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A Psicologia da Cooperação e Consciência Grupal Torkom Saraydarian Editora Aquariana Tradução E. Higa A. Sumário: Introdução... Capítulo I Consciência Grupal... Capítulo II Consciência e Consciência Grupal... Capítulo III O Grupo e o Objetivo Comum... Capítulo IV A Lei da Cooperação... Capítulo V Cooperadores e Princípios de Cooperação... Capítulo VI Discriminação... Capítulo VII Competição e Repressão... Amizade... Capítulo VIII Integridade e Cooperação... Capítulo IX Capítulo X Ponderação... Capítulo XI

"A PSICOLOGIA DA COOPERAÇÃO E CONSCIÊNCIA GRUPAL" de Torkom Saraydarian (1990)

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"Cooperação é uma Lei Cósmica, operando no Universo para realizar a construção de todas as formas de vida e levá-las ao seu propósito supremo. Consciência é a percepção da existência dos 'outros'. Este livro mostra que, toda vez que nossa consciência falha no estabelecimento da cooperação, sentimos nosso fracasso intelectual, espiritual e moral."UPLOAD PATROCINADO POR:www.NOVACOMUNIDADE.org - O MODELO COOPERATIVO FAMILIARwww.MDDVTM.org - MOVIMENTO DE DEMOCRACIA DIRECTA EDUCATIVA"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."(Carlos Bernardo González Pecotche)"Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição."(Simón Bolivar)

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  • A Psicologia da Cooperao e Conscincia Grupal

    Torkom Saraydarian Editora Aquariana Traduo E. Higa A.

    Sumrio:

    Introduo...

    Captulo I

    Conscincia Grupal...

    Captulo II

    Conscincia e Conscincia Grupal...

    Captulo III

    O Grupo e o Objetivo Comum...

    Captulo IV

    A Lei da Cooperao...

    Captulo V

    Cooperadores e Princpios de Cooperao...

    Captulo VI

    Discriminao...

    Captulo VII

    Competio e Represso...

    Amizade... Captulo VIII

    Integridade e Cooperao...

    Captulo IX

    Captulo X

    Ponderao...

    Captulo XI

  • Concluso...

    Glossrio...

    Introduo

    A maior alegria, sade, prosperidade e futuro de um Ser Humano esto baseados no

    trabalho que ele realiza para outras pessoas: curando, iluminando, encorajando e

    dando oportunidade para crescerem.

    Pessoas podem ser divididas em muitas categorias, as quais tambm correspondem

    aos estgios das suas conscincias.

    Aquelas na primeira categoria vivem para fazer a felicidade delas custa da felicidade

    de outros.

    Aquelas na segunda categoria vivem para fazer seus partidos ou nao felizes custa

    de outros.

    Aquelas na terceira vivem para servir os outros e ajudar a tornar as pessoas saudveis,

    felizes, prsperos e creativas.

    Aquelas do primeiro grupo lentamente terminam suas vidas com infelicidade, aflies

    e remorsos. O segundo grupo aumenta a dor e o sofrimento da humanidade.

    O terceiro grupo aprecia a vida e aumenta a sade, a felicidade, a prosperidade e a luz

    no mundo. Eles vivem felizes e so capazes de sobreviver e aguentar muitas crises e

    calamidades na vida.

    H ainda outra categoria totalmente diferente das trs acima. As pessoas aqui servem

    s foras do mal que controlam a humanidade atravs do dio, medo, raiva, cimes,

    difamao, maldade e separatismo. No haver esperana para uma pessoa se ela cair

    nas mos de semelhante grupo, porque ele destruir seu alicerce e a tornar uma

    pessoa sem alma.

    do nosso interesse, capacitar pessoas a distinguir entre os vrios agrupamentos e

    viver uma vida livre, que seja o menos prejudicial possvel para si mesma e para os

    outros. As pessoas devem aprender a no viver pelas suas posses e posies, mas com

    a finalidade de trazer uma felicidade real para a humanidade. Como um grande Mestre

    uma vez declarou: Felicidade repousa em auxiliar a humanidade.

    Aprendendo o verdadeiro significado da conscincia de grupo, paramos de olhar para

    ns mesmo como um ser separado de todos ou outros e comeamos a ver nosso elo

    com toda a humanidade, com a Natureza e o Cosmos.

  • Nessa realizao, aprendemos a cincia e a arte da cooperao. Pessoas em todos os

    lugares esto finalmente percebendo que ter cooperao e conscincia grupal so as

    verdadeiras e nicas chaves para sucesso e, finalmente, sobrevivncia.

    Captulo I

    Conscincia Grupal

    Um grupo uma unio de pessoas que tm um objetivo comum e que tentam atingir

    esse objetivo atravs da cooperao, perseverana e abnegao. A inteno de cada

    membro tornar o grupo todo saudvel, feliz, prspero, iluminado e seguro.

    O nmero de membros em cada grupo pode variar de trs a milhes, mas medida

    que o nmero de membros aumenta, maior virtude e eficincia so necessrias para

    manter o grupo intacto. Uma famlia pode ser um grupo; uma igreja pode ser um

    grupo; uma nao pode ser um grupo. At a humanidade como um todo pode ser um

    grupo global.

    Conscincia Grupal a soma total da conscincia dos indivduos que, atravs de

    sinceros esforos, tm unido, fundido e harmonizado suas conscincias com as de

    outros.

    Um grupo no um verdadeiro grupo a menos que as conscincias dos membros

    daquele grupo estejam fundidas, unidas e harmonizadas umas com as outras. Isso se

    refere a ter uma nica mente, ou conscincia grupal.

    A conscincia grupal pode ser desenvolvida pela adeso dos seguintes oito princpios:

    1. Os membros do grupo devem aprender o valor do respeito e pratic-lo uns

    com os outros. A menos que a pessoas num grupo respeite cada um, no

    poder haver um grupo verdadeiro. O respeito deve estar presente no

    comportamento, palavras, sentimentos e pensamentos de cada pessoa em

    relao a outros membros do grupo. Isso vlido tambm no grupo da famlia.

    Se os membros da famlia no respeitarem uns aos outros, no haver famlia.

    Mas como se respeita outra pessoa? A resposta : observando um grande valor

    ou potencial dela e mantendo com ela uma relao especial baseada no

    reconhecimento daquele grande valor. Se no h respeito entre os membros

    do grupo, como se ele tivesse um muro construdo sem cimento. Uma famlia

  • ou um grupo existe e cresce somente quando os membros respeitam uns aos

    outros.

    2. Os membros do grupo devem promover um objetivo comum. Se o objetivo

    est claro na mente dos membros, eles tero uma comunicao melhor e uma

    cooperao mais inteligente uns com outros. O objetivo dever ser o eixo do

    grupo, em torno do qual os membros devero organizar suas vidas e atividades.

    Alguns membros tentam ajustar o objetivo do grupo para seus prprios

    interesses e us-lo para suas vantagens separatistas. Quando certos membros

    tentam impor seus objetivos individuais sobre o grupo, surgem tenses e

    problemas dentro dele.

    O objetivo grupal quer que cada Membro enuncie a seu objetivo individual, ou,

    pelo menos, no force seu objetivo separado sobre o grupo. O condutor de

    uma orquestra quer que todos os msicos toquem suas partes na sinfonia, que

    o objetivo da orquestra. Mas o que acontecer se algum msico tocar sua

    prpria msica na orquestra?

    Para ser parte da conscincia do grupo; o membro dever renunciar a

    atividades, sentimentos e pensamentos que no fazem parte do objetivo

    comum do grupo.

    3. Os Membros do grupo devem tentar trabalhar em harmonia uns com os

    outros, elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros

    que no contradizem o objetivo grupal. Por exemplo: o objetivo de um grupo

    levantar cinco milhes de dlares. Suponha que no grupo haja membros que

    aspiram riqueza. Promover, encorajar e aconselhar tais membros em como

    fazer dinheiro no contradiz o objetivo grupal, porque, se aqueles membros

    alcanam seus objetivos e tem mais dinheiro, eles beneficiam o grupo doando

    mais dinheiro, auxiliando-o assim a alcanar seus objetivos.

    Quanto mais ricos os membros de um grupo, mais rico o grupo ser. Ento,

    auxiliar uns aos outros a alcanar objetivos individuais no contradiz os

    interesses do objetivo grupal, desde que os objetivos individuais no sejam

    contraditrios aos do grupo.

    Quando os objetivos grupais r individuais esto em concordncia um com

    outro, medida que o individuo alcana seu objetivo, o grupo tambm alcana.

    Quando a renda individual cresce, a renda grupal cresce tambm. Quando o

    grupo torna-se rico, os membros tambm se tornam ricos.

    Quando a abundancia de sabedoria, amor, solenidade, pureza e beleza

    aumentam no grupo, todos compartilham da sua abundncia e se sentem

  • preenchidos. impossvel promover o objetivo grupal, a menos que a

    prioridade seja dada a isso e o mesmo seja mantido em maior apreo do que os

    objetivos individuais.

    Em alguns casos, torna-se necessrio aos membros subordinar seus objetivos

    individuais e se devotarem inteiramente para os objetivos grupais. Dessa

    maneira, o grupo atinge seu objetivo e proporciona condies para o individuo

    alcanar aqueles objetivos que no contradizem o objetivo grupal.

    4. Os membros do grupo devem proteger o grupo e seus companheiros de

    ataques e perigos. Isso resulta em conscincia grupal, progresso, integridade e

    influncia para o grupo.

    Certa vez, trs dos nossos soldados estavam numa misso muito perigosa para

    o exrcito. Cada um de ns era um especialista em um dos aspectos da misso.

    Estvamos muito ansiosos para proteger um ao outro porque nossa

    sobrevivncia individual dependia da sobrevivncia dos outros. Se um de ns se

    perdesse, os outros dois teriam um perodo muito difcil de sobrevivncia e

    realizao na misso. Assim, frequentemente indagvamos uns aos outros:

    Voc comeu bem? Como est a sua energia? Voc dormiu bem? Voc est se

    sentindo bem, e assim por diante. A menor queixa de algum membro causava-

    nos uma grande ansiedade. Nossa principal preocupao era proteger uns aos

    outros.

    assim que uma famlia, um grupo, uma nao, e a humanidade devem

    aprender a se conduzir. Conscincia grupal pode crescer somente quando uma

    pessoa comea a arriscar sua vida no sentido de proteger outros membros do

    grupo.

    Bilhes de anos atrs, o desenvolvimento progressivo da conscincia iniciou-se

    numa clula, quando ela se tornou cnscia de que sua prpria sobrevivncia e

    bem estar aumentariam se ela se unisse com outras clulas em direo a um

    objetivo comum criando eventualmente um corpo humano.

    No corpo humano, vrios grupos esto em operao. Por exemplo: sistema

    nervoso um grupo; as glndulas formam outro; o sistema sanguneo outro,

    o sistema linftico ainda outro grupo. O homem uma entidade na qual

    todos esses grupos trabalham em harmonia, porque eles aprenderam que,

    trabalhando em harmonia uns com os outros, por um nico objetivo,

    expandem sua conscincia e auxiliam sua sobrevivncia em condies

    adversas.

