A SUPER SOJA - Pitoco · 2020. 8. 21. · gol mantém quatro frequências diárias ... na forma e condiÇÕes estabelecidas nas condiÇÕes gerais do certificado de recompra do veÍculo

Pitoco 21 de agosto de 2020 | 1

Cascavel, 21 de agosto de 2020 - Ano XXIV - Nº 2.261 - R$ 12,00

INFRAESTRUTURAA HORA E A VEZ DA PAVIMENTAÇÃO DE CONCRETO

SOJACâmbio favorável, safra boa e apetite chinês convergem para produzir o melhor momento histórico dos sojicultores brasileiros

CONSTRUÇÃO CIVILGIGANTE ESCALA ESCOMBROS DA MANSÃO ICÔNICA

A SUPER

4 | www.pitoco.com.br Pitoco

REPORTAGEM DE CAPA

ALINHAMENTO DE ESTRELAS

Jairo Eduardo - editor do Pitoco

Quando o preço da saca de soja pas-sava de R$ 60, já começava a eufo-

ria. Era preço bom. Em maio deste ano, impulsionado pelo dólar em ascensão, a saca chegou pela primeira vez ao pata-mar histórico de R$ 100.

Com a moeda americana roçando em R$ 6 no pico da alta, no meio do semes-tre passado, os sojicultores apressaram--se em vender. Os volumes negociados foram tão expressivos, que o produto se tornou escasso no mercado.

Foi quando a saca foi a estratosfera. Chegou a ser vendida a R$ 130 no por-to de Rio Grande (RS), em meados da primeira quinzena de agosto. “Em ter-mos nominais, é o melhor momento da história”, afirma o especialista Camilo Motter.

Sem jogo de palavras, é fácil de en-tender o que fez um produto tão abun-dante escassear nos silos brasileiros, a ponto de, pela primeira vez desde 2002, surgir um cenário em que o país poderá ser levado a importar mais de 1 milhão de sacas.

Além do dólar em patamares inima-gináveis, em grande parte em razão da fragilidade do real diante da epidemia, o porco chinês chegou faminto.

Em cada 10 sacas vendidas pelo Bra-sil, oito foram para a China. O plantel suíno do país asiático está sendo recom-posto, após o abate de dezenas de mi-lhões de cabeças afetadas por problemas sanitários.

A recomposição de um plantel de mais de 200 milhões de cabeças na Chi-na pede muita ração. Neste aspecto a soja e o milho alimentam o suíno chinês

Saca da soja acima de R$ 100 injeta bilhões na economia brasileira e produz o melhor momento histórico do setor agropecuário

e o bolso do agricultor.

O lucro do sojicultor que vender a saca a R$ 120 (cotação do início desta segunda quinzena de agosto) pode estar acima de 100%, já que os mais eficien-tes estão mantendo o custo de produção abaixo de R$ 50.

E o que os fazendeiros farão com o lucro da soja? Segundo o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, a tendência é reinvestir porteira adentro, embora em Cascavel sejam percebidos também pe-sados aportes no mercado imobiliário.

A capitalização do produtor, com in-vestimentos nos processos de produção, novas tecnologias e na produtividade gera um ciclo positivo, conforme explica Camilo Motter. Para ele, o processo vai perdurar para as próximas temporadas, com início em setembro. Ou seja, não se trata de voo de galinha.

O alinhamento de estrelas (porcos com fome na China, dólar elevado e sa-fras de qualidade) vai cimentar o alicer-ce verde da economia nacional e jogar papel fundamental na superação das sequelas da pandemia.

n A capa da principal revista de economia do país, edição de agosto, e a safra: melhor ano do agro na história


REPORTAGEM DE CAPA

Show tem que continuarl O presidente da Coopavel, Dil-

vo Grolli, sempre acrescenta uma fra-se na entrevista coletiva de encerra-mento do Show Rural: “Hoje mesmo já estamos trabalhando na edição do próximo ano”.l Quem trabalha neste ritmo cer-

tamente já produziu um “plano B” para a edição de 2021. É o caso. A in-definição no entorno de uma vacina segura e suficientemente numerosa para a Covid-19 está atravessada no calendário do Show Rural.

um deles, o evento amplia a utiliza-ção de recursos digitais em expressiva parte da programação.l Seria um Show no Zoom, sof-

taware que ganhou notoriedade em tempos de distanciamento. E a pre-sença física de agricultores e expo-sitores estaria restrita a pouco mais de 10% do público convencional, estabelecendo um teto de 30 mil vi-sitantes distribuídos pelos cinco dias do evento.l O formato ainda não está fecha-

do, mas uma coisa é certa. O “novo normal” não vai parar o evento, já que o show tem que continuar.

ENTREVISTA/CAMILO MOTTER

“O Brasil tem que se manter neutro em disputas que não nos interessam”

Pitoco - Como o preço da soja foi parar em um lugar tão alto?

Camilo Motter - Quando o dólar co-meçou a subir o produtor rural passou a vender. Isso foi entre março e junho. Foi um recorde de vendas, liquidou-se os es-toques, tudo isso puxado pelas compras chinesas. A China comprou muito aqui dentro. Então a escassez dentro do Bra-sil também puxou os preços para cima.

Isso fará o grande vendedor de soja, o Brasil, se tornar comprador no mer-cado externo?

É bem plausível esse cenário de im-portação. Desde 2003 que não se impor-tava mais do que algo entre 300 e 600 mil toneladas, número que o Paraguai supria. Agora o cenário aponta para importações de soja pelo Brasil acima de 1 milhão de toneladas, que poderão vir da Argentina ou mesmo dos EUA.

A guerra comercial EUA x China tem um papel nesta alta da soja?

Em termos. A questão central é que havia disponibilidade do produto no Brasil e outros países da região com um preço melhor que o americano. Então a China comprou aqui. Mas agora a soja brasileira está mais cara e os EUA en-tram com safra cheia. Então os chine-ses não vão olhar para isso de guerra comercial e vão comprar na América do Norte. Eles vão comprar a produção americana.

Apetite voraz da suinocultura na Ásia...

Sim, a retomada chinesa de importa-ções está relacionada a alimentação de suínos. Eles partiram, ano passado, de 85,5 milhões de toneladas de grãos para 98 milhões este ano. Na próxima tempo-rada vão comprar mais de 100 milhões de toneladas.

Como foi a safra aqui na região de Cascavel?

Atrasou um pouco o plantio em razão de problema climático, mas a qualidade é excepcional e os preços fantásticos. É um fluxo de reposição de venda como

nunca visto. Isso tende a perdurar, ca-pitalização retém produção o milho su-bindo.

Você consegue enxergar nuvens ne-gras neste céu de brigadeiro?

Com essas altas há perspectiva de aumento custo de produção, insumos, fertilizantes, sementes e agroquímicos importados. Mas os preços dos grãos devem ficar firmes e o câmbio favorável, mesmo com uma eventual retomada na economia. A safra será bem remunerada na próxima temporada também.

