ACTIVIDADE MOTORA E TOXICODEPENDÊNCIA

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FRANCISCO JOS FLIX SAAVEDRA

ACTIVIDADE MOTORA E TOXICODEPENDNCIAEstudo sobre o efeito de um programa especfico de actividade fsica numa populao toxicodependente

Tese de Doutoramento

Volume I

UNIVERSIDADE DE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO VILA REAL, 2004

Este trabalho foi expressamente elaborado com vista obteno do grau de Doutor em Cincias do Desporto, de acordo com o disposto no n1 do Artigo 17 do Decreto-Lei 216/92, de 13 de Outubro.

"No basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornar assim uma mquina utilizvel e no uma personalidade. necessrio que adquira um sentimento, um senso prtico daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que belo, do que moralmente correcto."

Albert Einstein

minha me, pois sem ela no seramos o que somos. Aos meus irmos, Maria Jos e Paulo. Yolanda e ao Jos Joo, pelo sentido que do nossa vida.

Agradecimentos

Agradecimentos Apesar do carcter individual inerente a este tipo de trabalhos, tivemos o apoio e usufrumos dos conhecimentos, do esforo e dedicao de vrias pessoas, sem as quais, o caminho que percorremos seria muito mais rduo e difcil. Deste modo, gostaramos de expressar, de forma bem vincada, apesar da dificuldade em conseguir transcrever para o papel, o nosso profundo agradecimento: Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente ao seu Magnfico Reitor, Senhor Professor Doutor Armando Mascarenhas Ferreira; ao Presidente do Concelho Cientfico, Senhor Professor Doutor Jorge Azevedo, e ao Coordenador do Departamento de Desporto, Senhor Professor Doutor Miguel Videira Monteiro, pela oportunidade concedida para a consecuo deste trabalho. Ao Professor Doutor Miguel Videira Monteiro, orientador do presente trabalho, manifestamos a nossa gratido pela disponibilidade e apoio empenhado com que orientou a elaborao da tese, promovendo de forma responsvel a nossa autonomia de investigao. Referimos tambm o exemplo de verticalidade e carcter, bem como, a amizade e facilidades concedidas com que sempre nos distinguiram. Ao Professor Doutor Francisco Manuel dos Santos Madeira, o nosso reconhecimento pela sua disponibilidade, incitamento, capacidade crtica e sugestes apontadas ao longo da realizao deste trabalho. Ao Professor Doutor Joaquim da Silveira Srgio, o nosso grande apreo pelo estmulo, interesse e afabilidade manifestada. Ao Professor Doutor Jos Jacinto Branco Vasconcelos Raposo, o nosso reconhecimento pela disponibilidade e incentivos manifestados. Aos Professores Doutores Jos Carlos Gomes Leito e Jorge Manuel Azevedo Fernandes, gostaramos de agradecer pelo auxlio esclarecido e solcito que prestaram no tratamento estatstico de alguns dados.

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Agradecimentos

Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro, obrigado pela amizade, solidariedade, estimulo e interesse sempre manifestadas. Clnica de Recuperao de Alcolicos e Narcticos (RAN), nas pessoas da sua Direco Geral, Senhor Marcos Alexandre Veiga Correia; sua Direco Teraputica, Senhor Antnio Manuel Veiga Correia; sua Direco Clnica, Dr. Rui Augusto Moreira e Coordenao Teraputica, Senhor Jos Paulo Matos de Carvalho, gostaramos de expressar o nosso reconhecimento, por nos terem acolhido no seu seio e pela disponibilizao dos residentes da Comunidade Teraputica, como elementos constituintes da nossa amostra. Aos residentes da Clnica RAN, que participaram neste estudo, o nosso agradecimento pela amizade, confiana e empatia que desenvolvemos ao longo dos meses de trabalho. Sem eles nada teria sido possvel, por isso, tambm lhes dedicamos a presente dissertao. Esperamos que o trabalho por ns desenvolvido, possa ter constitudo um importante auxiliar no processo de recuperao. A todos os colegas do Departamento de Desporto da UTAD agradecemos as provas de amizade e apoio desinteressado, manifestado durante a realizao do trabalho e pelo incentivo nos momentos difceis. Ao Dr. Manuel Antnio Cardoso Alves Vieira, o nosso obrigado, pela sua ajuda e colaborao, na realizao de algumas das sesses do programa de treino. Aos funcionrios do Departamento de Desporto da UTAD, que de diferentes maneiras contriburam para tornar possvel a pesquisa desenvolvida o nosso obrigado. Aos Servios Grficos da UTAD, o nosso reconhecimento pelo empenho com que procederam aos trabalhos de reproduo e encadernao. minha me, um agradecimento muito especial pela reviso atenta e cuidada deste documento.

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Agradecimentos

A todos aqueles que desde sempre nos incentivaram e que de uma forma ou de outra nos apoiaram, embora no tendo uma referncia particular no sero, contudo, esquecidos. A toda a minha famlia, em tudo inexcedveis, pelo apoio incondicional, motivao e confiana, com que sempre acompanharam este trabalho e para o qual no h palavras que possam exprimir a minha gratido. Por fim, mas no menos importante Yolanda e ao Jos Joo, por tudo o que representam para mim.

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RESUMO

Resumo A relao entre a actividade fsica e a sade, tem vindo a ser gradualmente associada com a qualidade de vida, a qual tem sido incorporada no discurso da Educao Fsica e das Cincias do Desporto, em funo da relao positiva que se estabelece entre a actividade fsica e melhores padres de sade e bem-estar. A evidncia de que o homem contemporneo utiliza cada vez menos as suas potencialidades corporais, associada ao baixo nvel de actividade fsica, assume-se como factor decisivo no desenvolvimento de doenas degenerativas. Deste modo, necessrio promover mudanas no estilo de vida, incorporando a prtica de actividades fsicas no quotidiano. necessrio despertar o indivduo para o valor do exerccio fsico, como factor de melhoria da qualidade de vida, bem-estar e sade. O presente estudo, centra-se na anlise do efeito de um programa de treino de fora e musculao, sobre toxicodependentes. Procurmos, verificar, de que forma a actividade fsica como elemento de terapia, pode contribuir para suprir lacunas ao nvel: (i) psicolgico, (ii) da condio fsica e (iii) observar como, varia a concentrao plasmtica, de alguns neuromediadores, indicadores de stress social, atravs da aplicao de um programa de treino, com a durao de 10 semanas, adaptado em quantidade (volume e frequncia) e qualidade (intensidade, individualizao das cargas, meios e mtodos de treino mais especficos), s caractersticas da populao em estudo. De acordo com as questes centrais de investigao, e na procura de respostas, realizmos o trabalho experimental, com uma amostra constituda por 52 indivduos de ambos os sexos, residentes na Clnica RAN. O paradigma da nossa pesquisa, apresenta um desenho e delineamento experimental, em que temos dois grupos de estudo (grupo experimental versus grupo controlo), ambos submetidos a dois momentos de avaliao (avaliao diagnostica e avaliao final escala de ansiedade - EAESDIS de Watson e Friend (1969), aptido motora (Bateria Eurofit) e anlises bioqumicas (serotonina e catecolaminas fraccionadas). No entanto, s um deles (grupo experimental) sujeito ao programa de exerccio fsico, para o desenvolvimento da capacidade fsica fora muscular (10 semanas, 3 sesses/semana). Para tratar e analisar os resultados fizemos, para todas as variveis, o clculo da mdia e do desvio padro, e assim podermos descrever o conjunto de dados recolhidos. Na anlise inferencial, com o intuito de verificar a presena ou a ausncia de ganhos, aps a aplicao do programa de treino, aplicmos testes paramtricos para medidas repetidas, teste t para amostras independentes, com um nvel de significncia de p 0.05. As associaes das variveis em estudo foram analisadas atravs do coeficiente de correlao de Pearson (r). Os resultados, inerentes ao tratamento estatstico, revelaram (i) melhor aptido psicolgica do grupo experimental, (ii) relativamente s dimenses e factores de ndole da condio fsica existiram diferenas bastante acentuadas entre os dois grupos em estudo e (iii)

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RESUMO

no se verificaram diferenas entre os grupos experimental e controlo, relativamente aos neuromediadores estudados. Assim, da interpretao dos resultados, parece-nos poder afirmar que o programa de exerccio de fora muscular, aplicado a toxicodependentes em recuperao, quando realizado de forma regular e sistemtica, conduz a melhorias do nvel de ansiedade social e da condio fsica, no apresentando alteraes significativas ao nvel dos neuromediadores. Como concluso, pensamos poder inferir, que a aplicao de um programa especfico de actividade fsica a toxicodependentes, num percurso de recuperao, para alm da melhoria generalizada dos parmetros psicolgicos e da condio fsica, tambm possibilita outros ganhos que directa ou indirectamente se podero revelar bastante importantes, para o toxicmano, como tambm, para a sociedade em que ele se insere, ou melhor dizendo se ir reinserir; como por exemplo: o desenvolvimento da auto-estima, do auto-conceito, efeitos positivos sobre estados depressivos, de ansiedade, stress e bem-estar psicolgico. Julgamos que todos estes factores iro proporcionar, ao indivduo, em recuperao, ser um cidado digno e de plena interaco consigo, com a famlia a sociedade e o mercado de trabalho. O exerccio fsico, poder ser mais uma ferramenta, na forma salutar de ocupar o tempo livre, de modo, mais agradvel e acima de tudo prevenindo a recada num comportamento de risco.

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ndice Geral

ndice Geral Dedicatria ................................................................................................................. Agradecimentos ............................................................................................................. Resumo ... ndice Geral .................................................................................................................... Lista de Figuras .............................................................................................................. Lista de Grficos ............................................................................................................ Lista de Quadros ............................................................................................................ Lista de Siglas e Abreviaturas ........................................................................................... v vii xi xiii xix xxi xxix xxxvii

1. INTRODUO .... 2. REVISO DA LITERATURA ... 2.1. Toxicodependncia e Abuso de Drogas .. 2.1.1. Uma Questo Conceptual ... 2.1.1.1. Droga versus Medicamento 2.1.1.2. Dependncia, Abuso e Intoxicao 2.1.1.3. Toxicodependncia .. 2.1.2. A procura Pelas Drogas 2.1.2.1. Prevalncia do uso de substncias psicoactivas entre a populao jovem da Unio Europeia (EU) ... 2.1.2.2. Prevalncia do uso de substncias psicoactivas entre a populao estudantil Portuguesa .. 2.2. Abordagem Classificao das Drogas .. 2.2.1. Os diferentes tipos de droga .... 2.2.1.1. Depressoras do SNC ou Psicolpticos A. Analgsicos Opiceos (i) pio (ii) Morfina .. (iii) Herona . (iv) Metadona . (v) Codena . B. lcool . C. Ansiolticos ... D. Hipnticos No-Barbitricos .. E. Hipnticos Barbitricos ... F. Neurolpticos (no relevantes) . G. Anti-histamnicos (no relevantes) ...