    Doena um sinal de desarmonia entre um grupo e o resto. Quando algum

    grupo afetado por uma doena, os outros grupos tentam auxili-lo a

  • recuperar-se, porque eles sabem que a sobrevivncia do todo est dependendo

    do bem estar do grupo que est doente.

    A humanidade como o corpo humano, mas por sculos tem falhado em

    observar essa condio mais bsica de vida e no tem trabalhado pela unidade,

    cooperao e harmonia. Uma nao pensa somente em ser um estomago

    para comer o resto do corpo, sem perceber que sua prpria sobrevivncia

    depende do corpo todo. Se tivessem perguntado a essa nao porque ela

    queria comer o resto, ela responderia: Para minha prpria sobrevivncia.

    O que aconteceria se repentinamente todas as clulas do corpo decidissem

    deixar o grupo e se dispersar para qualquer lugar? Bem, q pessoa no mais

    teria um corpo. Ele no existiria como um corpo. Aqui aprendemos que

    existncia significa unir, desenvolver a conscincia grupal e cooperar,

    harmonizar e at renunciar a alguns objetivos prprios, sacrificando os

    interesses separatistas pelo bem de todo o grupo.

    Deve-se pensar acerca do por que a humanidade tem sofrido atravs dos

    tempos. A resposta clara: o grupo humano e seus membros individuais tm

    quebrado a Lei da Conscincia Grupal e, no seu lugar, atuado pelos interesses

    separatistas. As pessoas agem contra a Lei da Conscincia Grupal atravs de

    fofocas, difamando uns aos outros, usando maldade e traio, tentando

    explorar ou aniquilar uns aos outros. Isso significa que as pessoas esto

    trabalhando contra suas prprias sobrevivncias, contra o processo da

    formao da conscincia grupal.

    5. Os membros do grupo devem encorajar e evocar foras para desenvolver

    grandes potenciais em cada um.

    Suponha que cinco pessoas queiram construir um templo com suas prprias

    mos. Elas se encontram para discutir a construo e determinar que precisem

    de pedreiros, encanadores, eletricistas e um engenheiro apto a fazer o

    trabalho. Cada um deles deve ento aprender uma habilidade especifica, obter

    alguma experincia e, ento, comear a construir o templo. Quando eles

    aprendem as habilidades necessrias e trabalham harmoniosamente uns com

    os outros, veem o quanto necessitam um do outro para realizar o trabalho.

    No futuro, veremos como aqueles grupos, que no favorecem o

    desenvolvimento da conscincia grupal, tornaram-se obstculo no caminho da

    humanidade, e isso tornou mais difcil para a humanidade alcanar melhores

    objetivos. Cada ser humano, grupo e nao devem auxiliar um ao outro a se

    tornar mais eficiente, mais prspero e culto, para que a humanidade que o

    corpo de todos os agrupamentos alcance seu objetivo supremo: o cultivo da

    conscincia global.

  • Ento, cada membro de grupo deve encorajar os outros e ser algo mais que

    comumente so aumentar sua beleza, tornar-se melhor e contribuir com essa

    beleza para o grupo.

    Um grupo da sia enviou vinte e cinco de suas crianas para o ensino superior

    em Londres. Anos mais tarde, essas crianas retornaram doutores, advogados,

    engenheiros, artistas e outros profissionais, trazendo grande prosperidade e

    dignidade para o grupo.

    O principio bsico da conscincia grupal ajudar a elevar e iluminar outras

    pessoas, para que elas, em troca, elevem e iluminem voc.

    6. Membros de grupo devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os

    outros membros do grupo, dando-lhes a oportunidade de se encaixar dentro

    do trabalho grupal.

    No nosso dever condenar um membro arrogante, teimoso, preguioso,

    fofoqueiro, que est cheio de vcios. Em vez disso, devemos encontrar meios de

    trazer a pessoa para a compreenso, de maneira que ela desenvolva virtudes

    elevadas. Dessa maneira, o grupo cresce no lugar de decrescer. Menosprezo,

    maldade e dio so comumente usados contra um membro que ainda no

    acompanha a demanda da conscincia do grupo. Devemos auxili-lo a

    recuperar-se, compreender e aprender como cooperar. Isso pode ser usado

    pela prtica do esprito da tolerncia e perdo, at chegar um momento

    quando o membro est todo digerido pelo grupo e assimilado dentro da

    conscincia grupal.

    Se um dos nossos braos est dolorido, voc no o corta fora, mas toma mais

    cuidado com ele a menos que veja que ele no se ajusta ao corpo. Algumas

    vezes, a cirurgia o trabalho mais doloroso par ao grupo realizar. Uma nova

    oportunidade deve sempre ser dada para aqueles que agem contra o principio

    da conscincia grupal a menos que eles conscientemente corroam o grupo e

    destruam seu trabalho.

    s vezes, um grupo saudvel descarta automaticamente tais membros

    destrutivos e, aps tal expulso, adquire maior sade e poder. Observa-se que

    pessoas doentes no podem respirar num grupo saudvel, e por vrias razes

    elas deixem o grupo.

    No se deve pensar que cada pessoa que deixa um grupo m. Algumas

    pessoas deixam um grupo para encontrar outro mais adequado sua natureza.

    Tais pessoas podem buscar isso por si mesma, sejam elas eliminadas pela

    prpria energia do grupo, ou tenham elas escolhido deixar o grupo para uma

    melhor chance de progresso. Isso pode ser feito pela observao de sua prpria

  • integridade, beleza e solenidade em seus novos relacionamentos. Se elas se

    tornaram pouco empenhadas, menos felizes, pouco teis e menos belas ou

    especialmente se elas caram em traio ou em atividades obscuras -, isso

    significa que o grupo anterior s descartou como galhos secos de uma rvore.

    Tolerncia e perdo constroem amigos e cooperadores quando essas virtudes

    so usadas inteligentemente e na dosagem certa. Antes de condenar algum,

    muito bom checar as coisas que necessitam ser condenadas em voc.

    importante auxiliar as pessoas a entrarem no ritmo do grupo, para que ele se

    torne mais rtmico e eficiente.

    Frequentemente as pessoas necessitam afastar-se de certo grupo por muitas

    razes, mas elas no podem se esquecer de que o desenvolvimento e

    progresso s so possveis com trabalho, cooperao e disciplina grupal.

    7. Os membros do grupo devem cultivar uma profunda sensibilidade liderana

    do grupo, pela luz do objetivo grupal. Esse um ponto extremamente

    importante.

    Antes de tudo, deixe-nos tornar claro que uma verdadeira liderana no exerce

    fora para tornar os membros sensveis a ela. Em vez disso, a liderana usa o

    principio da liberdade e tenta educar as pessoas para a importncia da

    sensibilidade ao lder grupal.

    Se uma pessoa deseja mover seu brao e dedos e eles no obedecem, isso

    significa que est seriamente doente. O comandante na pessoa ou em um

    grupo deve ter o poder de liderar, guiar, aconselhar e at disciplinar, usando os

    princpios de educao, liderana e liberdade, ou de outro modo a pessoa ou

    grupo desintegrar-se- desaparecer.

    Chamamos de caos quando elementos de um grande todo no esto em

    harmonia uns com os outros e esto inconscientes do comando central.

    Infelizmente, pessoas podem no compreender que democracia no significa

    anarquia. A real democracia pode ser adquirida somente depois do

    desenvolvimento do senso de responsabilidade e conscincia grupal. Uma

    democracia real uma sinfonia na qual cada nota tem seu lugar, liberdade,

    trabalho e ritmo certo.

    Em um monastrio, aprendi a desenvolver aguda sensibilidade em relao a

    meu mestre. Conhecia exatamente quando ele necessitava de um copo de

    gua, quando precisava de um lpis e papel, quando queria ir ao jardim, ou

    comer algo. Atravs de sua voz, expresso facial e comportamento sutil,

    conhecia verdadeiramente o que ele queria. Eu era to sensvel que algumas

  • vezes pude quase ouvir seus pensamentos e fiz coisas para ele antes que

    pudesse pedir.

    Os olhos de meu mestre tinham uma linguagem especial que eu aprendi. Certo

    olhar significava comporte-se; outro olhar significava seja cuidadoso, seja

    atento, voc pode faz-lo se voc ousar e pare, d uma chance, estou

    desapontado, mas ainda tenho esperana, e assim por diante. Devido ao

    desenvolvimento da minha sensibilidade, fui promovido ainda jovem.

    A sensibilidade nos leva a nveis elevados da conscincia, onde podemos

    prestar grandes servios ao grupo. Naturalmente no nos referimos ao

    servilismo. Um verdadeiro lder acima de tudo previne o desastre do servilismo.

    No lugar, ele desenvolve prontido, sensibilidade e verdadeira discriminao

    entre os membros Quando falamos a respeito de liderana, as pessoas

    frequentemente pensam naqueles que esto na incumbncia de um grupo. Na

    realidade, liderana um objetivo, um plano e um propsito, apresentado

    pelos lderes para o bem estar do todo.

    8. Membros grupais devem fomentar a alegria dos outros no grupo. Se nossos

    atos e palavras causam alguma angstia, dor, sofrimento ou aborrecimento aos

    outros, devemos nos abster de tais atos. Eles complicaro nossa vida e nos

    conduziro em direo do isolamento, egosmo, futilidade e depresso. Cada

    membro do grupo deve se examinar e se indagar: Como devo pensar, falar e

    me comportar, de maneira que aumente a alegria dos outros membros?.

    somente numa atmosfera cheia de alegria que grandes trabalhos so

    efetuados e a conscincia grupal desenvolvida. A alegria atrai elevadas

    impresses e inspiraes das altas esferas de luz. A alegria cresce quando cada

    membro do grupo encontra suas responsabilidades e fica livre de sentimentos

    de culpa pelas aes erradas.

    Captulo II

    Conscincia e Conscincia grupal

    Conscincia o despertar dos outros.

  • Conscincia Grupal a percepo do seu Self real existindo dentro dos outros e

    do Self real dos outros existindo dentro de voc.

    O que queremos dizer por outros? Outros so seus corpos fsico, emocional

    e mental; sua famlia e sua nao; assim como toda a natureza, o planeta, o

    sistema solar, a galxia e o Cosmos.

    Conscincia o despertar da existncia de outros.

    Mas conscincia grupal o despertar da existncia do Self Uno em todos esses

    outros.

    Alguns tm a iluso de que apenas o juntar de pessoas forma um grupo. De

    qualquer forma, a maioria das pessoas no est pronta para se tornar membro

    de um grupo real. Elas necessitam de um longo perodo de sofrimento e dor

    para quebrar suas cristalizaes e tendncias de isolamento.

    Ser cristalizado significa estar emperrado em modos obsoletos de pensar, ser,

    sentir e agir. Uma pessoa cristalizada deve submeter suas doenas cura da

    natureza.

    A natureza tem muitos caminhos diferentes para iniciar tais pessoas numa

    ampla esfera de conscincia. Um deles uma pessoa cristalizada entrar em

    contato com uma pessoa avanada. No incio, esta ltima frequentemente

    caluniada e difamada pela primeira. Entretanto, o resultado que a pessoa

    avanada comear a orar e ter pensamentos elevados sobre o difamador,

    dando a ele estmulo suficiente para fazer uma ruptura. Naturalmente, tal

    transformao no ocorre da noite para o dia e pode passar atravs de muitas

    fases dramticas.