Qual deve ser a posição do Brasil no duelo de gigantes entre chineses e americanos?

O Brasil tem que ser pragmático. Precisa avaliar qual é a melhor forma de manter mercados abertos lá fora. E se manter neutro em disputas que não nos interessam. O que interessa para nós é colocar nossos produtos e atrair investimento. Entrar em briga de ter-ceiros não traz nenhuma contribuição para solucionar as disputas comerciais e geopolíticas entre China e EUA. Se não vamos solucionar isso por que marcar posição neste sentido?

Os agricultores vivem o melhor mo-mento?

Em termos nominais é com certeza o melhor momento da história. Em ter-mos de renda no campo, se não for o melhor é um dos melhores. Se o agricul-tor canalizar esses recursos a mais com investimento na propriedade e tecnolo-gia, ele viverá seu melhor momento da atividade. Veja só, o milho subindo de preço em plena colheita, isso é absolu-tamente incomum.

n Dilvo Grolli: repensando o formato do Show Rural 2021

l Grolli é cauteloso no assunto, mas permite vislumbrar alguns cenários. Em

n Motter: Brasil deve ficar longe da briga entre chineses e americanos


AEROPORTO

O novo aeroporto de Cascavel está con-cluído. A migração do velho e acanha-

do terminal para o novo aguarda apenas as liberações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Aeronáutica. A previsão é que ainda em setembro o novo terminal de embarque e desembarque da cidade esteja operacional.

A obra recebeu investimento de cerca de R$ 40 milhões. O Estado aportou R$ 8 milhões para a construção do novo termi-nal de embarque e desembarque e mais R$ 3 milhões para a compra de mobiliário. Há, ainda, verba federal a fundo perdido (R$ 2,3 milhões), da Itaipu Binacional (R$ 4 milhões) e verba municipal.

A estimativa é que o espaço possa re-ceber em pouco tempo a circulação diária de até 1.200 pessoas, atingindo a marca de mais 400 mil passageiros por ano. Até por isso, já há estudos para uma ampliação, com a construção do terminal 2. O aeroporto de Cascavel tem voos da Gol nas terças, quintas. No sábado a aeronave pousa para decolar no domingo. A expectativa de re-torno da Azul é para o dia 14 de setembro.

Pronto para voar...Gol mantém quatro frequências

diárias; Azul retorna em setembro, mês em que o terminal novo de

Cascavel estará operacional

n Nas imagens dos requisitados fotógrafos Neri Cardoso e Julio Szymanski é possível obter uma dimensão da transformação do aeroporto. Os fingers,pontes entre o terminal e a aeronave, são novidade em aeroportos do interior

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ELEIÇÔES 2020

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Apesar deste ano ser marcado pela pandemia e muitos eventos cance-

lados e ou adiados, as eleições deste ano já tem data marcada: o primeiro turno será realizado no dia 15 de novembro e o segundo no dia 29 do mesmo mês.

Aos candidatos cabe a responsabili-dade de realizar uma campanha trans-parente e de acordo com as normas da Justiça Eleitoral, em especial o trato no uso do dinheiro público provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário).

Para tanto, todo candidato deverá

Sob novas regrasProcessos eletrônicos pedem

assessoria contábil especializada; escritório de Cascavel conveniou

com gigante do setor

contratar uma assessoria contábil es-pecializada em contabilidade eleitoral para não ter surpresas desagradáveis no momento da prestação de contas junto aos Tribunais.

É a primeira vez que todo o pro-cesso deve ser feito por meio eletrô-nico, (registro de candidatura, con-tabilidade e prestação de contas). É preciso que todos os dados sejam apresentados em uma plataforma digital, cumprindo regras, prazos e exigências da Receita Federal e da Justiça Eleitoral.

Há uma série de novidades e exi-gências do Tribunal Superior Eleitoral e a Essent Jus através de suas conta-bilidades associadas oferece toda tec-nologia necessária para atuar no aten-dimento e prestação de contas 100% online um portal com as informações e normas que regem a matéria.

SERVIÇO COMPLETOl A Essent Jus é a única startup

do país a oferecer um serviço finan-ceiro completo aos candidatos e par-tidos, da arrecadação à prestação de contas eleitorais. Sua tecnologia foi responsável por 25% de todo o di-nheiro arrecadado por financiamento coletivo no país durante as últimas eleições. Foram contas de três can-didatos à presidência, seis governa-dores, 23 senadores, 318 deputados federais e 450 deputados estaduais. É a única empresa de contabilidade Eleitoral do Brasil a atender esse vo-lume de arrecadação. l Em Cascavel, uma das conta-

bilidades associadas da Essent Jus que disponibilizará aos candidatos toda esta tecnologia e informações é o Centro Contábil - (45) 3305-7070, que tem como responsável o conta-dor Paulo Cezar da Silva.


CONSTRUÇÃO CIVIL

Mansão no chão, edifício no céu

Na segunda metade dos anos 80 a então acanhada Palotina ficou pequena para a família Giombelli. Foi quando Albino, o patriarca, mandou fazer as malas com destino à exuberante capital do Oeste.

Instalaram-se na Avenida Tancredo Neves, em um belíssimo edifício assina-do pelo trio Nastas, Cirico e Bertolucci, local que hoje abriga o Fórum da Comar-ca. Ali, entre a avenida e o prédio, insta-laram um monumento, reproduzindo um ferreiro açoitando uma bigorna, alusão ao início da vida profissional de Albino.

Na década seguinte, a Giombelli se tornaria a maior vendedora de tratores Valmet do planeta. Chegou a vender mais de mil unidades por ano. “Foram anos espetaculares”, resume Angelo, um dos cinco filhos do empresário.

Chefe de família italiana, prole nu-merosa, Albino decidiu adquirir três quartos de uma quadra no alto do bair-ro Neva e edificar ali a maior residência, no maior terreno da cidade. A mansão tinha mais de 2,2 mil metros quadrados, e o terreno quase 8 mil metros. Ali, nos últimos anos, moravam somente Albino, a esposa Irma e um dos filhos.

Até que uma conversa com o empre-sário João Luiz Félix avançou. O negó-cio com a construtora foi firmado seis anos atrás, mas somente agora a mansão icônica foi ao chão.

Em seu lugar está em execução o ponto culminante do Oeste do Paraná, um edifício de mais de 130 metros de altura, distribuído por 38 andares.

Angelo Giombelli recebeu a reporta-gem do Pitoco no imóvel em que morou. Ele não entra em detalhes financeiros da parceria com o JL. Mas nesses casos, em regra, troca-se o terreno por metragem construída. Seria razoável imaginar que os Giombelli vão receber na troca uns

Paceria JL/Giombelli põe o gigante da Neva no lugar da maior morada urbana da cidade.Com 38 andares, o Heritage será o edifício mais alto da região Oeste

três ou quatro apartamentos no luxuo-so empreendimento, afora o que já re-ceberam, também em imóveis, no sinal do negócio.