3 13 15 19 19 21 31 37 41 47 66 72 72 77 79 80 82 83 84 92 96 96 98 98

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ndice Geral

2.2.1.2. Estimulantes do SNC ou Psicoanalpticos A. Anfetaminas . B. Ecstasy (XTC) .. C. Cocana . D. Crack . E. Xantinas F. Tabaco .. 2.2.1.3. Perturbadores do SNC ou Psicodislpticos A. Cannabis ... B. Alucinogneos . 1. cido Lisrgico (LSD) .. 2. Mescalina ... C. Ciclohexilaminas . D. Solventes Volteis ou Inalantes 2.3. Substncias Psicoactivas, Doena, Sade e Exerccio Fsico . 2.3.1. Actividade Fsica e Sade 2.3.1.1. Definies e Conceitos (i) Actividade Fsica .. (ii) Exerccio Fsico ... (iii) Aptido Fsica . (iv) Sade .. 2.3.2. Benefcios do Exerccio para a Sade. 2.3.3. Actividade Fsica e Recuperao de Toxicodependentes .. 2.4. Factores Biolgicos e Toxicodependncia .. 2.4.1. Sistemas neurobiolgicos e abuso de drogas 2.4.2. Estudos genticos .. 3. MATERIAL E MTODOS 3.1. Programa Teraputico . 3.1.1. Identificao da Instituio ... 3.1.2. Caracterizao do Modelo Teraputico . 3.1.3. Filosofia Inerente ao Programa Teraputico . 3.1.3.1. Actividade Psicoteraputica (i) Terapia Individual (ii) Terapia de Grupo (iii) Meditao (iv) Palestras . 3.1.3.2. Half-Way 3.1.3.3. Programa Familiar 3.1.3.4. After Care .. 3.1.3.5. Programa de Reinsero Profissional ..xiv

99 102 107 115 117 119 123 130 130 132 133 135 140 143 146 146 148 150 153 154 157 171 174 184 205 205 206 207 210 211 211 212 212 212 212 213 213 213

ndice Geral

3.2. Condicionalismos e Critrios de Seleco da Amostra . 3.3. Caracterizao da Amostra 3.4. Procedimentos para a Recolha dos Dados . 3.4.1. Normalizao Ecolgica 3.4.2. Normalizao das Condies de Aplicao .. 3.5. Processos de Medida .. 3.5.1. Parmetros Psicolgicos .. 3.5.1.1. Ansiedade Social .. A. Conceito de Fobia Social ... 3.5.2. Avaliao da Condio Fsica .. 3.5.3. Anlises Bioqumicas 3.6. Materiais e Instrumentos . 3.6.1. Parmetros Psicolgicos .. 3.6.2. Avaliao da Condio Fsica . 3.6.2.1. Avaliao do Equilbrio 3.6.2.2. Avaliao da Flexibilidade (sit and reach test) 3.6.2.3. Impulso Horizontal . 3.6.2.4. Dinamometria de Mo . 3.6.2.5. Abdominal (sit-ups) .. 3.6.2.6. Suspenso de Braos . 3.7. Planos e Programas de Treino .. 3.7.1. Apresentao dos programas de treino . 3.7.1.1. Plano de Treino Base .. 3.7.1.2. Programa de Treino Sala de Musculao 3.8. Delineamento e Calendarizao do Trabalho Experimental . 3.9. Procedimentos Estatsticos 3.10. Objectivos e Hipteses do Estudo .. 3.10.1. Definio das variveis ... 3.10.1.1. Variveis dependentes .. 3.10.1.2. Variveis independentes .. 4. APRESENTAO DOS RESULTADOS .. 4.1. Dados da Anamnese ... 4.1.1 Dados sociogrficos .. 4.1.1.1. Estado civil 4.1.1.2. Habilitaes acadmicas 4.1.1.3. Profisso 4.1.2. Historial Mdico .. 4.1.2.1. Doenas ou problemas de sade diagnosticados .. 4.1.2.2. Anos de uso de drogas 4.1.2.3. Tipos de consumo, por ordem de uso ..xv

214 214 215 216 216 217 218 218 219 221 223 224 224 224 224 224 225 225 225 225 225 231 231 232 237 238 239 240 241 241 245 246 246 246 247 248 249 249 253 253

ndice Geral

4.1.3. Historial Desportivo 4.1.3.1. Costumava fazer alguma actividade fsica .. 4.1.3.2. Qual o numero de treinos/aulas por semana . 4.1.3.3. H quanto tempo j no pratica qualquer tipo de actividade fsica 4.2. Anlise exploratria dos dados .. 4.2.1. Caracterizao dos nveis de Ansiedade Social ... 4.2.1.1.Tento evitar situaes que me obrigam a ser socivel ... 4.2.1.2. No tenho um desejo particular em evitar pessoas 4.2.1.3. Se tenho oportunidade para conhecer pessoas, normalmente aproveito as ocasies para o fazer ... 4.2.1.4. Normalmente sinto-me descontrado(a) quando estou com um grupo de pessoas . 4.2.1.5. Normalmente quero manter-me afastado das pessoas . 4.2.1.6. Geralmente sinto-me desconfortvel quando estou com um grupo de pessoas que no conheo 4.2.1.7. Normalmente sinto-me descontrado(a) quando conheo algum pela primeira vez 4.2.1.8. impensvel entrar numa sala cheia de pessoas que me so estranhas . 4.2.1.9. Quando os meus superiores querem falar comigo, falo de boa vontade . 4.2.1.10. Tendo a afastar-me das pessoas 4.2.1.11. Normalmente arranjo desculpas para evitar compromissos sociais . 4.2.1.12. Por vezes assumo a responsabilidade de apresentar pessoas umas s outras . 4.2.2. Caracterizao das Provas de Aptido Motora . 4.2.2.1. Equilbrio Geral (Teste de Flamingo) 4.2.2.2. Flexibilidade (Sit and reach) ... 4.2.2.3. Impulso Horizontal . 4.2.2.4. Dinamometria 4.2.2.5. Abdominal (Sit-ups) . 4.2.2.6. Suspenso na Barra 4.2.3. Caracterizao das Anlises Clnicas 4.2.3.1. Qumica Clnica Serotonina . 4.2.3.2. Endocrinologia Catecolaminas Fraccionadas .. 4.2.3.2.1. Adrenalina 4.2.3.2.2. Noradrenalina .. 4.2.3.2.3. Dopamina .

261 261 262 263 266 267 267 269 272 274 277 281 283 286 289 291 294 298 300 300 301 303 307 308 313 317 317 322 322 327 331

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ndice Geral

4.3. Estatstica Inferencial .. 4.3.1. Comparao Entre as Variveis em Estudo .. 4.3.1.1. Caracterizao dos Nveis de Ansiedade Social 4.3.1.2. Caracterizao das Provas de Aptido Motora ... 4.3.1.3. Caracterizao das Anlises Clnicas .. 4.3.2. Correlao Entre as Variveis em Estudo . 5. DISCUSSO DOS RESULTADOS 5.1. Variveis Descritivas ... 5.1.1. Dados Sociogrficos .. 5.1.2. Historial Mdico .. 5.1.3. Historial Desportivo 5.2. Variveis de Resultado ... 5.2.1. Nveis de Ansiedade Social .. 5.2.2. Provas de Aptido Motora 5.2.3. Anlises Clnicas 5.2.4. Relao Entre as Variveis em Estudo .. 6. CONCLUSES . A - Nveis de Ansiedade Social .. B - Provas de Aptido Motora . C - Anlise Clnicas .. 6.1. Recomendaes .. 6.2. Novas Propostas de Trabalho 7. BIBLIOGRAFIA .

335 336 336 341 344 346 351 351 351 353 355 356 356 358 361 362 369 369 370 371 372 373 377

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Lista de Figuras

Lista de Figuras Figura 2.1. Papoila Papaver Somniferum . Figura 2.2. Extraco da pasta leitosa de pio Figura 2.3. Representao de um frasco de morfina .. Figura 2.4. Representao de herona .. Figura 2.5. Metadona. Vrias formas de apresentao .. Figura 2.6. Bebidas alcolicas ....... Figura 2.7. Hiptese de Himmelsbach de neuroadaptao presena de substncias psicoactivas. (Fonte: Littleton JM, 1998) (Littleton J.M., 1998. 89 89 90 90 92 99 103 107 Neurochemical mechanisms Underlying Alcohol Withdrawal. Alcohol Health Res World) ...................................................................................................... Figura 2.8. Bases neurobiolgicas e sintomatologia da SAA Figura 2.9. Gravidade e durao dos sinais e sintomas da SAA. (Fonte: Freedland et al. 1993) . Figura 2.10. Perodos da SAA mais provveis para o aparecimento de tremores, hiperactividade e convulses. (Fonte: Freedland et al., 1993) . Figura 2.11. Cpsulas e comprimidos de Benzodiazepinas .. Figura 2.12. Cpsulas de anfetaminas .. Figura 2.13. Comprimidos de ecstasy ... Figura 2.14. Arbusto de Coca (Erythroxylon Coca) de onde extrada a Cocana ... Figura 2.15. Processo de transformao da cocana, indicando tambm seus subprodutos (UNODCCP, 2001). (Fonte: United Nations Office for Drug Control and Crime Prevention UNODCCP, 2001) ... Figura 2.16. Cocana em p Figura 2.17. Efeito da cocana no crebro. (Netter, 1995) . Figura 2.18. Principais complicaes decorrentes da overdose de cocana. (Fonte: Benowitz; 1992) Figura 2.19. Aco da cocana sobre o aparelho cardiovascular. (Fonte: Chakko & Myerburg, 1995) Figura 2.20. Dois tipos de cachimbos de fabrico caseiro para fumar Crack. Gros de crack ... Figura 2.21. Representao da a) Planta de caf e b) Cafena - Mesilato de dihidroergotamina Paracetamol - Analgsico, Anticefaleico .. Figura 2.22. Planta do tabaco, nicotiniana tabacum ... Figura 2.23. Plantao de Cannabis Sativa . Figura 2.24. Um consumidor a fumar um charro . Figura 2.25. Espiga de centeio ... Figura 2.26. Fotografia do peyote, Lophophora Williamsii (Fundao Peyote) .. Figura 2.27. Inalao de uma substncia voltil .. 118 119 123 125 130 133 135 115 114 113 108 109 110 73 78 79 80 83 84