    Outro modo de quebrar a cristalizao uma pessoa ser forada a confrontar

    muitos problemas que somente podem ser resolvidos, tendo uma atitude

    progressiva.

    Ainda outra ocorre quando uma pessoa cristalizada depara com

    acontecimentos difceis, tais como perder uma pessoa amada ou contrair um

    mal incurvel, e a pessoa forada a buscar um caminho para confrontar essas

    perdas, comeando, ento a mudar.

    Num quarto caminho, a pessoa forada, pelas vrias situaes da vida a

    aconselhar outras, a se tornarem abertas e progressivas e, assim, a aprender

    tudo o que est transmitindo a elas. Esses so caminhos nos quais uma pessoa

    amadurece e aprende o que significa pensar de um modo progressivo e ter

    uma conscincia em crescimento.

  • As pessoas no podem ser foradas a adquirir conscincia grupal ou a se tornar

    membros de um grupo. Quando pessoas so foradas a formar grupos ou a se

    tornar membros de grupos, elas se tornam uma contnua dor de cabea para a

    comunidade. Cada candidato, a um grupo deve estar maduro antes de se

    tornar um membro, porque, se ele no est pronto e como o grupo atrai todos

    os vcios adormecidos para a superfcie, ele se afogar no oceano desses vcios.

    A maior sabedoria para ensinar humanidade a cincia da conscincia grupal,

    comeando com crianas nas escolas primrias, cursos secundrios,

    universidades, grupos, igrejas e naes. a cincia da conscincia grupal que

    preparar pessoas para a paz universal, harmonia e cooperao.

    Certa vez, dez meninos foram contratados por mim para construir um muro de

    pedra. Ns comeamos usando cimento para segurar as pedras juntas

    adequadamente. Mas, medida que o dia passou, e ns aprendemos como

    assentar as pedras umas sobre as outras, me veio uma curiosa ideia de que ns

    no necessitvamos de cimento e poderamos levantar o muro rapidamente se

    apenas juntssemos as pedras perfeitamente umas sobre as outras.

    Infelizmente, os meninos concordaram comigo.

    O muro cresceu cada vez mais alto, mas, repentinamente, com um tremendo

    barulho desmoronou. O professor veio e perguntou: o que aconteceu?

    Demos uma nica resposta lgica: Todos caram.

    SE a raa humana no aprender a cincia da conscincia grupal e a empregar

    para construir, a humanidade cair e desaparecer deste mundo.

    Aqueles que so seres humanos com conscincia grupal tm grande dificuldade

    de trabalhar em grupos separatistas, cujo nico propsito explorar outras

    pessoas. No futuro, os discpulos estaro preparados para servir tais grupos

    destrutivos de modo especial e introduzir nesses grupos a conscincia grupal,

    sem criar reaes violentas. Isso ser possvel se os discpulos aprenderem a se

    comunicar com as almas das pessoas no lugar de suas personalidades.

    Em cada ser humano, h uma presena da Conscincia Divina, enterrada

    debaixo pilhas de espelhismos, iluses e vaidade. Mas possvel alcanar

    aquela divindade e atra-la em expresso se a chave certa encontrada. As

    pessoas que conseguem fazer isso so altamente carregadas de compaixo,

    vontade sacrificial, tolerncia e inclusividade infinita. Os mecanismos dessas

    pessoas evocam reao de todos aqueles que tm dentro de si elementos

    relacionados com dio, raiva, medo, inveja, ganncia, vingana e traio.

    Tais pessoas vm ao mundo com a inteno de salvar e servir; nada mais

    importa a elas. A conscincia grupal to clara e intensa em seus coraes que

  • elas trabalham em completo esquecimento de si prprias, com inocuidade e

    reta palavra.

    Naturalmente, elas so circundadas e observadas por traidores, mas o escudo

    de seu amor e o esprito de sacrifcio s protegem contra o mal, at vir o tempo

    de partir para Reinos Superiores e trabalhos mais importantes.

    Tais heris transformam no somente indivduos e grupos, mas tambm

    grandes massas de pessoas, pavimentando o caminho para o progresso futuro.

    Eles se tornam cooperadores do Mais Alto.

    Captulo III

    O Grupo e o Objetivo Comum

    Os membros de qualquer grupo devem ter um objetivo comum. Cinco fatores

    esto envolvidos nisso:

    1. Eles conhecem a si mesmos;

    2. Eles conhecem uns aos outros;

    3. Eles conhecem o objetivo comum;

    4. Eles sabem como alcanar esse objetivo;

    5. Eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns aos outros para alcanar o

    objetivo.

    No h grupo se esses cinco fatores no esto em operao. A conscincia se

    desenvolve em torno desses cinco fatores, isso quer dizer, se eles conhecem bem a si

    mesmos, eles tm maior conscincia grupal; se eles conhecem bem um ao outro, sua

    conscincia grupal aperfeioa; se eles conhecem bem seu objetivo, a conscincia

    grupal se desenvolve; se eles sabem como melhor atingir seu objetivo, a conscincia

    grupal desabrocha; e se eles se ajudam, encorajam e entusiasmem uns aos outros, sua

    conscincia grupal expande mais alm e floresce.

    Se os membros de um grupo desejam mudar a dimenso ou plano de sua conscincia

    grupal, eles devem elevar os objetivos do grupo. Por exemplo: um objetivo, que esta

    na natureza fsica, deve ser elevada para um objetivo emocional, depois para um

  • mental, intucional e tmico, ou objetivos nacional, global e solar, e assim por diante.

    medida que um grupo eleva o nvel do seu objetivo, seus membros devem ter maior

    informao e profunda compreenso a respeito do plano no qual esto operando. Se

    operarem nos planos fsicos, devem conhecer a si mesmos como so no plano fsico.

    Quando operam no plano emocional, mental, ou intuitivo, devem saber exatamente o

    que so naqueles planos.

    O mesmo se aplica a outros fatores relacionados obteno de um objetivo. Os

    membros devem conhecer uns aos outros no plano dentro do qual trabalham; devem

    saber onde est seu objetivo naquele plano; devem apoiar encorajar e entusiasmar

    uns aos outros para alcanar o objetivo naquele plano. Quando penetram num plano

    aps outro, ou passam de um campo para outro maior, encontram um duplo desafio:

    a. Conhecer, ser e trabalhar mais;

    b. Expandir mais suas conscincias para manter o ritmo uns com os outros.

    Uma segunda fase de expanso comea quando um grupo se funde com outro grupo

    em integrao e cooperao, apoiados nos cinco fatores dados acima.

    H ainda pela frente outro degrau no desenvolvimento da conscincia grupal.

    quando um grupo se alinha com outro grupo que tem um objetivo comum e est

    trabalhando nos planos astral, mental, intuitivo e superior, a fim de realizar o objetivo

    em todos os planos simultaneamente. Essa uma grande aquisio; nesse estgio, o

    grupo torna-se uma entidade viva.

    Vimos que a conscincia de um indivduo e de um grupo se expande vagarosamente

    quando a pessoa ou grupo trabalha em planos cada vez mais elevados, exercendo

    sucessivamente nesses planos grande creatividade, disciplina, sensibilidade e

    pontualidade.

    Quando um grupo cresce e se torna mais forte, ele atrai grandes oposies das foras

    do caos. Essas foras, atravs de seus agentes, tentaro destruir o grupo tornando-o

    egosta, interesseiro e separatista. Mas tal oposio opera sob uma lei: a Lei do Karma.

    A oposio, primeiro testa a integridade do grupo e torna-o mais forte.

    Segundo, ela atrai materiais e pessoas pouco refinados para o grupo, que so ento

    assimilados dentro da entidade grupal. Desse modo, a oposio auxilia o grupo a

    crescer, prestar grande servio, e se tornar mais vigilante e alerta em todas as suas

    facetas e em todas as suas atividades.

    Devemos lembrar que um grupo encontrar oposies cada vez maiores medida que

    ele vai para nveis mais e mais elevados e essa oposio tal que extrair, do fundo do

  • corao grupal, energias creativas. O propsito da evoluo desenvolver grupos com

    uma conscincia cada vez maior.

    Algum pode perguntar quais as diferenas entre grupos que so destrutivos e grupos

    que so construtivos e creativos. Basicamente h somente duas diferenas: seus

    objetivos e sua habilidade em se unir com grupos mais elevados em planos superiores.

    Grupos destrutivos no podem se elevar alm do plano mental inferior, enquanto que

    grupos construtivos podem prosseguir adiante eternamente, planos aps plano.

    Enquanto grupos destrutivos se utilizam uns dos outros, como fonte de alimento e

    coragem para aumentar a escurido, o crime e as rupturas, grupos creativos se

    alimentam de elevadas vises e fontes de energia superiores.

    Os objetivos dos grupos destrutivos so estruturados no interesse prprio. Os

    objetivos dos grupos construtivos so estruturados no interesse bem estar e

    aquisies grupais.

    Grupos destrutivos operam utilizando-se da dor, tirania, sofrimento, assassinato,

    separatismo, vaidade e ego, ignorando a suprema divindade existente dentro de cada

    um. Grupos construtivos operam com alegria, devoo, amor, liberdade, unidade e

    iluminao, conscientes da divindade do Self Uno existente em cada um.

    Grupos reais, grupos construtivos, so mais difceis de serem formados que grupos

    destrutivos. Na formao de um grupo real, cada indivduo deve ter uma conscincia

    de alma. Um grupo real como um anel tendo muitos diamantes. Cada diamante deve

    ser lapidado e polido o mais possvel para se ajustar ao outro. Os membros de um

    grupo real devem ser altamente desenvolvidos para se tornarem uma parte daquele

    grupo.

    O desenvolvimento da conscincia grupal um processo cientfico. Uma cincia

    especial ser desenvolvida no futuro para guiar e educar as pessoas dentro dela.

    Algumas pessoas pensam que avanar na conscincia grupal significa perder sua

    individualidade. Isso uma grande iluso. A verdadeira individualidade nasce somente

    quando uma pessoa renuncia a seus pseudos-eus, suas mscaras e imagens

    cosmticas, artificiais. O progresso em torno da conscincia grupal um processo no

    qual voc se liberta das aes mecnicas e se torna uma pessoa mais consciente, uma

    pessoa que controla sua prpria vida.

  • Diagrama A Conscincia Inclusiva

    Quando algum encontra sua individualidade, percebe que o mago de todos os

    indivduos um em essncia, o Self Uno. essa percepo que inspira o empenho em

    direo conscincia grupal. somente na conscincia grupal que um indivduo

    encontra seu verdadeiro Self.