MORADOR ILUSTREApós edificar milhares de apartamen-

tos, finalmente João Luiz Félix escolheu um para morar. Tudo indica que, septu-agenário, será o morador do segundo andar do Heritage, nome, a propósito, que significa herança em bom português.

A JL, com o Heritage, vai tirar do to-

Jairo Eduardo - editor do Pitoco

O baque na década de 1990l Nos anos 1990, o agrone-

gócio andou mal das pernas. E a Giombelli sofreu o baque. “Tí-nhamos um estoque muito ele-vado, principalmente de usados recebidos na venda dos novos, e a inadimplência ficou inadminis-trável.”, relata Angelo.l Foi o momento mais difícil

da família, hoje superado, princi-palmente em razão do desempe-nho da concessionária John Dee-re, administrada pelos Giombelli, e novamente rankeada entre as três maiores vendedoras da marca na América Latina.

n Angelo Giombelli no terreno onde estava a mansão icônica: ali vai brotar o gigante do Oeste


CONSTRUÇÃO CIVIL

ledense Almayer a condição de dono do edifício mais alto do Oeste. Vale dizer, será possível enxergar as luzes de Tole-do a partir das coberturas do Heritage.

Até o fechamento desta edição, 10 dos 36 apartamentos estavam vendidos, incluindo aí o ponto culminante do Oes-te, as coberturas, por algo em torno de R$ 4 milhões cada.

As unidades têm em média 345 me-tros quadrados de área privativa, e os valores partem de R$ 2,5 milhões.

O nome Giombelli também ficou bem conhecido no mundo das quatro rodas. Além de concessionárias de veículos, uma delas no alto da Avenida Brasil, onde revendia a Chevrolet, a família projetou um tricampeão. Angelo Giom-belli ergueu três vezes a taça da principal competição do automobilismo nacional, a Stock Car.

Para obter o tricampeonato da ca-tegoria, Angelo enfrentou uma geração

dourada, que incluía Ingo Hoffmann, Fitipaldi, Chico Serra e Paulão Gomes. A propósito, a mansão da família Giom-

belli, no alto da Neva, foi alvo de repor-tagem da revista Veja no auge do piloto na Stock Car.

n O edifício Heritage e seus detalhes. Obra estará pronta quando 2025 chegar e neste ínterim vai gerar quase 200 postos de trabalho.

DEPUTADO ESTADUAL

A caminhada valeu a pena!

Agora como Deputado, vamos trabalhar ainda mais pela nossa Cidade!

Obrigado Cascavel!


ENSINO SUPERIOR

Victor Hugo JuniorFotógrafo, servidor público efetivo do Estado do Paraná, assessor chefe de Comunicação Social da Unioeste

Fui pego de surpresa na última sema-na com a seguinte manchete “Unio-

este hibernou”, publicada na edição 2259 do Pitoco, no dia 07 de agosto de 2020, rotulando como se a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioes-te) estivesse parada durante os últimos cinco meses.

O hiato forçado pela pandemia, es-tabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos fez ressignificar muita coisa. Não é possível reinventar o ensino, mas sim minimizar os impactos gerados pelo momento.

Desde março, nos vimos em meio a um furacão. A Covid-19 chegou e obri-gou que todos os esforços se voltassem para o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), com um propósito bem claro: salvar vidas.

Fomos o primeiro hospital público que disponibilizou ao Governo do Esta-do um espaço exclusivo de atendimen-to a pacientes com a doença. O prédio vazio que antes era sonhado como Ala de Queimados tomou forma como UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e uma ala interna do hospital foi remanejada para atendimentos de leitos de enferma-ria, ambos exclusivos para atendimento de pacientes com a Covid-19.

Nessas unidades, somam-se mais de 300 atendimentos de pacientes com a doença, oriundos de várias cidades da macrorregião. Reconquistamos a con-fiança da sociedade com um trabalho sério e comprometido, parcerias trouxe-

Unioeste não hibernou”Universidade não é apenas graduação, é pesquisa, extensão, saúde e muito mais…”

ram ao hospital fôlego para um arrojado momento de estruturação interna. O le-gado ficará para toda a região.

Ou seja, a universidade, não é feita apenas da graduação (ensino regular e ensino a distância). Ela é pesquisa (pós-graduação stricto e lato sensu), extensão (trabalhos realizados por alu-nos e professores, que causam impacto direto na sociedade) e saúde (clínicas e hospital universitário) Somos feitos das pessoas, alunos, professores e servidores que estão todos os dias trabalhando para levar o nome da Unioeste para o mundo.

Entre os meses de janeiro e junho de 2020, conforme levantamento realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-gra-duação (PRPPG), foram realizadas 389 bancas de qualificação e defesa de mes-trado e doutorado na Unioeste, envol-vendo cerca de 1.236 docentes internos e externos à universidade.

Esta quantidade de bancas confirma a importância e o compromisso com a transformação social, científica, cul-tural e tecnológica das regiões oeste e sudoeste do Paraná, visto que possui programas de pós-graduação nas mais variadas áreas do conhecimento, com o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas.

Em junho, 24 programas de pós-gra-duação (mestrado e doutorado) reto-maram as aulas na modalidade remota síncrona, envolvendo 182 disciplinas e, em média, 900 alunos.

Já com relação à extensão universi-tária, área de grande destaque na Unio-este, a Fundação Araucária, principal órgão de fomento educacional do Go-

verno do Estado, ligado à Superinten-dência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), desenvolveu um edital ainda em abril, em conjunto com todas as universidades, para o pagamento de bolsas de extensão a alunos e/ou pro-fissionais graduados em áreas da saúde.

A Unioeste coordena os bolsistas nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Pato Branco, Toledo e Guaíra.

Passaram pelo programa até agora 300 bolsistas, estando ativos no mo-mento cerca de 245. Estes, desenvol-vem trabalhos em delegacias, presídios, regionais de saúde, hospitais e consór-cios de saúde.

Nos últimos meses, vivenciei alguns dias de trabalho com estes profissionais. Vi o brilho no olhar de estudantes desen-volvendo suas atividades. Oportunidade de crescimento profissional, durante um período que ninguém imaginava que po-deria acontecer.

A universidade é pluralidade, é co-nhecimento. Nesta semana, iniciamos uma nova jornada, com as aulas remo-tas síncronas na graduação. Cerca de 65% dos alunos regulares aderiram às disciplinas que estão sendo ofertadas, cerca de 700. O caráter democrático da universidade exige que, aqueles que não fizerem as matérias agora, façam de forma presencial quando tudo estiver normalizado.

A Unioeste não hibernou, mas sim, somou esforços, causando o impacto positivo almejado, em toda a sociedade paranaense.

