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O secretário-geral do Conselho da Universidade da Cida- de de Macau (UCM) considera injustas as críticas sobre a distribuição definida pelo Governo para o antigo campus da Universidade de Macau na Taipa. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Robert Chan sublinha que, entre as instituições privadas de ensino superior, a UCM é a que tem mais “urgência” e “necessidade” de novas instalações e apela a uma maior “objectividade” na análise da situação. Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4644 • Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 10 PATACAS PUB Pág. 4 Pág. 9 Comissário contra a Corrupção sublinha que “os bons exemplos vêm de cima” Sanções mais duras para taxistas com apoio esmagador em consulta pública Contagem decrescente para combate de milhões O “Clash in Cotai II” leva as emo- ções do boxe bem cedo à Arena do Venetian, com o primeiro combate agendado para as 8:00 de domin- go. Só por combater, Pacquiao deve receber cerca de 20 milhões de dólares livres de impostos. Pág. 11 O novo recorde de visitantes em “De Fonte Limpa” Graças ao número de visitantes do território, um novo recorde foi ba- tido no último fim-de-semana. Em “De Fonte Limpa” conheça também a exposição de um macaense radi- cado nos Estados Unidos com uma paixão pelos “Tigres Voadores”. Págs. 2 e 3 Mio Pang Fei escolhido para Bienal de Veneza Centrais Fronteira do COTAI vai funcionar 24 horas FOTO WONG SANG Mais de 80% querem fim do “Occupy” Cerca de 82,9% dos ci- dadãos de Hong Kong pedem o fim do Movi- mento Occupy, revela um inquérito ontem divulgado pela Uni- versidade de Hong Kong. De acordo com o mesmo estudo, qua- se 70% das pessoas de- fendem que o Gover- no da antiga colónia britânica deve desobs- truir as áreas públicas que têm sido ocupa- das pelos manifestan- tes. A Universidade de Hong Kong realizou a pesquisa entre 17 e 18 de Novembro e um to- tal de 513 cidadãos foi alvo de entrevista tele- fónica. A pesquisa teve uma taxa de resposta de 65,9%, com uma margem de erro de 4,4 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. Questionados se apoiavam ou não o movimento de desobe- diência civil, 55% dos 513 cidadãos disseram que estavam contra o movimento, enquan- to 28% manifestaram apoio. Luciano Oliveira desmente ligação a rede dos vistos Gold Em entrevista ao jornal “i”, o asses- sor jurídico da RAEM, José Lucia- no de Oliveira, desmente qualquer colaboracão com a rede de vistos Gold que está a ser investigada. Pág. 17 Mudança para a Taipa era “urgente” e “necessária” Pág. 5 Pág. 7 PORTAS DO CERCO COM HORÁRIO ALARGADO

Administrador José Rocha Dinis Sérgio Terra 4644 10 PATACAS … · A paixão de um macaense pelos “Tigres Voadores” – III Comandados pelo general Claire Lee Chennault, os

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O secretário-geral do Conselho da Universidade da Cida-de de Macau (UCM) considera injustas as críticas sobre a distribuição definida pelo Governo para o antigo campus da Universidade de Macau na Taipa. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Robert Chan sublinha

que, entre as instituições privadas de ensino superior, a UCM é a que tem mais “urgência” e “necessidade” de novas instalações e apela a uma maior “objectividade” na análise da situação.

Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4644 • Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 10 PATACAS

PUB

Pág. 4 Pág. 9

Comissário contra a Corrupção sublinha que “os bons exemplos vêm de cima”

Sanções mais duras para taxistas com apoio esmagador em consulta pública

Contagem decrescente para combate de milhõesO “Clash in Cotai II” leva as emo-ções do boxe bem cedo à Arena do Venetian, com o primeiro combate agendado para as 8:00 de domin-go. Só por combater, Pacquiao deve receber cerca de 20 milhões de dólares livres de impostos.

Pág. 11

O novo recorde de visitantesem “De Fonte Limpa”Graças ao número de visitantes do território, um novo recorde foi ba-tido no último fim-de-semana. Em “De Fonte Limpa” conheça também a exposição de um macaense radi-cado nos Estados Unidos com uma paixão pelos “Tigres Voadores”.

Págs. 2 e 3

Mio Pang Fei escolhido para

Bienal de VenezaCentrais

Fronteira do COTAI vai funcionar 24 horas

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WON

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NG Mais de 80% querem fim do “Occupy”

Cerca de 82,9% dos ci-dadãos de Hong Kong pedem o fim do Movi-mento Occupy, revela um inquérito ontem divulgado pela Uni-versidade de Hong Kong. De acordo com o mesmo estudo, qua-se 70% das pessoas de-fendem que o Gover-no da antiga colónia britânica deve desobs-truir as áreas públicas que têm sido ocupa-das pelos manifestan-tes. A Universidade de Hong Kong realizou a pesquisa entre 17 e 18 de Novembro e um to-tal de 513 cidadãos foi alvo de entrevista tele-fónica. A pesquisa teve uma taxa de resposta de 65,9%, com uma margem de erro de 4,4 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. Questionados se apoiavam ou não o movimento de desobe-diência civil, 55% dos 513 cidadãos disseram que estavam contra o movimento, enquan-to 28% manifestaram apoio.

Luciano Oliveira desmente ligação a rede dos vistos GoldEm entrevista ao jornal “i”, o asses-sor jurídico da RAEM, José Lucia-no de Oliveira, desmente qualquer colaboracão com a rede de vistos Gold que está a ser investigada.

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Mudança para a Taipa era“urgente” e “necessária”

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ESTUDO DA UNIVERSIDADE DE MACAU PROPÕE MUDANÇAS NO SECTOR

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PORTAS DO CERCO COM HORÁRIO ALARGADO

02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

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Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Dinis • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

Do nosso Baú de Recordações publicamos hoje uma fotografia datada de 1988 de uma vista aérea da Península de Macau. Vinte e seis anos depois as diferenças são tão óbvias que até dispensariam a ajuda de drones....

Esforços “redobrados”na fronteira em Zhuhai – IA fronteira das Portas do Cerco, do lado de Zhuhai, tem estado em obras nas últimas semanas, obrigando todos os que pretendem entrar em Macau a um desvio de algumas centenas de metros. O caminho provisório foi assinalado com placas informativas e grades que procuram ordenar as enormes filas que por vezes se formam.

Esforços “redobrados”na fronteira em Zhuhai – IIA deslocação obriga agora os visitantes a esforços redobrados no regresso a Macau sobretudo para os muitos que voltam “atolados” em sacos de compras. As alterações apenas se verificam para os que pretendem entrar em Macau.

“Monumentos” de luxo - IEntre as atracções de Macau que mais apelam aos turistas não estão apenas os monumentos históricos ou as especialidades culinárias mas também os carros de luxo que diariamente são vistos nas ruas. Um grupo de excursionistas do Interior da China não se fez rogado e fotografou de várias perspectivas uma “bomba” estacionada na zona da Areia Preta.

“Monumentos” de luxo - IIQuem não parecia nada satisfeita com esta paragem imprevista era a guia turística que tinha a cargo a excursão. Os seus gritos começaram a subir de tom, mas mesmo assim não foram suficientes para demover imediatamente o grupo. A prioridade era serem fotografados em frente a um carro de luxo logo de manhã, porque as Ruínas de S. Paulo ou os pastéis de nata sempre podem esperar.

Turistas batem recorde diário - INo último fim-de-semana registou-se um novo recorde diário de entrada de visitantes. Segundo o Corpo de Polícia de Segurança Pública, cerca de 515 mil entraram e saíram do território no sábado. As multidões que se concentraram no Largo do Senado e que, a muito custo, circulavam nos passeios na Avenida Almeida Ribeiro captaram a atenção de muitos.

Turistas batem recorde diário - IIA somar aos passeios completamente congestionados, foram muitos os turistas que atravessavam as ruas, quase indiferentes à passagem dos automóveis. Apesar de tudo, segundo as autoridades, não se registou nenhum acidente entre peões e automobilistas.

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Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | LOCAL 03Hotel Sun Sun está localizado na Praça Ponte e Horta, na zona do Porto Interior

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Telemóveisa peso de ouro – IUm dos casinos do território tem disponível capas para telemóveis e iPads em ouro, mas só possíveis de adquirir através da troca de pontos. Uma forma original para os mais excêntricos poderem decorar os seus aparelhos que certamente irá fazer inveja a muitos.

Telemóveisa peso de ouro – IIO valor das capas não foi possível averiguar, estando apenas referido que as mesmas foram feitos em ouro de 24 quilates. Resta saber se não vão começar a surgir outras versões, nomeadamente no centro comercial de Gongbei, famoso pelas “adaptações” que faz de artigos genuínos.

Espera-nos um Natal florido - IA pouco mais de um mês do Natal, as ruas começam a ser enfeitadas, com o verde e o cor-de-rosa a predominarem no Senado. Ainda são poucas as iluminações, e devem faltar uns bons dias até que Florinda Chan venha inaugurar as luzes desta época festiva, mas as primeiras decorações deixam já adivinhar que nos espera uma festa florida.

Espera-nos um Natal florido - IIÀ semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, já está a ser construída a base para montar a grande árvore de Natal que costuma dominar o Largo do Senado nesta época. Resta saber se este ano a Administração deixa de lado o verde e o azul para optar por cores menos convencionais como fazem antever as primeiras decorações.

Aveiro acolhe Encontro Mundialde Empresários Lusófonos - ICerca de 150 empresários de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Venezuela e França deverão participar no Encontro Mundial de Empresários Lusófonos, que decorrerá em Aveiro nos próximos dias 27 e 28 de Novembro. O evento é organizado pelo semanário “O Emigrante-Mundo Português”, no âmbito das comemorações do seu 45º aniversário, e pela CGD - Caixa Geral de Depósitos.

Aveiro acolhe Encontro Mundialde Empresários Lusófonos - IISegundo a organização, vão marcar presença empresários de Portugal e lusófonos residentes no estrangeiro de diferentes sectores de actividade, incluindo têxtil, materiais de casa (acabamentos), madeira e mobiliário, máquinas e equipamentos, moldes e agro-alimentar. O objectivo deste Encontro, que vai juntar a oferta à procura, é aproximar empresários que falam a mesma língua, em diferentes pontos do globo, ajudando-os a descubrir oportunidades de negócio em Portugal.

A paixão de um macaense pelos “Tigres Voadores” – INatural de Macau, Pedro Chan vive há vários anos nos Estados Unidos onde é conselheiro do Museu de Aviação do Pacífico, em Los Angeles. Juntamente com a mulher, Pek Chan, organizou a mais recente exposição fotográfica que está patente no espaço e é dedicada aos “Tigres Voadores”, esquadrão da Força Aérea Chinesa que se distinguiu na luta contra o Japão durante a II Guerra Mundial. Os materiais e fotografias da exposição pertencem quase todos ao acervo pessoal de Pedro Chan, ávido coleccionador de tudo o que diga respeito à famosa equipa de pilotos.

A paixão de um macaense pelos “Tigres Voadores” – IINascido em Macau em 1946, Pedro Chan diz que cresceu no território a ouvir histórias sobre os Tigres Voadores e que foram esses relatos que o fizeram querer saber mais e começar a coleccionar artefactos. “Desde que comecei a colecção senti que era minha obrigação manter a memória deles viva”, disse ao jornal China Daily. Os Tigres Voadores foram criados em Dezembro de 1941, após o ataque japonês a Pearl Harbour, por pilotos e técnicos americanos que se ofereceram para lutar voluntariamente na Força Aérea da China contra a invasão japonesa ao país.

A paixão de um macaense pelos “Tigres Voadores” – IIIComandados pelo general Claire Lee Chennault, os aviões dos Tigres Voadores ficaram famosos pelas pinturas de bocas de tubarões nas fuselagens. Em Julho de 1942, a unidade de voluntários foi integrada num grupo de caças da Força Aérea dos Estados Unidos, mas o nome Tigres Voadores perdurou durante todo o conflito.

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201404 JTM | LOCAL

Vasco Fong elogia firmeza das autoridades da China Continental

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VASCO FONG ESPERA QUE MACAU IMPLEMENTE “BOAS PRÁTICAS DE GOVERNAÇÃO”

Campanha anti-corrupção deve “inspirar” RAEMO Comissário contra a Corrupção acredita que a firmeza que tem sido assumida pelas autoridades chinesas no combate àquele fenómeno deverá “inspirar” a RAEM. Em relação ao funcionamento dos serviços públicos, Vasco Fong alerta para a necessidade de não se ignorarem os casos de corrupção, sublinhando que os “bons exemplos vêm de cima”. O número de casos investigados em 2013 pelo organismo subiu em relação ao ano anterior

André Jegundo

A campanha anti-cor-rupção que está a ser promovida pelas auto-

ridades chinesas deverá “ins-pirar” a RAEM na “imple-mentação de boas práticas de governação”. O desejo é for-mulado pelo Comissário con-tra a Corrupção (CCAC), Vas-co Fong, que aponta a falta de fiscalização e de controlo dos poderes como os principais factores que estão na origem do fenómeno.

“Tendo como objectivo assegurar a estabilidade polí-tica e a segurança pública do país a longo prazo, foi toma-da, nos últimos anos, no In-terior da China, uma posição firme no combate à corrup-ção, acompanhada do reforço da gestão de altos quadros e da construção de um siste-ma íntegro. Acredita-se que este fenómeno vai inspirar a RAEM na implementação de boas práticas de governação com um bom quadro legal”, afirma Vasco Fong, num tex-to publicado na mais recente edição do Boletim Informati-vo do CCAC.

O Comissário contra a Corrupção defende que o de-senvolvimento “sustentável e contínuo” depende de “bons

alicerces” e que, para assegu-rar a actuação da Administra-ção Pública de acordo com a lei, é necessário “estabelecer mecanismos para garantir a integridade do funcionamen-to” e ter uma equipa de fun-

cionários públicos “incorrup-tíveis e de alta eficácia”. “Os bons exemplos vêm de cima”, frisa Vasco Fong.

Em relação aos casos de-tectados dentro da Adminis-tração, o Comissário alerta

para a necessidade não se ig-norarem as situações e de se aplicarem medidas cautela-res que estão previstas na lei como a suspensão preventiva de funções ou a mudança do posto de trabalho. “Se um tra-balhador da Administração comete qualquer irregulari-dade, não se deve agir de for-ma a encobri-lo, pelo contrá-rio, deve-se instruir processo disciplinar e aplicar sanções de acordo com a lei”, refere.

E nos casos em que se “aplicar erradamente a lei”, uma vez tomado conhecimen-to do facto, entende Vasco Fong, “não se deve recorrer a discursos desculpabilizantes para ocultar os erros cometi-dos, mas sim reconhecê-los e tomar atempadamente me-didas positivas de forma a reparar injustiças e prejuízos causados”.

Número de casosaumentou em 2013

No ano passado, o CCAC recebeu um total de 896 ca-sos, mais 44 casos que em 2012. No total foram instruí-dos 782 processos, sendo 292 de natureza criminal e 604 de natureza administrativa. Na área do combate à corrupção, finalizaram-se 236 processos, dos quais alguns foram enca-minhados para o Ministério Público e outros arquivados.

Entre os 896 casos regista-dos, 484 foram apresentados com identificação do queixo-so ou com a disponibilização de contactos para prestação de informações adicionais, mais da metade do total dos casos recebidos. O CCAC re-cebeu ainda 1.304 pedidos de consulta sobre diferentes ma-térias.

Durante o ano de 2013, fo-ram registados 481 casos de incidência criminal. Destes, 264 reuniram condições para serem tratados. Segundo o CCAC, no decorrer das elei-ções para a Assembleia Legis-lativa de 2013, foram recebi-das 434 queixas e denúncias através da linha aberta contra a corrupção eleitoral.

