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Organizar os departamentos no Sinsprev para fortalecer a luta Edição 265 XIII ENAPO organiza luta por direitos Jurídico do Sinsprev conclui execução dos 3,17% na Saúde (Página 7) Diretoria do Sinsprev debate reorganização sindical (Página 8) Orientações para averbação de tempo insalubre (Página 2) Ação Sindical O Sinsprev chama toda a categoria a participar dos encontros setoriais que vão organizar os depar- tamentos do INSS (incluindo os servidores lotados nas Procuradorias e na Receita Federal do Brasil), Saúde, Anvisa e Aposentados para organizar as lutas setoriais e fortalecer a ação unitária em defesa dos trabalhadores (veja o calendário abaixo). Também será realizada reunião do Conselho de Representantes do Sinsprev para articular as iniciati- vas aprovadas nas atividades setoriais. Todas as ati- vidades acontecerão na sede central (rua Antônio de Godoy, 88 - 2º andar - Centro/SP). 07/11 - Encontro setorial para formar o departamento do INSS, 10 horas. 13/11 - Encontro setorial para formar o departamento dos Aposentados, 10 horas. 14/11 - Encontro Setorial para formar o departamento da Saúde, 10 horas. 28/11 - Encontro setorial para formar o departamento da Anvisa, 10 horas. 05/12 - Reunião do Conselho de Representantes, 10 horas. Encontros discutirão iniciativas contra o aumento da jornada e a pressão da produtividade no INSS, a privatização da saúde e a defesa dos direitos dos aposentados e dos trabalhadores da Anvisa. O diretor do Sinsprev Gilberto Silva (de preto) apresenta os convidados ao 13º Encontro Nacional dos Aposentados Páginas 3 Jornada de 8 horas reforça necessidade de retomar unidade que a categoria teve na greve dos trabalhadores do INSS para enfrentar ataques do governo e das administrações Fotos: Manoel Messina Assembleia dia 19/11 elege delegados à plenária da Fenasps Na pauta da assembleia também serão discutidos os encami- nhamentos dos encontros setoriais já realizados até lá, atividades de mobilização contra a privatização da saúde, e luta por direitos da categoria. A assembleia terá início às 19 horas, no sindicato. DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA E DO SERVIDOR Fórum Popular tem reunião dia 12/11, no Sinsprev Fórum reúne entidades sindicais e movimentos sociais contra a privatização da Saúde. Reunião terá início às 19 horas. APOSENTADOS

Ação Sindical Organizar os departamentos no Sinsprev para ... · nas Procuradorias e na Receita Federal do Brasil), ... paço para tentar ‘alisar’ a categoria depois ... dicar

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Organizar os departamentos no Sinsprev para fortalecer a luta

Edição 265

XIII ENAPO organiza luta por direitos

Jurídico do Sinsprev conclui execução dos 3,17% na Saúde

(Página 7)

Diretoria do Sinsprev debate reorganização sindical

(Página 8)

Orientações para averbação de tempo insalubre

(Página 2)

Ação Sindical

O Sinsprev chama toda a categoria a participar dos encontros setoriais que vão organizar os depar-tamentos do INSS (incluindo os servidores lotados nas Procuradorias e na Receita Federal do Brasil), Saúde, Anvisa e Aposentados para organizar as lutas setoriais e fortalecer a ação unitária em defesa dos trabalhadores (veja o calendário abaixo).

Também será realizada reunião do Conselho de Representantes do Sinsprev para articular as iniciati-vas aprovadas nas atividades setoriais. Todas as ati-vidades acontecerão na sede central (rua Antônio de Godoy, 88 - 2º andar - Centro/SP).

07/11 - Encontro setorial para formar o departamento do INSS, 10 horas.13/11 - Encontro setorial para formar o departamento dos Aposentados, 10 horas.14/11 - Encontro Setorial para formar o departamento da Saúde, 10 horas.28/11 - Encontro setorial para formar o departamento da Anvisa, 10 horas.05/12 - Reunião do Conselho de Representantes, 10 horas.

Encontros discutirão iniciativas contra o aumento da jornada e a pressão da produtividade no INSS, a privatização da saúde e a defesa dos direitos dos aposentados e dos trabalhadores da Anvisa.

O diretor do Sinsprev Gilberto Silva (de preto) apresenta os convidados ao 13º Encontro Nacional dos Aposentados

Páginas 3

Jornada de 8 horas reforça necessidade de retomar unidade que a categoria teve na greve dos trabalhadores do INSS para enfrentar ataques do governo e das administrações

Fotos: Manoel Messina

Assembleia dia 19/11 elege delegados à plenária da Fenasps

Na pauta da assembleia também serão discutidos os encami-nhamentos dos encontros setoriais já realizados até lá, atividades de mobilização contra a privatização da saúde, e luta por direitos da categoria. A assembleia terá início às 19 horas, no sindicato.

deFesa da saÚde PÚblica e do servidor

Fórum Popular tem reunião dia 12/11, no Sinsprev

Fórum reúne entidades sindicais e movimentos sociais contra a privatização da Saúde. Reunião terá início às 19 horas.

aPosentados

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Nossa greve foi um marco para a ca-tegoria. Foi a primeira vez que o governo decidiu agir como patrão sem máscaras ou reservas, pois usou contra nós todos os instrumentos de coação e violência dignos de governos autoritários e dos patrões do setor privado. Passando pelo uso descarado do Judiciário e ameaças de demissão até a utilização das polícias mi-litar e federal nos locais de trabalho para impedir piquetes e manifestações.

Após a greve o governo segue na linha autoritária, tendo à frente o Ministro da Previdência, José Pimentel, que - como Lula - é um filhote do movimento sindi-cal cutista, que se criou e consolidou nas lutas dos trabalhadores deste país.

Em nosso movimento não é diferen-te, com companheiros do passado servin-do como algozes, tentando ainda se dis-farçar de “velhos camaradas” à frente dos ministérios, sempre prontos a reproduzir as ordens superiores e travar uma batalha feroz para derrotar nossas conquistas.

A CUT se apresentou como braço auxiliar do governo, inicialmente ten-tando impedir a greve, tentando iludir a categoria de que estava “habilitada” a negociar com o governo, sendo por fim obrigada a entrar na greve por pressão dos trabalhadores nos estados em que dirige os sindicatos, como foi na Bahia, Paraíba, Pernambuco e outros.

Diante de tantos ataques e desafios nossa greve deixou um saldo que é de profundo descontentamento dos tra-balhadores com o governo. Não pode-mos mais ter ilusões, mas também não podemos desanimar. Esta batalha ainda não terminou e não terminará enquanto houver injustiças e ataques aos direitos.