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Lista de Figuras

Figura 2.28. Modelo integrativo das manifestaes comportamentais e cerebrais da sndrome do consumo habitual de drogas (Crculo vicioso da 172 174 178 toxicodependncia). (Adaptado de: Goldstein & Volkow, 2002) .. Figura 2.29. O sistema de recompensa. (Extrado de: Science, 1997, 278) .. Figura 2.30. Esquema de uma sinapse dopaminrgica libertando DA para um neurnio no NAcb. (Adaptado de: Hope, 1996) ... Figura 2.31. Variabilidade fenotpica: linhagens inatas (conjunto de indivduos idnticos geneticamente). Representao esquemtica dos factores envolvidos na variabilidade das respostas s drogas em estudos com vrias linhagens inatas testadas sob condies ambientais controladas . Figura 2.32. Os factores especficos de transcrio das protenas ligam-se a sequncias especficas de DNA chamados ampliadores na regio reguladora de um gene chamado promotor. Estes factores de transcrio interagem ambos directa ou indirectamente quer ligao desencadeadora ou inibidora do complexo de iniciao da polmerase do RNA (factores de transcrio gerais). A ligao deste complexo aos locais de iniciao desencadeia a transcrio e forma o ritmo da transcrio de quase todos os genes. (Adaptado de: Hope, 1996) ...... Figura 3.1. Conjunto de testes seleccionados para avaliar a condio fsica . 194 223 187

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Lista de Grficos

Lista de Grficos Grfico 2.1. Prevalncia ao longo da vida do alcoolismo e do consumo de substncias ilcitas (estudantes de 15 e 16 anos). (Fonte: ESPAD Projecto Europeu de Inquritos Escolares, 1999) .. Grfico 2.2. Prevalncia do consumo de substncias (lcitas e ilcitas) (%), ao longo da vida. European School Survey Project on Alcohol and other Drugs - 1999 (ESPAD), estudantes com 16 anos. (Adaptado de: Instituto Portugus da Droga e Toxicodependncia IPDT. (INME - 2001) 2001. Relatrio Anual do Fenmeno da Droga. Lisboa.) .. Grfico 2.3. Prevalncia do consumo de substncias psicoactivas (%), ao longo da vida. European School Survey Project on Alcohol and other Drugs - 1999 (ESPAD), estudantes com 16 anos. (Adaptado de: Instituto Portugus da Droga e Toxicodependncia IPDT. (INME - 2001) 2001. Relatrio Anual do Fenmeno da Droga. Lisboa.) .. Grfico 2.4. Prevalncia do uso de drogas em adolescentes e jovens portugueses, estudantes do 7, 8 e 9 anos (3 Ciclo do Ensino Bsico). (Adaptado de: Feijo, F; Lavado, E., (2001), INME - 2001, 3 Ciclo do Ensino Bsico. Consumo de drogas e outras substncias psicoactivas, Lisboa, NI/IPDT) Grfico 2.5. Comparao da prevalncia do consumo de substncias psicoactivas (%), ao longo da vida (ESPAD-1999 vs INME-2001). (Adaptado de: Feijo, F; Lavado, E. (2001), INME - 2001, 3 Ciclo do Ensino Bsico. Consumo de drogas e outras substncias psicoactivas, Lisboa, NI/IPDT) Grfico 2.6. Comparao da prevalncia do consumo de substncias (lcitas e ilcitas) (%), ao longo da vida (ESPAD-1999 vs INME-2001). (Adaptado de: Feijo, F; Lavado, E. (2001), (INME - 2001) 2001, 3 Ciclo do Ensino Bsico. Consumo de drogas e outras substncias psicoactivas, Lisboa, NI/IPDT) Grfico 2.7. Prevalncia do consumo de substncias psicoactivas (%), ao longo da vida, por distrito e regies autnomas (INME - 2001). (Adaptado de: Feijo, F; Lavado, E. (2001), INME - 2001, 3 Ciclo do Ensino Bsico. Consumo de drogas e outras substncias psicoactivas, Lisboa, NI/IPDT) Grfico 2.8. Prevalncia do consumo de cannabis (%), ao longo da vida, por distrito e regies autnomas (INME - 2001). (Adaptado de: Feijo, F; Lavado, E. (2001), INME - 2001, 3 Ciclo do Ensino Bsico. Consumo de drogas e outras substncias psicoactivas, Lisboa, NI/IPDT) . Grfico 2.9. Prevalncia do consumo de outras drogas (sem cannabis) (%), ao longo da vida, por distrito e regies autnomas (INME - 2001). (Adaptado de: Feijo, F; Lavado, E. (2001), INME - 2001, 3 Ciclo do Ensino Bsico. Consumo de drogas e outras substncias psicoactivas, Lisboa, NI/IPDT) Grfico 3.1. Frequncia da distribuio das idades da amostra ...xxi

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Lista de Grficos

Grfico 4.1. Representao grfica da frequncia de distribuio do estado civil . Grfico 4.2. Representao grfica da frequncia de distribuio das habilitaes acadmicas Grfico 4.3. Representao grfica da distribuio de frequncias da actividade profissional . Grfico 4.4. Representao grfica da distribuio de frequncias alcoolismo . Grfico 4.5. Representao grfica da frequncia de toxicodependncia ..... Grfico 4.6. Representao grfica da frequncia de doena heptica (Hepatite C) ... Grfico 4.7. Representao grfica da frequncia de indivduos com tuberculose ... Grfico 4.8. Representao grfica da frequncia de indivduos com epilepsia Grfico 4.9. Representao grfica da frequncia de indivduos com vrus da imunodeficincia humana (VIH) . Grfico 4.10. Representao grfica da frequncia do nmero de anos de uso de drogas . Grfico 4.11. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, lcool . Grfico 4.12. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, cannabis Grfico 4.13. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, marijuana .. Grfico 4.14. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, pio Grfico 4.15. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, morfina .. Grfico 4.16. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, ecstasy .. Grfico 4.17. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, cidos Grfico 4.18. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, herona .. Grfico 4.19. Representao grfica da frequncia, por ordem de uso, cocana .. Grfico 4.20. Representao grfica da frequncia, dos hbitos de prtica desportiva ... Grfico 4.21. Representao grfica da frequncia, do tipo de actividade/modalidade desportiva praticada . Grfico 4.22. Representao grfica da frequncia, do tempo que no praticam actividade fsica . Grfico 4.23. Representao grfica da frequncia, do tempo h que no praticam actividade fsica . Grfico 4.24. Frequncia de indivduos com diferentes problemas de sade diagnosticados .. Grfico 4.25. Representao grfica, da frequncia do tipo de consumo por ordem de uso (inicial, intermdio e final) Grfico 4.26. Caixa de bigodes dos valores do evitamento de situaes que obrigam o indivduo a ser socivel (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.27. Representao grfica do valor mdio dos valores do evitamento de situaes que obrigam o indivduo a ser socivel (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .xxii

246 247 249 250 250 251 251 252 252 253 254 255 255 256 257 258 259 259 260 261 262 263 264 265 266

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Lista de Grficos

Grfico 4.28. Caixa de bigodes dos valores do desejo em evitar pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.29. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores do desejo particular em evitar pessoas no grupo controlo no pr-teste Grfico 4.30. Representao grfica do valor mdio do conjunto de valores do desejo particular em evitar pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.31. Caixa de bigodes dos valores relativos ao aproveitamento de ocasies para conhecer pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.32. Representao grfica do valor mdio do conjunto de valores relativos ao aproveitamento de ocasies para conhecer pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.33. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos se sentem (mais ou menos descontrados), quando esto com um grupo de pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.34. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores da forma como os indivduos se sentem (mais ou menos descontrados), quando esto com um grupo de pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.35. Representao grfica do valor mdio do conjunto de valores relativos questo 4 - Normalmente sinto-me descontrado(a) quando estou com um grupo de pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.36. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos se relacionam com outras pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e PsTeste) .. Grfico 4.37. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores da avaliao inicial (pr-teste), no grupo experimental, da questo 5 Normalmente quero manter-me afastado das pessoas . Grfico 4.38. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores da avaliao final (ps-teste), no grupo controlo, da questo 5 Normalmente quero manter-me afastado das pessoas . Grfico 4.39. Representao grfica do valor mdio do conjunto de valores relativos questo 5 - Normalmente quero manter-me afastado das pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.40. Caixa de bigodes dos valores relativos forma como os indivduos se sentem quando esto num grupo de pessoas que no conhecem (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste)

269 270

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Lista de Grficos

Grfico 4.41. Representao grfica do valor mdio do conjunto de valores relativos questo 6 Geralmente sinto-me desconfortvel quando estou com um grupo de pessoas que no conheo (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.42. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos se sentem quando conhecem algum pela primeira vez (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.43. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores da avaliao inicial (pr-teste), no grupo experimental, da questo 7 Normalmente sinto-me descontrado quando conheo algum pela primeira vez .................................................................................. Grfico 4.44. Representao grfica do valor mdio do conjunto de valores relativos questo 7 Normalmente sinto-me descontrado(a) quando conheo algum pela primeira vez (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.45. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos se sentem quando entram numa sala cheia de pessoas que lhes so estranhas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.46. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores da avaliao inicial (pr-teste), no grupo experimental, da questo 8 impensvel entrar numa sala cheia de pessoas que me so estranhas . Grfico 4.47. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores da avaliao inicial (pr-teste), no grupo controlo, da questo 8 impensvel entrar numa sala cheia de pessoas que me so estranhas . Grfico 4.48. Representao grfica do valor da mdia da questo 8 impensvel entrar numa sala cheia de pessoas que me so estranhas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.49. Caixa de bigodes dos valores relativos forma como os indivduos falam com os seus superiores (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) ................................................................................................... Grfico 4.50. Representao grfica do valor da mdia da questo 9 Quando os meus superiores querem falar comigo, falo de boa vontade (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.51. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos interagem com outras pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e PsTeste) .. Grfico 4.52. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade; do conjunto de valores da avaliao final (ps-teste), no grupo controlo; da questo 10 Tendo a afastar-me das pessoas .. 292 292 291 290 289 287 287 286 285 284 283 282

