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Categoria: 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental Gênero literário: conto Temas: “descoberta de si” e “família, amigos e esco- la”; “outros temas: tolerância às escolhas do outro”. isbn: 978-85-54131-01-2 Manual de Apoio ao Professor Uma história de desafio e superação A surpreendente jogada de Felipe

A surpreendente jogada de Felipe · vendo o desenvolvimento de competências e habilidades propostas na Base Nacional Comum Curricular (2017). Nesse sentido, a competência 9, específica

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Categoria: 1º ao 3º ano do Ensino FundamentalGênero literário: contoTemas: “descoberta de si” e “família, amigos e esco-la”; “outros temas: tolerância às escolhas do outro”.isbn: 978-85-54131-01-2

Manual de Apoio ao Professor

Uma história de desafio e superaçãoA surpreendente jogada de Felipe

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A escritora e ilustradora Anne-Kathrin Behl

Anne-Kathrin Behl nasceu em 1983 e vive em Leipzig, na Alemanha. Sua inspiração para se tornar escritora veio da mãe, dona de uma livraria, e do seu pai, engenheiro florestal.

Além de escritora, ela é também ilustradora. Estudou ilustração em Hamburgo, foi premiada e reconhecida mundialmente. Behl é particular-mente apaixonada por desenhar animais, o que se pode constatar na obser-vação dos personagens criados para a história.

A obraA surpreendente jogada de Felipe

Para crianças a partir dos seis anos, a obra é uma narrativa em que os personagens Felipe e Diego são grandes amigos – embora um prefira a dança e o outro futebol. Apesar dessa diferença, os dois adoram brincar juntos, exceto quando o assunto é futebol. Ao contrário da maioria dos meninos que adoram jogar futebol, Felipe gosta mesmo é de dançar.

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O cenário da história é o ambiente es-colar no qual Felipe, admirado por seu talento de dançarino, é o par predileto das meninas, enquanto os demais meninos só pensam em futebol. Finalmente, chega o dia do campeonato de futebol, o grande aconte-cimento do ano escolar, que mobiliza pais, demais familiares e também os estudantes – até mesmo as amigas de Felipe se envolvem no evento, organizando os preparativos para a tor-cida. Nesse contexto, Felipe fi ca isolado enquanto seu melhor amigo Diego é o líder do campeonato. Durante o jogo, um dos atletas se machuca, o que leva até mesmo as meninas a serem consultadas para substituir Edgar, o atleta lesionado. Diante das muitas negativas, Felipe, que nunca havia entrado em um campo de futebol, é a única alternativa. Ele atende ao pedido do amigo Diego e entra no jogo. Para grande surpresa de todos, revela-se um exímio craque de futebol, talentoso jogador com passos de dançarino. Suas habilidades com as pernas, treinadas pela dança, fazem com que ele seja o goleador do jogo, levando o time da escola à vitória.

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A narrativa se desenvolve de forma linear, focalizando os dois personagens

centrais da trama e suas preferências. O ponto forte da história é mostrar que ami-zade e solidariedade são valores de grande

importância, e que as diferenças podem ser superadas, desde que todos tenham

a oportunidade de mostrar seus talentos. Acompanhado de ilustrações bastante atraentes ao simularem ambien-

tes de rotina de sala de aula, nos quais as crianças desenvolvem diferentes atividades, o texto verbal se constrói pela correlação de falas curtas do narrador com balões ou travessões que representam as falas das crianças, personagens, o que facilita a leitura e a compreensão do texto nos primeiros anos do ensino fundamental, bem como a problematização, trazida pela narrativa. Ao ler por exemplo:

“Dançar é muito chato. Bom mesmo é jogar futebol!”“Não é verdade! Vocês não sabem de nada!”

a criança percebe que há um confl ito e se sente estimulada a participar da história, despertando o interesse pela leitura.

Nesse contexto, a leitura em voz alta realizada pelo professor é funda-mental, pois permitirá que as crianças percebam que este tipo de narrativa tem uma temática central – a diferença – a ser superada pelas relações de amizade e companheirismo. Ao narrar uma partida de futebol nos moldes em que as crianças estão acostumadas a ver na TV, ou mesmo quando acom-panham um adulto ao estádio, a leitura prende a atenção dos leitores e desperta vários sentimentos, que vão desde a an-siedade de antes da partida, passando pela frustração, até finalmente chega-

panham um adulto ao estádio, a leitura prende a atenção dos leitores e desperta vários sentimentos,

partida, passando

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rem à alegria por todos verem seu time sair vencedor. O conjunto lexical enunciado, acompanhado da leitura de ilustrações, estimula o imaginário e desperta a curiosidade pelas palavras.

