8
MP 341 é editada e sai novo termo de opção: Sinsprev orienta assinatura PCCS da Saúde/47,11% Mudanças na medida provisória e no termo de opção são vitórias da mobilização da categoria, que contou com forte participação de São Paulo * Direção do Sinsprev vai continuar acompanhando andamento do acordo do PCCS da Saúde e organizando a categoria para buscar a redução do parcelamento (página 5) J o r n a l d o SIN SP REV Publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo - Nº 238 - Filiado à FENASPS e CNTSS/CUT GESTÃO MUDANÇA JÁ! 2005-2008 www.sinsprev.org.br Sinsprev exige incorporação das gratificações e carreira INSS Mobilização da categoria arrancou compromisso de liberar verbas para reajustes, mas governo mantém ‘produtivismo’. Luta deve continuar para barrar avaliações de desempenho, incorporar gratificações e garantir um verdadeiro Plano de Carreira. Página 4 DESTAQUES: Balanço 2006 Sinsprev apresenta prestação de contas de 2006 à categoria. Caderno Especial FGTS Sai nova lista de beneficiados. Corra para trazer os documentos necessários ao sindicato. Página 03 Fenasps Conheça nesta edição as principais resoluções da plenária estatutária ampliada da federação nacional e leia informes sobre o que aconteceu durante os debates Página 08 Sindicato organiza ato em defesa dos aposentados 24 DE JANEIRO - DIA DO APOSENTADO A Comissão de aposentados do Sinsprev decidiu realizar um ato em defesa dos direitos dos aposenta- dos no próximo dia 24 de janeiro (Dia do Aposentado), às 10h em frente à agência Xavier de Toledo. Haverá a distribuição de material para dialogar com a população sobre o assunto. Essa foi a prin- cipal decisão da reunião setorial acontecida no último dia 10 na nova sede do sindicato. Servidores da ativa encamparam proposta. A diretoria do Sinsprev articula com outros sindicatos e movimen- tos a ampliação desta luta. Além desse debate, a reunião dos aposentados também discu- tiu a demanda do segmento por convênios que propiciem espaços de lazer. Foi proposta a realização de convênios com clubes e outros locais de entretenimento. A comis- são analisa propostas e, em breve, serão oferecidos locais de confra- ternização e divertimento aos apo- sentados, que sempre participam ativamente das lutas da categoria. ATO PÚBLICO EM DEFESA DOS APOSENTADOS DIA 24 DE JANEIRO 10 HORAS INSS XAVIER DE TOLEDO Assembléia Estadual do Sinsprev Dia 09 de fevereiro às 17 horas Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - centro Seminário sobre aposentadoria Dia 10 de fevereiro às 10 horas Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - centro Pressão da categoria sobre o governo foi fundamental para corrigir distorções Foto: Célio Azevedo

J o r n a l d o SINSPREV · Social, à aposentadoria e aos seus direitos trabalhistas. Seriam esses os grandes res-ponsáveis pelas mazelas do país, pelo baixo crescimento econômico

  • Upload
    buidung

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

MP 341 é editada e sai novo termo de opção: Sinsprev orienta assinatura

PCCS da Saúde/47,11%

Mudanças na medida provisória e no termo de opção são vitórias da mobilização da categoria, que contou com forte participação de São Paulo * Direção do Sinsprev vai continuar acompanhando andamento do acordo do PCCS da Saúde e organizando a categoria para buscar a redução do parcelamento (página 5)

J o r n a l d o

SINSPREVPublicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo - Nº 238 - Filiado à FENASPS e CNTSS/CUT

GESTÃOMUDANÇA

JÁ!2005-2008

www.sinsprev.org.br

Sinsprev exige incorporação das gratificações e carreira

INSS

Mobilização da categoria arrancou compromisso de liberar verbas para reajustes, mas governo mantém ‘produtivismo’. Luta deve continuar para barrar avaliações de desempenho, incorporar gratificações e garantir um verdadeiro Plano de Carreira.

Página 4

DESTAQUES:

Balanço 2006Sinsprev apresenta prestação de

contas de 2006 à categoria.Caderno Especial

FGTSSai nova lista de beneficiados.

Corra para trazer os documentos necessários ao sindicato.

Página 03Fenasps

Conheça nesta edição as principais resoluções da plenária estatutária ampliada da federação nacional e leia informes sobre o que aconteceu durante os debates

Página 08

Sindicato organiza ato em defesa dos aposentados24 de jaNeIro - dIa do apoSeNtado

A Comissão de aposentados do Sinsprev decidiu realizar um ato em defesa dos direitos dos aposenta-dos no próximo dia 24 de janeiro (Dia do Aposentado), às 10h em frente à agência Xavier de Toledo. Haverá a distribuição de material para dialogar com a população sobre o assunto. Essa foi a prin-cipal decisão da reunião setorial acontecida no último dia 10 na nova sede do sindicato. Servidores da ativa encamparam proposta.

A diretoria do Sinsprev articula

com outros sindicatos e movimen-tos a ampliação desta luta.

Além desse debate, a reunião dos aposentados também discu-tiu a demanda do segmento por convênios que propiciem espaços de lazer. Foi proposta a realização de convênios com clubes e outros locais de entretenimento. A comis-são analisa propostas e, em breve, serão oferecidos locais de confra-ternização e divertimento aos apo-sentados, que sempre participam ativamente das lutas da categoria.

Ato Público em DefesA Dos APosentADos

DiA 24 De jAneiro

10 horAsinss XAvier De toleDo

Assembléia Estadual do SinsprevDia 09 de fevereiro às 17 horas

Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - centro

Seminário sobre aposentadoriaDia 10 de fevereiro às 10 horas

Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - centro

Pressão da categoria sobre o governo foi fundamental para corrigir distorções

Foto: Célio Azevedo

Página 02 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

Conjuntura

Senadores e deputados da República mostraram mais uma vez seu profundo desrespeito pelo povo tra-balhador brasileiro se auto-concedendo um reajuste salarial de 91% no final do ano passado - felizmente derrubado pelo Supremo Tribunal Federal. Com o aumento, os proventos dos “representantes do povo” passarão a 24.500 reais. O reajuste se tornou ainda mais afrontoso quando confrontado com o novo valor do salá-rio mínimo de 380 reais.

É claro que além dessa quantia, eles precisam de um auxílio extra para comprarem roupas, pagarem aluguel, esse tipo de coisa. A decisão foi fruto de um acordo de líderes, onde somente um partido, o PSOL, foi contrário ao aumento. Ainda assim, um grupo de parlamentares, de diversos partidos, entrou com ação de inconstituciona-lidade no Supremo Tribunal Federal, que suspendeu o aumento. Mas os par-lamentares voltaram a levantar a dis-cussão no processo de negociações de apoios para as presidências da Câmara e do Senado, cuja eleição ocorre em fevereiro.

O aumento em nível federal tem

Primeiro ano de gestãoEditorial

efeito cascata, ou seja, to-dos os demais parlamenta-res, estaduais e municipais, poderão pleitear aumento também. Isso pode gerar um gasto extra de R$ 1,66

bilhão aos cofres públicos.Só para efeito de comparação, essa

quantia é quase a mesma que o gover-no Lula planeja investir no Fundeb (fundo nacional de desenvolvimento da educação básica), durante todo este ano. Também é muito próxima dos va-lores que serão investidos no programa “Luz para Todos” e muito maior que os orçamentos de alguns ministérios, como Cultura, Esporte e Turismo.