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Lista de Grficos

Grfico 4.53. Representao grfica do valor da mdia da questo 10 Tendo a afastar-me das pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.54. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos reagem aos compromissos sociais (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .................................................................................... Grfico 4.55. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade; do conjunto de valores da avaliao final (ps-teste), no grupo controlo; da questo 11 Normalmente arranjo desculpas para evitar compromissos sociais Grfico 4.56. Representao grfica do valor da mdia da questo 11 Normalmente arranjo desculpas para evitar compromissos sociais (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.57. Caixa de bigodes relativa forma como os indivduos assumem a responsabilidade de apresentar pessoa sumas s outras (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.58. Representao grfica do valor da mdia da questo 12 Por vezes assumo a responsabilidade de apresentar pessoas umas s outras (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.59. Caixa de bigodes dos valores referentes prova de aptido motora equilbrio (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) . Grfico 4.60. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes prova de aptido motora - equilbrio (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.61. Caixa de bigodes dos valores referentes prova de aptido motora flexibilidade (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.62. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes prova de aptido motora - flexibilidade (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) ... Grfico 4.63. Caixa de bigodes dos valores referentes prova de aptido motora salto de impulso horizontal (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.64. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de referentes prova de aptido motora salto de impulso horizontal no grupo experimental no pr-teste Grfico 4.65. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes prova de aptido motora impulso horizontal (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.66. Caixa de bigodes dos valores referentes prova de aptido motora dinamometria (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) . 307 306 304 304 303 302 301 301 299 299 297 296 295 294

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Lista de Grficos

Grfico 4.67. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes prova de aptido motora - dinamometria (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) ... Grfico 4.68. Caixa de bigodes dos valores referentes prova de aptido motora abdominal (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) ... Grfico 4.69. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de referentes prova de aptido motora abdominal no grupo experimental no pr-teste .. Grfico 4.70. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de referentes prova de aptido motora abdominal no grupo controlo no pr-teste Grfico 4.71. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de referentes prova de aptido motora abdominal no grupo controlo no ps-teste Grfico 4.72. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes prova de aptido motora abdominal (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.73. Caixa de bigodes dos valores referentes prova de aptido motora suspenso na barra (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e PsTeste) .. Grfico 4.74. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes prova de aptido motora suspenso na barra. Grupo controlo ps-teste . Grfico 4.75. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes prova de aptido motora suspenso na barra (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.76. Caixa de bigodes dos valores referentes qumica clnica - Serotonina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.77. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de referentes qumica clnica Serotonina, no grupo experimental no pr-teste .. Grfico 4.78. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de referentes qumica clnica Serotonina, no grupo controlo no pr-teste ... Grfico 4.79. Representao grfica do valor mdio dos valores referentes qumica clnica Serotonina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e PsTeste) .. Grfico 4.80. Caixa de bigodes dos valores endocrinolgicos referentes s catecolaminas fraccionadas - Adrenalina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.81. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Adrenalina, no grupo experimental no pr-teste 324 323 322 319 319 319 317 315 314 313 310 310 310 309 308

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Lista de Grficos

Grfico 4.82. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Adrenalina, no grupo controlo no pr-teste ................................................................................... Grfico 4.83. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Adrenalina, no grupo controlo no ps-teste ... Grfico 4.84. Representao grfica do valor mdio dos dados do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas Adrenalina (Grupo 327 Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.85. Caixa de bigodes dos valores endocrinolgicos referentes s catecolaminas fraccionadas - Noradrenalina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) . Grfico 4.86. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Noradrenalina, no grupo experimental no pr-teste Grfico 4.87. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Noradrenalina, no grupo controlo no ps-teste Grfico 4.88. Representao grfica do valor mdio dos dados do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Noradrenalina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.89. Caixa de bigodes dos valores endocrinolgicos referentes s catecolaminas fraccionadas - Dopamina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Grfico 4.90. Grfico Q-Q para a avaliao da normalidade do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Dopamina, no grupo controlo no pr-teste ................................................................................................. Grfico 4.91. Representao grfica do valor mdio dos dados do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas Dopamina (Grupo 335 Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Grfico 4.92. Representao grfica do valor mdio, do total das respostas, dos elementos constituintes da amostra relativamente escala de Ansiedade e Evitamento em Situaes de Desempenho e Interaco Social (Grupo Experimental - Pr e Ps-Teste vs Grupo Controlo Pr e Ps-Teste) . 340 333 332 331 329 329 328 325 324

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Lista de Quadros

Lista de Quadros Quadro 2.1. Critrios do CID-10 para uso abusivo de substncias. (Adaptado de: OMS, 1993. Classificao de transtornos mentais e de comportamento da CID10) ........................................................................................................ Quadro 2.2. Critrios diagnstico de dependncia de substncias psicoactivas. (Adaptado de: DSM IV, 1997) .... Quadro 2.3. Critrios da OMS para dependncia de substncias (CID 10). (Adaptado de: OMS Classificao de transtornos mentais e de comportamento CID 10, 1993) . Quadro 2.4. Relao entre as drogas e dependncia fsica e psquica e tolerncia. (Adaptado de: Pina, 2002) ...... Quadro 2.5. Caracterizao das substncias psicoactivas, segundo a sintomatologia da sndrome de abstinncia. (Casas, 1987; citado por Pina, 2002) .. Quadro 2.6. Prevalncia do uso de drogas em adolescentes e jovens portugueses, estudantes do 7, 8 e 9 anos (3 Ciclo do Ensino Bsico). (Fonte: GPCCD. De: Machado Rodrigues, L., et al - Pompidou Group/Council of Europe Multi-city study: Portugal: update 1995: Lisboa, GPCCD, 1996. Sntese do Relatrio Nacional do Fenmeno da Droga - 1996, Observatrio Vida) ........................................... Quadro 2.7. Prevalncia do uso de drogas em adolescentes e jovens portugueses, estudantes do 10, 11 e 12 anos (Ensino Secundrio). (Adaptado de: GPCCD. De: Machado Rodrigues, L., et al - Pompidou Group/Council of Europe Multi-city study: Portugal: update 1995: Lisboa, GPCCD, 1996. Sntese do Relatrio Nacional do Fenmeno da Droga - 1996, Observatrio Vida) ................................................................. Quadro 2.8. Classificao de Lewin. (adaptado de Reynauld, 1987) .. Quadro 2.9. Classificao das principais drogas causadoras de dependncia. (adaptado de Fonseca, 1997) . Quadro 2.10. Classificao farmacolgica das drogas. (Extrado de: Salleras e Freixa (1991). Drogodependencias y salud. Medicina Preventiva y Salud Publica, 9 edio. Barcelona) Quadro 2.11. Classificao das drogas segundo os seus efeitos, riscos, perigos e consequncias do seu uso continuado. (OMS, 1993) Quadro 2.12. Classificao das substncias psicoactivas . Quadro 2.13. Classificao genrica dos opiceos .... Quadro 2.14. Receptores opiceos Quadro 2.15. Opiceos, aspectos da farmococintica e vias de administrao Quadro 2.16. Intoxicao aguda e overdose por opiceos ............................................... Quadro 2.17. Sndrome de abstinncia dos opiceos 69 70 73 73 74 75 76 68 67 49 66 48 27 26 24 23 20

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Lista de Quadros

Quadro 2.18. Complicaes relacionadas ao consumo de opiceos ...... Quadro 2.19. Nveis plasmticos de lcool (mg%) e sintomatologia relacionada .. Quadro 2.20. Critrios diagnsticos para sndrome de abstinncia do lcool (SAA) OMS. (Fonte: CID 10; OMS, 1994) . Quadro 2.21. Efeitos colaterais das benzodiazepinas Quadro 2.22. Sinais e sintomas de abstinncia de benzodiazepinas. (Adaptado de: Juergens & Cowley, 1998. The Pharmacology of Sedatives-Hypnotics) . Quadro 2.23. Anfetaminas de uso mdico e no mdico. (Fonte: Ellenhorn et al., 1997) .. Quadro 2.24. Tipos de consumidores de anfetaminas. (Fonte: OMS, 1997) .. Quadro 2.25. Incio, intensidade e durao dos efeitos do consumo da cocana e a via de administrao. (Fonte: Gold MS. Cocaine. New York: Plenum Medical Book Company; 1996) . Quadro 2.26. Principais sintomas decorrentes do consumo de cocana. (Fonte: Gold MS. Cocaine. New York: Plenum Medical Book Company, 1996) ... Quadro 2.27. Complicaes relacionadas com o consumo de cocana e a via de administrao escolhida. (Fonte: Ellenhorn et al., 1997) ... Quadro 2.28. Sinais e sintomas, decorrentes, do consumo de cannabis Quadro 2.29. Deficits motores e cognitivos, durante intoxicao aguda de cannabis .. Quadro 2.30. Sintomas de abstinncia de Cannabis .. Quadro 2.31. Substncias qumicas vulgarmente encontradas nos solventes. (Fonte: Carlini e Carlini, 1987) . Quadro 2.32. Substncias psicoactivas e seus efeitos. (adaptado de Medicina Preventiva y Salud Pblica, 1991) . Quadro 2.33. Benefcios para a sade provenientes da prtica de actividade fsica Quadro 2.34 - Gasto calrico pela actividade fsica diria. (Adaptado de Medicina Preventiva e Sade Pblica, 1991) Quadro 2.35. Elementos comuns da actividade fsica e do exerccio fsico. (adaptado de Medicina Preventiva e Sade Pblica, 1991) . Quadro 2.36. Relao entre a actividade e o exerccio fsico. (adaptado de Medicina Preventiva e Sade Pblica, 1991) ....... Quadro 2.37. Componentes da aptido fsica. (adaptado de Medicina Preventiva e Sade Pblica, 1991) ... Quadro 2.38. Efeito da actividade fsica na sade mental. (adaptado de: Fontaine, 2000) ........................................................................................................... Quadro 3.1. Distribuio dos indivduos pelo grupo experimental e grupo controlo .. Quadro 3.2. Medidas a efectuar no pr e ps teste (dimenso, componente, teste) .... Quadro 3.3. Conjunto das 6 provas, que medem a condio fsica . Quadro 3.4. Cronograma geral, de aplicao e desenvolvimento do programa de treino

