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Landes Pereira E m Pindorama (o paraíso onde os aborígines do Hemisfério Sul viviam antes da invasão pelos portugueses) foi implantadao a “cleptocracia explícita”, regime po- lítico que tem por lema a “hipocrisia escancarada”, onde o que se propala não é o que se faz. E onde opositores e defensores dos governantes, uti- lizam os mesmos argumentos para defenderem posicionamentos opostos. É interessante observar o comporta- mento dos “defensores da pátria” no exercício de suas atividades porque é a prática da “dialética reversa”, se é que isso existe. A última opereta apresentada no Congresso Nacional foi, realmente, uma ópera bufa digna de grandes aplausos. O enredo da história (sin- tetizado no libreto, como se diz nos teatros) era mais ou menos o seguinte: o presidente da Republica foi denun- ciado por corrupção passiva, com provas aparentemente irrefutáveis; a suprema corte de justiça pediu autorização ao congresso para dar continuidade ao processo; o caso vai a julgamento em plenário. Feita a discussão, rápida e sem delongas para não atrapalhar o de- senvolvimento econômico observado, foi-se para a votação, com hilárias justificativas de ambos os lados. Para se entender o procedimento solene é necessário esclarecer que SIM signi- ficava votar “contra a investigação da denúncia”, e que NÃO significava votar “a favor da investigação da denúncia”. Em síntese Suas Excelências, os de- fensores do povo, votaram da seguinte maneira: Os defensores do presidente acu- sado, os que não queriam investi- gação, justificavam o voto dizendo: “Sou contra a corrupção e favorável à investigação de todas as denúncias, mas “voto SIM”, pela estabilidade eco- nômica”. Os opositores, aqueles que queriam a investigação, justificavam o voto: “Sou contra a corrupção e favorável à investigação de todas as denúncias, por isso “voto NÃO”, pela estabilidade econômica”. Caro leitor, qual seria a conclusão de um extraterrestre recém-chegado de Marte para observar a votação? Pensaria, inicialmente, que era um grande circo onde os palhaços eram representados pelos pagantes de im- postos; ou então que havia errado de endereço e se encontrava no anfite- atro de um manicômio onde se fazia a representação de uma peça teatral intitulada “Autodefesa Coletiva”. Enquanto os políticos, impune- mente, se locupletam nos cofres pú- blicos, a nação se afunda na miséria, a olhos vistos. As estatísticas mostram que mais de 40 milhões de pessoas mora em residências sem acesso a água potável; o desemprego ultra- passa os 13%, o preço dos combustí- veis explode e, consequentemente, o custo dos transportes se eleva e é repassado para o preço das merca- dorias. Com a empáfia de uma comédia inglesa, Henrique Meirelles, ex-presi- dente internacional do BankBoston, ex-deputado federal pelo PSDB, ex- -presidente do Banco Central, ex-pre- sidente do Conselho de Administração da J&F Investimentos, ex-membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, atual mi- nistro da Fazenda, anunciou que o déficit primário ultrapassará os R$ 139 bilhões previstos. E que, prova- velmente, chegará aos R$ 150 bilhões, portanto, é preciso aumentar os im- postos. Paradoxalmente, o presidente Mi- chel Temer comemora os bons resul- tados da economia e pede a compre- ensão dos pagadores de impostos. Os banqueiros não reclamam, mas os industriais e os agropecuaristas (com exceção dos amigos de Blairo Maggi) estão de orelhas em pé, indicando que nem tudo vai bem no “reino da Lava Jato”. E a culpa, segundo o raciocínio lógico de Marum e Perondi, é do PT e dos comunistas que ainda dominam o governo redentor. Pior fica Aliados de Michel Temer colocaram na ponta do lápis, neste fim de semana, a erosão do capital político do presidente após seu esforço para barrar a denúncia de Rodrigo Janot na Câmara. Os cálculos foram feitos a fim de mensurar a disposição da base aliada para aprovar a reforma da Previdência. Os números não são alvissareiros. Nas contas de um deputado planilheiro, o governo tem apenas 150 votos certos em apoio às novas regras de aposentadoria. Más notícias O mapeamento será entregue nesta segunda (14) ao presidente. Antes da denúncia, o governo contava 255 apoios à Previdência. Entre esses, porém, 105 votaram pelo afastamento de Temer e agora são considerados incógnitas quanto às mudanças na aposentadoria. Onde atacar O cruzamento também será usado para guiar a política de redistribuição de cargos do Planalto. Indicará recompensas a integrantes da base que já foram simpáticos às novas regras e votaram a favor da denúncia, mas agora parecem indecisos sobre a reforma. Movediço A divisão do espólio de cargos que foram retirados de deputados que votaram pelo afastamento de Temer está criando problemas para o Planalto. Há casos em que mais de um partido reivindica a nomeação para o mesmo posto. É meu O comando da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) foi reivindicado pelo PP e também por aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O segundo grupo levou a melhor. Livre estou Passada a votação da denúncia, o Planalto vai intensificar a agenda de viagens de Temer. Na sexta (11), o presidente recebeu a confirmação de sua visita de Estado da Pequim, em 1º de setembro, antes do Brics. No sábado (19), o presidente entrega casas em Macapá (AP). Gratidão Michel Temer mantém o hábito de incluir parlamentares nas comitivas. Santo é de barro Líderes do centrão contrários à adoção do distritão vão investir no discurso de que há “açodamento” no debate da reforma política para tentar impedir o avanço da proposta. Os últimos serão... Aos que ainda acreditam