Torna-se impossível não lembrar do óleo que fez a máquina do Congresso Nacional rodar ano passado, o famige-rado ‘mensalão’. A questão é que, com esse grande acordão entre quase todos os partidos, fica mais fácil a montagem da grande coalizão que Lula vem mon-tando para o segundo mandato, para atacar os direitos dos trabalhadores com a nova reforma da Previdência, e as reformas sindical e trabalhista. Por isso, 2007 deverá ser um ano de muitas lutas e mobilizações para reverter tais ataques. Vamos à luta!

Em defesa dos direitos trabalhistas

Cada vez mais estarreci-dos, os trabalhadores assis-tem aos ataques feitos por meio da mídia à Previdência Social, à aposentadoria e aos seus direitos trabalhistas. Seriam esses os grandes res-ponsáveis pelas mazelas do país, pelo baixo crescimento econômico e pelo alto índice de desemprego. Dizem que é preciso mudar a Previdência, estabelecer idade mínima para a aposentadoria; desvin-cular o reajuste do piso previdenciário do salário mínimo e diminuir o valor dos benefícios pagos aos aposentados etc.

Tentam justificar essas e outras bar-baridades com o argumento do “rom-bo” nas contas da Previdência, que comprometeria recursos que seriam investidos para o país crescer. Mas isso não corresponde aos fatos. O famoso “rombo” da Previdência não passa de uma ficção, fruto da má-fé de autorida-des. A Constituição de 1988 acolheu o princípio da seguridade social (englo-bando a Previdência, a saúde e a assis-tência social) como direito social do povo brasileiro. E foi definido em lei um conjunto de contribuições (Cofins, CSLL, CPMF etc.), além daquela que já era recolhida sobre a folha de salá-rios, para financiá-la.

Considerando-se esse critério, a se-guridade social (incluída aí a Previdên-cia) é superavitária. Os dados recolhi-dos pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência) nos próprios órgãos governamentais mostram que, em 2005, o superávit foi de mais de 56 bilhões de reais. Não há “rombo” da Previdência, e sim “rou-bo” de recursos da Previdência, que são desviados pelo governo para pagar a dívida pública.

O Orçamento para 2007, enviado pelo governo ao Congresso, prevê a destinação de R$ 165 bilhões para pa-gamento de juros (o governo brasileiro paga os juros mais altos do mundo) e mais R$ 77 bilhões para amortização da dívida pública. Esses recursos vão para os bancos e as grandes empresas, os grandes detentores dos títulos da dí-vida. Não por acaso, essas instituições têm anunciado recordes seguidos de lu-cratividade. É aí que estão os recursos que o país deveria investir para gerar emprego, construir moradias popula-res, hospitais, escolas, fazer a reforma agrária... e crescer.

Por outro lado, atacam as leis tra-balhistas e a organização sindical para permitir a flexibilização ou mesmo eliminação de direitos trabalhistas. De-monizam o FGTS e a multa de 40% a

ser paga sobre o seu saldo ao trabalhador demitido, querem “limpar” a CLT e o artigo 7º da Constituição, atingindo férias, 13º, licen-ça maternidade etc. Com a maior “cara-de-pau”, dizem que isso permitiria gerar mais empregos e renda ao trabalhador.

Tampouco tem fundamento. Todas as experiências de flexibilização de direitos tiveram efeito contrário: gera-ram aumento do desemprego e empo-brecimento da maioria da população. Na Espanha (décadas de 1980 e 1990), o desemprego saltou de 10% (antes da flexibilização) para 22%; na Argenti-na, o desemprego, que estava em 6% no final da década de 1980, chegou a 20% com o processo de flexibilização iniciado em 1991; no Chile, o desem-prego cresceu e chegou a 20% depois da reforma de 1978/1979; na Colôm-bia, foi de 5% ou 6%, em 1985, para 20% depois de aprovada a reforma tra-balhista.

Com o mesmo sentido, já tramitam no Congresso a reforma tributária, que concentra renda, e a reforma universi-tária, que privatiza o ensino superior e coloca em mãos do capital privado o controle da produção científica e tecnológica que hoje é feita nas uni-versidades públicas. Estamos ante um mar de hipocrisia, no qual banqueiros e grandes empresários falam em fazer o país crescer, quando, na verdade, só querem o crescimento de seus lucros. E um dos governos mais subservientes da história, que, apesar de sua origem - e, às vezes, utilizando-se dela -, se presta ao serviço sujo de ajudar os “de cima” a massacrar ainda mais os “de baixo”.

Os trabalhadores e aposentados não aceitarão essas reformas. Não aceitare-mos mais sacrifícios além dos que já nos impuseram. Queremos mais, e não menos direitos. E lutaremos por isso. Está em curso a constituição de uma frente nacional de organizações dos trabalhadores -envolvendo a Conlutas, as confederações de trabalhadores e de aposentados, os movimentos sociais e outros segmentos- para lutar contra essas reformas e para defender nossos direitos. Vamos escrever um outro final para essa história.

José Maria de Almeida, o Zé Ma-ria, 49, metalúrgico, é presidente nacio-nal do PSTU, membro da coordenação nacional da Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e diretor da Fede-ração Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais.

“Os trabalhadores e aposentados não aceitarão

essas reformas

neoliberais”

Tragédia anunciada expõe desmonte do EstadoA tragédia ocorrida nas

obras da futura estação Pinhei-ros (linha 4/Amarela) do Metrô de São Paulo poderia ter sido evitada. Passados mais de 10 minutos do abandono do local do grave acidente pelos operá-rios nenhuma sirene de alerta à Defesa Civil tocou e as ruas do entorno das obras não haviam sido interditadas. Resultado: pelo menos seis mortos, 13 imóveis con-denados e dezenas de pessoas obrigadas a abandonar seus lares. Uma semana depois, veio à tona que o consórcio responsável pela obra não tinha um plano de emergên-cia contra acidentes.

A cratera que se abriu no canteiro das obras expôs de forma trágica os perigos do avanço da privatização e terceirização dos serviços públicos. Todo o processo de construção da linha 4 vinha sendo ques-tionado desde o início pelo Sindicato dos Metroviários e dezenas de outras entida-des. É a primeira vez que uma obra de ex-pansão do Metrô se dá pela via da priva-tização (seguindo o modelo das Parcerias Público-Privadas legitimado pelo governo Lula) e sem acompanhamento dos enge-nheiros do Metrô. Pelo contrato firmado, as próprias empreiteiras seriam responsá-veis pela fiscalização das obras.

O governo do Estado, a direção da es-tatal e o consórcio Via Amarela (formado pelas maiores empreiteiras do país: Ode-brecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e OAS) ainda tentaram minimizar a tragédia. Nas primeiras horas após o acidente, quase nenhuma informa-ção foi divulgada, negava-se a existência

de vítimas e discutia-se apenas os prazos da obra.

Apesar da necessidade de uma apuração profunda sobre as causas do desastre, com uma au-ditoria independente do governo do Estado como reivindicam os metroviários, algumas coisas já está clara: o governo do Estado, a administração do Metrô e o consórcio devem explicações à

população sobre os problemas já verifica-dos na execução do projeto, e caiu no ridí-culo a tentativa das empreiteiras de culpar as chuvas pelo desabamento. Nos dois anos desde o início da obra 11 acidentes ocorre-ram. Num deles, em outubro do ano passa-do, um operário morreu soterrado.

