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COLUNISTAS ARTIGOS CF DIGITAL ANUNCIE CONTATO ASSINE Tweetar 0 PÁGINAINICIAL > COLUNAS ATIVISMO JUDICIAL "a separação de "poderes" e o controle das omissões legislativas" 08/01/2009 por Pedro Lenza Conceito e espécies de omissão O tema proposto vem causando diversos questionamentos e polêmicas. Em suma, diante de omissão legislativa, negligente e desarrazoada, por parte do Poder Legislativo, o Poder Judiciário pode suprir a omissão? Havia violação ao princípio da separação de "poderes"? De fato, tratase de inovação da CF/88, inspirada no art. 283 da Constituição portuguesa, o controle das omissões. O que se busca através da ADO (ação direta de inconstitucionalidade por omissão) e do MI (mandado de injunção)éo combate a uma "doença", chamada pela doutrina de "síndrome de inefetividade das normas constitucionais". A omissão poderá ser total ou parcial: total, quando não houver o cumprimento constitucional do dever de legislar; parcial, quando houver lei integrativa infraconstitucional, porém de forma insuficiente. Como exemplo de inconstitucionalidade por omissão total ou absoluta, destacamos o art. 37, VII, que prevê o direito de greve para os servidores públicos, ainda não regulamentado por lei. Como exemplo de inconstitucionalidade por omissão parcial, destacamos o art. 7.º, IV, que estabelece o direito ao salário mínimo. A lei fixando o seu valor existe, contudo o regulamenta de forma deficiente, pois o valor fixado é muito inferior ao razoável para cumprir toda a garantia da referida norma. Então passemos a analisar o MI e a ADO. ativismo judicial e o mandando de injunção O mandado de injunção previsto constitucionalmente, já decidiu o STF, é autoaplicável, sendo adotado, analogicamente e no que couber, o rito do mandado de segurança (parágrafo único do art. 24 da Lei n. 8.038/90). No tocante aos efeitos da decisão, várias posições surgiram, podendo ser assim resumidas: posição concretista geral: através de normatividade geral, o STF legisla no caso concreto, produzindo a decisão efeitos erga omnes até que sobrevenha norma integrativa pelo Legislativo; posição concretista individual direta: a decisão, implementando o direito, valerá somente para o autor do mandado de injunção, diretamente; posição concretista individual intermediária: julgando procedente o mandado de injunção, o judiciário fixa ao Legislativo prazo para elaborar a norma regulamentadora. Findo o prazo e permanecendo a inércia do Legislativo, o autor passa a ter assegurado o seu direito; posição não concretista: a decisão apenas decreta a mora do poder omisso, reconhecendose formalmente a sua inércia. A posição não concretista, por muito tempo, foi a dominante no STF (vide MI 107DF). Este posicionamento sofreu as nossas críticas, na medida em que o mandado de injunção tornaria inviável o exercício de direitos fundamentais, na persistência da inércia legislativa. A providência jurisdicional, nestes termos, tornavase inócua. Avançando, o STF adotou, em alguns casos, a posição concretista individual intermediária, fixando um prazo e comunicando ao legislativo omisso para que elaborasse a norma naquele período. Decorrido in albis o prazo fixado, o autor passaria a ter o direito pleiteado (efeitos inter partes cf. MI 232). Em outros casos, o STF adotou a posição concretista individual direta. Destacamos o MI 721 (30/08/2007) e o MI 758 (01/07/2008), havendo reconhecimento, pelo STF, do direito a uma aposentadoria especial por parte dos servidores no caso de atividades insalubres (art. 40, § 4º, CF/88), aplicandose, por analogia, o art. 57, da Lei n. 8.213/91, que dispõe sobre plano de benefício da Previdência Social. Evoluindo, lembramos, ainda, o julgamento dos MIs 670, 708 e 712, ajuizados, respectivamente, pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindpol), pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sinjep), buscando assegurar o direito de greve para seus filiados, tendo em vista a inexistência de lei regulamentando o art. 37, VII, da CF/88. O STF, em importante e inédita decisão, por unanimidade, declarou a omissão legislativa e, por maioria, determinou a aplicação, no que couber, da lei de greve vigente no setor privado, Lei n. 7.783/89. A aplicação da lei não se restringiu aos impetrantes, mas a todo o funcionalismo público. Assim, podese afirmar que o STF consagrou a teoria concretista geral, sendo este, portanto, o leading case para essa nova perspectiva de ativismo judicial. Nessa linha (de ativismo), podemos destacar, ainda, a edição da súmula vinculante nº 11, sobre o uso de algemas e a proibição da prática de nepotismo, pela súmula vinculante nº 13, nesse último caso, salientando a inércia de 20 anos do Legislador que, até hoje, não enfrentou esse delicado tema. Cadastrar BEM‐VINDO À CARTA FORENSE | LOG IN PEDRO LENZA Mestre e Doutor pela USP. Advogado e Professor do Complexo Jurídico Damásio de Jesus. Autor de Direito Constitucional Esquematizado, 15.ª ed., SARAIVA, 2011 e de Teoria Geral da Ação Civil Pública. 3ª ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. [email protected] http://www.saraivajur.com.br/colecao_esquematizad Twitter: @pedrolenza conteúdos anteriores Busca... EDIÇÃO DO MÊS Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica NEWSLETTER RECEBA NOSSAS NOVIDADES Nome... Email... EDIÇÕES AUTORES 2 Recomendar