#OrgulhodeserUnioeste


Que lembranças você tem de Guaí-ra? Sete Quedas, compras em Salto

de Guairá, ponte Airton Senna, cassino no Paraguai? Talvez a soma de todos esses elementos mais um: o pavimento da cidade destruído pelo movimento da rodovia 163 no perímetro urbano e pela ação dos “areeiros”, como são chamados os caminhões de areia garimpados nas barrancas do Paranazão.

Esta última lembrança pode estar com os dias contados. Não só porque balanças foram instaladas nos portos para conter o sobrepeso dos areeiros, como também porque a cidade vive um novo momento na infraestrutura. Obras estruturantes como o anel rodoviário para tirar o fluxo pesado de dentro da cidade estão no cronograma do municí-pio, a partir de um convênio a ser firma-do ainda este ano com o DNIT – pelas perspectivas otimistas – apontam para o fim do pavimento amassado, e daqueles “carreiros” produzidos na estrada.

Mas o município também atua em outra frente para atacar o problema: a pavimentação que põe o concreto no lu-gar no piche. O projeto está avançado. Um conjunto de vinte casas populares erigido com recursos de Itaipu será o laboratório.

São 2,2 mil metros quadrados de

ruas a ser pavimentadas com a tecno-logia. O edital que norteou a licitação deixava bem clara a especificação: pavi-mentação com concreto em composição discriminada nos detalhes para impedir microfissuras. Tecnologia semelhante, mas não igual – já que há várias “fórmu-las” – está sendo aplicada em larga esca-la na duplicação da rodovia 163, entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques. A experiência é acompanhada de perto por técnicos da Associação Brasileira de Cimento Portland e também por gestores públicos, como as equipes de engenha-ria do Paraná Cidade e Paraná Urbano.

De Guaíra, a iniciativa pode se ex-pandir para os 399 municípios parana-enses. Os primeiros números são bastan-

OBRAS PÚBLICAS

Alternativa concretaCansado de ver o orçamento da Prefeitura no buraco do asfalto, município busca

alternativa duradoura e mais em conta para pavimentação urbana

te animadores. A pavimentação concre-tada, no caso específico de Guaíra, tem um orçamento 3% superior à conven-cional, porém o triplo da durabilidade

.Agora a equipe da secretaria de Pla-

nejamento de Guaíra, compostas pelos engenheiros Luiz Mitsuo Shiomi, Bru-no Colcetta e Franz Jambersi atua para entender o tempo de cura do concreto, que é superior ao do pavimento fóssil, podendo exigir 28 dias. Há alternativas, como os aditivos que encurtam o perí-odo de cura. O laboratório no conjunto popular terá respostas, mas o engenheiro está confiante: “Acredito que a pavimen-tação em concreto seja uma tecnologia que chegou para ficar. A tendência é utilizá-la em larga escala no município, começando pelos novos loteamentos”, aposta Franz Jambersi.

ROYALTIES DE ITAIPUl “Se ainda contássemos com

as 7 Quedas, seríamos hoje um mu-nicípio do porte de Foz do Iguaçu”, diz engenheiro Franz Jambersi. Ele e Guaíra inteira nunca engoliram o “afogamento” das 7 Quedas pelo re-servatório de Itaipu.l Não bastasse cessar abrup-

tamente a maior fonte turística do município, Guaíra ainda era dupla-mente punida, pois os royalties re-cebidos não eram condizentes com as perdas.l Mas isso mudou. Desde o ano

passado Guaíra passou a receber mais repasses da Itaipu Binacional. De R$ 19 milhões anuais de royalties, Guaíra vai receber R$ 48 milhões no próximo ano (neste ano serão R$ 42 milhões).

n A base está pronta no conjunto habitacional de Guaíra para receber o pavimento em concreto; agora é ajustar a dosimetria da cura


ENTREVISTA

“Fake é pecado”


OMISSÃONão posso dizer: “Sou católico não

quero saber de política”. O bom católi-co interfere na política oferecendo seu melhor para que o bom governante pos-sa ser eleito e governar. Não podemos nos omitir, cegos, surdos, mudos, ficar em cima do muro sem participar. Mes-mo sem vínculo partidário, mas como cidadão em movimento, engajado para que o bem comum seja a primeira pre-ocupação.

JOÃO PAULO IIEm citação de 14 de maio de 1981, o

papa João Paulo II disse: “Tomar a sério a política em seus diversos níveis, do lo-cal ao mundial, é um dever dos homens que reconhece na liberdade de escolha a condição para realizar o bem da cida-de, da nação e da humanidade”. O papa destacou que a política é uma maneira - embora não a única - de viver o compro-misso cristão a serviço da comunidade.

“BANCADA CATÓLICA”A Pastoral Política que criamos na

Arquidiocese, está preocupada em eleger uma bancada católica na Câmara Muni-cipal? Não, a pastoral quer ajudar os que são candidatos e os eleitores a refletir so-bre a doutrina social da igreja, a missão

Movimentação da Igreja mostra que ela terá protagonismo nas eleições; arcebispo dom Mauro Aparecido dos Santos descarta intenção de formar “bancada católica”

que cada um tem. Não queremos ter uma bancada católica na Câmara. Queremos que os eleitos estejam preocupados com o bem comum e que sejam honestos.

PADRE NA URNAQuando eu era bispo de Campo

Mourão, nunca permiti que padre se candidatasse a cargo político. Aqui em Cascavel, logo que cheguei, em 2008, assinei um decreto sobre o tema: padre que se filiar a um partido está suspenso. Deve sair da casa paroquial e entregar o carro. Não teremos padres candidatos, determina o decreto. Graças a Deus isso está sendo cumprido.

“PECADO GRAVE”O Papa Francisco, ainda no bispado

na Argentina, definiu a corrupção como a praga apodrecida da sociedade, pecado grave que mina as bases da vida social e brada aos céus. A corrupção impede olhar para o futuro com esperança, por-que sua prepotência e avidez destróem os projetos sociais e esmagam os mais pobres. A corrupção é a teimosia no pe-cado que pretende substituir Deus com a ilusão do dinheiro como forma de poder.

ÁGUA E VINHORejeitar a corrupção tem que partir

A Igreja Católica percebe o cresci-mento da representação política

dos evangélicos e prepara uma reação? E por essa razão incentivou em municí-pios como Cascavel a Pastoral Política?

“Não”, afirma convicto o bispo dom Mauro Aparecido dos Santos, da Ar-quidiocese de Cascavel. Segundo o líder religioso, não há intenção de constituir uma “bancada católica” na Câmara. O bispo convocou uma entrevista cole-tiva no último dia 12 para apresentar uma cartilha da CNBB aos católicos e esmiuçar as intenções da igreja com a Pastoral Política.

Estigmatizado por grupos políticos radicalizados, dom Mauro usou da sere-nidade para esclarecer que a igreja não está a serviço de ideologias políticas ou projetos partidários. Mas que o católico não deve se ausentar do debate. O bispo versa também sobre polarização política e fake news.

