ADAPTAÇÃO AUTOMOTIVA PARA PESSOAS COM PRÓTESES DOS MEMBROS INFERIORES UTILIZANDO SOFTWARE EMBARCADO

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    ERICK ROSA FERNANDES

    GUILHERME ENGLER

    GUSTAVO FRAZATO MOBRICE

    LUCIANO APARECIDO RONCHINI

    RODRIGO VILLAR MONTES CANTERAS

    ADAPTAÇÃO AUTOMOTIVA PARA PESSOAS COM PRÓTESES DOS

    MEMBROS INFERIORES UTILIZANDO SOFTWARE EMBARCADO

    SANTO ANDRÉ

    2014

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    ERICK ROSA FERNANDES

    GUILHERME ENGLER

    GUSTAVO FRAZATO MOBRICE

    LUCIANO APARECIDO RONCHINI

    RODRIGO VILLAR MONTES CANTERAS

    ADAPTAÇÃO AUTOMOTIVA PARA PESSOAS COM PRÓTESES DOS

    MEMBROS INFERIORES UTILIZANDO SOFTWARE EMBARCADO

    Projeto apresentado como requisito para

    conclusão do curso BC0002  – Projeto Dirigido,

    ministrado na Universidade Federal do ABC.

    Orientador: Ana Paula de Mattos Arêas Dau

    SANTO ANDRÉ

    2014

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    AGRADECIMENTOS

     Ao professor doutor Magno Enrique Mendoza Meza pelas sugestões e ajuda

    durante a formulação deste projeto.

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    SUMÁRIO

    RESUMO................................................................................................................... IV 

    INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 

    1.1  JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 7 

    1.2  OBJETIVO .......................................................................................................... 8 

    2  METODOLOGIA ................................................................................................. 10 

    2.1  SISTEMA DE COLETA DE DADOS ................................................................. 10 

    2.1.1  SENSOR DE PRESSÃO ............................................................................... 11 

    2.1.2  SENSOR DE POSIÇÃO ................................................................................ 11 

    2.2 

    SISTEMA DE PROCESSAMENTO E TRANSMISSÃO DE DADOS ................ 13 

    2.2.1  MICROCONTROLADOR ............................................................................... 13 

    2.2.2  REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS BLUETOOTH ................................. 16 

    2.3  INTERFACE DO USUÁRIO ............................................................................. 17 

    2.3.1   ANDROID ...................................................................................................... 19 

    2.3.2  IOS ................................................................................................................ 21 

    2.4  CUSTOS, MATERIAIS E CRONOGRAMA ...................................................... 22 

    3  RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................ 25 

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 

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    RESUMO

     ADAPTAÇÃO AUTOMOTIVA PARA PESSOAS COM PRÓTESES DOS MEMBROS

    INFERIORES UTILIZANDO SOFTWARE EMBARCADO.

    Objetivo: Desenvolver sistema que compense a falta de sensibilidade dos membrosinferiores de pessoas que dirigem utilizando próteses. Material e Método: Sensoresde coleta de dados (manômetro e potenciômetro) do sistema de freios, ummicrocontrolador para processamento dos dados coletados e um celular comsoftware embarcado (aplicativo) que exibe a carga aplicada sobre os pedais dedireção de modo intuitivo. Resultados esperados: Êxito na realização de tarefascotidianas do usuário devido à utilização do sistema e possíveis melhorias, seguindotendências de mercados e inovações tecnológicas. 

    Palavras-chave: Acessibilidade, próteses, aplicativo, automóvel.

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    1 INTRODUÇÃO

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    INTRODUÇÃO 6

    1 INTRODUÇÃO

    Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR950), a

     Acessibilidade é definida como “a condição para utilização com segurança e

    autonomia, total ou assistida, dos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, das

    edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de

    comunicação e informação por uma pessoa com deficiência ou com mobilidade e

    reduzida”. 

     A acessibilidade teve início no Brasil no final da década de 70, na Emenda

    Constitucional nº 12, de 17 de outubro 1978 que diz respeito ao acesso a edifícios e

    logradouros. Somente em 1988, com a promulgação da Constituição é que o temafoi inserido de forma mais efetiva no país. O assunto é citado no artigo 227, que

    define que: ”§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos

    edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de

    garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência”. 