A separação dos poderes e o controle das omissões legislativas - artigo de direito constitucional

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A separação dos poderes e o controle [...] Direito Constitucional, Artigo Científico

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  • C O L U N I S T A S A R T I G O S C F D I G I T A L A N U N C I E C O N T A T O A S S I N E

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    ATIVISMOJUDICIAL

    "aseparaode"poderes"eocontroledasomisseslegislativas"08/01/2009por PedroLenza

    Conceitoeespciesdeomisso

    Otemapropostovemcausandodiversosquestionamentosepolmicas.Emsuma,diantedeomissolegislativa,negligenteedesarrazoada,porpartedoPoderLegislativo,oPoderJudiciriopodesupriraomisso?Haviaviolaoaoprincpiodaseparaode"poderes"?

    Defato,tratasedeinovaodaCF/88,inspiradanoart.283daConstituioportuguesa,ocontroledasomisses.OquesebuscaatravsdaADO(aodiretadeinconstitucionalidadeporomisso)edoMI(mandadode injuno)ocombateauma"doena",chamadapeladoutrinade"sndromedeinefetividadedasnormasconstitucionais".

    Aomissopodersertotalouparcial:total,quandonohouverocumprimentoconstitucionaldodeverdelegislarparcial,quandohouverleiintegrativainfraconstitucional,pormdeformainsuficiente.

    Comoexemplodeinconstitucionalidadeporomissototalouabsoluta,destacamosoart.37,VII,queprevodireitodegreveparaosservidorespblicos,aindanoregulamentadoporlei.

    Comoexemplodeinconstitucionalidadeporomissoparcial,destacamosoart.7.,IV,queestabeleceodireitoaosalriomnimo.Aleifixandooseuvalorexiste,contudooregulamentadeformadeficiente,poisovalorfixadomuitoinferioraorazovelparacumprirtodaagarantiadareferidanorma.

    EntopassemosaanalisaroMIeaADO.

    ativismojudicialeomandandodeinjuno

    O mandado de injuno previsto constitucionalmente, j decidiu o STF, autoaplicvel, sendo adotado,analogicamenteenoquecouber,oritodomandadodesegurana(pargrafonicodoart.24daLein.8.038/90).