    Quando o campo de percepo se expande, ele cobre grandes reas de conscincia.

    medida que o campo de conscincia de uma pessoa se expande, ele inclui na sua

    conscientizao muitos campos individuais de conscincia e seu pensamento inclui

    campos sempre maiores. (Veja diagrama A e B)

  • Diagrama B Conscincia Inclusiva e Grupal

    Uma qualidade importante na conscincia grupal o elemento de sacrifcio ou

    resignao. A conscincia grupal se desenvolve passo a passo. Para dar um passo, uma

    pessoa deve tirar um p do lugar onde ele estava fixo e move-lo adiante para um novo

    lugar, uma nova integrao. Por exemplo: no primeiro passo, voc trabalha em voc

    mesmo e se transforma numa pedra sagrada para ser usada no futuro Templo. No

    segundo passo, voc renuncia a um interesse prprio, a uma vida focada em si mesmo,

    e comea a integrar seu interesse com aqueles do grupo. No terceiro passo, voc

    renuncia ao interesse grupal e se une com interesses grupais mais amplos. No quarto

    passo, voc renuncia ao amplo interesse grupal e comea a se integrar com o

    interesse nacional. No quinto passo, voc renuncia ao interesse nacional separatista e

    se integra com o interesse global.

    A cada passo, voc renuncia porque v que o seu interesse real s pode ser protegido

    e desenvolvido na unio de si mesmo com interesse grupais maiores.

  • Maior inspirao dada queles que tm se integrado com grupos maiores e com

    elevados objetivos a adquirir. Compare, por exemplo, a castanha do carvalho com um

    imenso p de carvalho. A castanha do carvalho uma acumulao de milhes de

    cooperadores: tomos, produtos qumicos e elementos da terra e ar, os quais se

    transformaro num p de carvalho com milhares de galhos, folhas e castanhas. Uma

    castanha luta para ser um p de carvalho, para se multiplicar. Se ela permanecesse

    uma castanha individual e no se associasse e desenvolvesse maior unidade, maior

    conscincia grupal, ela ficaria exatamente como ela . Entretanto, por causa de sua

    luta particular, em direo sua conscincia grupal, ela se multiplicou e se tornou

    capaz de produzir castanhas individuais como sementes para grandes grupos no

    futuro.

    Passos adicionais: para desenvolver Conscincia Grupal

    Podemos desenvolver conscincia grupal atravs dos seguintes passos:

    1. Tentar fazer os outros felizes, sem permitir que eles tirem vantagens de voc;

    2. Trabalhar para a elevao espiritual, sade, prosperidade e felicidade dos

    membros da sua famlia, usando devoo e sacrifcio;

    3. Aumentar seu amor pelos membros do grupo, no difamando ou fofocando a

    respeito deles. Realar suas qualidades e respeit-los. Fazer qualquer coisa

    possvel para torna-los felizes, saudveis, prsperos e iluminados;

    4. No cometer traio contra qualquer membro;

    5. Usar seu tempo, dinheiro e esforo para tornar o grupo capacitado a prestar

    melhor servio;

    6. Desenvolver um interesse nos acontecimentos de sua nao. Aprender acerca e

    seus problemas e ver como voc pode se envolver construtivamente;

    7. Desenvolver um interesse pelos acontecimentos de todas as naes e tentar

    promover paz no mundo, cooperao entre as naes e retas relaes

    humanas entre todos os povos;

    8. Tentar contatar sua Alma atravs da meditao, porque sua Alma tem

    conscincia grupal;

    9. Diariamente pensar acerca do Self Uno, de Quem todas as coisas procedem e

    para Quem todas as coisas retornam;

  • 10. Cultivar prontido para ir de encontro necessidade do grupo. Prontido um

    estado de ser no qual voc tem o necessrio conhecimento, habilidade, energia

    e virtude para satisfazer a necessidade do grupo.

    Pessoas inteligentes no so preguiosas. Pessoas preguiosas meramente

    esperam por uma oportunidade para seguir. Pessoas inteligentes se tornam

    prontas por si mesmas e criam oportunidades de servios. Cada pessoa deve se

    esforar para desenvolver maior eficincia, para satisfazer a sempre grande e

    crescente necessidade de um grupo em progresso. Qualquer coisa que permanea

    parada entra num processo de decomposio e estagnao.

    No futuro, a grandeza dos indivduos, grupos e naes ser medida pelos esforos

    em direo a uma maior unidade e sntese atravs da conscincia grupal. Os

    grandes heris sero aqueles que traro unidade e sntese e, desse modo,

    aniquilaro o pesadelo de sangue, guerra e sofrimento da humanidade, que tem

    continuado era aps era neste planeta.

    Quando a conscincia de uma pessoa se expande, ela experimenta:

    . Maior sade;

    . Maior felicidade;

    . Maior prosperidade;

    . Maior compreenso;

    . Mais fora e poder;

    . Maior extenso de vida.

    A conscincia grupal torna uma pessoa capaz de florescer e contribuir para as

    necessidades da humanidade.

    Na conscincia grupal h uma alma que sincroniza as aes de todos os indivduos

    e os conduz em direo ao propsito grupal.

    medida que voc considera as qualidades da conscincia grupal, tenha srias

    reflexes sobre o seguinte:

    1. Assim como uma clula torna-se parte de vrios rgos do corpo e ento se

    torna o corpo; similarmente, uma pessoa torna-se membro de um grupo,

    desenvolve conscincia grupal, e ento, se torna o grupo.

    Um membro do grupo deve desenvolver conscincia grupal a tal grau que ele

    sinta as dores, tristezas, quedas, alegrias e sucessos dos outros como se fossem

    seus prprios. Diplomas, posio social, influncia e riqueza tm valor somente

  • se uma pessoa pode ser uma parte consciente de um grupo tendo desenvolvido

    conscincia grupal.

    Vrias espcies, raas e tribos tm desaparecido da terra porque em algum

    lugar, de alguma maneira, desobedeceram Lei da Conscincia Grupal. A

    natureza recicla, eliminado todas aquelas formas que progridem

    inadequadamente em direo da conscincia grupal.

    Um grupo criado por uma grande razo: construir unidade e sntese atravs

    da assimilao de novos elementos, motivando-os a expandir suas prprias

    possibilidades. Os indivduos devem formar grupos e esses devem formar

    grupos maiores, at que todos os grupos se tornem uma humanidade, tendo

    desenvolvido uma conscincia global.

    Essa a maneira como a dor, sofrimento e destruio podem ser eliminados de

    nosso planeta no futuro. Todos os recursos do globo podem, ento, ser usados

    para guiar a humanidade para um estado ainda mais elevado de conscincia.

    2. O crescimento e eficincia individuais so impossveis sem o desenvolvimento

    da conscincia grupal e sem atuar como uma parte da conscincia grupal,

    como que se tornando um galho de uma rvore viva.

    Se a clula no corpo permanecesse isolada, ela no compartilharia das

    emoes, pensamentos, vises, revelaes, alegrias e xtase do comandante.

    Similarmente, se uma pessoa permanecer separada, indiferente, ela no

    compartilhar da alegria, entusiasmo, trabalho, luta, beleza, emoes,

    pensamentos e vises do grupo ou nao. Permanecendo solitria, a clula ou

    pessoa ser privada de um trabalho maior e perder a chance de desenvolver

    conscincia grupal que seu destino, expandir.

    Quando uma clula compartilha das atividades, emoes, pensamentos e

    vises de um todo magnfico, ela se desdobra , progride e entra no caminho da

    perfeio. Mas se ela permanece isolada, degenera e desaparece. O mesmo

    verdadeiro para uma pessoa individualizada.

    Algum pode estar curioso em saber por que existe na Natureza uma tendncia

    para crear grupos e conscincia grupal. Isso ocorre porque o Self Uno est

    tentando se manifestar atravs de todas as partes da creao, sintetizando e

    unificando as partes dentro da esfera do Seu Propsito. O Self Uno

    gradualmente revela-se em todas as manifestaes como Uma entidade,

    exatamente como o Esprito de um homem tenta reunir clulas e tomos para

    construir os vrios corpos atravs dos quais Ele revela Sua Glria.

  • Cristo se referiu s ideias de revelao e unidade quando disse: Eu sou a

    videira verdadeira, e meu Pai o jardineiro. Ele remove cada um dos meus

    galhos que no oferece fruto, e limpa cada galho frutfero, de maneira que ele

    possa sempre produzir frutos melhores e mais abundantes, e, dessa maneira,

    os galhos secos so juntados e atirados no fogo, onde so queimados. Um

    galho no oferece fruto quando num momento de infortnio, decide no ser

    mais parte da rvore viva. Depois que um galho se separa da rvore, Sat o

    toma e o torna to seco quanto possvel para ser usado no fogo.

    3. Relaes grupais crescentes e progressivas desenvolvem partes do ser da

    pessoa, auxiliando-a a se tornar mais eficiente.

    4. Pertencer a um grupo coloca a pessoa em vrios graus de responsabilidade. E

    somente se submetendo responsabilidade que a pessoa ajuda sua alma a

    alcanar a perfeio.

    A conscincia grupal trabalhar num nvel nacional quando vrias sees ou

    partes da nao se dedicarem para o bem maior da nao. A conscincia grupal

    trabalhar na humanidade quando todas as naes sustentarem o interesse da

    humanidade bem acima de qualquer interesse nacional.

    Mais tarde, essa conscincia da humanidade unificada se fundir com a

    conscincia da Hierarquia e Shamballa, voltando-se, ento, para dentro da

    conscincia global, solar e galctica, exatamente como uma pequena empresa

    que se transforma numa imensa corporao global.

    Eventualmente compreendemos que mais vantajoso ser identificado como

    um membro de uma famlia do que como uma pessoa sozinha; como parte de

    um grupo do que simplesmente como uma famlia; como uma nao do que

    um mero grupo; como humanidade do que como uma nao.

    Captulo IV

    A Lei da Cooperao

    Cooperao uma lei Csmica, operando no Universo para levar adiante a construo

    de todas as formas de vida e gui-las para seus derradeiros propsitos. Essa a lei da

    creatividade, evoluo e aquisio.

  • Foi-nos dito que essa lei opera em cada plano para cada forma de vida,

    individualmente, e para todos os planos coletivamente, relacionando cada forma de

    vida com outras, e com suas contrapartes coletivas e superiores. Essa lei opera como o

    instinto de sobrevivncia, como afinidades e relaes, e gradualmente como um

    processo de cooperao consciente.

    A Lei da Cooperao acende o fogo em cada tomo, clula, forma de vida; em cada ser

    humano, grupo, nao; em cada estrela. Ela capacita cada forma a prosseguir em

    direo ao estabelecimento da cooperao, nos campos da existncia em expanso,

    para assegurar a sobrevivncia individual e grupal de cada entidade e para liberar o

    potencial inerente em cada um.

    A Lei da Cooperao a lei da existncia, sade, felicidade, prosperidade, iluminao e

    segurana. Qualquer forma de destruio ou desintegrao causada pela retrao da

    Lei da Cooperao. dio, animosidade, separatismo, interesse prprio e ganncia so

    sinais de desintegrao e de ausncia da Lei da Cooperao.

    A Lei da Cooperao pode ser ativada ou rejeitada. A recusa da Lei da Cooperao

    resulta em sofrimento, dor e morte. Para indivduos, grupos e naes, o estudo e

    aplicao dessa lei so vitais.

    A histria deve ser examinada do ponto de vista da existncia e ao, ou da ausncia

    da Lei da Cooperao. Todas as aberturas acontecem, todas as grandes civilizaes

    nascem atravs da resposta Lei da Cooperao. Inversamente, misria, dor,

    sofrimento, derramamento de sangue, destruio e morte chegam at ns como

    resultado da ausncia da cooperao.

