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Administração de Recursos Materiais para o MPU
Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01
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AULA 02 – Custos, Armazenagem, Embalagens, Almoxarifado e Depósito, Distribuição de Materiais,
Movimentação de Materiais, Equipamentos para Movimentação de Materiais, Arranjos Físicos (Layout),
Sistemas de Transporte, Estrutura para Distribuição (Logística), Supply Chain Management, Tecnologias de
Processamento de Materiais e de Informações
SUMÁRIO PÁGINA
Sumário
Custos ............................................................................................................. 2
Armazenagem ................................................................................................. 5
Embalagens................................................................................................... 15
Almoxarifado e Depósito ............................................................................... 16
Distribuição de Materiais ............................................................................... 18
Movimentação de Materiais ........................................................................... 20
Equipamentos para Movimentação de Materiais ........................................... 22
Arranjos Físicos (Layout) ............................................................................... 26
Sistemas de Transporte ................................................................................ 34
Estrutura para Distribuição (Logística) .......................................................... 39
Supply Chain Management ........................................................................... 46
Tecnologias de Processamento de Materiais e de Informações ................... 48
Questões Comentadas .................................................................................. 53
Questões Propostas ...................................................................................... 68
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Tudo correndo bem? Lembro sempre que estou no fórum de dúvidas para
resolver cada pequeno pepino intransponível que surgir na sua frente. Não sei se eu
disse isso ainda, mas somos melhores amigos meu caro. Eu realmente quero ver
você passar, e com folga.
Bom, vamos continuar.
Custos
Este tema está relacionado à disciplina de Administração de Produção.
Entretanto, também é conteúdo que costuma aparecer quando nos referimos a
custos de estoque, ou custos de manutenção de materiais. Já vamos tratar deles de
uma vez, e assim, você fica mais tranquilo para fazer o que tem de fazer melhor:
GABARITAR.
Pois bem, se você se recordar do tópico "Lote Econômico de Compra",
saberá que existem um volume ideal de determinado material que a organização
pode adquirir.
Só para refrescar sua memória:
Sendo que:
LEC = Lote Econômico de Compra
D = demanda no período (em unidades)
P = custo unitário do pedido
C = custo unitário de armazenagem
Esta fórmula, acredite você ou não, é uma equação de segundo grau. Como
sei disso? Ela segue o modelo geral:
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Não que seja da meu interesse confundir você com noções de matemática,
mas acredito que vai ficar bem mais fácil entender os custos depois dessa
explicação.
Se eu passar o Lote Econômico de Compra para "o outro lado" da equação,
ela vai igualar a zero, e o nosso coeficiente vai assumir valor negativo.
Passando para um gráfico de equação quadrática, essa equação forma uma
parábola "invertida", com um único valor máximo (topo da parábola), razão pela qual
o Lote Econômico de Compra assume apenas um único valor "ótimo".
Agora, a razão disso tudo: existem alguns custos que não oscilam em função
da quantidade demandada, produzida ou estocada pela organização. Outros,
inclusive, diminuem à medida que o número de unidades produzidas ou
demandadas aumenta. Entretanto, embora esse raciocínio dê a falsa ilusão de
"quanto mais, melhor", lembre-se que estocar é custo, havendo limites para o
aproveitamento de "pechinchas". É isso que veremos agora.
Os custos, na disciplina de Administração de Recursos Materiais, são
divididos em três categorias:
- Custos fixos (ou independentes)
- Custos de carregamento (diretamente proporcionais)
- Custos inversamente proporcionais
Falemos dos três
Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade de itens
estocados. Se a empresa estiver com o estoque zerado, ou se estiver abarrotada
de itens armazenados, estes custos serão sempre os mesmos. Pense aqui no
aluguel do prédio onde os produtos são estocados: o dono do imóvel não quer saber
se o prédio está cheio de mercadorias ou de ar, ele quer receber o valor pactuado.
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Em uma aula de contabilidade de custos, eu diria que a apropriação destes
custos nas mercadorias dependeria do volume de mercadorias em estoque, já que
com mais mercadorias, eu posso ratear este custo fixo um pouquinho em cada
produto, ao invés de apropria-lo integralmente em único item, ou amargar o prejuízo
nos casos em que não tenho mercadoria no estoque. Mas como não é aula de
contabilidade, lembre-se: o custo fixo não varia com a quantidade de itens de
estoque. O valor a ser pago por ele é sempre o mesmo.
Os custos diretamente proporcionais (de carregamento) são aqueles
que aumentam na medida em que aumentam os itens em estoque. Quanto mais
itens eu tiver no estoque, maiores serão estes custos. Se eu tenho mais produtos,
preciso de mais espaço para guarda-los, mais prateleiras no almoxarifado, mais
gente para vigiar o local contra roubos. Os exemplos são infinitos, então, ao olhar a
questão, veja se a variação de determinado fator provocaria um aumento no custo
da empresa.
E para acabar, os custos inversamente proporcionais são aqueles que
diminuem à medida que o número de itens no estoque aumenta (sim, isso
também é possível).
Quer um exemplo? Eu pago meus funcionários em dia, eu já tenho os
computadores na empresa, mas eles consomem energia e já pago a conta de
telefone.
Quando o dono da empresa ordena a requisição de novos pedidos, esse
funcionário vai usar o computador para pesquisar na internet e pegar o telefone para
solicitar a quantidade de itens. Concorda comigo que não há diferença no dispêndio
desses recursos se ele marcar 1 unidade ou 1000? Entretanto, como eu já gastei
com conta de luz e telefone e salário, este gasto tem de ser direcionado para as
mercadorias (o dono da empresa não quer prejuízo). Se ele comprou só um item,
este custo de estoque vai todo para este item, mas se comprou 1000, é possível
ratear a despesa, e assim, o custo de estoque diminuiu.
E tem mais uma possibilidade. Comprar no atacado dá desconto. Se eu
compro vários itens, é bem provável que eu vá pagar menos por cada item
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individualmente (experimentem fazer compras em um mercado atacadista, é
sensacional ver isso funcionar :P).
Como os custos fixos são, por definição, invariáveis, uma produção com
poucos itens fará com que cada produto sofra um rateio maior destes custos, ao
passo que, com mais itens, cada produto tem de suportar uma parcela menor do
custo. Qualquer dúvida, estou no fórum para isso.
Professor: os custos inversamente proporcionais não seriam custos fixos por
definição? Afinal, tanto a conta telefônica como o aluguel do prédio são pagos
independentemente da produção, não havendo diferença prática entre os exemplos.
Sim, meu caro aluno, é uma observação pertinente. Contudo,
doutrinariamente, os custos inversamente proporcionais estão ligados diretamente à
obtenção dos materiais. A linha telefônica foi utilizada diretamente para solicitar
materiais para o estoque, ao passo que o aluguel do prédio não tem essa
característica. Alias, os "custos de obtenção de materiais" são os frequentemente
citados como exemplos de custos inversamente proporcionais.
Para fins de prova, sugiro que fique bastante atento a essa peculiaridade.
Armazenagem
Fique tranquilo, o que vamos falar aqui vai parecer uma simples revisão da
aula de Estoques de que já falamos anteriormente.
Você é o gestor de materiais de uma empresa. A empresa vai precisar de
materiais para produzir o que quer que ela queira produzir.
O setor financeiro não queria que ela estocasse materiais, pois isso imobiliza
capital. Ainda assim, a empresa estocou.
E aí chegamos ao recebimento e armazenagem. Até que o produto estocado
seja utilizado no processo produtivo, até lá ele precisa ser guardado (armazenado).
Mas antes, lógico, eu preciso recebê-lo, afinal, como posso guardar algo que ainda
não tenho? :P
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Dentre as atribuições dos gestores da armazenagem e movimentação física
de matérias, Gonçalves1 cita as seguintes:
Recebimento dos materiais;
Identificação dos materiais;
Transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de
armazenagem.
Armazenamento dos materiais;
Controle da localização física dos materiais;
Fornecimento dos materiais.
Veja que as atividades de armazenagem estão diretamente relacionadas
ao controle e movimentação dos materiais. Sendo que a área de armazenagem
e movimentação de materiais tem responsabilidade direta na qualidade dos
produtos ou serviços da organização.
Primeiramente vamos falar sobre a primeira etapa do processo, o
recebimento do material após a compra.
Recebimento de Materiais e Conferência.
Os principais elementos envolvidos no recebimento de materiais são: o
espaço físico, diz respeito ao local que os produtos serão recebidos e também ao
espaço para manobras de veículos e para disposição das matérias-primas;
recursos de informática, dizem respeito ao controle de recebimento e ao uso
equipamentos tais como leitores de código de barras; equipamento de carga e
descarga, como empilhadeiras; pessoal treinado e qualificado; e procedimentos
padronizados.
O setor de recebimento de materiais, ao receber o material, deve
observar, dentre outras coisas, se o produto recebido atende às especificações
1 Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed.
pág. 314.
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técnicas do pedido, se a quantidade, a qualidade e a marca condizem com o que foi
acordado em contrato e se o produto chegou dentro do prazo estabelecido. Após
conferência muitas vezes é confeccionado o documento que se denomina termo de
recebimento de material. Somente após a conferência é que se dá o aceite dos
materiais.
O recebimento de materiais é uma atividade intimamente ligada ao controle
de estoques. As atividades de recebimento de materiais são documentadas no que
se chama relatório de recebimento (ou termo de recebimento de material, como
citado acima).
Estes serviços de inspeção de recebimento estão vinculados ao setor de
controle de qualidade. Não basta, deste modo, que os materiais recebidos
estejam de acordo com a nota fiscal (se só puderem memorizar uma coisa dessa
parte, memorizem isso), é fundamental que eles correspondam às
especificações técnicas do pedido, ou seja, na quantidade e na qualidade que
foi acordada entre o comprador e o fornecedor.
O recebimento é feito em duas etapas:
O recebimento provisório envolve apenas procedimentos de conferência
dos materiais, já o recebimento definitivo, momento posterior à conferência, é
quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material está de
acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor,
ou devolve o material ao fornecedor, por estar em desacordo com as
especificações, para que este regularize os materiais.
Deste modo, o procedimento de recebimento envolve desde a recepção
propriamente dita do material, quando entregue pelo fornecedor, até o momento em
que os materiais entram nos estoques.
Entenda também que os procedimentos de conferência são prévios ao
recebimento definitivo. A inspeção do material deve ser visual, observando a
quantidade e a qualidade.
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Acredito que agora você já será capaz de entender o principal motivo de se
ter estoques e, consequentemente da necessidade da guarda de materiais: ter o
material disponível no momento exato e na quantidade demandada. Olha o quadro
aí de novo:
A estrutura física da empresa e a demanda do material são pontos muito
importantes e que deve ser analisado no momento da decisão de armazenar ou não
um material. Já se imaginaram comprando um galpão de dois andares e 10 mil
metros quadrados e entupindo ele de prateleiras e mercadorias, afinal a demanda
de material é imensa. Só que o gestor de materiais fez isso até que o piso do andar
de cima cedeu e desabou sobre o piso de baixo. A estrutura física da empresa (no
caso, o galpão) não estava preparada para suportar aquele estoque. E... prejuízo na
certa.
Uma armazenagem adequada tem como objetivos:
- Conservar os materiais;
- Permitir que estes estejam próximos do sistema produtivo no momento
em que forem requisitados.
Podem, então, ser elencados como objetivos da armazenagem adequada,
dentre outros:
Maximização da utilização do espaço físico (utilização
adequada);
Proteção (conservação) dos materiais ;
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar:
A Quantidade (para que se evite a falta ou os excessos)
O Tempo ( o momento em que os materias estarão
disponíveis)
A Localização (não basta o material estar disponível ele
também precisa estar disponível no local certo)
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Facilidade de acesso ao estoque (os materiais precisam estar
no local certo, na hora certa e na quantidade certa);
Do mesmo modo permitir a satisfação dos clientes, que
poderão contar com os produtos no momento que necessitarem
(veja que ao estocar, eu deixo um número de produtos
acabados armazenados em depósito, que podem ser entregues
diretamente ao cliente);
Facilitar o registro das operações (a partir da organização
adequada dos materiais);
Lembre-se: um material de alto custo de armazenagem deve ser visto
como um material crítico.
O local onde o material será armazenado deve ser adequado às próprias
necessidades deste material, ou seja, o local deve ser compatível com as
características físicas e químicas do material, além disso, você deve entender que
alguns deles ficarão armazenados por um curto período de tempo, já outros por
períodos mais longos. Por exemplo: Não seria bom armazenar papel para produção
de jornal em um lugar com muita umidade, embora o ambiente também não possa
ser de todo seco.
A adequação do ambiente será um fator tanto mais importante conforme
a sensibilidade do material, e claro, além de mais importante, provavelmente mais
custosa.
Estocar é custo (eu já falei isso várias vezes, e vou falar muitas vezes mais).
Todo armazenamento de material gera um custo para a empresa, no entanto,
não é somente o custo envolvido na compra do material de estoque, mas também
aquele envolvido com as embalagens de acondicionamento e com o espaço
físico onde ocorrerá a guarda deste estoque, deste modo, mesmo que o estoque
esteja zerado haverá um custo de armazenagem.
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Segundo Pozo2:
“Os fatores que compõe o custo de armazenagem são:
Custo de edificações;
Custo de manutenção;
Custo de materiais;
Custo de pessoal.
Haverá também os custos de carregamento, que são os custos diretamente
proporcionais à quantidade estocada incluem, além da despesa com
armazenagem, os custos de capital e outros custos decorrentes de fatores de risco
de perda do estoque, como obsolescência, manuseio inadequado, roubo e danos.
Critérios e Técnicas de Armazenagem
Critérios de armazenagem são as considerações que devo fazer, e depois
aplicar, sobre a estocagem do material. Técnicas são as maneiras pelas quais eu
posso fazer isso.