    Em 2000 o tema acessibilidade foi regulamentado pelas Leis Federais nº  

    10.048 e 10.098, que apresentaram uma visão mais ampla do assunto. A primeira

    trata do atendimento prioritário e de acessibilidade nos meios de transporte, e aindaimpõe penalidades ao descumprimento da lei. A segunda subdivide o assunto em

    acessibilidade ao meio físico, aos meios de transporte, na comunicação e

    informação e em ajudas técnicas. 

    Em 2004 as leis foram regulamentadas pelo Decreto nº 5.296.  Segundo o

    Decreto Nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2004, capítulo VII, art. 61 “consideram-se

    ajudas técnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados

    ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de

    deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou

    assistida”. Visando esta autonomia diversas alterações veiculares foram propostas e

    comercialmente aceitas, tais como inversores de pedais e sistemas de aceleração e

    frenagem por utilização de manche. 

    Para fornecer uma melhoria da acessibilidade no Brasil, atualmente são

    desenvolvidos alguns recursos no acesso a locais públicos dos grandes centros

    urbanos tais como inserção de pavimentos táteis, espaços reservados, banheiros

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    INTRODUÇÃO 7

    específicos, informações em libras, entre outros. Mas quanto a produtos adaptados

    para portadores de necessidades especiais é algo ainda pouco investido no país. 

    Um dos setores mais difíceis de adaptar é o automobilístico, pois depende

    do tipo de necessidade do usuário. Algumas adaptações presentes no mercado são

    suportes para aceleração com o pé esquerdo; alavanca vertical (ou horizontal) de

    comando manual (acelerador/freio); controle de comandos elétricos de dirigibilidade

    (seta, faróis, lavadores, limpadores e buzina), entre outras adaptações. 

    Este projeto propõe o desenvolvimento de um sistema de adaptação

    automotiva para portadores de necessidade especiais que utilizam próteses nos

    membros inferiores, as alterações previstas no veículo levam em consideração a

    dinâmica natural da condução do veículo, de modo a trazer o motorista a umacondição de não distinção social. 

    O projeto tem como característica a interdisciplinaridade, ou seja, este

    trabalho inclui estudos relativos à engenharia biomédica e mecânica no estudo da

    anatomia humana e da adaptação do automóvel, engenharia mecatrônica para a

    instalação e integração dos dispositivos elétricos utilizados e engenharia de

    computação para a programação de um aplicativo de celular e configuração da

    comunicação entre os dispositivos.

    1.1  JUSTIFICATIVA

     A direção de um veículo é importante para a independência de um indivíduo,

    entretanto pessoas que tenham realizado amputações dos membros inferiores e,

    posteriormente passaram a utilizar próteses enfrentam algumas barreiras, sejam

    estas físicas ou psicológicas, no retorno à direção de seus veículos.

     A realização de testes no Reino Unido com alguns voluntários retornou

    dados confirmando que, apesar destes voluntários voltarem a dirigir após cerca de 4

    meses de recuperação, a frequência em muito se reduziu, seja devido a

    preocupação por parte dos familiares ou falta de confiança nas habilidades do

    motorista. Experimentos também foram realizados para avaliação dos tempos de

    reação para diferentes configurações dos pedais de frenagem e aceleração, sendo

    que a utilização de uma prótese do membro inferior direito apresentou o mesmo

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    INTRODUÇÃO 8

    tempo de reação que para a modifição das posições dos pedais, permitindo o

    acionamento do acelerador com o pé esquerdo. 

    Um ponto comum aos voluntários foi o desconhecimento das possíveis

    alterações em seus veículos que, permitiriam superar algumas das dificuldades

    impostas pela necessidade da utilização de próteses. 

     A utilização de um software intuitivo que ilustre quanta força está sendo

    imposta sobre os pedais de um veículo visa permitir ao motorista maior controle de

    suas ações, implicando não somente em um aumento em sua confiança como

    também possibilitando a retomada de suas atividades e sua independência.

