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ACIDENTES INDUSTRIAIS MAIORES: AUTORIZAÇÃO E … file- Discutir com o empregador qualquer perigo potencial que considere que possa causar um acidente maior, podendo informar a autoridade

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ACIDENTES INDUSTRIAIS MAIORES: AUTORIZAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO

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2 O Brasil é signatário da Convenção nº 174 da OIT - Decreto nº 4.085 de 15 de Janeiro de 2002 regulamenta a Convenção Internacional nº 174 e a Recomendação nº 181 sobre a Prevenção de Acidentes Industriais Maiores

• Responsabilidade dos Empregadores:

- Identificar toda instalação exposta a riscos de acidentes maiores que estiverem sob seu controle/administração; - Notificar à autoridade competente toda instalação exposta a riscos de acidentes maiores que for identificada (existente ou em caso de nova instalação - antes de colocá-la em funcionamento ou em caso de fechamento definitivo notificar sobre os riscos de a acidentes industriais maiores ); - Manter sistema documentado de prevenção de riscos de acidentes maiores; - Preparar um Relatório de Segurança que deverão ser enviados ou disponibilizados à autoridade competente;

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3 • Direitos e Obrigações dos Trabalhadores e seus Representantes:

- Serem consultados em caso de instalação exposta a risco de acidentes maiores, a fim de se estabelecer mecanismos apropriados de cooperação, visando a garantia de um sistema seguro de trabalho;

- Ampla informação sobre riscos e conseqüências, assim como sobre qualquer instrução ou recomendação feita por autoridade competente;

- Ser consultado para a preparação dos seguintes instrumentos, bem como ter acesso aos mesmos (Relatório de Segurança, planos e procedimentos de emergência, relatórios sobre os acidentes);

- Ser instruído e treinado nas práticas e procedimentos de acidentes maiores e de controle para evitar acidentes maiores, bem como instruído sobre procedimentos de emergência a serem seguidos; - Adotar medidas corretivas e, em caso necessário, interromper a atividade, quando houver justificativa razoável para acreditar que existe risco iminente de acidente maior, informar seu supervisor e acionar o alarme quando apropriado;

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4 - Discutir com o empregador qualquer perigo potencial que considere que possa causar um acidente maior, podendo informar a autoridade competente sobre os perigos. • Deveres: Os trabalhadores empregados no local de uma instalação exposta a riscos de acidentes maiores deverão: - Cumprir todos os procedimentos e práticas relativos à prevenção de acidentes maiores e ao controle de acontecimentos que possam originar um acidente;

- Cumprir com todos os procedimentos de emergência caso um acidente maior ocorra.

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5 -CERTIFICAÇÃO E LICENÇAS Para a Empresa utilizar produtos controlados não necessárias as seguintes licenças junto aos seguintes órgãos fiscalizadores:

• Polícia Federal - Departamento da Polícia Federal, através da Divisão de Repressão a Entorpecentes. Conforme a portaria 1274, efetua o controle de 146 produtos, dentre eles: acetona, ácido clorídrico ou muriático, ácido sulfúrico, anidrido Acético, permanganato de potássio, clorofórmio, cloreto de metileno, éter etílico (sulfúrico), tolueno e toluol, metil etil cetona, sulfato de sódio entre outros. • Polícia Civil - Através do Departamento de Produtos Controlados e Registros Diversos (DPCRD.), órgão da Secretaria de Segurança Pública, que controla produtos químicos, tóxicos, corrosivos, explosivos. • Exército Brasileiro - Através do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (S.F.P.C). que controla mais de 400 produtos químicos, conforme o decreto 3665 de 2000, entre estes produtos estão: ácido nítrico, alumínio em pó, cianeto de potássio, clorato de potássio, nitrato de sódio, trietanolamina entre outros.

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6 • Certificado de Regularidade do Ibama – tem validade de 03 (três) meses - Para Empresas que desenvolvam Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais. Lista das atividades prevista na Lei 10.165 de 27/12/2000. **Licença FEPAM: No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e incêndios. ** Licenças de Instalação e Operação

Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início

das obras. • Licença Instalação (LI) - Licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da

obra/empreendimento. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia.

• Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas as condições da Licença de Instalação.

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7 RESPONSABILIZAÇÃO:

Responsabilidade civil objetiva do empregador: Conceito: Responsabilidade nada mais é do que o dever de responder, na particularidade, pelo ato tido como ilícito* que tenha ocasionado dano a outrem. Ato ilícito por sua vez é conduta ou a omissão praticada por alguém, contrária à ordem legal, ocasionando dano. De Page afirma que na responsabilidade civil “a irresponsabilidade é a regra; a responsabilidade, a exceção.” Caio Mário da Silva Pereira destaca que: “A doutrina objetiva, ao invés de exigir que a responsabilidade civil seja resultante dos elementos tradicionais (culpa, dano, vínculo de causalidade entre uma e outro) assenta na equação binária cujos pólos são: o dano e a autoria do evento danoso. Sem cogitar da imputabilidade ou de investigar a antijuridicidade do fato danoso, o que importa para assegurar o ressarcimento é a verificação se ocorreu o evento e se dele emanou prejuízo. Em tal ocorrendo, o autor do fato causador do dano é o responsável.”

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8 Com a entrada em vigor do Código civil Brasileiro e 2002, houve a inclusão da responsabilidade objetiva ou responsabilidade sem culpa, que encontra previsão legal no artigo 927 parágrafo único do vigente Código Civil, com fundamento na teoria do risco**. Art. 927 § único Código Civil: Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo Parágrafo único: Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano, implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. **Teoria do Risco Criado: Toda e qualquer atividade decorrente da execução normal do contrato que implique, por sua natureza, riscos aos seus empregados ou risco a terceiros. Ocorre quando o risco já se encontra previsível e intrínseco na natureza da atividade da empresa, também pode ser considerado causa de risco para a aplicação da responsabilização objetiva: descumprimento de normas de segurança, condições inseguras de trabalho. Acidente decorrente de atividade de risco e perigosa, prescinde de qualquer apuração de culpa patronal: A indenização se mede pela extensão do dano.

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9 A exemplo temos a responsabilidade em acidentes nucleares, independe de culpa prevista na CF/88 em seu art. 21, XXIII, “d”. Segundo Maria Helena Diniz: “A responsabilidade objetiva funda-se num princípio de eqüidade, existente desde o direito romano: aquele que lucra com uma situação deve responder pelo risco ou pelas desvantagens dela resultantes (ubi emolumentum, ibi onus; ubi commoda, ibi incommoda).” Teorias objetivas do risco: -Risco integral – a responsabilidade decorre da própria atividade, ainda que o dano seja decorrente da atividade da vítima; -Risco proveito (artigo 2º da CLT) risco da atividade econômica – -Risco criado: risco criado por atividades lícitas, porém perigosas - a que melhor se adapta às condições de vida social, fixando-se na idéia de que, se alguém põe em funcionamento uma qualquer atividade, responde pelos eventos danosos que essa atividade gera para os indivíduos, independente de culpa.

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10 -Risco profissional: mais ampla que a teoria do risco criado, pois se aplica além das atividades empresariais perigosas, se estendendo ao empregador. Sumula 341 STF - presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto A culpa do empregador é sempre presumida e para se eximir de condenação o empregador deverá comprovar alguma das causas excludentes da responsabilidade civil. ** Excludente da responsabilidade civil objetiva: caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da vítima, auto-lesão Em se tratando de atividade que se caracteriza como perigosa, os acidentes são eventos previsíveis e podem ser neutralizados ou mesmo eliminados através da correta adoção das medidas de prevenção de riscos de acidentes, por esta razão, não poderão ser considerados meros infortúnios.

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11 CF/88 Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.” ** Se o empregador desenvolve atividade econômica que traz o risco como inerente à atividade, responderá de forma objetiva (independente da intenção), em razão da adoção da teoria do risco criado, em relação a todos os lesados, incluindo-se, obviamente, os empregados.

CONCLUSÃO

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