Quanto aos critérios utilizados, os mais comuns na doutrina são os seguintes:
Armazenagem por agrupamento ou semelhança: Materiais parecidos
(semelhantes) devem ser armazenados próximos uns dos outros. Fora o fato de ser
mais fácil encontra-los, eu tenho mais uma vantagem nesse método: posso me
aproveitar do fato de que esses itens tendem a ser solicitados em momentos
próximos. Faz sentido: se eu fabrico relógios e armazeno materiais nos estoque
segundo esse critério, toda vez que eu precisar de várias engrenagens (de
diferentes tipos), se eu optei por armazena-las por este critério, elas estarão todas
no mesmo lugar, facilitando o trabalho de localização e remessa para o processo
produtivo.
2 Hamilton Pozo, Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, Ed. Atlas
2010, 6ª ed. pág. 62.
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Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Agora eu procuro
armazenar os materiais levando em conta suas características físicas. Ponho
materiais líquidos juntos, materiais volumosos juntos, peças pequenas juntas, pois
se torna mais fácil dedicar os espaços físicos no estoque para cada tipo de material.
O problema é que normalmente, esses materiais só terão essas características em
comum (o critério não tem nenhuma relação com a aplicação dos materiais no
processo produtivo) e envolverá um controle muito mais rígido pelo gestor do
almoxarifado, já que os itens podem se tornar difíceis de encontrar.
Armazenagem por frequência de utilização: Agora eu levarei em conta
quais materiais são solicitados com mais frequência e quais deles são solicitados
menos vezes pelo processo produtivo. Eu colocarei os materiais mais utilizados
perto da saída do almoxarifado, pois vou precisar fazer mais viagens com eles, ao
passo que os itens menos utilizados podem ficar lá no fundo do galpão. Não
confunda com a armazenagem por semelhança. Não há necessidade alguma que
os materiais estejam relacionados entre si no processo produtivo da empresa.
Basta que saiam do almoxarifado mais ou menos vezes.
Armazenagem especial: Alguns materiais, por características especiais que
lhe são próprias (são frágeis, inflamáveis, volumosos, perecíveis, até mesmo
radioativos, entre outras características que os tornem de alguma maneira
especiais, precisando de uma estrutura igualmente especial para armazená-los).
Aqui não há muito como especificar, cada material vai demandar o seu próprio
cuidado. Por exemplo, no caso do armazenamento de carnes, não adianta nada eu
arremessar o corte em uma bancada poeirenta, pois em algumas horas eu já terei
perdido o material. E nem preciso falar que se a empresa fabrica máquinas de Raio
X, os empregados precisarão de trajes especiais para armazenar e manusear o
Césio utilizado em sua fabricação.
Por fim, a armazenagem especial pode ser combinada com algum dos
outros critérios, já que um item pode, ao mesmo tempo, ser especial e
frequentemente utilizado. Aí eu combinaria armazenagem especial com
armazenagem por frequência de utilização, sem problema nenhum.
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Antes de falar das técnicas de armazenagem, é importante que você tenha
em mente uma coisa. A escolha das técnicas depende muito de alguns fatores,
entre os quais:
- Espaço disponível para estocagem dos materiais
- Tipos de materiais a serem estocados.
- Número de itens a serem estocados.
- Velocidade de atendimento necessários
- Tipo de embalagem a ser utilizada.
Dito isto, as técnicas mais comuns de armazenagem são as seguintes:
- Carga Unitária (uso de Pallets)
- Caixas ou Gavetas
- Prateleiras
- Raques
- Empilhamento
- Contêiner
Só pelos exemplos você já deve ter entendido que a técnica é justamente o
como armazenar.
Carga Unitária: estamos falando de embalagens de transporte que podem
acondicionar uma determinada quantidade de material, para posterior transporte e
armazenagem. Para fazer isso, usamos o pallet. Um pallet é um estrado de madeira
com 1,1 metro de lado (é simplesmente um quadradão grande e pesado de
madeira, sobre o qual eu coloco os itens que desejo armazenar). Veja o jeitão dele:
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Tá vendo esses espaços que fica embaixo
do estrado? São ótimos para a empilhadeira apoiar
suas pás e assim, fica bem mais fácil de carregar o material, independente de qual
seja ele. Alias, essa é uma das vantagens da chamada “paletização dos materiais”
(acondiciona-los sobre pallets): isso gera economia de tempo e esforço, além de
reduzir a área de armazenagem e tornar a carga e descarga do material bem
mais rápida.
Caixas ou Gavetas: Acho que não preciso comentar o que são caixas nem o
que são gavetas (alias, eu nem sei como faria isso). Melhor mostrar uma foto:
Caixas e gavetas são ótimas para guardar objetos
pequenos, como parafusos, arruelas, lápis, borrachas e
mesmo materiais em processamento do processo produtivo.
Vai a gosto do freguês. O material de que elas são feitas
também não é importante, a menos que falemos de
armazenagem especial. Entretanto, o tamanho da gaveta
pode variar conforme a necessidade, sem limitações. E ao contrário do que
acontece na minha gaveta, se bem utilizado, esse método evita a perda desses
itens muito pequenos.
Prateleiras: Olhe para sua estante, e contemple a definição de prateleira em
sua plenitude e grandeza. Caso não tenha uma, aí vai uma foto:
Prateleiras servem para estocar materiais
de tamanhos diversos, além de poderem servir de
apoio para gavetas ou caixas. O material de que
elas são feitas não é importante (exceto sempre os
casos de armazenagem especial), sendo as mais
comuns as de metal e madeira. É essencial que os
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materiais estocados em prateleiras fiquem visíveis e corretamente
identificados. É, de longe, a técnica de armazenagem mais simples e
econômica, sendo adotada para peças pequenas e quando o número de itens do
estoque não é muito grande.
Raques: Talvez seja difícil ver a diferença de um raque e uma prateleira.
Comecemos pela foto de um, para ajudar na definição:
A diferença entre o raque e a prateleira é o seu comprimento. Veja que na
linha horizontal não há divisões. Isso é importantíssimo, já que o raque se presta a
acomodar peças longas e estreitas, como tubos e barras
Empilhamento: É uma variante da estocagem de caixas. Serve para
aproveitar ao máximo o espaço vertical. Tanto caixas como pallets podem ser
empilhados uns sobre os outros, desde que eu preste atenção na distribuição do
peso. O empilhamento favorece a utilização de pallets, e melhor ainda, das
empilhadeiras, e como eu já disse, são perfeitas para manusear os pallets. E para
quem não sabe, empilhar é colocar uma coisa em cima da outra :P.
Contêiner (containers): Já viram aquelas enormes caixas de metal que os
navios costumam trazer. Olha a foto para lembrar:
Containers são caixas retangulares de metal,
completamente seladas e que se dedicam ao transporte de carga. Nada novo até aí.
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Mas a grande sacada do container é que ele foi criado para ser facilmente
transportado por quase qualquer meio de transporte. Foi feito para o transporte
intermodal. Um container chega de navio. Uma grua ou um guincho são utilizados
para coloca-lo em cima de um caminhão. Foi feito para encaixar com perfeição.
Posso ainda coloca-lo em cima de um trem ou até carrega-lo de avião. Tudo isso
sem mudar o método de armazenagem (o material vai ficar sempre dentro do
container, sem nunca sair dele).
O Container flexível é algo mais recente. Ele lembra muito um saco feito de
tecido resistente e borracha, sendo que seu revestimento interno varia conforme o
seu uso.
Agora deixem o seu professor feliz e digam que já sacaram isso: Cada
material requer uma técnica de estocagem própria. Moleza né?
Não sei se o edital também vai cobrar a parte de sistemas de armazenagem,
mas você não perde nada aprendendo :P;
Embalagens
As embalagens têm como principal objetivo a proteção dos materiais seja
durante a sua guarda, seja durante a sua movimentação e o seu transporte.
Uma embalagem adequada deve atender os seguintes requisitos:
- Resistência (química e física) adequada;
- Tamanho adequado;
- Possibilidade de transporte, manuseio e estocagem;
Viabilidade de custo (se o custo de embalagem for maior que o custo do
produto o processo, utiliza-la deixa de fazer sentido).
Os exemplos mais comuns de embalagens são esses: as caixas de
papelão; tambores metálicos (excelentes para guardar líquidos); fardos
(utilizados, por exemplo, para embalar fumo, lã, algodão), que possibilitam a
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redução de volume por compressão, por meio da utilização de tiras metálicas após a
mercadoria ser prensada; recipientes plásticos, que têm sido muito utilizados em
substituição a recipientes de metal ou de vidro.
Importante: O uso de uma embalagem adequada, embora necessário,
muitas vezes tem um reflexo significativo no aumento dos custos.
Lembre-se sempre, a embalagem também custa alguma coisa (as vezes
muita coisa).
O local de armazenamento do material demanda espaço físico da empresa, e
muitas vezes um espaço precioso. Quando o material for necessário na produção, o
seu fluxo do local onde estava armazenado até o local da produção deve ser o mais
rápido possível. A expressão bastante encontrada é a de maximização do espaço
disponível.
Almoxarifado e Depósito
Acredite ou não, seu examinador quer que você saiba a diferença conceitual
entre almoxarifado e depósito.
Mas professor, ambos são lugares nos quais o material é estocado. Não é
tudo a mesma coisa?
Não, não é. Acompanhe as definições:
Almoxarifado: toda vez que você ler “almoxarifado”, eu gostaria que você
tivesse em mente um local onde materiais iniciais são estocados. Materiais
iniciais são as matérias primas, materiais que ainda não foram sequer tocados pela
empresa em seu processo produtivo e que ainda serão trabalhados pela empresa.
Desta forma, o almoxarifado guarda e estoca os materiais da empresa, antes
que venham a se tornar “produtos”.
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Outra coisa importantíssima: o almoxarifado, no mais das vezes, é o setor
responsável pelo recebimento de materiais (falamos de recebimento na página
3), incluindo sua conferência, recebimento provisório e definitivo.
Entretanto, embora seja o almoxarifado o setor responsável pelo
recebimento de materiais, não é atividade sua a compra dos mesmos.
Em uma empresa comum, o almoxarifado, ao constatar falta de algum
material que poderá ser demandado pelo setor produtivo da empresa, encaminha
uma requisição ao órgão de compra, e este sim fará a aquisição.
Uma vez aprovados no Controle de Qualidade da empresa, os materiais
são armazenados no almoxarifado, de onde podem ser solicitados através de
Requisições de Materiais. As requisições serão feitas pelo setor produtivo da
empresa, interessado em materiais para fabricar seus produtos.
Depósito: este local tem a função de armazenar os Produtos Acabados da
empresa. Se a empresa fabrica bicicletas, seu depósito está cheio de bicicletas,
enquanto o almoxarifado está cheio de pneus, pedais, correias e etc.
Lembre-se que a empresa não consegue vender o seu produto tão logo ele
saia da linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de consumidores
no fim da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, a medida que os
produtos acabados vão ficando prontos, são imediatamente estocados em
depósito, para futura entrega.
Desta forma, as Requisições de Materiais que chegam ao depósito não são
feitas pelo setor produtivo da empresa, e sim pelo setor de vendas, interessado em
encaminhar estes produtos aos consumidores.
E sim, existem materiais que não estão nem no almoxarifado, nem no
depósito. Seriam os produtos semiacabados, que vão sendo estocados
juntamente ao processo produtivo no qual estão inseridos. E isso tem razão de ser:
estes produtos nem são matérias primas intocadas, e nem produtos acabados,
entretanto, vão passar pouco tempo estocados, pois irão ser remetidos à
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próxima fase do processo produtivo, para finalização. Quando estiverem
prontos, irão para o depósito.
Este quadro vai ajudar você a entender as diferentes possibilidades:
Distribuição de Materiais
Pois bem, o almoxarifado da empresa está repleto de materiais estocados.
Tudo está na quantidade correta, pronto para ser utilizado da maneira que a
empresa pretende, e tudo é de primeira linha. Mas só isso basta?
Os materiais não vão se mover sozinhos. E garanto que eles não são úteis
ao processo produtivo enquanto estiverem estocados no almoxarifado. Esses
materiais precisam ser distribuídos a quem quer que precise deles, seja a própria
empresa, para dar seguimento à produção de seja lá o que se dispôs a produzir,
seja o consumidor, que está interessado no produto acabado. E esse material tem
de chegar nas mãos deles, e logo!
Desta forma, a atividade de distribuição de materiais consiste em fazer
chegar o material em perfeitas condições a seu usuário.
Acredite você ou não, a movimentação de materiais na empresa pode
oscilar de 15% a 70% do custo total de produção. Não é pouca coisa, e por isso,
o tema merece atenção.
Toda empresa possui um fluxo de materiais. Materiais transitam de uma área
a outra da empresa, sem descanso. Alias, guarde a primeira lição desta aula: em
um mundo ideal, o material somente pode parar de se movimentar para que
nele sejam praticadas atividades que gerem acréscimo de valor sobre o
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mesmo. O aço da montadora é movimentado até a área de soldagem do chassis e
só fica parado ali para que as máquinas façam o seu trabalho, transformando
algumas toneladas de aço em algumas toneladas de chassis. Se não for para isso,
o material não pode ficar parado, e isso vale para qualquer material.
O fluxo de materiais deve ser mantido, e tudo que o interrompa, se
possível, deve ser eliminado. Toda interrupção do fluxo é enxergada como
problema sobre a ótica da distribuição de materiais, ainda que a atividade tenha
cunho administrativo (em especial as atividades de controle). Do ponto de vista da
distribuição de materiais, a coleta de assinatura do seu futuro superior imediato para
liberação de folhas sulfite, por impedir que o material se movimente livremente, é
enxergada como um problema. Por isso, tome cuidado, algumas atividades
operacionais, embora interrompam o fluxo de materiais, podem ser
necessárias, não devendo ser eliminadas.
Antes de continuar, você já vai conhecer a primeira classificação que deve ter
em mente quando falávamos de Distribuição de Materiais:
Distribuição Interna: é a distribuição de materiais feita dentro da empresa,
buscando atender à demanda interna, que precisa dos materiais para elaborar seus
produtos. Está ligada ao tema “Movimentação de Materiais”
Distribuição Externa: é a distribuição voltada ao consumidor final
(logicamente que falamos aqui dos produtos acabados, lá da aula 00 e 01). Está
ligado ao tema de “Transporte”.