    Notocanteaosefeitosdadeciso,vriasposiessurgiram,podendoserassimresumidas:

    posio concretista geral: atravs de normatividade geral, o STF legisla no caso concreto,produzindoadecisoefeitosergaomnesatquesobrevenhanormaintegrativapeloLegislativo

    posioconcretistaindividualdireta:adeciso, implementandoodireito,valersomenteparaoautordomandadodeinjuno,diretamente

    posio concretista individual intermediria: julgando procedente omandado de injuno, ojudicirio fixa ao Legislativo prazo para elaborar a norma regulamentadora. Findo o prazo epermanecendoainrciadoLegislativo,oautorpassaaterasseguradooseudireito

    posionoconcretista:adecisoapenasdecretaamoradopoderomisso, reconhecendoseformalmenteasuainrcia.

    Aposionoconcretista,pormuitotempo,foiadominantenoSTF(videMI107DF).

    Esteposicionamento sofreuasnossas crticas, namedidaemqueomandadode injuno tornaria invivel oexerccio de direitos fundamentais, na persistncia da inrcia legislativa. A providncia jurisdicional, nestes termos,tornavaseincua.

    Avanando,oSTFadotou,emalgunscasos,aposioconcretistaindividualintermediria,fixandoumprazoecomunicandoao legislativoomissoparaqueelaborasseanormanaqueleperodo.Decorrido inalbisoprazo fixado,oautorpassariaaterodireitopleiteado(efeitosinterpartescf.MI232).

    Emoutroscasos,oSTFadotouaposioconcretistaindividualdireta.DestacamosoMI721(30/08/2007)eoMI758(01/07/2008),havendoreconhecimento,peloSTF,dodireitoaumaaposentadoriaespecialporpartedosservidoresnocasodeatividadesinsalubres(art.40,4,CF/88),aplicandose,poranalogia,oart.57,daLein.8.213/91,quedispesobreplanodebenefciodaPrevidnciaSocial.

    Evoluindo,lembramos,ainda,ojulgamentodosMIs670,708e712,ajuizados,respectivamente,peloSindicatodosServidoresPoliciaisCivisdoEstadodoEspritoSanto(Sindpol),peloSindicatodosTrabalhadoresemEducaodoMunicpiodeJooPessoa(Sintem)epeloSindicatodosTrabalhadoresdoPoderJudiciriodoEstadodoPar(Sinjep),buscandoassegurarodireitodegreveparaseusfiliados,tendoemvistaainexistnciadeleiregulamentandooart.37,VII,daCF/88.

    O STF, em importante e indita deciso, por unanimidade, declarou a omisso legislativa e, por maioria,determinouaaplicao,noquecouber,daleidegrevevigentenosetorprivado,Lein.7.783/89.

    Aaplicaodaleinoserestringiuaosimpetrantes,masatodoofuncionalismopblico.Assim,podeseafirmarqueoSTFconsagroua teoriaconcretistageral, sendoeste, portanto, o leading case paraessanovaperspectivadeativismojudicial.

    Nessa linha (de ativismo), podemos destacar, ainda, a edio da smula vinculante n 11, sobre o uso dealgemaseaproibiodaprticadenepotismo,pelasmulavinculanten13,nesseltimocaso,salientandoainrciade20anosdoLegisladorque,athoje,noenfrentouessedelicadotema.

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    PEDROLENZA

    MestreeDoutorpelaUSP.AdvogadoeProfessordoComplexoJurdicoDamsiodeJesus.AutordeDireitoConstitucionalEsquematizado,15.ed.,SARAIVA,2011edeTeoriaGeraldaAoCivilPblica.3ed.,rev.,atual.eampl.SoPaulo:EditoraRevistadosTribunais,[email protected]://www.saraivajur.com.br/colecao_esquematizado/Twitter:@pedrolenza

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    Ativismojudicialnaadoaproblemticadacriaodemunicpios

    Trazemosemdiscussoaproblemticasobreacriaodemunicpios.Comoseobservapelaredaodadaaoart. 18, 4, CF/88, a lei estadual s poder criar novos municpios se for editada uma lei complementar federalestabelecendooprocedimento,almdaobservnciadeoutrospressupostosobjetivos.

