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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA NOTÍCIAS Ano 2 - Nº 6 AEROESPAÇO DTCEA - Pico do Couto - Petrópolis/RJ

Aeroespaço06

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NOTÍCIAS DTCEA - Pico do Couto - Petrópolis/RJ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA Ano 2 - Nº 6

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA NOTÍCIASAno 2 - Nº 6

AEROESPAÇO

DTCEA - Pico do Couto - Petrópolis/RJ

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA, produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Ten Brig Ar José Américo dos SantosAssessor de Comunicação Social:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe BastosFotografia:Luiz Eduardo Perez BatistaIlustração:Messias Bassani - CB SDE

Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraerE-mail: [email protected] ou [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - Centro20021-130 - Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585Fax: (21) 2262-1691Editado em: janeiro/2005Fotolitos & Impressão: Ingrafoto

Expediente

Envie as fotografias com legendas, referentes às reportagens, com no mínimo 2.0 Megabytes e 300 DPI de resolução. A nossa nova caixa de mensagens tem um limite de 50 Mb.

Cartas dos Leitores

Página 2• Índice/Expediente• Cartas dos leitores

Página 3• Editorial• Nossa Capa

Páginas 4 e 5 • Conheça os novos Diretores, Comandantes e Chefes dos

órgãos do DECEA

Página 6• Esporte & Saúde - 1ª Meia Maratona da Aeronáutica• Bons resultados são colhidos na 2ª RECOSCEA - 2004

Página 7• Semeando pessoas felizes para colher qualidade

Página 8• Brasil sedia seminário no ICEA• SRPV-MN encerra cursos de 2004

Página 9• Quarta reunião do ATMCP/WG é realizada em Salvador - BA• INCAER recebe Diretor-Geral do DECEA para o encerramento do ciclo de palestras/2004

Página 10 • DTCEA dos Afonsos comemora 28 anos• Os 27 anos do DTCEA Galeão

Página 11 • Comandante da Aeronáutica cumprimenta os inte-

grantes do DECEA por sua participação na Operação CRUZEX II

Páginas 12 e 13• Seção: Eu não sabia! Tema: Busca e SalvamentoPágina 14• Educação & cidadania - PAME e FIRJAN abraçam esta idéia

Página 15• CCA-SJ entrega o sistema comunicador e integrador ao

Ministério da DefesaPágina 16• O Oficial Especialista em Comunicações - que profis-

sional é esse?Página 17• Projeto Ópera - tecnologia a serviço da ForçaPáginas 18 e 19• Seção: Conhecendo o DTCEA PICO DO COUTO - RJPáginas 20 e 21•Seção: Quem é... Suboficial Valadão

Página 22• DTCEA de Santos tem novo Comandante• CINDACTA 1 realiza cerimônia militar de final de ano

Página 23• Inauguradas novas instalações no DTCEA-Santa Cruz

Aproveito, mais uma vez, para parabenizar a equipe da revista Aeroespaço pelo excelente trabalho que vem realizando. Agradeço, ainda, a oportunidade de participar da edição número 5 do Informativo e dizer que, mais uma vez, fiquei assustado com a divulgação da revista. Ao passar por Cuiabá, fui questionado por um colega se tinha conhecimento da matéria e recebi um exemplar, mas o susto maior estava por vir. Quando cheguei a Guara-tinguetá, em férias, achei que levaria a novidade, mas um exemplar já me aguardava (entregue por um Suboficial da EEAR), demonstrando que a divulgação ultrapassou, com eficiência, as fronteiras do DECEA, atingindo outros grandes Comandos como o DEPENS.

Sérgio Cruz da Silva – 2º Ten Esp ComComandante do DTCEA Sinop

Ao conseguir permear entre as várias unidades e organizações do Comando da Aeronáutica, a revista Aeroes-paço passou a ser uma ferramenta forte de divulgação das tarefas atribuídas e desempenhadas pelo DECEA. Mas não basta ser somente penetrante se o conteúdo da revista é pouco atrativo ou desinteressante. Tenho acompa-nhado de perto as diversas matérias empolgantes que nela são apresentadas, como a necessidade do nosso con-trolador ser proficiente na língua inglesa, a matéria “Administração & coragem” ou, inédita para mim, “A maneira Salvaero de ser”. Porém, as matérias que mais chamam a minha atenção, desde a criação do espaço na revista, foram aquelas publicadas na seção “Eu não sabia!”. Confesso que fiquei muito feliz ao receber o último número e notar a bela e expositiva matéria sobre o Grupo Especial de Inspeção em Vôo. Essa matéria, de autoria do Piloto Inspetor número 023, hoje o Assessor de Comunicação Social do DECEA, ficou tão rica e tão sintética que o próprio GEIV correria o risco de não produzir argumentos tão esclarecedores. Desta forma, aproveito a seção Carta dos Lei-tores, para, em nome do GEIV e no meu próprio, agradecer pela divulgação e pelos esclarecimentos que a ASCOM do DECEA vem dedicando aos importantes elos do nosso sistema. Parabéns!

Ramon Galvarros Bueno - Ten Cel Av Ex-Comandante do GEIV

Gostaria de saber se é possivel receber, mensalmente, exemplares da Revista Aeroespaço aqui no APP-Aldeia (Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia), a titulo de cortesia, a fim de fazer um trabalho de divulgação do DECEA e de seus projetos e empreendimentos em andamento, contribuindo, desta forma, para o fortalecimento da dou-trina de controle do espaço aéreo do Brasil e dos laços entre a Marinha do Brasil e o Comando da Aeronáutica. Outrossim, reitero os sinceros votos de estima e apreço.

Wagner - Capitão-TenenteChefe da Sala AIS da BAeNSPA

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Desponta o ano de 2005, carregando com ele novos desafios. Neste “moto contínuo”, que é o SISCEAB, este fato tem importância apenas relativa, já que as atividades pretéritas nada mais são do que a matéria-prima a impulsionar as realizações presentes.

Em nossa marcha rumo ao aprimoramento, ao sabor do ano que começa, resta-nos refletir sobre as responsabilidades crescentes do Sistema como um todo e apostar, como sempre, na qualidade dos recursos humanos, um dos nossos mais caros valores.

Novos Comandantes, Chefes e Diretores apresentam-se para a arena de trabalho do DECEA. Sobre seus ombros depositam-se, primeiramente, a certeza da continuidade e a expectativa de aportarem o melhor de seus esforços em iniciativa, criatividade, abnegação e entrega.

Escolhidos por mérito e competência, temos a certeza de que nada lhes falta para o cum-primento da missão. Nesta edição estão sendo apresentados, resumidamente, a todo o Sis-tema.

A nossa revista Aeroespaço Notícias avança para completar seu primeiro ano de vida e já representa um papel importante no contexto do nosso público interno.

Muitas são, também, as referências de apreciação por parte de órgãos externos ao Sis-tema sobre sua qualidade e conteúdo. Este êxito deve-se, em grande parte, à participação do leitor, o que - em primeira instância - dá corpo e empresta sentido à sua existência. Afinal, é para cada um de nós, individualmente, que ela é produzida, além de servir como arquivo histórico de nossas mais significativas realizações.

Sigo, incentivando a sua participação, meu caro leitor, e agradecendo o apoio e as manifes-tações de carinho que, freqüentemente, chegam à redação da nossa Aeroespaço Notícias.

Estamos todos de parabéns. Muito Obrigado.

Ten Brig Ar José Américo dos SantosDiretor-Geral do DECEA

Informativo “Aeroespaço Notícias”

Destacamento do Controle do Espaço Aéreodo Pico do Couto

O DTCEA Pico do Couto, pioneiro do SISCEAB, completará trinta anos de excelentes serviços prestados à Força Aérea Brasileira e ao Brasil, no dia dois de maio de 2005. Através da dedicação desmedida de seus profissionais em seus empenhos diuturnos, mantém em funcionamento importantes equipamentos do Controle do Espaço Aéreo, mesmo com as mais intensas intempéries, constantemente acometidas à rotina do sítio.

O sítio do Pico do Couto localiza-se na Cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, em uma das mais belas formações da Serra do Mar, a Serra do

Couto. O local foi escolhido, ainda quando da implantação do SISDACTA, por propiciar grande vantagem na operação de equipamentos de radiodeterminação e telecomunicações.

O DTCEA-PCO é parte integrante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 1) e tem por atribuição primeira o estabelecimento das informações de radar e de comunicações entre os órgãos de controle de tráfego aéreo e de defesa aeroespacial e os tráfegos aéreos que circulam no limite da cobertura desses equipamentos, abran-gendo todo o Estado do Rio de Janeiro e boa parte dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Porém, dado ao seu posicionamento privilegiado, não se limita ao cumprimento de sua destinação primária, também promovendo interface de comunicações fixas e de dados entre as diversas Unidades e guarnições da Força Aérea sediadas no Rio de Janeiro.

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Presidente da CISCEA/CCSIVAMComissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo e da Comissão para Coor-denação do Projeto do Sistema de Vigilância da AmazôniaCarioca, 50 anos, o Brig Pinheiro assume a presidência da CISCEA/CCSIVAM no dia 31 de janeiro de 2005, logo após ter ocu-pado o cargo de Vice-Presidente Execu-tivo das mesmas Comissões.Na CCSIVAM, o Brig Pinheiro atua desde março de 1996. É Piloto Inspetor. Além dos cursos normais de carreira, cursou o “Basic Intercept Controller”, na Inglaterra, Análise de Sistemas na CTIS-Brasília/DF e o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia na Escola Superior de Guerra - ESG.

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Diretor do ICAInstituto de CartografiaNasceu no Rio de Janeiro, em 1954. Sua última função foi como Adjunto do Subdepartamento de Logística do DECEA. Formou-se em Engenharia Elétrica-Eletrônica e Engenharia Ele-tricista-Telecomunicações. Fez o curso de Familiarização ao Sistema DACTA e, ainda, os cursos de DT215 (Manuten-ção Radar Meteorológico DLM-10) e DT220 (Manutenção Radar Secundário RS770B), além dos cursos normais de

Chefe do SDADSubdepartamento deAdministração do DECEACarioca, o Brig Alves da Silva tem 50 anos, e é Piloto de Caça. Foi Comandante do GITE, Chefe do Curso de Comando do Estado-Maior da ECEMAR, Coman-dante do 2º/5º GAv e, ainda, instrutor da ECEMAR. Fez o Curso de Política e Estratégia Aeroespacial. Em sua função anterior atuou como Chefe da Assesso-ria de Organização, Doutrina, Ensino e Operações (GC3) do GABAER.

