não a viadesde que nos ormamos no EnsinoMédio. Achei meu sonho estranho, masnão o atribuí a coisa alguma. Sonhei

com você novamente nas três noitesseguintes. Passei um tempo pensandono signicado desses sonhos. Lem-brei que você era mórmon. Consulteio site mórmon. A primeira coisa queencontrei oi a Palavra de Sabedoria.Minha mãe tinha morrido de câncer nopulmão dois anos antes. Ela tinha sido

umante, e quando li a respeito da Pala- vra de Sabedoria, aquilo realmente metocou. Mais tarde, ui visitar meu pai.Estava sentada na sala de estar dele ecomecei a orar. Pedi para saber aondeir e o que azer. Naquele momento,apareceu um comercial da Igreja natelevisão. Anotei o número e ligueinaquela mesma noite. Os missionáriosme ligaram três dias depois e pergun-taram se poderiam deixar comigo umLivro de Mórmon. Eu disse que sim.

Fui batizada três meses e meio depois.Dois anos depois, conheci meu maridona Igreja. Nós nos casamos no Templode Dallas. Agora, temos dois lindoslhinhos.

Queria agradecer a você, Kristi. Você me deu um exemplo maravi-lhoso durante todo o Ensino Médio.

 Você era bondosa e virtuosa. Osmissionários me ensinaram as lições eme convidaram para ser batizada, mas

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Mary N. Cook Primeira Conselheira na Presidência Geral das Moças

 verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em azer o bem a todosos homens.” Essa bela lista de atribu-tos cristãos, encontrada na décimaterceira Regra de Fé, vai preparar-nospara as bênçãos do templo e para a

 vida eterna.Gostaria de concentrar-me em ape-

nas uma dessas palavras: benevolentes.  Benevolente é uma palavra adorávelque não ouvimos com requência.Deriva do latim e signica “desejar obem para alguém”.2 Ser benevolenteé ser bondoso, bem-intencionado ecaridoso. Muitas de vocês aprenderamo signicado da benevolência quandoestavam na Primária e decorarameste hino:

 Bondoso serei com todo ser,

 No agir e no falar  E por isso eu digo: “A bondade  Por mim começará”.3

Nosso Salvador nos ensinou e viveu uma vida benevolente. Jesusamava a todos e servia a todos.Quando centralizamos nossa vida em

 Jesus Cristo, isso nos ajuda a adqui-rir esse atributo da benevolência.Para desenvolvermos esses mesmos

Há poucas semanas, aprendiuma importante lição com umaLaurel que ez um discurso

em minha ala. Fiquei tocada ao vê-laensinar e testicar a respeito de Cristocom toda a conança. Ela terminouseu discurso com a seguinte declara-ção: “Quando aço de Cristo o centro

de minha vida, meu dia é melhor, soumais bondosa com meus entes queri-dos e sinto-me cheia de alegria”.

 Tenho observado essa jovem àdistância nos últimos meses. Elacumprimenta todos com um brilho noolhar e um sorriso espontâneo. Eu a viregozijar-se com o sucesso de outros

 jovens. Duas meninas-moças recente-mente me contaram que aquela jovemdecidiu jogar ora sua entrada decinema quando percebeu que o lme

não seria uma experiência “virtuosae amável”.1 Ela é amorosa, bondosae obediente. Ela mora somente coma mãe, e sua vida não oi livre dedesaos, de modo que me perguntavade que maneira ela mantinha aqueleespírito eliz e bondoso. Quandoaquela jovem testicou: “Centralizominha vida em Jesus Cristo”, encontreia resposta.

“Cremos em ser honestos,

“A Bondade porMim Começará” A benevolência pode proporcionar alegria e união em seu

lar, sua classe, sua ala e sua escola.

você oi minha terceira missionária. Você plantou uma semente por meiode suas ações, e realmente tornouminha vida melhor. Tenho uma amíliaeterna agora. Meus lhos vão crescercom o conhecimento da plenitudedo evangelho. É a maior bênção quealguém pode receber. Você ajudou atrazer essas coisas para minha vida”.

Quando conversamos, Kristi medisse: “Às vezes acho que ouvimos alista de atributos descritos na décimaterceira Regra de Fé e nos sentimossobrecarregadas. No entanto, sei que,se vivermos esses padrões e seguir-mos o exemplo de Cristo, poderemosazer coisas muito importantes. (…)Sinto-me como Amon, em Alma 26:3,quando ele disse: “E esta é a bênçãoque nos oi concedida: que omostransormados em instrumentos nasmãos de Deus, para realizar estagrande obra”.

É minha oração que cada uma de vocês não apenas declare “Creio em

ser honesta e verdadeira”, mas que vocês também assumam o compro-misso de viver essa promessa todos osdias. Oro para que, ao azerem isso,a orça, o amor e as bênçãos do PaiCelestial as sustenham, ao realizarem aobra para a qual oram enviadas a estemundo. Digo essas coisas em nomede Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Thomas S. Monson, “Olhar para Trás eSeguir em Frente”, A Liahona, maio de

2008, p. 87.2. Sempre Fiéis, 2004, p. 98.3. Ver Êxodo 20:15–16.4. Princípios do Evangelho, 2009,

pp. 186–190.5. Howard W. Hunter, “Basic Concepts o 

Honesty,” New Era, evereiro de 1978,pp. 4–5.

6. William J. Scott, “Forgot to Look Up,” Scott’s  Monthly Magazine, dezembro de 1867,p. 953.

7. Ver  Merriam-Webster’s Collegiate  Dictionary, 11ª ed., 2003, “true.”

8. Charlotte Brontë, Jane Eyre, 2003, p. 356.

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atributos cristãos, precisamos apren-der sobre o Salvador e “seguir Seucaminho”.4

Na parábola do bom samaritanoaprendemos que devemos amar atodos. A história começa no capítulo10 do livro de Lucas, quando um dou-tor da lei perguntou ao Salvador: “Quearei para herdar a vida eterna?”

 A resposta: “Amarás ao Senhor teuDeus de todo o teu coração, e de todaa tua alma, e de todas as tuas orças, ede todo o teu entendimento, e ao teupróximo como a ti mesmo”.

O doutor da lei então perguntou:“Quem é meu próximo?” É interes-sante que o doutor da lei tenha eitoessa pergunta, porque os judeustinham por vizinhos ao norte os sama-ritanos, de quem eles não gostavam,

a ponto de, quando viajavam de Jerusalém para a Galileia, tomaremum caminho mais longo pelo valedo Jordão, em vez de passarem porSamaria.

 Jesus respondeu à pergunta dodoutor da lei contando a parábola dobom samaritano. De acordo com aparábola:

“Descia um homem de Jerusa-lém para Jericó, e caiu nas mãos dossalteadores, os quais o despojaram, eespancando-o, se retiraram, deixan-do-o meio morto.(…)

Mas um samaritano, que ia de via-gem, chegou ao pé dele e, vendo-o,moveu-se de íntima compaixão;

E, aproximando-se, atou-lhe aseridas, deitando-lhes azeite e vinho;e, pondo-o sobre a sua cavalgadura,

levou-o para uma estalagem, ecuidou dele;E, partindo no outro dia, tirou dois

dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, edisse-lhe: Cuida dele; e tudo o que demais gastares eu to pagarei quando

 voltar.”5

 Ao contrário do sacerdote judeue do levita que passaram longe dohomem erido, que era conterrâneodeles, o samaritano oi bondoso, ape-sar das desavenças. Ele demonstrou oatributo cristão da benevolência. Jesusnos ensinou, com essa história, quecada um é nosso próximo.

Um conselheiro de bispado con-tou recentemente uma experiênciapessoal que ensina a importânciade cada próximo. Ao olhar para acongregação, ele viu uma criança comuma grande caixa de gizes de cera demuitas cores. Ao olhar para os muitosmembros de sua ala, lembrou que,tal como os gizes de cera, todos erammuito semelhantes, mas que cada

pessoa também era particularmenteincomparável.

Ele disse: “A tonalidade que trazempara a ala e para o mundo é única.(…) Eles têm individualmente seuspontos ortes e racos, seus anseiospessoais e seus próprios sonhos. Mas

 juntos, eles se misturam numa roda decores de união espiritual”. (…)

“A união é uma qualidade espiri-tual. É o doce sentimento de paz epropósito que temos por pertencer a

uma amília. (…) É querer o melhorpara os outros tanto quanto para nósmesmos. (…) É saber que ninguémdeseja prejudicar-nos. [Signica quenunca estaremos sozinhos.]”6

Desenvolvemos essa união e com-partilhamos nossa cor especial pormeio da benevolência, ou seja, poratos pessoais de bondade.

 Já se sentiram solitárias? Percebemque há pessoas solitárias que vivem

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num mundo preto e branco? Jovens,eu as vi levando sua cor especial paraa vida de outras pessoas com seusorriso, suas palavras bondosas ou umbilhete de incentivo.

O Presidente Thomas S. Monsonnos ensinou a interagir com nossoscolegas e com todos os que encon-tramos, ao dizer às moças da Igreja:“Minhas preciosas jovens irmãs, peçoque tenham a coragem de não julgarou criticar as pessoas a seu redor, bem

como a coragem de assegurar quetodas se sintam incluídas, amadas e

 valorizadas”.7

Podemos seguir o exemplo dobom samaritano e “mudar o mundo”de apenas uma pessoa, sendo bene-

 volentes.8 Gostaria de convidar cadauma de vocês a azer pelo menos umato semelhante ao do samaritano napróxima semana. Pode ser que issoimplique estender a mão para alguémde ora de seu círculo de amizade

ou vencer a timidez. Vocês podemcorajosamente decidir servir a alguémque não as trate bem. Prometo que,se vocês se esorçarem e zeremmais do que apenas o que é ácil, vãosentir-se tão bem, que essa bondadecomeçará a tornar-se parte de sua vidadiária. Verão que a benevolência podeproporcionar alegria e união em seular, sua classe, sua ala e sua escola. “Abondade por mim começará.”

O Salvador não apenas amou atodos, Ele serviu a todos. Estendamsua bondade para muitos. Tantoidosos quanto jovens podem ser imen-samente abençoados por seu serviçobondoso. O Presidente Monson, desdequando era rapaz, sempre teve umlugar especial no coração para as pes-soas idosas. Ele reconhece o valor deazer uma breve visita, sorrir esponta-neamente ou apertar mãos calejadas eenrugadas. Esses simples atos de cari-

dade trazem cor para uma vida que às vezes é eita de dias longos, solitáriose cinzentos. Gostaria de convidar cadauma de vocês a se lembrar de seusavós e dos idosos. Olhem a sua voltana Igreja, amanhã, e identiquemaqueles que poderiam beneciar-se dacor que só vocês podem acrescentar à

 vida deles. Não é preciso muito: cum-primentem-nos pelo nome, conversemum pouco com eles e disponham-sea ajudá-los. Será que poderiam abrir

a porta para ela ou oerecer-se paraajudá-la na casa ou no jardim? Umatarea que pode parecer simples para

 vocês, na sua idade, pode ser algodiícil demais para uma pessoa idosa.“A bondade por mim começará.”