Esta greve também exigiu de nós acumularmos forças, rever nossa orga-nização, reorganizar a categoria, reforçar nossos laços de solidariedade com os tra-balhadores dos setores público e privado, e também com o movimento social.

O governo sabe que as medidas que adotou o deixaram a descoberto, sem es-paço para tentar ‘alisar’ a categoria depois dos ataques brutais que promoveu. Não podemos cair nas armadilhas e ilusões que tentam jogar em nosso caminho. O governo sabe que os trabalhadores pelo país afora não aceitarão as migalhas.

Todos sabemos que qualquer ação positiva do governo virá apenas pela for-ça do movimento e a ousadia dos traba-lhadores. A tentativa de criar sindicatos dóceis, parceiros do governo, que tentam vender ilusões entre os trabalhadores deve ser combatida.

Só a organização e a resistência dos trabalhadores podem impor derrotas ao governo e garantir nossos direitos.

Diretoria do Sinsprev

Página 02 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

Nosso desafio é transformar a indignação em resistência

lições da greve no inss insalubridade

STF reconhece conversão de tempo especial insalubre no período estatutário

lutas

O departamento Jurídico do Sinsprev informa à categoria que já estão disponíveis os requerimentos para servidores do INSS e do Minis-tério da Saúde pedirem a contagem especial de tempo de serviço exer-cido em condições insalubres após 12 de dezembro de 1990. A decisão do STF assegura aos servidores o reconhecimento do direito à aver-bação da insalubridade também no período estatutário – o que é uma antiga reivindicação da categoria.

O reconhecimento foi obtido por meio de mandado de injunção (norma jurídica que supre lacuna da falta de regulamentação de uma lei) proposto pela federação nacional (Fenasps) e sindicatos filiados – en-tre eles o Sinsprev.

O parágrafo 4º do artigo 40 da Constituição diz que não pode ha-ver diferenças nos proventos pagos a servidores de qualquer esfera da federação (federais, estaduais e municipais), à exceção dos casos de atividades exercidas em condi-ções insalubres. Como o governo federal e o Congresso Nacional até hoje não regulamentaram o reco-nhecimento da averbação da insa-lubridade, a assessoria jurídica da Fenasps buscou junto ao Judiciário o reconhecimento do direito. E ob-

teve sucesso por meio do mandado de injunção.

A decisão do STF abre também a possibilidade de servidores que te-nham exercido 25 anos de trabalho em condições insalubres obtenham o reconhecimento da aposentadoria especial. Isso porque, a averbação acrescenta ao período trabalhado 20% do tempo de trabalho para mu-lheres e 40% para homens.

O Jurídico do Sinsprev encami-nhará num primeiro momento os pedidos de averbação do tempo de serviço exercido sob condições in-salubres para os servidores que ain-da estão na ativa. Os modelos de re-querimento (para a Saúde e o INSS) estão disponíveis na página do sin-dicato na internet (www.sinsprev.org.br). Os servidores que tiverem direito ao benefício devem protoco-lar o requerimento junto ao setor de Recursos Humanos, apresentando também cópia dos contracheques que comprovem o recebimento do adicional de insalubridade.

Os aposentados e pensionistas que recebem proventos proporcio-nais ou já têm aposentadoria defe-rida devem aguardar instruções do sindicato, que em breve divulgará o requerimento e as instruções para revisão das aposentadorias.

Frases

“Se Jesus Cristo viesse para cá teria de chamar Judas para fazer coalizão”Lula, “justificando” a aliança com a direita e as oligarquias que sustenta seu governo e a ação para manuter José Sarney na presidência do Senado

charge

Modelos de requerimento para solicitar averbação do período de trabalho exercido em condições insalubres estão disponíveis na página do Sinsprev na internet

O Sinsprev contou com uma delega-ção de 39 aposentados na sessão solene em homenagem ao Dia Nacional e In-ternacional do Idoso e ao 24º aniversário da Confederação Brasileira de Aposen-tados e Pensionistas (COBAP), realiza-da no plenário do Senado no dia 15 de outubro. Durante a sessão, os aposenta-

dos pexigiram o fim do fator previden-ciário – que reduz os benefícios previ-denciários em até 40% e não foi até hoje extinto pelo governo Lula. O Planalto só aceitar acabar com o fator previdenciá-rio substituindo-o por outra fórmula (o fator 95) que vai manter a dificuldade do trabalhador se aposentar.

Aposentados pedem fim do fator previdenciário no Senado

Jorge Freitas/Agência Brasil

Jean, publicado na ‘Folha de S. Paulo’ em 17 de outubro de 2009.

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Página 03 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

XIII ENAPO

Aposentados de todo o país exigem respeito

Entre os dias 7 e 10 de outubro foi realizada em São Paulo a 13ª edição do Encontro Nacional dos Aposenta-dos (ENAPO). Reunindo delegações de quase todos os estados, o evento foi importante para discutir os principais problemas da categoria, crescentemente atacada pelo governo em seus direitos.

A realização do encontro contou com grande mobilização dos aposentados de São Paulo, que fi zeram diversas obser-vações sobre as políticas necessárias à categoria e os caminhos a serem toma-dos nas reivindicações. Organizados em caravanas de diversas cidades, tiveram participação ativa no encontro e seguem fi rmes na luta contra os recentes danos causados pelo governo, como se verifi -cou na mais recente negociação com as centrais, que novamente deixaram na mãos os aposentados.

Ao fi nal da abertura, foi exibido um vídeo produzido pelo Sinsprev em ho-menagem aos aposentados brasileiros, com imagens de diversas cidades e en-contros anteriores da categoria. Antes disso, todos se uniram em um único e emotivo aplauso para “Tia Lourdes”, histórica lutadora da saúde cearense e presente ao encontro, que foi exaltada por diversos falantes como um exemplo de combatividade na categoria.

No debate sobre a conjuntura, os par-ticipantes analisaram a situação enfren-tada pelos aposentados. A mesa contou com as participações de Waldemar Ros-si (ex-metalúrgico e membro da Pasto-ral Operária da Igreja Católica), Athená-goras Lopes (coordenador nacional da Conlutas) e Hélio de Jesus (Fenasps).

Os debatedores ofereceram à platéia

diversos esclarecimentos a respeito da política do governo em variadas áreas que acabam por se refl etir nas vidas dos aposentados. “A sociedade transformou as pessoas e os jovens em meros consu-midores. Caso 20% do valor gasto para sanar a crise fossem destinados a erra-dicar a fome de 1,5 bilhão de pessoas, o problema estaria resolvido. O respiro do sistema é a nossa agonia, com 200 milhões de novos desempregados, a destruição do sistema previdenciário e da aposentadoria. O senado derrubou e o fator previdenciário e o governo que falava em herança maldita o mantém. Graças ao neoliberalismo, o aumento da expectativa de vida acarreta em pu-nição à humanidade, que tem sua apo-sentadoria diminuída”, analisou Athe-nágoras.

