99
Revista do mr una! de Contas PR Curiti ba. abril a junho 200':> 1 "(1 1 .'1:1 I Alio 35 Mala Di reta Postal 31001721 .. 1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI _ oTribunal de Contas dá mais um importante passo na sua missão de auxiliar os gestores do dinhei- ro público e ampliar a transparência de seus atos . Acaba de lançar o semanário "Atos Oficiais do Tribunal de Contas", que se constitui em um jornal tablóide que divulgará todos os atos e ações discutidas e analisadas no Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Trata-se de uma parceria com a Imprensa Oficial do Estado e substituirá as publicações no Diário Oficial do Estado do Paraná. Circula sempre às sextas-feiras, ou no primeiro dia útil subseqüente quando não houver expediente. .., '" "e .; . 2- .s 'c j Te Paraná 58 anos o Tribunal de Contas do Estado do Paraná comemora 58 anos e lança o semanário Atos Oficiais. Portal de Controle Socia l. assina convênio de cooperação com Senado Federal e têm selo comemorativo ao aniversário publicado lia revista Ex-Libris. CÓPIA DIGITAL CONFERIDA COM O DOCUMENTO FÍSICO

revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

•Revista do

mruna!de Contas PRCuriti ba. abril a junho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 I Alio 35

Mala DiretaPostal

31001721..1 DR1"RIm,.."... onela.

CDRltEIOI _

oTribunal de Contas dá mais um importante passo na sua missão de auxiliar os gestores do dinhei­ro público e ampliar a transparência de seus atos. Acaba de lançar o semanário "Atos Oficiais doTribunal de Contas", que se constitui em um jornal tablóide que divulgará todos os atos e açõesdiscutidas e analisadas no Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Trata-se de uma parceria com aImprensa Oficial do Estado e substituirá as publicações no Diário Oficial do Estado do Paraná. Circulasempre às sextas-feiras, ou no primeiro dia útil subseqüente quando não houver expediente.

..,'""e

.;

.2-•.s•~'cj

.~

Te Paraná 58 anoso Tribunal de Contas do Estado doParaná comemora 58 anos e lançao semanário Atos Ofi ciais. Portalde Controle Social. assina convêniode cooperação com Senado Federale têm selo comemorativo ao aniversáriopublicado lia revista Ex-Libris.

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 2: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Solicita-se permuta.Pidc-se ca nje,Man Biuet U1II Austausch .

Exchange is sol icited,011 de mande léchange.Si rechi cde lo scarnbio .

NOTA : É permitida ti ft'l'mduçáo. desde que citada ti

fonte. 0.," COI/("c;ro,\' emi tidos em trubn lttos assinado.'! .w1ode inteira responsubiíídndr de seus m/ftJn.'.'i. .

Revista do Trihunal dc' Comas - Estado do Paraná. N. 1( I97CH.

Cu ritiba : Trib unal de Con tas do Estado tioParaná. 1970-

Título amigo: Decl ...õe ... do Tribuna l Pleno c t..IoCo nselho Superior C1970-7.1)Period icidade irregular ( 1970-91 )Qu adrirncnstral 11992-93)Trimestral ( 19'./.1-)ISSN OIOI - 7 160Tribu nal de Conta... - Paraná - Periódic o... 2.Paraná.Trib unal de Cont as - Pcriód ico-. I. Tribunal de Co ntado Estudo do Paraná.

C D .1.16.126.55(g16.21(05)

ISSN 010 1 · 71 60

«

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 3: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

CI)RPO DELIBERATIVO

Helol Georg He r\'ligPresidente

_01JiEl I~ILCris6s!omo_da_SllvaVice-Presidente

.EemancoAuguSJO_MeJlo_Guim arãesCorregedor-Geral

CORPOESPECIAL

Auditores

Roberto MacedoGuimarães

Marins Alves deCamargo Neto

MINISTÉRIOPÚBLICOJUNTO AOTRIBUNALDE CONTAS

Procurador-GeralGabriel Guy Léger

Procuradores

• ,

Rafael latau rQConselheiro

..Jie_s!91J;lJiRtistaConselheiro

Artagão de Mattos LeãoConselheiro

J:lenÓQueJ'.!aigeboLerJConselheiro

Ci absiel Guü~geJProcurador-Geral do Ministério Público

Caio MárcioNogueira Soares

Jaime TadeuLechinski

Eduardo de SousaLemos

Sergio RicardoValadares Fonseca

Ivens ZschoerperUnhares

Angela CassiaCosta dello

Célia RosanaMoro Kansou

Eliza Ana ZenedinKongo Langne r

Elizeu de MoraesCorrea

Flávio de AzambujaBerti

Juliana StemadtReiner

Kátia ReginaPuchaski

Laerzio ChiesorinJunior

Michael RichardReiner

Valéria Borba

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 4: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

DIRETORIA-GERALDesirée do Rocio Vidal

DIRETORIADE GABINETEDA PRESIDÊNCIAEster Camargo Ribas Volpi

ASSESSORIA JURíDICADA PRESIDÊNCIASolange Sá Fortes Ferreira Isfer

ASSESSORIA DA PRESIDÊNCIAGil Rüppel

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃODO MATERIAL E PATRIMÓNIOJosé Alberto Reimann

DIRETORIADE ASSUNTOSTECNICOS EJURíDICOSMarlsa de Fátima Cobre Bonkoskl

DIRETORIA DE CONTABiLIDADEE FINANÇASCélia Cristina Arruda

DIRETORIA DE CONTAS MUNICIPAISJussara Borba Gusso

DIRETORIA DE EXPEDIENTE.ARQUIVO E PROTOCOLOCleuza Bais Leal

DIRETORIA DE PROCESSAMENTODEDADOSTatianna Cruz Bove

DiRETORIA DERECURSOS HUMANOSEdison Meira Costa

DIRETORIA REVISORADECONTASDJalma Riesemberg Jr.

DIRETORIA DE TOMADADE CONTASGrác la Maria de Medeiros latauro

INSPETORIA GERALDE CONTROLEMauro Munhoz

2 Tribunal de cenns . PR InO 153IAbril a Junho de2005

l 'INSPETOR/A DECONTROLE EXTERNODavid Natan iel Creriega te

2' INSPETORIA DECONTROLE EXTERNOAgileu Carlos Blttencourt

3' INSPETORIA DECONTROLE EXTERNOJosé Rubens Cafarelll

4'INSPETORIA DECONTROLE EXTERNOÃngelo José Blzlnell

5' INSPETORIA DECONTROLE EXTERNOMário de Jesus Simionil

7' INSPETORIA DECONTROLE EXTERNOPaulo Cesar Sdroiewskl

COORDENADORIA DEAPOIO ADMINISTRATIVOEdlmara Batista de Souza

COORDENADORIA DEAPOiO TECNICOAdhemar Zaparolll

COORDENADORIA DEAUDITORIA DE OPERAÇÕESDE CREDITO INTERNACiONAISAlc ides Jung Arco Verde

COORDENADORIADE COMUNICAÇÃO ERELAÇÕES PÚBLICASCláudia Ouelroz Guédes

COORDENADORIA DE EMENTÁRIOE JURISPRUDÊNCIAPedro Ribeiro

ASSESSORIA DE PLANEJAMENTOJosé Siebert

CONSELHO SUPERIORLu iz Antonio de Oliveira Negrlnl

CORREGEDORIA-GERALSimone Manassés

Revista do Tribunal de Contasdo Estado do Paraná n" 153

COORDENAÇÃO-GERALPedro Ribe iro

REDAÇÃOPedro RibeiroCarollne Gasparin L1chtensztejnGrace Mar ia Mazza MattosTha ls Facc io

EMENTAS - SUPERVISÃOLigia Maria Hauer Rüppel

EMENTASArthur Lu iz Hatum Neto

REVISÃOArthur Lu iz Hatum NetoCaro line Gasparln LlchtenszteJn

Claudia Barros da Costa

Dorallce Xavier

LIgia Mar ia Hauer Rüppel

Maria Augusta Camargode Oliveira Franco

Tha ís Faccio

NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICAMaury Cequlnel Jr. - CRB 9/896

Alice Sórla Garc ia - CRB 9/9n

Yarusya Rohrich da Fonseca

Publicação Oficial do Tribunalde Contas do Estado do Paraná

(Coordenadoria de Ementárioe Jurisprudência)Praça N. Sra.de Salette - Centro Cívico80530-180 - Curitiba - ParanáFax (41)3350-1605 1 3350-1665

Endereço na Internet:www.tce.pr.gov.brE-ma": [email protected]

TIragem: 2.500 exemplaresDistribuição:gratuita

FOTOS: Julio César SouzaEDiÇÃO GRÁFICA: Marco Medeirose Silvia SganzerlaCTP E IMPRESSÃO:Serzegraf Ind . Editora Gráfica(41) 3026 9460

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 5: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

INDICEProcurador-geral doMinistério Público junto aoTribuna l de Contas, GabrielGuy Léger, o presidente doTribunal de Justi ça TadeuMarino Loyola Costa,o secretário estadual daJustiça, Aldo Parzianello(representando ogovernador RobertoRequião). o presidentedo Tribunal de Contas,Heinz Herwig, o presidenteda Assembléia Legislativa,deputado Hermas Brandão,o prefe ito Interino LucianoDuccl, o subp rocuradorgeral de Justiça, LuizEduardo Trigo Roncagllo(representando oprocurador-geral daJustiça, Milton Rlquelme)e a diretora-gera l do TC-PR.Deslrée Vidal, duranteSessão Plenária emhomenagem aos 58 anosdesta Corte de Contas

5 Editorial l/ Posse da AMP _ Treinamento

-------- - - - - - - - - -

Liçüo de Casa

6 Reunião com prefeitosTe (l/erra municípios

sobre Lei Fiscal

10 A voz dos prefeitos

12 Seminá rios e Cursos

TC realiza treinamento

emergencial

14 Programa

MultidisciplinarTe percorre inferior

orientando agentes públicos

16 ArtigoRafael lataum

II Contas Públi casCurso sobre Entidades e

Transf erências Volunuirius

oCursos e Seminár iosTe quer rel','rrer 111;111('111

di' COIl /{1.\" desaprovadas

r, 1.-;. Contas PúblicasTC COI/Ct'de certidão

2 ~ Análise do TCTe questionei

PARANAPREVIDÊNCIA

24 Aniversár io do TCTribunal comemo ra 58 m IO.\'

Curso de atunliznç âo SIM ­

Ob ras Públicas

34 Entrevista"Nüo rumos sair por aí

punindo lodo nnnulo '

() Administração PúblicaPalitas e j ulgamentos

IIlI Internei

37 ArtigoCldudio Henri que de Cas tro

) Art igo

Aposentadoriu s

Renumeração de Agentes

Ptihlicos Municipais

I nbunat deContas - PR In" 1531Abril aJunhode 2005 3

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 6: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

4 Trrbun<U ele Contas· PR In° 1531Abril a Junho ele2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 7: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

....eta::o!=ow

Lição de Casa"Não temos mais coelhos na carto la e não há mais mágica". Esse

foi o tom do discurso que o presidente do Tribunal de Contas, conse­lheiro Heinz Herwig, fez a centenas de prefeitos e vereadores reun idosem seminário no Centro de Convenções de Curitiba. Herwig fez umalerta afirmando que "quem não apresentar as prestações de contas ­tanto dos municípios como das Câmaras - será punido pela Lei deRespon sab ilidade Fiscal" . Segundo o presidente, se os ges to respúblicos não fizerem "a lição de casa", o Tribunal de Contas não poderáresolver seus problemas.

o Tribunal de Contas do Estado do Paraná comemora 58 anos elança o semanário Atos Oficiais do Tribunal de Co ntas. Durante assolenidades, o senador Efraim Morais assina termo de coo peração como TC paranaense e destaca o modelo e exemplo de instituição . Lançoutambém o Portal de Controle Social.

Ainda nas comemorações dos 58 anos, a médica Maria Vict óriaSerás faz palestra sobre "Como Envelhecer em Tempos Modernos" e oTribunal de Contas presta uma homenagem ao ex-presiden te econselheiro, Henrique Naigeboren, inaugurando retra to na galeria depresidentes.

Inbunaldeüontas . PRI n- 152I AlIrlla Junho de 2005 5

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 8: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Presidente do Te fazalerta aos municípios:ou cumprem suas obrigações, ou serão punido pela LHF

6 Tribunalde cemas . PR 1n~ 1531Abril a Junho de 2005

• A sociedadenãotolera maisconviver com

I administradores:irresponsáveis.O cidadãoI tomou-se mais

I exigente esabe diferenc iare disting uirgestãoresponsávele prudente ­aquela quenãoIrá causarproblemas,daquela dolosa- que resullaránumcomprometimenfoluturo".Helnz Herwlg

president e do Tribunal de Co mas doParaná. co nselhe iro Heinz Herwig fezum desabafoe UI11 alerta, ao reunir pre­

feitos. pres identes de câmaras muni cipai s e verea­dores. no Centro de Convenções de Curitiba . "Osaco de mágicas es tá ficando vazio e já tiramos dacarto la os últimos coelhos. Agora dependem os dossenhores". O aviso fo i dado em virtude do grandenúmero de prestações de contas de prefeituras ecâm aras municipais que. ai nda, não foram remeti­das ao órgão.

"O Tribunal de Contas não pretende pun ir ninogu érn. A missão do Tribunal de Contas é fiscalizaros gastos públicos e orientar os adrninistrudoressobre o que é certo e o que é errado , E posso afiromar aos senhores que nós. do Trib una l dc Contas.estamos fazendo a lição de casa. Mas. infelizmen­ie, não podemos d izer o mesmo e m relação aalguns administradores municipais e de c âmaras devereadores", disse ao obse rva r que o prazo final seence rro u em 31 de março deste ano.

Herwig lamentou o consider áve l número deadministrado res públicos que vêm tratando o erá­rio de forma irre sponsável. gasta ndo mais do quearre cada m e deixando d ívidas co mo herança aosSl:: US sucessores. "A sociedadenão toleramaiscon­viver co m administradores irresponsáveis. O cida­dão tornou-se mais exigente e sabe diferenciar cdistin gu ir ges tão respon sável e prud ente - aq uela

que não irá causar problemas, daque la dolosa - queresultará num comprometimento futuro" .

O Tribunal de Con tas vem dese mpenhando seupapel. realizando encontros. reun iões e seminários.Mas, o retomo não está vindo corno deveria. "Con­fesso. com uma ponta de tristeza ,que estou decepci o­nado com algumas situações, porque o que prometivenho cumprindo e. infelizmcntc.tenho me deparadocom situações que arrisco em chamar de descaso".

Herwig ale rtou paJ'a o fato de q ue se os prefei tosnão cumprire m co m suas obrigações. o órgão apli­ca r ãtodas as san ções previstas na Lei de Rcspon sa­bilidade Fiscal. qu e incluem desde processo detomadas de co ntas, quanto proccsso por imp robida­de adm inistrativa e. finalmente. perda de mandato.

Apesar de criticar os atos de muitos adminis­trad ores. o pres idente do Tribuna de Co ntas depo­sitou um voto de co nfiança no gestor públi co para­naense. "Acredito nos municípios. na r~sponsa·

bilidade do s prefeitos. vereadores e agent es ptibli ­coso Mas é preciso qu e essa responsabi lidade sejatraduzida no cumprimento das exigências da lei eda boa gestão pública'. afirmou .

Para o corregedor-geral e conselheiro do Tribunalde Contas, Fernando Augusto de Mello Gu imarães. oque o órgão está fazendo é dar uma " puxadinha deorelha. um aviso e um apelo aosprefeitosc vereado­res. de que se e les querem ajuda devem Iazer suastarefa s corretame nte, que n ós ()S au xiliemos".

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 9: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Vereador Bento Batista da Silva, presidente da Uvepar expondo os problemas que aletam as cãmarasmunicipais

nhando essa tendência. Agora éhora das prefei tura s se adapta­rem à nova realidade, ouestare­mos perdidos". alertou.

Na busca por soluções. o pre­sidente da AMP fez um apel o."Peço aos prefeitos que se inte­ressem e ado tem uma contabili­dade pública de alto nível. Dolado do Tribunal de Co ntas . te­mos um presidente cornp rome­

tido co m o propósito de revertero triste quadro que se apresenta.não s écom a punição, mas commuita orientaçãoe boavontade".

Tribunalde Contas· PR I n~ 1S3 IAbrilaJunno ee 200S 7

Luiz Sorvos , presidente da AMP, prelelto de Curitiba , Belo Richae ex-pretelto de Barracão e ex-president e da AMP, Joarez Henrlchs

etapa de adaptação" . avaliou.Co m relação aos 170 municí ­

pios que apresentaram problemasnas prestações de contas de 200.+.Sorvosacredi ta que a leitura dis­soé a carência de técnicoscapa­citados nas prefeituras para aten­der às exigências da administra­ção pública atual. aliada à faltade recursose ~I cultura dos muni­cípios em remunerar mal seuscontadores , "É necessário mudar­mos conceitos. O mundo hoje éeletrônico. moderni zado e o Tri­bunal de Contas vem aco mpa-

Dificuldades perante a Leide Responsabilidade FiscalFalando em nome dos vere­

adores do Paran á. o presi­dente da Uvepar. Bent o

Batista da Silva, salientou a impor­tância de um encontro dessa natu­

reza para buscar a retidão e a efici­ência na administração p ública."Essa parceria com o Tribunal deComas é importante para discutire debater problemasque vem acon­tecendo nas câmaras municipais",

Para o presidente da AMP.prefeito de Nova Olímpia , LuizSorvos, a reunião foi necessáriae providencial num momento emque os municípios apresentamsintomas preocupantes no cum­primento da Lei de Responsa­bili dades Fiscal. "Os prefeitosainda encontram dificuldades emse ada ptar à Lei Fiscal. Os pri­meirosanos foram temposde sóse pagar d ívidas. sem a possibi­lidade de se inic iar novas obras.Ago ra, que começamos novosdébitos. é hora de fazê-los da ma­neira correta. Mas muitos já seperderam no caminho. Contudo.haveremos de superar mais esta

"Os prelellosaindaencontramdif iculdadesem se adaptará Lei Fiscal.Os primeirosanosforamtempos de sóse pagardividas, sema possibilidadede se Inicia rnovas obras.Agora. quecomeçamosnovos d ébitos,é hora de fazê­los da maneiracorreta. Masmuitos já seperderam nocaminho.Contudo,haveremos desuperar maisesta elapa deadaptação".Luiz Sorvos

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 10: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

"Devemosaproveitar ademonstraçãode apoio doTribunal deContas e nosunirmos parareivindicarmosà União o queé nosso dedireito".Beta Richa

v:, \ I TRIBUNAl

DE CONTASDO ESTADODO PARANÁ

Prefeito de Curit iba, Beta Richa, disse que o Tribunal é um conhecedor das dif iculdades enfrentadaspelos prefeitos e que não é um órgão repressor e sim or ientador

De repressor a orientador

Presidente do TC, Heln. Herwlg , prefeito de Curitiba,Beta Richa e conselhe iro Henrique Naigeboren

8 TnbunaldeContas · PR InG 1531AbrilaJunho de2005

P resente ao encontro o pre­feito de Curiti ba. BetoRicha. disse que a ati tu­

de do Tribu nal de Contas é lou­vável e que a cada ano o órgãose mostra mais orie ntador e par­ceiro dos municíp ios. "Ele não émais um órgão repressor. massim orie ntador. além de conh e­cedor das difi culdades enfrenta­das pelos prefeitos" . Richa ob­servou que o cidadão mora nacidade e é ali que precisa ver suasnecessidades atendidas.

"Devemos aprovei tar a de­monstração de apoio do Tribu­nal de Contas e nos unirmos parareivindicarmos à União o que énosso de direito". disse o prefei­to de Curitiba . Para ele. a com­preensão do Tribuna l de Contasve m num mom ento crucia l,quando os novos prefei tos. emseu primeiro ano de gestão, as­sumem muilas responsabilidades

e atribuiç ões, seja junto a ór­gãos. a imposições da legislaçãotributaria ou mesmo da comuni­dade . "que pede ajuda a lodo omomento e. llteralmerne. bale emnossasportas" .

Para o presidente da CâmaraMu nicipa l de Curitiba . JoãoClaudio Derosso. o Tribunal deContas está mostrando comodeve ser feito. para depois cobrarou punir. "Ele se preocupa mui­to em nosorientare nosajudar acumprir as leis de uma maneiraordenada e transparente", comen­tou. Realizado em parceria coma Associação dos Municíp ios doParaná - AMP e a União dosVereadore s do Paraná - UVE­PAR. o evento serviu para orien­tar e conscientizar quanto às san­ções aplicáveis àqueles que nãoenviam as prestaçõe s de contas

ao Tribunal de Contas do Para­ná. no prazo estabelecido .

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 11: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Hora de arregaçar as mangas

Procurador do Ministério Público junto ao Tribunalde Contas, Ellzeu Moraes cor rea, alerta sobre faltade documentação nas prestações de contas

A lém do alerta feito pelopresidente da Corte deCo ntas. co nse lhe iro

Heinz Georg Herwig, outros re­prese ntantes do órgão falaramsobre os perigos de não apresen ­tarem suas contas. O proc uradorElizeu de Moraes Correu lasti­mou ausência de documentaçãode cerca de 'lo dos municípios doEstado. "M uitos novos prefei tosagem como se as contas do exe r­cício anterior não fossem de suaresponsabilidade. Porém. esta ­mos vivendo em um estado de­mocráti co de d ire ito. onde asociedade tem a legítima prerro­gativa de acesso às prestações decontas de seus administrado respúb licos". alertou .

O procurador também cha­mou atenção para a gravidade dasituação dos prefeitos faltosos ouque tem suas prestações de con­tas desaprovadas, "Quem gosta­ria de ser afastado de seu cargo

ac usado de ter exercido umaadministração corru pta. mesmoqu e tenha sido so me nte porneg ligência?". questi onou aolembrar que a intervenção mu­nicipa l também aco ntece noscasos de omissão , "É hora dearregaça r as mangas. O Tribu­nal está ofe recendo a possibil i­dade de se reparar o erro" ,

A diretora de Co ntas Muni­ci pais. Ju ssara Borba Gusso.lembrou das sanções aplicáveisaos prefeitos faltosos: cnssaç ãode mandato. perda dos direitospolíticos e multa de até cemvezes o valor da remuneração doprefeit o. entre outros . Mas oTribunal de Co ntas não querchegar a esse ponto, "A Direto­ria de Contas Municipai s podec qu er aj udar. mas para issoaco ntecer é necessário que osmunicípios mantenham seus da­dos atualizados nos sistemasdesta Corte". enfat izou Gusso .

Bíblia do contador

Jussara Borba Gusso, diretorade Contas Municipais

Tribunal deContas - PRIn~ 153 [Abrila Junho de2005 9

SIM em dia . não tem prob lemaspara fechar sua s contas . Ele é.atualmente. a melhor ferramentade controle interno do município".revelou.

Como último apelo. Gusso so­licitou aos prefeitos que não envi­em somenteassessores aos treina­mentos promovidos pela Corte." Peço que compareça m. sempre.o técnico responsável pela área ao

qual se trata o evento, No caso de assuntos rela­cionados ao Quadro de Pessoal. por exemplo. queesteja presente o responsável pelo Recursos Hu­manos do órgão. Ou seja. é necessária a presençade um especialista da área para absorção c repassedas informações transmitidas nos cursos" .

P ara que a inserção de da­dos no sistema aconteçasem prob lemas. a direto­

ra da DCM pediu maior familia­ridade e estudo dos sis temas deacompanhamento e prestação decontas por parte do contador domunicípio. "Os sistemas possuemexcelentes manuais de orientação.basta apertar a tecla F I. em qual­quer tela. Cerea de 90% dos ques­tionamentos feitos aos técn icos estão send o res­pondidos nesses manuais. Manual este. que de veser a bíb lia do contador" .

Em sua opinião . o contador fami liarizado e.em dia com os sistemas do Tribunal de Contas. sótraz beneffc ios ao municípi o. "Quem mantém o

"É hora dearregaçeras mangas.OTribunal estáoferecendo apossibilidadede se repararQ erro".Ellzeu MoraesCorres

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 12: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Avoz dos prefeitosTUDO TEM LIMITE

"S eria muito prático pun ir de imcdiato. O Tribuna l deComas vem orientando prefeitos e vereadores, mas tudo tcm limite.Os erros são banaise os graves são poucos. então basta boa vonta­de para resolver os prob lemas, A Associação dos Municíp ios doParaná - AMP est ãsendo parceira do Tribunal de Contas do Para­ná. organizando eventosem conjunto com o órgão. Com relação aoevento. co nfesso que estou surpreso. por se r sex ta-fe ira e com oaero porto fechado. muitos prefeitos. presidentes de câ maras evereadores, es tão aqui, Isto demonstra o interesse deles cm levarorientações e fazer corretamente a lição de casa" .Prefeito de NO"a O límpia e presidente da Ai\l P.Lui z L:ízaro Son os (P DT) .

FREQÜENTADOR AssíDUO

"O meu município . Maring á, é um dos que ainda não entrego uas contas referentes ao ano de 2004 e podemos ser pena lizados porisso . Nossas con tas não estão batendo. estamos tendo problemasco m a implantação dos sistemas. mas estamos procurando alterna­tivas para resolver os nossos problemas e o Tribunal de Contas nostem ajudado muito. tanto que sou um freqüentador assíduo da Casa.principalmente da Diretoria de Contas Municipais . A atitude que oórgão est á tomando é válida e oportuna. O prefeito deve ser cobra­do. para poder cobrar de sua equipe e solicitar maior atenção com opreenchi rneruo dos dados no sistema" ,Prefeito de i\Iaringá. Silvio Magalhães Barros (1'1').

BOA VONTADE

"Estes eventos são importantíss imos para os prefeitos e verea­dores. Eu estou no meu tercei ro mand ato e desconh ecia pane doque co ntém a Lei de Responsab ilidade Fiscal e o Tr ibun al deCo ntas está tend o uma atuação brilhante. Pois procura orientarprim ei ro ao invés de punir de imedi ato. Ele es tá tendo boa vonta­de em atende r todos os prefe itos que o procuram . A presidência.os técnicos e o próprio presidente da Casa. se mpre nos atendemmuito bem."Prefeito de Ivatuha, Adolfo J oaq uim Semprehom (I'DT).

1O Incunalde Contas - PRIn' '53 1Abllla Junhode 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 13: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

POSTURA AUXILlADORA

"Nossas co ntas es tão em dia co m o Tribunal de Contas. Mas a visão tio órgão é muito boa.de está preocu pado em alertar os municípios co m relação à Le i de Responsab ilidade e demaisobrigações. nos orie ntando . Hoje. o Tr ibun al de Contas escolheu uma postura muito maisauxiliadora. aproximando-se dos municípios não só para jul g á-los e puni-los" .Prefeito de Ca m po Largo. Edson Da rl ei Basso (l'SH).

PARCEIRO DOS MUNiCípIOS

"Este alert a que o Tribunal de Co ntas do Paraná es tá fazendo éfundam ental para que os prefe itos não se tornem omissos . tanto oseleitos quanto os ex-prefeitos, A parceria que o órgão tem com a As­sociação dos Mun icípios do Paraná- AM P mostra a intenção que d etem em orientar. fi scalizar e ser parceiro dos municípios. Ele dernons­Iraclaramente que não vai cornpactuar co m adm inistrações incornpe­tentes, mas irá prestar todo auxílio necessário ao gestor comprome­tido com a sua verdade . oTribu nal est:í tend o humildade e responsa­bilidade ao chamar os administradores públicos e explicar comoproceder corretamente. ao invés de punir de imediato".Ex-prefeito d e Barracão e diretor d a Associação dosMunicípios do Paran á - AM P•.lourez Lima Henrich s.

DESCENTRALIZAÇÃO DOS CURSOS

"A filosofi a que o Tribunal de Contas adotou em es tar muitomais preocupado em orientar do que punir é louvável. As mud an ­ças ocorrem muit o rápidas e nós prefeitos. principalmente os dointerior. lemos maior difi culd ade em nos adaptarm os. pois d as acon­tecem antes na ca pital. E ao levar os cursos e trein amentos aointerior do Estado. o Tribunal de Contas descentral iza e fac ilita anossa part icipação" ." refeit o de Bandeimntes• J osé Fernandes da Silva (I'T).

MELHOR REMÉDIO

"Preve nir é o melhor remédio. Essa é a tática que o Tribunal deContas está usando e. n6s prefeitos, es tamos muito satisfe itos co mesta postura orientadora da Co rte de Contas, Mui tos prefeitos nãotêm formação contábil e nem são t écnicos de inform ática. entãoa preocupação do órgão em instru ir é muito oportu na. Ele possu ibons técnicos capacitados que nos alertam e nos lembram que a leideve ser respeitada" .Prefeito de Apucaruna, Valter Apa recido Pegorer (P FL).

Tribunalde t emas - PR In" 1531Abrila Junho lJe 2005 11

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 14: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

cnocna:~uUJ

cnoa:<Cz:2:loUcn

"Quem nãoestivercom suascontasem dia,terá quearcar comtodassançõesprevistasna Lei Hscal".Deslre. Vldal

Tribunal de Contas realizatreinamento emergencial-

TRIBIJ 'AI. DI CO 'T S'

DO ESTADU DO PARAI A

Diretora-gerai do Tribunal de Contas , Deslrée do Roclo VidaI abre semináriotreinamento emergencial aos municípios queainda não prestaram suascontas

o audllórlo do TC recebeugrande número de gestoresdo dinheiro público que foramà Corte de Contas em buscade informações sobre aprestação de contas

12 rnbunar deContas - PR J no 153 1AbtllaJunncde2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 15: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

"Para que a parceria como Tribunal de Contasocorra às prefeituras

devem fazer sua parte" .Jussara Gusso

"O SIM·AM deixaa vida financei ra do

município organizada.E é preciso que

os prefeitos aprendama ti rar proveito disso".

Jussara Gusso

"Quem não estivercom suas contas

em dia até o início dejunho terá de arcar com

todas as sançõesprevistas em lei" .

Desirée do Rocio Vidal

Oalto índice de não prestação de contas

municipais. do exercíc io de 2004. fez

co m que o Tribun al de Co ntas do Pa­

raná real izasse um treinamento emergencia l e

estendesse por mais 30 dias o prazo de entrega

dos doc umentos à Diretoria de Co ntas Mun ici­

pais -DCM .

No trei nam ento emergencial. realizado no

Auditório do Tr ibunal de Co ntas do Paraná. em

Curitiba. os municípios fal-

to sos ti veram ma is uma

oportunidade para sana r e

esclarecer dú vidas quanto ao

preenchimento de suas pres­

tações de contas. " Q uem

não es tiver com suas contas

em dia até o início de j unho

terá de arca r com todas assa nções previstas em lei " .

avi so u a diretora-geral.

Desirée do Rocio Vidul. ao

abrir o encontro .

" Pa ra que a parc eri a

com o Tribuna l de Co ntas

ocorra as prefeit uras devem

fazer sua parte". refo rçou

a dire tora de Co ntas Muni­

cipais. Jussara Borba Gu s-

so, ao lembrar que a primei-

ra certidão negati va foi con­

cedida . Ma s avi sou q ue

q ue m não estive r com o

S IM - Acom pa nha me nto

Men sal em dia. não recebe­

rá a segunda ce rtidão . "O

SIM - AM d ei x a a vi da

finance ira do muni cípi o orga nizada. E é preci ­

so que os pre fei tos aprendam a tira r pro ve ito

disso". come ntou.

De acord o com Gusso, o Tribunal de Co ntas

tem intensificado se us tre inamentos pelo interi ­

or do Estado para orientar todos os responsá­

veis pela elaboração do processo de prestação

de contas. "É um esforço enorme tirar nossos

técnicos de Curitiba. mas esse deslocamento é

necessário para que todos os que trabalham co m

o SIM - AM estejam presentes nos cursos".

co mentou ao solicitar que todos os agentes mu­

nicipais responsáveis por inserir dados no siste­

ma compareçam às reuniões.

Com relação à contratação . por parte das pre­

feituras. de empresas que se dizem espec ializadas

em operar o SIM - Acompanhamento Mensal. a

diretora da DCM alertou: "0 sistema é de respon­

sabilidade do prefeito e de seus contadores. que

precisam estar cientes de to­

das as movimentações fi nan­

ceiras do município".

Para reverter esta situa­

ção. ela informou que a Di­

retoria de Co ntas Muni ci ­

pais est á restring indo seu

atendimento aos funcionári­

os da prefei tura. "SÓ rece-

berem os membros de em­

presas de consultoria se es­

tiverem acompanhados de

servidores do mun icípi o".

advertiu.

Os técnicos da DCM res-pe ns áveis por ministrar o

tre inamento emerge nc ial.

Mário Ant onio Cecaro e

Edemilson José Pego. pro­

curaram . primeiramente. sa­

ber o porquê que mu itos

mun icíp ios dei xaram de

prestar suas contas .

Do exe rcíc io tinanceiro

de 2002.tres municípios não

prestaram contas e os de

2003. cinco. No ano passa­

do. cerca de 120 ainda não prestaram contas. sen­

do 20 deles. mun icípios com prefeitos em segun­

do mandato. "Queríamos saber quais os motivos

desse atraso". comentou Cecato. "Não apresen­

tamos as telas do SIM - AM. notório de todos.

Mas buscamos a raiz dos problemas", disse Pego.

De acord o com Cecato, os mun icípi os pen­

dentes são de pequ eno e médio porte. "Com um

pouco de empe nho. pode-se co locar as contas

em dia ". incen tivou .

Tribunal de Contas · PR InO153[ AbrilaJunhoC1e 2005 13

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 16: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

a::-::z....Jo...Ucn-Cl-~::::>:E-::~-::a::e,:,oa::a..

Tribunal de Contas levaequipes para orientar novosprefeitos em todo Estado

CA :l, I

-QO)

~ I~---

Tribunal de Conlas abre em Castro Programa Muldiclscipllnar que visa à efetiva Integraçãoentre o órgão e os gestores do dinheiro público

oA Iniciativado presidenteHelnz Herwlgtem comoobjetivo, aefetivaInteração entreo Tribunalde Contase os gestoresdo dinheiropúblico

Tribunal de Co ntas do Estado do Para­ná inici ou em abri l um amplo progra­ma multidisc iplinar de visitas j unto aos

novos prefe itos de todas as regiões do Estado. Apri mei ra eidade a receber eq uipes das áreas deCo ntas Municipai s. Ju rídica. Audi toria de Enge ­nharia. Revisora de Co ntas e Corregedo ria-Geral.fo i Castro . mas a ação de inte ratividade vai atédezembro deste ano.

Técni cos da Diretoria de Contas Muni cipais ­OC1\!. estarão o rientando sobre os índices da Ed u­cação e Saúde. dentro do que manda a Le i de Res­ponsabil idade Fiscal. Equipe da Diretoria Jurídi ­ca mostrará co mo funcionam as despesas co mpessoal. terceirização, cooperativas e Osip,

Um grupo de técni cos da Diretoria de Enge­nharia orientará sobre obras. recursos es tad uais efederai s e. profissionai s da Diretoria Revisora deCont as passarão a mostrar co mo funcionam osconvên ios . Também faz parte da eq uipe multidi s­ciplinar. técn icos da Corregedoria-Ge ral que orien­tarão sobre auditorias ori unda s de de nú ncias.

A inic iativa do pre sidente He inz Herw ig temcomo objeti vo a efetiva interaçã o en tre o Tribunalde Co ntas e os gestore s do dinheiro público. "Nos­sa inte nção é orientar os no vos prefeitos para quenão cometam erros que possam vir a prejudicarseus municípios. Porisso, os técnicos estarão pre­sentes para co mpartilhar todas as info rmaç ões in­lem as do TC j unto aos prefeitos'. di sse Herwig.

O programa de visitas dos técn icos do Tribu­nal de Contas a tod os os prefe itos. através de re­giões. "é uma forma que encontramos pam estar­mos mais próx imo s dos mun icípios. visando à o ri­entação dos prefe itos para chegarmos ao final doano com uma redução signi ficativa no número deco ntas desaprovad as" , prevê o presid ente.

Herwig di sse qu e entende as difi cu ldades porqu e pa ssam as prefeitu ras mu nicipa is. onde. emtodo o País. em tomo de 50% delas não co nsegui­ram cumpri r com a Lei de Responsab ilidade Fis­ca l. "Nós queremos revert er esse q uadro no Para­ná e sõ vamosconseguir isso indo diretamente 3fonte. o u sej a. aos prefe itos" , afirmo u.

