A Reforma Sanitária Brasileira

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  • INTRODUO

    A Reforma Sanitria Brasileira foi proposta num momento de intensas

    mudanas e sempre pretendeu ser mais do que apenas uma reforma setorial.

    Almejava-se, desde seus primrdios, que pudesse servir democracia e

    consolidao da cidadania no Pas. A realidade social, na dcada de oitenta,

    era de excluso da maior parte dos cidados do direito sade, que se

    constitua na assistncia prestada pelo Instituto Nacional de Previdncia Social,

    restrita aos trabalhadores que para ele contribuam, prevalecendo a lgica

    contraprestacional e da cidadania regulada.

    A VIII Conferncia Nacional de Sade (CNS), realizada no ano de 1986, contou

    com a participao de tcnicos do setor sade, de gestores e da sociedade

    organizada, propondo um modelo de proteo social com a garantia do direito

    sade integral. Em seu relatrio final, a sade passa a ser definida como o

    resultado no apenas das condies de alimentao, habitao, educao,

    trabalho, lazer e acesso aos servios de sade, mas, sobretudo, da forma de

    organizao da produo na sociedade e das desigualdades nela existentes.

    Na esteira deste processo democrtico constituinte, o chamado movimento

    sanitrio tinha proposies concretas. A primeira delas, a sade como direito

    de todo o cidado, independente de ter contribudo, ser trabalhador rural ou

    no trabalhador. No se poderia excluir ou discriminar qualquer cidado

    brasileiro do acesso assistncia pblica de sade. A segunda delas a de

    que as aes de sade deveriam garantir o acesso da populao s aes de

    cunho preventivo e/ou curativo e, para tal, deveriam estar integradas em um

    nico sistema. A terceira, a descentralizao da gesto, tanto administrativa,

    como financeira, de forma que se estivesse mais prximo da quarta proposio

    que era a do controle social das aes de sade.

  • O fundamento legal do Sistema nico de Sade (SUS) a ConstituioFederal

    de 1988, regulamentado na Lei Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990,

    que dispe sobre a organizao e regulao das aes de sade, e na Lei

    Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que trata do financiamento da

    sade e da participao popular. A promulgao da Lei Orgnica da Sade -

    Lei Federal n 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispe sobre as condies

    para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o

    funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias. Em seu

    artigo 2 garante que a sade um direito fundamental do ser humano e que o

    Estado deve prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. Os

    pargrafos deste artigo so significativos. No primeiro deles, consta que o

    Estado cumpra seu dever formulando e executando polticas econmicas e

    sociais que reduzam o risco de doenas e agravos e que assegurem o acesso

    universal e igualitrio s aes e aos servios para promoo, proteo e

    recuperao da sade. Em seu pargrafo seguinte, diz que o dever do Estado

    no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade. Logo,

    cabe tambm aos demais atores sociais a responsabilidade com o direito

    sade.

    O Sistema nico de Sade

    Este Sistema nico de Sade tem como importante princpio a universalizao

    do acesso s aes e servios de sade. Assim, todos os cidados devem ter

    acesso aos servios de sade, sem privilgios ou barreiras, ou seja, todo o

    cidado deve ser atendido conforme suas necessidades, de forma resolutiva,

    nos limites e possibilidades do sistema, considerando-se, ainda, as

    necessidades coletivas.

    Neste sentido, o art. 194, da Constituio Federal Brasileira, ao estabelecer as

    diretrizes do sistema de seguridade social brasileiro - que inclui o sistema

    pblico de sade - afirma o princpio da universalidade de cobertura e do

    atendimento (inciso I) com o princpio da equidade, quer seja na forma

    departicipao [como na] de custeio (inc V, art. 194, da Constituio Federal

    Brasileira). Considera, pois, que h iniqidades a serem enfrentadas no

    contexto brasileiro, e exige que a igualdade garantida no seja somente

    perante a lei, mas tambm, construda socialmente, e at mesmo por meio da

  • lei, que deve tratar diferentemente os desiguais de forma a permitir a efetiva

    igualdade social. O princpio do SUS de equidade corresponde, portanto, a

    oferecer mais a quem mais precisa de forma a dar condies para que todos

    tenham a mesma possibilidade.