Ah sim, você está ingressando em um órgão público da estrutura federal.
Existe uma classificação específica para a esfera federal, prevista na Instrução
Normativa 205/1988 da SEDAP, que conceitua a distribuição em dois tipos:
Distribuição (fornecimento) por Pressão: Os materiais são entregues sem
qualquer solicitação, seguindo um cronograma fixado pelo setor competente em
épocas previamente fixadas. É de uso facultativo pelas unidades.
Distribução (fornecimento) por Requisição: É o mais comum. A unidade
solicita o material, que é entregue, conforme a disciplina interna do órgão
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Movimentação de Materiais
Você já sabe que a distribuição de materiais é atividade importantíssima
dentro da disciplina de Administração de Materiais (se não sabe ainda, ficou
sabendo agora). Mas, por trás da ideia de distribuição de materiais está uma muito
mais rudimentar: a da movimentação dos mesmos.
A definição de Chiavenato não poderia ser mais clara: “Dá-se o nome de
movimentação de materiais a todo o fluxo de materiais dentro da empresa”.
Lembram que eu disse que o custo de distribuição de materiais pode variar
de 15% a 70% do custo de produção? Tendo essa afirmação em mente,
estudaremos as finalidades da movimentação de materiais mencionadas pela
doutrina:
1 - Fatores ligados ao aumento da capacidade produtiva da empresa: a
movimentação eficiente de materiais permite a utilização plena da capacidade
produtiva da empresa. Os resultados que conduzem a esse aumento da
capacidade produtiva são os seguintes:
- Redução do tempo de fabricação;
- Incremento de produção, vez que com um melhor abastecimento, mais
materiais chegam ao setor produtivo, que pode assim produzir mais;
- Utilização racional da capacidade de armazenagem, já que se aumenta a
área útil da fábrica com o melhor aproveitamento do espaço disponível.
2 – Fatores ligados à melhoria das condições de trabalho: o empregado
também deve ser levado em consideração na Administração de Recursos Materiais,
pois é ele quem movimenta o material, ou ao menos quem opera a máquina que o
faz:
- Redução de Acidentes: a movimentação adequada e planejada dos
materiais evita acidentes que podem ocorrer durante o manuseio e processamento
destes.
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- Redução da Fadiga: a movimentação adequada também envolve o menor
dispêndio de energia possível na realização desta atividade (falaremos melhor disso
logo mais).
- Aumento da produtividade da mão de obra: pelos fatores acima, o
empregado que participa do processo produtivo torna-se mais produtivo.
3 – Fatores ligados à redução dos custos de produção: por fim, aqueles
15% a 70% podem ser reduzidos drasticamente, pelas seguintes razões:
- Redução da mão de obra braçal: convenhamos que carregar os materiais
no braço, por mais forte que seja o sujeito, é muito menos eficiente. Com a
utilização de equipamentos adequados (que adivinha, também serão vistos nesta
aula), eu posso ir muito mais além dos limites da condição humana;
- Redução dos custos de materiais: ao acondicionar os materiais
corretamente durante sua movimentação, a empresa evita quebras ou perdas. A
redução ocorre na medida em que estas perdas serão rateadas entre as unidades
que permanecem inteiras (acredite, o dono da empresa não quer prejuízo). Quanto
menos material quebrar, mais barata a fabricação do material. Só para eu não me
sentir culpado, esqueçam tudo isso quando e se estudarem contabilidade de custos
(perdas inesperadas são lançadas diretamente à conta de resultados, e não
integram o custo de materiais).
Redução dos custos em despesas gerais: tudo feito com eficiência precisa
ser feito menos vezes, inclusive o transporte dos materiais. Além do que, é possível
reduzir os níveis de estoques com a otimização da movimentação (e você deve
lembrar porque é bom reduzir estoques, né?).
Com isso, terminamos as finalidades possíveis da movimentação.
Novamente, quero lembra-lo do poder da criatividade em concurso
público: as provas seguem entendimentos doutrinários (para não dizer autores)
consagrados. Esta doutrina, por sua vez, nasce da observação destes autores da
realidade, e posterior registro em suas obras. É isso que eu mostro a vocês nas
aulas, pois vocês precisam disso para acertar 95% das questões que
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aparecerem. Mas qualquer pessoa pode observar e concluir. INCLUSIVE
VOCÊ. Se aparecer alguma questão perguntando se a movimentação de materiais
poderia ter outro objetivo que não os colocados aqui, por favor, façam o seu
professor feliz, e pensem se aquilo faz sentido. A criatividade do examinador não
tem limites, nem a sua deve ter. Ah sim, verde é o espectro de cor mais perceptível
ao olho humano :P.
Retomando...
Equipamentos para Movimentação de Materiais
Já sei que movimentar é importante, já sei para que serve. Mas como devo
movimentar os materiais? Em verdade, ninguém pode te dizer como fazer uma
coisa. Mas pode te dizer o que você deve levar em consideração.
E isso, na doutrina, tem vários nomes. Chiavenato chamou de “princípios
básicos”, Gonçalves preferiu o termo “Lei” e eu gosto do termo “critério”. Tanto faz
como chamamos, o importante é que você saiba o que é. Entretanto, vou ficar com
o Gonçalves :P.
As “Leis da Movimentação de Materiais” contém recomendações a serem
observadas, que facilitarão a vida de quem tiver de fazer a movimentação. Veja o
quadro:
Lei Definição Comentários
Lei da Obediência do Fluxo das Operações
Consiste em construir trajetórias de movimentação que possam ser
mantidas em sequência.
É evitar ao máximo situações de interrupção entre uma tarefa de transporte e outra. Se a palavra
"combo" lhe for familiar, acredito que seja perfeita aqui
Lei da Mínima Distância
Percorrer o mínimo de espaço possível para movimentar os
materiais, evitando o zigue zague.
Nada de perambular feito um zumbi pela empresa. Ande em linha reta.
Lei da Manipulação Mínima
Dar preferência ao transporte mecânico, evitando a manipulação
de dos materiais.
A idéia aqui é evitar o contato manual com o equipamento, que é
menos eficiente e o deixa mais sucetível a acidentes.
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Lei da Máxima Utilização dos Equipamentos
Explorar ao máximo as funcionalidades dos equipamentos, tirando o máximo proveito de sua
operação.
Acho que aqui é tranquilo, o objetivo é fazer tudo que o
equipamento puder fazer para auxiliar na movimentação.
Lei da Máxima Utilização do Espaço
Disponível
Utilizar o máximo de espaço cúbico disponível.
Também é autoexplicativo. Espaços vazios é desperdício e
desperdício é perda.
Lei da Segurança e Satisfação
Manter a segurança dos empregados e reduzir a fadiga dos
mesmos.
Parte da disciplina de movimentaçaõ de materiais se
volta aos operadores dos equipamentos, que devem ser
respeitados.
Lei da Padronização Utilizar o máximo de equipamentos
padronizados (do mesmo tipo)
A idéia de marca pode te ajudar a entender este ponto. Utilizar um único tipo de empilhadeira, por
exemplo, ajuda na manutenção da mesma, já que as peças serão as
mesmas o dia que quebrar.
Lei da Flexibilidade
Os equipamentos utilizados devem, preferencialmente, servir para transportar tipos variados de
cargas.
Assim, eu posso utilizar o mesmo equipamento para várias tarefas.
Lei da Máxima Utilização da
Gravidade
Esta lei recomenda o aproveitamento máximo da
gravidade
"Para baixo, todo santo ajuda" e acho que isso já diz tudo.
Lei do Menor Custo Total
Escolher o equipamento de transporte com base no menor custo total (custo inicial +
custo operacional + custo de manutenção) e o tempo de vida útil
O equipamento deve ser analisado pela média destes custos, já que pode seu custo
de aquisição pode ser barato, mas pela baixa qualidade dos componentes, demandar manutenção constante.
Fonte: Gonçalves, Paulo Sérgio
Ficou meio colorido demais para o meu gosto, mas fica mais fácil de ler as
linhas assim. Esses são os critérios que pautam a movimentação de materiais. A
maioria é intuitivo, então, memorizar só em último caso.
É com base nessas “leis” que devo escolher o tipo de equipamento mais
adequado à movimentação dos materiais da minha empresa. E você ficaria surpreso
com o número imenso de equipamentos que podem ser utilizados. Vou fazer o
seguinte: vou dividi-los em modalidades e dar alguns exemplos dos principais
representantes destas modalidades.
Vamos nós:
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1 – Veículos Industriais;
2 – Transportadores Contínuos;
3 – Guindates, talhas e elevadores;
4 – Contêineres e estruturas de suporte;
5 – Equipamentos diversos e plataformas;
Veículos Industriais: Perfeitos para movimentação de materiais entre
pontos que não possuam limites fixos ou predeterminados. A trajetória a ser feita
pelos materiais é variável. A empilhadeira é o exemplo por excelência. Veja a
figura.
Essa beleza é capaz de levantar pallets com facilidade imensa, mas também
serve para outros tipos de cargas. Quanto à trajetória variável, estes itens podem
ser demandados em diversos pontos do processo produtivo, ou até mesmo em
diversas prateleiras. O importante é que os pontos iniciais e finais da empilhadeira
nem sempre são os mesmos, e por isso ela é versátil.
Transportadores Contínuos: Agora os pontos de transporte são fixos. O
material vai sempre do ponto A ao B, do B ao C e assim por diante. Em troca da
imobilidade, esses transportadores funcionam ininterruptamente. Como vocês
devem imaginar, são perfeitos para sistemas de produção contínua, entre os quais,
as linhas de montagem. A correia transportadora (esteira) é perfeita para ilustrar:
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O material é colocado na esteira e vai se movimentando até chegar a seu
destino. Depois outro, e outro, e outro, sem parar.
Guindates, talhas e elevadores: Aqui vão enquadrados todos os
equipamentos de manuseio específico para áreas de difícil movimentação, movendo
as cargas ininterruptamente. Normalmente, se prestam também a içar (levantar) o
material que se pretende, colaborando para que este não ocupe o mesmo plano que
outros materiais (ou mesmo pessoas). Fala-se em “não concorrência” de espaço, já
que o material fica pendurado e as pessoas ficam no chão.
Aqui não tem jeito, os três são muito diferentes uns dos outros, vai ter foto
dos três.
Da esquerda para direita, guindaste, talha e elevador. A talha foi feita para
ser utilizada normalmente em sistema de polias, carregando cargas bastante
pesadas.
O elevador acredito que você já conhece. Ele se presta ao transporte de
cargas entre diferentes espaços (andares), em compensação, demanda
manutenção preventiva cuidadosa.
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E o guindaste, frequentemente utilizado em portos, se presta à
movimentação de cargas muito pesadas entre pontos relativamente próximos, ainda
que em alturas diferentes.
Contêineres e estruturas de suporte: Já falamos deles na aula passada.
Lembre-se, para esta aula, que são equipamentos sem mobilidade própria, e
servem não para movimentar materiais, mas para contê-los enquanto são
movimentados. E, principalmente, são perfeitos para o transporte intermodal (que
você verá nessa aula, no tópico de transportes).
Equipamentos diversos e plataformas: Basicamente, todo o resto,
incluídos equipamentos de posicionamento, rampas e equipamentos de
transferência de materiais. Se não estava em nenhuma categoria e serve para
movimentar alguma coisa, está aqui. O carrinho de carga é um exemplo de como o
“resto” também é importante:
São úteis para movimentação de pequenas cargas dentro do próprio
almoxarifado. As distâncias que pode percorrer também são curtas, já que só de
olhar para foto, você pode ver que é você quem terá de puxá-lo :P.
Arranjos Físicos (Layout)
Não achou mesmo que a gente simplesmente ia ficar movimentando
materiais de um lado para o outro, com brinquedos legais é verdade, sem nenhum
propósito ou motivação?
Pois bem, estamos aqui falando de produzir (mesmo em uma repartição
pública, o estudo de arranjos pode trazer algo positivo para você). Mas, admito, só
trato deste tema pois seu edital "preciso" não me dá escolha, e prefiro que você saia
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postando nos fóruns: "a aula do Felipe ta cheia de temas desnecessários" do que
você aparecer dizendo "caiu layout na prova e o Felipe não falou disso".
A disciplina dos arranjos físicos diz respeito ao planejamento do espaço físico
que será utilizado, que será ocupado. Se nos primórdios, o arranjo físico era feito
intuitivamente (isso fica melhor aqui, isso lá e esse é no uni-duni-tê), com os
avanços da ciência da Administração da Produção, começou-se a criar técnicas que
melhorassem esses arranjos. Para ser bem sincero, o layout não se limita a
materiais. O layout é a disposição física dos equipamentos, pessoas e
materiais da maneira mais eficiente possível. (Essa definição é a mais precisa
encontrada dentro da doutrina) Alias, o próprio significado da palavra é “colocar,
dispor, ocupar, localizar, assentar”. (mas isso é só uma curiosidade, que talvez
possa te ajudar).
Chiavenato3 cita como objetivos deste arranjo físico:
1. Integrar máquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produção
eficiente.
2. Reduzir transportes e movimentos de materiais.
3. Permitir um fluxo regular de materiais e produtos ao longo do processo
produtivo, evitando gargalos de produção.
4. Proporcionar utilização eficiente do espaço ocupado.
5. Facilitar e melhorar as condições de trabalho.
6. Permitir flexibilidade, a fim de atender possíveis mudanças.”
O arranjo físico das máquinas determinará a melhor eficiência do fluxo
produtivo. O arranjo depende bastante daquilo que é produzido e qual o propósito
dado pela produção a cada máquina.
3 Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, Ed. Campus, pág. 120.
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Veja um exemplo de desastre:
Pense em uma fábrica.