    Aprender a respeito da Lei da Cooperao e aplic-la em nossa vida particular em casa,

    em nossa famlia, escritrio, grupo ou igreja, em nossa vida nacional, ou internacional,

    trar prosperidade, sade, felicidade e expanso da conscincia para cada um de ns

    individualmente, tanto quanto para todos aqueles a ns relacionados. Estudar a

    histria das vidas, individuais, grupais e nacionais nos mostra como o progresso dessas

    unidades tem sido o resultado da cooperao.

    Com o que, especificamente, deveramos cooperar? Aqui esto algumas sugestes:

    . Cooperao com a Lei em si;

    . Cooperao com as foras e energias do Universo;

    . Cooperao com a Natureza e suas leis;

    . Cooperao com os reinos subumanos ou supra-humanos;

    Cooperao com o mundo das ideias, vises e revelaes;

  • . Cooperao com indivduos, grupos e naes;

    . Cooperao com o guia e o Mestre interno de cada um;

    . Cooperao com a sabedoria das idades;

    . Cooperao com a beleza, bondade, retido, alegria e liberdade;

    . Cooperao com a viso grupal;

    . Cooperao com todas as formas de vida e com as correntes de luz que as tornam

    creativas.

    . Cooperao com as leis e costumes nacionais e internacionais.

    A Lei da Cooperao no deve ser exercida para assegurar a prpria sobre vivncia,

    felicidade, prosperidade e sucesso a expensas de outras formas de vida, mas deve ser

    exercida com a viso holstica: assegurar o bem estar, sade, felicidade, sucesso e

    prosperidade daquelas unidades que esto empenhadas num trabalho cooperativo.

    Quanto mais uma pessoa coopera, mais ela liberta sua natureza de todos aqueles

    elementos que lhe causam infelicidade, dor e sofrimento, e mais ela pode se fundir

    com o interesse grupal alegremente experimentando a perda de seu interesse pessoal.

    Qualquer cooperao desenvolvida somente no interesse prprio uma tcnica de

    explorao que levar uma pessoa ao conflito com a Lei da Cooperao. O Conflito

    com essa lei resultar em queda, dor e sofrimento.

    Todas as vises sugerem que h um vnculo entre a vida no plano fsico e no alm.

    Cooperao uma questo de se ter uma viso e se dedicar quela viso,

    paralelamente com todos aqueles que tm uma viso igual ou similar.

    Os lderes desempenham uma importante funo em promover cooperao e

    conscincia grupal. Os lderes devem oferecer uma viso ao pblico e educ-lo em

    relao ao benefcio da cooperao com aqueles que tm uma viso similar. Se uma

    pessoa compreende a grande bno que a cooperao pode trazer, ela desejar

    cooperar alegremente. Isto deve se tornar claro na mente de todos: cooperao a

    estrada real para a felicidade sade, prosperidade e iluminao. A cincia da

    cooperao deve ser ensinada para as pessoas desde sua infncia e trazida at a vida

    adulta. Deve ser claro para todos que cooperao uma cincia que pode substituir a

    psicologia das disputas, antagonismos, luta, guerra e derramamento de sangue.

    Podemos iniciar esse processo escrevendo e falando acerca dessa cincia e, ento

    demonstrando seu valor prtico atravs de filmes, jogos, discusses e publicaes

    variadas. A vida mudar drasticamente quando as pessoas aprenderem como

    cooperar.

  • As pessoas pensam que os lderes no podem resistir se no impe suas vontades. A

    histria mostra que o oposto verdade. Todos os lderes que tentam impor suas

    vontades sobre os outros desapareceram em condies dolorosas. A verdadeira

    liderana envolve a tcnica de:

    . Desafio;

    . Inspirao;

    . Educao;

    . Iluminao;

    . Encorajamento.

    A verdadeira liderana no usa o medo para controlar outros porque sabe que pessoas

    controladas, reprimidas e foradas desenvolvem srios problemas de sade; elas

    perdem sua creatividade, eficincia, alegria e fontes de inspirao. Quando a liderana

    torna a pessoas medrosas, infelizes, doentes, insanas e depressivas, n ao pode almejar

    nenhuma expectativa de sucesso em longo prazo.

    Quanto mais saudveis as pessoas so, mais duramente trabalham. Pessoas cheias de

    alegria se engajam no trabalho com um esprito de esperana no futuro. Quanto mais

    trabalham e cooperam, mais eficientes se tornam. Os cooperadores devem trabalhar

    livremente, sem presso. Liberdade nos torna mais creativos.

    O lder que aspira ao sucesso, jamais exercer fora sobre as pessoas ou as far atuar

    com medo. Uma companhia de seguros vendeu milhes de dlares, no valor de seguro

    pessoal, utilizando-se de tcnicas que eram extremamente carregadas de medo. Cinco

    anos mais tarde, a companhia entrou com pedido de falncia, pois a maioria de seus

    clientes adquiriram srias doenas pelas quais a companhia teve que pagar. No

    Oriente Mdio, essa tcnica chamada: sentar num galho enquanto o serra do

    tronco.

    H dois tipos de cooperao. O primeiro a cooperao pelo interesse prprio; o

    segundo a cooperao pelo interesse do todo. Cooperao pelo interesse prpria

    termina em falncia. Cooperao pelo interesse das partes no todo traz sade,

    felicidade, prosperidade e sabedoria a todos. Quando falamos sobre cooperao, nos

    referimos segunda definio.

    Cooperao uma inclusividade sempre progressiva no interesse de todas as partes

    envolvidas. Cada vez que falhamos em estabelecer a cooperao, experimentamos a

    nossa prpria decadncia intelectual, espiritual e moral.

    Um lder sbio, ou uma liderana sbia, deve tentar encontrar um modo para cooperar

    em lugar de brigar. Esforos e despesas necessrios para crear cooperao so bem

  • menos dispendiosos do que aqueles necessrios para iniciar e manter brigas. Tomando

    uma guerra em particular e analisando-a de um modo imparcial. Encontrando onde os

    lderes falharam em cooperar, e o quanto foi gasto em termos de dinheiro, vidas,

    construes, e assim por diante, descobrimos o quanto poderia ter sido economizado

    se, em lugar disso, tivessem sido encontrados os caminhos e meios de cooperao.

    Muitas crticas tm sido escritas sobre causas e condutas das guerras. Contudo, no

    houve ningum que analisasse um dado incidente e mostrasse o quanto teria sido

    melhor se as partes belicosas tivessem chegado a um acordo atravs da cooperao

    antes do irromper das hostilidades.

    Um casal gastou cinquenta mil dlares num divrcio. Cinco anos mais tarde casaram-se

    novamente. Ocorreu a eles ento descobrir o quanto poderiam ter poupado se

    tivessem se mobilizado para crear cooperao um com o outro. O valor total foi de

    oitenta e cinco mil dlares, no levando em considerao a crescente irritao

    ansiedade e noites sem dormir. Similarmente, cada omisso na cooperao um

    testemunho da ausncia de Sabedoria, testemunho de que as pessoas no se

    questionam o suficiente para encontrar alternativas para divergncias, guerras e

    derramamento de sangue.

    A cooperao no possvel quando as pessoas pesam somente em seu interesse

    prprio, ou agem com o medo de que outras partes as exploraro. Uma das bases da

    cooperao a confiana mtua. As pessoas devem trabalhar muito para crear a

    confiana mtua. Quando a confiana mtua estabelecida, a cooperao se torna um

    modo natural de ao.

    O estabelecimento da confiana requer esforos e sacrifcio. Por causa disso, as

    pessoas algumas vezes pensam que, para crear confiana, devem gastar mais dinheiro

    e tempo do que se brigassem e tentassem resolver suas diferenas pela violncia ou

    guerra. Universidades e grupos com interesse especial devem desenvolver projetos de

    pesquisa para ver se o esforo de crear confiana mais dispendioso do que resolver

    problemas com luta.

    Naturalmente, em alguns casos, a confiana pode parecer mais custosa do que a luta e

    a guerra, mas pelo menos algum no perde sua vida ou a vida dos amados, na

    tentativa de crear confiana. O que algum pode lucrar se a guerra est ganha, mas ele

    est morto?

    A cooperao deve ser levada adiante para a felicidade, sade, prosperidade e

    iluminao de todos. A cooperao no pode continuar atravs da imposio, fora ou

    tcnicas totalitrias.

    As pessoas devem ter uma viso, entend-la e olhar meios de realiz-la. Toda vez que

    as pessoas foram outras a cooperar, elas cream rupturas na natureza daquelas que

  • so foradas a cooperar. As pessoas com rupturas em suas naturezas, mais cedo ou

    mais tarde, destruiro o trabalho no qual elas so foradas a cooperar.

    Harmonia atravs do conflito.

    H outra lei chamada a Lei da Harmonia atravs do conflito. Essa lei auxilia a Lei da

    Cooperao. No importa quo profundo seja um conflito, eventualmente ele se

    resolve na harmonia e cooperao. Isso significa, claro, que a Lei da Cooperao

    uma lei dominante, especialmente no arco da evoluo no qual o Esprito volta sua

    face em direo ao Lar.

    Quanto mais profundamente uma pessoa se torna envolvida num conflito, maior se

    torna sua aspirao no futuro em direo cooperao. O perodo de tempo entre um

    estado de conflito e outro de cooperao, citado como a ponte de sofrimento, dor e

    crime.

    As pessoas tm a opinio de que, se elas progridem em direo a posies sociais mais

    elevadas, ou se elas alcanam iniciaes avanadas, as suas cargas sero aliviadas e

    haver menor presso sobre seus ombros. A verdade exatamente o oposto. Quanto

    mais avanada uma pessoa, ou quanto mais altas so as iniciaes pelas quais ela

    passa, maior a presso e carga sobre seus ombros.

    A um nvel individual, uma pessoa tem poucos inimigos. A um nvel grupal, os inimigos

    se tornam grupos. A um nvel nacional, os inimigos so exrcitos inteiros.

    Quando uma pessoa se encontra num nvel elevado de servio, ela deve lutar com as

    foras do mal planetrio, solar, galctico e csmico. Essa a razo por que, desde o

    incio, uma pessoa deve aprender a cincia da cooperao no sentido de derrotar seus

    inimigos pela unio de esforos com seus cooperadores e tambm transformar seus

    inimigos em cooperadores.

    Algumas vezes, as pessoas observam que, quanto mais querem cooperar, maior se

    torna a oposio daqueles que so contra a cooperao. Isso muito natural. Um

    homem sbio pode se beneficiar de tal situao, ao aprender sobre as tcnicas

    utilizadas pelos inimigos da cooperao. Alm disso, tais pessoas no cooperativas

    frequentemente cream presso suficiente para crear mais beleza, vigilncia, mais

    alegria e mais coragem no mago das pessoas cooperativas.

    na verdade que, uma pessoa esteja engajada no esprito de cooperao, at as

    pedras sob seus ps a ajudam a realizar suas aspiraes. Devemos lembrar que

    cooperadores no existem somente no plano fsico, mas tambm nos Mundos

    Superiores. Esses colaboradores cooperam conosco invisivelmente e trazem-nos vrias

    espcies de auxlio para completarmos nossa misso na Terra. Algumas vezes, quando

  • nossos cooperadores visveis nos desertam, aqueles invisveis os substituem.