    Oproblemaqueathoje(08/11/2008),muitoemboraexistamvriosprojetosdeleiemtramitaonoCongressoNacional,referidaleinofoieditada.

    Existem,ento,quase60municpiosnoBrasilque,criadossemaobservnciadessepressuposto,podemviraserextintos!

    SeguindoovotodoMin.Relator,GilmarMendes,naADO3682,"...apesardeexistiremnoCongressoNacionaldiversosprojetosdeleiapresentadosvisandoregulamentaodoart.18,4.,daConstituio,possvelconstataraomisso inconstitucional quanto efetiva deliberao e aprovao da lei complementar em referncia. Aspeculiaridadesdaatividadeparlamentarqueafetam,inexoravelmente,oprocessolegislativo,nojustificamumacondutamanifestamentenegligenteoudesidiosadasCasasLegislativas,condutaestaquepodepremriscoaprpriaordemconstitucional.AinertiadeliberandidasCasasLegislativaspodeserobjetodaaodiretadeinconstitucionalidadeporomisso.Aomisso legislativaemrelaoregulamentaodoart.18,4.,daConstituio,acaboudandoensejoconformao e consolidao de estados de inconstitucionalidade que no podem ser ignorados pelo legislador naelaboraodaleicomplementarfederal".

    Econclui:"oprincpiodoEstadodeDireito(art.1.),aclusulaqueasseguraaimediataaplicaodosdireitosfundamentais(art.5.,1.)eodispostonoart.5.,LXXI,que,aoconcederomandadodeinjunoparagarantirosdireitose liberdades constitucionais, impe ao legislador o dever de agir para a concretizao desses direitos, exigem aoimediata para eliminar o estado de inconstitucionalidade" (ADO 3.682, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em09.05.2007,DJ,06.09.2007).

    MuitoemboraaementadojulgadonoindiqueocartercoercitivodadecisodoSTF("nosetratadeimporumprazoparaaatuaolegislativadoCongressoNacional,masapenasdafixaodeumparmetrotemporalrazovel"),aleituradoacrdoesuasdiscusses finais,nosda idiadeque,emrazodocartermandamental dadeciso, oCongressoNacionalterquelegislardentrodetalperodode18meses,prazo,inclusive,fixadonodispositivodoacrdoevencidoem09/11/2008.

    Emnoelaborandoalei,dadoocartermandamental,conseqnciasprocessuaispodemdecorrere,ainda,nosparecequesepossaaplicar,poranalogiaoart.64eseuspargrafos,comaidiadetravamentodepauta,ou,quemsabe,dadaaevoluodajurisprudnciadoSTFnocontroledasomisseslegislativas(MI712cf.item14.9.5.4),osuprimentoda omisso pelo prprio STF. O que no d para aceitar a inconseqente e desarrazoada inertia deliberandi,manifestamentenegligenteedesidiosa,conformereconheceuoMin.GilmarMendes.

    Concluses

    Portodooexposto,nosparecequediantedeumainertianorazoveldolegislador,oJudicirio,dentrodeumaposturaativista,passaaterelementosparasupriraomisso,conformeseverificounosvriosexemplos,fazendocomqueodireitofundamentalpossaserrealizado.Nosepodeadmitirquetemastoimportantescomoodireitodegrevedosservidorespblicos,porexemplo,possamficarsemregulamentaopormaisde20anos.OJudicirio,aoagir, realizadireitosfundamentaise,nessesentido,astcnicasdecontroledasomissespassamaterefetividade.

    Naturalmente,saindodainertia,anovaleiasereditadapeloLegislativodeverseraplicada,podendo,claro,nofuturo,viraserquestionadanoJudicirio.

    Essaanovaperspectiva.NoseincentivaumJudiciriocomolegisladorpositivonocasodeexistnciadelei,mas,havendoinrcia,desarrazoada,negligenteedesidiosa,dentrodoslimitesdastcnicasdecontroledasomisses,buscaseaefetivaodosdireitosfundamentais,sejapelatcnicadoMIcomopelaADO.

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