Comandante do GEIVGrupo Especial deInspeção em VôoCuritibano, o Ten Cel Av Gustavo tem 40 anos e sua última atuação foi como Chefe da Divisão de Comunicações, Navegação e Vigilância do DECEA. Foi, ainda, instrutor da Academia da Força Aérea. Já trabalhou no GEIV como Ope-rações, Adjunto da Seção de Pessoal e Chefe da Seção de Treinamento.

Chefe do CCA-SJCentro de Computaçãode Aeronáuticade São José dos CamposNascido em 1958, no Rio de Janeiro, o Ten Cel Ferreira Gomes já foi Chefe da Divisão Técnica e do Controle Interno do CCA-RJ. Além dos cursos normais de carreira, é pós-graduado em Administra-ção Financeira e Mestre em Gerência de Recursos de Tecnologia da Informação. Seu último cargo foi no Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), como Adjunto da Divisão de Planos e Programas.

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Diretor do ICEAInstituto de Controledo Espaço AéreoNascido em São Bernardo do Campo/SP, o Ten Cel Pacheco tem 45 anos. Traba-lhou no PAMA-SP como Chefe da Divi-são Técnica, em sua última função, antes de assumir a direção do ICEA. Além dos cursos normais de carreira, fez o curso de Chefe Controlador de Defesa Aérea e, ainda, de Especialista em Guerra Ele-trônica.

Comandante do 1º GCC Primeiro Grupo deComunicações e ControleCarioca, nascido em 1964, o Ten Cel Xavier, além dos cursos normais de carreira, é Líder de Esquadrilha da Aviação de Caça e da Aviação de Reconhecimento Tático, Inspetor de Aviação Civil, Oficial de Guerra Eletrônica e Chefe Controlador de Defesa Aeroespacial. Cursou, também, o “Thea-tre Air Operations Course”, nos EUA. Seu último cargo foi o de Diretor de Operações da CISCEA/CCSIVAM.

Diretor do PAMEParque de Material deEletrônica da AeronáuticaCel Av Mauro Henrique Ramos ContiCarioca, 44 anos, o Cel Conti cursou Comunicação Social, Tráfego Aéreo Internacional e Gerência de Projetos, além dos cursos normais de carreira. Seu último cargo, antes de assumir a Direção do PAME, foi Chefe da Divisão de Recursos Humanos do DECEA.

Chefe do CCA-RJCentro de Computação de Aeronáutica doRio de JaneiroNascido no ano de 1951, em Porto Alegre/RS, o Cel Jurandir é formado em Tecnolo-gia de Computação. Fez o curso de Super-visão de Defesa Aeroespacial, além de outros cursos operacionais e os normais de carreira. Foi o último Chefe da Seção de Inteligência de Sinais da Subchefia de Inteligência do Estado-Maior de Defesa do Ministério da Defesa.

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Saúde não tem preço e atleta não tem idade! Isso foi comprovado no dia 27 de novembro de 2004 na 1ª Meia Maratona da Aeronáutica, realizada na AFA - Academia da Força Aérea, em Pirassu-nunga/SP.

Foram 21 quilômetros de corrida, num evento que contou com - aproximada-mente - 600 atletas, divididos em grupos que competiram na Meia Maratona no sábado e nos Triatlos de longa e curta distâncias no domingo.

Dois atletas são funcioná-rios da CISCEA/CCSIVAM e, também, associados da ACORUJA (Associação dos Corredores de Rua do Rio de Janeiro). As equipes se uniram e, representando a CISCEA/CCSIVAM, competiram o Regi-naldo Freitas (motorista) e o Sérgio Sena (almoxarifado).

As inscrições para a corrida foram realizadas no início de novembro pela Internet. Os vencedores ganharam medalhas, troféus e pares de tênis.

Reginaldo correu pela primeira vez em uma meia maratona, mas há tempos vem participando de outras corridas,

como a dos Fuzileiros do Exército. O Sena também já participou de outras competições como as da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Pavilhão de São Cristóvão - todas de 10km. Assim como o Reginaldo, esta foi a primeira meia maratona em que ele correu.

Os treinamentos foram intensos. Regi-naldo correu de quatro a cinco dias por semana, de 18 a 20 quilômetros. Sena treinou por duas semanas, três vezes em cada semana, 15 quilômetros por dia.

E os esforços não pararam aí! A mesma equipe, representando a CISCEA, partici-pou no dia 20 de janeiro da Corrida Vivo

de São Sebastião.Realmente, saúde e esporte

combinam com alegria, união e motivação. Já está agendada para o dia 28 de novembro a 2ª Meia Maratona da Aeronáutica, que será realizada novamente em Pirassununga/SP, na AFA.

Desejamos boa sorte aos nossos atletas e lembramos que mais importante que vencer a corrida é estar repleto de saúde e alegria de poder correr ao lado de amigos.

Parabenizamos também a equipe CISCEA/CCSIVAM/ACO-RUJA, que conquistou o 2º lugar por equipe masculina.

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ESPORTE & SAÚDE

1ª Meia Maratona da Aeronáutica

Bons resultados são colhidosna 2ª RECOSCEA-2004

A segunda Reunião de Coordenação dos Órgãos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (RECOSCEA) de 2004 contou com a presença de todos Dire-tores, Comandantes e Chefes das Orga-nizações Militares (OM) subordinadas ao DECEA.

Realizada no dia 13 de dezembro de 2004, no auditório do PAME, a reunião foi dirigida pelo Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar José Américo dos Santos.

Cada OM subordinada teve vinte minutos para apresentar os resultados das ações traçadas no início do ano e seus resultados, previstos e não previs-tos nas diretrizes do DECEA.

A RECOSCEA foi coor-denada pela VIDEX (Vice-Direção Exe-cutiva do DECEA) e contou com a equipe do PAME para as ativi-dades de apoio.

O objetivo foi cum-prido com êxito e foram discutidos, também, as-suntos relevantes para o SISCEAB, como as necessárias reorientações e a prepa-ração para as atividades do ano de 2005.

Na oportunidade, foram apresentados também, os novos Diretores, Chefes e

Comandantes das Organizações Milita-res, que também participaram da reu-nião.

Ranking dos maratonistas:Vamos parabenizar os nossos mara-tonistas!• João Carlos Lossano, 1º lugar

(faixa etária de 50 a 54 anos)• José Corrêa de Figueiredo, 1º lugar

(faixa etária de 60 a 64 anos)• Reginaldo R. de Freitas, 10º lugar

(faixa etária de 45 a 49 anos)• Sérgio L. Sena Marques, 13º lugar

(faixa etária de 35 a 39 anos)

Atletas CISCEA/CCSIVAM/ACORUJA vencedores da saúde

Oficiais participam de 2º RECOSCEA-2004

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Preservar a vida humana, proporcionando segurança e flui-dez ao tráfego aéreo é o foco central da missão do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), e que - pela sua própria natureza - tem como requisito básico a Garantia da Qualidade nos serviços prestados.

Neste contexto, onde o processo de melhoria contínua se faz presente, as pessoas deixam de ser mera mão-de-obra para assumirem o papel de colaboradores.

Desde 1998, a DEPV e, após, o DECEA decidiram orientar a implantação de programas e, ainda, desenvolver ações na área do bem-estar e valorização do ser humano, da participação, da criatividade e da comunicação vertical ascendentes, com o objetivo de acelerar o processo em busca da Qualidade Total.

Consoante com esta política, foi lançado o Programa 5S. Originalmente concebido no Japão em 1950 e implantado no Brasil em 1991, o Programa 5S (dos cinco sensos) constitui-se em base sólida para a obtenção do Certificado da série ISO 9000 e para a conquista da Qualidade Total.

Ao aplicar o Programa, é possível obter algumas van-

tagens, tais como: • otimização dos desempenhos individual e organizacional;• bem-estar físico e mental dos funcionários;• conservação das instalações; e• maior envolvimento e motivação das pessoas no trabalho.

O Programa 5S propõe, como iniciativas, as ações dos cinco sensos que visam otimizar o ambiente de trabalho. Este com-promisso acaba por transformar o comportamento das pes-soas em relação ao ambiente físico do trabalho, na relação com seus colegas, aumentando a auto-satisfação e resultando em pessoas mais felizes.

Como reconhecimento pelos resultados já alcançados nas organizações em que foi adotada (DECEA, PAME, CINDACTA 3, 1º GCC, SRPV-RJ, DTCEA-GL e DTCEA-PCO) e, ainda, por tratar-se de mais um passo em direção à Qualidade Total, a prática dos 5S está sendo recomendada pelo DECEA, para todo o SISCEAB.

Atualmente o CCA-RJ encontra-se em fase de treinamento.“Vamos todos trabalhar nesta idéia”.

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Seu nome deriva das iniciais de cinco palavras japonesas:

SEIRI - Senso de seleçãoGuardar o desnecessário é desperdiçar espaço, tempo e dinheiroSEITON - Senso de OrdenaçãoCada coisa deve ter um lugar definido e apropriadoSEISO - Senso de LimpezaÉ melhor não sujar do que ter que limparSEIKETSU - Senso de HigieneManutenção das condições de trabalho, físicas e mentais, favoráveis à saúdeSHITSUKE - Senso de DisciplinaAutodisciplina e hábito de aperfeiçoamento contínuo

Semeando pessoas felizespara colher qualidade

“Somente quando as pessoas se sentirem orgulhosas por

terem construído um local de trabalho digno e se dispuserem

a melhorá-lo continuamente, ter-se-á compreendido

a essência do 5S”

Antes Depois

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O Brasil sediou, nas instalações do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), o Seminário sobre Procedi-mentos de Aproximação por Instru-mentos para a Navegação Aérea de Área (RNAV).

O evento, realizado no período de 29 de novembro a 3 de dezembro de 2004, deu prosseguimento ao Pro-grama de Trabalho elaborado pelo Escritório Regional SAM (América do Sul), da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) - organismo da ONU responsável pela homogeneiza-ção dos serviços do transporte aéreo entre seus países membros desde 1946, com sede em Montreal, no Canadá.