    A descentralizao, com direo nica do sistema, uma estratgia para

    minimizar as desigualdades regionais. Ela prev no apenas a transferncia,

    da esfera federal para as demais esferas, da responsabilidade de execuo

    das aes, mas trata-se tambm de efetuar a descentralizao de recursos

    financeiros e de poder. O SUS deve funcionar de forma regionalizada e

    hierarquizada. Os gestores devem levar em considerao as caractersticas de

    seu territrio para definir as aes prioritrias para cada realidade local. A

    descentralizao pode ser vista tambm como facilitadora para o controle

    social da sade e para a participao popular. A participao popular se d,

    sobretudo, nos Conselhos - municipais, estaduais e nacional - de Sade e nas

    respectivas Conferncias de Sade, realizadas a cada quatro anos. As

    Conferncias e Conselhos so constitudos por gestores, profissionais de

    sade, usurios do sistema, e outras entidades/pessoas representativas, de

    forma paritria, e tem, dentre outras, a funo de formular as diretrizes da

    poltica de sade e de acompanhar sua execuo.

    Outro princpio, estruturante do Sistema nico de Sade, o da integralidade.

    Este princpio atualmente foco de debates, e tm sido atribudos a ele alguns

    sentidos, como: o da ateno integral, ou seja, o acesso deve ser garantido

    desde as aes de promoo at as de recuperao da sade, das aes

    coletivas s individuais; o que incorpora o conceito ampliado de sade,

    envolvendo o sujeito e suas relaes com o ambiente e a sociedade e na

    formulao de polticas compreendendo a ateno a grupos especficos.

    A disputa de interesses, ainda no processo constituinte, sobretudo com

    representantes dos prestadores privados de sade, resultou na aceitao do

    Sistema nico de Sade (SUS) e seus princpios, mas no em algumas outras

    propostas que o viabilizariam tal como havia sido estruturado, sobretudo no

    financiamento, descentralizao e unificao do sistema de sade e na

    regulao do setor privado. J nesta poca, duas preocupaes perpassavam

    o movimento sanitrio brasileiro: de que forma organizar os servios para

  • garantir a noo ampliada de sade e como financi-la. Pode-se dizer que as

    reformas que potencializariam a Reforma Sanitria no se concretizaram.

    Ainda hoje no est regulamentada a Emenda Constitucional n.29, de 13 de

    setembro de 2000, que assegura os recursos mnimos para o financiamento

    das aes e servios pblicos de sade.

    Arranjo institucional e processo decisrio do SUS

    A forma de funcionamento do SUS, no que diz respeito aos atores das diversas

    instncias de poder, corresponde ao arranjo federativo brasileiro. O modelo

    institucional e decisrio pode ser resumido conforme a Figura 1.

    Figura 1. Estrutura institucional e decisria do SUS

    Fonte: Elaborao SAS/MS. Disponvel

    em: apud

    Machado et al, 2007.

    Nas trs esferas gestoras existem os respectivos Conselhos de Sade,

    colegiado participativo onde se d o controle social. H ainda as Comisses

    Intergestores Tripartite (CIT), que rene gestores das trs esferas e Bipartite

    (CIB), que rene gestores do estado e de seus respectivos municpios. As CIT

    e CIB so instncias de negociao e de deciso e se constituem em canais

    importantes de pactuao do SUS para a formulao e a implementao da

    poltica de sade, sobretudo nos aspectos referentes descentralizao e ao

    financiamento do SUS e de suas aes.

    O Conselho Nacional de Secretrios de Sade (Conass) o conselho de

    representao dos secretrios de sade estaduais e tambm tem importante

    papel na formulao da poltica de sade. Possui uma secretaria executiva e

    algumas Cmaras Tcnicas, dentre elas a da Assistncia Farmacutica. O

  • Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade (Conasems) o canal

    formal de participao destes secretrios na poltica nacional de sade. O

    Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Sade (Cosems) rene

    secretrios de sade de municpios do mesmo estado e so seus

    representantes que iro compor a Comisso Intergestores Bipartite.

