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A participação eleitoral nas Eleições
Autárquicas em Portugal
Daniela Monteiro1 & Patrício Costa1,2,3
1. FPCE-UP2. ICVS, Escola de Ciências da Saúde - UM
3. ICVS/3B’s Laboratório Associado UM
Estudo do perfil dos eleitores abstencionistas
nas sondagens pré-eleitorais
2
Introdução
INVESTIGAÇÃO DO COMPORTAMENTO ELEITORALNiemi e Weisberg (2001) identificam seis grandes controvérsias que marcam a investigação do comportamento eleitoral: 1# a constante diminuição da participação dos eleitores nas votações
A participação depende de fatores particulares [políticos e económicos] de cada eleição ou é uma consequência de um sentido de dever, das pertenças sociais ou da ligação a um partido?
2
3
introdução
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 20200.0%
10.0%
20.0%
30.0%
40.0%
50.0%
60.0%
70.0%
Eleições Legislativas Linear (Eleições Legislativas)Eleições Autárquicas Linear (Eleições Autárquicas)
Fonte: DGAI/MAI
4
INTRODUÇÃO 19
76
1979
1982
1985
1989
1993
1997
2001
2005
2009
2013
0.0%
10.0%
20.0%
30.0%
40.0%
50.0%47,4%
Abstenção nas eleições autárquicas
Fonte: DGAI/MAI
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ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013
Fonte: ERC
introduçãoAbstenção nas eleições autárquicas 2013
6
Introdução
OS CIDADÃOS NÃO VOTAM…
… por causa do timming das eleições?
… por causa das campanhas ?
… por causa dos candidatos?
6
7
Introdução
COMPORTAMENTO ELEITORALPaul Lazarsfeld - 1944 – “The People's Choice”: 80% dos eleitores decidem o seu sentido de voto antes de se iniciar a campanha eleitoral; a um ano das eleições, poucos alteram o seu sentido de voto
As linhas de investigação mais recentes demonstram que as campanhas influenciam o comportamento de voto e realçam os processos de personalização política (Hillygus & Shields, 2008; Plasser, 2000)
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8
Introdução
8
0202
012
0322
012
0232
012
0222
012
0292
012
0132
012
0272
012
0332
012
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013
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013
0062
013
0072
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013
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0292
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0302
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0452
013
Set-12
Out-12 Nov-12
Jan-13 Fev-13 Mar-13 Abr-13 Mai-13 Jun-13 Jul-13 Ago-13 Set-13
0.0%
10.0%
20.0%
30.0%
40.0%
50.0%
60.0%
70.0%
% Abstenção Autárquicas 2013 % Abstenção Sondagem
ABSTENÇÃO REAL VS. SONDAGENS PRÉ-ELEITORAIS
44,6%
22,4%
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Introdução
9
Avali
ação
do
traba
lho
do E
MPr
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idad
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Com
porta
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ação
Sexo
DIVERSOS MODELOS, FOCO EM DIFERENTES VARIÁVEIS
Idad
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per
ante
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abalh
o
10
METODOLOGIA
PROCEDIMENTO38 sondagens pré-eleitorais
Entrevistas via telefone
CATI
Método Troldahl-Carter-Bryant
Setembro de 2012 a Setembro de 2013
10
11
METODOLOGIA
INSTRUMENTO Avaliação do trabalho da C.M. e comparação com os concelhos vizinhos
Proximidade Partidária (Party Closeness Scale, Barnes, Jennings, Inglehart, & Farah, 1988 - Alternative (1996) version)
Voto anterior
Caraterização da amostra – sexo, idade, escolaridade, posição perante o trabalho
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METODOLOGIA
PARTICIPANTES 24 concelhos portugueses
Amostra o mais próxima possível de aleatória, estratificada proporcionalmente em função do número de eleitores em cada freguesia
Amostras entre 385 e 1200 entrevistas
20.827 participantes12
13
Modelo de Regressão Logística
RESULTADOS
Dias decorridos entre a entrevista e as eleições
B1
13
IdadeSexo
EscolaridadePosição perante o trabalho
B2
Nagelkerke R2=0,000
Nagelkerke R2=0,007
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LocalizaçãoCandidaturas Independentes
Comparação com os concelhos vizinhos
Avaliação do trabalho da C.M.
Modelo de Regressão Logística
RESULTADOS
B3
Proximidade PartidáriaVoto anterior
B5
B4
Nagelkerke R2=0,157
Nagelkerke R2=0,014
Nagelkerke R2=0,117
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Modelo de Regressão Logística
RESULTADOS
95% C.I.for EXP(B)Variável B S.E. Wald Exp(B) Lower UpperTempo decorrido ,00 ,00 1,37 1,00 1,00 1,00
Idade ,01 ,00 4,64* 1,01 1,00 1,01
Escolaridade ,08 ,02 20,15*** 1,09 1,05 1,13
Sexo [Masculino] -,11 ,05 4,47* ,89 ,80 ,99
Posição perante o trabalho [Ativo] -,58 ,18 10,98** ,56 ,40 ,79
Avaliação do trabalho CM -,42 ,07 39,91*** ,66 ,58 ,75
Comparação com os concelhos vizinhos ,04 ,06 ,47 1,05 ,92 1,19
Proximidade partidária [Próximos] -,66 ,10 45,32*** ,52 ,43 ,63
Voto anterior [Abstenção] 1,59 ,07 554,03*** 4,92 4,31 5,62
Candidatura Independente ,86 ,05 251,09*** 2,37 2,13 2,64
Localização [Litoral] ,14 ,12 1,45 1,15 ,92 1,44
16
CONCLUSÃO
16
O puzzle da participação eleitoral (Brody, 1978): participação eleitoral depende dos recursos dos sujeitos aumento desses indicadores não se traduz num aumento da participação
Hansen (2001): modelo centrado na capacidade de mobilização do sistema político – foco nos partidos, campanhas e movimentos sociais
Magalhães (2005): eleitores portugueses reconhecem a legitimidade do sistema democrático, mas manifestam insatisfação com o seu funcionamento
Costa & Otero (2012): eleitores como decisores ativos, conscientes dos processos políticos atuais