O nome de dom Mauro não aparece em um documento antifascista assina-do por 146 bispos brasileiros em julho último. A ponderação é a nova marca do bispo conhecido pelas opiniões con-tundentes? Acompanhe os principais trechos da entrevista:

Pitoco 21 de agosto de 2020 | 17Pitoco 21 de agosto de 2020 | 17

de nós, entendendo que os que mais so-frem com ela são os mais pobres, pois lá na ponta, onde deveria chegar o di-nheiro, não chega porque foi desviado. Cristão e corrupção são como água e óleo, não se misturam. E não se trata de exigir somente do político essa atitude. Se você aceitar favores de candidato, será tão corrupto quanto ele, além de cometer crime eleitoral.

POLARIZAÇÃOA polarização pode ser definida como

pensamento numa única direção, fecha-do ao diálogo. No Brasil a polarização política tem dois extremos, esquerda e direita. É prejudicial à democracia, esti-

mula a intolerância, a violência e ataca a liberdade de expressão. É possível de-bater ideias, isso é positivo. Mas deba-ter é diferente de confronto ou agressão. Passar a odiar ou agredir com taxações como coxinha ou petralha não contribui para um debate saudável.

FAKE NEWSNem toda informação disponível

com a popularização da internet está a serviço da verdade. Muita informação é deturpada para promover a divisão. Pre-cisamos estar atentos e saber filtrar as informações. Há grupos internacionais especializados em desinformar, contra-tados para isso. Transmitir fake news é

pecado grave, conforme enfatizou o Papa Francisco. Cabe aos cristãos rejeitar o discurso do ódio e as notícias falsas.

PADRE EXALTADOO vídeo do padre que viralizou re-

centemente na internet atacando o pre-sidente da República constitui um erro. Liberdade de expressão todos temos, mas ali era um momento litúrgico, não se deve falar neste tom. O padre foi muito infeliz, deveria estar contagiado pelo co-ronavirus. Imagino que deve estar sendo canonicamente punido pelo seu bispo. Isso é democracia, a gente pode falar tudo, mas saber o que fala, sem ofender e ao mesmo tempo respeitar as leis.

LURD

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IREL

LI

n Arcebispo dom Mauro (centro), Humberto Arges Jr., coordenador da Pastoral Política da Arquidiocese de Cascavel, e o padre Zico apresentam a cartilha: nada de bancada católica


COMÉRCIO

Muffato na Tito

O Grupo Muffato inaugurou em Cas-cavel, no último dia 7 de agosto, o

Max Atacadista Tito Muffato. A nova loja, em formato de atacarejo, gera 300 empregos entre diretos e indiretos, tem 12 mil metros quadrados de área cons-truída, 4 mil metros quadrados de área de vendas, 23 checkouts, mix de 13 mil itens e estacionamento gratuito com 300 vagas rotativas.

O empreendimento conta com praça de alimentação com 90 lugares, restau-rante e lanchonete/cafeteria. Há ainda a “Alameda” com farmácia, loja de aces-sórios para celular, loja de maquiagem e caixas eletrônicos.

O segundo Max Atacadista de Cas-cavel tem localização privilegiada, na entrada da cidade: fica na avenida Tito Muffato, esquina com a avenida Tancre-do Neves (BR-277). “Esta inauguração reforça nossa expertise de 18 anos no segmento de atacarejo”, afirma o dire-tor Ederson Muffato, lembrando que, em Cascavel, a empresa abriu em 2013 a primeira operação neste segmento na Avenida Brasil, 900, São Cristóvão.

BANDEIRA FORTE

A inauguração é uma conquista mais do que especial para o Grupo Muffato, que reforça a bandeira Max Atacadista com a nova loja em Cascavel. O diretor destaca o compromisso de retribuir a confiança, o respeito e o carinho que a empresa recebe da população, espe-cialmente com a unidade localizada na avenida que dá nome ao seu fundador e grande líder.

“Temos um vínculo especial e afetivo com a cidade que é o ponto de partida da nossa história. Nosso objetivo é gerar empregos e renda para contribuirmos com o desenvolvimento do município e da população”, completa..

Tendo como principal diferencial o preço baixo, o Max garante economia tanto para o consumidor final quanto para o transformador (pequenos e mé-dios comerciantes), que podem comprar

Com inauguração do atacarejo na avenida Tito Muffato, em Cascavel, grupo chega a 15 mil empregos diretos e outros 10 mil indiretos

a preço de atacado sem burocracia e pagar com cartão de crédito, débito ou vales alimentação.

O cliente Crediffato, que usa o car-tão da rede, compra nas unidades Max Atacadista com preço de atacado e be-nefícios exclusivos. Dependendo da data de compra e do vencimento da fatura, é possível obter 40 dias para o pagamen-to. A empresa também aceita cartões de débito e crédito de outras bandeiras.

FACILIDADES

Entre as facilidades para os clientes, o Grupo Muffato traz também o apli-cativo especial da bandeira Max Ataca-dista, que inclui funcionalidades como encartes e vídeos de ofertas, acesso ao cartão Crediffato e ofertas enviadas por whatsapp. Há ainda um canal no app para revendedores e pequenos negócios fazerem cotações de preços de forma ágil e simples.

A cidade passa a contar com dois Max Atacadistas e cinco unidades Super Muffato, além da central administrativa. O Grupo gera no total 2 mil empregos diretos na cidade.

n Max Atacadista: 12 mi metros quadrados de área construída, 23 chekouts e mix de 13 mil itens

BOAS PRÁTICASComprometido com os esforços para

a prevenção da Covid-19, o Max Ata-cadista abriu as portas sem um evento formal de inauguração, evitando aglome-rações. O empreendimento adota todas as precauções preconizadas: passa por operações de desinfecção, conta com pontos de álcool em gel à disposição de todos e os atendentes estão cientes so-bre como agir em relação às práticas de limpeza, em especial no que se refere à higienização de carrinhos e cestas de compras, aferição de temperatura, uso de máscaras e luvas e distanciamento social.

Quarta maior rede do Brasill O Grupo Muffato é a quarta

maior rede de supermercados do país, segundo o ranking da Asso-ciação Brasileira de Supermercados (ABRAS), e a única 100% nacional a figurar no Top 5 das gigantes do setor. l Com 65 lojas entre varejo (Su-

per Muffato) e atacarejo (Max Ataca-dista), o Grupo tem 15 mil colabora-dores diretos, além de gerar 10 mil empregos indiretos. l A rede atua em 24 cidades do

interior de São Paulo e Paraná.


Já ficou bem claro que no mundo pós pandemia teremos um assim chama-

do “novo normal”. Não são poucos os especialistas de olho no presente em busca de respostas sobre o amanhã. Já sabe-se que, por segurança, alguns há-bitos precisarão desaparecer, algumas formas de viver necessitarão de adapta-ção, mas é certo também que algumas tendências passarão por um processo de aceleração e se firmarão mais rápido do que se esperava.

Uma delas é a maneira de morar.