 Às vezes é mais diícil ser benevo-lente em nossa própria amília. É pre-ciso esorço para ter uma amília orte.“Sejam agradáveis, úteis e atenciososcom os outros. Muitos problemas no

lar são criados porque os membrosda amília alam ou agem de modoegoísta ou maldoso. Interessem-sepelas necessidades de outras pessoasda amília. Procurem ser pacicadoresem vez de provocar, brigar e discutir.”9 “A bondade por mim começará.”

 Jesus amava as crianças. Ele astomou nos braços e as abençoou.10 Talcomo o Salvador, você pode abençoartodas as crianças com sua bondade,não apenas as de seu lar.

 Vocês não sabem a infuência quesua vida e seu exemplo podem exer-cer em uma criancinha. Recebi recen-temente um bilhete de uma amiga quetoma conta da creche de uma escolalocal. Vários rapazes e moças da Igrejaestudam nessa escola. Ela me contouesta experiência pessoal: “Quandocaminho pelos corredores com ascriancinhas, é muito bom ver quantosarmários de alunos têm gravuras de

 Jesus ou do templo colados na porta.Uma das crianças viu uma gravura de

 Jesus colada na porta do armário de[uma jovem] e disse: ‘Vejam, Jesus estáem nossa escola!’ A estudante coutocada a ponto de verter lágrimasao abaixar-se para abraçar a criança.

 Agradeci à jovem pelo bom exemploque ela dava a todos ao seu redor. Foiinspirador saber que há tantos outros

 jovens que procuram deender a verdade e a retidão e azem sua partepara terem a companhia do Espíritoem sua vida, mesmo que às vezes

isso seja diícil, com todo o barulhoe aspereza que há no mundo a seuredor. Temos alguns jovens maravilho-sos na Igreja”.

Eu concordo plenamente! Jovens,vocês estão mudando o mundo aocentralizarem sua vida em Jesus Cristo,e estão “se tornando o que Ele querque vocês sejam”.11

Obrigada por sua vida benevolente:por incluírem os que são dierentes;

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Elaine S. DaltonPresidente Geral das Moças

Há momentos em que não conse-guimos expressar com palavraso que sentimos. Oro para que

o Espírito testemunhe no coraçãode vocês sua identidade divina e suaresponsabilidade eterna. Vocês são aesperança de Israel. São lhas elei-tas e nobres de nosso amoroso PaiCelestial.

No mês passado, tive a oportuni-dade de assistir ao casamento de uma

 jovem que conheço desde que elanasceu. Ao sentar-me na sala de sela-mento, olhando para o belo lustre quecintilava à luz do templo, lembrei-medaquele dia em que a segurei nosbraços pela primeira vez. A mãe delaa vestira com um vestidinho branco eachei que ela era um dos bebês maisbonitos que eu já tinha visto. Então,essa jovem entrou, vestida novamentede branco. Estava radiante e eliz.Quando ela entrou na sala, desejei

do undo do coração que toda jovempudesse visualizar aquele momento eesorçar-se para ser sempre digna deazer e cumprir convênios sagrados ede receber as ordenanças do templo,em preparação para desrutar as bên-çãos da exaltação.

Quando o casal se ajoelhou no altarsagrado, oram-lhes eitas promessasque estão além da compreensão mor-tal e que os abençoarão, ortalecerão

e auxiliarão em sua jornada mortal.Foi um daqueles momentos em que omundo parou, e todo o céu se rego-zijou. Quando os dois jovens recém-casados olharam para os grandesespelhos da sala, oi perguntado aonoivo o que ele via. Ele disse: “Todosos que se oram antes de mim”. Emseguida, o casal olhou para o grandeespelho da parede oposta, e a noivadisse, com lágrimas nos olhos: “Vejo

todos os que virão depois de nós”. Ela viu sua utura amília — sua posteri-dade. Sei que naquele momento elacompreendeu novamente como eraimportante acreditar em ser casta e

 virtuosa. Não há visão mais bela doque a de um casal devidamente pre-parado, que se ajoelha diante do altardo templo.

Os anos que vocês passaram nasMoças vão prepará-las para o templo.

 Ali, vocês receberão as bênçãos a

que têm direito como preciosas lhasde Deus. Seu Pai Celestial as ama equer que sejam elizes. A maneirade azer isso é “[andar] nos cami-nhos da virtude”1 e “apegar-se a seusconvênios”.2

Moças, num mundo em que asideias poluídas moralmente, a tolerân-cia do mal, a exploração da mulher ea distorção dos papéis são cada vezmaiores, vocês precisam deender

Guardiãs da Virtude Preparem-se agora para que se qualifquem para receber todas as bênçãos que as aguardam nos templos sagrados do Senhor.

por sua bondade com seus colegas,com os idosos, com sua amília e comas criancinhas; por serem o próximodos que estão solitários e dos que têmdesaos e tristezas. Por meio de suabenevolência, vocês estão “mostrandoàs pessoas a luz [do Salvador]”.12 Obri-gada por lembrarem que “a bondadepor mim começará”.

Sei que o Presidente Thomas S.Monson é um proeta de Deus, e sua

 vida é um modelo de benevolênciaque muito nos ensina. Sigam nossoproeta. Aprendam com seu exemploe ouçam a voz dele. Creio no evange-lho de Jesus Cristo e que por meio doProeta Joseph Smith o sacerdócio oirestaurado à Terra.

Sei que nosso Salvador vive e amacada uma de nós. Ele deu a vida portodos. Oro para que centralizemosnossa vida em Jesus Cristo e “sigamosSeu caminho”, amando e servindoumas às outras.13 Se zermos isso,sei que podemos tornar este mundo

melhor porque “Cremos em ser (…)benevolentes”.14 Destas coisas eutestico, em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS

1. Ver Regras de Fé 1:13.2. Ver Oxford English Dictionary Online ,

2ª ed, 1989, “benevolent,” oed.com.3. “A Bondade por Mim Começará”, Músicas 

 para Crianças , p. 83.4. “Guardians o Virtue”, Strength of Youth

 Media 2011: We Believe, DVD, 2010;disponível também no endereço lds.org/

 youth/video/youth-theme-2011-we-believe.

5. Ver Lucas 10:25, 27, 29, 30, 33–35.6. Jerry Earl Johnston, “The Unity in a

 Ward’s Uniqueness”,  Mormon Times , 9 deevereiro de 2011, M1, M12.

7. Thomas S. Monson, “Tenham Coragem”, A Liahona, maio de 2009, p. 123.

8. “Guardians o Virtue”.9. Para o Vigor da Juventude, livreto, 2001,

p. 10.10. Ver Marcos 10:16.11. “Guardians o Virtue”.12. “Guardians o Virtue”.13. “Guardians o Virtue”.14. Regras de Fé 1:13.

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 vocês mesmas, sua amília e todas aspessoas com quem convivem. Preci-sam ser guardiãs da virtude.

O que é virtude e o que é umaguardiã? “A virtude é um padrão depensamento e comportamento combase em padrões morais elevados. Elainclui a castidade e a pureza [moral]”.3 E o que é uma guardiã? Uma guar-diã é alguém que protege, guarda edeende.4 Portanto, como guardiãs da

 virtude, vocês vão proteger, guardar

e deender a pureza moral, porque opoder de criar vida mortal é um podersagrado e exaltado e precisa ser salva-guardado para usar quando vocês secasarem. A virtude é um requisito paratermos a companhia e a orientação doEspírito Santo. Vocês precisarão dessaorientação para navegar com sucessono mundo em que vivem. A virtude éum requisito para entrarmos no tem-plo. E é um requisito para que seja-mos dignas de entrar na presença do

Salvador. Vocês estão-se preparandohoje para essa ocasião. O ProgressoPessoal e os padrões encontrados em Para o Vigor da Juventude são muitoimportantes. Se viverem os princípiosencontrados nesse livreto vocês serãoortalecidas e terão ajuda para se tor-narem “mais aptas para o reino”.5

No verão passado, um grupo de jovens de Alpine, Utah, decidiu queelas se tornariam “mais aptas para

o reino”. Decidiram concentrar ospensamentos no templo, caminhandodo Templo de Draper Utah até o

 Templo de Salt Lake, uma distânciade mais de 35 quilômetros, tal como

 John Rowe Moyle, um pioneiro, haviaeito. O irmão Moyle oi um pedreirochamado pelo proeta Brigham Youngpara trabalhar no Templo de Salt Lake.

 Todas as semanas, ele caminhava 35quilômetros de sua casa até o templo.Uma de suas tareas oi a de entalhar

as palavras “Santidade ao Senhor” nolado leste do Templo de Salt Lake.Não oi ácil, e ele teve que superarmuitos obstáculos. Em certa ocasião,uma de suas vacas lhe deu um coicena perna. Como o erimento nãosarava, ele precisou amputar a perna.Mas isso não o impediu de cumprir ocompromisso assumido com o proetade trabalhar no templo. Ele entalhouuma perna de madeira, e depois dealgumas semanas, voltou a caminhar

os 35 quilômetros até o templo paraazer o trabalho que se comprometeua realizar.6

 As moças da Ala Cedar Hills VIdecidiram andar essa mesma distân-cia por um antepassado e tambémpor alguém que oi sua inspiraçãopara permanecerem dignas deentrar no templo. Treinaram todasas semanas na Mutual e, durante acaminhada, compartilhavam o que

aprenderam e o que sentiam sobre otemplo.Começaram a caminhada ao

templo, bem cedo pela manhã, comuma oração. Quando partiram, queiimpressionada com a disposiçãodelas. Tinham-se preparado bem eestavam conantes. Tinham os olhostos em sua meta. Cada passo quedavam simbolizava cada uma de

 vocês, que também estão-se prepa-rando para entrar no templo. Seutreinamento pessoal começou comsua oração diária, sua leitura diáriado Livro de Mórmon e suas metas doProgresso Pessoal.

