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Preço: 1cênt. Director: Luís Pimenta www.oje.pt O ANTIGO presidente da África do Sul e Nobel da Paz, Nelson Mandela, é ajudado pela sua neta, Ndileka Mandela, enquanto vota nas eleições para o governo local, em Joanesburgo. Mandela votou em casa devido ao seu estado de saúde. Foto EPA/Elmond Jiyane ÁFRICA DO SUL: Mandela vota nas eleições autárquicas SUPLEMENTO OJE mais responsável Número 1119 • Terça-feira, 17 de Maio de 2011 O JORNAL ECONÓMICO PUB OS MINISTROS das Finanças europeus chegaram ontem, em Bruxelas, a acor- do sobre o programa de assistência financeira a Portugal de 78 mil milhões de euros. Os responsáveis chegaram a um “acordo político” numa reunião extraordinária do Eurogrupo (17 países) alargada aos responsáveis da União Europeia (mais 10 para um total de 27). O Eurogrupo formalizou, já durante a noite, a parte do empréstimo corres- pondente ao Fundo Europeu de Esta- bilização Financeira (FEEF) enquanto os ministros da União Europeia irão hoje dar o seu acordo definitivo à parte cor- respondente do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF). A assistência financeira a Portugal vai ser repartida em partes iguais de 26 mil milhões de euros pelo FEEF, MEEF e Fundo Monetário Internacional (FMI), o que dá um total de 78 mil milhões. O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, já se tinha mani- festado, à entrada para a reunião, “con- fiante” na aprovação da assistência Financeira a Portugal, apontando que os problemas que havia já foram resolvidos. A questão mais difícil de resolver foi ultrapassada na semana passada depois de ter sido afastada a ameaça de a Finlândia se opor à decisão. Para receber a assistência financeira, Portugal comprometeu-se a realizar um programa de três anos, de Junho de 2011 até meados de 2014, que inclui reformas estruturais para assegurar um aumento do potencial de cresci- mento da economia, a criação de empregos e a melhoria da competitivi- dade. VER PÁG 10 UE de acordo na ajuda a Portugal RESGATE COTAÇÃO VARIAÇÃO PSI 20 7741,96 -0,32% FTSE 100 5923,69 -0,04% DAX 7387,54 -0,21% €/$ 1,4207 +0,65% €/£ 0,8752 +0,51% Brent 113 -0,73% MERCADOS Sonae compra em Espanha Pág. 3 Petrobras bate expectativas Pág. 6 Strauss-Kahn fica detido Pág. 10 Inflação sobe na Zona Euro Pág. 11 Como melhorar máquina fiscal Págs. centrais Cotações em tempo real em: www.oje.pt PUB RSA RAPOSO SUBTIL E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL www.rsa-advogados.pt Aquisição de Direitos Fundiários em Angola – Fundamental conhecer os passos, os riscos e as oportunidades. ANGOLA BRASIL PUB Estamos presentes em mais uma plataforma OJE EM VERSÃO IPAD DEPOIS do iPhone e An- droid, chega agora a vez do iPad: o jornal OJE, diá- rio de economia com ma- ior circulação em Por- tugal, está a partir de agora disponível no ta- blet da Apple, com uma aplicação que pode ser descarregada gratuita- mente na Apple Store. Os conteúdos retomam a nossa filosofia de infor- mação, respondendo às necessidades de quem quer e precisa de estar ao corrente de tudo o que mais importante se passa no meio económico. As notícias surgem, porém, com uma apresentação exclusiva para este supor- te, proporcionando uma visualização mais agra- dável e optimizando to- das as possibilidades des- te tablet. A página inicial é, aliás, paradigmática disso mesmo, já que os temas surgem como “thumbnails” e não co- mo mera lista. Em suma, não nos limitámos a transpor a Internet para um tablet. Construímos algo de novo.

a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

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Preço: 1cênt. • Director: Luís Pimenta

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O ANTIGO presidente da África do Sul e Nobel da Paz, Nelson Mandela, é ajudado pela sua neta,Ndileka Mandela, enquanto vota nas eleições para o governo local, em Joanesburgo. Mandelavotou em casa devido ao seu estado de saúde. Foto EPA/Elmond Jiyane

ÁFRICA DO SUL: Mandela vota nas eleições autárquicas

SUPLEMENTOOJE mais

responsável

Número 1119 • Terça-feira, 17 de Maio de 2011 O JORNAL ECONÓMICO

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OS MINISTROS das Finanças europeuschegaram ontem, em Bruxelas, a acor-do sobre o programa de assistênciafinanceira a Portugal de 78 mil milhõesde euros. Os responsáveis chegaram aum “acordo político” numa reuniãoextraordinária do Eurogrupo (17 países)alargada aos responsáveis da UniãoEuropeia (mais 10 para um total de 27).

O Eurogrupo formalizou, já durantea noite, a parte do empréstimo corres-pondente ao Fundo Europeu de Esta-bilização Financeira (FEEF) enquanto osministros da União Europeia irão hojedar o seu acordo definitivo à parte cor-respondente do Mecanismo Europeu deEstabilização Financeira (MEEF).

A assistência financeira a Portugalvai ser repartida em partes iguais de 26mil milhões de euros pelo FEEF, MEEF e

Fundo Monetário Internacional (FMI), oque dá um total de 78 mil milhões.

O ministro das Finanças, FernandoTeixeira dos Santos, já se tinha mani-festado, à entrada para a reunião, “con-fiante” na aprovação da assistênciaFinanceira a Portugal, apontando queos problemas que havia já foramresolvidos.

A questão mais difícil de resolver foiultrapassada na semana passada depoisde ter sido afastada a ameaça de aFinlândia se opor à decisão.

Para receber a assistência financeira,Portugal comprometeu-se a realizarum programa de três anos, de Junho de2011 até meados de 2014, que incluireformas estruturais para assegurarum aumento do potencial de cresci-mento da economia, a criação deempregos e a melhoria da competitivi-dade. VER PÁG 10

UE de acordona ajudaa Portugal

RESGATE

CCOOTTAAÇÇÃÃOO VVAARRIIAAÇÇÃÃOO

PSI 20 7741,96 -0,32%

FTSE 100 5923,69 -0,04%

DAX 7387,54 -0,21%

€/$ 1,4207 +0,65%

€/£ 0,8752 +0,51%

Brent 113 -0,73%

MERCADOS

Sonae compraem EspanhaPág. 3

Petrobras bateexpectativasPág. 6

Strauss-Kahnfica detidoPág. 10

Inflação sobena Zona EuroPág. 11

Como melhorarmáquina fiscalPágs. centrais

Cotações em tempo real em:www.oje.pt

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2 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

TTeevvaa aaddqquuiirree 5577%% ddaa TTaaiiyyooA Teva Pharmaceutical, maior fabri-cante mundial de medicamentos ge-néricos, acordou a compra de umaparticipação de 57% na Taiyo Phar-maceutical Industry. A aquisição de460 milhões de dólares (326 milhõesde euros) valoriza a Taiyo, terceiramaior farmacêutica de genéricos ja-ponesa, em 1,3 mil milhões de dóla-res (921,3 milhões de euros).

RRIIMM rreeccoollhhee mmiill PPllaayyBBooookkA Research in Motion (RIM) vai pro-

ceder à recolha de cerca de mil uni-dades do seu computador tabletPlayBook, as quais apresentam umafalha na compilação do sistema ope-rativo, informou o blog de tecnolo-gia Engadget. Em nota remetida aosite crackberry.com, a RIM defendeuque a maioria dos aparelhos afecta-dos estava em estágio de distribuiçãoe ainda não tinha chegado aos con-sumidores.

EEssppaannhhaa aattrraaii ttuurriissttaass nnaass rreeddeess ssoocciiaaiissEspanha vai contar com três novosprodutos turísticos promocionaisnas redes sociais e nas plataformasmóveis, medidas englobadas no pla-

no de promoção do turismo espa-nhol na Internet. Está prevista acriação de um novo canal no You-Tube e de uma aplicação para iPad,no âmbito de um investimento de 8milhões de euros.

EEUUAA aattiinnggeemm lliimmiittee ddee eennddiivviiddaammeennttooOs EUA chegaram ao limite legal de14,29 milhões de milhões de dólares(10,12 milhões de milhões de euros)de endividamento, adoptando medi-das de emergência. Em concreto,Washington vai suspender os inves-timentos em dois fundos de pensõesque não sejam necessários para pa-gar aos beneficiários.

www.eleconomista.es

www.cincodias.com

www.folha.com

www.bloomberg.com

OS SITES ÀS 20H00 DE ONTEM

www.oje.ptwww.oje.pt

Logi

n

O PROGRAMA “Anjos da Guarda para uma vida mais inteligente”, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, tem como objectivo a cria-ção de aparelhos de energia eficientes e capazes de ajudar os humanos nas áreas da saúde e protecção ambiental. Os cientistas pre-tendem também ajudar a comunicar as pessoas que perderam a fala. Foto EPA/Laurent Gillieron

SUÍÇA: Cientistas tentam desenvolver dispositivos energéticos eficientes

NOTA

AGORA EM IPAD

NUM ESFORÇO contínuo de me-lhoria e de crescimento da pre-sença junto dos leitores, o jornalOJE arranca agora com a apli-cação para iPad, numa sequêncialógica da iniciativa que nos levoua estar já, com um sucesso quenos honra, nas plataformas mó-veis Android e iPhone. “Radar”matinal, como a nós se referiurecentemente um conhecidoempresário português, o OJEcaminha cada vez mais para seruma presença ao longo de todasas horas, acompanhando assim oritmo cada vez mais exigente dainformação económica. [LP]

TENHO DITO

“AjudandoPortugal protege--se a retomaeconómica na Alemanha e as poupançasdos alemães”

Olli Rehn, comissário europeu dos assuntos financeiros, in Die Welt

O NÚMERO

Lisboa

INERecenseamento agrícola, resultados definitivos de 2009.

MOR ONLINE A empresa apresenta a primeiraplataforma electrónica criada noPaís, integrada no Mercado Orga-nizado de Resíduos, para transac-cionar vários tipos de resíduos: in-dustriais, urbanos, de construção e demolição e outros fluxos.

Argel, Argélia

SIFTECH 201112.º Salão Siftech: As novas tecnologias no Norte de África, por um futuro digital partilhado(decorre até dia 19 de Maio).

Bruxelas, Bélgica

COMISSÃO EUROPEIA/EPECFórum sobre o sector privado – emis-são de dívida (eurobond) para o finan-ciamento de projectos. Conferênciano âmbito das parcerias com sectorprivado, iniciativa da Direcção Geraldos Assuntos Económicos eFinanceiros da Comissão Europeia,com o European PPP ExpertiseCentre, em cooperação com o Comité Económico e Social.

ECOFINReunião dos ministros das Finançasda União Europeia. O pacote de ajudaexterna a Portugal domina a agendada reunião. A sucessão de Jean-ClaudeTrichet na presidência do BCE dominao encontro anual dos governadoresdos bancos centrais da Zona Euro.

UEConselho de ministros da Agricultura e das Pescas.

Frankfurt, Alemanha

BCESituação financeira consolidada do sistema euro.

Madrid, Espanha

ECONOMIA ESPANHOLAO Tesouro Público realiza um leilãode letras a 12 e a 18 meses.

Washington, EUA

ECONOMIA NORTE-AMERICANAProdução industrial e capacidade de utilização.

Pergunta da semana

SONDAGEM ONLINE

Sim65%

Não35%

À QUESTÃO ““AAccrreeddiittaa nnaa nnee--cceessssiiddaaddee ddee ssuubbiiddaa ddoo IIVVAAaaccttuuaallmmeennttee nnooss 2233%%??””,65% dos leitores do OJE onli-ne responderam “não”.

O memorando de enten-dimento entre o Governoportuguês e a troika, queenquadra o pedido de assis-tência financeira de 78 milmilhões de euros, engloba amanutenção dos aumentosdo IVA, IRS e IRC previstosno OE/2011 até final de

2013, com revisão em 2011da lista de bens e serviçossujeitos a IVA reduzido.

Veja a sondagem completa em www.oje.pt

Saiba mais em www.oje.pt

TOP 10: As mais lidas• EDP vende “até 14%” no Brasil

• Portuguesa TemaHome cresce 22% nos EUA

• Somague ganha menos 33,3% até Março

• Nova lei penaliza investimento estrangeiro abaixo de um milhão

• Director do FMI acusado formalmente em tribunal

• Euro em queda na Ásia depois da detenção do director do FMI

• Cisco formaliza construção da cidade inteligente em Paredes no valor de 10 mil milhões

• Portugal leva acordos sobre dupla tributação à Cimeira da CPLP

• Charutos começam cá…

• Vamo-nos ver gregos

1.241 1.261

1/Abr 16/Mai

Título do dia: BPI

O BPI valorizou 1,45%, para1,261 euros, no último dia emque as acções conferiam o direi-to a participar no aumento decapital por incorporação de re-servas, de 90 milhões de euros.

Informação financeira ao minuto em www.oje.pt

Portugal vai conseguir cumprir as condiçõesdo empréstimo de 78 milhões de euros atémeados de 2014, como se comprometeu?

A inflação anual na Zona Euro subiupara 2,8% em Abril deste ano, face aos2,7% registados em Março, e contras-tando com os 1,6% no mesmo períodoem 2010, de acordo com o Eurostat.

2,8%

Publicado em todos os dias úteisPROPRIEDADE Megafin SociedadeEditora S.A. – Registo na ERCS Nº 223731 – Nº de Depósito Legal:245365/06SEDE Atrium Saldanha, Prç. Dq. de Saldanha,nº1, 3º andar, fracção F, 1050-094 LisboaTel.: 217 922 070 Fax: 217 922 099Email: [email protected]

DIRECTOR Luís PimentaEDITORA EXECUTIVA Helena RuaREDACÇÃO Ana Santos Gomes(colaboradora), Armanda Alexandre,Almerinda Romeira, Catarina Costa(revisão), Inês Andrade, IsabelCabral, Mafalda Simões Monteiro,Pedro Assis Conceição, Pedro Castro, Sandra Martins Pereira(colaboradora) e Vítor Norinha

ARTE Carlos Hipólito; Marta SimõesFOTOGRAFIAVictor MachadoÁREA COMERCIALDIRECTOR João Pereira 217 922 088 – [email protected] DE CONTASAlexandra Pinto – 217 922 096Isabel Silva – 217 922 094

André Domingues – 217 922 073Miguel Dinis – 217 922 090PROJECTOS ESPECIAISPaulo Corrêa de Oliveira217 922 097DIRECTOR DE CIRCULAÇÃOJorge Tavares d’Almeida217 922 092 – [email protected]ÇÃOJoão Baptista, Rafael Leitão

ÁREA FINANCEIRAFlorbela Rodrigues

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOJoão Lino de Castro (Presidente),GRISA – Gestão Imobiliária e Industrial S.A., Pedro Morais Leitão e Guilherme Borba – [email protected]

IMPRESSÃOSOGAPAL – Soc. Gráfica da Paiã, S.A.TIRAGEM 22 000

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NEGÓCIOS 3TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

A SONAE SR, unidade de retalho es-pecializado do grupo liderado porPaulo Azevedo, anunciou ontem umprincípio de acordo para a transfe-rência da operação de oito lojas PCCity em Espanha.

“A Sonae está confiante que con-cluirá o acordo a mais breve trecho,sendo que este será gerador de valorpara todos os ‘stakeholders’, particu-larmente para os colaboradores quemantêm os seus postos de trabalho”,declarou a propósito o CEO da SonaeSR, prevendo que, no prazo de ummês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresceque a transacção visa reforçar a pre-sença da marca Worten, especializa-da em electrodomésticos e electróni-ca de consumo, em Espanha, prosse-guindo a estratégia de crescimentoem capital light, acrescentou a Sonaeem comunicado.

Segundo Miguel Mota Freitas, “aoperação substitui uma parte do pla-no de expansão orgânica previsto pa-ra o mercado espanhol, com vanta-

gem ao nível do investimento e davelocidade na concretização”. O res-ponsável salienta ainda que a inte-gração das lojas PC City se assumecomo “mais um passo no cumpri-mento da estratégia de internacio-nalização em Espanha, mercado queé já fundamental no desenvolvimen-to das actividades da Sonae em Es-panha”. Em concreto, os oito espaçoscomerciais abrangidos localizam-seem Palma de Maiorca, Pamplona,dois em Barcelona, três em Madrid eum em Tenerife.

Sublinhe-se que a Sonae está pre-sente no retalho especializado em Es-panha através das insígnias Worten,Zippy (roupa para bebé e criança) eSportZone (material e roupa despor-tiva), na gestão de centros comerciaiscom a Sonae Sierra, na área de soft-ware e sistemas de informação com aWeDo e a Mainroad e na área de cor-retagem de seguros com a MDS. Nototal, a multinacional portuguesaemprega mais de 3100 colaboradoresno mercado espanhol, reforçandoagora o seu quadro de funcionárioscom mais 350 pessoas.

Sonae adquire8 lojas PC Cityem Espanha

RETALHO

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MARK Leckey apresenta a sua primeira exposição individual na Serpentine Gallery, emLondres. O artista aborda temas do desejo humano e da transformação em esculturas,som e filme. A exposição encerra a 26 de Junho. Foto EPA/Mark Leckey

LONDRES: Primeira exposição de Mark Leckey

www.oje.pt

Pedro Baltazarpode chegar aos5% na Inapa

A NOVA Expressão SGPS, lideradapor Pedro Baltazar, tomou uma po-sição de referência de 2% na InapaIPG, uma companhia que é detidamaioritariamente pela holding doEstado, a Parpública.

Em nota enviada à entidade de su-pervisão, a empresa admite um in-vestimento adicional no médio pra-zo, que lhe poderá permitir chegaraos 5% do capital da empresa.

Pedro Baltazar – que através damesma holding chegou a ser o ac-cionista principal da Sporting SAD –está apostado em “criar valor no queé português. A Inapa é um exemploperfeito de uma empresa nacionalforte com uma estratégia de cresci-mento coesa e bem definida”, afir-ma.

Os primeiros investimentos naInapa IPG aconteceram há quatroanos e tiveram como “drive” o factode a empresa apostar forte no merca-do externo, sendo que mais de 90%da distribuição de papel (a sua activi-dade “core”) é feita nos mercadoseuropeus consolidados.

O accionista Estado tem mantidoesta empresa na lista das privati-záveis. A Nova Expressão, por seu la-do, é accionista da maior agênciaportuguesa de meios em 2010, e temainda participações na Powermedia,na Richdun (detém a Dunhill) eainda no grupo ASK.

MERCADOS▲

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A VALNOR, empresa que se dedica aotratamento e valorização de resíduosurbanos, vai investir três milhões deeuros na construção de uma centralde preparação de combustíveisderivados de resíduos.

“Com este projecto em marcha,nós vamos produzir entre 25 e 30 miltoneladas anuais de combustívelalternativo”, disse à agência LusaPinto Rodrigues, administrador-dele-gado da VALNOR. De acordo com oresponsável, a obra deverá estar con-cluída em Outubro e vai permitir acriação de cinco postos de trabalho.

O equipamento que a VALNOR vaiexplorar será o primeiro no País autilizar resíduos sólidos urbanoscomo matéria-prima. Nesta primeirafase, a produção será destinada acimenteiras e papeleiras. Segundo oadministrador Pinto Rodrigues, avenda durante os próximos “dezanos está assegurada”.

NEGÓCIOS 4 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

A ESTRADAS de Portugal (EP) vaientregar ao Estado 10 milhões deeuros em dividendos e 41 milhões deeuros a título de IRC, depois de regis-tar um resultado líquido de 102 mi-lhões de euros em 2010, avançou aempresa, citada pela Lusa.

A Estradas de Portugal realizouontem a sua assembleia geral, queaprovou o relatório e contas do anopassado.

O lucro cresceu 8% em termoshomólogos e a distribuição de divi-dendos ocorreu pela primeira vez.

A empresa tem vindo a fazer oenfoque, desde 2007, na optimizaçãoda estrutura empresarial, o que lhepermitiu reduzir os custos opera-cionais quer ao nível de colabo-radores quer ao nível da frota.

O administrador Rui Dinis disse,na semana passada, citado pelamesma fonte, que a companhia temuma dívida de 1990 milhões deeuros.

Frisou: “É uma dívida acumuladadestes anos todos em que, comoqualquer empresa com este nível deinvestimentos, tem de ter para poderdesenvolver as suas actividades.”

Estradas de Portugalentrega 10 milhões

DIVIDENDOS

O GRUPO Azkoyen fechou o primei-ro trimestre de 2011 com lucro líqui-do de 508 mil euros, uma subida de126,1% face ao mesmo período de2010, refere em comunicado.

Nos primeiros três meses desteano, a empresa teve um EBITDA de3,79 milhões de euros, mais 92,4%que no mesmo período do ano tran-sacto. Já o volume de negócios desceu15,6%, para 31,12 milhões de euros.

Em termos de áreas de negócio,assinalou uma queda de 9% nas ven-das nas máquinas de tabaco, ainda

que, acrescenta a Azkoyen, a possibi-lidade de instalar estas máquinas emalgumas lojas “permitirá uma clararecuperação das vendas em 2011”.

O volume de negócio dos sistemaselectrónicos de segurança caiu 0,9%no período, embora o clima “positi-vo” na economia alemã, principalmercado para este segmento, “façacom que as expectativas de melhoriaa curto prazo sejam significativas”.

Nos meios de pagamento electróni-co, as vendas aumentaram 12% faceao homólogo, já que se deu uma “mu-dança no comportamento dos merca-dos” onde tem maior “participação”.

Azkoyen lucra 126,1% no 1.o trimestre de 2011

MÁQUINAS DE DISTRIBUIÇÃO

Lucro da PGE cresce 38%A maior concessionária de energia daPolónia comunicou um crescimento dolucro líquido de 38%, para 1,24 mil mi-lhões de zloty (320 milhões de euros),avança a Bloomberg. Há um ano, a PGEtinha lucrado apenas 899,1 milhões dezloty (228,7 milhões de euros). As con-tas do primeiro trimestre beneficiaramda subida de vendas e da maior con-tribuição das subsidiárias.

ASAE inspecciona 3000Três mil operações de fiscalizaçãoforam levadas a cabo pelos inspectoresda Autoridade de Segurança Alimentare Económica nos primeiros quatromeses deste ano, das quais metadepara controlo da segurança alimentar,informou fonte da ASAE à Lusa. A taxade incumprimento diminuiu de 29,05%,no ano passado, para 27,86% até Abril.

MonteAdriano vence projectoA MonteAdriano Engenharia eConstrução ganhou uma empreitada novalor de cerca de 91 milhões de eurosna Roménia, que corresponde à cons-trução de um troço de auto-estradaentre as cidades de Nadlac e Pecica.

BCP converte dívida perpétuaO Millennium bcp conseguiu convertera quase totalidade da dívida perpétuaem capital do banco. A operação con-cluída ontem na Euronext Lisbon per-mitirá ao banco que dos mil milhões deeuros de dívida perpétua, cerca de990,147 milhões de euros sejam con-vertidos em capital. Pelas condições da oferta, osaccionistas vão ser ainda chamados aentrar com 260 milhões de euros emdinheiro “fresco”. O core capital atin-girá 9% e o banco espera chegar a10% em meados de 2012.

BREVES

Mota/Engil e Soares da Costainiciam ponte em Moçambique

A PRODUÇÃO na fábrica da Mitsu-bishi no Tramagal iniciou ontemuma suspensão de duas semanas de-vido ao atraso de entrega de compo-nentes japoneses decorrente do sis-mo ocorrido em Março naquele país.

A fábrica, única na Europa a pro-duzir o modelo Canter, exportando-opara 32 países do continente e aindapara Israel, vê-se obrigada a sus-pender a produção, tendo a sua ad-ministração informado os trabalha-dores da empresa que a paragem deprodução decorrerá entre os dias 16e 27 de Maio.

Jorge Rosa, administrador da fábri-ca da Mitsubishi Fuso Truck Europe(MFTE), disse que o sismo ocorridono Japão teve como consequência di-recta o “atraso na chegada de compo-nentes e consequente rearranjo doplaneamento da produção”.

Durante este período, os trabalha-dores vão gozar “férias parciais”, du-rante uma das duas semanas de pa-ragem, estando também prevista arecuperação do atraso de produçãoatravés do regime de trabalho suple-mentar, no âmbito do acordo parabolsa de horas em vigor para 2011.

José Madeira, do Sindicato das In-dústrias Transformadoras, Energia eAmbiente, afirmou que os trabalha-dores estão “tranquilos”, não te-mendo eventuais despedimentos, re-ferindo que a situação é “pontual”.

MitusibishiTramagal páraduas semanas

INDÚSTRIA AUTOMÓVEL

A AGÊNCIA de notação financeiraMoody’s reviu em baixa as obriga-ções hipotecárias da Caixa Geral deDepósitos (CGD) para A1, anunciou aempresa em comunicado.