14 TnbunaldeContas- PR I n~ 153 IAbrilaJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 17: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

significa puni r. "Controlar é, untesde tudo, prevenir. corrigir e orien­tar. Tambémn50 podemos garantirque não haverápunição. Entretan­to, não basta reprimir. É precisoeducar", observou Herwig.

A direto ria Geral do Tribu nalde Contas c coorde nadora do pro­grama. Desir ée Vidal, d isse queo órgão vai buscarparcerias. prin­cipa lme nte junto aos dep utados eaos poderes Executi\'O e Judici á­rio e estaráem cada município doParaná intemgindo comos prefei­tos. vereadores e administradoresem gera l.

Ela salientou que a intenção écriar umcanal direto com a popu­lação e faci litar o acesso a dadossobreo funcionamentoUOTe a limde uivulgar os resultados tias açõesde fiscalização. "Vamos conscien­tizar o cidadão comum da impor­tância de sua participação no con­trole da gestão p ública".

rigor. () desperd ício de ve se rreduzido drasticamente e osresul­tados operacionais precisam sermelhorados. Diante desse qu ad ro,é o portuno que o Tribu nal deCon­tas separe o qu e representa dolo,m á-fé c prej u ízo ao erário. UO que

se ca rac te riza como falh a formal.sem implicações no instituto damoralidade.

"Desaprovar. simples mentepordesaprovar. não contribu í para

a construção de uma hoa adminis­tração e agride. sobremaneira. avida pessoal do gesto r públ ico eencaminha seu nome para a valacomum dos desonestos. Portanto.é preciso analisar a extensão dairrcgul uridad e. Se fo r dolosa.punir com rigor. Se for fonnal. in­dicar a ação corretiva. O erro nãoé. necessariamente. sinônimo dedesonestid ade". ponderou o presi­de nte do Tribunal de Contas .

Controlarosga~tos p üblicos não

Mais de 700/0de contas desaprovadas

N o Paraná. em turno L1e759é dascontas munici­pais de 2003 foram de­

saprnvadas. Desse total, quase 90%são por erros formais c não se podedeixar de reconhecer que a admi­nistração pública é cercada por um

emarunhado sem fim de legislação.normas, instruçõese regulamentos.o q ue dificulta o processo decisórioc o sistema de controle.

"0 Tribunal de Contas é umórgão de controle e não deve sermant ido longe do povo, distante dogrupo social de que faz part e e queo sustenta", declarou Hcrwig. Opresidente entende que não se de­vem medir esforços no sentido debuscar formas e instrumentos quemel hor pe rm itam a parti cipaçãopo pular no processo de co ntro le.porque somente a transparêncialegitima sua existência.

Se gundo Herwig , as irregu la­ridades devem sercombatidas com

"AsIrregularidadesdevem sercombatidascom rigor,o desperdíciodeve serreduz idodrasticamente eos resultadosoperacionaisprecisam sermelhorados" .Helnz Herwig

Castro, o primeiro município a recebera orientação dos técnicos do TC

Ao abrir o programa de visitas t écnicas doTribunal de Co ntas, em Castro , Herwig ,

afirmou que não pode se conformarcom o

alio Índice de desaprovação das contas públicas ­

em tomo de 80'il-em 2CXl3 - c que pretende reverter

este terrível quadro. "Queremos que todas as pres­tações de contas sejam aprovadas e para isso. souUI11 aliado de primeira hora, de sde q ue o bedeçam o

que a lei estabelece " ,

O prefei to de Castro, Moacir Elias Fadel Jú nior.

disse que o Tribunal de Contas "não poderia ler sidomais feliz ao implantar um programa desses. pois.muitas vezes. CTrdmOS porpuro desconhecirnento". ALei de Responsabilidade Fiscal ainua "mele medo em

todo mundo c precisamosque os técnicos do Tribunalde Com..is nos orientem". ponderou.

Fadei Junior pediu para que o Tribunal de Conta,

auxilie osprefeitos no sentidode promover alteraçõesna Lei Fiscal que "t rava sonhos que acabam imped indo

ca rninhadas rumo aocrescimento e desenvolvimento".

E pediu ao presiden te e aos técn icos do TC que " façam

de Cas tro um exe mplo para todos os municípios. por­

que nós vamos trabalhar muito para não cometermoserros. Ese os cometermos nos ajudem a corrigi-los".

Valéria Borba. proc uradora do Ministério Público

junto ao Tri bunal de Comas. endossou as pal avra s

do presidente Heinz Herwig, afi rmando que o obje­tivo dessa equipe é () de "cooperar e não reprimir eque Castro não tem com o que se preocupar. porquea intenção é trabalhar no se ntido de contribuir para

uma gestão transparente e eficiente". Segundo ela.existem dois focos que norteiam o crescimento deuma nação: educação e saúde e. os investimentosnestes dois setores. devem ser respeitados.

() presidente da C âmara de Vereadores de Cas­

tro. José Ot ávio Noceradestacou o objetivo do Tri­

bunal de Contas e garantiu que a intenção é traba­lhar nos tr ilhos da honestidade c da transparênci a.

porque quem sairá ganhando é o administradorp úblico e a po pulação que o e leg eu.

Tribunal deDomas- PRIn~ 1531Abril aJunho da 2005 15

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 18: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

oc..:::ll­a:c:e

Responsabilidade FiscalRafaellatauro

Nos últimos dias. a mídia deuamplo destaque aos cinco anos daLei de Responsabilidade Fiscal ede sua repercussão nas finançaspúblicas.

Na diversidade das interpreta­ções. houve de tudo, Elogios. crí­ticas. conceitos oportunistas. pa­ternidade. sugestões de mudanças.viés ideológico, desconhecimento.comprometimentos e omissões denatureza política. enfim. uma pa­rafernália de detalhes sobre o novoregime fiscal.

Deveras. é preciso salicnturque. desde a década de 30. há es­forço conjugado para se implan­tar. no País. modelo de adminis­tração pública assentado na dis­ciplina fiscal.

Num espaço de tempo razoá­vel. marcado por idéias. projetos.mudanças organizacionais. nor­mas,condutas culturaise relaçõesde poder. o Estado experimentouextensa relação de modifi cações.mas não conseguiu vencer as in­certezas. contradições e os desa­fios impostos pelo desenvolvimen­to econômico e social.

Nesse período. várias reformasforam aprovadas. cada qual comfinalidade específica. muita s de­las soando como construções novácuo. tamanho seu descompassocom a realidade e incapacidadepara combater o atraso.

A Lei de ResponsabilidadeFisca l surgiu de determin ação daConstituição Federal de 1988 e daurgente necessidade de se revisi­tar o quadro administrativo. o po­der decisório.aação governamen­tal e o equilíbrio das contas pú­blicas. Ela veio. em s íntese. paracombater a improvisação. a in­competência. aausência de plane­jamento. a oco rrência de discrici­onariedades e a incúria nacondu­ção da administração.

Seu grande mérito. entre ou­tros. foi o de atingir a todos os

Poderes e órgãos integrantes doaparelho estata l. Mais do queisso. sinalizou. de forma peremp­tória. os caminhos da boa gestãop ública. didatizou procedimentos.descreveu sanções para os male­fícios do abuso de autoridade. doavanço ao erário. do cometimen­to de irregularidades e. por fim.agrediu a negativa cultura de segastarmaisdo que se arrecadae aespúria aceita ção de que o tesou­ro é um buraco sem fundo.

Co mp letados cinco anos desua existência. ainda não é horapara comemoraç ões apressadas.Não se podem desconhecer osavançosconquistados. mas é crí­vel ter presen te que. ainda. há umlongo caminho a ser perco rrido.Dados estat ístico s di sponíveis.demonstram que as comas públi­cas. em todos os nfveis de gover­no, ainda não chega ram ti um pa­tamar desej ado de equilíbrio. jáque traduzem um quadro genera­lizado de d éficits exp ressivos. au­mento do estoq ue da d ívida.inadimpl ênci as. c liente lismo edesestruturação de contas.

Nesse semido . basta mencio­nar que em recente divulgação oTribun al de Contas do Paraná in­fo rma que 75% das com as dosMun icípios. de 2003. foram desa­provadas por falhas de gestão fis­cal e descumprimento de formali­dades exigidas pela LRF.

Ora. se a Lei de Responsabili­dade Fiscal é do mês de maio de2000 . está mais do que na hora deos administradorespraticarem sé­ri" e profunda reflexão sobre osnovosencaminhamentos da admi­nistração pública. que está agoradefinitivamente subordinada a umcódigo de conduta alicerçado nagestão fiscal responsável.

Na verdade. é preciso ter pre­sente que cada gesto r deve cabe rdentro de seu mandato. atuar à luzde transparência revelada. subor-

dinar-se a pri ncípios éticos inar­red áveis c comprometer-se com averdade das contas públicas.

A Lei de Responsabil idadeFiscal é um dispositivo ju r íd icoque pegou, pois se constitui naprincipal ferra menta de iransto r­mação do Poder Público. É re­vestida de uma postura aberta.despida de preconcei tos , objeti ­va modernizar a administração.eliminar tI' velhos paradigmas.concretizar inovações e se cons­tituirnu choque de gestão. efiei ­ência c desenvo lvimento opera­cional. Sou de fensor intransigen­te da LRF. por es tar convencidode que ela é o norte principal parao equilíbri o da ges tão . Quandopresidente do Tr ibunal de Con­tas. autorizei todos os encami­nhamentos necessários para adissem inação da Lei . através daimplantação de avançados pro­gramas internos de co ntrole. darealização de inúmeros cursos detre inamento de age ntes públicose da elaboraçã o de documentostécnicos de gestão fisca l.

O importa nte. de todo modo.é reconhecer '1uese está diante deuma nova ordem que permite re­pensara maneira tradicional de seadmini strar. subordinada à res­ponsabilidade. ao equil íbrio. de­bate de idéias. planejamento. uti­lização de tecnologia da informa­ção e a um imperativo de realida­de dos furos, Por isso. é necessá­rio combater casuísmos. como ooco rrido na cidade de São Paulo.que contou inclusive com o bene­plácito da União. e propostas de­mag ógicas de Flexibilização daLRF. sob pena de se procrastinara reforma das contas públieas ede se implantar a irresponsabili­dade fiscal.

Rafael latauro éConselheiro do Tribunalde Contas do Paraná

16 Tribunal de cenus . PRInO153IAbril aJunhO de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 19: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

o..::E~

wcncnOo..

Prefeito de Nova Olímpia,Luiz SOlvas, assume a Associação dos Municípios do PR

Eleito presidente da AMP, o prefeito de Nova Olímpla, Luiz Sorvos , disse que a associaçãoserá poll tizada, mas nunca part ldarlzada

o prefeito de Nova Olímpia. Luiz Sorvos.é o novo presidente da Associação dosMunicípi os do Paraná - AMP. Ele as­

sumiu o cargo defendendo a revisão do pacto fe­derativo. uma reforma tribut ária mais adequadaaos interesses dos mun icípios e. conseqüc nrernen­

te. uma distribuição mais justa dos recursos fede ­rais en tre as prefei turas.

Juarez Henrlchs , ex-presidente da AMP cumprimentao novo dirigente da entidade, Luiz Sorvos

"Nada justifica a co nce ntração de 63% dos re­cursos federais nas mãos da União, uma vez que apopulação brasileira vive e trabalh a nos municí­pios. Precisam os mud ar isso urgentemente. fazen­do uma reforma trib utária mais ju sta para as pre­feituras". afi rmou, Para ele. se os prefeitos per­sisti rem no cami nho vigen te. es tarão "condenan­do a Federação à morte", Sorvos defendeu, ainda.a união dos 399 prefe itos para fortalecer o movi­mento municipalista. sem vincu lação a nenhumpartido ou grupo partid ãrio. "A associação serápolitizada. mas nunca partidarizadu" , disse.

O novo pres idente da entidade também reivin­dicou às prefei turas pane dos recursos de impostosfederais. Ele so licitou a adoção de cri térios maisjustos quanto aos repasses de recursos federais epediu para que o governo do Estado também façasua pane no sentido de garantir a liberação dasverbas referente ao ICMS Ecológico.

Aprovei tou a solenidade de posse . que ocorreuno Plenarinho da Assembl éia Legislativa. em Curi­tiba. para cobrar o cumprime nto da lei que obrigao governo do Estado a garantir o transporte de alu­nos. "É preciso vontade políti ca. Da nossa pan e.vamos tratar a União e os Estados co m respeito ediálogo. mas sem sermos subserv ientes".

TribunaldeContas - PRInO1S3 1Abril a Junhode2005 17

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 20: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Tribunal percorre interiortreinando técnicos e entidadessobre transferências voluntárias

'o site do TC(wwIV.tce.pr.golJ./n) O usuáriopode baix ar o Man ualde Prestações de Contasde Convênios, A uxíliose S ubvenções Socia is

O Tribunal de Contas do Paraná iniciou oano percorrendoo interiordo Estadocomo seminário "Procedimentos na Execu­

ção e Prestação de Contas de Convênios. Auxíliose Subvenções Sociais". O curso. iniciado em mar­ço. treinou técnicos das prefeituras e entidadessociais responsáveis pelas aplicações e compro­vações das tran sfer ências voluntárias recebidaspelo Governo Estadual.

"Mudanças na legislação municipal. para a ges­tãode 2005. podem trazer algumasdúvidasaosorde­nadores de despesas das prefeituras e entidadessociais. Baseado nisso.oTribunalde Contas realizouseminário visando minimizaradesaprovação de con­tas porerrosformais",comentouo presidenteda Cor­tede Contas,conselheiroHeinzGeorgHerwig.O pra­zofinalde entregadasprestações decontasde convê­nios. auxilios e subvençõessociais. seencerraem 30de abril."Ébom lembrarqueosprocessos podemserremetidos via correioou entregues pessoalmente nosetor de protocolo - DEAI'. desta Casa", completou.

"Estamos retomando as incursões ao interior

para evitar o alto índice de desaprovações do anopassado. Nesse seminário estamos trabalhandocom exemplos práticos de como se elabora umacomprova ção de convênio e distribuindo materialdidático os participantes". disse o diretor da Di­retoria Revisora de Contas, Djalma RiesernbergJr, Desde 200 I. o órgão já treinou mais de 1.500profissionais responsáveis pelas comprovaç ões detransferências voluntárias.

18 tnmmar de cenns. PR In· 1531Abril aJunho de2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 21: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

As diferenças entre contrato e convênio"Convênio econtrato sãol igurasjurídicasdistintas.No convênioexiste o regime

l'

de mútuacooperação ede serviçosde ~nteresse Ireciproco.Já no contrato,os Interessessãodivergente s" •OivansirScrobut

M inistrado pelos técni­co s da ORe. o semi ­nário foi d ividido em

três panes. A primeira delas foicomandada pelo téc nico de con­trole com ãbil, Divan sir de Ra­mos Scrob ut, que falou sobre asmodalidades de transferênciasvolunni rias, explican do que, se­j am em forma de co nvênio, au ­xíl io ou subvenção socia l, todassão destinad as às entidades quecumprem papéis soc iais c se mfins lucrati vos. " Muito se falanum a lei de respon sabilidad esocial que venha ap oiar os mu ­nicípios nesse tipo de necessi ­dade, ma s enqua nto iss o nãoacontece . a saída ainda são osconvênios, auxílios e subvenções

soc iais" , d isse.Muitos municíp ios de peque­

no porte e de pouca arrecada­ção dependem do convênio paraexecutar obras sociais e. mui ­las vezes, pel a falta de informa­

ção, acreditam que e le é ig ua l aum outro contra to qualquer."Convê nio e contra to são figu ­ras jurídicas di stintas. o con­vênio existe o regime de mútuacooperação e de se rviços deinteresse recíproco. Já no con ­trato. os inte resses são di vergen ­tes" , ex plicou Scrobut, ao aler­tar qu e cont ra to. u sado nolugar de co nvênio. pode gerardesaprovação de comas ,

Ao abordar sobre subvençãosocial. fig urucon tábil usada para

prestação de serviços de assi s­tência social. médica e educaci­onal. o técnico elogiou o traba­lho das Associ ações de Pais eMestres do Paraná. "A Direto­ria Reviso ra de Co mas vis itou102 entidades dessa natureza emdiversas regiões do Estado e,sa lvo casos isolados, percebeuque elas estão cumpri ndo seuspapéis', co mentou.

Para as ent idades que têmdúv idas na hora de prestar co n­las. Sc robut aconselhou um es­tudo profundo do Provimento n°.29194. "uma b íblia para quemgerc ncia rec ursos públicos". Aentidade que seg uir o estabeleci­do em prov imento. não terá pro­blcmas em prestar suas contas .

Como organizar a prestação de contas

..A ent idade deveráabrir uma pasta específica

com identificação doórgão repassador, data da

assinatura do termo,prazo de vigência e,

sobretudo, uma cópia doinstrumento legal datadoe assinado pelas partes

celebrantes" .Gilson Oliveira

M inistrada pelo t écnico de co ntro le co n­t ábil Gil son César de O liveira, aseg unda part e do semi nário d iscorreu

sobre três assuntos principais: contro le interno.doc umentos necessários para a prestação de con­las e execução de obras por pane das en tidadessociais.

En tre as medida s ind ica­das para um controle inter­no efeti vo na entidade. Sil ­va deu ênfase à abert ura depasta , com fic ha cadastral.quando da assinatura do Ter­mo de Convê nio ou de Coo­peração. "A entidade de veráabri r um a past a es pecíficaco m iden tificação do órgãorcp assad or, dat u da ass ina­tura d o te r mo , pra zo d evigê ncia e, so bre tudo . um acópia do inst rument o legal dalad o e as s inadope las partes celebrantes", esc larece u.

Ou tra medida necessária para faci litar as pres­tações de con tas é a orga nização C' a rmaze name n­to de lodos os document os que tenham qu alqu erre lação co m o convênio. sej am do órgão rcpas ~

sado r, ban cários ou da pr ópria entidade - co matenção es pecial às notas fiscais. "As notas fis­cai s de co mpras ou prestação de se rviços deve­rão estar e m via original. utestadas ou ce rt ifica­das pel a pessoa competente, com identificaçãodo respons ável". lembrou,

A te rceira e última par­te do ev ento abrangeu e xer­cícios pr át icos e nvo lvendoquest ões conceit uais e asprincipais dúv idas que sur­gem na hora de ex ec uta r epres tar contas de tra nsfe ­rê nc ias vo luntá rias . Para ost écnicos da OR e. e ssa foià ma nei ra qu e eles enco n­tra tam para fazer com queos part ic ipantes exe rcit as ­sem o conte údo qu e lhe s foipass ad o.

No site do órgão (w ww.tce. pr.gov.br) o usuá­rio pode baixar o Manual de Prestaçõe s de Co n­tas de Co nvênios , Auxíl ios e Subvençõe s Sociais,que é uma cart ilha claboradu pe los funci on áriosdo TC para auxiliar na co mpreensão e montagemdesses processos.

Inb unat deContas· PR In' 153 1Abril aJunhode 2005 19

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 22: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Presidente do Te lamentanúmero de contas desaprovadase quer reverter o triste quadro

cnocncc~uwcnocc

.<tz~wcn

"A Lei Fiscalé umaferramentaque está aserviço dasoc iedade ".Silvio Barros

A o abrir. em Maringá. o Seminário Or icn­ração aos Co ntadores e Administrado­res Públicos, o presidente do Tribunal de

Comas. conselheiro Heinz Georg Herwig, lamen­10U o fato de. aproximadamente. 75 % das contasdas prefeituras munic ipais terem sido desaprova­das em 2003. mas injetou uma dose de otimismonos atuai s prefeitos, garantindo que prete ndereverter este quadro. "Se os prefeitos e adminis­tradores públi cos tiverem boa inte nção com seusmun icípios e zelarem pelo dinheiro p úblico, nósvamos construir lima nova realidade em nossoEstado". afinno u.

Herwig, afirmou que sua intenção como presi­dente do Tribunal de Contas, não é punir simples­mente pelo falo de punir, mas procurar orie ntar osprefeitos. Ele en tende que a grande maioria dosprefei tos e admi nistradores não erra por intenção.mas por desconhecimento e é para isto que ex is­tem os técnicos do Te. ou seja. para orientar.

"Se o prefei to cometer do lo ou má fé. nósvamos punir com severidade. Mas se houver ape­nas erros ou falhas formai s. nós vamos orie ntar nosentido de corrigir". garantiu o presidente do ór­gão. Para o prefeito de Maringá. Silvio MagalhãesBarros a Lei de Responsabilidade Fiscal repre sen­ta uma "ameaça e uma proteç ão aos prefeitos" .

Presidente do TC, Helnz Herwlg é recebido emMarlngá pelo prefe ito Silv io Barros

Barros aler tou também os fornecedo res públi­cos sob re a importãncia que representa a Lei Fis­cal e que eles tamb ém dev erão se adequar. paranão complicar a gestão adm inistrativa dos pode­res executivos e legislativos municipais. " Nãopodemos correr riscos". salientou.

Peno de 600 pessoas. entre prefeitos. contadorese administradores do dinheiro público,estiveram pre­sentes no Teatro Kamil Addad, para participar dosemi nário que teve palestras da diretora de ContasMunicipais. Jussara Borba Gusso e da diretora deProcessamento de Dados. Tatiannu Cruz Bove, Oencontro contou também com a participação do con­selheiro e ex-presidente do Te. Rafacl latauro.

"..... .. .J

--- -, \Em Manngá, presidente do TC lamenta o número de contas desaprovadas e garante que vai reverter este quadro

20 Tribunal deContas · PR I nG 153 1Abril aJunne õe2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 23: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

(I)c=:u-....Jcc

-:;:)Q..

(I)

i:!:zou

Tribunal de Contas concedecertidões liberatórias aosnovos prefeitos do Paraná

"Estaconquista éimportantepara osmunicípiosporque osrecursos sãofundamentaispara beneficiara populaçãodo nossoEstado,sobretudo amais carente".Júlio César

EOI caráter excepc ional. o Tribunal deContas do Paraná. por voto do conselhci­ro Artagão de Manos Leão. aprovou a

concessã o de certidões liberat érias para os novosprefeitos. Atendendo ao pedido da Procurad oriaJurídica da Associação dos Municípi os do Paraná- AMP, o co nse lho do órgão entendeu que osnovos ges tores não podem ser penalizados porfalhas das administra ções anteriores. Com as cer­tidões liberatórias, os municípios podem obterrepasses financeiros ju nto ao Governo Federal eEstadual. destinados à educação. saúde. ass istên­cia social e outros.

De acordo com voto aprovado. para os municí­pios onde houve mudança de mandato, a conces­são da certidão Iiberat ória se dará at é o primeiroperíodo do vencimento anual. sendo 30 dejunho de2005 para municíp ios com mais de 50 mil habitan­tes e os demais terno seu vencimentoem 30de agostode 2005. Para a renovação destas certidões seráverificado o cumprimento financeiro em conjuntocom os demais aspectos da execução orçamenrã­ria, inclusive dos índices constitucionais apuradosmediante remessa de dados bimestrais.

O procurador jurídico da AMP, Júlio Cés ar

Henrichs, acredita que a partir de agora os pre­feitos não vão ter nenhum obstáculo na liberaçãodos recursos. "Es ta conquista é import ante paraos municípios porqu e os recursos são fundamen­tais para beneficiar a popul ação do nosso Estado,sobretudo a mais carente" , comentou. O pedidofoi feito atendendo reivindicação antiga dos pr ó­prios prefeitos paranaenses.

Para o pres idente do Tribunal de Contas, con­selheiro Heinz Georg Herwi g. essa medida vemde encontro aos anseios dos novos gestores muni­cipais que estão com suas administrações enges­sadas. " Ninguém pode ser punido pelos erros dosoutros prefeitos. Nossa intenção é cobra r dosantigos prefeitos. mas também dar chance aos no­vos ges tores municipai s para que possam desen­volver seus projetos" .

É importarue destacar que não serão concedi­das certidões liberat órias aos prefeitos reeleitosque estiverem em situação irregular com o Tri ­bunal de Contas do Paraná. As certidões libera­t órias para no vos prefeitos poderão ser ret iradasa través da internet . se m a necessidad e dequa lquer requerimento. através do endere ço:www.tce.pr.gov.br,

Vitória também no transporte escolar

A decisão tomada pe loTribunal de Contas foià segunda vitória obti­

da pela Associação dos Munic ípi­

os do Paraná - AMp, em relaçãoao mesmo ass unto. No ano pas­sado. o Departamento Jurídico daentidadejá havia lidoêxito por in­terrn édio de liminar favorável aomandado de segurança coletivoajuizado noTribunal de Justiça.

O mandato obrigava a Secre-

taria Estadual da Educação a li­berar recursos para o transporteescolar dos alunos da zona ruralde todos os municípios do Para­ná. As prefeituras haviam sidoimpedidas de receber a verba pornão apresentaram Certidão Ne­gativa do Tribuna l de Contas.

Com a decisão. tornada pelodesembargad or Bon ejos De­mchuk , da I" Câmara Cível doTribunal de Justiça, a sec retaria

foi obrigada a repassar os vaia­res aos municípios até o finaldo ano. já que os recursos refe­rem -se ao transporte escolar dos

alunos do ano de 2004 não po­diam ser transferidos para o anode 2005. O procurador jurídicoda associação. Jú lio César Hen­richs esti ma que o valor a serrecebido pelos municípios pode­rá ser de. aproximadamente. R$II milhões.

Tnbunat decereas . PR I n° 1531 Abrilil Junhod1l200S 21

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 24: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Tribunal de Contas questionacontratações e salários da

.......

PARANAPREVIDENCIAEntidade governamental atua como sendo de iniciativa privada

"Precisadefinir, de umavez por todas,qual o papelda PARANA·PREVIDÊNCIA,porque aomesmo tempoem que eladependetotalmentedo repassede verbasdo Governo,querautonomiapara contratarsem licitações,o que é ilegal" .Nest orBapti sta.

Em sessão plenária. o Tribunal de Contas

do Paraná. concedeu parecer contrário à

consulta - Resolução n". '1-\6102 - for­

mulada pela PARANAPREVIDÊNCIA. no que

se refere à Remuneração de Servidores,Admissão

de Pessoal e Complementação Salarial. O voto do

re lator, conselheiro Nestor Bapt ista. foi pelo não

provime nto do recurso anulando qualquer contra­

tação feita irregularmente pela PARANAPREVI­

DÊNCIA. entidade pública organizada constitu­

cionalmente como órgão previden ci ário do Esta­

do do Paraná.

O conselheiro defende que o contrato de ges­

tão celebrado entre o Estado do Paraná e a PA­

RANAPR EVIDÊNCIA é inconstitucional. uma

vez que a entidade pública age como sendo de ini­

ciativa privada. "Precisa defin ir, de uma vez por

todas, qual o papel da PARANAPREVIDÊNCIA,

porque ao mesmo tempo em que ela depende to­

talrnente do repasse de verbas do Governo. quer

autonomia para contratar sem licitações, o que é

ilegal". alegou Baptista ,

Recentemente. foram co ntratados mais de

100 funcionários para a PARA NAPR EVID ÊN­

CIA at ravés de um teste seletivo fei to por uma

empresa tercei rizada, Neste caso. o relator apon­

la dois erros: não foi fe ita licitação para a con­

tratação da prestação de serv iços de uma em­

presa de Recur sos Humanos e não hou ve licita­

ção para o co ncurso.

Conforme a lei. qualquer contratação no Esta­

do deve scr sempre precedida de provas ou de pro­

vas e títulos. observando os princípios constitu-

cionais da legalidade. impessoalidade, moralidade

e publicidade. o que não ocorreu com as contra­

tações feitas pelo órgão previde nciário.

De acord o co m o processo. a PA RANA ­

PREVID ÊNCI A aprovou seu plano de cargos

baseado no merca do dos Fundos Pri vados.

lixa ndo um Plano de Cargos e Salários sem qual­

quer proporc ional idade com as remunerações

dos servidores públ icos estadua is - também con­

tribuintes da PARANAPR EVIDÊNCIA. "As re­

munera ções da diretoria da entidade são exage­

rad as", co me nto u Bapri st u, gnra ruindc qu e

os va lores são acima do dobro do que rece bem

os sec retários do Governo .

Conforme a Resolução n". '1-\6102 não compe­

te ao Tribun al de Contas proceder ao exa me pré­

vio dos cargos e salários c sim. nesse caso, à Se­

cretaria de Estado da Administração. bem como a

remuneração do qu adro funcio nal dos órgãos

estaduais deve ser adequada ao teto salarial lixa­

do pela Constituição Federa l.

Mes mo di ant e de ta ntas ir reg ula ridades .

a PARAN APR EVID ÊNCI A fo rmul ou e en ­

ca minho u ao Tribun al de Contas recurso de

rev is ta con tra a deci são an terior. mas no va­mente tai s contrataç ões foram decl aradas in­

cons t ltuc io na is.

De acordo com a Diretoria Geral do Tribunal

de Contas. esta orientação se faz necessária para

resgatar a confiabilidade do sistema previdenciá­

rio paranaense, caso seja mantida a administra­

ção do Fundo Previdenciário e do Fundo de Assis­

tência Méd ico Hospitalar pelo órgão do Gove rno.

22 TribunalCle üontas . PR InO1531Abril aJunhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 25: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

10 l eéaPA{A\APREVIDÊNCIA

A PARANAPREVID ÊNCIA é uma entidade

gove rnamental do Estado do Paraná. que

compreende programas de seguridade funcional.

dos quais são beneficiários os agentes públicos

estaduais. seus dependentes e pensionistas.

Ela foi criada para garantir o pagamento

das aposentadorias e pensões dos serv idores

públicos. através da criação de fundos de

previdência e de um sistema contributivo capaz

de gerar equilíbrio financeiro e atuarial.

Seu principal mérito é garantir. não só o

imediato ajuste fiscal , mas o equilíbrio perene

das contas públicas pela aplicação de cálcu lo

atuarial . assegu rando a rentabilidade do ente

previdenciário.

Fazem parte da entidade . todos os servidores

públicos estaduais pertencentes ao Exec utivo.

Legis lativo. Jud iciário, Autarquias. Fundações.

Instituições de Ensino Superior. Ministér io

Público. Tribunal de Contas. Militares (da ativa

e da reserva), assim como Servidores Inativos

e Pensionistas.

Tribunal deContas · PR I n"1531AbrilaJunhO de 2005 23

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 26: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Ul-oC

oa:,<cna:w::>:zet

Tribunal de Contas comemora

58 anosifRlB NA \. DI" CO rn S

DO ESTADO DO i'ARA:-i,\

Senador Efraim Moraes assina protocolo de Intenções com o presidente do Tribunal de Contas,Helnz Herwlg, para cooperação técnlco-clentiflca e cultural. Presentes ao ato, o presidente da Cãmarade Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso e conselh eiro do TC, Oulélse Crlsóstomo da Silva

Solenidade comemorativ a aos 58 anosdo Tribunal de Contas

Como presenteá sociedadelança )ornalAtos Oficiais,o Portal doControle Sociale assinaProtocolo deIntenções como SenadoFederal

O Tribu na l de Conta sco mpletou dia 02 dejunho. 58 anos de atua­

ção e. para marear a da ta. lan­çou. em parceria com a Impren­sa Oficial do Estado. o periódicocontendo a publicação dos AtosOficiais do Tribunal de Contas eo site Portal do Controle Soc ial.

A idéia, disse o presidente daCasa. conselheiro Heinz GeorgHerwig, é despertar no cidadãocomnm a cultura de cidadania."0 porta l é mais uma ferramentaque possibilitará a toda socieda­de acompanhar de perto a aplica­ç ão dos recursos públicos dos

municípios do Paraná. O jornal.qne terá circulação semanal. éuma forma de ampl iarmos nossatransparência em torno da atua­ção deste órgão e proporcionarmaior acesso as informaçõe s".

O jornal divulgará todos osatos do Tribunal de Co ntas esubstituirá as publi cações. atéhoje. editadas em Diário Oficialdo Estado. Já o porta l. servirá deferramenta de apoio às associa­ções organizadas pela sociedade,como os conselhos de Gestorese Políticas Públicas, conselhos deSaúde e Educação. O site tam­bém servirá como fonte de infor­mações ao Ministério Público. aAssembléia Legislativa e as Câ­maras de Vereadores. Terá tam­bém informações sobre proces­sos de execução de obras públi­cas e processos de licitação.

Considerado mode lo no Bra­sil e usado como exemplo emações e atos inte rnac ionais. oTribunal de Contas iniciou o anoconcedendo certidões liberat óri­as aos novos prefeitos e reali-

zou vários encontros interati vospelo interior. O obje tivo. comosalientou Herwig. é orientar pre­feitos e vereadores no corretoprocedimento de prestação decontas, evitando erros e proble­mas futuros. "Vamos atingir 200prefeituras ainda este ano e ter­minar os 399 municíp ios no iní­cio de 2006" , afirmou ,

Como forma de homenage­ar seus 58 anos, a Imprensa Ofi­ciai presenteou o Tribunal deCon tas co m a criaçã o de umselo comemorativo que foi inse­rido no Ex-Líbris, edição quese rá aprcse ntad a em Pari s ,como parte dos eventos do anodo Brasil na França .

A Corte de Contas assinoutambém. com o Senado Federal.um Termo de Cooperação Téc­nica. Científica e Cultura com oInstituto Legislativo Brasileiro(ILB). O protoco lo de intençõesestabelece a cooperação técni­co-cient ífica c cultural e o inter­c âmbio de conhec imentos. infor­

ma ções e experiências .

24 Tribunalde temas- PRI0"1531Abril aJunhode 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 27: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

o senador com o presidente daCorte de Contas, Helnz Herwlg

o senador Elralm Moraes laiadurante assinatura do protocolode Intençóes entre o Tribunal deContas e o Senado Federal, coma atenção do presidente daCãmara Municipal de Curitiba ,João Cláudio Oerosso-Audllórlo do Tribunal

de Contas esteve lotado.Além dos l unclonárlosda Casa, autoridades,vereadores e presidentesde câmaras municipaispart iciparam da solen idade

Presente aslestlvldadeso assessortécn ico doILB ­InslllutoLegisla tivoBrasileiro ,Nilson daSilvaRebello

Autoridades presentes à comemoração dos 58 anos da Corte de Contas brindammais um ano do Tribuna l de Contas

Novasferramentasaumentamtransparênciado órgãolornecendoInlormaçóesà sociedadeque, a partirde agora,podeacompanharde perto aaplicaçãodos recursospúblicos

0lretora1leral, Deslrée Vldal, ao lado do presidente daAssociação Brasileira das Escolas do Legislativo ediretor executivo do ILB, Florian Augusto C. Madruga

Vista do Plenário da Casa, onde o presidente do TC, Helnz Herwlglançou o periód ico Atos Oficiais do Tribunal de Contas, o Portaldo Controle Social e anunciou a inserção de um selo cc memorativo,elaborado pela Imprensa Ollclal, no liv ro Ex·Librls

Innunaí deContas - PR InG 153 1AlllIl aJunho de 2005 25

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 28: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

u~

oo~

cc.~

(/,)

ccw:::-:z

Conselheiro Henrique Nérigeborenna galeria de ex-presidentes

Presidente Helnz Herwlg e O ex-presidente Henrique Nalgeboren que teve sua loto anexadaà Galeria de ex-presidentes do Tribunal de Contas do Estado do Paraná

A inda . durante as lesti ­vidades. o conse lhe iro

Hen riqu e Nei geboren

fo i homenageado com a s uaincl usão na galeria de fotos de

ex-presidentes do Tribunal deContas. a presença de váriasautoridades. entre elas . o prefei­10 e m ex e rcíci o de Curitiba .

Lucia no Ducci. o secretário da

Clarll a Nalgeboren Inaugura a loto na galeria

26 Tribunal de tenns . PRIn~ 153 1Abril a Junhode 2005

Cidadania e Justiça. A ldo Parei­ancllo, es te represent and o o go­ve rn ador Robert o Requi ão.Naigeboren disse que o órgãosempre foi parceiro dos agentes

públicos estad uais e mu nicipais.

"Nossa missão é orientar. pre­venir e não necessari amentesancionar o gestor".

Durante os dois anos - 2003

c 20<» - em q ue presidiu esta

Cone. treinou mais de 15 milges tores públicos. lançou o Ma­nua l Previdenciário e iniciou a

impl antação do Sistema de Aná­

lise Ele trônica de Co ntas - que

permite ao órgão ter acesso atod a movim ent ação de pesso..1

nos 399 muni cípi os do Estado. eo Sistema Estadual de Informa­

ção . que (Orna mais rápido c

efic iente o processo de aná lisedas presta ções de contas dos lÍr-

gãos da admi nis tra ção d ireta.

