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ANTIBIOTERAPIAAMIGDALITE AGUDA E OTITE MÉDIA AGUDA EM IDADE PEDIÁTRICA
ANDREIA GONÇALVES
NUNO BARROS
SOFIA RUA
CATARINA BICA
LUÍS RIBEIRO
19 de Junho de 2015
INTRODUÇÃO
Patologias agudas mais frequentes em idade pediátrica
Principal motivo de consulta de carácter urgente
O termo IVAS engloba um conjunto de entidades clínicas maioritariamentebenignas e autolimitadas
Etiologia Vírica predominante!
Infeção das Vias Aéreas
IVAS
Amigdalite Aguda
Otite Média Aguda
Rinite infeciosa
Rinossinusite aguda
Otite externa
Croup (laringotraqueite aguda)
AMIGDALITE AGUDANORMA DGS “DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA AMIGDALITE AGUDA NA IDADE PEDIÁTRICA” Nº020/2012 – 26/12/2012
AMIGDALITE AGUDA
A maioria das AA são víricas (++ < 3 anos)
Rinovírus, Coronavírus, Adenovírus, HSV 1 e 2, Influenza A e B, Parainfluenzae, Coxsackie, EBV, CMV
A grande maioria das AA bacterianas é causada pelo Streptococcus β hemolítico do grupo A (SGA)
15-37% todas as amigdalites (<3 anos 10-14%, <18M insignificante)
Portadores: 15%
Processo inflamatório agudo das amígdalas faríngeas
AMIGDALITE AGUDA
Etiologia microbiológica da Amigdalite Aguda
AMIGDALITE AGUDA
Etiologia microbiológica da Amigdalite Aguda
AMIGDALITE AGUDA
AMIGDALITE AGUDA
AMIGDALITE AGUDA
AMIGDALITE AGUDA
A epidemiologia e as manifestações clínicas não permitem um diagnóstico etiológico definitivo…
Exceções:
Clinica fortemente sugestiva de AA de etiologia vírica
Exantema típico de escarlatina indicando etiologia estreptocócica
Confirmação Microbiológica
AMIGDALITE AGUDA
Teste de Diagnóstico antigénico rápido (TDAR)
Crianças ou adolescentes com AA com epidemiologia e sinais/sintomas sugestivos deAA por SGA
Não recomendado:
Crianças e adolescentes com AA e epidemiologia e manifestações clínicasfortemente sugestivas de infeção vírica
Crianças com AA com idade < 3 anos, exceto se existir contacto próximo cominfeção confirmada por SGA
AMIGDALITE AGUDA
Teste de Diagnóstico antigénico rápido (TDAR)
Positivo Diagnóstico de AA por SGA
Negativo Exclusão do diagnóstico se o teste apresentar sensibilidade > 90%
AMIGDALITE AGUDA
Títulos de anticorpos antiestreptocócicos
Não estão recomendados no diagnóstico de rotina da amigdalite aguda
Aumentam 7-14 dias após
Pico 3-6 semanas
Persistem elevados meses
Hemograma e Marcadores inflamatórios (PCR, VS,…)
Não devem ser usados no diagnóstico de AA por SGA
Algoritmo de Abordagem
AMIGDALITE AGUDA
TRATAMENTO
Sintomático
TRATAMENTO
Antibioterapia
Obrigatória em todas as crianças/adolescentes
sintomáticos com AA por SGA confirmada por TDAR
AMIGDALITE AGUDA
Antibioterapia
Benefícios:
↓ transmissão da doença
↓ incidência de febre reumática
↓ complicações supurativas (ex: abcessos periamigdalinos)
O papel da antibioterapia na redução de outras complicações não supurativas não é claro…
GNPE
PANDAS: distúrbio neuropsiquiátrico autoimune pediátrico relacionado com a infeção pelo SGA
AMIGDALITE AGUDA
Antibioterapia
Quando instituída nos primeiros 3 dias, encurta a sintomatologia em 16 h
Erradica SGA da orofaringe em 24h
Instituída até aos 9 dias é eficaz na prevenção da febre reumática, nãoaumentado risco de falência do tratamento ou recidiva
Resposta clínica nos doentes com AA por SGA é habitualmente detetada 24 a48h após o início da antibioterapia.