    1.2  OBJETIVO

    Este projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um sistema que coleta,

    digital e mecanicamente, dados do sistema de frenagem de um carro automático. Estes

    dados são então processados e enviados para um dispositivo móvel (celular) que, ao

    exibir de forma intuitiva a ação imposta sobre o sistema, objetiva auxiliar pessoas com

    próteses dos membros inferiores na direção de seus veículos. 

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    ERROR! REFERENCE SOURCE NOT FOUND.

      METODOLOGIA

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    Metodologia 10

    2 METODOLOGIA

    Uma vez estabelecido o problema, os estudos realizados apontaram que

    uma das maiores dificuldades de pessoas portadores de necessidades especiaisque utilizam próteses dos membros inferiores durante a direção, é a ausência de

    sensibilidade dos mesmos.

     A pesquisa realizada buscou uma solução acessível, de baixo custo e de

    fácil instalação para este problema. A partir dessa pesquisa desenvolveu-se o

    projeto de obtenção de dados a partir da instalação de sensores no sistema de

    freios. Esses dados são transferidos para um software embarcado em um

    smartphone através da tecnologia de transmissão de dados sem fio (Bluetooth).Durante o desenvolvimento deste projeto mostrou-se necessário a divisão

    por subsistemas que integra-se-iam no final, estes subsistemas são:

    i. Sistema de coleta de dados: No sistema de freio será instalado um manômetro

    para medição da pressão aplicada ao freio do veículo. No pedal será usado um

    sensor (potenciômetro) que medirá o curso que o pedal de freio descreve

    durante o acionamento dele na frenagem. Os dados coletados são enviados a

    um sistema de processamento e transmissão.ii. Sistema de processamento e transmissão de dados: Este sistema é

    responsável por receber os dados dos sensores (manômetro e potenciômetro)

    e processá-los para enviar à interface via comunicação sem fio ao celular do

    usuário. Esse sistema conta com um microcontrolador e o módulo Bluetooth.

    iii. Interface do usuário: Utilizou-se um aplicativo de celular como interface ao

    usuário. Para isso será necessário o desenvolvimento do aplicativo em

    diferentes plataformas mobile.

    2.1  SISTEMA DE COLETA DE DADOS

    O sistema conta com dois sensores instalados no veículo para coletar os dados

    e assim ajudar o motorista com prótese a visualizar a carga que sua perna aplica ao

    freio. A medição é feita em duas etapas simultaneamente, medindo o deslocamento do

    pedal de freio e a pressão hidráulica aplicada aos discos de freio. Os dispositivos

    usados para fazer as medições são o potênciômetro e o manômetro.

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    Metodologia 11

    2.1.1  SENSOR DE PRESSÃO 

    O melhor manômetro a ser utilizado no projeto é aquele que utiliza uma célula

    capacitiva. Neste sensor um diafragma de medição se move entre dois diafragmas

    fixos. Entre os diafragmas fixos e o móvel, existe um líquido de enchimento que

    funciona como um dielétrico. Como um capacitor de placas paralelas, é constituído

    por duas placas paralelas separadas por um meio dielétrico, ao sofrer o esforço de

    pressão, o diafragma móvel (que vem a ser uma das placas do capacitor) tem sua

    distância em relação ao diafragma modificada. Isso provoca modificação nacapacitância de um circuito de medição, e então tem-se a medição de pressão. 

    Para que ocorra a medição, o circuito eletrônico é alimentado por um sinal AC

    através de um oscilador e então modula-se a frequência ou a amplitude do sinal em

    função da variação de pressão para se ter a saída em corrente ou digital.  

    Para a medição da pressão do cilindro mestre do sistema de freios pode-se

    utilizar manômetros do tipo Zürich Z.10.RG e Z.10.RG W que com um conjunto de

    sangria (cabo nipple adaptador), aferem os dados e os transmitem a uma central

    (computador) via radio ou cabo USB. 

    Estes manômetros são alimentados por 4 pilhas AA (alcalinas) e têm

    autonomia de até 4000 horas na configuração de menor energia, registrando uma

    faixa de pressão desde o vácuo até 1000 bar. 