No que toca à Provedoria de Justiça, os casos tratados totalizaram 959 e os pedidos de consulta recebidos tota-lizaram 525. Os casos mais frequentes continuam a estar relacionados com o regime da função pública, as infracções à legislação rodoviária, obras ilegais, assuntos municipais e conflitos laborais. O CCAC nota que os pedidos de infor-mação relativos a assuntos de tráfego, obras ilegais e outras matérias cuja competência é do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais regista-ram uma “ligeira tendência crescente”.

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A SAAM irá realizar obras de manutenção na rede de abastecimento durante o período abaixo indicado, pelo que o abastecimento de água será interrompido nos locais abaixo indicados: Data da Interrupção: 2014/11/24 Segunda-feira Horário da Interrupção: Entre as 09:30 e as 12:30 Local da Obra: Avenida do Ouvidor Arriaga Perto de Nº 139 Locais Afectados: Nº 129-D e Nº 163, Avenida do Almirante Lacerda Local de Abastecimento Temporário: Nº 162, Avenida do Almirante LacerdaHidrante Nº 1040 Linha Aberta de Informação: 28220088 Atenção: O abastecimento de água será restabelecido a qualquer momento, dependendo do progresso dos trabalhos A SAAM irá afixar este aviso nas portas dos locais onde o abastecimento de água será interrompido, antes das 17:30 do dia que precede a interrupção do abastecimento, no sentido de confirmar o período de interrupção.

Pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado!

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | LOCAL 05

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RENDA AINDA SERÁ NEGOCIADA MAS A MUDANÇA DEVERÁ ACONTECER NO PRÓXIMO ANO LECTIVO

UCM com “urgência” em usar novo campusAs críticas à distribuição feita pelo Governo do antigo campus da Universidade de Macau não têm razão de ser, defende o secretário-geral do Conselho da Universidade da Cidade de Macau (UCM). Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Robert Chan considera que a UCM é a instituição privada que tem maior urgência e necessidade em termos de novas instalações, dizendo esperar que a mudança esteja concluída no próximo ano lectivo

Viviana Chan

O secretário-geral do Conselho da Universidade da Cidade de Macau (UCM), Robert Chan,

classifica como injustas as críticas que foram direccionadas à distribuição fei-ta pelo Governo do antigo campus da Universidade de Macau na Taipa. O responsável considera que, entre as ins-tituições privadas de ensino superior, a UCM é a que tem mais “urgência” de novas instalações e apela a uma maior “objectividade” na análise da situação.

Em relação ao montante da renda que será paga pela instituição, Robert Chan revelou, em entrevista ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU, que a UCM está ainda à espera de negociar com o Governo. O responsável espera que a mudança possa ser concretizada no próximo ano lectivo.

Depois de o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) ter anunciado a distribuição do ex-campus da Univer-sidade de Macau, o Governo esteve no centro de críticas pelo facto de a UCM ser a única instituição privada a benefi-ciar da cedência de instalações.

No entanto, Robert Chan lembra que as actuais instalações da Universi-dade de Ciência e Tecnologia (UCTM) têm uma área significativa e a Universi-dade de São José (USJ) “está a construir o novo campus”.

O reitor interino da instituição, Pang Su Seng, acredita que a decisão tomada pelo Governo teve em consideração o desenvolvimento global do ensino su-perior de Macau, lembrando que a Ad-ministração está a apoiar todas as insti-tuições do ensino superior do território.

A distribuição do antigo campus da UM mereceu várias críticas de deputa-dos. Au Kam San considerou que o pro-cesso denota “falta de transparência” e que é mais uma situação em que o Go-verno trabalhou “de portas fechadas”. Kwan Tsui Hang advertiu que a pre-ferência dada à UCM poderá suscitar suspeitas junto da população, enquanto Chan Hong exortou o Governo a expli-car melhor a decisão. Outras opiniões sustentaram que o Governo devia ter privilegiado as instituições públicas.

A actual vice-reitora da UCM, Alia-na Leong, considera porém que quer as universidades públicas quer as priva-das têm como objectivo “contribuir para formação de trabalhadores qualificados e talentos para RAEM”. A responsável acrescentou também que cerca de 80% dos alunos de licenciatura são residen-tes na UCM e que as novas instalações vão melhorar as condições de ensino.

Defendeu também que a distribui-ção feita pelo Governo não foi enten-dida pelo público, frisando que não se trata de uma cedência gratuita mas de um arrendamento de instalações.

Achados arqueológicos travarampedido feito em 2010

Robert Chan mencionou que a uni-versidade teve conhecimento do resul-tado da distribuição do ex-campus da UM antes da divulgação do GAES, refe-rindo ainda que quando ingressou nos quadros da UCM, em 2010, o presiden-te da instituição, Chan Meng Kam, sub-meteu um pedido de construção de um

novo campus num terreno de que é pro-prietário em Hac Sa. O pedido, porém, acabou por ser suspenso por terem sido descobertos achados arqueológicos.

O secretário-geral frisa que a pro-cura de novas instalações é um proces-so “bastante longo”. Segundo Robert Chan, o pedido para a utilização do campus da Taipa foi entregue logo no momento em que se soube que a Uni-versidade de Macau iria mudar-se para a Ilha da Montanha.

Robert Chan frisa que as novas ins-talações servem sobretudo para melho-rar a qualidade de ensino e não para au-mentar o número de alunos e as receitas da universidade. A instituição, segun-do acrescenta, funciona graças a doa-ções de empresas privadas e às receitas arrecadadas com as propinas, cujo valor é o mais baixo entre as instituições de ensino privado (ver tabela).

Por seu turno, Aliana Leong defende que as novas instalações vão finalmente oferecer um “ambiente de campus uni-versitário” aos alunos da instituição,

que até agora tinham aulas em edifícios comerciais que colocam todo o tipo de problemas. “Os alunos têm que esperar muito tempo para conseguir apanhar o elevador todos os dias”, refere Pang Su Seng.

O plano de distribuição do antigo campus da UM vai distribuir as insta-lações pela UCM (37.644 metros qua-drados), Instituto Politécnico (38.108 metros quadrados), Instituto de For-mação Turística (23.018 metros qua-drados), Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) e pelo Institu-to do Desporto, que será responsável pela gestão do complexo desportivo. Segundos os responsáveis da UCM, instalações como o anfiteatro e o cen-tro cultural vão estar abertos à orga-nização de actividades por parte das outras instituições que também vão ocupar o campus.

Propina para alunos residentes

(por ano) (patacas)

Universidade conta com mais de 3.700 alunos

Actualmente a Universidade da Cidade de Macau (UCM) tem mais de 3.700 alunos, sendo que 80% dos estudantes de licenciatura são residentes da RAEM, enquanto que nos mestrados metade é oriunda do Interior da China. O empresário e deputado Chan Meng Kam foi convidado a tomar conta da instituição a partir de 2010 tendo promovido mudanças profundas e mudado o nome de Universidade Aberta Internacional da Ásia (Macau) para Universidade da Cidade de Macau. A partir do ano lectivo de 2012/2013, a UCM começou a recrutar alunos do Interior da China.

Propina para alunos da China

Continental (por ano) (dólares de Hong Kong)

Propina para alunos estrangeiros

(por ano)(dólares de Hong Kong)

Tarifa deresidência

(dólares de Hong Kong)

Universidadeda Cidade de Macau

Universidade da Ciência e Tecnologia de Macau

30.000 a 35.000 50.000 a 65.000 38.000 a 48.000 24.000 por ano

1.500 a 2.300por mês65.000 a 76.00065.000 a 76.00032.800 a 43.600

Robert Chan, Pang Su Seng e Aliana Leong rejeitam críticas à distribuição do campus da Taipa

Universidadede São José

1.500 a 3.000por mês

51.000 a 61.000(patacas)

não pode recrutar alunos da RPC51.000 a 61.000

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 Sexta-feira, 21 de Novembro de 201406 JTM | LOCAL

Trabalhadores detidos confessaram que, afinal, não eram especialistas de jardinagem

Liane Ferreira

DETIDOS DOIS TRABALHADORES

Jardinagem artística com “blue cards” falsosCom o objectivo de circular livremente entre o território e o Continente Chinês, dois homens pediram “blue cards”, sem no entanto estarem a trabalhar, de forma efectiva, na empresa que os contratou

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Durante investigações relativas a pedidos de contratação de artistas

de jardinagem, a Polícia de Se-gurança Pública (PSP) desco-briu dois casos irregulares, que acabaram na detenção de duas pessoas.

De acordo com informações da PSP, a empresa em causa dedica-se à jardinagem artísti-ca e encontrava-se a contratar especialistas do sector, moti-vo pelo qual as autoridades estavam a analisar a situação da companhia, que tem quota para trabalhadores não-resi-dentes. Nessa altura, agentes policiais detectaram irregulari-dades nos registos de entrada e saída do território de dois ho-

mens, de 40 e 48 anos de idade e oriundos da China Continen-tal, que não permaneciam mui-to tempo na RAEM.

Em entrevistas a colegas de trabalho, a PSP descobriu que

os indivíduos não trabalhavam como especialistas de jardina-gem, como constava nos títulos de identificação de trabalhador não-residente que possuíam, mas sim como pessoal adminis-

trativo e de forma esporádica. Os dois indivíduos foram

chamados para prestar esclareci-mentos e, segundo a PSP, admi-tiram que tinham o pedido o car-tão apenas por uma questão de conveniência, para ser mais fácil circular entre Macau e a China Continental.

Os suspeitos poderão vir a ser acusados de falsificação de documentos.

Fiador agredido para devolver 8 milhões Noutro caso, um homem

oriundo do Continente chinês, foi agredido por um agiota local, depois do jogador de quem foi fiador não ter devolvido o di-nheiro do empréstimo.

Segundo a vítima, em Junho do ano passado, serviu de fiador a um empréstimo de 15 milhões

de dólares de Hong Kong, po-rém o jogador deixou oito mi-lhões por pagar.

Na segunda-feira, um dos agiotas soube que o queixoso estava no território e foi à sua procura com um grupo de cúm-plices, exigindo o pagamento do dinheiro em falta. Como a vítima não tinha como pagar, roubaram-lhe a carteira com 15 mil renminbis, afirmando que destinava-se ao pagamento dos juros em atraso.

No dia seguinte, o suspeito regressou sozinho e agrediu o fiador com um murro na cara, no entanto, voltou a ir embora “de mãos a abanar”.

No seguimento da queixa do lesado, a Polícia Judiciária dete-ve o residente de 47 anos, quan-do este tentava sair da RAEM pelas Portas do Cerco.

Ketamina entre pastéis de nata

A PSP deteve um residente de 25 anos, quando este tentava entrar no território com estupefacientes escondidos dentro de uma caixa de pastéis de nata chineses. O caso aconteceu na área das chegadas do posto fronteiriço das Portas do Cerco, quando um cão do pelotão cinotécnico deu o sinal de alerta. O agente da PSP que acompanhava o canino interceptou o suspeito e efectuou uma revista física. Debaixo dos pastéis de natas foram encontradas 5,75 gramas de ketamina

Furtada carteira com mais de meio milhão

Uma turista da China Continental de 70 anos apresentou queixa à PJ por ter sido alegadamente roubada à porta do McDonald’s da Avenida 24 de Julho. A lesada disse às autoridades policiais que, pelas 06:30 da manhã de quarta-feira, um desconhecido roubou-lhe a carteira, que continha 550 mil dólares de Hong Kong e 10 mil renminbis em dinheiro vivo. O marido da septuagenária ainda tentou apanhar o ladrão, mas sem êxito. O suspeito está em parte incerta.

Para informações detalhadas queira contactar a Linha de Serviço da CTM: 1000.

Agradecemos a atenção dispensada e apresentamos as nossas desculpas pelo incómodo que possa a vir causar.

Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.

21 de Novembro de 2014

Aviso

Tendo por objectivo melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações, a CTM irá efectuar a actualização dos seguintes projectos, nos próximos dias 22 e 23 de Novembro de 2014 respectivamente, a saber:

Data/HoraDas 1H00 às 7H00 22 de Novembro de 2014

Das 1H00 às 7H00 23 de Novembro de 2014

Título do ProjetoActualização e manutenção da rede de Internet

Actualização e manutenção da rede de Internet

Serviço AfectadoAlguns utilizadores nas zonas da Macau poderão ter o seu serviço de Internet de Banda Larga eventualmente interrompido.

Alguns utilizadores nas zonas da Macau poderão ter o seu serviço de Internet de Banda Larga eventualmente interrompido.

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | LOCAL 07

Pedro André Santos

MEDIDA ENTRA EM VIGOR A 18 DE DEZEMBRO

Fronteira no COTAI vai abrir 24 horasO posto fronteiriço da Ponte Flor de Lótus vai passar a estar aberto 24 horas a partir de 18 de Dezembro, anunciou ontem o Executivo. As Portas do Certo terão também um novo horário, com mais duas horas de funcionamento

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JTM

Kaifong alertam quesalário mínimo pode “agravar” conflitos sociaisRepresentantes da União Geral das Asso-ciações dos Moradores de Macau (Kaifong) transmitiram ontem a vários deputados preocupações em relação à introdução de um salário mínimo para os trabalhadores de segurança e limpeza. Na opinião dos res-ponsáveis da organização, o salário mínimo só deve entrar em vigor em simultâneo com o regime jurídico da propriedade horizon-tal e o regime jurídico de licenciamento de companhias de administração de condomí-nios. “Esses dois regimes jurídicos vão con-tribuir para a implementação sem sobres-saltos do salário mínimo para esses dois tipos de trabalhadores”, referiu o presiden-te da 3ª Comissão Permanente da Assem-bleia Legislativa (AL), Cheang Chi Keong, citado pela Rádio Macau, transmitindo a posição dos Kaifong sobre a matéria. A or-ganização deu exemplos disse ainda que caso a lei entre em vigor de imediato po-derá haver um aumento da conflitualidade entre inquilinos e empresas de gestão. Na reunião estiveram presentes representantes do Governo que foram questionados sobre o número de trabalhadores de limpeza e segurança são abrangidos pela proposta de lei do salário mínimo. Segundo os Kaifong, o número de pessoas de sector Kaifong pode variar entre as 20 a 30 mil pessoas.

O Governo e a Assembleia Legislativa discordam da forma como devem ser atribuídas as licenças para animais

O posto fronteiriço da Ponte Flor de Lótus, que liga o COTAI à Ilha

da Montanha, vai passar a estar aberto 24 horas a partir de 18 de Dezembro, incluindo a passa-gem de turistas e autocarros de turismo mas não os movimen-tos de mercadorias. As Portas de Cerco terão também um novo horário, entre as 06:00 e 01:00, contando assim com mais duas horas de funcionamento. O fun-cionamento para a passagem de inspecção de mercadorias man-tém-se inalterado.

Por outro lado, o posto fron-teiriço do Parque Industrial Transfronteiriço estará aberto entre a meia-noite e as 07:00, mas apenas para a passagem a pé dos trabalhadores vindos do Interior da China, estudantes e residentes de Macau, não estan-do incluídos os veículos ligeiros e autocarros de turismo.

Os novos horários preten-dem “facilitar os contactos en-tre as pessoas de Macau e do Interior da China, assim como promover o intercâmbio entre os dois lados”, referiu o Executi-vo, acrescentando que a medida demonstra “o apoio do Governo Central no desenvolvimento da economia local e no melhora-

mento da qualidade de vida da população, beneficiando, assim, a prosperidade e a estabilidade” da RAEM.

“Para nós, o importante neste momento é aliviar o fluxo de tu-ristas uma vez que em Macau a economia está muito boa, como sabemos, e a renda das casas está muito elevada. Muitas pessoas, incluindo residentes de Macau ou trabalhadores do Continente, estão a viver em Zhuhai. Com este prolongamento do horário de serviço do posto fronteiri-ço, bem como a abertura por 24

horas, penso que vai aliviar a pressão, mas não temos previsão de aumento de turistas”, disse Alexis Tam, em conferência de imprensa.