 Ao continuarem sua caminhada,aquelas jovens encontraram dis-trações ao longo do caminho, masmantiveram-se concentradas em suameta. Algumas começaram a sentirbolhas nos pés e outras sentiram os

 joelhos reclamarem, mas continuaramandando. Para cada uma de vocês,haverá muitas distrações, dores e

obstáculos no caminho para o templo,mas vocês também são decididase continuam a seguir em rente. Arota que aquelas moças seguiram oitraçada por seus líderes, que haviampercorrido o trajeto a pé e de carro eescolheram o caminho mais seguroe direto para elas. Vocês tambémtêm uma rota traçada, e podem ter acerteza de que o Salvador não apenaspercorreu esse trajeto, mas também

 vai acompanhá-las em cada passo do

caminho. Ao longo daquela jornada até otemplo havia pais, mães, amiliares elíderes do sacerdócio agindo comoguardiões. O trabalho deles era garan-tir que todas estivessem em segurançae protegidas do perigo. Eles cuidarampara que nenhuma jovem se desidra-tasse e que todas estivessem sucien-temente nutridas para manter o vigor.Havia postos de auxílio preparados

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pelos líderes do sacerdócio, com umlugar para descansar e beber água. Jovens: seu pai, sua mãe, seu bispoe muitas outras pessoas serão seusguardiões em sua jornada até o tem-plo. Eles vão alertá-las de perigos eorientar seu caminho, e caso vocês semachuquem ou saiam do curso, eles

 vão ajudá-las.Fiquei impressionada ao ver que,

nos quilômetros nais da caminhada,os irmãos delas e outros rapazes eamigos apareceram para dar apoioàquelas moças decididas e para ani-má-las. Um irmão ergueu a irmã, queestava com grandes bolhas nos pés,e a carregou nas costas pelo trechonal da caminhada até o templo.Quando aquelas jovens notáveisalcançaram sua meta, derramaramlágrimas ao tocar o templo, assu-mindo silenciosamente o compro-misso de sempre serem dignas deentrarem lá.

 A caminhada até o templo é uma

metáora da vida de vocês. Os paise os líderes do sacerdócio estão deguarda ao longo do caminho. Eles dão

apoio e auxílio. As moças protegerame encorajaram umas às outras. Osrapazes admiraram a orça, o com-promisso e o vigor das moças. Houveirmãos que carregaram a irmã machu-cada. As amílias se regozijaram comas lhas, quando elas terminaram acaminhada até o templo, e as levaramem segurança para casa.

Para permanecerem no caminho dotemplo, vocês precisam deender sua

 virtude pessoal e a virtude de outraspessoas com quem convivem. Sabempor quê? Mórmon ensinou no Livro de

Mórmon que a virtude e a castidadesão algo “mais caro e precioso do quetudo”.7

O que cada uma de vocês podeazer para ser uma guardiã da virtude?Podem começar acreditando que cadauma pode azer a dierença. Podemcomeçar assumindo um compro-misso. Quando eu era jovem, aprendique algumas decisões precisam sertomadas somente uma vez. Fiz umalista das coisas que eu sempre aria e

das coisas que eu nunca aria. Incluíacoisas como: obedecer à Palavra deSabedoria, orar diariamente, pagarmeu dízimo e comprometer-me anunca altar na Igreja. Tomei essasdecisões uma única vez e, depois, nosmomentos de decisão, eu sabia exa-tamente o que azer, porque já haviadecidido antes. Quando minhas ami-gas da escola diziam “Só um trago nãoaz mal”, eu ria e dizia: “Decidi que

não aria isso desde meus doze anos”. As decisões tomadas previamente vãoajudá-las a ser guardiãs da virtude.Espero que cada uma de vocês açauma lista das coisas que sempre arãoe das coisas que nunca arão. Depois,coloquem-na em prática.

O ato de serem guardiãs da virtudesignica que serão sempre recatadas,não apenas no vestuário, mas tambémna linguagem, nas ações e no uso damídia social. O ato de serem guar-diãs da virtude também signica quenunca vão enviar aos rapazes textos

ou imagens que possam levá-los aperder o Espírito, o poder do sacer-dócio ou sua virtude. Signica que

 vocês compreendem a importância dacastidade, pois também entendem queseu corpo é um templo e que os pode-res sagrados da procriação não devemser usados antes do casamento. Vocêscompreendem que possuem um poderdivino que envolve a sagrada respon-sabilidade de trazer outros espíritosao mundo para receber um corpo no

qual habitará seu espírito eterno. Essepoder envolve outra alma sagrada. Vocês são guardiãs de algo “mais[precioso do] que rubis”.8 Sejam éis.Sejam obedientes. Preparem-se agorapara que se qualiquem para recebertodas as bênçãos que as aguardam nostemplos sagrados do Senhor.

Mães que nos ouvem hoje: vocêssão para suas lhas o exemplo maisimportante de recato e de virtude.

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Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Minhas amadas jovens irmãs,

 vocês são a resplandecenteesperança da Igreja do

Senhor. Meu propósito hoje é ajudá-las a acreditar que são. Se essa crençatornar-se um proundo testemunho deDeus, ela vai infuenciar suas deci-sões de todo dia, de toda hora. E apartir dessas decisões aparentementepequenas, o Senhor vai conduzi-las à

elicidade que tanto desejam. Por meiode suas escolhas e decisões, vocêsabençoarão inúmeras pessoas.

Sua decisão de estar aqui, estanoite, é um exemplo das escolhasque importam. Mais de um milhão de

 jovens, mães e líderes oram convi-dadas. De todas as outras coisas que

 vocês poderiam ter decidido azer,escolheram estar aqui conosco. Fize-ram isso por causa de suas crenças.

 Vocês acreditam no evangelho de

 Jesus Cristo. Acreditaram o sucientepara virem aqui ouvir Seus servos, etêm é e esperança suciente de quealgo que ouvirão ou sentirão vai con-duzi-las a uma vida melhor. Sentiramno coração que seguir Jesus Cristo é ocaminho para uma elicidade maior.

Bem, talvez não tenham reconhe-cido isso como uma escolha cons-ciente de grande importância. Talveztenham sentido vontade de estar

conosco pelo convite de amigas ouda amília. Podem simplesmente teraceitado o gentil convite que alguémlhes ez. Mas, mesmo que não tenhampercebido, ao menos sentiram odiscreto eco do convite do Salvador:“Vem, e segue-me”.1

Durante esta hora em que estive-mos juntos, o Senhor tornou mais pro-unda a crença que vocês têm Nele e

ortaleceu o testemunho de cada uma. Vocês ouviram mais do que palavrase música. Sentiram o Espírito testemu-nhar em seu coração que há proetas

 vivos na Terra, na Igreja verdadeirado Senhor, e que o caminho para aelicidade está dentro de Seu reino.Seu testemunho de que esta é a únicaIgreja verdadeira e viva na Terra hojeem dia cresceu.

Bem, nem todos sentimos exata-mente as mesmas coisas. Para algu-

mas, o Espírito testemunhou que Thomas S. Monson é um proeta deDeus. Outras sentiram que a honesti-dade, a virtude e azer o bem a todosos homens são realmente atributos doSalvador. E com isso tiveram maiordesejo de ser semelhantes a Ele.

 Todas vocês têm o desejo de queseu testemunho do evangelho de

 Jesus Cristo seja ortalecido. O Pre-sidente Brigham Young previu suas

necessidades há muitos anos. Ele oium proeta de Deus, e com visão pro-ética, há 142 anos, viu vocês e suasnecessidades. Ele era um pai amorosoe um proeta vivo.

Ele viu a infuência do mundochegar a suas próprias lhas. Viu queessas infuências do mundo as atraíampara longe do caminho do Senhorrumo à elicidade. Em sua época,essas infuências oram trazidas, emparte, pela nova errovia transconti-nental, que ligava ao mundo os santosantes isolados e protegidos.

Ele pode não ter visto as maravilhasda tecnologia de hoje, em que umdispositivo que pode ser carregado namão é capaz de conectá-las a inúme-ras ideias e pessoas do mundo inteiro.Mas ele viu como era importante parasuas lhas — e para vocês — quesuas decisões ossem tomadas combase num vigoroso testemunho de umDeus vivo e amoroso e de Seu planode elicidade.

Eis seu conselho proético e ins-pirado para suas lhas e para vocês,sempre.

É o ponto central de meu discursode hoje. Ele disse o seguinte, em umasala de sua casa, a menos de doisquilômetros de onde esta mensagemestá sendo hoje transmitida para aslhas de Deus das nações do mundointeiro: “É preciso que as jovens lhasde Israel adquiram um testemunho

 vivo da verdade”.2

Depois disso, ele criou uma asso-ciação de jovens que se tornou o quehoje na Igreja do Senhor chamamosde organização das “Moças”. Vocêssentiram hoje alguns dos maravilho-sos eeitos da decisão que ele tomounaquela reunião em uma noite dedomingo, na sala de estar de sua casa.

Mais de 100 anos depois, aslhas de Israel do mundo inteirotêm esse desejo de ter o seu próprio

Um Testemunho VivoO testemunho precisa ser nutrido pela oração ervorosa, peloanseio pela palavra de Deus nas escrituras e pela obediênciaà verdade.

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testemunho vivo da verdade. Assim,para todo o restante de sua vida,

 vocês precisarão desse testemunho vivo e crescente para ortalecê-las econduzi-las pelo caminho da vidaeterna. E com isso se tornarão as men-sageiras da Luz de Cristo para suasirmãs e seus irmãos do mundo inteiroe por muitas gerações.

 Vocês sabem por experiênciaprópria o que é um testemunho. OPresidente Joseph Fielding Smithensinou que um testemunho “é umconhecimento convincente dado por

revelação a [uma pessoa] que humil-demente busca a verdade”. Ele disseo seguinte sobre o testemunho e oEspírito Santo, que traz essa revelação:“Seu poder de proporcionar convicçãoé tão grande que não resta dúvidasna mente quando o Espírito ala. É oúnico modo pelo qual alguém poderealmente saber que Jesus é o Cristo eque Seu evangelho é verdadeiro”.3

 Vocês já sentiram essa inspiraçãopor si mesmas. Pode ter sido para

conrmar certo aspecto do evange-lho, como aconteceu comigo hoje.Quando ouvi as palavras da décimaterceira Regra de Fé sobre sermos“honestos, verdadeiros, castos [e]benevolentes”, para mim oi como seo Senhor as tivesse dito. Senti nova-mente que esses são atributos Dele.Senti que Joseph Smith oi Seu proeta.Então, para mim, não oram apenaspalavras.

Em minha mente, vi as poeiren-tas estradas da Judeia e o Jardim doGetsêmani. Em meu coração, senti aomenos parte do que Joseph deve tersentido ao ajoelhar-se perante o Pai eo Filho em um bosque de Nova York.Não pude ver na mente uma luz maisbrilhante que a do sol do meio-dia,como ele, mas senti o calor e o assom-bro de um testemunho.

 Vocês vão adquirir um testemu-nho à medida que partes da verdadecompleta do evangelho de JesusCristo lhes orem conrmadas. Por

exemplo: ao lerem o Livro de Mór-mon e ponderarem sobre ele, alguns

 versículos que leram antes parecerãonovos e lhes trarão novas ideias. Seutestemunho vai crescer em extensão eproundidade, à medida que o EspíritoSanto conrmar que são verdadeiros.Seu testemunho vivo vai ser ampliadoà medida que estudarem, orarem eponderarem a respeito das escrituras.