    2.1.2 SENSOR DE POSIÇÃO

    Para fazer a medição do deslocamento do pedal utiliza-se um potenciômetrocomo sensor de deslocamento angular. Um potenciômetro consiste em um elemento

    de resistência com um contato deslizante que pode ser movimentado ao longo do

    comprimento desde elemento. Estes dispositivos podem ser usados em

    deslocamento linear ou rotativo, sendo o deslocamento convertido em diferença de

    potencial. Utiliza-se um potenciômetro angular com resposta linear, ou seja, a

    variação da resistência é linearmente proporcional à variação angular de seu cursor. 

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    Metodologia 12

    Figura 1: Esquema de um potenciômetro 

    Os terminais do potenciômetro são conectados ao microcontrolador e

    alimentado com tensão de 5V DC. O sinal gerado por ele é lido pelos canais A/D do

    microcontrolador que os converte para ser processado e mostrado como unidade de

    deslocamento ao motorista. 

    O sensor é instalado na base do pedal de freio axialmente ao eixo,resultando assim em uma leitura direta do valor de tensão dele. Sendo assim, a

    variação da resistência em um potenciômetro de uma volta se dará pela equação: 

    Resistência =

     

    Figura 2: Mecanismo do pedal de freio automotivo 

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    Metodologia 13

    2.2  SISTEMA DE PROCESSAMENTO E TRANSMISSÃO DE DADOS

    Uma vez coletados os dados, estes são processados por um

    microcontrolador e o resultado deste precessamento é transmitido por um conexãovia Bluetooth para o celular do usuário.

    2.2.1 MICROCONTROLADOR

    Pode-se definir o microcontrolador como um “pequeno” componente

    eletrônico, dotado de uma “inteligência” programável, utilizado no controle de

    processos lógicos. É programável pois toda a lógica de operação é estruturada na

    forma de um programa e gravada dentro do componente. Na unidade lógica

    aritmética (ULA) é onde são executadas todas as operações matemáticas e lógicas.

    O microcontrolador escolhido foi o PIC16F877-04P, da Microchip Technology

    Inc., que incorpora no mesmo encapsulamento um microprocessador, memória de

    programa e dados e vários periféricos como temporizadores, watchdog timer,

    comunicação serial, conversores analógico/digital, geradores de PWM, etc, fazendo

    com que o hardware final fique extremamente complexo. Entretanto, o dispositivo,

    utiliza somente o processador, memória de programa, conversor analógico/digital e

    dados para calcular e exibir os valores de pressão e deslocamento do pedal de freio.

     A arquitetura do microcontrolador é RISC, o que permite um alto

    desempenho, além de apresentar um mapa de registradores versátil e arquitetura de

    instruções em pipeline.

     Algumas características gerais do PIC são apresentadas a seguir:

    • Apenas 35 palavras de instrução para aprender; 

    • Todas instruções com um ciclo exceto para desvios que levam dois ciclos;

    • Velocidade de operação: DC até 20 MHz de clock; 

    • Instruções com 14 bits de largura; 

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    Metodologia 14

    • Barramento de dados de 8 bits; 

    • 16 registradores de funções especiais de hardware; 

    • Pilha com 8 níveis de profundidade; 

    • Modos de endereçamento direto, indireto e relativo para dados e instruções.

    • Capacidade de interrupção; 

    Em relação aos periféricos, são destacadas as seguintes características:

    • 33 pinos de I/O individualmente configurados; 

    • Temporizador/Contador de 8 bits com 8 bits de “pré-escala”; 

    • Power -On Reset (POR);

    • Temporizador Watch-Dog (WDT) com oscilador próprio para operações seguras ;

    • Proteção de Código Programável; 

    • Modo SLEEP para diminuição de consumo de energia; 

     A pinagem do PIC pode ser vista na figura seguinte:

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    Metodologia 15

    Figura 3: Pinagem do PIC utilizado no projeto

    Conversor A/D do PIC.