O porta-voz do Governo sa-lientou ainda que a abertura das fronteiras nas Portas do Cerco por 24 horas continua a ser um dos objectivos, mas que será al-cançado de forma “faseada”. Sobre as restantes fronteiras, Alexis Tam referiu que, em rela-ção ao caso do Parque Industrial Transfronteiriço, na Ilha Verde, será uma alteração provisória,

não tendo adiantado até quando estará em funcionamento nestes moldes. No entanto, existem pla-nos para a construção futura de um posto transfronteiriço entre Macau e Guangdong, lembrou o mesmo responsável.

Conscientes do aumento do fluxo de pessoas que vão cru-zar as fronteiras, as autoridades garantem estar já a preparar-se para lidar com os novos horá-rios, estando prevista a abertura de canais adicionais de passa-gem nos vários postos frontei-riços e a mobilização de mais

pessoal para trabalhar nesses serviços. A Polícia de Segurança Pública irá também reforçar as patrulhas na zona da Ilha Verde como forma de prevenir e com-bater a criminalidade.

Transportes com novos horáriosCom a entrada em vigor

dos novos horários dos postos transfronteiriços serão também adaptadas medidas apor parte da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego a nível de transportes.

No Posto Fronteiriço das Portas do Cerco serão ajusta-dos os horários de serviços e frequências de partidas das 19 carreiras de autocarros, de ida e volta, sendo ainda disponi-bilizados guardas e chefes de estação no local para “manter a disciplina” e ajudar no “escoa-mento de passageiros”.

Em relação ao COTAI, as carreiras serão reajustadas, pro-cedendo-se ao prolongamento do horário de serviços de alguns circuitos diurnos e nocturnos, enquanto que na Ilha Verde será criada uma nova carreira noc-turna (N4) que vai estabelecer a ligação entre o posto fronteiriço do Parque Industrial e a Bacia Norte do Patane. Também a ac-tual carreira que liga a Ilha Ver-de às Portas do Certo terá um horário de serviços prolongado.

Novos horários das fronteiras foram ontem anunciados

GOVERNO E DEPUTADOS COM POSIÇÕES DISTINTAS

Licenças para animais sem consenso

A discussão da proposta de lei de protecção dos ani-mais evidenciou ontem divergências entre os repre-sentantes do Governo e a 1ª Comissão Permanente

da Assembleia Legislativa (AL), que está a analisar o diplo-ma. Segundo a Rádio Macau, o Executivo defende que só os cães devem ser registados, enquanto que os deputados consi-deram que o conceito deve ser alargado.

Ao abrigo da proposta de lei, apenas os proprietários de cães serão obrigados a fazer o respectivo registo. “Será que esta proposta de lei consegue resolver os problemas? É que, além do caso dos cães, não consegue resolver o problema com o abandono de outros animais”, apontou Kwan Tsui Hang, presidente da 1ª Comissão Permanente da AL, após um encontro que contou com a participação da Secretária para a Administração e Justiça, Kwan Tsui Hang.

Kwan Tsui Hang destacou ainda situações em que os ani-mais se podem perder: “[Sem a licença], não é possível então devolver o animal ao dono, mesmo encontrando uma cobra, porque não há registo”.

Na segunda reunião para análise do diploma, foram ain-da abordas as obrigações dos donos de animais de estimação. Há deputados que temem que o excesso de deveres possa le-var ao aumento do número de casos de abandono, por isso, Kwan Tsui Hang defende uma solução “equilibrada”.

De acordo com a presidente da comissão, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) garante que as

orientações dadas aos operadores para minimizar a dor dos animais para consumo estão a ser seguidas. Essas orienta-ções passarão a ter força legal após a aprovação do diploma.

Segundo a Rádio, a utilização de animais em experiências também esteve em foco na reunião. No caso das escolas, ex-plicou Kwan Tsui Hang, a utilização de animais em laborató-rios vai ter de ser comunicada ao IACM, que fica responsável por dar autorização para as experiências. Os deputados te-mem que a solução seja pouco viável e origine um aumento do volume de trabalho para o IACM.

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ARQ

UIVO

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201408 JTM | LOCAL

MELODY LU TEME NOVO RECUO

DSAJ “confunde” grupo anti-violência domésticaDepois da nota emitida pela Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça, responsáveis da Coligação Anti-Violência Doméstica dizem estar confusos em relação à futura lei

SESSÃO NA LIVRARIA PORTUGUESA

Travis Kong lança livro que “promove a diferença”O sociólogo Travis Kong vai lançar amanhã na Livraria Portuguesa a obra “Oral History Of Older Gay Men in Hong Kong”. Durante o lançamento vai ser apresentada a exposição fotográfica subordinada ao tema

A Livraria Portuguesa recebe amanhã o lançamento do li-vro “Oral History Of Older

Gay Men in Hong Kong”, da auto-ria do sociólogo Travis Kong.

Segundo uma nota de impren-sa, “lançar o livro em Macau é uma forma de produzir conhecimento em relação às diferenças e fomen-tar a tolerância face à diversidade”.

De acordo com o mesmo comu-nicado, “o mais fundamental é que o evento amplie e fortaleça uma rede de pessoas, instituições e en-tidades que se possam apoiar mu-tuamente”, não só para o debate das questões de género, mas para a discussão de temas socioculturais e políticos essenciais para melhorar Macau.

Para além do lançamento da obra vai decorrer a apresentação da exposição fotográfica comple-mentar, que também é da autoria de Travis Kong.

Foram convidados a participar no evento académicos como Tan

See Kam e Lei Chin Pang, profes-sores da Universidade de Macau (UM), para além de Anthony Lam e Jason Chao, do grupo Rainbow Macau.

A iniciativa está relacionada com o projecto “Língua, Cultura e Interacção: a construção de identi-dades políticas, étnicas e de género de Macau”, desenvolvido pela UM, com o objectivo de estudar a cons-trução de identidades através dos discursos quotidianos, na escola e nos media.

No sábado decorre na UM, pe-las 16:30, a segunda sessão de lan-çamento da obra, destinada ao pú-blico académico.

O regresso à Livraria Portugue-sa está marcado para domingo, data em que se realizará, à mes-ma hora, um debate sobre os te-mas abordados no livro. A troca de ideias vai decorrer em três línguas em simultâneo: português, inglês e cantonês.

I.A.

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ARQ

UIVOA porta-voz Coligação Anti-Violên-

cia Doméstica, Melody Lu, mani-festa-se “preocupada” e “confusa”

com a nota emitida esta semana pela Di-recção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ sobre a nova legislação. Em decla-rações à Rádio Macau, a responsável disse esperar que o teor do comunicado da DSAJ não represente um recuo em relação à ma-téria.

No comunicado, a DSAJ frisava que a definição de violência doméstica que vai constar da nova lei vai excluir as ofensas corporais e os maus-tratos psicológicos “leves”, um entendimento que Melody Lu considera não ser muito claro.

“Ficámos preocupados com a hipótese de a expressão ‘não tão graves’ represen-tar, no fundo, o mesmo que o Governo queria antes: separar o que seriam actos menores, não repetitivos ou ocasionais, dos actos considerados graves. É algo novo para nós. Ainda estamos à espera da versão formal da proposta de lei para ver-mos, em linguagem legal, o que isto sig-nifica. De momento, não é muito claro”, Segundo Melody Lu, a Coligação Anti--Violência Doméstica consultou já uma advogada, que também partilha as dúvi-

das em relação ao significado legal do que consta da nota do Governo.

Segundo a nota da SAJ, na definição de membro de família que vai constar da nova lei, para além dos cônjuges e parentes ou afins, vão-se incluir também ex-cônjuges, pessoas com relação de adopção e homens e mulheres que “coabitem em condições análogas às de cônjuges”.

Excluídos serão os casais do mesmo sexo uma vez que, frisa a DSAJ, no regime jurídico de Macau “não estão actualmente previstas quaisquer disposições legais so-bre relações entre pessoas do mesmo sexo” .

Melody Lu está preocupada com eventual recuo do Governo

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | LOCAL 09

REVISÃO DO REGIME DO SECTOR FINALIZADA ATÉ DEZEMBRO

DSAT promete reforçar sanções a taxistasO projecto de revisão do regime jurídico de transporte de passageiros em táxis deverá ficar concluído até ao final deste ano, incluindo um “agravamento das sanções” e o reforço da recolha de provas, garantiu a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego. O organismo recolheu mais de 30.000 opiniões que espelham a necessidade de um plano mais eficaz na fiscalização do sector, com o recurso à videovigilância, mas o sector diz temer pela privacidade e receia ser alvo de estigmatização

Fátima Almeida

As opiniões recolhidas durante a consulta pública sobre a revisão do regime jurídico de transpor-

te de passageiros em táxis reflectiram o descontentamento com o sector, pedin-do mudanças significativas. Entre 9 de Agosto e 23 de Setembro mais de 30.000 pessoas manifestaram-se – através dos diferentes plataformas de recolha de opiniões – e a maioria exigiu uma re-gulação dos serviços de táxis “mais ri-gorosa”, que se traduz num fiscalização eficaz, multas pesadas ou até a cessação de licenças ou carteira de motoristas para os infractores.

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Tráfegos (DSAT) apresentou ontem os dados recolhidos compro-metendo-se a elaborar, ainda este ano, “um regime jurídico sobre os táxis que corresponde ao interesse geral”, tendo como base as opiniões, explicou o che-fe de Departamento de Gestão de Trá-fego. “Esperamos acabar a compilação das opiniões e entrar na fase legislativa ainda este ano”, disse Dick Lo, notando que se pretende que as novas regras se-jam implementadas “com a maior bre-vidade”.

Se a DSAT seguir à letra a maioria das opiniões recolhidas terá que definir um sistema de recolha de provas mais efectivo, uma vez que esta foi uma das questões focadas durante a consulta. Assim, nas ruas de Macau também te-rão que circular mais fiscais, alguns dos quais não identificados, para que haja um combate mais amplo das infracções. Ao mesmo deverá ponderar-se o agra-vamento das multas ou a criação de um regime de cancelamento das carteiras profissionais e a reformulação dos pa-drões para atribuição de novas licenças.

Contudo, há pontos divergentes.

Os taxistas não vêem com bons olhos que a fiscalização possa ser feita atra-vés de um sistema de videovigilância ou por pessoal com identidade oculta, argumentando com o facto de o sec-tor poder ser “estigmatizado, afectan-do assim a sua imagem social”. Além disso, explicaram os responsáveis da DSAT, “consideram que a instalação do sistema de vigilância nos veículos pode violar a privacidade de conduto-res e passageiros”.

Esta opinião é contrária à de cida-dãos e turistas que consideram que tais medidas “podem contribuir para refor-çar eficazmente o combate ao caos dos

serviços de táxis”. Mais de 19.400 opi-niões recolhidas na Internet (ou seja 97 por cento) mostraram-se a favor, por exemplo, de agentes não identificados para fazer fiscalização, contra 593 (três por cento) que discordaram desta me-dida. Além dos pareceres recolhidos online, a DSAT recebeu ainda 296 textos que continham 782 opiniões e mais 547 ideias através de um inquérito de rua.

“Opiniões uniformes” para atacar “pontos negros”

Quanto à optimização dos proce-dimentos administrativos, o aumento da fiscalização policial, a instalação de

equipamentos nos pontos negros da ocorrência das infracções e o agrava-mento sancionatório também são “opi-niões uniformes”, explicou a DSAT.

Apesar dos pontos “polémicos”, o organismo garante, nesta segunda fase do processo, que irá elaborar um regi-me “incluindo o reforço da averigua-ção, recolha de provas e fiscalização, assim como o agravamento das san-ções”. “Estamos a acelerar o ritmo dos trabalhos”, disse Dick Lo, notando que o projecto ainda terá de ser enviado ao Conselho Executivo e posteriormente à Assembleia Legislativa.

No que diz respeito ao regime de atribuição de licenças, “os secto-res sociais identificam-se mais com duas formas” de processamento: uma para companhias e outra para indiví-duos. Para a atribuição às empresas há quem sugira que as companhias possam “efectuar a gestão dos seus veículos com recurso a um sistema electrónico, podendo a Administra-ção Pública controlar a situação de exploração através da fiscalização”. Já para a concessão aos indivíduos fo-ram apresentadas opiniões no sentido de “estabelecer condições limitativas para os concorrentes”, exigindo, por exemplo “a obrigatoriedade de os concorrentes serem portadores da car-teira profissional de condutor de táxis válida ou participarem directamente nos serviços de táxis”.

A DSAT está agora “na fase final” da elaboração da proposta cujo articulado deverá ficar concluído no mesmo pe-ríodo que se verificará o aumento das tarifas. Ontem, os responsáveis do or-ganismo dirigido por Wong Wan volta-ram a referir que as tarifas dos táxis vão aumentar ainda este ano, sendo que a proposta do Governo aponta para as 17 patacas, menos uma pataca do que o valor pedido pelo sector.

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Os activos internacionais do sector bancário de Macau atingiram 1.008,7 mil milhões de pa-tacas no final de Setembro, mais 24% face ao

período homólogo de 2013, indicam dados oficiais on-tem divulgados. No entanto, de acordo com estatísti-cas publicadas pela Autoridade Monetária (AMCM), o total de activos internacionais diminuiu 1% em termos trimestrais.

As disponibilidades sobre o exterior aumentaram 18,5% para 754,1 mil milhões de patacas, ao passo que os ativos locais em moeda estrangeira subiram 43,4% para 254,5 mil milhões de patacas.

Os empréstimos e depósitos no exterior constituíram o maior parte dos activos internacionais, atingindo 476,5 mil milhões de patacas, mais 21,5% em termos anuais.

O total das responsabilidades internacionais do sector bancário de Macau atingiu 958 mil milhões de patacas, registando um aumento de 23,2% face ao ano anterior.

As responsabilidades para com o exterior e as res-ponsabilidades internas em moedas estrangeiras atin-giram 495 mil milhões e 463 mil milhões de patacas, res-pectivamente, face às do ano anterior, crescendo 24,9% e 21,4%, informa a AMCM.

Os depósitos em moedas estrangeiras dos residentes e do Governo de Macau nos bancos locais continuaram a representar a maior componente no total das respon-sabilidades internacionais. Esses depósitos aumenta-ram 18,4% para 423,9 mil milhões de patacas no final de Setembro, em termos anuais.

A actividade bancária internacional de Macau dis-tribuiu-se principalmente pela Ásia e Europa. Até ao final de Setembro, as quotas das disponibilidades do sistema bancário de Macau no Interior da China, em Hong Kong e em Singapura eram de 36,1%, 32% e 2%, respectivamente; em relação a Portugal, Reino Unido e Alemanha, estas quotas eram de 6,3%, 1,6% e 1,5%,

respetivamente, no total de activo exterior.Quando ao passivo sobre o exterior, registaram quo-

tas de 47,1%, 20,5% e 8,7% para Hong Kong, Interior da China e Tailândia, respectivamente. No que toca ao passivo sobre França, Portugal e Alemanha as suas quotas eram de 3,3%, 2,2% e 1,6% do total de passivo sobre o exterior.

A moeda estrangeira é a unidade principal nas tran-sações bancárias internacionais. No final de Setembro, a pataca ocupava uma quota de apenas 0,7% e 1,5%, res-pectivamente, no total do activo e no total do passivo financeiro internacional.

O dólar de Hong Kong e outras moedas estrangeiras tinham um “peso” de 37,4% e 61,9%, respectivamente, do total do activo financeiro internacional, assim como a quota do total do passivo financeiro internacional de 43,2% e 55,3%, respectivamente.

JTM com Lusa

Activos internacionais da banca sobem 24%A actividade internacional do sector bancário de Macau voltou a crescer no terceiro trimestre deste ano, revelam estatísticas oficiais

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201410 JTM | PUBLICIDADE

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | LOCAL 11

“CLASH IN COTAI II” NA MANHÃ DE DOMINGO

Um combate que move milhões“Clash in Cotai II” levará as emoções do boxe à Arena do COTAI bem cedo no domingo, com o primeiro combate a estar agendado para as 08:00. Tudo por causa dos direitos de transmissão televisivos para os Estados Unidos, um país que deverá estar dividido para este duelo

Apesar de ser considerado como um herói nas Filipinas, Manny Pacquiao conta também com uma legião de fãs nos Estados Unidos, onde pas-

sa grande parte do seu tempo e onde decorreram os mo-mentos mais marcantes da sua já extensa carreira como lutador de boxe.