Ocorre que a necessidade de isolamen-to mexeu profundamente com todas as pessoas. Alguns por mais tempo, outros por menos, mas todos nós passamos ou continuamos em um período de limita-ção no direito de ir e vir. A relação com o espaço doméstico se intensificou. O que era apenas um local para dormir e comer passou a ser escritório, escola, espaço de lazer, e tantas outras funções.

Em meio a este ma-labarismo para ajustar o espaço às novas necessi-dades, surgiu com mais frequência na cabeça de muita gente a questão: E se eu morasse em um lo-cal mais amplo?

HOME-OFFICEElizabete Leal, artesã,

sempre teve o sonho de morar em um condomí-nio horizontal com espa-ço pra horta, jardim, seu ateliê (home office), lugar para os netos correrem e a

TENDÊNCIAS

Pandemia muda o conceito de morar

Novas atividades domésticas demandam busca por espaço e segurança, e fazem crescer procura por condomínios horizontais

Edely Tápia - palestrante motivacional, instrutor Sescoop e consultor


cereja do bolo: Os melhores amigos mo-rando bem perto. “Morar e trabalhar en-tre as pessoas que amo seria o máximo”, explica ela. “Já imaginou todo mundo por perto? Com ou sem pandemia, se-ria maravilhoso. É o planejamento para uma velhice com qualidade de vida, mas acredito que em um espaço assim essa velhice demoraria mais a chegar”, com-plementa Elixabeth com bom humor.

Como Elizabete, muitas pessoas têm esse desejo de morar em um espa-ço que, sem que se perca a privacidade, possibilita estar bem perto de amigos e parentes. Os condomínios horizontais parecem resolver esta e outras questões que ganham cada vez mais importância, como ter “no quintal” áreas comuns de esporte e lazer, ou estar fora de centros urbanos nervosos ao mesmo tempo ter acesso facilitado a shoppings, hospitais, local de trabalho e escolas.

PAISAGEM BUCÓLICA Em muitos empreendimentos, o que

se vê hoje é uma volta ao campo com toda a comodidade da cidade. “O ‘Ur-

ban Jango’ é um conceito de moradia que não para de crescer”, explica a ar-quiteta Beatriz de Oliveira. “As pessoas estão em busca de paz, silêncio, espaço para mexer na terra, ter uma horta ou pomar, plantar e colher, mesmo que se-jam apenas alguns temperos. Porém, as raízes na roça ou o sonho de em um dia morar em um local assim esbarra em obstáculos como deslocamento e outras comodidades que só os centros urbanos oferecem” pondera ela. O condomínio horizontal vem derrubar estes obstá-culos, pois oferece um equilíbrio entre esses dois mundos, comenta a arquiteta.

Ela conclui que do ponto de vista eco-nômico o mercado imobiliário tem no-tado essa necessidade e investido cada vez mais em condomínios fechados que mais parecem chácaras e transportam seus moradores para um “oásis” particu-lar. “A simplicidade de colher uma fruta no quintal é um luxo, pelo qual muitos estão dispostos a pagar”, diz.

A arquiteta se refere a empreendi-

mentos de médio e alto padrão que são

cada vez mais comuns em todo o país. Nesses espaços o morador, além de con-tar com uma área privada privilegiada, divide com outros moradores a manu-tenção de espaços comuns como salões de festa e espaços gourmet, academias, piscinas, playgrounds, quadras de espor-te, capela e muito mais.

DEMANDA AQUECIDAPara Vinícius Lorenzi, engenheiro de

fundações e professor de pós-graduação, os condomínios horizontais se tornaram uma realidade em cidades médias e gran-des. Para ele, não há dúvida de que esse tipo de espaço ainda é disponível somen-te para um público de maior renda, uma vez que os custos de terrenos são supe-riores aos localizados em vias públicas, mas em Cascavel e região, segundo ele, a oferta deste tipo de empreendimento é muito aquém da demanda.

O professor destaca que a pandemia pode acelerar esse processo de mudança cultural tanta nas incorporadoras como por investidores, pois a tendência é que esse tipo de produto seja cada vez mais procurado.

TENDÊNCIAS


Imagine a seguinte cena: você entra em uma loja de calçados e pede para experimentar

aquele sapato que está no cantinho da vitrine. Solícito, o vendedor o traz e, ao experimentá-lo, você percebe que não é o seu número.

O rapaz sorridente diz que só existe aque-le número em todo planeta. Então você acaba comprando aquele mesmo, por falta de opção.

Sentindo terrível desconforto, passa a ob-servar os pés das pessoas, algumas com o cal-canhar para fora, outras caberiam dois pés no mesmo calçado, caminham desajeitados, trope-çam, caem, andam vagarosamente, buscando adaptar-se a sapatos que não são seus números.

Peónia, personagem de Pearl Buck, tornou--se famosa na literatura universal ao escapar de ter sua forma física alterada por imposição cultural da sociedade patriarcal. Para satisfazer desejos masculinos, os pés das chinesas, por muitos séculos, eram enfaixados. Amarras nos pés e nas mentes...

Assim caminha a humanidade? Com passos de formiga e sem vontade, já disse o intérprete. Dentro de moldes impostos, cada um segue com seus rótulos e logo, desde a primeira infância, somos colocados em caixas, todas já etiquetadas. Os lerdos, os espertos, os difíceis... São tantas etiquetas que não caberiam nesse texto.

Com o tempo algumas dessas designações fi-caram mais soberbas com nomenclaturas cientí-ficas: TDAH, DIS-isso, DIS-aquilo... Em alguns casos esses transtornos são reais e merecem atenção de profissionais competentes, mas, por vezes, são somente a “forma” de cada um.

Pois é, não somos iguais. Ao contrário, somos únicos, e sendo assim, não poderíamos passar pelo crivo tendo como base um único parâmetro.

Sair de um relacionamento que não deu cer-to? Usar essa roupa casada? É mãe, mas pre-cisa de momentos sozinha? Nossa! E o que os outros vão pensar? Destas e de muitas outras maneiras usamos sapatos, cujos números não são os nossos.

Possuímos perfis comportamentais diversos e essa é a beleza da vida. Amar a nossa essência e entendermos que somos incríveis em nossas particularidades. Quietos nem sempre são tími-dos, falantes nem sempre são extrovertidos, ró-tulos só são úteis para diferenciar produtos nas prateleiras. Viva a vida sem preocupar-se com a opinião dos outros, ame-se, aceite-se...

De repente, você acorda do sonho, ou melhor, do pesadelo da loja com calçados de um único número. Ufa, foi só um sonho... ou não? Não somos Peónias...ou somos?

CRÔNICA

Nós, caixinhas etiquetadasImagine um tempo em que lojas do planeta inteiro só dispunham de um número de calçado à venda

SHEYLA SABINO

Mestre em Literaturapela Unioeste, professora de oratória e palestrante


FORD TERRITORY chega como referência em conforto

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AUTOMÓVEL

O Territory, SUV médio da Ford che-ga ao mercado para ampliar a sua linha e elevar o padrão no segmento. Como principais credenciais, o Territory será a nova referência da categoria em espaço interno e conforto, tecnologias de assistên-cia ao motorista e conectividade, trazendo recursos exclusivos.