Nessa construção narrativa, do ponto de vista temático, a obra permi-te variadas reflexões e trabalhos interdisciplinares. Considerando o tema “descoberta de si”, o livro possibilita levar as crianças ao reconhecimento das diferenças e individualidades de cada um, estimulando o respeito às escolhas do outro e às preferências e diversidades no ambiente escolar.

Na temática “família, amigos e escola”, o livro permite ao pequeno leitor aprender que é possível estabelecer relações e sentimentos, como amizade e respeito aos colegas, bem como às suas escolhas, ainda que eles não com-partilhem das mesmas preferências. Por exemplo, o fato de Felipe preferir dançar e estar com as meninas, em vez de jogar futebol com os meninos, não o torna incapaz para outras atividades.

Ainda do ponto de vista temático, proposto no edital, verifica-se a possibilidade de introduzir nas turmas dos primeiros aos terceiros anos o debate sobre práticas discriminatórias entre colegas em decorrência de suas preferências ou escolhas.

Sugestão de atividadesA obra e a BNCCA obra articula-se ao trabalho com o campo artístico-literária, envol-

vendo o desenvolvimento de competências e habilidades propostas na Base Nacional Comum Curricular (2017). Nesse sentido, a competência 9, específica de Língua Portuguesa, destaca:

Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizadora expe-riência com a literatura (BNCC, 2017, p. 85).

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As propostas de atividades aqui enumeradas visam participar, portan-to, do desenvolvimento da prática de linguagem de “Leitura/escuta/escrita (compartilhada e autônoma)”, com foco nos objetos de conhecimento:

1. “Formação do leitor literário” (habilidade EF35LP21: “Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvol-vendo o gosto pela leitura”);

2. “Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica” (habilidade EF35LP22: “Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto”).

(BNCC, 2017, p. 108-109)

A BNCC (2017, p. 70) expõe que “o tratamento das práticas leitoras com-preende dimensões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão”. Assim, cada atividade foi organizada a partir de tais inter-relações, conforme se indica em toda a proposta.

Ponto De Partida

Adesão às práticas de leitura

• Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura, textos de divulgação científica e/ou textos jornalísticos que circulam em várias mídias.

• Mostrar-se ou tornar-se receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativa, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.

Estratégias e procedimentos de leitura

• Estabelecer relações entre o texto e conhecimentos prévios, vivências, valores e crenças.• Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da fun-

ção do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero textual, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos.

• Articular o verbal com outras linguagens – diagramas, ilustrações, fotografias, vídeos, arquivos sonoros etc. – reconhecendo relações de reiteração, complementaridade ou contradição entre o verbal e as outras linguagens.

BNCC, 2017, p. 72

De olho na BNCC

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Antes de iniciar a leitura, é importante apresentar o livro às crianças e promover algumas atividades com leitura de ilustrações e de algumas infor-mações paratextuais, como capa e quarta capa, conforme se sugere a seguir:

1. Mostrar a capa para os alunos e perguntar que personagens eles visualizam.2. Percorrer aleatoriamente várias ilustrações do livro, de modo que as crian-

ças visualizem, por meio delas, que se trata de um campo de futebol e de outros espaços do ambiente escolar e antecipem parte da relação entre os personagens ou entre eles e o espaço/cenário.

3. Resgatar o conhecimento prévio dos alunos a respeito das diferentes brincadeiras e/ou atividades que a ilustração da capa traz.

4. Propor discussão sobre como aparenta ser a convivência entre os per-sonagens desenhados, em relação ao(s) esporte(s) em questão, prin-cipalmente sobre quais brincadeiras são tipicamente “de menino” ou “de menina”, problematizando essa separação em que muitos ainda acreditam.

5. Incentivar, a partir dessa discussão prévia, a comparação dos persona-gens com as pessoas com as quais as crianças convivem na escola e na família.

6. Ler o título do livro e o nome da autora e ilustradora.7. Comparar as aparentes preferências de cada personagem, utilizando as

ilustrações e levantando hipóteses sobre o tema central do livro8. Ler para as crianças as informações da quarta capa.