No entanto, do outro lado está um norte-americano “de gema”. Chris Algieri vive, aos 30 anos, o grande momento da sua carreira profissional, na qual ainda não conheceu o sabor da derrota. Para além disso, teve já alguns duros testes, nomeadamente o combate com o russo Provodnikov, que o deixou com o rosto muito maltratado, apesar da vitória.

Desde que foi anunciado como o opositor de “Pac-man”, muitos foram aqueles “reviraram os olhos”, acre-ditando que seriam “favas contadas” para o experiente lutador filipino. Mas o que é certo é que Algieri, que já foi apelidado pelo promotor Bob Arum de “Rocky”, em alusão ao filme com o mesmo nome, tem vindo a con-seguir conquistar fãs também em Macau, procurando inspirar as pessoas com a sua história de perseverança e força de vontade para ultrapassar as diversidades.

Mas os milhões que um combate desta magnitude move não surgem apenas na quantidade de pessoas que vai assistir através da televisão. Segundo a imprensa internacional, Pacquiao vai receber cerca de 20 milhões de dólares (aproximadamente 180 milhões de patacas) por este combate, poupando milhões em impostos caso o combate tivesse lugar em solo norte-americano. Mais uma razão para que grandes embates voltem a ter lugar na RAEM, falando-se já na possibilidade de um duelo entre Pacquiao e Mayweather em solo asiático. Caso venha a confirmar-se, será no próximo ano e o evento desportivo que mais dinheiro iria gerar, de acordo com analistas.

Apoio familiarSe a família de Pacquiao está há muito habituada a

estes eventos, o mesmo não se poderá dizer de Algieri. O lutador norte-americano vai contar com o apoio dos pais em Macau... mas não na Arena do COTAI. De acordo com uma entrevista publicada, o pai Dominic ainda está a decidir se irá ver o combate, enquanto a mãe Adriana vai ficar pelo quarto no Venetian, esperando por um te-lefonema do filho com o resultado.

Em relação a Pacquiao, como habitualmente, terá o apoio da mãe, que faz questão de o acompanhar sempre

nos momentos mais importantes da sua carreira.O Venetian vai contar ainda com algumas estrelas de

Hollywood, à semelhança de combates anteriores. Syl-vester Stallone e Arnold Schwarzenegger estarão de re-gresso, depois de terem promovido recentemente o filme “The Expendables 3”, esperando-se ainda Stephen Bal-dwin, Ja Rule, Jermaine Jackson, Jessica Jung, Shannon Lee, Melody Thornton, entre outros.

Combates madrugadoresA sessão de combates de “Clash in Cotai II” começa

bem cedo, pelas 8:00, com um duelo entre a Nova Zelân-dia e a China. O primeiro grande momento do dia deve-rá ter lugar por volta das 9:00, com a entrada na Arena de Rex Tso, lutador de Hong Kong muito acarinhado na RAEM, seguindo-se a referência de Macau na modalida-

de: Ng Kuok Kun. O jovem pugilista soma por vitórias os combates disputados, medindo forças com Stephen Attard, da Austrália.

A primeira disputa de um título está marcada para as 10:00, com Jessie Vargas (EUA) a lutar contra Antonio DeMarco (México), seguindo-se mais outro combate que promete, com o russo Lomachenko a defender o cinto frente ao tailandês Piriyapinyo.

O chinês Zou Shiming, outro dos favoritos do públi-co, regressa à RAEM para defrontar Kwanpichit One-songchaigym, da Tailândia, num combate de 12 “roun-ds”. De seguida todas as atenções irão virar-se para o grande duelo entre Manny Pacquiao e Chris Algieri. Resta saber até que ponto o norte-americano irá conse-guir fazer frente a uma das maiores referências do boxe mundial de todos os tempos.

Pacquiao e Algieri vão defrontar-se domingo na Arena do COTAI

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JTM

Exposições no MGM celebram 15 anos da RAEMO MGM acolhe até 22 de Março duas mostras de arte focadas na cultura tradicional da China

A exposição “Antigas por-tas da cidade de Pequim do Museu Sandalwood”

e a mostra “100 fotógrafos con-centram-se em Macau” vão estar patentes no MGM até ao dia 22 de Março do próximo ano para “celebrar o estabelecimento da RAEM e para exemplificar o le-gado das artes chinesas”.

É a primeira vez que o ter-ritório recebe uma mostra cujo tema é a antiga cidade de Pe-quim, cujas portas eram símbolo da milenar civilização chinesa.

De acordo com a MGM,

a exposição “100 fotógrafos concentram-se em Macau” pre-tende ilustrar “a cultura única da RAEM, bem como o seu de-senvolvimento ao longo dos 15 anos”.

Os trabalhos exibidos são da autoria de profissionais da Chi-na, Hong Kong, Macau e Taiwan e visam também promover as relações de amizade entre os vá-rios territórios.

As 100 imagens vão ser pos-teriormente publicadas num ál-bum que inclui escritos do Chefe do Executivo, Chui Sai On, e de

Edmund Ho, vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chi-nês e antigo líder do Governo da RAEM.

A cerimónia de abertura das exposições decorreu na quarta--feira e contou com a presença de mais de 150 convidados, en-tre eles Chui Sai On, Edmund Ho e Pan Yundong, comissário do Ministério dos Negócios Es-trangeiros do Governo Popular da China.

I.A.

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MGM

Pedro André Santos

12 JTM | LOCAL Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014

Liane Ferreira

NEO-ORIENTALISMO COM TOQUE OCIDENTAL

Mio Pang Fei representa Macau na Bienal de VenezaNatural de Xangai mas a viver em Macau desde 1982, o artista Mio Pang Fei vai tornar-se no 14º representante do território na Bienal de Veneza. Os seus trabalhos desmontam a caligrafia tradicional chinesa e apresentam-na sob uma influência ocidental, ligada à natureza e mudanças na sociedade, tocando o coração do público e motivando a escolha da comissão de selecção do Museu de Arte de Macau

Pela quinta vez, Macau vai estar representada na Bienal de Veneza, cuja 56ª edição irá reali-zar-se no próximo ano, entre 9 de Maio e 22

de Novembro. Para esta edição, e depois do arquitec-to Carlos Marreiros, a escolha recaiu no artista Mio Pang Fei.

Composta por Chan Hou Seng, director do Mu-seu de Arte de Macau (MAM), António Conceição Júnior, consultor de arte do MAM, e Hsu Hsiu-Chu, directora da Escola de Artes do Instituto Politécnico de Macau, a comissão de selecção foi responsável por analisar e escolher o artista a partir de uma lista com 40 nomes.

Reconhecendo o mérito de Mio Pang Fei em es-quecer os conceitos que conhecia, relativamente à caligrafia chinesa para poder reaprender e mostrar esta forma de arte de uma maneira diferente, Antó-nio Conceição Júnior destacou as dificuldades que o artista passou, durante a Revolução Cultural, antes de vir para o território.

“Sei o quanto ele estudou arte ocidental e em más condições para chegar ao ponto de hoje”, referiu o consultor do MAM, sublinhando que “é importante reconhecer a sua grande contribuição”.

Destacando o “significado profundo” desta esco-lha pelo facto de Mio Pang Fei ter dedicado toda a sua vida em Macau à arte, Conceição Júnior defen-deu que “pode ser considerado um ícone do futuro de Macau, de abertura ao Mundo”, sendo o artista um macaense, porque “como muitos outros que não nasceram aqui, amam esta cidade”.

Agradecendo a confiança demonstrada ao ser escolhido para representar a RAEM, Mio Pai Feng admitiu que, face à sua idade - completará 80 anos no próximo ano - vai ser um desafio viajar até Veneza para preparar a exposição, mas prometeu fazer o seu melhor.

Segundo o artista, será uma boa altura para par-ticipar no evento, porque no ano passado o tema era mais ligado à arquitectura e por isso mais adequa-

Bandas do Japão e Tailândia em estreia no “Hush!!”A banda japonesa “2side1BRAIN” e os tailandeses “Brandnew Sunset” vão tocar amanhã pela primeira vez em Macau, no festival “Hush!!”. Para o grupo de Banguecoque, o evento é “um paraíso”

Nove bandas locais e cinco internacionais sobem amanhã ao palco da Praceta da Arte, junto ao Centro Cultural de Macau, para um dia dedi-cado ao rock.

O “Hush!!” comemora o 10º aniversário com concertos de nomes locais como “Catalyser”, “Bomber”, “João Gomes e Banda” e “Blademark”. Do exterior che-gam os “KillerSoap” (Hong Kong), “Left Right” (Pequim), “Funky Brothers”, (Taipé), “2side1BRAIN” (Okinawa) e “Brandnew Sunset” (Banguecoque).

Nas vésperas da estreia no território, os músicos japoneses e tailandeses mostraram-se entusiasmados por integrarem um dia dedicado exclusivamente à música.

“Já ouvimos falar do festival e achamos muito interessante o conceito de num espaço se juntarem todos os apreciadores de rock, durante um dia inteiro”, afirmou MEG, guitarrista da banda “2side1BRAIN”. Chai, guitarrista do grupo tailandês, confessou que “rock até ao pôr-do-sol é um paraíso”, acrescentando que os membros da banda vão “tocar o melhor que conseguirem para o público de Macau apreciar”.

“O que nós queremos mesmo é que o público nos incentive, que puxe por

nós e quase participe no espectáculo”, referiu MEG.A diminuição da compra de CD’s e a crescente aquisição de músicas através

de internet é algo que não preocupa os artistas que dizem continuar a gravar discos.

“Somos um bocadinho da escola antiga, por isso continuamos a compor ál-buns”, disse Chai, acrescentando, porém, que a banda tailandesa está também a dar a possibilidade aos fãs de adquirir os seus trabalhos através do iTunes e em vinil, formato que “está novamente a ganhar importância”.

Os japoneses, consideram o CD “uma tradição” e dizem que, “mesmo que as pessoas comprem cada vez menos, é importante continuar a gravar porque há muita gente que depois de nos ver ao vivo quer comprar os álbuns”.

“2side1BRAIN” é uma banda de Okinawa que pretende continuar a traba-lhar naquela cidade por considerarem que esta tem “uma cultura própria”.

O grupo “Brandnew Sunset” actua habitualmente em festivais na capital tai-landesa e acredita que existe espaço no país para o desenvolvimento do rock, mesmo com o recente surgimento de outros géneros musicais.

I.A.

JTM | LOCAL 13 Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014

NEO-ORIENTALISMO COM TOQUE OCIDENTAL

Mio Pang Fei representa Macau na Bienal de VenezaNatural de Xangai mas a viver em Macau desde 1982, o artista Mio Pang Fei vai tornar-se no 14º representante do território na Bienal de Veneza. Os seus trabalhos desmontam a caligrafia tradicional chinesa e apresentam-na sob uma influência ocidental, ligada à natureza e mudanças na sociedade, tocando o coração do público e motivando a escolha da comissão de selecção do Museu de Arte de Macau

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JTM

Bandas do Japão e Tailândia em estreia no “Hush!!”A banda japonesa “2side1BRAIN” e os tailandeses “Brandnew Sunset” vão tocar amanhã pela primeira vez em Macau, no festival “Hush!!”. Para o grupo de Banguecoque, o evento é “um paraíso”

nós e quase participe no espectáculo”, referiu MEG.A diminuição da compra de CD’s e a crescente aquisição de músicas através

de internet é algo que não preocupa os artistas que dizem continuar a gravar discos.

“Somos um bocadinho da escola antiga, por isso continuamos a compor ál-buns”, disse Chai, acrescentando, porém, que a banda tailandesa está também a dar a possibilidade aos fãs de adquirir os seus trabalhos através do iTunes e em vinil, formato que “está novamente a ganhar importância”.

Os japoneses, consideram o CD “uma tradição” e dizem que, “mesmo que as pessoas comprem cada vez menos, é importante continuar a gravar porque há muita gente que depois de nos ver ao vivo quer comprar os álbuns”.

“2side1BRAIN” é uma banda de Okinawa que pretende continuar a traba-lhar naquela cidade por considerarem que esta tem “uma cultura própria”.

O grupo “Brandnew Sunset” actua habitualmente em festivais na capital tai-landesa e acredita que existe espaço no país para o desenvolvimento do rock, mesmo com o recente surgimento de outros géneros musicais.

I.A.

do a Carlos Marreiros. Já em 2015, o tema “All the Worlds’s future” é mais apropriado às suas criações.

A exposição intitulada “Caminho: aventura de um artista”, será composta por três séries de pintu-ras e instalações, desde 1960, estando algumas obras ainda em fase de criação. O artista salientou que, du-rante a Revolução Cultural e antes de vir para o ter-ritório, era difícil fazer pesquisa sobre outras formas de arte, não havendo recursos disponíveis. “Achava muito estranho como é que não havia registos de 100 anos de história”, disse.

Mio Pang Fei é conhecido pelo neo-orientalismo, uma abordagem caracterizada pela adopção de con-ceitos artísticos ocidentais para reconstituir a estética oriental. “Não se pode esquecer a tradição do Orien-te, mas também temos de aprender sobre as caracte-rísticas ocidentais”, referiu o artista.

Hsu Hsiu-Chu, directora da Escola de Artes do Instituto Politécnico de Macau, declarou que Mio Pang Fei foi seleccionado devido às diferentes ca-racterísticas dos seus trabalhos. Por um lado, há um espiritualismo e orientalismo com conceitos ociden-tais, mas também uma vertente ligada à sociedade, às mudanças nesta e ao ambiente, devido à sua vi-vência na China Continental, durante a Revolução Cultural e posterior chegada a Macau.

“Também há uma componente ligada à natureza que torna as suas obras muito comoventes para o público”, acrescentou a directora, apontando que, através do orientalismo, o artista procura novas pos-sibilidades para o futuro.

Mio Pang Fei chegou ao território em 1982 e a sua carreira, para além da vertente artística, incluin-do mais de 60 exposições, também passou pelo ensi-no. Em 1999, recebeu a Medalha de Mérito Cultural.

Macau tem sido convidado a participar na Bie-nal de Veneza desde 2007, tendo mostrado já ao mundo 13 artistas locais. Inaugurado em 1895, este evento é conhecido como as “Olimpíadas da Arte” e considerado uma Meca para os artistas de todo o Mundo. Em 2013, estiveram presentes em Veneza 77 pavilhões nacionais, obras de 150 artistas, com 60 eventos alternativos, organizados por cidades e organizações do meio artístico.

Mio Pang Fei com a comissão de selecção do Museu de Arte

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JTM

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201414 JTM | LOCAL

Vítor Rebelo

A vitória sobre o Egipto foi o melhor resultado de Macau na fase de grupos. De resto, dois desaires, face a Uruguai e Áustria, mas sempre a mostrar um hóquei de bom nível. Segue-se a fase de escalonamento da classificação

Macau defrontou ontem à noite em Canelones, arredores de Montevideu, já madrugada den-tro no horário do território, a formação dos Es-

tados Unidos, e por isso não é possível dar nesta edição o resultado da partida.

O confronto integrava já a fase eliminatória do cam-peonato, quartos-de-final, portanto a equipa que saísse vencedora seguiria para as meias-finais.

Depois de ter averbado duas derrotas nos dois pri-meiros desafios, Uruguai (4-1) e Áustria (5-4, no pro-longamento), a formação orientada por Alberto Lisboa fechou o Grupo B com um triunfo claro sobre o Egipto (6-2), que até tinha oferecido uma excelente réplica aos uruguaios no jogo de inauguração da prova, perdendo por apenas 2-1.

O balanço desta primeira fase (terceiro lugar na clas-sificação), acaba por deixar um “sabor amargo” à equipa da RAEM, que nunca foi inferior aos seus adversários.