    O mundo e todas as sensações que podemos experimentar são analógicas,

    sendo o tato uma delas e a que o projeto tenta, de certa forma, reproduzir

    visualmente para o motorista com próteses dos membros inferiores.

    Porém os sistemas informatizados atuais como computadores,

    microprocessadores, microcontroladores e outros microsistemas no geral são

    digitais. Para coletar dados do mundo externo com estes sistemas, é necessário o

    uso dos conversores analógicos (ADCs).

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    Metodologia 16

    Estes conversores transformam um sinal analógico qualquer em um sinal

    digital discreto, passivo de ser “processado” pelos computadores e microsistemas

    digitais atuais.

    O conversor faz algumas amostragens do sinal analógico que chega em

    seus terminais e representa a leitura realizada através de um valor equivalente

    binário (digital), de acordo com a sua precisão, e quanto maior o número de bits na

    escala, maior é a precisão do conversor. Utiliza-se para esse dispositivo um

    conversor com 10 bits, retornando valores de 0 à 1023.

     A resolução do canal é dada pela equação:

     

    onde:

    Vref = tensão de entrada no conversor

    n = número de bits do conversor (quantidades de bits que compõe um

    degrau)

    O valor lido pelo conversor é tranferido de forma digital às varáveis do

    programa que fazem o calculo para “traduzir” essa informação em distância e por

    sua vez em informação gráfica para o usuário.

    2.2.2 REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS BLUETOOTH

     A tecnologia sem fio Bluetooth é um sistema de comunicações de curto

    alcance que subsitui a utilização de cabos em dispositivos eletrônicos. As

    características chave desta tecnologia são a robustez e baixo custo.

    O núcleo do sistema Bluetooth consiste de um transceptor RF , debaseband , e da pilha de protocolos. O sistema oferece serviços que permitem a

    conexão com dispositivos e a troca de uma variedade de classes de dados entre

    dispositivos.

    O sistema de transmissão de dados Bluetooth segue uma arquitetura em

    camadas por razões de eficiência. A arquitetura de transporte Bluetooth inclui uma

    sub-divisão da camada lógica, distinguindo entre ligações lógicas e transportes

    lógicos. Esta sub-divisão fornece um conceito geral e normalmente entendido de

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    Metodologia 17

    uma ligação lógica , que proporciona um transporte independente entre dois ou mais

    dispositivos .

    2.3  INTERFACE DO USUÁRIO

    Para a interface do usuário foi definido o uso de um smartphone como

    display das informações recebidas pelo sistema de transmissão de dados.

    Os dados são recebidos através da conexão via Bluetooth que o

    microcontrolador faz com o smartphone, esses dados são processados pelo

    software e transformados em um gráfico de barras para facilitar a visualização eevitar o desvio de atenção do usuário durante a direção.

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    Metodologia 18

    FIGURA 4 – Fluxograma estrutural do software

     Atualmente existem diversos sistemas operacionais que são utilizados em

    plataformas móveis, entre eles, dois se destacam devido a sua popularidade. São

    eles o Android e o iOS. Pelo mercado ser disputado, em sua maioria, por esses dois

    sistemas operacionais, foi decidido que o aplicativo seria criado para essas duas

    plataformas.

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    Metodologia 19

    FIGURA 5 – Divisão do mercado de sistema operacionais móveis

    Uma vez que estes sistemas operacionais apresentam diferenças e

    particularidades, são necessários atenções e procedimentos distintos para cada um

    deles.

    2.3.1 ANDROID

     A maior preocupação em relação ao Android é a quantidade variada de

    dispositivos que executam este sistema. Existem modelos com diversas versões dosistema operacional e que possuem configurações de hardware diferentes também.

     A versão mais antiga que os usuários Android continuam a utilizar é a versão 2.2

    (Froyo). Com base nos dados do próprio desenvolvedor, a distribuição dos

    dispositivos usando Android é:

    FIGURA 6 – Distribuição das versões do Android

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    Metodologia 20

    Como mostrado anteriormente na Figura 4, o software não apresenta um

    nível elevado de processamento, portanto, qualquer dispositivo executando versões

    mais antigas do Android tem o hardware necessário para executar o software. Diante

    deste panorama, o desenvolvimento do software pode ser realizado para versões

    iguais ou superiores a versão 2.2 (Froyo).