Sob a coordenação do Departa-mento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e CECATI (Comissão de Estu-dos e Coordenação de Assuntos Téc-

nicos Internacionais) e, contando com a colaboração de integrantes do ICEA, o Seminário abordou assuntos dire-cionados a implementação do CNS/ATM (Comunicação, Navegação, Vigi-lância e Gerenciamento do Tráfego Aéreo) nas Regiões CAR/SAM (Caribe e América do Sul) e, dentre estes, foi enfatizado os critérios para desenhos RNAV (Navegação Aérea), bem como a garantia de qualidade nos referidos desenhos.

Os participantes também tiveram a oportunidade de efetuar exercícios práticos de procedimentos de aproxi-mação de não precisão, baseados em GNSS (Sistema Global de Navegação por Satélites), visando obter experi-ência na elaboração de procedimen-tos de aproximação por instrumentos RNAV.

O evento contou com a participação

de expositores da OACI dos seguin-tes países: Canadá, França, Estados Unidos, Suíça, Alemanha e Austrá-lia. Algumas empresas estrangeiras também estiveram presentes ao Semi-nário, expondo seus produtos.

O Seminário contou contou com a presença de 60 participantes. Entre eles, países como a Argentina, Bolí-via, Brasil, Curaçao, Equador, El Sal-vador, Guatemala, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Uruguai e Venezuela e, ainda, componentes da COCESNA (Corporação Centro-Ameri-cana de Navegação).

Durante o transcorrer do Seminário, os participantes visitaram as insta-lações do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), da CAR-SAMA (Agência de Monitoração das Regiões Caribe e América do Sul), da Embraer e do ICEA.

Brasil sedia Seminário no ICEA

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN), atra-vés da Seção de Instrução e Atua-lização Técnica (SIAT), encerrou, no dia 10 de dezembro de 2004, o curso SIV564 - Monitoração do Radar Secundário Autônomo MSSR, marcando o final do ano letivo de 2004.

Durante o ano, foram ministra-dos 62 cursos, com 726 alunos for-mados, destinados à operação e à manutenção dos equipamentos instalados na Sede e nos Desta-camentos subordinados. Além disso, a SIAT realizou a avaliação anual do efetivo operacional deste Serviço e da

INFRAERO na área de Manaus e Belém, num total de 788 avaliados.

Esta marca histórica da SIAT-MN demonstra o profissionalismo de seus componentes no cumprimento da missão de atualizar e elevar o nível técnico e operacional de nossos mili-tares, capacitando-os para enfrentar os desafios impostos para a manu-tenção da soberania e do controle do espaço aéreo na região.

Para o ano de 2005, estão previstos no Plano de Atividades de Ensino e Atualização Técnica (PAEAT) - emitido pelo DECEA - TCA 37-1, mais 56 cursos destinados a atender as atividades de

Controle do Espaço Aéreo, proporcio-nando maior capacitação para o efe-tivo do SRPV-MN.

SRPV-MN encerra cursos de 2004

A formatura dos alunos

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O Instituto Histórico e Cultural da Aero-náutica (INCAER) convidou o Ten Brig Ar José Américo, Diretor-Geral do DECEA, para proferir palestra na Conferência sobre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, fechando o ciclo de pales-tras do ano de 2004.

O evento ocorreu no dia 24 de novem-bro e estiveram reunidos no Salão Nobre do Instituto inúmeros convidados Ofi-ciais-Generais e Oficiais-Superiores da ativa e da reserva e civis.

Na ocasião, o Ten Brig Ar José Américo fez uma ampla explanação sobre como está estruturado e arquitetado operacio-nalmente o Controle do Espaço Aéreo no Brasil.

O Diretor-Geral do DECEA destacou o trabalho pioneiro dos seus antecesso-res que conduziram a atividade do Con-

trole do Espaço Aéreo e Defesa Aérea no Brasil, o que possibili-tou ao País lide-rar a ati- vidade no continente Sul-Americano e ser reconhe-cido internacio-nalmente como um dos países que detém, administra, gerencia e operacionaliza um dos mais modernos e eficazes serviços de Controle do Espaço Aéreo no mundo.

A conferência foi muitíssimo bem rece-bida pela audiência e, unanimemente, ex-Diretores da DEPV (Departamento de Eletrônica e Proteção ao Vôo), presentes

ao evento, cumprimentaram o Diretor-Geral do DECEA pelo seu esforço em ter apresentado as ações de um dos mais complexos Departamentos do Comando da Aeronáutica, o DECEA, a despeito de estar à frente da Direção-Geral há poucos meses.

Quarta reunião do ATMCP/WG é realizada em Salvador - BA

O Brasil sediou, na cidade de Salvador, a 4ª Reunião dos Grupos de Trabalho do Painel sobre Desenvolvimento da Con-cepção Operacional para Gerenciamento do Tráfego Aéreo - ATMCP/WG.

O evento, realizado no período de 2 a 10 de dezembro de 2004, foi coordenado pela VIDPLAN (Vice-Diretoria de Planeja-mento) do DECEA e assistido logística e administrativamente pela CECATI (Comis-são e Coordenação de Estudos e Assuntos Internacionais).

Representantes da África do Sul, Austrá-lia, Brasil, Canadá, Japão, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos marcaram presença, assim como várias empresas ligadas ao setor e, ainda, representantes de organismos internacionais, tais como: ACI (Associação de Investimento Cole-tivo - em aeroportos); ARINC (Empresa Americana fornecedora de serviços aero-

náuticos), EUROCONTROL, (Entidade de Controle Integrado do Espaço Aéreo Europeu), IATA (Associação Internacio-nal das Empresas de Transporte Aéreo), ICCAIA (Conselho de Coordenação Inter-nacional das Associações das Indústrias de Aviação), IFALPA (Associação Inter-nacional de Pilotos de Linhas Aéreas) e IFATCA (Associação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo), com um total de vinte e três participantes.

O objetivo central da reunião do ATMCP, estabelecido nos seus Termos de Referência, foi desenvolver os requisitos operacionais para aplica-ção, integração e operação do sistema ATM (gerenciamento de tráfego aéreo) Global, baseado no conceito operacio-nal ATM, visando prover a eficiência do serviço, enquanto mantém ou melhora os seus níveis de segurança.

Dentro deste contexto, foram estabe-lecidas três tarefas:

• desenvolver um conjunto de requi-sitos ATM, de forma a obter uma visão integrada de todos os movimentos aéreos no mundo, em um espaço aéreo contí-nuo, isto é, sem fronteiras (seamlessness) e interoperabilidade para um Sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo;

• desenvolver uma estratégia de transi-ção que oriente a implementação de um sistema ATM, baseados no conceito ope-racional do ATM; e

• formular os objetivos de performance e suas orientações para o futuro sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Global.

Este evento faz parte do Programa Anual de Reuniões da OACI-Montreal e, atendendo a uma solicitação do Secre-tário do Painel, esta reunião foi realizada pela primeira vez em nosso País.

Ten Brig Ar José Américo dos Santos

INCAER recebe Diretor-Geral do DECEApara o encerramento do ciclo de pal-estras/2004

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No dia 26 de outubro de 2004, foi come-morado o 28º Aniversário do DTCEA-AF.

A solenidade foi presidida pelo Maj Brig Ar José Maria Custódio de Mendonça, Comandante da UNIFA (Universidade da Força Aérea).

Participaram da cerimônia: Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho, chefe do SRPV-RJ; Ten Cel Av Mauro de Souza Frei-tas, subcomandante da Base Aérea dos Afonsos e o comandante do DTCEA-AF, Capitão Especialista em Meteorologia Robson Ressurreição.

Na oportunidade, foi apresentada a canção do DTCEA-AF, de autoria do 2º SGT SAI Leonardo de Souza Nascimento, do

efetivo deste Destacamento, e arranjo do SO SMU José Affonso de Souza Neto, do efetivo da Banda de Música da Base Aérea dos Afonsos. A canção faz refe-rência à Guarnição dos Afonsos, berço da aviação militar.

Na ocasião, o comandante do DTCEA-

AF proferiu em suas palavras a importân-cia da construção de um novo prédio no Destacamento, para cumprir sua missão e trazer melhores dias para todo o efe-tivo, como consta dos planos do Depar-tamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

No dia 23 novembro de 2004, o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL) come-morou seu 27º aniversário de criação com uma cerimônia militar, tendo sido prestigiado pela presença de autorida-des militares e da comunidade aero-portuária do Galeão.

A cerimônia militar foi presidida pelo Brig Ar Leci Oliveira Peres, vice-diretor de Planejamento do DECEA. Estive-ram presentes à solenidade o Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação do DECEA, o Brig Ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa, vice-presidente da Comissão de Implantação do Sis-tema de Controle do Espaço Aéreo (Ciscea), o Brig Ar R1 José Amílcar Abreu de Miranda, Assessor do Subde-partamento de Operações do Depar-tamento de Aviação Civil (DAC), o Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ), entre outras autoridades militares e civis.

A cerimônia foi iniciada com a leitura do histórico do DTCEA-GL pelo 2° Ten QOEACTA Paulo Sérgio de Jesus Bar-cellos, seguido da execução do Hino Nacional Brasileiro pela banda da Base

Aérea de Santa Cruz, quando foi prestada homenagem aos servidores-padrão (gra-duado, praça e civil) do ano de 2004, aos ex-comandantes e ao amigo do DTCEA-GL, com entrega de placa comemorativa por parte das autoridades presentes.

Após o encerramento da cerimônia, todas as autoridades foram convidadas à solenidade de inauguração das novas

instalações do Controle de Aproximação (APP-RJ) e do Sistema de Tratamento e Visualização de Dados X-4000, em subs-tituição às antigas consoles, que por mais de 20 anos estiveram em atividade no APP-RJ.

Encerrando a cerimônia, foi descer-rada a placa que marca uma nova fase do aperfeiçoamento tecnológico no APP-RJ.

Autoridades presentes à cerimônia

Unidade de Vigilância - Boa Vista/RR Lagoa Azul - Lençóis Maranhenses/MA

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Os 27 anos do DTCEA Galeão

DTCEA dos Afonsoscomemora28 anos

Após a cerimônia, houve a inauguração de novas instalações

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“No balanço das realizações levadas a efetivo no ano de 2004, causou-me grande orgulho e satisfação con-tatar o alto padrão alcançado por nossa Força Aérea na condução do exercício internacional denominado CRUZEX II.