Sua foto é a 18' na galeria de

ex-presidentes e se ju ntará as dosco nse lheiros Ruul Vaz (19-17­

19-18. 1951-l lJ6.I). Daniel BOrgL'Sdos Reis ( 19-19- 1950. 19(6). Bra­

sil Pinhe iro Mach ado ( 1965 ).Antônio Ferreira Rüppel (196 7.

1988·1 989 I. Le ônida s Hey deOliveinu 1968. 1977- 1979 ).JOOo

Féder ( I969.1 98D-198 1).NacimBacilla eto (1970. 1975-1976 ).

Raul Viana ( 197 1·1972 ). Rafael

latauro ( 1<)73·197-1. 1992- 1993.200 1-2(02). José lsfer ( 1982 ).

Cândido Manuel Martins de Oli­ve ira ( 1983- 198-1) . Armando

Queiroz de Moraes ( 1985). JoãoOli vir Ga hurdo ( 1986- 1987 ).

João Câ ndido Ferreira da CunhaPereira (19<)0- 19') I l. Nestor Bap­tista ( 199-1-19')5) e Quiélse Cri­

s óstomo d.. Silv a ( 1999-2000).

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 29: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Com circulação semanal o"Atos Oficiais" também estarádisponível no site do Tribunal

(www.tce.pr.gov.br).

A publicação dessa ediçãosó foi poss ível graças à Lein2• 14.704/05, aprovada pela

Assembléia Legislativa e peloGoverno do Estado.

mou Herwig.Co m circu lação semanal

e divulgação às sextas-feiras.

o "Atos Oficiais" também estará disponível no

site do Trib unal (www.tce.pr.gov.br). Os que tive­

rem interesse em receber o periódico devem forma­

lizar a assinatura da publicação, através do fax (4 1)

33 13-3234. explicando de que forma o fará. Os

valores são: para ret irada do jo rnal direto na Im­

prensa Oficia l, em Curitiba: RS 135,00 (semestral)

e RS 225.00 (anual). Para o envio com remessa

postal: RS 183,60 (semestral) e RS 320.00 (anual).

nero. Sua competência na impressão, na divu lga­

ção e. principa lmente. na lisura e responsabilida­

de para com os atos oficiais. são suas maiores

referências no Parnná.O presidente do Tribu nal de Contas fez ques ­

tão . ainda. de destacar e agradecer a efe tiva par­

ticipação de deputados paranaenses e. em espe­

cia l. o apoio do presidente da Assembléia Legis­

laiiva. Hermas Brand ão. "Eles entendera m a im­

port ância e a necessidad e da divulgação. sema ­

nalmente. dos atos do Tribunal de Contas" . com­

pleme ntou Herwig.

Com este jo rnal o Tribu­

nal de Co ntas deixa de fazer

suas publicações em Diário

Oficial do Estado, facilitan­

do o aco mpanhamento das

decisões j ulgadas às entida-

des estaduais. municipais. ór­

gãos que recebem transferên­

cias de verbas e advogados.

A publicação dessa edição só

foi possível graças à Lei n°.

14.704/05, aprovada pela

Assembléia Legislativae pelo

Governo do Estado. "Vamos

dar ainda maior publicidade

e transparência ao trabalho e

dec isões do Tribunal" , afir-

"Acreditamos que estamosdando mais um importantepasso dentro da missão do

Tribunal de Contas que é a deorientar os gestores do

dinheiro público".

Ao co memorar 58 anos de existência. o

Tribunal de Co ntas do Estado do Para­

ná. em parceria com o Departamento

de Impreosa Oficial. passa a edi tar "Atos Ofici­

ais". um periódico semanal que circulará em todo

o Estado nos mesmos moldes do Diário Oficialdo Paran á.

No pcriódico. serão publicadas na íntegra as

Atas das sessões no Tribunal Pleno. Votos redigi ­

dos pelos relatores dos processos. Ed itais de Inti­

mação. atos de Alerta, Jurisprudência. decisões do

Conselho Superior, atos nor­

mativos emitidos pela Corre ­

gedo ria-Gera l. despach os,

atos normativos do Ministério

Público junto ao Tribunal de

Contas e portarias baixadas

pela Presidência.

Es tarão disponíveis, tam-

bém. provimentos e instru ­

ções técn icas. tre inamentos

externos e internos da Esco­

la do TC. erratas. ofícios-ci r­

cu lares e informações rela ­

cionadas a instruções admi ­

nistrativas da Dire toria Ge-

rai . atos norm ativos referen-

te ao protocolo de recebimen ­

to de documentação. acom ­panhamento do trâmite de

processos, além de comuni­

cados em geral.

"Acreditamos que estamos dando mais um im­

portantc passo dent ro da missão do Tribunal de

Contas que é a de orientar os gestores do dinhei ro

público" , disse o presidente do Tribunal de Con­

tas. conselheiro Heinz Georg Herwig. Para e le. é

extremamente importante esta parceria com o De­

partameruo de Imprensa Oficial do Estado, enti ­

dade autárquica, que hoje figura co mo um dosmaiores e mais modernos parques gráficos do gê-

Jornal Atos Oficiais: maiortransparência dos trabalhos

t.J~

ocoa:

.<:(I)

a:LU::>z<:

Tribunal ele comas- PR InO153 1Abril a Junncde 2005 27

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 30: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

onovo Periódicodo Estado do Paraná

~t-oC

o-a:.~

CI;)

tI:w:>:z~

Jaime Tadeu Lechinski'

Nasce, aqu i. a publicação Atos Oficiaisdo Tribunal de Co ntas do Estado doParaná. Com circulação semanal, trará

a Integra de todos os atos do Tribunal de Contas.além de jurisprudência c quad ro de compras. subs­tituindo as publicações e m Diári o Oficial doEstado do Paraná que. por limitação de espaço.eram resumidas.

Ao criar órgão próprio para suas publica­ções. o Tribuna l de Contas só amplia a transpa­rê ncia em torno de sua at uação e. igua lmente,alarga o acesso ao un iverso crescente de infor­mações que envo lve o seu cotidia no. tornand o­se, assim. mais abe rto à soc iedade e melhor aten­dc ndo a sua c liente la.

A nova publicação. que surge na data exa laem que nosso Trib unal comemora 58 anos de exis­tência. se insere no esforço crescen te de aprimo­rarnento da Institu ição. que historicamente vemse firmando como referência entre as Corte s deCon tas do País.

Organizado de maneira obj etiva e padron iza­da. de forma a facilitar a leitura e a ag ilizar alocali zação dos temas. o novo órgão circu laráse mpre às sextas-feirns. ou no prime iro dia útilsubseqüente, qu ando não hou ver expediente.Exceção é justamente esta prime ira ed ição.posta a c ircular numa quinta-fei ra. para co incidir

com o aniversá rio da Casa.Com funcio namento regul amentado pela Por­

taria n0150/05. do presidente Ileinz Georg Herwig,o periódico será organizad o pela Coo rdenadoriade Ementário c Jurisprudência da Casa c impres­so pelo Departamento de Imp rensa Ofici al do Es­tado. que se encarregarã também da circulação.

Os "AIOS" publicarão as atas de todas as ses­sões do Tribunal Pleno. edi tais de intimação, atosde alerta. jurisprudência. as alas contendo as de­cisões do Consel ho Superior, os despachos. ed i­tais de intimação c os aIOS nonnativo s proferidospelo Corregedor Gera l. despachos c atos normati­vos do Ministério Público junto ao TC. as porta­rias baixadas pela Presidência. prov imentos c ins­truções técnicas. erratas, despachos e atos norm a­tivos da Diretoria Gera l relat ivos às instruções deserviços. atos normativos relativos ao protocolode rece bimento de docu mentos e atuação de pro­cessos. ofíci os circula res e qua dro de contas .

Como se vê. o periódico englobará os setores etodos os atos do Tribunal. constituindo-se em novoe valioso instrumento para a soc iedade em geral.em part icu lar. para o ampl o público diretamenteinteressado nas decisões desta Corte de Contas.

É o Tribunal de Cont as avançando com as fer­ramentas de cidadania em prol do contro le social.

' Jaime Tadeu LechinskiAuditordo Tribunalde Contas do Estado do Paraná

lado . A esco lha pela forma.sem rebuscados, é para dar

a te nç ão c destaque ao tempode atua ção do Tribu na l deConta s do Es tad o na fisca li­

zação c na co rre ta a plicaçãodos recu rsos pú blicos. permi­lin do q ue o rçamentos e man ­dame nto s constitucionais se­

jam respe itado s.

Pre se nte d a Im prensa

Oficial. o se lo come­morativo os 58 anos de

atividades do Tribunal de Con­las do Paraná, alusão he ráldica

a instituição luso-brasileira. fará

parte da coleção Ex-Iíbris .O layout, com design sim­

ples e mo derno , foi um pre­se nte do Diário Oficial do Es-

TC ganha Selo comemorativo;

28 Tnbunal decenas- PR In~ 1531Abrila Junhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 31: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Portal de Controle Socialpermite à sociedade o acompanhamentoda aplicação do dinheiro público

o Portal de Controle Social é uma terramenta de transparência dos atosdo Tribunal de Contas e dos gestores públicos Junto ao cidadão

es tes também atua m na fiscalização dos gas tos

de recursos públicos.

" Agora. com a interatividade da sociedade no

acompanhamento dos gas tos púb licos. através da

interne t. esperamos que haja um aumento ainda

maior da transparência dos atos do Tribunal de

Co ntas e dos ges tores públicos junto ao cidadão".

explica a diretora de processamento de Dados do

Tribunal de Contas . Tatiann a Bove.

Este novo passo dado pelo Tribunal de Co ntas

vai de enco ntro ao que es tabe lece a Lei Co mple­

mentar n°. 10 I. de 04 de maio de 2000, conhecida

como Lei de Responsab ilidade Fiscal. Ela intro­

duziu novas regras à administração públ ica. cri ­

ando mecanismos que obrigam o gas to respon sá­

vel, ou seja, o prin cip io básico de que o Estado

não pode gastar mais do que arrecada. A Lei Fis­

cal também exige que todos os governa ntes de­

vem informar e demonstrar todas as suas ações.

O Tribunal de Co ntas, respon sável pela fisca­

lização do uso do dinheiro público dos 399 muni­

cípios do Paraná, cerca de R$ 20 bilhões ao ano,

também tornará público o resultado dos julgame n­

tos de contas públicas .

ções públ icas, o Tribunal

de Co ntas do Estado do

Paran á está lançando o

Portal de Contro le Social

- www.contro lesocial.pr,

gov.br.

O site, além de prestar

orientações sobre os direi­

los e deveres do cidadão.

aspectos geográficos, po­

pulacionais, sõc io-econô­

mico e orçamentário-fina­

ceiro dos municípios, per-

mitirá que a sociedade aco mpanhe a aplicação de

recursos públ icos não s6 de sua cidade, mas, tam­

bém, de todos os outros municípios do estado do

Paraná. Haverá, tam bém, inform ações referen­

tes ao Ministério Público, a Assembléia legislati­

va do Estado e às Câmaras Municipais.

Em um primeiro momento, apenas os municípios

paranaenses terão seus dados disponíveis e, poste­

riormente, serão liberados dados da esfera estadu­

al. O banco de dados do portal será abastecido com

informações provenientes do Sistema de Informa­

ções Municipais - SIMffCE. do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística - IBGE. e da Datasus.

Com esta nova ferramenta, a Corte de Contas

ten tará estar sempre em co nformidade com as

necessidades do cidadão. divulgando dados de fácil

compreensão. É a abertura de um canal para que

a soc iedade tenh a conhec imento se seus repre­

sentantes estão aplicando co m responsabilidade

os recursos públicos.

Para forta lece r e aperfeiçoar a fisca lização

municipal, o Tribunal de Co ntas buscará firmar

parcerias com Co nselhos Mun icipais, sobretudo,

os Conselhos de Educação e Saúde, uma vez que

E m b_us~a de trans­

parencia nos atos

das adm in istra-

u....oooa:'ex:ti'a:LU:::-zex:

Tribunal de ccnras . PR InO153 1Abrila Junhode2005 29

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 32: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Termo de Cooperação comSenado Federal aperfeiçoaa troca de informaçõese qualifica servidores

OTribuna l de Co mas doEstado do Paraná e oSen ado Federal assi­

naram Termo de Coopera çãoTéc nica , Cientí fica c Culturacom o Instituto Legislativo Bra­sileiro (ILB). O protoco lo de in­tenções es tabelece a coo pera­ção t écnico-cientffi ca e cultura le o intercâmbio de conheci men­tos. informações e experiências.

Tal coope raçã o tem comoobjetivo a formação, o aperfei­çoamento e à especialização téc­nica de recursos humanos, bemcomo o desenvolvimento institu­cional. Isto se dará através da im­plementação de ações. progra­mas. projetos c atividades com­plementares de interesses co­muns entre o Senado Federa l. oInstituto Legislativo Brasileiro eo Tribunal de Contas do Paraná.

A cooperação e o intercâm­bio mútuo consistem na transfe­rência de conhecimento. infor­mação e experiência , ou qual­quer ativ idade de interesse co­mum eotre as partes . Não en­tram no acordo informaçõespro­tegidas pela legislação de sigilobancário e as consideradas decaráter confidencial pelas insti­tuições cooperadas.

Pe lo acordo. as part es secomprom etem a viabilizar a tro­ca e cessão de insumos e mate­rial destinados às atividades de

Senador Efraim Mora is

ensino. pesqu isa c extensão.Também serão dispon ibil izadosa ut il ização comum de suasbibliot ecas e centro de proces­samentos de dados.

Este protocolo de intenções.com vigência de 60 dias. pode serprorrogado ou alterado. Ele tam­bém não implica compromissosfinanceiros entre os partíci pes.Caso oco rram despesas. será porparte das dotações orçamentári­as de cada inst itu ição ou po rinterm édio de outras fomes.

O protocolo de intenç ões foifirmado entre o senado r EfraimMora is. primeiro sec retário doSenado Fede ral e o presiden tedo Trib unal de Contas do Para­ná. conse lhe iro He inz Ge orgHerwig, em Curi tiba .

Ao assinar o Protocolo de In­tcnçõcs com o Tribunal de Con­las. o senado r Efraim Moraes.disse que o esforço de capacita­ção dos serv idores do Poder

Legislativo é mais uma formaconcreta de dar mais transparên­cia aos processos de fiscalizaçãoe aplicação dos recursos públi­cos. em heoefício dos con trihu­intes c da soc iedade brasileira."Temos tido a preoc upação deampliar de forma constante cprogressiva a part icipação deserv idores do Poder Legislativodos estado s e mun icípios. paraque os 450 mil servidores pos­sam estarcontinuamente habi­litados à prestação de melhoresserviços à sociedade".

De acordocom o senador. oSe nado Federa l te m buscadoatravés das administrações quese sucedem. a constante capa­citação tios seus se rvidores.visando dotar sua estrutura fun­ci on al de rec u rso s hu ma noscada vez mais capaci tados ehab ilitados às demand as quecotidianamente são submetidasà Câmura Alta.

Para Mora is. estar e m Cu­ritiba comemorando os 58 anosdo Tribu na l de Co ntas do Es­tado do Paran á e forta lecendoa part ici pação da s Co rtes deConta s no processo de parce ­ria na capac itação funcionaldos servidores do Poder Le ­gislativo "enobrece o Senadoda Rep ública e é mot ivo de es­pec ial júbilo para es te paria­men tar para iba no" .

30 Tribunal aeContas- PR I n"153 1AbrilaJunhode 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 33: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

u......oooccc::r:CI:lccLU:::>

Cérebro ativo, atividadefísica e atitude:fontes de longevidade

M aria Vic t ória lembrou

q ue devemos usar os pés di­

a riame nte co m uma cami-

nhada orde nada e em silên­

cio por tri nta m inu to s. De

acord o com ela es te é o me­

lho r exercício fís ico para

saúde. porque ao andarmos,

ativam os ce rca de o ito qui­

lômelros de arté rias qu e te­

mos em cada pé . uÉ()nosso

modo de vida que determina

nossa longevidade."

" Não podemos fugir do

exercício fís ico. Assim como não podemos cvi­

lar nossas emoções. ma s ca da vez qu e saímos

de nossa rotina. descarregamosna corrente san­

guínea radicais livres que causam danos irrever­

síveis", observouao garantir que sobreviver neste

mundo moderno é uma arte.

Entre suas dicas para nos mantermos jovens

por mais tempo devemos evitar enlatados , refri­

geruntcs. carnes e verduras que não sejam fres­

cas. a lém de ev itar bebidas alcoólicas .A médica

fez um alerta: "estamos nos iludindo com a mo­

dernidade, 'L' pessoas são fagocitadas pela tele­visão. pelo computador. pe la vida extremamente

confortável e se esq uecem da nccessidade de

se ler um padrão de vida eq uilibra do".

Salientou ainda que na medicina a individua­

lidade de cada pac iente tem qu e se r res pe itada .

pois ca da um possui um biotipo e um modo de

vida. "C ada caso é um caso, o que va le para

mim, não vale para o outro" , afi rmou ao garantir

que para que possamos ter mesmo qual idade de

vida c enve lhecermos com sa úde prec isamos

antes de tudo ter atitude ,

Aprofessora e douto­

ra e m Geriatria e

Geronto logia, Maria

Vict óriaRufart de Serás . fez

no TC palestra enfocando o

lema "Envel hece ndo em

Tempos Modernos" aos fun­

cionários da Casa.

Um po uco pcs s imi s ta

q ua nto ao envelhec ime nto

Senis disse que a nossa mor­

te co meça pel o c ére bro c

por isso para ternus lon ge­Maria Vlctó rla Rafar! de Serásvidade prec isamos usar nos-

so c érebro indefin idamente . "Não pode mos

usar o ócio cria tivo Oll não viveremos neste pla­

neta . Não importa se somos po rtadores de a l­

guma doença. tem os que manter nossa men te

ocupada constantemente", afirmou,

Ela explico u que a Geriatria enfoca a qu ali ­

dade de vida do ser humano e não trata apt:nas

da terce ira idade. mas procura inc uti r no ser

humano a cultura da prevençã o. "Não atendo

s6 pacien tes a parti r dos 50 anos. mas pessoas

com 25 anos já nos procuram em busca de pre ­

ve nção c qualidade de vida" . A G e riut ria fe ­

cundo u nos anos 70 com a medicina curat iva c

hoj e. depois de 30 an os. ela passou a se r um a

co ns iderada medicina preventiva.

Ao ci tar conse lhos b ásicos sobre como en­

vclhecer com saúde. a firmou qu e. infel izmen te.

co meça mos a enve lhecer quando n a sCCJ110 S c

que apó s os 25 anos de idade. lodos n ós perde ­

mos mil células ce rebrais por d ia. Por isso . re ­

a fir mou que o segredo da lon gevid ade é man ­

ler o cérebro ocupado c ler. claro. UIll modo de

vida adequado .

Tribunal deüontaa - PR InO153IAbril aJunhode2005 31

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 34: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Curso ensina como atualizar oSIM - Módulo Obras Públicas

oI­Zw::Ec:r:z:-wcc

1-~:::::íiiiiiiI--~-'TRm . 1Ir. DE( O,

00 ESTAOO 00 PARA

Presidente do Te, Helnz Herwlg, abre curso sobre SIM-MóduloObras Públicas

Para este ano, o IM teveduas importantes alterações:a A notação deResponsabilidade Técnicada obra, que passa a serobrigatória, e a Exigênciadas CoordenadasGeogr{ificas de qualquerintervenção física

"Faltou,lalvez, maiorênfase no quese refere àsinformaçõesdisponíveis. Eé exatamenteesta lacunaque estamostentan dopreencher comeventosespecíficosnesta área".Helnz Herwig

A s alterações do S IM - Módu lo ObrasPúblicas, versão 2005, e a co nstataçãode que muitas das desaprovações de con­

tas públicas anuais estão ligadas a irregularidadesno processo de execução de obras públicas, fez comque o Trib unal de Contas do Paraná, iniciasse umasérie de treinamentos sobre o sistema. "Faltou, tal­vez, maior ênfase no que se refere às inform açõesdisponíveis. E é exatamente esta lacuna que esta ­mos tentando preencher com eventos específicosnesta área", disse o presidente do TC. Heinz GeorgHerwig, ao abrir o evento em Curitiba.

Para Herw ig, é normal o prefeito querer reali ­zar obras, mas é importante estar atem o à Lei n°.8.666193, que disciplina a execução de obras noPaís e não esquecer, sobretudo. da Lei de Respon­sabilidade Fiscal. "Na vida pública, só podemosfazer o que a lei permi te", salientou.

O objetivo do Tribu nal de Contas. com a reali­zação deste curso, explicou Herwig. é orientar osresponsáveis pelo acompanhamento da exec ução deobras no município e ensiná-los a preencher co rre­tamente todos os campos do sistema. evitando queum em >faça com que o mun icípi o tenh a suas con­tas desaprovadas. Herwig enfatizou que uma dasfunções do órgão é orientar para evitar a puniçãopor erros formais ou involuntários.

Dividido em dois módulos. o encontro teve suaprimeira unidade apresentada pelo engenheiro An­dré Luiz Fernandez, que falou sobre a versão 2005

do módulo e suas alterações feitas a partir da intera­ção entre oTribunal de Contas e os municípios."Umamodificação de destaque foi com relação à interfacedo sistema feita para facilitar a vida dos municípioscom muitas obras cadastradas", observou.

O SIM - Mód ulo Obras Públicas teve mais duasimportan tes alterações para 2005. A primeira dizrespeito à Anotação de Responsabilidade Técnica- ART da obra, que passa a ser obrigat ória. A se­gunda vem a ser a ex igência das coo rde nadas geo­grá ficas de qualquer intervenção física.

Um levantamen to feito junto aos municíp iosdo Estado mostro u que todos já estão em condi ­ções de fornecer essas coorde nadas. "Um apare­lho de GPS, que fornece o posicionamento da obrano globo terrestre, é barato e simples de utilizar.O Tribunal de Contas quer criar a cultura do usoda coordenada geográfica", ex plico u Femandez.ao fazer várias recomendações na hora de inseri ros dados ao sistema.

A mais importante delas é a necessidade de selimitar aos aspectos físicos da interve nção, "As­pectos con tratuais e legais devem faze r parte dosoutros módu los. No Mód ulo Obras Públicas de­verá prevalecer as informações do pomo de vistada engenharia. comentou, alertando sobre a im­portânc ia de se efetuar o cadastro no sistema logono início da obra. Desse modo. as info rmaç õesque forem sendo inseridas estarão de aco rdo como que estará sendo efetivamen te executado.

32 Inbunal eleContas · PR In" 1531AbrilaJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 35: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

! A importância do projeto básico"O conhe­cimento e acorretaaplicaçãodas normaslegais sãofundamentais.masaintegraçãocom osdemaisresponsâveispelaconduçãodos procedi­mentos eatos admlnls·tratlvos éindispensável".Paulo Borsari

A segunda pane do Ireina­me ruo. ministrada peloengenheiro Paulo Fran­

cisco Borsari, tratou dos procedi ­men tes essenciais no processo deexecução de obra, p úblicas.

O engenheiro procurou re­passar informações qu e me lho­rem os níveis de economicida­de. e ficiência e efi cá c ia nasobras p úbl icas .

Em sua palestra. Bo rsari deudestaque à elaboração do proje­lo básico . É ele qu e deve asse­gurar a viabilidade t écn ica. oadeq uado tratam ento do irnpac ­to ambiental e . sobretudo. ava li­ar o custo da obra. seus méto­dose prazo de. execuç ão.

O proje to b ávico é o e lemen­

lo mais importa nte no processode execução de lIIHa ohra. A in­consis tência UlI . a inexistência dee lementos nortcadores em seuconte údo, podem resu ltarem fu­turos problemas,

"Diferenças entre o objeto li­ci tado e o que es t ãefeti varnentese ndo executado, pode m ca rne­tcri zar irregulari dades no pro­ccd imc ruo lici tat ório e lev ar ilres po nsabi lizaç ão àq ueles queaprovaram o proje to b ásico in i­ci ai" . a le rto u.

Nos d ias de hoje. para a exe­cução de uma obra pública nãobastam que os técnicos respon­stivcis o bse rvem as normas es-

pecfficas de sua área de alua­ção. Eles necessita m ideal iza ras obras no âm b ito da s ad mi­

nis ira çõcs públicas. "O conhe­c irnento e a co rreta aplicaçãoda s normas legai s são funda­mentais. masa integração comos demai s responsáveis pelacon d ução dos proced imentos caros administrativos é ind ispe n­s ávcl". ressa ltou.

Durante os treinamentossãoana lisados os co nceitos sobre aexecução de obras e se rviços deengenharia. a apresentação eo rienta ç ões b ásica s sobre osprocedi mentos para preen chere encami nhar dad os deste anoao SIM.

SIM - Obras Públicas:cadastro das obras em execução

Engenheiros. arquitetos e gestores públicos participam do curso sobre Obras Públicas

O SIM - Ivl6dulode Ohr...s Públicas é um sis­tema de cadastro ilil"i obras em execução

no Estado do Paraná e que permite n seuacompanhamento em tempo real pelo Tribunal deComas. Os dados do sistema p"l'sam inform açõessobre a descrição. localização. percentual fí sico exe­curado mêsam ês e asituação do empree ndimento, seencontra paralisado, em andamento ou concluído,

A tecnologia é aliadana tisculizaç ão dasobras.

Desde 200 2 a Cone de Contas util iza o GPS ­S istema de Posicionam en to G lobal. para cadas­trar c localizar, através de sa t élites , onde estão asobras públicas municipais. estaduaisou federais.Com o cadastrame nto da localização dasconstru­ções, pode -se evitar qu e o ende reço de uma obraco nclu ída o u para lisada po ssa se r usado paramaquiar o desvi o de d inheiro público destinad o aoutros projetos ou o utras funções.

Tnbunaldecontas. PR Ino 153 I Abril a JunhO de2005 33

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 36: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

, ~~Não vamos sair por aípunindo todo mundo"'ovo presidente do Trihunal de Contas, Heinz f-Jerwig ,

diz qu e "desaproi ar, simp lesmente por desaprovar,não contribui para a construção de uma boa administraç ão

e agride, sobremaneira, a vida pessoal do gestor públicoe encaminha seu nom e para a vala com um dos desonestos':

I

I"É precisoseparar má·Iédas lalhastormaís",Helnz Herwlg

Por Thais Faccío

Oengenheiro civil e ex-de putado estadua l

Heinz Georg Herwig é o novo presiden­

te do Tribunal de Contas do Estado do

Paraná. Conse lheiro h,í apenas quatro anos, o

"A lemão" como é conhecido pela maioria dos 150

municíp ios. é detentor de inúmeras co ndecorações

de "Cidadão Honorário". conquistadas em função

dos trabalhos rea lizados a frente da Sec retaria

Estadua l de Transporte - nos governos José Ri­

cha. João Elísio Ferraz de Campos. Álv:lro Dias e

Jaime Lemer. Em seu disc urso de posse . Herwig

injetou uma forte dose de otimis mo nos novos ad­

ministradores públ icos, no que diz respeito à re­

versão dos altos índices de desaprovação de con­

tas públicas no Paraná . Para isso. pretende visitar

cada município. levando informações para que os

prefe itos possam administrar suas ges tões com

mais tranqüi lidade . evita ndo a prática do erro a

qual possam ser responsabilizados pela Lei Fis­

cal. Em entrevista ao Jornal da AMP. Herwig. fala

que é preciso separar o que sign ifica dolo. m á-fé,

das falhas formais e que o Tribunal não quc punir.

simplesmente por punir. Acompanhe a entrevista:

Jornal AMP - A população sabe o que signi­

fica e qual o papel do Tribunal de Contas?

Herwig - Não. A população . não apenas a

purunaense. mas o povo hrasileiro muito pouco

sabe sobre os Tribunais de Contas . No nosso caso .

não vamos medir esforços no sentido de buscar

formas e inst rum entos que permitam lima melhor

participação popular no processo de con trole dos

gas tos púb licos. Vamos co nscientizar o cidadão

co mum da importância de sua parti cipação no

controle da gestão pública .

Jornal AMP - Muito se fala em corrupção e

irregularidades na admin istração pública.

Como o senhor vai adm in istrar isso?

Herwig - As irregularidades devem ser comba­

tidas com rigor. o desperdício deve ser reduzid o

drasticamente c os resu ltados operacionais preci­

sam ser melhorados. E o lugar dos corruptos é na

cadeia . através de ações da Justiça. principalmen­

te do Minist ério Público.

Jornal AMP - Como será feita a fiscalização

para reduzir os desvios de recursos públicos?

Herwig - O combate aos desvios de recursos

devcrá ser reforçado mediante um completo ma­

peameruo das áreas de risco nas udministraçõcs

públicas. com rigorosa fisculizuç ão. Vamos estar

34 TribunalDeContas- PR InO153 1Abril aJunhoDe2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 37: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

i

I em cada município. não apenas para fi scalizar, tensão da irregularidade. Se fo r dolosa. punir

mas também para orientar e mostrar como deve co m rigor. Se for formal. indicar a ação co rre-

ser fei to. tiva . O erro não é. necessariamente. s inônimo

de des onest idad e .

Jornal AMP - O senhor tem consciência do

quadro das atuais prefeituras? Jornal AMP - O senhor disse, em seu discur-

Herwig - Tenho. Co mo conselheiro do Tribu- so de posse, que não basta reprimir. Como

nal de Contas e como ex-corregedo r-geral tenho o será a ação do TC?

compromisso de acompanhar todo o processo. E Herwig - Controlar os gas tos públicos não sigo

as dificu ldade s pelas quais passam as prefei turas nifica punir. Co ntro lar é. antes de tudo. preveni r,

para naenses são comuns a outras prefe ituras do corrigir e orientar. Também não podemos gara n·

I Ipaís. Atualmente. um percentual de 50% de pre- tir que não haverá punição. Entretanto. não basta

feituras paranaense não conseguiram cumprir com reprimir. É preciso educar.

I Nossas ações a Lei de Responsabilidade Fisca l.futuras, dentro Jornal AMP - Como será a atuação do TC jun-

Ido processode educação, I Jornal AMP - Qual o índ ice de contas desa- to aos municípios?

passarão por provação no Paraná? Hcrwig - Nossas ações futuras. dentro do pro-qualificação Herwig - É um quadro desolador. Em tomo de cesso de educação, passarão pur qualificação t éc-técnicade nossos 75% das contas municipais de 2003 foram dcsa- nica de nossos servidores. Vamos ampliar aindaserv idores. provadas. Desse tota l. quase 90% são por er ros mais a rea lização de seminários. palestras e curoVamos ampliar

formais e não se pode deixar de reconhecer que a sos para administradores municipais e gestoresainda mais arealização de administração pública é ce rcada por um ernaru- públicos. com o obje tivo de ofe rece r-lhes orien ta-seminários , nhado sem 11m de legislação. normas. instruções e ção sobre a correta ap licação dos recursos.palestras e

I regulamentos. o que difi culta o proccsso decis ó-cursos paraadministradores rio e II sistema de con trole . Jornal AMP - O que o senhor teria a dizer,municipais I como consideração final, aos prefeitos?e gestorespúblicos, com Jornal da AMP - O senhor falou em e rros Herwig - Que façam uma administração truns-o objetivo de I formais. Pode explicar? parente e que busquem orientação j unto aos técni-oferecer-lhesorientação I Herwig - Diante de um quadro de 75% de preso cos do Tribunal de Cont as, Eu. pessoalmente. pre·sobre a correta tação de contas desaprovadas. é prudente que o tendo estar em cada município desse nosso Esta-aplicação

Tribunal de Contas separe o que representa dol o. do . conversando, discutindo. ensinando e apren·dos recursos.rn ã-fé e prejuízo ao er ário. do que se caracteriza dendo, para que possamos reve rter o triste quadro

como falha formal. Desaprovar. simplesmente por das contas desaprovadas. Os prefeitos foram elei-

desaprovar. não co ntribui para a construção de tos pelo VOlO do povo e. porta mo. tem responsabi-

uma boa administração e agride. sobremaneira. a lidade com sua comu nidade e nós com o zelo do

I vida pessoal do ges tor público e encaminha seu din heiro público .

nome para LI vala comum dos desonestos.

IJornal AMP - Como, na prática, oTC fará essa Iseparação? NR: matéria publica no Jomal da AMP

II I Herwig - Primeiro, é preci so analisa r a ex- (Associação dos Municípios do Pa ra ná )

II

,

TflbunaJ de Contas - PRI n" 153' Alm\ a Junno de 2005 35-

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 38: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Te disponibiliza pautas dejulgamentos pela Internet

Está à dispos ição desde o início do mês de

maio. no site do Tribunal de Co ntas do

Paruná - www.tce.pr.gov.br - Consulta

Plen ár io. um sis tema de co ns ulta as pau tas das

sessões plenárias real izad as às terças e quintas­

feiras. nesta Co rte de Co ntas.

A po pulação pode. a inda. consultar pautas.

dec isões e atas de julgados desde o ano de 1997

atéos diasde hoje. É a garantiade transparência cpraticid ade nos se rv iços que o Tribunal de Co ntas

oferece aos usuários.

O sistema Consulta Plen ário perm ite doi s ti­

pos de pesquisa: a consul ta por sessão. na qual se

busca informações através das datas das sessões

rea lizadas; c consultas ava nçadas fe itas po r

CORAL OOTC NA ROOOFERROVIÁRIA

O Coral do Tribunal de Contas do Paraná seaprese ntou no último d ia 17 de ma rço na Rod o­ferro viária. a co nvi te do prefei to da ca pital para­naense, Belo Richa. em comemoração aoaniver­sário de C urit iba. A apresentaçâo leve a regênciado maestro André Peixoto de Souza. " Esta apre­se ntaç ão é uma pequena contribuição na melho­ria da qualidade de vida das pessoas e. também.um presente mus ical a população c uriti ba na",comentou C l éo Lima. coordenadora do coral.

15 CORALlSTAS EDOIS CO'S

Criado em 1997. o Coral do Tribunal de Co n­las tem 15 coralistas , Iodos servidores da Casa.Os ensaios co meçaram objetivando uma apresen­ração du ran te a M issa de Natal. na capela doTr ibuna l. Desde então. e le vem se aperfeiçoandocom ensaios regularese participado de encontrosco m outros corais. Os coru lisrus apresentam-seem so lenidades de posse. datas comemorativas .casame ntos , hospitais e entidades fila ntrópicas. Og rupo. utuu lmc nt e, co m uhiliz u ma is de 100aprese ntações e possu i do is C I)"s grava dos.

36 Inbunardet emas-PR In"153 1AbllJa Junhode 2005

nomes ou números de processos. nos quais o usu­

ário terá acesso às decisões linais do plenário.

As pautas a serem julgadas poderão se r con­

su ltadas 24 horas an tes da realização da sessão

plen ária. O novo sis tema será de extrema utilida­

de pa ra os administradores e a população em ge­

ra l, Ressa lta-se qu e as decis ões tornadas em ple­

nário so meme pode rão es tar dispo nibi lizadas no

si te. para cons ulta . após publicação em Diário

Ofi c ial do Tribuna l de Co mas.

Além das informações estarem di spon ívei s. a

ag ilidade na co nsulta para pessoas físicas e enti­

dade s j urídicas é evidente . ão haverá mais

nece ssidade de vir ao Trihunal para saber sobre a

decis ão do plenário.

REVISÃO NALEI FISCAL

A Co nfederaç ão Naci o nal de Mun icípios pro­pôs ao Senado Federal uma revisão na Lei de Res­ponsabi lidude Fiscal. A associação alega que hávárias fl exibilizações na le i sendo feitas apenas parabeneficiar algumas administrações e a gotad 'uguapara a emi dad e foi a publicação da Med ida Provi­s éria n". 237. Ed itada no final de janeiro paragarantir o re passe de recursos da União paraEstados e Municípios por conta da desoneração deexportações. a med ida provis ória incluiu um dispo­xitivo que permite aos municípios contr..uarempr és­timos acima do seu limite de endividamento.

NEPOTISMO

A proposta contra o nepoti smo que tem sidodiscutida na Câ ma ra Federal e é tema nacionalde ca mpanha da O rdem dos Advogado s do Brasil• O AB. també m será tema de de bates no âmbitoda Assembléia Legislat iva do Paran á. O deputa­do Tadeu Veneri (PT) aprcscruou um projeto deemenda à Co nstituição Es tadual, que pro íbe aco ntrutução de parent es para oc upar cargospúblicos. A qu est ão também é debatida em outrosestados brasi le iros. co mo o Mato G rosso do Sul eSão Paulo.