Por sua vez, Waldemar Rossi cha-mou a atenção para o fato de movimen-tos combativos estarem sem a mesma

força de outrora por conta da relação de forças dentro das próprias centrais sindi-cais. “É preciso saber que as principais centrais estão na mão do governo, inclu-sive a CUT; das outras centrais criadas por patrões, como a Força, nem falo. Dessa forma, temos que tomá-las tam-bém”, apontou.

Também fazendo menção às políti-cas ofi ciais na crise, Helinho lembrou da dívida previdenciária do governo e destacou que esta tem de ser uma das lutas prioritárias da categoria. “São 152 bilhões de rombo na previdência (o que os empresários sonegam ou é desviado do sistema). São valores que defi nitiva-mente resolveriam nossos problemas. Por isso chamamos a greve este ano, pra defender as 30 horas, plano de carreira, aposentadorias e por aí afora. É por isso que devemos exigir com todas as forças a instalação de uma CPI da previdên-cia”, completou.

Informação e ação: aposentados seguem

ativos na luta

Nos dias seguintes, foram realiza-das outras mesas, que visavam discutir temas relacionados à saúde, além de di-nâmicas de relaxamento e refl exão, que contaram com participação entusiasma-da dos trabalhadores presentes.

No debate sobre DSTs, foi exibido um vídeo de cuidados necessários com a saúde sexual dos idosos, especialmente esclarecendo que tais tipos de contami-nação aumentaram entre pessoas desta faixa-etária.

A discussão sobre o respeito aos di-reitos dos aposentados – especialmente no que diz respeito à isonomia salarial com os ativos, o cumprimento do Esta-tuto do Idoso e garantia de atendimento digno na rede credenciada da Geap - também esteve na pauta.

Entre as resoluções, os aposentados decidiram reforçar as caravanas dos es-tados para participar da manifestação realizada em Brasília no último dia 15, que cobrou do governo o cumprimento dos acordos com o funcionalismo.

Os participantes do encontro também aprovaram resolução defendendo maior presença deste segmento da categoria nas reuniões que envolvem sindicatos e governo. Uma das maiores reclamações dos aposentados era não terem partici-pação em tais acordos, fi cando a rebo-que do que se decide para os ativos.

O 14º ENAPO acontecerá em Belém do Pará, em setembro de 2010. As fotos do 13º Encontro estão disponíveis em www.sinsprev.org.br.

Servidores que dedicaram anos de vida à garantia da seguridade social para a população cobram respeito do governo e maior participação na ação sindical da categoria

Geap enrola para cumprir decisão judicial e STF suspende julgamento de contratos da Fundação

O departamento Jurídico do Sins-prev alerta a todos os servidores da Saúde, Previdência e Anvisa no Esta-do de São Paulo que está valendo a liminar obtida pelo sindicato suspen-dendo a cobrança de mensalidades de dependentes nos planos de saúde oferecidos pela Geap-Fundação de Seguridade Social. Para atrasar o cumprimento da liminar, o governo fez uma petição nos autos do proces-so afi rmando não possuir lista dos as-sociados do sindicato – o que é uma inverdade porque os descontos da sindicalização são comandados pelos ministérios.

Informado da manobra pela ad-

vogada do sindicato que acompanha o processo, Luciane Moreira, o juiz Aloí-sio Sérgio Resende Silveira esclareceu no último dia 21 de setembro que “tal decisão não é restrita aos servidores associados ao autor do processo”. Ou seja, a decisão é válida a toda a cate-goria, inclusive não sindicalizados. O juiz expediu ofícios aos departamentos de Recursos Humanos do Ministério da Saúde, do INSS e da Anvisa para o cumprimento da liminar.

Os servidores que tiveram os des-contos indevidos no contracheque de-vem enviar cópia ao Jurídico do sin-dicato para que seja pedida a reversão dos mesmos. Quem recebeu boleto

para pagamento em banco cobrando mensalidades dos dependentes deve se dirigir à Geap para que seja expedi-do novo boleto respeitando a liminar.

STF - No caso da ação da Fenasps para derrubar o acórdão do Tribunal de Contas da União que restringiu os con-vênios da Geap somente aos ministé-rios da Saúde, Previdência, Dataprev e INSS (o que inviabiliza a sustentação da Geap), o julgamento foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal.

O julgamento foi suspenso devi-do a um pedido de vistas do minis-tro Ricardo Lewandowski. Antes da suspensão o ministro Carlos Brito defendeu a manutenção de todos os

convênios existentes hoje. A ministra Carmem Lúcia posicionou-se contra o voto do relator.

No dia do julgamento, várias em-presas privadas de saúde (Amil, Gol-den Cross, etc) estiveram presentes e tentaram inclusive fazer defesa oral no processo – o que foi vetado pelo relator. Isso mostra o quanto o des-monte da Geap é uma política dos empresários da saúde privada.

A diretoria da Fenasps continuará realizando mobilizações e conversas com os ministros do STF para que evitar uma decisão que coloque em risco a vida de mais de 250 mil asso-ciados à Geap.

Manoel Messina

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Fenasps prepara jornada de lutas em novembro

Diante da intransigência do governo, a direção da federação nacional (Fenasps) está convocando uma jornada nacional de lutas, com a realização de uma Marcha da Seguridade e do Seguro Social a Brasília.

Além do calendário de novembro, entre os dias 11 e 13 de dezembro será realizada a 7ª Plenária Nacional Estatutária da Fenasps, que discutirá temas como a reorganização, plano de lutas, carreiras, saúde do trabalhador, assé-dio moral e a convocação do XIV Congresso da Fenasps. O Sinsprev reali-zará assembleia para eleger os delegados de São Paulo em 19 de novembro.

Calendário de atividades da Fenasps no mês de novembro:

17/11 - Atividades no Congresso Nacional e no aeroporto de Brasília

18/11 - Marcha da Seguridade e do Seguro Social

19/11 - Mobilização no Congresso Nacional

Luta por direitos no INSSPágina 04 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

IMA GDASS ameaça servidores de redução salarialOrientações sobre como enfrentar opressão das chefi as, aumento da jornada e imposição da produtividade serão debatidas no Encontro Setorial do INSS que acontece no dia 7 de novembro, na sede do sindicato (Rua Antônio de Godoy, 88 - 2º andar)

Passados mais de 90 dias do fi m da greve no INSS, o governo Lula segue enrolando para cumprir os compromis-sos estabelecidos por sua base aliada no Congresso Nacional em relação às reivindicações dos servidores. As ne-gociações não foram reabertas, os des-contos sobre salários e as multas contra as entidades não foram anistiados e o Ministro da Previdência, José Pimen-tel, se nega até mesmo a dialogar com os trabalhadores.