 A melhor descrição para mim decomo adquirir e manter esse teste-

munho vivo já oi mencionada. Estáno capítulo 32 de Alma, no Livro deMórmon. Vocês já devem ter lido esses

 versículos muitas vezes. Encontro umanova luz toda vez que os leio. Vamosrecapitular hoje a lição que elesensinam.

Essa passagem inspirada nos ensinaa começar nossa jornada em buscade um testemunho com “uma partí-cula de é” e com o desejo de azê-la

crescer.4

Hoje vocês sentiram é e tive-ram esse desejo, ao ouvirem discursostocantes sobre a bondade do Salva-dor, sobre Sua honestidade e sobre apureza que Seus mandamentos e SuaExpiação nos possibilitam ter.

Portanto, uma semente de é jáestá plantada em seu coração. Vocêspodem até ter sentido parte do cres-cimento da semente no coração, con-orme prometido em Alma. Eu senti.

Mas, como uma planta em cresci-mento, ela precisa ser nutrida ou vaimurchar. Orações ervorosas, requen-tes e sinceras são nutrientes vitais enecessários. A obediência à verdadeque receberam vai manter seu teste-munho vivo e ortalecê-lo. A obediên-cia aos mandamentos az parte danutrição que vocês precisam oerecera seu testemunho.

Lembrem-se da promessa do Salva-dor: “Se alguém quiser azer a vontadedele, pela mesma doutrina conheceráse ela é de Deus, ou se eu alo de

mim mesmo”.5Isso aconteceu comigo, e vai acon-

tecer com vocês. Uma das doutrinasdo evangelho que aprendi quando

 jovem é a de que a maior de todasas dádivas de Deus é a vida eterna.6 

 Aprendi que parte da vida eterna é vivermos juntos com amor e comoamília para sempre.

Desde a primeira vez que ouviessas verdades, e elas oram conr-madas em meu coração, senti-me

obrigado a azer todas as escolhasque pudesse para evitar contendas epromover a paz em minha amília eno meu lar.

 Agora, somente depois desta vidapoderei desrutar a plenitude dessaque é a maior de todas as bênçãos, a

 vida eterna. Mas em meio aos desaosdesta vida, tive apenas um vislumbredo que minha amília pode ser nocéu. A partir dessas experiências de

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promessa encontradas em Alma:“E assim, se não cultivardes apalavra, esperando com os olhos da éo seu ruto, nunca podereis colher oruto da árvore da vida.

Se, porém, cultivardes a palavra,sim, cultivardes a árvore quandoela começar a crescer, com vossa é,com grande esorço e com paciência,esperando o ruto, ela criará raiz; e eisque será uma árvore que brotará paraa vida eterna.

E por causa de vosso esorço e de vossa é e de vossa paciência em cul-tivar a palavra para que crie raiz em

 vós, eis que pouco a pouco colhereiso seu ruto, que é sumamente pre-cioso, que é mais doce que tudo queé doce, que é mais branco que tudoque é branco, sim, e mais puro quetudo que é puro; e banquetear-vos-eiscom esse ruto, até vos artardes,de modo que não tereis ome nemtereis sede.

Então, (…) colhereis a recompensa

de vossa é e de vossa diligência epaciência e longanimidade, esperandoque a árvore vos dê ruto”.11

 As palavras dessa escritura “espe-rando o ruto” guiaram os sábiosensinamentos que vocês receberamhoje. É por isso que seus olhos estão

 voltados para um dia uturo na sala deselamento de um templo. É por issoque ajudamos vocês a visualizaremhoje a cadeia aparentemente inter-minável de luz refetida nos espelhosdas paredes da sala de selamento dotemplo de Deus, onde vocês podem

 vir a se casar.Se puderem esperar esse dia com

suciente desejo, que seja ruto deum testemunho, vocês serão orta-lecidas para resistir às tentações domundo. Toda vez que vocês decidemque vão tentar viver de modo maissemelhante ao Salvador, seu testemu-nho é ortalecido. Tempo virá em quesaberão por si mesmas que Ele é aLuz do Mundo.

Sentirão a luz crescer em sua vida.Isso não acontecerá sem esorço,mas vai acontecer à medida que seu

testemunho crescer, e vocês decidiremnutri-lo. Eis a promessa garantida quese encontra em Doutrina e Convênios:

“Aquilo que é de Deus é luz; e aqueleque recebe luz e persevera em Deusrecebe mais luz; e essa luz se tornamais e mais brilhante, até o diapereito”.12

 Vocês serão uma luz para o mundoao partilharem seu testemunho comoutras pessoas. Vocês refetirão paraoutras pessoas a Luz de Cristo quehá em sua vida. O Senhor encontrarámeios para que essa luz toque as pes-soas que você ama. E por meio da ée do testemunho combinados de Suaslhas, Deus tocará a vida de milhões,em Seu reino e em todo o mundo,com Sua luz.

Em seu testemunho e em suasescolhas está a esperança da Igreja edas gerações que seguirão seu exem-plo de ouvir e aceitar o convite doSenhor: “Vem, e segue-me”. O Senhorconhece e ama vocês.

Deixo com vocês meu amor e meutestemunho. Vocês são lhas de umPai Celestial amoroso e vivo. Sei que

Seu Filho ressuscitado, Jesus Cristo,é o Salvador e a Luz do Mundo.

 Testico que o Espírito Santo envioumensagens para vocês hoje, conr-mando a verdade em seu coração.O Presidente Thomas S. Monson é oproeta vivo de Deus. Destas coisaseu testico, no sagrado nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Lucas 18:22.2. Brigham Young, A Century of Sisterhood:

Chronological Collage, 1869–1969 ,

1969, p. 8.3. Joseph Fielding Smith, Answers to Gospel Questions , comp. Joseph Fielding Smith Jr.,5 vols, 1957–1966, vol. 3 p. 31.

4. Ver Alma 32:27.5. João 7:17.6. Ver Doutrina e Convênios 14:7.7. Ver Malaquias 4:5–6; Joseph Smith—

História 1:38–39.8. Doutrina e Convênios 138:23–24.9. Morôni 10:3–5.

10. Alma 32:38–39.11. Alma 32:40–43.12. Doutrina e Convênios 50:24.

St. Catherine, Jamaica 

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Índice das Histórias Contadas na ConferênciaEsta lista contém uma seleção de histórias verídicas extraídas dos discursos da conerência geral para uso no estudoindividual, na reunião amiliar e em outras situações de ensino. O número entre parênteses reere-se à primeira páginado discurso.

ORADOR HISTÓRIA  

 Jean A. Stevens (10) As crianças dão exemplo ao pagar o dízimo.Liam ouve a voz de seu pai durante o tratamento médico.

Élder Walter F. González (13) Jornalista questiona se o tratamento gentil dedicado às esposas é verdade ou cção.

Élder Kent F. Richards (15) Menina vê anjos em volta de crianças, em um hospital.

Élder Quentin L. Cook  (18) Conteúdo da bolsa refete o modo de viver o evangelho da jovem dona.Irmã em Tonga sugere um modo de ajudar um jovem adulto da ala.

Presidente Henry B. Eyring (22) Comunidade presta serviço depois do rompimento da represa Teton.

Presidente Boyd K. Packer (30) Presidente da estaca aconselha certo homem a “esquecer”, depois da morte da esposa.

Élder Dallin H. Oaks (42) Capitão Ray Cox abre mão do sono para manter os soldados a salvo.

Aron Ralston enche-se de coragem para salvar a própria vida.

Élder M. Russell Ballard (46) Jovem garimpeiro aprende a dar valor a letes de ouro.

Élder Neil L. Andersen (49) Sidney Going decide servir missão em vez de jogar rúgbi.

Larry M. Gibson (55) Presidente do quórum de diáconos aprende suas responsabilidades.

Presidente Dieter F. Uchtdorf (58) Homem não se dá conta dos privilégios a que tem direito durante cruzeiro.

Presidente Henry B. Eyring (62) Quórum procura um dos membros perdido na foresta.Henry B. Eyring visita um el sumo sacerdote.

Presidente Thomas S. Monson (66) Thomas S. Monson convida casal a testemunhar um selamento.

Élder Paul V. Johnson (78) Jovem é convertida durante longo período de doença.

Bispo H. David Burton (81) Robert Taylor Burton ajuda a resgatar uma companhia de carrinhos de mão.

Silvia H. Allred (84) Jovem mãe é auxiliada por sua proessora visitante.

Presidente Thomas S. Monson (90) Santos brasileiros viajam longas distâncias de Manaus até o templo.Família Mou Tham sacrica tudo para ir ao templo.Thomas S. Monson participa da cerimônia de abertura de terra do templo em Roma, Itália.

Élder Richard G. Scott  (94) Richard G. Scott atende à recomendação de brincar comos lhos em vez de consertar a máquina de lavar. Jeanene Scott guarda bilhetes carinhosos.Richard G. Scott cuida do lhinho com problema cardíaco.

Élder D. Todd Christofferson (97) Hugh B. Brown poda um pé de groselha e depois, gurativamente, poda a si próprio.

Élder Carl B. Pratt  (101) A amília Whetten paga o dízimo e recebe bênçãos.

Élder C. Scott Grow  (108) O irmão de C. Scott Grow az más escolhas, mas depois se arrepende.

 Ann M. Dibb (115) Kristi dá um exemplo que Jenn relembra quando busca a verdade.

Mary N. Cook  (118) Criança vê uma gravura de Jesus no armário de uma estudante.Moça decide não assistir a um lme questionável.

Elaine S. Dalton (121) Moça caminha do Templo de Draper, Utah, até o Templo de Salt Lake.

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em discussão maneiras de permanecerdigno(a) de entrar no templo.• Quando Adão e Eva viveram na

 Terra, uma das maneiras pelas quaiseles adoravam o Pai Celestial era osacriício de animais. O Élder L. TomPerry ensinou-nos que o Salvadorapresentou o sacramento a Seus dis-cípulos no Dia do Senhor como umanova orma de adoração. Nós con-tinuamos a adorar ao participar dosacramento no Dia do Senhor. Leianovamente o discurso do Élder Perry(página 6) em amília para aprendera maneira adequada de vestir-se nodomingo e outras maneiras de honraro sacramento e o Dia do Senhor.

• O Élder D. Todd Christoffersonensinou-nos que Jesus Cristo instruiu-nos a nos esorçarmos para ser comoEle e o nosso Pai Celestial (página97). Nosso Pai Celestial às vezes

para encontrar Meridian, Idaho, EUA;Fort Collins, Colorado, EUA; Winni-peg, Manitoba, Canadá; e o templomais perto de sua casa. Leia ou contealgumas das histórias que o Presi-dente Monson contou sobre membroséis que zeram grande sacriíciopara requentar o templo (página90). Trace metas para requentar otemplo o quanto antes, ou coloque

E L ES F A LA R A M P A R A N ÓS

Todos os discursos da conerênciageral podem ser encontrados on-line no site conerence.LDS.org.