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 39: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Interpretações ao § 3° doart. 5° da Constituição FederalClaudio Henrique de CastroMembro do Instituto dos Advogados do Paraná

!

lo As inova ções da Emenda n'', 45/2004:

A Emen da Co nsti tucional n", 45. de 8 de de­

zembro de 2004. dentre muitas alterações consti­

tucionais. introduziu o *3° ao art. S) da Consti­tuição. verb is:

Art, 5° (...) § 3° - Os tratados e COlI\ '('llpJes inter­

naciona is sobre direitos humanos que/ orem apro­

vados, em cada Casa do Congresso Nacional, em

dois turnos, por três quintos dos l 'OTOS d OJ res­

!'l' C/;VO.\" membros. serão equivalentes às emen­

das constitucionais:

Co m e feito. os tratados e convenções inter­

nacionais que pe la dicção do Supre mo Tribunal

Federa l'. integrulizam-se no plano normativo co mo

lei infraconstitucionat (le i ord inária). por esta nova

redação. tratando de direitos fundamentais e. caso

iniciem -se por iniciat iva do Presidente da Rep ú­

blica. por processo legislativo de emenda consti­tucional. integrarão a Constituição.

Diversas questões surgem do prece itoconstitucional:

2. Algumas ques tões fu nda me nta is:

I. Iniciado o procedimento de emenda eOl I.\'­

titurionul, caso rejeitada a emenda ou 110 curso

da ,'otaçtio, li quulqnertempo, pode o Presiden te

da República celebrar o tra tado como e nu tre;·

mite de lei nrdinâriu 0 11 requerer (I trancamento

do trâmite do projeto de emenda constitu cional

lU ' Congresso?

Entendemos que pode o Presidente a qu alqu er

tempo declinar do trâmite de eme nda constituc io­

nal. poisse entender inconveniente ou inoportuno

que a matéri a integralize a Constituição poderá

requerer o trancamento do projeto dc emenda cons­

titucional. tanto o Presidente que propôs a eme n­

da quanto seu sucessor.

Isto não signifi ca que o Poder Exec utivo irá

imiscuir-se no processo legislativo. todavia como

se tratade matéria deexclusiva iniciativa deste. e

Icmbremos que a co ndução dos negócios inte rna­

cionais. em matériade tratado. diz respeito unica­

mente ao Presiden te da Rep úbli ca' . enten demos

possível esta exceção. mututis mutandis, do pro­ced ime nto costumeiro do s tratados no âmbito in­

fruconstitucionul.

11. Na promnlgaç ão da emenda é necess ária

li SllJ lÇtiO presidencial?

Diferentemente do tratado. a emenda constitu­

cio na l independo da sanção pre sidencial. Caso se

admita que a emenda somente poderá integral izar

a Cons tituição com a sanção pres idencial es ta r­

se-ri a lterando o processo de emenda à Co nstitu i­

ção1.

A emenda viger ã no plano intern o. dentro do

orde namento jurídico brasilei ro e no plan o ex ter­

no. internacional. Todavia. pela possibi lidade de

denúncia ao tratado. pelo Presid ente. pode haver

no plano ex terno. a qualquer tempo. o destrato ou

revoga ção tácita ao tratado.

Em suma . caso o President e decida de nunciar

o trat udo integralizado na Constituição. poderá

proceder de duas form as: a primeira denunciar no

plano externo e no plano interno. deverá remeter

ao Congresso Nacional ped ido de revogação daemenda . Poderá ainda. denunci ã-lo no plano ex ­

terno e mant ê-lo no interno. se preferir.I-fá. porém. um obstáculo à revogaç ão no pia­

no intern o. qual sej a. a impossibilidade de retro­

cess o! à cláusula pétrea. integralizada nos Direi

Tribunalde COnlélS - PR 1n" 1531Abril aJunho de 2005 37

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 40: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

tos Funda mentais' .

Caso seja promulgad a emenda revogadora no

plano Interno. o exame da constitucionalidade pa.s­

sa rá pelo Supremo Tribuna l Federa l que se pro­

nunciará sobre a revogação ou alteração da emenda

quc integralizo u o trat ado. poden do j ulgá-lu in­

constitucional e impedindo- lhe a revogação, no

plano interno, pe la clausula implícit a de não-re­

trocesso nos direitos fundamentais.A denúncia no plano ex terno, não poderápas­

sar por exame de constitucionalidade. po is a ju ­

risdição do Supremo Tribuna l Federal não se pro­

jeta ex traterritoriulrnente. salvo os efeitos inter­

nos da de núnc ia no plano externo .

tll . A attera ção constinu -ionat em comrntofe;

su rg ir uma ..Constituiçüo lnternacional " ?

Sim. claramente vislumbramoseste fenômeno.

inicialmente frági l qu anto 'Iposs ibil idadc de de­

núncia do tratado. no plano ex terno, pelo Pod er

Exec utivo.

Outrossim. o tratado integralizado à Consti­tuição. inexornvelm ent e. furá part e do ar t. 5" da

C.F. e. para melhor técni ca legislativa. em apê n­

dice da Co nstituição. num capít ulo q ue podemos

denominarprovisoriamentede"Tratados Constitu­

c iona lizados",

IV. Somente poderei requ erer a reroMoçiio da

emenda (} Pres iden te da Rcp úblira ?

Não. pois lima vez integralizada no planointerno qualquer dos legitimadosconstitucional­

men te poderá propo r a revogação ou a lteração.

todavia no plano externo somente o Presidente daRepúbl ica, repi la-se. pod erá fazê-lo. não necessi ­

tando do benepl ácit o Co ngressua l.

v. Poderá ser incluída matéria que disponha

mio somente de Direitos Fundumentois. {' se as ·

sim fo r efetivado qual será o tratamento dodo ?

A expressão "Dire ito Fundamentar ' é conceito

aberto cujo grau de indeterminação"é defini do caso

a caso. todavia. para não se polemizare secc ionar

o tratado em retalh os. toda mat éria dirá co m di­

reitos fundamentais. até porque os países signatá-

38 Tribunal de Contas-PR1nQ 1531Abril aJunhode 2005

rios de tratados podem ter enfoque e co nceituação

diversaparamatérias?que reputem Como integran­

tes do rol dos d ire itos fundamenta is' .

VI. Na hipotese l/e âenúnria do tratado, por

país signutário. 110 pIaI/O interno 0 11 externo. a

emenda cons titucional ill/( 'grali :,ada na Consti­

wiçt70 bras ileira perderá .H ' '',\' efeitos?

Caso o tratad o seja denunciado no plano ex­

terno por todos os países signatários ou por al­guns. a emendacontinuarti vigente no plano inter­

no. podendo o President e tia República de nunci á­

lo no plano externo.

Na hipótese dos países signatários denuncia­

rem o tratado. haver á a situução de termos um

tratado integralizado na Co nstituição qu e deixou

de sê-lo. mas qu e se manterá tão-somente no pla­

no interno.

VII. A denúncia no plano externo podeni]e­

rira rkiusula implícita de' innnabitidade do pro­

ced imento de al teração da Constituiçiio. sem eOll·

sulta ao constituinte orig in ário ?

Entende mos qu e neste aspecto há mutação

constitucional quanto ao procedimento. com o

surgimento de tratame nto di fere nciado para a

"Constituição Iruernacionul", na qual o constitu­

inte originárion ão previu. ma s que no plano inter­no somente se revogará com emenda, preservan­do o processo de defesa fi rigidez constitucional.

ev itando-se ass im a fraude " Co nstituição qu anto

ao proced ime nto de alteração",

No plano externo houve (l silêncio do constuu­

inte origi nário, não se podendo restri ngironde nãoh áexceção constituciona l.

A mutação co nstitucional!"havida é no senti­

do de se acolher o costume: constitucional quanto

aos tratados. Em suma. co nstitucionalizou-se o ritoconsuetud in ário do plano intraconsi itucional para

o plano co nstitucional, numa per spectiva abe rta.

VIII. Os (m il/tios ;1II(,W"/b ,,/os como /lor­

ma infraconstitn cional (' lltu' tratem de di reisos

[mulamentais fI(}(Jt'1J1 receber tratamento de emen­

da constiturionul?

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 41: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

A resposta é negati va. pois foi mant ido o §2°

do art. 5°da Constituiçã o Federal. Esta possível e

significativa alteração. da natureza jurídica da

norma infraconstitucional (tratado). somente ocor­

re de forma expressa e não tácita. via emenda cons­

titucional. Abriu -se. contudo. uma ja nela para isto

aco ntecer. na co ns tituc ionalização do Dire ito

Internacional.

IX. Todo tratado em mat éria de direitos fun ­

damentuis deve iniciar por processo de emenda

ronstiturionul, por iniciativa exclusiva do Presi­

del/te da Rep ública ?

O processo de emenda é faculdade ao Prcsi-

dente da República e não obrigação. se entender

que é o caso de projeto de emenda. encaminhará

co mo emenda. se entender diversamen te, dará o

tramite costumeiro, de norma-infraconstitucional

(lei ordinária ). A iniciativa é exclusiva do Chcfe

do Executivo.

3. A guísa de concluirA hermen êutica constitucional do preceito estd

aberta" . caberá ao vagar hist érico '? constitucio­

nal dar sua amplitude" podendo avan çar 11 inte­

gração regional 14 e ou global. COI11 países que ado­

tem mecanismos constitucionais semelhantes e ouorganizações internacionais.

, MAGALHÃES,José Carlos de. OSupremo TribunalFederal e o DireitoInternacional: uma análisecritica. PortoAlegre: Livraria do

Advogado, 2000. p. 57e ss.

1 MEDEIROS. Antõnio Paulo Cachapuz de. O poderdecelebrar tratados: competênciadospoderes conslituídos para a celebração

de tratados. ã luzdo Direito tntemacional. do Direito Comparado e do Direito Constitucional Brasileiro, Pano Alegre: Sergio Antonio

Fabris, 1995. p. 383e ss.

1 SONAVIDES. Paulo. Curso de Dire~o Constitucional. 13' 00. São Paulo: Malheiras. 2003, (As limitações Iácitas). p. 202.

• SARLET. Ingo Wolfgang. A eficácia do direito fundamental ã segurança jur idica: dignidade da pessoa humana. direitos

fundamentais e proibição de retrocesso social no Direito Constitucional brasileiro in ROCHA. Cármen Lúcia Antunes (org.)

Constituição e segurança juridica: dire~o adquirido, atojuridico perfeito e coisa julgada. Estudos emhomenagem a José Paulo

Sepúlveda Pertence. Belo Horizonte: Fôrum. 2004 . p 85-1 29.

• ZIPPElIUS, Reinhold. Teoria Geral do Estado. 3' 00. Trad. K. P. Coutinho. Coord. J.J. Gomes Camcnlho. Lisboa: Fundação

Calouste Gulbenkian. 1997, (Vinculação aos direitos fundamentais das actuaçOes juridico-privadas do Estado), p. 442.

• PEREIRA. M.S.D. Neves. Introdução aoDireito e às Obrigações. Coimbra: A1mOOlna, 1992. p. 19.

, CANARIS. ClatJs-Wilhelm. Direitos Fundamentais e Dire~o Privado. Trad. I. W. SaneI e Paulo Mola Pinto. Coimbra: A1medlna.

1999. p. 20.

' CANOTILHO. J.J. Gomes. Direito Const~ucion al e Teoria daConstituição. 5' 00. Coimbra: A1medlna. 2002. p. 391 .

• MÜLLER, Friedrich. Fragmento (sobre) o Poder Constituintedo Povo. São Paulo: Revista dosTnbunais. 2004. p. 126.

~ FERRAZ. Anna Cãndlda daCunha. Mutação. refonna e revisão dasnonnas constitucionais In

RevistadosTribunais. CadernosdeDire,toConslllucional e Ciência Polilica. Instituto Srasileiro deDireito Conslltucional. Ano 2. n' 5,

oul./dez. 1993. p. 5-24

.. CANOTlLHO. J.J. Gomes. MOREIRA. Vital.Fundamentos daConstituição. Coimbra: Coimbra. 1991 . p. 54e ss.

12STRECK. Lenin Luiz. JurisdiçãoConstitucional e Hermenêutica: uma nova critica doDireito. PortoAlegre: LivrariadoAdvoga­

do. 2002. p. 123.

" SONAVIDES. Paulo. Curso de Dire~o Constitucional. 13' ed. São Paulo: Malheiras. 2003. p. 515e ss.

" LAFER. Celso. A identidade internacional do Brasil e a politicaexterna brasileira. São Paulo: Perspectiva. 2001. p. 107 e ss.

Tribunalde t ontas - PR I n° 153 1AbrilaJunhO de 2005 39

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 42: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Tribunal de Contas deliberamatéria sobre Aposentadorias

OTribunal de Co ntas do Paraná aprovou

relatório de estudo que perm ite a incor­

poração de vantagens transit érias aos

proventos de Aposen tado ria e Pensão. São bene­

fícios que poderão ser concedidos aos servidores

que tiverem satisfeito as condi ções das leis que

pre vêem as va ntagens tra nsit órias at é 16 de

dezembro de 1998. da ta da entrada em vigor da

Emenda 20.

A Eme nda Constituc ional 20 determ ina que

as aposentadorias e pensões sejam calculadas com

base na remuneração do servido r na ativa. inclu ­

indo apenas as vantagens permanentes. como as

de tempo de serviço e as inerentes ao cargo.

Abaixo. artigo co m as co nclusões do estudo ela­

borado pela co mis são téc nica responsáve l pe la

análise do tema.

Vantagens Transitórias nasAposentadorias e as EmendasConstitucionais N°. 20/98 e NO. 41/03

Célia R OJatUl A-foro Kansou

(Procuradora do Ministério Público de Co nlas)

Mu risa ti" Fátima Cobbe Bonkoski

(Diretora da DATn

lvens Zsrhoe rper Linhares

(Auditor)

Na Sessão Ordinária de IlJde maio de 2005. o

Plenário do Trib unal de Contas aprovou por una ­

nim idade a proposta cont ida no Relatório de Tra­

balho da Com issão. constituída pela Portar ia n°.

130/2005, de 29 de abril de 2005. que teve por

obje tivo a revisão da Resolução na. 887 1/2002 e

dos efe itos das alterações trazidas pela Emenda

Co nstitucional n°. 4 112003.

Constam do estudo realizado. nas considera-

40 Tribu naldecomas- PR In" 153 [Abrila Junho de 2005

çõcs finais. as seg uintes conclusões:

a) A Resolu ção n°. 887 1/2002 recon hece a

existência de direito adqu irido em matéria prev i­

denci.iria mesmo antesdo implemento de todos os

req uisitos para a concessão da aposentadoria. bas­

tando. com relação às vantagensde car áter transi­tório. que estejam supridos tod os os req uisitos pre­

vistos na le i incorporadora. até 16.12.1998:

b ) Sendo idêntica a forma de cálculo de pro­

ventos, e admitida" oposição de direito adquirido

em lavor de quem requer a aposentadoria com base

no art. 8° da Emenda Co nstitucional n", 20/98

quanto às vantagens transit órias já incorporadas.

não há porque excluir essas mesmas vantagens dos

proventos dos serv idores a quem seria dada " op­

ção de se aposentar pelo art igo 40 da Constituiçâo

Federal e tiver ingressado no serviço p úbl ico an­

tes de 16.12. 1998:

c) A exigência fe ita pela Resolução na. 887 1/

02 , de que as vantage ns transitórias es tejam sendo

percebidas por ocasião da aposentador ia. e encon­

trem-se discriminadas. im... lusive, nu último con­

tracheque. conllita co m o reconhec imento do di­

reito adquirido a essa incorporaç ão. contido na

mesma Resolução. A aquisição do direito. pela in­

corporaçãode seu substrato material ao patrimô­

nio j urídico de seu titular. uflo pode sofrer nova

restrição legal. no momento de seuexercido. sob

pena de. na prática. tomar in ócua a ga rantia do

direito adquirido. que visou. justamente. preser­

varessa incorporação diant e das alterações legis­lativasocorridas posteriormente:

d ) A exigência do último contracheque. ainda

que de todo re levante para a devida instru ção do

procedimento de apose ntadoria. a fim de que se

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 43: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

serv ir de obstác ulo à incorporação de vanta­

ge m transitória protegid a pelo di reito adquirido

consolidada na Resolução n°. 887 1102. já que esta

poderá ou não estar sendo percebida no momento

da inativação:

e) Pela Emenda Consti tuciona l n°. 41/03. o

valor da aposen tadoria passa a ser calculado to­

mando como base uma média aritmé tica simp les

das ma iores remun erações de período determ ina­

do no texto constitucio nal . Para as apose ntadori­

as requeridas por essa nova sistemát ica. seja pe­

las regras novas ou de transição. a comissão en ­

tende que não é pos sível incorporação das vanta ­

ge ns transitórias. uma vez. quea base de cálculo édiferenciada. não ma is tendo co mo referência a

última remuneração do cargo e fetivo do servidor.

Fica excluída. portanto. a poss ibilidade de invo ­

cação de di reito adq uirido relati vo à inco rporação

de vantagem transit ória. preservado. tão somente.

nas aposentadorias requeridas com base no artigo

3° dessa Emenda. que ressa lva a observância dos

critérios anteriores para os servidores que já ti­

nharn direito à aposen tndorin até 3 1. 12.2003 :

t) Em que pese haver. até o momento, respal­

do j urisprudencia l para as decis ões desta Corte

que reconhecem o direito adquirido ris vantagens

trans itórias. na forma referida pel a Resolu ção

887 1/02. não está afastada a possibilidade de re­

versão desta tendência qu ando da aprec iação da

questão pelos Tribunais Superiores. dos quai s ain­

da não se pode extrair a orientação adotada acer­

ca desta matéria.

Por fim. após tecer todas as considerações e

ressalvasacercado temasubmetido a nossa apre­

ciação. dos quai s se dcprecnde a difi culdade da

obtenção de uma concl usão isenta de quaisquer

questionamentos com base em interpretaçõesdi­

vergcntes. sugere-se que.como medida de preser­var direitos já asseg urados por es te Trib unal. ali­

ados à necessidade de uniformizaçãoda matéria.

sejam as novas aposentadorias e pensões analisa­

das com base nos seguintescritérios:

Art igo 32 da Emenda Const itucional

n2. 20/98:

- Ap licação das regras antigas aos servidores

que. em 16.12.1998. já haviam ate ndido aos re­

quisitos para a aposentadoria com proventos inte­

grais ou proporcionais. com incidência de todasas vantagens até a data da inativação, desde que

cumpri do s os requ isitos da lei incorporadora:

Artigo 82 da Emenda Constitucional n2. 20/98

e Artigo 40 da Constitu ição Federal :

- lndcpendentemente de j ácontar o servidor. em

16. 12.1998. com tempo pam a apose ntadoria . se­

jam incluídas nos proventos as vantagens tidas como

de car áter permanente. desde que implementados

os requisitos da lei incorporadora até a data da apo­

scnruç ão. e as de caráter transit ório. desde que

implementados os requisitos da lei incorporadora

antesda data de entrada em vigor dessa Emenda.

ainda que referidas vantagens não estejam sendoperceb idas por ocasi ão da upose ntadoria;

Emenda Constitucional n2• 41/03:

- Impossibilidade de ressa lva de direito adqui ­

rido r. incorporação de vantagens transitórias.ex­

ce to para aposentadorias req ueridas com base no

artigo 30 dessa Emenda.

Ao concl uir os trabalhos, esta com issão espera

ter contriboído co m subsídios para a uniformiza­

ção das decisões deste Trib unal. bem co mo. para a

adequada observância dos procedimentos para com­

posição de benefícios previdenciários de servidores

municipais e estaduais. c seus dependentes.

Tllbllnal deccreas . PR In' 1531Abrila Junho de 2005 41

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 44: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Remuneração dosAgentes Políticos municipais11 11I1I'a or ien tação [ixadn pelo Tril",,1II1 ele Conta» elo E~I (/{Io elo Poran úGumercindo Andrade de Souza, Laerzio Chiesorin Júnior, Maria Estephania Domenici,Rita de C ássia Bompeixe. Carstens Mombelli, Sérgio Ricardo Valadares Fonseca

o s princípios e as regras que disciplinam

a fixação e os limites dos subsídios dos

agemes polí ticos municipais - vereado­

res. prefeitos. vice-prefeitos e secretários - cons­

tituem lema dos ma is recorrentes nas co nsultas

encaminhadas ao Tribunal de Contas paranuen­

se. o último dia 10 de maio. o plenário do Tribu­

nal apro vou o Provimento n." 56/2005. que regu ­

lamenta a matéria. orie nta os age ntes políticos c

determ ina os critérios que serão util izados pe lo

Co ntrole Externo na fisca lização dessas despe­

sas . O provimen to nasceu de anteprojeto elabo­

rado por comissão institufda pelo presiden te do

Tribunal, conselheiro Heinz Herwig, que nos hon­

rou co m a designação.

A competência dos tribunais de co ntaspara fiscalização das despesas compagamento dos agentes pol ít icos

ão há qualq uer dúvida quanto à competên­

cia dos tr ibun ais de comas para fisca lizar a le­

ga lidade das de spesas com o pagam ent o de pes­

soal, nelas incl uídas as relativas ao pagumcnto

dos subsíd ios dos agentes po lít icos. Ta l compe­

tência é estabelecida pel a Constituição da Re ­

publica nos art igos 70 e 7 1. que tratam do con­

trol e ex terno exercido pelo Congresso Naciona l

c pelo Trib unal de Contas da União (TCU). No

caso de ilega lida de de despesa . o inciso VIII

do artigo 7 1 da Lei Máxima confere ao TCU

cornpc tênciu ex pressa para aplicar aos res pon ­

sávei s as sanções pre vistas em lei. O inciso IX.

por sua vez. determ ina que o Tribunal deverá

ass inar pra zo para que o órgão ou entida de ad o­

te as providências para o exalo cu mprime nto da

lei. caso verjflcada ilegalida de.

Tais preceitos lixados no âmbito da União são

de repeti ção ob rigatória no âmbito dos estados.

No caso do Paraná. guardada a si metria. as 110 r ·

42 Tribunal decemas . PR I n~ 153 1Abnl aJunhode2005

ma s estão reproduzidas nos artigos 75 e 76 da

Constituição Estadual, que trat am do con tro le ex­

terno exercido pela Assembléia Legislativa e pelo

Tribuna l de Comas do Estado ,

Além das normas constitucio nais . a Lei Com­

plementar n," 101/2000 - Lei de Responsabilida­

de Fiscal (L RF) - detennina aos tribunais de con­

tas que fisca lizem o cumprime nto das regras es­

tabe lecidas po r ela. A fisculização da s med idas

adotadas pe los ges tores para submeterem as des­

pesas co m pess oa l aos limites co nstitucio nais e

legais é enfa tizada no inciso 111 do an o59 da LRF.

Nos termos do § I" do mesmo artigo. os tribunais

de contas devem , for ma lmente. alertar os órgãos

es tatais se mpre que o mon tante da despesa total

co m pessoal ul trapassar 90'k do limite legal.

o caráter preventivo e orientadordo Provimento TCEPR n.2 56/2005

o que pod e causar indaga ção é a co mpetên­

cia do Tribu nal de Conta, para fisca lizar se os

atos que lix am a remuneração dos agentes políti­

cos observam as regra, li xadas pela Constituição

e pela Lei Complementar 11 ." 101/2000. Com o

vere mos a seguir. a fixação do s subsíd ios dos

membros do Poder Exec utivo - prefeito. vice­

prefeito e sec retários - de ve ser feita por lei e ados vereadores por ato da C âmara (resolução.

decreto legislativol.

É claro que os tribu nais de contas não são

órgãos de controle de const ituciona lidade e não

podem - sob pena de extrapolar os limites de

suas compet ências e de violar a autonomia dos

parl am entos - determi nar aos órgãos legi sla ti­

vos que corrijam os seus ato!oo no rma tivos. En­

tre tanto. nada imped e que o ór gão fisca lizado r

da e xec uç ão da despesa ulertc o parlamento

para c ventunl irreg ularida de na fo rma de fixa­

ção ou no va lor dos subsíd ios que estão sendo

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 45: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

JUEl1SfIl1J.IlfIl1.A _,

Contas. o quc qucr dizer que uma manifestação do Poder Judiciário não e lide as ex ig ências normativas le vadas

a efeito pelas Cortes de Co ntas em sua área espec ífica de atua ção.

Pois bem . da inst ru ção do processo acredita-se ser possível à utilização do seg uinte raciocín io. no afã de

aten de r aos Mun icíp ios sem afrontar a Lei de Respon sabilidade Fisca l. qual seja:

I. No caso dos Municípios onde ocorreu a reeleição. a emi ssão da ce rt id ão liberat ória fica condicionada

ao fiel cumprimento do art . 8° do Provimento n°. 48/2002 desse Tribunal de Contas . o que implica. invari uvel ­

mente, na remessa dos dados relativos ao 6" bimestre de 2004 .

2. Quanlo aos Mu nicípi os cm que ten ha ocorrido a alternâ ncia de gestão. a concessão da certid ão libera­

t ória, se daráem caráter excepcional. até o primeiro período do vencimento anual. sen do 30 de junho de 2005

para Mun icípi os com ma is de SO mil hab itantes e os demais co m venci mento ern 30 de agosto d e 2005. Vencida

a validade da cert idão. a renovação desta ficaria condicionada a ver ificação do cumprimento finan ceiro, que em

conjunto com os demais aspectos da execução orçamentária. resultem recursos suficientes aplicados para atingi­

mento dos índ ices mínimos constitucionais. o que deverá se r apurado medi ant e a rem essa de dados bimestrais

transco rridos até a data da protocolizaç ão do pedido. além de suprida a rem essa do 6° bimestre de 2004. sem oquc ficará impedida nova certidão.

Para tanto, determina-se que à Diretoria de Co ntas Mu nicipais adeque o seu Sistema de Informações.

objeti vando que o Município que se en contrar na situa ção do item 2 supra. possa retirar sua certidão libcrat ória

diretamente via intern et , sem necessidade de qualquer requ eriment o.

Portant o, VOTO que a resposta ao pleito form ulado na in icial venha a ser fornecida nos termos orapropostos.

Sa la das Sessões, em 29 de março de ZOOS.

ARTAG,\O DE MATTOS LEÃOCo nse lheiro

---,-- ---- - -- -68 Tribunal deCOntas - PR1n'1531Abrila Junhotle2005

I

J

I

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 46: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

J.U.B1SfB1JJlÊN1- _

ICom efeito. esclareceu que os registros evidenciam a remessa de informações da exec ução orçamentária e

financeira do 6° bimestre do exe rcíc io de 2004 de apenas vinte e um Municíp ios.

Sendo assim. propôs que no caso dos Municípios em que houve a reeleição dos Prefeitos. sendo mantidos

os mesmos ordenadores com procedimentos desidiosos relat ivamente aos índices de 2003. alternativa não se

antevê. 'luaI seja. a emissão de cert idão condicionada ao exa to cumprimento do art. 8° do Provimento n".

-1812002' · Tc' lJue remete às exigências da LRF. o que implica na remessa do 6° bimestre do SIM·AI\1I2004.

Agora. quanto aos Municípios em que com provadamente ocorreu a alternância ou mesmo a sucessão do

mandato. a concessão. em caráter excepcional. de certidão até o primeiro período de vencimento anual. sendo até

30 de ju nho de 2005 para Municíp ios com mais de 50 mil habitantes e os demais com vencimento em 30 de

agosto de 21lO5 .

Concluiu seu arrazoado opinando que para a concessão da certidão libcrat ória, o interessado deverá pro­

mover a remessa do 6° bimestre do SIM/AM-2IlO-l. co mo também protocolizar pedido de concessão da certidão.

em caráter exce pcional. indicando que o Município se encontra em transição de mandato.

A Diretoria Revisora de Contas através da Informação n". 170105 posicionou-se exc lusivame nte sobre a

interpretação do art. 25. § 3°. da LRF. lembrando o pronunciamento já adotado na Resolução n", 6226/200 I.

o Ministério Público de Contas mediante o parecer n°, 3-158/05 manifesta-se pe lo acolhim ento das pro­

postas apresentadas pelos órgãos instrut ivos da Casa. observa ndo-se o aspecto de eve ntual respousabilização

institucional lJue demanda a adequada previsão orçamentária quando houver determinação de restituição ao

Tesouro Geral do Estado. hem corno a observância de situações espec íficas. co mo aquelas relacionadas nas

Resoluções nOs. 7.222103. 869103 e 8.050/03.

É o relatório.

11 -00 VOTO

Do acima exposto claro se afigura que o Tribunal de Contas deve buscar mecanismos que visem adequar

à realidade fát ica dos Municíp ios paranaenses sem se olvidar do cumprimento das normas legais,

Nesse diapasão percebe-se que as ponderações artic uladas na peça inicial merecem especi al menção dessa

Corte de Contas. uma vez que versa m sobre áreas fundamentais para o bem estar da população como \'.g. a

saúde, a educação c assis tência social.

Importante ressaltar que as competências do Tribunal de Contas se encontram plasmadas no art. 7 1 da

Constituição Federal. sendo aplicadas. no que couber a Ih calização dos Tribunais de Contas Estaduais. Dessar­

te. a fi scalização cont ábil. financeira, orçamentária. operacional e patrimonial do Estado do Paraná e dos Municípios

parunuenscs, englobando as ent idades da administração direta e indireta são de competência do Tribunal de

1 Art. 8' • Acertidão liberaíória, para fins de transterência voluntária, será emitida observadoo cumprimento das normas conndas na Lei deResponsabilKlade Fiscal, especialmente o dispostonos srts. 25 e 55, § 3' e demais alasnormativos pertinentes amatéria

-------------- - --Tribunal de tentas. PRI nOt53 1Abril a Junho ce 2005 67

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 47: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~I.......-_-------------,

VOTO no CONSELHEI RO ARTAGt\ O DE M ATroS LEAo

1- no RELATÓRIO

Versa o presente expedie nte sobre consulta formulada pelo Presidente da Associação dos Municípios do

Paraná. a respeito da possibil idade dessa Corte de Contas reconhecer a elisão de apresentação da certidão

liberatória para lins de obtenção . junto aos Gove rnos da União e do Estado do Paraná. de repasses fin anceirosaos Municípios destinados ao atendimento nas áreas da saúde. educação e assistência social. em razão do dispos­

to no art. 25. § 3° da Lei Complementar n°. 101/2000 '. em especial considerando-se às decisões lançadas pelo

Egrégio Tribunal de Justiça do Paran á. no mandamus n", 168 123-0 e pelo Superior Tribunal de Justiça. na

Suspensão de Segurança n°. 14491PR.

Dentre as ponderações articuladas pelo Consulente em sua peça inicial. aduziu que as pendências que

acabam por impossibilitar a emissão de certidão residem em aspectos de natureza técn ica. co mo também nas

transi ções de mandato. onde o processo de regularização é mais demorado. Entretanto. as necessidades dos

munícipes não são interromp idas. principalmente no que pertine as áreas da saúde. educação e assistência socia l.

Sendo assim. requer que em face da supremacia do interesse público. e considerando o princíp io da

continuidade do serv iço p úblico em prol do bem esta r social. o Trib unal de Contas edite ato que suprima a

exigê ncia da apresentação da certidão liberatória nas áreas acima aludidas.

A Diretoria de Contas Municipais por intermédio da Informação n°. 277/05. exa minou a matéria. ponde­

rando inicialmente o não cabimento do afastamento da exigência de certidão para as áreas da educação. saúde e

assistência socia l. pela simples aplicação da literalidade do disposit ivo con tido na Lei de Responsabilidade

Fiscal. acima transcrito. considerando que a matériuj ãfoi exaustivamente debatida no âmbito desse Tribunal de

Contas. sendo materializada na Resolução n°. 6.226. de 15 de maio de 200 I.

Interpretando o co nteúdo do art . 25. da Lei Complementar n". JO112000. entendeu o parecerista da Dire­

toria de Contas Municipais que "não compete ao Tribunal de Contas expedir Certi dão Liberatória para o acesso

a transferências voluntárias nos casos espec ificados no § 3° do art. 25 da LRF. para o municíp io que apresentar

inaptidão por descu mprimento de quaisquer dos pontos certific áveis dispostos no § 1° do mesmo artigo; mas ao

próprio interessado incumbe postular perante o Órgão transferidor. ao qual caberá avaliar a procedência e

viabilidade do pedido:'

o parecerista da DCM buscou. para melhor visualização da temática em comento. aclarar que na base do

Sistema de Informações Municipais, referente ao exercíc io financeiro de 2003, duzentos e quat ro municípios se

encontram em situaçãode descumprimento dos percentuais nas áreas envolvidas. o que significa 5 1. 13% do univer­

so de 399 Municípios paranaenses. E mais. no presente momento já sobrevêm à exigência da remessa das informa­

ções do 6" bimestre de 2004. com o propósito de municiar O Sistema de Informações Municipa is desse Tribunal de

Contas. englobando os Poderes Executivo e suas entidades integrantes da administração indireta e o Legislativo.

,Art. 25 - Paraefeitodesta LeiComplementar, entende-se por transferência voluntária aentrega derecursos correntes ou de capital aoutro ente daFederação, a titulo de cooperação, auxllio ou assistê ncla financeira. que não decorra de determnaçào constitucional, legal ou os destinados aoSistema Único deSaúde.

§ 3' • Para fins daaplicação das sanções desuspensão detransferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelasrelativas a ações de educação, saúdee assistência social.

L- _

66 Tribunal de Contas- PR InO1531AbrilaJunho de 2005

-------~ - -- ------

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 48: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

CERTIDÃO L1BERATÓRIA

IJ.lIIllSfIIIJJl---- - - - - - - - - -.,

I. ovos PR EFEITOS • MUDANÇA DE MANDATO · 2. CA RÁTER EXCEPCIO AI.

Relator

Protocolo

OrigemInteressado

Sessão

Decisão

Presidente

Conselheiro Nestor Baptista

80434105-TC.

Associação dos Municípios do Paraná

Presidente da Associação

03129105Resolução 1837105-TC. (Unânime )

Conselheiro Heinz Georg Herwig

Requerimento. Possibilidade da concessão de certidões lihe rut érias para os

municípios onde houve mudança de mandat o.

o Tribunal de Contas. nos termos do voto do Relator. Conselheiro NESTOR BAPT ISTA. que adotou o

voto escrito do Conselheiro ARTAGAO DE MATTOS LEAo. RESOLVE autorizar a expedição de Certidão

Liberatóriaaos Municípios do Estado do Paraná. nas seguintes co ndições :

I - No caso dos Municíp ios onde ocorreu a reeleição. a emissão da Cert idão liberatória fica condicionada

ao fi el cumprimento do [111. 8" do Provimento n" 48/2002-TC. o que implica. invariavelmente. na remessa dos

dados relativos ao 6° bimestre do exercício fi nanceiro de 2004.

11 - Nos Municípios em que se verificou a altern ância de ges tão. a concessão da certidão liherat úria. se

dará em caráter excepcional. até o primeiro período do vencimento anual. sendo 30 de junho de 2005. para

Municípios com mais de 50 mil habiterues, e os demais co m vencimento em 30 de agos to de 2(XJ5 .

111 - Vencida a validade da certid ão, a renovação desta ficarácondicionada a verifi cação do comprometi­

mento financeiro. que em conjunto com os dem ais aspectos da execução orça mentária. resultem recu rsos sufi­

cie ntes aplicados para atingirnento dos índices mínimos co nstituc ionais, o que deverá se r apurado mediante a

remessa de dados bimestrais transcorr idos até a data da protocolização do pedido. além de suprida a remessa do

6" bimestre de 2004. sem o que ficará impedida nova certidão,

IV · Determinar à Diretoria de Contas Municipais que adeque o Sistema de Informações. objetivando que

o Município que se encontrar na situação do item 11. possa reti rar sua Ce rtidão Liheratória diretamente via

internet. sem necessidade de qualquer requerimento.

Participaram do julgamento os Conselheiros NESTOR BAPT ISTA. QUIELSE CRISÓSTOMO DA

SILVA. ARTAGAO DE MATTOS LEÃO e HENRIQ UE NAIGEBOREN e os Auditore s ROB ERTO MACE­

DO GUIMAR ÃES e IVENS ZSCHOERPER LI HARES.

Foi presente o Procurador-Geral junto a este Tribunal. GABRIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessões. em 29 de março de 2005.

------

HEINZ GEORG HERWIG

Presidente--- --

Tribunal decenas - PR In" 153I Abril aJunho de 2005 65

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 49: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

seguem. nesse pormenor, as normas de prescrição (razoabilidade social) qüinqüenal. Mas a lei não veda contra­

tos superiores a 05 (cinco) anos. quando. na aplicação da mesma razoabilidade. os contratos somente são exe­

qüíveis em prazos superiores ao prazo quinqüenal. (Lembramos os contratos da COHAB. os Contratos de

Concessão e de Exploração de Serviços Públicos. bem como os co ntratos de cessão de uso de bens públicos).