Por outro lado, a situação nos locais de trabalho tem se tornado dramática, com o aumento da jornada e dos agen-damentos, além da pressão para manter o IMA/GDASS abaixo dos 45 dias. No primeiro ciclo de avaliação, que se en-cerra agora em novembro, praticamen-te todas as gerências atingiram a meta estabelecida no mês de maio. Porém, segue a pressão para que os índices bai-xem para menos de 45 dias. Com isso, também se mantém a pressão para que

os funcionários trabalhem nos fi nais de semana a fi m de “socorrer” as gerên-cias que não estão dentro da meta.

“Está evidente que a intenção do governo é iniciar o próximo ciclo de avaliação com todos abaixo de 45 dias no IMA/GDASS. A conseqüência é que quem terminar o próximo ciclo aci-ma de 45 dias estará sujeito a receber zero da GDASS institucional”, ressalta a diretora do Sinsprev Rita de Cássia Pinto. As conseqüências da política governamental de atingir as metas a qualquer custo têm sido sentidas dire-tamente pelos servidores.

Aumento do adoecimento – Vêm se multiplicando as licenças mé-dicas e o desgaste físico e psicológico dos funcionários, com refl exos na vida familiar e nos estudos dos servidores. Para piorar, o governo tenta limitar os períodos de afastamento dos funcioná-rios, assim como faz com os segurados sujeitos à “alta programada”.

Aumento dos processos con-tra funcionários – Tem aumentado a demanda no departamento Jurídico do Sinsprev por conta de ações contra funcionários que, muitas vezes, para garantir as metas de atendimento, se submetem a exigências das chefi as e depois são responsabilizados, inclusive com ameaças de demissão.

Aceleração dos pedidos de aposentadoria – Muitos trabalha-dores estão antecipando o pedido de aposentadoria por não suportarem o au-mento da pressão no local de trabalho e a extensão da jornada para 40 horas. Quem continua trabalhando fi ca sujeito a condições cada vez mais precárias.

Aumento da precarização do trabalho e vale refeição insufi-ciente – A extensão da jornada trouxe ainda outros problemas: os postos do INSS não têm o mínimo de estrutura sequer para que os servidores façam as refeições em ambientes adequados.

Pimentel reafirma intransigência contra a

categoria

No último dia 28 de outubro o mi-nistro da Previdência, José Pimentel, recebeu dirigentes da federação nacio-nal (Fenasps) em audiência articulada pela deputada federal Goerete Pereira (PR/RN). Mais uma vez o ministro mostrou a intransigência e o desrespei-to do governo aos direitos dos servido-res do INSS.

Ao ser cobrado pelos representantes da Fenasps sobre o cumprimento do termo de acordo assinado em 8 de julho deste ano pelos parlamentares da base do governo, Pimentel disse não vai de-terminar a instalação de novos Grupos de Trabalho para discussão da jornada de 30 horas, composição da GDASS, condições de trabalho e desvios de fun-ção. Pimentel também não recuou do desconto dos dias parados.

Diferente dos demais órgãos pú-blicos, o INSS implantou o ponto ele-trônico como forma de intensificar o controle sobre o ritmo de trabalho – como já acontece por exemplo nas empresas de telemarketing - e impor as 40 horas.

O mecanismo aumenta ainda o con-trole das chefi as sobre os trabalhadores, e tem resultado até mesmo na proibição de que os servidores se ausentem por algum período do local de trabalho para realizar exames ou consultas médicas. Os servi-dores que precisam se retirar por uma ou

duas horas do local de trabalho têm sido forçados a pedir atestados médicos para liberação de todo o dia ou sofrem des-contos quando o médico avalia que não é necessária a dispensa do ponto. Ou seja, o trabalhador é duplamente penalizado.

A política de controle difi culta tam-bém a atuação sindical e a organização da mobilização e da luta para mudar a realidade atual.

Além disso, o INSS avança no cami-nho da ilegalidade ao estabelecer como único mecanismo de apuração da assidui-dade do funcionário o ponto eletrônico.

O dispositivo sequer é previsto em lei. A portaria 556/03 do Ministério do Traba-lho facultou o controle eletrônico da jor-nada de trabalho, mas exige a adoção de folhas de freqüência manuais, garantindo o controle do trabalhador sobre a jornada cumprida e paga.

A 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (em Minas Gerais) recentemen-te considerou inválido o controle eletrô-nico adotado por uma empresa do ramo ferroviário por não ser acompanhado de folha de freqüência manuscrita.

O departamento jurídico da Fenasps

prepara orientação quanto às medidas de proteção ao direito dos servidores.

As chefi as no INSS vêm divulgando por e-mail a intenção de descontar dos servidores concursados de 2004 o perío-do em que executaram jornada de 30 ho-ras semanais sem redução salarial.

Os advogados do Sinsprev conside-ram tal determinação ilegal, pois os efei-tos da liminar valem no período anterior à suspensão. O Jurídico está tomando as providências junto ao juízo da ação, re-querendo que o mesmo determine o não desconto enquanto a liminar valeu.

Ponto eletrônico: mais pressão no trabalho

O auxílio alimentação (hoje em R$ 143,99 no INSS) não permite que os servidores se alimentem dignamente em estabelecimentos comerciais, pois o valor diário é de R$ 6,55 – é o fami-gerado “vale-esfi ha”.

As diretorias da Fenasps e dos sin-dicatos estaduais têm exigido durante as greves e nas audiências com o go-verno o aumento do valor do auxílio alimentação. Diante da ameaça de vá-rios setores do funcionalismo entrarem em greve exigindo o cumprimento dos acordos assinados com o governo, e em função da luta dos trabalhadores do INSS, Saúde e Anvisa, o governo

está anunciando a possibilidade de au-mentar o valor do benefício. Já haveria R$ 930 milhões reservados para o au-mento em todas as carreiras do Execu-tivo a partir de janeiro.

No dia 26 de outubro, o relator do projeto de lei orçamentária da União para 2010, deputado Geraldo Magela (PT-DF), propôs em seu relatório um reajuste dos valores do auxílio alimen-tação pagos aos servidores do Exe-cutivo. Pela proposta, os os valores poderão fi car entre R$ 256 e R$ 330, se o Congresso Nacional aprovar a medida. O último reajuste do benefí-cio aconteceu em 2004.

