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7/31/2019 politicas de sade no Brasil - Antecedentes da Reforma Sanitria -
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AMF 1
Polticas de Sade do
BrasilSade Pblica no MundoSade Pblica no Brasil
Sistema mdico previdencirioReforma Sanitria (antecedentes para o SUS)
Universidade Gama FilhoCentro de Cincias Biolgicas e da Sade
Ncleo Integral de Sade Coletiva - NISC
Prof. Fernanda Afonso
2011.2
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AMF 2
Sade Pblica no Mundo
Europa - industrializao Aglomeraes urbanas
Precrias condies de trabalho, moradia e vida
Com o crescimento da indstria, na Inglaterra dosculo XVIII, [...] Assim, o trabalho passou a ser
essencial na gerao de riqueza da nao;
qualquer perda na produtividade de trabalho,decorrente de enfermidade ou morte, tornava-se
um problemaeconmico(Rosen, 1999)
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AMF 3
Sade Pblica no Mundo
Era Bacteriolgica - Pasteur[...] a Revoluo Pasteuriana permitiu que se
construsse dentro do setor sade e mesmo nos
outros setores da sociedade uma relao exclusiva
entre as doenas e um campo muito especfico de
conhecimento: a biologia. Esse paradigma determinou
uma hegemonia da prtica da biomedicina na
sociedade ocidental, a partir do sculo XX(Brasil,[s.d.])
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AMF 4
Sade Pblica no Brasil Colonialismo
Insalubridade e muitas doena conhecidas (tipicamente europias) e outras no (tipicamentedos trpicos)
ndios, negros e europeus: diferentes culturas, biologia convivendo
Boticrios, pajs e curandeiros: possibilidade de assistncia a sade (a doena).
Assistncia a sade: militares (aos pobres pela filantropia, Igreja)
DOENCA: vista como algo mgico, mstico, `castigo dos deuses`
Teoria dos Miasmas => as doenas estavam associadas putrefao e a maus odores, podiamse propagar pelo ar, e podiam ser evitadas por substncias que impedissem a putrefao:
`existe algo no ar que no podemos ver, mas que e responsvel pelas doenas`. Esta teoria se
espalha pelo mundo e comeam algumas aes voltadas a preveno e controle do ar.
Imprio
Controle dos portos, cemitrios, alimentos
Saneamento mnimo
Assistncia aos militares, cuidados com os trabalhadores da exportao
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AMF 5
Sade Pblica no Brasil
Primeira RepblicaEconomia Cafeeira: prospera as
Exportaes
Transformaes urbanas
(Bancos, Indstrias, Servios)
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AMF 6
Sade Pblica no Brasil
Comeamos a vivenciar a situao europia de preocupao com otrabalhador, o gerador de capital.
Fase da industrializao, exportao (no s de produtos agrcolas),
surgimento das cidades, urbanizao
Enquanto a economia brasileira esteve dominada por um
modelo agroexportador, assentado na monocultura cafeeira, o
que se exigia do sistema de sade era, sobretudo, uma
poltica de saneamento dos espaos de circulao das
mercadorias exportveis e a erradicao ou controle das
doenas que poderiam prejudicar a exportao.
(Mendes, 1999)
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AMF 7
Sade Pblica no Brasil
Primeira Repblica Teoria dos Miasmas substituda pelo conhecimento na rea da microbiologia:
grande salto da cincia pra descoberta das causas, preveno e cura das doenas
Entrada de imigrantes no pais: diferentes culturas, biologia e doenas no territrio
Brasileiro
Sanitarismo Campanhista Dirigido aos portos (para controle dos produtos importados e exportados, trabalhadores e
imigrantes)
Polcia Sanitria (as aes de combate as doenas tinha carter de policia)
Revolta da Vacina em 1904: um marco na SP do Brasil. Oswaldo Cruz ordena vacinao
em massa obrigatria contra febre amarela. A populao, que nada conhecia sobre
preveno e vacina, no aceita e se revolta (alimentada por questes polticas dos
monarquistas)
Enfoque monocausal ( doena tinha um nico motivo)
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AMF 8
Sade Pblica no Brasil
Dcada de 1910 Crise Primeira Guerra Mundial e a Gripe Espanhola
(1918): assolam o mundo
Liga Pr-Saneamento (1918)
Dcada de 1920 - criao do Departamento Nacional deSade: visou preencher as funes de uma organizaosanitria nacional, devido a crise do setor sade aprofundada pela
epidemia de gripe e pelo contexto de intensa reviso e debate dos
compromissos pblicos com a questo social.
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AMF 9
Sade Pblica no Brasil
Fundao RockfellerErradicao da Febre Amarela
Erradicao da Ancilostomase
Centros de Sade"Surgiu [...] a idia de Centro de Sade como uma organizao que
forneceria, promoveria e coordenaria os servios mdicos e sociais
relativos a uma realidade local especfica. As atividades dos Centros
de Sade compreendiam a nvel local servios de enfermeiras
visitadoras, inspeo escolar, laboratrio, dispensrio, censo demorbidade, investigaes, etc.". (Costa, 1986).