Essa preparação para a leitura possibilita que as crianças antecipem, por exemplo, que a história a ser lida difere de outras por elas conhecidas. Durante a visualização das ilustrações, pode-se encaminhar as crianças para a temática do reconhecimento das diferenças, por exemplo, na sala de aula ou nas atividades que nela se desenvolvem. As hipóteses podem ser anotadas, para posterior retomada.

Por ser uma atividade coletiva, é importante organizar a sala de aula de modo que todos os estudantes possam visualizar o livro.

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De olho na história

a) Leitura em voz alta

Reconstrução e reflexão sobre as condições de produção e recepção dos textos pertencentes a diferentes gêneros e que circulam nas diferentes mídias e esferas/campos de atividade humana.

• Fazer apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas, dentre outras, envolvidas na leitura crítica de textos verbais e de outras produções culturais.

BNCC, 2017, p. 70

Estratégias e procedimentos de leitura.

• Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da fun-ção do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero textual, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos.

• Articular o verbal com outras linguagens – diagramas, ilustrações, fotografias, vídeos, arquivos sonoros etc. – reconhecendo relações de reiteração, complementaridade ou contradição entre o verbal e as outras linguagens.

BNCC, 2017, p. 72

Durante a primeira leitura, é fundamental destacar o ritmo da leitu-ra, chamando a atenção para as diferentes formas de narração, tais como apresentação, descrição e diálogos, em uma leitura sem interrupções. A cada página, pode-se aproximar o livro das crianças para que elas observem novamente as ilustrações.

Após essa primeira leitura, é importante dar um espaço para que as crianças apresentem as suas percepções sobre a história, observando como elas lidam com o conflito e do que mais gostaram. Pode-se aproveitar o momento para retomar algumas hipóteses levantadas inicialmente sobre as diferenças e modos de ser de cada personagem do livro ou, correlatamente, de cada pessoa.

Além disso, o livro traz referências aos diferentes comportamentos das crianças, quando colocadas em situação de escolha, quais as mais cola-borativas, quem se dispõe a ajudar o grupo, entre outras, que podem gerar comentários, dúvidas, curiosidades, a serem discutidos em um trabalho interdisciplinar, conforme se apontará mais adiante neste manual.

De olho na BNCC

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b) Estrutura da história

Reconstrução da textualidade, recuperação e análise da organização textual, da progressão temática e estabelecimento de relações entre as partes do texto.

• Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições, substituições e os elementos coesivos que contribuem para a continuidade do texto e sua progressão temática.

• Selecionar e hierarquizar informações, tendo em vista as condições de produção e re-cepção dos textos.

BNCC, 2017, p. 71

Nessa atividade, o objetivo é levar as crianças a apreender a ordem nar-rativa e a auxiliar no reconhecimento de palavras conhecidas, observando a grafia em relação ao som.

Para isso, a sala pode ser organizada em trios ou pequenos grupos. Cada um receberá uma parte da história. Faça uma segunda leitura, lendo pausa-damente cada trecho até que o grupo consiga identificar sua parte. Explore as palavras que eles reconheceram, anotando-as na lousa.

Importante que a reprodução da história facilite a leitura, destacando, por exemplo, algumas palavras que mantêm a mesma cadência e organi-zando as frases, linha a linha, e outras que expressam admiração, sons e identificação dos personagens. Observe um exemplo:

“Ele adora brincar com seu melhor amigo Diego.Eles vivem inventando todo tipo de brincadeira. (Arrr)Eles constroem estradas...(zummm) E cavam túneis. Mas Felipe gosta mesmo de dançar!

Além disso, a ilustração das páginas pode ser associada ao trecho recebi-do por cada grupo, caso a atividade seja muito difícil para algumas crianças.

Enquanto cada trio identifica a parte da história recebida, anote na lou-sa a ordem dos grupos para ajudá-los no decorrer das próximas atividades.

De olho na BNCC

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c) Reler a história

Estratégias e procedimentos de leitura

• Localizar/recuperar informação.• Apreender os sentidos globais do texto.• Reconhecer/inferir o tema.

BNCC, 2017, p. 72

O objetivo dessa atividade é permitir que as crianças leiam trechos da narrativa. Para isso, nos mesmos trios ou grupos organizados anteriormente, peça a cada um que releia sua parte da história, considerando a ordem dos grupos identificada na atividade antecedente.

A finalidade não é que os estudantes reconheçam todas as palavras, mas que recontem a parte da história, apoiando-se, inclusive, na ilustração e nas palavras reconhecidas. Caso as crianças já estejam mais apropriadas do sistema alfabético de escrita, cada estudante pode ficar responsável pela leitura de uma frase.