Lutar pelo reajuste do auxílio alimentação

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Página 05 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

Luta por direitos no INSS

IMA GDASS ameaça servidores de redução salarial

Desde o último dia 12 de outubro o jornal “O Estado de S. Paulo” vem di-vulgando reportagens sobre uma onda de suicídios na telefônica francesa France Telecom. A empresa já foi estatal e hoje é gerida pela iniciativa privada. No dia 16 de outubro uma funcionária se jogou da ja-nela do sexto andar do edifício. Foi o 25º na mesma empresa.

Em 14 de julho um engenheiro da em-presa também atentou contra a própria vida e deixou uma carta onde defi ne a razão de um ato desesperado e defi nitivo: “sobre-carga de trabalho”, “gestão pelo terror”, “Eu me suicido por causa do meu trabalho

na France Telecom. É a única causa”.Nem a onda de tragédias se abatendo

sobre os trabalhadores fez com que a em-presa revisse sua metodologia, sendo que o diretor vice-presidente declarou tratar-se de “uma moda” a onda devastadora de suicídios que atinge os trabalhadores da empresa.

Após sua privatização em 2004 um “choque de gestão” promovido pela nova direção impôs aos trabalhadores pressões por demissões voluntárias, aposentadorias precoces e metas de produtividade, favo-recendo a competitividade e a inovação. O resultado é a catástrofe se abatendo sobre

os trabalhadores.Este é apenas um exemplo, e vem a

público no centro do sistema capitalista, um dos países do G7. Vale lembrar que por aqui, recentemente, tivemos os casos de mortes por esgotamento nos canaviais e o adoecimento constante nos locais de trabalho em função do aumento do ritmo de trabalho e da extensão de jornadas.

Esta realidade na França mostra a ne-cessidade de organização e mobilização dos trabalhadores nos locais de trabalho para impedir que a imposição de metas e a prática do assédio moral venha a levar os trabalhadores ao esgotamento.

Esta é uma situação limite, onde os trabalhadores estão expostos há anos às agressões e formas de violência no traba-lho, que tem como principal característica a redução do quadro de funcionários para uma demanda cada vez mais crescente, além da prática de colocar trabalhadores mais novos em disputa com trabalhadores que estão próximos de se aposentar após ter cumprido mais de 30 anos de trabalho. Interessa na prática isolar os trabalhado-res exercendo pressões diferenciadas para cada grupo, de acordo com os interesses do patrão (que no caso da categoria é o governo).

“Choque de gestão” em ex-estatal francesa leva 25 trabalhadores ao suicídio em 20 meses

deu no Jornal

Ana Paula Lopes*

Por mais paradoxal que possa pa-recer, pesquisas atuais têm apontado que o desenvolvimento do progresso técnico, através da informatização, não tem signifi cado, de um modo ge-ral, qualidade de vida para os traba-lhadores. Muito pelo contrario, esse desenvolvimento tem sido pautado pelo aumento do desemprego e redu-ção do número de postos de trabalho, por um lado, e intensifi cação do rit-mo de trabalho, por outro, intervindo sobre a saúde dos que trabalham.

Exemplo disso pode ser observa-do nos casos das LER/DORT (Le-são por Esforço Repetitivo/ Distúr-bio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), que são hoje a principal causa de afastamento no trabalho no mundo.

O cumprimento de tarefas re-petitivas, com fortes exigências de atenção e sob permanente pressões e tensões faz com que o trabalho automatizado seja penoso e sofrido para aqueles que o executam. Nes-

se sentido, as formas de produção automatizadas, as exigências e orga-nização do trabalho (divisão do tra-balho, conteúdo da tarefa, sistema hierárquico, modalidades de coman-do, das relações de poder, etc) inter-ferem não somente na fi siologia do corpo do trabalhador, mas também sobre sua saúde mental. Portanto, não são raros, os casos de depressão, transtornos de estresse e ansiedade relacionados ao trabalho na contem-poraneidade.

São muitos os efeitos nocivos que a intensifi cação do trabalho e o pro-longamento da jornada de trabalho trazem para a saúde e vida dos traba-lhadores. É importante lembrar que geralmente os sintomas do adoeci-mento pelo trabalho são de evolução insidiosa até serem claramente perce-bidos pelos próprios trabalhadores ou pela família. Inicialmente, poder-se-ia reconhecer um estágio de mal-estar e de tensão, um desconforto psíqui-co e emocional, que ainda não pode ser considerado patologia. Identifi car precocemente esse estágio signifi ca

estar atento aos estados de ansiedade, tensão, fadiga, cansaço, distúrbios do sono e a contaminação involuntária do trabalho no tempo de lazer.

Com o passar dos anos, se não é possível modifi car as situações de tra-balho adoecedoras, poderão surgir transtornos psiquiátricos, com lon-gos períodos para recuperação. Essas formas de adoecimento reduzem a produtividade, a qualidade do traba-lho e aumentam os índices de licenças médicas e absenteísmo. Alem do que, interferem sobremaneira nas relações familiares e afetivas dos trabalhado-res, sendo comum a disseminação do sofrimento para além do espaço do trabalho.

As formas de gerenciamento do trabalho na contemporaneidade, tan-to na iniciativa privada, quanto no setor público, não têm privilegiado a saúde e qualidade de vida dos tra-balhadores. Pelo contrário, muitas delas favorecem a institucionalização de uma violência oculta no trabalho, como já disse o prof. Herval Pina Ri-beiro e Margarida Barreto.

A tomada de decisões sobre o tra-balho sem a participação dos traba-lhadores é uma das formas comuns de gestão do trabalho. Por vezes, en-contramos modos de gerenciamento autoritário e antiéticos, nos quais pre-dominam os desmandos, a manipula-ção do medo e a competitividade.

Nesses casos, temos um terreno propício para a exposição dos traba-lhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolon-gadas durante a jornada de trabalho, caracterizadas como assédio moral no trabalho, que gera uma tensão inter-pessoal e modos de sofrimento diante da situação. Concluindo, acreditamos que a democratização das relações de trabalho é o elemento fundamental da discussão, sem a qual propostas de modernização e informatização, serão nomes novos para problemas arcaicos.

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Ana Paula Lopes, psicóloga, é doutoranda em Saúde Coletiva pela Escola Paulista de Medicina/Universi-dade Federal de São Paulo (Unifesp).