    Repentinamente, percebemos que a ausncia dos cooperadores terrenos de algum

    modo nos auxilia a progredir. Essa a razo pela qual devemos frequentemente

    expressa nossa gratido pela ajuda que nos vem inesperadamente dos

    Reinos Superiores.

    Todo lder passa por certas crises, quando sente que sua carga pesada demais para

    carreg-la mais adiante e, ento, pensa em abandonar e demitir-se do campo de

    batalha. Mas ele recebe inspirao dos cooperadores invisveis que o encorajam a ser

    paciente e no abandonar o campo de seu trabalho.

    O maior fracasso de um lder ocorre em tais momentos de crise, se ele se rende s

    vezes ao desnimo. E, por isso, uma das leis da liderana assim formulada: Nunca

    abandonar o campo de batalha, mesmo que isso custe a sua vida.

    Na medida em que os cooperadores crescem em nmero, cream um campo eltrico de

    transformao. As pessoas que tm motivos errneos e vrios vcios, frequentemente

    sentem uma mudana em seus coraes e percebem sinais de transformao dentro

    de si, quando entram em contato com esses campos.

    Quando o campo se torna mais poderosos, ele atrai maiores serpentes que se

    levantam contra a transformao e comeam levar a cabo o seu trabalho destrutivo.

    Lderes inteligentes reconhecem tais pessoas e frequentemente aguardam um tempo

    para ajud-las, esperando que possam transform-las. Algumas vezes, obtm xito;

    outras vezes fracassam com consequncias drsticas. Grandes lderes algumas vezes

    do a impresso de no reunir cooperadores, mas, mais precisamente, o trabalho

    transformar serpentes em seres humanos. Naturalmente, algumas vezes isso lhe custa

    suas vidas, mas eles acreditam que uma alma salva das mos do mal vale um grande

    sacrifcio.

    H uma bela histria na literatura budista acerca do Senhor Buda e seus inimigos.

    Quando Senhor Buda esta pronto para entrar no Nirvana, ele disse: Agora eu estou

    entrando no Nirvana. A nica pessoa que est me causando preocupao o rei

    Ajatashatru. Bodhisattva Kashyapa perguntou: Senhor, sua compaixo para com

    toda a humanidade. Por que est preocupado unicamente com o rei Ajatashatru?

    Senhor Buda respondeu: Suponha que voc tenha sete crianas e uma delas esteja

    doente. Embora voc tenha seis outras crianas saudveis, voc se preocupa com

    aquela que est doente.

    Outra histria sobre o rei Bimbisara, um grande defensor do Senhor Buda, que foi o

    regente do reinado de Magatha. Seu filho, prncipe Ajatashatru, o matou aconselhado

    por um agente do mal, Devadata, e fez de Devadata seu primeiro ministro. Devadata

    era um primo do Senhor Buda, mas seu inimigo mortal.

  • Ajatashatru, agora um rei, logo reuniu as foras inimigas para difamar o budismo,

    atormentar Senhor Buda e assassinar muitos dos seus discpulos. Ele causou grande

    mal ao pas. Violentas brigas alastraram-se meses aps meses; fome e epidemia

    estenderam-se anos aps anos, matando a maioria das pessoas, e seu reinado esteve

    sob o ataque de foras vizinhas. Tambm seu prp0rio corpo ficou coberto de feridas.

    Ento, seu reinado esteve na iminncia de um desastre total, quando repentinamente

    ele teve um sonho em que iria morrer. Aconselhado por seu medico e ministro Jivata,

    e ouvindo sua prpria conscincia, Ajatashatru deixou Devadata e foi ao Senhor Buda

    para se arrepender de suas aes. Senhor Buda o curou. Milagrosamente, cessou a

    invaso inimiga, a paz voltou ao pas e ele viveu mais quarenta anos, a despeito da

    profecia que havia prenunciado sua morte iminente. Em gratido, ele reuniu mil Arhats

    para registrar todo o ensinamento do Senhor Buda, especialmente aqueles conhecidos

    como o Sutra Ltus.

    Os verdadeiros lderes sabem que, quando eles se encontram numa situao de

    perigo, as foras da Natureza faro emergir o diamante que est latente dentro deles.

    Essa razo do por que os sbios lderes no se queixam nas situaes adversas, quando

    serpentes os rodeiam e tentam minar seus trabalhos, dispensando seus

    cooperadores. Eles sabem que tais situaes so necessrias para despertar os

    potenciais, que de outra maneira permaneceriam adormecidos.

    Tal lder deve ser grato quando as pessoas mais detestveis esto sua volta. Essas

    pessoas so s vezes intuitivamente atradas, sabendo que necessitam de cura e do

    apoio do lder que noas rejeitar. Naturalmente, num trabalho de cooperao, deve-

    se discriminar entre aqueles que so doentes e aqueles que so agentes devotados do

    mal. Nossos maiores amigos so aqueles que vm at ns com uma inteno de

    destruir o nosso trabalho, mas transformam-se quando tocamos suas almas.

    Os lderes tambm tm grandes amigos que se dirigem a eles disfarados de inimigos.

    Esses so os que atacam o lder e o mantm alerta exatamente antes de um momento

    crtico. Os lderes frequentemente os odeiam, mas, mais tarde, percebem o grande

    servio que eles prestaram.

    Cristo aconselhou seus discpulos dizendo: Sejam to inocentes quanto as pombas e

    to sbios quanto as serpentes. Existem momentos no trabalho cooperativo em que a

    pessoa necessita estar extremamente alerta, to Sab ia quanto a serpente, para

    observar os modos das pessoas venenosas. Qualquer atraso em controlar a situao

    pode resultar em grande quantidade de dor e sofrimento.

    Naturalmente, as serpentes sabem como se esconder atrs de formas e

    relacionamentos multicoloridos. Certa vez, meu professor disse que um lder avanado

    pode at usar serpentes venenosas para afugentar os inimigos do seu trabalho. Esse

    um jogo perigoso e no todo lder que est capacitado a jog-lo. Os lderes devem

  • aprender a cooperar at com aqueles que ainda no esto prontos para cooperar nos

    nveis mais elevados.

    Um lder inteligente pode cooperar com um lado especfico e uma pessoa enquanto

    deixa os outros lados intocados. Ou pode reunir umas poucas pessoas para realizar um

    trabalho, de tal modo que elas aniquilem os lados indesejveis de cada uma e

    evoquem fatores benficos a todas. Na cincia da cooperao, quase todas as coisas

    podem ser utilizadas para o bem comum, se um lder conhece a cincia.

    Os lderes que organizam trabalhos de cooperao tero inimigos notveis em torno

    de si. Uma pessoa pode, em primeiro lugar, aparecer como um devoto e, em seguida,

    tornar-se um traidor. Como que o amor e devoo se transformam em dio, ambio

    e traio?

    O amor e a devoo que so dirigidos personalidade do lder por interesse prprio,

    permanecem enquanto o lder alimenta esse autointeresse. Mas se o lder para de

    alimentar o autointeresse da pessoa, ela se volta contra ele, porque o estava

    essencialmente cultuando por interesse prprio. Desde que seu autointeresse no est

    mais sendo alimentado, nada permanece para amar ou venerar. Ento, dio, inveja e

    traio comeam a se espalhar contra o lder, porque a pessoa que estava acostumada

    a am-lo e reverenci-lo, agora pensa que ele o responsvel pelo autointeresse

    perdido.

    Os lderes devem ser extremamente cuidadosos para que seus cooperadores ou

    seguidores no desenvolvam amor ou devoo em torno de suas personalidades com

    o propsito de assegurar seus prprios interesses. Em vez disso, um lder deve dirigir o

    amor e a devoo de seus cooperadores, em direo viso pela qual ele trabalha.

    Nenhum lder pode satisfazer continuamente a demanda crescente daqueles que

    esto trabalhando por interesse prprio. Antes que tais pessoas criem uma

    dependncia sua pessoa, o lder deve agir para direcionar suas atenes para a viso,

    para o trabalho, ou ainda faz-los operar distncia.

    A traio comea a brotar, quando certos seguidores percebem que eles no podem

    mais manipular o lder para assegurar seus autointeresses. Um lder deve ficar alerta

    para os sinais de traio antes que seja tarde demais. Alguns entre outros sinais sutis

    so:

    . Queixas;

    . Crticas;

    . Presentes para obter favores;

    . Raiva;

  • . Irritao;

    . Descontentamento.

    Um lder sbio deve tentar iluminar as pessoas mesmo sabendo da possibilidade do

    fracasso, ou ento isol-las cuidadosamente, permanecendo alerta ao fato de que no

    pode transform-las da noite para o dia. O autointeresse tem razes profundas.

    Todas as realizaes humanas so o resultado da cooperao em todos os campos do

    esforo humano:

    . Poltica;

    . Educao;

    . Comunicao;

    . Artes;

    . Cincias;

    . Religio;

    . Finanas.

    Quanto maior a nossa cooperao, maior ser o nosso sucesso. Quanto menor a nossa

    cooperao, maior ser a nossa tenso, dor, sofrimento e fracasso. Por isso

    importante estudar essa lei e aplic-la em nossa vida.

    Capitulo V

    Cooperadores e Princpios de Cooperao

    Falando a respeito de cooperadores, um grande mestre disse: os cooperadores que

    caminham na abnegao, sero vitoriosos.

    Cooperadores no so todos iguais. Existem aqueles que se juntam para combater, ou

    para proteger uns aos outros. Existem tambm aqueles que cooperam pelo seu

    interesse individual ou grupal. Existem ainda aqueles que cooperam para oprimir

    outros ou explor-los. E, ento, um quarto grupo de colaboradores que cooperam na

    renncia e servio. Essa ltima a forma mais elevada de cooperadores. Isso no

    significa que eles cooperam por que tm interesses individuais no trabalho que est

    sendo feito. Pelo contrrio, eles trabalham e cooperam para aumentar o bem, a

  • alegria, a liberdade, o amor e a luz no mundo. Tais cooperadores eventualmente

    tornam-se os vitoriosos.

    Permanecendo em sintonia com o Im Csmico, voc afirma vitrias. Sim. Sim. Sim!

    A real vitria a habilidade de permanecer em harmonia com o Im Csmico.

    Dispensar e conquistar todas aquelas correntes que impedem voc de permanecer em

    harmonia com o Im Csmico, para efetivar sua divindade, no fcil. Cooperadores

    so aqueles que tentam ajudar as pessoas a colaborar atravs da abnegao. Somente

    pela abnegao, se estar apto a dispensar todas aquelas foras que o impedem de

    cooperar.

    Algumas pessoas pensam que, para haver cooperao, absolutamente necessrio

    que haja um grupo de pessoas. No so as pessoas que cream cooperao, mas a viso

    que elas tm. Se muitas pessoas esto trabalhando para efetivar uma viso em vrios

    lugares na Terra, mesmo sem se conhecerem, elas so cooperadores. Na medida em

    que vrios grupos de pessoas esto se esforando para alcanar o pice da beleza,

    bondade, retido, alegria e liberdade, elas so cooperadoras reais.