Pelas informações prestadas ao JTM por António Aguiar, presidente da Associação de Patinagem, que chefia a comitiva ao Uruguai, o “cinco” do território dis-cutiu sempre o resultado e apenas na partida face aos donos da casa o desnível foi um pouco maior.

“Nesse primeiro jogo tudo esteve contra nós, come-çando pela arbitragem, claramente caseira por causa de um pavilhão cheio a puxar pelos uruguaios. Se já aí não era fácil vencer os anfitriões, então com uma arbitragem adversa tudo se tornou complicado. Mas mesmo assim podemo-nos queixar também de nós próprios, uma vez que desperdiçámos várias oportunidades de golo que

poderiam ter dado outra história ao encontro. Natural-mente que a condição física também acabou por ter in-fluência, em especial na segunda parte”.

Por falar em questões físicas, convém dizer que a se-lecção de Macau fez uma preparação algo deficiente e isso reflecte-se neste tido de competição, bem mais exi-gente do que aconteceu no Campeonato da Ásia, onde o conjunto do território “escondeu” essa lacuna graças a uma superioridade técnica evidente, tornando-se cam-peão pela nona vez.

Tal como dirigentes e treinador haviam referido an-tes da partida para o Uruguai, esses problemas da pre-paração, com muito tempo sem o pavilhão do D. Bosco, cerca de quatro meses, acabariam por, mais tarde ou mais cedo, fazer-se sentir.

Em especial nas segundas metades dos jogos notou--se o abaixamento de produção, resultante da equipa não se ter apresentado a cem por cento, o que seria nor-mal se tivesse havido uma fase de preparação como Al-berto Lisboa tinha inicialmente planeado, num ano de duas provas de grande importância para o hóquei em patins da RAEM.

Azar diante da Áustria

O jogo com o Uruguai foi assim o menos conseguido para a formação de Macau, com pouca sorte no sorteio pelo facto de ter defrontado os donos da casa (e favoritos à subida…) logo na sua estreia na prova.

A viagem longa, praticamente desde o outro lado do mundo e a consequente diferença de fuso horário, “aju-daram” a uma prestação já de si complicada, confirman-do-se os receios em relação à arbitragem.

O único golo de Macau foi apontado por Helder Ri-cardo, uma das principais vedetas da equipa, pelo seu tecnicismo.

Já menos fatigada por causa da deslocação e po-dendo praticar um hóquei mais tranquilo, com melhor qualidade, Macau deu uma excelente réplica aquele que seria o vencedor do grupo, a Áustria.

Os pupilos de Lisboa tiveram até o pássaro na mão… “Fizemos uma primeira parte de luxo, chegando a 3-0. Na segunda o físico falhou e permitimos a recuperação do adversário. Mesmo assim ainda conseguimos um empate a quatro bolas. Como as novas regras não per-mitem empates, fomos para prolongamento e aí sofre-mos um golo, sendo desde logo derrotados por causa do sistema do golo de ouro, quando já estávamos no limite das forças. Jogámos muito bem e não merecíamos este resultado. Falhámos muitas oportunidades e três livres directos”, explicou António Aguiar.

Reviravolta com o Egipto

Os tentos diante dos austríacos couberam a Helder Ricardo (2) e Augusto Ramos (2), com este último a le-

sionar-se e a ficar em dúvida para o derradeiro jogo da série, diante do Egipto.

Aí e perante um adversário que, à priori, seria o mais acessível de todos, Macau teve de “puxar dos galões asiáticos” para não ser surpreendido, até porque entrou praticamente a perder, permitindo dois golos em duas perdas de bola, nos dois primeiros minutos.

A selecção da RAEM entrou com um cinco diferen-te dos jogos anteriores (Leong Chak In, Nuno Antunes, Helder Ricardo, Alfredo Almeida e Dinísio da Luz), fa-zendo descansar no início jogadores influentes como Al-berto Lisboa e Augusto Ramos.

“Depois de ter sofrido aqueles dois golos logo a abrir, sem aqueles dois jogadores, sentados no banco a curar lesões, Macau assentou o seu jogo e ao intervalo já esta-va em vantagem por 3-2. Na segunda parte controlámos sempre o desafio, marcando pela certa e atingindo um resultado confortável. Até deu para fazer a estreia abso-luta dos juniores, Duarte Pinheiro Torres, Martin Cruz e o guarda-redes Cláudio Lameiras”, referiu o presidente da Associação de Patinagem.

Os golos foram da autoria de Alberto Lisboa (4), Hel-der Ricardo e Alfredo Almeida.

Fase eliminatória

Com este triunfo a selecção campeã da Ásia fechava o seu grupo no terceiro posto, à frente dos egípcios, que perderam todos os desafios, e atrás de Uruguai (segun-do) e Áustria (primeiro).

Segue-se a fase a eliminar quando todas as selecções estão à procura da subida ao Grupo A, objectivo que só se concretizará para os que ocuparem os três primeiros lugares da classificação final.

Os austríacos, que foram bafejados pela sorte, já que superaram Macau no prolongamento e o Uruguai nos penalties, ganharam assim o direito de ficarem isentos dos quartos-de-final, uma vez que, face ao escalonamen-to inicial do campeonato, caber-lhes-ia defrontar o quar-to do outro grupo.

No entanto, como a Costa Rica não compareceu, en-tão a Áustria está já nas meias-finais, aguardando pelo próximo adversário, que sairá do confronto entre o Uru-guai e a Holanda.

Nos restantes desafios dos “quartos”, todos reali-zados na última noite em Canelones, madrugada em Macau (aqui são mais dez horas do que no Uruguai), a formação da RAEM encontrava pela frente a poderosa equipa dos Estados Unidos, enquanto que a Inglaterra se batia com o Egipto.

Em termos de goleadores da selecção do território, os primeiros, antes do desafio com os Estados Unidos, eram Alberto Lisboa e Helder Ricardo, ambos com qua-tro, seguindo-se Augusto Ramos (2) e Alfredo Almeida, num conjunto de onze tentos apontados.

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ARQ

UIVO

RESULTADOS DA 1ª FASE DO MUNDIAL B

SÉRIE AEstados Unidos - Holanda 4-2Inglaterra - Estados Unidos 5-1Holanda - Inglaterra 1-5 SÉRIE BUruguai - Egipto 2-1Áustria - Egipto 6-1Uruguai - Macau 4-1Macau - Áustria 4-5(após prolongamento)Macau - Egipto 6-2Uruguai - Áustria 3-4(após prolongamento e penalties)

MACAU NO MUNDIAL B DE HÓQUEI EM PATINS

Má finalização,arbitragens e quebra físicana origem de resultados menos conseguidos

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | DESPORTO 15

TAÇA DA PORTUGAL

Duelo à vista entre “tigres” e “leões”O Sporting de Espinho, que milita no Campeonato Nacional de Seniores de futebol, vai tentar fazer história na Taça de Portugal e vencer o Sporting na partida disputada hoje da quarta eliminatória da competição

A ambição do histórico emblema de Espinho foi partilhada por Calica, treinador da equipa, que garantiu

que “a motivação está em alta no grupo de trabalho”. “É um jogo especial e de festa, ainda para mais contra o Sporting, uma equipa de Liga de Campeões, o que faz com que o plantel, a direcção e os adeptos estejam motivados. Vamos ten-tar um bom resultado e fazer história”, disse o técnico em declarações à Agência Lusa.

Calica reconheceu todo o favoritismo do Sporting, e, por isso, diz que “o Espi-nho sonha com os pés na terra”, mas ga-rantiu que “por mais mínima que seja a hipótese de vencer, a equipa vai-se agar-rar a ela”.

O treinador dos “tigres” encara a Taça de Portugal como uma competição extra, mas com benefícios importantes para o clube: “A nossa prioridade é sempre o campeonato, este jogo será bom para a projeção do clube e dos jogadores e para conseguirmos receitas importantes”.

A opinião é partilhada pelo capitão de equipa, Ricardo Correia, que fez qua-se toda a sua carreira ao serviço do em-blema espinhense. “Conheci os tempos áureos do Sporting de Espinho, e é bom mostrar que este clube começa a aparecer

de novo. Os jogadores querem esta opor-tunidade para mostrar à cidade e ao pais que este clube ainda não morreu”, garan-tiu o defesa-central.

Ricardo Correia garantiu que o gru-po encara o jogo “com pensamento na vitória”, deixando a receita para dobrar o adversário. “Sabemos que podemos fazer uma gracinha. São 11 de cada lado e o Sporting não tem super-heróis. Será difícil, mas com entreajuda e união va-mos mostrar que podemos dar uma ale-gria aos adeptos”, sublinhou o capitão de equipa.

Leão não é “tombado” há 11 anosContra o Sporting de Espinho, a his-

tória, o poderio e a dimensão dão favo-ritismo absoluto aos “leões” de Marco Silva. Do outro lado surgem os “tigres”, que estão no último lugar da Série C do Campeonato Nacional de Seniores, com 7 pontos em 10 partidas, mas que têm a motivação extra de defrontar o Sporting.

A formação verde-e-branca foi sur-preendida por um emblema de escalão inferior por quatro vezes: a primeira contra o Tirsense, na longínqua época de 1948/49 (2-1), a segunda em Barce-los, contra o Gil Vicente (3-2), 50 anos mais tarde, a terceira em 2002/03 contra

a Naval (0-1), e finalmente, a quarta vez na temporada seguinte, frente ao Vitória de Setúbal (0-1), que na altura militava na segunda liga.

O Sporting de Espinho recebe hoje o Sporting na partida que abre esta ronda

da Taça de Portugal. O Benfica é o outro “grande” ainda em prova, recebendo amanhã o Moreirense. Destaque ainda para o confronto entre o Vitória de Gui-marães e o Sporting de Braga, no domin-go.

Sporting eliminou o FC Porto na última ronda da taça

Ferrari oficializa saída de Alonso

A Ferrari oficializou ontem a saída do espanhol Fernando Alonso no final da presente temporada. “Após cinco anos, 1186 pontos, 44 pódios e 11 vitórias, Fernando Alonso deixará a Ferrari. Obrigado”, foi a mensagem publicada pela escudaria italiana nas redes sociais. Para o lugar do espanhol, a Ferrari deverá contratar o alemão Sebastien Vettel, enquanto Alonso tem sido associado à McLaren.

Com o título de construtores atribuído à Mer-cedes desde o Grande Prémio da Rússia, em Outubro, o teoricamente segundo piloto da

marca alemã, Nico Rosberg, venceu no Brasil - que-brando um ciclo de cinco vitórias consecutivas de Hamilton - e relançou as contas do Mundial de pi-lotos.

À entrada da 19ª e última do Mundial de F1, Ha-milton lidera a classificação, com 334 pontos, mais 17 do que Rosberg. No entanto, as regras deste ano - pela primeira vez - duplicam a pontuação da última corrida. Assim, uma vitória em Abu Dhabi vale 50 pontos e um segundo lugar 36 pontos. Isso significa que se Hamilton terminar em segundo lugar, é cam-peão independentemente da pontuação de Rosberg.

Já o alemão tem de ficar, obrigatoriamente, numa das cinco primeiras posições para ser campeão, mas está sempre dependente do desempenho de Hamil-ton.

Se Hamilton ficar fora dos pontos, Rosberg pode fazer até ao quinto lugar (se terminar a partir de sex-to, Hamilton é campeão). Caso o alemão fique em quarto lugar, então Hamilton terá de fazer os oito

pontos relativos à oitava posição; se Rosberg termi-nar em terceiro, Hamilton festeja caso fique pelo me-nos em sexto.

Mas se Nico Rosberg completar a corrida em se-gundo lugar, então o inglês terá de fazer um quinto lugar para celebrar o bicampeonato (juntando-o ao título de 2008, então na McLaren).

As estatísticas desta época estão do lado de Ha-milton: nas 18 corridas já disputadas, o inglês venceu 10 e terminou outras três em segundo lugar.

Por outro lado, Hamilton já abandonou em três

corridas (Austrália, Canadá e Bélgica) e no último GP, no Brasil, teve uma saída de pista - quando se-guia em segundo lugar, em perseguição de Rosberg - que lhe poderia ter custado a continuidade em prova e a actual liderança no Mundial.

No GP do Brasil, Rosberg começou a construir a vitória na qualificação - quando conseguiu a “pole--position”, a sua 10ª da temporada (contra sete de Hamilton). Num circuito como o Yas Marina, no Abu Dhabi, em que as ultrapassagens não são fáceis e a estratégia de corrida é fundamental, uma boa quali-ficação pode ser ainda mais decisiva.

Na corrida do ano passado (ainda que com carros completamente diferentes dos deste ano), Rosberg foi mais rápido do que Hamilton na qualificação (ao conseguir um terceiro lugar, atrás dos Red Bull) e manteve essa performance em corrida, terminando no pódio. Hamilton ficou logo a seguir. Se a corri-da terminasse como no ano passado, Hamilton seria campeão.

O duelo Hamilton-Rosberg é o principal ponto de interesse do Abu Dhabi, mas a corrida do Mé-dio Oriente - que se disputa entre o dia e a noite, já que começa às 17:00 horas locais (20:00 em Macau) - ainda poderá aquecer a luta pelo quarto lugar no Mundial de pilotos, sendo que o terceiro lugar já está atribuído ao australiano Daniel Ricciardo (Red Bull).

Sebastien Vettel (Red Bull), Fernando Alonso (Ferrari) e Valteri Bottas (Williams-Mercedes) estão separados por apenas três pontos (159, 157 e 156 res-pectivamente). Por outro lado, será no circuito de Yas Marina que se decidirá que equipa - Williams ou Ferrari - fica em terceiro nos construtores (atrás de Mercedes e Red Bull).

JTM/Lusa

FÓRMULA UM

Hamilton a um segundo lugar da glóriaO título de Fórmula 1 2014 decide-se na última prova da temporada, em Abu Dhabi, uma corrida com pontuação a dobrar, na qual o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) só precisa de ficar em segundo para se sagrar bicampeão

Rosberg poderá ainda ultrapassar Hamilton na classificação final

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201416 JTM | ACTUAL

CHINA - IO Governo chinês divulgou ontem pela pri-meira vez as suas reservas de petróleo, que totalizam 91 milhões de barris (12,43 milhões de toneladas) de crude. O Departamento Na-cional de Estatísticas salienta que os barris es-tão armazenados em quatro depósitos distri-buídos por várias zonas da China, no âmbito da primeira fase da sua reserva estratégica.

CHINA – IISeis enfermeiras e um segurança morreram ontem e outra enfermeira ficou gravemen-te ferida, após terem sido apunhalados num hospital de Beidaihe, no norte da China, em mais um caso de violência em centros médi-cos. Segundo a agência Xinhua, o caso acon-teceu quando as enfermeiras e o segurança se encontravam no dormitório dos funcioná-rios do hospital, sendo que um suspeito já foi detido. Segundo a Associação de Hospitais da China, 96% dos trabalhadores foram alvo de violência verbal em 2012 e 63,7% de violência física.

JAPÃOUm terramoto de magnitude 5,3 graus na es-cala aberta de Richter sacudiu ontem a prefei-tura de Fukushima, onde está localizada a aci-dentada central nuclear atingida pelo sismo e tsunami de Março de 2011. A agência me-teorológica japonesa não activou qualquer alerta de tsunami e a proprietária da central de Fukushima não revelou quaisquer anoma-lias nem alterações de leitura nos níveis de radiação na central nem nos seus arredores, segundo a cadeia NHK.

COREIA DO NORTEA Coreia do Norte ameaçou realizar um novo teste nuclear em resposta a uma resolução da ONU que apela ao Tribunal Penal Internacio-nal que julgue o país por “crimes contra a hu-manidade”. O regime de Kim Jong-un consi-dera que a resolução é um “acto de agressão” dos EUA” que não permite ao país “abster-se de realizar um novo ensaio nuclear”, avisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Co-reia do Norte.

COREIA DO SULO director executivo da empresa que opera-va o ferry sul-coreano Sewol, que naufragou em Abril causando a morte de mais de 300 pessoas, foi condenado a 10 anos de prisão por homicídio involuntário. O tribunal de Gwangju determinou que Kim Han-Sik, CEO da Chonghaejin Marine Co., permitiu que o ferry transportasse regularmente carga em excesso e aprovou remodelações ilegais para aumentar a capacidade para passageiros.