77 87 91 95 95 99 101

109 110 111 125 126 130 136 139 145 147 149 149 151 159 215 218 222 236

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Lista de Quadros

Quadro 3.5. Delineamento Experimental .. Quadro 3.6. Calendarizao do trabalho experimental (ano lectivo 2003/04) .... Quadro 3.7. Desenho Experimental ... Quadro 4.1. Distribuio de frequncias do estado civil Quadro 4.2. Distribuio de frequncias do nvel de formao acadmica Quadro 4.3. Distribuio de frequncias da actividade profissional . Quadro 4.4. Distribuio de frequncias de alcoolismo . Quadro 4.5. Distribuio de frequncias de doena aditiva (Toxicodependncia) Quadro 4.6. Distribuio de frequncias de doena heptica (Hepatite C) Quadro 4.7. Distribuio de frequncias de indivduos com tuberculose Quadro 4.8. Distribuio de frequncias de indivduos com epilepsia Quadro 4.9. Distribuio de frequncias de indivduos com vrus da imunodeficincia humana (VIH) Quadro 4.10. Distribuio de frequncias do nmero de anos de uso de drogas . Quadro 4.11. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, lcool . Quadro 4.12. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, cannabis ... Quadro 4.13. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, marijuana .. Quadro 4.14. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, pio Quadro 4.15. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, morfina .. Quadro 4.16. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, ecstasy .. Quadro 4.17. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, cidos Quadro 4.18. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, herona .. Quadro 4.19. Distribuio de frequncias, por ordem de consumo, cocana . Quadro 4.20. Distribuio de frequncias da prtica de actividade fsica ... Quadro 4.21. Distribuio de frequncias do tipo de actividade/modalidade desportiva praticada . Quadro 4.22. Distribuio de frequncias de quantos treinos/aulas por semana .. Quadro 4.23. Distribuio de frequncias de h quanto tempo que no praticam actividade fsica . Quadro 4.24. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 1 Tento evitar situaes que me obriguem a ser socivel (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.25. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 2 No tenho um desejo particular em evitar pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.26. Parmetros de tendncia central e de disperso sem outliers, relativos questo 2 - No tenho um desejo particular em evitar pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste)

237 237 241 246 247 248 249 250 251 251 252 252 253 254 254 255 256 257 258 258 259 260 261 262 263 263

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Lista de Quadros

Quadro 4.27. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 3 Se tenho oportunidade para conhecer pessoas, normalmente aproveito as ocasies para o fazer (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.28. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 4 Normalmente sinto-me descontrado(a) quando estou com um grupo de pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.29. Parmetros de tendncia central e de disperso, sem outliers, relativos questo 4 - Normalmente sinto-me descontrado(a) quando estou com um grupo de pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.30. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 5 Normalmente quero manter-me afastado das pessoas (Grupo 277 Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.31. Parmetros de tendncia central e de disperso, sem outliers, relativos questo 5 Normalmente quero manter-me afastado das pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.32. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 6 Geralmente sinto-me desconfortvel quando estou com um grupo de pessoas que no conheo (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.33. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 7 Normalmente sinto-me descontrado(a) quando conheo algum pela primeira vez (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.34. Parmetros de tendncia central e de disperso, sem outliers, relativos questo 7 Normalmente sinto-me descontrado(a) quando conheo algum pela primeira vez (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.35. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 8 - impensvel entrar numa sala cheia de pessoas que me so estranhas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.36. Parmetros de tendncia central e de disperso, sem outliers, relativos questo 8 impensvel entrar numa sala cheia de pessoas que me so estranhas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste . Quadro 4.37. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 9 Quando os meus superiores querem falar comigo, falo de boa vontade (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.38. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 10 Tendo a afastar-me das pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. 291 290 288 286 284 283 281 279 275 274 272

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Lista de Quadros

Quadro 4.39. Parmetros de tendncia central e de disperso, sem outliers, relativos questo 10 Tendo a afastar-me das pessoas (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) . Quadro 4.40. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 11 Normalmente arranjo desculpas para evitar compromissos sociais (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.41. Parmetros de tendncia central e de disperso, sem outliers, relativos questo 11 Normalmente arranjo desculpas para evitar compromissos sociais (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) . Quadro 4.42. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos questo 12 Por vezes assumo a responsabilidade de apresentar pessoas umas s outras (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.43. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos prova de aptido motora - Equilbrio (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.44. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos prova de aptido motora - Flexibilidade (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) ... Quadro 4.45. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos prova de aptido motora Salto de Impulso Horizontal (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) . Quadro 4.46. Parmetros de tendncia central e de disperso, referentes prova de aptido motora salto de impulso horizontal, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e P-Teste) .. Quadro 4.47. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos prova de aptido motora - Dinamometria (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) ... Quadro 4.48. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos prova de aptido motora Abdominal (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.49. Parmetros de tendncia central e de disperso, referentes prova de aptido motora abdominal, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e P-Teste) Quadro 4.50. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos prova de aptido motora Suspenso na Barra (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.51. Parmetros de tendncia central e de disperso, referentes prova de aptido motora suspenso na barra, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) 315 314 311 308 307 305 304 302 300 298 296 295 293

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Lista de Quadros

Quadro 4.52. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos qumica clnica - Serotonina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e PsTeste) .. Quadro 4.53. Parmetros de tendncia central e de disperso, relativos qumica clnica Serotonina, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.54. Parmetros de tendncia central e de disperso, do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas Adrenalina (Grupo 323 Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.55. Parmetros de tendncia central e de disperso, do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Adrenalina, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.56. Parmetros de tendncia central e de disperso, do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Noradrenalina (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.57. Parmetros de tendncia central e de disperso, do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Noradrenalina, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.58. Parmetros de tendncia central e de disperso, do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas Dopamina (Grupo 332 Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) Quadro 4.59. Parmetros de tendncia central e de disperso, do conjunto de valores referentes s catecolaminas fraccionadas - Dopamina, sem outliers (Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.60. Resultados do questionrio EAESDIS, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada um dos grupos, nos dois momentos de avaliao (Grupo Experimental Pr e Ps-Teste vs Grupo Controlo Pr e Ps-Teste) . Quadro 4.61. Resultados do questionrio EAESDIS, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada momento de avaliao, nos dois grupos em estudo, (Pr-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Ps-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo) .. Quadro 4.62. Resultados do total de respostas ao questionrio EAESDIS, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada um dos grupos, nos dois momentos de avaliao (Grupo Experimental Pr e Ps-Teste vs Grupo Controlo Pr e Ps-Teste) 339 338 336 333 330 327 325 320 318

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Lista de Quadros

Quadro 4.63. Resultados do total de respostas ao questionrio EAESDIS, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada momento de avaliao, nos dois grupos em estudo, (Pr-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Ps-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo) . Quadro 4.64. Resultados das provas de aptido motora, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada um dos grupos, nos dois momentos de avaliao (Grupo Experimental Pr e PsTeste vs Grupo Controlo Pr e Ps-Teste) .. Quadro 4.65. Resultados das provas de aptido motora, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada momento de avaliao, com os dois grupos em estudo (Pr-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo; Ps-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo) . Quadro 4.66. Resultados das anlises clnicas, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada um dos grupos, nos dois momentos de avaliao (Grupo Experimental Pr e Ps-Teste vs Grupo Controlo Pr e Ps-Teste) ... Quadro 4.67. Resultados das anlises clnicas, mdia ( x ); desvio padro (+s); ganhos absolutos (Abs.); ganhos percentuais (%); e comparao dos valores mdios (t) e nveis de significncia (p); em cada momento de avaliao, com os dois grupos em estudo (Pr-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo e Ps-Teste Grupo Experimental vs Grupo Controlo) Quadro 4.68. Correlaes entre as variveis em estudo (Ps-Teste Grupo Experimental) ................................................... 347 346 345 342 341 340

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Lista de Siglas e Abreviaturas

Lista de Siglas e Abreviaturas

AAC AA/NA A ACSM APA CDC CID 10 DA DSM IV EEG ESPAD GABA GPCCD HBSC ICSSPE IDT IFMS INME IPDT ISSP LSD MDA MDMA NA NAcb NIDA PET PCP OEDT OMS PECO PET RAN REITOX RMF RNA SAA SNCxxxvii

American Association of Cardiology Alcolicos/Narcticos Annimos Adrenalina American College for Sport Medicine Associao Psiquitrica Americana Center for Disease Control Classificao Internacional de Doenas Dopamina Manual de Diagnstico e Estatstica das Perturbaes Mentais Electroencefalograma European School Project on Alcohol and Other Drugs cido gama-amino-butrico Gabinete de Planeamento e Coordenao de Combate Droga Health Behaviour in School-aged Children International Counsel for Sport Science and Physical Education Instituto da Droga e da Toxicodependncia International Federation of Sport Medicine Inqurito Nacional em Meio Escolar Instituto Portugus da Droga e da Toxicodependncia International Society of Sport Psychology cido Lisrgico Metilenadioxianfetamina Metilenadioxietilanfetamina Noradrenalina Ncleo de Accumbens National Institute on Drug Abuse Tomografia de Emisso de Positres Fenciclicidina Observatrio Europeu da Droga e da Toxicodependncia Organizao Mundial de Sade Pases da Europa Central e Oriental Tomografia de Emisso de Positres Recuperao de Alcolicos e Narcticos Rede Europeia de Informao sobre a Toxicodependncia Ressonncia magntica funcional cido ribonucleico Sndrome de Abstinncia Alcolica Sistema Nervoso Central

Lista de Siglas e Abreviaturas

SPECT SPTT THC UE UNODCCP VIH vs WHO XTC 5-HT

Tomografia Computorizada de Emisso de Fotes nicos Servio de Preveno e Tratamento da toxicodependncia Tetra-Hidro-Cannabinnol Unio Europeia United Nations Office for Drug Control and Crime Prevention Vrus da Imunodeficincia Humana versus World Health Organization Ecstasy Serotonina

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1. INTRODUO

1. INTRODUO

1. INTRODUO

O uso de drogas na sociedade perde-se na memria dos tempos. Antigos textos literrios e religiosos, revelam que os seres humanos em diferentes pocas e lugares, usaram e abusaram, deliberadamente; de substncias capazes de modificar o funcionamento do sistema nervoso, induzindo sensaes corporais e estados psicolgicos alterados. Desde as pocas mais remotas que o homem procura em determinadas substncias oferecidas pela natureza (lcool, tabaco, ch, caf e plantas de todas as espcies), formas de alvio e cura do sofrimento fsico, desinibio, revigoramento das energias para o trabalho e para a guerra e a aproximao mstica s entidades divinas. O recurso s drogas possui ancestrais razes histricas e culturais, que atravessam todos os perodos da histria das civilizaes (Poiares, 1999). A busca, de agentes modificadores das funes nervosas

considerado, um impulso to potente como os impulsos que levam satisfao de necessidades fisiolgicas, podendo mesmo suplant-los. O nosso sistema nervoso est preparado para responder s substncias psicoactivas, quase da mesma maneira que responde s recompensas da alimentao, da satisfao da sede e do sexo, obscurecendo, por vezes, todas as outras actividades. A morfina foi muito usada pelos mdicos, durante o sculo XIX, que notaram, que os doentes a quem administravam esse frmaco desenvolviam habituao, exigindo-o. Procuraram, depois, resolver essa dependncia perante a morfina, com uma outra substncia que, garantia cincia mdica na altura, erradamente, a sua substituio sem criar a indesejada dependncia: a herona. Com as suas variantes, novas drogas surgem... Nunca como hoje a toxicodependncia afectou de forma to grave a sociedade, quer pelas suas consequncias, ao nvel da sade pblica, quer pela criminalidade a ela associada. Nos nossos dias, conhecem-se as dramticas consequncias que advm, em termos de sade fsica e mental, da