O modelo 2021 terá duas versões, SEL e Titanium, ambas com motor 1.5 Turbo EcoBoost GTDI a gasolina, de 150 cv, e transmissão automática CVT com trocas manuais de oito marchas simu-ladas, especialmente calibrados para as condições do mercado brasileiro.

O novo SUV é líder em espaço inter-no e conforto para os passageiros, prin-cipalmente no banco traseiro, e oferece um conjunto único de equipamentos. Além da câmera 360° de visão panorâmi-ca, bancos dianteiros com resfriamento

e aquecimento, carrega-mento sem fio para celu-lar, conexão sem fio para Apple CarPlay e luz am-biente configurável em sete cores, também é o único entre os principais

competidores a contar com um modem embarcado para comunicação remota com o veículo.

O Territory tem uma presença im-ponente e marcante com elementos do novo DNA de design de SUVs da Ford, como a característica grade dianteira trapezoidal. O capô alto, o entre-eixos longo e a traseira curta desenham um perfil dinâmico e esportivo. Os faróis, luzes diurnas e lanternas traseiras de LED criam uma assinatura de luz dis-tinta e tecnológica.

Com internet a bordo O agronegócio é o setor que

mais cresce na economia, e a for-te ligação da Chevrolet S10 com o campo ganha ainda mais relevância. Isto porque a picape preferida do produtor rural chega à linha 2021 com uma série de recursos inova-dores que agregam produtividade ao dia a dia, como o sistema Wi-Fi nativo.

Da pecuária até a agricultura de precisão, tudo gira em torno da conectividade. Além disso, a pica-pe acaba se transformando no escritó-rio do homem do campo e a internet é uma ferramenta de trabalho estratégica para administrar e operar o negócio em tempo real.

O sinal até 12 vezes mais estável que

o de um smartphone é o principal dife-rencial do Wi-Fi nativo da Nova S10, que é capaz ainda de se manter mais tempo conectada à rede 4G em função da antena que amplifica o sinal – isto se traduz em maior velocidade de trans-missão de dados.

n A Nova S10 incorpora também a mais moderna geração do multimídia MyLink

n O Territory é um veículo que traz o DNA de engenharia Ford, marca com tradição global em SUVs

Desenvolvidas para o Brasil

Desde que começou a produzir motocicletas no Brasil, em 1976, a Honda buscou conciliar de forma infle-xível os preceitos de qualidade máxi-ma e emprego de alta tecnologia que estão embrenhados em seu DNA. Não seria possível seguir tais premissas no produto final produzido na fábrica de Manaus (AM), sem que as instalações industriais adotassem o padrão das fábricas Honda instaladas mundo afo-ra, seja na América do Norte, Europa e Ásia, Japão incluso.

Adotar como premissa a total ade-quação do produto às condições locais foi outra decisão imediata da Honda brasileira, o que explica boa parte do imediato sucesso da Honda CG 125, o modelo pioneiro

No final da década de 1980, surgia outra exclusividade criada pela enge-nharia da Honda especificamente para o Brasil, a CBR 450SR. A esportiva de beleza atemporal, com design que im-pressiona até hoje.

No entanto entre todas as Honda projetadas pensando nas preferências dos brasileiros, a de maior sucesso foi de fato a Biz. Lançada em 1998 e em produção até hoje, a Biz foi fruto da genialidade de um grupo de técnicos do HRB – Honda Research Brasil – que resultou em um modelo que conseguiu algo até então impensável: dotar um clássico modelo da categoria CUB de um compartimento sob o banco para abrigar capacete ou pequenos obje-tos como bolsa, mochila ou pequenas compras.

Em 2009, outra inovação tecnoló-gica com a assinatura da Honda bra-sileira foi apresentada, a Honda CG 150 Mix, a primeira moto bicombustí-vel do planeta, capaz de rodar tanto com etanol quanto com gasolina, em qualquer proporção.

n A Biz foi lançada em 1998, com compartimento sob o banco para abricar capacete, bolsa, compras ou pequenos objetos

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ESPORTE

Plataforma de desempenho

Raquel Pratti Contelle Comunicação

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- funilaria/pintura - revisões- martelinho de ouro - polimento

A boa campanha do Futebol Clube Cascavel no Campeonato Paranaense 2020 começou muito antes da bola rolar. Isso porque a equipe da Serpente Aurinegra ini-ciou nessa temporada a utilização da plataforma Wyscout, que for-nece ao departamento de análise de desempenho do clube várias estatísticas avançadas, que são repassadas à comissão técnica e auxiliam na preparação da equipe para as partidas.

Responsável pelo departamento de análise de desempenho da Ser-pente, Luciano Inomata comenta que a ferramenta é a tecnologia mais utilizada no mundo do futebol quando o assunto são dados e esta-tísticas, “Ajuda muito pois os dados são sistematizados e fornecidos à comissão técnica. Eles servem de base na prepara-ção dos treinamentos do time. As esta-tística fornecidas pelo equipamento são transformadas em gráficos, aumentando assim o fluxo de informações e facilitan-do o entendimento de movimentações dentro de campo, por exemplo”.

O técnico da Serpente Aurinegra, Marcelo Caranhato, também destaca

Wyscout fornece dados estatísticos e análises minuciosas de equipes, partidas e jogadores, que auxiliam a equipe da Serpente Auringra antes de entrar em campo

os benefícios que a plataforma oferece. “Ele fornece dados quantitativos e qua-litativos, com informações precisas em relação aos jogos do FC Cascavel e dos nosso adversários. Isso ajuda na quali-ficação dos nossos treinamentos, com o objetivo de potencializar nossa equipe. Além disso, conseguimos identificar as ações dos adversários dentro de campo”.

PROSPECÇÃO DE CRAQUESLucinano Inomata conta ainda que

uma das funções que chama a atenção

na plataforma é o compi-lado das informações ob-tidas durante o trabalho de identificação de po-tenciais atletas a serem contratados. “Para ter ideia, mais de 2.000 no-vos jogos de futebol são enviados semanalmente na plataforma. Isso auxi-lia a identificar e encon-trar jogadores promis-sores para a equipe, au-mentando assim a com-preensão sobre quais são os pontos fortes e fracos dos atletas observados, e que se encaixam melhor no perfil e na caracterís-tica de jogo da Serpente Aurinegra”.

Para o presidente do Futebol Clube Cascavel, Valdinei Silva, o investimen-to é válido “O Wyscout tem um custo ligeiramente alto, mas entendemos que o bom desempenho passa por boas fer-ramentas. Acredito que somos uma das poucas equipes que vão disputar a Série D do Brasileiro que contam com essa tecnologia. É preciso destacar também que temos uma comissão técnica muito capacitada, que sabe utilizar as informa-ções obtidas pelo programa, e transfor-ma esses dados em estratégias eficazes”.