    H cooperadores conscientes uns dos outros e do trabalho de cada um. Existem

    cooperadores conscientes de outros nos Mundos Superiores, onde seus espritos se

    elevam na luz, mas que no se conhecem no plano fsico. Eles trabalham em campos

    diferentes com ferramentas diferentes, mas todos constroem o invisvel Templo do

    Senhor.

    A vitria alcanada atravs da cooperao com as correntes do Im Csmico. Existe

    cooperao mesmo nos esforos daquelas foras que se empenham em direes

    opostas. Por exemplo: O Fogo Espacial tenta penetrar a esfera humana, e o esprito

    humano se esfora em direo s esferas mais elevadas. Ambas as correntes, em

    cooperao, cream uma ponte entre dois mundos atravs da qual a comunicao

    consciente torna-se possvel.

    Podemos ver outras formas de cooperao em que alguns cooperadores podem

    destruir uma construo, enquanto outros constroem uma nova no mesmo terreno.

    preciso olhar para o motivo da cooperao a partir de um nvel de conscincia

    elevada. Frequentemente impedimos um grupo de colaboradores de fazer seu

    trabalho. Pensando que eles so antagnicos a outro grupo de cooperadores,

    tentamos auxiliar um grupo, mas efetivamente impedimos o trabalho da mtua

    cooperao.

    A vitria no pode ser alcanada sem ver as coisas como elas so do ponto de vista das

    correntes Csmicas. O Im Csmico crea continuamente e seus agentes tm muitos

  • nomes. Necessita-se ter sabedoria para podermos ver como os agentes cooperam uns

    com os outros.

    Na outra ponta do espectro, alguns veem cooperao entre duas foras quando na

    realidade elas esto lutando entre si, e se destruindo atravs do espelhismo, sugestes

    ps-hipnticas e o desejo de explorar uns aos outros e crear confuso e caos.

    Cooperadores so sensveis ao Plano dos Grandes Seres, e se engajam em vrias partes

    do trabalho para efetivar o Plano. Toda cooperao verdadeira inspirada pela

    Hierarquia.

    Cada grupo de cooperadores deve tentar ver o propsito de outros grupos de cooperadores.

    Quando o propsito geral visto e reconhecido, muita energia e tempo sero poupados por

    grupos de cooperadores aparentemente antagnicos.

    A melhor maneira para harmonizar o trabalho de diferentes grupos capacit-los para ver o

    propsito geral em direo do qual eles esto avanando em seus trabalhos.

    O Ensinamento eventualmente possibilitar, a cada um conhecer o propsito em torno do qual

    est movendo o esprito de toda a humanidade. Uma vez que o propsito conhecido, a

    confuso difundida em todos os nveis cessar e resultar na harmonia.

    A grande vitria humana adquirida atravs da cooperao.

    Eis ento os onze princpios que constituem a base da cooperao:

    1. Quando nossos pensamentos, sentimentos, palavras e aes se complementam se

    fortalecem, ou se alimentam para alcanar um objetivo comum, dizemos que existe

    cooperao em nossa natureza.

    Uma cooperao grupal real se inicia quando os pensamentos, sentimentos,

    palavras e aes dos membros esto em harmonia com a viso em direo da

    qual eles esto se esforando. No existe cooperao real entre pessoas cujas

    aes esto em harmonia, mas cujos pensamentos, palavras e sentimentos de

    umas para com as outras no so de cooperao. Tal estado de cooperao

    ter vida curta.

    Verdadeiros lderes devem educar pessoas a cooperar nos quatro nveis:

    . Pensamentos;

    . Sentimentos;

    . Palavras;

    . Aes.

  • Cooperao no implica em imposio de uniformidade de pensamentos,

    sentimentos, palavras ou aes; ao contrrio, cooperao encoraja a

    diversidade que est em harmonia com a viso, ou a complementa.

    Na cooperao grupal, necessita-se de disciplina e educao para ser capaz de

    prever a frico numa ao cooperativa.

    2. Cooperao um esforo de um grupo de pessoas para realizar uma viso

    dada pelas Fontes Superiores.

    Cooperao no possvel sem uma grande viso que polarize, harmonize e

    orquestre todos os pensamentos, sentimentos, experincias e aes dos

    indivduos, para a realizao daquela viso.

    3. A menos que haja um mesmo objetivo ou uma mesma viso, no possvel a

    cooperao.

    O objetivo comum de um grupo ou nao pode ser, por exemplo, a

    sobrevivncia, a manifestao da beleza ou o servio humanidade. Tais

    objetivos evocam profundos sentimentos de cooperao. As pessoas devem

    cooperar para produzir cultura e beleza, para sobreviver como uma raa

    humana.

    Quando esses objetivos so compreendidos como prioritrios para a

    humanidade, o prximo passo ser educar e ensinar os passos que levam

    cooperao. Esses passos envolvem:

    Um propsito comum;

    Um plano global;

    Objetivos em direo ao plano;

    Habilidade para atualizar os objetivos;

    Trabalho para trazer o propsito manifestao.

    Um lder inspira pessoas e as educa nos cinco passos necessrios para a cooperao:

    . Propsito;

    . Plano;

    . Objetivos;

    . Habilidade;

    . Trabalho.

  • Um lder nunca usa de presso negativa ou fora, mas, mais que isso, inspira pessoas

    para as grandes aquisies porque ele sabe que o uso da fora faz com que as pessoas

    trabalhem em direo aos seus interesses separatistas.

    4. Grandes lderes do uma viso e mobilizam todos os nossos pensamentos,

    emoes e aes em direo daquela viso, atravs da nossa cooperao com

    aqueles que tm interesses similares.

    Cada indivduo, em qualquer grupo cooperativo, deve compreender claramente

    que os membros do grupo se desenvolvem e progridem melhor se eles

    trabalham juntos para realizar suas vises. Quando isso compreendido, todos

    faro o esforo correto e daro os passos certos para fazer sua prpria parte e

    ajudar a viso se realizar.

    Cada membro do grupo deve tentar encontrar o que pode fazer de melhor para

    promover a cooperao grupal. Dessa maneira, com esforo, ajuda pessoas a

    trazerem tona muitas possibilidades latentes dentro delas e dois outros.

    Individualmente, os membros do grupo devem conhecer os limites de suas

    responsabilidades e deveres. Ento, se eles encontram quaisquer dificuldades,

    eles devem procurar o conselho do lder para esclarecimento no para ordens.

    Aqueles que dependem de ordem para encontrar suas responsabilidades e

    deveres, no podem crescer e aprender a cincia da cooperao.

    Essa a razo de o lder, evocar, encorajar e esclarecer os membros do grupo e

    depois deix-los livres, a fim de demonstrarem suas habilidades, devoes e

    creatividade para a realizao da viso.

    5. Quando uma pessoa coopera com outras para efetivar uma viso, ela comea

    a refinar e controlar suas aes, suas emoes e seus pensamentos,

    eliminando todos aqueles fatores que no se ajustam com a viso. Ento, a

    maestria sobre nossos veculos conquistada e o verdadeiro Self comea a se

    revelar.

    No processo da Cooperao, deve-se continuamente tentar manter a maestria

    sobre sua personalidade e aprender como controlar seus pensamentos,

    palavras e aes, tentando eliminar todas aquelas causas que fazem sua

    personalidade funcionar mecanicamente.

    Todo membro de um grupo tem uma responsabilidade bsica para encontrar, o

    que pode ser resumido como a responsabilidade para procurar cooperar com a

    viso do grupo, trazendo seus pensamentos, palavras e aes em harmonia

    com a viso. Por exemplo: os membros de um grupo que esto engajados em

    promover p Bem Comum, no devem estimular fofoca, difamao, maldade,

  • traio, inveja ou dio contra seus companheiros. Caso eles o faam,

    automaticamente se eliminam do grupo. Mesmo que continuem se afirmando

    membros permanentes, a Alma Grupal os descarta.

    Num grupo, alguns membros podem odiar uns aos outros; outros podem

    alimentar inveja em seus coraes; alguns podem at ter sentimento de

    vingana contra os outros. Tais sintomas no promovem uma cooperao real,

    mas transforma-a em sementes de desintegrao grupal.

    Ser membro de um grupo que promove o Bem Comum, significa estar pronto

    para se submeter a uma disciplina que dar a cada um a capacidade para

    controlar e dirigir os elementos em sua personalidade, que so contra a viso

    do grupo.

    Antes que uma pessoa aceite uma responsabilidade maior que o previsto, deve

    se submeter a srias disciplinas as quais lhe fortalecero para que possa

    encontrar os requisitos de sua nova responsabilidade, de outro modo, no

    somente fracassar, mas tambm prejudicar a integridade do grupo e causar

    a sua desintegrao.

    Aqueles que, por egosmo ou interesses separatistas, cream problemas nos

    grupos, privam-se da oportunidade da automaestria e de continuar no caminho

    da sua transformao. s vezes, creadores de problemas so tidos como sendo

    espertos, mas algum deve ser quase insano para colocar seu prprio interesse

    mais alto do que o do grupo, da nao ou da humanidade. Uma vez eu disse a

    um membro de um grupo creativo: Certamente voc compareceu aos

    encontros; veio exatamente para crear uma frico pessoal com cada um. Voc

    tem conhecimento do que est fazendo? Est negando a voc mesmo a

    oportunidade de cooperar. Est agindo sempre contra o seu prprio interesse

    pessoal.

    Algumas vezes, as pessoas pensam que certos grupos estabelecidos ou

    comunidades so exemplos de cooperao. Num exame minucioso, pode-se

    ver uma grande quantidade de fofoca, dio, inveja, inimizade, egosmo, e assim

    por diante. Uma comunidade verdadeira no um fenmeno externo de

    relacionamentos prximos, mas caracterizada por um estado de amor que

    conduz todos os membros a viver em harmonia uns com os outros, com o

    objetivo de atualizar suas vises comuns. Essa a razo do porque toda

    comunidade deve exercer refinamento, crear harmonia e respeito e promover

    um trabalho construtivo em todos os nveis de sua existncia. Aqueles

    membros dos grupos que so iluminados pela viso comum e demonstra

    entusiasmo, equilbrio, elevao, inteligncia e trabalho abnegado atravs do

    exemplo de suas vidas, ensinam as mais altas lies aos seus companheiros.

  • A tcnica da imposio deve mudar para inspirao. As pessoas inspiram umas

    s outras pelas virtudes que manifestam em seus relacionamentos dirios.

    Inspirar significa conversar com as almas das pessoas, no lugar de pressionar

    suas personalidades.

    Os lderes devem aprender a arte de apresentar as necessidades de um grupo

    ou de uma nao para as pessoas, e devem inspir-las a ir ao encontro dessas

    necessidades. Os lderes devem tambm usar a devoo de seus cooperadores

    para realizar grandes trabalhos ao grupo.

    Meu mestre, certa vez, indagou-me: O que pensaria se eu lhe pedisse fosse a

    cavalo, por trs dias, e levasse este remdio para nosso grande mestre?