Esta fabrica alterou totalmente o layout de sua linha de produção. Antes,
haviam três máquinas específicas, uma atrás da outra, e correspondiam cada qual a
uma etapa do processo produtivo em sequencia. Pior, estas máquinas só eram
capazes de fabricar um único tipo de produto.
Com a alteração do layout, essas mesmas três máquinas foram alocadas
bem longe umas das outras.
O resultado desta providência, provavelmente será o comprometimento do
fluxo de produção.
Pensa só: a empilhadeira agora precisa percorrer um caminho mais longo de
uma máquina a outra, os estoques intermediários ficam “passeando” de um lado a
outro da fábrica, com sério risco de danos e extravios, fora as outras calamidades
inimagináveis que dificultarão a obediência à data de entrega do pedido.
O arranjo físico pode ser também em relação a melhor disposição de
operários na linha de produção (quando a operação não é tão automatizada). Só
gostaria que você entende-se que não falamos apenas de materiais e máquinas
quando falamos de layout.
Tudo bem, já sei porque arranjar (dispor, colocar) os materiais dessa ou
daquela forma, mas no que tenho que pensar para escolher a forma adequada?
Existem várias razões (sua imaginação também pode ajudar nessa hora, não se
limite a memorizar), entre as quais:
Aqueles itens de estoque mais importantes, por exemplo, itens classe “A” e
daqueles que têm maiores saídas devem estar em um local que permita
facilidade de manuseio e acesso, ou seja, devem estar próximos a locais de
saída e de expedição;
Os corredores de acesso ao almoxarifado e ao depósito devem facilitar o
trânsito de maquinário de transporte (de movimentação dos materiais).
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Exemplo: os corredores devem ser de largura suficiente que permita o
transito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo, em dois sentidos;
O mesmo cuidado que se tem com os corredores deve se ter com as portas
de acesso. As portas do almoxarifado e do depósito devem ter largura e
altura adequada, de modo que os equipamentos de manuseio e
movimentação dos materiais (ex. empilhadeiras) possam circular sem
dificuldades;
O empilhamento dos materiais e o uso de prateleiras devem respeitar as
dimensões do estoque de modo que não provoque riscos de acidentes, por
exemplo, por inviabilizar o acesso a áreas com mangueiras ou alarmes de
incêndio, ou ainda, que o peso faça com que as caixas de baixo comecem a
ceder, derrubando as caixas de cima, que nem um enorme dominó;
Locais de armazenagem temporária devem ficar próximos aos locais de
saída e expedição, auxiliando bastante o processo;
Um layout adequado proporciona reduções nos custos, pelo aumento da
capacidade produtiva e pela melhor utilização do espaço físico. Por mais que eu dê
exemplos, a essência da matéria é facilitar a produção. Quanto mais criativo e
eficiente, melhor.
Agora vamos aos principais layouts existentes.
Layout posicional ou de posição fixa ou ainda, estacionário – os
materiais não se movem e ficam fixos. Neste tipo de arranjo, produto é de grande
porte, e, portanto, não se move. Assim, são as pessoas, os materiais e as
máquinas se deslocam até o produto. Posso dar como exemplo a produção de
navios.
Imagine eu descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da fábrica
para seguir com sua produção. É muito mais fácil que as pessoas e materiais
necessários à próxima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio para
continuar a fabricá-lo.
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Sua principal vantagem esta na enorme flexibilidade (muito maior que
no layout funcional) do arranjo, permitindo diversas alterações no planejamento,
sendo preferencial utilizá-lo em sistemas de produção por encomenda.
Entretanto, como a produção por encomenda acaba sendo muito
diversificada (cada novo cliente modifica uma parte do produto para que atenda a
sua demanda, o ritmo de produção é irregular, gerando, algumas vezes, alta
ociosidade no processo.
Farei isso em todos os arranjos agora, veja as vantagens e desvantagens:
Vantagens do Layout posicional:
- Não há movimentação do produto (isso você deve ter sacado antes :P)
- Possibilidade de terceirização de todo o projeto (podemos chamar uma
equipe até a unidade produtiva para cuidar de determinada fase do projeto)
- Desvantagens do Layout posicional:
- Complexidade na supervisão
- Necessidades de áreas externas (abrigos e casa de ferramentas, em sua
maior parte) para atender aos funcionários da produção e à própria produção
(lembre-se que eles se deslocaram até o produto, e não o contrário).
- Produção em pequena escala (são produtos tipicamente por encomenda).
- Apresenta grande complexidade na programação dos recursos no
tempo e organização logística
Layout por processo ou funcional – os processos similares são
localizados bem próximos uns dos outros. Assim, as máquinas e pessoas são
dispostas por especialidades, sendo que o material se desloca ao longo de sessões,
até sua finalização. Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo recomendado
nas situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de
produção é relativamente baixo.
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É um tipo de layout recomendado para produção em lote (o processo
produtivo começa e termina uma quantidade determinada de unidades do produto,
para então começar a próxima). Por outro lado, é natural que haja um intervalo
entre a produção de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o
ritmo de produção irregular.
Pense em uma fábrica de sapatos: eu tenho um local onde os empregados
colam a sola do sapato, outro em que costuram o couro, mais outro onde se coloca
o cadarço, e assim por diante. O sapato sofre diversas modificações ao longo do
processo produtivo, e vai sempre caminhando de uma seção a outra da fábrica até
que fique pronto. E lógico que eu não vou fazer isso com um sapato só, mas vou
produzir vários sapatos de uma vez (em lote).
Simplificando:
Vantagens do Layout Funcional:
- Grande flexibilidade para atender a mudanças de mercado
- Bom nível de motivação dos operários
-Possibilidade de elaboração de produtos diversificados em
quantidades variadas ao mesmo tempo, tudo ao mesmo tempo.
- Menor Investimento para instalação do parque industrial.
Desvantagens do Layout Funcional:
- Fluxo longo dentro da fábrica
- Diluição prejudicada do custo fixo em função da menor expectativa de
produção (dá uma revisadinha na primeira aula sobre custos que você rapidamente
pega o porquê :P)
- Dificuldade ao elaborar a programação da produção
- Dependência de mão de obra qualificada
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Layout celular – os materiais transformados (já processados de alguma
maneira) são movimentados para uma parte específica da operação (célula)
onde estão todos os demais recursos necessários ao processamento. Somente em
caso de uma imprevisibilidade o produto precisará sair daquela célula para ser
trabalhado.
Cada unidade produtiva é uma célula dotada de absolutamente tudo que
aquele produto (ou material semiacabado) precisará para avançar até a próxima
fase.
Ruim é arrumar um exemplo para este modelo, mas vou jogar sujo :P. Já
assistiu Fórmula 1 né? Pit Stop? Muito bem, o carro chega no Pit Stop e aquela
célula composta de funcionários, ferramentas e materiais está toda concentrada em
um box 5x5, contendo de absolutamente tudo para que o carro saia de lá
abastecido, com pneus novos, e com o visor do capacete do piloto sequinho.
Ou você já viu o piloto sair de um box que só parafusa pneus para outro que
só abastece? A ideia é justamente a concentração de recursos em um único espaço
físico.
Outro legal é o da praça de alimentação do shopping. Quando a assunto for
refeição, todas as opções estão concentradas ali, ou você já sentiu a necessidade
de ir para outra área do shopping para comer algo diferente?
Simplificando
Vantagens do Layout Celular:
- Aumento da Flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto
- Diminuição do transporte de material
- Diminuição de estoques (principalmente de produtos semiacabados, já
que a célula é capaz de lidar com eles diretamente, ao invés de encaminhar os
produtos a outra área)
Desvantagens do Layout Celular:
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- Bastante específico (é a própria ideia de formação de uma célula)
- Arranjos de difícil elaboração
Layout por produto ou linear – cada um dos produtos segue a mesma
sequencia de atividades sempre. Dessa forma, a disposição dos equipamentos e
materiais obedecerá a sequencia de operações necessárias à sua produção.
Este tipo de arranjo funciona melhor para produtos padronizados (pois
seguem a mesma sequencia de atividades). Embora possua custo reduzido de
produção e movimentação, é um arranjo muito pouco flexível e o baixo custo
de produção tem como contrapartida o elevado investimento em
equipamentos. Esse aqui é um clássico: linha de montagem de veículos.
Imagine esse seu golzinho ano 94 (que você está doido pra trocar quando
passar nesse concurso). Ele é rigorosamente igual a milhares de outros golzinhos
ano 94 (padronizado). O produto não muda. E ele foi fabricado em uma grande
fábrica, onde havia uma seção onde havia uma máquina pesada pacas cuja
especialidade era apertar parafusos. E ela apertava parafusos milhões de vezes por
dia, montando milhares de chassis de carros. E esses milhares de chassis iriam
para outra fase, onde outra máquina faria alguma outra atividade muito específica
milhões de vezes, e assim por diante :P. Você já deve ter entendido a ideia.
Simplificando:
Vantagens do Layout por produto ou linear:
- Possibilidade de Produção em Massa com Grande Produtividade
- Carga de Máquina e Consumo de Material Constantes ao Longo da
Linha de Produção
- Controle de Produtividade Facilitado.
Desvantagens do Layout por produto ou linear:
- Ato Investimento em Máquinas
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- Tédio :P (refiro-me aos operários).
- Falta de Flexibilidade da Linha de Produção
- Fragilidade a Paralisações e Gargalos da Produção (já falamos disso)
Mas tenha em mente que layout simplesmente quer dizer “arranjo”. Dessa
forma, qualquer “jeito” de dispor os materiais no estoque pode ser considerado um
layout, desde que esteja organizado dentro de algum parâmetro ou critério. O layout
é tanto mais eficiente quanto mais adequado ao processo produtivo no qual a
empresa está inserida. Um determinado arranjo pode ser muito favorável em um
processo produtivo e um completo desastre em outro.
O resto da doutrina são fórmulas e tabelas sobre como construir estes
arranjos e calcular sua eficiência. Não acredito que vá ser exigido em sua prova,
pois excede o conhecimento básico dos temas. Além do que, caso fosse passível de
cobrança, os temas seriam especificados (a diversidade de assuntos e fórmulas é
vasta demais para o examinador não tê-las discriminado).
Sistemas de Transporte
Sob a ótica da logística, faremos considerações a respeito da consolidação
das cargas para embarque, a possibilidade de reunir diversos tipos de cargas em
um único embarque, bem como o transporte mais adequado, levando-se em
consideração o tipo de carga e o local para o qual a carga será transportada.
A julgar pela maneira como seu examinador relacionou o tema, acredito que
ele deseje que você conheça as principais características dos modais de transporte
existentes. Falaremos disto logo abaixo.
Transportar também é movimentar uma coisa de um lugar a outro. Só que
para concursos, esse movimentar diz respeito a como os produtos acabados
chegam às mãos do cliente ou da empresa intermediária (que, acredite, também
é um consumidor). Ou ainda, a saída dos produtos do depósito ao mercado.
Lembrando sempre das quatro variáveis chave que a empresa deve controlar:
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forma, tempo, lugar e posse, o meio de transporte deve ser adequado à consecução
dos fins da empresa.
Antes de falar sobre as características das modalidades de transportes, é
melhor que eu diga quais são as modalidades de transportes conhecidas
atualmente.
Importante: os meios de transporte utilizados também podem ser
chamados de modais, então, não se assuste com esse termo.
São essencialmente cinco os modais de transporte:
1 – Transporte Rodoviário
2 – Transporte Ferroviário
3 – Transporte Hidroviário
4 – Transporte Aeroviário
5 – Transporte Intermodal
6 - Transporte Dutoviário
Fonte http://appweb2.antt.gov.br/carga/ferroviario/ferroviario.asp.
O gráfico é só para você ter uma ideia da matriz de transporte nacional, com
grande destaque para o Modal Rodoviário. Um outro detalhe é que, como é um
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gráfico de transporte de cargas nacionais, não faz nenhum sentido usar o transporte
aeroviário para transportar cargas domésticas. Sairia uma fortuna...
E vamos as suas principais características:
Transporte Rodoviário: Este é o favorito do Brasil desde os tempos em que
eu estudava Geografia no Ensino Fundamental, e desde muito antes. Esta
modalidade de transporte se utiliza de estradas e rodovias para levar o Produto
Acabado do depósito até o cliente (seja ele o consumidor ou outra empresa).
Responde por 76,4% da matriz de transportes nacional. (sim, aquele gráfico é
antigo e o transporte rodoviário já cresceu mais um pouco). É, portanto, o modal
mais utilizado, com folga.
A sua característica positiva encontra-se na flexibilidade. O caminhão
pode entrar e sair do depósito da empresa e chegar até a porta do cliente
(transporte porta a porta). Extremamente versátil. Contudo, é desvantajoso do
ponto de vista do custo operacional.
Cada caminhão só pode levar uma quantidade limitada de carga, e pior,
cada caminhão demanda um motorista para dirigi-lo. E se já não bastasse, o
transporte rodoviário ainda é dependente da condição das estradas (no DNIT, eu
gostaria muito que você melhorasse isso), e deixa a carga suscetível a assaltos.
E ainda, o custo do transporte ainda pode ser elevado pela existência de
pedágios ou mesmo do aumento dos combustíveis.
Mas não se desespere, ele ainda possui uma boa relação custo benefício.
Por fim, é o tipo de transporte destinado a volumes pequenos de carga,
com prazos de entrega relativamente curtos.
Transporte Ferroviário: É o transporte sobre trilhos. Uma locomotiva que
pode ser movida por eletricidade, diesel, ou até madeira, puxa uma série de vagões
de diversas dimensões e tipos possíveis que possuem cargas igualmente variadas.
O comboio (este conjunto de locomotiva mais vagões) pode transportar
uma infinidade vagões (limitados, logicamente, à força de tração da locomotiva),
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reduzindo os custos de transporte, e por consequência, baixando o valor do frete. É
mais carga sendo levada com menos motoristas levando.
Outra vantagem do transporte ferroviário é a velocidade homogênea. O
trem não vai parar em semáforos e não pega trânsito.