Este tipo de obrigações do bancopúblico português desce assim deAa3 para A1, e continua sob perspec-tiva negativa.

A agência Moody’s refere tambémno comunicado que a vigilância ne-gativa reflecte a análise em curso pa-ra possível revisão em baixa do ra-ting de longo prazo da Caixa Geral deDepósitos, bem como a revisão parapossível descida do rating soberano.

A Moody’s destaca ainda que, mes-mo que se confirmem os ratings delongo prazo e das obrigações sobera-nas, o programa exigirá uma sobregarantia exigente, antes de ser con-firmado o rating A1 da entidade ban-cária nacional.

Moody’s baixaobrigações daCGD para A1

RATING

VALNOR investeem combustívelalternativo

AMBIENTE

O FESTIVAL “Afrika Burn”, um dos eventos mais alternativos do mundo, decorreu no Parque Nacional de Tankwa Karoo, na África doSul. Os participantes têm como objectivo conseguir uma longa semana de nirvana. No “Afrika Burn” há total liberdade de expressãoartística, mas todos têm de cooperar nas actividades: dos espectáculos à alimentação. Foto EPA Kim Ludbrook

ÁFRICA DO SUL: Festival “Afrika Burn” apela à criatividade

A CONSTRUÇÃO da segunda maiorponte sobre o rio Zambeze, noCentro de Moçambique, arranca emAgosto próximo e vai durar 42 me-ses, disse o director da empresaresponsável pela obras, Estradas doZambeze, Jorge Valério.

A ponte está orçada em 105 mi-lhões de euros e será construída peloconsórcio português Mota/Engil eSoares da Costa, que, com um grupode investidores moçambicanos, inte-gram a Estradas do Zambeze.

Citado pelo diário “Notícias deMaputo”, Valério afirmou que os tra-balhos de sondagem do subsolo ondevai ser erguida a infra-estrutura jáforam concluídos e decorrem agoraas operações de delineamento, colo-cação de marcos e construção dorespectivo estaleiro.

A nova ponte será construída acinco quilómetros a jusante da PonteSamora Machel, que dá acesso à ci-dade de Tete. A estrutura vai ligar acidade e o distrito de Moatize, quecontém uma das maiores reservas decarvão do mundo.

“A ponte Samora Machel revela-secada vez mais incapaz de satisfazeras actuais necessidades do tráfego,que usa aquele empreendimentopara a travessia do rio Zambeze, umasituação que vai prevalecer mesmoapós a sua reabilitação”, frisou odirector da Estradas do Zambeze.

Aquela que é a maior ponte sobreo rio Zambeze, baptizada ArmandoEmílio Guebuza, actual chefe deEstado moçambicano, foi inaugura-da em Agosto de 2009 e tem umtotal de 2,5 quilómetros de compri-mento.

INTERNACIONALIZAÇÃO

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NEGÓCIOS 5TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

A APAVT (Associação Portuguesa dasAgências de Viagem e Turismo) de-fendeu ontem a privatização da TAP,alegando que só esta operação podepermitir “a necessária recapitaliza-ção” da companhia aérea.

“A oportunidade da sua concretiza-ção [da privatização] só peca por tardia”,refere a APVT em comunicado, ressal-vando que o processo de privatizaçãoseja “pensado e conduzido” de forma a“proteger os interesses” do turismo, umsector que a associação considera“estratégico” para a retoma e desen-volvimento da economia portuguesa.

“O sector do Turismo em geral, e a

APAVT em particular, esperam, na-turalmente, vir a ser ouvidos nesteprocesso, estando também certosque qualquer governo que seja cons-tituído após as próximas eleições ve-nha a considerar esta matéria comoprioritária e fundamental”, refere.

A APAVT considera “fundamental”que a privatização seja feita em mol-des que assegurem que o adquirentegaranta, “durante um período detempo alargado, a manutenção derotas estratégicas para o turismo e doactual ‘hub’ [centro de distribuição devoos] no aeroporto da Portela, a fimde se evitar o agravamento da situa-ção periférica de Portugal no contextoeuropeu”.

APAVT defendeprivatização da TAP

TRÊS das maiores empresas de têx-teis para o lar nacionais foram adqui-ridas pelo Fundo de Recuperação deEmpresas, detido pelo Estado e peloscinco maiores bancos portugueses,que vai “proceder a ajustamentos pa-ra responder às efectivas necessida-des do mercado”.

O fundo comprou a Coelima, a Jo-sé Machado de Almeida e a AntónioAlmeida & Filhos (AAF), empresas deartigos para o lar com problemas fi-nanceiros, que manterão uma gestãoindependente ainda que agrupadas

na ‘holding’ MoreTextile, que será omaior grupo nacional do sector.

Fonte oficial da MoreTextile adian-tou que “o principal objectivo da ope-ração é garantir a viabilidade das em-presas, que estavam ameaçadas emconsequência da situação financeirae das dificuldades de mercado decor-rentes da procura, da concorrênciados países asiáticos e da subida expo-nencial dos custos de produção”.

Segundo a mesma fonte, a oper-ação de reestruturação empresarialnão pressupõe a fusão das três têx-teis: “a gestão mantém-se indepen-dente, não existindo fusão”.

Fundo de recuperaçãocompra três empresas

SECTOR TÊXTIL

TRANSPORTE AÉREO

O PARQUE temático inaugurou uma atracção do filme “Madagáscar”. Os visitantes fazemuma viagem de barco no rio, de nove minutos, que é uma autêntica aventura com as per-sonagens do filme Alex, Marty, Melman e Gloria. Foto EPA/Stephen Morrison

SINGAPURA: Nova atracção no Universal Studios

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NEGÓCIOS 6 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

A PETROLÍFERA estatal brasileira Pe-trobras indicou que o seu lucro doprimeiro trimestre superou as esti-mativas dos analistas, impulsionadopelo aumento da produção de crudee pela subida dos respectivos preços.

Desta forma, o resultado líquidoda quinta maior petrolífera mundialem valor de mercado avançou para10,99 mil milhões de reais (4,75 milmilhões de euros), ou 84 centavospor acção, em comparação com os7,73 mil milhões de reais (3,34 milmilhões de euros), ou 88 centavospor título, apurados no período ho-mólogo, informou a companhia emcomunicado remetido ao regulador.A estimativa média dos quatro ana-listas contactados pela agência Blo-omberg previa que a Petrobras, quealienou 70 mil milhões de dólares(49,6 mil milhões de euros) emacções em Setembro, apresentasse

ganhos de apenas 74 centavos por tí-tulo. Por seu lado, as vendas cresce-ram cerca de 9% no período em aná-lise para a fasquia dos 54,8 mil mi-lhões de reais (23,7 mil milhões deeuros).

A produção de petróleo e gás natu-ral registou um incremento de 3pontos percentuais, depois de a Pe-trobras ter acrescentado novas plata-formas de produção “offshore” nasbacias de Campos e Santos, enquantoo preço do crude negociado em NovaIorque aumentou 20% para uma mé-dia de 94,60 dólares o barril no tri-mestre. A empresa obteve ainda umganho financeiro de perto de 2,7 milmilhões de reais (1,16 milhões de eu-ros), ajudada pela valorização doreal, que reduziu o valor da sua dívi-da denominada em dólares. O lucropor acção do primeiro trimestre re-cuou em consequência da oferta denovas acções concretizada em Se-tembro do ano passado.

Petrobras bateestimativas de lucro

BP negoceiaaquisição da russa TNK

A BP está a tentar um acordo para aaquisição da posição de um conjuntode milionários seus parceiros naTNK-BP, terceira maior produtora pe-trolífera da Rússia, numa altura emque expira o prazo para a planeadatroca de acções com a estatal OAORosneft, avançaram à agência Blo-omberg três fontes próximas do pro-cesso.

Ainda não foi alcançado um enten-dimento quanto ao preço da transac-ção, acrescentaram as mesmas fon-tes. Recorde-se que os milionários,representados pelo grupo AAR, rejei-taram uma oferta de cerca de 27 milmilhões de dólares (19,1 mil milhõesde euros) no mês passado.

Acresce que a Rosneft pode partici-par na aquisição e Moscovo terá dedar luz verde a um eventual acordo,concretizou uma das fontes. Por seulado, o “The Wall Street Journal”noticiou que a nova proposta da pe-trolífera britânica deve valer, pelomenos, 30 mil milhões de dólares(21,2 mil milhões de euros).

A BP planeava trocar 5% do seu ca-pital por uma fatia de 9,5% da Ros-neft, ajudando a desenvolver os re-cursos energéticos do Árctico, segun-do um acordo firmado no passadodia 14 de Janeiro. No entanto, a AARvenceu uma acção judicial contra aaliança, alegando que o acordo de ac-cionistas confere à TNK-BP os direi-tos exclusivos para desenvolver a ac-tuação conjunta com a BP no merca-do da Rússia.

BP e AAR detêm cada uma 50% daTNK-BP.

A SAUDI Aramco, maior petrolíferaestatal em todo o mundo, planeia du-plicar a sua capacidade de geração deenergia para o patamar dos 4000 me-gawatts (MW) até 2015, com o objec-tivo de assegurar o fornecimento datotalidade da electricidade que esti-ma precisar para produzir crude egás natural.

Neste sentido, a companhia saudi-ta está a expandir as centrais eléctri-cas nas suas actuais instalações deprodução de petróleo e gás e preten-de construir geradores para refinari-as e outras infra-estruturas ainda em

desenvolvimento, informou ontemZiyad Al Shiha, director-executivo daAramco Power Systems, em declara-ções reproduzidas pela agência Blo-omberg.

Recorde-se que a Arábia Saudita eoutros países produtores de petróleodo golfo Pérsico estão a reforçar osseus fornecimentos de energia com ointuito de responderem às exigên-cias de economias e populações emcrescimento. Estas nações procuramainda formas de utilizar menoresquantidades de crude e gás enquantocombustíveis para as centrais de pro-dução de electricidade.

Neste quadro, a Arábia Saudita de-

ve necessitar de consumir até 3 mi-lhões de barris de petróleo por diaem 2020 apenas para gerar energia,caso não melhore a sua eficiência,acrescentou Al Shiha. Este valor ex-cede largamente os 800 mil barrisque o Ministério do Petróleo e Recur-sos Minerais saudita estima que ascentrais do país utilizam actualmen-te.

A Saudi Aramco definiu como me-ta um aumento da capacidade de ge-ração transversal à companhia paraaté 4700 MW, em comparação comos actuais 2000 MW, referiu o res-ponsável, sem avançar um calendá-rio concreto para a expansão.

Saudi Aramco duplica capacidadeeléctrica para poupar petróleo e gás

O ACTOR norte-americano esteve em Cannes, no 64.o Festival Internacional de Cinema,para promover o filme “The Tree of Life”, do director Terrence Malick. O filme foi apre-sentado na competição oficial do festival. Foto EPA/Ian Langsdon

CANNES: Brad Pitt marcou presença no festival

A COMPAÑIA Logística de Hidrocar-buros (CLH) obteve um lucro de 35,6milhões de euros nos primeiros trêsmeses do ano, desempenho que tra-duz um crescimento de 5,6% face aomesmo período do exercício anteri-or, informou a empresa em comuni-cado remetido à Comissão Nacionaldo Mercado de Valores (CNMV).

Por seu lado, o EBITDA aumentou7,1% para a fasquia dos 76,5 milhõesde euros, enquanto o resultado antesde impostos se fixou nos 50,8 mi-lhões de euros, mais 5,6%, e a recei-ta de exploração nos 149,2 milhõesde euros, sofrendo uma quebra de9,3%. O volume total de saída de pro-dutos petrolíferos das instalações daCLH totalizou 10,6 milhões de me-tros cúbicos, um recuo de 3,6 pontospercentuais em comparação com oprimeiro trimestre de 2010.

Em concreto, 9,4 milhões corres-ponderam a produtos para transpor-tes terrestres e 1,4 milhões a produ-tos navais e de aviação. Os forneci-mentos de produtos destinados àaviação aumentaram 10%, confir-mando a tendência positiva iniciadano exercício de 2010.

A CLH reiterou ainda o seu objecti-vo de investimento de 119,5 milhõesde euros para o conjunto de 2011.

Resultado trimestral da CLHcresce 5,6%

Google emite 2,1 mil milhõesem obrigações

A GOOGLE, cujas acções já desvalori-zaram 9% este ano, vai fazer a suaprimeira investida no mercado deobrigações através de um oferta de 3mil milhões de dólares (2,1 mil mi-lhões de euros), destinada a pagarempréstimos de curto prazo. A em-presa proprietária do principal mo-tor de busca online mundial planeiaemitir títulos com maturidade atrês, cinco e 10 anos, avançou à Blo-omberg uma fonte próxima do pro-cesso.

Ikea quer duplicar em EspanhaA Ikea quer duplicar as lojas em Espa-nha até 2020, para cerca de 30 pontosde venda ou mais. “A ideia é ter uma lojaIkea a menos de uma hora de todos osespanhóis, o que significa entre 25 a 32lojas no total”, referiu Peter Betzel, di-rector-geral da empresa sueca em Espa-nha. Nos últimos 15 anos o grupo inves-tiu mais de mil milhões de euros na cons-trução de 13 pontos de venda, um cen-tro comercial em Jerez de la Frontera e dois centros de distribuição em Valls.

Dia vai abrir 8 mil lojas até 2013O grupo de supermercados Dia queralargar a rede comercial dos actuais 6373 estabelecimentos para mais de 8 mil em 2013, com a aceleração da expansão nos mercados emergentescomo a China, onde pretende duplicar o seu tamanho. A Turquia liderará onúmero de aberturas, devido ao poten-cial de crescimento detectado pelo Dianas regiões onde não está presente.

Joint-venture Pang Da e SaabA Saab, propriedade da holandesa Spy-ker, anunciou um acordo com a chinesaPang Da Automobile, que injectará 110milhões de euros para reforçar a marcasueca. A Pang Da, a maior distribuidorada China, com 1100 concessões no país,vai pagar 65 milhões de euros à Spyker,em troca da participação de 24% da empresa. A joint-venture será detida em até 50% pela Saab.

ZMB já pode comprar a GWHA Comissão Europeia (CE) aprovou aaquisição da austríaca GWH Gashandelpela suíça ZMB (que controla o giganteenergético russo Gazprom). Bruxelaschegou à conclusão de que a transacçãonão terá um impacto negativo no mer-cado europeu. A GWH opera sobretudono sector da venda de gás natural,fornecendo também serviços de transporte de combustível.

BREVES

INDÚSTRIA PETROLÍFERA

ENERGIA INDÚSTRIA PETROLÍFERA

INTERNET

Eskom procura fornecedores de carvão

A ESKOM Holdings, produtora ener-gética estatal da África do Sul, solici-tou propostas para o abastecimentoda sua central eléctrica de Duvhacom carvão, numa altura em que aempresa procura responder ao cres-cimento da procura na maior econo-mia do continente africano.

Desta forma, a Eskom, sedeada emJoanesburgo, pretende garantir 3 mi-lhões de toneladas métricas de car-vão por ano entre 2015 e o final de2024, avançou ontem em comunica-

do. Acresce que os interessados têmaté ao próximo dia 10 de Junho paraapresentarem as suas propostas.

A Eskom está a investir um totalde 460 mil milhões de rands (46,5mil milhões de euros) no reforço dasua capacidade, numa tentativa dereduzir as falhas de energia.

A infra-estrutura de Duvha temuma capacidade instalada total de3600 megawatts (MW). A construçãoda central eléctrica teve início emNovembro de 1975 e a última dassuas seis unidades começou a operarem 1984.

ENERGIA

INDÚSTRIA PETROLÍFERA

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PUBLICIDADE 7TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011www.oje.pt

Page 8: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

A HOCHTIEF, detida a 43% pelogrupo espanhol ACS, apresentou pre-juízos de 169,5 milhões de euros noprimeiro trimestre do ano, depois deter registado um lucro de 34,1 mi-lhões no mesmo período do ano pas-sado. A empresa justifica este desem-penho com a redução dos ganhos nafilial australiana Leighton, avança aEuropa Press.

Os responsáveis pelo negócio naAustrália comunicaram que vão en-cerrar o ano com prejuízos em conse-quência da deterioração de vários dosseus investimentos e também porproblemas encontrados em algunsprojectos, em causa a construção deuma fábrica de dessalinização no esta-do de Vitória e de uma ligação aoaeroporto de Brisbane, onde a empre-sa espera perder 305 milhões deeuros.

Apesar da quebra nos resultados,as receitas do grupo construtoralemão cresceram 7,3%, para umtotal de 5100 milhões de euros,graças ao estabelecimento de novos

contratos. Contudo, as receitas con-tabilizadas pelas sucursais na Amé-rica, na Europa e na divisão de con-cessões não conseguiram compensaro “colapso” proveniente da regiãoÁsia-Pacífico.

A Hochtief conseguiu um volumede 45 610 milhões de euros emcarteira de obras até ao mês de Mar-ço, mais 25% que no período homó-logo. A maior construtora alemã nãoacredita que esta tendência de cresci-mento de novos contratos se man-tenha no mesmo ritmo durante ospróximos trimestres.

Para este ano, o grupo de cons-trução prevê que o volume de negó-cios se situe ao mesmo nível do anopassado, mas com um lucro superior,proveniente de ganhos potenciaiscom a venda de parte do negócio deconcessões.

Já para os próximos dois anos, aempresa mantém as previsões eespera conseguir um lucro líquidoconsolidado de 500 milhões de eurosem 2012, depois da venda da partici-pação que detém na imobiliáriaAurelis Real Estate.

NEGÓCIOS 8 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

Filial australianacausa prejuízosà Hochtief

CONSTRUÇÃO

O GRUPO multinacional Securitaslançou uma oferta pública de aqui-sição sobre a Niscayah, líder mundialno mercado da segurança electrónica,de 5800 milhões de coroas suecas (643milhões de euros).

A empresa sueca de serviços desegurança oferece aos accionistasuma nova acção da Securitas por ca-da 4,19 títulos da Niscayah, o queequivale a um prémio de 34% face aovalor das acções do grupo Niscayah

nos últimos três meses, refere aEuropa Press. A oferta estarádisponível de 20 de Junho a 18 deJulho.

A Securitas prevê que esta aqui-sição possa criar sinergias de custos,por ano, de cerca de 200 milhões decoroas (22 milhões de euros), complenos efeitos a partir de 2013. Emcontrapartida, a empresa sueca esti-ma que os custos de reestruturação,em 2011 e 2012, possam chegar aos250 milhões de coroas (28 milhões deeuros).

O grupo sueco quer reforçar a suacapacidade de oferta de tecnologia desegurança e integração de sistemas,serviços que fazem parte da carteirada Niscayah, empresa que já fezparte do grupo Securitas mas que seseparou em 2006. Quando concluídoo negócio, os accionistas da Securitasvão controlar 81% do novo grupo,enquanto os accionistas da Niscayahficam com os 19% restantes.

A Niscayah seleccionou um comitéindependente para analisar a propos-ta e tomar as decisões necessárias.

SSeeccuurriittaass llaannççaa OOPPAA ssoobbrree NNiissccaayyaahhSERVIÇOS

AS autoridades britânicas saíram às ruas da capital depois de uma ameça de bomba no centro da cidade, que não discriminava horanem local. A tradicional avenida Mall foi uma das ruas que foram encerradas, depois deste alerta de segurança. Algumas fontesatribuem a ameaça a um grupo de dissidentes irlandeses. Foto EPA/Kerim Okten

LONDRES: Ameaça de bomba põe autoridades britânicas em alerta

Vértice 360 com menos 98%O grupo de audiovisual Vértice 360obteve lucro líquido de 27 mil euros no primeiro trimestre deste ano, menos98% face ao período homólogo, em queregistou lucro de 1,3 milhões de euros. A companhia espanhola refere que estaqueda se deve às amortizações e aosgastos financeiros com a ampliação do capital social após a fusão com a empresa Lavinia, no final de 2010.

Abengoa reforça capital próprioO grupo de engenharia Abengoa subscreveu a opção de compra de 1,75milhões de acções próprias, a um preçounitário de 30,37 euros. Este volume,segundo o comunicado enviado pelaempresa ao regulador espanhol, afecta1,9% do seu capital, e representa 53 milhões de euros, ampliáveis até um máximo de 68 milhões de euros.

Amper perde 2,48 milhõesA tecnológica espanhola Amper registouperdas de 2,48 milhões de euros no pri-meiro trimestre de 2011, face ao lucrode 589 mil euros no mesmo período de2010. A empresa refere em comunicadoque o EBITDA foi de 1,14 milhões deeuros, uma queda de 66%, enquanto as vendas se situaram nos 62,81 milhõesde euros, menos 1,8% que no homólogo.

Wynn quer investir em MacauA Wynn pretende inaugurar um com-plexo turístico em Macau até 2015, num investimento de pelo menos 1760milhões de euros, disse à agência Lusa Steve Wynn, presidente do grupo.O executivo espera no entanto pela“aprovação final” por parte do Governoda concessão do terreno na zona de casinos do Cotai, entre as ilhas da Taipa e de Coloane.

BREVES

O MITSUBISHI UFJ Financial Group,maior banco cotado do Japão, apre-sentou uma quebra de 82% no lucrolíquido do primeiro trimestre, para31,3 mil milhões de ienes (273,9 mi-lhões de euros), depois de ter con-seguido ganhos de 171,7 mil milhõesde ienes (1,5 mil milhões de euros)no período homólogo. O bancoatribui o resultado às perdas na

unidade de financiamento ao con-sumidor e no negócio de corretagem.O lucro proveniente de empréstimoscaiu 0,5%, enquanto os rendimentosde títulos de negociação e de outrosvalores mobiliários aumentaram51%.

Este ano, o banco estima uma subi-da dos lucros de 2,9%, para 5,2 milmilhões de euros, com a recuperaçãodo crédito ao consumidor e a conver-são das acções do Morgan Stanley.

Ganhos do MitsubishiUFJ recuam 82%

BANCA

A DAIMLER e o grupo Rolls-Royceaumentaram a oferta pela Tognum,para 3,4 mil milhões de euros. Estaproposta representa uma subida de8,3% face à oferta inicial, que foirejeitada por parte dos accionistas. A oferta agora apresentada defineum prémio de 26 euros por acção.

A Daimler, proprietária da Mer-cedes-Benz, já detém 28,4% da se-

gunda maior fabricante mundial demotores a gasóleo para a indústriaenergética, de defesa e náutica, masmantém o interesse por uma partici-pação mais robusta no negócio.

A nova oferta foi submetida porescrito e fontes contactadas pela Blo-omberg admitiam a possibilidade dea Tognum se pronunciar a esterespeito ontem ou durante o dia dehoje, contudo, até ao fecho destaedição, não foi revelada a decisão.

DDaaiimmlleerr ee RRoollllss--RRooyycceessoobbeemm ooffeerrttaa

MOTORES

A inflação, na Índia, subiu 8,66%em Abril, pressionada pelo maioraumento, em três anos, do preço doscombustíveis, avança a agênciaBloomberg.

Os preços continuam a subir, masa um ritmo menos acelerado face aomês de Março, altura em que o cres-cimento foi de 9,1%. Apesar doabrandamento, a taxa de inflaçãocontinua muito longe do nível exigi-do pelo Banco Central, o que poderálevar a instituição a subir os juros.

PPrreeççooss jjuunnttooddoo ccoonnssuummiiddoorrssoobbeemm nnaa ÍÍnnddiiaa

INFLAÇÃO

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LUCRAR COM...

Jack Soifer*PORTUGAL tem vinhos excepcionais,mas o marketing deve melhorar. Algu-mas rotas ainda se voltam para espa-nhóis e ingleses, talvez franceses. Hágrupos menores, mas com maior des-pesa por cá. Não esquecer as prendas,roupas típicas, porcelana, olarias, mes-mo que se tenha de comprá-las emAlcobaça. É vital ter caixas com alças,

para 6, 10 e 12 garrafas, assim comobag-in-box de 5 litros, para festas. Ofe-reça a alternativa de entregar em do-micílio ou hotel, por uma transporta-dora. Algumas adegas mostram parteda vinha, poucos mostram a herdade,que muitas vezes tem uma históriaque deve ser contada.

Vinho é também odor, flor, calor.Mostre mais do que a cave. Tenha res-taurante na quinta ou perto. É essen-cial um acesso adequado, enólogolocal, parking e sinalética. Ofereça umcurto historial de cada vinho, até decada casta. Tenha um belo jardim eum pequeno lago ou até chafariz, paraatrair pássaros. Para trazer estes turis-tas, contacte as associações de somme-liers e clubes de vinho do Norte daEuropa, Rússia, Canadá e do Brasil.

Proprietários de restaurante rara-mente tiram férias, exceptuando Fe-

vereiro-Março, quando as vendas sãofracas. Nesta altura temos um clima jáameno. Organize visitas a restaurantesde caça no seu distrito, aos de comidatípica, e convide associações de norte--europeus para no Inverno conhe-cerem os vinhos e a gastronomia dasua região. Faça embalagens de ma-deira para três ou seis garrafas e adi-cione uma prenda que ele use sempre,p.ex., uma faca para queijos, para elelembrar da sua marca. Descreva aregião no rótulo, em três línguas.