na possibilidade de o sistema ser aprovado em plenário, deputados do grupo dizem que basta fazer a conta: hoje, parlamentares eleitos pelo coeficiente eleitoral representam 20% da Câmara. ... os primeiros De acordo com esse discurso, são eles, cerca de 100 parlamentares, os donos dos votos que vão derrotar a mudança do sistema eleitoral. Na sua cara O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair Bolsonaro, postou neste domingo (13) foto em que exibe uma camiseta com os dizeres: “machistas não passarão”. Tratava-se de uma ironia. A mensagem era ilustrada com a imagem de uma mulher debruçada sobre uma tábua de passar. Raio x Às vésperas de assumir o comando do MPF, Raquel Dodge pediu à equipe de Rodrigo Janot relatórios detalhados sobre todas as áreas da procuradoria. Menos O Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de SP foi à Justiça para tentar derrubar em definitivo ação da Secretaria de Fazenda em que integrantes da categoria participavam de blitzes pelo Estado, ao lado da Polícia Militar. A2 o Estado Mato Grosso do Sul Campo Grande-MS | Segunda-feira, 14 de agosto de 2017 [email protected] Opinião R eportagem especial pu- blicada nesta edição do jornal O Estado (leia mais nas páginas B2 e B3) traz como Campo Grande foi prejudicada diante da instabilidade política e econômica que assolou o país nos últimos anos. Empresários investiram na casa das cifras altas, acima dos seis dígitos, em negócios que pelos mais diversos motivos ter- minaram com as portas fechadas. Ou seja, não há quem aguente tamanha situação. E a aposta desses mesmos empresários é de que a estabilidade do Go- verno Temer, que já começa a dar frutos, ajude a evitar que os números continuem aumentando. Conforme a reportagem, Campo Grande teve neste pri- meiro semestre 1.386 empresas que fecharam as portas. O au- mento é de 2,81%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Um empresário contou que decidiu investir no ramo de restaurante, mas se sentiu prejudicado pela localização do empreendimento. Resultado: não obteve o movimento de clientes suficiente para manter a estru- tura em pé. Foram investidos cerca de R$ 1 milhão. Diante da situação política que o país atravessa, muitos em- presários decidiram esperar. Não querem tirar dinheiro do bolso com medo de não obter o re- torno esperado, principalmente porque a economia brasileira ca- minha positivamente, mas ainda a passos lentos. Infelizmente, se tornou comum andar por Campo Grande e ver diversas portas fechadas e com placas de “vende- -se” ou “aluga-se”. Travado Marcos Borges Editorial OPINIãO DO LEITOR A RESPEITO DA EDIçãO DE SáBADO 1 Coletivamente, a manchete de sábado: Foi: 75% muito importante | 0% pouco importante 25% importante | 0% sem importância 2 Os textos da primeira página continham algum exagero em relação às páginas internas? 0% SIM 100% NãO 3 A charge da edição de sábado foi: 65% interessante | 0% indiferente 35% pouco interessante | 0% não viu 4 Qual foi a notícia mais importante? 5 Dê a sua avaliação à edição de sábado: 75% ótimo | 25% bom | 0% regular | 0% ruim “Refugiados buscam estabilidade no Estado” “Refugiados buscam estabilidade no Estado” Rua 14 de Julho, 204-Vila Santa Dorothéia Campo Grande-MS-CEP 79004-392-PABX: (67) 3345-9000 Comercial | (67) [email protected]@[email protected] Circulação | Atendimento ao assinante: (67) 3345-9050 [email protected] Representantes | Brasília-DF - LC Comunicação e Marketing-SEPS 709/909 lote D sala 215 edifício Fape-CEP 70390-095 Asa Sul-Tel.: (61) 3711-8712/3443 0462-e-mail: [email protected] | Rio de Janeiro-RJ-Planejamento Negócios de Mídia Ltda. Avenida Rio Branco, 45, sala 11/15-Tel.: (21) 2263-6468 | São Paulo-SP-Planejamento Negócios de Mídia Ltda.-Avenida Jandira, 667–Bairro Moema-CEP 04080-004-Tel.: (11) 2985-9444 Fundado em 2 de dezembro de 2002 “Somos o que fazemos. No dia em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.” Padre Antônio Vieira Diretor Rafael Vallér Editor-Executivo Gabriel Neris [email protected] Opinião [email protected] Política [email protected] Cidades Daiany Albuquerque [email protected] Esportes Leandro Abreu [email protected] Economia e Agronegócios [email protected] Artes e Lazer Thaís Pimenta [email protected] Fotografia Saul Schramm fotografi[email protected] Arte [email protected] Coordenação de pauta Súzan Benites ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (67) 3345-9050 A CIDADE É SUA, O PROBLEMA É NOSSO: [email protected] Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul Cleptocracia explícita Economista com doutorado; é professor de economia política Painel DO EX-SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL, ironizando a estrutura montada para o giro que Luiz Inácio Lula da Silva fará pelos Estados da região Nordeste. O MST vai escoltar Lula na caravana. Lembra Mick Jagger em Altamont, quando o Hells Angels fez segurança dos Rolling Stones! Contraponto Piada pronta Durante discussão da reforma política na Câmara, na semana passada, o líder do PSOL, Glauber Braga (RJ), lembrou que a proposta do distritão foi apresentada, originalmente, pelo ex-presidente da Casa, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). – Por isso, caros colegas, vou chamá-la de “cunhão”. Seu colega de partido, Chico Alencar (PSOL-RJ) embarcou na provocação e concluiu: – Melhor chamá-la de ‘detritão’. E aproveito para sugerir aos defensores do Fundo de Financiamento da Democracia, dos absurdos R$ 3,6 bilhões, que deixem de lado a sigla, Fude, pois certamente será alvo de chacota... A última opereta apresentada no Congresso Nacional foi, realmente, uma ópera bufa digna de grandes aplausos