Entretanto, sua desvantagem encontra-se na pouca flexibilidade do veículo
de transporte. O trem encontra-se restrito ao traçado dos trilhos, devendo a carga
ser retirada no terminal. Lógico que não vai chegar na porta do cliente.
Sua destinação principal é para transporte de cargas de maior volume e
grande peso, sendo que o prazo de entrega normalmente não é o fator em
destaque, e sim o volume transportado.
Principalmente utilizado por siderúrgicas e indústrias de cimento que
possuem terminais rodoviários em seus próprios pátios.
Transporte Hidroviário: É a modalidade de transporte feita por meio de
navios ou barcos, sobre a água. É dividida na doutrina entre navegação fluvial e
navegação marítima.
O termo fluvial está ligado a “rios”, e desta forma, este tipo de navegação se
presta a levar cargas dentro de um mesmo país, ou ainda, em curtas ou médias
distâncias.
Quanto à navegação marítima, se destina a portos da mesma nação ou de
outros países. Quando o transporte é feito entre portos nacionais, falamos de
navegação de cabotagem, e quando é feita entre portos de diferentes países, é
simplesmente navegação internacional.
Sua utilização principal está no transporte de grandes volumes de carga de
baixo valor unitário. E se no transporte ferroviário o tempo não era fator
preponderante, no transporte hidroviário o tempo é totalmente secundário.
Ainda assim, é a modalidade de transporte mais comum em movimentação de
cargas internacionais.
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Sua vantagem está no baixo custo e relativa flexibilidade. Desde que
exista rio ou mar, o barco ou navio podem ir a qualquer lugar, apenas precisando de
um porto para descarregar (perdoe a rima).
Transporte Aeroviário: Transporte feito pelo ar, através de aviões. Você já
deve imaginar que é um meio de transporte de alto custo.
Assim sendo, a carga a ser transportada por ele é, no mais das vezes,
altamente sofisticada, de preço também elevado e, de quebra, demanda
agilidade na entrega.
Recomendável para cargas... nobres... digamos assim... por ser o meio de
transporte mais rápido disponível, e ainda, para transporte entre pontos
longínquos onde o transporte rodoviário e ferroviário não alcançariam (tente levar
500 kg de feijão até Budapeste de caminhão).
Transporte Intermodal: Utilizado para cargas que demandam o
transporte através de vários modais. Modalidade que pode utilizar dois ou mais
dos meios de transporte anteriormente apresentados.
Por exemplo: a China fabrica um brinquedo, que por seu baixo custo, vem de
navio dentro de um contêiner. Ao chegar no porto, o guindaste pega o contêiner e
coloca em cima do caminhão, que segue até o cliente, que poderá vende-lo.
É perfeito para atingir determinados locais de difícil acesso, pois
combina todos os aspectos positivos dos modais mencionados.
Outro exemplo, que agora vou emprestar do Chiavenato está na importação
de petróleo. O barril de petróleo inicialmente vem transportado em navios, que
descarregam o produto em terminais próprios (dutos, que trataremos no próximo
item), para chegarem nas refinarias. Na refinaria é produzida a gasolina, que é
movida através de vagões-tanque, que a levam até os reservatórios, onde ficam
estocadas. E por fim, sua distribuição é feita através de caminhões que a levam
para os postos de gasolina da região.
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Transporte Dutoviário: Este é bem recente. É utilizado para o transporte de
óleos (em especial, petróleo). Consiste em uma rede de dutos (canos) que escoa
a produção de óleos até a refinaria. Por ser bastante específico, só consigo
pensar no exemplo da Petrobras. O petróleo extraído é levado até o porto, onde
uma rede já pronta de dutos permite o escoamento do petróleo extraído até a
refinaria, para fabricação de seus derivados.
Estas são as principais formas pelas quais os materiais podem ser
transportados. Sua inserção no sistema logístico, como já foi dito, depende das
características da carga e do local de destino.
Se prestou bem atenção no tópico de Distribuição e no de Transporte,
acredito que você, caro aluno criativo, reparou que sempre que falo em Distribuição,
referia-me à movimentação de matéria prima dentro da estrutura da empresa, e
sempre que me referia a transporte, dava exemplos de produtos acabados sendo
movimentados fora da estrutura da organização. Pois bem, é isso mesmo. Estes
termos são cobrados em prova segundo essa ideia:
Estrutura para Distribuição (Logística)
Imagino que depois de passar tanto tempo comigo, você já notou que nada é
em ARM, ou mesmo em gestão de empresas, é fruto da manifestação da natureza
Distribuição
Matéria Prima ou demais materiais não acabados
Dentro da Organização
Transporte
Produtos Acabados
Fora da Organização (destinado ao consumidor)
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em seu esplendor. Tem muito esforço humano envolvido, pois as coisas só
acontecem quando um ser humano as planeja e executa.
E agora, ser humano homem de negócios quer vender o que produziu. Até
agora, você aprendeu sobre técnicas, ferramentas, conceitos e objetivos. A
estrutura para distribuição (que eu vou chamar daqui para frente de logística) se
volta a utilizar todos esses conceitos para montar uma rede funcional que garanta a
venda e entrega dos produtos.
Comecemos pelo conceito, que alias, existem muitos na doutrina. Meu
favorito (por se voltar especificamente aos materiais e ao cliente) é o que Gonçalves
reproduziu de Marthins Christopher:
Logística é um processo “que envolve o gerenciamento estratégico da
aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados
e o fluxo de informações correlato, através dos canais de marketing da empresa,
tendo como objetivo atender aos pedidos dos clientes, a baixos custos com a
finalidade de maximizar a lucratividade presente e futura.”.
Mas, para montar a estrutura de distribuição da empresa, esta deve atentar-
se a quatro variáveis principais:
Forma – o material produzido tem determinadas características que
influenciam em sua produção e acondicionamento.
Tempo – é o momento em que o produto se encontra fisicamente em algum
lugar.
Lugar – aqui falamos do local específico onde o item se encontra em dado
momento.
Posse – quem está com o bem em algum lugar em determinado momento.
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No que se refere às atividades relacionadas à logística, podemos dividi-las
em dois grupos principais:
A logística em si é dividida em dois tipos de atividades:
Principais: Transportes, Gerenciar os Estoques, Processamento de Pedidos.
Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem,
Programação de produtos e Sistema de informação.
Principais: As atividades principais são aquelas que impulsionam o processo
logístico, o fazem funcionar. Sem atividades desta natureza, simplesmente não há
como se falar em logística
Secundárias: São atividades de suporte. Sem elas, o sistema logístico torna-
se dificultoso, mas em por isso deixa de existir.
Atividades Principais:
Padrão de Serviços ao Cliente: falamos aqui das decisões relacionadas a
descobrir quais são as necessidades do cliente, bem como as ponderações
relacionadas à qualidade do serviço que lhe é prestado.
Forma Tempo
Lugar Posse
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Transporte: Trarei deste tópico com mais detalhes logo mais. Por enquanto,
contente-se em sabe que falamos aqui da escolha do meio de transporte ideal para
conduzir as mercadorias a quem delas precise (inclusive o cliente).
Fluxo de Informações e processamento de pedidos: informação é poder.
Falamos da forma pela qual o fluxo de informações transita ao longo da cadeia
logística, e de que forma os pedidos dos clientes são processados.
Se o sistema logístico da empresa não possuir e controlar estas três
atividades, é melhor o dono fazer como você e comprar uma apostila, pois ser
empresário não é seu forte :P.
Ok, falta falar das atividades secundárias, ou de apoio
Armazenagem: Olha outro tópico do seu edital aqui. Na armazenagem,
definimos espaço destinado ao armazenamento de produtos, bem como a
disposição dos estoques, locais de embarque, e tudo que tenha a ver com a forma
com que os materiais são guardados.
Manuseio de materiais: com o perdão do termo, mas estas são as
atividades que envolvem “mexer” no material. Processamento e expedição de
pedidos de clientes, seleção de equipamentos para movimentação de materiais,
recuperação de produtos armazenados e até mesmo a política de reposição dos
materiais. Tudo isto está aqui.
Compras: mais um tópico a ser detalhado mais para frente. Selecionar os
suprimentos e principalmente quem os fornece, o tempo ideal para realizar
aquisições (aproveitando-se de possíveis vantagens, como compras em lote e
variação dos preços), negociações e elaboração de contratos de fornecimento, se
tiver algo a ver com compras, pode colocar aqui.
Embalagem: Diz respeito ao acondicionamento dos materiais e produtos. Se
acondicionados corretamente, os materiais e produtos são mais fáceis de guardar, e
ainda ficam protegidos contra danos. Melhor ainda: só de olhar para a caixa, é
possível dizer o que tem dentro sem abri-la, o que facilita seu transporte e
comercialização. E sua imaginação pode fazer o resto.
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Produção e operação: estas atividades se relacionam com a logística na
medida em que, através delas, é possível especificar quantidades agregadas a
serem produzidas, o sequenciamento da produção (organização das etapas),
volume e tempo necessário para produzir, bem como ainda permite a utilização de
outras técnicas nestes objetivos, como o modelo just-in-time, entre outros possíveis.
Gestão das informações: Lá em cima eu falei do fluxo de informações. Aqui
eu falo de atividades paralelas, como a coleta e o arquivamento das mesmas.
Existem diversos tipos de logísticas estudados pela doutrina. Mas
observando o edital, seu examinador quis apenas que você soubesse a parte de
logística voltada à distribuição de materiais, e é isso que eu vou ensinar a você.
E agora que você já sabe o que precisa saber sobre conceito de distribuição
de materiais, vamos começar a falar das estruturas.
Logo de cara, já podemos dividir os estilos de venda das empresas em dois
grandes grupos:
Sistema de Venda Direta: a empresa não fará uso de intermediários na sua
rede de distribuição, possuindo o controle de toda a logística envolvida do momento
da retirada do produto acabado do depósito até as mãos do consumidor final.
Embora demande investimentos acentuados, uma vez montada a rede, a empresa
verá seus custos de distribuição barateados, vez que controla todas as etapas. É
também o marco da integração vertical da distribuição, já que esta é dirigida por
um único ator.
Sistema de Venda Indireta: a empresa fará uso de intermediários (que
serão vistos logo mais) para distribuição de seus produtos, pois estes já possuem a
estrutura de distribuição pronta, e assim, a empresa não precisará se preocupar
com isto. Falamos aqui de integração horizontal, vez que os atores envolvidos não
independentes e encontram-se ligados através de um vínculo contratual.
Mas o que exatamente é um intermediário? Esta figura é simplesmente um
negociante especializado em comprar e vender produtos ou serviços. Sua atividade
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consiste em chegar até o consumidor para vender produtos que foram produzidos
por terceiros. Os intermediários são divididos em duas modalidades principais.
Intermediário agente – não compra as mercadorias que vende, e, portanto,
é remunerado por comissões. Desta forma, ele não assume o risco da atividade.
Pense no corretor de imóveis, que, obviamente, não é dono das casas que vende
(pois do contrário, não as estaria vendendo).
Intermediário comerciante – este compra as mercadorias para posterior
revenda, correndo os riscos do negócio que gerencia.
E mais uma conceituação importante (sim, essa parte é chatinha, mas os
conceitos ajudarão nos próximos passos da aula).
Varejistas: Intermediário comerciante que vende seus produtos
principalmente ao consumidor final. É o mercadinho da esquina que vende um
monte de coisas para você, mero mortal, que só está interessado em algumas
poucas unidades de vários itens. Mas, daqui pra frente, entenda que varejo não
tem a ver com quantidade, e sim, com atividades de venda ao consumidor
final.
Atacadistas: Intermediário comerciante também. Só que ele não está
interessado na venda direta ao consumidor final, e sim, na venda a varejistas e
outros comerciantes. Este sujeito é aquele que outrora chamávamos de fornecedor
nas ocasiões em que negocia produtos semiacabados, ferramentas e
maquinários.
Ok chega de cansá-los, está na hora de ver as estruturas de distribuição mais
comuns. E não há maneira melhor de tratar isso se não em um quadro:
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Estrutura de Distribuição
Características Comentários
Distribuição Direta ao
Consumidor
O produtor vende e entra seus produtos diretamente ao consumidor final. A maneira
através da qual as vendas são concretizadas não é importane (telefone,
carta, vendedores domiciliares), mas o traço principal é que sempre é o produtor quem
vende ao consumidor.
Demanda investimentos vultosos em lojas próprias, filiais,
escritórios de atendimento ao consumidor, além de demandar a
formação de estoque para a própria comercialização.
Distribuição Através de Varejistas
O produtor direciona seus produtos a estabelecimentos especializados no contato direto com o consumidor, e estes cuidam da
comercialização do produto.
Ideal para empresas que não desejam fazer investimentos em
estrutura de distribuição, ou ainda, quando há grande quantidade de consumidores finais em potencial
espalhados pelo país. Os investimentos em estoque são transferidos diretamente aos
varejistas, e assim, a empresa não arca com estes custos. Opção
favorita dos produtores de eletrodomésticos.
Distribuição através de
Atacadistas
Desta vez o produtor vende seus produtos a um pequeno número de intermediários, que terão o objetivo de pulverizar esta produção
entre centenas de varejistas.
Podemos dizer que é o cúmulo da otimização. Agora a empresa não precisa nem mesmo preocupar-se com a distribuição dos produtos
aos varejistas. Os custos de estoque se reduzem drasticamente, já que os atacadistas estão prontos
para adquirir toda a produção da empresa e estocá-la, para posterior revenda. Favorito dos produtores
de alimentos, que precisam vender a carga logo, antes que pereça.
Fonte: Chiavenato, Idalberto
Sim, eu sei que tem muita coisa escrita no campo comentários. Mas você vai
me agradecer depois quando for dar aquela memorizada básica antes da prova, já
que não vai ter de ler este campo :P.