    Esta estrutura decisria do SUS importante para compreenso da

    operacionalidade do SUS, que se constitui, conforme estabelecido no art. 198

    da Constituio Federal, de aes e servios pblicos de sade integrados

    emuma rede regionalizada e hierarquizada, de competncia de todas as

    esferas de governo (art. 23 da Constituio Federal), rede esta que deve

    funcionar de forma integrada e articulada. As CIT e CIB so, portanto, as

    instncias que pactuam quais as atribuies cabero a cada esfera de governo

    e como elas sero executadas e monitoradas.

    Assistncia Farmacutica

    O acesso aos medicamentos est presente na agenda internacional e nacional,

    levando mobilizao de recursos e de esforos, bem como implicando em

    resultados que so percebidos diferentemente dependendo de distintos fatores

    que vo desde a organizao sociocultural at fatores econmicos e polticos

    administrativos.

    Os medicamentos so importantes instrumentos de sade, especialmente

    quando bem utilizados. Mas so potenciais fontes de agravos e danos sade

    se utilizados de forma indevida. Os erros de medicao e os eventos adversos

    se constituem importante causa de morte em alguns pases, o que tem

    desencadeado esforos para aumentar a segurana no uso dos medicamentos

    e procedimentos mdicos. A Organizao Mundial da Sade tem capitaneado

    em conjunto com outras instituies gestoras e de pesquisa, movimentos que

    buscam o Uso Racional de Medicamentos, a Prescrio Racional, a Seleo de

    Medicamentos Essenciais e a disponibilizao de Informaes Cientficas e

    Independentes aos Profissionais de Sade, por meio de Boletins e de

    FormulriosTeraputicos Nacionais.

    No que se refere ampliao do acesso aos medicamentos no Brasil, as

    instncias gestoras e de controle social tm buscado sanar importantes

  • lacunas que foram aprofundadas na dcada de 90, com o crescente e rpido

    desenvolvimento tcnico e cientfico neste campo. A equidade no acesso aos

    medicamentos no SUS tem sido discutida a partir da premissa de que o direito

    assistncia integral farmacutica, implica na partilha entre os entes

    federativos dasresponsabilidades legais do Estado, de propiciar o acesso

    igualitrio e universal aos medicamentos e procedimentos teraputicos para a

    assistncia integral sade dos cidados.

    Com este propsito foram institudas a Poltica Nacional de Medicamentos

    (Portaria MS/GM n 3.916, de 30 de outubro de 1998) e a Poltica Nacional de

    Assistncia Farmacutica em 1998, com suas diretrizes e prioridades, que

    resultaram em importantes avanos na organizao e gesto da Assistncia

    Farmacutica no SUS, inclusive com a criao de servios de Assistncia

    Farmacutica nas trs esferas de gesto. Um amplo debate com a sociedade

    sobre o tema foi realizado na I Conferncia Nacional de Medicamentos e

    Assistncia Farmacutica, em 2003 e, consonante com este debate, foi

    publicada a Resoluo - MS/CNS n 338, de 06 de maio de 2004, que se volta

    especialmente para as aes da Assistncia Farmacutica no mbito do SUS.

    Mais recentemente, os pactos Pacto pela Vida, em defesa do SUS e da Gesto

    foram institudos por meio da Portaria MS/GM n 399, de 22 de fevereiro de

    2006. No Pacto de Gesto, pactuou-se que o seu financiamento referente

    Assistncia Farmacutica de responsabilidade dos trs gestores do SUS,

    devendo agregar a aquisio de medicamentos e insumos e a organizao

    dasaes de assistncia farmacutica necessrias, de acordo com a

    organizao dos servios de sade. A Portaria MS/GM n 204, de 29 de janeiro

    de 2007 regulamentou o bloco de financiamento da Assistncia Farmacutica,

    em 3 (trs) componentes: o componente bsico, o componente estratgico e o

    componente de medicamentos de dispensao excepcional. Posteriormente,

    pela Portaria GM/MS n 2.981, de 26 de novembro de 2009, este ltimo

    componente passa a ser denominado Componente Especializado da

    Assistncia Farmacutica.