O maior acidente da história do Metrô paulistano evidencia também a verdadeira face das privatizações e das PPPs. No afã de repassar o serviço público à iniciati-va privada, o governo do Estado – então sob a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) – entregou a obra “de porteira fechada”.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo de 17 de janeiro, as três principais empreiteiras à frente das obras da linha 4 doaram R$ 1,7 milhão ao comitê eleitoral do então candidato ao governo José Serra (PSDB). Só a OAS doou R$ 1 milhão. E a Camargo Corrêa presenteou Lula com R$ 2,5 milhões para sua campanha à reelei-ção. A notícia expõe as veias da ideologia da entrega das atribuições do Estado ao capital privado e reforça a necessidade de paralisar imediatamente as obras, suspen-der o processo de privatização do Metrô e realizar uma auditoria independente para que os responsáveis sejam punidos.

aCidEntE no mEtrô

Parlamentares negociam salário indecente para

realidade do país

pérolas

“Dez minutos é tempo mais do que suficiente. Conside-rando que andando você conseguiria fazer isso, imagine

se houvesse uma sirene?”Jair Pacca de Lima, coordenador-geral da Defesa Civil, sobre o tempo que o Consórcio Via Amarela teve para bloquear a circulação no entorno das obras, na Folha em 18 de janeiro.

José Maria de Almeida

Desastre evidencia

lógica perversa da privatização e da política neoliberal

Página 03 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

JORNAL DO SINSPREV é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo. Jornalista responsável: Luciana Araujo (MTb: 39715). Colaborador: Rodrigo Mendes. Editoração Eletrônica: Orliano Trindade da Cunha (Leon). Fotos: Manoel Messina. Fotolitos e Impressão: Editora Forma Certa. Tiragem: 20 mil exemplares. Endereços: Sede Capital – Centro: Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar – Centro - Fone: (11) 3361-4344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01034-000. Sede Capital – Aclimação: Rua Senador Felício dos Santos, 404 – Aclimação - Fone: (11) 3207-9344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01511-010. Delegacia Regional de Araçatuba: Rua Euclides da Cunha, 48 – Araçatuba - Fone/Fax: (18) 3625-9002 - E-mail: [email protected] - CEP: 16015-453. Delegacia Regional da Baixada Santista: Av. Bernardino de Campos, 145ª - V. Belmiro – Santos - Fone (13) 3221-3028 - E-mail: [email protected] - CEP: 11065-001. Sub-Sede de Barretos: Rua Trinta, 161 – Boa Vista - Barretos – SP Fone (17) 8117-8541 - E-mail: [email protected] - CEP: 14780- 615. Delegacia Regional de Marilia: Rua Julio de Mesquita, 112 – Jd Maria Izabel – Marilia - Fone/Fax: (14) 3433-8159 - E-mail: [email protected] - CEP: 17515-230. Delegacia Regional de Piracicaba: Av Armando Salles Oliveira, 642 – Centro – Piracicaba - Fone/Fax (19) 3433-3920 ou 3434-3309 - E-mail: [email protected] - CEP: 13400-010. Delegacia Regional de Presidente Prudente: Rua Francisco Machado de Campos, 503 - Vila Nova - Presidente Prudente - Fone (18) 3223-1800 - E-mail: [email protected] - CEP: 19010-300. Delegacia Regional de Ribeirão Preto: R. Amador Bueno, 983 – Centro - Ribeirão Preto - Fone/Fax (16) 3625-3228 - E-mail: [email protected] - CEP: 14010-070. Delegacia Regional de São José do Rio Preto: R.Major Joaquim Borges de Carvalho, 497 – V. Angélica - São José do Rio Preto - Fone/Fax (17) 3215-3648 - E-mail: [email protected] - CEP: 15050-170. Delegacia Regional do Vale do Paraíba: Rua Mauricio Diamante, 45 – Jd Matarazzo – São José dos Campos - Fone/Fax: (12) 3923-9037 - E-mail: [email protected] - CEP: 12209-570. DIRETORIA COLEGIADA - ADMINISTRAÇÃO: Denise Maria Solimar Diana, Gilceli Leite Lima, Josias de Jesus; APOSENTADOS: Edna Lopes Rosa, Maria Aparecida Vicente Assencio, Gilberto Silva; ASSUNTOS JURÍDICOS: Sandro Paulo Sabbauskas, Gilmar Rodrigues Miranda, Maria das Graças Alves Candido; CULTURAL E POLÍTICAS SOCIAIS: Irene Guimarães dos Santos, Tereza Aparecida da Costa, Eli Nunes dos Santos Rossignatti; DELEGACIAS E NÚCLEOS: Silvia Helena Garcia Barreto, Cláudio José Machado, Maria do Carmo Simões de Oliveira; FINANÇAS: Deise Lucia do Nascimento, Regina Célia Porfírio de Lima Silva, Nair Assis de Oliveira; FORMAÇÃO POLÍTICA E RELAÇÕES INTER-SINDICAIS: Rita de Cássia Pinto, João Maia, Nélson Novaes Rodrigues; IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Fábio Antonio Arruda, José Rubens Decares, Higino de Souza Pacanaro; SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: Vinicius Vasconcelos, Rita de Cássia Assis Bueno, Felipe Antonio Neto; SUPLENTES: Flávio Milton de Souza, Inez Alquati, Vanessa Marques Castilho Hachuy, Marcelo Gomes de Santana, Maria Angelita da Silva; CONSELHO FISCAL: Leandro Gomes Zamboni, Gilberto Santos, Márcia Antonia P. Puerro, Simone dos Santos, Maria do Carmo Damaceno; SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL: Odalina Bueno de Camargo, José Elesbão Souza dos Santos.

FGTS

Acordo já liberou mais de R$ 1 milhão para a categoria O Jornal do Sinsprev publica nesta edição nova lista com os 173 novos servidores beneficiados pelo acordo feito, por decisão de assembléia,

para acelerar o pagamento das parcelas referentes aos expurgos do FGTS dos planos Verão e Collor 1 (1989 e 1990).

Adalberto Serqueira NunesAkemi Kooro UeraAlayde Da Silva De AssisAlcir Rubens MonteiroAldaiza Teresinha Morais TanajuraAlfredo Carlos Pereira RibeiroAltenir Rodrigues BrandãoAlvino Pereira Da SilvaAna Carolina Tavora Cesar FrohlichAna Cristina Cerruti De CarvalhoAna Cristina FirminoAna Maria Da Silva BertoAna Maria PuertasAna Maria Silva De MoraesAnaco Issaka Takemori Antonio Carlos Paula LeiteAntonio Delano Pereira RamosAparecida Antunes CarreteroAparecida Bernardete De S. SilvaAparecida De Fatima Leal CostaArilda Da Silva LiraAristides Gonçalves JuniorBeatriz Regina ZocchioBenedita Aparecida Mutti De MeloBenevenuto Luiz Nardi JuniorCandido De Souza CoelhoCarlos Eduardo Sthur CoradazziCarlos Fernando Lari CamposCelia Maria De Souza EnnesCelia MedeirosCelso José Paulo De FariasCicera Ferreira ArecoCirilo PavaniClarice De AlmeidaClaudete Benedicta Cyrino CesarioClaudete Cabrera De AlbuquerqueCleude Aparecida LopesCleusa Feliciano SevériDijalma Delfiol GarrophoDinah Maria LionDomingos R. De Freitas CichelloEdison CedanoEldemir BlancoEldr De OliveiraElga Maria Busquim ZaniniEliana Patricio BuenoEliana Rodrigues De SouzaElisabeth Paulino Da SilvaElisabeth Sassi FerreiraElza Maria Pascon OccikElza Yamada TorresEmerson Andrade AmaralEunice Alves Da SilvaFabino Fredy Torres LozadaFernando Manuel M. De MendonçaFrancisco ClaroFrancisco Silvestre DominguesGenoveva Venancio Narciso