    Naturalmente voc deve saber que as estradas so muito perigosas e os

    bandidos so como lobos famintos nesta poca, e ento ele saiu. Aps um

    momento de reflexo, eu o segui e disse: Mestre, para mim seria melhor

    morrer do que no respeitar os seus desejos. Lgrimas fluram aos seus olhos

    e ele disse: Aqui est o remdio; prepare o seu cavalo e parta ao amanhecer.

    Uma vez, um grupo estava construindo um templo para meditao. A

    companhia eltrica pediu ao grupo para cavar uma vala de sessenta

    centmetros de profundidade e quatro metros e meio de comprimento para

    colocar os condutores. O lder do grupo pediu aos membros voluntrios para

    ajudar a cavar, mas todos estavam muito ocupados. Por trs dias, o lder

    trabalhou arduamente do amanhecer ao entardecer, preparando a vala.

    No dia em que a companhia eltrica chegou para fazer a ligao, os membros

    do conselho apareceram. Um trabalhador da companhia eltrica, conversando

    com os membros do conselho, disse; Aquele pobre companheiro trabalhou

    arduamente durante trs dias e sozinho terminou esta vala. Por que ningum o

    auxiliou? Eu estive aqui todos os dias e o vi trabalhando arduamente. Ele deve

    estar realmente necessitado de dinheiro. Um dos membros do conselho

    replicou: Ele no estava fazendo isso por dinheiro; ele o nosso presidente,

    nosso lder. Com olhar distante e uma voz amorosa, o eletricista disse: Ento,

    que vergonha para vocs.

    Um lder deve servir de exemplo pelo seu trabalho. H uma histria de um rei

    que surpreendeu alguns soldados discutindo entre si sobre quem iria carregar

    um vago com lenha. Aps ter ouvido suas imprecaes e ter observado suas

    iras, o rei disse: Eu posso ter a honra de trabalhar para vocs

    voluntariamente?, e comeou a encher o vago. Imediatamente aps ter

    concludo o servio, ele se retirou, mas um dos soldados o reconheceu e disse:

    Voc sabe quem era ele? Quem? O rei! Os homens se apressaram em se

    desculpar pelas suas condutas e o rei disse: Bem, meu dever servi-los A

  • histria conta que, aps o episdio, esses soldados trabalharam to

    arduamente a fim de promoverem a si mesmos que, finalmente, se tornaram

    os mais fiis generais do rei.

    Liderana existe para proporcionar exemplos de cooperao e oferecer

    inspirao para lutar pelo futuro.

    6. Cooperar com a viso nos aproxima do nosso Anjo Solar, da Hierarquia, do

    Plano Hierrquico e do nosso mago.

    Se ao menos uma vez as pessoas pudessem compreender que o propsito de

    formar grupo s pr os membros em contato com seus Self Superiores e com o

    Self Superior do grupo, grandes mudanas poderiam ocorrer em suas

    conscincias. Todo grupo avanado lentamente atrado pela Hierarquia como

    veculo de expresso do Plano Hierrquico para a humanidade. Membros

    grupais avanam mais rapidamente nos grupos do que se so deixados

    sozinhos.

    7. Toda informao e aprendizado a respeito de cooperao nos so dados a fim

    de nos preparar para cooperar com o Plano da Hierarquia e com a Prpria

    Hierarquia.

    Todo membro de um grupo deve aspirar tal contato com a Hierarquia. Mas

    surge aqui uma pergunta: O que acontece se um grupo de pesquisa cientifica

    ou um grupo financeiro, cujos membros no tm a menor ideia a respeito da

    Hierarquia e do Plano?

    A resposta que o Plano contm o projeto de realizao de cada grupo.

    Qualquer grupo que est avanando se aproxima daquele projeto. Uma

    constante melhora em qualquer linha do esforo humano conduz ao Plano. O

    projeto do Plano inspira os membros individualmente e penetra em suas

    conscincias. Assim como um negativo fotogrfico revela lentamente a foto

    medida que o processo de revelao se desenvolve, um grupo avanado num

    caminho similar manifesta lentamente o projeto elaborado na conscincia de

    seus membros.

    Aspirao, cooperao e esforo se iniciam no momento em que o grupo como

    um todo inspirado pelo Plano. No inicio, no preciso conhecer tudo a

    respeito do Plano. Trabalhar como uma unidade para prestar servio para o

    Bem Comum o mesmo que estar trabalhando para o Plano.

    8. Cooperao, numa espiral mais alta, dissipa ou elimina vaidade, ego, inrcia,

    depresso e separatividade. Estes so os cinco lobos que nos aguardam no

    limiar da Iniciao.

  • Havia uma senhora de oitenta anos que me chamava frequentemente para se

    queixar a respeito de sua vida. Ela era muito rica, mas no sabia como usar o

    dinheiro para trazer alegria ao seu corao. Um dia eu a chamei e lhe disse:

    Posso lhe oferecer um emprego em nosso escritrio . Com todo o meu

    dinheiro, ela disse, por que eu necessito de emprego? Ns no vamos lhe

    pagar, eu repliquei. Isto ridculo, ela respondeu. Talvez sim, eu disse.

    Mas voc trabalhar para ns de quatro a cinco horas por dia e nos pagar

    vinte e cinco dlares pelo trabalho. Meu Deus!, ela respondeu surpresa.

    No perca essa oportunidade, eu a aconselhei.

    Finalmente, ela veio trabalhar e comeou dobrando cartas e fazendo uma leve

    datilografia. Quando ela terminou o trabalho, eu a lembrei de pagar a sua

    dvida e ela assim o fez. No dia seguinte, ela veio logo pela manh e contou-me

    o quanto ficou feliz e o quanto o seu sono tinha sido tranquilo, e como estava

    alegre por ter finalmente, aps tantos anos de preguia e inrcia, encontrado

    um emprego realmente compensador!

    Nossa presuno, vaidade e ego desaparecem com cooperao e trabalho.

    Sentimo-nos um com as pessoas e a vida corre rpida e em alegria. Um dia, eu

    a designei presidenta de um comit e lhe dei como auxiliares umas pessoas um

    pouco rebeldes. Ela se empenhou muito em mant-los trabalhando juntos para

    executar a tarefa, e ficou muito surpresa com o seu sucesso em faz-los

    cooperar e agir como seres humanos.

    Cooperao um processo de cura, transformao e adaptao grupal. Como

    belo trazer as pessoas unidas para desvelar o tesouro que jaz escondido dentro

    delas!

    Algumas vezes, o maior obstculo num trabalho grupal o sentimento de

    autoimportncia. No trabalho grupal, essa vaidade se evapora e a pessoa sente

    que as outras so importantes, algumas vezes mais importantes que ela

    prpria. Libertar-se da vaidade, ego, irritao e separatismo significa o trmino

    da mgoa, dor e sofrimento.

    9. Cooperao nos guia em direo a unidade e sntese, em direo revelao

    do Propsito.

    Quando uma pessoa coopera, ela desenvolve um senso de unidade que a torna

    capaz de se relacionar com os outros, de tal maneira que cada pessoa usada

    para o cumprimento da viso. Sntese a reta relao em nome de um

    propsito elevado.

    Cooperao nos prepara passo a passo para vermos o propsito pelo qual

    estamos trabalhando. Quanto melhor uma pessoa v o propsito, mais

  • cooperativa se torna, porque percebe que a atualizao do propsito um

    cumprimento de sua prpria aspirao mais elevada.

    Uma das tarefas de um lder tomar cuidado para no estimular inveja nos

    outros em relao a si. Isso possvel se o lder no demonstra ou no tem

    vaidade, ego ou espelhismo de ser extremamente importante. O cime

    gerado quando um lder tem os defeitos acima. Se ele humilde e reconhece a

    beleza nos outros e no se vangloria como se nada pudesse ser feito sem a sua

    atuao, ele no crea inveja nos outros. Alguns lderes vestem e vivem em

    luxria e se vangloriam continuamente. Tal vida crea inveja. Onde a inveja crea

    razes, finda a cooperao.

    Um dos meus mestres, sempre que elogiado, honrava outros como sendo fonte

    do seu sucesso. Uma vez ele disse, que tipo de homem se sentiria orgulhoso

    do que faz? Tudo lhe dado pelo Senhor; sem o Senhor, ele no poderia fazer

    o que faz.

    Outro mestre trabalhou com operrios, pintores e jardineiros, como se fosse

    um deles. Uma vez, depois de um dia inteiro de trabalho no jardim, junto aos

    jardineiros, disse: Agora hora de vocs relaxarem e descansarem, mas meu

    trabalho continua enquanto vocs descansam talvez at meia-noite. Ele quis

    lhes mostrar que liderana no um estado de repouso, mas de contnuo

    trabalho. Um dos jardineiros observou: Eu no gostaria de ter a sua posio.

    Devemos tambm saber que existem aqueles que so contaminados at os

    ossos com a doena do cime. difcil e custoso tentar curar tais pessoas.

    Um verdadeiro lder no tenta fazer das pessoas suas marionetes; ao invs

    disso, tenta despertar nelas suas prprias originalidades e ativar algum talento

    especial que elas possuam para que, assim, possam crear um trabalho sinfnico

    e no montono. Quando um lder tenta fazer dos outros uma cpia exata de si

    mesmo, impede o desenvolvimento e progresso individual das pessoas e as

    priva particularmente de suas contribuies originais e de seus talentos.

    Lderes devem inspirar os indivduos a desabrochar em suas prprias flores,

    com sua prpria beleza e, ento, contribuir para o trabalho do grupo todo.

    Todas as vezes que um lder tem seguidores, (ovelhas) termina por odi-los

    porque eles no tm uma contribuio verdadeira ou no tm nada valioso

    para o seu trabalho.

    Um verdadeiro lder no somente encoraja outros a desenvolverem seus

    talentos individuais, com o tambm os auxilia a super-lo. Todo lder deve

    tentar preparar umas poucas pessoas para substitu-lo e se empenhar em

  • maior responsabilidade e trabalhos difceis. Quando um lder pode ser

    substitudo, fica livre para realizar um servio mais ousado para a humanidade.

    10. Cooperao desenvolve conhecimento, sabedoria, telepatia, intuio e fora

    de vontade; ela proporciona experincias.

    Cooperao faz crescer nosso conhecimento. Aprendemos uns com os outros,

    aprendemos com a creatividade de cada um. Eventualmente um grande

    reservatrio de conhecimento pode ser creado, provendo qualquer um que

    entre em contato com aqueles que esto cooperando.

    Cooperao expande nosso campo de conscincia; um campo de conscincia

    expandido supre novo e maiores caminhos creativos no que se refere s

    pessoas. O encontro com pessoas que tm atitudes e opinies diferentes da

    nossa, enriquece a nossa conscincia e nos d a oportunidade de olhar as

    coisas com diferentes pontos de vista. Isso tambm promove cooperao e

    fuso.

    No tenha receio de conversar com pessoas que no aceitem suas opinies ou

    ideias. Tente encontrar o porqu de elas diferirem. Algumas vezes, os seus

    antagonismos so a fonte das mais valiosas ideias. Elas afinam seu poder de

    observao e mostram caminhos nos quais voc pode ser mais bem aceito.

    Algumas pessoas sentem-