    Os principais fatores de dificuldades apontados nos debates tm sido o

    aumento do custo dos medicamentos no mbito da assistncia sade; o

    impacto no gasto pblico na incorporao de novos protocolos teraputicos no

  • mbito do SUS; os limitados e escassos recursos pblicos para setor sade,

    nos diversos nveis de gesto do SUS; as dificuldades de pactuao entre as

    instncias do SUS e o uso inadequado aps sua incorporao, seja pela

    automedicao, seja pela prescrio no adequada de medicamentos.

    A demanda por medicamentos tem se expressado no crescente nmero de

    aes judiciais individuais e coletivas, sobretudo as individuais. Os estudos

    sobre o tema ressaltam, em geral, o impacto negativo deste aumento

    exponencial para a gesto, o oramento pblico e o uso racional dos

    procedimentos teraputicos. O debate atual tem dado especial ateno para as

    ordens judiciais que determinam o pagamento ou fornecimento imediato pelos

    gestores do SUS, de determinado medicamento e/ou procedimento no

    disponibilizados pelo sistema pblico de sade brasileiro, ou de uso no

    autorizado no Brasil.

    Os estudos sobre a crescente demanda judicial de medicamentos tm

    observado que os mandados judiciais, em geral, atendem a um pedido do

    cidado respaldado por uma prescrio mdica individual que nem sempre

    adequada necessidade de sade do cidado-reivindicante. Observam, ainda,

    que as decises judiciais por vezes desconsideram as alternativas teraputicas

    disponveis no SUS, estabelecidas nas listas, protocolos e diretrizes

    teraputicas formuladas por especialistas, que visam atender os diversos

    aspectos anteriormente destacados, inclusive de segurana do paciente na

    assistncia farmacutica. Sendo assim, ao atender uma prescrio individual

    sem confront-la com a regulamentao prpria de Assistncia Farmacutica

    no mbito do SUS, a ordem judicial pode causar prejuzo sade do

    reivindicante, e/ou ainda, distores no sistema, com prejuzos para a Sade

    Coletiva.

    consensual que o acesso adequado aos medicamentos deve considerar a

    sua qualidade intrnseca, - os benefcios e os riscos e o seu uso e prescrio

    racionais. A preocupao crescente, no nvel internacional, no sentido de no

    submeter os pacientes a riscos desnecessrios se expressa nos recentes

    movimentos internacionais da Medicina Baseada em Evidncias e da

    segurana sanitria, que nada mais so do que respostas que tm se

  • procurado dar crescente incorporao e uso de tecnologias e s suas

    conseqncias nos sistemas de sade.

    Considerando os diversos fatores que envolvem a prescrio de um

    medicamento a determinada pessoa, a maior interao entre o poder Executivo

    e o sistema de Justia, em especial, com o poder Judicirio condio

    importante para o maior benefcio social no acesso a medicamentos no SUS.

    Nesse sentido, a equipe de pesquisadores da Ensp/Fiocruz apresentou projeto

    de pesquisa, considerando que possvel contribuir criando um instrumento

    que rena informaes legais e tcnicas, tidas como necessrias e relevantes

    para a tomada de deciso dos profissionais envolvidos na garantia do direito

    assistncia farmacutica. Uma primeira consolidao da legislao e

    documentos do setor sade concernente aos medicamentos foi realizada no

    mbito do Projeto de Cooperao entre a Escola Nacional de Sade Pblica

    Srgio Arouca da Fundao Oswaldo Cruz e a Secretaria de Estado de Sade

    e Defesa Civil (SESDEC/RJ), por meio do subprojeto Judicializao da Sade,

    Biotica e Sade Pblica: uma Proposta de Anlise e Monitoramento da

    Demanda Judicial para o Acesso a Medicamentos, no Estado do Rio de

    Janeiro.

    A primeira verso desta mdia eletrnica teve excelente aceitao pelos

    usurios, o que estimulou a realizao desta segunda edio, revista e

    atualizada. Esta reviso da mdia eletrnica, para busca da legislao e de

    documentos nacionais, do estado e dos municpios do Rio de Janeiro, de

    interesse da Assistncia Farmacutica, foi realizada graas ao apoio da

    Fundao Carlos Chagas Filho de Amparo Pesquisa no Estado do Rio de

    Janeiro FAPERJ, por meio do projeto Acesso Sade e Acesso Justia:

    Difuso da Legislao, no Edital E_06 - Apoio Produo de Material Didtico

    para Atividades de Ensino e/ou Pesquisa - 2009.