~18.A -----------'iIII

I

Diante das citações acima conclui-se que a observâ ncia dos princípios de isonomia e da indisponibilidade

do interesse público. aliados ao respei to à igualdade de condições a todos os concorrentes. ex ige que sejam

cumpridas integral mente as obrigações para a autoridade licitante previstas no artigo 3°. da Lei 8666193. E tal

observâ ncia não está em desacordo co m as exigências éticas contidas nas normas das GUIDELlNES que. a seu

modo. exige m eficácia na aplicação dos recursos nos programas para os quais foram destinados.

As conclusões dos itens ª a !:. do Parecer n.ollO/2003. da PGE, co locado como contrapo nto para esta

CONS ULTA. não estão em desacordo com o pensamento e co m a posição sempre adotados por este Conselhei ro.

A questão final fica para a conclusão da letra f. que deve ser melhor explicitado nos seguintes termos:

Aplicam-se as regras e procedimentos específi cos - da Lei 8666/93 - para a aquisição de bens. contrata­

ção de obras. seleção e contratação de pessoal/consultorias. com recursos provenient es de empréstimos concedi­

dos por organismos multilate rais de crédito e os de cooperação ao desenvolvimento, As informações neles conti­

das devem ser amplamente divulgadas. de modo a dar conhecimento a todos os possíveis interessados. através de

publicações de todas as cláusulas e exigências dos Termos de Referências dos Órgãos Financiadores Externos.

com notificação aos Sindicatos e Associações de classe.

Com a explicitação acima. esta CORTE DE CONTAS reafirma as Resoluções de n ° 387211995, n." 805/

2004 e n," 2290/2003 e as aperfeiçoa para dizer que as publicações das oportunidades de participar das licitações

nas modalidades exigidas possuem condições especiais. que são as previstas no artigo 42. § 5°. da Lei 8666193.

Enfim. seja qual for a forma de competição. os interessados devem ter aberta a possibilidade de tomar

conhecimento da opo rtunidade. pois. somente através da ampla publicidade. é possível a obtenção do melbor

contrato para a administração pública, sem o que, não se cumpre a isonomia entre cidadãos. e não se realiza a

igualdade de oportunidades entre possíveis concorrentes.

DO VOTO

Manifesto meu VOTO. de aco rdo com o Parecer 11 0/2003 da PGE. com a explic itação acima apontada

para o Item f, e manifesto concordâ ncia e discordância de acordo com as conclusõcs aci ma indicadas.

Ou. sintetica mente: V O T O pela manutenção do contido nas Resolu ções n " 3872195, 2290/2003 e

80512004 como res posta dest a CO RTE DE CONTAS à consulta formulada pela SECRETA RIA DE ES­

TADO DO PLANEJ AM ENTO E COO RDENAÇÃO GERAL, seguindo estritamente a Lei n." 8.666193.

Sala das Sessões. em 07 de abril de 2005.

NESTO R BAI'TISTA

Conselheiro

'------------- - -64 Tribunal de cemas. PR In° 153 1Abtlla Junho de2005

-----------------------'

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 50: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

I~--------------~I

A co mpetência de leg islar sobre Licitaçõe s e Co ntratos é da União . e as minutas de contratos são as formas

de vontade de um Governo, seja o Fede ral. Estadual ou Muni cipal. portanto. jamais as minutas c os Termos de

Referência haverão de ganhar status de legal idade para além do co ntrato . A Lei X666/93 é a expressão da co mpe ­

tência de legislar da União: que nen huma negociação lerá o condão de excetuar e nem de dispensar os Administra­

dores deeventuais apreciações j udiciais. noscasos em quea ineficiênciaou ilegalidade vierem a cuidar a indisponi­

bilidade dos recursos públicos. ou a isonomia. ou impessoalidade. di tadas pela ética e também pela lei.

A Consti tuição Federal e as Leis vigentes, e também os Tribu nais Judiciais. são o caminho de so lução dos

conflitos entre normas de direito interno c de direito externo. São as fontes de interpretação das normas e de

modos conflitantes de gerenciar a ap licação de recursos púb licos. mesmo que oriundos por via de empréstimos

contratados ju nto a Ag ências Internac io nais. Tais confli tos de normas possuem instância s nacionai s e iruernaci ­

onais de arbitragem e de j ulgamentos para so lucionar. As GU/DEU NES são as ba lizas da ética que o Empresta­

dor Internacional quer ver respei tada. E comprovada a adequação ética e o cumprimento das nonnas nacionais.

não haverá co nflito .

Um dos pontos mais con trove rtidos e que os responsáveis pelas Agên cias Internacionais não acei tam é a

fixação do preço máximo na aqui sição de ben s c serv iços, Entende m que é di sposit ivo inócuo que inibe a part i­

cipação de pessoas e de empresas nas Licitaçõe s, Entre tanto , é um dispositi vo vige nte da nossa Consti tuição

Estadual. calcado na realidade regional. cujo objetivo é adequar as aquisições às disponibilidades orçumeruãrias.e adequá-Ias aos preços de mercado. evitand o tanto incu rsõe s além dos valores orçameru ãrios ou à subord inação

" preços superfuturados.

Quand o os preços máxim os forem lixados abai xo dos preços de merc ad o. os concorrent es simplesme n­

te não aparece m. torna ndo desert a a lici tação. Essa deserção é que os ri tos das GU/IJELlNES não admi tem.

sim plesmente porqu e descon hecem a rea lida de das praxes domin ant es dos grandes fornecedores, que ofere­

cem ao Poder Públ ico os preços onerados com co mpromissos escusos ou onerados. pela excl usi vida de de seus

produtos ou serviço s.

Foi a praxe da falia de étic a que fez essa norma, Mas quando se comprovar o resguardo ético. obje tivado

pe la norma. o preço máximo será mera baliza mercadológica dos preços que o Administrador de ve saber geren­

ciar.

Da mesma forma. a seleção dos fornecedores de serviços ou bens por SHORT ou LONG U ST provêm da

ética conso lidada das empresas e das pessoas físicas nos paiscs, cujas leg.slaçõcs são mais aperfeiçoadas pard o

ju lgamento dos admi nistradores públicos. No Brasil a prática de inscrição prévia do s fornecedores da Administra­

ção Públ ica é uma imitaçãoda "LONG L1ST' enquanto a SHORT USTfica abolida pe los dispositi vos constantes

no artigo 3". da Lei 8666193. Entretanto. se a inscrição em SHORT LlST for anunciada no EDITAL de licitação.

como condição inerente ao futuro contraio. estará descartada a violação ao princ ípio de isonomia c pub licidade.

Quanto à co ntra tação direta admit ida pe las normas das GU/DEUNES, as normas da lei nacional são

suficientes e não a impedem. A co ntra tação direta de pessoas e de em presas espec ializadas do exterior (de

pessoas resi den tes em países elegíveis) fica excluída pelo d iferencia l do câ mbio (re lação entre ° dólar e o rea l)

e não por falia de d isposição legal co mpatíve l existente na Lei X666/93.

Outro ponto diz respe ito 11prorrogação de co ntratos porque a Lei Naci onal assi m como a jurisprudê ncia

____I

Tribunal deContas · PR InO153 1AbnlaJunho de2005 63

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 51: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

No processo TC 029495/02611995 - o DER/SI' exec utou obras na Rodovia SP-425. A apreciação final

das contas resultou no scguinte Acórdão - publicado no DOE de 15/07/1999 -com recurso Ordin ário no DOE de

27/06/2000. tendo a seguinte ementa:

~--------------iI

ILEGAL - EMPRÉSTIMO - LICITAÇÃO SIMULTÃNEA - CONCORRÊNC IA INTERNACIONAL ­

FINA 'CIADOR BANCO MUNDIAL- GARANTIA- EXCLUS IVIDADE ATíTULO DA DíVIDA PÚBLICA

_ REVISÃO DE ACRÉSCIMO - RETENÇÃO PERIÓDICA - EXIGÊNC IA ABUSIVA- PARA AVALIAÇÃO

DE CAPACIDADE TÉCNICA - CONVERSÃO DE VALORES POR ADITIVO - AUSÊNCIA DE EXPURGO

DA EXPECTATIVA INFLACIONÁRIA- JUSTIFICATIVAS - LOTE - COMPATIBILIDADE COM A QUALI­

FICAÇÃO - PLANO ECONÔMICO - CONCEITO DE PLANO DE PREÇO A VISTA VARIAÇÃO UFESP ­

REAL - BIRD - RECURSO ORDINÁRIO - REFORÇO DA CAUÇÃO EXTRAPOLOU O LIMITE LEGAL ­

INVERSÃO NO JULGAMENTO APE AS SUGESTÃO DO BA 'CO E NÃO IMPOSIÇÃO.

UAS CONCLUS ÕES

Diante dos acrésc imos indicados pelo VOTO do eminente Relator. Conselheiro Fernando Augusto M.

Guimarães.com a devida vênia, manifesto minhadiscordância ouconcordância sobreas sugestões c conclusões.

nos seguintes tópicos. reafirmando a doutrina e a j urisprud ência deste próprio Tribunal. inclusive. um parecer do

eminente Relator. quando atuava como Procurador junto a esta CORTE DE CONTAS.

Entendo que é impossível compatibilizar as normas gerais da Lei 8666193 com as regras especificas

contidas nos Contratos e nos Termos de Referência referentes aos Empréstimos Internacionais. sem admitir que

a ética objc tivada pelas Agências de Financiamento Externo é a mesma pcla qua l os princípios constitucio nais

estão expressos no artigo 37. da CF.

A dualidade de situações. anles e depois do Contrato. é dar limites que jamais exis tirão para as normas

que se inspiram na mesma fonte da ética da administração pública. que está refletida na Lei de Licitações e

Contratos. A ética da impessoalidade e da publicidade não é para antes ou depois. é para sempre. É que estádefinido no Art. 3 o da Lei 8666/93 .

As normas dos Entes Financiadores podem ser aca tadas corno condição sinequa 1/01/ para os emprcsu­

mos. Entreta nto. quanto ao modo de execu tar. cabe ao Administrador Público obedecer ao que a Lei Nacional

prescreve. É por ela. e pelos princípios gerais inscu lpidos na Cons tituição Federal que os admi nistradores serãoaprovados e julgados.

A Lei 8666/93 já é o Estatuto Regulamentador do modo co mo devem ser respei tados os principios consti­

tucionais. Qualquer digressão. mesmo que na forma de respos ta a uma co nsulta. será inócu a para () fim de dar

"status" prioritário às regras condicionantes dos emprést imos internaciona is.

Logo. não deve ser afastada a hipótese de aqui si çõe s de bens e serviços sem a licitação que a lei nacional

prevê. A conseqüência de que o Ente Financiador Externo cancele o financ iame nto, é hipótese do preço de se

cumprir o que dispõe a Lei das LICITAÇÕES E CONTRATOS. ou reflexo da falta de criatividade na exec ução

dos contratos considerando a licitação pública como um passo necessário no caminho da execução dos contratos.

Perde-se o empr éstimo (o que jamais ex istiu). mas não se perde a linha mestra do respe ito à isonomia entre os

cidadãos e à igualdade de oportunidades entre os interessados.

62 Tribunal de cemas . PRInO153 IAbrila Junho de2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 52: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~l........- ~

I6.1 - Conhecer da presente consulta por atenderos requisitos previstos 110 Regimento interno deste Tribunal.

6.2 - Responder à consulta seg uintes termos:

"A Lei FedemI 8666193. de 2/106/93, em Jeu art. 42, § 5 ", prevê - para a realizução de obras, prestação

di' serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de instituições internucionais. como o Banco Mundi­

ai, a admissão, na respectiva licitação, das condições ditadas pela referida inst ítuição, desde qu,' estejam respal­

dadas em acordo, protocolo, com'enção ou tratado internacional aprovado pelo Congresso Nacional.

6.3 - Dar ciência ao Consnlrnte do inteiro leal' desta decisão, hem como do Parecer GCMBf2()()()/430

que a fundamenta .

6.4 - Determinar o arquivamento dos autos .

E o Tribunal de Comas do Estado de São Paulo, in ACÓRDÃO TC 13988/026/97:

A Egrégia Câmara decidiu j ulgar re gulares li concorrência internacional e (} contrato, hem como legal

(I aIO determinudor da desp esa . Recomendou , outrossim, a origem que, sempre qu e admitido pelas normas

ditadas por organismos intemacionais no s empree ndimentos por estes patrocinados, sej am estritamente

observadas as normas da lei brasileira sobre licitações e contratas . (publicado no DOE em 23/0911 998)

E mais: no RECURSO 13678/026/1 998. foi objeto de decisão fin al o Acórdão - publicado no DOE de 061

0912001 - nos seguintes termos:

"CONCORRÊNC IA INTERNACIONAL - EXIGÊNC IA NO EDITAL DE GA RANTIA CONTRATU­

AL - FALTA DE DOCUME lTAÇÃO JUNTADA AOS AUTOS LOG RASSE COMPROVAR TER SIDO

ESSA EXIGÊNCIA DECORRE TE DE II\IPOSI ÇJ\O 00 ÓRGJ\O FI NANCIAOOR - EXCESSIVO

ZELO - um - 10% 00 VALOR 00 CON T RATO (GARANTIA CONTATUAL) IRREG ULAR - RE·

C RSO CON HEC IDO E PROVIDO.

Outra decisão linalmanifesta no ACORDÃO FINAL no Processo TC 13988/026/ 1997. que assim reza:

"A Egrégia Câmaru decidiu julgar regulares a co ncorrência internacional e o contrato, hem como legal o

ato dctcrminador da despesa.Recomendou. outrossim. a origem que. sempre que admitido pelas normas ditadas por Organismos Inter­

nacionais lias Empree ndimentos por estes patrocinados, sejam estritamente observadas as normas da lei

brasileira sobre licitações e contratos.

Publicação no DOE de 23/09/1998 co m a emen ta:CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL- EMPRÊSTIMO BlRD - REGULARCOM RECOMENDAÇÃO."

Também sobre o fato de se lixar Valor Máximo. como na Constituição Estadual do Estado do Paraná. há

na Decisão n." 255 11102611995. do TClSão Paulo, a seguinte ementa:

"B IRD - EMPRÉSTIMO - MENO R PREÇO - VALOR MÁXIMO - PLANO REAL - REAJUSTE

FlPE. - LEGA IS AS DESPESAS E A CONCORRÊNC IA, O CONTRATO,"

Tribunal decomas- PRI n" 1~ I Abril aJunhode2005 61

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 53: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

J1J.IllSfflWl.Ê""---- ~

Pela procedência da Impugnação.

- Parecer n ° loo.t2-DATJrrC - Impugnação de Despesas da SEED feita pela 2' ICE sobre co ntratação de

pessoa l sem licitação. com recursos do Banco Mund ial. Pela procedê ncia da impugnação.

- Parecer da DATJ - Impugnação de Despesas da SUDERHSA feita pela 2' ICE. sobre a contratação da

CONS IX CONSULTORIA SIC LTDA.. sem licitação. com recursos do BIRD . Pela procedência da impugna­

ção.

- Parecer n ° 11396. da Procuradoria do Estado junto ao TC- sobre consulta formulada pela SECRETA­

RIA DE ESTADO DE GOVE RNO sobre as regras impostas por Contrato firmado com o BIO sobre a prevalên­

cia destas no dispositivo da Constituição Estadual que lixa a obrigação de indicar um preço máximo nas licita­

ções para exec ução de obras. serviços de engenharia e aquisição de bens. caso em que admite a possibilidade de

não se fixar previamen te um preço m áximo, sem contudo. abandonar os princíp ios da eficácia. da razoab ilida­

de dos preços frente ao mercado. e da indisponibilidade do interesse público.

Parecer 18143103 do Ministério Público Especial j unto ao TC. e Parecer n ° 8684/02 da DATJrrC _

Impugnação de despesas da COMEC feita pela 2 ' ICE. sobre a contratação do Consultor ALCEU GINESTE

sem licitação. onde se admite que a observâ ncia dos princípios constitucionais não se esvanecem diante do quereza o artigo 42. *5°. da Lei 8666/93. Pela procedência da impugnação.

Resolução n° 3872 . de 16/05195. deste TRIB UNAL DE CONTAS. que adotou o Parecer 6420195. do

Ministério Público Especial junto ao TC. para decidir sobre CONSULTA de aplicabilidade da Lei 8666/93 na

exec ução dos Contratos ce lebrado com organismos financiadorcs externos. - vide tls. 28 do protocolado emanálise.

Resolução n.o.2290/2003 de 22/05/2003. deste TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

que aprovo u a Impugnação de Contas proposta pela 4' ICErrC, com Parecer de n ° 1004 2. da DATJ. e doMinistério Público j unto a esta CORTE. pejo Parecer 11702/02.

Resolução 805/2004. de 19/02/200.t. deste TR IBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ que

aprovou a Impugnação de Despesas proposta pela 2 • ICE. com Pareceres favoráveis à impugnação da DATJ.

através do Parecer 8684/02-DATJ. e do Ministério Público j unto a este Tribunal. de n °18143103 .

Além da posição oficial deste TRIB UNAL DE CONTAS co rtsubstanc iada nas Resoluções acima citadas. essa

posição ganha reforço com o pensamento doutrinário ejurisprudencial mais abrangente do TRIBUNAL DE CONTAS

DO ESTADO DE SANTACATARINA e do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Como exemp lo. cito CONSULTAformulada pela PrefeitaANGELAAMI N. de Florianópo lis. ao Tribunalde Contas de Santa Catarina. que teve esta manifestação:

O TRIBUNAL PLENO. diante das ruzões apresentadas pelo RELATOR e com fulcro no artigo 59. da

Constituição Estadual. no artigo 27, da Lei Complementar n ° 3 1/90 e no artigo 7 0 . do Regimento Interno. decide:

DECISÃO N " 403 1100

60 TrtbunallleContas - PR In° 153 1Abril a Junhode 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 54: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~I....-..._--------------

E quanto ao julgamento objetivo necessário 11 observância dos princípios da impessoal idade e da isonomia.

escreve TOSH IO MUKAI :

"Com o disposto /I a § 5 o do Art. -l2 da Lei 11666193. nas Iichaçôes internacionais há que ." . observar t ão­

só as normas dos mencionados orgunismosfinanceiros internacionais e (I princípio do j ulgamento objetivo?

Pensamos que mio.

Embora li lei obrigue agora apenas li observância cio principio do j ulgamento objetivo. é obvio que os

demais principias inscritos 110 Ar!. J o da Lei 8666193 seio indiretamente. de observância obrigauíria. II m ll \'e:

que. para qae seja atendido " princípio do julgamento objetivo. haverá que se observar as regras do Editu!

( \'i IlCII /lIÇt70 ao instrumento COII1'OCll lôr;o). li competitividadc l' (1 princípio da igualdade (porque este é de

ordem constitucional - A ri. 3 7. XXI. da CF). "

DA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA REITERADAS

A SECR ETARIA DE ESTADO DO PLANEJAM ENTO E COO RDEN AÇÃO GE RAL ao formular a

presente CONSULTA. o faz trazend o como instrução o PARECER n " 11 0/2003 . da PGE. E nesse pare cer é

reproduzida j urisprudência do TCU e de vários Tribunais de Contas Estaduais. A decisão do TCU refe re-se ao

Decreto Lei n," 2300/86 ainda vigente 11 época. em razão do que perde sua con sistência.

Os demais excertos de jurisprudência repetem, a seu modo . a necessidade de cumprimento do que estabe­

lece a Co nstituição Federa l. regul amentada pela Lei 8666/93 .

Convêm ainda lembrar que a Co nvenção de BRETTON-WOODS é de 1948. enquanto as exigências de

salvaguardas da isonomia e da indisponibilidade dos recursos públicos são da Consih uição Federal de \988. que.

a priori, derrogu a lei anterior. mesmo que recepcionada na forma de CONVENÇÃO INT ERNACIONAL. a que

se refere o § 2° . do artigo 5 0 . da CF.

Muitas impugnações de despesas e consultas furam feitas nesse diapasão seguindo pareceres e Resoluções

entre as quais relacionoalgumas:

_ Parecer n o 8842. da DATJrrc. sobre Co nsulta da SEMNSUDE RHSA - para executar contrato finan­

ciado pelo KREDITANSTALT FÜ R WIEDERAUFB AU - KFW. por aco rdo de cooperação firmado como a

Aleman ha. aprovado pelo Co ngresso Nacional pelo Decreto Legislativo 109. de 15/09/95. que desejava contra­

lar sem licitação. Resposta por negativa endossada pela DATJ .

_ Resolução n ° 8388/2002-TC . de desaprovação de contas de ex-Prefeito por ter real izado procedimento

privado de consulta de preços e do ex-Secretário de Estado que aponta que o PARANAC IDA DE era um

programa executivo dos empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

_ Parecer n," 12105-DATJITC - Impugnação de Despesas da CO MEC pro posta pela 2' ICMC na Con­

tratação da UNILl VRE. com recursos do BIRD e do Teso uro do Estado. Pela procedência da mesm a,

_ Parecer n." 10755/01-DATJrrC - Impugnação de Despesas da SEED fe ita pela 2' ICE na co ntra­

tação da e mpresa SOFrPLAN - Planej umcnto e S istemas . se m rea lização de licitação. - Programa PQ E.

Tribunalde Contas - PRIn" 153 1Abrila Junho de 2005 59

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 55: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

objeti vo. de respeito à voluntariedade e mutual idade dos de veres entre os contratantes, estão simplesmente corpo­

rifica ndo no con trato ou nos Termos de Referência as respostas que investidores terão ao perguntarem sobre o

destino de seus recursosfinancei ros.

J1JB.lSfIlllJ1ÊID..A ~

I

I

Enquanto repetem os princípi os gerais de direito, as GUIDELfNES não afrontam ao direito, e ncm licen­

ciam os rituais da Le i de Lici tações. O que afronta o direito pátrio é a interpretação co ncessiva de exceções não

previ stas no artigo 42. § 5 ", da CF. Não se deve exccpcionur o que a lei não excepciona.

O art. 3" e parágrafos da Lei 8666/93 estabelecem o respei to aos princípios de isonomi a e de prevalência

do interesse púb lico. Em várias impugn açõe s que trami tam nes te Tribunal de Contas. relacionadas à licitações.

verifica-se publicidade insuficiente. entrelinhas não esclarecidas nos edit ais e instru mentos convocatórios elabo­

rado s em desrespeito à isonomia e ao interesse púb lico. A excludência de co nco rrentes sob a alegação de que o

BANCO MUNDI AL ou o BIRD possuem cadas tros próprios de executores - SHORT LfST - ou empresas aptas

a participarem da modalidade de consulta de preços ou SHOPPING são eufemismos vedados no inc iso I. do § I".

do art igo 3 ". da Lei 8666/93.

Essas as form as que a CONS ULTA quer ver toleradas por este Tribunal de Contas. que como Entidade

Fiscalizadora da legalidade não poderá responder com tolerânciu à violação da Constituição ou o não seguiment o

das Guidellnes.

A Lei das Licitações pretendeu impor-se co mo o passo adminis trativo necessário de toda a Administração

Pública. mas os Agentes Públicos adotaram- na como um en trave para o que julgam ser condição de eficácia de

seu comando administrativo.Até hoje os Administradores encaram a Lei 8666/93 como um mal necessário. co mo

uma exigência dos Órgãos de Fiscal ização c do Co ntro le Externo. Por isso até hoje as licitações não são uma

afirmação da igualdade de oportunidade entre empresas e cidadãos. Pelo co ntrá rio. as licitações são um momento

administrati vo que sempre tende a ser desviado. superado ou ainda burlado para obtenç ão de um co ntrato. ou um

concurso. sendo válida quando formos aprovados. ou adquirirmos alg o por leilão abusivo sobre bens sub­

avaliados. ou pagamen to de desapropriações super-avaliadas.

A Lei de Licitações é expressão normativa da Constituição Federal. para a observância do s princípios

gerai s. garantia de respeito ao interesse público e à igualdade entre os cidadãos. É a Lei para qua l não se pode

adm itir exceção. sob pena de violação do direito constitucional da qual ela der iva.

Co mo co nclui o mestre AND ERSON 5ANT'ANA PEDRA :

"Se das Guidelines podem ser exim idas várius interpretações deve-se optar por aquela que guarde

sintonia com os princípios constitucionais. e mio aqu ela que vai restringir; amesquinhar ou fru strar a compe­

tiçã», finalidade primeira de 11m procedimento Iicitat ário OI.

Emais:

"Deve ser fixada li premissa de que todas as normas constitucionais desempenham unta ji mçlio útil no

ordenamento jurídico, sem/o vedadu a interpretaç ão que lhe suprima ou diminua II fi nalidade ".

Assi m. contra os disposi tivos da Constituição Federal não preva lecem reso luções. leis. co nstituições esta­

duais. decretos ou sentenças federais . nem tratados ou quaisquer outro s atos diplom áticos co m efeito interno.

58 tríbunat de Contas· PRInO1531Abril a. Junho de 2005

- - - - ---- --- - -- - --

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 56: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Para asseg urar a eficácia na aplicação dos recursos oriundos dos emprés timos internacionais. os adminis­

tradores dos Fundos de Aplicação das Agência s e dos Bancos Internacionais. que conhecem a temporariedade

dos mandatos e a volatilidade da vontade dos Agentes Púb licos. e conhecem também a dinâmica evo lutiva das

leis e dos regulamentos no Brasil. estabelecem GU/D ELlNES no primeiro momento. e em segundo. os chamados

TERM OS DE REFERÊNCIA sempre objetivando a boa execução das obras e dos serv iços e os resultados a que

se destinaram os recursos. Essas norm as não possuem nada que estabeleça prevalência sobre os princípios

constitucio nais que regem a administração pública brasileira . ou que se refiram ao respei to a,,, princípi os da

indisponibilidade do interesse público e da isonomia entre os cidadãos.

~A,---- .

I

As GUlD ELlNES visam. ainda. que os benefícios dos recursos coletados entre os cidadãos dos países

memb ros. seja m extensivos a eles e por isso. estabelecem desconsideração das fronteiras para admitir ou contra­

tar quem deva executar os serviços previstos no TERMO DE REFERÊNCI A. Somente isto justifica a existência

de dispositivos legais tais co mo o que se reflete no artigo 42 - § 5 o • da Lei 8666/93.

É por essa razão que a nossa legislação pátria aco mpanhou a formaç ão das organizações financei ras

internacionais que estabe lecem GUIDELlNES nos em prést imos internacionais.

Estas não foram estabelecidas para confrontar ou exigir a mais da sociedade. mas para garanti r a eficácia dos

recursos. e para que tendo atingido o objetivo. criem-se as condições de devolução do emprést imo futuramente.

Além disso. também servem de orientação para países que não possuem legislação específica sobre a

matéria.

Não existe con frontação entre as GUlDELlNES e a legislação pátri a. devendo esta ser sempre obedecida.

pelo que estabe lecem os princíp ios constitucionais dos artigos 50e 37. da Co nstituição Federal e Lei 8.666/93.

Os princípios constitucionais não são c ânones articulados. mas são princípios de razão suficiente de nossa

natureza racional. Ninguém impõe conhecimento ético diante da barb árie , diante da força da natureza e outros

fatores que dispensam a vontade e o planejamento humanos. Mas os emprestadores intem acionais não querem ver

seus recursos escoarem pelos desvãos legais para financiar gastos desvirtuados do obje tivo original do empréstimo.

Existe m também os princíp ios co nstitucionais implícitos. que não es tão esc ritos. mas fundamentam a

fonnulação das normas e das regras de comportamento dos cidadãos e dos Agentes Públicos titulares dos poderes

constituídos .

Assim. os princípios da indisponibilidade do interesse públi co. da finalidade. da razoabi lidade. da propor­

cionalidade, da motivação. da seg urança jurídica. entre outros. não estão escritos. Essa é a razão pela qual os

BANCOS e as AGÊNC IAS INTERNACIONAIS DE FINANCIAMENTO estabelecem cláusulas contratuais

ou dispositivos nos Termos de Referência para garantir aos donos dos recursos a sua permanência como valor.

enquanto exercemeficáciaconstrutivapara os interesses coletivos dos tomadores dos empréstimos. e formem ascondições propícias à devolução ou paga mento desses adiantamentos de recu rsos. Todos querem garantias de

que o princípio gera l do "pacta sunt servanda" não se esvaneça por alterações legislat ivas. em interpretações

dúbias ou propositura de moratórias.

Quando as GUIDELlNES impõem respeito aos princípios gerais de co mpe titividadc, de julgamento

L __

Innunat de Contas - PR In· 153 1Abril a Junho de2005 57

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 57: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~'-------------------...MClD F - Distrito Federal - Relator Ministro CE LSO DE MELLO - Votos vencidos no mérito Ministros Carlos

Velloso, limar Galvão. Marco Aurélio e Sepúlveda Pertence) a AD IN contra o Decreto Legislativo 68/92 e

Decreto n o 1855/96:

"No sis tema jurídico brasileiro, os tratados 0 11 COI l\'Cllç lj e s internacionais e.\tlio hierarquicam ente

subordinados à autoridade normutiva da Constituição da República . Em conseq üência. nenhum valor j urídico

(enio os tratados internacionais, que incorporados ti O sistema de direito I'0 S;I;\,O interno . transgredirem.

fo rmal ou materialmente, o texto da Carta Politica (.... ) .. tCuuçâo extraída da Ementa constante 110 site do

STF cf. cópia allexa ).

..os tratados internacionai s ou COII \ 'e n ç() e ,'i internacionais. ll mll \'e: regularmente incorporados ao

direito interno, situam-se. 110 sistema j urídico brasileiro , 110.\ mesmo" planos de validade, de efic ácia e de

autoridade em que se posicionam as leis ordinárias. havendo, em conseqüência. entre estas e os 1I1lJ.'i de direito

internacionalpúblico, mera relação de paridade normutivu. .. tCiutç ão ex traída da Ementa constante 110 site

do STF cf. cópia allexa ).

"A eventual precedência dos tratados 011 cOll ,'ençiJes internacionais sobre eIS regras infrartmstitucio­

nals de direito interno somente se j ustificar áquando a situação di' antinomia com (J ordenamento doméstico

impuser, para a solução do conflito, li aplicnção alternativa do critério cronolúgico "lex posterior derogat

prior; " ou. quando cubivel, do critério da especiatidude." (Citação extraída da Ementa constante no site doSTF cf Cópia a1lexa ).

Ao estabelecer os direitos e garantias individuais no Artigo 5 o . a Constituição Federal. após estabelecer

repúdio a qualquer espéc ie de discriminação (Art. 3 o -inciso IVl. afirma categoricamente:

Ar!. 5" - § 20• Os direitos e garantias eN Jr('JSOJ nes ta Constituiç ão n ão exclue m outros decorrentes do

regime e dos principios por ela adotados. 0 11 dos tratados internacionais em que a Rep ública Federativa do

Brasil seja parte. (Grifo IIOJSO )

GUIDELlNES E LEI DAS LICITAÇÕES

Sendo o instituto da licitação uma norma constitucional intema (vide art. 22. da CF. sobre a co mpetência

privati va da União) como ajustá-Ia para incorporá-la às praxes administrativas de escolh a do eventual contrata­

do estrangeiro?

As Guidelines são estabelecidas para assegurar a eficácia da aplicação dos recursos para o objetivo de interesse

público almejado. Portanto. a mesma ética inspiradora e norteadora da nossa Constituição Federal. é que inspira e

forma a' normas de utilizaç ão dos recursos financeiros disponibilizados a favor de uma determinada população.

Os princípios da economicidade e da eficácia norteiam o contraio de empr éstimo intemacional ou ainda o

chamado - TOR - ou Termo de Referência da praxe usual desses contratos. E. tais Term os, não se constituem

indicação prévia de quem ou de que Empresa contratar para executar o que se pretende.

São os administradores públ icos brasile iros que. no afã de simplificar as formas de exec ução vêem contra­

dição ou afronta entre os princípios inseridos na nossa Constituição Federa l e os princíp ios éticos de busca daeficiência orientadora das GUIDELlNES.

56 Tribunal de Contas- PR 1n° 153 1Abril aJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 58: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~I.....-_-----------------:

inciso XXI - ressalvados os casos especificados lia legislação. as obras. serviços. compras e alienações

serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os

concorrentes, com cl áusulas que estabeleçam obriga ç ões de pagamento , mant idas as condiç ões efetivas da

proposta , I IO S termos da lei. o qual somente permitir á tiS exigências de qualificação t écnica e econômica

indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigaç ões.

A licitação públ ica é. portant o. um instituto de natureza co nsti tucional que não admite osci lações de

humor ou de interesse para interpretá. lo. É ma ndamen to co nstitucio na l protegido do assaque dos interesses

individuais. sejam eles eco nômicos. políticos ou de qu alqu er outra natu reza. pelo que estabe lece o anigo 3° nas

vedações ex plíci tas aos Agentes Públicos.

Ao co ncluir es te primeiro título salie nto que diante da ética refletida nos princípios constitucionais . es tabe­

lecendo a prevalência do interesse público. da isonomia. da legalidade. da impessoalidade. da pub licidade. da

moralidade. da publicidade. da eco nomicidade ou eficiência dos recu rsos públicos. não se pode falar de preval ên­

cia das norm as externas sobre as norm as internas no que tange ao seu respe ito.

DO ORDENAM ENTO J URÍDICO PROPOSTO PELA CONST ITUIÇÃO FEI>ERAL

Deprecnde-se da seqüência estabe lecida na CF que o interesse coletivo prevalece sobre o direito individual.

salientando que o direito público é indisponívele que os benefícios públicos devem ser isonômicos e ()respeito a esses

dois princípios prevalecem sobre quaisquer OU!nlS regras ou normas, sejam elas buscadas na legislação infraconstitu­

cional, nos tratados internacionais, ou ainda. em atos convocatórios para fornecimento de bens e ou serviços.

o imponante é que os princípi os pre valeçam sobre as reg ras e as norm as. das quais nasce o direito

refletido no conjunto del as par. o estabe leciment o das praxes. usos e costumes dos cida dãos c dos Agentes

Públ icos. Assim. uma regra ou norma nunca pode ser tomada co mo se fosse única. mas de vemos co nside rá-Ia

ligada a outras anteriores até fluir da matriz básica que é o direito co nstitucio nal. forma ndo um complexo a que

chamamos de ordenamento j urídico pátr io.

A part ir da Constituição Federal . que dá o tônu s teleológ ico do ordenamento j uríd ico através dos princípi ­

os. os Age ntes Públicos e os julgadores terão uma matriz que orientará a forma ção dos j uízos. para dizer se uma

norm a é aplicável e em que ci rcunstância.

É ass im que a CONSULTA provinda da Secretaria de Estado do Planejament o e Coordenação Geral

pos iciona a todos nós. CON SELHEIROS deste Plen ário.

A co nclusão é que as normas infracon stitucionais poderão eo nter antinomias . co mo é a dú vida inspiradora

da presente CON SULTA. mas a resposta deste Tribunal não pode conside rar apenas a norma ou regu lame nto de

manei ra isol ada . mas localizá-los na hierarquia legal fonnadora de todo o orde namento j uríd ico .

Como proponente de muitas impugnações de despe sas. decorrente s da fiscalização rotineira exercida pela

Inspetoria da qual sou Superintendente. sempre me pau tei no princípi o da preva lência das normas co nstitucionais

internas sobre as internacionais. Ass im é a linha de julgamc ntos do Supre mo Tribunal Fede ral. que sobre o

assunto se manifesta quando julga sobre a adequação das mesma s à CONVENÇÃO I58/0IT. ( Vide AD I 1480

Tribunal deContas · PRI n~ 1531Abnl a Ju nhode2005 55

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 59: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~-----------------~No contexto do ordenamento jurídico brasileiro (composto não apenas de normas ou suas exceções) o

respeito ao interesse público é imperat ivo, e o respe ito ao direito à cidadania, salvaguardando a isonomia entre os

interessados em serem contratados, é condição essencial, ou "conditio sine qua non". Vale, portanto, o que dispõe

a Constituição Federal nos Artigos 5° da CF que reza:

Art. 50- § 2 o - Os direitos e garantias expressos nesta Constituiç ão não excluem outros decorrentes do

regime e dos princípios por ela adotados. ou dos tratados internacíonais em qae a República Federat iva do

Brasil seja parte.

Esse dispositivo constitucional orienta todas as Autoridades. Juízes e Agentes Públicos a buscarem a

aplicação prática e realização dos princíplos gerais de isonomia e de respei to ao interesse público, não olvidando

as normas locais, seja m naciona is ou internacionais.