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AMF 10
Sistema Mdico-Previdencirio
Industrializao: necessria, j fazia parte daeconomia brasileira, em plena expanso
Previdncia Social no Brasil
Seguro Social: aos trabalhadores, aos geradores de capital eprogresso
Lei Eloi Chaves
Caixas de Aposentadoria e Penses (CAPs: garantiam assistncia a
sade e benefcios aos trabalhadores URBANOS)
Primeiros trabalhadores beneficiados: ligados as ferrovias e
exportao
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AMF 11
Sistema Mdico-Previdencirio
Lei Eloi Chaves"O artigo 9, que definia os benefcios concedidosapresentava na sua lista, alm dos benefcios
pecunirios (aposentadorias e penses), a prestao
de servios mdicos e farmacuticos. Estes eram
estendidos a todas as 'pessoas de sua famlia que
habitem sob o mesmo teto e sob a mesma
economia'"(Levy-Copello, 1996)
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AMF 12
Sistema Mdico-Previdencirio
Dcada de 1920Crise Econmica Internacional (1929)
Crise Poltica Nacional
Revoluo de 30
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AMF 13
Sistema Mdico-Previdencirio
Era Vargas
Expanso dos benefcios com os IAPs: Institutos de
Aposentadoria e Penses, 1934: incorporou outros trabalhadores
Previdncia como mecanismo de controle dos trabalhadores
(poltica compensatria)
Salrio Mnimo, Jornada de Trabalho
Ministrio da Sade (com aes `preventivas`, de combate as
epidemias) e da Educao: juntos.
Ministrio da Sade: 1953. Centrado nas aes de campanha,
com pouca ao e formao dos postos de sade
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AMF 14
Sistema Mdico-Previdencirio
Governo JK Industrializao
campanhas
sistema mdico-previdencirio
Pobreza Doena
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AMF 15
Sistema Mdico-Previdencirio
Unificao do Sistema Previdencirio (idealizada
desde 1941) resistncias devido aos abandonos
de muitos dos direitos alcanadosInstituto de Servios Sociais do Brasil (ISSB)
Abortado com a morte de Vargas
Lei Orgnica da Previdncia Social (1960)
Uniformizou os direitos
Ampliou a assistncia mdica
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AMF 16
Sistema Mdico-Previdencirio
Unificao do Sistema Previdencirio Golpe Militar (Jnio Quadros / Joo Goulart)
"O processo de unificao previsto em 1960 se efetiva
em 2 de janeiro de 1967, com a implantao do
Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS),
reunindo os seis Institutos de Aposentadorias e
Penses, o Servio de Assistncia Mdica e Domiciliar
de Urgncia (SAMDU) e a Superintendncia dosServios de Reabilitao da Previdncia Social".(Polignano, 2004)
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AMF 17
Sistema Mdico-Previdencirio
Previdncia e Sadea partir,
principalmente, da segunda metade da dcada
de 50, com o maior desenvolvimento industrial,com a conseqente acelerao da
urbanizao, e o assalariamento de parcelas
crescentes da populao, que ocorre maiorpresso pela assistncia mdica via institutos.
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AMF 18
Sistema Mdico-Previdencirio
Sistema Mdico-industrial
Unificao Contribuintes
Aposentados
Grande Arrecadao
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AMF 19
Sistema Mdico-Previdencirio
Dcada de 1970 (invaso do modelo norte americano):planos de sade
Sistema Mdico-industrial
Incentivo iniciativa privada
- Crescimento de Hospitais e Ambulatrios Particulares conveniados
ao Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS)
Aumento dos custos com sade (verbas publicas, dostrabalhadores para custear sistema privado que `contribua` com
a assistncia a populao
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AMF 20
Sistema Mdico-Previdencirio
Sistema Mdico-industrial = desvantagens:
Concentrao nas grandes cidades
Centrado na doena
Alto custo (incorporao de tecnologias)
Corrupo
Vinculao ao nvel federal
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AMF 21
Sistema Mdico-Previdencirio
Sistema Mdico-industrial = desvantagens:
Excesso de internaes
Dicotomia sade pblica e assistncia
Mistificao da conduta mdica pela populao
Valorizao do especialista: visao norte-americana -Flexeneriana (formao com enfoque biologicista e
hospitalocntrico)
Excluso (menos favorecidos com menos e `menor`atendimento)
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AMF 22
Sistema Mdico-Previdencirio
Sade Pblica e Regime Militar
Criao da Superintendncia de Campanhas
de Sade Pblica (SUCAM) em 1970 Lei do Sistema Nacional de Sade (1975)
"ao Ministrio da Sade as aes coletivas, ao
Ministrio da Previdncia e Assistncia Social as aesde carter individual"(Andrade, 2001)
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AMF 23
Sistema Mdico-Previdencirio
Modelo mdico-assistencial privatista