A “modernização” do mundo do trabalho e a saúde do trabalhador

artigo

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Página 06 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

Saúde

Fórum popular da saúde reforça luta contra a privatização

No dia 24 de setembro foi lançado, na sede do Sinsprev, o Fórum Popular de Saúde no Estado de São Paulo. Di-versas entidades e movimentos sociais decidiram construir ações coordena-das contra a privatização da saúde, o modelo de gestão pelas organizações sociais (OSs), as terceirizações, o as-sédio moral aos funcionários públicos e em defesa de atendimento de quali-dade para a população.

O deputado estadual Raul Marcelo, que foi sub-relator sobre organizações sociais na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, entre setem-

bro de 2007 e junho de 2008, partici-pou da atividade e colocou o mandato

à disposição da promover iniciativas e denúncias do processo de privatização da saúde no Estado.

A próxima reunião do Fórum Po-pular de Saúde será no próximo dia 12 de novembro, às 19 horas, também na sede do Sinsprev. O sindicato é uma das entidades que impulsionam o fun-cionamento do Fórum e a diretoria do Sinsprev buscará envolver outras enti-dades na articulação.

Sinsprev é linha de frente da defesa da Saúde pública

A luta contra a privatização das unidades de Saúde pelos governos fe-deral e estadual segue sendo uma das prioridades da diretoria do Sinsprev. Como aconteceu quando foi fecha-do o PAM Centro, quando os PAMs Heliópolis e Maria Zélia foram entre-

gues a organizações sociais e em todo o processo que enfrenta o desmonte do Hospital Brigadeiro.

Agora, o Brigadeiro está na mira do governo Serra, após a aprovação na Assembléia Legislativa do projeto de lei 62/08, que abriu as portas da saúde para as OSs de vez permitindo a entrega inclusive de unidades já em funcionamento para gestão privada. O próprio governo vem declarando que seu principal objetivo com a nova lei é privatizar a administração do Hos-pital Brigadeiro. O resultado desse processo já vem sendo sentido pelos servidores e usuários (clínicas foram fechadas, trabalhadores contratados pela Lei 500 estão ameaçados de de-missão, médicos foram afastados e o atendimento à população transfor-mou-se num verdadeiro caos).

Sinsprev é uma das entidades impulsionadoras do Fórum Popular de Saúde e chama a categoria a participar

Servidores de São Paulo participam de ato nacional contra o PLP 92/07

Sinsprev e servidores enfrentam assédio moral no Hospital Ipiranga

Os servidores do Hospital Ipiranga vivem a mesma situação dos colegas das demais unidades de saúde do Estado em razão da política privatista dos governos federal e estadual. No Ipiranga, o laboratório está sendo terceirizado, chefi as estão sendo trocadas ao bel prazer da administração e o assédio moral aumentou. Os laboratoristas têm sido obrigados a cumprir outras funções, como distribuição de senhas e serviços administrativos.

Para enfrentar esse processo os trabalhadores vêm se organizando e a direção do Sinsprev pediu audiências com a direção do Hospital e o Minis-tério da Saúde.

Após receber uma comissão de servidores, da qual participou o diretor do Sinsprev Claudio José Machado e o advogado Cassio Lavorato, a diretora técnica de Departamento da unidade, Ana Maria Habraão Thomaz Chaddad, aceitou discutir a possibilidade dos servidores serem lotados em outras unidades, de acordo com sua preferência, fato importante na garantia dos direitos desses trabalhadores.

O Ministério da Saúde ainda não confi rmou a data da audiência.

Como parte da campanha contra a privatiza-ção da saúde, a diretoria do Sinsprev chama toda

a categoria a recolher assinaturas para o abaixo-assinado que vem sendo apoiado por diversas ca-tegorias, inclusive do setor privado. O sindicato também destaca o processo vivido em Araraquara, onde os servidores vêm barrando a implantação de uma OSCIP para gerenciar o pronto socorro local, contando inclusive com o apoio popular.

O abaixo-assinado pode ser impresso na página do sindicato na internet (www.sinsprev.org.br).

Também será realizado um ato no Hospital Heliópolis na 2ª quinzena de novembro (assim que a data for defi nida será informada na página do sindicato na internet).

Em reunião com a direção da unidade, servidores questionam desmonte do laboratório e desvio de função imposto a laboratoristas * Diretoria do Sinsprev cobra respeito a trabalhadores e pede audiência com o Ministério da Saúde

deFesa de direitos

Plenária de lançamento do Fórum Popular de Saúde

Manoel Messina

Jesus Carlos

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Página 07 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

Fórum popular da saúde reforça luta contra a privatização

Saúde

Jurídico conclui processo de execução dos 3,17% na saúde

Os valores acordados com o Minis-tério da Saúde na ação que reivindica os 3,17%, conforme decisão de assem-bléia da categoria, já foram apresenta-dos pelo Jurídico do Sinsprev em juízo e a Advocacia Geral da União já foi

notifi cada pelo Judiciário. Aguarda-se agora a liberação dos requisitórios de pagamento pelo juiz responsável pelo processo.

Após a liberação dos RPVs, o Tri-bunal Regional Federal da 3ª Região

terá de efetuar o pagamento por meio de uma conta individualizada para cada servidor a ser aberta pelo próprio Judi-ciário na Caixa Econômica Federal.

A ação que busca o pagamento dos 3,17% devidos aos servidores do INSS já transitou em julgado e o os advoga-

dos do Sinsprev iniciarão a execução imediatamente. O processo demorou mais que o da Saúde porque a Procura-doria do INSS recorreu da decisão que reconhecia o direito, contra orientação do próprio governo (expressa na súmu-la administrativa 9, da AGU).