Forme um cluster com outros pro-dutores para exportar. Esqueça osgrandes eventos da AICEP e embaixa-das. Os directores das associações aci-ma, jornalistas e peritos preferem pe-quenos eventos, com contacto mais di-recto com os produtores.

*Autor de Como Sair da Crise,Lucrar na Crise e Transportes

VENDER MAIS VINHO

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NEGÓCIOS 9TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

AS NOVAS matrículas de automóveisno mercado espanhol durante a pri-meira quinzena de Maio situaram-senas 25 815 unidades. Este valor, deacordo com os dados do Instituto deEstudios de Automoción (IEA), ela-borados para a Asociación Nacionalde Vendedores de Vehículos a Motor(Ganvam), representa uma queda apique de 37,5% face ao mesmoperíodo de 2010.

Esta descida, superior à registadaem Espanha durante os quatro pri-meiros meses deste ano, surge comouma consequência do colapso nomercado de particulares, assim co-

mo do fim do efeito sazonal associa-do às férias da Semana Santa, o quepôs um travão nas compras reali-zadas por parte das empresas de alu-guer de viaturas.

Assim, e segundo a informaçãoveiculada pela IEA, as vendas de car-ros a particulares desceram 50,6%nos primeiro 15 dias do mês corren-te, para 11 740 unidades.

A IEA acrescenta ainda que as aqui-sições feitas pelas empresas de alu-guer baixaram 28,9%, para 6835 uni-dades, o que sucedeu após o elevadoaumento que se registou antes doperíodo da Semana Santa, quando osrent-a-car procederam a uma renova-ção de frota em grande escala.

Venda de carros derrapa37,5% no início de Maio

A SONY retomou parcialmente asoperações da PlayStation Network edos serviços de entretenimento Qrio-city nos EUA e na Europa após a inter-rupção de mais de três semanas,anunciou a empresa em comunicado.

As operações agora retomadas in-cluem os jogos online, o serviço dechat e o download de música. A mul-tinacional acrescentou que planeiafazer o mesmo na Ásia brevemente.

A companhia suspendeu os servi-ços a 20 de Abril após um ataque dehackers, que levou a uma brecha nos

dados de mais de 100 milhões de uti-lizadores, tornando-se o segundomaior roubo online de dados pes-soais. Como resultado, os afectadosreceberam da Sony um ano gratuitode protecção de roubo de identidade.

A empresa referiu que a rede estáa ser restaurada por fases, e que al-guns Estados dos EUA ainda estãosem os serviços. A fase de recupera-ção também teve início na Américado Sul, Médio Oriente, Nova Zelândiae na Austrália. A Sony espera ter asoperações a funcionar na totalidade,incluindo a aquisição de jogos e ví-deos online, no final de Maio.

PlayStation Networkretoma de forma parcial

REDES ONLINE

ESPANHA

O NÚMERO 1 de Bligh Street, no distrito financeiro de Sidney, Austrália, foi o primeiroedifício da cidade a ser galardoado com as seis estrelas da Greenstar, que classificam oprédio como ambientalmente sustentável. Foto EPA/Angela Brkic

SIDNEY: Edifício recebe árvores “Banksia”

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NACIONAL E INTERNACIONAL 10 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

O DIRECTOR-GERAL do FMI, Domi-nique Strauss-Kahn, vai continuardetido, depois de uma juíza nova--iorquina ter ordenado ontem a suaprisão preventiva.

A defesa sugeriu uma caução deum milhão de dólares, mas a magis-trada de Manhattan recusou libertá--lo, aparentemente sensível aos argu-mentos da acusação, que consideravaexistir risco de fuga do país.

Entretanto, a Comissão Europeiagarantiu ontem que a detenção dodirector-geral do FMI não terá “qual-quer impacto” sobre o programa deassistência financeira a Portugal.

Referindo-se a “títulos alarmistas”na imprensa sobre o possível impac-

to da detenção de Strauss-Kahn, emNova Iorque, sobre os programas deresgate em curso, o porta-voz do co-missário dos Assuntos Económicoseuropeu disse, em Bruxelas, que aComissão está “absolutamente confi-ante que haverá uma continuidade

total, não só nas operações, mas tam-bém nos processos decisórios doFMI”.

Reiterando que está “fora de ques-tão que as decisões que estão em cur-so e os programas que estão a seraplicados possam ser alterados” devi-do à situação do director-geral doFMI, o porta-voz lembrou também adeclaração divulgada na véspera poresta instituição, “que é muito clara”.

Numa curta declaração divulgadaà comunicação social, a directora derelações externas do FMI, CarolineAtkinson, disse em Washington quea organização “permanece total-mente operacional e em funciona-mento”.

Strauss-Kahn fica sob prisão masFMI “permanece operacional”

Programa“ambicioso”para Portugal

OS MINISTROS das Finanças da ZonaEuro e da União Europeia aprovaramontem por unanimidade, em Bru-xelas, o resgate a Portugal, umpacote financeiro de 78 mil milhõesde euros para três anos, consideran-do que o programa negociado comLisboa é “ambicioso”.

Numa declaração divulgada emBruxelas, na sequência de umareunião do Eurogrupo (17 paísesmembros da Zona Euro) alargada aosrestantes (10) Estados-membros da

UE, na qual foi dada “luz verde” aoprograma de assistência a Portugal,os ministros das Finanças europeusconsideram ainda que o programa“salvaguarda os grupos mais vul-neráveis na sociedade” portuguesa.

“Os ministros do Eurogrupo e doEcofin estão confiantes em que oprograma de ajustamento económi-co e financeiro vai responder de umaforma decisiva aos desafios que aeconomia portuguesa enfrenta a

nível orçamental, financeiro e estru-tural”, lê-se na declaração.

O documento indica à cabeça queos ministros acordaram por unani-midade prestar assistência finan-ceira em resposta ao pedido formula-do pelas autoridades portuguesas a 7de Abril, por concordarem com aComissão Europeia e o Banco CentralEuropeu (BCE) que o empréstimo aPortugal também salvaguardará aestabilidade financeira da Zona Euroe da UE no seu conjunto.

Os ministros saúdam ainda oapoio dado pelos partidos da oposi-ção ao programa de ajustamentoanunciado pelo Governo português a5 de Maio, e exortam “todos os par-tidos políticos a garantir uma imple-mentação rigorosa e imediata doprograma”.

O pacote de ajuda a Portugal atin-ge os 78 mil milhões de euros, repar-tido em partes iguais, de 26 mil mi-lhões de euros, pelo Fundo Europeude Estabilização Financeira (suporta-do pelos países da Zona Euro), peloMecanismo Europeu de EstabilizaçãoFinanceira (a UE, através do orça-mento comunitário), e pelo FundoMonetário Internacional (FMI).

O montante da primeira tranche ea taxa de juro precisa a ser aplicadaao empréstimo europeu ainda nãotinham sido divulgados até à hora defecho desta edição.

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Teixeira dos Santos com Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, ontem, em Bruxelas Foto EPA/Olivier Hoslet

O director do FMI, ontem, num tribunal de Nova Iorque. Foto EPA/Andrew Gombert

A aprovação da ajuda a Portugal foiontem decidida por unanimidade noseio da União Europeia. Ao todo, são52 mil milhões de euros, que se jun-tam aos 26 mil milhões da assistên-cia prestada pelo FMI

A Alemanha é o parceiro da Zona Euro que vai garantir a parte maior doempréstimo de 26 mil milhões de euros provenientes do Fundo Europeu deEstabilização Europeia que os ministros das Finanças europeus aprovaramontem em Bruxelas.A assistência financeira a Portugal será repartida em partes iguais de 26 milmilhões de euros pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF),Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e Fundo MonetárioInternacional (FMI), o que dá um total de 78 mil milhões.Enquanto o FMI garante a sua parte no empréstimo, assim como acontece coma União Europeia através do orçamento comunitário no MEEF, a fatia do FEEFé garantida através dos pesos relativos no Banco Central Europeu pelosEstados-membros da Zona Euro, sem contar com Portugal, Irlanda e Grécia,países que estão a ser alvo de assistência financeira.Em termos práticos, o empréstimo de 26 mil milhões de euros tem uma garan-tia total 20% acima desse montante, que é distribuída por todos os membrosda Zona Euro em função do seu peso relativo no BCE, conforme explicou fontecomunitária.

Repartição da garantia

do empréstimo do FEEF

Zona Euro ME %Alemanha 9070 29,07França 6811 21,83Itália 5984 19,18Espanha 3978 12,75Holanda 1909 6,12Bélgica 1161 3,72Áustria 930 2,98Finlândia 599 1,92Eslováquia 330 1,06Eslovénia 156 0,50Luxemburgo 84 0,27Estónia 84 0,27Chipre 65 0,21Malta 31 0,10

Total 31.200

Alemanha é quem garante maior parte do empréstimo proveniente da Zona EuroOs ministros do Euro-

grupo consideram o pro-grama ambicioso, masdizem estar confiantes

Está “fora de questão” o caso de Strauss-Kahnpoder afectar os progra-mas de ajuda em curso

Page 11: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

NACIONAL E INTERNACIONAL 11TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

NOS PRIMEIROS dois meses de 2011,Portugal registou o sexto maior défi-ce da balança comercial entre os paí-ses da União Europeia, de 2,7 mil mi-lhões de euros, de acordo com os da-dos avançados ontem pelo Eurostat.

O gabinete de estatística europeudestaca, pela negativa, o Reino Uni-do, que obteve um défice de 18,4 milmilhões de euros, seguindo-se aFrança (com 15,9 mil milhões), a Itá-lia (10,2 mil milhões de euros), a Es-panha (com 8,1 mil milhões), a Gré-cia (3,9 mil milhões de euros) e Por-tugal (com 2,7 mil milhões).

A entidade revelou ainda que o ex-cedente comercial da Zona Euro au-mentou em Março. As estimativaspreliminares do gabinete indicamque, durante o mês de Março, o exce-dente comercial dos 17 países que in-tegram a Zona Euro ascendeu aos 2,8mil milhões de euros, face aos 2,7mil milhões de euros obtidos no mêshomólogo; isto após o défice de 3 milmilhões de euros registado em Feve-reiro deste ano.

Na União Europeia, o défice au-mentou para 9,6 mil milhões de eu-ros em relação aos 8,9 mil milhõesobtidos em Março de 2010.

O défice energético dos 27 paísesda União Europeia (UE 27) progrediude forma significativa, ao registar 61mil milhões de euros no período en-tre Janeiro e Fevereiro de 2011, faceaos 44,4 mil milhões de euros no ho-mólogo, o mesmo acontecendo como excedente relativo aos bens manu-facturados, de 27,1 mil milhões deeuros face aos 17,4 mil milhões nomesmo período do ano transacto.

As trocas comerciais cresceramcom quase todos os parceiros comer-ciais, intensificando-se as exporta-ções para a Turquia (47%), a Rússia(46%), a China (33%) e a Coreia doSul (31%).

O Eurostat acrescenta que a Ale-manha foi o país que obteve o maiorexcedente comercial, de 21,9 mil mi-lhões de euros entre os meses de Ja-neiro e Fevereiro, seguindo-se a Ho-landa, com 7,5 mil milhões de euros,e a Irlanda, ao registar 6 mil milhõesde euros.

Portugal tem o6º maior déficecomercial

COMÉRCIO EXTERNO

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O VAIVÈM Endeavour descolou da Base Espacial Kennedy, na Flórida, para a sua últimamissão. Mark Kelly comanda uma equipa de seis astronautas à Estação EspacialInternacional, para instalar um espectrómetro magnético. Foto EPA/Justin Dernier

FLÓRIDA: Última missão do vaivém Endeavour

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Inflação na ZonaEuro ascende a2,8% em Abril

A INFLAÇÃO anual na Zona Euro su-biu para 2,8% em Abril, face aos2,7% em Março, e contrastando comos 1,6% registados no mesmo perío-do em 2010, segundo o Eurostat. Es-tes valores confirmam a estimativarápida do gabinete de estatística daUnião Europeia (UE), divulgada a 29de Abril.

Na UE a 27, a taxa de inflação ho-móloga situou-se nos 3,2%, face aos3,1% de Março, e acima dos 2,1% ob-tidos em Abril de 2010.

As taxas de inflação homólogasmais baixas em Abril foram observa-das na Irlanda (1,5%), na RepúblicaCheca (1,6%) e na Suécia (1,8%).

Já a Roménia (8,4%), a Estónia(5,4%) e a Lituânia e a Hungria (4,4%)registaram as taxas de inflação maiselevadas.

Em Portugal, a taxa de inflação si-tuou-se nos 4%.

A impulsionar a inflação na ZonaEuro estiveram os sectores dos trans-portes (5,9%), da habitação (5%), doálcool e tabaco (3,4%), enquanto ascomunicações registaram uma desci-da de 0,9%, de acordo com os dadosdo Eurostat.

A inflação volta assim a situar-seacima do limite dos 2% estabelecidospelo Banco Central Europeu (BCE),que tem como principal desígnio amanutenção da taxa num nível pró-ximo de 2%.

MACROECONOMIA▲

Page 12: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

Impreparação do legislador ouuma máquina fiscal que ga-nhou eficiência, mas não a su-ficiente para evitar 700 mi-

lhões de euros de impostos que emmédia prescrevem todos os anos,sendo que em 2009 prescreveram1200 milhões de euros, são algumasdas críticas do partner da KPMG LuísMagalhães.

A litigância entre o contribuinte eo Estado tem vindo a aumentar e há50 mil processos em aberto. Defendea definição de prioridades a estenível, sendo que a arbitragem é umaboa solução para se reduzir o volume

de litígios. Defende ainda prio-ridades na acção, sendo que a evasãoem sede de IVA é a mais relevante,pois é o imposto mais pesado.

O memorando prevê, nesta óptica,um aumento do esforço relacionadocom o combate à fraude e evasão fis-cal, com o objectivo de aumentar areceita em 175 milhões de euros to-dos os anos.

Luís Magalhães realça o pontomais forte deste documento e que éo facto de estar dirigido para o ladoda receita. “Esta é uma ocasião úni-ca”, afirma. Realça que esta é umadas primeiras vezes em que se toma

a direcção certa e diz que há tempopara os decisores políticos tomaremas opções acertadas até Setembro//Outubro.

O encontro entre o partner daKPMG e os jornalistas destinou-se adebater alguns conceitos a nível fis-cal inseridos no memorando assina-do entre o Governo e a “troika”, semqualquer valor do foro político.Sublinhou que é necessário que asopções (a nível fiscal) sejam de umponto de vista técnico bem elabora-das. Disse que aquilo que foi negocia-do com a “troika” permite alguma“ponderação para trocas, desde que a

receita não seja afectada”. Deu comoexemplo de medidas que não podemser levadas à letra o fim dos benefí-cios fiscais ao interior para a criaçãode emprego.

700 MILHÕES EM IMPOSTOS PRESCREVEM ANUALMENTE A máquina fiscal precisa de ser mais eficaz, defendeu Luís Magalhães, partner da consultora KPMG,que, num encontro com jornalistas, apresentou um documento de reflexão sobre as questões abordadasno memorando com a “troika”. Por Vítor Norinha

ANÁLISE 12 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 www.oje.pt

O memorando prevê nocombate à fraude eevasão fiscal aumentar areceita em 175 milhõesde euros todos os anos

As alterações a nível de IRC incluem aabolição de todas as taxas reduzidas eIRC. Nesse sentido deverá vir a extin-guir-se a taxa reduzida de IRC de12,5%, e que é aplicável à parcela damatéria colectável até 12 500 euros.Vão ser introduzidos limites àdedução de prejuízos fiscaisreportáveis de exercícios anteriores, apar da redução do período de reportede quatro para três anos. A medida

deverá limitar a dedução de prejuízosfiscais de anos anteriores a umadeterminada percentagem do lucrotributável apurado.Vão ser ainda revogadas as isençõessubjectivas. O documento conhecidopor memorando de entendimento nãoé específico e não identifica asisenções a revogar. A KPMG acreditaque esta medida venha a abranger asisenções de que actualmente benefici-

am as pessoas colectivas de utilidadepública e de solidariedade social.Está ainda prevista a eliminação dealguns benefícios fiscais inscritos noEstatuto dos Benefícios Fiscais. Aquilode que se está a falar é de benefíciosque vigoram durante cinco anos epoder-se-ão incluir os benefícios fis-cais relativos à criação de emprego, oregime das SGPS e os benefícios rela-tivamente à discriminação positiva

pela interioridade.Irão ainda ser reforçadas as regras detributação incidentes sobre os encar-gos suportados com viaturas. Éexpectável, segundo as mesmasfontes, um novo agravamento da tri-butação autónoma dos encargossuportados pelas empresas com via-turas ligeiras de passageiros e mistas.Será alterada a Lei das FinançasRegionais no sentido delimitar a

redução da taxa de IRC em vigor nasregiões autónomas a 20% da taxageral em vigor no continente. AKPMG conclui que com esta medida, ataxa de IRC mais elevada em vigornas regiões autónomas passará a serde, pelo menos, 20%, sendo queactualmente é de 17,5% na RegiãoAutónoma dos Açores e de 20% naRegião Autónoma da Madeira.

O que muda no IRC

Onde terá a receita de subir

– IRC/2012: 150 milhões de euros– IRC/2013: 175 milhões de euros– IRS/2012: 150 milhões de euros– IRS/2013: 175 milhões de euros– IVA/todos os anos: 410 milhões deeuros– Consumo/todos os anos: 250 milhõesde euros– Património: redução das deduções edas isenções– Fraude e evasão/todos os anos: 175milhões

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SUPLEMENTO MENSAL DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

maisresponsávelNº 32 • 17 de Maio de 2011

DENTRO DE quatro décadas, as energiasrenováveis poderão satisfazer cerca de80% das necessidades energéticas glo-bais, de acordo com um relatório apre-sentado pelo Painel Intergovernamentalpara as Alterações Climáticas (IPCC) daOrganização das Nações Unidas. Toda-via, só com um compromisso sério porparte dos governos mundiais no que res-peita às políticas necessárias para pro-mover estas fontes de energia limpa serápossível atingir este ambicioso, mas ur-gente, objectivo.

O relatório, com cerca de mil páginas ejá considerado como uma bíblia para osector, marca a primeira vez que este or-ganismo analisa, em pormenor, as ener-gias baixas em carbono e foi elaboradopor 120 investigadores. Apresentado napassada semana no Dubai, o documentoinclui ainda a análise de 160 cenárioscientíficos distintos com base em dife-rentes níveis de fontes de energia reno-vável e de acordo com factores sociais eambientais variados. Destes, quatro ce-nários foram eleitos como os mais pos-síveis e, o mais optimista, projecta que

77% da procura global de energia em2050 possa ser satisfeita com estas fontes,comparativamente a 13% de energiaslimpas utilizadas em 2008.

Caso este caminho seja seguido, o IPCCdefende que será possível manter os ní-veis de gases com efeitos de estufa emníveis suficientemente baixos para man-ter o aumento na temperatura global, emmeados do século, abaixo dos dois graus(o limite de segurança definido para evi-tar alterações climáticas catastróficas eirreversíveis).

De acordo com o responsável destePainel Intergovernamental da ONU, Raj-endra Pachauri, o investimento necessá-rio para se atingir este objectivo custaráapenas um por cento do PIB global anual.

Das fontes analisadas, uma má notíciapara os que apostam na energia geotérmi-ca e na das ondas, que “não deverão con-tribuir significativamente para o forneci-mento global de energia antes de 2020”.A boa notícia, principalmente para Por-tugal, é o facto de as energias eólicasterem sido já responsáveis por dois porcento da procura global de electricidade,sendo expectável que este valor ascenda a20% em 2020.

A Comissão Europeia (CE) apresentourecentemente a Youth@Work, uma ac-ção que visa contribuir para a difícilmeta de atingir uma taxa de empregode 75% na União Europeia (UE) entrehomens e mulheres com idades entreos 20 e os 64 anos, ainda esta década,definida na Estratégia Europa 2020. A ideia é estreitar a ligação entre jo-vens e pequenas e médias empresas, es-timulando a procura destes potenciaistalentos por parte dos empregadoresdas PME.

Actualmente, um em cada cinco jo-vens europeus não consegue encontraremprego, de acordo com dados do Eu-rostat 3T 2010 (relativo a jovens dos 15aos 24 anos). A CE espera contribuirpara inverter estes números, que po-dem pôr em risco a competitividade daUE durante os próximos anos, já que“representam um enorme desperdíciode potencial humano”, com o progra-ma Youth@Work, através da organiza-ção de sessões sobre temas como co-municação em rede, tutoria e recruta-mento, a realizar em feiras de empregopor toda a UE.

Trabalhando activamente com os em-pregadores das PME, com a juventude ecom os serviços públicos de empregopara incentivar a contratação de maisjovens desempregados pelas PME euro-peias, a iniciativa ambiciona transfor-mar as ideias e o entusiasmo dos jovensem oportunidades de criação de negó-cios inovadores, estimulando o auto--emprego, ao mesmo tempo que esperamelhorar os níveis de empregabilidadeno Velho Continente.

Neste contexto, construir sinergiasentre os jovens e o tecido empresarialestruturado pelas PME pode ser estra-

tégico, defende a CE, já que, por um la-do, o que falta “muitas vezes” aos maisnovos em “experiência e competênciaspara serem competitivos num merca-do laboral escasso em empregos”,sobra numa “visão refrescada do mun-do” que significa frequentemente “ide-ias inovadoras e energia para ofereceraos empregadores”. E, por outro, o “pa-pel preponderante” que as PME ocu-pam na recuperação da crise económi-ca na Europa (pela rapidez com que opoderão fazer), justifica esta aposta pa-ra estimular o empreendedorismo jo-vem.

EMPREENDEDORISMO

Gestores e empresários cristãos divulgam documento sobre a crise

A Associação Cristã de Empresários eGestores (ACEGE) divulgou um docu-mento em que se reflecte sobre acrise que assola Portugal e que pre-coniza algumas medidas defendidaspor esta associação. A responsabili-dade pessoal e social dos líderes em-presariais é amplamente focada no

documento divulgado pela associa-ção.

A relação da empresa com todos osseus “stakeholders” significa, para oslíderes empresariais cristãos, “trataros outros como gostaríamos de sertratados se estivéssemos no seu lu-gar” e constitui, a seu ver, o melhorguia para uma boa gestão. Utilizar odespedimento como o último recur-

so, diagnosticar situações de emer-gência, construir sistemas internos desolidariedade, efectuar o pagamentopontual a fornecedores – um dos pro-gramas já lançados a nível nacionalpela ACEGE – e apostar em projectosde cooperação e entreajuda empresa-rial são algumas das propostas apre-sentadas.

Por outro lado, a protecção da fa-

mília deverá estar igualmente nocentro das preocupações dos líderesempresariais. E, no plano social, osgestores e empresários cristãos de-ver-se-ão recordar de que, mais doque nunca, a articulação com a obrasocial da Igreja Católica é absoluta-mente imperativa.

Afirmando que Portugal sofre hámuito de uma “doença prolongada”

veiculada pela enorme dependênciado Estado, que bloqueia o dinamis-mo e a vontade de arriscar, o docu-mento alerta para a urgência de umaelite empresarial que seja indepen-dente do mesmo, que possa con-tribuir para uma sociedade civil maisparticipativa e que tenha como im-perativo ser um exemplo ético paratodos os sectores da sociedade.

REFLEXÃO

RELATÓRIO IPCC

À CONVERSA COM

Ana TojalAJU dá projectode vida a crianças emrisco

PPáágg.. VVIIIIII

ESTUDO OCDE

Investimento naprimeira infânciaé crucial paraPortugal

PPáágg.. VVII

ENTREVISTA

“Não damos donativos. Emdez anos, implementámos60 projectos de raiz, queacompanhamos numaintervenção alargada,dando autonomia aos parceiros.”

PPáágg.. IIVV

EM PARCERIA COM:

www.ver.pt

veja mais em www.oje.pt

LUÍSAPESTANA

Youth@Work estimula emprego entre jovens europeus

Energias renováveispodem “alimentar”o mundo em 2050

A VIDA dos catadores de lixo do Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro, serviude mote a um documentário, premiado em diversos festivais, que segue o mais recenteprojecto do famoso fotógrafo Vik Muniz. E já está em exibição em Portugal. Foto DR

FILME: “Lixo Extraordinário”

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NO MÊS em que se assinala o Dia daMãe e também o das famílias, a Sie-mens oferece a cerca de mil mulheresa possibilidade de realizarem umamamografia digital gratuita. Inseridana Campanha de Prevenção do Cancroda Mama e com o mote “Como prote-ger o mais delicado? Com amor e pre-venção”, é objectivo da empresa, aolongo dos dois próximos meses, divul-gar as várias formas de prevenir esta

doença que, quando detectada preco-cemente, pode atingir uma taxa decura na ordem dos 90 por cento. Co-mo refere João Seabra, membro da Co-missão Executiva da Siemens Portu-gal, a par da aposta da empresa nodesenvolvimento de várias soluçõesque apoiam o diagnóstico desta doen-ça, “o objectivo primordial é que asmulheres saibam como proceder daforma mais adequada para a detecçãoprecoce da doença”.