Subsistema Estatal
Subsistema Hegemnico
Subsistema de Ateno Mdica Supletiva
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AMF 24
Sistema Mdico-Previdencirio
Dcada de 1970
Crise do Capitalismo Mundial
Fim do Milagre econmico
Crise EconmicaAdministrativa
Desemprego
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AMF 25
Sistema Mdico-Previdencirio
Dcada de 1970
Movimento Sanitrio
Excluso Social
Crise
Ideolgica
Reforma Sanitria Brasileira
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AMF 26
Sistema Mdico-Previdencirio
II Plano Nacional de Desenvolvimento
Governo Geisel (1974)
Universalizao das polticas sociais
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AMF 27
Sistema Mdico-Previdencirio
Processo de Transio
Aproximao entre Subsistema Hegemnico eo Subsistema Estatal
Resistncias
Ministrio da Previdncia e Assistncia Social
Rede privada contratada
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AMF 28
Sistema Mdico-Previdencirio
Processo de Transio
DATAPREV
SINPAS (Sistema Nacional de Previdncia eAssistncia Social), 1977
Buscava solucionar a crise
INAMPS (Instituto Nacional de Assitencia Medica ePrevidencia Social)
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AMF 29
Sistema Mdico-Previdencirio
Processo de Transio
Programa de Interiorizao das Aes de
Sade e Saneamento (PIASS), 1976 Programa Nacional de Servios Bsicos de
Sade (PREV-SADE)
Estruturao semelhante ao SUS
Falta de apoio (poltico, econmico, industria)
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AMF 30
Sistema Mdico-Previdencirio
Processo de Transio
Conselho Consultivo de Administrao daSade Previdenciria (CONASP), 1981
Sistema de Ateno Mdico-Hospitalar daPrevidncia Social (SAMHPS)
Aes Integradas de Sade (AIS)
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AMF 31
Reforma Sanitria
AntecedentesIII Conferncia Nacional de Sade (1963)
Crticas ao modelo vigente
Tema: municipalizao dos servios de sade Movimento Sanitrio (dcada de 1970)
Estudos sobre o sistema de sade: ampliar ediferenciar atendimento conforme necessidades da
populao Hospital Rede Bsica (tendncia de fortalecer e
priorizar o atendimento bsico-preventivo ao hospitalar-curativo)
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AMF 32
Reforma Sanitria A gestao da reforma sanitria: 1978 - ALMA-ATA - ESTRATGIA MUNDIAL DE APS - Sade para todos no ano
2000: fortalecimento de priorizar as acoes preventivas e de promocao da saude MOVIMENTOS NACIONAIS: MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL EM ALGUMAS
FACULDADE, CEBES, ABRASCO, APSP, AMSSP ...
MOVIMENTOS POPULARES: em vrios municpios e regies com destaque para azona leste de So Paulo
MOVIMENTOS RELIGIOSOS: Comunidades Eclesiais de Base forte contribuinte para
a viso do atendimento em comunidades 1980 - PR-SADE
1980-81 - PREV-SADE
1982 - PLANO CONASP
1983 - AIH E AIS-
1986- VIII CONFERNCIA NACIONAL DE SADE: o MARCO da Reforma Sanitria
Projeto de Reforma Sanitria Influenciou o Executivo e o Legislativo
Grande participao popular: necessidades ouvidas
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AMF 33
Reforma Sanitria Eixos da Reforma Sanitria:1. Unificao do Sistema de Sade e sua hierarquizao e
descentralizao para estados e municpios, comunidade na Poltica de Sade;
2. Universalizao do atendimento e equalizao doacesso com extenso de cobertura de servios;
3. Participao da populao atravs de entidadesrepresentativas na formulao, gesto, execuo eavaliao das polticas e aes de sade;
4. Racionalizao e otimizao dos recursos setoriais comfinanciamento do Estado atravs de um Fundo nico deSade a nvel Federal
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AMF 34
Sistema nico de Sade
Sede de Cidadania
Abertura Poltica (com o processo deredemocratizacao no Brasil)
Movimento Diretas J
Movimento Sanitrio
Participao Popular VIII Conferncia Nacional de Sade
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AMF 35
Sistema nico de Sade
Sistema nico e Descentralizado de Sade
Decreto Presidencial, Julho de 1987
Refora a descentralizao e hierarquizao:princpios bsicos para organizao dosistema de sade e `administrao` do Brasildemocrtico
Nvel federal: regulamentao, superviso.Nveis Municipais e Estaduais e DF: execuo
Transferncia das unidades do INAMPS
VIII CONFERNCIA
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AMF 36
VIII CONFERNCIANACIONAL DE SADE
A construo de umconsenso
A consolidao de
princpios eestratgias A articulao para a
disputa naConstituinte
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AMF 37
...O SUS se constri no cotidiano de
todos aqueles interessados na mudana
da sade no Brasil. Entend-lo uma boaforma de fortalecer a luta pela sua
construo.
(Cunha J.P.P., Cunha Rosani R.E., 1998)