Georgina Silva MarinhoHeleni Baltazar De Souza E SilvaHelia Hermenezilda SimãoHeloisa Maria Vitale Jacob GutierrezHendi Guedes QueirozIracema Fujie KuboIrene Rodrigues Macedo PereiraIsabel A. Cangemi GregoruttiItamar Regina TaquetteIvete Lopes De Proença CarvalhoJanete Das Graças SilveiraJayme Eduardo De Almeida SilvaJoão Carlos BarreirosJoão Carlos Gomes De AraujoJoao Guilherme Soares HoelzJoão Roberto Duff AzevedoJosé Carlos CazaliniJose Luiz BarussoJosé Marcus Sales FontesKátia Regina Castiglioni GiacominoLilian Rodrigues Almeida SantosLioko MorishitaMagid Bachur FilhoMarcia Marize De O. Moreira VitorMárcia VendraminiMaria Aparecida Vicente AssencioMaria Cecília Bonjuani FabriniMaria Conceição N. RibeiroMaria Da Silva MarcelinoMaria Darci Farinha FraceschiniMaria Do Perpétuo Socorro LeãoMaria Emilia BaptistellaMaria Helena MarcheMaria Helena Rodrigues Da FonsecaMaria Helena Rozzatti CimattiMaria Helena Vianna CaetanoMaria Helena Victorio ChavesMaria Ines Fontana PravataMaria Jeni Da SilvaMaria Jose De SouzaMaria José RochaMaria Judith Araujo MedinaMaria Julia Mantovani De CarvalhoMaria Lucia Alves CarneiroMaria Lucia Alves Pereira BarrosMaria Lúcia Aparecida BenattiMaria Lucia AquareliMaria Lúcia Silva GonçalvesMaria Lygia Pinto IwataMaria Mercedes De C. GranjaMaria Neri Salvador MenckMaria Odete GonçalvesMaria Penha Do NascimentoMarilene De JesusMarilene De Souza CezárioMário Luiz LopesMario Tadayoshi TakejimaMarlene De Fátima Verzoli Nicoletti

Marli RossattiMarly Carvalho CoutinhoMarta Aparecida Dos SantosMarta Helena Lourenço FrancoMary Fukuda YanaseMatilde Rodrigues RomãoMitiko NakamuraMonica Rodrigues MaldonadoNanci De Souza AraujoNazaré Fumiko NakamurakareNeide Terezinha PillaNelson KajimotoNeusa Maria TalibertiOnesimo Kirschner JuniorPaschoal Da Silveira Nunes FilhoPaulo Cesar Gomes MartinsPaulo Roberto MinuncioRegina Celi DomingosRegina Orsolini Ferraz CostaRita De Cassia FerionRita De Cassia Scarpel CamargoRita De Cassia Tatit De Lima BlumeRomilce Rocha SantosRosa FerrazRosana GracianoRuth M L C DecarvalhoRuth Maria Leal C. De CarvalhoSalete Marta CorsoSalma Fernandes AlfredoSamir Hatef NaufalSamuel Rocha MarinhoSandra Ribeiro RosaSayuri Fugimori CostaSebastião A. Demetrio SchaeferSeigo KajimuraSelma Maria Soares De LimaSelma Solange S. Rodrigues MendesSeura De AlmeidaShirley Aparecida Bubola CedanoSidnei PanegassiSilvia Regina De Freitas MaimoniSonia Cunha De S. Andrade ReisSonia Valverde TorrezanSuely Bittencourt NoronhaTania Regina Arruda DallavaTerezinha De Jesus C. UmbelinoTieko YoshiharaVanderlei Dias SclaianteVanderlei Sanchez AlvarezVanildo Branco FilhoVera L. Loubehcamargo HernandesWaldilena Rodrigues Martins GraçaWashington José Dos SantosWilma Dutra De Araujo PereiraZaine Nilvana Barros FernandesZilda Da Silva Aguiar

Desde o início do ano passado, quan-do se iniciou o processo de levantamento de dados dos servidores para apuração do saldo devido do FGTS (planos Collor 1 e Verão), 641 servidores foram beneficiados e a Caixa Econômica Federal liberou mais de 1 milhão de reais, somados os valores recebidos por todos os beneficiários.

Para que o sindicato possa dar encami-nhamento ao acordo e garantir a liberação do dinheiro, os servidores relacionados ao lado devem comparecer à sede nova do Sinsprev (Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - próximo ao metrô São Bento - tel.: 11-3361-4344) munidos de: Carteiras de Trabalho (CTPS), RG, CPF e PIS/PASEP. Caso não tenha CTPS é necessário provi-denciá-la junto a uma Delegacia Regional do Trabalho.

Não encontrou seu nome? Procure o sindicato

Se o seu nome não estiver na lista ao lado, acesse a página do sindicato na in-ternet (www.sinsprev.org.br) e verifique se houve problemas com a sua documen-tação. A CEF informou ao sindicato, no último dia 15, que 127 servidores repas-saram ao banco dados imprecisos ou insu-ficientes e, em função disso, não foi pos-sível verificar se os interessados têm saldo a receber. A relação disponível na Internet informa, além do nome do servidor, o pro-blema verificado pela CEF.

PCCS/Saúde aguarda julgamento de agravo

A ação movida pelo sindicato para que os servidores recebam a diferença e a incorporação do PCCS da Saúde aguarda julgamento de recurso feito pela União. A expectativa do sindicato é que o recurso seja rejeitado, como aconteceu na ação do INSS.

Na ação que beneficia os servidores do INSS, que já está em fase de execução, o departamento Jurídico do sindicato está providenciando os cálculos de cada um dos beneficiados.

A diretoria do Sinsprev alerta a cate-goria contra as picaretagens. Somente o Sinsprev pode executar a ação. O proces-so é lento pelo fato de que todos os cálcu-los têm que ser feitos individualmente.

Página 04 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

INSS

Carreira do INSS: governo impõe avaliação de desempenho e pressiona por ‘8 horas’

No final do ano passado, os coordenadores do grupo de trabalho das carreiras do Seguro (GSS) nomeados pelo governo, Vilma Ramos e Luiz Al-berto Andreola, apresentaram à direção da federa-ção nacional (Fenasps) a proposta que o governo chama de reestruturação da carreira dos trabalhado-res do INSS.

A única diferença em relação aos projetos ante-riormente apresentados pelo Planalto é o prazo para implementação da avaliação individual de desem-penho - já exaustivamente discutida e rejeitada pela categoria. Na tentativa de iludir os trabalhadores, foram divulgadas duas tabelas com os valores pre-vistos para as gratificações. Em média, cada servi-dor receberia cerca de 500 reais a mais (valor calcu-lado sobre os valores atuais da GDASS).

No dia 11 de dezembro, durante a reunião do (GSS) em Brasília, a bancada governista encerrou os trabalhos do GT e reafirmou que a pretensão do Planalto é concluir a redação do projeto de lei que vai regulamentar as mudanças na GDASS até o iní-cio da próxima legislatura na Câmara dos Deputa-dos (em fevereiro).

Rejeitar a jornada de 8 horas e fortalecer a luta pela carreira“A ‘proposta’, na verdade, é uma imposição. O

governo não discutiu carreira. Só colocou na mesa a gratificação por avaliação de desempenho. Por isso, temos que retomar a mobilização nacional com força esse ano. O governo faz uma chantagem ao dizer que as direções são contra o dinheiro para a carreira, que só foram sinalizados por conta da mobilização e da luta da categoria em 2006. O que não aceitamos é enrolar a categoria, dizendo que gratificação produtivista é a mes-ma coisa que salário. Vamos con-tinuar exigindo a carreira”, afirma a diretora do Sinsprev Rita de Cássia Pinto.