Para este efeito, associaram-se à em-

presa 13 parceiros clínicos, de norte asul do País e Açores, para ofereceremmais de mil mamografias correspon-dentes às primeiras inscrições no sitewww.siemens.pt/healthcare/pela-suasaude. Como condição, a partici-pante terá de ter mais de 45 anos àdata da inscrição e não poderá terrealizado uma mamografia duranteos últimos dois anos. A empresa iráigualmente divulgar, em Junho, osresultados de um estudo sobre adetecção precoce do cancro da mama.

NOTÍCIASII TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 maisresponsável

NO ÂMBITO da IADE Green Week,que decorreu entre 9 e 16 de Maio, osalunos do Instituto de Artes Visuais,Design e Marketing criaram propostasde comunicação que serão utilizadasna divulgação do GreenFest, a realizarentre 28 de Setembro e 2 de Outubro,no Centro de Congressos do Estoril. Oconcurso de ideias dirige-se aos final-istas das licenciaturas e a alunos de

mestrado das áreas de Marketing ePublicidade, Design e Fotografia.

A instituição seleccionou equipasincluindo cinquenta estudantes e dezprofessores que responderam a desa-fios de comunicação no âmbito dasustentabilidade e RS, centrados nasensibilização para as preocupaçõesambientais. Os elementos da equipavencedora garantem o acesso a está-gios na agência Ogilvy, parceira doIADE Green Week.

Recentemente, o Instituto foi dis-tinguido com um prémio internacio-nal, o Gold Mercury SustainabilityAwards 2010, que premeia boas práti-cas ambientais nos subsectores daMadeira, desde a utilização de maté-rias-primas sustentáveis à promoçãode acções de consciencialização sobrea sustentabilidade, reconhecendo osindivíduos, as empresas e as organiza-ções mais inovadores e sustentáveisda indústria do mobiliário.

IADE leva ideias sustentáveis ao GreenFestECODESIGN

Siemens aposta no lema mais vale prevenir que remediar

SABRINA FABER, do Iémen, foi a ven-cedora do Prémio Philips CidadesHabitáveis, no valor de 125 mil eu-ros. Captar, filtrar e guardar água dachuva sobre os telhados na cidade deSana’a foi a ideia vencedora, medi-ante a qual a jovem espera ajudar aresolver a habitual escassez de águanaquele meio urbano durante os pe-ríodos secos, enquanto se forneceágua potável. O sistema idealizadotrará ainda significativos benefíciospara a saúde de toda a população.Este concurso, promovido pela RoyalPhilips Electronics, constitui umainiciativa global pensada para gerarideias inovadoras e viáveis com oobjectivo de contribuir para melho-rar a saúde e o bem-estar dos habi-tantes das cidades em todo o mundo.Este programa terá continuação nospróximos anos e os vencedores tra-balharão com mentores da própriaempresa para tornar reais as suasideias nas comunidades locais.

PHILIPS PREMEIA CRIATIVIDADE

NO ANO em que celebra o seu 100.ºaniversário, a Chevrolet doará 100automóveis às Aldeias de CriançasSOS na Europa, sendo que quatro des-tes têm como destino as quatroaldeias existentes em Portugal. A par-ceria entre a empresa e a instituição,denominada “Wheels for Kids”, deujá frutos em Cascais, na Aldeia deCrianças SOS Bicesse. A partir deagora, um Chevrolet Orlando está jáao dispor para a deslocação das cri-anças para a escola ou para activi-dades extracurriculares, bem comodos colaboradores que se encontram atrabalhar nos Programas de Forta-lecimento Familiar, no âmbito doqual visitam e prestam apoio a famí-lias em situação difícil.

CRIANÇAS

“SOBRE RODAS”

REITORIA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA – 19 DE MAIO

3.O SEMINÁRIO DE FUNDRAISING

Dicas para o fundraisingem tempos de crise; asmelhores abordagenspara pedir apoios aempresas; as vantagensdas contribuições edonativos dos particu-

lares; a importância da fidelização dos doadores/sóciosregulares; o recurso a softwares de base de dados paraincrementar o dinheiro angariado; o conhecimento dasmotivações dos doadores (particulares, empresas, fun-dações) para melhorar resultados; e as oportunidades dacrise para o nosso sector. São estes os temas-chave queestarão em análise no próximo seminário da consultoraCall to Action. O evento inclui casos práticos e um debatedinamizado por especialistas nacionais e internacionaisque visa alargar a capacidade de angariação e gestão defundos de qualquer ONL, ONG, IPSS, associação, universi-dade, escola, centro social, paróquia ou fundação.

em agendaAUDITÓRIO DA APAV – 25 DE MAIO

GESTÃO DA QUALIDADE DAS RESPOSTAS SOCIAIS

A Stone Soup Consulting realiza um workshop colaborativosobre o Processo de Certificação da Qualidade dasRespostas Sociais, de acordo com os modelos desenvolvidospelo ISS. O evento é destinado a trinta dirigentes e quadrostécnicos de IPSS portuguesas ou outras organizações comoferta de respostas sociais, e tem como objectivos informarsobre o processo de certificação da qualidade das respostassociais, sobre as etapas do processo de certificação e sobreas principais vantagens e os desafios do processo de certifi-cação das respostas sociais, bem como sensibilizar os par-ticipantes para a necessidade de preparar antecipadamente

o processo e promover a adesão das organizações aoprocesso de certificação. O workshop será dinamizado porCláudia Pedra e Sandra Costa, partners da Stone Soup,estando a sessão a cargo da formadora Filipa Pinto.

LISBOA (RUA DOS DOURADORES, 57) – 26 DE MAIO

ALMOÇO-DEBATE ACEGE COM MEDINA

CARREIRA

Numa altura em que é “essencial uma reflexão dos líderesempresariais sobre o impacto na economia portuguesa dasmedidas previstas no acordo assinado por Portugal com aComissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI”,Henrique Medina Carreira é o convidado do próximoalmoço-debate da Associação Cristã de Empresários eGestores. Ao longo do percurso de declínio “que trouxe oPaís até à actual situação, poucas personalidades portugue-sas tiveram a independência e o desassombro cívico” doantigo ministro das Finanças, “sempre alertando, com baseem estudo e em números, para a trajectória insustentávelem que nos encontrávamos”, alertou, a propósito do evento,o presidente da ACEGE, António Pinto Leite, para quem

▲CIDADES SUSTENTÁVEIS

SOLIDARIEDADE

INCENTIVAR o empreendedorismo e ainvestigação junto dos empresários eda comunidade universitária, poten-ciando o desenvolvimento do capitalhumano à escala local e global, é oobjectivo da Fundação everis, que lan-çou a edição 2011 dos prémios anuais“Entrepreneurs” e “Essay”. O primeirotem como objectivo fomentar o espíri-to empreendedor, no âmbito univer-sitário e científico, a par de facilitar ofinanciamento de projectos empresari-ais que sobressaiam pela inovação, via-bilidade e beneficio para a sociedade.O segundo visa incentivar a reflexão ea divulgação das TI para os novos mo-delos sociais e organizacionais. Aosprojectos vencedores será atribuídoum valor monetário de 60 mil e 24 mileuros, respectivamente e, pela primei-ra vez, surge um prémio complemen-tar de 40 mil e 6 mil euros para umsegundo eleito em cada categoria. A entrega dos projectos candidatosdeve ser realizada até ao dia 1 de Junhode 2011 através do site www.funda-cioneveris.com.

CONCURSO

PREVENÇÃO PRECOCE

Prémios para incentivarempreendedores

PPUUBBLLIICCAADDOO NNAA AANNTTEEPPEENNÚÚLLTTIIMMAATTEERRÇÇAA--FFEEIIRRAA DDEE CCAADDAA MMÊÊSS

CCoooorrddeennaaççããoo eeddiittoorriiaallPaulo Corrêa d’OliveiraHelena Oliveira (VER)Gabriela Costa (VER)

AArrtteeCarlos HipólitoMarta Simões

FFoottooggrraaffiiaaVictor Machado

DDiirreeccttoorr CCoommeerrcciiaallJoão Pereira

[email protected]

GGeessttoorreess ddee CCoonnttaassAlexandra Pinto – 217 922 096

Isabel Silva – 217 922 094André Domingues – 217 922 073

Miguel Dinis – 217 922 090

maisresponsável

Suplemento elaborado em parceria com

será, pois, “muito inspirador conhecer a sua análise prospec-tiva sobre a evolução da sociedade portuguesa, a partir doacordo a que se chegou com os nossos credores interna-cionais”.

31 DE MAIO – BALLETEATRO NO PORTO

I CONCERTO DA PRIMAVERA DA PULMONALE

A PULMONALE – Associação Portuguesa de Luta Contra oCancro, assinala o próximo dia 31 de Maio – Dia Mundialsem Tabaco – com um concerto subordinado ao tema “OExemplo de Heitor Villa-Lobos”. Da responsabilidade daAcademia de Música de Vilar do Paraíso este é um espec-táculo que constitui um tributo à vida e obra do compositorbrasileiro, cinquenta anos após a sua morte. Os estudantesde História da Música contam a história de Villa-Lobos e,através de um jogo visual e sonoro repleto de humor, reve-lam as várias facetas daquele que foi um instrumentista,compositor, musicólogo, pedagogo e maestro marcante noséculo XX. O espectáculo de carácter pedagógico vai angari-ar fundos que revertem a favor da Pulmonale, sob o mote“Pelo e para o doente com Cancro do Pulmão”.

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NESTE MÊS de Maio, decorre nas lojasJumbo e Pão de Açúcar, do grupoAuchan, o Mês do Produtor. A iniciati-va pretende dar a conhecer os produ-tos locais e regionais, sensibilizandoos clientes para as tradições e para ospequenos produtores nacionais, quetambém estarão presentes nas lojas.

Nos últimos anos, as lojas Jumbo ePão de Açúcar têm apoiado cada vezmais o desenvolvimento da produçãolocal e nacional, “essencial para o de-senvolvimento socioeconómico doPaís”, promovendo ainda a exportaçãode produtos portugueses, sobretudopara França, Luxemburgo e Polónia.

Segundo Vítor Lamego, chefe de gru-po dos Produtos Frescos, a campanha“Maio Mês do Produtor” tem comoobjectivo dar a conhecer “a grandeaposta do Jumbo e do Pão de Açúcarem produtos nacionais, com elevadopadrão de qualidade e diversidade”.

De salientar a recriação de ambien-tes típicos portugueses, várias anima-ções e teatralizações de loja e sessõesde degustação de produtos, sempreacompanhadas pelos próprios produ-tores, que estão disponíveis para for-necer todas as informações relativasaos produtos. Outro objectivo é con-tribuir para divulgar conceitos como o

DOP – Denominação de OrigemProtegida, o IGP – Indicação Geo-gráfica Protegida, o ETG – Especialida-de Tradicional Garantida e o conceitoVida Auchan.

Os Produtos Vida Auchan de Qua-lidade Sustentável são produtos por-tugueses que garantem o respeitopela segurança alimentar, pelo ambi-ente e pelo bem-estar animal, privile-giando as boas práticas das produ-ções agrícolas e pecuárias. É dada es-pecial atenção às questões que pos-sam afectar a biodiversidade, promo-vendo-se a organização de um siste-ma de rastreabilidade útil e eficaz,

explica a empresa. A Auchan pretende aproximar os

seus clientes dos pequenos e médiosprodutores, que produzem o que demelhor se faz em Portugal. Esta es-tratégia socialmente responsável temvindo a ser seguida pelo grupo, queconsidera que “este estímulo à eco-nomia portuguesa é fundamental”.Fundamental também, para a Au-chan, é pôr à disposição dos clientesprodutos de qualidade, promovendo agastronomia e os produtores nacio-nais, objectivos que estão no cerne dainiciativa Mês do Produtor.

ACÇÕES IIITERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011maisresponsável

MÊS DO PRODUTOR NO JUMBO E PÃO DE AÇÚCAR

DURANTE 10 anos lectivos, entre1963 e 1973, a Sociedade Central deCervejas (SCC) premiou os melhoresalunos dos diversos graus de ensinoem Portugal. Foram 641 os galardoa-dos com este prémio e, entre eles,várias personalidades como AntónioGuterres, Ernâni Lopes, FranciscoLouçã, Helena Roseta, Leonor Bele-za, Marcelo Rebelo de Sousa, João Lo-bo Antunes, entre outras. Quase 40anos passados, a SCC pretende agorafomentar o encontro destes alunoscriando, para o efeito, uma página noFacebook (www.facebook.com/pre-miodomdinis). Como afirma NunoPinto Magalhães, director de Comu-nicação e Relações Institucionais da

cervejeira portuguesa, “com esta ini-ciativa inédita, a SCC, mentora doPrémio D. Dinis, pretende saber on-de estão e o que fazem os 641 alu-nos, dado que hoje alguns destespremiados consubstanciam os me-lhores exemplos em Portugal, paraque, posteriormente se possam reu-nir as personalidades que, durante10 anos, representaram uma elite e,com eles, ouvir as suas histórias devida e as suas visões sobre a socie-dade e o mundo”. O objectivo princi-pal desta “procura” será o de servirde inspiração para as gerações pre-sentes e futuras, numa altura emque Portugal precisa de restabelecero seu optimismo.

GALARDOADOS COM PRÉMIOD. DINIS NO FACEBOOK

TUDO COMEÇOU com um concursopromovido pela BP Gás junto dosconsumidores para a oferta de umaquecedor GOLD. O vencedor da me-lhor frase que traduzisse o que é um“momento gold”, não só ganhava oaquecedor, como poderia escolheruma associação para a oferta de ou-tro. A Associação Cultural Moinhoda Juventude, na Cova da Moura, foia eleita e, ao longo de uma manhã, a

dança, a música e a arte cabo-ver-dianas, nomeadamente a pintura degrafitti, animaram os convidados daBP e vários membros da associação.A requalificação de um novo edifícioque visa acolher jovens, dedicado aacções de formação e a ateliês de tra-balhos manuais, foi igualmente apa-drinhada pela BP Gás, ao som decanções entoadas pelos 60 meninosda creche do Moinho.

BP GÁS “AQUECE”MOINHO DA JUVENTUDE

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NA PRIMEIRA PESSOA IV TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 maisresponsável

“A LÓGICA É DESENVOLVER EM CONJUNTOE DAR AUTONOMIA AOS PARCEIROS” “A lógica é desenvolver projectos em parceria, desenhados de raiz, a partir das necessidades identificadas.” Todos os sistemas desenvolvidos “são doados depois de um período-piloto e damos sempre formação aos parceirosenvolvidos para que adquiram autonomia”. É desta forma que Luísa Pestana, presidente da Comissão Executiva da Fundação Vodafone, sintetiza a actuação da fundação, que assinalou em Abril o seu décimo aniversário. Por Gabriela Costa (texto) e Victor Machado (foto)

Que balanço faz de uma década deactuação em prol do desenvolvi-mento da Sociedade de Informaçãoe do combate à info-exclusão emPortugal?A Fundação Telecel Vodafone foi cri-ada em 2001 (dando, em 2003, ori-gem à actual designação), no âmbitodas licenças de 3.ª geração, às quaisse candidatou na área “Promoção daSociedade da Informação em PT”,comprometendo-se a fazer vários in-vestimentos e a criar uma fundação,cujo objecto seria promover a SI, par-ticipando, em parceria, em algunsprojectos em áreas de manifesta uti-lidade pública.

Desde logo identificámos as áreasonde as novas tecnologias de Infor-mação e Comunicação teriam gran-de mais-valia – a saúde, a educação einclusão de pessoas com deficiência,a segurança... Os primeiros projectosdesenvolvidos foram softwares e pro-gramas especiais para pessoas comnecessidades especiais, concreta-mente cegas ou com baixa visão. A partir daí, fomos estendendo o âm-bito da nossa actuação a outrasáreas, como o ambiente ou a investi-gação científica e tecnológica.

A lógica da fundação é desenvol-ver projectos em parceria com ou-tras entidades, desenhados de raiz, apartir das necessidades identificadasno parceiro, e nunca apadrinhar ini-ciativas já formatadas.

O balanço desta primeira década émuito positivo. Ao longo dos anos,concretizámos mais de sessenta pro-jectos, apesar de o tempo de desen-volvimento de cada um ser semprealargado, porque nós não damos do-nativos, implementamos as iniciati-vas de raiz: identificamos um proble-ma e desenvolvemos uma soluçãopara ser implementada em conjuntocom o parceiro.

Por exemplo, na área da saúde, afundação criou um sistema de Moni-torização Remota de Epilepsia Pediá-trica, em colaboração com neurolo-gistas e pediatras, para o Centro Hos-pitalar de Lisboa Ocidental – quecompreende o Hospital de São Fran-cisco Xavier e o Hospital Egas Moniz.Este sistema permite aos médicos,independentemente de estarem den-tro ou fora do ambiente hospitalar, oacesso e a manipulação da informa-ção, a partir da sincronização daimagem do paciente com o registoencefalográfico, o que resultou namonitorização de quase o dobro dosdoentes, face à que era feita antes deexistir este sistema. Além disso, osmédicos passaram a monitorizar ca-sos muito graves de outros pontos doPaís.

Este foi um processo que levoucerca de um ano e meio a instalar edemonstra como trabalhamos: todosos sistemas desenvolvidos são doados

ao nosso parceiro depois de um pe-ríodo-piloto de teste da utilização datecnologia e damos sempre forma-ção aos parceiros envolvidos, antesde doar os equipamentos. O objecti-vo é que estes adquiram autonomiaem relação aos projectos, os quaisacompanhamos periodicamente, du-rante anos.

Partindo do recurso ao know-howtecnológico da Vodafone para o de-senvolvimento de soluções em be-nefício de projectos sociais, que im-portância tem hoje a aplicação dasTIC a uma lógica de intervençãosocial?Vejo essa lógica com muito bonsolhos. O objectivo é ajudarmos os ou-tros com aquilo que melhor sabemosfazer, que é desenvolver sistemas tec-nológicos. Com os projectos que te-mos no terreno, podemos pôr essa te-cnologia ao serviço da sociedade epor isso é que decidimos desenvolversistemas inovadores para aplicar naárea social, em vez de darmos dona-tivos para esta ou aquela causa.

O Táxi Seguro, por exemplo, é umsistema de alerta e seguimento dasviaturas que estão em risco, que veiocontribuir para resolver um proble-ma levantado pela Secretaria deEstado da Administração Interna, de-pois do assassínio de alguns taxistasem 2005: não existia nenhum siste-ma de segurança que interligasse deforma directa os condutores de táxicom a polícia e, com o Táxi Seguro, oqual junta a tecnologia GPS (que dá alocalização exacta em tempo real) aum serviço de SMS (por onde são

enviadas as coordenadas em GPS daviatura), foi possível interligar todosos meios – PSP, GNR e esquadras –,testando a sua coordenação no ter-reno.

Depois de um teste-piloto com 900viaturas e da formação tecnológica eoperacional que a Vodafone e as for-ças policiais deram a mais de dois milhomens, incluindo agentes da PSP eda GNR, aos condutores dos táxis eaos seus proprietários, actualmenteexistem quase 1500 viaturas com estesistema a funcionar nas áreas metro-politanas de Lisboa e Porto. De subli-nhar que, tal como o projecto da Epi-lepsia Pediátrica, este é um sistemaaberto a que qualquer particular podeaderir por um custo acessível, já quenegociámos um preço de venda aopúblico com o fornecedor equivalenteao que pagámos pela aquisição dos900 equipamentos: 300 euros, in-cluindo a instalação.

Entre Abril de 2009 e Março de2010, a fundação apoiou um totalde 22 projectos, investindo cerca de2,3 milhões de euros. Em relação aoprimeiro ano de actividade, duran-te o qual financiaram com 832 mileuros doze projectos, como avalia opercurso traçado?A fundação tem, em média, quinze avinte projectos “ongoing”. Comodisse, o período de intervenção éalargado e, portanto, há semprevários em funcionamento. Actual-mente, e além do projecto de Moni-torização Remota de Epilepsia Pedi-átrica e do Táxi Seguro, destaco oprograma Praia Saudável, uma ini-

ciativa lançada em 2005 que incidenas vertentes da segurança, acessibi-lidade, ambiente e sensibilização,abrangendo actualmente mais de150 zonas balneares de Portugal con-tinental e ilhas, incluindo fluviais.

A Marinha, o ISN, o Instituto daÁgua, o ICNB, o INR e a AssociaçãoBandeira Azul são os parceiros desteprojecto, que permitiu desenharuma rede de comunicações privada(VPN) para os nadadores-salvadoresque faz a intercomunicação entre ospostos de praia, as capitanias dePorto, os Bombeiros e os números deemergência nacionais.

Uma rede de comunicações mó-veis acessível ao público permite quequalquer pessoa reporte, a partir dapraia, situações de risco, como umafogamento ou uma criança perdida.Já nas zonas balneares não vigiadasinstalámos mastros alimentados apainéis solares que permitem accio-nar um botão para reportar tambémemergências através de chamadasem alta voz para as autoridades com-petentes. O programa inclui ainda adisponibilização de equipamentoscomo veículos de salvamento GOES,motos de salvamento marítimo (exis-tindo hoje mais de setenta disponí-veis, depois de o piloto ter arrancadocom vinte), macas flutuantes e tor-res de vigia.

A nível ambiental, realizam-setodos os Verões acções de sensibiliza-ção para os mais novos, a propósitodas regras básicas de segurança napraia e este ano queremos marcarpresença nos ATL. Paralelamente,distribuímos cinzeiros e temos equi-

pado os municípios com máquinasde limpeza do areal. A pensar nosveraneantes com necessidades espe-ciais, temos doado passadeiras espe-ciais e cadeiras de rodas anfíbias.

De referir que a fundação investena praia saudável mais de um mi-lhão de euros anualmente, entre osmeios novos que doa e a montagem,desmontagem e reparação de todosos equipamentos que integram oprograma, o que é significativo nototal da nossa actuação.

Finalmente, e na educação, criá-mos recentemente a primeira biblio-teca online de Fernando Pessoa, inte-gralmente digitalizada e que permiteaceder a todos os livros da bibliotecapessoal do autor, bem como às suasanotações.

Face ao agudizar da crise, prevêemalguma alteração na vossa políticasocialmente responsável?Não perspectivamos que o montanteglobal de investimento nestas acçõese nos projectos de RS da Vodafone di-minua, face à crise, apesar da difícilconjuntura. As áreas de intervençãomantêm-se, e estamos sempre à pro-cura de novos parceiros e projectos.

Acredita que as fundações devemser agentes de mudança pela gran-de capacidade de resposta que têm,já que graças à sua dimensão e à re-putação que alcançam, podem fa-cilmente agregar ideias, projectos eorganizações?Acredito, aliás tem sido essa a nossaorientação desde o início: como éque podemos fazer a diferença, con-tribuindo para os resultados globaisnuma determinada área – seja a edu-cação, a segurança ou as necessida-des especiais? É este o nosso objecti-vo, contribuindo para que os nossosparceiros melhorem os seus recur-sos, trabalhando melhor.

A mentalidade está a mudar e aspessoas estão hoje mais despertaspara se associarem a uma causa oufazerem voluntariado. Por outro lado,há uma maior abertura por parte dasempresas, das organizações públicas edas IPSS para fazerem parcerias emáreas concretas, de modo a atacaremdeterminados problemas, até porqueos recentes problemas orçamentaisdas instituições levam-nas a congre-gar sinergias.

Se for continuado e não avulso, otrabalho das empresas nesta áreapode trazer uma mais-valia às institu-ições, já que numa empresa habi-tuamo-nos a trabalhar por objectivose a ter uma boa capacidade de exe-cução. Em princípio, estas são parce-rias “win-to-win”, para as empresasporque conseguem dar algo de volta àcomunidade, e para as organizações,porque acabam por tornar-se maisprofissionais em algumas áreas.

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PUBLICIDADE VTERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011maisresponsável

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FAMÍLIAVI TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 maisresponsável

PELA PRIMEIRA vez, a Organizaçãopara a Cooperação e Desenvolvimen-to Económico (OCDE) publicou, a 28de Abril último, um extenso relatóriono que respeita ao bem-estar das fa-mílias nos países que dela fazemparte. Intitulado “Doing better forfamilies”, o relatório conclui que a po-breza nos agregados com crianças es-tá a aumentar em quase todos os paí-ses da OCDE. Uma em cada cinco cri-anças em Israel, México, Turquia, Es-tados Unidos da América e Polónia vi-vem em situação de pobreza. A seguira estes quatro países, encontram-se aEspanha e o Chile, logo seguidos porPortugal. O relatório sublinha ainda ofacto de as famílias, em toda a OCDE,terem sofrido alterações dramáticasem apenas uma geração.