“Cumpre-me realçar, no universo do reconhecimento, a excelência patenteada não apenas na praticidade dos procedimentos e processos adotados durante o trans-correr do exercício, mas, sobretudo, na seqüência de passos dados pelo DECEA no planejamento detalhado de cada fator contribuinte para o extraordinário desfe-cho verificado.

“É gratificante identificar, no seio de nossa Instituição, o elevado índice de aprimoramento técnico e de dedi-cação do recurso humano envolvido numa atividade de tamanha envergadura, alcançando patamares que habilitam o Brasil a integrar forças multinacionais, tanto como participante quanto como líder, colocando-o numa justa e respeitada posição de relevo na América do Sul.

“Assim, foi para todos nós motivo de grande conten-tamento testemunhar o pleno funcionamento, inusi-tado, de um OCOAM móvel, durante o exercício, o que traduz, com fidelidade, a capacitação técnica, o talento e a criatividade do nosso aguerrido pessoal.

“A demonstração objetivo do emprego de meios de forma combinada, portanto com maior grau de letali-dade, encontrou esteio na nova postura adotada por esse Departamento, cuja ênfase na guerra eletrônica, propiciou a utilização do espectro eletromagnético como um meio de segurança, de ataque e de defesa para o emprego operacional de nossos vetores, tradu-zindo-se em um veículo de incalculável valor dissuasó-rio, ainda que não dispondo de todo o equipamento idealizado.

“Dessa forma, estendo a Vossa Excelência e a todos os integrantes, homens e mulheres do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, a admiração justificada pela desenvoltura no cumprimento de sua missão, dando

Aviões de combate das Forças Aéreas participantes da Cruzex na linha de vôo

Comandante da Aeronáutica cumprimenta os integrantes do DECEA por sua participação

na Operação CRUZEX IITranscrevemos, a seguir, a carta (datada de 06 de janeiro de 2005) assinada pelo Excelentíssimo Senhor

Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, endereçada ao Excelentíssimo Senhor Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar José Américo dos Santos.

Ten Brig Ar Luiz Carlos da Silva BuenoComandante da Aeronáutica

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Tema: Busca e SalvamentoColaboração: Jair Sampaio, Ten Cel Esp CTA R1

INTRODUÇÃOBuscar e salvar são ações inerentes ao

próprio ser humano e, por conseguinte, acompanham-no desde o seu surgi-mento na terra, haja vista que, instintiva-mente, elas se verificam até mesmo entre os irracionais, resultantes de impulso natural e inconsciente.

Já entre os homens, são motivadas, principalmente, pelo próprio espírito de solidariedade manifestado em situação de perigo de vida.

O desenvolvimento das técnicas de busca e salvamento acompanha “pari passu” (simultaneamente) o progresso da humanidade, desde os seus primórdios até os dias atuais, desde a sua execução de forma empírica, desprovida de qual-quer recurso, até a adoção de métodos racionais e científicos hoje empregados, com o auxílio de satélites e demais facili-dades que a tecnologia moderna oferece.

As conquistas e os empreendimentos no campo da navegação e transporte não conseguiram eliminar da “máquina” e do “meio” a parcela de risco que trazem em si, como também não puderam guin-dar o homem à infalibilidade. A partir do momento que este passou a utilizar-se de embarcações (máquina) para deslo-camentos em rios, lagos e mares (meio), sua segurança ficou comprometida pelas características dos recursos disponíveis, pelas distâncias percorridas e pelas con-dições climáticas e ambientais ao longo de seu curso. Em tais circunstâncias, sempre que adveio situação de perigo, o emprego da busca e salvamento tor-nou-se evidente, pois, consta que, já na idade média, como providência normal, expedições de socorro partiam em busca de navios mercantes desaparecidos ao longo de suas rotas nos mares e oceanos.

A ORGANIZAÇÃO DO SARSe, através dos séculos, na conquista

dos mares, faltou ao navegante maior apoio das ações de busca e salvamento, com o advento da navegação aérea a situação tornou-se ainda mais crítica. Desta feita, a “máquina” passou a ser a

aeronave, bem mais veloz e complexa, a desafiar, sobretudo, a ação da gravidade; o novo “meio” passou a ser o espaço aéreo e, completando a tríade susceptí-vel de gerar situações adversas, aparece o homem, superando suas próprias limita-ções, procurando aperfeiçoar a máquina no meio, através do qual empreenderá seus deslocamentos. O fator segurança torna-se ainda mais vulnerável, exigindo, assim, novos e mais eficientes recursos de busca e salvamento.

Percorrida toda essa longa caminhada, só algumas décadas após o início da navegação aérea é que essas atividades vieram a se tornar um serviço organizado e adequadamente estruturado. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, em virtude das grandes perdas sofridas pela Royal Air Force (RAF), na defesa da Inglaterra, bem como das incursões sobre o Mar do Norte nos ataques des-feridos contra a Alemanha, os ingleses sentiram a necessidade de recuperar o maior número possível de tripulantes, sobreviventes de aeronaves abatidas ou acidentadas, não só por razões humani-tárias, mas também pelo fato de demorar muito mais a formação e o treinamento de tripulações, do que a fabricação de aeronaves.

Como solução inicial, foi organizado um serviço apoiado por uma rede espe-cial de comunicações, através da qual as aeronaves em perigo eram orienta-das para os locais mais adequados para pouso forçado ou salto de pára-quedas, sendo, então, efetuado o resgate por barcos e lanchas, adrede posicionadas. Os resultados positivos logo se fizeram sentir, principalmente, sob dois aspectos: maior número de elementos treinados e experientes para o recompletamento de equipagens, como também a elevação do moral das tripulações.

Com a chegada à Inglaterra da 8ª Força Aérea Americana, diversos tipos de aero-naves passaram a integrar esse serviço, dentre eles o Catalina (PBY5), o Douglas (C47), o Liberator (B24), o Mitchel (B25), a

Fortaleza Voadora (B17) e alguns caças de pequeno alcance. O trabalho de equipe efetuado pela RAF, USAF e NAVY, todas sob uma única coordenação, cooperou, sobremaneira, para o êxito das missões que eram coordenadas pelo AIR SEA RESCUE (ASR).

LIÇÕES QUE SE TRANSFORMAMEM DOUTRINAS SAR

Ao término da 2ª Guerra Mundial, a 8ª Força Aérea Americana apresentou um relatório final das operações, em que se mostraram as “lições aprendidas” no Air Sea Rescue (ASR). Estas lições foram adotadas como doutrinas básicas para a organização e fun-cionamento dos serviços de busca e salvamento e, ainda hoje, per-manecem válidas, sendo conheci-das e respeitadas m u n d i a l m e n t e como Doutrinas SAR.

Dentre as doze doutrinas instituí-das, destacam-se:

• a rapidez é essencial;

• a busca e o sal-vamento devem ser considerados como parte integrante de toda operação planejada;

• adestramento das tripulações é de vital importância; e

• informações sobre missões SAR devem ser obtidas no órgão de coorde-nação.

O SERVIÇO DE BUSCAE SALVAMENTO MUNDIAL

Em 1944, os Estados Unidos, antevendo o término das hostilidades e o grande desenvolvimento que experimentaria a aviação nos anos seguintes, convidaram os países aliados para uma reunião, cujo obje-tivo seria estabelecer normas reguladoras adicionais para o transporte aéreo interna-cional, em seus diferentes setores. Dessa

Seu histórico e a sua criação no Brasil

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Tema: Busca e SalvamentoColaboração: Jair Sampaio, Ten Cel Esp CTA R1

reunião, realizada em Chicago, resultou a Convenção de Aviação Civil Internacional e, no decorrer da mesma, foram debatidos diferentes assuntos sobre aviação, dentre os quais, aqueles relacionados às ativida-des de busca e salvamento.

Nessa convenção teve início a criação de uma instituição que viria a se tornar, poste-riormente, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Dela fazendo parte uma Divisão de Busca e Salvamento, cuja atribuição inicial foi a de elaborar normas e métodos recomendados para as atividades de busca e salvamento. Os trabalhos foram realizados e, após longa tramitação entre

os diferentes seto-res daquela orga-nização, passaram a constituir, em 25 de maio de 1950, o Anexo 12 à Con-venção de Aviação Civil Internacional, com efeito em 1º de dezembro do mesmo ano e vigência a partir de 1º de março de 1951.

O Brasil foi um dos países partici-pantes da Conven-ção de Chicago e,

como Estado contratante da OACI, passou a adotar as normas e métodos recomen-dados por aquela organização, neles incluídos os que se relacionavam com a obrigatoriedade de se estabelecer um Ser-viço de Busca e Salvamento no país.

CRIAÇÃO DO SAR NO BRASILDesde o início da aviação no Brasil, ati-

vidades de busca e salvamento já eram levadas a efeito para atender a situações eventuais de perigo, porém de forma improvisada, já que não se dispunha de recursos apropriados, nem de pessoal especializado nessa área.

Entretanto, em dezembro de 1947, um fato marcante viria a acelerar a criação do Serviço de Busca e Salvamento no Brasil.

As dificuldades enfrentadas nas buscas de uma aeronave Catalina, acidentada nas selvas e pantanais da região do Aquiqui, no Pará, levaram as autoridades aeronáu-ticas locais a criar uma Comissão Organi-zadora do Serviço de Busca e Salvamento da 1ª Zona Aérea. Para o apoio aéreo desse serviço, foram feitas adaptações em uma aeronave Catalina, o PBY5-A-6516, que passou a ser a primeira aeronave de busca da Força Aérea Brasileira.

Como resultado do trabalho executado por aquela Comissão, nasceu o Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico Nacio-nal, efetivado pela Portaria Ministerial de número 324, de dezembro de 1950.

A partir de então, o Serviço de Busca e Salvamento nacional foi organizado e estruturado, experimentando um período de evolução permanente, com a criação de esquadrões específicos de busca e salva-mento, no Recife/PE (1º/6º GAv), com aero-naves quadrimotores B-17 e, em Cumbica/SP (2º/10º GAv), com as aeronaves SA-16.

Para executar a coordenação das mis-sões SAR , a então Diretoria de Rotas Aéreas (DR) implantou os necessários Centros de Coordenação de Salvamento (SALVAERO), com as correspondentes Regiões de Busca e Salvamento (SRR).