JORNAL DO SINSPREV é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo. - Filiado a Fenasps Jornalista responsável: Luciana Araujo (MTb: 39715). Jornalista: Gabriel Brito. Editoração Eletrônica: Leon Cunha (Mtb 50.649). Fotolitos e Impressão: Editora Forma Certa. Tiragem: 23 mil exemplares. Endereços: Sede Capital – Centro: Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar – Centro - Fone: (11) 3352-4344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01034-000. Sede Capital – Aclimação: Rua Senador Felício dos Santos, 404 – Aclimação - Fone: (11) 3207-9344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01511-010. Sub-Sede de Guarulhos: Rua Dr. Eloy Chaves, 208 - Vila Sorocabana - Guarulhos – SP - Fone (11) 2421-0175 - CEP: 07024-181. Delegacia Regional de Araçatuba: Rua Euclides da Cunha, 48 – Araçatuba - Fone/Fax: (18) 3625-9002 - E-mail: [email protected] - CEP: 16015-453. Delegacia Regional da Baixada Santista: Av. Bernardino de Campos, 145ª - V. Belmiro – Santos - Fone (13) 3221-3028 - E-mail: [email protected] - CEP: 11065-001. Delegacia Regional de Marilia: Rua Julio de Mesquita, 112 – Jd Maria Izabel – Marilia - Fone/Fax: (14) 3433-8159 - E-mail: [email protected] - CEP: 17515-230. Delegacia Regional de Piracicaba: Av Armando Salles Oliveira, 642 – Centro – Piracicaba - Fone/Fax (19) 3433-3920 ou 3434-3309 - E-mail: [email protected] - CEP: 13400-010. Delegacia Regional de Presidente Prudente: Rua Francisco Machado de Campos, 503 - Vila Nova - Presidente Prudente - Fone (18) 3223-1800 - E-mail: [email protected] - CEP: 19010-300. Delegacia Regional de Ribeirão Preto: R. Amador Bueno, 983 – Centro - Ribeirão Preto - Fone/Fax (16) 3625-3228 - E-mail: [email protected] - CEP: 14010-070. Sub-Sede de Barretos: Rua Avenida 13, 570 – Centro - Barretos – SP - Fone (17) 3323-6859 - E-mail: [email protected] - CEP: 14780- 615. Delegacia Regional de São José do Rio Preto: Avenida Pady Bassit, 3355 (fundos) - Centro - CEP 15015-700 - Fone/Fax (17) 3215-3648 e-mail: [email protected]. Delegacia Regional do Vale do Paraíba: Rua Mauricio Diamante, 45 – Jd Matarazzo – São José dos Campos - Fone/Fax: (12) 3923-9037 - E-mail: [email protected] - CEP: 12209-570. DIRETORIA COLEGIADA - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO: Gilmar Rodrigues Miranda, Irene Guimarães dos Santos, Regina Célia Porfírio de Lima Silva. SECRETARIA DE APOSENTADOS: José Aparecido Antunes, Gilberto Silva, Nair de Castro Almeida Chirico. SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS: Gilberto dos Santos, Ângela Laucia Piva Ruiz Dias, Sueli Domingues. SECRETARIA CULTURAL E DE POLÍTICAS SOCIAIS: José Rubens Decares, Maria do Carmo Simões de Oliveira, Mauricio Ariovaldo Amalfi. SECRETARIA DE DELEGACIAS E NÚCLEOS: Rita de Cássia Pinto, Nélson Novaes Rodrigues, Gilceli Leite Lima. SECRETARIA DE FINANÇAS: Deise Lucia do Nascimento, Rita de Cássia Assis Bueno, Junia da Silva Gouvea. SECRETARIA DE FORMAÇÃO SINDICAL E POLÍTICA E RELAÇÕES INTER-SINDICAIS: Josineide Noleto Aguiar, Vinicius Vasconcelos, Marcio Villano Bottini. SECRETARIA DE IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Manoel Moreira da Costa, Roseli Queiroz de Almeida, Dina dos Santos Neres. SECRETARIA DE SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: Cristiano dos Santos Machado, Cláudio José Machado, Sueli Dias Pereira. SUPLENTES: Inez Alquati, Josias de Jesus, Fernando Camargo Obici, Patrícia Rodrigues Faria, Fábio Antonio Arruda. CONSELHO FISCAL: Duílio Manoel dos Santos, Marcelo Gomes de Santana, Fátima Rosário Melito, Regina Maria Catira, Camilo de Lellis Zanduzzo. SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL: Maria Aparecida da Silva, Igor Lima Vieira Pinto.

Servidores fi nalmente terão garantido direto pelo qual lutam há 14 anos * Execução no INSS será iniciada

Sinsprev oferece aulas gratuitas de práticas corporais chinesas à categoria

O Sinsprev coloca à disposição da categoria, todas às quintas-feiras a partir deste mês, aulas gratuitas de práticas corporais chinesas. Serão ministradas aulas de Lian Gong (lê-se Lian Cun) em 18 terapias e Dao Yin Bao Jian Gong (lê-se Tao In Pao Jien Cun). O Lian Gong é um programa que visa a prevenção e o tratamento de dores no pescoço, ombros, cintura e pernas. O Dao Yin Bao Jian Gong é uma série de 8 exercícios para tratar enfermidades crônicas não transmissíveis, promo-ção e manutenção da saúde. As aulas terão duração de uma hora, a partir das 8 horas da manhã e às 20 horas.

Inscrições com a funcionária Roberta pelo telefone (11) 2421-0175. A instrutora será a diretora do Sinsprev Roseli Queiroz, que é formada em Ciências Físicas e Biológicas pela Faculdade de Ciências e Letras de Guarulhos e foi professora de Dao Yin no curso de formação da Secretaria Municipal de São Paulo e no CEREST de Guarulhos.

subsede de guarulhos

Governo engessa debate sobre a carreira da Saúde e veta participação da Fenasps em GT

carreira

Há anos a Fenasps e os ser-vidores da Saúde discutem parâ-metros para a implantação de um plano de carreiras que contemple a paridade salarial entre ativos e aposentados, incorporação das gratifi cações aos salários, polí-ticas objetivas de progressão sa-larial e apontamentos na direção da carreira única dos servidores do SUS. Os sucessivos governos, incluindo o de Lula, no entanto, vêm bloqueando este debate e avançando na retirada de direitos.

Agora, como resultado do des-monte promovido pelos gover-nos, servidores da Funasa e da DRT vêm discutindo a criação de carreiras destes segmentos, o que se enquadra na luta de todas as categorias envolvidas nas discus-sões, reforçando a importância de maior unidade dos servidores.

Na opinião da diretoria do Sinsprev essa opção por lutas es-pecífi cas enfraquece e fragmenta ainda mais os trabalhadores da saúde, favorecendo a retirada de direitos daqueles que se dividi-rem e o avanço da privatização do

setor. Além do mais, o governo novamente excluiu a Federação das mesas de negociação, o que praticamente cala as reivindica-ções dos servidores a ela ligados e que mantêm posturas mais com-bativas.

Em maio deste ano o deputa-do Maurício Rands (PT-PE) apre-sentou à Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Cons-tituição 362/09, que visa tornar obrigatória a implantação de piso salarial e plano de carreira para os trabalhadores do SUS, de todas as especialidades.

A proposta, no entanto, não deixa explícito como isso ocorre-rá nem defi ne as obrigatoriedades da União, estados e municípios nessa questão. Os trabalhadores da saúde seguem exigindo a reali-zação de concursos públicos para suprir as necessidades do setor e o atendimento da pauta de reivin-dicações (plano de carreira, ante-cipação da parcela dos 47,11% do PCCS para março de 2010, pari-dade na GDPST, fi m do assédio moral e das privatizações).