Não se trata nesta CONSULTA, de responder co mo os AGENTES PÚBLICOS haverão de entender

formas diretas ou indiretas. ou sub-reptícias de exec utar o plano de aplicação dos recursos públicos advindos na

forma de adiantamentos poremprés timos internacionai s.

Entendo que este Tribunal de Contas deve orientar o Administrador Público na condução de suas ações.

respeitando o interesse público e isonomia dos interessados em serem contratados. Vale dizer, orientar para o

cumprimento do Artigo 3 o da Lei 8666/93:

Art. 3 0- A licitaç ão destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a

selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e será processada e j ulgada em estrita conformi­

dade com os princípios básicos da legalidade. da impessoalidade. da moralidade, da igualdade, da publicida­

de. da probidade administrativa. da vinculaç ãoao instrumento convocat ário, doj ulgamento objetivo e dos que

lhes são correlatos.

Os parágrafos 1° e 2 o do mesmo dispositivo estabelecem vedações aos agentes públi cos no tocante aos

atos de convocação e tratamento diferenciado entre empresas nacionais e estrangeiras, mesmo quando envolvidos

financiamentos de agências internacionais. em qualqu er forma seletiva de escolha para contratação e exec ução

do plano de aplicação.

Atente-se desde logo que as GUlOELlNES não seguem o instituto da LICITAÇÃO como norma executiva

de respeito à isonomia e ao interesse público. Isto aco ntece, porque a maioria dos memb ros componentes do

TRATADO DE BRETrON· WOOOS, são países que adotam o direito co nsuetudinário. Assim, a licitação equi­

vale ao respeito à ética da concorrência entre capazes (não o respeito ao interesse coletivo como entre nós). Mais

ainda. o direito consuetudinário vai direto ao modo de exec utar, daí a menção ao SHOPPING e à SHORT LlST

como modo de realizar imediato do que deve ser feito.

No Brasil, é diferente. Existe a Lei 8666/93 que regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição

Federal, e institui normas para licitações e contratos da Admini stração Pública. Estabe lece tal art igo:

Art. 37 - A administraç ãopública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União. dos Estados. do

Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publi ­

cidade e eficiência e, também. {/O seguinte:

54 Tribunalde Contas - PR Ina1531AbrilaJunhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 60: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

JllIl1Sf8llJlÊNI.- ......,

Sa la das Sessões. em 7 de abril de 200 5.

HEINZ GEORG HERWIGPresidente

VOTO DO CONSELHEIRO NESTOR HAPTISTA

Pedi vistas do Protocolo em respei to ao entendimeuto reiterado desta CORTE DE CONTAS e meu próprio.

sobre a matéria da Consulta. pelo que venho expor meu VOTO nos termos c com os fundamentos abaixo descritos.

DA CONT RAPOSIÇAo DE NORM AS

A partir de 1995. através da Resolução 3872195 e. mais recentemente. com as Reso luções 229012003 e 8051

200.J. este Tribunal de Contas e este Conse lheiro se mani fe staram no sentido da não contraposiç ão de normas da

Constituição Federal e da Le i de Licitações co m as nonnas do BANCO MUND IAL e outras Agências de Finan­

ciamento Internacional. chamadas GUIDELlNES. Aliás. para a ética que impõe o respeito ao interesse público e a

isonomiaentre os cidadãos interessados C0l110 princípios. e na forma ativa de buscara aplicaçãodas normas legaispara realizar efetivamente o desiderato da Constituição Federal. não pode haver co ntradição ou co nfronto.

No caso. a suposta contraposição de normas seriam as exigências contidas nos Tratados c nos Contratos

de Emprés timos Internacionais. diferentes das praxes operac ionais dos encarregados de propor a todos os inte­

ressados os CONTRATOS de execuçãocom os recursos dos Organismos Internacionais. Essas norm as exigidaspelos Agentes lnt ernacion ais devem ser consideradas um "p lus" UI1H.lexigência "a mais" , e não uma supressão

das exigências da Constituição e da Lei brasileiras.

Muitos administradores púb licos erigcm a inaplicabilidude da Lei 8666193 quando os recursos a serem

despendidos são provenientes de empréstimos internacionais. Na realidade. porém.trata-se de executar os programas

ave nçados nos Contratos de Empréstimo Internacional. ou seus T ERMOS DE REFERÊNCIA (plano de aplicação) .

Se os Planos de Aplicação foram mal fei tos ou fei tos em desconsiuerução da lei preexistente. que sejam

refe itos os planos c não descumprida a lei.

A ética que es tabe lece a preva lênc ia do interesse públi co. é dire ito de c idadania. ass im co mo respeito

à isonomia dos cidadãos. Os princípios regentes da licitação não dizem respeito à natureza dos recursos.mas incorporados à admi nistração púb lica. es tão rea liza ndo o inte resse públi co. e de vem respe itar os prin ­

cípios constitucionais.

Quando o recurso financei ro adentrá aos cofres púb licos. são recursos públicos por adiantamento. porque

são os CONTRIBU INTES 'Iue honrarão os pagamentos ao se u vencimento futuro. Os recursos obtido s através

de empréstimos. sejam internos ou ex ternos . são recursos públicos que se fundam na capacidade co ntributiva de

um povo. nu caso. o povo brasi lei ro em geral. e puranaense em especial.

Na aplicação dos recursos públicos devem ser respe itados os princípios éticos que atendem os interessespúblicos. Os princíp ios co nstitucio nais de vem nortear a ação dos adminis tradores e agentes p úbl ico s.

l_ ---------

TribunaldeContas · PR I n" 153 1Afmla Junhode 2005 53

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 61: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

.111 ~lSfB.1I nFNr.IA

OPERAÇÕES FINANCEIRAS

1. ORGANISMOS INTERNACIONAIS DE CRf:DITO - 2.LlCITAÇÃO.

Relator

Protocolo

OrigemInteressado

Sessão

Decisão

Presidente

Fernando Augusto Mello Guim arães

467678/04-Te.

Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral

Secretário de Estado

04/07/05

Resolução 238 1/05-Te. (Maioria Contra-Relato r)

Conselheiro Heinz Geo rg Herwig

Consulta. Procedimen tos a se rem adotados em licita ção para aquisição de

ben s, contra tação de obras, seleção e contratação de consultor ias , em

programas co-financiados por organismos multila terais de cré d ito e de

cooperação ao desenvo lvímentn tais como: Banco Mu nd ia l, IlID e IlIR D.

o Tribunal de Contas. por maior ia. RESOLV E:

I - Preliminannente. anular a Resolução n° 8805/04-TC . de 1611 2/04. por erro material.

11 - Responder a presente Consulta. de acordo como o voto esc rito do Con selheiro NESTOR BAPT ISTA.

que aco mpanha as conclu sões dos itens "a" e "e". exposada no Parecer 110/2003 da Procuradoria Gera l do

Estado. à exceção da letra "f'. explicitada nos seguintes termos:

- Aplicam-se as regras e procedimentos específicos - da Lei n° 8666/93 - para aquisição de bens. contrata­

ção de obras. seleção e contratação de pessoa l/consultorias. com recursos prove nientes de emprés timos concedi­

dospororganismos mult ilaterai s decréditoe osde cooperação aodesenvolvimento.

- As informações neles contidas devem ser amp lamente divulgadas. de modo a dar conhecime nto a todos os

possíveis interessados. através de publ icações de todas as cláusulas e exigências dos Termos de Referências dos

Órgãos Financiadores Externos. com notificação dos Sindica tos e Associações de classe.

- Com a explicitação acima. esta Corte de Contas reafirma as Resoluções de n° 3872/95-Te. 805/04-TC

e 2290/03-TC e as aperfe içoa para dizer que as publicações das oportunidades de partici par das licitações nas

modalidades exigidas possuem condições especiais. que são as previstas no artigo 42. § 5°. da Lei n° 8666/93.

mantendo-se intactos os princípios da publicidade e do j ulgamento objetivo .

Voruram nos term os acima os Conse lhei ros NESTOR BAPTISTA. QUIELSE CRISÓSTOMO DA

SILVA. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO e HENRIQUE NAIGE BOREN e o Audi tor ROBERTO MACEDO

GUIMARÃES (voto vencedor). O relator. Conselheiro FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMA RÃES.

votou pela resposta à Consulta nos termo s do voto escrito,

Foi presente o Procu rador -Gera l do Estado junto a es te Tribunal. GABRIEL GUY LÉGER,

52 Tribunaldeccmas . PRI nO) 153J Abril aJunhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 62: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 63: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

50 TribunaldeContas - PRIn° 1531AbtilaJunho de2005

-

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 64: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

dade de horári os.

Art. 38. Ao servidor públi co da administra­

ção direta. autárquica e fun daciona l. no

exe rcício de mandato eletivo. aplicam-se as

seg uintes dis posições: (Redação dada pela

Emenda Constitucional n." 19. de 1998)

I . tratundo-se de mandato eletivo federa l.

estad ual ou distrital. ficará afast ado de seu

cargo , emprego ou função:

11 - investido no mandato de Prefeito. será

afas tado do ca rgo. emprego ou funçã o.

se ndo- lhe fac ultado optar pel a sua remu­

neraçã o;

III - investido no mandato de Vereador. ha­

vendo compatibilidade de horários. perce­

berá as vantagens de seu cargo, emprego

ou função . sem prejuízo da remuneração

do cargo e letivo. e. não havendo co mpati­

bilidade. será aplicada a norma do inciso

anterior;

IV . em qualqu er caso que exija o afasta­

mento para o exercício de mandato e let ivo.

seu tem po de serviço será co ntado para

todos os e fei tos legais. exceto pa ra prom o­

ção por merecim ento:V - para e feito de henefíci o previdcnc i á­

rio. no caso de afastamento. os valoresserão determinados como se no exercíci oes tivesse .

Quanto aos cargos de vice-prefcito e de se­

cretário muni cipal. a regra é a mesma apl icável

ao de prefeito. Tra ta-se de cargos do Executivo.

que seg uem o paradigm a do prefeito.

Além disso. o afastamento do cargo e a impos­

sibilidade de acumulação remunerada é a regra naAdministraçâo Pública. As exceções, como no caso

do cargo de vereador. são interpretadas de forma

restrita; se não estão expressamente pre vistas. não

são admitidas. Precedente do Supremo Tribunal

Federa l confirma esse entendimento:

EMENTA : - Recurso ex traord inário. 2.

Vice- Prefeito , que é titular de emp rego remu­

nerado em emp reSll p ública . 3. Não pode ()Vice-Prefeit o acumular li remun eração deco r-

rent e de emp rego em empresa p líhlica esta ­

dual com II repres entaç ão es tabelecida r ara() exercício do mandato eletivo (Cons tltuiçiio

Federa l art . 29. V). 4. Const ítuição. art. 38.

1/. 5. O que a COllslilUiciio (Jxcc1Jciollou. 110

a rl. 38. /lI. 110 clmb iJo munici oal, fo i apena s

tI s illl(l('{;O do \'ereado/: ao (}oss ib ili tar-lhe .

se serl'ido r míblico. no exercício do manda­

to. {}(Jrceher a ~; \'w1tagens de ."eu cargo. em­

lJrel!(} ou ÚlIl Ç(;O. se m lJl'e;uí ; o da relllllllel'll ·

('tio c/o cargo ele li ro . lluwulo /w lll 'er CO/1J IJll·

lihilidade de horários: se n ão se compro var

a co mpatib ilidade de horários. será ap lica .

da li norma relativa ao Pref eito (C F. art . 38.1/). 6. Hipotcse em que () acú rd ão mio reco­nheceu ao Vice - Pref eit o. qu« exercia emp re­

go e11l emp resa pública. () di rei to a perceber;

cu mulativamente, li retrihuição estabe lec idapela Câma ra Municipal. 7. Recu rso ex trao r­

d iná rio n ão co nh ecido . f RE 14026 9 / RJ ;

grifumos ]

A j urisprudê ncia do Tribuna l de Contas do

Paraná seg ue a mesma orien tação. Pe la Resolu ­

ção n." 2 184/99. ficou firmada a impossibil idade

da acum ulação de subsídios de secretário mun i­

cipal e vice -prefei to. pois ambos são remunera­

dos pelo Poder Público e não está caracterizada

qualquer das exceções previstas no art. 37. inciso

XVI. ou no art . 38 da Consti tuição Federal.

A mesma Resolução n." 2 18-1/99 deixou e1ara

a poss ibilidade de acumulação das funçõe s de se­

cretário mun icipal com vice- prefeito. sendo. en­

tretanto. vedada a acumulação de subsídios : as­

seg ura-se apenas o direito de opção pelo subsíd io

mais vantajoso .

Ob serve-se qu e. se o pre feito ou ve reado r

for se rvidor ou empregado da Administração di ­

re ta. autárquica ou fundac ional do mesmo Mu­

nic ípio e m que exerce () mandato, ficará subme­

tido ao teto remuneratório municipal , ou seja. o

valor do subsíd io do prefeito. Co ntudo . se ndo

se rvidor ou empregado de outro Município ou

de outra es fera - es tadua l ou fe dera l - ficará

submetido ao maior dos tet os: ao do próprio

Mu nicípio em que foi e leito. ao do outro Municí­pio. do qu al é serv ido r ou empreg ado. ou ao teto

estadu a l o u fede ra l.

Tribunal deContas - PA In° 153 1Abril li Junho de 2005 49

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 65: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

ção ou alteração do s subsíd ios dos vereadores.

Trat a-se de um aparente co nll ito de normas

constitucionais. que se reso lve pelas regras de her­

menêutica. No caso, há uma norma geral - a doinciso X do an o37 - . dirig ida a todos os servido­

res e agentes políticos. Entre tanto. e la é afas tada

pela norma espec ífi ca - a do inciso VI do an o29

- qu e trata. especi fica mente. da fixação dos sub­

síd ios dos vereadores.

Por outro lado. no entendime nto da Co missão.

a mera recompos ição monetária do valor do sub­

síd io - tanto dos membros do Poder Executivo

quanto do Poder Legislati vo - não carac teriza a

alteracão de que trata o inciso X do an o37 . sendo

possível - e mesmo recomendado - qu e o alo

original defi na- lhe o critério.

Pode o ato q ue fixa o subs ídio prever a re­

composição anual co m base num índice qu e refl i­ta a variação de preços ao co nsumido r. No caso

dos membros do Executivo . nova lei somente se rá

necessária para a concessão de reajustes superi ­ores ao da mera correção monetária. No caso do

Legi slativo. nenhum "to pod erá ser editado du ­

rante a legislatura. de forma que é de todo reco­

mendável que a leg islatura anterio r estabe leça o

critério de recompos ição anual.

Limites dos Subsídios dos Membrosda Mesa Diretora da Câmara

A fixação de subsíd ios dife renciados para o

Presidente da Câmara e para os demais ruem­bros da Mesa Diretora tem como fundam ento o

ônus da representação e das tarefas de admini s­

tração do Poder Legislativo. tal como ocorre. si·metricament e. com o Presidente do Suprem o Tri­

bunal Federal. q ue possui verba d iferenciada em

relação aos dem ais Minist ros daq uela Co ne.

A natureza j uríd ica de verba indenizatória en­

co ntra-se pacifi cada neste Tribunal, tendo como

precedente a Reso lução n." 7568/02. e mitida no

protoco lo de co nsulta n." 339982/02.

Não se vislumbra na Constituição Federalqu al­

quer impedimento ou proibição 11 remuneração

diferenciada, em parcela única. tant o ao Presi­

dente. quanto aos demais Membros da Mesa. es-

48 Tribunal de Contas· PRIn° 153 1Abril aJunho de 2005

tes com funções di stintas daquelas desempenha­

das pela Presidên cia. como por exemplo . o sec re­

t ãrio da Câmara. Port anto, co nstitu i ponto de con­

tro le a despesa gerada em razão da forma de fun­

cionamento da Câmara.

O que não se permite é a fixaçãode gratificaçãoo u ve rba de represen tação. em razão da

expressa proib ição contida no art . 39. § 4". da Cons­

tituição. mas alberga-se a possibilidade de fixação

de subsíd io diferenciado . em parcela única. que não

se submete ao limitador fundado no subsídio dos

Deputados Estaduais. disposto no ano29. inc. VI. da

Constituição. sob pena de não ser possível. na pniti­ca, a remuneração pelas funções de representação

e adm inistração do Legislativo.

No entanto. submete-se o subsídio do Presidente

e demais Membros da Mesa Dire tora aos demais

limitadores constitucionais e legais. inclusive o sub­

sídio do prefeito. limitador municipal imposto no inc.

XI. do ano37. da Constitui ção Federal.

Note-se que a interpretação no sentido da pos­

sibi lidade de d ifere nciação de sub sídios na Co n e­

parâmetro do limitador co nstitucional. justifica-se

pela própria redação do inciso XI. do ano37 . da

Constitui ção. qu e se refere aos suhsídios "dos

Mi nist ros" do Supremo Tribunal Federal. levan­

do. na aplicaç ão do limitador. 11 consideração dos

subs ídios do s Mi ni st ro s e não do Presidente

daquele Tribunal .

Acumulação de subsídios comos vencimentos ou proventosde cargos, empregos ou funçõesna Administração Pública

A Co nstituição Federal apresenta so luçã o ex­

pressa para os casos de servidores públi cos da

Admini stração direta. autárquica e fundaciona l

eleit os para os cargos de prefeito e vereado r.

Investido no mandato de prefeit o. o servido r é

afas tado do cargo. o u fun ção, sendo-lhe faculta­

do oQlar pela remuneração mai s vanta josa.

Investido no mandato de vereador. o servido r

pode acumular o subsídio com a remuneração do

cargo. emprego ou função. se hOllver comratib i l i ~

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 66: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

d) aplicada sempre na mesm a data .

Entretanto. a revisão geral fixada no normati­vo não assegura a recomposição decorrente das

perdas inflacionárias. O índice de revisão pode

ser menor. igualou superior àq uele que reporia as

perdas decorrent es da inflação .

Feitas essas co nsiderar..ões. para efeitos de sis­

tematização e normatização das alterações de va­

lores que podem ser apl icadas aos subsídios dos

age ntes políticos. a Co missão adotou os seg uintes

termos e co nce itos:

a) recomposição ou atua lização: a co rreção

monetári a do valor do subsídio originalmente fi­

xado para preservar o seu pode r aq uisi tivo ;

h) reaj uste: o aumento do valor nominal dos

subs ídios,

c) revisão geral anual: a ulterução do valor

nominal dos subsíd ios dos membros de Pode r co m

base no mesm o índice uti lizado para a co rreção

da remuneração dos servidores.

Interpretação Sistêmica do inciso X doart. 37, do § 4" do art. 39 e dos incisos Ve VI do art. 29 da Constituição Federal

A le itura do inc iso X do art. 37 c do § 4° do

art . 39 da Constituição. se feita isolad amente "

dos incisos V e VI do art. 29. levaria" concl u­

são de que os subs íd ios de tod os os age ntes po­

lít icos so mente poderiam ser fixados e alterados

por lei específica.

Art . 29

V - subsídios do Prefe ito. do Vice-Prefeito

e dos Sec retários Municipais fixados por

lei de iniciativa da Câ mara Municipal. oh­

servado o que dispõe m os arts . 37. XI. 39.

HO. 150. II. I53. III.e 153. §2°.I ; (Reda­

ção dada pela Emenda co nstitucional n," 19.

de 1998)

VI - o subs ídio dos Vereadores será lixa do

pelas respecti vas Câ maras Muni cip ais em

cada legislatura para a subseq üente. ohser­

vado o que dispõe es ta Co nstituição. ob­

servados os c rit érios es tabelecidos na res­

pectiva Lei Org ânica e os seguintes limites

máximos: (Redação dada pe la Eme nda

Co nstitucional n." 25. de 2( 00)

Art. 37

X - a remuneração dos servidores públicos

e o suhsídio de que lrata o § 4° do art. 39

somente poderão ser lixados ou alterados

por lei específica. ooscrvuda a iniciat iva

privativa em cada caso. assegurada revi­

são geral anual. sempre na mesma data e

sem distinção de índices: (Redação dada

pela Emenda Cons titucional n," 19. de 1998)

Art. 39

§ 4° O membro de Poder. o detento r de

mand ato e letivo. os Ministros de Estado e

os Secretários Estad uais c Mun icipais se­

rão remunerados ex clusivamente por sub­

síd io lixado em parecia única. vedado o

acréscimo de qualqu er gratificação. adiei­onal, abono . prêmi o. verba de represent a­

ção ou outra espécie remuneratória. nne­decido. em qualquer caso." dispostn no art .

37, X e XI. (Redação dada pela Emenda

Constitucional n." 19. de 1998)

Entreta mo .j â vimos que a fi xação dos sub­

síd ios dos par lamentares dos Municíp ios e

da União é de competência exclus iva das

Câ maras Mun icip ais e do Congresso Na­cional, respe ct ivament e.

An.29

VI - o subsídio dos Vereadores será lixa­

do pe las respectivas Câmaras Municipais

em cada legis latura para a subseqüente.

observado o que dispõe esta Constituição.

observados os critérios estabe lecidos na

respectiva Lei Orgânica c os seguintes li­

mites máximos: (Redaç ão dada pela Emen­

da Co nstit ucional n."25. de 2000)

Art. 49. Éda competência exclusiva do Con­

gresso Nacional:

VII - lixar idênt ico subsídio para os Depu ­

tado., Federais e os Senadores. observado o

que dispõem os arts . 37. XI. 39. § 4°. 150.11.

153. m. e 153. § 2°. I; (Redação dada pela

Emend a Constitucional n." 19. de 1998)

Assim. não há como pretender -se a ap licação

iso lada da regra de ex igê ncia de lei para a fixa-

Tribunalde contas • PR In" 153 1AbrilaJunhO de2005 47

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 67: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

expressa de que os subsídios sejam lixados antes

das eleições.

Para o Poder Execu tivo. com o ad vento da

Emenda 1911 998. que retirou do texto co nstitu­

cional a exigência da anteri oridade de legislatura.

não há mai s sentido em exigir-se a ante rioridade

às eleiçõe s na fixação dos subsídios . A so lução

do Constituinte parece-nos lógica : como o subs í­

dio dos agentes do Executivo são lix ados por lei

de inici at iva da Câmara. há um co ntrole do Legis­

lativo sobre o Executivo. o que . em tese. evita

abu sos.

Já em relação aos subsídios do s vereadores.

que. com a EC 25/2000 de ixou at é mesmo de sub­

meter-se ao crivo do Executivo (já que não são

mai s lixados por lei). foi mantida a submissão à

anterioridade de leg islatu ra. Assim . permanecemvá lidas as conc lusões dout riu árius e juris­

prudenciais no sentido de que é obrigatória a lixa­

ção dos subs ídios dos vereadores antes das ele i­

ções. em respe ito aos princípios da lllomlidade cda impessoalid ade. evi tando -se so luções cas uís­

ticas e pessoais .

Nesse sentido . pronun ciou-se o Supremo Tri ­

bunal Federa l ao ap reciar o Recu rso Extraordi­

nário 213 .524- 1 - São Paulo:

SUBsíDIOS - VEREADORES. LOlIg,' f ica deClJllj1illl r com li Carta da Rep úhlira lIcônltio em

que assentada a insubsist êncio de alo da Cã ma­

ra Municipal, (onlla/imdo após a divulgarão OI

resu/ladoI da eleirão. 110 sentido de reduçã»substancial dos subsidios dos vereadores, afia­

tando (} patamar de vinte e cinco por cen to do'I IIe percebido por deputado estadual (' ;'1.\'1;111­

indo quantia igual (I quin:» I'{': e,r o valor do sa ­

klrio mil/imo. Igrifamos I

Recomposição, Reajuste e Revisão

As expressões " recomposição". " reaj uste" e

"revisão" não encontram conceitos uniformes entre

os autores consultados (Maria Helena Dini z. José

Afonso da Silva. Alexandre Moraes) .

A Constituição Federal utiliza duas ex pressões :

"reajustes" e "rev isão".

No an o7°. inciso IV. da Constituição apa rece

a expre ssão "reajustes peri ódicos que lhe prescr·

46 Tribunal de Ccntas - PR In"1531Abril li Junho de 2005

vem o poder aq uisi tivo" . A expressão complera

refere-se aos aumentos que apenas preservam o

poder aqui sitivo, no caso. do salário mínimo.

Art. 7" São direitos dos trabalhadores ur­

banos e rurai s. a lém de ourros que visem à

melboria de sua condição social:

IV - salário mínimo. li xado em lei. naci o­

nalmente unificado. ca paz de atender a suas

nece ssidades vitai s básicas e às de sua

famíli a co m moradia. alimentação. educa­

ção. sa úde. lazer. vestuário. higiene, tran s­

porte e previdênci a soc ial. co m reajusles

peri ód icos que lh e preservem o

poder aquisitivo. sendo ved ada sua vincu­

lação para qu alquer fim :

A expressão "revisão gera l an ual" co nsta do

art. 37 . inciso X. Refere-se à correção da remu­

neração dns servidores públicos com base num

único índice sem qualquer distinção entre Pode­

res ou categorias funcionais.

Art. 37

X - a remu neração dos servidores públi­

co s e o subs íd io de que trata o § 4° do ano

39 somente poderão ser li xados ou altera­

dos por lei espe cífi ca . observada" iniciati­

va pri vativa em cada caso. assegurada re­visão geral anual. semp re na mesma data

e sem distinção de índ ices: (Redação dada

pela Emenda Constitucional n." 19.de 1998)

Note -se que essa norma constitucional não

assegura a recomposição do poder real de co m­

pra da remuneração ou do subs íd io - poder de

compra reduzido em decorrênc ia do proce sso

inflacionário, O dispositivo apenas determina uma

revisão parJ. todos os servido res com as seguin­

tes caractcrfsticas: igualitária (com basc num mes­

1110 índice) e numamesmadata. A revisão é gemiporque incl ui todos os servido res.

Em síntese . a revisão prevista no incis o X do

art. 37 da Consti tuição é:

a) geral - porque inclui iodos os servidores:

h) igualit ária - porque feita co m base num

(mico índice para todos:c) anual:

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 68: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

lei de inici ativa da Câmara Municipal. ob­

se rvado o que di sp õem os arts . 37. XI. 39.

§ 4°,150. u, 153.111 . e 153. § 2°, I: (Reda­

ção dada pela Emenda co nstituciona l n." 19.de 1998)

Ob serve-se q ue o texto constitucional anterior

subme tia o ato normati vo 11 a nterio ridade de

legislatura:

Dispositivo Constitucional co m redação ori­

gi ná ria - (Art. 29. V):

V - remuneração do Prefeito . do Vice-Pre­

feito e dos Veread ores fixada pela Câmara

Municipal em cada legislalllra. para a sub­

seq Üente, o bse rvado o que disp õem os arts.

37, XI. 150. n. 153 .111 . e 153. § 2 .°. 1: [gri ­

famas I

Fonna do Ato e Anterioridade de Legislatura

- Evolução doTexto Constitucional

Ce rta me n te . as vá r ias alte raç ões do te xt o

co nstituc iona l sobre a matéri a contribuem para a

ex istência de entendimentos diversos qu ant o rl a

forma do ato e sobre a vinculaç ão 11 anteri oridade

de legis latura.

No te-se que tanto a forma do ato de fixaç ão

dos subsídios dos agentes políticos municipais ­

do Executivo e do Legislati vo - qu anto 11 vincula­

ção ao prin cípio da anteri oridade de legi slatura já

foram alteradas duas vezes desde a promulga ção

da Constituição de 1988.

A redação ori ginári a dava às Câmaras Muni­

c ipa is a competência exclu siva para li xar os sub­

sídios do Exec utivo e do Legislativo c exigia :.1

anterioridade de leg islatura em ambos os casos:

Redação anterior à dada pe la Emenda

19/98:

Art. 29V - remunera ção do Prefeito. do Vice-Pre ­

feito e do s Vereadores fixada pe la Câmara

Municipal em cada legislaturJ . para a sub­

seqÜente. obse rvado o que disp õem os arts.

37. XI. 150. n, 153.111 . e 153. § 2°. I:

Posteri ormente. a Emenda 19198 determinou

qu e os subsíd ios dos age ntes polít icos de ambos

os Poderes fossem li xad os por lei de iniciati va da

Câmara, mas não previu a observância da anteri­

oridade de legislatura nem pa ra os subsídios do

Executivo nem para os do Legislativo:

Redação dada pela Emenda 19/98:

Art. 29

V - subs íd ios do Prefe ito . do Vice-Prefe i­

io e dos Sec retários Mun icipais fixados por

le i de iniciati va da C âma ra M unicipal . ob ­

servad o o que disp õem os arts. 37 . XI. 39 .

§ 4°. 150 . u, 153.lII. e 153. § 2°, I;VI - suhsídio dos Vereadores fixado por le i

de iniciativa da Câmara Municipal. na ra­zão de. no máximo. setenta e cinco por cento

daquele esta be lec ido , em es pécie. para os

Deputados Estadua is. obse rvado o qu e dis­

pilem os ar ts. 39. § 4°, 57. § 7", 150. u, 153.

111 . e 15 3. § 2°. I;

Finalment e. a Eme nda Constituc ional n." 25/

2000 determ inou qu e os subs ídios dos ve reado res

sejam lixados excl usivamente pelas Câ mara s. mas

submetidos ao princípio da ante rioridade de legis­

latura:

Redação atu al :

A'1.29V - subsíd ios do Prefei to. do Vice-Prefeito

c dos Secret ários Mun ici pais fixados por

lei de iniciativa da Câmara Municipal, ob­

servado o que d isp õem os arts. 37 . XI. 39 .

§ 4°. 150. 11, 153. m. c 153. § 2°. I: (Reda­

ção dada pela Eme nda constituc iona l n."19. de 1998)

VI - o subsíd io dos Vereadores se rá fixa­

do pelas respec tivas Câmaras Municipais

em cada leg islatura para a subseq üente ,

obse rva do o que di sp õe es ta Constituição.

observados os cri térios es tabelec idos na

respectiva Lei Orgâni ca e os seg uintes li­

mites máximos; (Redação dada pela Eme n­

da Constituc iona l n." 25 . de 2000 )

Anterioridade às e leições

Não há no texto cons tituciona l ex igê ncia

Tribunal deCantis - PR In° 1531Abril aJunno ce2005 45

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 69: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Forma do ato para fixação ou Dispositivo Constitucio nal espec ífico: An.

a lteraçã o dos subsídios do Executivo 29. VI

VI - o subs ídio dos Vereadores será fixadoO ato que lixa os subsídios do prefeito. do vice- pela s respectivas Câmaras Municipais em

Iprefeito e dos secretários deve ter a form a de lei . cada legislatura para a subseqüe nte. obser-E a iniciativa da lei cabe à C âmara Muni cipa l. Ou vado o que dispõe es ta Constitu ição. ob-

Iseja: sob pena de inconstitucionalidade formal. por servados os crit érios estabelecidos na res-vício de iniciativa. o projeto de lei deverá ser apre- pec tiva Lei Orgânica e os segui ntes limitessentado por vereado r, grupo de vereado res. co- máxim os: (Red ação dada pela Emendamissão da C âmara, e não ser enviado à C âmara Constituc ional n." 25. de 2000 : grifamos)pelo Executivo (a questão da iniciativa já foi obje-

to de consulta ao Tribunal ). Dispositivo co nstitucio nal correlato - Não

observada simetria - Art. 49. VII

Dispositivo Constitucional especílico:An. 29. An . -19. É da competência exclu siva doV Cons resso Nacional:V - subsídios do Prefeito. do Vice-Prefei to VII - fixar idêntico subsídio para os Depu-

e dos Secre tários Muni cipai s lixado s por tados Federais e os Senadores. observadolei de iniciativa da C âmara Municipal . ob- o que dispõem os arts . 37. XI. 39. § -10. 150.

servado o que dispõem os arts. 37. XI. 39. 11. 153. 111 . e 153. § 2°. I: (Redação dada

§-lo. 150. 11 . 153. 11 1. e 153. § 2°. 1:(Reda- pela Emenda Const itucional n." 19. de 1998)ção dada pela Emenda constitucional n." 19.

de 1998) S o lução e m caso d e omissã o

da le g is la t u ra anterior

Dispositivo constitucional corre lato - Não

observa da simetria - Art. 49. VIII A Comissão nãoencontrou solução maisade-An . 49. É da com petência exclus iva do quada do que ajá fi rmada pelo Trih unal. nos ter-

Congresso Nacional: mos da Resolu ção n." 12.868/97 (Relator o emi-

VIII - fixar os subsídios do Presidente c do nente Co nselheiro Henriqu e Nuigeboren) com su-

Vice-Presidente da Rep ública e dos Minis- ges tão de pequena alteração: adotar-se a última

tros de Estado. observado o que dis põem remuneração da legislatu ra anterior. desde que lc-

os am o37. XI. 39. § -10. 150. 11 . 153. 111 . e gal, acrescidada recomposição monetária do peri-153. § 2°. I; (Redação dada pela Emenda odo (Resolução n," 12.868197 - "adotar nesse caso

Constitucional n." 19. de 1998) a última remuneração dos ex -agentes pol íticos.desde que legal. e computar sohre c1a os aumen-

An terio ridade de Le gi slatura tos dados aos servidores mun icipais" ).

ITambém quanto à ante rioridade de legislatura. Anterioridade q ua nto à fixação o u

a Co nstituição determina regras diversas para a alteraç ão dos subsíd ios d o Executivo

Ifixação dos subsídios dos parlamentares e para a

fixação dos subsídios do Exec utivo. Já o ato que lixa os subsídios do prefeito. vice-

Iprefei to c sec retários . não se submete à anterio-

Anterio ridade quanto à fixaç ão o u ridade de legislatura nos termos da norma consti-

alteração dos subsíd ios do Legislativo tucional fixada pela EC 19/1998.

O ato que fixa os subsídi os dos vereadores. decompetência exclusiva da C âmara Municipal. sub- Dispositivo Constitucional especí fico: An.

mete-se à anterioridade de legislatura. Ou seja. 29. V

Idever ser promu lgado e publicado untes do t érmi- V - subs ídios do Prefeito. do Vice-Prefeito

no do quarto e último ano da legis latura anterior. e dos Secre tários Mu nici pais fixados por

I

44 Tribunal de cceus . PRIn° 153 IAbril aJunno de2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 70: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

fixados . Esse modo de atuar em nada ofe nde o

princípio da auronomia dos Poderes. O ale rta

visará apena s a evitar que o órgão de controle

venha a glosar ou co nside rar ir regulares os

atos d e execução da despesa e a aplicar as

sanções cabívei s - essas, sim. competências in­

discu tívei s dos tribunais de co ntas .

Seguind o essa orientação. o Provimento TCE­

PR n." 56/2005 estabel ece, em seu artigo 16. que

"ao deli berar sobre o ato de fixação dos subs ídi­

os. o Tri bu na l de Co ntas indicará aos Pod e­

res Executivo e Legi sl ati vo d o M u uicíp io

IIS fa lbas detectadas a lertando-os de que as

despesas d ele d ecor r entes poderão ser

julgad as irregu lares e os beneficiár ios conde­

nados ao ressarci men to dos valores rece bidos

irreg ularmente" .

Princípios e regras aplicáveis à fixaçãoe às alterações dos subsídios dos agen­tes políticos municipais

Passemos então ti ana lisar os princ ípios e

regras que regulam a fixação dos subsídios dos

agentes políticos dos municípios. Abordare mos os

seguintes aspecto s: forma do ato que lixa os sub­

sídios : princíp io da anterioridade de legislatura e

necess idade de que os subs ídios dos vereadoressejam fixados antes das e leições: restri ções às

a lt ern ç õcs d os s ubsíd ios d os ve re adores

durante a legislatura: limites dos subsídios dos

membros das mesas diretoras das câmaras: c

acumulação de subsídios de age ntes políticos com

a remune ração pe rceb ida pe lo ex e rcíc io de

cargos adm inistrativos.A seguir. reprodu ziremos. com ligciríssimas

adaptações. trechos do relatório da co missão' e la­

bo radora do ante projeto do qua l resultou o

Provimento n." 56/2005 do Tribunal de Co ntas do

Estado do Paraná.

Forma do ato normativoO texto atua l da Constituição da Rep ública

faz distinção entre a forma do ato que fixa os

subsídios dos membros do Pode r Legislativo e

aquela do aIO que fixa os subsídios dos mem­

bros do Exec utivo .

Forma do ato para fixação ou alteraçãodos subsídios do Legislativo

O ato que fixa os subsídios dos vereadores é

de co mpetência exclusiva da Câmara Municipal.

Não se submete. portanto. à sanção do Exec utivo

e. assim . não é lei em sentido fonna l. Terá a for­

ma prev ista na Lei Orgânica do Município ou no

Regimento Intern o da Câmara (Reso lução . De­

creto Legislativo ).