O caráter humanitário da atividade, aliado a compromissos internacionais assumidos, motivaram acentuados investi-mentos no Serviço de Busca e Salvamento Brasileiro, de tal modo que, hoje, esta ati-vidade já alcança os níveis dos países mais desenvolvidos e é exemplo na América do Sul.

A implantação e a modernização do Segmento Provedor Terrestre Brasileiro do Sistema Internacional de Busca e Sal-vamento por Rastreamento de Satélites (COSPAS-SARSAT), estruturado de forma a garantir a captação e o processamento dos sinais de emergência emitidos em qualquer parte da área SAR sob respon-sabilidade brasileira, constituem, por si só, avanços significativos no aperfeiçoamento do serviço.

A ampliação da capacidade de recursos

aéreos, com a criação de unidades aéreas especializadas e apoiadoras, para utili-zação em missões SAR, tais como o atual 2º/10º GAv, 1º GTT, 1º GT, 7º GAv, 8º GAv, PARASAR e outros garantem a operaciona-lidade da atividade.

A evolução do SAR e a necessidade de se adequar o País à realidade atual fez com que o, então, Ministério da aeronáu-tica editasse a Portaria 99/GM3, de 20 de fevereiro de 1997, instituindo o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR). Assim, hoje, dentre as atribuições de alta relevância do Comando da Aeronáutica, encontra-se a atividade SAR, cuja missão é a localização, socorro, resgate e retorno à segurança de tripulantes e passageiros de aeronaves e embarcações em situação de perigo, assim como a interceptação e escolta de aeronaves em emergência.

Finalmente, o Departamento de Con-trole do Espaço Aéreo (DECEA), órgão central do Sistema SAR Aeronáutico, cons-ciente das suas responsabilidades norma-tivas e de gerenciamento, reativou, a partir de junho de 2002, a Divisão de Busca e Sal-vamento (D-SAR), com atribuições referen-tes ao gerenciamento do Serviço de Busca e Salvamento na área SAR de responsabili-dade brasileira, bem como a supervisão e controle da participação nacional junto ao Programa COSPAS-SARSAT.

O SAR Aeronáutico, desde a sua origem, participa ativamente para o salvamento de vidas humanas. A dedicação pessoal e irrestrita de cada um de seus membros é o verdadeiro baluarte para o sucesso da missão que lhe é atribuída.

As doutrinas básicas, assimiladas nos confrontos da 2º Grande Guerra Mundial, serviram de diretrizes para a organização e funcionamento do serviço de busca e sal-vamento mundial. Hoje, com os diversos avanços tecnológicos, tais ensinamentos devem ser ajustados ao cenário atual, haja vista que seus princípios básicos permanecem válidos e insubstituíveis.

É máxima internacional “treinar na paz para ter sucesso na guerra”, embora o SAR tenha aprendido na guerra o que aplica em tempo de paz.

“...Para que outros possam viver”

Seu histórico e a sua criação no Brasil

Foto: Luiz Perez

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Hoje, mais do que nunca, a respon-sabilidade social se faz presente nos planejamentos das empresas. Apro-veitando esta realidade, a Funda-ção das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) vem desenvolvendo diver-sos projetos na área de educação para comunidades carentes em parceria com diversas empresas particulares.

Levantamentos estatísticos indi-cam que apenas 0.4% da comunidade do Caju têm o nível universitário, ter-ceiro grau, completo e, diante desta conjuntura, a FIRJAN, através do Con-selho Empresarial de Responsabili-dade Social, desenvolveu o Projeto “Pré-vestibular Comunitário do Caju”.

Com o objetivo de facilitar o ingresso de membros da Comuni-dade do Caju nas universidades - ele-vando de 0.4% para 30% o índice de aprovação dos candidatos nos ves-tibulares de 2006, a FIRJAN contou com o apoio do Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME), que cedeu salas para a realização do curso - o apoio financeiro das empre-sas Lachmann, Instituto Telemar e Light; a parceria da Associação dos Moradores do Caju, da ONG CEASM (Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré) e com a execução da Funda-ção José Bonifácio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para celebrar o lançamento do Pro-jeto, foi realizado no dia 20 de dezem-bro, às 15h, um evento no auditório do PAME, que contou com a presença do Ten Cel Av Alves, Chefe da Divisão Administrativa do PAME, represen-tando o Cel Av Júlio César Ribeiro, Diretor do PAME, do Sr. Luiz Chor, Pre-sidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social do Sistema FIRJAN; da Sra. Isabella Rosado Nunes, Chefe da Assessoria de Responsabili-dade Social da FIRJAN; do Sr. Marco Antônio França Faria, Pró-Reitor de Extensão da UFRJ e dos respectivos representantes das empresas partici-pantes do Projeto (Lachmann, Light e Telemar).

O Projeto Pré-vestibular Comunitá-rio do Caju irá atender a 100 alunos por ano, distribuídos em duas turmas de 50 alunos cada. O processo de seleção destes alunos será realizado pela UFRJ e exigirá como requisitos a conclusão do segundo grau (ou estar concluindo), o histórico escolar e a renda familiar, entre outros.

O processo seletivo e as inscrições acontecem nos meses de janeiro e fevereiro de 2005 e as aulas, que serão ministradas por monitores alunos da UFRJ, terão início em março. O curso completo tem duração de dez meses.

Segundo Isabella Nunes, “a idéia é que este seja um projeto eterno. Que

a gente possa estar buscando apoia-dores para poder ter uma sustenta-bilidade que este projeto merece ter. Nós apostamos que a escolaridade faz diferença tanto no aumento de renda familiar, quanto na capacidade que uma comunidade tem de se mobilizar”.

Ao final da reunião para celebrar o acordo com a FIRJAN, o Ten Cel Alves enfatizou o envolvimento do Comando da Aeronáutica, por meio do PAME, em projetos dessa natureza, propiciando um aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para os moradores das comunidades adjacentes.

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PAME e FIRJAN abraçam esta idéiaEDUCAÇÃO & CIDADANIA

Não é de hoje que o PAME vem atuando na área social da Comunidade do Caju. Os Pro-jetos Renascer e Reviver são exemplos desta dedicação.

O RENASCER viabilizou ativi-dades de apoio pedagógico ao estudo convencional, estágios profissionalizantes e atividades físicas para setenta crianças e jovens que foram retirados das ruas.

Já o Projeto REVIVER propi-ciou aulas de informática e lín-guas estrangeiras para pessoas com idade superior a 65 anos.

Ten Cel Av Alves,Sr. Luiz Chor e aSra. Isabella Rosado

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CCA-SJ entrega o sistema comunicador e integradorao Ministério da Defesa

O Sistema COL.MEA (Comunicador On Line da Marinha, Exército e Aeronáutica), desenvolvido e implantado pelo Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ), foi entregue ao Ministério da Defesa, no período de 05 de novembro a 09 de dezembro de 2004.

O COL.MEA é um software que tem como objetivo integrar aplicações construídas com diferentes tecnologias e/ou baseadas em dife-rentes sistemas operacionais, possibilitando que a integração entre eles ocorra, sem que haja a necessidade de mudanças nas aplica-ções existentes, trazendo, com isto, uma redu-ção significativa de gastos em recursos financeiros para a manutenção dos sis-temas em operação.

Como ponto inicial, o Comunicador viabiliza a troca de informações entre os sistemas existentes de Guerra Eletrônica (GE) das Forças Armadas, disponibi-lizando tais informações ao Ministério da Defesa.

A tecnologia foi apresen-tada pelo Maj Av Leandro (um dos responsáveis pelo desenvolvimento do sof-tware) no XXI Encontro de Centros de Guerra Eletrô-nica das Forças Armadas, em Salvador/BA, ocorrido em julho de 2004. Aprovado pelo Ministério da Defesa, o CCA-SJ é o responsável pelo seu desenvolvimento e implantação.

Após definido o planejamento do desen-volvimento, foi realizado um curso para nive-lamento de conhecimentos para os diversos especialistas em Tecnologia de Informações, dos seguintes órgãos desenvolvedores: CCA-SJ pela Força Aérea Brasileira; Centro de Apoio a Sistemas Operativos (CASOP), Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) e do Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) pela Marinha; e do Centro Integrado de Guerra Ele-trônica (CIGE), do Centro de Desenvolvimento de Sistemas (CDS) e do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) do Exército, além de integrantes do Ministério da Defesa.

O Sistema é composto por um módulo de Gerenciamento da Comunicação (Comunica-

dor) e um outro módulo de Gerenciamento dos Integradores (Integrador), além de drivers que implementam os tipos comunicação (via Conexões Socket, Serviço de Mensagens Java, Sistemas de Arquivos etc.) e dos drivers res-ponsáveis por implementar a integração com cada sistema alvo.

COMUNICADORA função do módulo comunicador é seme-

lhante à de uma agência de correio. Ele recebe a mensagem pronta e a encaminha para quem é de direito. A tecnologia de transporte já implementada suporta socket e/ou sistema de diretórios e arquivos, visando a troca de

mensagem ponto a ponto, mas também está disponível a operação, com servidores de apli-cação suportando tópicos ou filas.

Optou-se, para o projeto com o Ministério da Defesa, pelo uso do Servidor de Aplicações JBoss, tecnologia livre com código aberto, porém o módulo é capaz de operar também com qualquer servidor de aplicações com tec-nologia J2EE (Java).

O mais importante é que toda a informação trafega de forma criptografada, desde a sua saída até a sua chegada e que é possível criar-se, a qualquer tempo, novos drivers para inte-grar quaisquer equipamentos que possuam portas de comunicação digital.

INTEGRADORA função do módulo integrador é a de um

carteiro. No remetente, ele pega a mensagem

do comunicador, identifica quem é o destina-tário e entrega o arquivo XML ao comunica-dor que o envia.

No destinatário, o comunicador recebe a mensagem e a repassa para o gerente de inte-gração, que a identifica e repassa para o inte-grador da aplicação-alvo, que conversa com a sua API (Aplication Programming Interface) e com o sistema de arquivos. Ele pode, ainda, acessar diretamente a sua base de dados, dependendo do que for esperado pela aplica-ção legada de cada Força.

Após a consulta ao banco de dados pelo sistema legado (em operação), o integrador

recebe o arquivo XML de resposta e o devolve para o comunicador, que se encar-rega de entregar a resposta para quem fez a pergunta.