    Para desenvolver o aplicativo para o Android, foi necessário obter o SDK1,

    disponível gratuitamente no site oficial de desenvolvedores Android

    (http://developer.android.com/sdk/index.html) e funciona em Windows, Linux e Mac

    OS X.

     A distribuição do software é feita através da loja de aplicativos oficial do

     Android, a Google Play Store, porém, para evitar o uso indevido do software, ele sófuncionará com a inserção de uma chave de acesso que será disponibilizada junto

    com a instalação do sistema físico.

    FIGURA 7 – Display do aplicativo para Google Android

    1  Software Development Kit (Kit de desenvolvimento de aplicativos)  –  Pacote contendo as

    ferramentas necessárias para desenvolvimento de aplicativos em uma determinada plataforma.

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    Metodologia 21

    2.3.2 IOS

    Diferentemente do Android, o iOS é um sistema muito mais restrito e

    fechado, logo, o número de dispositivos que executam este sistema é muito menordo que de seu rival. Além disso, a desenvolvedora do iOS, a Apple, garante que

    dispositivos mais antigos recebam as versões mais novas de seu software,

    diminuindo bastante o número de dispositivos executando versões antigas do iOS.

    FIGURA 8 – Distribuição das versões do iOS

    De acordo com a FIGURA 8, 87% dos dispositivos estão executando a

    versão mais atual do sistema operacional e 11% usando a penúltima versão. Isso faz

    com que pudessmos focar o desenvolvimento em cima dessas duas plataformas

    mais recentes, o iOS 6 e 7.

     Assim como no Android, para executar o desenvolvimento do aplicativo

    também foi necessário obter o SDK para o iOS e também um software de interface

    de desenvolvimento específico para os produtos Apple, o Xcode. Para obter estes

    softwares, é necessário apenas ter uma conta na App Store e um computadorexecutando o sistema operacional Mac OS X, porém para poder disponibilizar o

    software criado a partir deles, é necessário uma conta de desenvolvedor Apple.

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    Metodologia 22

    FIGURA 9 – Display do aplicativo para Apple iOS

    2.4  CUSTOS, MATERIAIS E CRONOGRAMA

    TABELA 1 – Custos dos componentes do sistema embarcado

    Sistema Embarcado

    Sistema Componente Valor

    Freio

    Manômetro R$ 60,00

    Conexões R$ 20,00

    Potenciômetro R$ 20,00

     Acionamento

     Alimentação R$ 20,00

    Microcontrolador R$ 60,00

    Fonte R$ 20,00

    Processamento

    Cabos R$ 20,00

    Módulo Bluetooth R$ 60,00

    Periféricos R$ 60,00

    Total R$ 340,00

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    Metodologia 23

    TABELA 2 – Custo do desenvolvimento do software embarcado

    Desenvolvimento do Software

    Sistema Descrição Valor

    HardwareComputadores R$ 5.000,00

    Gravador R$ 2.000,00

    Software Licensas R$ 1.500,00

    Mão de ObraDesenvolvimento iOS R$ 5.000,00

    Desenvolvimento Android R$ 4.000,00

    Total R$ 17.500,00

    TABELA 3 – Cronograma do projeto

    Cronograma (meses)

    1 2 3 4 5 6 7Pesquisa

    Software

    DesenvolvimentoTestesProtótipos

    Correções

    Validação

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    3 RESULTADOS ESPERADOS

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    RESULTADOS ESPERADOS 25

    3 RESULTADOS ESPERADOS

    O desenvolvimento de um sistema que integra a direção de um veículo a um

    dispositivo de telefonia móvel, com software embarcado, foi a proposta adotadacomo possível solução para algumas das dificuldades enfrentadas cotidianamente

    por pessoas portadoras de necessidades especiais. À partir da utilização deste

    sistema o usuário tem maior controle de suas ações ao volante, uma vez que a

    ausência de sensibilidade dos membros inferiores é compensada pela captação de

    informações de interesse por sensores e mensagens intuitivas são exibidas no

    display do celular do usuário, informando-o sobre o quanto deve pressionar ou

    deixar de pressionar os pedais de direção. Ao longo da fase de testes prevê-se a substituição de alguns itens, como

    sensores por exemplo, devido à disponibilidade de novas tecnologias e redução de

    custos para o usuário final.