A direção do Sinsprev vai con-tinuar a luta para que essa gratifi-

Sindicato orienta categoria a não trabalhar e nem assinar ponto com jornada de 8 horas diárias * Seguir a luta pela incorporação das grati-ficações ao salário e seguir em defesa da carreira * Assembléia no dia 9 e seminário no dia 10 vão discutir próximos passos da mobilização

O que diz a minuta de projeto de lei do governo

- Todos os servidores do INSS receberiam,

nos dois primeiros ciclos de avaliação (mar-ço a maio e junho a agosto), o valor máximo previsto para cada classe e nível. A partir de setembro, os valores da GDASS serão calcula-dos mediante a avaliação de desempenho do trimestre anterior.

- Quatro cargos do nível Auxiliar serão agrupados sob nova denominação e 17 car-gos do nível Inetrmediário serão agrupados em três novas denominações.

- A minuta do projeto de lei não traz men-ção aos indicadores de desempenho e nem aos critérios que serão utilizados na avaliação. Esses indicadores e seus critérios deverão, se-gundo o governo, ser regulamentados até 31 de maio de 2007.

- criação de uma avaliação individual de desempenho, através do desmembramento da GDASS em uma parte coletiva e outra indivi-dual - numa clara manobra para evitar que os servidores efetivamente recebam a integra-lidade da gratificação. A avaliação individual seria semestral e formalizada nos meses de março e setembro de cada ano. A avaliação institucional teria periodicidade trimestral e se-ria formalizada em março, junho, setembro e dezembro de cada ano.

- Todos os servidores só poderão receber o valor máximo previsto para a GDASS se o resultado final de sua avaliação alcançar os critérios e parâmetros que serão estabelecidos (segundo o governo até 31 de maio).

- A avaliação de desempenho seria regu-lamentada a partir deste mês. Para isso, será criado um novo grupo de trabalho.

- O vencimento básico terá nova tabela a partir de julho de 2008, com a extinção da GESS, que hoje é de 238 reais, e acréscimo de apenas 172 reais ao mesmo.

- Os servidores lotados nas gerências exe-cutivas receberão, a título de GDASS, o mes-mo valor que os servidores das APSs de sua região. Esse valor corresponderá aos percen-tuais atingidos com base nos indicadores a se-rem definidos para avaliação institucional; os servidores lotados nas seccionais, auditorias, corregedorias e procuradorias regionais tam-bém receberão valor correspondente à região de abrangência de seus locais de trabalho; os trabalhadores lotados nas gerências regionais receberão valor correspondente à média re-gional dos indicadores da avaliação institucio-nal; os servidores da administração central vão perceber valor correspondente à média nacio-nal dos valores aferidos na avaliação institu-cional; os cedidos à presidência da República ou ao Ministério, e ainda os fixados na Secre-taria da Receita Previdenciária, receberam os valores das suas unidades de origem; no caso de cedidos a outros órgãos, o valor recebido corresponderá a 30% do valor da GDASS.

cação seja incorporada aos salários, sem avaliação de desempenho. Caso contrário, além de não levar a diferença salarial para a aposentadoria, o traba-lhador será ainda mais explorado. E a maioria da categoria não receberá a integralidade dos valores porque a avaliação também leva em conta o funcio-namento do Instituto. Chega a ser um insulto falar em avaliação de desempenho num órgão onde falta material de expediente, a carência de servidores é de mais de 20 mil pessoas, o sistema de informá-tica não atende à demanda e ‘cai’ a todo momento. “Com a avaliação individual o servidor não vai po-der nem ir ao banheiro”, lembrou o também diretor do Sinsprev José Rubens Decares durante a mesma reunião.

Nas APSs, os servidores já estão sendo pressio-nados a trabalhar oito horas por dia a partir de fe-vereiro, o que deve continuar sendo rechaçado por todos os funcionários. A jornada de 30 horas é uma conquista da categoria desde 1983 e só a unidade dos trabalhadores vai mantê-la. Assim como ocor-reu na Saúde, onde o governo foi forçado a recuar na discussão da MP 301 depois que mais de 120 mil servidores em todo o país rejeitaram o primeiro ‘ter-mo de opção’ proposto pelo Ministério (leia matéria na página 5). A direção do sindicato orienta toda a categoria a não trabalhar e nem assinar ponto com jornada de 8 horas diárias.

Além de apresentar sua pro-posta final no apagar das luzes do ano passado, descumprin-do o acordo da greve de 2005 (que previa a discussão no primeiro semestre de 2006), o governo segue tentando dividir a categoria. As gratificações de desempenho não são estendi-das aos aposentados e, mesmo entre os ativos, criam diferenças salariais entre pessoas que de-sempenham a mesma função.

Por isso, mais uma vez a

diretoria da Fenasps reafir-mou ao governo que não tem autorização da base para ne-gociar tais critérios. A direção da Federação entende que o governo deve encaminhar ao Congresso Nacional o projeto de lei que está em elabora-ção, para garantir o repasse aos servidores de pelo menos parte da dotação orçamentá-ria destinada ao Ministério da Previdência para fins salariais. Compromisso este que só foi

garantida após inúmeras pa-ralisações e a greve de 2005.

Até o momento, o governo promete pagar as gratifica-ções com valor fixo até agosto de 2007, mas ainda não foi apresentado orçamento para garantir proposta.

A plenária da Fenasps re-afirmou que a categoria não abrirá mão da luta pela car-reira e contra o produtivismo e pela incorporação de todas as gratificações.

Fenasps segue rechaçando avaliação de desempenho e exige garantia de dotação orçamentária

Página 05 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

MP 341: Sai novo termo de opção e Fenasps e Sinsprev orientam a assinatura

Vitória na Saúde

Dirigentes da federação nacional (Fenasps) es-tiveram reunidos no último dia 16 com a coordena-dora de recursos humanos do Ministério da Saúde, Elzira do Espírito Santo, e outros representantes do Ministério para discutir o novo termo de opção da MP 341, que regulamenta o acordo de pagamento do PCCS aos servidores da Saúde. O resultado posi-tivo da reunião é que ficou definida a publicação de um novo termo de opção para a MP, editado no dia 17 deste mês. O prazo para assinatura vai até 28 de março. Quem assinou o termo antigo não precisará subscrever o novo documento e foi acertado com o Ministério que as novas regras valerão também para esses servidores.

Segundo Moacir Lopes, dirigente da Fenasps pre-sente à reunião, a diretoria da Federação decidiu orien-tar a assinatura do novo termo. “A gente foi verificar como ficaria a situação. Na semana passada, já tínha-mos ido lá duas vezes reivindicar uma explicação mais detalhada dos procedimentos que devem ser adotados pelo Ministério com a nova MP. Como saiu o novo ter-mo, discutimos e decidimos orientar a categoria assinar. Mesmo assim, haverá em breve uma nova plenária que vai discutir os próximos passos”, afirmou Moacir.

Na reunião também ficou decidido que deverá ser editada uma portaria regulamentando que, com a assinatura do novo termo, todas as parcelas que os servidores recebem por decisão judicial serão incor-poradas como vantagem nominalmente identifica-das. A incorporação administrativa dessas parcelas traz a vantagem de garantir que o servidor receberá o benefício inclusive quando de sua aposentadoria. A diretoria da Fenasps seguirá cobrando do Minis-

Prazo para assinatura vai até 28 de março * Servidores que tiverem dúvidas devem procurar Jurídico do sindicato

tério a edição de documento formalizando a incor-poração das vitórias judiciais.

A coordenação de RH do Ministério da Saúde também já havia informado à direção da Fenasps que todas as unidades do país já foram comunicadas da prorrogação e reabertura do prazo de 90 dias, até 28 de Março de 2007, para assinatura do novo termo de opção e sua homologação no sistema.