    O resultado esta mdia eletrnica que tem o objetivo de viabilizar o acesso a

    essas informaes e s suas anlises, de forma a estimular aes inovadoras

    earticuladas dos diversos agentes de sade e de justia envolvidos na

    assistncia farmacutica e na demanda judicial de medicamentos, em prol da

  • melhoria dasade pblica, da proteo da sade e segurana do cidado no

    acesso a este importante insumo de sade, no estado do Rio de Janeiro.

    Esta mdia eletrnica sistematiza e consolida as normas e os documentos de

    interesse da Assistncia Farmacutica no mbito do SUS, na esfera federal, no

    estado do Rio de Janeiro e em seus municpios. A consolidao contm 387

    normas/documentos, sendo 9 Notas Tcnicas, 4 Boletins municipais, 4

    Instrues Normativas, 54 Leis, 13 Decretos, 91 Resolues, 169 Portarias, 20

    Consultas Pblicas, 1 Deliberao e 22 Documentos, classificados em um ou

    mais dos 7 (sete) assuntos relacionados:

    1. Aquisio, Comercializao, Distribuio e Transporte (ACDT)

    2. Importao, Desenvolvimento, Pesquisa Clnica, Registro e Produo de

    Medicamentos (IDPRP)

    3. Poltica Nacional de Medicamentos e de Assistncia

    Farmacutica,Regulao e Financiamento (PMAF)

    4. Prescrio e Dispensao (PD)

    5. Protocolos Clnicos, Diretrizes Teraputicas e Componente Especializado da

    Assistncia Farmacutica (CMDE)

    6. Seleo, Incorporao s listas e Listas de Medicamentos Oficiais (LME)

    7. Uso Racional de Medicamentos e Denominao Comum Brasileira de

    Medicamentos (URM)

    A busca pode ser realizada por meio de palavras e filtros referentes ao tipoda

    norma/documento ou de seus assuntos. Todos os documentos podem

    seracessados em sua ntegra.

    Alm dos documentos oficiais foram tambm elaboradas 9 (nove) Notas

    Tcnicas referentes a dois grandes grupos de assuntos. O primeiro deles,

    composto das 5 primeiras Notas Tcnicas informadas abaixo, aborda grandes

    temas gerais da Assistncia Farmacutica, do Uso Racional de Medicamentos

    e da Segurana do Usurio e Portaria GM/MS no 2048, de 03 de setembro de

    2009 (Consolidao Normativa do SUS). O segundo grupo, referente aos 3

    (trs) componentes bsico, estratgico e especializado do financiamento da

  • Assistncia Farmacutica e ao Programa Nacional de Doenas Sexualmente

    Transmissveis/Sndrome da imunodeficincia adquirida. So elas:

    1. A Relao Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename): a seleo de

    medicamentos no Brasil;

    2. O Formulrio Teraputico Nacional, os Protocolos Clnicos e Diretrizes

    Teraputicas: extenses da seleo de medicamentos;

    3. Pesquisa Clnica e Regulamentao da Importao de Medicamentos;

    4. Prescrio de Medicamentos;

    5. Portaria MS/GM n 2048, de 03 de setembro de 2009: Consolidao

    Normativa do SUS;

    6. Componente Bsico da Assistncia Farmacutica;

    7. Componente Estratgico da Assistncia Farmacutica;

    8. Componente Especializado da Assistncia Farmacutica;

    9. Programa Nacional de Doenas Sexualmente Transmissveis/Sndrome da

    imunodeficincia adquirida.

    Espera-se que os objetivos de articulao e melhor compreenso entre os

    setores de Justia e de Sade a respeito do direito assistncia farmacutica

    possa efetivamente contribuir para o acesso seguro aos medicamentos.

    Referencias Bibliogrficas:

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    valores que merecem ser defendidos. In: PINHEIRO, R. & MATTOS, R. A

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