Observação: O número das pági-nas listadas abaixo indica a primeirapágina do discurso mencionado.

Para as Crianças • O Presidente Thomas S. Mon-

son anunciou que a Igreja vai cons-

truir três novos templos, elevandoo número total de templos emuncionamento, emconstrução ouanunciados para160. Olheno mapa

Tornar a ConferênciaParte de Nossa VidaVocê pode usar algumas destas atividades e perguntas como ponto de partida para debates familiares ou ponderação pessoal e tornar os ensinamentos daconferência geral parte de sua vida.

Ljubljana, Eslovênia 

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A

s aulas do Sacerdócio

de Melquisedequee da Sociedade deSocorro realizadas nosquartos domingos de cadamês serão dedicadas aos“Ensinamentos para osNossos Dias”. Todas as aulasterão por base um ou maisdiscursos proeridos durantea conerência geral maisrecente. Os presidentes deestaca e de distrito podemescolher quais discursosdevem ser usados, oupodem delegar essa respon-sabilidade aos bispos e pre-sidentes de ramo. Os líderesdevem reorçar a importân-cia de que tanto os irmãosdo Sacerdócio de Melqui-sedeque como as irmãsda Sociedade de Socorroestudem o mesmo discursono mesmo domingo.

 Aqueles que partici-

pam das aulas do quartodomingo são incentivados aestudar e a levar para a salade aula a edição da revistacom os discursos da últimaconerência geral.

Sugestões para Preparar a Aula com Base nos Discursos

Ore para que o SantoEspírito esteja ao seu ladoao estudar e ensinar o(s)

discurso(s). Talvez você

que tentado a usar outros

materiais para preparar aaula, mas são os discursosda conerência que azemparte do currículo apro-

 vado. Sua tarea é ajudar osoutros a aprender e a vivero evangelho como ensi-nado na última conerênciageral da Igreja.

Estude o(s) discurso(s)procurando princípiose doutrinas que aten-dam às necessidades dosalunos. Procure tambémhistórias, reerências dasescrituras e declaraçõesno(s) discurso(s), que o(a)ajudem a ensinar essas

 verdades.Faça um esboço de

como irá ensinar essesprincípios e essas doutrinas.Seu esboço deve incluirperguntas que ajudem osalunos a:

• Procurar princípiose doutrinas no(s)discurso(s).

• Reetir sobre seusignicado.

• Compartilhar a com-preensão, as ideias,as experiências e otestemunho.

• Aplicar esses princípios eessas doutrinas à própria

 vida. ◼

Ensinamentos paraos Nossos Dias

Presidências Gerais das Auxiliares

SOCIEDADE DE SOCORRO

MOÇAS

PRIMÁRIA

RAPAZES

ESCOLA DOMINICAL

Silvia H. AllredPrimeira Conselheira

Julie B. BeckPresidente

Barbara ThompsonSegunda Conselheira

Mary N. CookPrimeira Conselheira

Elaine S. DaltonPresidente

Ann M. DibbSegunda Conselheira

Jean A. Stevens

Primeira Conselheira

Rosemary M. Wixom

Presidente

Cheryl A. Esplin

Segunda Conselheira

Larry M. GibsonPrimeiro Conselheiro

David L. BeckPresidente

Adrián OchoaSegundo Conselheiro

David M. McConkiePrimeiro Conselheiro

Russell T. OsguthorpePresidente

Matthew O. RichardsonSegundo Conselheiro

MESES MATERIAIS PARA AS AULAS DO

QUARTO DOMINGO

Maio de 2011–Outubro de 2011

Discursos publicados na edição demaio de 2011 de A Liahona*

Novembro de 2011–Abril de 2012

Discursos publicados na edição demaio de 2011 de A Liahona*

* Esses discursos estão disponíveis (em vários idiomas) no site conference .LDS .org.

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Élder Ian S. Ardern Dos Setenta

Sempre que atende a um teleonema ou a alguém quebate à porta, as primeiras palavras que o Élder IanSidney Ardern pronuncia são, sempre: “Como posso

ajudar?”Nascido em evereiro de 1954, na cidade de Te Aroha,

Nova Zelândia, lho de Harry e Gwladys McVicar Wiltshire,o Élder Ardern relembra que são sempre os atos de serviçoaparentemente pequenos que azem a maior dierença na

 vida tanto de quem os oerece quanto de quem os recebe.“O serviço não é sempre uma questão de conveniência,mas sempre abençoa nossa vida”, diz o Élder Ardern.

O Élder e a irmã Ardern conheceram-se quandorequentavam a Faculdade da Igreja na Nova Zelândia ecasaram-se no Templo de Hamilton Nova Zelândia em17 de janeiro de 1976. Seus quatro lhos cresceram numlar onde a amorosa preocupação de uns pelos outros ea necessidade de compreender e viver os princípios doevangelho eram prioritários. “É uma bênção ver essasmesmas prioridades no lar de nossos quatro lhos casa-dos”, diz o Élder Ardern.

O Senhor espera muito de Seus lhos, e oerece-nosum modo pelo qual essa expectativa possa ser cumprida.

“Sou extremamente grato por todos os que ajudaramnossa amília a seguir o Senhor”, arma o Élder Ardern.

Seguir os ensinamentos dos proetas no lar tem sidouma prioridade na amília Ardern. O estudo diário dasescrituras tornou-se um hábito porque as crianças maisnovas se empenhavam para que ocorresse, para quepudessem se revezar colocando o marcador vermelho nocalendário que mostrava que a leitura do dia tinha sidoeita. “Por meio de coisas pequenas e simples é que seormam bons hábitos”, declara a irmã Ardern.

 Antes de seu chamado para o Primeiro Quórum dosSetenta, o Élder Ardern serviu como missionário na França

e na Bélgica, presidente dos Rapazes na estaca, sumoconselheiro, conselheiro do bispo, bispo, conselheirodo presidente da estaca, presidente da Missão Fiji Suva eSetenta de Área.

O Élder Ardern recebeu o bacharelado e o mestradoem Educação pela Universidade de Waikato, na NovaZelândia. Sua carreira prossional inclui muitos cargos noSistema Educacional da Igreja, como proessor, diretor,coordenador do seminário na Nova Zelândia, diretor daFaculdade da Igreja na Nova Zelândia, e Diretor da ÁreaOceania. ◼

Mesmo antes de liar-se à Igreja, José Luis Alonso

 Trejo tinha um testemunho do poder da oração.“Quando eu tinha onze anos de idade”, diz ele,

“quase morri. Os médicos desistiram de mim — eu pudeouvi-los conversando. Por isso, orei muito para o Senhor,e Ele me curou.

Mais tarde, quando ouvi a história de Joseph Smith ede um rapaz que, com apenas quatorze anos, havia aladocom Deus, soube que era verdade. Eu sabia que Deuspodia responder a nossas orações, que Ele nos conhece.”

Esse mesmo sentimento de consolo guiou o Élder Alonso enquanto estudava o Livro de Mórmon. “Graçasà oração e a esse livro, sei com certeza que Jesus é oCristo”, arma.

O Élder Alonso nasceu na Cidade do México, emnovembro de 1958, lho de Luis e Luz Alonso. Na ado-lescência, mudou-se para a Cidade de Cuautla, México,onde liou-se à Igreja. As reuniões de Mutual permitiramque conhecesse jovens vigorosos que o integraram e lheoereceram um segundo lar. Foi durante o tempo em queparticipava das Mutuais que conheceu Rebecca Salazar,mulher que mais tarde tornou-se sua esposa.

Quando o Élder Alonso ez dezenove anos, serviucomo missionário de tempo integral na Missão MéxicoHermosillo. Depois da missão, o Élder Alonso e Rebeccacasaram-se, em 24 de evereiro de 1981, no Templo deMesa Arizona. O casal tem dois lhos.

 Além de servir como diretor do instituto no SistemaEducacional da Igreja, o Élder Alonso tem ormação emmedicina na área de desenvolvimento pediátrico, e traba-lhou como médico homeopata e cirurgião. Sua carreiramostra um desejo há muito acalentado de servir e aben-çoar outras pessoas — da mesma orma que o Senhor oabençoou quando criança, durante sua doença. “Servir aos

outros edica a união e a irmandade”, declara, “e convidao poder do Senhor a nossa vida.” Antes de seu chamado para o Primeiro Quórum dos

Setenta, o Élder Alonso serviu como bispo, presidentede missão da estaca, presidente de estaca, conselheirodo presidente da missão, presidente da Missão México

 Tijuana e Setenta de Área. ◼

Élder José L. Alonso Dos Setenta

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ÉlderLeGrand R.Curtis Jr. Dos Setenta

OÉlder LeGrand R. Curtis Jr. sabe que “o Senhorrequer o coração e uma mente solícita” (D&C64:34).

“Ele adora servir na Igreja, e o az com dedicação emuita disposição”, arma sua esposa, Jane Cowan Curtis,com quem se casou no Templo de Salt Lake, em 4 de

 janeiro de 1974. “O serviço é seu grande anseio e desejo.”O Élder Curtis nasceu em agosto de 1952, em Ogden,

Utah, EUA, lho de LeGrand R. e Patricia Glade Curtis. Seupai, mais tarde, tornou-se membro do Segundo Quórumdos Setenta (1990–1995).

 Antes de seu chamado para o Primeiro Quórum dosSetenta, o Élder Curtis Jr. serviu na Missão Itália Norte etambém como bispo, sumo conselheiro, presidente deestaca, presidente da Missão Itália Padova e Setenta de

 Área. Ele servia como membro do Quinto Quórum dosSetenta, na Área Utah Salt Lake City por ocasião do seuchamado para o Primeiro Quórum.

O Élder Curtis ormou-se na Universidade Brigham Young em Economia e recebeu seu doutorado em Direitopela Universidade de Michigan. Por ocasião de seu cha-mado, trabalhava como advogado e sócio de um escritó-

rio de advocacia. Além de estudar e de trabalhar, o ÉlderCurtis e sua esposa criaram cinco lhos.

Depois de servir como Setenta de Área de 2004 a 2011,o Élder Curtis disse ter gostado muito da oportunidadede trabalhar com as Autoridades Gerais. “Fui abençoadopor trabalhar com alguns maravilhosos líderes na Igreja”,arma. “Tem sido um grande privilégio observá-los eaprender com eles.”

 A irmã Curtis diz que o Élder Curtis sempre teve mãose coração solícitos. “Sua atitude sempre oi: ‘Eu o arei’”,diz ela.