Embora o que você está vendo aqui é apenas um apanhado geral do que se
conhece por logística, apresento a vocês alguns trade-offs típicos perante os quais o
gestor logístico frequentemente se depara:
- Decidir pelo aumento dos estoques de segurança (em prol da proteção
da empresa contra flutuações ou desabastecimentos implicará aumento no
custo de armazenagem dos materiais (existirão mais materiais no estoque, e eles
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estarão lá “desnecessariamente”, ou ao menos, a produção não tem uma função
direta para eles);
- Reduzir o tempo que o material em produção despende em cada etapa de
sua cadeia de fabricação diminuirá também a “margem” de tempo de que a
organização dispõe para entrega-lo, deixando-a mais vulnerável a imprevistos;
- Reduzir o estoque médio de materiais no almoxarifado forçará a empresa
a aumentar a rotatividade dos mesmos (giro de estoque);
- Por fim, optar pela redução dos custos de armazenagem dos produtos
em depósito forçará a organização a despender mais recursos em prol do transporte
destes mesmos materiais (partindo-se do pressuposto de que a produção não
resolverá produzir menos unidades do produto, só restará à organização entregar os
produtos de maneira mais rápida a um maior número de consumidores, o que
implica no aumento dos custos de transporte).
Supply Chain Management
Um último tópico que eu preciso abordar com vocês, normalmente tratado no
tópico de compras, mas que é vital para o tema da distribuição é o Supply Chain
Management. Ele é um tópico de compras em ARM, mas é um excelente exemplo
de arranjo logístico, razão pela qual entendo ser mais pertinente falar dele aqui.
Quando os sistemas produtivos ainda estavam no início do seu
desenvolvimento, as atividades do fornecedor, produtor e consumidor eram
estanques, sem nenhum tipo de encadeamento.
Cada qual fazia sua parte, sem se preocupar com a produção enquanto um
todo. O fornecedor só olhava a fábrica que utilizava sua matéria prima, a fábrica só
se preocupava com o distribuidor de seus produtos, o atacadista só queria saber do
varejista, e o varejista não dava a mínima para nada disso e só prestava atenção no
consumidor final.
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Veja que neste exemplo, o varejista não queria saber o que ocorria lá na
ponta com o fornecedor, mesmo que isso o impactasse e trouxesse problemas a
sua atividade.
A gestão da cadeia de suprimentos busca desmontar esta ideia, permitindo a
visualização de todo o processo de geração de valor, desde o fornecedor até o
consumidor final.
Guarde isto: a gestão de cadeia de suprimentos enxerga as empresas
participantes do processo produtivo como parceiras, e desta forma, tem sempre
em mente a interdependência das mesmas.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é a administração do
sistema de logística da empresa de forma integrada, interligando os diversos
componentes de que participam da cadeia. Isto permite que a empresa satisfaça a
necessidade de seus clientes de forma rápida
Por fim, o foco do Supply Chain Management é o cliente. Suas
necessidades e anseios.
Veja o quadro:
Fonte: Chiavenato, Idalberto
Uma abordagem mais profunda do tema seria pertinente em um edital mais
específico. Os conceitos abordados aqui serão suficientes para sua prova. Porém,
caso seu edital seja mais específico, cobriremos seu conteúdo com aulas extras.
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Tecnologias de Processamento de Materiais e de
Informações
Este tópico aqui é bônus. Está tão encrustado na disciplina de Administração
de Produção, que é basicamente ARM para Administradores. Sinta-se
completamente livre para pular este tópico, se achar que estou pensando demais
em empresas e esquecendo que você quer ser funcionário público. Mas esteja
ciente que, caso caia na sua prova (lembra que o seu examinador se reservou a
esse direito), a culpa não é minha :P.
Bom, vamos lá:
Tecnologias de Processamento de Materiais:
Máquinas de Controle Numérico:
Aqui está o começo do que se conhece por automação. Pegue máquinas
tradicionais movidas pela inteligência humana e adicione a elas comandos
eletrônicos (um cérebro, por assim dizer) e você acaba de garantir àquela máquina
uma precisão assustadora no processo produtivo (e talvez tenha dado vida à Skynet
e uma vantagem decisiva no “Dia do Julgamento” :P).
O Comando Numérico Computadorizado consiste em um microprocessador
que memoriza funções, é capaz de executar cálculos e transmite informações à
máquina ligada a eles. Isto tudo é feito através de números (os detalhes não são
pertinentes). O que você precisa saber é que o microprocessador está programado
para guiar a máquina sem a intervenção humana.
É o primeiro passo em prol do próximo item.
Robôs (Robótica):
Olha, eu confesso que não fazia ideia de como conceituar um robô. Mas
tenho quase certeza que seu examinador vai tirar a ideia daqui:
“Um manipulador automático multifunção reprogramável, tendo
diversos graus de liberdade, capazes de manusear materiais, peças,
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ferramentas ou dispositivos especializados por meio de movimentos
programados variáveis, para desempenho de uma variedade de tarefas.”
Ufa. Isto é um robô (doutrinariamente falando). As aplicações deste
coleguinha metálico são variadas. Entretanto, seu maior trunfo está em ser mais
rápido que um ser humano executando a mesma tarefa. Entre colocar um sujeito
para parafusar veículos, o dia todo até que ele provavelmente se mate de tédio, é
preferível colocar um robô com a mesma função, pois este será de executar a
tarefa de maneira mais rápida e sem o tédio inerente à existência humana.
A alocação dos robôs, entretanto, comporta diversas aplicações, mas as três
principais são essas:
Robôs de manuseio: A peça é manuseada pelo robô. Neste caso, o robô
simplesmente conduz a peça de um lado a outro, em operações de carga e
descarga.
Robôs de processo: Este robô segura a peça enquanto ela é trabalhada.
Robôs de montagem: Por fim, este robô é utilizado para montagem de peças,
componentes e produtos completos.
Veículos guiados automaticamente; Olha, eu nem sei como dar um
exemplo disto :P, nada que pertença ao nosso mundo mundano lembra um AGV
(Automatic Guided Vehicle).
Vamos à definição: consiste em um pequeno veículo capaz de se locomover
sem a existência de um controlador. Não que ele seja inteligente, ele simplesmente
é programado para fazer uma rota, podendo ter aplicação no transporte de materiais
entre as unidades da fábrica.
Sistemas Flexíveis de Manufatura:
Integra tecnologias num sistema controlado por computador. Pode utilizar
robôs para mover peças, junto com veículos guiados automaticamente para
transportar os materiais entre estações de trabalho.
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Estes FMS possuem uma central de controle por computador, que é
responsável por gerir todo este sistema.
A sacada é que, dentro das capacidades do sistema, qualquer tarefa pode
ser processada em qualquer quantidade sem o mínimo de desperdício de tempo.
Mas tem uma pegadinha. Preste atenção nessa citação do SLACK:
“os FMS são mais bem adaptados para aplicações de manufatura em que os
projetos das peças são basicamente similares ainda que seus tamanhos de lote
sejam pequenos”
A gente tava até agora falando que o sistema é flexível. Agora as peças
precisam ser similares?
Sim meu caro, precisam. Os dois tópicos anteriores eram o nascedouro da
automação. As instruções da máquina eram inseridas diretamente no hardware (na
própria máquina e não em um programa a parte).
Qualquer mudança na produção (eu digo qualquer mesmo) necessitava de
reconfiguração. Com o FMS, já dá pra colocar os dados em softwares, que tanto
Administradores quanto Engenheiros sabem quem são mais fáceis de reprogramar.
Manufatura Integrada por Computador:
Este é o ápice da integração. Aquilo que todos os itens anteriores sonham
em ser.
Este sistema é mais integrado que o anterior por compreender toda a
estrutura da empresa, mesmo aquelas atividades indiretamente ligadas à
manufatura (como o projeto do produto).
O FMS integra atividades diretamente relacionadas ao processo de
produção, mas normalmente não abrangem outras atividades.
Por exemplo: se ainda lembrar da aula de projetos de produtos e serviços, vai
lembrar que os projetos podem ser testados através do CAD (Computer Aided
Design). Embora seja um sistema de computador também, pode não operar através
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do mesmo sistema que o FMS utiliza. Mas seria bem mais eficiente se estes
sistemas pudessem ser integrados, não é mesmo?
A manufatura Integrada por Computador busca atingir esse sonho.
O monitoramento, vocês são capazes de imaginar, é baseado em uma rede
de computadores.
E para ajudar a memorizar, olha o mimeógrafo (dessa vez eu tratei no
Photoshop) :P
Fonte: SLACK, Nigel
Tecnologias de Processamento de Informações:
Já adianto. Entra aqui todo e qualquer dispositivo que auxilie na coleta,
manipulação, armazenamento e distribuição da informação. As tecnologias de
Processamento de Informações podem ser cobradas na prova através de perguntas
que questionam como podemos realizar o controle de materiais na organização
(empresa ou órgão público). Eu prestaria bastante atenção nelas.
Computadores: Dispensam apresentações. Se você está lendo esta aula,
provavelmente já sabe o que é :P e para que serve.
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Mas não poderia ser tão negligente nesta parte. Não é de qualquer
computador que estou falando, mas da popularização de um tipo específico: o micro
computador (nossos querido PC). Nada mais de mainframes gigantesco com
capacidade de armazenamento de poderosos 5 GB que por serem caros e
enormes, demandavam a centralização da informação.
A popularização do PC foi responsável pelo advento de uma das mais
maravilhosas invenções humanas na minha opinião: As LAN (Local Area Network) e
a própria internet, que é a rede mundial de computadores.
Todo esse arranjo costuma ser chamado de EDI – Electronic Data
Interchange, que não passa da transmissão eletrônica de informações.
Pense só: a organização efetua pedidos a seus fornecedores, pedidos
recebidos de consumidores, pagamentos feitos e recebidos e os armazena de
maneira digital, que podem ser enviados e recebidos através das redes de
informação.
Agora, se os bancos, fornecedores e consumidores utilizarem tecnologias
compatíveis (daí a importância da popularização dos PCs), essas informações
podem continuar digitais, sem necessidade de transcrevê-las e depois reinseri-las
no computador.
Códigos de Barra: Estes não costumam ser citados nessa parte da
disciplina da Administração da Produção, mas acho que merecem alguma menção.
Os códigos de barra permitem a leitura dinâmica das informações do produto,
através de um código, acredite você ou não, numérico, que vai registrando as
operações pela qual o produto passa.
De resto, é isto mesmo que você está imaginando: aquele código cheio de
listras na parte de trás dos seus produtos favoritos.
RFID: vou pular a explicação de como o a Identificação por Radio Frequencia
Funciona. Você já tem muito o que memorizar. Pense nele como um código de
barras sem fio.
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Isso mesmo. Nós afixamos um identificador (que pode ser inclusive um
adesivo) que é capaz de receber e emitir ondas de rádio. Com um outro aparelho,
captamos estas informações de um ambiente inteiro (por exemplo um almoxarifado)
e em questões de instantes, temos todas as informações dos produtos ali dispostos,
sem nem mesmo tocar nos materiais.
Simplesmente fantástico.
Sistemas ERP
Não podia faltar a cereja do bolo. O Enterprise Resource Planning é um
conjunto de programas que tem por objetivo criar um sistema integrando todas as
divisões de determinada empresa. O segredo é padronização: todos os setores da
empresa devem usar o mesmo conjunto de software, que por se comunicarem,
agilizam o fluxo de informações.
O resto, meu caro, são milhões de dólares.
E acho que deu já, você deve estar precisando (estou familiarizado com o
termo "gerundismo" :P) dormir um pouco.
Como sempre, só tenho a agradecer sua atenção e confiança depositada. E
reforço que você não desista de seus estudos ou pretensões. Com o tempo, a
persistência mostra seus resultados. A questão é quanto tempo você está disposto
a lutar (e vai por mim, as vezes nem será tanto tempo assim :P).
Grande abraço
Questões Comentadas
1. CESPE 2011/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Junior. O
controle do recebimento do objeto contratado é realizado durante o recebimento
provisório, produzindo o efeito de liberar o vendedor do ônus da prova de qualquer
defeito ou impropriedade que venha a ser verificada na coisa comprada.
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Comentário – Importantíssimo. Não ocorre a liberação do vendedor neste
momento (recebimento provisório), a liberação do vendedor ocorre no recebimento
definitivo, quando é emitido o aceite. Além disso, deve se destacar que vícios
ocultos na coisa comprada podem ser reclamados posteriormente (são conhecidos
em Direito como vícios redibitórios, mas essa é só uma curiosidade).
Item errado.
2. CESPE 2011 SESA – ES Administrador. No recebimento dos materiais, a
conferência consiste no batimento entre a nota fiscal e o pedido de compra.
Comentário – Eu já falei sobre isso :P. A conferência esta ligada ao fato de
analisar se os produtos que estão sendo entregues são condizentes com o pedido
feito, seja em quantidade, seja na qualidade. Deste modo, a conferência não
consiste no simples fato de confrontar nota fiscal e pedido de compra.
Item errado.
3. CESPE 2011 IFB Professor – Área de conhecimento logística. A carga
unitária é a embalagem que contém diretamente o produto.
Comentário – Carga unitária é uma forma de dispor vários produtos (e não
um produto em específico) de modo que constituam uma única unidade (sem,
entretanto, descaracterizar a autonomia de cada produto). Isto é feito para facilitar o
transporte e a armazenagem do produto.
Item errado.
4. CESPE 2011 CNPQ Analista. As estratégias de utilização dos diferentes
tipos de unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais.
Comentário – Deve haver uma sincronia entre as estratégias de
armazenagem e os objetivos da organização. São fatores dependentes.
Item errado.
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5. CESPE 2010 MPU Analista administrativo. Os equipamentos e
instrumentos utilizados na movimentação de materiais em estoque independem da
estrutura física e do leiaute da unidade.
Comentário – Os equipamentos devem guardar estrita relação com a
estrutura física e o leiaute, pois é preciso que estes equipamentos possam circular
de modo adequado e sem dificuldades nos estoques e nos setores de produção em
que são requisitados.
Item errado.