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Landes Pereira

Em Pindorama (o paraíso onde os aborígines do Hemisfério Sul viviam antes da invasão

pelos portugueses) foi implantadao a “cleptocracia explícita”, regime po-lítico que tem por lema a “hipocrisia escancarada”, onde o que se propala não é o que se faz. E onde opositores e defensores dos governantes, uti-lizam os mesmos argumentos para defenderem posicionamentos opostos. É interessante observar o comporta-mento dos “defensores da pátria” no exercício de suas atividades porque é a prática da “dialética reversa”, se é que isso existe.

A última opereta apresentada no Congresso Nacional foi, realmente, uma ópera bufa digna de grandes aplausos. O enredo da história (sin-tetizado no libreto, como se diz nos teatros) era mais ou menos o seguinte: o presidente da Republica foi denun-ciado por corrupção passiva, com provas aparentemente irrefutáveis; a suprema corte de justiça pediu autorização ao congresso para dar continuidade ao processo; o caso vai a julgamento em plenário.

Feita a discussão, rápida e sem delongas para não atrapalhar o de-senvolvimento econômico observado, foi-se para a votação, com hilárias justificativas de ambos os lados. Para se entender o procedimento solene é necessário esclarecer que SIM signi-ficava votar “contra a investigação da denúncia”, e que NÃO significava votar “a favor da investigação da denúncia”. Em síntese Suas Excelências, os de-

fensores do povo, votaram da seguinte maneira:

Os defensores do presidente acu-sado, os que não queriam investi-gação, justificavam o voto dizendo: “Sou contra a corrupção e favorável à investigação de todas as denúncias, mas “voto SIM”, pela estabilidade eco-nômica”. Os opositores, aqueles que queriam a investigação, justificavam o voto: “Sou contra a corrupção e favorável à investigação de todas as denúncias, por isso “voto NÃO”, pela estabilidade econômica”.