Doutrina e Convênios 64:34 termina com estas pala-

 vras: “Os que são solícitos e obedientes comerão do bemda terra de Sião nestes últimos dias”. O irmão e a irmãCurtis dizem que eles, seus lhos e netos oram extraordi-nariamente abençoados por servirem ao Senhor. ◼

Élder Carl B.Cook Dos Setenta

Quando era um jovem missionário na Missão de

 Treinamento em Idiomas (antigo nome do Centrode Treinamento Missionário), em preparação para

ir a Hamburgo, Alemanha, Carl Bert Cook esorçou-separa aprender a alar alemão. Enquanto tentava assimilaro vocabulário básico, os membros de seu distrito já seadiantavam em conceitos mais complexos.

Frustrado por seu pouco progresso, o jovem ÉlderCook buscou o auxílio divino por meio de uma bênçãodo sacerdócio e pela oração. Depois de uma oraçãoespecialmente ervorosa, o Élder Cook lembra-se de terrecebido uma resposta especíca: o Senhor não o haviachamado para ser perito no idioma alemão, mas sim paraservi-Lo de todo coração, mente e orça.

“Imediatamente pensei: ‘Isso eu posso azer’”, diz oÉlder Cook, que oi chamado recentemente como mem-bro do Primeiro Quórum dos Setenta. “‘Posso servir detodo coração, mente e orça’. Levantei-me com umagrande sensação de alívio. De repente, meu instrumentode medida mudou de como meu companheiro e osmembros do distrito estavam-se saindo a como o Senhorachava que eu estava-me saindo.”

Embora o Élder Cook diga que não aprendeu neces-sariamente o idioma mais rapidamente após essa expe-riência, não se afigia mais com a preocupação anterior,pois sabia que estava azendo o que o Senhor queria quezesse. Essa lição, diz ele, oi importante em todos osmeus chamados depois disso, inclusive o de bispo, con-selheiro na presidência da estaca, presidente da estaca,presidente da Missão Nova Zelândia Auckland, Setenta de

 Área e em sua designação atual.O Élder Cook recebeu o grau de bacharel em Marke-

ting Empresarial pela Faculdade Estadual de Weber e ode mestrado em Administração de Empresas pela Uni-

 versidade Estadual de Utah. Sua carreira oi dedicada aotrabalho no desenvolvimento imobiliário.O Élder Cook nasceu em Ogden, Utah, EUA, em

outubro de 1957, lho de Ramona Cook Barker e Bert E.Cook, alecido. Casou-se com Lynette Hansen em 14 dedezembro de 1979, no Templo de Ogden Utah. O casaltem cinco lhos. ◼

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Élder Kazuhiko Yamashita Dos Setenta

Desde a época em que era um jovem bispo emFukuoka, Japão, há muitos anos, o Élder Kazuhiko

 Yamashita aprendeu pelo bom exemplo e pela ati-tude de seus líderes mais velhos.

Logo depois de o Élder Yamashita casar-se com Tazuko Tashiro, o casal mudou-se de Tóquio para Fukuoka, ondeo Élder Yamashita oi chamado como bispo, pouco antesde completar 30 anos de idade.

“Foi muito diícil para mim e para minha amília”, diz oÉlder Yamashita. “Tínhamos três lhos pequenos na oca-sião, e éramos novos no lugar; mas também oi um bomaprendizado e uma boa experiência para mim, e meutestemunho e minha é se ortaleceram.

É claro que enrentei diculdades, pois minha amíliaera jovem e eu não tinha muita experiência como líderda Igreja”, lembra o Élder Yamashita. “Meus líderes mais

 velhos eram bons exemplos e me ensinaram muitas liçõespor meio de sua atitude e de seu comportamento.”

 A irmã Yamashita diz ter visto seu marido receber mui-tos chamados e tornar-se um excelente pai e um grandelíder espiritual por meio dos desaos inerentes a esseschamados. Com o tempo, ela o viu mudar e tornar-se mais

bondoso, um pai e marido mais amoroso. A amília adoraestar junta, inclusive azer longas viagens de carro todosos anos.

O Élder Yamashita nasceu em setembro de 1953, lhode Kiyoshi e Sadae Yamashita. Cresceu em Tóquio, Japão,onde conheceu a Igreja, em 1971 por meio da Expo 70,uma Feira Mundial.

O Élder Yamashita recebeu o grau de bacharel em Edu-cação pela Universidade Saitama e o mestrado em Ciênciado Esporte pela Universidade Tsukuba. Ele também estu-dou Filosoa da Educação Física na Universidade Brigham

 Young. O Élder Yamashita oi instrutor e proessor em

 várias universidades, tendo servido em diversas organiza-ções cientícas, comunitárias e esportivas.O Élder Yamashita e sua esposa casaram-se em 29

de março de 1980 e selaram-se em dezembro de 1980,depois do término da construção do Templo de Tóquio

 Japão. O casal tem seis lhos. Antes de seu chamado para o Primeiro Quórum dos

Setenta, o Élder Yamashita serviu como bispo, sumoconselheiro, presidente de missão da estaca, presidente deestaca e Setenta de Área. ◼

Élder W. Christopher Waddell Dos Setenta

Um princípio orientador não escrito da amília doÉlder Wayne Christopher Waddell sempre oi: “Con-a no Senhor”.

“Quando você cona no Senhor, não precisa se preo-cupar com grandes mudanças”, diz o Élder Waddell a res-peito das inesperadas reviravoltas da vida. “Sabemos queEle é o maior interessado em nosso bem-estar, e seremosabençoados.”

O Élder Waddell nasceu em junho de 1959 em Manhat-tan Beach, Caliórnia, EUA, e é lho de Wayne e Joann

 Waddell. Recebeu o grau de bacharel em História pelaUniversidade do Estado de San Diego, onde também

 jogava vôlei. Trabalhou em inúmeros cargos em umarma global de serviços de investimento.

O Élder Waddell casou-se com Carol Stansel em 7 de junho de 1984, no Templo de Los Angeles Caliórnia. Ocasal tem quatro lhos. A união é o padrão supremo naamília Waddell. Eles atribuem essa união ao ato de seesorçarem para seguir o evangelho do Salvador no lar. Asatividades da amília também são importantes: irem juntosàs praias perto de sua casa e assistirem juntos, como amí-lia, a eventos esportivos.

 Antes de seu chamado para o Primeiro Quórum dosSetenta, o Élder Waddell serviu como missionário detempo integral na Espanha, oi bispo, sumo conselheiro,conselheiro do presidente da missão, presidente deestaca, presidente da Missão Espanha Barcelona e Setentade Área.

O Élder Waddell diz que uma experiência se unda-menta em outra, e cada uma continua a contribuir para o“tesouro do testemunho” no qual cona para enrentar osdesaos da vida.

Quando ala da preparação para seu novo chamado, oÉlder Waddell menciona o templo.

“O que nos preparou para isto? Quando omos aotemplo pela primeira vez e zemos convênios, promete-mos estar sempre dispostos a azer o que o Senhor nospedisse, mesmo que não nos osse conveniente”, revela.“Ir ao templo, servir missão, azer convênios e depoisreconhecer Sua mão e saber como Ele dirige o trabalho— é tudo de que precisamos! Não estamos azendo nadapeculiar; estamos cumprindo os convênios que zemos,como qualquer pessoa.” ◼

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Élder J. DevnCornish Dos Setenta

OÉlder John Devn Cornish sabe que todo membroe todo chamado da Igreja é importante.

“Ao considerarmos um chamado na Igreja, éimportante nos lembrarmos de que não importa qual sejaa poltrona que ocupamos no avião; o que importa é queestejamos no avião”, diz ele. “Fazer parte desta obra temimportância eterna. A posição que ocupamos é o quemenos importa.”

Desde seu chamado a servir na Missão Guatemala–ElSalvador até seu mais recente cargo no Segundo Quó-rum dos Setenta, o Élder Cornish esteve empenhado emcumprir seus chamados na Igreja, inclusive: presidentedos Rapazes na ala, presidente do quórum de élderes,secretário executivo na ala, líder do grupo dos sumossacerdotes, sumo conselheiro, bispo, presidente de estaca,presidente da Missão República Dominicana Santiago eSetenta de Área.

Nascido em abril de 1951, em Salt Lake City, Utah,EUA, lho de George e Naomi Cornish, o Élder Cornishcresceu em Utah, Geórgia e Virgínia, EUA. Posteriormenteormou-se em Utah.

Enquanto morava em Provo, conheceu Elaine Simmons

durante uma atividade para os jovens adultos solteiros.Casaram-se no Templo de Manti Utah, em agosto de 1973.

Durante a criação dos seis lhos, com sua esposa, oÉlder Cornish serviu na Corporação Médica da Força

 Aérea dos Estados Unidos, recebeu o grau de bacharel elicenciatura médica pela Universidade Johns Hopkins econcluiu a residência em Pediatria na Faculdade de Medi-cina de Harvard, no Hospital Pediátrico Boston.

Os estudos e o trabalho em Idaho, no Texas, na Cali-órnia e na Geórgia, EUA, orçaram a amília a mudar-se

 várias vezes com o passar dos anos; mas, aonde quer queossem, armam o Élder e a irmã Cornish, amavam servir

na Igreja.“Esta obra está crescendo no mundo inteiro, e é umagrande bênção poder servir aos lhos do Senhor ondequer que se encontrem”, diz o Élder Cornish.

Esse chamado para os Setenta, “como qualquer cha-mado na Igreja, será mais uma oportunidade de azerparte da obra do Senhor”, ele arma. “Somos gratos poresse privilégio.” ◼

Élder Randall K.Bennett  Dos Setenta

Foi no auge de sua carreira como ortodontista que Ran-dall Kay Bennett e sua esposa, Shelley, sentiram “umanítida impressão” de que deveriam preparar-se para

servir missão. Isso signicava que precisariam vender suacasa imediatamente.

 A razão desse sentimento não se tornou aparente deimediato: levou três anos para que a casa osse vendida,processo que “consumiu muita paciência” e exigiu que“mostrassem ao Senhor que estavam realmente compro-metidos”, diz o Élder Bennett. “Continuamos a conar noSenhor e tentamos permanecer perto Dele por meio darequência constante ao templo, estudo diário das escritu-ras, orações, jejum e serviço ao próximo.”

Pouco depois de a casa ser nalmente vendida, o ÉlderBennett oi chamado para servir no Centro de Treina-mento Missionário e, depois, como presidente na MissãoRússia Samara.

“Foi maravilhoso — e trouxe-nos muita humildade— saber que o Senhor tinha Se preocupado conosco enos estava preparando”, recorda o Élder Bennett. “Passa-mos a saber que o Senhor conhece os pensamentos quepermeiam nossa mente e os sentimentos que existem em

nosso coração. Aprendemos a conar no ato de que Elenos conhece melhor que nós mesmos, que Ele sabe maisdo que nós, e que Ele nos ama.”