MYANMARPelo menos 22 rebeldes do braço armado da Organização para a Independência de Kachin morreram num ataque com artilharia pesada liderado pelo exército de Myanmar. Outros 15 rebeldes também ficaram feridos, confirmou o comandante dos kachin ao jornal The Irra-waddy.

UCRÂNIAA ONU disse ontem que os grupos separatis-tas da Ucrânia estão a cometer graves viola-ções dos direitos humanos no leste do país, e que a “natureza sistemática e generalizada” dos abusos os equiparam a crimes contra a Humanidade. Os crimes incluem “torturas, detenções arbitrárias, desaparições força-das, execuções sumárias, trabalho forçado e violência sexual, assim como a destruição e ocupação ilegal da propriedade”, refere um relatório das Nações Unidas.

VOLTA AOMUND

JAPÃO

Criminalizada “vingança porno”O Japão deu um passo pioneiro, ao aprovar a criminalização da “vingança porno”, fenómeno crescente nos telemóveis e redes sociais

A jornalista veterana Gao Yu, uma das mais respeita-das na China, responde hoje, em tribunal, por acu-sações de revelação de “segredos de Estado”, crimes

que nega ter cometido.Em declarações à EFE, o advogado de Gao explicou que,

se a jornalista for declarada culpada, pode enfrentar uma pena de prisão entre cinco e 15 anos.

“Não sei o que a acusação tem preparado”, disse Mo Shaoping, que alertou para o facto de Gao, com 70 anos, não se encontrar bem de saúde, sofrendo de problemas de cora-ção e de hipertensão.

Esta não é a primeira vez que a jornalista veterana en-frenta a Justiça devido a trabalhos de cariz político. Em 1993 foi condenada a seis anos de prisão pelas mesmas acusações que agora enfrenta, e passou 15 meses presa por ter apoiado os protestos pró-democráticos de Tiananmen, em 1989.

Gao Yu é suspeita de ter obtido ilegalmente um docu-mento altamente confidencial e de enviar uma cópia por correio electrónico a um website no exterior da China, em Junho passado.

Segundo as agências France Presse e EFE, a jornalista es-creveu sobre o chamado “documento 9”, uma comunicação interna do Partido Comunista Chinês defendendo uma dura repressão sobre dissidentes e alertando para os “perigos” da democracia multipartidária.

Uma cópia completa do documento foi publicada em Hong Kong em Agosto.

Tribunal reabre caso de adolescente executadoNoutro caso também do foro da justiça, um tribunal do

norte da China reabriu ontem o processo de um adolescente executado há quase 20 anos por violação e homicídio, numa rara reavaliação de uma possível condenação errada.

O jovem de 18 anos, de apelido Hugjiltu, foi declarado culpado e condenado à morte na Mongólia Interior em 1996, mas o veredicto foi ensombrado por dúvidas depois de ou-tro homem ter confessado o crime em 2005.

CHINA

Veterana do jornalismo acusada de revelar “segredos de Estado”Uma das jornalistas mais conhecidas da China arrisca uma pena de prisão entre 5 e 15 anos no âmbito de um processo em que é acusada de revelar “segredos de Estado”

O Parlamento do Japão aprovou uma proposta de lei que vai pu-nir com prisão e multas quem

difundir a chamada “vingança porno”, ou seja quando ocorrer a divulgação de imagens explícitas de conteúdo sexual de algum desafecto.

O Japão converte-se assim no pri-meiro país a aprovar um diploma legal punitivo desse fenómeno, sublinha a agência EFE ao notar que, além do país asiático, apenas alguns estados dos EUA possuem leis para reprimir tais acções.

A legislação, aprovada pela Câmara dos Conselheiros, a câmara alta do par-lamento, impõe penas de prisão de até três anos e multas de até 500 mil ienes

(cerca de 34 mil patacas) para quem di-fundir esse tipo de conteúdo.

Por outro lado, quem distribuir ma-terial para que terceiros divulguem na internet também será punido com pe-nas que podem variar entre uma multa máxima de 300 mil ienes (cerca de 20 mil patacas) e um ano de prisão.

A “vingança porno” consiste em difundir na internet, muitas vezes em sites criados especificamente para esse efeito, fotografias e vídeos com con-teúdo sexual de algum desafecto, nor-malmente sobre alguém com quem a pessoa em questão manteve um rela-cionamento.

De acordo com a agência noticiosa espanhola, a nova legislação também

força os servidores de internet a elimi-nar, no prazo de dois dias, os conteú-dos, após as empresas confirmarem que são imagens dessa natureza.

No ano passado, uma estudante de ensino secundário foi assassinada em Tóquio pelo ex-namorado, que tinha divulgado fotos da jovem nua na inter-net, num caso que teve grande reper-cussão na sociedade japonesa.

No ano passado, a polícia nipónica registou mais de 300 casos de “vingan-ça porno” envolvendo vítimas maiores de 18 anos (mais 34% do que em 2012). A polícia considera que a disseminação de “smartphones” teve um papel im-portante no aumento das ocorrências deste tipo de crime.

Investigado dirigente de Hebei

Liang Bin, dirigente da província chinesa de Hebei, no norte do país, encontra-se sob investigação por “graves violações da lei e disciplina”, disse a Comissão Disciplinar do Partido Comunista, citada pela agência Xinhua. Liang lidera o departamento organizacional do Comité Provincial de Hebei e é membro do Comité Permanente do PCC. Habitualmente, a referência a “graves violações da lei e disciplina” significa investigações sobre corrupção.

Há quase uma década que a família de Hugjiltu tenta pro-var a sua inocência. Ontem, o Tribunal Popular de Hohhot começou oficialmente a julgar novamente o caso, de acordo com a agência Xinhua. “Quaisquer erros no veredicto ante-rior, se é que houve algum, têm de ser analisados”, disse o presidente do tribunal no início deste mês, citado pela Xi-nhua.

As autoridades chinesas lançam regularmente duras campanhas anticrime, durante as quais muitos suspeitos são julgados rapidamente e recebem pesadas penas. No caso de Hugjiltu, o interrogatório durou 48 horas, ao fim das quais o adolescente confessou ter violado a estrangulado uma mu-lher na casa de banho de uma fábrica de têxteis, de acordo com relatos do jornal “China Daily”. O jovem foi executado 61 dias após a morte da mulher, porém, em 2005, a polícia de-teve Zhao Zhihong, que confessou ter violado e assassinado 10 mulheres, incluindo a vítima da fábrica de têxteis.

Vários casos de condenações injustas têm gerado indig-nação no país. No ano passado, um homem que cumpriu 17 anos de prisão pelo homicídio da sua mulher foi declarado inocente por um tribunal de recurso na província de Anhui.

Meses antes, dois homens que tinham sido condenados à morte e prisão perpétua em 2004, pela violação de uma rapa-riga de 17 anos, foram também absolvidos.

JTM com Lusa

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | ACTUAL 17

PORTUGAL

José Luciano Oliveira desmente ligação na rede dos vistos GoldEm entrevista ao matutino português “i”, o assessor jurídico da RAEM, José Luciano de Oliveira, desmente qualquer colaboração na rede de vistos Gold e afirma-se “magoadíssimo” pelas notícias que associam o seu trabalho em Macau ao esquema dos vistos dourados. Homem solidário diz que a sua amizade com Figueiredo está agora “reforçada”, “independentemente das censuras que possa fazer se vier a provar-se alguma coisa”. Pelo seu interesse público o Jornal Tribuna de Macau apresenta extractos da entrevista

Cerca de 2,5 milhões de crianças americanas não tinham casas para viver em determinados mo-

mentos de 2013, revela o relatório “Os marginalizados mais jovens dos Esta-dos Unidos”, publicado pelo Centro Nacional de Famílias Desamparadas.

O número baseia-se nos últimos dados do Departamento de Educação, organismo que calcula que 1,3 milhões de alunos de escolas públicas não têm casa, bem como nas estimativas sobre o número de crianças sem lar em idade pré-escolar.

“A falta de habitação entre as crian-ças alcançou proporções epidémicas. Há crianças sem casa esta noite em cada cidade, condado e estado, em cada can-tinho do país”, alertou Carmela DeCan-dia, co-autora do estudo e directora do Centro Nacional de Famílias Desampa-radas, citada pela agência EFE.

Embora reconhecendo que o gover-

no federal avançou na redução da fal-ta de tecto para veteranos de guerra e adultos, DeCandia alertou que a falta de lares para crianças subiu 8% entre

2012 e 2013.“Não foi dado o mesmo nível de aten-

ção e de recursos para ajudar as famílias e as crianças. Como sociedade, vamos pa-

gar um alto preço em termos humanos e económicos”, acrescentou a directora.

O relatório adverte que esta situação afecta a saúde das crianças de manei-ra drástica. Mais de 25% das crianças em idade pré-escolar que não têm casa sofrem de problemas mentais e neces-sitam de atendimento médico, número que aumenta para 40% no caso de me-nores em idade escolar. Muitos crianças lutam para ir à escola, perdem muitas aulas, repetem anos e acabam por aban-donar os estudos.

“Viver em abrigos, porões de vi-zinhos, carros, ‘campings’ e lugares piores faz com que as crianças sem lar sejam as pessoas mais invisíveis e es-quecidas de nossa sociedade”, conti-nuou Decandia.

“Sem uma acção decisiva imediata, o objectivo de pôr fim à falta de habi-tação na infância até 2020 estará breve-mente fora do nosso alcance”, avisou.

ESTADOS UNIDOS

2,5 milhões de crianças sem casa nos EUAUma em cada 30 crianças nos Estados Unidos não tem lar, número que traduz um recorde histórico devido à alta taxa de pobreza no país, associada aos elevados preços dos imóveis e ao impacto da violência doméstica

A sua amizade com António Figueiredo vem de longe?

-Vem dos tempos da faculdade. Tem qua-se 40 anos. Nós casámos todos muito novos. Tenho uma relação muito íntima.

-É padrinho de baptismo de Ana Luísa Figueire-do, filha de António Figueiredo.

-Foi uma menina criada connosco, nós só tivemos filhos dez anos depois do casamento. Repare, éramos dois casais muitos jovens, vivíamos no mesmo bairro em Coimbra, os apartamentos eram quase contíguos. É uma relação muito profunda, que, posso-lhe dizer, talvez seja hoje mais forte ainda, independentemente da tristeza que me invade. A minha amizade e solida-riedade para com ele está reforçada e tem de estar. Só assim eu compreendo a amizade. Independentemen-te das censuras que possa fazer, se realmente vier a provar-se alguma coisa. Mas fá-las-ei a ele próprio.

-Já falou com ele desde que o processo foi co-nhecido?

-Não, não falei. Estive com ele nas férias. Agora vou muito raramente a Portugal, só duas, três vezes por ano. Em Junho estive aí num round por causa da cooperação das forças de segurança de Macau com as forças de segurança portuguesas. Passámos um fim--de-semana juntos e eu apercebi-me de que ele estava de facto muito ansioso e vim a saber então que havia uma investigação pendente. Percebi que ele estava bastante perturbado com isso, falámos vagamente, foi um assunto em que não me quis meter muito.

-Foram colegas de escritório de advogados...-De facto fomos colegas de escritório, essa relação

acabou quando ele entrou para os serviços de registo e notariado. Eu ainda fiquei um tempo mais. Deixá-mos de ser sócios em 1989, sem margem de erro. Mas penso que pode ter sido antes. Isso é que me magoou

bastante. Eu sei que as notícias partiram de Coimbra, de um blogue de um jornal regional, de pessoas que tinham obrigação de saber que a nossa relação pro-fissional acabou nessa altura, por razões meramente profissionais. Continuámos sempre muito amigos e assim foi pela vida. O António Luís é uma pessoa ex-tremamente disponível e provavelmente estará a ser também vítima disso, eventualmente poderá ter tido algum deslize. Ele é uma pessoa completamente dis-ponível, muito competente, muito ágil, um óptimo relações públicas. Eu estou magoadíssimo com isto tudo, ansioso por sair deste pesadelo.

(...)-Fez algum contacto com o governo chinês a pro-

pósito dos vistos gold?-Rigorosamente nenhum, rigorosamente ne-

nhum. Não conheço uma única pessoa de Macau que tenha adquirido qualquer imóvel em Portugal. Houve uma ou outra pessoa que me perguntou, porque tinham amigos que gostariam de adquirir imóveis, mas eu confesso que desaconselhei. Havia pessoas que encaravam a perspectiva de ir passar férias a Portugal e eu desaconselhei! Disse-lhes: vo-cês têm aqui sítios muito mais perto e muito mais agradáveis! Não terei sido um bom patriota, mas desaconselhei-os! Não conheço ninguém, mas nin-guém, que tenha comprado casa em Portugal! E tenho de fazer essa justiça: nunca o António Luís Figueiredo me abordou para qualquer tipo de agen-ciamento. Sei que há escritórios de advogados em Macau que fazem esse trabalho, e fazem-no legiti-mamente. Canalizam pessoas. Mas penso que não são pessoas de Macau, penso são pessoas do interior da China. E digo mais: não conheço nenhum funcio-nário público de Macau que tenha essa capacidade de agenciar seja quem for.

-Nunca tinha então ouvido falar dos sócios da empresa da sua afilhada [Ana Figueiredo, filha de António Figueiredo, também detida]?

-Sabia que havia um senhor Zu, chinês. Vi-o no casamento da Ana Luísa, mas nunca ouvi falar nele. De facto, achei interessante estar lá um senhor chi-nês, amigo da Ana Luísa. Não sei como essa amiza-de surgiu, não faço a mínima ideia, nem nunca per-guntei. Eu fico sempre muito distante. O António Luís é de facto uma pessoa que teve sempre muita propensão para o negócio. Eu nunca tive a mínima propensão para isso. Os únicos negócios que fiz na minha vida foram duas casas que comprei e uma delas foi comprada em partilhas. E ainda estou a pa-gar as duas ao banco. E foram casas de valor media-no, uma em Coimbra e outra em Mira. É o pequeno luxo que eu tenho, uma casinha pequenina na praia.

(..)-Uma pessoa sai do SIS e o SIS nunca sai de uma

pessoa?-Infelizmente sim. Foi uma passagem que me

marcou muito por várias razões. Muito da minha situação aí mantém-se porque eu não posso falar, contrapor, expor as minhas razões. Tenho grandes mágoas, sou uma pessoa absolutamente impoluta e proba. Passei um mau bocado e fui maltratado. Fi-quei completamente surpreendido quer com o Antó-nio Luís Figueiredo quer com o Dr. Manuel Palos. O António Luís Figueiredo tem um serviço exemplar, deu um avanço na modernização administrativa que dificilmente haverá no mundo coisa igual. Estou com o coração nas mãos e o meu desejo é que nada disto venha a provar-se. Sempre vi as melhores referências ao Dr. Manuel Palos, a pessoa mais honesta deste mundo. Conheço-o, mas não tenho com ele uma re-lação de amizade.

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S3 Before I Go To Sleep - 14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

TORRE DE MACAUInterstellar - 14:30 • 17:30 • 20.30

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THEATER VÁRIOSFury - 15:30 • 17:30 • 18:15 • 19:35 • 20:40 • 21:00 • 22:15

THEATER VÁRIOSThe Giver- 13:15 • 13:45 • 21:20

THEATER VÁRIOSDracula Untold- 15:10 • 16:10

THEATER VÁRIOSLet’s Be Cops - 13:30 • 16:15• 17:00 • 19:00 • 20:15

THEATER VÁRIOSGone Girl- 13:15 • 16:15 • 20:20

THEATER VÁRIOSSifu vs Vampires- 14:50 • 16:40 • 23:30

THEATER VÁRIOSZombie Fight Club- 15:40 • 18:30 • 20:00

THEATER 8Genesis- 23:40

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | OPINIÃO 19

Timor-Leste é um pequeno país no meio de dois gigantes- a Austrá-lia e a Indonésia. A geografia ra-

ramente muda e Timor terá sempre que viver com estes dois gigantes. Os vizi-nhos não se escolhem. Mas há um pe-queno país Europeu à beira mar plan-tado que está ligado a Timor há cinco séculos e que marcou e moldou a cul-tura e identidade de Timor-Leste, para bem ou para mal.