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1. INTRODUO

intoxicao crnica ou peridica, provocada pelo consumo de uma substncia psicoactiva, de forma voluntria: Inicialmente, surge o desejo irresistvel e compulsivo, de tomar a droga e de a conseguir a qualquer preo; De seguida, estabelece-se a tolerncia, havendo necessidade de aumentar a dose, para conseguir os mesmos efeitos; Finalmente, instala-se a dependncia, fsica e psquica, surgindo um conjunto de sinais e sintomas (fsicos e psquicos), aps a interrupo do consumo da substncia psicoactiva de escolha. A toxicodependncia uma doena crnica, progressiva e fatal caso no seja detida e tratada a tempo. Assume-se como expresso de um sofrimento auto-induzido, um sintoma de inadaptao, um vazio organizacional da personalidade, que o toxicmano vai preencher com a droga. Determina dificuldades fsicas, psquicas e sociais (Pinto Coelho, 1998). Sabemos, no entanto, que toda a adio activa no forosamente definitiva e que, desde que o doente deseje honestamente recuperar, conseguir faz-lo com pleno sucesso. Deste modo, deve ser encarada, mesmo a de evoluo mais prolongada, como uma situao transitria e que as pessoas toxicodependentes devem ter a possibilidade de aceder a ajuda e tratamento adaptados, que respeitem a sua dignidade e lhes permitam reinserir-se social, profissional e familiarmente (Patrcio, 2002). Estudos desenvolvidos em diferentes pases europeus apontam para um quadro preocupante, pois salientam que h uma relao de concomitncia, entre as condutas que colocam em risco a sade, isto , normalmente os sujeitos que bebem tambm fumam, consomem drogas e tm uma alimentao pouco saudvel e no so fisicamente activos (Balaguer e Pastor, 2001). A forma de sedentarismo que caracteriza, actualmente, a existncia de um largo espectro da populao, comporta em si consequncias. Esta vivncia de pouca experincia motora profundamente nefasta para a concretizao de

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1. INTRODUO

um estilo de vida mais saudvel que, sem estmulo, se degrada no plano biolgico e por arrastamento no plano psquico, reduzindo, em grande parte, potencialidades e carregando consigo todo um rol de doenas ditas da civilizao. Nos ltimos anos, novas drogas e novos padres de consumo, associados difuso do uso indiferenciado - por populaes marginais at populao em geral, sem distinguir idade, sexo, raa, classe social, situao econmica, credo religioso, ou ausncia deste, ou ainda formao cultural; todos sem excepo podem ser atingidos - despertaram a necessidade de encarar o problema da droga e da toxicodependncia de forma generalizada, interdisciplinar e plurifacetada, propiciando a participao da comunidade e das instituies. Reconhecendo, a complexidade da toxicodependncia e que esta, no tem na sua gnese um nico factor, resultando sim de uma interaco entre o comportamento, o meio ambiente fsico, social e biolgico, urge encarar este problema no mbito da sua vertente Bio-Psico-Social. Com a Segunda Revoluo da Sade o foco de interveno deixa de ser primordialmente o tratamento da doena para se deslocar para a sade, nomeadamente para a preveno. Segundo Bouchard e Shephard (1994), a incidncia e severidade das doenas crnicas parecem ser reduzidas atravs da prtica regular de actividade fsica, para alm de aumentar a esperana de vida em indivduos saudveis. Informao, sobre os efeitos do exerccio fsico, em populaes toxicodependentes ainda bastante escassa. Por outro lado, so muitas as dificuldades para envolver este tipo de populaes em tarefas motoras. Por este motivo fundamental delimitar a rea em que concentramos as nossas preocupaes. Geralmente as instituies teraputicas, no tm conscincia da importncia da actividade fsica no processo de recuperao dos toxicodependentes e no a integram nos seus planos e programas de tratamento. Daqui surge, um conjunto de problemas, que reduzimos procura de um mnimo de frequncia de actividade fsica semanal (3 x 60 / semana) (Berger e McInman, 1993), e necessidade de envolver tcnicos

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1. INTRODUO

especializados, no mbito da educao fsica e desporto, nas equipas teraputicas de forma a melhor garantir o enquadramento e organizao dessas actividades. a partir da tomada de conscincia deste enquadramento, que o presente estudo se perfila, no sentido de procurar dar uma informao esclarecida, verdadeira e objectiva, mas tambm desdramatizante, junto do potencial toxicmano, do toxicmano e ainda da famlia em geral e dos pais em particular, como um primeiro passo para a preveno do fenmeno. Pretendemos que o nosso trabalho assuma um carcter complementar ao processo de reabilitao do jovem toxicodependente, onde as vertentes mdica, psicolgica, sociolgica e de reinsero social, contribuam cumulativamente com a actividade motora, para a melhoria da qualidade de vida, da sade e dos hbitos salutares dos toxicmanos em recuperao. O resultado deste processo interdisciplinar, dever assumir um papel criador e produtivo, permitindo aos profissionais e especialistas das diferentes reas, actuar de um modo mais eficiente e efectivo. Atendendo importncia de que se reveste a actividade fsica, ao nvel da sade e da melhoria do bem-estar e da qualidade de vida dos indivduos, a International Society of Sport Psychology (ISSP, 1992), salienta que o exerccio fsico acarreta benefcios ao nvel psicolgico, parecendo estar correlacionado de forma positiva com a auto-imagem, sensaes de bem-estar; autoconfiana, mudanas positivas no humor, no stress, depresso, ansiedade, viglia, clareza de pensamento, aumentos de energia, entre outros (Ribeiro, 1988; McAuley, 1994). Desta forma, definimos como prioritrios para o nosso estudo os seguintes objectivos: 1. Favorecer uma melhor compreenso do corpo pelo

toxicodependente; 2. Reduzir sensaes de tenso e ansiedade; 3. Reforar a sua atitude positiva, as sensaes e experincias de sucesso;

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1. INTRODUO

4. Reforar e estabilizar as condutas motoras; 5. Estimular hbitos de actividade fsica que passem a acompanhar o toxicodependente em percurso de recuperao ao longo da sua vida, livre de drogas. Com base nestes propsitos, o ponto central da nossa pesquisa situa-se na procura de respostas a um conjunto de problemas associados com a toxicodependncia e a verificao da possibilidade de induzir melhorias ao nvel de indicadores da capacidade psicolgica (EAESDIS) e fsica (Bateria Eurofit), atravs da aplicao de um programa de treino de fora e musculao, adaptado a toxicodependentes em recuperao. As questes que desejamos investigar, so em sntese as seguintes: - Ser que praticar actividade fsica contribui para a diminuio dos nveis de ansiedade e desempenho social, melhorando a integrao do indivduo toxicodependente na sociedade, possibilitando-lhe viver uma vida mais normal e saudvel? - Atravs da aplicao de um programa de treino, de fora e musculao, adaptado s caractersticas da populao em estudo, ser possvel observar melhorias nos indicadores da condio fsica (Bateria Eurofit), por ns estudados? - Quais as diferenas quantitativas, ao nvel da concentrao plasmtica de alguns neuromediadores (serotonina e catecolaminas fraccionadas dopamina, adrenalina e noradrenalina), entre os dois grupos de estudo? Deste modo, e procurando ter uma noo abrangente do processo de treino, enquanto procedimento dirigido por princpios pedaggico/cientficos da educao e formao desportiva, reconhecendo-o como uma forma planeada e sistemtica de organizar toda a actividade no sentido da melhoria, manuteno e restabelecimento das capacidades motoras, defendemos que os profissionais da Educao Fsica, devem assimilar e integrar a preparao desportiva, como um processo pedaggico e biolgico enriquecedor e revitalizador da actividade fsica. Nesta perspectiva, conduzimos todo o nosso trabalho, para a melhoria7

1. INTRODUO

da sade, do bem-estar e qualidade de vida dos toxicodependentes, procurando contribuir para a elevao do seu estado fsico e psquico, da autoestima, integrao social, desenvolvimento das relaes humanas e capacidade para ultrapassar situaes de conflito. Tendo enquadrado e delimitado o mbito do nosso estudo, apresentado os objectivos e as questes de investigao, achamos oportuno, neste momento, tecer algumas consideraes sobre o enquadramento do nosso trabalho. Os pensamentos iniciais do quadro conceptual e operativo da nossa pesquisa eram bastante mais ambiciosos e globalizantes. No entanto, ao longo do processo, identificmos dificuldades e limitaes que nos fizeram tomar conscincia da complexidade e abrangncia do problema da dependncia de substncias psicoactivas. Sentimos que quanto mais o trabalho nos absorvia e envolvia, mais o seu termo se afastava. Para termos nimo e continuar o nosso estudo, tivemos sempre presente na nossa mente, o pensamento de Popper (1991, 40) Creio que s h um caminho para a cincia ou para a filosofia: encontrar um problema, descobrir a sua beleza e apaixonar-se por ele; casar com ele e viver feliz at que a morte nos separe a no ser que se encontre outro problema ainda mais fascinante, ou que se encontre a soluo. Mas mesmo que se encontre a soluo, pode-se descobrir, para nosso prazer, que existe uma enorme famlia de problemas filhos encantadores, embora difceis, e para cujo bem-estar se pode trabalhar, com gosto, at ao fim dos nossos dias. Nesta perspectiva, o nosso trabalho apenas uma etapa de outras que se desejam mais vastas e profundas, que gostaramos de poder continuar, e se possvel, a partir do envolvimento e conjugao com outras pesquisas. Temos conscincia que o trabalho agora realizado, no mais do que uma nfima parte, quando comparado com o que necessrio realizar no futuro. Devido ao reduzido nmero de trabalhos sobre a actividade motora e toxicodependncia, encontramos, naturalmente, dificuldades de elaborao e conduo da presente pesquisa. Por outro lado, este facto tambm justifica em