Desta forma, fecha-se todo o ciclo de pergunta e resposta do Sistema Comunicador. A qualquer momento podem ser cria-dos drivers para a integra-ção de quaisquer sistemas computacionais de informa-ção legados ou novos.

POSIÇÃO ATUALO COL.MEA foi instalado

com sucesso no Ministério da Defesa, no CASOP, no Centro de Guerra Eletrônica

do COMGAR (CGEGAR) e no CIGE, do Exército, encontrando-se em pleno funcionamento. O desenvolvimento foi muito elogiado pelos usuários devido ao reconhecimento dos seguintes aspectos: qualidade apresen-tada no produto, cumprimento do prazo de entrega e, principalmente, porque é uma solução que possui todos os requisitos para integrar as demais aplicações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, fornecendo as informações necessárias ao Ministério da Defesa, como já acontece hoje com as aplica-ções de Guerra Eletrônica.

Cabe ressaltar que a tecnologia apresen-tada encontra-se em pleno funcionamento na FAB, sendo utilizada para integrar Sistemas como o Ópera, o Hércules e o Sistema de Dis-tribuição de Esforço Aéreo.

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A missão cons-titucional do COMAER é levada a efeito através de profissio-nais, militares e civis, altamente especializados e pertencentes a diversos quadros e especialidades. Cada qual, dentro das características pecu-liares de sua profissionalização procura contribuir para formar o grande mosaico que redundará no cumprimento daquela missão.

Cabe-me, no entanto, como Oficial Especialista em Comunicações, um desses profissionais, abordar alguns aspectos peculiares ao Quadro de Oficiais Especia-listas em Comunicações (QOECOM).

As atribuições do Oficial Especialista em Comunicações, servindo nas mais diversas Organizações do Comando da Aeronáutica, preconizadas no Padrão de Desempenho de Especialidade (PDE), documento estabelecido pelo Comando Geral do Pessoal (COMGEP), são inúmeras e complexas.

Oriundo do Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS) das especialidades de Comunicações (BCO), Eletrônica (BET) e Eletricidade e Instrumentos (BEI), o Ofi-cial Especialista em Comunicações pre-cisa conhecer as atribuições destas três especialidades, tendo em vista que uma de suas atribuições é gerenciar as ativi-dades destes recursos humanos, desti-nados a operar e/ou manter Centros de Telecomunicações, Redes de microcom-putadores, Oficinas e Laboratórios de Telecomunicações, de Eletrônica e de Ins-trumentos, além de aeronaves compondo equipagens eletrônicas das mais diversas e complexas, atualmente existentes. Este profissional, formado no Centro de Instru-ção e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), possui em seu currículo disciplinas que o habilitam a freqüentar cursos destinados a exercer funções operacionais a bordo de aeronaves como as do Grupo Especial

de Inspeção em Vôo (GEIV) ou as do 2º/6º Grupo de Aviação, sediado em Anápolis - GO.

Salientando que ninguém sai com-pletamente “pronto” de uma Escola de formação, mas sim com conhecimentos necessários e suficientes para iniciar sua carreira, este profissional, cinco anos após ter se formado na Escola de Especialis-tas da Aeronáutica (EEAR) em uma das três especialidades citadas, possuidor de curso superior e submetido a um exame de seleção dentre muitos candidatos, com uma taxa média anual aproximada de 20 candidatos por vaga, inicia sua ascensão à carreira de Oficial Especialista em Comuni-cações, ingressando no CIAAR, localizado na cidade de Belo Horizonte - MG, a fim de realizar o Curso de Formação de Oficiais Especialistas em Comunicações (CFOE-COM), o qual possui um Currículo Mínimo (CM) que lhe proporciona condições bási-cas para conhecer todos os Sistemas onde os graduados BCO, BET e BEI atuam nas mais diversas Organizações do COMAER.

Este Oficial, ao formar-se no CIAAR e ser declarado Segundo Tenente Especialista em Comunicações, poderá ser utilizado como “gerente” de Recursos Humanos e materiais ligados à Eletrônica e Telecomu-nicações em qualquer Organização Militar do COMAER, estando em condições de analisar e bem assessorar seus diretores e comandantes na solução de problemas daquelas áreas, próprias de sua especiali-dade.

Os conhecimentos especializados, adquiridos pelo então aluno do CFOE-COM, abrangem, no Sistema, as áreas de Navegação Aérea, Radar, Aviônica, Ele-trotécnica, Comunicações via satélite, Informática, Comunicações de dados, Meteorologia, Guerra Eletrônica e do Sis-tema de Telecomunicações do Comando da Aeronáutica (STCA), cujo Órgão Central é o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Todos eles têm árduo debate de situa-ções reais, apresentadas pelos diversos instrutores. Ao final do curso, estão habi-

litados a atuar ativamente no próprio DECEA, na Divisão de Comunicações, Navegação e Vigilância (DCNS), na chefia de setores das áreas técnica e operacio-nal em eletrônica e/ou telecomunicações dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Trafego Aéreo (CINDACTAs), e dos Serviços Regionais de Proteção ao Vôo (SRPVs), no Comando de Destaca-mentos de Telecomunicações de Controle do Espaço Aéreo (DTCEAs), ou mesmo em setores dos Esquadrões de Eletrônica e Telecomunicações de uma Base Aérea, Parque de Material Eletrônico ou Aeronáu-tico, enfim, na área de Eletrônica e Tele-comunicações de qualquer Organização Militar do COMAER.

No entanto, é necessário termos em mente que a condição de profissional “pronto”, para atuar com eficiência e efi-cácia, cresce na medida da experiência adquirida no decorrer do tempo.

O potencial do Oficial Especialista em Comunicações para atuar nas áreas cita-das é grande e deve ser explorada.

Em qualquer organização do COMAER é necessário que este profissional seja incentivado a atualizar-se constante-mente, de acordo com o que preconiza o Padrão de Desempenho de Especiali-dade (PDE) de seu quadro, elaborado pelo Comando-Geral do Pessoal (COMGEP).

Assim sendo, é importante que as orga-nizações possibilitem ao Oficial Espe-cialista em Comunicações manter-se atualizado e motivado, através de cursos, seminários e congressos na área de Eletrô-nica e Telecomunicações. Assim aconte-cendo, este Oficial estará sempre presente e atuante na sua especialidade, propor-cionando o adequado assessoramento ao seu comandante, chefe ou diretor.

* O autor é coordenador e instru-tor do Curso de Formação de Oficiais Especialistas em Comunicações (CFO-ECOM), realizado no CIAAR, servindo atualmente no ICEA.

O OFICIAL ESPECIALISTA EM COMUNICAÇÕESQue profissional é esse?

Texto: Ten Cel Esp Com José Francisco de Campos Filho*

Apresentamos aos leitores uma visão da atuação e do potencial de utilização destes profissio-nais no gerenciamento de recursos humanos e materiais no âmbito do Comando da Aeronáutica

(COMAER), no que se refere à área de Eletrônica e Telecomunicações

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No dia 10 de dezembro de 2004 o Centro de Computação da Aero-náutica de São José dos Campos (CCA-SJ) comemorou o 3º ano da implantação do Projeto Opera nas primeiras unidades aéreas da FAB.

No início do Projeto, dezembro de 2001, duas equipes de analis-tas e programadores do CCA-SJ realizaram simultaneamente a implantação do sistema no 1º/3º GAv e 2º/3º GAv.

Na versão inicial do Projeto Ópera somente eram abordados os processos de trabalho de uma unidade dotada de aeronaves de até dois lugares. Já na segunda fase, em outubro de 2002, a nova versão começou a ser disponibili-zada nas demais unidades.

Hoje, o Projeto Ópera é uma realidade em todas as unidades aéreas do COMGAR (Comando Geral do Ar), na AFA (Academia da Força Aérea) e no GEIV (Grupo Especial de Inspeção em Vôo).

Desde a sua implantação, foram

registrados mais de 262.000 vôos utilizando o sistema, o que totaliza a expressiva marca de 321.000 horas de vôo.

Em reconhecimento à eficá-cia do sistema no controle de dados operacionais nas diversas Unidades Aéreas, algumas Bases Aéreas dotadas de aeronaves já deixaram de utilizar o SIPREVOO (antigo sistema) para usarem o Projeto Ópera como ferramenta de controle estatístico de horas de vôo.

Após a criação do Projeto Hércules, o CCA-SJ proveu a integração dos dois sistemas, proporcionando aos Comandos Operacionais e ao COMGAR a possibilidade de visualizarem diversas informações sem que haja a necessidade da confec-ção de relatórios.

Nessa oportunidade come-morativa, foi lançada a versão 5.1 do Ópera, onde o CCA-SJ atendeu algumas das solicita-

ções dos usuários das Unidades Aéreas (relatório de abortivas, relatório final de missão, melho-ria no relatório OP-46, modifi-cação do layout da Ordem de Missão, entre outras).

Por trabalhar com um pro-cesso iterativo e incremental de desenvolvimento de software, os projetos do CCA-SJ não formam um “pacote fechado”, pelo contrário, estão em cons-tante processo de melhoria das funcionalidades existentes e estudo da inclusão de novas funções, sugeridas pelos pró-prios clientes.

Desta forma, os esforços estão sendo direcionados para que possa melhor atender a uma Força Aérea em constante aper-feiçoamento.

Mais detalhes do Projeto Ópera podem ser encontra-dos no link: http://www.ccasj.intraer/dtec/index.

PROJETO ÓPERATecnologia a serviço da ForçaApoiar a realização dos processos que ocorrem na Unidade Aérea. Esta é a

finalidade do Projeto Ópera. Através dele seus usuários podem montar esca-las de vôo, ordens de missão, controlar disponibilidades de pessoal e aero-

naves, além de obter todo o controle estatístico de horas daunidade e dos diversos aeronavegantes

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ENTREVISTA

Maj Av Cláudio Luiz Rocha Carneiro

Como é composto o efetivo do DTCEA-PCO?

Compõem o DTCEA-PCO quarenta e oito militares e treze civis, em sua grande maioria de nível médio e cumprindo fun-ções técnicas ligadas à manutenção dos equipamentos instalados. Há no efetivo quarenta e dois militares e civis casados, a eles agregados cento e vinte e dois dependentes diretos. Boa parte é oriunda de Petrópolis e adjacências. Porém, há também grande número de cariocas ou fluminenses e uns poucos naturais de outros estados brasileiros.