DispositivoConstitucionalespecífico:An. 29.VI

VI - o subsídio dos Vereadores será fi­

xado pelas respectivas Câmaras Mun ici­

pais em cada legislatura para a subseqüente.

observado o que dis põe es ta Co nstituição.

observados os critérios estabelecidos narespecti va Lei Org ânica e os seguin tes li­

mites máximos: (Redação dad a pela Emen­

da Constitucional n."25.de 2(XlO:grifamos)

Dispositivo constituc ional correlato ­

Observada simetr ia - Art . 49. VII

Art. 49. É da competência excl usÍ\'a

do Co ngressu Nacional:

VII - fi xar idêntico subsídio para os De­

putados Federais e os Senadores. obser­

vado o que di sp õem os arts . 37. XI. 39. *4°. 150. 11. 153.111. e 153. *2°. I: (Reda­ção dada pela Emenda Co nstitucional n."

19.de 199H)

Observe -se qu e. na redação ante r io r

à dada pela EC 25/20<X). exigia-se lei:Redação anterior:

VI - subsídio dos Vereadores fixado por

lei de iniciativa da Câmara Municipal. na

razão de. no máximo. setenta c cinco por

cento daq uele estabelecido. em espécie.

para os Deputados Estaduais. observado o

que dispõem os arts. 39. *4°. 57. *7°. 150.

11. 153.111. e 153. *}". I: (Redação dadapela Emenda constitucional n." 19. de 1998:grifamos)

. Comissáo instltuida pela Portaria do Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná n.' 1112005 e integrada por SérgioRicardo Valadares Fonseca. Laerzio Chiesorin Júnior, Rita de Cássia Bompeixe Carstens Mombelli , Mana Estephania Domenici eGumercindo Andrade deSouza

Inn unat decenas- PRIn 1531 Abril aJunncDe2005 43

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 71: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~-------------------RECURSOS - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

I. PROGRAM A NAC IONA L DE APO IO AO TRANSPORTE ESCO LAR2. PR ESTAÇÃO DE CONTAS AO TRIBUNAL

Relator

Protocolo

OrigemInteressado

Sessão

Decisão

Presidente

Conselheiro Henrique Naigeboren

74930/05-Te.

Secretaria de Estado da Educação

Secretário de Estado

04/26/05Resolução 2886/ll5-TC . (Unânime)

Conselheiro Heinz Georg Herwig

Requerimento, Ind eferir o pedido de baixa de pendênci as formulada pela

Secre ta r ia de Estado da Educação - SEED, referentes a recursos repassa­

dos do Programa Nacional de Apoio ao Transpor te Escolar - PNATE, para

Municípios do Estado do Paraná, reafirmando a obrigação de os beneficiá­

rios prestarem contas à esta Cor te.

o Tribunal de Contas, nos termos do voto do Relator. Conselheiro HENRIQUE NAIGEBOREN. RE­

SOLVE Indeferir o pedido de baixa de pendências formulada pela Secretaria de Estado da Educação - SEE D.referentes a recursos repassados do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE. para Municí­

pios do Estado do Paraná. reafirmando a obrigação de os beneficiários prestarem contas à esta Corte, nos termos

do Provimento n° 29/94-TC, de acordo com os Pareceres nOs 76/05 e 4474/05.respectivamente. da Diretoria

Revisora de Contas e da Procuradoria do Estado j unto a este Tribunal.

Participaram do ju lgamento os Conselheiros RAFAEL IATAURO. NESTOR BAPTISTA, QUIELSE

CRISÓSTOMO DA SILVA. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO e HENRIQUE NAIGEBOREN e o Auditor

IVENS ZSCHOERPER UNHARES.

Foi presente a Procuradora-Geral junt o a este Tribunal. GABRIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessões. em 26 de abril de 2005.

HEINZ GEORG HERWIGPresidente

DIRETORIA REVISORA DE CONTASPAR ECER 76/05

I. DOS FATOS

Tribunal deContas- PR I n~ 153 IAbril a Junho de2005 69

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 72: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~""--------------------o presente Processo trata de Pedido de baixa de pendência s formulado pelo Sr. Secret ário de Estado da

Educação. Maurício Requião de Me llo e Si lva. em que solici ta deste Tribunal de Co ntas a baixa das pendências

dos Mu nicíp ios constantes da relação de fls. 03 a 05 . referentes a recursos do Programa Naciona l de Apo io ao

Transporte Esco lar - PNATE. fonte 107. exercíc io financ eiro de 2005. conforme Resolu ção CDIFNDE n° 18. de

22 de abril.

o requerente esclarece que a prestação de contas será consol idada pela Secret aria e auditada pelo Conselho

do FUNDEF. constituído de acordo com o art. 4° da Lei n°9.424/96 . conforme o art. 7° da referida Resolução n° 18.

Instruindo o pedido, a requerente junta os seguintes documentos:

I) Relação das Prefeit uras Muni cipai s que receberam recursos do PNATE. font e 107 (fls. 04 a 06 ):

2)Termo de Convênio e I°Termo Aditivo. firmado entre a SEED e o Município de Apucarana (fls. 07 a 09):

3) Resolução CD/FNDE n° 18, que estabelece os critérios e as for mas de transferência de recursos fina n­

ceiros ao Programa Nacional de Apo io ao Tran sporte Escolar (fls. 10).

Para fins de instruir a análise do pedido. juntamos o tex to das Leis Federai s nOs. 9.424, de 24 de dezembro

de 1996. e 10.880. de 09 de j unho de 2004.

2. DOS FUNDAMENTOS DA ANÁ LISE

Preliminarmente. começam os a análise do pedid o discorrendo sobre a Lei Suprema. nos arts. 70 e seg uin­

tes. onde dispõem sobre o exercício do controle intern o e extern o na fiscalização contábil. financeira e orçamen­

tária dos órgãos fede rais.

o art . 70 diz que "A fiscalizução contábil. financeira. orçament ária. ope racional e patrimonial da

Uni ão e das entidades da administraç ão direta e im/ire/a. quanto à legalidade. legltimidude, economicidade,

aplicação das sub venções e renúncia de receitas. ser á exercida pejo Congresso Nacional , mediante controle

externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder".

o seu parágrafo único reza que "Prestará cem /as qualquer pessoo fisico ou jurtdicu, pública 0 // privada,

que utilize. arrecade , guarde , ge rencie ou administre dinheiros. bens e valores públicos ou pelos quais li

União responda. o que, em nome desta assuma obrigações de natureza pecuniária ".

o art. 7 1descreve o rol de competências do TC U. no exercíc io do controle extern o, destacando -se o inciso

V I de "fiscalizar a aplicuç ão de quaisquer recursos repassados pela Uni ão mediante convênio, acordo, ajuste

ou outros instrumentos congêneres, II Estai/o, ao Distrito Federal ou li Município ".

Do exame destes dispositivos constitucio nais. conclui-se que dua s são as formas de controle dos atos da

Administração Púb lica Federal . a saber: o controle interno exercido pelos órgãos de cada Poder e o controle

externo exercido pelo Co ngresso Naciona l. com o auxílio do Tr ibun al de Cont as da União. sem prejuízo do

controle judicial pelo Poder Judiciário.

No caso em apreço. a Secretaria de Estado da Educação solici ta baixa de pendênci as de recursos oriundos

do Programa Naciona l de Apoio ao Transporte Esco lar - PNAT E, fonte 107. que foram repassados aos Muni c í-

70 Tribunal de Contas - PR J nU153 1Abril aJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 73: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Jll81SfB.1lIlÊU _I

pios constantes da relação de fls. 04 a 06 para o atendimento do Programa.

Este Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar- PNATE, fonte 107, é desenvol vido pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação do Min istério da Educação. que regulamenta a forma de transferên­

cia e aplicação dos recursos. bem como a sua fisca lização e apreciação das prestações de contas apresentadaspelos Municípios beneficiados .

As normas deste Program a estão consolidadas na Resolução CDIFNDE n° 18, de 22 de abril de 2004 , que

tem fundamentação legal nas Leis Federais nOs. 8.666/93. 9.424/96. 9.503/97, 9.537/97. 10.709103, na Medida

Provisória n° 173/04 e na Lei Complementar n° 101/00.

o objeto do PNATE consiste, segundo O art. 2°da Resolução, "na transferência. em car áter suplementar; aos

estados. Distrito Federal de recursos fi nanceiros destinados a custear o oferecimento de transporte escolar aos

alunos do ensino fundamental p úblico residentes em lÍrea rural, com o objetivo de garantir o acesso à educação ".

De acordo com o art. 7" da Resolução. "o acompanhamento e o controle social sob re a transf erência e a

aplicação dos recursos do PNATE serão exerc idos junto aos respectivos gove rnos. no âmbito dos estados. do

Distrito Federal e dos municípios. pelos CACS-FUNDEF. constituídos de acordo com o art. 4°da Lei n" 9.424196".

A formalização e o encaminhamento das prestações de contas devem obedecer ao disposto nos arts. 10 a 13

da Resolução, sendo que o art. 12 estabe lece que "a fi scalização da aplicação dos recursos financeiros. relativos

ao PNATE. é de compe t ência do FNDE. do Tribunal de Comas da União - TCU e do CACS-FUNDEF. mediante

a realização de auditorias, de inspeção e de an álise dos processos que originarem as prestações de comas ".

Corolário da competência dos órgãos de controle interno e externo da União, firmad os no art. 12, o art. 14

da mesma Resolução estabelece que "Qualquer pessoa física ou j ur idica p ode r ádenunciar ao FNDE. ao TCU.

aos órgãos de controle interno do Poder Executivo da União, ao Min istério Público e ao CACS-FUNDEF.

quanto a irreg ularidades identificadas na aplicação dos recursos do PNATE ".

A Lei n° 10.880/04 firma a competência dos órgãos federa is de co ntrole intern o e externo da União na

fiscalização. análise e julgamento das prestações de contas e na apuração de irregularidades . consoante dispõe os

arts. 6° ao 10 da citado Diploma Legal.

E no caso sob comento. os recursos repassados pelo PNATE são induídos no Orçamento dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios. por força do § I° do art. 4° da Lei 10.880/04 , e a titularidade dos recursos

pertence ao órgão federa l. daí porque a competência dos órgãos federa is de contro le interno e exte rno na fisca li­

zação dos recursos. análise e julgamento das prestações de contas e na apuração de denúncias de irregularidades.

A competência dos órgãos federais de co ntro le interno e externo. na fiscalização e julgamento das contas

de recursos federais repassados às entidades públicas e privadas. também está contemplada em outras legisla­

ções federais. onde destacamos a Lei n." 10.180/01. a Lei Orgânica do TCU n." 8.443/92 e a Instrução Norma­

tiva da Secretaria do Tesouro Federal n." OI. de 15.01.97.

A Lei 10.180/0 I organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal. de Admin istra­

ção Financeira Federal. de Contabilidade Federal e de Contro le Interno do Poder Executivo Federa l. Nos arts. 19 a

24 da supracitada Lei vêm delineadas as normas do exercício do controle interno pelos órgãos federais repassadores

Tribunal de cernes- PAIn° 1531A.bril aJunho de 2005 71

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 74: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~I......-_-----------------;

de recursos c ainda o apoio desses órgãos ao exercíc io do contro le externo pelo Tribunal de Contas da União.

Já a Lei Orgãnica do Tribunal de Contas da União n." 8...143/92 prevê em seu art . 5°. inciso VII. que a "A

j urisdição do Tribunal nbrange os respons ttveis pelaaplicação de quuisquer recursos repassados pela Unido,

mediante convênio. acordo , ajuste outros instrumentos congêneres. li Estado. ao Distrito Federal () Ull MlI";~

cipio"

E a Instrução Normativa do Tesouro Nacional n." OI. de 15.0 1.97. traz vários dispositivos acerca do

exercício do controle interno pelos órgãos federais quando do repasse de recursos fed erai s às ent idades públi cas

ou privadas.

Agora , entendemos que a competência dos órgãos federai s de controle interno e ex terno não afasta a

competência concorrente deste Tribunal de Contas . considerando o disposto no art . 75. inciso V.da Constituição

Estadual. e os arts. 26. inciso I, e 27 . da Lei Orgânic a desta Corte n° 5.6 15/67. adiante tran scritos.

Constituição Estadual. art . 75. inciso V. diz:

Art. 75. "O controle exte rno. II CClI :r:O da Assenibléiu Legis lativa, será exercido com o auxílio do Tribu­

nal de Contas do Estado, ao qual compete:

V - fi scalizar a aplicação de quai squer recursos repassados pelo Estado e Municípios. med iante convênio.

acordo, aj uste ou outros instrum entos congêneres" ,

A Lei Estadual n° 5.615 /67. arts. 26, inciso I. e 27. dizem o seg uinte:

Art . 26. "Est ão suj eitos ti prestação de contas . e ,\'Ô por alo do Tribunal podem liberar-se de sua respon­

sabilidade. seja qual fo r o Poder que sirvam:

1- o gestor de dinheiros públ icos e todos quantos houverem arrecadado. dispendid o, recebido depósitos de

terceiros, auxílios . contribuições ou subvenções do Estado ou tenham sob soa guarda e administração dinh eiros.

valores ou bens púb licos" .

Art. 27. "As entidades de Direito P úblico ou Privada. que receberem do Estado auxílios, contribuiçiies

0 11 subvenções II qualquer titulo, serão obrigadas li comp rovar; perante () Tribunal, a apticoção das import ân­

cios recebidas. aos f ins a que se destinarem sob pena de suspensão. til' 1I0 \ 'OS recebim entos, a lém das comino­

çiies cabiveis lIOS seus responstiveis lega is ''.

E ainda a competência deste Tribunal de Contas na fi scali za ção dos recursos públicos do PNATE também

encontra amp aro no art. 11. da Lei Federal n" 9.424/96: "Os árg ãos respons áveis pelos sistemas i/e ens ino.

assim como os Tribuna is de Contas da União, dos Estados e Municípios. criarão mecanismos adequados fifisculizaç ãodo cumprimento pleno do disposto 110 art. 2 12 da Constituição Fede ral e desta Lei. sujeitando-se

os Estados e () Distrito Federal li intervenção da UIlit10, e os Municípios ii. intervençüo dos respect ivos Esta ­

dos, IIOS termos do art. 3{ inciso VII, alinea 'e ', e do art. 35, inciso 111, da Constituição Federal".

E acrescentamos também que o 1° Term o Aditivo ao próprio Termo de Con vênio, cláusula terceira. item

3.2.4 . firmado entre a SEED e o Mu nicípio de Apucarana (fls. 09), diz que "Compete 110 Municipio apresentar

ao Tribunal de Contas a prestação de contas dos recursos transf eridos pela SEED incluindo o Demonstrativo

tias Despesas Reali zai/as relativas aos recursos das fo mes / 45 e /07" .

72 Tribunal det entas -PR In° 1531Abril a Junno de2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 75: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~------------------.......,II

Outrossim. a título de registro. em Consulta formul ada pela Prefeitura Municipal de União da Vitória. o

Egrégio Plenário. através da Resolução n." 11552/00. aco lhendo o voto escrito do Conselheiro Rafael latauro

(cópias anexas) decidiu que:

I ) a fiscalização dos recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE ­

Programa Dinheiro Direto na Escola. repassados diretamente aos Municíp ios e entidades privadas. na esfera do

controle externo . é matéria que deve ser subme tida ao Tribunal de Contas da União:

2)quando tratar-se de verba consignada no orça mento estadual. as contas das transferências financeiras.

realizadas por Secre tarias de Estado e oriundas da União. serão prestadas a esta Cone. respeitada a Constituição

Estadual (art. 75. V).

Assim sendo. entendemos que a competência dos órgãos federais de controle interno e externo. neste

último caso o TCU . não afasta a competência concorrente do Tribunal de Contas do Paraná. por força do

disposto na Constituição Estadual, na Lei Estadual n° 5.6 15/67. na Lei Federal n° 9.424/96 . no 1° Tem10

Aditivo ao Convênio e na Resolução n° II I552-Te. razão pela qua l os municíp ios benefi ciários dos recursos.

constantes da relação de Ils. 04 a 06. estão obrigados a prestar contas a este Tribunal. nos termos do Provimento

n° 29194-Te.

3. DA CONCLUSÃ O

DIANTE DO EXPOSTO. considerando que os recursos de origem federa l. referentes ao Programa Naci­

onal de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE. fonte 107. são consignados no orçamento do Estado do Paraná

e repassados aos Municípios mediante Convênio. e considerando a legislação acima citada. somos. s.m.j .. pelo

indeferimento do pedido de baixa das pendências formulado pela Secretaria de Estado da Educação - SEED.

ficando os municípios beneficiários obrigados prestar contas a este Tribunal. nos termos do Provimento n° 29-94

c demais regulamentos aplic áveis à matéria.

É o Parecer

D. R. e. em 17 março de 2005-05-23

I' EDRO PA LO H ENO DOS SANTOS

Assessor Jurídico

Matricula 50850-0

TnbunatdeContas - PR In' 153 1Ab ril aJunho de 2005 73

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 76: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~It1.A _

IRECURSO DE REVISTA

I. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE INSTITUCIONAL

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

Sessão

Decisão

Presidente

Conselhe iro Rafael Iatauro

330605f04-Te.

Municíp io de Jard im Olinda

Prefeito Municipal

02122105Resolução R52105·Te. (Unânime)

Conselheiro Heinz Georg Herwig

Recurso de Revista quanto a desaprova ção contida na Resolução n" 4791/04-TC, do auxílio entre a f~\I\lEPAR e o município. O recorrente pleiteia arespnnsahiliza çâo do adminislrador púb lico (ex-prefeito) e não do municí­pio. Negutlvu de provlmento do Recurso, considerando que a devolu çãodus valores deve ser efetivada pelo municiplo, pessoa jurídica que ajustou

com o estado.

O Tribunal de Comas. nos termos do voto escrito do Relator. Conselheiro RAFAEL IATAURO. RESOL­

VE receber o Recurso de Revista. por tempestivo. para. no mérito. negar-lhe provimento. mantendo a decisão

recorr ida, consubstnnciada na Resolução n" 4791/04. que desa pro vou a comprovação de ap licação de auxílio

recebido da FAMEPAR. pelo Município de Jardim Olinda. no valor de R$ 20.000.00 ( vinte mil reais). referente

ao exercício financeiro de 1994. em todos os seus termos.

Participaram do j ulgamento os Conselheiros RAFAEL IATAURO. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO.

HENRIQUE NAIGEBOREN c FERNANDO AUGUSTO MELO GUIMARÃES. e os auditores CAIO MAR­

CIO NOGUEIRA SOA RES e SÉRGIO RICARDO VALADARES FONSECA.

Foi presente o Procurador -Geral do Estado j unto a este Trib unal. GABRIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessõe s, em 22 de feve rei ro de 2005 .

IlEINZ GEORG HERWIGPresidente

VOTO DO CONSELHEIRO RAFAEL IATAURO

O Prefeito de Jardim Olinda, interpõe recurso de revista da Resolução n° 479 I/C)4-Te. que desaprovoucomprovação de aplicação de auxílio. recebido da FAMEPAR. no valor de R$ 20.000.00. referente ao exe rcício

financeiro de 1994. destinado a cobrir despesas co m o pagamento de pessoal.

74 Tribunal deücntas . PR 1n° 153 IAtlf1! a Junho de2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 77: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

J1lB.1Sffl1UlÊHL....- ---,

Foi determinado. ainda. o recolhimento integral dos recursus repassados. devidam ente corrigidos . no

prazo de 3D(trinta) dias. pelo "lIl1Jicípio. bem co mo o encaminhamento de cópia dos auto s ao Ministério Público

Estadual. após esgotados os prazos recursai s.

Em suas razões de defesa. o recorrente argum enta que não há. nas irregularidades apontadas. qualqu er

responsabilidade do município. mas sim do gestor da época. Gilson de Ass unção. que. inclusive. responde a

inúmeros processos por impro bidade administrativa. Ao final. requ er que o valor a ser devolvido. seja feito pelo

ex-Prefeito citado.

A Diretoria Revisora de Co ntas mantém o seu entendimento exarado quando da análise do processo inicial

e vencido pela decisão do plenári o. de responsabili zação do ex-mandatário. fundamentando-se. ago ra. no ano

927. do Código Civil ( "aquele que. por ato ilícito (oris. 186 e 187). causar dano a ou/rem. fica obrigado a

repará-lo).

A Procuradoria do Estado junto a este Tribunal acompanhou o posicionamento da ORe. manifestando-se.

ainda. pela abertura de prazo para o ex-gestor se defend er,

Antes da apreciação do recurso. cabem as scguintes observações:ql a co mprovação do auxílio foi encami­

nhada através de recolISlÍllIição de ali/os. uma vez que a municipalidade alegou o extravio do processo origina l;

lU a desaprovação se deu em razão da ausência de vário s documentos. que impossibi litaram a análise do proces ­

so; d.. acom panharam a documentação. cópias da represen tação cri minal e da sindicância instauradas contra o

ex-Prefeito. pelo desa parecimento da docum entação con tábi l. relativas aos exercícios de 1995/1996.

Inicialmente. rejeito a preliminar levantada pela Procuradoria. consoan te jurisprudência desta Cone.

Sobre o m érito, nada de novo foi acrescentado. capaz de alterar a decis ão unânime. exarada nos termos do

voto do Relator. Heinz Georg Herwig. Destacou o insigne Co nsel heiro. de que a devolução dos valores deveria

ser efetuada pelo município. pessoa jurídica que ajustou com o Estado e que não pode se confundir com a do seu

administrador. Inclusive. nesse sentido . também. foi o posicionamento adotado pelo representante do Ministério

Público junto a este Tribunal. naquela oportunidade,

Por outro lado. destaco quc o princípio da res ponsabi lidade institucional. no caso. não afas ta o direito de

regresso do município contra quem lhe causou o dano. inclusive. nos termos do dispositivo legal do Cód igo Civi l.

invocado pela Diretoria Revisora de Contas,

Isto pos to. voto pelo conhecimento do recurso. por preenchidos os requ isitos legais. para. no mérito.

negar-lhe provimento. mantend o-se a decisão recorrida. em todos os seus lermos.

É o voto ,

Sala das Sessões.

CONSELHEIRO RAFAEL IATAURO

Relator

I nbunalde Contas· PR I n° 153 1Abril 3Junho ele 2005 75

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 78: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

JUB.I.SeB.llIlÊ.I1.A ---:

RECURSO DE REVISTA

t. CO MPRO VAÇ ÃO DE CO NVÊNIO - 2. n EVER Df: PRESTA ÇÃO DE CONTAS AO TRIHUNAL

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

Sessão

Decisão

Presidente

Auditor Sérgio Ricardo Valadares Fonseca

518295/03-TC.

APM da Escola Rural Municipal Francisco Manoel Barroso de Rio Bonito do Iguaçu

Gestor da Assoc iação

02115/05

Resolução 680/05 -TC. (Unânime)

Conselheiro Hcinz Georg Herwig

Recurso de Revista interposto por gestor de associação de pais e mestres

contra resolução q ue julgou irregulares as contas de convênio em face da

om issão na prestação de contas. O recorrente alega não conhecimento de

pendências pois as prestações de contas encontravam-se em poder da

Secretaria de Educação. Provimento do recurso julgando, em caráter

excepcional, regular a cumprova ção de convênio.

o Tribunal de Contas. nos termos do voto escrito do Relator. Auditor SÉRGIO RICAR DO VALADARES

FONSECA. RESOLVE receber o presente Recurso de Revista, por tempestivo, para. no méri to. dar-lhe provimen­

to. no sentido de tomar insubsistente a Resolução n° 4995/03-TC e a Tomada de Comas por ela apreciada e, em

conseqüência. julgar regular. em caráter excepc ional. a comprovação de convê nio firmado entre a Secretaria de

Estado da Educação - SEED e a APM da Escola Rural Municipal Francisco Manoel Barroso. do Município de Rio

Bonito do Iguaçu. na importância de R$ 750.00 (setecentos e cinquenta reais). no exercício financeiro de 1997.

Participaram do ju lgamento os Conselheiros RAFAEL IATAURO. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO.

HENRIQUE NAIGEBOREN e FERNAN DO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES e os Auditores CA IO MAR­

CIO NOGUEIRA SOARES e SÉ RGIO RICARDO VALADARES FONSECA.

Foi presente o Procurador-Geral do Estado junto a este Tribunal, GA BRIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessões. em 15 de fevere iro de 2005.

QUlELSE CRISÓSTOMO nA SILVA

Vice-Presidente no exe rcício da Presidência

VOTO DO AUJ)JTOR SÉRGIO RI CARDO VALADARES FONSECA

RECURSO DE REVISTA

RELATÓRIO

Trata-se de Recurso de Revista interposto pelo ges tor da Associação de Pais e Mestres. Sr. Edonir Baroni .

contra a Resolução nO4995/2003 pela qual este Tribunal. em face da omissão no dever de presta r contas. julgou

76 TnbunaldeCcnras-PRInG 153 /Abril aJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 79: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~-------------------irregulares as co ntas referentes a R$750.00 (setece ntos e cinqüenta reais ). repassados à entidade pela Secretaria

Estadual de Educação.

Em suas razões . o recorrente procura demonstrar que a APM da Esco la Rural Mun icipal Francisco Mano­

el Barroso não tinha conhecimento de eventuais pendências. uma vez que as prestações de contas se encontravam

em poder da Secretaria de Educação desde 1998. para análise e posterior encaminhamento ao Tribun al.

Apresentados os doc umentos. a Diretoria Revisora de Co ntas e o Ministério Públ ico manifestam-se pelo

PROVIM ENTO do Recurso.

VOTO

Não houve. em realidade. omissão da conventente no dever material de prestar contas . A documentação

detalhada comprobatória da regular aplicação dos recursos foi apresentada pela Associação ao órgão concedente

- a Secretaria de Estado da Educação - . que não a repassou ao Tribunal.

Observo que a redação da cláusula do ajuste não é das melhores e induz o cidadão co mum a erro:

CLÁUSULA TERCEIRA:

Compete à APM:

d) apresemar ao Trib unal de Co ntas do Estado do Paraná a Prestação de Co ntas dos recursos repassados.

protocolando-os ju nto ao NRE. que emitirá o Termo de que os objetivos foram atingidos (11 . 3. negrito e sublinha­

do no original).

Portanto. a rigor. a Associação de Pais e Mestres não deixou de cum prir o dever constitucional material de

prestar contas. Ao contrário. a documentação é co mpleta e detalhada (l1s. 2 a 30) e. inclusive. evidencia que

houve peque no aporte de recursos própri os da Associação não previsto do ajus te pactuado (11. 30). Por essas

razões, não considero justo que seja m apo ntadas ressalvas às contas prestadas pela convcnente.

O eminen te Cooselheiro Fernando Guimarães apresen ta pro posta no senti do de que a Tomada de Co ntas

instaurada em razão da omissão no dever de prestar con tas seja declarada insubsistente .

O eminente Co nselheiro Artagão de Mattos Leão propõe que o Tribunal deixe claro tratar-se de dec isão

excepcional. aplicáve l especificamente ao caso concreto em exame.

Aco lhendo as propostas apresentadas pelos eminentes Co nselheiros. VOTO 0 0 sentido de que o Tribunal

conheça do presente Recurso e lhe dê PROVIMENTO para tomar insubsistentes a Resolução 499512003 e a

Tomada de Co ntas por ela apreciada e j ulgar. neste caso espec ífico. REGULAR ES as contas prestada s pelo

responsável. expendindo-se-Ihe a QUITAÇÃO PLENA. nos termos do art . 14 do Proviment o n.· 29/94.

Sala das Sessões. em 15 de fevereiro de 2005.

AUDITOR S~:RG IO RICARJ)O VALADARES FONSECA

Relator

_ITribunal de te ntas - PRInO' 53 I AbrilaJunhode2005 77

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 80: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~'-------------------"""":RECURSO DE REVISTA

1. ART. 212 DA CONST IT UIÇÃ O FEDER AL2. RECEITA DE IMPOSTOS - MAN UTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

Sessão

Decisão

Presidente

Conselheiro Rafael latauro

492060/04-Te.

Município de São Pedro do Iguaçu

Prefeito Municipal

02122/05Resolução 853/05 -Te. (Unânime)

Conselheiro Heinz Georg Herwig

Recurso de Revista in terposto por ex-prefeito visando modificar deci são

que apontou o não atendimento dos índ ices referentes à educação. J untada

de documentação comprovando investimentos em educa ção superando o

percentual mínimo. Provimento do Recurso.

O Tribunal de Contas. nos termos do VOIO escrito do Relator, Conselheiro RAFAEL IATAURO. RESOL­

VE receber o presente Recurso de Revista. por tempestivo. para, no mérito. dar-lhe provimento e reformar a

decisão recorrida, consubstanciada na Resolução n° 6889/04. no sentido de reconhece r que o Município de São

Pedro do Iguaçu cumpre a ex igência do artigo 2 12. da Constituição Federal.

Participaram do ju lgamento os Conselheiros RAFAEL IATAURO. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO.

HENRIQ UE NAIGEBOREN e FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES e os Auditore s CAIO MAR­

CIO NOGUEIRA SOARES e SÉRGIO RICARDO VALADARES FONSECA.

Foi presente o Procurador-Geral do Estado junto a este Trib unal. GA BRIEL GUY LÉGE R.

Sala das Sessões, em 22 de fevereiro de 2005.

HEI NZ GEORG HE RWIG

Presidente

VOTO DO CO NSELHEIRO RAFAEL IATAURO

Trata. o presente protocolado. de recurso de revista interposto pelo ex-Prefeito de São Pedro do Iguaçu.

visando reverter o teor da Resolução n° 6.889/04, que apontou o não atendimento de previsão constitucional que

determin a a aplicação de, no mínimo. 25% da receita de impostos na manutenção e desen volvimento do ensino.

78 Tribunal de Contas • PA In" 153 IAbril a Junho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 81: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

JllIllSeIl1lIlÊL....- ---,

Em suas razões rec ursais. o interessad o juntou farta documentação pa ra j ustificar a ocorrê ncia de outros

investimentos para a educação o que supe raria a ex igê ncia da Ca rta Magna.

A Diretoria de Contas Municipai s (Informação n° 116/05) verifico u a compatibilidade dos novos gastos e

concluiu que os mesmos superaram o percentual mínimo. No mesmo sentido foi o posicionamento da Procurado­

ria do Estado (Parecer n° 1.474/05 ).

A análise técn ica da DCM comprovou a ap licação de 25.5 1% da recei ta co m impostos na manutenção e

dese nvo lvime nto do ensino. Tal fato implica. portanto. no afastamento das irregularidad es que pesavam sobre o

recorre nte.

Do exposto. recebo o recu rso por tempestivo para. no mérito. dar- lhe prov imento e alterar a decisão

atacada no sentido de reconhecer que o Mun icípi o de São Ped ro do Iguaçu cu mpre co m a exigência do ano 2 12.

da Constituição Federal.

É o voto.

Sala de Sessões. 22 de março de 2005.

CONSELHEIRO RAFAEL lATAURO

Re lator

------

Tribunaldecentas . PR In° 1531Abril aJunho de2005 79

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 82: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~LD.A ----;I

RECURSO DE REVISTA

I. I'R ESTAÇÃO DE CONTAS MUN ICIPAIS.

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

SessãoDecisão

Presidente

Auditor Marins Alves de Camargo Neto

84576102-Te.

Município de Cruzeiro do Iguaçu

I'aulo Sérgio Ribas Santiago (ex-Prefeito)

03/03/05Resolução 1137/05-Te. (Unânime)

Conselheiro Heinz Georg Herwig

Recu rso de Revista . Desaprovação das contas do Exec utivo Municipa l.

Exercício finan ceiro de 1998. Ausê ncia de licitação para contratação de ór­

gão oficial de imp rensa, carência de documentos em procediment os Iicitató­

r ios e convênios, irregularidades na s despesas " res tos a pa gar" . Pruvi­ment n do Recu rso e aprovação das contas com ressalvas,

O Tribunal de Contas do Estado do Para n á, nos termos do voto do Relator. Auditor MAR INS ALVES DE

CAMA RGO NETO. que adotou em todos os seus lermos o voto de Os. 148 a 152. do Conselheiro NESTOR

BAPTISTA. por unanimidade, RESOLVE

1- Receber o presente Recurso de Revista. por tempestivo. para, no mérito, dar-lhe provimento. reformara decisão recorrida. materializada na Resolução n" I427/02-TC. da Sessâo Plenária de 21de fevereiro de 2002.

e. em conseqüência. recomendar a APROVAÇÃO. COM RESSALVAS. das contas do Poder Executivo Muni­cipal. de responsabilidade de PAULO SÉRGIO RIBAS SANTIAGO. referentes ao EXERCíC IO FINANCEI­

RO DE 1998.

11 - Encaminhar o processo à Câmara Municipal para o competente exame c julgamento das contas do

Poder Executivo. consoante disposições constitucionais.

Paniciparam do ju lgamento os Conselheiros RAFAEL IATAURO. QUIELSE CRISÓSTOMO DA SIL­VA. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO e FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES e os Auditores

MARINS ALVES DE CAMARGO NETO e SÉRGIO VALADARES FONSECA.

Foi presente o Procurador-Geral do Estado j unto a este Tribun al, GABRIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessões, em 3 de março de 2005.

HEI NZ GEO RG HERWIG

Presidente

ao Tribunal de t ontas - PR Ina1531Abril a Junhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 83: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

VOTO DO CONSELHEIRO NESTO R HAPTISTA

Trata-se de Recurso de Revista interpos to pelo ex-Prefeito Municipal de Cruzeiro do Iguaçu, Sr. Paulo

Sérgio Santiago, contra a Resolução n" 1427/2002 desta Corte de Contas. que desaprovo u a prestação de contas

do Executivo Municipal referentes ao exercício de 1998. nos termos do Parecer Prévio n o 108/02.

DOS IT ENS DESAPROVADO S

Depois de analisadas as contas. a Diretoria de Contas Municipais manifesto u-se pela regu laridade das

mesmas através da Instrução 478/99.

Em sede do Ministério Público Especia l de Contas qua ndo revisadas. as contas foram submetidas a dili­

gências que não foram atendidas a contento quer pelas justifica tivas. quer pela documentação acostada.

Pela ordem: Não foram aceitas as justificat ivas apresentadas para os gastos com publicidade feitas com a

Empresa Jornalística Novo Horizonte que havia sido declarada Órgão Oficial do Município através de Lei

específica de n ° 006/93. no exercício de 1993. quando o Recorre nte não era o Titular da Prefeitura.

Também não foram aceitos. por estarem incompletos os comprovantes referentes à Licitação 012/98. pela

qual a Rádio Educadora foi adj udicada de Contrato para a divulgação de Atos do Poder Público do Município.

Os esclarecimentos prestados para as contas de restos a pagar também não satisfizeram, pois não permi­

tem identificar os beneti ciários e nem a finalidade para as quais foram feitas.

Quanto aos Convênios e Licitações foram enumerados um a um em suas falhas e faltas.

Este quadro negativo ensejou o Parecer Prévio 108102 do qual deco rreu a Resolução ora recorrida.

REANÁLISE DA DCM - Instrução 14103·DCM

A Diretoria de Contas Municipais reviu as contas e concluiu que o Recurso de Revista merece o PROVI·MENTO TOTAL mediante a reforma integra l da Resolução 1427102 referente às contas do Município no exer­cício de 1998.

Ressalva porém que a indicação de gastos excessivos na categoria de RESTOS A PAGAR são exigências

legais posteriores com a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal em 0510512000. e que na época. eram práticasadministrat ivas useiras,

A revista procedida pela DCM também ressalva que há excesso de despesas na rubrica 3.1.3.2 ­

OUTROS SE RViÇOS E ENCARGOS cuja documentação comprobatória mereceria uma apreciação in loco.

REVISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS - Parecer 1777/04

Tribunal deContas- PR InU153 1ADril aJunhode2005 81

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 84: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~"-------------------.....,o Ministério Público Especi al de Contas em revisão proce ssual de pois da anexação de novas justificati­

vas e documentação opina por provimento parcial. indicando que :

a) A contratação da Empresa Jornalística Novo Horizonte em 1993 median te Lei Municipal não justifica.

e os gastos feitos para legitim ar-se deveriam ter tido nova licitação.

b) que há divergência entre os valores inscri tos como RESTOS A PAGAR e que não foi suficientemente

esclarecida devendo ser mantid a a desaprovação das co ntas nesse particular,

c) que acata a sugestão da DCM para uma inspeção "in loco" no que tange às despesas sob a rubric a

3.1.3.2 de Outros Serviços e Encargos.