Em relação ao pagamento das parcelas retroati-vas do PCCS na Saúde, devidas desde março do ano passado, conforme a edição da MP que cumpriu o acordo da greve de 2005, ainda não há previsão de pagamento. No entanto, o Ministério afirma que a situação será regularizada até junho deste ano. Para fazer jus ao recebimento, é necessário que os servi-dores assinem o novo termo de opção, cujo modelo está disponível na página do sindicato na Internet (www.sinsprev.org.br). A coordenadora de RH do Ministério também assumiu o compromisso de pu-blicar documento com explicações detalhadas em relação ao novo texto MP.

A medida provisória 341 foi editada no dia 29 de dezembro de 2006 para corrigir as distorções gera-das pela MPs 301/2006 e 304/2006, posteriormente convertidas, respectivamente, nas leis 11.355/2006 e 11.357/2006. Entre as principais alterações exigi-das pela categoria no novo texto está a substituição da expressão “fica criada a carreira” para “fica es-truturada”. Essa alteração, na avaliação da direção da Fenasps, ameniza os receios verificados anterior-mente de que o governo utilizasse a nova redação para impor aos servidores mais tempo de serviço para conquista da aposentadoria.

As principais alterações apresentadas pela MP 341:

- Altera o termo “criar” para “estrutu-rar” ao referir-se às carreiras, afastando o risco de futuro entraves à aposentadoria dos servidores em função das regras es-tabelecidas pela ‘reforma’ da Previdência do governo Lula;

- Reabre por mais 90 dias o prazo para assinatura do termo de opção;

- Estende o prazo para opção dos ser-vidores que estejam licenciados para até 30 dias após seu retorno à atividade, con-forme o caso;

- Dá direito à percepção do “Incentivo Funcional” aos ocupantes dos cargos de Sanitarista que optarem pela carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho;

- Explicita que a opção pelas carreiras estruturadas representa, para todos os efeitos, continuidade em relação ao car-go anteriormente ocupado, preservando direitos, inclusive para efeitos de aposen-tadoria;

- Especifica a forma em que se dará absorção das parcelas remuneratórias transformadas em VPNI (Vantagem Pesso-al Nominalmente Identificada) por efeito da opção de ingresso do servidor na car-reira estruturada.

Outra importante modificação promovida pela MP nº 341/2006 refere-se ao parágrafo 4º do arti-go 2º Lei 11.355/2006, que passou a ter a seguinte redação: “Os valores incorporados à remunera-ção, objeto da renúncia a que se refere o § 2º, que forem pagos aos servidores ativos, aos aposenta-dos e aos pensionistas, por decisão administrativa ou judicial, no mês de fevereiro de 2006, sofre-rão redução proporcional à implementação das tabelas de vencimento básico de que trata o art. 7o, e os valores excedentes serão convertidos em diferença pessoal nominalmente identificada, de natureza provisória, redutível na proporção acima referida, sujeita apenas ao índice de reajuste apli-cável às tabelas de vencimentos dos servidores públicos federais, a título de revisão geral das re-munerações e subsídios.” Ou seja, fica garantida a incorporação.

Os servidores incluídos nestes caso devem procurar o departamento Jurídico do sindicato para avaliar se é vantajoso ou não assinar o novo termo de opção.

O resultado do processo de negociação da medida provisória 301, convertida na lei 11.355/2006 e agora corrigida pela MP 341, é uma vitória da luta da categoria. E a dire-toria do Sinsprev comemora essa conquista, ressaltando o acerto da orientação pela não assinatura do termo de opção da MP 301.

Depois que mais de 120 mil servidores em todo o país rejeitaram o termo inicialmente pro-posto pelo governo e os ataques nele contidos, o Planalto teve que recuar e alterar o texto.

É mais uma demonstração de que só a mo-bilização pode garantir conquistas e manuten-ção de direitos. E os servidores de São Paulo estão de parabéns por terem participado des-sa luta, engrossado as caravanas a Brasília, participado das manifestações. Em especial àqueles que não assinaram o termo vão os parabéns da diretoria do Sinsprev, que esteve desde o início nessa briga.-------------------------------------------------------

Próxima reunião setorial da Saúde Dia 30/01 (terça-feira) a partir das 15 horas, na nova sede do Sinsprev. Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar - Centro. PARTICIPE!

Na pauta: MP 341 e novo termo de opção e próximos passos da luta da categoria

Vitória da nossa lutaCaravanas à Brasília

Reuniões da Saúde

Pressão sobre o governo

Sindicato informa

Quem recebe judicialmente deve procurar o Jurídico

Foto: Leon Cunha

Foto:ABr

Página 06 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

Governo conta com chefias para atacar organização da categoriaOrganização Sindical

A política de perseguição às lideranças responsá-veis pelas resistências aos ataques à classe trabalha-dora é uma tática antiga para retirar direitos e fazer o grande capital lucrar em cima dos mais pobres. É isso que tem feito o governo, orientando as chefias a reprimirem duramente o exercício do direito demo-crático de organização dos servidores.

Em memorando, a chefe da APS do Tucuruvi Maria Eliza informa ao Serviço de Recursos Huma-nos da Gerência Executiva Norte a disponibilização da servidora e dirigente sindical Eli Nunes. Isso é uma agressão frontal ao princípio constitucional da liberdade de organização e atuação sindical.

A chefe da agência esclarece no memorando que “o motivo principal para tal encaminhamento é a necessidade vital da presença de todo o quadro fun-cional participando do dia-a-dia da agência”, devido às “metas diárias de atendimento”. E segue afirman-do que Eli “é atuante no movimento sindical e prio-riza essa atividade, em detrimento de suas funções na agência” – o que seria um “ônus perante a nossa clientela externa e interna”.

A diretora defende as “metas diárias” – em tese afetadas pela falta que Eli faz ao serviço quando está no exercício da atividade sindical lutando con-tra tais metas que levam os servidores a adoecerem

A diretora do Sinsprev Eli Nunes dos Santos, servidora do INSS lotada na APS Tucuruvi, foi colocada em disponibilidade pela chefe da agência, Maria Eliza Amaral Adão, no último dia 19 de dezembro;

cada dia em maior número. A ex-chefe de Eli tam-bém uso expressões como “clientela externa e in-terna” (agora os servidores do INSS passam a ser tratados como “clientes”). Fica evidente a visão de gerenciamento privado aplicada pela chefe da APS à agencia. Visão essa que é combatida todos os dias por toda a direção do Sinsprev e da federação nacio-nal (Fenasps).

Eli foi eleita pela categoria para compor a dire-ção do sindicato com a tarefa de atuar em defesa dos direitos dos trabalhadores e organizar a luta contra o desmonte e a privatização da Seguridade Social. Seu afastamento do local de trabalho é um claro ataque a essas tarefas e é visto pela direção do Sinsprev como uma tentativa de intimidação da categoria. Não é casual que esse ataque a liberdade de organização sindical ocorra no momento em que o governo quer implantar a produtividade e se re-cusa a cumprir o acordo de construir um Plano de Carreiras.

Não é à toa que, apesar das queixas da chefia, 100% do corpo de funcionários da agência assina-ram abaixo-assinado em defesa de Eli. No texto do documento, que será encaminhado à Secretaria de Recursos Humanos, os servidores ressaltam que “tendo em vista a necessidade de construirmos um

Em audiência na sex-ta-feira, 15 de janeiro, a diretoria do Sinsprev foi recebida pela gerente regional Elisete Berchiol para discutir os descontos dos dias paralisados no mês de setembro (20 e 21). Ela disse que a orien-tação da gerência de São Paulo é de não pagar as horas paradas, já com-pensadas inclusive pelo banco de horas forçado que o INSS tem imposto aos funcionários com a ampliação do horário de atendimento nas agências, o agendamento telefô-nico e a falta de concursos. Como as horas extras trabalhadas não são pagas, instalou-se o banco de horas a força e, agora, a administração mos-tra-se irredutível para manter os descontos.