 Além de seus chamados como membro do SegundoQuórum dos Setenta e presidente de missão, o ÉlderBennett serviu como presidente e conselheiro no Ramodo Centro de Treinamento Missionário de Provo, membrodo sumo conselho na estaca, conselheiro no bispado,presidente dos Rapazes na ala, como missionário nas Mis-sões França Paris e França Toulouse e em diversos outroschamados.

O Élder Bennett recebeu o grau de bacharel em Cirur-

gia Dentária pela Universidade de Alberta (Canadá) e ograu de mestre em Ortodontia pela Universidade LomaLinda, na Caliórnia do Sul, EUA.

O Élder Bennett nasceu em junho de 1955, emMagrath, Alberta, Canadá. Seus pais são Donald KayBennett e Anne Darlene Long. Ele se casou com ShelleyDianne Watchman em 23 de abril de 1977, no Templo deCardston Alberta. O casal tem quatro lhos. ◼

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O 75º Aniversário do Programade Bem-Estar

Em 1933, a Primeira Presidênciaanunciou: “Nossos membros sica-mente capazes não devem, excetocomo último recurso, ser submetidosà situação vexatória de aceitar algumacoisa a troco de nada. (…) Os líde-res gerais da Igreja que administrama ajuda precisam descobrir meios emaneiras pelos quais todos os mem-bros sicamente capazes da Igreja queestiverem necessitados, possam com-pensar a ajuda recebida oerecendoalgum tipo de serviço”.3 

Com os princípios em vigor e aé ativa que os santos possuíam, asunidades da Igreja, bem como a Igrejacomo um todo, passaram a trabalharorganizando locais de costura e deprodução de enlatados, coordenandoprojetos de serviço, adquirindo azen-das e enatizando a retidão, a rugali-dade e o viver previdente.

O Plano de Bem-Estar da IgrejaCom a organização do Plano de

Seguridade da Igreja (renomeado em1938 como Plano de Bem-Estar daIgreja), as pessoas tinham a oportu-nidade de trabalhar, de acordo comsuas possibilidades, pela ajuda querecebiam. O plano ensinou as pessoasa voltarem para si mesmas e “pediremajuda” em vez de ir a outras ontespara “pedir doação”.

“Nosso objetivo principal oi esta-belecer (…) um sistema sob o qual apraga da indolência osse eliminada, os

males da esmola ossem abolidos e aindependência, industriosidade, rugali-dade e autorrespeito ossem novamenteestabelecidos no meio de nosso povo”,disse o Presidente Grant durante a con-erência geral de outubro de 1936. “Otrabalho deve voltar a ser entronizadocomo princípio governante da vida dosmembros de nossa Igreja.”4 

Com o passar do tempo, o sistemade Bem-Estar da Igreja oi incluindo

Heather Wrigley Revistas da Igreja

D

iversos discursos da 181ª Con-erência Geral Anual da Igreja

alaram sobre a comemoraçãodo Programa de Bem-Estar da Igreja,que acaba de completar 75 anos.

Em seu dia inaugural, em 1936,o Presidente David O. McKay, entãoconselheiro na Primeira Presidência,rearmou as raízes divinamente inspi-radas do Plano de Bem-Estar: “[O Pro-grama de Bem-Estar] é estabelecidopor revelação divina, e não há nada,no mundo inteiro, que consiga cuidartão ecazmente de seus membros”.1 

Setenta e cinco anos se passaram.Os ciclos econômicos seguiram-seuns após outros. O mundo presenciouenormes mudanças sociais e culturais,e a Igreja apresentou um crescimentomonumental.

Mas as palavras pronunciadas sobreo plano divinamente inspirado deBem-Estar da Igreja naquele dia, em1936, são tão verdadeiras hoje quantono passado.

Princípios de Bem-EstarEm 1929, os Estados Unidos experi-

mentaram enormes perdas nanceirasquando o mercado de ações quebrou.Em 1932, o desemprego em Utah atin-giu a marca de 35,8 por cento.

Embora a Igreja tivesse princípiosde bem-estar ativos, inclusive umsistema de armazéns e programas paraajudar os membros a ter emprego,muitos tiveram de apelar para a ajudado governo.

“Acredito que há uma disposiçãocrescente entre as pessoas de tentar

obter alguma coisa do governo dosEstados Unidos com pouca chance dealgum dia pagar pelo empréstimo”,comentou o Presidente Heber J. Grant(1856–1945) na época.2 

Os líderes da Igreja queriam ajudaros membros que se empenhavam,sem promover a ociosidade e o sensode direito adquirido. A meta era ajudaras pessoas a ajudar-se a si mesmas atornar-se independentes.

Os Presidentes David O. McKay, Heber J. Grant e J. Reuben Clark Jr. (da esquerda

 para a direita), da Primeira Presidência, visitam a Praça do Bem-Estar, em 1940.

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 vários programas: Serviços Sociais(atualmente Serviços Familiares SUD);Serviços de Caridade SUD; ServiçosHumanitários SUD e Resposta a Situa-ções de Emergência SUD. Esses progra-mas e outros já abençoaram a vida decentenas de milhares, tanto membroscomo não membros da Igreja.

O Programa InternacionalMesmo depois de a Grande

Depressão terminar, com o advento daSegunda Grande Guerra, o Presidente

 J. Reuben Clark Jr., Segundo Conse-lheiro na Primeira Presidência, deen-deu providencialmente a continuidadedo Programa de Bem-Estar. Emoutubro de 1945, o presidente norte-americano Harry S. Truman teleonoupara o então Presidente da Igreja,George Albert Smith (1870–1951),para determinar como e quando ossuprimentos poderiam ser entreguesnas áreas da Europa devastadas pelaguerra. Para espanto do Presidente

 Truman, os líderes da Igreja respon-deram que os alimentos, as roupase outros suprimentos já haviam sidocoletados e estavam prontos paraserem embarcados.

Com o passar do tempo, a Igrejaexpandiu suas instalações e seusprogramas de Bem-Estar para cobrirmais áreas carentes, inclusive maisáreas geográcas. Na década de 1970,a Igreja expandiu seus projetos e

suas produções de Bem-Estar parao México, para a Inglaterra e para asIlhas do Pacíco. Na década seguinte,a Argentina, o Chile, o Paraguai e oUruguai tornaram-se os primeiros paí-ses ora dos Estados Unidos a receberos centros de emprego da Igreja.

Com a ormação dos ServiçosHumanitários da Igreja em 1985, os tra-balhos de Bem-Estar ora dos EstadosUnidos cresceram notavelmente, comroupas e outros bens classicados paraembarque no mundo inteiro, em res-

posta à pobreza e a desastres naturais. Atualmente, o crescimento do

número de membros da Igreja interna-cionalmente, em especial nas naçõesem desenvolvimento, traz novosdesaos que o Programa de Bem-Estartem-se adaptado para superar.

Um Plano Inspirado para os Nossos DiasOs princípios básicos de Bem-Estar

— autossuciência e industriosidade— continuam os mesmos hoje, como

eram na época em que o Senhor dissea Adão: “No suor do teu rosto comeráso teu pão” (Gênesis 3:19).

Nos últimos dias, o Senhor decla-rou: “E o armazém deverá ser man-tido pelas consagrações da igreja; eprover-se-á a subsistência das viúvas edos órãos, como também dos pobres”(D&C 83:6). Ele depois nos lembra:“Mas é necessário que seja eito a meumodo” (D&C 104:16).

Os princípios de Bem-Estar vigo-ram na vida dos membros ao redor domundo como um princípio diário emcada lar.

“A orça da Igreja e do real arma-zém do Senhor está no lar e no cora-ção das pessoas”, disse o Élder RobertD. Hales, do Quórum dos Doze

 Apóstolos.5  À medida que as pessoas desen-

 volvem a própria autossuciência pormeio da é em Jesus Cristo, o objetivode longo prazo do programa, como

denido pelo Presidente Clark, continuaa ser cumprido: “é edicar o caráter dosmembros da Igreja, tanto dos que doamquanto dos que recebem, resgatandotudo o que há de mais nobre dentrodeles e azendo aforar e resplandeceras riquezas adormecidas do espírito, oque, anal, é a missão e o propósito e arazão de ser desta Igreja”.6 ◼NOTAS

1. David O. McKay, Henry D. Taylor, The Church Welfare Plan, não publicado, SaltLake City, 1984, pp. 26–27.

2. Heber J. Grant, Conference Report, outubrode 1933, p. 5.

3. James R. Clark, comp., Mensagens da Primeira Presidência de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 6 vols.,1965–1975, vol. 5, pp. 332–334.

4. Heber J. Grant, Conference Report, outubrode 1936, p. 3.

5. Robert D. Hales, “Welfare Principles to GuideOur Lives: An Eternal Plan for the Welfare of Men’s Souls,” Ensign, maio de 1986, p. 28.

6. J. Reuben Clark Jr., numa reunião especialde presidentes de estaca, 2 de outubro de1936.

Seja azendo pão (acima, à esquerda), cultivando uvas (acima, à direita) ou oerecendo ajuda de alguma outra orma, o Pro-

grama de Bem-Estar da Igreja visa desenvolver a autossuciência por meio da é em Jesus Cristo.

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Palavras Inspiradas, TrabalhoInspirado: O que os OradoresDisseram sobre o Bem-Estar

Diversos discursos da 181ª Con-erência Geral Anual da Igrejaalaram sobre a comemoração

do Programa de Bem-Estar da Igreja,que acaba de completar 75 anos.

Seguem-se abaixo alguns trechosdos discursos que abordaram o pro-grama e os princípios de Bem-Estarestabelecidos pelo Senhor para ajudarSeus lhos a ajudar-se a si mesmos.

Presidente Thomas S. MonsonDeclaro que o programa de Bem-

Estar da Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias é inspiradopelo Deus Todo-Poderoso (ver “O

 Templo Sagrado — Um Farol para oMundo”, p. 90).

Presidente Henry B. Eyring, PrimeiroConselheiro na Primeira Presidência

Os lhos do Pai Celestial passamgrandes necessidades materiais emnossa época, como aconteceu e comoacontecerá em todas as épocas. Os

princípios que alicerçam o Programade Bem-Estar da Igreja não são apenaspara uma época ou um lugar. Sãopara todas as épocas e para todos oslugares. (…)

Ele convidou-nos e ordenou-nos aparticipar de Seu trabalho de ajudar osnecessitados. Assumimos o convênio deazer isso, nas águas do batismo e nostemplos sagrados de Deus. Renovamosesse convênio aos domingos, quandotomamos o sacramento” (ver “Oportuni-dades de Fazer o Bem”, p. 22).