Caro leitor, qual seria a conclusão de um extraterrestre recém-chegado de Marte para observar a votação? Pensaria, inicialmente, que era um grande circo onde os palhaços eram representados pelos pagantes de im-postos; ou então que havia errado de endereço e se encontrava no anfite-atro de um manicômio onde se fazia a representação de uma peça teatral intitulada “Autodefesa Coletiva”.

Enquanto os políticos, impune-mente, se locupletam nos cofres pú-blicos, a nação se afunda na miséria, a olhos vistos. As estatísticas mostram que mais de 40 milhões de pessoas mora em residências sem acesso a água potável; o desemprego ultra-passa os 13%, o preço dos combustí-veis explode e, consequentemente, o

custo dos transportes se eleva e é repassado para o preço das merca-dorias.

Com a empáfia de uma comédia inglesa, Henrique Meirelles, ex-presi-dente internacional do BankBoston, ex-deputado federal pelo PSDB, ex--presidente do Banco Central, ex-pre-sidente do Conselho de Administração da J&F Investimentos, ex-membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, atual mi-nistro da Fazenda, anunciou que o déficit primário ultrapassará os R$ 139 bilhões previstos. E que, prova-velmente, chegará aos R$ 150 bilhões, portanto, é preciso aumentar os im-postos.

Paradoxalmente, o presidente Mi-chel Temer comemora os bons resul-tados da economia e pede a compre-ensão dos pagadores de impostos. Os banqueiros não reclamam, mas os industriais e os agropecuaristas (com exceção dos amigos de Blairo Maggi) estão de orelhas em pé, indicando que nem tudo vai bem no “reino da Lava Jato”. E a culpa, segundo o raciocínio lógico de Marum e Perondi, é do PT e dos comunistas que ainda dominam o governo redentor.

Pior ficaAliados de Michel Temer colocaram na ponta do lápis,

neste fim de semana, a erosão do capital político do presidente após seu esforço para barrar a denúncia de Rodrigo Janot na Câmara. Os cálculos foram feitos a fim de mensurar a disposição da base aliada para aprovar a reforma da Previdência. Os números não são alvissareiros. Nas contas de um deputado planilheiro, o governo tem apenas 150 votos certos em apoio às novas regras de aposentadoria.

Más notícias O mapeamento será entregue nesta segunda (14) ao

presidente. Antes da denúncia, o governo contava 255 apoios à Previdência. Entre esses, porém, 105 votaram pelo afastamento de Temer e agora são considerados incógnitas quanto às mudanças na aposentadoria.

Onde atacar O cruzamento também será usado para guiar a política de

redistribuição de cargos do Planalto. Indicará recompensas a integrantes da base que já foram simpáticos às novas regras e votaram a favor da denúncia, mas agora parecem indecisos sobre a reforma.

Movediço A divisão do espólio de cargos que foram retirados de

deputados que votaram pelo afastamento de Temer está criando problemas para o Planalto. Há casos em que mais de um partido reivindica a nomeação para o mesmo posto.

É meu O comando da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos

Vales do São Francisco e do Parnaíba) foi reivindicado pelo PP e também por aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O segundo grupo levou a melhor.

Livre estou Passada a votação da denúncia, o Planalto vai intensificar a

agenda de viagens de Temer. Na sexta (11), o presidente recebeu a confirmação de sua visita de Estado da Pequim, em 1º de setembro, antes do Brics. No sábado (19), o presidente entrega casas em Macapá (AP).

Gratidão Michel Temer mantém o hábito de incluir parlamentares nas

comitivas.

Santo é de barro Líderes do centrão contrários à adoção do distritão vão

investir no discurso de que há “açodamento” no debate da reforma política para tentar impedir o avanço da proposta.

Os últimos serão... Aos que ainda acreditam na possibilidade de o sistema ser

aprovado em plenário, deputados do grupo dizem que basta fazer a conta: hoje, parlamentares eleitos pelo coeficiente eleitoral representam 20% da Câmara.

... os primeiros De acordo com esse discurso, são eles, cerca de 100

parlamentares, os donos dos votos que vão derrotar a mudança do sistema eleitoral.