6. ESAF 2013 - DNIT - A administração de recursos materiais engloba uma
sequência de operações. Assinale a opção que não representa uma etapa do ciclo
de administração de materiais:
a) Movimentação interna.
b) Compra.
c) Armazenamento.
d) Identificação de fornecedor.
e) Alienação.
Comentários: SUPRESA! Questão que envolve conhecimento de todas as
aulas até aqui, e que você já tem condições de resolver. Das alternativas
apresentadas, de fato, a Alienação não pode ser considerada como uma etapa do
ciclo da Administração de Materiais. Fora o fato de eu não ter mencionado esta
operação ao longo do curso, exceto quando me referia a baixa dos bens de
determinado patrimônio de uma entidade, pense um pouco: A administração de
materiais pressupõe algum material a ser administrado, não é mesmo.
As operações de movimentação interna e armazenamento dizem
respeito à conservação do material e a seu pronto oferecimento à produção
quando necessários. Isto é tão importante que é um dos fundamentos da disciplina
e a razão de a estudarmos. A operação de compra visa a obtenção dos
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materiais, e desta forma, compõe o ciclo, sendo que a identificação do
fornecedor é apenas uma etapa do ciclo de compras. (Veremos isso melhor na
Aula 03)
Resta-nos a alienação. A alienação é uma operação que visa transmitir a
propriedade de um bem a terceiro, e desta forma, tal operação estaria sob a
responsabilidade mais próxima do departamento de vendas da empresa, cujos
objetivos não se voltam especificamente à administração de materiais.
Alternativa e).
7. CESPE 2010 ABIN Agente – Área administrativa. A paletização impede
a utilização do espaço aéreo do almoxarifado.
Comentário – Nada impede que os pallets sejam dispostos uns sobre os
outros. Na utilização de pallets sobrepostos (empilhamento), o espaço vertical,
inclusive, é muito bem aproveitado.
Item errado.
8. CESPE 2010 EMBASA Administração. De acordo com a escola da
qualidade total, a área de armazenagem e movimentação de materiais tem
responsabilidade na qualidade dos produtos/serviços da organização.
Comentário – A qualidade total preza pelo aprimoramento dos mais diversos
setores da empresa. A qualidade dos produtos/serviços envolve também, deste
modo, a área de armazenagem e movimentação de materiais.
Item correto.
9. ESAF 2013 - DNIT Com relação ao recebimento de materiais, pode-se
afirmar:
a) o recebimento não precisa ser padronizado, mas deve ser orientado por
um check list de atividades de recebimento.
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b) o recebimento de material é iniciado pela conferência da mercadoria com a
nota fiscal.
c) no recebimento, a mercadoria deve ser conferida após o descarregamento
do veículo transportador.
d) a atividade de recebimento abrange a recepção, a entrada física e a
entrada no sistema de estoque.
e) a conferência do pedido de compra pode ser feita após o recebimento de
mercadoria.
Comentários: Lembre-se do que comentamos:
Dentre as atribuições dos gestores da armazenagem e movimentação física
de matérias, Gonçalves4 cita as seguintes:
Recebimento dos materiais; Esta é a Recepção dos Materiais
Identificação dos materiais;
Transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de
armazenagem. Este passo corresponde ao da entrada física da
questão.
Armazenamento dos materiais;
Controle da localização física dos materiais; E aqui temos a
entrada no sistema de estoque.
Fornecimento dos Materiais
Mudaram as palavras, a essência da questão é a mesma. Os demais itens
afrontam os cuidados básicos que devemos ter ao receber materiais na
organização, em especial, utilizar a nota fiscal para realizar a conferência e deixar
para conferir a mercadoria depois de tê-la recebido (erro primário). Conferência se
4 Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed.
pág. 314.
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realiza subindo na caçamba do caminhão e verificando. É um procedimento de
natureza manual, então, não vale trapacear :P.
10. ESAF 2013 - DNIT - São considerados tipos básicos de arranjo físico,
exceto:
a) Arranjo por posição fixa.
b) Arranjo por posição móvel.
c) Arranjo por processo.
d) Arranjo por produto.
e) Arranjo celular.
Comentários: Vamos relembrar os layouts conhecidos e mencionados pela
doutrina:
Layout posicional ou de posição fixa ou ainda, estacionário – os
materiais não se movem e ficam fixos. Neste tipo de arranjo, produto é de grande
porte, e, portanto, não se move. Assim, são as pessoas, os materiais e as
máquinas se deslocam até o produto. Posso dar como exemplo a produção de
navios.
Imagine eu descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da fábrica
para seguir com sua produção. É muito mais fácil que as pessoas e materiais
necessários à próxima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio para
continuar a fabricá-lo.
Layout por processo ou funcional – os processos similares são
localizados bem próximos uns dos outros. Assim, as máquinas e pessoas são
dispostas por especialidades, sendo que o material se desloca ao longo de sessões,
até sua finalização. Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo recomendado
nas situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de
produção é relativamente baixo.
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É um tipo de layout recomendado para produção em lote (o processo
produtivo começa e termina uma quantidade determinada de unidades do produto,
para então começar a próxima). Por outro lado, é natural que haja um intervalo
entre a produção de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o
ritmo de produção irregular.
Layout celular – os materiais transformados (já processados de alguma
maneira) são movimentados para uma parte específica da operação (célula)
onde estão todos os demais recursos necessários ao processamento. Somente em
caso de uma imprevisibilidade o produto precisará sair daquela célula para ser
trabalhado.
Cada unidade produtiva é uma célula dotada de absolutamente tudo que
aquele produto (ou material semiacabado) precisará para avançar até a próxima
fase.
Layout por produto ou linear – cada um dos produtos segue a mesma
sequencia de atividades sempre. Dessa forma, a disposição dos equipamentos e
materiais obedecerá a sequencia de operações necessárias à sua produção.
Este tipo de arranjo funciona melhor para produtos padronizados (pois
seguem a mesma sequencia de atividades). Embora possua custo reduzido de
produção e movimentação, é um arranjo muito pouco flexível e o baixo custo
de produção tem como contrapartida o elevado investimento em
equipamentos. Esse aqui é um clássico: linha de montagem de veículos.
Desta forma, o único conceito das questões que não corresponde a um tipo
básico de arranjo físico é o Arranjo por posição móvel. Letra b)
11. ESAF 2013 - DNIT Assinale a opção que demonstra qual entre os modais
de transporte é o mais adequado para longas distâncias e grandes quantidades,
embora possua menor flexibilidade de trajeto.
a) Ferroviário.
b) Aéreo .
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c) Marítimo.
d) Hidroviário.
e) Cabotagem.
Comentários: Nós falamos exaustivamente sobre o transporte ferroviário:
A destinação principal é para transporte de cargas de maior volume e
grande peso, sendo que o prazo de entrega normalmente não é o fator em
destaque, e sim o volume transportado. Entretanto, sua desvantagem encontra-se
na pouca flexibilidade do veículo de transporte. O trem encontra-se restrito ao
traçado dos trilhos, devendo a carga ser retirada no terminal.
Desde que haja trilhos, e não tenhamos preocupação primordial com o prazo
de entrega da encomenda, o transporte ferroviário costuma ser o mais
recomendado.
Alternativa a)
12. CESPE 2010 ABIN Agente – Área administrativa. A carga unitária
destina-se exclusivamente a definir lotes de compras, com o objetivo de facilitar a
comunicação entre comprador e fornecedor.
Comentário – A principal função da carga unitária é permitir que possamos,
de modo conjunto, transportar, armazenar ou manusear vários itens, que estarão
dispostos como uma carga única. Este é o objetivo da técnica de armazenamento e
não a comunicação entre comprador e fornecedor.
Item errado.
13. CESPE 2010 DETRAN-ES. O almoxarifado destina-se à guarda física
dos produtos em processo e dos entregues pelos fornecedores.
Comentário – Almoxarifado é o local onde se guarda as matérias primas
recebidas pelos fornecedores, os produtos em processo estão distribuídos pelos
setores de produção, não estão nem no almoxarifado e nem no depósito.
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Item errado.
14. CESPE 2009/ANATEL/Técnico Administrativo. Há relação diretamente
proporcional entre o custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente
em estoque. No entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um
mínimo de custo de armazenagem.
Comentário – O espaço físico ocioso de uma empresa e o maquinário de
movimentação de materiais geram custos de manutenção, deste modo, mesmo
que o estoque esteja zerado haverá um custo mínimo de armazenagem.
Item correto.
CESPE 2009/FHS-ES/Analista Administrativo. Acerca do arranjo físico dos
estoques, julgue os itens.
15. A utilização cúbica e a acessibilidade a cada um dos itens são fatores que
devem ser considerados no planejamento da área física do estoque.
Comentário – Falamos isto na parte teórica da aula, ao se planejar a guarda
física de cada material, o setor responsável deve considerar a utilização cúbica
(volume) que o material irá precisar, bem como a acessibilidade, a facilidade ou
dificuldade que existirá para se chegar ao material.
Item correto.
16. Considere que a largura dos corredores de um almoxarifado é
determinada pelo equipamento utilizado para manuseio e que os corredores
realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por meio de empilhadeiras.
Nessa situação, é correto afirmar que os corredores principais e os utilizados para
embarque permitem o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo.
Comentário – Foi citado na parte teórica que o corredor deve permitir o
trânsito de duas empilhadeiras de modo que cada uma delas possa se deslocar em
sentido contrário uma da outra.
Item correto.
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17. No arranjo físico funcional, utilizado em montagens complexas, adota-se
uma localização fixa de material.
Comentário – O arranjo físico funcional e o arranjo fixo são disposições
diferentes. No arranjo físico funcional os processos similares são localizados bem
próximos uns dos outros. Já no arranjo fixo é que a localização do material é fixa.
Item errado.
18. CESPE 2009 IBRAM Analista – Administração. Uma das atividades
primárias da logística, o uso de embalagens adequadas afeta positivamente a
densidade dos objetos, favorecendo assim seu transporte, guarda e movimentação,
com impacto na redução de custos.
Comentários – Foi destacado na parte teórica da aula que o uso de
embalagens adequadas, embora necessário, muitas vezes provoca um aumento
nos custos da empresa e não a sua redução. Por este motivo a afirmação é falsa.
Item errado.
19. CESPE 2009 SEAD/SES/SE FUNESA Analista. Para o sistema de
estocagem livre, a melhor opção de reabastecimento é o sistema de reposição
periódica, que consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de um
certo material atinge um nível previamente determinado.
Comentário – O sistema de estocagem livre dificulta o controle de
estoque de certo material específico, pois os materiais estão dispostos livremente
conforme os espaços físicos que vão ficando disponíveis. Além disso, a reposição
periódica, como o próprio nome diz, consiste em repor de tempo em tempo um
determinado material, independentemente da análise do seu nível de estoque.
Item errado.
20. CESPE 2009 SEAD/SES/SE FUNESA Analista. A forma centralizada é
sempre mais vantajosa que a forma descentralizada, à medida que facilita o controle
sobre os itens do estoque e a execução de inventários.
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Comentário – O sistema de estoque centralizado terá vantagens, mas
também terá desvantagem em relação ao sistema descentralizado. Embora o
sistema centralizado facilite o controle e a execução de inventários, o sistema
descentralizado tem, por exemplo, a vantagem de colocar os estoques mais
próximos ao local em que será demandado. Uma empresa ao descentralizar seus
estoques aproxima os materiais do local em que será utilizado, é algo bastante
importante para empresas que possuem filiais.
Item errado.
21. CESPE 2008 SERPRO Analista. O recebimento é a operação segundo a
qual se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às
especificações contratadas.
Comentário – Outra questão ligando o recebimento, exclusivamente a
documentação fiscal. O recebimento envolve atividades de controle e
conferencia física dos materiais seja em quantidade seja em qualidade. Não
basta que o documento esteja de acordo com a nota fiscal.
Item errado.
22. CESPE 2008 FUB. Em geral, os materiais de consumo devem ser
armazenados de forma que os mais antigos possam ser utilizados primeiro.
Comentário – Materiais de consumo podem ter prazo de validade, deste
modo, se não forem tomados cuidados como a armazenagem dos itens mais
antigos, de modo que possam ser utilizados primeiro, a empresa corre o risco de
acabar em perdas de produtos devido a não utilização em tempo hábil.
Item correto.
23. CESPE 2008 FUNDAC. A armazenagem de materiais perigosos deve ser
feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial.
Comentário – As características do material sempre devem ser levadas
em consideração na hora de armazená-lo. Materiais perigosos demandam a
necessidade de um local específico, que reduza os riscos e previna acidentes. Um
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material inflamável, por exemplo, deve ser armazenado separadamente e
atendendo a requisitos de segurança.
Item errado.
24. CESPE 2008 Ministério da Saúde – Gestão de Compras e Licitações.
Existência de boa infraestrutura de transportes e de comunicação é fator importante
para decisões de localizações de armazéns para distribuição de produtos.
Comentários – Quando uma empresa vai descentralizar seus depósitos,
especificamente armazéns visando a distribuição de produtos, é fundamental que
seja feito um planejamento e nele seja analisado a localização geográfica destes
pontos e a infraestrutura de transporte e comunicação disponível.
Item correto.
CESPE 2007/PETROBRAS/Supridor. Julgue os itens a seguir, referentes a
modalidades de transporte
25. O transporte ferroviário é um transporte de baixo custo, destinado a
grandes volumes cuja entrega requer rapidez.
Comentário: Item errado. Acabamos de ver isto na aula, a rapidez não é
fator preponderante no transporte ferroviário.
26. O transporte de uma mercadoria por meio rodoviário e, em seguida, por
meio marítimo caracteriza situação de transporte intermodal.
Comentário: Item correto. A combinação de dois meios de transporte é o
que conceitua o transporte intermodal.
CESPE 2011/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Junior. Acerca de
administração de materiais e de licitações, julgue os itens a seguir:
27. Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o
uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e
eficiência.
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Comentário: Tranquila essa, certo? Dava pra matar essa sem nunca ter
estudado administração de materiais! Deve-se maximizar o uso dos recursos, e não
o contrário. Minimizar o uso dos recursos é utilizá-los aquém de sua capacidade: é
desperdiçar.