Cascavel - PR

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Pitoco

CHINA

O filho do guerrilheiroO maior cliente comercial do Brasil não é um simples

comunista de carteirinha. Carrega o DNA da revolução maoista

Heinz Schmidt

No final de março de 1964, o Parti-do Comunista do Brasil (PCdoB)

despachou três militantes para o outro lado do planeta. Deveriam frequentar um curso de guerrilha ministrado por comunistas chineses. Treinamento para uma sonhada revolução proletária, em armas contra o governo de João Goulart.

Quando o trio chegou a Beijing, já era abril, e no lado de cá do mundo a classe média marchadeira festejava nas ruas a queda de Jango. Deposto não pelos co-munistas, mas por um golpe militar.

Quase 60 anos e uma infinidade de movimentos carbonários latino-ameri-canos depois, a China não treina mais

guerrilheiros e o PCdoB abdicou da luta armada como caminho para a tomada do poder. As relações Brasil-China se dão hoje em outro patamar, mas por uma dessas ironias da história estão presen-tes resquicios do que já foi.

Xi Jiping, nosso principal compra-dor de soja e carnes, não é um simples comunista de carteirinha. Tem nas veias o DNA da revolução maoista. É filho de Xi Zhongxun, um experimentado guerrilheiro e “apparatchick” do PCCh que ajudou Mao Zedong a proclamar a República Popular da China em 1949.

Xi pai ocupou várias e importantes funções administrativas e partidárias. Em 1956, quando o filho Xi Jinping tinha três anos, tornou-se membro do Comitê Central. Foi perseguido durante

a chamada “Revolução Cultural” e rea-bilitado em 1978.

O filhote trabalhou na roça (quando o pai se achava em desgraça), estudou engenharia química e fez carreira no aparelho de Estado. Presidente da Chi-na, secretário geral do PCCh e membro de outras instâncias partidárias, é o ho-mem mais poderoso da ditadura chinesa. E do mundo, segundo apontou em 2017 a revista “The Economist”.


“Um poder superior me empurra para uma meta;enquanto ela não for alcançada eu sou invulnerável,

imbatível, mas, se não tiver mais metas, bastará uma mosca para derrubar-me.”

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Referência familiarl Em meio à pandemia que es-

tamos vivendo e diante das incer-tezas, temos que nos agarrar em alguns valores humanos na busca de conforto espiritual. E nada mais adequado que a emoção e a alegria de encontrar esse alicerce na famí-lia. Assim me inspiro na família da empresária Francielly Konrad Martins, que cultiva a alegria de abastecer-se de vida em abundân-cia no núcleo familiar. Por mais que o momento seja desafiante, ela esbanja alegria e serenidade dian-te de todas as dificuldades e ainda tira um tempinho para o ministé-rio religioso, atividade que encara como missão. Essa filosofia de vida se reflete nesta foto com o marido Victor Martins e o filhote Davi.

Napoleão

PARCERIA DE SUCESSO A SK Automo-tive prestou uma homena-gem a Pedro Paetzhold, o popular Chico, agraciando-o com uma placa pelos 20 anos da bem suce-dida parceria. Na oportunidade, Chico agradeceu o reconhecimento da empresa e os profissionais que contribuíram para esse momento.

Vem aí o Dom Medical Centerl No local que por décadas sediou o

tradicional Moinho Badotti, vai surgir o Dom Medical Center, projeto dese-nhado e customizado para abrigar um inovador centro de medicina. Ali será possível encontrar toda a estrutura para o melhor desempenho dos profissionais de saúde, um centro médico de primeira classe, planejado ao nível dos melhores do gênero nas grandes metrópoles in-ternacionais, com clínicas, laboratórios, operações voltadas para a saúde, farmá-cias e consultórios médicos. Tem tudo para se tornar um centro de referência médica no Paraná. l O empreendimento terá 34 mil me-

tros quadrados e nove pavimentos, mais

o térreo, estacionamento para mais de 400 veículos e 159 unidades entre salas, consultórios, centro de imagens e cen-tro cirúrgico.l Para o empresário Sérgio Casarotto,

proprietário da construtora responsável pela obra, graças a arrojo assim Cascavel demonstra resiliência atípica mesmo em meio a uma severa crise sanitária. l “A cidade merece essa tecnologia

e investimentos por que vem se desen-volvendo, atraindo novos negócios, fortalecendo o polo de medicina. Edificar um espaço totalmente voltado para a saúde vem de encontro as demandas do setor e ao progresso de Cas-cavel”, disse.


AGENDA EMPRESARIAL

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AF AD ABRADIF Cascavel 200x40 TERRITORY.pdf 1 12/08/20 17:08

Um novo supermercadol Dentro do novo conceito da rede, a loja da Avenida Brasil do Beal

Festval ficou simplesmente encantadora, oferecendo amplos e acolhedores espaços de circulação aos clientes, novas seções, espaço café, adega e restaurante, tudo em um novo conceito que soma elegância, conforto e praticidade. Vale ressaltar a equipe de colaboradores, altamente qualificada para proporcionar um excelente atendimento. Esse é o Beal Festval. Parabéns aos irmãos Beal, sucesso sempre.

Unicred em Cascavel...l Trazendo um sistema personalizado e vip de

atendimento, onde o cliente se sente em casa, des-frutando de segurança e conforto, a Unicred chega à cidade e região. Capitaneada pelo executivo Evan-dro Bertolin e com uma equipe de profissionais com vasta esperiência no ramo, a cooperativa inova com sofisticação e rentabilidade.

UM GRANDE EMPREENDIMENTO - Inaugurado no dia 7 de agosto, em Cascavel, o Max Atacadista Tito Muffato. A nova loja do Grupo Muffato, em formato de atacarejo, gera 300 empregos diretos e indiretos. São 12 mil metros quadrados de área de área construída e 4 mil metros quadrados de área de vendas. O segundo Max Atacadista de Cascavel tem localização pri-vilegiada, na entrada da cidade: fica na avenida Tito Muffato, esquina com a avenida Tancredo Neves (BR-277).


BAÚ DO PITOCO

Janeiro de 2006. O Pitoco convida um colegiado de jornalistas e formadores de opinião de Cascavel para responder a seguinte questão: quem eram, naquele período histórico, as pessoas mais influentes da cidade? Não deixa de ser curioso ver hoje, 14 anos depois, quais dos cita-dos permanecem na condição de influenciadores. Detalhe: na seção “Falou & Disse”, um árbitro cascavelense conquista seus 15 minutos de fama ao expulsar Falcão, o craque do futsal.

Documents

A SUPER SOJA - Pitoco · 2020. 8. 21. · gol mantém quatro frequências diárias ... na forma e condiÇÕes estabelecidas nas condiÇÕes gerais do certificado de recompra do veÍculo