Bispo H. David Burton, Bispo Presidente“O plano proético de bem-estar

não é uma mera nota de rodapé nahistória da Igreja. Os princípios sobre

os quais ele se baseia denem quemsomos como povo. É a essência dequem somos como discípulos indi-

 viduais de nosso Salvador e nossoexemplo, Jesus Cristo. (…)

Esse trabalho sagrado não apenasbenecia e abençoa os que sorem ou

passam necessidades. Como lhos elhas de Deus, não podemos herdarplenamente a vida eterna sem estar-mos completamente investidos docuidado de outros enquanto esta-mos aqui na Terra. É na benevolenteprática do sacriício e da doaçãopessoal a outros que aprendemos osprincípios celestiais do sacriício e daconsagração.

Esse é o trabalho sagrado que oSalvador espera de Seus discípulos.É o trabalho que Ele amava quandoesteve neste mundo. É o trabalhoque sabemos que O veríamos azerse estivesse entre nós hoje” (ver “O

 Trabalho Santicador do Bem-Estar”,p. 81).

Silvia H. Allred, Primeira Conselheirana Presidência Geral da Sociedade deSocorro

“Hoje em dia, os homens e asmulheres da Igreja participam juntosno trabalho de auxiliar os necessita-

dos. (…) Quando o amor se torna oprincípio orientador do serviço queprestamos às pessoas, isso se torna oevangelho em ação. Esse é o evan-gelho em sua melhor expressão. Éreligião pura” (ver “A Essência doDiscipulado”, p. 84). ◼

O Fundo Perpétuo de Educação

Cumpre Promessas ProféticasNatasia Garrett Revistas da Igreja

Dez anos atrás, o PresidenteGordon B. Hinckley (1910–2008)alou sobre um problema (a

incapacidade de muitos ex-missioná-rios e outros jovens dignos de desen-

 volverem áreas de escape da pobreza— e propôs uma solução: o Fundo

Perpétuo de Educação (FPE). Fundorotativo que seria criado usandodoações dos membros e amigos daIgreja, o FPE uncionaria azendoempréstimos aos jovens com a expec-tativa de que eles se preparariam paraempregos de boa remuneração emsua comunidade e reembolsariam oempréstimo para que outros tivessem

oportunidade semelhante. Ele disseque a Igreja dependeria de voluntá-rios e dos recursos existentes para ter

sucesso.

Milagres OcorreramQuando o Presidente Hinckley

dirigiu-se ao púlpito em 31 de marçode 2001 e descreveu a visão do FundoPerpétuo de Educação diante dosacerdócio da Igreja, cou evidente amuitos que o proeta de Deus haviarecebido essa orientação.

O potencial de insucesso parecia

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O Fundo Perpétuo de Educação, que teve início há dez anos, ajudou mais de 47.000 participantes.

avultar, enquanto os recém-indicadoslíderes do FPE apressavam-se eminiciar o programa de empréstimosno segundo semestre de 2001, como

havia orientado o Presidente Hinckley. Além da inspirada descrição do pro-eta, não havia um plano de nego-ciação nem uma proposta detalhada.O programa oi organizado usandoo texto do discurso proerido peloPresidente Hinckley na conerênciacomo diretriz. Centenas de inscriçõespara empréstimos inundavam a sededa Igreja enquanto os diretores eramchamados e a estrutura básica do pro-grama tomava orma.

Mas milagres já haviam começadoa ocorrer. Logo no primeiro ano,milhões de dólares oram doadospara o programa. Várias pessoas, cujaexperiência tornava-os especialmentequalicados para trabalhar no FPEdisponibilizaram-se imediatamentepara servir como diretores voluntá-rios. A inraestrutura necessária paradar suporte ao FPE globalmentehavia sido lançada sob a orma dos

programas do instituto do SistemaEducacional e dos Centros de Recur-sos de Emprego da Igreja. Tudo o queera necessário oi conseguido rapida-

mente, suprindo o programa com oque o Presidente Hinckley chamou,em abril de 2002, de solidez para aempreitada.1

estendeu seu manto proético sobre otenebroso mar da pobreza e deu inícioao FPE”.

“É um milagre”, conrmou repeti-

damente o Presidente Hinckley.Depois de dez anos, contudo, os

milagres maiores podem estar aindacomeçando.

Promessas CumpridasEm seu anúncio do FPE e em

discursos mais recentes, o PresidenteHinckley prometeu que diversas bên-çãos adviriam do FPE. Cada uma estásendo cumprida em ritmo crescente,à medida que mais participantes

concluem seus estudos com o FPE ereembolsam o empréstimo.

Oportunidade e Emprego “[Os participantes] terão condições

de receber uma boa instrução, o quelhes permitirá erguer-se dos níveis depobreza”, disse o Presidente Hinckley.2

 Até evereiro de 2011, quase 90por cento daqueles que procuraramtrabalho depois de concluir os estudos

Rex Allen, que serve atualmentecomo diretor voluntário de treina-mento e comunicação no FPE, disse:“Há muito tempo, Moisés estendeuseu cajado sobre o Mar Vermelho e aságuas se dividiram. O Presidente Hin-ckley espelhou essa mesma é quando

“O convite do Presidente

Hinckley ajuda aqueles que

contribuem com o FPE bem

como aqueles que [o usam

para] melhorar individual-

mente, para achegar-se

mais ao nosso Salvador.”–Élder John K. Carmack 

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A  :   B   R   I   A   N   W   I   L   C   O   X

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conseguiram se empregar. Cerca de78 por cento dos que estão emprega-dos dizem que seu emprego atual émelhor do que o que tinham antes determinar os estudos. A renda médiadepois dos estudos, para os parti-cipantes do FPE, é de três a quatro

 vezes maior do que o que recebiamantes de estudar, o que representauma grande melhora na sua situaçãoeconômica.

Família e Comunidade “Eles se casarão e seguirão seu

caminho, detentores de habilidadesque lhes permitirão ganhar bem eassumir sua posição na sociedade,onde poderão azer uma contribuiçãosignicativa”, disse ainda o PresidenteHinckley.3 Mais de um terço dos atuaisparticipantes do FPE estão casados.

O Élder John K. Carmack, diretorexecutivo do FPE, diz: “Um dos resul-tados mais atraentes do FPE até agoraé que estamos vendo os jovens rece-

berem mais esperança. E essa espe-rança dá-lhes incentivo para casar-se eprosseguir com sua vida”.

 Ao azerem isso, sua amília emcrescimento ansiará por um uturomelhor.

Igreja e Liderança “Como membros éis da Igreja,

pagarão seus dízimos e oertas, e aIgreja se tornará muito mais ortedevido à presença deles na área onde

residirem”, prometeu o PresidenteHinckley.4

Em algumas áreas onde o FPE estáativo há vários anos, cerca de dez aquinze por cento dos atuais líderes daIgreja são participantes do FPE.

“Os participantes incentivam outros jovens a usar o empréstimo do FPE esair denitivamente da pobreza”, disseRex Allen. “Depois de dez anos, o que

 vemos é o círculo de esperança se

expandir, à medida que os que oramabençoados compartilham suas bên-çãos com outros”.

Efeitos na Vida de Muitos“[O FPE] irá tornar-se uma bênção

na vida que tocar — para rapazes emoças, para amília e para a Igreja,que será abençoada com o ortaleci-mento de sua liderança local”, prome-teu o Presidente Hinckley.5

Mais de 47.000 pessoas já participa-ram do FPE desde o segundo semestrede 2001. Isso, sem contar os amiliaresque recebem apoio e são inspiradospor membros da amília que parti-cipam do FPE, as alas e ramos quese beneciam com os membros quetêm maior capacidade de servir e decontribuir, e a economia local, quenecessita de trabalhadores capacitadospara crescer.

“Imagine o impacto geral, ao levarem conta todos os infuenciados”,disse o irmão Allen. “Isso se estende

àqueles que azem doações para oFPE — doadores, sua amília, sua alae seu ramo — todos são abençoadospor suas contribuições.”

“Está ao alcance de quase todos ossantos dos últimos dias a capacidadede doar algo periodicamente para esseundo e para outros empreendimentosdignos”, disse o Élder Carmack. “Oconvite do Presidente Hinckley ajudaaqueles que contribuem com o FPEbem como aqueles que [o usam para]

melhorar individualmente, para ache-gar-se mais ao nosso Salvador.

Crescimento Contínuo A visão proética do Presidente

Hinckley do Fundo Perpétuo de Edu-cação tem-se concretizado à medidaque a infuência desse programainspirado continua a espalhar-se nomundo todo; e continuará a concre-tizar-se em estatísticas crescentes,

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gens da revista, esta é a sua chance. Arevista está procurando por membrosno mundo todo que estejam dispostosa azer comentários e a participar dealgumas pesquisas simples on-line ao

longo do ano. Se você deseja partici-par, escreva um e-mail para [email protected] ou [email protected] e coloque “Magazine Evaluation”no campo Assunto. Os voluntáriosdevem ter acesso à Internet e sercapazes de comunicar-se em inglês,português ou espanhol. Seu comentá-rio ajudará a revista a atender melhorà necessidade dos leitores ao redor domundo. ◼

conorme as doações continuem eos empréstimos sejam reembolsados,permitindo que uma nova geração departicipantes apereiçoe a si mesma ea sua situação.

Para saber mais sobre o Fundo Per-pétuo de Educação, visite o site pe.LDS.org. ◼NOTAS

1. Ver Gordon B. Hinckley, “A Igreja Segueem Frente”, A Liahona, julho de 2002, p. 4; Ensign, maio de 2002, p. 6.

2. Gordon B. Hinckley, A Liahona, julho de2002, p. 4; Ensign, maio de 2002, p. 6.

3. Gordon B. Hinckley, “O Fundo Perpétuopara Educação”, A Liahona, julho de 2001,p. 60; Ensign, maio de 2001, p. 52.

4. Gordon B. Hinckley, “Fundo Perpétuo paraEducação”, A Liahona, julho de 2001, p. 60; Ensign, maio de 2001, p. 52.

5. Gordon B. Hinckley, A Liahona, julho de2001, p. 60; Ensign, maio de 2001, p. 52.

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Projeto Arquitetônico do Templo de Roma Itália.

“Todo templo é uma casa de Deus, cumprindo as mesmas unções e com as mesmas bênçãos e ordenanças”,

disse o Presidente Thomas S. Monson na sessão da manhã de domingo. O Templo de Roma Itália, em especial,

está sendo construído em um dos lugares mais históricos do mundo, uma cidade onde os antigos 

 Apóstolos Pedro e Paulo pregaram o evangelho de Cristo e oram martirizados. Dia virá em que os féis daquela

Cidade Eterna receberão as ordenanças de natureza eterna em uma casa santifcada de Deus.

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8/6/2019 Liahona-Maio 2011

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“Quero compartilhar com vocês 

meu amor pelo Salvador e por Seu

grande sacriício expiatório por nós