Item errado.
28. CESPE/EMBASA/ADMINISTRAÇÃO/2010 Um sistema logístico bem
elaborado é responsável por entregar mercadorias / produtos / serviços na quantia
certa, no local certo, no momento certo, ao menor custo possível.
Comentário: Item Certo. Lembra das variáveis tempo e lugar, dos sistemas
logísticos? Estão todas aqui.
CESPE 2009/FHS-ES/Analista Administrativo Carlos esteja assumindo o
cargo de analista administrativo da secretaria de administração e está apreensivo
em função do seu desconhecimento a respeito dos novos colegas de trabalho,
novas rotinas de trabalho entre outros aspectos.
29. Como bom observador, Carlos percebeu que os materiais do
almoxarifado estavam organizados segundo o sistema de estocagem livre.
Prateleiras, paletes e racks parecem bem distribuídos no espaço, mantendo
corredores espaçosos e permitindo fácil movimentação dos materiais. A partir da
situação hipotética descrita e considerando os preceitos de administração de
materiais e logística, julgue o item que segue.
Na movimentação de materiais, devem ser consideradas as seguintes leis: lei
da obediência de fluxo das operações, segundo a qual as distâncias na
movimentação e no transporte devem ser reduzidas, eliminando, ao máximo,
trajetos em zigue-zague e a lei da manipulação mínima que determina que a
manipulação dos materiais ao longo do ciclo de processamento deve ser evitada e
que o transporte mecânico ou automatizado deve, sempre que possível, ser
utilizado.
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Comentário: Item errado, e por muito pouco. O que o enunciado chamou de
lei da obediência ao fluxo das operações na verdade é a lei da mínima distância. Dá
uma olhada lá no quadro de novo.
CESPE 2009/FHS-ES/Analista Administrativo. Acerca do arranjo físico dos
estoques, julgue os itens.
30. A utilização cúbica e a acessibilidade a cada um dos itens são fatores que
devem ser considerados no planejamento da área física do estoque.
Item correto. É a Lei da Máxima Utilização dos Espaços
31. CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO Os equipamentos e
instrumentos utilizados na movimentação de materiais em estoques independem da
estrutura física e do leiaute da unidade.
Comentário: Item muito errado. Vai contra tudo que eu expliquei nessa aula
e nas anteriores. Os equipamentos de movimentação de materiais devem ser
escolhidos, entre outros fatores, em função da estrutura física da empresa.
32. CESPE – TSE – 2006 Gerenciamento da cadeia de suprimentos (suply
chain management) é uma técnica de administração de materiais cujo principal
objetivo é manutenção de baixos níveis de materiais em estoque.
Comentário: Item errado. O gerenciamento da cadeia de suprimentos não
está voltado à redução dos níveis de estoque. Alias, embora o método possa
envolver esta prática, não é nisso que se baseia. Esta forma de gerenciamento está
preocupada com a integração entre os diversos participantes do processo produtivo
para que se comportem de maneira interligada.
33. CESPE – FINEP – 2009 Em uma cadeia de suprimento, os ganhos que
podem ser obtidos por meio da integração é igual à soma dos possíveis ganhos
individuais de cada um dos participantes da cadeia.
Comentário: Tão tentando te derrubar. Uma das vantagens da integração é
que a soma de esforços gera um benefício muito maior do que a simples soma dos
ganhos individuais. Há um acréscimo que vai além disso. Item errado.
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34. FCC - 2002 - TRE-PI - Analista Judiciário - Área Administrativa Dentre
os fatores que influenciam os investimentos em estoque, o que mantém um alto
nível de produção, diminuindo custos, justificando a manutenção de um maior
volume de produtos em estoque é
a) Projeção de Vendas
b) Economia de Escala.
c) Natureza do Produto
d) Processo Produtivo
e) Preço unitário
Comentário: A FCC estava pensando na disciplina de custos quando
elaborou esta questão. Lembra-se que eu disse que determinados custos não
aumentam ou diminuem com o aumento da produção? Pois bem, levando-se isto
em consideração, quanto mais materiais eu adquirir e produtos fabricar em um único
período de tempo, maior a quantidade de itens que poderão suportar o “rateio”
destes custos fixos, gerando economia por unidade. Este conceito corresponde ao
de “Economia de Escala”.
Letra b)
35. CESGRANRIO - 2010 - ELETROBRÁS - Administrador Os
layouts utilizados nos processos produtivos refletem as características da produção
e apresentam vantagens e desvantagens quando comparados quanto aos critérios
de desempenho de custo e flexibilidade. Sobre os diversos tipos de layout, suas
características e possíveis exemplos, é INCORRETO afirmar que o(s)
a) layout posicional é aquele cujo produto encontra-se fixo no ambiente de
produção, tal como podemos observar na construção de edifícios e navios
b) baixo custo unitário e o alto nível de especialização são características
do layout por produto.
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c) layout posicional e o funcional são mais adequados para processos de alto
volume
d) layout celular é utilizado para produção em massa e tem boa relação
custo-flexibilidade, porém pode ser muito caro de ser instalado e/ou mudado
e) roteiros distintos de produção e a grande variedade são características
típicas do layout funcional
Comentário: Essa é excelente. Tratamos disto na aula de arranjos físicos.
Pode dar uma olhadinha lá que a gente espera :P.
Eu disse que o layout posicional era ótimo para produzir bens de grande
volume, normalmente por encomenda. Usei como exemplo um navio de proporções
assustadoras. Então, como raios eu posso usar esse arranjo para produção em alto
volume?
A indústria ficará muito satisfeita se conseguir fazer três navios por ano, e isto
em um excelente ano.
Desta forma, a alternativa c) está incorreta. E as demais você pode usar para
memorizar mais alguns conceitos. Melhor que isso, impossível :P.
Questões Propostas
1. CESPE 2011/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Junior. O
controle do recebimento do objeto contratado é realizado durante o recebimento
provisório, produzindo o efeito de liberar o vendedor do ônus da prova de qualquer
defeito ou impropriedade que venha a ser verificada na coisa comprada.
2. CESPE 2011 SESA – ES Administrador. No recebimento dos materiais, a
conferência consiste no batimento entre a nota fiscal e o pedido de compra.
3. CESPE 2011 IFB Professor – Área de conhecimento logística. A carga
unitária é a embalagem que contém diretamente o produto.
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4. CESPE 2011 CNPQ Analista. As estratégias de utilização dos diferentes
tipos de unidades de armazenagem independem dos objetivos organizacionais.
5. CESPE 2010 MPU Analista administrativo. Os equipamentos e
instrumentos utilizados na movimentação de materiais em estoque independem da
estrutura física e do leiaute da unidade.
6. ESAF 2013 - DNIT - A administração de recursos materiais engloba uma
sequência de operações. Assinale a opção que não representa uma etapa do ciclo
de administração de materiais:
a) Movimentação interna.
b) Compra.
c) Armazenamento.
d) Identificação de fornecedor.
e) Alienação.
7. CESPE 2010 ABIN Agente – Área administrativa. A paletização impede
a utilização do espaço aéreo do almoxarifado.
8. CESPE 2010 EMBASA Administração. De acordo com a escola da
qualidade total, a área de armazenagem e movimentação de materiais tem
responsabilidade na qualidade dos produtos/serviços da organização.
9. ESAF 2013 - DNIT Com relação ao recebimento de materiais, pode-se
afirmar:
a) o recebimento não precisa ser padronizado, mas deve ser orientado por
um check list de atividades de recebimento.
b) o recebimento de material é iniciado pela conferência da mercadoria com a
nota fiscal.
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c) no recebimento, a mercadoria deve ser conferida após o descarregamento
do veículo transportador.
d) a atividade de recebimento abrange a recepção, a entrada física e a
entrada no sistema de estoque.
e) a conferência do pedido de compra pode ser feita após o recebimento de
mercadoria.
10. ESAF 2013 - DNIT - São considerados tipos básicos de arranjo físico,
exceto:
a) Arranjo por posição fixa.
b) Arranjo por posição móvel.
c) Arranjo por processo.
d) Arranjo por produto.
e) Arranjo celular.
básico de arranjo físico é o Arranjo por posição móvel. Letra b)
11. ESAF 2013 - DNIT Assinale a opção que demonstra qual entre os modais
de transporte é o mais adequado para longas distâncias e grandes quantidades,
embora possua menor flexibilidade de trajeto.
a) Ferroviário.
b) Aéreo .
c) Marítimo.
d) Hidroviário.
e) Cabotagem.
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12. CESPE 2010 ABIN Agente – Área administrativa. A carga unitária
destina-se exclusivamente a definir lotes de compras, com o objetivo de facilitar a
comunicação entre comprador e fornecedor.
13. CESPE 2010 DETRAN-ES. O almoxarifado destina-se à guarda física
dos produtos em processo e dos entregues pelos fornecedores.
14. CESPE 2009/ANATEL/Técnico Administrativo. Há relação diretamente
proporcional entre o custo de armazenagem e a quantidade de produtos existente
em estoque. No entanto, quando o estoque estiver zerado, ainda assim haverá um
mínimo de custo de armazenagem.
CESPE 2009/FHS-ES/Analista Administrativo. Acerca do arranjo físico dos
estoques, julgue os itens.
15. A utilização cúbica e a acessibilidade a cada um dos itens são fatores que
devem ser considerados no planejamento da área física do estoque.
16. Considere que a largura dos corredores de um almoxarifado é
determinada pelo equipamento utilizado para manuseio e que os corredores
realmente permitem a fácil movimentação dos itens, por meio de empilhadeiras.
Nessa situação, é correto afirmar que os corredores principais e os utilizados para
embarque permitem o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo.
17. No arranjo físico funcional, utilizado em montagens complexas, adota-se
uma localização fixa de material.
18. CESPE 2009 IBRAM Analista – Administração. Uma das atividades
primárias da logística, o uso de embalagens adequadas afeta positivamente a
densidade dos objetos, favorecendo assim seu transporte, guarda e movimentação,
com impacto na redução de custos.
19. CESPE 2009 SEAD/SES/SE FUNESA Analista. Para o sistema de
estocagem livre, a melhor opção de reabastecimento é o sistema de reposição
periódica, que consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de um
certo material atinge um nível previamente determinado.
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20. CESPE 2009 SEAD/SES/SE FUNESA Analista. A forma centralizada é
sempre mais vantajosa que a forma descentralizada, à medida que facilita o controle
sobre os itens do estoque e a execução de inventários.
21. CESPE 2008 SERPRO Analista. O recebimento é a operação segundo a
qual se declara, na documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às
especificações contratadas.
22. CESPE 2008 FUB. Em geral, os materiais de consumo devem ser
armazenados de forma que os mais antigos possam ser utilizados primeiro.
23. CESPE 2008 FUNDAC. A armazenagem de materiais perigosos deve ser
feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial.
CESPE 2011/CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia Junior. Acerca de
administração de materiais e de licitações, julgue os itens a seguir:
27. Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o
uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e
eficiência.
28. CESPE/EMBASA/ADMINISTRAÇÃO/2010 Um sistema logístico bem
elaborado é responsável por entregar mercadorias / produtos / serviços na quantia
certa, no local certo, no momento certo, ao menor custo possível.
CESPE 2009/FHS-ES/Analista Administrativo Carlos esteja assumindo o
cargo de analista administrativo da secretaria de administração e está apreensivo
em função do seu desconhecimento a respeito dos novos colegas de trabalho,
novas rotinas de trabalho entre outros aspectos.
29. Como bom observador, Carlos percebeu que os materiais do
almoxarifado estavam organizados segundo o sistema de estocagem livre.
Prateleiras, paletes e racks parecem bem distribuídos no espaço, mantendo
corredores espaçosos e permitindo fácil movimentação dos materiais. A partir da
situação hipotética descrita e considerando os preceitos de administração de
materiais e logística, julgue o item que segue.
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Na movimentação de materiais, devem ser consideradas as seguintes leis: lei
da obediência de fluxo das operações, segundo a qual as distâncias na
movimentação e no transporte devem ser reduzidas, eliminando, ao máximo,
trajetos em zigue-zague e a lei da manipulação mínima que determina que a
manipulação dos materiais ao longo do ciclo de processamento deve ser evitada e
que o transporte mecânico ou automatizado deve, sempre que possível, ser
utilizado.
34. FCC - 2002 - TRE-PI - Analista Judiciário - Área Administrativa Dentre
os fatores que influenciam os investimentos em estoque, o que mantém um alto
nível de produção, diminuindo custos, justificando a manutenção de um maior
volume de produtos em estoque é
a) Projeção de Vendas
b) Economia de Escala.
c) Natureza do Produto
d) Processo Produtivo
e) Preço unitário
35. CESGRANRIO - 2010 - ELETROBRÁS - Administrador Os
layouts utilizados nos processos produtivos refletem as características da produção
e apresentam vantagens e desvantagens quando comparados quanto aos critérios
de desempenho de custo e flexibilidade. Sobre os diversos tipos de layout, suas
características e possíveis exemplos, é INCORRETO afirmar que o(s)
a) layout posicional é aquele cujo produto encontra-se fixo no ambiente de
produção, tal como podemos observar na construção de edifícios e navios
b) baixo custo unitário e o alto nível de especialização são características
do layout por produto.
c) layout posicional e o funcional são mais adequados para processos de alto
volume
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d) layout celular é utilizado para produção em massa e tem boa relação
custo-flexibilidade, porém pode ser muito caro de ser instalado e/ou mudado
e) roteiros distintos de produção e a grande variedade são características
típicas do layout funcional
GABARITO:
1 E 11 A 21 E 31 E
2 E 12 E 22 C 32 E
3 E 13 E 23 E 33 E
4 E 14 C 24 C 34 B
5 E 15 C 25 E 35 C
6 E 16 C 26 C 7 E 17 E 27 E 8 C 18 E 28 C 9 D 19 E 29 E 10 B 20 E 30 C