    Em suma, o desenvolvimento e a utilização de um aplicativo simples e

    intuitivo que permita a retomada da independência de motoristas usuários de

    próteses dos membros inferiores são medidas que acompanham tendências de

    mercado, tornando-se atrativas e acessíveis para o usuário final, proporcionando-lhenão somente a acessibilidade requerida como também a possibilidade da retomada

    de suas atividades cotidianas.

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    REFERÊNCIAS

    GOOGLE. Android Developers  Disponível em:

    . Acesso em 14 maio 2014.

    SMITH, David. IOS Version Stats: 2014. Disponível em: . Acesso em 14 maio 2014.

    INC.,Apple. App Store Distribution: 2014. Disponível em:

    . Acesso em 14 maio 2014.

    NET MARKETSHARE Mobile/Tablet Operating System Market Share. 2014.

    Disponível em: . Acesso em 18 maio 2014.

    SOUZA, David José. Desbravando o PIC 8 ed. São Paulo. Editora Érica, 2005

    MICROCHIP. PIC16F87X Data Sheet Microcontrollers  [on line] 2001. Disponível:

    http://www.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/30292c.pdf. Acesso em 28 abril

    2014.

    GONÇALVES, Márcio Sócrates Sperandio. Medidor de distâncias e áreas usando

    microcontrolador   UFES [on line]. Disponível:

    http://www2.ele.ufes.br/~projgrad/documentos/PG2005_1/marciosocratessperandiogoncalves.pdf. Acesso em 20 abril 2014.

    ZÜRICH. Manômetro registrador sem fio: Z.10.RG.W. 2014. Disponível em:

    .

     Acesso em 30 abril 2014.

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    ANEXO 2 27

    ZÜRICH. Manômetro registrador: Z.10.RG. 2014. Disponível em:

    . Acesso

    em 30 abril 14.

    BOLTON, William. Mecatrônica: Uma abordagem multidisciplinar. 4. ed. São Paulo:

    Bookman, 2010. p.41

     ABNT (Org.). ABNT NBR950:  Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

    equipamentos urbanos.. Disponível em:

    . Acesso em 15 abril 2014.

    Luís Inácio Lula da Silva (Org.). DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE

    2004. Disponível em: . Acesso em: 15 abr. 2014.

    Brasil. Constituição. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com

    as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a

    38/2002 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94. Brasília: SenadoFederal; 2002.

    Brasil. Decreto nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos

    10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas

    que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas

    gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras

    de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em:

     Acesso em 17 abril 2014.

    JP, Engkasan; FM, Ehsan; TY, Chung. Ability to return to driving after major

    lower limb amputation.: 2012. Disponível em:

    . Acesso em 30 abril 2014.

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    ANEXO 2 28

    C, Boulias et al. Return to driving after lower-extremity amputation.: 2006.

    Disponível em: . Acesso em 30

    abril 2014.

    C, Jones et al. Driving a modified car: a simple but unexploited adjunct in the

    management of patients with chronic right sided foot and ankle pain.: 2010.

    Disponível em: . Acesso em 30

    abril 2014.

    B, Meikle; M, Devlin; T., Pauley. Driving pedal reaction times after right

    transtibial amputations.:  2006. Disponível em:

    . Acesso em 30 abril 2014.

    B&B ELECTRONICS. 2013. Disponível em: . Acesso em 16

    maio 2014.

    SANTOS JÚNIOR, Álvaro Santana dos. SISTEMA DE MONITORAMENTO

    ELETRÔNICO AUTOMOTIVO:  2009. Disponível em:

    .

     Acesso em 15 maio 2014.

    BLUETOOTH SIG. How Bluetooth Technology Works:  2008. Disponível em:

    . Acesso em 18 maio 2014.