DA REVISTA POR ESTE RELATOR

Ao compulsar as razões da revista verifica-se que ao recorrente assiste razão ao indicar cumprimento de

Lei Municipal pré-e xistente para processar despesas de publica ções no órgão Oficial. eis que os Contratos

Admini strat ivos do Poder Público tem duração máxima qüinqüenal, equ ivalente ao período que lhe determina a

prescrição.

Na época em que as despe sas com a Empresa Jornalística Novo Horizonte foram feitas. o contrato pré­

existente estava em vigor. Mesmo que recomendável licitação anual. emendo legítimas as despesas processadas

ante o fato de que são aleatórias as razões que elevaram as custas anuais para mais de R$ 8.000.00 (oito mil

reais). valor esse que daria razões de dispensa de licitação. Como são imprevi stas as onerações de curso determi­

nante por causas alheias à relação contratual vigente. o valor de extrapolação de RS 3 13.00 (trezentos e treze

reais) para o exe rcício se insere na imprevis ibilidade da variação dos preços de apenas 3.75%.

Saliente-se que. mesmo em dissenso com as a Lei Geral das Licitações. não houve prej uízo para o erário

municipal o procedimento .

Quanto à licença de inscrição de débitos como RESTOS A PAGAR . saliente-se que apesar de a Lei 4.320/

64 exigir ca utela. ela não era incisa e penalizante ao Administrador que utilizava esse expedien te dessa rubrica

contábil( Art. 92 da Lei 4320 ) para processar despesas num exercício e remetê-Ias para pagamento em outro(s) .

A LRF de 05/05/2000 no Artigo 42 é determinante c imperativa para a delimitação dos valores dessa rubrica.

Mas a praxe adm inistrativa anterior era de licença para o administrador púb lico no uso do expediente de RES­

TOSA PAGAR.

Portanto, as contas de 1998. não sofriam das limitaçõe s hoje existentes, sendo despiciendas as ex igências

quanto ao uso dessa rubrica. Entretanto . não satisfáz à exatidão contábil, a não coincidência dos valores das

notas de despesas apresentadas somente agora neste REC URSO DE REV ISTA . O cotejo das despesas inscritas

na época, com as notas ora apresentadas. seria possíve l se a lei assim o exige. Diant e da relevando-se o fato

apenas porque por inexigência da lei, e dos exercentes dos controles externos nos resta relevar o fato .

Como não foram identificados abusos capazes de caracterizar alcance ou preju ízo ao erário. apesar d:

ressa lva acima. emendemos que não há razão sulic iente para desaprovar esse item das contas.

82 Tribunal deccnns . PR In' 1531Abril a Junhode 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 85: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Quanto ao excesso de despesas levadas para a rubrica orça mentária 3.1.3.2. ante o transcurso qüinqüenal

das ações adm inistrativas que estão sob ju lgamento. entende esta RELATaRIA que uma investigação "in loco",

apontada como necessária ao escla recimento das despesas processad as, perde a sua finalidade "pedagóg ica" ao

administrador municipal.

Corno a função deste TRIB UNAL DE CONTAS é a de apontar em caráter técnico jurídico e contábil as

cond ições das despesas processadas que no d ia a dia devem ser fi scalizadas pela C âmara Mun icipal, urna

verifi cação tardia "in loco" desserve. nos presentes Autos. às finalidades instit ucionais deste TRIBUNAL pre­

tender identificar abusos para responsab ilizar o administrador cuja punibibil idade já está ex tinta.

Este é o RELATÓRI O.

Passo. então, ao VOTO,

o Recurso é tempestivo e apresentado pela parte legítima. pelo que deve ser admitido . E quanto ao Mérito.

o RECURSO merece ser provido integra lmente como sugere o Parecer da DCM. mantend o-se as ressal vas

corno indicadas no Relatório.

Pela provimento. com ressa lvas.

Sala das Sessõe s, em 3 de março de 2005.

CONSELHEIRO NESTO R I1AI'TISTA

Relator

Tribunal decontas - PR In"153 1AbrilaJunhode 2005 83

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 86: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

JllHlSeIlllIlfN~ _

RECURSO DE REVISTA

I. CONVÊNIO -MUNICÍPIO - PARANACIDAD E

Relator

Protocolo

Orige m

Interessado

Sessão

Decisão

Presidente

Conselheiro Henrique Naige boren

508962102-Te.

Município de Ibaiti

Prefeito Municipal

03101105

Resolução 1080/05 -Te. (U nânime)

Co nselheiro Heinz Georg Herw ig

Recurso de Revista interposto pelo prefeito municipal e pelo supe r inten­

dente da Pa ra nacidade objetivando reforma d a decisão que desaprovou

Tomada de Contas de convênio. Rea lização de licitação onde compareceu

apenas um participante. Reali zada uma segunda com a penas um proponen­

te a o q ual foi adj ud ica do o objet o por va lor supe r ior ao da primei ra licita ­

ção. Aquisição d e eq ulpamento de melhor quali dad e atendendo ao princí­

pio da eficiência. Provimento do Recu rso,

O Tribunal de Co ntas do Estado do Para ná. nos termos do voto escrito do Relator. Co nselheiro HENRI ­

QUE NA IGEBO REN. RESOLVE receber o present e Recu rso de Revista. por tempestivo. para. no mérito. dar­

lhe prov imento e reformar a decisão recorrida. consubstanciada na Resolução n° 8292102-TC. no sentido de

aprovar o convênio firmado entre o Municíp io de IBAITI e a Secretaria de Estado do Desen vol vime nto Urbano

- SEDU . no valor de R$ 73. 169,00 (setente c três mil. cento c sessenta e nove reais). exercício financeiro de 1997.

objeto do protocolo de tomada de contas sob n° 154816/99.

Parti ciparam do julgament o os Conselh eiros RAFAEL IATAURO. Q UIELS E CRISÓSTO MO DA

SILVA. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO. HENRIQUE NAIG EBOREN e FERNANDO AUG USTO MELLO

GUIMARÃES e o Auditor SÉRGIO VALADARES FONS ECA.

Foi present e o Procu rador-Gemi do Estado junto a es te Tribunal, GABRIEL GU Y LÉG ER.

Sala das Sessões. em 1° de março de 2005.

VOTO DO CONSELHEIRO HENRIQ UE NA IGEUO REN

RELATÓRIO

O assunto que se versa neste processado é Recurso de Revista interposto pelos Senhores Roque Jorge

Fadei. Prefeito Municipal de Ibuiti, e Roberto Dimas Vasconce los dei Santoro, Superintendente da ParamíCi­

dade, obje tivando reforma do deci sório exa rado mediante a Resolução n° 8292102-TC, qu e desaprovou

Tomada de Co ntas re lativa a recursos recebidos pela municipalidade no valor de R$ 73 . 169.00 (setenta e três

mil , cento e ses senta e nove reais), exe rcício de 1997, referente ao Program a Paraná Urbano, destinado à

aquisição de eq uipame ntos rodov iários, e de terminou responsabilização solidária dos reco rre ntes . e reco lhi-

84 Tribunal de üontas - PRIn"153 1Abril aJunhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 87: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

J.l!.B1SfIl.ll.LD.A _I

mente aos cofres mun icip ais de R$ 13. 169.00 (treze mil. ce nto c sessenta c nove reais ).

°mot ivo da desaprovação : co mparecendo apenas um participante na primeira lic ita ção foi rea lizada

uma segunda co m apenas um proponente. ao qual foi adj udicado o ohjeto da licit ação pelo valor efe tivamente

pago de R$ 73. 169.00 (setenta e três mil. cento c sessenta e nove rea is). superio r, po rtam o. aos RS

60.000.00 (sessenta mil reais) ofertados pe la vencedora da pri me ira licit ação.

As razões de recurso. do Sen hor Jorge Fade i. ca minham na senda de defesa dos aios prat icados.

postulando isenção de respo nsabili dade do recorrente . ao argumento de que apenas cu mpri u as regras da

unidade financiado ra - BID.

De outra parte. assevera que não hou ve preJOIzo na co mpra do eq uipame nto.considerando-se a sua

superio r qua lidade (potênc ia de 83 cavalos co ntra 73 da prime ira licitação).

Defend e. ainda . a adjudicação à única part icipante do procediment o. co m fundamento no comunicado

do BID (fls. 253). que oriento u no sentido de que fosse co nvocada a vencedora da seg unda licitação pelo

preço por ela proposto.

°tom do rec urso firma posição no sentido de que o Mu nicípio não pode ser responsabilizado por seguir

à risca as norm as do BID. Demais disso. qualquer devolução representaria para o Município um "bis in idem".

De seu turno, o apelo do s representantes da Paraná C idade defendeu por igua l modo isenção de qu alquer

respon sabi lidade pe lo ato. visto que seg uiram integ ralme nte as normas da emidade fi nanciadoru. nos termos

do Anexo B. item 3.28 do Contrato de empréstimo Bancário. em consonânc ia co m os termos do art . 42 . § 5 o

da Lei 8.666/93 .

A Diretoria Rev isora de Contas . acolheu os argumentos vertidos dos ape los. por co ns ide rar que a

aquisição do equipa mento aci ma cit ado de melhor potência. mesm o de valo r mais elevada encon trou

respaldo do órgão financ iado r do con vêni o e atendeu ao prin cípio da eficiência.

A Douta Procuradoria. após informado pe la Coorde nadoria de Ass untos Técn ico s que os va lores pagos.

es tão dent ro dos de mercado. co ncl uiu pe lo proviment o dos rec ursos,

É o Relat ório.

VOTO

Em face do expos to . co nheço ao Recurso de Revista por preenchidos os requisitos de lei. e. no m érito,voto. nos termos dos pareceres referenciados. pe lo provim ento do ape lo para. reformando-se a Resolução n°

8292102. dar por aprovada a presente Tom ada de Contas.

É o vo to.

Sala das Sessões. 26 de janeiro de 2005

HENRIQUE NAIGE80RENCo nsel heiro

I nbunat deContas - PR Ine153 1Abril a Junhode2005 85

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 88: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

J1lll1SfIlll1lÊI....- _

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

I. RECURSO INEXISTENTE NO REGI l\IENTO INTER NO.

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

Sessão

Decisão

Pres idente

Con selheiro Rafael latau ro

347274/99-TC.

Compan hia de ln fo rm ática do Paraná

Diretor Presidente

02/24/0S

Resolução 940/0S-TC. (Maioria Pró-Relator)

Con selheiro Heinz Georg Herwig

Impugnação de despesas. Utilização pela CELEI'AR de interposta pessoa

(FUNCEL) para contratação de técnicos em in for nuit lci sem a rea lizaçãode concurso p úblícn. Manuten ção da decisão quan do apresentado Recursode Revista. Proposição do Recurso de Embargos de Ileclaração. remédiocomum ao processo civi l nU1S que não consta nu regimento intern o deste

Tribunal. A decisão recor rida está dota da dc todos os requisitos neces­sá rios pa ra seu cumpri mento integra l. Não couh ecimento do recurso.

o Tribunal de Comas. nos term os do voto escrito do Relato r. Co nselheiro RAFAEL IATAURO. RESOL­

VE não conhecer recurso de Embargos de Declaração . prevalecendo. em co nseqüência . a decisão inicial. cons­

tante da Resolução n° I0760/99-TC. confirmada pela de n° S I47/02-TC.

Votaram nos termos acima os Co nse lheiros RAFAEL IATAURO, Q UIELSE C RISÓSTO MO DA SILVA

e HENRIQUE NAIGEBO REN. e os Auditores MARI NS ALVES DE CA MA RGO NETO c SÉRG IO RICA R­

DO VALADA RES FONSECA. O Conselheiro FERNANDO AUGUSTO l\'!ELLO G UIMARr\ES. se declarou

impedido de votar. por ter sido o Procurador-Geral à época da análise do processo.

Foi present e °Procurador -Gcral do Estado junto a es te Tribunal. GA BRIEL G UY LÉGE R.

Sala das Sess ões. em 24 de fevereiro de 20{)S.

IIEINZ GEO RG HERWIGPresidente

VOTO DO RELATOR CONSELlIEIRO RAFAEL IATAURO

Preliminarmente ao julgamento de mérito dos "HM B,\ RGOSDE DECIARAÇti O" <protoco lado anexo

n° 27668·9102-TC ). um resumo se faz necess ário. para entendimento do processo.

Em setembro de 1999. este Tribunal ju lgou procedeme proposta de impugnação apresentada pela 5'

86 Tribunal de Contas- PR In° 153 IAtlrJl a Junhode 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 89: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~'"-----------------.

Inspet oria de Controle Externo. superintendida pelo Conse lheiro Qui élse Cris óstorno da Silva. referente às des­

pesas realiz ada s pela Companhia de Informática do Paraná-CEL EPAR. determinando o recolhimento pelo seu

ordenador, Francisco Luiz A lbuquerque Krassusk i (Diretor President e). dos va lores repassados. devidam ent e

corrigidos.

Fora m co nsiderados irreg ulares : «l repa sses à Fundação Celepar-FUNCEL. para a contra taçã o de servi­

ços técn icos. a título de assessoria técnica institucio nal. no va lor de R$ 6.325.00. mensais. incluindo o pagamen­

to de taxa de administração de 15%. lotalizand o R$ 75.900.00. tendo em vista a vigênc ia dos co ntratos ser de 12

meses. Co m esses recursos. a Fundação co ntratou três técni cos. visando o apoiame nto aos parl amentares deste

Estado. no âmbito do Co ngresso Nacional. A operação. es tranha aos objetivos da CELEPAR (artAOdo Estatuto

Soc ial). intcrmedi ada pela Fund ação. denotou a clara intenção da Co mpanhia de se ex imi r do procedimento

licitatório e da autorização govername ntal. ex igíveis paru tais casos; lU participação da CELEPAR na PREVI­

CEL-Prev idê ncia Privada. sem autorização legislati va. com o repasse de R$ 44 2.444.05. para implantação do

plano de previdência co mplementar.

Emjunho de 2002. o Tri bunal recebeu recurso de revista. para excl uir da conde nação. o tópico relativo ao

repa sse efetuado para a PREVICEL (11.36).

Em ju lho do mesmo ano. o ent ão Diretor Presidente da Companhia. Lúcio Alberto Hansel , aprese ntou o

"e mbargo de declaração" (fls . 39141). pleiteando a nul idade da impugnação. um a vez que a FUNCEL. co mo

responsável pela utili zação do dinheiro. não foi em mom ento algum chamada a intervir no processo.

o Relator do recu rso de revista. Conse lheiro Henrique Naigebo ren. ressa ltou que o pedido foge à regra

estrutura l norm ativa desta Casa. Entretanto. co mo se trata de matéria de direito. despac hou ao Ministério Públi­

co Especial. para opinar sobre a admiss ibilid ade do recu rso e a nu lidade levantada (fls . 43/44 ).

Em parecer de I1s. 45148. o então Procu rador Fernand o Augusto Mello Gui marães . co ncluiu pela adm is­

sibilidade do pedid o. a título de rescisão dIJ jll lgadlJ (art A85 . CPC) . para ser procedida a integração ao processo

original. da Fundação Ce lepar-FUNCEL-(Iitisconsórc io passi vo). co m a ren ovação dos atos posteri ores ao eve n­

[O a que essa integração se fazia necessária.

Red istribu ído por força do art. 11, § 2°. do Regiment o Interno. requ eri a manife stação da Diretoria de

Ass untos Técnicos e Ju rídicos e novament e da Procu radori a do Estado junto a es te Tribunal.

A DATJ corroborou integ ra lmente o pos icio namento do Procu rador Ferna ndo Guima rães (Il . 5 I). Por seu

lado. a Procuradoria do Estado junto a este Tribunal. em parecer. agora. do Procu rador Laerzio Chieso rio Júni or.

discordo u totalment e das opiniões que o antece de ram. co nside rando que o rec urso de embargos não deve se r

conhecido. "pois a resolução co ndenando a CELEPAR está do tada de todos os requisitos necessários para seu

cumprimento integ ral".

Conco rdo plen ament e com as co nside rações feitas pelo Procurador. tant o quando trata do não co nheci­

mento dos embargos. co mo da questão de mérit o. pois estão muito bem funda ment adas e respald adas na lei e no

Direito.

Efetivame nte. mesmo se aplic ando subsid iaramente dispos ições do Cód igo de Processo Civil. para se

Tribunal deücntas - PA Inli 153 1Abril aJunhode2005 87

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 90: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

J1lIllSeR.ll.l1L11A ,

aceitar o recurso. este não satisfaz seus pressupostos legais. a saber: obsclIridade ou cOlltradiçt;o. na

decisão; om issão de ponto sobre o qual dever ia pronu nciar-se o jui z ou tribunal.

A Resolução desta Cone . fundamentada no voto do Conselheiro Nestor Baptista. co mo bem disse o nobre

Procurador. foi clara e dire ta. não estando contaminada por qualquer contradi ção ou omissão.

Quanto à impugnação acolhida pelo plenário. ficou bem demonstrado. pcla zeloza 5' ICE. que a CELE­

PAR usou de interposta pessoa jurídica (Fundação Celepar FUNCEL). para a co ntratação dos técnicos. que

prestaram serviços em Hrasilia ao Cavemo cio Estado. Em nenhum momento a Fundação foi beneficiada com

a atuação dos contratados. uma vez que sua função é a de promover o desenvolvimento socia l dos funcionários

da Companhia.

Portanto, repito, a Fundação foi utilizada como instrumento para a irregular contratação dos serviços.

Finalmente, a impugnação não atingiu o procedi mento da FUNCEL. mas os repasses irregularmente

efetuados pela CELEPAR. sem a observância das normas legais exiglveis e para apl icação em atividade total­

meme estranha às suas finalidades. causando o prejuízo de R$ 75.900.00. à época.

Diante do exposto. voto pelo não conhecimento do presente. prevalecendo. em conseqüência. a decisão

inicial. constante da Resolução n° 10760/99-TC. confirmada pela de n° 5 I47/02-TC.

É o voto.

Sala das Sessões. em 24 de fevere iro de 2004

CONSELHEIRO RAFAEL IATAURO

Relator

1_ _ -

88 Tribunal (le cenas- PR I0·,53 1Abril aJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 91: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~L.....- --:

ATO APOSENTATÓRIO

I • EFEITOS FINANCEIROS E J URÍDICOS

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

Sessão

Decisão

Presidente

Co nselheiro Rafael latauro

963 10/04 -Te.

Município de Pérola

Prefeita Municipal

OS/20/04

Resolução 2892/04-Te. (Unânime)

Co nselheiro HENRIQ UE NAIGEBOREN

Consu lta . Efe itos j ur íd icos e financeiros do a to de aposentadoria. O Tr ibu­

nal de Contas verifica a legalidade de at os de aposentadoria, tendo o prazo

de 60 ( sessenta ) d ias para proceder essa an álise- inci so 11 e § 5" do artil:0

76 da Co nst ituição Estadual. Durante esse prazo os efeitos financeiros de­

vem se r supo r tados pelo Município e, após, o responsá vel passa li ser o

s istema próprio d e previdência.

O Trib unal de Contas. nos termos do voto do Relator. Conselheiro Rafael latauro. com a complementação

do voto esc rito do Co nselheiro FERNAN DO AUGUSTO MELLO GU IMA RÃES. RESOLVE:

I - Responder à presente Consulta. sobre os efe itos finaceiros e jurídicos do ato aposentatório. nos termos

do Parecer n° 3001/04. da Diretoria de Assuntos T écnicos e Jurídicos. observando o fato de o Trib unal de Con tas

verificar a legalidade de atos de aposentadoria. como ente fisca lizador. tendo o prazo de 60 ( sessenta) dias para

proceder essa análise. de acordo com o que dete rmina o inciso 11 e § 5° do artigo 76. da Constituição do Estadual.

11 - Durante esse prazo os efe itos financeiros devem ser suportados pelo Município e. após. o responsável

passa a ser o sistema próprio de previdência. mesmo que intempes tivo o exame da legalidade e o registro do ato

de inativação por pane do Tribun al de Co ntas.

Participaram do j ulgamento os Co nselheiros RAFAEL IATAURO. NESTOR BAPTISTA. HEINZ GE­

ORG HERWIG e FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES. e os Auditores MARINS ALVES DE

CAMARGO NETO e JAIM E TADEU LECH INSK I.

Foi presente o Procurador-Geral junto a este Tr ibunal. GAB RIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessões, em 20 de maio de 2004.

HENRIQ UE NAIGE BOREN

Presidente

Tribunal de cernes- PRInO 153 1AbrifaJunho de2005 89

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 92: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

JllJl1SffillIlÊ.u..A _

VOTO no CO NSELHEIRO FERNANnO AUG USTO l\1ELLO GUl l\IA R,\ES

I. Informações Prel iminares

Trata o presen te expediente de indagaç ão encaminhada pela Sra . Ana Luzcvilde Bianca de Sousa. Prefeita

do Município Interessada, fonnulada nos seguintes termos:

o servidor público precisa permanecer em serv iço até o registro de sua aposentadoria perante o Tribunal

de Cont as (CF. ano71. 111 ) ou pode afastar-se a panir da data de publicação do decreto de concessão?

Durante o período de tramitação do processo perante o Tribunal de Contas, o servidor tem direito a

acrésc imos no adicional de tempo de serviço e pode receber promoções?

o servidor tem direi to ao recebimento de verbas rescisórias'!

2. Considerações e Voto'

A Consulta foi satisfatoria mente respondida pela Diretor ia de Assuntos Técn icos e Juríd icos (Parecer n."

3.001/2.004 - Os. 09/11). cabendo. porém observação em relação a um aspecto não abordado, referente ao fato

do Tribunal de Contas verificar a legalidade de atos de aposentadoria. como ente fiscalizador. tendo 60 dias para

proceder a essa análise. de acordo com o que determina o inciso 111 c § 5.° do art igo 76' da Constituição Estadual.

De conformidade com o dispositivo constitucional retro mencionado. j ãdecidiu es ta Cone que durante o

prazo de 60 dias os efei tos finance iros ainda devem ser suportados pelo Município. Vencido este pmzo. o respon­

sável passa a ser o sistema próprio de previdência. mesmo que intempestivo o exame da legalidade e o registro do

ato de inativa ção por pane do Trib unal de Contas. veja-se :

Resolução n": 6798/2003Protocolo n": 479342/02

Origem : MUNICÍPIO DE ALTONIA

Interessado: MUNICÍPIO DE ALTONIA

Assunto: CONS ULTA

, Respoosável Técoico- DaviGemael deAlencar lima (matricula 511366).

' 0 controleextemo, acargo daAssembléia Legislativa. será exercidocom o auxiliodoTribunal deContas do Estado, aoqual compele:

111 · apreciar,para fins deregislro, a legalidadedosatos deadmissão depessoal, aqualquer titulo, naadministraçãodrrelaouIndireta, incluidas asfundações instituidas e mantidas peloPoderPúblico, excetuadas as nomeações para cargo deprovimento em comissão, bem como a legalidadedas concessões de aposentadorias, reformas epensões, ressalvadas asmelhorias posteríeres quenão alterem o fundamento legal doaloconces­sório;

§ 5' Nocasodeaposentedorta, o atorefendo no inciso 111desle artigo somenle produzira efeito após seu registro pelo Tribunal deContas, que oapreciara noprazo mãximo de sessentadias.

.-90 Tribunal de cenus . PR InO153 1Abril a Junhoue 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 93: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~""-----------------------.Io TRIB UNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ. nos termos do voto esc rito do Relator,

Conselheiro FERNANDO AUGUSTO MELLO GU IMARÃES.

RESOLVE:

Responder à presente Consulta, sobre a responsabilidade finan ceira por aposentadorias durante o período

em que os respectivos atos es tiverem em apreciação nesta Cone de Contas , nos seg uintes termos:

1- De acordo com o que determina o art igo 75. inciso 111 e ~ 5°. da Con stitui ção Estadual. dura nte o prazo

de 60 (sessenta ) dias os efeitos fina nceiro s aind a devem ser suportados pelo Município.

11 - Vencido este prazo. o responsável passa a ser o sis tema própri o de prev idência. mesmo que intempes­

tivo o exame da lega lidade e o registro do ato de inativa ção por pane do Tribunal de Co ntas.

Isso posto. de aco rdo com o entendimento esposado pela DATJ e co mplementado por este voto. considera­

se respond ida a consulta em exame.

FERNAN I>O AUGUSTO MELLO GUIMARr\ESConselheiro

Tribunal deContas · PRI na153 I Abril a Junho de2005 91

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 94: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~'-------------------,

SISTEMA DE CONTROLE DE VELOCIDADE

I - U CITAÇ,\O

2 - FIXAÇÃO DO VALOR DOS SERVIÇOS

Relator

Protocolo

Origem

Interessado

Sessão

Decisão

Presidente

Conselheiro Ana gão de Mattos Leão

241012/00-Te.

Município de Mannelei ro

Prefeito Municipal

10/19/04

Resolução 7 I45/0-1-TC. (Unânime)

Conselheiro Nestor Baptista

Consulta. Possibilidade do Município implantar um sistema de contro le de

velocidade de veículos para lins de detecção, registro e processament o de

infração de trânsito, com a contrata ção de equipamentos de terceiros. me­

diante pr éviocertame licita tóriu. O pagamento deve ser efetuado cum baseem valor lixo, por equipamento alocado,

O Tribunal de Contas. por unanim idade. RESOLVE responder a presente Consulta. pela possibilidade do

Município implantar um sistema de controle de velocidade de veículos. para lins de detecção. registro e proces­

samento de infração de trânsito. com a contratação de equipa mentos de terceiros. mediante prévio cena me licita­

tório. destacando a necessidade de o pagamento ser efe tuado com base em valor lixo. por equipamento alocado.nos termos do voto escrito do Relator. Conselheiro ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO.

Particip aram do julgame nto os Conselheiros RAFAEL IATAURO. ARTAGÃO DE MATTOS LEÃO.

HEINZ GEORG HERWIG e FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES. e os Auditores MARINS

ALVES DE CAMARGO NETO e CAIO MARCIO NOGUEIRA SOARES.

Foi presente o Procurador · Gera l j unto a este Tribunal. GA BRIEL GUY LÉGER.

Sala das Sessões . em 19 de outubro de 2004.

NESTO R BAPTISTA

Vice-Presidente no exercíc io da Presidência

VOTO DO CONSELHEIRO ARTAGÃ O DE MA1"OS LEJ\O

I - DO RELATÓRIO

92 TribunaldeContas· PR In-' 1531Atlril aJunho de 2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 95: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~.._----------------~Versa o presente expediente sobre consulta form ulada pelo Prefei to do Município de Marmelciro, a respe i­

to da possibi lidade do Executivo terceirizar o se rviço de controle de trânsito no perfrnerro urb ano. em razão do

grande fluxo de tráfego nas rodovias que cruzam a cidade. onde indaga da viabilidade de se implantar um sis tema

de controle de velocidade (rada r) com o propósito de obter imagens de det ecção. reg istro e proce ssam ento de

infração de tr ânsito ,

Encaminhad o os autos à Dire toria de Co ntas Municipais. esta examinou a mat éria, lançando o parecer n°.

171/00. no qual entende u não ser possível ao Poder Executivo IIJ<:al te rceirizar o serviço de fisca lização de

trânsito, cabendo -lhe, dessarte, a aquisição de equipament os t écnicos instrumentai s para e fetua r o serviço . Refe­

rida co mpra deverá suj eit ar-se a Lei n°. 8.666/93. no sentido de se proceder pré vio certame licitat ório .

Encaminhado os aut os à douta Proc uradoria j unto a este Tribunal de Cont as. esta an al isou a matéri a.

opinando atrav és do parecer n°. I0584/~ se r possível 11 Administração Pública implantar rad ares de ve locidade.

como também mu ltar os eventuais infratores. visando co ibir abu sos que seriam danosos 11 segurança no períme­

tro urbano. ind icando que o alc ance de tal objeti vo. necessariamente de ve observar as regras traz idas pela Lei n°.

8.666/93.

Esclareceu. ainda. ser possível a terceirizaç ão. em razão da matéria j á ter sido objeto de ma nifestaç ão

do Tribuna l de Co ntas do Estado de São Pau lo - TCE - S I'. Processo 376971026102 . Rel ator Cons. Renato

Man ins Costa.

Co ncluiu seu pensamento que o co ntrato a ser firma do co m empresa particul ar não se co nlig uraria delega­

ção do poder de polícia. desde que a imputação da pena e a cobrança da s multas resu ltantes das infraçõe s venham

a ser efe tivada pe lo Exec utivo Muni cipal . que tamb ém deverá se responsabili zar pelo julgamen to dos recu rsos

impetrados pelos motoris tas punido s.

Por fim. destac ou que o valor dos servi ços deverá co nstar no co ntrato ce lebrado entre o Município c a

em presa vencedora do certame licitacionul, a ser fixad o por tipo de equipamento insta lado. sem le var em con si­

deração à quantidade e/ou o mon tante das mult as ap licadas.

o ilus tre auditor Jaime Tadeu Lec hinski, em 09 de setembro de2~ aprese ntou proposta de voto. na qual

encampou o entendimento esposado pela douta Procuradoria, Entretanto, o dil eto conselheiro Fernando Augusto

Me llo Guimarães pedi u vistas dos autos. apresentando voto por escrito na sessão de 16 de setembro de 2004.

Co ncluiu seu arrazoado, endossando o entendimento apresentado pela douta Procurudoriajunto a esle Tribu­

nal de Contas. no sentido de que a resposta seja oferec ida: "no sentido da possibilidade do Município imp lantar um

sistema de contro le de velocidade; pela possibi lidade da terceirização, desde que precedida da licitação na modali­

dade cabível de acordo co m os valores preceituados na Lei federa l n°. 8.666/93; pelo pagamento do valor fixo por

equipamento alocad o. sem qualquer espéc ie de delegação de poder ; com a indispens évcl manifcstação prévia do

CETRAN. sob pena de imperfeição do ato; e com a de monstração da real necessid ade dos radares de acordo com os

ditames legais - finalidade precípua de educação para a segurança do cidadão no trânsito",

Em 30 de selembro de2~. o ilustre co nse lhe iro Nes to r Baptista ped iu vista dos autos ora em co mento.

sendo devol vido na sessão de 07 de outubro de 2004 e adi ado.

Tnbunal de Contas- PR InO153 r Abril aJunhode 2005 93

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 96: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

~o....- _

II É o relat ório.

11 - DO VOTO

Do manus eio das peças instrutórias do presente protocolado. como tam bém do co ntido no voto aprese nta­

do peJo insigne co nse lheiro Fernando Augusto Mell o Guimarães. claro ficou demonstrado ser crível a instalação

de radares pelo co nsulcnte, com a co ntnuaç ão de equipamentos de terceiros. med iante prévio ce rtame lícitat õrio.

co m pagam ento de valor fixo por equipamento alocado. observando-se a nã o delegação à empresa parti cul ar

co ntrurada qualqu er pode r. a não ser o de co nstaIar a infringêneia de regra s legais de limite de ve locidade.

co nside rado serviço instrumental. reservando-se ao Mun icíp io o regular exe rcíc io do poder de pol ícia .

Importante destacar que a necessidade da co ntraiação dos serviços co m base em va lor fixo . por equipa­

memo utilizado. prende-se ao fato de evitar-se o desv io de final idade da açã o administra tivu, ou seja. impedir a

denominada " indústria das multas ' . onde o pagament o efetuado pelo Poder Público ao co ntratado se baseia na

qua ntidade de multas ap licadas ou em percentual definido por infração registrada.

o regular exercício do poder de polícia visa co ndicionar. restringi r c balisar a liberdade do cidadão e o uso

da propriedade. no semido de melh or atender o interesse púb lico . / 11 C{/.1"lI a gestão do trânsito co m a implantação

de radare s tem por escopo dimi nuir o número de ac identes e vítimas no tr ânsito , mas jamais poderá objetivar o

aumento da arrecadação. o que co nfig ura o desvio de finalidade um dos aspec tos do abuso de poder que de ve ser

sempre comba tido e evitado. no afã de salvag uardar o interesse da coletividade envo lvida.

Sendo ass im. VOT O que a resposta seja oferecida nos lermos ora propostos, obse rvan do-se as co nclusões

uprese ntadas no VOlO do Conselh eiro Fernando Augusto Mell o Guimarães aqui já retratadas.

Sala das Sessões. em 19 outubro de 2004 .

ARTA G t\O DE M ATTOS LEAoConse lhe iro Relator

94 Tribunal de contas- PRI n ~ 1531Abril aJunhO de2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 97: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

Innunal deContas· PR InQ 153 1Abril a Junhode 2005 95

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 98: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

íNDICEALFABÉTICO

APM DA ESCO LA RURAL MUN ICIPAL FRANC ISCO MANOEL BARROSO DE RIO BONITO DO IGUAÇU 76

ASSOCIAÇÃO DOS MUN ICÍPIOS DO PARANÁ 65

ATOA POSENTATÓRIO 89

CARÁTER EXCEPCIONAL 65

CELEPAR 86

CERTIDÃO LlBERATÓRIA 65

CF/88 ART. 2 I2 78

COMPAN HIA DE INFORMÁTICA DO PARANÁ 86

COMPROVAÇÃO DE CONVÊNIO 76

CONVÊNIO - MUNICÍPIO - PARANACID ADE 84

DEVER DE PRESTAÇÃO DE CONTAS AO TRIBUNAL 76

E _EFEITOS FINANCEIROS E JURÍDICOS 89

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 86

FAMEPAR 74

FIXAÇÃO DO VALOR DOS SERVIÇOS 92

FUNCEL 86

LICITAÇÃO - AUSÊNCIA 80

LICITAÇÃO 52

LICITAÇÃO 92

MANUTENÇÃO E DESENVOLVIM ENTO DO ENSINO 78

MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO IGUAÇU 80MUNICÍPIO DE IBAITI 84MUN ICÍPIO DE JARDIM OLlN DA 74MUN iCípIO DE MARME LEIRO 92

MUNICíPIO DE PÉROLA 89

MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO IGUAÇU 78

NOVOS PREFEITOS - MUDANÇA DE MANDATO 65

96 Tribunal de tornas- PR InG 153 1Abril aJunhode2005

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO

Page 99: revista.tce.pr.gov.br · • Revista do mruna!de Contas PR Curitiba. abril ajunho (h~ 200':> 1"(1 1.'1:1 IAlio 35 Mala Direta Postal 31001721..1 DR1"R Im,.."... onela. CDRltEIOI_

íNDICE ALFABÉTICO

0 _OPERAÇÕES FINANCE IRAS 52ORGANISMOS INTERNACIONAIS DE CRÉDITO 52ÓRGÃO OFICIAL DE IMPRENSA 80

PRESTAÇÃO DE CONTAS 69PRESTAÇÃO DE CONTAS MUNICIPA IS 80PRINCÍP IO DA RESPONSABILIDADE INSTITUCIONAL 74PROGRAMA NAC IONAL DE APO IO AO TRANSPORTE ESCOLAR 69PROTOCOLO 24 1012100-TC 92PROTOCOLO 330605/04-TC 74PROTOCOLO 467678/04-TC 52PROTOCOLO 492060/04-TC 78PROTOCOLO 80434105-TC 65PROTOCOLO : 5 I8295103-TC 76PROTOCOLO : 84576/02- TC 80PROTOCOLO 508962102-TC 84PROTOCOLO 963 10/04-TC 89PROTOCOLO 347274/99-TC 86PROTOCOLO 74930105-TC 69

RECEITA DE IMPOSTOS 78RECURSO DE REVISTA 84RECURSO DE REVISTA 74RECURSO DE REVISTA 76RECURSO DE REVISTA 78RECURSO DE REVISTA 80RECURSO INEXISTENTE NO REGIMENTO INTERNO 86RECURSOS - MINISTÉ RIO DA EDUCAÇÃO 69RESOLUÇÃO I080105-TC 84RESOL UÇÃO I I37/05-TC 80RESOLUÇÃO I837/05-TC 65RESOLUÇÃO 2381/05-TC 52RESOLUÇÃO 2886/05-TC 69RESO LUÇÃO 2892/04- TC 89RESOLUÇÃO 680105-TC 76RESOL UÇÃO 7 I45/04-TC 92RESOLUÇÃO 852105-TC 74RESOLUÇÃO 853/05-TC 78RESOLUÇÃO 940/05-TC 86

s' _SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 69SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAM ENTO E COO RDENAÇÃO GE RAL 52SECRETÁR IO DE ESTADO 69SISTEMA DE CO NTROLE DE VELOCIDADE 92

Tribunalde Contas · PR InO153 1Abril aJunno de2005 97

PIA

DIG

ITA

L C

ON

FE

RID

A C

OM

O D

OC

UM

EN

TO

FÍS

ICO