Todos usufruem da Vila Habitacional?Existe uma Vila Residencial de apoio

gerida pelo CINDACTA1, composta de 22 Próprios Nacionais Residenciais, dispos-tos em quatro blocos de apartamentos, destinados aos oficiais e graduados do efetivo. São apartamentos bem amplos, concebidos para conferir o conforto necessário às famílias ali residentes.

Há garagens sob pilotis para todos os veículos dos moradores. Também existe um playgroud para as crianças menores.

Está localizada no bairro do Bingen, área urbana de Petrópolis, a cerca de cinco minutos do centro da cidade.

O que a Vila oferece como lazer?A Vila Residencial dispõe de um Clube

Recreativo, composto de salão social, quadra poliesportiva, área de churras-

O DTCEA-PCO nasceu DPV-DT 31 (Destacamento de Proteção ao Vôo, Detecção e Telecomunicações do Pico do Couto) no dia 02 de maio de 1975, através da Portaria R-012/GM3.

Desde sua criação até a pouco tempo atrás, o sítio serviu como “ponte” entre as informações gera-das pelo sítio de São Roque, em São Paulo, ou a ele destinadas, mantendo, assim, constante enlace com os Centros Operacionais. Para tanto, era empregada a técnica de tropodifusão, onde as informações viajavam pela atmosfera terrestre, por “saltos” que passavam também por Piedade, Caetés e Três Marias (municípios de Minas Gerais) e, finalmente, chegando ao sítio do Gama, na região metropolitana do Distrito Federal. Hoje todos os dados migram por enlace satelital dedicado, conferindo grande con-fiabilidade ao sistema.

Os equipamentos instalados no sítio do DTCEA-PCO são igualmente importantes. Dentre eles, cita-se o Radar Meteorológico. Concebido e implantado com vistas ao forneci-mento de informações aos Centros de Meteorologia da Aeronáutica, a excelente qualidade de seu produto é hoje considerada como primária para a monitoração pelos profis-sionais da Fundação GEO-RIO, com o decorrente estabelecimento de alarmes para a Defesa Civil do Rio de Janeiro.

A principal ocupação do corpo técnico do Destacamento é a manu-tenção da operacionalidade dos equipamentos instalados no sítio.

Porém, outros serviços de apoio são de igual forma importantes para o bom cumprimento da missão. A exemplo citam-se as atividades de segurança física orgânica, suporte burocrático e assistência médica e odontológica.

O sítio do Destacamento, nome dado ao local onde ficam instalados os equipamentos, dista cerca de trinta e cinco quilômetros do centro da cidade de Petrópolis.

Seu acesso se dá pela Rodovia BR 040, sentido Rio de Janeiro, à altura do Rocio, região de famosos trutá-rios.

Na galeria dos Comandantes o DTCEA-PCO estão os seguintes militares: Cap Esp Com Clemildo Francisco de Souza, Cap Esp Com Walter de Souza Teixeira, Maj Esp Com Cláudio Batista Meneguete, Maj Esp Com João Bernardo Vieira, Maj Esp Com Carlos Alberto Soares Cordeiro e o Maj Av Alfredo José Crivelli Neto.

O atual comandante, Major Avia-dor Cláudio Luiz Rocha Carneiro, tem 38 anos e é natural do Rio de Janeiro. Casado com a Dra. Ivana de Matos Carneiro, possui um filho, André Luiz Matos Rocha Carneiro.

Formado na Academia da Força Aérea no ano de 1988, o Major Cláu-dio, além dos cursos normais de car-reira, é Piloto Inspetor do SISCEAB e Chefe-Controlador de Defesa Aero-espacial, atividades ainda em pleno exercício. Ingressou no Sistema no ano de 1993 e, desde então, serviu por diversas Unidades da Proteção ao Vôo.

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queira e sauna. Nele são realizadas as freqüentes confraternizações do efetivo ou comemorações de caráter particular dos permissionários.

Há também, no corpo dos Blocos, três apartamentos de hospedagem destinados aos visitantes. É comum serem utilizados por militares e civis da Força Aérea em visitação à cidade imperial. As reservas são feitas dire-tamente com o Destacamento, sem maiores formalidades.

Há assistência médica e odontológica no DTCEA-PCO?

O CINDACTA1 mantém um Gabinete Médico e um Gabinete Odontológico em funcionamento para a assistên-cia ao efetivo do DTCEA-PCO e seus dependentes.

Localizam-se na Vila Residencial, no corpo dos Blocos de apartamento.

A execução dos serviços cabe a profissionais do efetivo do Destaca-mento, uma dentista e uma médica, e o atendimento é adequado à rotina do DTCEA-PCO, sempre potenciali-zando o conforto dos usuários.

Como é a cidade de Petrópolis?A Cidade Imperial acolhe um sem-

número de pontos turísticos, desde locais históricos até aqueles de rara beleza natural.

O carro-chave da visitação à cidade é, sem dúvida, o Museu Imperial, resi-dência para onde se deslocavam o imperador D. Pedro II e sua família nos meses de verão. E, com eles, toda a corte carioca.

O Museu disponibiliza à visitação diversas peças originais, conferindo uma verdadeira aula de história aos seus visitantes. Há também o procu-rado espetáculo noturno de Som e Imagem, nos jardins do Palácio, onde se descrevem os fatos nos locais onde provavelmente tenham realmente ocorrido.

A casa onde morou o inventor do avião também está localizada na cidade. A Encantada exerce verda-deiro fascínio aos seus visitantes por expor, de maneira tão concreta, par-ticularidades do gênio inventivo de Alberto Santos-Dumont.

Outros pontos turísticos situados na região urbana da cidade são igual-mente procurados, como o Palácio de Cristal, o Palácio do Rio Negro, a Catedral de São Pedro de Alcântara e a Avenida Koeller. Porém a diversifica-ção da gastronomia, o glamour e os agitos das casas noturnas de Itaipava e Araras vêm motivado cada vez mais a visitação dessas localidades.

Consumidores de vestuário vêm regularmente a Petrópolis para aproveitar as vantagens dos preços praticados pelas dezenas de lojas que compõem a Rua Teresa. Lojas especializadas e com produtos de excelente qualidade e preço, regular-mente expostos, costumam motivar o retorno do visitante.

A infra-estrutura hospitalar dispo-nível é de bom nível, contando com grandes hospitais públicos e privados, além de vasta rede de clínicas e ambu-latórios das mais variadas especialida-des.

O ensino fundamental público recebe especial atenção da adminis-tração municipal. Outras escolas tradi-cionais e renomadas complementam a oferta de vagas.

Das instituições de ensino superior destacam-se a Universidade Católica de Petrópolis e a Universidade Estácio de Sá, hoje responsáveis pela forma-ção da grande maioria de mão-de-obra especializada da cidade.

A estruturação do município, com poucos pontos de acesso, possibilita ao 26º Batalhão de Polícia Militar exe-cutar policiamento ostensivo eficaz, mantendo em baixo nível o índice de criminalidade registrado.

As linhas de transporte urbano disponíveis costumam atender às necessidades do visitante, ligando os principais bairros e pontos turísticos com pouco tempo de deslocamento.

E os problemas da cidade,como as enchentes etc?

Há problemas recorrentes na cidade de Petrópolis, e que povoam os noti-ciários no período do verão, quase sempre relacionados com as fortes intempéries e com a ocupação e uso irregular do solo, mormente em encos-tas e montanhas. Estatisticamente, tais problemas têm maior ocorrência no mês de dezembro.

Como é o relacionamentocom as outras Forças?

O relacionamento do Destacamento com outras instituições sediadas na cidade de Petrópolis é profícuo. A começar pela própria Prefeitura, que constantemente tem apoiado as mais variadas atividades orgânicas desen-volvidas.

Em virtude de sua inserção na guar-nição militar petropolitana, o Desta-camento interage intensamente com o 32º Batalhão de Infantaria Moto-rizado do Exército Brasileiro, nossa arma irmã. Dele tem recebido incon-dicional apoio em todas as demandas expostas.

Organizações Estaduais, como o 26º Batalhão de Polícia, assim como diversas outras instituições públicas e privadas também mantêm constante interação com o DTCEA-PCO, e isto tem propiciado excelentes resultados no cumprimento de sua missão atri-buída.

Mais informações sobre o DTCEA-PCO podem ser encontradas no site:

h t t p : / / w w w. c i n d a c t a 1 . i n t r a e r /Destacamentos/dtcea_pco/

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O senhor tinha expectativa de ser eleito graduado-padrão?

Todos nós sabemos que o DECEA conta com grandes valores em seu quadro de graduados. Saber que o meu nome estava entre aqueles que foram levados à apreciação, realmente me casou uma expectativa muito posi-tiva, pela possibilidade de ser indicado Graduado-Padrão do DECEA. Quando recebi a notícia, fiquei emocionado e extremamente honrado com esse reco-nhecimento. É um momento muito singular em minha carreira e o tenho vivenciando com muita intensidade.

Como é o seu dia-a-dia no DECEA? Atuo na Divisão de Patrimônio

(D-PAT), coordenando as atividades da Seção de Gerência de Patrimônio. Também, devido a minha experiência acumulada ao longo dos anos, presto

assessoramento direto à Chefia da Divi-são nos assuntos relacionados à gestão patrimonial no âmbito do SISCEAB. O Chefe atual da D-PAT é o Cel Av Marcos Antonio de Jesus Coutinho, que acu-mula a função de Adjunto do Subde-partamento de Administração. Devido a isso, trabalho mais diretamente com o Cel Eng R1 Anízio Cerruttti, Assessor de Patrimônio do DECEA, com o qual tenho tido uma relação profissional muito profícua desde 1996.

Há quanto tempo o senhor está na FAB? Conte-nos como foi o seu ingresso no SISCEAB.

Tenho 28 anos de serviço e ingressei no SISCEAB logo após me graduar 3º Sargento e ser classificado no então DPV-GO, no Aeroporto de Goiânia, onde atuei como observador meteoro-logista por oito anos. Posteriormente,

fui transferido para a memorável DEPV, antecessora do DECEA, para atuar na área administrativa, onde estou até hoje.

Sente-se realizado profissional-mente?

Pelo que me propus ao ingressar na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAer), hoje, como Suboficial da Força Aérea Brasileira sinto-me plenamente realizado profissionalmente, porém, motivado para novos desafios.