Os representantes do sindicato questiona-ram o fato dessa ser uma política aplicada so-mente no Estado de São Paulo. Na hora de manter o funcionamento do INSS sem as míni-

mas condições de trabalho, os servidores são úteis e “parceiros”, mas na hora de promover descontos a administração é intransigente.

Pior ainda, o governo Lula enrola para pu-blicar o decreto que regulamenta a compensa-ção das horas paradas.

A diretoria do sindicato vai continuar pres-sionando, e os servidores devem considerar que as horas de trabalho já foram repostas e que não devem nada.

Servidores continuam sendo enrolados e não recebem horas da paralisação

movimento

Sinsprev e Fenasps seguem cobrando pagamento dos dias parados, nas mesas de negociação e na justiça. Compromisso assumido pelo governo, de publicar decreto regulamentando a reposição das horas, ainda não foi cumprido. Ação judicial continua tramitando

processo de resistência, luta e reafirmarmos os nossos interesses, por entendermos que a servidora Eli Nu-nes dos Santos foi eleita através de processo demo-crático por ampla maioria das categorias do INSS e da Saúde para essa finalidade, nós, abaixo assinados, repudiamos a forma com que a mesma foi colocada à disposição, fato esse que implica um total desrespeito à democracia e à liberdade de expressão. Sendo as-sim, reivindicamos que a servidora em questão possa retornar e executar suas tarefas profissionais normal-mente, sem prejuízo e constrangimento”. Foi realiza-do um ato, ainda em dezembro, em favor da diretora do sindicato, na agência.

Servidor é baleado em Campinas

O servidor Fernnado Toshio, funcio-nário da agência Carlos Gomes do INSS, no bairro Íris, em Campinas, foi baleado no dia 2 de janeiro quando chegava para trabalhar. A polícia abriu inquérito para investigar as causas do incidente, mas o processo ainda está em curso e não se sabe se foi apenas um assalto ou se o epi-sódio está relacionado à crise de atendi-mento no Instituto causada pela falta de estrutura imposta pelo governo federal.

Toshio foi atingido por um tiro depois de ser abordado por dois homens em uma moto, mas passa bem. Os documentos que estavam com ele foram levados.

Os servidores, indignados, suspen-deram as atividades na agência Carlos Gomes por quatro dias. Em setembro do ano passado a agência já tinha recebido reforço na segurança porque um perito foi ameaçado dentro da unidade.

Em Governador Valadares (MG), no ano passado, uma médica foi assassina-da e a polícia chegou à conclusão de que o crime estava relacionado à sua atua-ção profissional. Ela havia denunciado a ocorrência de fraudes na agência onde trabalhava.

A diretoria do Sinsprev vai acompa-nhar a apuração do caso até o final.

condições de trabalho

Reunião contou com participação de diretores do Sinsprev e servidores da base

Foto:Jesus Carlos

Página 07 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

Movimento

Sinsprev participa de Frente em Defesa da PrevidênciaO Sinsprev se integrou à “Frente

Patriótica pela Previdência Pública, Justiça Fiscal e Social”, lançada no dia 12 de dezembro, na sede da delegacia regional paulista do Unafisco (Sindi-cato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal). A frente tem por objetivos combater a implantação da chamada “Super-Receita” (fusão do caixa da Previdência às contas do caixa único da União) e as reformas preparadas para o segundo mandato do governo Lula. Entre elas a tercei-ra reforma da Previdência, a alteração das leis trabalhistas e sindicais e a re-forma tributária para manutenção da desvinculação de receitas da União (DRU) e da tributação regressiva que existe no país.

Durante o lançamento da frente de luta, que reúne dezenas de entidades, foi divulgado o “Manifesto contra o apagão previdenciário e tributário do país”. O texto será encaminhado ao Congresso Nacional, órgãos de im-prensa e deve ser divulgado à popula-ção pelas entidades sindicais. O mani-festo já foi assinado por 36 entidades representativas dos trabalhadores, do movimento estudantil e popular.

Entre as preocupações com a im-plantação da Super-Receita (ver texto ao lado), os participantes da Frente des-tacam que “a transferência das recei-tas da Previdência Social para o Caixa da União põe em risco o pagamento futuro dos benefícios aos trabalhado-res. Isto poderá sujeitar as receitas da Previdência advindas do empregado/

Lançada no dia 12 de dezembro, ação conjunta de entidades vai combater as reformas do segundo governo Lula e a Super-Receita

Entre as principais resoluções estão o lançamento da campanha “Nenhum direito a menos, avançar nas conquis-tas” e a necessidade de construção de um grande encontro nacional unificado contra as reformas que deve ocorrer em março de 2007.

A campanha pretende sensibilizar e mobilizar os traba-lhadores e a população para a importância do combate às reformas e à precarização das relações de trabalho.

Para isso, será incentivada a constituição de comitês de luta. As políticas implementadas pelos governos e pela pa-tronal no Brasil serão denunciadas aos organismos interna-cionais como a Organização Internacional do Trabalho, Or-ganização Mundial de Saúde e Comitê Interamericano de Direitos Humanos.

A Intesindical é uma iniciativa de vários sindicatos que resistem às parcerias com patrões e governos e continuam afirmando que a luta é o único meio dos trabalhadores man-terem seus direitos.

Encontro intersindical lança campanha contra as reformasLUTA DOS TRABALHADORES

empregador a cortes através da DRU ou do contingenciamento, ou ainda, a desvio da sua finalidade constitucio-nal, como já é praticado com a CSLL e COFINS, que nas contas do governo não integram o orçamento da seguri-dade, um verdadeiro saque das recei-tas da Previdência Social”.

Embasados em análises de juristas, as entidades que compuseram a frente qualificam o PLC 20 como inconstitu-cional. E o texto ficou ainda pior, pois a maioria das emendas aprovadas no Senado no dia 14 de dezembro favore-cem a sonegação e beneficiam os em-presários, em detrimento dos direitos dos trabalhadores. Entre as mudanças está o prazo máximo de 24 meses para a fiscalização da Receita nas empre-sas, que hoje é indeterminado.

Política do FMIO novo critério vai ao encontro

às orientações do Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional), que desde a década de 1990 propõem a fusão das receitas para aumentar a capacidade de geração de superávit primário e pagamento das dívidas pú-blicas nos países subdesenvolvidos.

Documento elaborado em setem-bro deste ano pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas), ligado ao Ministério do Planejamento, apontava como a principal vantagem da Super-Receita o fato de que “um fiscal faria o trabalho de dois”, arre-cadando verbas relativas ao INSS e à Receita Federal.

O Sinsprev sediou, nos dias 2 e 3 de dezembro, o 2º Encontro da Intersindical, que contou com a participação de cerca de 360 pessoas representando 60 entidades sindicais, 18 oposições e vários movimentos sociais.

No último dia 14, o plenário do Senado aprovou o PLC 20/2006 (o projeto que regulamenta a Su-per-Receita) com um único voto contra, da senadora Heloísa Hele-na (PSOL-AL). A proposta foi apro-vada com várias emendas ao texto saído da Câmara dos Deputados e, por isso, volta àquela casa le-gislativa. A situação dos trabalha-dores que serão transferidos para a Secretaria da Receita do Brasil mas continuarão lotados no Mi-nistério da Previdência (os fixados), no entanto, segue indefinida. Para os dirigentes da federação nacio-nal (Fenasps) que participaram das atividades no Congresso Nacional na semana em que o projeto foi votado, os acordos entre governo

e a “oposição” de direita (capita-neada pelo PSDB e o PFL) criaram uma verdadeira barreira às emen-das de interesse dos servidores no Senado.