No seguimento da conferência de-dicada ao impacto económico na eco-nomia portuguesa, promovida pelojornal OJE e pela Associação Portu-guesa das Famílias Numerosas, e queo OJE Mais Responsável considera serum tema ao qual se tem de prestaratenção contínua, analisar as famíliasportuguesas de acordo com as “len-tes” da OCDE torna-se assim imperati-vo. E se nem todos os resultados sãonegativos, a verdade é que Portugal

enfrenta desafios significativos, comtendência para se agudizarem, face àpresente situação económica e finan-ceira do País.

Para os responsáveis do estudo“Doing better for families”, Portugaldeverá tentar investir mais nos seusorçamentos familiares públicos, mes-mo numa altura em que as pressõespara a sua consolidação orçamental seencontram em níveis máximos. Emparticular, o investimento em serviçosde apoio para os primeiros anos dainfância (até aos seis anos) é considera-do essencial para o florescimento dasfamílias, bem como para a sustentabi-lidade futura do Estado Social e para ocrescimento económico do País.

Um dos dados mais preocupantesrevelados pelo relatório em causa estárelacionado com os investimentos na-cionais no que respeita a todos os es-tágios da infância. Ou seja, os gastosnos últimos anos em Portugal relati-vamente à primeira infância cifram--se em menos de metade quandocomparados com a média dos paísesda OCDE – 11 500 euros por criançaface a 24 900 euros – sendo que osrestantes estágios (dos 6 aos 11 anos edos 12 aos 17), ficam igualmenteaquém dos níveis médios da OCDE

em cerca de um terço e um quarto,respectivamente.

Um outro problema, já sobejamen-te conhecido pelos portugueses, é ofacto de as taxas de fertilidade emPortugal estarem, há mais de uma ge-ração, a diminuir substancialmente.Na actualidade, apenas um dos paísesda OCDE, a Coreia, tem índices de fer-tilidade ainda mais reduzidos. Umafertilidade sustentável é importantepara assegurar que os rácios de de-pendência não ameacem os sistemasde segurança social e a produtividadefutura do País. Mas, na realidade, oproblema português não significaque as famílias não tenham filhos,mas sim o de não terem mais do queum filho. Apesar de apenas uma emcada dez mulheres, até aos 49 anos,não ter filhos, cerca de metade de to-das as famílias portuguesas têm umfilho. O que implica que, para este fe-nómeno se inverter, as famílias pre-cisam de mais serviços de apoio paraos mais novos.

A OCDE aponta, todavia, algumasmedidas positivas nas políticas fami-liares nacionais. As recentes licençasparentais facilitam tanto as mãescomo os pais a passar mais tempocom os filhos recém-nascidos, bem

como promovem a igualdade degénero através dos incentivos finan-ceiros partilhados nas licenças. Tam-bém as inscrições das crianças no pré--escolar triplicaram na última década,estando Portugal, neste patamar, aci-ma da média da OCDE (65% contra58,2%). Todavia, os constrangimentosem cuidados subsidiados permane-cem e as desigualdades entre os servi-ços formais de cuidados à infância,por grupo de rendimento, são dasmais gritantes no conjunto dos paísesda OCDE.

Por outro lado, e por causa de asmulheres portuguesas terem, na ge-

neralidade, mais estudos que os seuspares masculinos, combinado com osbaixos níveis de educação no geral(mais de 67% casais têm habilitaçõesinferiores ao 3.º ciclo), poderá explicara elevada participação feminina nomercado de trabalho (mais de 60%das crianças e jovens vivem comambos os pais que trabalham a tempointeiro) e a pequena dimensão dasfamílias.

As melhorias significativas nosníveis de literacia na leitura, no PISA(Programm for International StudentAssessment) entre 2000 e 2009 foramigualmente sublinhados neste estudo.

QUANTO MAIS VÃOSOFRER AS FAMÍLIASCOMEMOROU-SE, a 15 de Maio, o DiaInternacional das Famílias. Todavia,para as portuguesas, não existem mo-tivos para celebrações. Pelo contrário.Como tem vindo a ser amplamentenoticiado e ainda de acordo com esti-mativas “por baixo”, o programa deresgate a Portugal no valor de 78 milmilhões de euros irá custar às famíliasum montante que ronda os três milmilhões de euros em apenas dois anos,2012 e 2013.

Este valor resulta sobretudo doaumento de impostos e da diminuiçãodas receitas no que respeita a benefí-cios, subsídios e pensões do Estado. E se Portugal já se confronta com umsignificativo sobreendividamento dasfamílias – números da Deco apontampara cerca de mil novos pedidos deajuda só no primeiro trimestre do ano,contra três mil famílias num total decerca de 17 mil créditos incumpridosem 2010 –, a tendência é para um es-trangulamento ainda maior.

Com o aumento certo dos impostos,será por esta via que as famílias maissofrerão: a começar pelo IRS, devido ao

limite nas deduções ou à eliminaçãodos benefícios fiscais; os bens e serviçosque ficarão mais caros por causa doagravamento das taxas reduzidas doIVA; o “encarecimento” da habitação,pois sem poderem deduzir as amortiza-ções de empréstimo, os proprietáriosde casas irão sofrer um forte abalo, semesquecer o aumento do valor do IMI e aperda de isenção do mesmo.

Outras medidas sociais, como a di-minuição do subsídio de desemprego edas indemnizações por despedimento,o congelamento das pensões (com ex-cepção para as mais baixas) e das pres-tações sociais e a menor retribuiçãodas horas extraordinárias contribuirãopara a necessidade de se apertar aindamais o cinto.

As famílias portuguesas podem ain-da contar com uma diminuição dasisenções nas taxas moderadoras e como aumento das mesmas na saúde, sen-do fortemente penalizadas as urgên-cias e as consultas externas. A revisãodas tarifas dos transportes públicos econsequente aumento é igualmenteuma certeza.

ESTUDO DA OCDE ASSINALA OS CONSTRANGIMENTOS DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS

Conciliação

EVA CARVALHOINSTITUTO DE CIÊNCIAS DA FAMÍLIA,

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

Pelo equilíbrio entre a família e o trabalho

De acordo com a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), oconceito de qualidade de vidade um indivíduo centra-se na

percepção do mesmo quanto à suaforma de estar na vida, aos seus objec-tivos, expectativas e preocupações. À luz deste conceito, que varia conso-ante o contexto cultural em que oindivíduo se insere, torna-se impera-tiva uma abordagem eficaz à realida-de portuguesa.

Tendo esta necessidade presente, oProjecto Conciliação procurou, aolongo de três anos de investigação,análise e debate, promover uma cons-tante partilha de conhecimento e ex-periências entre Portugal e a Norue-ga. Sob a coordenação do Instituto deCiências da Família da UniversidadeCatólica e promovido pela AssociaçãoPortuguesa de Famílias Numerosas,conseguimos reunir diferentes enti-dades públicas e privadas e dar umimportante contributo para o aumen-to da consciencialização social e pro-moção de uma cultura para a concili-ação entre o trabalho e a vida fami-liar, elemento fundamental para oconceito de qualidade de vida aborda-

do pela OMS.Partindo de uma metodologia as-

sente no princípio da geminação –municípios portugueses e noruegue-ses –, foram definidas directrizes aonível da construção e aplicação deinstrumentos de diagnóstico, além daaplicação de uma sondagem, realiza-da a 800 inquiridos, para um melhorconhecimento das práticas existentese necessidades de medidas de concili-ação. Procurámos, ainda, a promoçãode uma cultura para a conciliação,resultante da identificação de umaperspectiva deficitária deste conceito.Finalmente, desenvolvemos a “Redede Conciliação”, um projecto de fu-turo composto por entidades públicase privadas de forma garantir a sus-tentabilidade e evolução do projecto,facilitar a troca de conhecimento epromover a disseminação de boaspráticas.

As principais conclusões deste es-tudo inédito mostram que sensivel-mente o mesmo número de inquiri-dos considera importante a concilia-ção da vida familiar com a vida pro-fissional (66%) e/ou afirmam ter difi-culdade em efectuar a conciliação

(64%). De acordo com os dados daamostra, tanto os homens (59%)como as mulheres (69%) mencionamessa dificuldade. E em termos de me-didas concretas de conciliação, quaissão as mais conhecidas? Tanto a nívelorganizacional como legais, as respos-tas são inequívocas. O horário de tra-balho flexível, regime de turnos e oestatuto de trabalhador-estudante, ossubsídios sociais de maternidade, oabono de família, o abono de famíliapré-natal e a dispensa para amamen-tação/aleitação são os que se desta-cam.

Apesar de existir um longo cami-nho pela frente quanto às políticasempresariais e municipais, acredita-mos que a criação da rede, da qualfazem parte também entidades no-rueguesas, vai permitir aos gover-nantes, autarcas e empresáriosaprenderem com as melhores práti-cas e caminhar em direcção da pro-moção de uma melhor qualidade devida. Este é o grande objectivo doProjecto Conciliação, que agora con-clui o seu ciclo. Acreditamos queestão lançadas as bases para o fu-turo.

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INICIATIVAS VIITERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011maisresponsável

UNIVERSIA E LEYA JUNTAM ÚTIL AO AGRADÁVELNA SUA constante procura de novosprojectos e parcerias que se tradu-zam em mais-valias e que criem va-lor para as universidades e para osjovens estudantes, o portal Universiae a editora Leya criaram uma parce-ria que resultou na LeYa Universia,uma loja online criada para os jovensuniversitários que oferece vantagensna compra de livros em formato elec-trónico (e-books) e em formato pa-pel, disponível em www.leya.univer-sia.pt.

A criação de Bolsas de Oportuni-dades com 10 a 20 títulos mensaisentre os cinco e os 10 euros e down-loads gratuitos de novidades em e-book, descontos de 50% na compra

de segundos títulos e um descontoconstante de 10% na compra de no-vidades são alguns dos exemplos dasvantagens que resultam desta parce-ria.

Como serviço de valor acrescenta-do na área da cultura e do saber, aloja LeYa Universia visa colmataruma falha existente no que respeitaà oferta de conteúdos editoriais diri-gidos às universidades e aos seus in-tervenientes. Para os vários formatosexistirão diferentes preços e vários ti-pos de acções exclusivas para os uti-lizadores Universia. A loja LeYa Uni-versia vai também disponibilizar gra-tuitamente o Dicionário de Portu-guês da Universal aos universitários

e docentes do portal Universia.Serão disponibilizadas duas gran-

des categorias de livros em formatoelectrónico (e-books) e em formatopapel: livros para universitários deautores e títulos alinhados com as li-cenciaturas existentes nas várias uni-versidades, sem esquecer a literaturade grandes autores que integram ocatálogo das várias editoras queconstituem a LeYa.

Os parceiros deste projecto consi-deram que estas iniciativas são im-portantes no que diz respeito à for-ma como os jovens olham para a li-teratura. Não só ajudam a incutir ea relembrar os hábitos de leitura co-mo também proporcionam um ní-

vel superior de inovação no que dizrespeito ao acesso aos livros e e-books dirigidos para esta faixa etá-ria.

O Universia é uma rede de 1216universidades que está presente em23 países ibero-americanos, que de-senvolve acções dentro e fora do es-paço virtual e faz parte da Responsa-bilidade Social Corporativa do BancoSantander. O que explica a sua parce-ria com a Leya, holding na qual se in-tegram algumas das mais prestigia-das editoras de língua portuguesa.Líder do mercado editorial portu-guês, angolano e moçambicano, aLeYa está, também, e desde 2009,presente no Brasil.

TRATAR O ALZHEIMER COM ARTE PELA ARTE Recriar a Vida – Um Pro-jecto de Arte para Pessoas com De-mência” é o novo projecto-piloto daAlzheimer Portugal e da CalousteGulbenkian, que decorre até 7 de Ju-nho no Museu de Arte Clássica destafundação. Testado em oito utentes doCentro de Dia e Apoio Domiciliário daAlzheimer Portugal, entre os 66 e os85 anos, o projecto experimenta aestimulação cognitiva através do con-tacto com a arte e a interacção e me-lhoria da relação com os cuidadores.

“Pela Arte Recriar a Vida” é o pri-meiro projecto concebido em Portu-gal que visa a aproximação das pes-

soas com doença de Alzheimer àarte, constituindo uma “abordageminovadora” através da qual se pre-tende “proporcionar momentos deestimulação, e reproduzir algumaspráticas internacionais que têm obti-

do bons resultados”. O projecto-piloto “Pela Arte Recri-

ar a Vida” decorre em sessões quin-zenais de noventa minutos. Os pri-meiros sessenta minutos de cada ses-são são dedicados à observação e dis-cussão de obras de arte, e os res-tantes trinta dedicados à realizaçãode oficinas de arte ou actividades delazer nos espaços do Museu de ArteClássica e dos jardins da Gulbenkian.Concluída a fase-piloto (três meses),são avaliados os resultados atingidose os métodos e técnicas aplicadas,tendo como objectivo final a sua con-tinuação futura.

BES ANGOLA INVESTE 2 MILHÕES

DE DÓLARES EM SUSTENTABILIDADE

O BANCO Espírito Santo Angola(BESA), nomeado Banco Oficial do Pla-neta Terra Unesco para os próximosdez anos, apresentou o seu primeiroRelatório de Sustentabilidade, onde dáa conhecer os seus projectos de apoiosocial, ambiental e cultural. No re-latório, o BESA descreve as linhas deactuação e projectos empreendidos a

nível nacional e internacional, reflec-tindo a “prioridade estratégica” depromover o desenvolvimento susten-tável: o banco angolano investiu doismilhões de dólares, entre 2009 e 2010,na concretização de projectos sociais.

Para 2011, o BESA vai prosseguircom novas parcerias com o Ministériodo Ambiente de Angola, na área da

educação ambiental e, a nível interna-cional, acaba de apresentar uma pro-posta para a criação do primeiro Cen-tro de Excelência da UNESCO para aEducação de Ciências da Terra emÁfrica, sedeado em Luanda, em con-junto com o Ministério da Ciência, Tec-nologia e Ensino Superior de Angola ecom o Instituto do Planeta Terra.

BRINQUEDOS FEITOS DE LIXO QUE ENSINAM CIÊNCIA A CRIANÇASCHAMA-SE Arvind Gupta, é um in-ventor de brinquedos indiano e, em1988, foi o vencedor do Prémio Na-cional para a Popularização da Ciên-cia entre as Crianças, conferido peloDepartamento de Ciência e Tecno-logia do Governo da Índia. Desde en-tão, a vida de Gupta tem sido exclusi-vamente dedicada a explicar aos maisnovos – através de brinquedos feitosde materiais recicláveis e de livros,com histórias simples e publicadosem inglês, hindu e noutras línguasnacionais indianas – muitos fenóme-nos científicos, aliando a teoria à prá-tica e primando pelo baixo custo. A sua colecção de brinquedos (mais de600), feita a partir de diferentes objec-tos que vai encontrando no lixo,exemplifica os mais variados cami-nhos da ciência. A finalidade é quecada criança possa construir o seupróprio brinquedo, que vem sempreacompanhado por um simples manu-al de instruções e com a explicação de

cada experiência científica em causa. O trabalho de Gupta, especialmen-

te junto das crianças mais desfavore-cidas, é reconhecido por inúmerasorganizações internacionais, desde aUNESCO, a UNICEF, o Media Lab per-tencente ao MIT ou a Walt DisneyImagineering and Research.

Gupta é agora consultor daUNESCO para a área de educaçãopara as ciências e profere inúmeraspalestras para ensinar professores,nos países desenvolvidos, a construir,com o que têm à mão, as suas expe-riências científicas para os alunoscom mais dificuldades. O seu traba-lho pode ser visto na Internet e o fa-brico de brinquedos é explicado, emvídeos de aproximadamente um mi-nuto, a todos os que quiserem seguiro seu exemplo.

Arvind Gupta foi um dos oradoresconvidados para a edição TEDx de2011, realizada no Porto, dedicada àjuventude.

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BOLSA DE VALORESVIII TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 maisresponsável

FROTA SOLIDÁRIA DÁ VIATURAS A INSTITUIÇÕES DE ÉVORA

NO ÂMBITO do projecto “Frota Solidária”, a Fundação Montepioentregou no dia 10 de Maio, em Évora, dezanove viaturas especi-ais e adaptadas a instituições de solidariedade social. A iniciativa,que teve lugar na presença do presidente da Câmara Municipal dacidade, José Ernesto de Oliveira, do presidente do Montepio,António Tomás Correia, do arcebispo de Évora e do presidente daCâmara Municipal de Pedrógão Grande, João Manuel Marques,concretizou a quarta edição deste projecto que, desde o seu lança-mento, já ajudou 62 instituições a solucionar problemas de mo-bilidade de quem mais necessita.

Na ocasião, a Fundação Montepio ofereceu ainda um veículoadaptado, que foi entregue à Associação Coração Delta, represen-tada, na cerimónia, pelo comendador Rui Nabeiro.

Em 2010, a Fundação Montepio recebeu, através do Ministériodas Finanças, 465 mil euros resultantes de valores atribuídos, noano 2008, no âmbito da Lei da Liberdade Religiosa (ConsignaçãoFiscal). O montante entregue pelos contribuintes a esta institu-ição de utilidade pública é devolvido à sociedade civil através dasua aplicação na aquisição de veículos automóveis especiais eadaptados que, constituindo a “Frota Solidária”, se destinam aapoiar a actividade de vinte instituições particulares de solidarie-dade social.

Comércio solidário e sustentável

MARCO SOUSA DOMINGUESCOORDENADOR DO PROJECTO COMÉRCIO SOLIDÁRIO E SUSTENTÁVEL “CSS” E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ECOGERMINAR

“CSS”, O MODELO DE COMÉRCIO JUSTO NACIONAL

Estamos numa crise sistémica nacio-nal. Esta é a oportunidade de mu-dança de políticas locais, da renta-bilização das terras, do combate ao

despovoamento e à desertificação e dapromoção de novos hábitos de consumo.Como poderá o comércio justo contri-buir? O comércio justo é um movimentoglobal de redes comerciais mais justas en-tre produtores e consumidores, alicerça-da em organizações conscientes da neces-sidade de reduzir a pobreza mundial e au-mentar a justiça e equidade entre ospovos.

No dia 14 de Maio, comemorou-se o diaMundial do Comércio Justo, este ano como tema “Comércio para as Pessoas, Co-mércio Justo para o Mundo”, simbolizan-do a importância do comércio e do seuconsumo para os territórios. Queremoscrescimento económico ou desenvolvi-mento sustentável? Será que necessito deaumentar o consumo para ser mais felize realizado enquanto ser humano? A res-posta é – não! Necessito de consumir me-

lhor, de consumir com consciência domeu acto, do impacto económico e socialda minha acção, do impacto ambientalpara a manutenção da vida e dos ecossis-temas naturais.

Nós dependemos do que conseguimosproduzir sustentadamente, e não do queconseguimos consumir desenfreadamen-te. Temos e devemos produzir por lógicado impacto e da necessidade (capacidadede produção no território, impacto sociale ambiental da produção e necessidade deconsumo local e global), e não consumirpor impulso.

É neste sentido que surge o “CSS – Co-mércio Solidário e Sustentável”, um pro-jecto financiado pelo Programa EDP Bar-ragens 2010 e promovido pela AssociaçãoEcoGerminar, em Castelo Branco, quetem como objectivo a inovação e “locali-zação” do comércio justo.

O CSS (www.css.org.pt) é um mecanis-mo de promoção de um consumo susten-tável, consolidado numa estratégia de co-municação que permite criar valor social

e ambiental e consciência na altura dadecisão de compra, permitindo ao consu-midor contribuir para o interesse comume sustentável. Este projecto experimentalaté Setembro de 2012 está a consolidar asua acção junto dos produtores da BeiraInterior, esperando posteriormente teruma abrangência nacional.

Os requisitos de atribuição do selo CSSbaseiam-se na avaliação do impacto deprodução em três dimensões – económi-ca, ambiental e social –, sendo requisitoseliminatórios ser um produto regional(modos de produção e tradições ligadas àcultura local, ao património ou à pro-dução biológica e que desta forma os tor-nam distintos dos produtos massificados)e com recurso a 75% de fornecedoressituados a menos de cem quilómetros. O CSS é a marca da sustentabilidade co-mercial e do consumo responsável.

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À CONVERSA COM

ANA TOJALVice-presidente e coordenadora-geral da Associação Jerónimo Usera (AJU)

PREVENÇÃO PRECOCE GERA PROJECTOS DE VIDAAjudar a organizar e capacitar famílias desfavorecidas dando-lhes novos modelos e oportunidades de mudança, prevenindo assim comportamentos de risco, é o grande objectivo da Associação Jerónimo Usera, que permite às crianças da freguesia de Alcabideche,em Cascais, encontrarem um projecto de vida. Tudo parte da prevenção precoce, garante a coordenadora da AJU

AAJU (Associação JerónimoUsera) é uma IPSS criada em2001, no contexto de um dosbairros de realojamento social

do concelho de Cascais. Nasceu com amissão de ajudar crianças em situa-ção vulnerável, e respectivas famílias,motivando-as a encontrar o seu pro-jecto de vida. Inspirada na vida e obrado P.e Jerónimo Usera, a AJU, “reco-nhecida pelo seu trabalho e interven-ção na comunidade”, tem por objecti-vo a promoção integral da pessoa hu-mana e da família, atendendo em es-pecial os mais desfavorecidos e mar-ginalizados.

Segundo a coordenadora-geral daAJU, “reconhecemos os nossos limitese estamos dispostos a aprender com oque vamos experimentando. O nossosucesso depende exactamente disso,estarmos abertos, envolvendo as pes-soas, partilhando o que já foi feito enão deixando de ousar”. Para Ana To-jal, ainda mais importante “é a noçãoabsoluta de que queremos que as pes-soas que vêm ter connosco se sintamde facto acolhidas. Tentamos compre-ender para melhorar, de forma a ga-rantir a missão à qual nos propuse-mos: dignificar a pessoa humana nasua totalidade”.

Hoje, a intervenção da AJU vai“muito além” do trabalho desenvolvi-do no bairro de realojamento socialda Abuxarda, estendendo-se a uma

área geográfica mais abrangente, queé a freguesia de Alcabideche, uma dasmais vulneráveis do concelho deCascais.

Numa lógica de intervenção juntodas famílias, surge a necessidade dedar resposta a problemas específicos,como a monoparentalidade, a emi-gração, problemas de saúde mental,carências económicas, desemprego ea fraca coesão social, explica. Iden-tificados os principais problemas, otrabalho em rede, a “articulação pri-vilegiada” com a Câmara Municipalde Cascais e com a Comissão de Pro-tecção de Crianças e Jovens, paralela-mente ao estabelecimento de algunsprotocolos, “permitem-nos dar res-postas mais eficazes”.

Ana Tojal defende a importância ex-trema do trabalho que a AJU desen-volve junto das famílias: “Acreditamosna intervenção precoce.” O objectivoda associação é ajudar a organizar ecapacitar as famílias dando-lhes novosmodelos e oportunidades de mudan-ça, prevenindo assim comportamen-tos de risco. A promoção de passeiosem família, por exemplo, que a AJUorganiza com regularidade, propor-ciona a troca de experiências e sa-beres, envolvendo a comunidade localna organização e dinamização dasactividades.

Na sequência do trabalho desenvol-vido pela AJU, o projecto Crescer sur-

ge “como resposta às necessidadesidentificadas junto da população queapoiamos”. O objectivo principal dainiciativa consiste em promover a in-clusão sociocultural das crianças e jo-vens mais desfavorecidos e marginali-zados, motivando-as a encontrar oseu projecto de vida. Ou, nas palavrasde Ana Tojal, abrindo-lhes horizontes,dando-lhes opções de escolha e aju-dando-as a criar hábitos e estilos devida saudável.

Na opinião da responsável da AJU,neste momento de crise, as estruturasfamiliares estão cada vez mais fragi-lizadas, as crianças estão cada vezmais tempo sozinhas e as famílias in-vestem cada vez menos na educaçãodos seus filhos. “Não querendo substi-tuir os pais, propomo-nos a ser par-ceiros das famílias”, sublinha.

Com a criação do Projecto Crescer, aassociação investe no presente – ge-rando coesão nas famílias –, prevenin-do no futuro situações de marginali-dade e isolamento social, concre-tamente o abandono escolar. Numa ló-gica de “proximidade e valorização dosucesso escolar”, a AJU oferece umespaço de estudo individual ou emgrupo adaptado às necessidades espe-cíficas de cada criança ou jovem, “mo-tivando-os a dar continuidade aos seusestudos”.

No âmbito deste projecto, pro-move-se ainda o desenvolvimento de

competências sociais, pessoais e cul-turais através da ocupação saudávelde tempos livres. Desporto, educaçãopela arte, oficinas de pintura, músicaou teatro são algumas das opções,conclui Ana Tojal. A AJU quer “estrei-tar e estimular os laços entre a escolae a família e criar novas formas deacompanhamento”. Com o apoio dogabinete de psicologia, um dos objec-tivos específicos é “mudar as atitudesdos pais” através de sessões de for-mação parental e do grupo de encon-tro de pais.