Acredita que suas qualidades são bem aproveitadas pelo DECEA? Ou acha que pode desenvolver outros pro-jetos, além dos que já realiza?

Com toda certeza, pois realizamos um trabalho de assessoramento que tem merecido a confiança de minha chefia. Mas tenho a visão de que nós militares devemos estar sempre prontos para acatar o chamamento da Força, em novos projetos, onde e quando neces-sário. Sempre procurei manter minha motivação e expectativas profissionais dentro do que a Força nos oferece, como por exemplo, o ingresso ao ofi-cialato. Sinto que cresci profissional-mente, pois, no transcorrer dos últimos 26 anos realizei vários cursos e tive a oportunidade de me graduar em Enge-nharia Mecânica, com reflexos muito positivos para as minhas atividades no DECEA.

A sua família tem orgulho da sua missão como militar?

Minha família foi a grande incenti-vadora de meu ingresso nas fileiras da FAB. Meus pais e irmãos entendem a importância dessa profissão para o nosso Brasil e se orgulham de ter um filho e irmão trilhando a carreira militar.

Nesta sexta edição da Revista Aeroespaço Notícias, damos início a esta nova seção, em que a

O Diretor-Geral do DECEA entrega ao SO Valadão a placa de Graduado-Padrão do DECEA 2004

Conheça, neste número, o Suboficial João Batista Pereira Valadão, um dos servidores-padrão do DECEA - 2004. Ele tem 45 anos, é mineiro de Belo Horizonte e solteiro. Valadão trabalha há 28 anos na FAB e, atualmente,

coordena as atividades da Seção de Gerência de Patrimônio do DECEA.

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idéia é apresentar o perfil de um profissional do SISCEAB, sua vida, seu trabalho e seus ideais.A minha premiação como graduado-

padrão foi recebida por minha família com grande alegria e orgulho. Minha mãe, por motivos de saúde, e meus irmãos, por compromissos profissionais anteriormente assumidos, não pude-ram comparecer à formatura militar na qual fui homenageado. Mas quando relatei a eles a cerimônia, percebi que compartilharam da mesma emoção que senti no dia daquela formatura.

Como tem sido a sua vida na FAB?Poucos têm o privilégio de abraçar

uma profissão ou exercer uma ativi-dade para a qual foi vocacionado, nesse sentido minha vida na FAB foi e tem sido plenamente feliz. Naturalmente, como ocorre em qualquer profissão,

tive momentos difíceis que procurei considerá-los como desafios que a vida nos oferece em prol do nosso aperfei-çoamento. Houve, em contra-partida, inúmeros momentos felizes e gratifi-cantes que nos fortalecem e nos moti-vam a continuar seguindo em frente. Pedindo uma licença poética ao nosso herói Tiradentes, sintetizo, afirmando que se dez vidas eu tivesse, as dez dedi-caria à Força Aérea Brasileira.

Por ocasião da sua premiação como um dos graduados-padrão do DECEA, o senhor enviou uma carta de agradeci-mento ao Diretor-Geral. O que o moti-vou?

Bem, a idéia de escrever algumas palavras ao Ten Brig José Américo foi

motivada pela necessidade que senti de fazer chegar ao nosso Diretor-Geral, de alguma forma, um pouco da emoção que eu vivenciei naquele momento e, também, o meu agradecimento. Aquela carta foi inspirada em todos aqueles que, ao longo de minha carreira, con-tribuíram para o meu aperfeiçoamento pessoal e profissional e dedicada a todos os profissionais que fazem o SISCEAB.

Eu gostaria de aproveitar esta opor-tunidade para agradecer a toda equipe que atuou na execução do Projeto Ser-vidor-Padrão. O esforço, a dedicação e o profissionalismo transpareceram no excelente resultado final apresentado. Parabéns a todos e muito obrigado.

“Permitiu o Excelentíssimo Senhor Chefe Interino do Subde-partamento de Administração dirigir-me a Vossa Excelência para, por meio desta, externar o meu mais profundo e sincero agradecimento pela apreciação de meu nome a figurar na Gale-ria dos Graduados- Padrão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

“Ao longo de minha carreira aprendi a entender a magnitude da missão confiada ao DECEA e a imensa responsabilidade de seus integrantes, no exercício das atividades relacionadas ao controle do espaço aéreo e à navegação aérea brasileiros.

“Compreendi, ainda, que o sucesso dessa missão funda-menta-se na doação de cada m de nós de forma anônima, como convém a uma equipe coesa, e abnegada como se exige de um soldado da Pátria.

“Carrego a certeza de que, por esse empenho anônimo e abnegado, não almejamos nada além da satisfação individual em contribuirmos, no nosso nível de atuação, para a manuten-ção do padrão de excelência alcançado pelo DECEA - responsá-vel pelo prestígio e destaque que o nome de nosso País usufrui, perante o conjunto das Nações, junto aos fóruns internacionais de navegação aérea. Esse fato já é motivo suficiente a imprimir, em nossa carreira, orgulho e significado.

“Porém, quando ao nosso esforço individual agrega-se o reco-nhecimento da mais Alta Administração do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, sentimo-nos honrados e tomados por forte emoção e redobrada motivação.

“Ciente do significado dessa singular distinção, entendo, toda-via, que as qualidades que me conduziram a momento tão dig-nificante e marcante em minha carreira encontram origem em meus superiores e chefes imediatos, os quais, com urbanidade, sempre bem me instruíram e me orientaram na condução das tarefas a mim confiadas.

“De mesma sorte, pude contar com o imprescindível apoio e espírito de camaradagem de meus pares e subordinados, com os quais consolidei a convicção de que um pilar não serve a seu propósito se não puder contar com uma base sólida e adequada.

“Não poderia deixar, também, de render a minha gratidão aos meus pais, ao me transmitirem os primeiros valores éticos e morais tão necessários a uma vida profícua e digna.

“São com esses sentimentos que renovo à Força Aérea Bra-sileira, na pessoa de Vossa Excelência, meus esforços de bem servir à Pátria e de dignificar, com redobrada responsabilidade a Galeria do Graduado Padrão deste Departamento.”

João Batista Pereira Valadão Suboficial BMT

Abaixo, estamos reproduzindo a carta que o nosso entrevistado enviou ao Diretor-Geral do DECEA:

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No dia 14 de janeiro de 2005, o Cap Av Antonio Carlos Macedo de Farias assumiu o comando de Desta-camento de Controle do Espaço Aéreo de Santos (DTCEA-ST), recebendo o cargo do Cap Av Armindo Tadeu Mattos Anto-nio.

A cerimônia foi

presidida pelo Comandante da Base Aérea de Santos (BAST) e contou com a presença do Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) e

de diversas autoridades civis e militares da comu-nidade aeronáutica em Santos.

O DTCEA-ST tem como missão prestar serviço de controle do espaço aéreo no aeródromo de Santos, utilizado principalmente pelo 1º/11º GAv, Unidade Aérea responsável pela formação dos pilotos de asa rotativa da Força Aérea Brasileira .

O Cap Armindo foi transferido para o Centro Técnico Aeroespacial, onde realizará o Curso de Ensaios em Vôo. Após a cerimônia de passa-

gem de comando, o ex-comandante recebeu uma justa homenagem pelos bons serviços prestados ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

DTCEA de Santos tem novo Coman-dante

O Primeiro Centro Inte-grado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 1), realizou, no dia 17 de dezembro, Cerimô-nia Militar de encerramento das atividades do ano de 2004.

O evento, presidido pelo Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araujo, Comandante da Organização, constou de leitura da ordem-do-dia e homenagem aos militares transferidos para outras Uni-dades. Após a Cerimônia, foi oferecido um almoço festivo para todo o efetivo.

CINDACTA 1 realiza CerimôniaMilitar de Final de Ano

A formatura militar no evento da passagem de comando

A homenagem aos militares transferidos para outras unidades

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Foram inaugu-radas as novas instalações do complexo formado pela Sala AIS, Centro Meteoroló-gico Militar, Esta-ção-Rádio, setores subor- dinados ao Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz (DTCEA-SC) e da Seção de Controle de Operações Aéreas Militares de Santa Cruz (SCOAM-SC), subordinada à Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no dia 07 de janeiro de 2005.

O trabalho em equipe, entre o Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ), a BASC, o DTCEA-SC e a SCOAM-SC, tornou possível a transforma-ção das antigas instalações em um com-plexo moderno, operacional e de acesso seletivo.

O SRPV-RJ, preocupado com a degra-dação das instalações, com a qualidade e confiabilidade da prestação dos ser-viços e, principalmente, com o bem-estar dos seus profissionais, investiu na reconstrução dos setores, retirando as antigas divisórias e convertendo o novo layout em alvenaria, substituindo o piso de todo andar superior, revita-lizando as redes elétrica e hidráulica, construindo novos banheiros, adqui-rindo equipamentos de ar-condicio-nado e implantando uma rede de

dados, certificada, com servidor próprio e com computadores novos.

A BASC, consciente da importância de sua SCOAM, elo básico de pronta-resposta da Força Aérea Brasileira, investiu na substituição do mobiliário, na construção de paredes de alvena-ria no lugar das antigas divisórias, na aquisição de equipamentos de ar-condicionado, na insta-lação de persianas e de insulfilm nas dependên-cias da Sala de Controle de Operações Aéreas.

Com tanta ajuda, o DTCEA-SC, movido pelo espírito empreendedor, quis mais! Implantou, por iniciativa própria, o Sistema Automatizado de Sala AIS (SAIS) e iniciou o programa de quali-dade total voltado ao bem-estar do usuário.

A SCOAM-SC não ficou atrás, organizou seu setor administrativo e deu um novo visual na distribuição do mobiliário.

A cerimônia militar foi presidida pelo Coman-dante da BASC, Cel Av Carlos Eurico Peclat dos

Santos, acompanhado pelo Chefe do SRPV-RJ, Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho, pelo Comandante do DTCEA-SC, Maj Av Renato Pietroforte Carvalho e pelo do Chefe da SCOAM-SC, 1º Ten Av Alessan-dro Sorgini D’Amato.

Mais uma vez o trabalho em equipe e o comprometi-mento profissional demons-traram ser uma das soluções para os problemas da Força Aérea Brasileira.

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O momento da inauguração

Inauguradas novas instalações no DTCEA-Santa Cruz

A solução apresentada com as modernas instalações

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