O retorno do projeto à Câma-ra dá mais tempo para continuar a luta contra a fusão dos fiscos, mas é importante ressaltar que entre os deputados o governo tem ampla maioria, o que exigi-rá uma intensa pressão sobre os parlamentares para que eles vo-tem contra a proposta.

Na avaliação dos dirigentes da federação, a Super-Receita não deve ser votada ainda este ano na Câmara, devido ao reces-so parlamentar (de 22 de dezem-bro a 15 de janeiro).

“Receitão” é aprovado no Senado e volta à Câmara

Representantes de diversas categorias, o advogado Plínio de Arruda Sampaio e juristas durante o ato de lançamento da frente de luta

Auditório do Sinsprev lotou durante encontro da Intersindical

Foto: Arquivo Unafisco

Foto: João Zinclair

Página 08 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 238 19 de janeiro de 2007

Fenasps marca Marcha da Seguridade e reafirma luta pela carreira e 47,11%

VI Plenária Estatutária

Com a presença de 237 delegados de todo o país, a última plenária nacional da Fenasps fortaleceu a organização das lutas setoriais e gerais. Como par-te da mobilização contra as reformas neoliberais previstas para este ano e em defesa da carreira da Seguridade Social, a plenária decidiu construir uma grande marcha da categoria a Brasília, ainda no pri-meiro semestre de 2007.

A continuidade da luta pela construção do ramo e o rechaço à política do governo de impor gratifi-cações produtivistas ao invés de recomposição dos vencimentos básicos (levados para a aposentadoria) também foi decisão da plenária, que aprovou ainda um plano de lutas (leia quadro ao lado).

Sinsprev será ponta de lança na organização do plebiscito

pela saída da CUTA plenária debateu também a relação da federa-

ção com a Central Única dos Trabalhadores. Este foi um dos momentos mais tensos. Os setores que defendiam a manutenção da filiação à CUT abando-naram a plenária.

Os delegados da Corrente Sindical Classista, da Corrente Socialista Democrática e da Articulação Sindical (a mesma do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ex-presidente da CUT) demonstraram profundo desrespeito às posições da categoria.

“Consideramos grave a atitude destes delega-dos que deixaram de lado a defesa dos interesses da categoria e privilegiaram a defesa do governo, que está retirando direitos e arrochando os servidores, e da CUT, que defendeu a reforma da previdência e abandonou a defesa dos servidores públicos. Consi-deramos antidemocrática a postura destes delegados que se recusam a discutir na categoria a relação da Fenasps com a CUT e que querem negar aos mi-lhares de servidores da base da Federação o direi-to a decidir sobre essa questão. Ao romper com a Plenária da Fenasps estes setores jogam contra os interesses da categoria e cumprem o papel de quin-ta coluna do governo, que vem endurecendo nas negociações com os servidores. (...) Estes mesmos grupos políticos já se retiraram por mais de 10 anos da Federação e tiveram que se render à vontade dos trabalhadores e voltar para a vida cotidiana da Fede-ração. A Fenasps seguirá existindo forte, combativa e independente de governos e partidos, defendendo intransigentemente as reivindicações dos trabalha-dores da Saúde, da Previdência e do Trabalho”. O trecho acima é da carta, cuja íntegra está disponível na página do sindicato na internet (www.sinsprev.org.br).

Foi aprovada a realização de um plebiscito so-bre o tema, que ouvirá toda a categoria, na primei-ra quinzena de maio de 2007. O Sinsprev, que tem decisão de assembléia pela desfiliação da Central, posição ainda não aprovada em outros estados que já debateram o tema e tendem a deliberar pela saída da CUT, será ponta de lança na organização do ple-biscito e na defesa da desfiliação.

A plenária estatutária da federação nacional (Fenasps), realizada de 7 e 10 de dezembro, em Brasília, reafirmou a luta contra as reformas neoliberais preparadas para o segundo mandato de Lula e aprovou a participação da categoria no En-contro Nacional Sindical e Popular Contra as Reformas Neoliberais. Marcha da Seguridade vai ao DF no início de 2007

PARA A CATEGORIA- Manter posição contra as gratificações de de-sempenho com avaliação de produtividade.- Incorporação imediata de todas as gratificações.- Jornada de até 30 horas para todos, sem re-dução de salário.- Lutar pela redução do prazo do PCCS da Segu-ridade Social, nos moldes do acordo do INSS.- Construir um seminário nacional do INSS para avaliar a situação da categoria e planejar a in-tervenção contra a implementação de medidas que privatizam a Previdência e retiram direitos.- Contra a Super-Receita.- Avançar nas discussões sobre o andamento das reivindicações da categoria no GT da Se-guridade Social, com o objetivo de preparar a categoria para, no primeiro semestre de 2007, deflagrar uma greve nacional por tempo inde-terminado, caso seja necessário.- Intensificar a mobilização para garantir o cum-primento dos acordos de greve e a correção das MPs 301 e 304.- Organizar a mobilização dos aposentados para garantir a paridade e realizar encontros regionais de aposentados e pensionistas pelos sindicatos.- Reconhecer o Regime Jurídico Único como a melhor legislação ordenadora do serviço públi-co nesse momento e lutar pela revogação dos contratos temporários abusivamente usados pe-los governos FHC e Lula, que representam um retrocesso nos direitos dos trabalhadores e fa-zem parte do arcabouço da ‘reforma’ adminis-trativa atualmente em curso, aprofundada pela ‘reforma’ da Previdência.- Buscar ampliar a luta em defesa da Previdência Pública de qualidade e contra a retirada de direi-

tos, como a “alta programada”.- Realizar um seminário sobre saúde do trabalha-dor, estimulando a organização por local de tra-balho e exigir melhores condições de trabalho.- Reivindicar a criação de uma mesa sobre car-reira no Ministério do Planejamento, com base no artigo 36 do PLC 20/2006.- Lutar pela liberação de verbas no orçamento de 2007 para o atendimento das reivindicações da categoria e contrapor a denúncia do paga-mento da dívida externa ao discurso de falta de dinheiro do governo Lula.- Apresentar denúncia no Ministério Público contra a GEAP, por falta de prestação de serviços de qua-lidade e verificar a possibilidade de mover ação judicial contra a Fundação após análise da resolu-ção normativa 137 da Agência Nacional de Saú-de e da portaria 1983 do MPOG, sobre os planos de saúde suplementares dos servidores públicos.- Contra a criminalização dos servidores.

GERAIS

- Salário mínimo do DIEESE.- Ampliar a campanha pela anulação da ‘refor-ma’ da Previdência e reafirmar a luta contra as reformas neoliberais do governo Lula.- Participar política e financeiramente da cam-panha “Nenhum direito a menos, avançar nas conquistas” para derrotar as políticas que reti-ram direitos e conquistas dos trabalhadores.- Abrir o debate na base da categoria sobre a par-ticipação da Fenasps na CUT e realizar ainda em 2007 um plebiscito nacional para que os trabalha-dores decidir a relação da Fenasps com a Central.- Repúdio à criminalização dos movimentos sociais.- Articular uma agenda conjunta de combate ao machismo, o racismo e a homofobia.

Confira as principais resoluções da plenária

Foto: Valéria

Mesa da VI Plenária Nacional Estatutária da Fenasps