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1. INTRODUO

parte a abordagem bibliogrfica de um vasto conjunto de matrias que entendemos pertinentes para o melhor enquadramento do nosso estudo. O trabalho que apresentamos est organizado em diferentes captulos. No captulo 1. Introduo, fazemos o enquadramento do mbito do estudo, apresentamos os objectivos e questes da investigao e a estrutura do trabalho. O captulo 2. Reviso da Literatura, est subdividido em quatro sub captulos: o No primeiro, fazemos o enquadramento e a delimitao terica sobre o fenmeno da toxicodependncia e uso abusivo de drogas, definindo e conceptualizando alguns conceitos relacionados com o uso de substncias psicoactivas (drogas). De seguida; apontamos os motivos que induzem os indivduos na procura de drogas, terminando esta primeira seco da reviso bibliogrfica, com a apresentao de dados referentes prevalncia do uso de substncias psicoactivas pela populao jovem da Unio Europeia e entre a populao estudantil Portuguesa; o No segundo sub captulo, classificamos as drogas, com diferentes critrios, sugeridos por diferentes autores e segundo diferentes prismas (efeitos sobre o comportamento, farmacolgico, aco sobre o sistema nervoso central - SNC - e potencial txico). Podemos constatar que existem diferentes tipos de drogas e que a sua aco ao nvel do SNC, se manifesta, tambm, de maneira diferente, possibilitando agrupar as substncias psicoactivas em trs grandes grupos: (i) depressoras do SNC, (ii) estimulantes do SNC e (iii) perturbadoras do SNC. Dentro desta seco, referimos o que, em nosso entender, de mais importante h a dizer sobre as drogas mais usadas, em cada um desses grupos; o O terceiro sub captulo, est dedicado a uma reviso de estudos sobre as patologias associadas ao uso de substncias psicoactivas, e ao entendimento da dialctica que se estabelece entre a actividade

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1. INTRODUO

fsica e a sade, esclarecendo e definindo alguns conceitos, com elas associadas, terminando com a reviso de estudos sobre a actividade fsica e a recuperao de toxicodependentes; o O quarto sub captulo, aponta as principais linhas que tm regido e orientado a pesquisa e investigao sobre a toxicodependncia; uma centralizada na Psiquiatria e na Psicologia Experimental (estudo das variveis psicolgicas e comportamentais) e outra centrada na Neurobiologia (estudo dos mecanismos que afectam e/ou so afectados pela aco qumica das drogas). No captulo 3. Material e Mtodos, caracterizamos o programa teraputico; descrevemos os critrios de seleco e as principais caractersticas da amostra em estudo; apresentamos os procedimentos para a recolha dos dados; referenciamos os processos de medida e avaliao efectuados; referimos os materiais e os instrumentos utilizados; expomos e tecemos algumas consideraes sobre os planos e programas de treino; evidenciamos o delineamento e a calendarizao do trabalho experimental. Finalmente apresentamos os procedimentos estatsticos adoptados e apresentamos os objectivos e hipteses em estudo, com a descrio das respectivas variveis. No captulo 4. Apresentao dos Resultados, iniciamos pela

apresentao dos dados da anamnese (sociogrficos, historial mdico e desportivo), para de seguida fazermos uma anlise exploratria dos dados e apresentarmos os valores relativos estatstica inferencial. O captulo 5. Discusso dos Resultados, est estruturado em duas partes essenciais: (i) reflexo sobre as variveis descritivas (caracterizao dos dados sociogrficos, historial mdico, historial desportivo), e (ii) anlise e discusso das variveis de resultado - avaliao psicolgica, fsica e bioqumica - intra grupos e entre os grupos. Neste captulo, interpretamos o comportamento de cada uma das variveis em funo dos objectivos e hipteses formuladas.

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1. INTRODUO

No captulo seguinte, apresentamos as 6. Concluses mais relevantes, assim como, as recomendaes e sugerimos novas propostas de trabalho. Por fim, apresentamos a Bibliografia (7).

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2. REVISO DA LITERATURA

2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

2. REVISO DA LITERATURA 2.1. Toxicodependncia e Abuso de Drogas O uso de drogas na sociedade perde-se na memria dos tempos, tal como o diabolismo das substncias que induzem alteraes no corpo e na mente. Nunca como hoje, a toxicodependncia afectou de forma to grave a sociedade, quer pelas suas consequncias ao nvel da sade pblica, quer pela criminalidade a ela associada. A Toxicodependncia surge como um dos maiores flagelos dos nossos dias. Mais de metade da populao dos continentes Americano e Europeu j experimentou lcool alguma vez na vida (National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, 1998; World Health Organization - WHO, 1999), e cerca de um quarto fumadora (WHO, 2000). O consumo de substncias ilcitas atinge 4,2% da populao mundial, de acordo com o relatrio mundial da Secretaria das Naes Unidas para a Preveno da Droga e Controlo do Crime (United Nations Office for Drug Control and Crime Prevention UNODCCP, 2000). O seu aumento um fenmeno sem precedentes, abrangendo todo o planeta, no diferenciando, Pases, Raas, Estratos Sociais, Grupos Etrios e Credos Religiosos. De entre todas as substncias psicoactivas, a cannabis a droga mais consumida (144 milhes de pessoas), seguida pelas anfetaminas (29 milhes), cocana (14 milhes) e os opiceos (13,5 milhes, sendo 9 milhes consumidores de herona) (UNODCCP, 2000).15

2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

O tabaco foi o maior factor responsvel pelas mortes nos Estados Unidos, em 1990, contribuindo substancialmente para as mortes relacionadas com neoplasias, doenas cardiovasculares, doenas pulmonares, baixo peso ao nascimento e queimaduras (McGinnis e Foege, 1993). O aumento do consumo de lcool est directamente relacionado com a ocorrncia de cirrose heptica, transtornos mentais, sndrome alcolica fetal, neoplasias e doenas cardiovasculares (WHO, 2000). Cerca de 3% dos indivduos que procuram atendimento de emergncia com queixa de angina de peito, no Canad, relataram consumo prvio de cocana (Feldman, Fish, Beshansky, Griffith, Woolard e Selker, 2000). As caractersticas e repercusses do problema da toxicodependncia (adio a drogas ou lcool) complicaes clnicas e sociais causadas pelo consumo de tais substncias levaram as sociedades contemporneas, a considerarem-na como um dos principais problemas de sade pblica, criandose a necessidade de desenvolver uma ateno muito especial sobre este fenmeno. Dada a magnitude deste problema, elaboraram-se diversas estratgias para o combater; desde Organizaes Internacionais designadamente o Programa das Naes Unidas para o Controlo Internacional da Droga (PNUCID), a Organizao Mundial de Sade (OMS), o Observatrio Europeu da Droga e da Toxicodependncia (OEDT), a Rede Europeia de Informao sobre a Toxicodependncia (REITOX), o Grupo Pompidou do Conselho da Europa, a Organizao Mundial das Alfndegas (OMA), a Organizao Internacional da Polcia Criminal (Interpol), a Unidade Europeia de Polcia (Europol) etc., como a prpria Administrao Pblica (Projecto Vida, Conselho Nacional de Preveno da Toxicodependncia, Instituto da Droga e Toxicodependncia, etc.). A OMS, no mbito do projecto Sade para todos no ano 2000, estabeleceu como objectivo n 17, a necessidade de reduzir o consumo de lcool e de outras substncias nocivas, pelo menos em 25% no ano 2000.

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2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

O OEDT (1999), define como principais objectivos; da estratgia da UE na Luta contra a Droga para o quadrinio 2000/2004; os seguintes pontos: 1. Reduzir significativamente, a prevalncia do consumo de

estupefacientes e o nmero de novos consumidores, especialmente entre os jovens com menos de 18 anos de idade; 2. Reduzir substancialmente, a incidncia de danos para a sade que esto relacionados com o consumo de droga (vrus da imunodeficincia humana - VIH, hepatite B e C, tuberculose, etc.) e o nmero de mortes relacionadas com a droga; 3. Aumentar expressivamente, o nmero de toxicodependentes cujo tratamento bem sucedido; 4. 5. Reduzir claramente, as possibilidades de acesso a drogas ilcitas; Reduzir significativamente, o nmero de delitos relacionados com a droga;6.

Reduzir substancialmente, o branqueamento de capitais e o trfico de percursores.

A curiosidade, a presso do grupo e o gosto pelo risco so as principais causas que levam os jovens a experimentar a droga. A fuga a determinados problemas afectivos, de ordem pessoal ou familiar razo comum, tanto nos jovens como nos adultos. O percurso do consumo de droga est associado dependncia que esta cria no consumidor. Este, sente um intenso desejo de se drogar (dependncia psicolgica). O organismo fica dependente da droga e a falta desta provoca um grande mal-estar fsico (dependncia fsica). Para conseguir o efeito desejado, o consumidor tem necessidade de ir aumentando a quantidade de droga. A droga provoca alteraes ao nvel do sistema nervoso central (SNC), podendo modificar o modo de pensar, de sentir e de agir. Os efeitos da droga variam conforme o tipo de substncias, o estado fsico e psicolgico do consumidor e o contexto em que se ocasiona o consumo.17

2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

A droga vai dominando e empobrecendo a vida. Diariamente o toxicodependente pode viver situaes de risco de vida, ora por excesso de consumo (overdose), ora por ter determinado(s) comportamento(s), tal(ais) como, utilizao de seringas infectadas e/ou relaes sexuais sem proteco, o(s) qual(ais) pode(m) originar doenas incurveis (VIH, Hepatite B e C, Tuberculose, etc.). A relao com a droga pode levar, em casos de grande dependncia, a problemas com a justia, devido a assaltos e outro tipo de roubos. Isto acontece, devido aos preos que a economia da droga a nvel mundial estabelece, porque custa da dependncia de uns, enriquecem outros. A toxicodependncia no uma doena nem uma perturbao de comportamento, mas um sofrimento auto-induzido, um sintoma de inadaptao do indivduo, um vazio organizacional da personalidade, que o toxicmano vai preencher com a droga. Em todas as sociedades consumiram-se drogas, com o decorrer do tempo e modificaram-se as caractersticas do seu consumo. Esta situao deve-se evoluo de factores sociais e sanitrios. Entre os factores sociais podemos destacar os seguintes: consumo de drogas conhecidas pela sociedade em contextos culturais que anteriormente no o eram. O consumo atribudo essencialmente aos membros mais novos da sociedade, consumo de drogas novas como o LSD (cido lisrgico), e os derivados anfetamnicos (ecstasy), consumo de preparados mais potentes e por vias de administrao mais directa (herona intravenosa versus pio fumado; bebidas destiladas em vez das fermentadas) e o aumento da delinquncia para obter o dinheiro necessrio para as comprar. Em termos sanitrio as modificaes podem-se verificar ao nvel do surgimento de novas patologias e o reaparecimento de outras quase erradicadas das sociedades mais avanadas. Assistiu-se nas ltimas dcadas ao aumento da tuberculose associada ao VIH, essencialmente em aditos a drogas por via parental e em alcolicos marginais.