Na sua cara O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair

Bolsonaro, postou neste domingo (13) foto em que exibe uma camiseta com os dizeres: “machistas não passarão”. Tratava-se de uma ironia. A mensagem era ilustrada com a imagem de uma mulher debruçada sobre uma tábua de passar.

Raio x Às vésperas de assumir o comando do MPF, Raquel Dodge

pediu à equipe de Rodrigo Janot relatórios detalhados sobre todas as áreas da procuradoria.

Menos O Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado

de SP foi à Justiça para tentar derrubar em definitivo ação da Secretaria de Fazenda em que integrantes da categoria participavam de blitzes pelo Estado, ao lado da Polícia Militar.

A2 o Estado Mato Grosso do Sul Campo Grande-MS | Segunda-feira, 14 de agosto de 2017

[email protected]ão

Reportagem especial pu-blicada nesta edição do jornal O Estado (leia mais

nas páginas B2 e B3) traz como Campo Grande foi prejudicada diante da instabilidade política e econômica que assolou o país nos últimos anos.

Empresários investiram na casa das cifras altas, acima dos seis dígitos, em negócios que pelos mais diversos motivos ter-minaram com as portas fechadas. Ou seja, não há quem aguente tamanha situação. E a aposta desses mesmos empresários é de que a estabilidade do Go-verno Temer, que já começa a dar frutos, ajude a evitar que os números continuem aumentando.

Conforme a reportagem, Campo Grande teve neste pri-meiro semestre 1.386 empresas que fecharam as portas. O au-

mento é de 2,81%, se comparado com o mesmo período do ano passado. Um empresário contou que decidiu investir no ramo de restaurante, mas se sentiu prejudicado pela localização do empreendimento. Resultado: não obteve o movimento de clientes suficiente para manter a estru-tura em pé. Foram investidos cerca de R$ 1 milhão.

Diante da situação política que o país atravessa, muitos em-presários decidiram esperar. Não querem tirar dinheiro do bolso com medo de não obter o re-torno esperado, principalmente porque a economia brasileira ca-minha positivamente, mas ainda a passos lentos. Infelizmente, se tornou comum andar por Campo Grande e ver diversas portas fechadas e com placas de “vende--se” ou “aluga-se”.

Travado Marcos Borges

Editorial

OPiNiãO dO LeitOR a ReSPeitO da ediçãO de SábadO

1 Co le ti va men te, a man che te de sábado:

Foi: 75% mui to im por tan te | 0% pouco im por tan te 25% im por tan te | 0% sem im por tân cia

2 Os tex tos da pri mei ra pá gi na con ti nham algum exa ge ro em re la ção às pá gi nas in ter nas? 0% SiM 100% NãO

3 A charge da edição de sábado foi: 65% interessante | 0% indiferente 35% pouco interessante | 0% não viu

4 Qual foi a notícia mais importante?

5 dê a sua avaliação à edição de sábado: 75% ótimo | 25% bom | 0% regular | 0% ruim

“Refugiados buscam estabilidade no estado”

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Fundado em 2 de dezembro de 2002

“Somos o que fazemos. No dia em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.”

Padre Antônio Vieira

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Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

Cleptocracia explícita

Economista com doutorado; é professor de economia política

Painel

dO eX-SeNadOR deLCÍdiO dO aMaRaL, ironizando a estrutura montada para o giro que Luiz Inácio Lula da Silva fará pelos Estados da região Nordeste.

O MST vai escoltar Lula na caravana. Lembra Mick Jagger em Altamont, quando o Hells Angels fez segurança dos Rolling Stones!

ContrapontoPiada pronta

Durante discussão da reforma política na Câmara, na semana passada, o líder do PSOL, Glauber Braga (RJ), lembrou que a proposta do distritão foi apresentada, originalmente, pelo ex-presidente da Casa, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

– Por isso, caros colegas, vou chamá-la de “cunhão”.Seu colega de partido, Chico Alencar (PSOL-RJ) embarcou

na provocação e concluiu:– Melhor chamá-la de ‘detritão’. E aproveito para sugerir

aos defensores do Fundo de Financiamento da Democracia, dos absurdos R$ 3,6 bilhões, que deixem de lado a sigla, Fude, pois certamente será alvo de chacota...

A última opereta apresentada no Congresso Nacional foi, realmente, uma ópera bufa digna de grandes aplausos