Outra possibilidade é convidar as crianças a ler junto com o professor, de modo que a leitura seja intercalada frase a frase, ou a frase lida pelo professor seja repetida pelo aluno, dependendo da etapa de desenvolvimento da turma. Nesse processo, o professor pode reproduzir na lousa algumas frases, para demarcar com o dedo a leitura das palavras.

O convite à leitura visa estimular às crianças a perceber as regularida-des da narrativa, além de elas assumirem o papel de leitor. A troca entre os turnos também favorece a escuta atenta à leitura do outro, seja do professor ou do colega.

Ponto de chegada: mural

Compreensão dos efeitos de sentido provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos em textos pertencentes a gêneros diversos.

• Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas de volume, timbre, inten-sidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização etc. em artefatos sonoros.

BNCC, 2017, p. 71

De olho na BNCC

De olho na BNCC

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Estratégias e procedimentos de leitura.

• Localizar/recuperar informação.• Apreender os sentidos globais do texto.• Reconhecer/inferir o tema.

BNCC, 2017, p. 72

Após o término da leitura, é importante retomar o livro para aprofundar, por exemplo, o conhecimento sobre a autora e ilustradora, revendo com a sala elementos paratextuais finais, como o tema ou o conceito de narração.

É importante mostrar tais partes do livro para as crianças e ler em voz alta as informações. Explique, de maneira simples, a partir da releitura de uma parte da narrativa, o que é uma narração: uma ação (ou uma sequência delas) contada por um narrador.

ALÉM DISSO, VOCÊ PODE FAZER UM MURAL DAS BRINCADEIRAS DE QUE A TURMA MAIS GOSTA.

VAMOS APRENDER A FAZER ISSO?

Anos iniciais: práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades.

• No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, aprofundam-se as experiências com a língua oral e escrita já iniciadas na família e na Educação Infantil.

• Assim, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, no eixo Oralidade, aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua oral, as características de interações discursivas e as estratégias de fala e escuta em intercâmbios orais; no eixo Análise Linguística/Semiótica, sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos dois primeiros anos, e desenvolvem--se, ao longo dos três anos seguintes, a observação das regularidades e a análise do funcionamento da língua e de outras linguagens e seus efeitos nos discursos; no eixo Leitura/Escuta, amplia-se o letramento, por meio da progressiva incorporação de estra-tégias de leitura em textos de nível de complexidade crescente. (p. 97)

A professora pode realizar o reconto oral da história, resgatando o tema e algumas palavras aprendidas durante as atividades. Em seguida, em duplas, propõe-se a identificação das diferentes brincadeiras ou práticas esportivas que as crianças mais apreciam, mesmo que não apareçam na história. Para isso:

1. Ler pausadamente as partes da história, mostrando as ilustrações que retratam as diferentes brincadeiras.

De olho na BNCC

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2. Dividir a lousa e registrar em uma coluna as brincadeiras que aparecem na história e em outra as escolhidas pelas crianças.

3. Ler com as crianças o conteúdo da lousa, comparando as brincadeiras que aparecem no livro com aquelas apontadas pelas crianças.

4. Ampliar o repertório das crianças, contando a elas como eram as brin-cadeiras da sua infância e de outros tempos.

Interdisciplinaridade

Competências específicas de linguagens para o ensino fundamental

• Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-poral, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

(BNCC, 2017, p.79)

Competências específicas de arte para o ensino fundamental

• Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.

• Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.

(BNCC, 2017, p.196)

Competências específicas de educação física para o ensino fundamental

• Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organi-zação da vida coletiva e individual.

• Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo.

• Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e com-bater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.

• Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.

• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásti-cas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.

(BNCC, 2017, p. 223)

O livro traz referência destacada em relação à dança e ao esporte, o que permite um trabalho interdisciplinar com os componentes Arte e Educação Física. Esse tratamento metodológico possibilita que o estudante trabalhe as competências elencadas na BNCC. Nesse sentido, pode-se desenvolver

De olho na BNCC

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com os estudantes um festival ou uma mostra que contemple as diferentes habilidades corporais, por exemplo: dança, ginástica e esportes individuais e/ou coletivos, como lutas ou jogos, o que contribui para afastar possíveis preconceitos e estereótipos em relação às escolhas que as pessoas fazem ao longo da vida. Será interessante convidar os pais, amigos e familiares a apre-ciarem as atividades que serão desenvolvidas no evento artístico/esportivo.

Autora: Kátia Chiaradia