Encontro dos servidores da Saúde, em julho

Manoel Messina

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A marcha em homenagem ao Dia da Cons-ciência Negra (20 de novembro) deste ano acontecerá no Centro da Capital paulista. A con-centração terá início às 10 horas, no Largo do Paissandu (bem próximo à sede do Sinsprev).

Às 15 horas a marcha seguirá pela rua Xa-vier de Toledo e será encerrado em frente ao Teatro Municipal. O Dia da Consciência Ne-gra é a marca da luta contra o racismo e a opressão capitalista no Brasil. E a diretoria do Sinsprev chama toda a categoria a participar.

Página 08 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 265 03 de novembro de 2009

Lutas e Mobilizações

Diretoria discute reorganização sindical

Jornal do Sinsprev abre debate sobre rumos do sindicalismo junto à categoria, apresentando posições em debate na diretoria

Esta edição do Jornal do Sinsprev abre com a cate-goria um debate acerca do processo de reorganização sin-dical colocado a partir do esgotamento da Central Única dos Trabalhadores como ferramenta de luta e organização da classe. Há vários anos a maioria da direção da CUT vinha impondo uma dinâmica à Central que afastava a entidade de seus princípios de fundação, como a indepen-dência de classe, a defesa dos direitos dos trabalhadores e do socialismo.

Na década de 1990, quando a CUT passou a receber dinheiro FAT, esse processo se acirrou. Um marco disso foi a anuência do então presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva (o Vicentinho) à reforma da Previdência de FHC – que criou o fator previdenciário e instituiu a aposenta-doria por tempo de contribuição ao invés do tempo de serviço aliada ao critério da idade mínima.

Com a eleição do governo Lula, a Central passou de malas e bagagens para os braços do Planalto e ajudou a construir a proposta de “reforma” sindical e trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores. E também entregou os direitos dos servidores públicos quando o governo im-pôs a “reforma” da Previdência, que acabou com a apo-sentadoria especial e taxou os servidores aposentados.

Por isso, a última plenária estatutária da Fenasps aprovou convocar um plebiscito no qual a categoria em todo o país decidiu pela desfi liação da Federação à Cen-tral. E o 10º CONSINSPREV aprovou também a ruptura com a CUT e abertura do debate sobre a necessidade de construção de novas ferramentas de organização sindical da classe trabalhadora.

Nos textos abaixo você pode conferir as opiniões existentes hoje no interior da diretoria do sindicato.

TRÊS VISÕES SOBRE A REORGANIZAÇÃO SINDICAL EM DEBATE NA DIRETORIA DO SINSPREV

Reorganização do movimento sindical/popular

O funcionalismo público tem sido um dos prin-cipais alvos do governo Lula, amargando ataques a direitos com a colaboração de direções gover-nistas, vide a CUT. Hoje, a CNESF (Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais) encontra-se esvaziada e boicotada por essas di-reções e passa por uma nova reestruturação, buscando a unificação. A CONLUTAS encampa a construção de nova ferramenta sem governos ou patrões e que de fato construa/organize a luta dos trabalhadores públicos, privados, movimento popular, estudantes e setores oprimidos da nossa sociedade. É preciso unir todos em defesa dos sa-lários, empregos, aposentadorias/pensões, direito de greve, educação, saúde, moradia, redução da carga horária e fim do fator previdenciário, alta programada, demissões, assédio moral. Achamos imprescindível a unificação da CONLUTAS, INTER-SINDICAL e demais movimentos.

O Seminário Nacional unificado dias 1 e 2/nov/2009/SP apontou para um Congresso em 2.010 rumo a uma nova central.

Militantes da Conlutas na diretoria

1º de Maio na Praça da Sé: sem governo e sem patrões 20 de noveMbro

Marcha da Consciência Negra

Contra a criminalização do MST

Nas últimas semanas os ruralistas e a grande mídia desencadearam uma nova ofensiva contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). A principal iniciativa da manobra é uma CPI para “investigar” o Movimento, requentada após a ocupação de terras públicas griladas pela multinacional Cutrale no interior do Estado.

A diretoria do Sinsprev se soma à luta pela re-forma agrária no país e denuncia esta nova ofen-siva como mais um ataque contra os pobres e aqueles que lutam em defesa dos seus direitos.

Nova Central: um novo marco para a luta sindical

O Seminário da Reorganização realizado nos dias 1º e 2/11 em São Paulo marcou um CON-CLAT (Congresso da Classe Trabalhadora) para junho de 2010 para fundar uma nova Central da Classe Trabalhadora. É um novo patamar, uma nova referência para a organização da nossa clas-se na luta contra o Capital, seus governos e para construir uma alternativa real às centrais sindicais que dão sustentação à patronal e aos governos.

Somos conscientes de que o período é difícil: há um brutal ataques aos direitos da classe trabalha-dora, criminalização dos movimentos sociais sociais e da pobreza - patrocinados pelo grande Capital e operada pelos governos federal e estaduais. O lulismo tem grande peso no movimento sindical e popular pela cooptação das centrais sindicais pele-gas, incluindo a CUT. Por isso, foi um grande acerto apontar a fundação de uma Central que possa ser outra referência de luta e organização, sem hesitar e sem tergiversar diante do governo e da CUT.

Esse é o sentido do esforço que já une a maior parte da Intersindical, a Conlutas, o MTST, a Pasto-ral Operária, o MTL e vários outros setores sindicais e populares do Brasil.

Militantes da Intersindical: rumo à Nova Central

Intersindical: Instrumento de luta e organização da classe

A Intersindical foi construída por setores comba-tivos do movimento sindical que entenderam a ne-cessidade de retomar a organização dos trabalha-dores à partir dos locais de trabalho, independente dos governos, patrões e dos partidos, construindo na ação unitária e solidária o acumulo de forças necessário para superar a fragmentação e o corpo-rativismo que tem sido a marca do movimento sin-dical nas últimas décadas. A Intersindical dividiu-se em 2008 diante da polêmica sobre a urgência da criação de uma nova central. Entendemos que o processo de reorganização exige ações concretas onde o enfrentamento se dá de fato, nos locais de trabalho, na luta pela terra, por moradia, para que possamos novamente acumular forças e retomar a iniciativa de combate, a autonomia necessária para impor derrotas aos patrões e governos. Uma nova central deve ser produto do movimento vivo da classe trabalhadora. Os trabalhadores devem ser parte ativa na construção dos instrumentos que possam organizar e dirigir nossa luta diante dos desafios que nosso tempo histórico nos exige. Re-alizaremos nosso encontro nacional nos dias 28 e 29 de novembro de 2009.

Militantes da Intersindical no Sinsprev