Através de dez projectos activosque se completam, a AJU presta assis-tência mensal a cerca de 250 famíliasnum total aproximado de 850 pes-soas. A experiência do dia-a-dia “aju-da-nos a compreender o que é real-mente necessário”, diz, e os projectosvão sendo criados de forma a respon-der a problemas específicos: desde oProjecto Bebé ao Colo até ao ClubeSénior, passando pela distribuição dealimentos (Projecto Recolhas), Loja deRoupa, Colónias de Férias e Projectoscomo o Recriar ou Ser Capaz.

“Somos confrontados com todo otipo de carências e é exactamente poristo que sentimos a necessidade abso-luta de criar mudança: novos padrõese a promoção de valores que consi-deramos fundamentais. Acreditamosque as pessoas podem ser agentes dasua própria mudança, todos temos de

estar prontos a mudar e é com esteespírito que abordamos cada questão.Estarmos atentos, abertos ao outro,ao mais frágil e carenciado, dá-nosuma perspectiva nova e ajuda-nos adescobrir outros caminhos”, explicaAna Tojal.

Os projectos vão sendo reavaliados,adaptados e reajustados conforme asnecessidades com que a associação sedepara, pois “é esta forma de estar quenos impele a ir mais longe e a fazermelhor”. Entusiasmo, esperança, es-forço, amor e criatividade são ingredi-entes essenciais, em maior ou menordose, para “fazer a diferença”, defende.

Com uma equipa coesa compostapor voluntários e técnicos, a AJU acei-ta desafios em conjunto, “desenvol-vendo estratégias de coesão entre in-cluídos e excluídos e criando laços esentido de comunidade”. A cotaçãodo projecto Crescer da AJU na Bolsade Valores Sociais (BVS) é um bomexemplo disso mesmo: a BVS traz àAJU “a possibilidade da boa prosse-cução destas respostas e da divulga-ção das mesmas, de forma a garantira sustentabilidade do projecto”. Subli-nhando a “clareza e transparência”com que a associação se dedica a umaintervenção na área social, Ana Tojalacredita que “o conceito inovador daBolsa de Valores Sociais vem dar ain-da mais sentido à nossa forma deestar”.

Page 21: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

www.oje.pt

Mas o mais relevante está na efi-ciência da máquina fiscal. Afirmouque o valor das dívidas fiscais pres-critas todos os anos “é preocupante efez as contas aos últimos seis anoscom uma média de 700 milhões//ano”. Sublinha que “a máquina temde cobrar” e as medidas que lhe es-tão associadas “não implicam maiscarga fiscal”. Diz que a DGCI (Direc-ção-Geral de Contribuições e Impos-tos) tem de ser mais eficiente, tendoem conta os instrumentos que temao seu dispor a nível de “reporting”.Esta melhoria pode evitar aumentode impostos e, inclusive, poderia le-var a reduções. Rematou ao afirmarque, independentemente das críti-cas, a sua percepção é de que o nívelde eficiência tem vindo a melhorar,sendo que na actualidade o escrutí-nio é mais apertado e daí manter-se oenfoque em mais eficiência exigido àestrutura dos impostos.

Luís Magalhães afirma que entre-tanto houve uma alteração de para-digma na fiscalidade. “Houve umamudança na governação corporativae estes são tempos de mais exigênciae de mais cuidado.”

Deu como exemplo uma medidaque está no documento relativo aoregime dos prejuízos fiscais. Diz serexplicável a antecipação do reportepara três anos, assim como a intro-dução de limitações.

SUJEITOS INDIVIDUAIS

A nível de IRS, é possível a simplifi-cação. Na actualidade existe a per-cepção de que é complicada a ques-tão dos escalões, sendo possível aredução a apenas quatro escalões, oque permitiria reduzir a carga fiscalem alguns deles, sobrecarregando osescalões superiores para que a recei-ta final não fosse afectada.

A revogação de algumas deduçõesà colecta também são compreensí-veis porque há benefícios desajusta-dos, nomeadamente porque em al-guns casos a sua criação tem o objec-tivo de determinadas metas anuais eos benefícios acabaram por perdurardepois de esgotados os efeitos que sepretendia. “Há aqui espaço paralimpar”, afirma.

Algumas das medidas apresen-tadas terão impacto sectorial. Desdelogo poderão ter impacto nas empre-sas com dimensão, enquanto a ques-tão da energia terá efeitos nefastos anível do consumidor final, mas nãosobre as empresas, que poderão de-duzir o IVA liquidado. A questão dosprejuízos fiscais será relevante, as-sim como a eventual redução debens que usufruem da taxa intermé-dia e que poderá agravar os preços dealguns bens. A nível de exportações,o que se espera é que existam medi-das a privilegiar o sector. Este aspec-

to é relevante sobretudo para agrande maioria das empresas que sesituam no Norte do País. LuísMagalhães sublinhou ainda o factode a evolução das taxas de expor-tação ser muito animadora.

Aquilo que é expectável com estasmedidas é um aumento do estímuloà exportação e ainda a melhoria dapolítica de emprego. Entre os secto-res de maior impacto estão as tecno-logias de informação, o calçado e ostêxteis. Luís Magalhães diz que aanálise destes sectores revela uma“visão interessante no País”.

PARADIGMA

A alteração de paradigma sobre aárea fiscal que o memorando de en-tendimento assinado com a “troika”permite centra-se no facto de o foco

estar dirigido para o lado da receita,sendo este um momento ímpar parao fazer. Pode-se “refundar a forma dever este tema”, diz Luís Magalhães.Acrescenta que para atingir esses ob-jectivos o documento terá de ser tra-tado com “uma visão política muitoclara”.

A nível de “corporate taxes”, o ges-tor não acredita na revogação de to-

dos os benefícios fiscais, nomeada-mente no regime da SGPS ou na cria-ção de emprego.

A nível dos impostos sobre o con-sumo, defende que o agravamentodeve ser maciço para se obter receitaadicional. Este agravamento deve po-der compensar a redução do consu-mo e a evasão fiscal. Adverte que

quando as taxas impostas ultrapas-sam certo nível, as receitas baixam,registando-se uma inversão compor-tamental.

A nível do automóvel, aquilo queestá previsto é a tributação em sedede IRS dos benefícios em espécie,agravando-se em sede de tributaçãoautónoma. Afirma que pode ser maiseficiente pagar “cash” do que entre-

gar um carro, fazendo ainda sentidoo aumento do prémio anual em de-trimento das entregas em espécie.

Por outro lado, o tema da revisãodos pacotes salariais pode levar àsubstituição de custos fixos por va-riáveis, enquanto o novo Código Con-tributivo terá um impacto faseávelno tempo.

ANÁLISE 13TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

É expectável com estas medidas um aumento do estímulo à exportação e ainda a melhoria da política de emprego

O foco das medidas está dirigido para o lado da receita, sendo este o momento ímpar para o fazer. Pode-se refundar a forma de ver este tema

Neste imposto, está prevista a intro-dução de um limite máximo aplicável àsdeduções à colecta em função doescalão de rendimento colectável doscontribuintes. Na prática, o limite dasdeduções decresce na medida em queaumenta o rendimento colectável. Estamedida já tinha sido introduzida peloGoverno, mas com a “troika” vai maislonge.Na verdade, pela primeira vez será apli-cado um tecto máximo de deduçãopara as despesas da saúde; além de ser

eliminada a dedução à colecta referenteaos encargos com imóveis, sendo queesta era a dedução mais popular utiliza-da pelos sujeitos passivos em IRS.Está prevista a eliminação dasdeduções correspondentes ao valor dasamortizações do empréstimo.Ainda a eliminação faseada da deduçãorespeitantes às rendas pagas e aosjuros suportados no âmbito do emprés-timo contraído para a aquisição dehabitação permanente.E ainda a eliminação da dedução refe-

rente ao valor dos juros pagos paranovos empréstimos.Está ainda prevista a eliminação de ou-tros tipos de despesa dedutíveis àcolecta, caso dos encargos com lares eencargos com prémios de seguros.Será revista a tributação dos benefíciosem espécie, que não são identificadosno documento da “troika”. A KPMGantecipa que a revisão poderá incidirsobre a atribuição ao trabalhador dodireito à utilização pessoal de viaturapela respectiva entidade patronal e

sobre os empréstimos efectuados pelaentidade patronal a favor dos seus tra-balhadores.Irá ocorrer, também, uma alteração daLei das Finanças Regionais com o objec-tivo de limitar a redução do IRS nasregiões autónomas a 20% das taxas deIRS aplicáveis no continente.Está também previsto a sujeição a IRSde todas as prestações de caráctersocial pagas em dinheiro, o que podeincluir o subsídio de desemprego, ossubsídios de maternidade e pater-

nidade, o abono de família e outroscomplementos sociais.Acontecerá ainda a convergência dasregras de tributação dos rendimentosde pensões e rendimentos do trabalhodependente no que respeita à deduçãoespecífica. Na prática, opta-se pelaredução do valor da dedução específicaaplicável aos rendimentos de pensõesde forma que o mesmo se aproxime dovalor da dedução específica aplicávelaos rendimentos de trabalho.

O que muda no IRS

O que muda no IVANeste imposto reduzem-se as isenções,além de estar previsto a transferênciade determinadas categorias de bens eserviços sujeitos às taxas reduzidas eintermédia para a taxa normal de IVA.Está também prevista a alteração daLei das Finanças Regionais com vista aimpedir que a redução das taxas doIVA aplicadas na Regiões Autónomaspossa ser superior a 20% das prati-cadas no continente. Isto significa queas actuais taxas de IVA de 4%, 9% e16% sobem, pelo menos, para 5%,10% e 18%, respectivamente.

O que muda no consumoEstá previsto o aumento do imposto devenda de automóveis e eliminação dasrespectivas isenções.Será aumentado o imposto sobre otabaco; além de indexados os impostosespeciais de consumo à inflação. Será introduzido o imposto sobre oconsumo de electricidade, pararespeitar uma directiva europeia. Seráainda estabelecido um novo quadronormativo no que respeita à tributaçãodos produtos energéticos em funçãodo seu teor energético e dos respec-tivos níveis de emissões.

O que muda no patrimónioSerão reduzidas substancialmente asisenções temporárias para casas deso-cupadas, enquanto a grande medidaestá na transferência de poderes doGoverno para as autarquias locais serárevista, com o objectivo de assegurarque as receitas adicionais sejam alo-cadas à consolidação orçamental.Associado a estas orientações estãoconceitos vagos como sejam a melho-ria do acesso à habitação e a pro-moção da mobilidade dos traba-lhadores, a melhoria da qualidade dahabitação e a redução dos incentivos àcontracção de dívida por parte dasfamílias.Uma medida de forte impacto nasfamílias será a revisão do actual méto-do de avaliação fiscal do patrimónioimobiliário. Pretende-se garantir aaproximação do valor tributável dosimóveis do respectivo valor de merca-do. E garantir a actualização regularda avaliação dos imóveis, sendo que osimóveis comerciais serão actualizadosanualmente e os habitacionais a cadatrês anos.O documento quer ainda introduzirmedidas que promovam alterações aonível da propriedade imobiliária, com oobjectivo de incentivar o arrendamento.Nesta óptica, serão introduzidas alte-rações no IMI e no IMT, sendo privile-giada a tributação associada àdetenção de imóveis, ou seja, o IMI.Está previsto a redução das isençõestemporárias de IMI para habitação e oagravamento da tributação relativa-mente aos imóveis devolutos ou de-socupados, o que não inclui aquelesque são considerados segundahabitação ou habitação de férias, poistêm uma ocupação sazonal.

Page 22: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

MERCADOS14Dados fornecidos por MNF Gestão de Activos

TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

Mer

cado

sToda a informação financeira em www.oje.pt

Consumer Staples Preço € Variação % Variação anual % Max 52 sem. € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5CARREFOUR SA . . . . . . . . . . . . . . . .30,27 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . . .41,28 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,83 . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2DANONE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49,68 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .5,7 . . . . . . . . . . . . . .50,34 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,35 . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4JJEERRÓÓNNIIMMOO MMAARRTTIINNSS .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,9955 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1133,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1133,,0033 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,8800 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..7755 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..2233,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,55L’ORÉAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85,50 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . .90,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .71,46 . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,9UNILEVER NV-CVA . . . . . . . . . . . . .22,74 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .-2,4 . . . . . . . . . . . . . .24,11 . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,68 . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9

Cotação Dividendo Leverage ValorizaçãoDEFENSIVAS DE CONSUMO

85

90

95

100

105

110

115

Defensivas de Consumo

MSCI EURO HEALTH CARE CONSUMER STAPLE

85

95

105

115

125

135

145

Cíclicas de Consumo

MSCI EURO TELECOM SERVICE CONSUMER DISCRETIONARY

Health Care Preço € Variação % Variação anual % Max 52 sem. € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5BAYER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58,22 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .5,3 . . . . . . . . . . . . . .59,44 . . . . . . . . . . . . . . . . .43,10 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8SANOFI-AVENTIS . . . . . . . . . . . . . .53,74 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . .56,50 . . . . . . . . . . . . . . . . .44,01 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1

Consumer Discretionary Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .167 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2DAIMLER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,09 . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . . .59,09 . . . . . . . . . . . . . . . . .36,67 . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2LVMH MOËT HENNES . . . . . . . . .120,70 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . .129,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .80,04 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3ZZOONN MMUULLTTIIMMEEDDIIAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,6622 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,1122 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,7777 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..442266 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..2266,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,22

Cotação Dividendo Leverage ValorizaçãoCÍCLICAS DE CONSUMO

Telecommunication Services Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1DEUTSCHE TELEKOM . . . . . . . . . . .10,47 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .8,4 . . . . . . . . . . . . . . .11,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,52 . . . . . . . . . . . . . . .6,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6FRANCE TÉLÉCOM . . . . . . . . . . . . .15,60 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,01 . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5PPOORRTTUUGGAALL TTEELL--RREEGG .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,7711 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,1122 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..115566 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1133,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,99SSOONNAAEECCOOMM SSGGPPSS SSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,6622 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1199,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7722 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,2200 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..3377 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1144,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,00TELEFÓNI CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,76 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . .19,69 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,80 . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .193 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4

Energy Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,7 . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3ENI SPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,07 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . .18,66 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,30 . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8GGAALLPP EENNEERRGGIIAA--BB .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1144,,3311 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1155,,9911 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,7722 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..111122 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..2277,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1144,,00REPSOL YPF SA . . . . . . . . . . . . . . . .22,50 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . .24,90 . . . . . . . . . . . . . . . . .15,51 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9TOTAL SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,56 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . . .44,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,66 . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6

Cotação Dividendo Leverage ValorizaçãoCÍCLICAS INDUSTRIAIS

Industrials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9BBRRIISSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,4477 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--1144,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,6688 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,1188 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..118888 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1199,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1155,,00PHILIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,4 . . . . . . . . . . . .-11,7 . . . . . . . . . . . . . .26,87 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,89 . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2MMOOTTAA--EENNGGIILL SSGGPPSS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7733 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,3399 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,6655 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..225533 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,55SAINT GOBAIN . . . . . . . . . . . . . . . .45,30 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .17,7 . . . . . . . . . . . . . . .47,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,81 . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8SCHNEIDER ELECTR . . . . . . . . . . .112,75 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .123,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . .74,60 . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2SIEMENS AG-REG . . . . . . . . . . . . . .93,46 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . . .99,40 . . . . . . . . . . . . . . . . .67,25 . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,4SSOONNAAEE .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,8833 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,8899 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,7711 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..116655 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,11VINCI SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,77 . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . .45,48 . . . . . . . . . . . . . . . . .33,01 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0

Information Technology Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . .-2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3NOKIA OYJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,06 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . .-21,8 . . . . . . . . . . . . . . .8,60 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,42 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,7SAP AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,40 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . .46,15 . . . . . . . . . . . . . . . . . .33,20 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0

Materials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8AALLTTRRII SSGGPPSS SSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,6666 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--22,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,2266 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,5544 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..227788 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,55ARCELORMITTAL . . . . . . . . . . . . . .23,79 . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .-11,6 . . . . . . . . . . . . . .28,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6BASF SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64,30 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .7,7 . . . . . . . . . . . . . . .70,22 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,90 . . . . . . . . . . . . . . .3,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4CCIIMMPPOORR--CCIIMMEENNTTOOSS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,9922 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--33,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,3377 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,9911 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..9988 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1111,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,00CRH PLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,89 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . .19,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,51 . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3PPOORRTTUUCCEELL EEMMPPRREESSAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,5577 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7777 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..6633 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,11SSEEMMAAPPAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,1177 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,3388 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,0000 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..111133 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..77,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,33SSOONNAAEE IINNDDÚÚSSTTRRIIAA .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,5500 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--2211,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..221188 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1122,,99

BREVES

OICVM seguem em quedaEm Abril deste ano, o valor sob gestão dosorganismos de investimento colectivo emvalores mobiliários (OICVM) foi de 8173,4milhões de euros, menos 173,4 milhões deeuros (2,1%) que em Março, mantendo atendência de queda face a Fevereiro, referea CMVM – Comissão do Mercado de Valo-res Mobiliários. A entidade reguladoraacrescenta que o montante sob gestão dosfundos especiais de investimento (FEI) caiu0,4%, para 5546,8 milhões de euros emAbril último, o que representa menos 19,7

milhões de euros que no mês anterior.

FII descem 0,3% em AbrilO montante gerido pelos fundos de investi-mento imobiliário (FII) caiu 0,3% em Abrilde 2011, para 9475,8 milhões de euros(menos 32,1 milhões que em Março), deacordo com os dados da CMVM. O regula-dor refere ainda que o valor sob gestão dosfundos especiais de investimento imobiliá-rio (FEII) desceu 0,2%, e o dos fundos degestão de património imobiliários (FGPI)recuou 0,2% face ao mês antes.

ÍNDICES: PSI 20 E EUROSTOXX 50

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7580859095

100105110115120125

Cíclicas Industriais

MSCI EURO ENERGY INDUSTRIAL INFO TECHNOLOGY MATERIALS

GLOSSÁRIO

DÍVIDA/CAPITAIS PRÓPRIOSEste rácio indica a proporção relativade capitais próprios e de dívida utilizada para financiar os activos deuma dada empresa. Ajuda a compreen-der qual o principal meio de fi-nanciamento do activo de uma empre-sa. Quanto maior for o rácio, mais endi-vidada a empresa, e vice-versa.

EBITDAProveitos antes de juros, impostos,depreciações e amortizações (“ear-nings before interest, taxes, deprecia-tion and amortization”). É uma“purificação” do lucro, retirando-lheacréscimos referentes a rendasacessórias e amortizações, bem comodistorções referentes à maior ou me-nor incidência de impostos. É utilizadopara comparar empresas do mesmosector ou até de países diferentes, me-dindo apenas a produtividade e eficiên-cia do negócio. Contudo, é um indi-cador com limitações, sendo utilizado em conjunto com outros.

DÍVIDA/EBITDAMede a capacidade de uma empresapara pagar a dívida. O rácio dá ao investidor o período de tempoaproximado de que a empresa precisapara saldar a dívida na totalidade,ignorando factores como taxade juro, impostos, depreciaçõese amortizações. Quanto menor for o valor do rácio, menos tempo demorará uma empresa a saldar a dívida.

Page 23: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

11,0

12,0

EURIBOR 3 MESES

1.425

1.082

18/Fev 16/Mai

EURIBOR 6 MESES

1.707

1.353

18/Fev 16/Mai

MERCADOS 15TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011Editado por: Armanda Alexandre [email protected]

PSI 20

7723.11 7741.96

Ter Qua Qui Sex Seg

DAX

7501.527387.54

Ter Qua Qui Sex Seg

BOLSAS

ANÁLISE MERCADOSEm colaboração com:

80

85

90

95

100

105

110

Sensíveis à Taxa de Juro

MSCI EURO FINANCIALS UTILITIES

BOLSAS ÍNDICES INTERNACIONAIS

TAXAS EURIBOR

ANÁLISE DO MERCADO DE TAXA DE JURO

AS TAXAS de juro da dívida nacional a dois anos desceram ontem 44,3 pontos-base, a maior queda diária de sempre.A taxa paga pela República portuguesa está agora próxima de 10%, o valor mais baixo desde Abril. A aprovação doacordo fechado entre o Governo e a União Europeia/Fundo Monetário Internacional tem influenciado a percepçãodos investidores relativamente à generalidade da dívida nacional.

Portugal: Taxa de referência a 2 anos

FFoonnttee:: MMNNFF GGeessttããoo ddee AAccttiivvooss

Desde Janeiro de 2011

ReutersReuters

Financials Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % ROE % Tier 1 P/E Price/Book

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7BBPPII .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,2266 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--99,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,7799 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,2200 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,11%% .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,88BBCCPP .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,5555 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,6677 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1111,,22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,55BBEESS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,9922 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--00,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,8855 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4488 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,88%% .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,55BBAANNIIFF .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,7711 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--1188,,44 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..11,,2222 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,6699 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..446699 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,55 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..B ANCO SANTANDER . . . . . . . . . . . .8,07 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . .10,53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,11 . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9BBVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,09 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . .10,46 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,87 . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0BNP PARIBAS . . . . . . . . . . . . . . . . . .53,08 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . . .11,5 . . . . . . . . . . . . . .59,93 . . . . . . . . . . . . . . . . .40,81 . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0CRÉDIT AGRICOLE . . . . . . . . . . . . .10,93 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . . .15,0 . . . . . . . . . . . . . .12,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,87 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6DEUTSCHE BANK-RG . . . . . . . . . . .41,85 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . .51,61 . . . . . . . . . . . . . . . . . .35,93 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8ING GROEP NV-CVA . . . . . . . . . . . . .8,53 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .17,1 . . . . . . . . . . . . . . . .9,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7INTESA SANPAOLO . . . . . . . . . . . . . .2,06 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . .2,70 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,88 . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5SOC GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . .41,93 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . .52,70 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,71 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7UNICREDIT SPA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,64 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,5 . . . . . . . . . . . . . .6,2 . . . . . . . . . . . . . . . .2,24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,46 . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5

Cotação Dividendo Valorização

Cotação Dividendo Leverage Valorização

SENSIVEIS À TAXA DE JURO

Utilities Preço € Variação % Variação anual % Max 52 semanas € Min 52 semanas € Dividend Yield % Dívida/Capitais Próprios % Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0E.ON AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,46 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . .-10,8 . . . . . . . . . . . . . .26,07 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .EEDDPP .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,5599 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--11,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,9922 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,3388 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..116666 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..99,,00 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,11EEDDPP RREENNOOVVÁÁVVEEIISS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,8800 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,77 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,2288 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..33,,6655 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..6666 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..44,,99 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..4400,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,00ENEL SP A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,72 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . .26,2 . . . . . . . . . . . . . . . .4,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,42 . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8GDF SUEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,88 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . .-3,6 . . . . . . . . . . . . . .30,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .22,64 . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,6IBERDROLA SA . . . . . . . . . . . . . . . . .6,10 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . .6,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,50 . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,6RREENN--RREEDDEE EENNEERRGGÉÉTT .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4499 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..00,,33 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..--33,,66 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,7766 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..22,,4433 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..66,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..222211 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..55,,88 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..1100,,11 .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..88,,99RWE AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42,26 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,3 . . . . . . . . . . . .-15,3 . . . . . . . . . . . . . .60,64 . . . . . . . . . . . . . . . . .41,50 . . . . . . . . . . . . . . .8,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8

Índice V. fecho Var. dia Var. dia Fecho ano Var. ano YTD

PSI20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7741,96 . . . . . .-24,66 . . . . .-0,32 . . . . .7588,31 . . . .153,65 . . . .2,02

EUROSTOXX 50 . . . . . . . . . . .2881,31 . . . . . .-13,29 . . . . . .-0,46 . . . . .2792,82 . . . .88,49 . . . .3,17

FT 100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5923,69 . . . . . .-2,18 . . . . . .-0,04 . . . . .5899,94 . . . .23,75 . . . .0,40

FT MIB . . . . . . . . . . . . . . . . . .21685,34 . . . . .-78,97 . . . . . .-0,36 . . . .20173,29 . . .1512,05 . . .7,50

CAC 40 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3989,82 . . . . .-29,03 . . . . .-0,72 . . . . .3804,78 . . .185,04 . . .4,86

IBEX 35 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10363,9 . . . . . . .7,4 . . . . . . .0,07 . . . . . .9859,1 . . . . .504,8 . . . .5,12

(em pts) (em pts)(em pts) (em %) (em pts) (em %)

Petróleo Fecho Unidade % YTDWTI (N. Iorque) 97,98 dólar USD/barril 9,06Brent (Londres) 113,2 dólar USD/barril 21,60MercadoriasCacau 30,01 dólares/ton 0,03Café 269 Cênt. de dól./libra 13,84Milho 701,75 Cênt. de dól/bushel 13,92Trigo 741,5 Cênt. de dól./bushel -5,51Algodão 151,15 Cênt. de dól./libra 5,82MetaisPlatina 1755 dólares USD/onça 0,60Ouro 1493,9 dólares USD/onça 6,40Prata 34,19 dólares USD/onça 12,36Cobre N.D. dólares/ton N.D.