As fronteiras de Timor-Leste, a reli-gião Católica e até a maior língua nativa o Tetu foram forjados por Portugal. Du-rante os 24 anos de luta heróica contra a ocupação Indonésia, o povo Português demonstrou uma solidariedade enorme para com o povo de Timor-Leste.

Quando o pequeno país se libertou do jugo da ocupação Indonésia, em Ou-tubro de 1999, Portugal respondeu com energia e emoção dando tudo o que ti-nha e não tinha para ajudar a reconstru-ção da jovem nação nascida das cinzas.

Entre 2000 e 2006, Portugal deu a Ti-mor-Leste 600 milhões de Euros em aju-da. Só a Austrália ofereceu mais, tendo dado 750 milhões. Mas se tomarmos em consideração o facto de que a economia Australiana é três vezes maior que a economia Portuguesa, Portugal deu a Timor o dobro da ajuda que a Austrália deu. Não houve país neste mundo que mais ajudou Timor.

Portugal ajudou Timor de forma de-sinteressada. O que ganhou Portugal em troca? O petróleo está nas mãos de companhias australianas e americanas, os grandes contratos de infra-estrutu-ras foram dados a companhias indoné-sias cuja qualidade é muito duvidosa.

Mas Portugal nunca se queixou de tal situação pois o seu apoio a Timor era e é motivado por razões históricas e culturais. Para Portugal a recompen-sa do seu esforço foi limpar um certo sentimento de culpa pela forma como deixou Timor em 1975 e ver a cultura lusa florescer em terras do Oriente. São poucos os povos que se contentam com tão pouco.

Do lado Timorense a maioria reco-nhece a amizade de Portugal, assesso-res e conselheiros Portugueses estão em lugares chave que são negados a outros estrangeiros.

O Terceiro Vizinho de Timor-LesteUM ARTIGO

Loro Horta*/Exclusivo para o JTM

Em Maio um amigo meu brasileiro Professor na Fundação Getulio Vargas visitou Timor-Leste. Disse-me que es-tava surpreendido com o número de assessores Portugueses em posições chave como o gabinete do Primeiro Mi-nistro, Presidência da República, Parla-mento Nacional, polícia, forças arma-das. Disse-me que na África lusófona isso seria impensável.

As relações entre Timor e Portugal sempre foram muito diferentes das rela-ções de Portugal com África. Em Timor nunca houve uma luta de independên-cia contra Portugal e o primeiro partido político timorense fundado a 10 de Maio de 1974 - a UDT - defendia um período de 10 anos de autonomia com Portugal e só depois a independência. Durante 500 anos de colonização nunca houve mais de 600 Portugueses a viverem no territó-rio. Esta leve pegada Portuguesa levou o historiador Geoffrey Gunn a descrever Timor como um protectorado português e não como uma colónia.

As relações pessoais entre os pais fundadores de Timor-Leste, Xanana, Ramos Horta, Mari Alkatiri e Taur Matan Ruak e a liderança Portuguesa sempre foram muito próximas e mes-mo de amizade pessoal. Vários líderes Timorenses incluindo Xanana Gusmão e Ramos Horta têm origem Portuguesa. Portugal não tem uma relação tão ínti-ma com nenhuma das suas ex-colónias.

Estes factores fazem de Portugal o terceiro vizinho que Timor tanto pre-cisa. Não partilhamos fronteiras físicas mas somos vizinhos em tantas outras coisas. Portugal, devido à distância, tamanho e temperamento não é nem nunca será uma ameaça a Timor-Leste. Timor tem que continuar a nutrir as li-gações com o seu terceiro vizinho.

Não há relações sem tensões, e bri-gas entre irmãos acontecem. A expulsão dos juízes portugueses de Timor foi um acto levado pela emoção. Mas todos nós que herdamos o sangue e cultura Lusitana, herdamos uma grande dose

de emoção e sangue quente. Talvez seja por sermos tão parecidos e nos conhe-cermos tão bem que às vezes reagimos com emoção. Episódios destes e piores já ocorreram entre Portugal e outros países lusófonos. Mas nunca houve esta emoção. Isto deve-se ao facto da relação única que Portugal tem com Timor.

É verdade que à medida que Timor amadurece como nação e as gerações de Portugueses e Timorenses que lutaram juntamente para a libertação de Timor vão deixando o palco, estes laços se vão quebrando. É óbvio que futuras gera-ções não terão a mesma relação e atitu-de no tocante às relações luso-timoren-ses. Mas se houver força de vontade e respeito mútuo os laços luso-timorenses irão continuar a ser especiais.

Timor e Portugal são vizinhos. Por-tugal sempre esteve ao lado de Timor nas alturas mais difíceis. Quantas vezes tinha Díli ardido se não fosse a GNR a intervir enquanto os Australianos olha-vam?

Há-de haver sempre alguns desacor-dos, mesmo entre irmãos. Mas meca-nismos para minimizar estes incidentes

podem ser facilmente criados. Portugal tem de aprender a lidar com um Timor--Leste independente e confiante que quer afirmar a sua independência. É bom que haja esta emoção entre os nos-sos dois povos, espero que dure muitos anos. Mesmo que às vezes a emoção la-tina leve a decisões repentinas.

Timor em 12 anos de independên-cia subiu mais de 30 lugares na escala de desenvolvimento humano da ONU tendo saído da lista dos 60 países mais pobres do mundo. Timor-Leste tem muitas razões para ter orgulho. Mas Ti-mor não deve esquecer os seus amigos. Como nos lembra o cantor Brasileiro Chico Buarque

Mas não sê tão ingrata!Não esquece quem te amouE em tua densa mataSe perdeu e se encontrou

* O Professor Loro Horta é conselheiro da Embaixada de Timor-Leste na República

Popular da China. Há mais de uma década que tem assinado imensos artigos sobre

Timor-Leste.

As relações pessoais entre os pais fundadores de Timor-Leste, Xanana, Ramos Horta, Mari Alkatiri e Taur Matan Ruak e a liderança Portuguesa sempre foram muito próximas e mesmo de amizade pes-soal. Vários líderes Timorenses incluindo Xanana Gusmão e Ramos Horta têm origem Portuguesa.

(...) Estes factores fazem de Portugal o terceiro vizinho que Timor tanto precisa. Não partilhamos

fronteiras físicas mas somos vizinhos em tantas ou-tras coisas. Portugal, devido à distância, tamanho e temperamento não é nem nunca será uma ameaça a Timor-Leste. Timor tem que continuar a nutrir as

ligações com o seu terceiro vizinho.

Cristiano contra o outro em meio roundHavia um site onde se podia escolher o me-

lhor jogador em campo. Ora um minuto an-tes de começar eu já sabia quem era o me-

lhor. E não por nacionalismo cego, pelo contrário, até.

Logo na troca de galhardetes, antipatizei com o pequenino de ar tão português, olhar fugidio; já do outro, soberbo como um porteño dançador de tan-gos, gostei. Só depois é que vi que este era o Cris-tiano Ronaldo e aquele, o tal Messi. Isto para dizer que a minha escolha é isenta.

Começou então o jogo, Cristiano alinhando com o estádio e Messi com a equipa da Argentina. Pode-rá dizer-se que o nosso era favorecido pelo número, mas nas regras deste desporto só contam as pessoas

no relvado. E aí, com todo o respeito pelos nossos, é outra coisa ter Pastore, Higuaín e Di María por acólitos.

Deixem-me ainda dizer outra coisa, que de teo-rias da conspiração sei eu: o principal apoiante de Messi era o seu guarda- redes. Repararam no ar-

UM PONTO É TUDOFerreira Fernandes

gentino Guzmán? Uma atrapalhação com os pés de cada vez que tinha de despachar a bola.

Isso não vos diz nada? É que este ano a Bola de Ouro não será para Messi, fez um ano vulgar. O ver-dadeiro adversário do nosso Cristiano é o alemão Neuer, que revolucionou a forma de os guarda-re-des jogarem com os pés: lá está, o de olhar fugidio pôs o seu Guzmán a demonstrar, com erros, como o Neuer é tão bom...

Enfim, o duelo eterno (eternidade, anteontem foi de 45 minutos) está viciado.

Para a Bola de Ouro só devia votar gente desin-teressada como eu.

JTM/DN

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201420 JTM | OPINIÃO

1. Amigos e conhecidos que par-ticiparam no Grande Prémio de Macau deste ano, levaram com

eles uma impressão extremamente negativa dos táxis do território.

Ou, pura e simplesmente, não pa-ravam quando era requerido o seu serviço ou pediam preços absoluta-mente exorbitantes e escandalosos.

O que a população local bem co-nhece, tornou-se a realidade e pesade-lo de alguns dos nossos visitantes que estiveram presentes no maior cartaz turístico do território.

É essa a imagem que que se quer passar lá para fora? Por que razão as autoridades não actuam em confor-midade e proíbem os taxistas de se comportarem da forma como se com-portam?

Foram anunciadas medidas de maior controlo e vigilância mas nada muda a forma de actuação dos taxis-tas de Macau. Se, no campo do imobi-liário, sabemos porque o governo não actua, em relação aos taxistas o misté-rio persiste face ao deixar andar por parte de quem de direito.

Fazem o que querem e o que bem lhes apetece, perante os braços cru-zados dos governantes que não per-cebem que o que está em causa é a imagem de uma cidade internacional como Macau, a maior Meca do jogo e onde seria suposto os taxistas oferece-rem um serviço de qualidade, acima de qualquer suspeita.

É que este comportamento já dei-

A monte e sem regrasUM OUTRO OLHAR

Jorge Silva*

xou de ocorrer, apenas, nos dias de tufão. Acontece, diariamente, nas bar-bas das autoridades e da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, um serviço inútil, que se demitiu, há muito, de desempenhar as funções para as quais foi criado.

Uma delas, exactamente, colocar ordem no serviço prestado pelos tá-xis, uma nódoa negra na paisagem deste território.

2 . A abertura das fronteiras da RAEM com o Continente, através do prolongamento de horários

ou da passagem, localizada, 24 horas por dia, irá permitir um fluxo maior de turistas e visitantes.

Entende, no entanto, o governo que servirá o novo sistema para ali-viar a pressão sobre as rendas de casa escandalosas aqui praticadas, dado que poderá aumentar o número de re-sidentes locais a viver do outro lado da fronteira!

Isto é, reconhece o executivo que o preço das casas é proibitivo, para o que muito contribui a inacção do go-verno, e a solução é migrarmos todos para Zhuhai ou Ilha da Montanha.

Isto é, em vez de resolver inter-namente algo que o próprio governo reconhece que é disfuncional, a suges-tão é a debandada geral para o Con-tinente.

Um executivo que legisla, e muito bem, sobre tudo ou quase tudo, esta-belecendo proibições de todo o tipo desde o consumo do tabaco aos con-tratos laborais para a mão-de-obra

estrangeira, não quer intervir no imo-biliário e nos táxis, porque receia en-frentar a teia de interesses em que está envolvido ou que, activamente, ajuda a cultivar.

Quem fica a perder com tudo isto é a população, convidada a partir para outros destinos, e a qualidade de vida do território.

* Jornalista

Um executivo que legisla, e muito bem, sobre tudo ou quase tudo, estabele-

cendo proibições de todo o tipo desde o consumo do tabaco aos contratos

laborais para a mão-de-obra estrangei-ra, não quer intervir no imobiliário e

nos táxis, porque receia enfrentar a teia de interesses em que está envolvido ou

que, activamente, ajuda a cultivar

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | OPINIÃO 21

Dito

(...) “Não é uma realidade tão remota esta, de nos sujeitarmos a viver em condições sub-humanas. Ontem fo-ram eles, amanhã poderemos ser nós, nesta cidade cruel que nos obriga a todos a filipinizarmo-nos um pouco todo os dias, porque o mercado cruel e anarquizado do imobiliário assim nos obriga” (...)

• • • HÁ 20 ANOS

In “Jornal de Macau”e “Tribuna de Macau”

21/11/1994

PAULO MENDO GOSTOU DO QUE VIU EM MACAUO ministro da Saúde Paulo Mendo, esteve, como se sabe, recentemente em Macau. E gostou, de facto, do que viu, avaliar pelo que diz num artigo que escreveu para o “Jornal de Notí-cias”. Desse artigo, com a devida vé-nia, respigamos, por nos parecer de interesse para os nossos leitores. Paulo Mendo inicia assim o seu artigo: “Fui a semana passada a Macau. Dezasseis horas de viagem – Lisboa-Londres, Londres-Hong Kong, e Hong Kong--Macau- foram a única coisa cansati-va. Tudo o resto foi uma bela surpresa. E se Hong Kong é uma magnífica des-mesura, uma floresta de arranha-céus, passagens aéreas, túneis e multidões de carros em corrida desenfreada, (...), Macau é uma bela e serena cida-de, onde os arranha-céus, a floresta publicitária das luzes ainda não des-truíram uma certa doçura de vida, um tráfego mais calmo, uma serenidade e uma simpatia de comportamentos que me surpreenderam”. Numa outra passagem do seu texto, afirma o mi-nistro da Saúde: “Escusamos de pen-sar que os grandes parques naturais, as casas pequenas e disseminadas nas colinas, os grandes espaços livres pos-sam ser opção em territórios sujeitos a tão grande pressão demográfica e a tal crescimento económico. Aqui, obrigatoriamente, vai reinar o betão, a conquista do mar, a natureza domi-nada e transformada. É inevitável que Macau não pode ser visto com olhos de ecologista rural que procura a liga-ção da casa, da vida e da natureza”. E completando este raciocínio, escre-veu Paulo Mendo: “Parece já ter sido assim, mas agora explodiu, está em plena explosão, o que inevitavelmente tinha que levar, não a uma adaptação à natureza envolvente, mas ao seu do-mínio”. Mais adiante diz o ministro: “Cidade limpa e próspera, onde nada falta, que alberga cerca de quatro-centos mil habitantes. Dos quais uns escassos milhares de portugueses da República”. Cidade que tem genera-lizados cuidados públicos de saúde, que fui visitar demoradamente, cons-tituídos por um belíssimo hospital, o Centro Hospitalar de S. Januário”. “Em resumo, Macau dispõe de servi-ços de saúde de alto nível, que prote-gem o cidadão contra a doença e dele tratam sempre que necessário com os meios mais modernos e de forma in-teiramente gratuita para os estratos populacionais de risco”.

Cláudia Aranda, in “Ponto Final”

12 anos depois, que progressos e retrocessos tivemos?

OS DESATINADOSAlbano Martins*

Tenho vindo a escrever de forma regular desde o início dos anos 90. Ou seja, ando nestas lides de

contar aquilo a que os economistas chamam de movimentos conjuntu-rais há 24 anos. E conto outros “fait divers” que a gente nem sempre tem pachorra para dar aos números. Mas quando me dou a esse luxo, comparo de vez em quando situações econó-micas e tento perceber onde se encon-tram os avanços e onde continuamos entupidos à procura de saídas que tar-dam em dar à luz.

Resolvi hoje mostrar-vos como era Macau, claro um Macau em poucas palavras, no início da liberalização do jogo, em finais de 2002.

Na altura, curiosamente, e curio-samente porque continuo a achar que as gentes locais continuam paradas no tempo, chamei ao artigo escrito nestas páginas, “Os naives do burgo”.

Vejam que semelhanças e diferen-ças encontram com o Macau de hoje. Mas eu vou dando uma ajudinha.