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2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

2.1.1. Uma Questo Conceptual O fenmeno da droga exige alguma discusso quanto sua definio conceptual, pois esta encontra-se relacionada com a utilizao nociva de drogas. Muitos conceitos so utilizados indistintamente, sem que haja uma diferenciao e conceptualizao prvia. Neste sentido ser interessante iniciar o nosso trabalho com algumas consideraes acerca de alguns conceitos mais usados na problemtica da toxicodependncia. 2.1.1.1. Droga versus Medicamento Em Farmacologia, o termo droga denominado, segundo vrios autores, como toda a substncia estranha ao organismo que quando introduzida neste, provoca alteraes no seu funcionamento (Marques e Fugas, 1990; Pinto Coelho, 1998; Daz, 1998). A designao droga um termo bastante lato e abrangente, envolvendo todos os medicamentos ou qualquer substncia activa do ponto de vista farmacolgico (Sanchez, 1982). A OMS define farmacodependncia como, estado psquico causado pela aco recproca entre um organismo vivo e um frmaco que se caracteriza por modificaes do comportamento e por outras reaces que compreendem sempre um impulso irreprimvel de tomar o frmaco em forma contnua ou peridica a fim de experimentar seus efeitos psquicos e s vezes para evitar o mal-estar produzido pela privao. A dependncia pode ou no estar acompanhada de tolerncia. Uma mesma pessoa pode ser dependente de um ou mais frmacos (citado por Sanchez, 1982). O que caracteriza um frmaco como medicamento a sua utilizao sob prescrio mdica. Quando os frmacos so utilizados sem indicao mdica, e com o fim de se obter um certo grau de euforia, de prazer e de bem-estar, estes passam a ser considerados como drogas (Reis, 1993). Segundo o Servio de Preveno e Tratamento da Toxicodependncia (SPTT, 1999), o conceito de droga faz referncia a uma substncia cuidadosamente preparada, que introduzida num organismo vivo, segundo19

2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

determinadas indicaes mdicas, produz um efeito teraputico numa ou mais funes. A OMS (1993), define droga como uma substncia (qumica ou natural), que introduzida num organismo vivo por uma qualquer via inalao, ingesto, intramuscular, endovenosa capaz de actuar sobre o SNC, induzindo uma alterao fsica e/ou psicolgica, a experimentao de novas sensaes ou a alterao de um estado psquico, isto , capaz de modificar o comportamento de uma pessoa (sofre novas sensaes), podendo provocar dependncia (SPTT, 1999; Gispert, Matos e Gay, 2000). A OMS (1993) define uso abusivo de uma substncia como padro de consumo de substncias psicoactivas que coloca a sade do indivduo em risco, podendo este ser de natureza fsica ou mental (Quadro 2.1.).Quadro 2.1. Critrios do CID-10 para uso abusivo de substncias. (Adaptado de: OMS, 1993. Classificao de transtornos mentais e de comportamento da CID-10).O diagnstico requer que um dano real deva ter sido causado sade fsica e mental do consumidor. Padres de uso abusivo so frequentemente criticados por outras pessoas e esto associados a consequncias sociais diversas. O facto de um padro de uso ou uma substncia em particular no ser aprovado por outra pessoa, pela cultura ou por ter levado a consequncias socialmente negativas, tais como priso ou conflitos conjugais, no por si s evidncia de uso abusivo. O uso abusivo no deve ser diagnosticado se a sndrome de dependncia, um transtorno psictico, ou outra forma especfica de transtorno relacionado ao uso de drogas ou lcool est presente.

Quando o consumo de uma substncia se torna cada vez mais regular, com o objectivo de sentir os seus efeitos psquicos e por vezes para evitar o mal-estar, produzido pela sua privao, estamos a falar de dependncia (toxicodependncia). De uma forma sumria podemos dizer que uma pessoa se torna dependente quando tem a sensao de no poder passar sem a substncia (Gabinete de Planeamento e Coordenao de Combate Droga - GPCCD, 1990). De modo, que o individuo desencadeie e auto-administre repetidamente, a substncia psicoactiva o que geralmente resulta em tolerncia, abstinncia e comportamento compulsivo de consumo (American Psychiatric Association APA, 1994).

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2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

Neste trabalho, qualquer referncia a droga significa substncia psicoactiva1; isto , provoca alteraes nas funes do SNC do Homem; responsvel por um estado de dependncia fsica e/ou psquica (Patrcio, 2002). 2.1.1.2. Dependncia, Abuso e Intoxicao Relativamente ao conceito de dependncia, podemos encontrar vrias noes que giram em torno dela. Observamos sempre referncia a dois tipos de dependncia: Dependncia psquica; Dependncia fsica.

Deste modo, necessrio fazer uma distino entre elas (como poderemos ver mais frente), pois um indivduo pode ser dependente psiquicamente de uma droga, sem o estar fisicamente (ex. cocana). O SPTT (1999), refere como caractersticas de dependncia: Personalidade do indivduo; Expectativas face ao efeito desejado; Tipo de substncia consumida (mistura); Quantidade utilizada; Meio ambiente; Material no esterilizado utilizado para injectar; Condies de marginalizao e desinteresse pelo prprio.

Substncia psicoactiva, agrupadas de acordo com os efeitos que provocam: (i) sedativa ou psicolptica - sedao, sono, anestesia; (ii) estimulante ou psicoanalptica - estimulao com pouca durao, seguida de cansao; (iii) perturbadora/psicodislptica/psicadlica - perturbao mental, alucinao, ideias de perseguio, angstia e pnico (Patrcio, 2002).21

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2. REVISO DA LITERATURA Toxicodependncia e Abuso de Drogas

De acordo com Edwards e Lader (1994), dependncia revela um estado de ser influenciado e condicionado, por algo ou algum, isto , ter necessidade desse sujeito ou dessa coisa. O SPTT (1999), refere-se ao termo dependncia, como os sintomas comportamentais, psicolgicos e cognitivos, que revelam que um sujeito, no consegue controlar o uso de uma substncia, continuando a utiliz-la independentemente das consequncias nefastas do uso da mesma. Jaffe (1991), relativamente ao termo dependncia de drogas, define-o como um sndrome no qual o uso de determinada droga recebe uma prioridade muito maior do que outros comportamentos que anteriormente tinham outro valor e que no seu extremo est associada a um comportamento compulsivo de uso de drogas, apresentando as caractersticas de uma doena crnica recidivante. Segundo Reynaud (1987), a dependncia est em funo da droga utilizada, da personalidade do indivduo e do contexto, ou seja, um fenmeno bio-antropo-social; designado por toxicomania. A mesma dose de uma determinada droga pode provocar efeitos totalmente diferentes em dois indivduos que a consumam, pois factores que o levam a experimentar parecem ser factores relacionados com a motivao do indivduo (Curtet, 1997). A dependncia obriga a que o indivduo necessite de consumir determinada quantidade da substncia psicoactiva, de forma regular e sistemtica, para poder, por um lado experimentar os efeitos psquicos e fsicos que ela produz e, por outro, evitar os efeitos desagradveis que a sua falta provoca (Gispert, 2000). Para alm destas definies, existem ainda as definies mdicas e as definies psiquitricas e psicolgicas. As definies mdicas afirmam que a dependncia consiste numa entidade nosolgica distinta e progressiva, possuindo origens fsicas e/ou

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manifestaes desse tipo, necessitando tratamento mdico para que seja propriamente conduzido (Edwards e Lader, 1994). As definies psiquitricas e psicolgicas afirmam que a dependncia consiste primariamente numa doena mental, um transtorno do comportamento ou, em alguns casos, um sintoma de uma doena mental subjacente (Edwards e Lader, 1994). A dependncia uma relao disfuncional entre um indivduo e o seu modo de consumir uma determinada substncia psicoactiva. A avaliao inicial comea pela identificao dos sinais e sintomas que caracterizam tal situao (Quadro 2.2) (Edwards, 1999).Quadro 2.2. Critrios diagnstico de dependncia de substncias psicoactivas. (Adaptado de: APA, 1997- DSM IV).Compulso para o consumo A experincia de um desejo incontrolvel de consumir uma substncia. O indivduo imagina-se incapaz de colocar barreiras a tal desejo e sempre acaba consumindo. A necessidade de doses crescentes de uma determinada substncia psicoactiva para alcanar efeitos originalmente obtidos com doses mais baixas. O surgimento de sinais e sintomas de intensidade varivel quando o consumo de substncia psicoactiva cessou ou foi reduzido. O consumo de substncias psicoactivas visando o alvio dos sintomas de abstinncia. Como o indivduo aprende a detectar os intervalos que separam a manifestao de tais sintomas, passa a consumir a substncia preventivamente, a fim de evit-los. O consumo de uma substncia torna-se prioridade, mais importante do que coisas que outrora eram valorizadas pelo indivduo. A perda das referncias internas e externas que norteiam o consumo. medida que a dependncia avana, as referncias voltam-se exclusivamente para o alvio dos sintomas de abstinncia, em detrimento do consumo ligado a eventos sociais. Alm disso, passa a ocorrer em locais onde sua presena incompatvel, como por exemplo o local de trabalho. O ressurgimento dos comportamentos relacionados ao consumo e dos sintomas de abstinncia aps um perodo de abstinncia. Uma sndrome que levou anos para se desenvolver pode se reinstalar em poucos dias, mesmo o indivduo tendo atravessado um longo perodo de abstinncia.

Aumento da tolerncia

Sndrome de abstinncia

Alvio da abstinncia pelo aumento do consumo

Relevncia do consumo

Estreitamento ou empobrecimento do reportrio

Reinstalao da sndrome de dependncia

Baseando-se neste critrios, a OMS (1993), elaborou normas de diagnstico para a sndrome de dependncia de substncias psicoactivas, que passamos a apresentar no quadro 2.3.23

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Quadro 2.3. Critrios da OMS para dependncia de substn