MERCADORIAS E MATÉRIAS-PRIMAS

CÂMBIOS COTAÇÕES DE DIVISASEUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4196 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar

Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,3134 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Real

Cabo Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106,931 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escudo

Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3802 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar

China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2378 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Yuan Renmimbi

Hong Kong . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,0408 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar

Japão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Iene

Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8752 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Libra

Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2528 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Franco

Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132,08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Kwuanza

Coreia do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1549,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Won

Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4561 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coroa

Reuters

Reuters

Reuters

A SESSÃO accionista de ontem pareciaser de maior volatilidade, mas, com aabertura dos EUA, os principais índiceseuropeus recuperaram das fortes per-das e terminaram a descer cerca de0,5%. Em Bruxelas, discutia-se a possi-bilidade de aumentar o empréstimo àGrécia, no dia em que o índice gregoASE caiu para um mínimo de 13 anos,pressionado sobretudo pelos títulos fi-nanceiros, nomeadamente pelo BancoNacional da Grécia.

Os ministros das Finanças europeuspressionaram Atenas a vender mais ac-tivos, ou seja, a acelerar as privatiza-ções e a aumentar os cortes da despe-sa. O ministro das Finanças austríacoafirmou que a Grécia tem um enormepotencial de privatizações e que os gre-gos se deviam ajudar a si próprios an-tes de pedir mais dinheiro. Estes de-senvolvimentos fazem pensar que nãoestamos nem de perto nem de longede uma resolução para o problema dadívida europeia à vista e, na nossa opi-nião, continuam a verificar-se razõespara nos mantermos cautelosos. Acre-ditamos também que este adiar de de-cisões relativamente à Grécia não pas-sa de tentar ganhar tempo. Tempo pa-ra outros países não terem eventual-mente de reestruturar, caso de Portu-gal e da Irlanda, e também para que aEspanha não seja envolvida nesta crise,o que seria o descalabro para a Europa.

A crise da periferia deverá conti-nuar, portanto, a ser um tema domi-nante para os investidores esta sema-na, e com as reuniões do Ecofin a ter-minarem hoje, é possível haver notí-cias quanto às condições do pacote à Ir-landa, uma medida a proibir o “nakedshort selling” de obrigações governa-mentais, a situação na Grécia e a próxi-ma presidência do BCE.

Por Duarte Caldas, analista

AAggeennddaa ddoo ddiiaa1100hh0000 Sentimento económico doZEW na Alemanha.1133hh3300 Dados do mercado imobiliárionos EUA.1144hh1155 Produção industrial nos EUA.

Page 24: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

FRANCISCO LOPES DA FONSECA, ADMINISTRADOR EXECUTIVO DA MIND SOURCE

EMPREGO E FORMAÇÃO 16 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 Editado por Almerinda Romeira [email protected]

“O ESTÁGIO É APENAS O PRIMEIRO PASSO”

AA MMiinndd SSoouurrccee eessttáá aa rreeccrruuttaarr??Temos uma preocupação constantepela captação dos talentos no merca-do e estamos sempre atentos às me-lhores oportunidades presentes nomercado de trabalho. Este factor tam-bém ajuda a comprovar os mais detrês currículos que recebemos porano de potenciais consultores quequerem fazer parte da nossa equipa.

CCoommoo ssee pprroocceessssaa oo rreeccrruuttaammeennttoo nnaaeemmpprreessaa??O nosso processo de recrutamento ébastante criterioso. É composto nor-malmente por uma detalhada tria-gem curricular seguida de cinco fa-ses: apresentação da empresa e can-didato, validação técnica, validaçãosobre a capacidade de ser consultorMind Source, proposta de contrata-ção e entrevista com o director-geralpara validação final de expectativasda empresa e do futuro colaborador.

Além disso, temos uma política decooptação de candidatos de modo agarantirmos que as nossas própriaspessoas possam trazer profissionaisque se revejam para fazer parte daMind Source e com isso garantir omesmo nível de talento no cresci-mento sustentado da empresa.

Na nossa política de recrutamen-to, além das acções de captação detalentos específicos através de anún-cios de emprego vocacionados parasegmentos específicos, conta aindacom a participação em “jobshops” eeventos nas melhores universidadespara garantir que todo o mercado detalentos tem acesso às oportunida-des de carreira na Mind Source.

QQuuaall oo ppeerrffiill ddee ccaannddiiddaattooss pprreetteennddii--ddoo?? Ser consultor Mind Source implicater ou desenvolver altíssimos níveisde capacidade técnica, comunicacio-nal e comportamental. Os potenciaistalentos, além da capacidade técnicae funcional necessária, têm ainda derevelar “soft skills” essenciais taiscomo ambição, rigor, dinamismo,espírito de equipa e gosto pelo“desafio”. Por isso mesmo, temos,hoje, pessoas que se revêm totalmen-te na cultura de grupo que temosinstituída, e a melhor forma deprovar isso foi o recente estudo doGreat Place to Work Institute 2011que classificou a Mind Source como5.ª Melhor Empresa para trabalharem Portugal logo no 1.º ano da suaparticipação.

EEmm tteerrmmooss ddee rroottaattiivviiddaaddee,, hháá aa ppooss--ssiibbiilliiddaaddee ddee ppaassssaarr ppoorr vváárriiooss ddeeppaarr--ttaammeennttooss?? A mais-valia de ser consultor MindSource passa pela diversidade deáreas em que podemos trabalhar. Gra-ças aos sectores nos quais trabalha-

mos e em projectos dos mais variadosâmbitos, os nossos consultores têm aoportunidade de apreender conheci-mentos vividos nas diversas culturasempresariais. Também a nível inter-no existe sempre a oportunidade decada colaborador, através da avaliaçãodo seu plano de carreira, ir crescendoao seu ritmo individual e de poder daro seu contributo ao longo do temponas já existentes oito áreas técnicas etrês áreas de negócio da Mind Source.

CCoommoo éé ffeeiittaa aa aavvaalliiaaççããoo?? Na Mind Source, temos um plano decarreira ajustado à medida de cadaconsultor com o objectivo, em primei-ro lugar, de alinhar as expectativasindividuais com a resposta dada pelaorganização e ainda para correspon-der às expectativas que os nossos pro-fissionais depositam em nós. Consi-deramos este plano muitíssimo difer-enciador face a outras empresas, poisalém de critérios qualitativos intro-duzimos diversas variáveis quantitati-vas que tornam mensurável o desem-penho de cada um para com os cri-térios de exigência da empresa e paracom os restantes.

ÉÉ ddaaddaa ffoorrmmaaççããoo ddeennttrroo ddaa eemmpprreessaa??EE ffoorraa?? TTêêmm aaccoorrddoo ccoomm eessccoollaass ssuu--ppeerriioorreess ppaarraa ffoorrmmaaççããoo ddee eexxeeccuuttii--vvooss??A formação é também uma preocu-pação constante porque contribuipara o aumento efectivo do “know-how” dos nossos colaboradores e,consequentemente, para o seu de-sempenho superior nos projectos emque estamos integrados. Isto faz comque tenhamos um plano anual deformação interna e externa intensi-vo e que abrange uma vasta área deconhecimentos, incluindo um pré-mio que pode ser seleccionado pelosnossos gestores para uma pós-gradu-ação executiva numa das mais repu-tadas universidades.

QQuuee iinncceennttiivvooss ssããoo ddaaddooss aaooss ccoollaabboo--rraaddoorreess?? Uma das políticas internas da MindSource diz respeito aos incentivosatravés de prémios financeiros porcooptação ou por projectos, assimcomo de prémios em formações ouaté viagens. Incentivos estes que sãoacessíveis a todos de forma merito-crata, directamente proporcional aoseu contributo para o crescimentosustentado da empresa.

HHáá oouuttrrooss bbeenneeffíícciiooss??Sim. Além do que lhe disse, os colabo-radores podem usufruir de um pacotede benefícios específicos, da existênciade prémios atribuídos aos consultoresque se destaquem durante o ano, dasactividades de “team-building”, nãoesquecendo, o bom ambiente de tra-

balho que cultivamos na Mind Source,onde cada membro se sente um peça-chave fundamental para o sucesso daempresa e onde o objectivo é sermos onúmero um em tudo aquilo que faze-mos individualmente para só entãoambicionarmos sermos os melhoresenquanto empresa.

AA MMiinndd SSoouurrccee tteemm uunniivveerrssiiddaaddeesspprreeffeerriiddaass ppaarraa rreeccrruuttaarr?? VVaaii ààss eessccoo--llaass ffaazzeerr aapprreesseennttaaççõõeess?? Tendo em conta o currículo do cursoe as iniciativas próprias dos alunos,conseguimos, muitas vezes, compre-ender onde está o potencial de talen-to universitário. Neste sentido, umadas acções que concretizamos todosos anos é a realização de um “road-show” pelas principais universidadesnacionais, de norte a sul do País, demodo a conhecer os talentos e a for-ma de dar a conhecer a nossa empre-sa, a sua visão e os seus valores, bemcomo as oportunidades que temospara oferecer.

AAcceeiittaamm eessttáággiiooss ccuurrrriiccuullaarreess?? Somos uma empresa fortementeorientada para o crescimento dosnossos colaboradores e, nesse senti-

do, recebemos estagiários na nossaequipa por períodos que variam con-soante a área de actuação à qual secandidatam.

QQuuee ppeerrssppeeccttiivvaass ddee ffuuttuurroo eennccoonnttrraaoo jjoovveemm eessttaaggiiáárriioo nnaa MMiinndd SSoouurrccee??O estágio é apenas o primeiro passo,pois na maioria das vezes é seguidode um contrato, dependente do de-sempenho de cada um e da motiva-ção demonstrada em fazer parte daequipa Mind Source. Mesmo enquan-to estagiários todos participam, des-de logo, nas acções internas da em-presa, nas acções de “team-building”e nas formações de modo a que sejacriado um sentimento de pertençaao grupo.

QQuuaall oo ggrraauu ddee rreetteennççããoo ddee qquuaaddrroossnnaa eemmpprreessaa??A Mind Source tem uma elevada taxade retenção dos seus quadros, ao lon-go dos seus três anos de anos de vida,comparativamente ao nível actual domercado e com os “benchmarks”existentes para as consultoras a nívelnacional e internacional. Um factoque demonstra bem o esforço em-pregado pela Mind Source em man-

ter os seus colaboradores motivados,para que cada dia de trabalho sejasinónimo de um desempenho supe-rior nos projectos complexos e exi-gentes que a empresa tem com asmaiores organizações a actuar emPortugal.

Uma das razões apontadas comestudos internos e externos que rea-lizámos prende-se com a cultura doambiente de trabalho informal e ain-da com a existência de boas práticasque maximizam a partilha de suces-sos em grupo.

Na maioria das vezes, o estágio é seguido de um contrato, dependente do desempenho de cada um e damotivação demonstrada em fazer parte da equipa Mind Source, explica o gestor da recentemente eleita5.ª Melhor Empresa Portuguesa para Trabalhar em Portugal. Por Almerinda Romeira (Texto) e VictorMachado (Foto)

Com 64 colaboradores e umamédia de 25 recrutamentos porano, a Mind Source é uma empresaespecializada em consultoria esoluções de outsourcing emserviços de base tecnológica. A suaactuação na indústria do conheci-mento divide-se em três grandesáreas de serviços: technical servic-es, business services e strategicservices. Foi eleita recentementepelo Great Place to Work Institutecomo a 5.a Melhor EmpresaPortuguesa para Trabalhar emPortugal.

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A FUNDAÇÃO everis anunciou o lança-mento da edição 2011 dos prémiosanuais Entrepeneurs e Essay, cujo ob-jectivo é “ incentivar o empreendedo-rismo e a investigação junto dos em-presários e da comunidade universi-tária, potenciando o desenvolvimentodo capital humano à escala local e glo-bal”. As inscrições decorrem até 1 deJunho em todos os países onde a everisopera, entre os quais Portugal.

São dois os prémios da everis: o En-trepreneur Award e o Essay Award. O Entrepreneur Award tem comoobjectivo fomentar o espírito empre-endedor, no âmbito universitário ecientífico, e facilitar o financiamentode projectos empresariais que se des-taquem pela inovação, viabilidade e be-nefício para a sociedade.

O Essay Award pretende incentivar areflexão e a divulgação das tecnologiasde informação no âmbito dos seus be-nefícios para os novos modelos organi-zacionais e sociais.

Os projectos serão analisados e ava-liados por um júri composto por perso-nalidades das áreas económica e social,

que seleccionará os projectos vencedo-res aos quais será atribuído um valormonetário de 60 mil e 24 mil euros,respectivamente.

Na edição de 2011, há um prémiocomplementar sob o formato de men-ção honrosa.

“Portugal está a ser convidado paraparticipar neste desafio, facto que re-presenta uma importante oportunidadepara mostrar ao País e ao mundo a di-nâmica e capacidade dos nossos empre-endedores e investigadores”, realça emcomunicado Rui Costa Santos, patronoda Fundação everis em Portugal.

O Entrepreneur Award 2010 foi con-quistado pela empresa espanhola Deu-tecno Noses, com um projecto tecnoló-gico dedicado ao desenvolvimento,produção e venda de dispositivos olfac-tivos artificiais, tendo o Essay Award2010 sido atribuído ao mexicano Da-niel Najar, autor do ensaio “Empreen-dedores Emergentes”, que analisa o es-pírito empreendedor na América Lati-na, bem como a mudança geracional ea transição das instituições sociais noâmbito do novo contexto mundial.

FUNDAÇÃO EVERIS LANÇA PRÉMIOSDE 90 MIL EUROS

EMPREGO E FORMAÇÃO 17TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

Este artigo versa acerca de um te-ma genericamente bastante ac-tual, considerando a situação cor-

rente do País político, económico, so-cial e também laboral. Apesar da cor-rente conjuntura suscitar bastantematerial para desenvolver este tema,pretendo focar-me na última verten-te, a laboral, e mais especificamente ada busca de emprego.

Numa actividade como a do recru-tamento e selecção, seja por via deuma consultora dedicada a esta área,seja pelos departamentos de RecursosHumanos das empresas, a gestão deexpectativas durante um processo derecrutamento é fundamental.

Do lado do empregador, existemdois vectores a ter em conta nesteprocesso:

– O empregador/cliente interno,que tem uma expectativa elevada emrelação ao profissional que pretendeadmitir, competências necessárias,perfil e características de personali-dade.

– O factor tempo, outro vector fun-damental e com bastante impacto noscandidatos.

A gestão de expectativas num pro-cesso de selecção é feita por parte dosintermediários (quando existem), quedevem utilizar uma comunicaçãosimples, objectiva e transparente departe a parte, assegurando que ambosos intervenientes estão informadosacerca do andamento do processo.Nada é mais importante do que “feed-back” contínuo, reforçado para o ladode quem se candidata a um novo pro-jecto.

Hoje em dia, encontramos candida-tos a emprego com duas situaçõesprofissionais distintas. Por um lado,temos os desempregados que, dada asua situação, apresentam grande an-siedade e procuram a todo o custo ter“feedback” imediato dos resultadosdo processo, entrevistas, testes, de-cisões. Por outro, temos os profissio-nais que se encontram empregados eque põem a tónica das suas preocu-pações no conhecimento do projecto,das condições oferecidas e do nível deresponsabilidades, procurando saberse estão de acordo com as suas expec-tativas.

Mais do que nunca, comunicação

fluida e passagem de informação ob-jectiva são fundamentais. O ruído nacomunicação, quando lidamos compessoas numa situação de iminentemudança (o chefe que vai ter um no-vo subordinado, o candidato que vaimudar de emprego) é sobremaneiraprejudicial. E quando a componenteemocional tem um peso forte sobreoutras variáveis, é comum aconteceruma falha de comunicação, um “mal--entendido” que ponha em risco osucesso da missão.

O segredo está no modo como osintermediários gerem todas estas va-riáveis, transmitindo toda a informa-ção pertinente de forma objectiva,consistente e constante. Para isso, énecessário saber medir e monitorizaras expectativas de parte a parte, per-ceber o que cada interlocutor valorizae influenciar positivamente ambos osagentes, de modo que estes saibamcom o que podem contar, quando ecomo.

Em Recursos Humanos e na lide-rança de pessoas, a gestão de expecta-tivas conduz ao sucesso. Tudo o restovem depois.

JOÃO MAIA

OFFICE MANAGER HAYS RECRUITINGEXPERTS WORLDWIDE

Gestão de expectativas e comunicaçãonum processo de recrutamento

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Page 26: a Portugal - ajusera.com · SR, prevendo que, no prazo de um mês, as negociações com o grupo Di-xons estejam concluídas. Acresce que a transacção visa reforçar a pre-

EMPREGO E FORMAÇÃO 18 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 Editado por Almerinda Romeira [email protected]

SUSANA MARTINSIIddaaddee:: 36 anos

FFuunnççããoo:: Administradora

EEmmpprreessaass:: BodyConcept e CityGourmet

EMPREGO DA SEMANA Que qualidades pessoais lhe permitiram tersucesso?Sou motivada e positiva por natureza.Nos projectos em que entro, souempenhada, ambiciosa e tenho perfilcomercial. Creio que estas foram ascaracterísticas que mais me ajudaramprofissionalmente.

Como se descreve profissionalmente?Possuo visão empresarial que me temauxiliado na tomada de decisõesestratégicas para o crescimento esucesso das empresas que administro.Gosto de criar estratégias que geremvalor para as empresas e recursoshumanos e que apresentem soluçõespara toda a estrutura (fornecedores,clientes, colaboradores).

Há alguém em particular que tenha influen-ciado a sua carreira?A minha mãe pelo seu apoio e o meupai pelo seu empreendedorismo. Oadministrador do grupo de empresasonde trabalhei durante oito anos, queme permitiu ter uma carreira trans-versal, de comercial, a chefe de ven-das, directora de Marketing, directorade loja, bussiness manager, passandopor uma carreira internacional, o queme preparou para as responsabili-dades que possuo hoje.

Qual foi a sua maior conquista?A criação há sete anos do grupoBodyConcept, actualmente líder demarcado na área de estética ecabeleireiro com mais de 80 unidadesem Portugal e que no ano passadoiniciou a sua expansão internacionalpara o Brasil e Polónia.

Alguma medida em particular quedestaque?Para o crescimento das empresas, éfundamental que haja um bom sis-tema de comunicação e trabalhoentre departamentos para que tudofuncione no processo, desde a vendade franchising, à abertura das clínicasaté à prestação do serviço ao clientefinal. Desta forma, mesmo em conjun-turas menos favoráveis as empresastêm crescido todos os anos quer anível de número de franchisados, querde facturação média das clínicas.

Onde espera estar daqui a 5 anos? No mesmo grupo onde me encontromas numa estrutura internacionalmaior e com uma maior diversidadede negócios. Na empresa CityGourmet, criada em 2010 e que sededica à confecção de comida gour-met de preço acessível para entregaem casa e no escritório, na área deLisboa, espero que em cinco anos te-nhamos crescido a nível de franchis-ing para ser mais uma empresa dereferência na sua área, tal como asoutras empresas o são na área deestética.

Qual seria o seu emprego de sonho?Felizmente, tenho o emprego e traba-lho com as equipas com que sonhei.

Egor TTcresce 30% e expanderede de lojas

AEgor anunciou um crescimento de30% da sua facturação no primeirotrimestre deste ano face a período ho-

mólogo de 2010, impulsionado pelo cresci-mento da área de trabalho temporário (TT).

Nesta área, a Egor opera através dos “jobcenters”, um conceito que a empresa temvindo a alargado geograficamente. No âm-bito do reforço da aposta no trabalho tem-porário, a directora executiva, a nível na-cional da área de TT, Andrea Nunes, assu-miu a responsabilidade pelos “job centers”de Lisboa, Porto, Aveiro e Cacém, enquantoTomás Canto Moniz ficou com a coor-denação operacional do Job Center Porto.

A Egor Trabalho Temporário viu recente-mente confirmada pela APCER, pelo 12.ºano consecutivo, a certificação oficial daQualidade, de acordo com a Norma Inter-nacional ISO 9001: 2008, dos seus processosde trabalho.

O grupo Egor comemora este mês 25anos de actividade em Portugal. Fundadano mesmo ano em que Portugal aderiu àComunidade Europeia, a empresa impôs-se

rapidamente no mercado, beneficiando daassociação societária com a Egor Interna-tional e do surto de investimento estran-geiro em Portugal nas décadas de 80 e 90.Centrada no recrutamento e selecção, ini-ciou e prosseguiu desde a sua fundaçãouma política de diversificação que a levoua conquistar posições cimeiras nas áreas daformação, consultoria, trabalho temporá-rio, outsourcing e mais recentemente nomarketing dos incentivos. Actualmente, es-te grupo empresarial conta com mais detrês mil colaboradores activos nas diferen-tes áreas de negócio, tendo concretizadoem 1992 um “management buy out” emrelação ao capital estrangeiro.

De acordo com Amândio da Fonseca, CEOe fundador do grupo, a representatividade eimportância da Egor mede-se mais do quepelas cerca de quatro dezenas de milhões deeuros de facturação anual pelas muitas de-zenas de milhares de gestores e quadros deempresa cujo percurso e desenvolvimentode carreira foram em alguma altura influ-enciados pela Egor.

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O INSTITUTO de Formação Bancária (IFB) tem adecorrer até dia 15 de Julho inscrições para a 21.ªedição dos cursos de formação em regime de al-ternância na banca para jovens, nas cidades deLisboa e Porto.

Esta formação é feita em parceria com o Institutodo Emprego e Formação Profissional (IEFP), atravésde cursos de aprendizagem, que garante estágios eminstituições financeiras, bolsas, entre outros apoios.

O curso de formação em alternância destina-se ajovens com o 9.º ano, ou ensino secundário incom-

pleto, tem a duração de três anos, garante estágioao longo dos três anos em que decorre a formaçãoe concede equivalência ao 12.º ano e nível quatrode formação profissional.

Em comunicado, o IFB refere que desde 1992, aparceria que mantém como o IEFP permitiu for-mar perto de dois mil jovens e integrá-los, na suamaioria, em funções na banca e no sector finan-ceiro. Do total dos alunos, 94% arranja emprego nosector bancário e financeiro, ou continua os estu-dos no ensino superior.

Manuel Ferreira de Oliveira, presidente da Galp Energia (3.o a contar da esq.), foi distinguido com o grau de Doutor “honoris causa” pelaUniversidade Técnica de Lisboa. Adriano Moreira (esq. p/ dta), presidente do Conselho Geral da UTL, Ramôa Ribeiro, reitor da UTL, eAntónio Manuel da Cruz Serra, presidente do IST, presidiram à celebração. Foto DR

GALP: Ferreira de Oliveira Doutor honoris causa da Universidade Técnica de Lisboa

IFB ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSOSDE BANCA PARA JOVENS

A comemorar 25 anos, a empresa de Amândioda Fonseca reforça a aposta nos “job centers”

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PUBLICIDADE 19TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

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20 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

Life

styl

e

A cidade brasileira do Rio de Janeiro inspirou amarca Lacoste na sua nova linha de relógios femini-nos mais desportivos: a RIO. De cores vibrantes,como o rosa-gerbera, o turquesa e o roxo, o novoRIO dispõe de um mostrador branco pique-textu-rizado com um crocodilo em relevo da mesma corda moldura de alumínio e do bracelete de silicone.As três versões disponíveis têm a assinaturaLacoste na moldura. Preço: 135 €.

CELEBRITY SOLSTICE

ARTE EM VELOCIDADE DE CRUZEIRO

A rte e lazer são uma conju-gação excepcional paraquem pretende partir de fé-rias. E se a estes juntarmos a

tranquilidade do mar e as paisagensmediterrânicas, aí o resultado só pode

ser um bonito quadro. Esta é pois aproposta do “Celebrity Solstice”, onavio de cruzeiro da Celebrity Cruises,que a 24 de Agosto prepara um pro-grama com partida de Barcelona(Espanha), no qual é possível revelar oseu toque artístico, durante os work-shops de pintura a bordo, dirigidospela artista Helena Pedro Nunes.

Este, que é o primeiro navio declasse da Celebrity Cruises, inaugura-do em 2008, tem 122 mil toneladas ecapacidade para 2850 passageiros,aposta num design sóbrio, onde aarte é uma constante. Exemplo dissoé a exposição viva que celebra a artevidreira em colaboração com o TheCorning Museum of Glass, onde so-prar e moldar o vidro são ensinadospor velhos mestres. Ou ainda os vá-rios leilões que se realizam a bordo,onde obras de Picasso ou de Miró jápor ali passaram.

Desta vez, a aposta vai para asobras da artista portuguesa HelenaPedro Nunes, que se tem vindo a afir-mar no panorama artístico nacional einternacional. A colecção de retratosde figuras públicas, em que é aplica-da uma técnica única por si desen-volvida, criando no espectador “sen-

sações de agradável harmonia”, éapenas um dos exemplos da sua vastaobra.