“Três anos depois [do retorno de Macau à Mãe-Pátria], a radiografia da saúde da RAEM tem vindo a passar, de uma forma genérica, nos testes, en-contrado que parece estar o caminho a seguir no futuro [o jogo, claro, sem-pre ele!]. É preciso, agora, o Executivo continuar a tentar encontrar soluções para os problemas que continuam a afectar e afligir alguns dos seus ‘ór-gãos’ que se encontram longe dos be-nefícios que a actividade do Jogo tem vindo a trazer para a RAEM [claro, a restante economia, questão ainda hoje por resolver]. Os problemas, hoje, têm a ver com a falta de um crescimen-to sustentado [que aconteceu com a abertura do jogo a novos operadores, mas só com o Jogo] e generalizado, logo desequilibrado [como hoje], com a existência de um desemprego cróni-co [que desapareceu com a abertura do jogo], essencialmente, mas não só, por falta de qualificação da mão-de--obra [como hoje], com a dependência e concentração exagerada das expor-tações no sector têxtil [morreu com o acabar do chapéu de chuva das quo-tas] com a falta de uma diversificação [industrial na altura e hoje terciária]

e da qualidade dos produtos e inter-ventores turísticos [problema que se mantém] e com alguma incapacidade do sector público em actuar e intervir de forma mais pragmática (regulado-ra e fiscalizadora) e, sobretudo, menos burocrática junto da economia e dos seus operadores [exactamente como hoje, que essa malta não aprendeu nem quer aprender].

A aposta do Chefe do Executivo na liberalização do Jogo é, de longe, a de-cisão mais importante que o governo local terá tomado ao longo destes três anos [e até hoje]. Mas a forma como foi lançado constituiu um risco, des-necessário, para a economia local e para as receitas públicas. Se a STDM (através da SJM) não tivesse obtido uma licença, estaríamos ainda hoje à espera dos novos operadores, com a corda na garganta e com todos os in-vestimentos públicos paralizados por falta de fundos [viram o peso impor-tante da SJM até aos dias de hoje, em-bora naturalmente em queda, ter-se-á ou ficará estabilizado por volta dos 20 por cento do mercado]. As receitas arrecadadas pela RAEM no passa-do (incluindo as que se encontravam à guarda do fundo de terras) pouco mais dariam do que para financiar a gerência do ano 2003 [hoje, darão para mais de cinco gerências]. Em 2004, o governo estaria já de tanga pois não era esperado que qualquer dos novos operadores entrasse em cena, mesmo que com casinos provisórios, antes de meados desse ano. O bom senso, mais uma vez, predominou! [e quem foi o homem do bom senso? Edmund Ho, claro, sempre ele!]

Assim, a relativa instabilidade em que se viveu, durante algum tempo, devido a um modelo de liberalização que poderia no essencial ter seguido o das telecomunicações (com uma

licença reservada ao operador já em actividade), mas que, provavelmen-te para calar a boca de alguns barões locais, que há muito invejavam a con-cessão atribuída à STDM, ou de alguns naives, para não usar outra expressão bem mais forte, que despertaram de repente para as cruzadas anti-corrup-ção e pr’ó auditoria e passam a vida a bramir, por tudo e por nada, o macha-do de guerra, chateando tudo e todos e tornando mais indecisa e logo, mais ineficiente, a máquina pública, foi, fe-lizmente a tempo, ‘resolvida’ com a atribuição de uma licença à SJM, após sucessivos alargamentos do prazo de concessão e adiamentos consecutivos das assinaturas dos contratos de con-cessão com os novos operadores [essa malta que brame esses machados de guerra, uns que não são mais do que democratas de pacotilha e outros, os mais conservadores, que esperam por mais benesses mas que vão dan-do uma no cravo e outra na ferradura, consoante estejam ou não já alimenta-dos].

Para alívio de todos, o pragmatis-mo que devia ter estado presente des-de o início, até com os prazos de assi-natura dos contratos e, sobretudo, com o modelo de liberalização seguido, acabou por vir ao de cima! Graças, es-tou certo, à clarividência do Chefe do Executivo! [vejam como tinha razão].

Hoje, Macau tem ideias claras quanto à estratégia a seguir e coragem para implementar todos os passos ne-cessários à sua realização, apesar dos velhos do Restelo que por cá também os há, à nossa medida”. [Bem, quanto a isso, estava profundamente enganado. Se não tivesse surgido o escândalo Ao Man Long, já tínhamos todos os pro-blemas resolvidos. Hoje, neste último mandato do actual Chefe do Executi-vo, esperamos que o medo vá aportar a outra costa, que já estamos tão farto dele como do laissez faire, laissez pas-ser. Toda a gente chuta para o lado ou para trás, ou para usar a expressão de um amigo meu, para fora das quatro linhas!]

*Economista.Escreve neste espaço às 6as-feiras.

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JTM/DN

Sexta-feira, 21 de Novembro de 201422 JTM | LAZER

Duas doses de

confiançaGemma Ann Merna é uma actriz e modelo

inglesa mais conhecida por interpretar o papel

de Carmelo McQueen na telenovela “Hollyoaks”.

Gemma diz ter um lado negro que pouca gente

conhece e, no que toca a homens, prefere

alguém que tome conta dela…Numa recente entrevista, confessou

ainda que uma das melhores decisões que

tomou foi ampliar o peito, quando tinha

21 anos, uma vez que isso deu-lhe toda a

confiança que precisava!

Morreua Duquesa de AlbaA Duquesa de Alba faleceu ontem, aos 88 anos, anunciou o alcaide de Sevilha no Twitter. Cayetana Fitz-James Stuart foi a terceira mulher a dirigir a Casa de Alba nos seus mais de 500 anos de história. Cayetana, que deixa seis filhos, era considerada uma mulher irreverente e excêntrica. Casou pela terceira vez em 2011, com Alfonso Diez, 20 anos mais novo, um enlace que suscitou grande polémica.

Chris Hemsworth eleito o mais sexy do mundoChris Hemsworth, intérprete do herói Thor nos cinemas, foi eleito pela revista People como o homem mais sexy do mundo em 2014, destronando o cantor Adam Levine, vocalista dos Maroon 5. O actor australiano de 31 anos, que é casado com a modelo espanhola Elsa Pataky, brincou ao ser informado do título: “Agora posso dizer [para a mulher] ‘Lembra-te, é o que as pessoas dizem, por isso já não preciso de limpar mais os pratos, nem trocar as fraldas. Estou acima disso’”.

Bono sofreu nove fracturas em acidente de bicicletaBono partiu o braço em seis partes, fracturou a cavidade ocular, a mão e a escápula na sequência de um acidente de bicicleta em que se envolveu no domingo, anunciou o “Presbyterial/Weill Cornell Medical Center”, unidade hospitalar de Nova Iorque onde o vocalista dos U2 está internado. O cantor foi submetido a duas cirurgias, sendo que os médicos tiveram de colocar três placas de metal e 18 parafusos. O músico, de 54 anos, precisará de longas sessões de fisioterapia, mas os médicos acreditam que recuperará totalmente das fracturas.

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 JTM | LAZER 23

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

O que falta em Macau? por Vennus Huang

Na minha opinião, as maiores dificuldades, e consequen-temente problemas, estão

directamente relacionados com os preços das rendas e habitações, bem como o trânsi-

to que cada vez mais dificulta qualquer deslocação. Também não considero que a presença de tantos casinos traga algo de positivo à cidade, muito pelo contrário, penso que é um desperdício de terreno. Podíamos aproveitar estes espaços para criar par-

ques e jardins, talvez uma pequena versão da Dis-neyland! Por outro lado, também considero que Ma-cau tem demasiadas pessoas e penso que é crucial que, no futuro, se passe a controlar a entrada de tu-ristas no território.

Vitórias com garraA equipa local de futebol feminino “Show Di Bola” está a habituar-se a somar vitórias!

Recentemente as atletas sagraram-se vice-campeãs num torneio realizado em Phuket, na Tailândia. Com certeza, uma das muitas conquistas que estão para vir.

As coresda arte

Num dia de sol de Primavera, Carolina

Gomes (na fotografia) e uma amiga decidiram passear pela cidade de

Perth, na Austrália, onde residem actualmente.

Pelo caminho, não conseguiram resistir às

várias formas de arte de rua e registaram este

momento muito bonito e vibrante.

Pequena condutoraA pequena Alexa Belle já é uma condutora de mini carros! Vestida a rigor com um fato de corridas, Alexa entrou no seu Audi R8, para mostrar o apoio à equipa daquela marca que

competiu no Grande Prémio de Macau.

No trilho das conchasEste trio bem alegre resolveu passear num dia bonito perto de Cheoc Van, em Coloane. Cácio (ao meio), Taís (à esquerda) e Kuka (à direita)

percorreram um trilho por entre as rochas e deliciaram-se com as inúmeras conchas do Rio das Pérolas, que quase iluminavam o seu

caminho.

24 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014 • Fecho da Edição • 01:15 horas

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RAE’s ajudam a desmascarar “hackers” que atacaram milhares de “webcams”Milhares de vídeos provenientes de “webcams”, câmaras de vigilância ou mesmo de monitores de bebés no Reino Uni-do, Estados Unidos e França, surgiram numa página russa da Internet, alertou ontem o comissário britânico para a in-formação, que se congratulou com a cooperação com as auto-ridades de outros países e territórios abrangidos. “Penso que tudo começou em Macau e Hong Kong, que alertaram os aus-tralianos. Estes alertaram os canadianos, que nos alertaram a nós”, precisou Christopher Graham à Rádio BBC 4. Há cerca de uma semana, o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais da RAEM alertou para a existência daquele site e apelou aos detentores das câmaras para alterarem as palavras-passe e reforçarem a se-gurança dos aparelhos. Diversos países foram afectados após a página, operacional desde há um mês, ter beneficiado de uma falha dos sistemas de protecção ou da ausência de uma palavra-passe para aceder a estas imagens. As imagens de mais de 4.500 câmaras nos EUA, 2.059 em França e 500 no Reino Unido, surgiram nesta página russa da internet, incluindo uma que filmava a cama de uma criança em Birmingham, outra um ginásio em Manchester ou ainda um bar em Stratford. Diversas câmaras também foram pirateadas, em menor número, no Paquistão, Quénia e Nicarágua. A página classifica as imagens por país e por aparelho. A marca de câmaras mais citada é a chinesa Foscam, seguida pela norte-americana Linksys e a japonesa Panasonic. Graham disse ter solicitado às autoridades russas o encerramento desta página.

José Luciano Correia de Oliveira fez bem em dar uma entrevista a um jornal de Portugal a desmentir qualquer ligação com a denominada “rede dos vis-tos Gold”. As insinuações nasceram em Portugal e de lá se tentou conspurcar o seu nome também em Macau.

Na realidade, em Macau, onde trabalha há mui-tos anos, não era necessário o seu desmentido. Toda a gente conhece o dr. José Luciano como um homem sério e impoluto, um espírito aberto e recto, um competentíssimo jurista, que mesmo nas horas más demonstra a sua solidariedade com os amigos.

Desta tentativa de “pescar em águas turvas” que alguns jornalistas com responsabilidades teimam em assumir como profissão de fé, José Luciano sai mais reforçado. Ao longo destes dias nunca ouvi ou-tra coisa senão palavras de repúdio a quem tentou conspurcar o seu nome...

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

Um homem sérioe impoluto

Governo português admite apertar regras dos “vistos Gold”O ministro da Presidência afirmou ontem que há abertura do Governo por-tuguês para “eventualmente apertar algumas regras” de atribuição dos vistos “gold” para evitar situações como as que poderão estar em causa na Operação Labirinto. “Era o que faltava que não houvesse permanentemente da parte do legislador abertura para fazer evoluir os normativos de acordo com aquilo que a realidade impõe”, disse Luís Marques Guedes, salvaguardando que a posição do Governo sobre esta matéria será transmitida pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas. A Operação Labirinto, investigação relacionada com a atribuição de vistos “gold”, resultou já na prisão preventiva de cinco pessoas, entre as quais o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes, e Manuel Jarmela Palos, ex-director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Nova Iorque ultrapassa Hong Kongna lista das zonas comerciais mais caras A 5ª Avenida em Nova Iorque recuperou o estatuto de zona co-mercial mais cara do mundo, ultrapassan-do Causeway Bay, em Hong Kong, indica o mais recente estudo anual da consultora “Cushman & Wake-field” que analisou 330 locais de 65 países e territórios. Segundo o estudo, que não incluiu Macau, as rendas anuais de espaços comerciais na 5ª Avenida da “Big Ap-ple” atingiram em 2014 uma média de 3.500 dólares por pé quadrado, mais 13,3% do que no ano anterior, con-tra 2.735 dólares em Causeway Bay (menos 6,8%). Os “Champs Elysées”, em Paris, continuam na terceira po-sição do ranking, com 1.556 dólares, à frente da “New Bond Street”, em Londres (1.126) e a “Pitt Street Mall”, em Sydney (1.016). Lisboa também surge na lista, com o Chiado a ocupar o 41º lugar, com uma média de 1.100 euros de renda anual por metro quadrado.

China ocupa segundo lugar na lista de multimilionáriosOs Estados Unidos encabeçam a lista dos países com mais multimilionários, com 517, seguidos da China (190), Reino Unido (130), Alemanha (123), Rússia (114) e Índia (100), ao passo que o Brasil está no 9º lugar da lista, com 61 pessoas com activos acima de mil milhões de dólares, indica um estudo da consultora Wealth-X e do Banco UBS. De acordo com o relatório, a que a Lusa teve acesso, Portugal é o 18º país europeu, tendo cinco multimilionários responsáveis pela gestão de 10 mil milhões de dólares, exactamente os mesmos números que o pequeno Liechtenstein, mas não figura na lis-ta mundial das 40 cidades com mais multimilionários, cujos primeiros seis lugares são ocupados por Nova Iorque, Moscovo, Hong Kong, Londres, Pequim e São Paulo. O documento revela que há 2.325 multimilionários a nível mundial este ano, o que representa uma subida de 7,11% face a 2013, e têm activos no valor total de 3,7 biliões de dólares, mostrando uma valorização de 12%.

Morreu Mike Nichols, realizador de “The Graduate”Mike Nichols, um dos mais emblemáticos realizadores de cinema de Hollywood e de teatro da Broadway, faleceu ontem aos 83 anos de ida-de, segundo anunciou o presidente da ABC News, James Goldston. Nascido na Alemanha e naturalizado norte-americano, o realizador foi um dos 12 nomes que ganhou os quatro principais prémios do entrete-nimento dos Estados Unidos: Emmy, Grammy, Oscar e Tony. O seu pri-meiro trabalho atrás das câmaras foi em 1966 quando dirigiu Elizabeth Taylor e Richard Burton em “Who’s Afraid of Virginia Woolf?”, clássico que venceu cinco Óscares, embora nenhum para o realizador. O Óscar foi-lhe entregue no ano seguinte com “The Graduate” quando dirigiu Dustin Hoffman, Anne Bancroft e Katharine Ross, num filme de culto da geração mundial dos anos 60. Realizou 23 peças de teatro de grande êxito a começar com “Barefoot in the Park” de Neil Simon (1963) e 22 filmes entre os quais Working Girl (1988), The Birdcage (1996), Primary Colours (1998), Closer (2004), e Charlie Wilson’s War (2007). Mike Nichols, que desde 1988 era casado em quartas núpcias com a jornalista Diane Sawer e adorava cavalos árabes, tinha em preparação um filme com Meryl Streep.

Rússia quer usar renas para patrulhar SibériaA Rússia planeia usar re-nas para patrulhar áreas desertas e distantes da Si-béria, onde a temperatu-ra desce abaixo dos zero graus durante boa parte do ano, noticiou a BBC, citando o diário Izves-tia. A medida deverá ser implementada na região Yamalo-Nenets, no noroeste da Sibéria, para ajudar a polí-cia a manter a segurança na zona. “Uma moto-neve pode quebrar ou ficar presa à tundra. A rena não tem esses pro-blemas”, disse uma funcionária do Ministério do Interior na região. Segundo o Izvestia, por vezes, a polícia sente di-ficuldades em localizar suspeitos que escapam pelo bioma usando as suas próprias renas de criação.