AMIGDALITE AGUDA
Complicações
AMIGDALITE AGUDA
Indicações para cirurgia
≥ 6 infeções num ano
≥ 3 infeções em 2 anos consecutivos
OTITE MÉDIA AGUDANORMA DGS “DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA OTITE MÉDIA AGUDA NA IDADE PEDIÁTRICA” Nº007/2012 – 28/10/2014
OTITE MÉDIA AGUDA
Uma das principais causas de infeção bacteriana na criança
80-90% têm pelo menos 1 episódio e 1/3 tem ≥ 2 episódios nos 3 primeiros anos devida
Um dos principais motivos de observação da criança doente e de prescrição deantibióticos em idade pediátrica
Início abrupto de sinais e sintomas de inflamação do ouvido médio com presença de efusão
OTITE MÉDIA AGUDA
Baseia-se na Clínica e Otoscopia, sendo necessários os 2 critérios seguintes:
Membrana timpânica com abaulamento moderado a grave
Otorreia de início recente e não devida a otite externa
1.
Diagnóstico
OTITE MÉDIA AGUDA
Baseia-se na Clínica e Otoscopia, sendo necessários os 2 critérios seguintes:
Membrana timpânica com abaulamento ligeiro e início recente de otalgia (irritabilidade no lactente)
Eritema intenso da membrana timpânico
2.
Diagnóstico
OTITE MÉDIA AGUDA
Otite Externa
Derrame no ouvido médio (= OMA)
Sem abaulamento e sinais inflamatórios da MT
Cursa habitualmente sem dor
Otite Serosa
Não apresenta abaulamento da MT
Pode haver dor, mas quando presente é menos intensa
OMA Recorrente
≥ 3 episódios em 6 meses
≥ 4 episódios no último ano
OTITE MÉDIA AGUDA
Síndrome otite-conjuntivite:
Associação de OMA com conjuntivite purulenta
H. influenzae
Miringite Bolhosa
Inflamação da membrana timpânica, que apresenta bolhas
Presente em 5% dos casos de OMA em crianças < 2 anos
Dor mais intensa
Etiologia idêntica à OMA
OTITE MÉDIA AGUDA
Fatores de Risco
Idade (Pico 6-18 meses)
Sexo masculino
História familiar de OMA
Infantário
Exposição ao fumo do tabaco
Uso de chupeta
Ausência de aleitamento materno
OTITE MÉDIA AGUDA
Etiologia Vírica
VSR, Rinovírus, Coronavírus, Vírus parainfluenzae e influenzae e adenovírus
Etiologia Bacteriana
S. pneumoniae (25-50%)
H. influenzae não tipável (15-30%)
M. catarrhalis (3-20%)
Vacina conjugada Prevenar® ↓ a incidência de OMA por Sp e mudou os serótipos responsáveis, sendo agora frequentemente não vacinais
S. pyogenes (2-10%)S. aureus (1-3%)Bacilos Gram negativosP. AeruginosaAnaeróbios
Algoritmo de Abordagem
Os sinais e sintomas de OMA habitualmente resolvem em 24-72 horas
com tratamento adequado
Algoritmo de Abordagem
Prescrição antibiótica retardada:
- Não agrava recuperação- Não aumenta as complicações
1amoxicilina + ácido clavulânico; cefuroxima-axetil; ceftriaxona
OTITE MÉDIA AGUDA
TRATAMENTO
Sintomático
Não está indicado o uso de descongestionantes nasais ou de anti-histamínicos!
TRATAMENTO
Antibioterapia
10 dias Crianças com história de OMA Recorrente
OTITE MÉDIA AGUDA
Complicações
CONCLUSÃO