“O meu trabalho é um casulo deum velho desejo humano, a fútil bus-ca de vingar e de ter o tempo. Certa-mente em cada pintura do estilo rea-

lista contém um pouco de essência danatureza, do ADN do Universo. Umasugestão do universo das forças cria-tivas”, descreve a pintora.

A bordo do “Celebrity Solstice”, quefará escalas em Civitavecchia (Itália),Nápoles/Capri (Itália), Atenas/Pireu

Lazer

A 24 de Agosto, parte de Barcelona um cruzeiro muito especial, em que a Arte é a convidada principal. Por Sandra Martins Pereira (texto) e Victor Machado (fotos)

A companhia aérea de baixo custo transavia.comacaba de lançar uma campanha promocional comtarifas entre os 39 € e os 79 €/ida. As reservaspodem ser efectuadas hoje e dia 25 de Maio paravoos com partida do Porto para as cidades doFunchal, Paris ou Nantes (39 €). Já na rota Funchal--Paris, as tarifas estão disponíveis a partir dos 69€/ida. Para viajar entre o Funchal e Nantes, há voosdesde 79 €/ida. As promoções são válidas para via-gens entre 15 de Junho e 29 de Outubro, inclusive.

LAZER

Transavia.com lança promoção para viagensentre Junho e Outubro

RELÓGIOS

Lacoste lança relógios RIO

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Editado por: Sandra Martins Pereira [email protected]

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PERGUNTAS PODEROSAS:

1.o Tratamos os outros com cuidado?

2.o Associamos a bondade à fraqueza?

3.o Como equilibrar o fazer bem aos outroscom o que consideramos ser justo?

4.o Porque é difícil ganhar o hábito de ser amável?

5.o Como aprendemos a ser amáveis?

PPOORR MMAARRIIAA DDUUAARRTTEE BBEELLLLOO

COACHING E GESTÃO DE IMAGEM

[email protected]

Triunfar com a amabilidade

SEGREDOS DE CCOOAACCHHIINNGG

Ao contrário do que pode parecer, ser atencioso, afá-vel e até amoroso não é uma atitude débil ou ingénuamas demonstrativa de bom carácter. O mínimo que se

pode fazer é tratar os outros como gostaríamos de sertratados, isto é, com respeito, consideração e generosidade.

Pensa-se frequentemente que aqueles que elevam otom de voz ou que se comportam com maior agressivi-dade são mais fortes, sem dar conta que estes sinais

são de insegurança e baixa auto-estima.

O entendimento e o diálogo não são incompatíveis coma rebeldia contra as injustiças. A gentileza e a bondadenão significam não poder expressar o enfado ou

descontentamento que seria a anulação da personalidade,levando a uma mansidão desequilibrada e extrema.

Estamos excessivamente orientados para a parte nega-tiva: a crise, as preocupações, o stress, o futuro incer-to. Fica esquecido que podemos dedicar atenção e

tempo a cultivar emoções e actos positivos, provocando melhorias no estado de ânimo.

Em primeiro lugar, amabilidade connosco, porquequando nos queremos temos mais claro o que espe-ramos dos outros. Só assim estaremos nas melhores

condições para nos relacionarmos, porque sabemos o quequeremos, com quem queremos estar e que trato merece-mos.

11ª

55ª

22ª

44ª

33ª

Um coach ajuda a triunfar em temposde crise. Orientando na tomada de atitudes que resultam a favor dos outros e de nós, porque provocamânimo, transmitem prazer, causam alegria e dão conforto.

PPAARRAA RREEFFLLEECCTTIIRR::

É possível mudar as nossas vidas e aatitude daqueles que nos cercam sim-plesmente mudando-nos a nós mesmos.

Rudolf Dreikurs

ORIENTAÇÕES:(Grécia), Ephesus/Kusadi (Turquia), Myko-nos (Grécia), Santorini (Grécia) e Valletta(Malta), com chegada prevista a 5 de Setem-bro, Helena Pedro Nunes ensinará todas astécnicas durante estes workshops: “Vamosaplicar várias técnicas de desenho e pintu-ra, que envolvem óleo e outros materiais,nos quatro dias de navegação. Haverá aindatempo para uma explicação sobre algumasdas peças de arte a bordo deste navio e paradesenhar texturas e o mar. No fundo, o quese pretende é partilhar o bom gosto pelaarte, num ambiente de relaxamento e deférias”, sublinha.

Entre as novidades do “Celebrity Sols-tice” realce ainda para o “Clube da Relva”,que oferece um novo ambiente no decksuperior, ocupando uma área de 2000 me-tros quadrados, na qual o passageiro é con-vidado a fazer uma partida de bocce ballou croquet, praticar o seu putting, fazerum piquenique acompanhado do seu ces-to de vinho e queijo ou simplesmente sen-tar-se sobre a relva verdadeira. As peçasteatrais, as discotecas e os dez restau-rantes disponíveis fazem parte da diversãoa bordo. Este programa tem preços entre1390 € (cabina interior) e 1749€ (exteriorcom varanda concierge), taxas incluídas.

Helena Pedro Nunes

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A SAPATEIRA (“Cancer pagurus”) éum crustáceo decápode, braquiúro,da família dos cancrídeos, da costaatlântica rochosa da Europa. A cara-paça de exemplares maduros mede

entre 11 cm e 13 cm de comprimento.

FILOSOFIA DO PRATO:

É um dos crustáceos que mais se con-some nas marisqueiras portuguesas.

Regra geral, são compradas vivas ecozidas em água, sal, cebola, louro eum pouco de piripíri. Deixam-se arre-fecer bem no frigorífico e só depois sedesmancham, retirando todo o seu in-terior, a que nós chamamos “carne desapateira limpa”. A partir desta opera-ção, podemos utilizá-la como quiser-mos.Este prato foi inspirado no recheio desapateira das marisqueiras, a ideia eradar mais frescura e qualidade e aomesmo tempo mostrar que pode serum prato sofisticado. Empratado so-bre uma pedra de lousa e com algu-mas ligações de alfaces mesclun.

LIFESTYLE22 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011 www.oje.pt

Para 2 pessoas (sensivelmente)

RECHEIO DE SAPATEIRA:1 sapateira (600 g) cozer no tacho emágua com sal, e depois de cozidaescolher/retirar o interior2 pinças (cozidas ao vapor 8 minutos)100 g tomate (concassé, reservar oscorações)5 g ovas tobiko80 g aipo talo (brunesa, reservar as folhaspara fritar)

VINAGRETE DE VINHO TINTO E ALHO 40 cl vinho tinto Vale das Areias60 g de alho (montado igual mas com alho ralado quehavia sido bringido em três águas e comconsistência quase de maionese)30 g cebolinho picado3 g pimenta-preta em grão

FLOR DE SAL DE CITRINOS:Para temperar todo o prato no final:20 g zesto de limão desidratado15 g flor de sal maldon

PLACA DE BRICK:1 folha de brick Cortar com o molde, cozinhar entre silpats

DECORAÇÃO PARA A MONTAGEM DO PRATO:10 g cerefólio frescoConcassé de tomate e coraçõesFolhas de aipo fritas20 g rabanete (lâminas finas e transpa-rentes)20 g folhas de acelgas vermelhas

PREPARAÇÃO:Seguir todos os passos de preparação enun-ciados junto das quantidades. Depois de jun-tar todo o recheio de sapateira, adicionar oaipo, o cebolinho e as ovas de tobiko.Temperar e reservar para o empratamento.Fazer o vinagrete de vinho tinto e alho con-forme descrição. Fazer a folha de brick.

MONTAGEM/EMPRATAMENTO1 – colocar o recheio de sapateira em 3 mon-tinhos.2 – colocar o vinagrete de vinho tinto.3 – colocar as folhas de brick já crocantes.4 – colocar o concassé de tomate e oscorações, as folhas de aipo fritas, o cerefóliofresco, as lâminas de rabanete e as folhas deacelgas.

VALE DAS AREIAS SAUVIGNON E ARINTO 2010

É um vinho regional de Lisboa, de cor citrina. Este vinho branco conjuga a exuberância do aroma da casta Sauvignoncom a frescura da casta Arinto. Assim, consegue-se um bom

equilíbrio na boca juntamente com uma acidez perfeita e algu-mas notas vegetais no final.

SAPATEIRA (“CANCER PAGURUS”)

SALADA DE SAPATEIRA COM NOTAS CÍTRICAS, FUNCHO E CORAÇÃO DE TOMATE

Le ChefCHEFE CORDEIRO Chefe executivo do Grupo Altis Hotels

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Designação Viva Congelada Cozida

científica

SSaappaatteeiirraa ‘Cancer pagurus’SSaappaatteeiirraa ccooxxaa ‘Cancer pagurus’SSaappaatteeiirraa mmoorrttaall((ffrreessccaa ddoo ddiiaa)) ‘Cancer pagurus’ SSaappaatteeiirraa mmaacchhoo ‘Cancer pagurus’

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ESPECTÁCULOS

DE 30 DE MAIO a 4 de Junho, a Metropo-litana e o São Luiz Teatro Municipal co-produzem o “Festival para um Instrumen-to: A Herança de Paganini”, na Sala Prin-cipal e no Jardim de Inverno daquele tea-tro, em Lisboa.

Na sequência do êxito verificado em2010 com o Festival Chopin, por ocasião dobicentenário do famoso compositor e pia-nista polaco, o São Luiz Teatro Municipal ea Metropolitana promovem nesta tempora-da um festival que dá relevo a outro instru-mento, o violino. Durante seis dias, a SalaPrincipal e o Jardim de Inverno do São LuizTeatro Municipal vão encher-se de sonori-dades que fizeram a história dos últimosquatro séculos, evocando também um dosmais influentes intérpretes de todos ostempos, Niccolò Paganini (1782-1840).Compositor e violinista italiano, é um no-me indissociável da própria história do vio-lino. Menino-prodígio, o seu virtuosismocedo captou as atenções e, aos 12 anos, já seapresentava regularmente em público.

No seguimento do Concurso Jovens Pia-nistas 2010, que distinguiu Paulo Oliveirana temporada passada, a Metropolitana eo São Luiz Teatro Municipal dão lugar àdescoberta de novos talentos na área doviolino. São oito os concorrentes que seapresentam ao público em recital a solo ecom piano. E são apenas trinta os minutospara impressionarem nestas apresenta-ções o júri, constituído pelo violinista Vas-co Barbosa, o compositor Sérgio Azevedo eo maestro Cesário Costa. Com entradalivre e no Jardim de Inverno, a partir das

18h30, ouvir-se-á logo no dia 20 de MaioJoão Andrade, interpretando obras de Lud-wig van Beethoven e Eugène Ysaÿe, eainda David Ascensão com obras de Jo-hann Sebastian Bach e Ernest Chausson.Até 2 de Junho poderá assistir aos recitaisdos jovens violinistas.

Também a 2 de Junho destaque para “AHistória do Soldado”, de Igor Stravinski,que chega à Sala Principal do São Luiz.Esta é uma versão para concerto a partirdo espectáculo apresentado em 2010, comdirecção cénica de João Pedro Vaz. Com ainterpretação de António Fonseca, osSolistas da Metropolitana e direcção musi-cal de Cesário Costa, “A História do Solda-

“Festival para um Instrumento: A Herançade Paganini” no São Luiz Teatro Municipal

WORKSHOPS

A ADEGA MAYORrealiza de 19 a 26 deMaio mais uma ini-ciativa Wine Talks,desta vez inspiradana relação do vinhocom o mundo dasartes. Trata-se deum novo conceitode conversas infor-mais, inauguradoeste ano, em que sepretende explorar

a relação do vinho com diferentes univer-sos – música, arte, literatura e arquitec-tura. No âmbito desta iniciativa, a Galeriada Boavista, em Lisboa, recebe uma ex-posição colectiva de 11 artistas portu-gueses, referência no nosso país e no

panorama internacional, que aceitaram odesafio de criarem peças únicas que ex-ploram a relação do vinho com o mundodas artes, tomando como caminhos cria-tivos a História, a linguagem, a sim-bologia e a cultura do vinho. AKA Cor-leone, Arm Collective, Filipe Rebelo, I’mfrom LX, João Retorta, Kruella D’Enfer,Lara Portela, Maria Imaginário, MiguelJanuário, Pixelejo e Tâmara Alves são osartistas que dão corpo a esta mostra, queé inaugurada dia 19 de Maio, pelas 19horas e que irá estar patente ao públicoaté 26 de Maio, entre as 10 e as 13 horas eas 15 e as 19 horas. Ao longo da semana,serão realizados vários workshops de artee workshops específicos para escolas, di-namizados pelo artista plástico GonçaloMar, conhecido pela sua versatilidade e

criatividade em compor formas e perso-nagens. Estes workshops contemplam arealização de uma visita guiada à exposi-ção “Wine Talks & Arts”, onde é explicadoa todos os participantes algumas das lin-guagens e disciplinas artísticas que se cru-zam nesta mostra colectiva. Serão, ainda,realizadas provas de vinhos em que a enó-loga Rita Carvalho ensinará a arte de saberapreciar um bom vinho, no contexto dasua ligação à arte. Os workshops têm umnúmero máximo de dez participantes. O ponto alto desta iniciativa será a perso-nalização de uma garrafa de vinho AdegaMayor através de diferentes técnicas ar-tísticas (stêncil, desenho, stickers), o queirá permitir a cada participante criar umaobra única, sob coordenação do artistaGonçalo Mar.

Adega Mayor promove “Wine Talks & Arts” a partir de quinta-feira

MÚSICA GLASSERO Musicbox, no Cais do Sodré, em Lisboa, recebe no próximo dia20 de Maio, a partir da uma hora da madrugada, o concerto danorte-americana Glasser. Em estreia no nosso país, o actual pro-jecto de Cameron Mesirow teve especial impacto junto daimprensa especializada, que a comparou a nomes como ZolaJesus, Bates for Lashes ou Fever Ray, aquando o lançamento dodisco de estreia, “Ring”, espectáculo que traz agora a Lisboa. Osecos tribais que ecoam por “Ring” anunciam um mundo parale-lo, torcido e traiçoeiro, que na sua face minimalista aparentauma índole inócua. No entanto, o álbum (ed. True PantherSounds, 2010) cedo se transforma em matéria envolvente, trans-cendente mesmo, que se afunda no peito em melodias encan-tatórias e decisivas. Cameron Mesirow é quem assina esta explo-ração pós-punk. Glasser é o nome que deu ao projecto, aprovei-tando a máscara para os movimentos de sedução inesperada-mente assertivos. O que vem de Los Angeles tem este hábito denos tirar o tapete em câmara lenta, enquanto mantemos osolhos bem abertos e o espanto bem marcado, sem acreditar quede facto estamos a cair numa teia mágica, saco sem fundo nomomento seguinte. Glasser tem essa faceta escondida, à esperade uma distracção para nos caçar para sempre. A primeira partedo concerto estará a cargo de Drawlings, projecto a solo de AbbyPortner, irmã de Avey Tare dos Animal Colective. Preço: 10 €.20 de Maio, Musicbox, Cais do Sodré, Lisboa

EXPOSIÇÃO COCA-COLA

O Museu da Farmácia, em Lisboa, inaugura a 25 de Maio a “Exposição dos 125 anos da Coca-Cola”. Ali será possível encon-trar os artefactos com que John Pemberton criou o míticoxarope de cola, algumas garrafas históricas, originais, da Coca--Cola e a cronologia dos acontecimentos mais relevantes damarca no mundo e em Portugal. A Coca-Cola foi servida pelaprimeira vez a 8 de Maio de 1886, na Farmácia Jacob’s da cidadenorte-americana de Atlanta, pela mão do Dr. John Pemberton,que inventou a bebida com o propósito de fazer as pessoas sen-tirem-se bem. Volvidos 125 anos, a Coca-Cola é hoje a marcamais conhecida do mundo, e a segunda expressão mais reco-nhecida, após a palavra ‘OK’. A marca mais valiosa e a preferidapor milhões de consumidores nos mais de 200 países onde estápresente. Entrada gratuita.25 de Maio, Museu da Farmácia, Lisboa

LAZER EMOÇÕES RADICAISO Hotel AxisVermar, na Póvoa deVarzim, disponibi-liza um programaespecial para os hós-pedes mais aven-tureiros, que apre-ciam emoçõesfortes. A sugestãocontempla um cir-cuito de arborismo,

onde é possível efectuar escaladas, rapel, saltos pendulares e depontes, num parque de desportos radicais próximo daquelaunidade hoteleira. Disponível até 20 de Julho, o programa inte-gra ainda estada de duas noites naquela unidade de quatro estre-las, localizada a escassos metros da praia e com vista privilegiadapara o oceano Atlântico. Preço: 85 € por pessoa, com pequeno--almoço bufete incluído. Reservas pelo telefone 252 298 900 oupelo endereço electrónico [email protected]é 20 de Julho, Hotel Axis Vermar, Póvoa de Varzim

Aonde ir

do” foi a primeira obra que Stravinsky es-creveu num período criativo.

O compositor queria uma opereta iti-nerante; objecto artístico fácil de pôr emqualquer palco. A partitura para sete ins-trumentos tem por isso forte dimensãocénica, à volta da história (“para ser lida,interpretada ou dançada”) de um soldadoque regressa a casa com o seu velho violi-no, que é afinal figura central desta obra.Na viagem, revela-se um universo fanta-sioso, habitado por um diabo e uma prin-cesa. Há amores desfeitos, o triunfo datraição. Mas, sobretudo, surpreende, in-tensamente, a magia da música. Preços:10 € a 20 €.

LIFESTYLE 23TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011www.oje.pt

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24 TERÇA-FEIRA17 de Maio de 2011

Desporto

Porto

TEMPO PARA OJE

MIN. 19 MÁX. 26

LisboaMIN. 17 MÁX. 24

FaroMIN. 17 MÁX. 22

OS CHICAGO Bulls derrotaram nodomingo à noite os Miami Heat por103-82, no primeiro de sete jogos dafinal da Conferência de Este da Liganorte-americana de basquetebol(NBA), com Derrick Rose mais umavez em destaque.

O jogador mais valioso da fase re-gular marcou 28 pontos e fez seis as-sistências. Luol Deng (21 pontos)também esteve em destaque na defe-sa ao conseguir secar LeBron James,que marcou apenas 15 pontos.

Carlos Boozer marcou 14 pontos econseguiu nove ressaltos, com ofrancês Joakim Noah a alcançar 14ressaltos.

Nos Heat, Chris Bosh (30 pontos e

nove ressaltos) foi o melhor em cam-po, com Dwyane Wade a marcar ape-nas 18 pontos.

Os Bulls ganharam pela quarta vezesta temporada aos Heat, mas conse-guiram no domingo o resultado maisdilatado da temporada frente à equi-pa de Miami.

Antes, os Oklahoma City Thunderconquistaram um lugar na final doOeste, ao baterem em casa os Mem-phis Grizzlies por 105-90, no jogo 7das meias-finais de conferência.

Depois de ter estado apagado noencontro anterior, Kevin Durant re-cuperou o seu papel de líder da equi-pa e conduziu os Thunder ao con-fronto com os Dallas Mavericks (4-0aos Los Angeles Lakers), com 39 pon-tos e nove ressaltos.

Chicago Bulls abrem final Este a vencer

LIGA NBA

A SURFISTA havaiana Carissa Moore executa um leque na onda da última ronda do Bil-labong Rio Pro do circuito mundial feminino da ASP. Moore triunfou na etapa brasileiraao vencer na final a australiana Sally Fitzgibbons. Foto AntónioLacerda/EPA

ASP WOMEN: Moore triunfa nas ondas cariocas ÚLTIMA HORA

WWW.ABOLA.PTO Cluj escolheu Jorge Costa paraconduzir a equipa ao título da Ro-ménia na próxima temporada. Se-gundo uma informação avançadapela imprensa local, o antigo trei-nador de SC Braga, Olhanense e Aca-démica já terá mesmo um acordoverbal para prosseguir a sua car-reira de treinador no país dos Cárpa-tos: o contrato será válido por umatemporada, com renovação automá-tica por mais um ano caso vença ocampeonato romeno de futebol.

WWW.OJOGO.PTA tenista belga Kim Clijsters recupe-rou de uma lesão sofrida em Março,e desta maneira vai participar notorneio de Roland Garros, garantiuontem o agente da tenista Bob Ver-bee. A jogadora tinha recentementeafirmado que não estaria presenteno Grand Slam francês.

WWW.MAISFUTEBOL.IOL.PTO FC Barcelona anunciou que reno-vou o acordo de parceria com aUNICEF até Junho de 2012. O clubeabriu esta temporada uma excepçãona sua tradição de não ter publici-dade nas camisolas para a organiza-ção humanitária, mas na próximatemporada a sigla da UNICEF vaiapenas aparecer na parte de trás dascamisolas, por baixo do nomes dojogadores, já que a zona frontal estájá ocupado pelo patrocínio da QatarFoundation.TACO-A-TACO

José Carlos Rodrigues

HOJE AO final da manhã iremos saberse o segundo campo de golfe da Com-porta começa já a ser construído ou seirá demorar mais algum tempo.

Hoje, no clube britânico de Went-worth, será anunciado qual o país

que irá receber a Ryder Cup de 2018.Portugal, Espanha, França, Alema-nha e Holanda são os cinco candi-datos.

Se for em Portugal, avança de ime-diato a construção do segundo cam-po da Herdade da Comporta (o pri-meiro já está marcado e a constru-ção arranca ainda este Verão).

No caso de ser Espanha a escolhi-da, serão construídos dois camposna zona de Madrid. Se for em França,será utilizado o campo de golfe na-cional (perto Paris), sendo o centrode operações no Palácio de Ver-salhes. Caso a Ryder Cup vá parar àAlemanha, não há nada de novo aapresentar. No caso da Holanda, estáa ser construído um campo dese-

nhado por Colin Montgomerie.Ou seja, esta semana, a aldeia da

Comporta saberá se será um destinointernacional muito em breve ou seisso irá demorar mais tempo.

O grupo Espírito Santo, proprietá-rio da herdade da Comporta, garan-tiu que, com ou sem Ryder Cup, osdois campos de golfe serão construí-dos. Mas, logicamente, se a RyderCup não vier para Portugal, o campodesenhado por Tom Fazio irá demo-rar a ser construído. Mas se a RyderCup vier para Portugal em 2018, en-tão o campo começa a ser construídoao mesmo tempo que o outro cam-po. Hoje, às 12h00, os golfistas (e al-guns empreendedores) vão estar deouvido colado ao rádio.

FUTURO DA COMPORTA SABE-SE HOJE

O MÉDIO do FC Barcelona Sergio Bus-quets poderá jogar a final da Liga dosCampeões com o Manchester United,depois de ter sido ilibado pela UEFA daacusação de insultos racistas ao lateralbrasileiro Marcelo do Real Madrid nojogo da meia-final em Camp Nou.

A UEFA confirmou ontem que nãoaceitou a queixa apresentada pelo RealMadrid contra o médio espanhol do FCBarcelona por “falta de provas sólidase convincentes”.

Sergio Busquets pode jogar final da Champions

FUTEB0L

O TREINADOR do Sporting de Braga,Domingos Paciência, considerou on-tem natural atribuir ao FC Porto “umfavoritismo muito grande” para a fi-nal da Liga Europa de futebol, que serealiza amanhã em Dublin.

Em entrevista ao site da UEFA, otécnico bracarense notou que a for-

mação portista “tem mostrado seruma equipa muito forte” e que, nãoestando a disputar a Liga dos Campe-ões, “durante anos e anos esteve lá e éum clube” de Champions.

“Numa final, e perante o que temacontecido, é natural que se atribuaum favoritismo muito grande ao FCPorto, mas é um jogo só, dependemuito da inspiração e de outras situa-

ções e é isso que nos leva a acreditarque é possível”, disse.

Domingos Paciência notou aindaque todos os jogos da campanha euro-peia do Braga foram “de grande moti-vação, contra grandes equipas como oLiverpool, Dínamo de Kiev, mesmo ocampeão polaco, o Lech Poznan, tudoequipas fortes, e automaticamente osjogadores ficaram motivados”.

O MÉDIO João Moutinho foi ontemconvocado pelo treinador do FC Porto,André Villas-Boas, para a final da LigaEuropa frente ao Sporting de Braga.

O regresso de João Moutinho ocorredepois da recuperação da lesão sofri-da no jogo frente ao Paços de Ferreira,da 29.ª jornada, num lance com Nél-

son Oliveira, que obrigou o médio afalhar a deslocação ao terreno do Ma-rítimo, na derradeira etapa do campe-onato.

Além de Moutinho, também Hulk,Helton e Fernando regressam aos con-vocados azuis e brancos, após teremsido poupados na viagem à Madeira,por troca com o guarda-redes Kieszeke o avançado Mariano Gonzalez.

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Domingos Paciência atribui grande

favoritismo à equipa do FC Porto

João Moutinho convocadopara a final da Liga Europa