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Agenda novembro e dezembro 2017 - ACILacil.com.br/uploads/revista/Mercado-em-Foco-42-Novembro-e-Dezemb… · I N C O M P A N Y TREINAMENTO ... Desenvolvimento de mão-dupla ... ponte

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Agenda novembro e dezembro 2017

Módulo 4Negociação: Eu + persuasivo • Comonegociarmaisemelhor?• Técnicasatuaisdenegociação• Aartedepersuadirclientes• Mundoreal:simulaçãopráticadenegociação

emvendas• Negociarparavender

Módulo 5Fidelização: + resultados com pós venda• Aartedefidelizaremanterclientes• Fidelizaçãoécusto?• Fidelizarparavendermaisemais• Passoapassodafidelização• Comolucrarcomafidelização?

Nãoassociados:R$ 300,00Associadoseestudantes: R$ 250,00

Workshop: Criando valor ao seu produto nas mídias sociais através da fotografia por celularNúcleo de Profissionais de Fotografia ACIL21 de Novembro08h30 às 11h30• Composiçãofotográfica• Iluminação• Truquesedicas• ÂnguloeenquadramentoNãoassociados:R$ 100,00Associadoseestudantes:R$ 80,00

Liderança e gestão de equipes de alta performanceSilvia Rocha21, 22 e 23 de Novembro19h às 23h

Módulo 1Estilos de liderança e autogestão• Estilosdeliderançaeliderançasituacional• Perfildolíderdesucesso• Autoconhecimentoeseusreflexosno

processodeliderar• Inteligênciaemocionaleresiliência

Módulo 2Comunicação assertiva/Planejamento e organização • Comunicaçãoassertivaegestãodeequipes• Ferramentaseficazesdecomunicação• Falhasnoprocessodecomunicaçãoe

impactosnorelacionamento• Organizaçãoemetodologiaaplicadaao

processodeliderarpessoaseprocessos

Palestra: Profissão vendedor – Como aumentar suas vendas nos dias de hoje? Murilo Gomes13 de Novembro19h às 22h• Desafiosetendênciasdevendas• Profissãovendedor• Ferramentaspráticas• MetodologiadidáticaecriativaNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes: R$ 47,00

Operador de CaixaSivaldo Dal Ry13 e 14 de Novembro19h às 23h• Aberturaefechamentodecaixa• Recebimentosepagamentos• Identificandoeprevenindofraudes• Identificandodocumentoseconferindo

chequesecartõesNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes: R$ 91,00

Programa de capacitação EU + Vendedor Murilo Gomes20, 21, 27, 28 e 29 de Novembro19h às 22h

Módulo 1Planejamento: Eu + Produtivo• Planejamentodevendas• Agendadetrabalhoeficiente• Administraçãodotempoparavendedores• Asliçõesdoplanejamentocomercial• Nãopercatempoemelhoreseusresultados

Módulo 2Prospecção: Eu com + Clientes • Estratégiasdeprospecção• Prospecçãocomcriatividade• Sistemasdeprospecção• Prospectandocomsucesso• Ondeestãoosclientesquevocêprecisapara

batersuasmetas

Módulo 3Atendimento: abordagem + eficiente • Atendimentodealtaperformance• Processodeabordagem• Técnicasecasespráticos• Comoaumentarvendascomatendimento

eficiente• Repertóriocomercialparaabordagem

LANÇAMENTO

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO ESPECIAL DIGITAL

Palestra: Como aumentar as vendas através de estratégias digitaisSheila Dal Ry06 de Novembro19h às 21h• Comportamentodoconsumidor• Canaisonlineaseremexplorados:site,

redessociaiseblogs• Ferramentas• CasesdeinteraçãoevendasNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Marketing Digital aplicado na empresa Sheila Dal Ry8 e 9 de Novembro19h às 23h• CenáriodigitalnoBrasil• EtapasdoMarketingDigitalpara

aplicarnaempresa• Ferramentasmaisutilizadas• Redessociais• CasesdesucessoNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Valor promocional para o programa completo:

Nãoassociados:R$ 209,00Associadoseestudantes:R$ 117,00

Saiba mais:[email protected] ou3374.3082 com Mariana Reche:[email protected]

Associação Comercial e Industrial de Londrina Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR

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TREINAMENTOS

I N C O M P A N YTREINAMENTO PERSONALIZADO PARA SUA EMPRESA

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UMA PROPOSTA

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Palestra: Transforme seu atendimento em vendas Regina Nakayama04 de Dezembro19h às 21h• Asleisdoatendimentoaocliente• Osmomentosdaverdade• Comocriaremanterrelacionamentoscom

clientesNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Qualidade de serviços em recepção e secretariaSilvana Oliveira05 e 06 de Dezembro19h às 23h• Desenvolvimentopessoaleprofissional• Perfileposturaprofissional• Superaçãonoatendimentoaosclientes• TécnicasderecepçãoeatendimentoNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Módulo 3Gestão de pessoas• Odesafiodegerirequipesdealtaperformance• Relacionamentohumanoetrabalhoem

equipe• Gestãodoconflitoefeedback• Casesdesucesso

Nãoassociados:R$ 300,00Associadoseestudantes: R$ 250,00

Gerente Comercial: Como montar e reestruturar o comercial de uma empresaMilton Bettoni22, 23 e 24 de Novembro19h às 23h• Responsabilidadesdogerentedevendas• Recrutamentoeseleçãodeequipe• Dimensionamentodaequipe,devisitasou

contatos• Estruturaçãodaforçadevendas• RemuneraçãoEstratégicadevendas• Gestãoderesultados• Planodeaçõescomerciais• Segmentaçãodeclientes• Zoneamentodevendas• IndicadoresdeDesempenhoNãoassociados:R$ 300,00Associadoseestudantes: R$ 250,00

Reforma Trabalhista aplicada ao Departamento Pessoal Mario Sergio Curti28 e 29 de Novembro19h às 23h• PrincipaisAlterações• Responsabilidadeemcasodedissolução

societária• Tempoàdisposição• NovasMultas• BancodeHoras• Acordoscoletivos• AcordosIndividuais• JornadadeTrabalho• Jornadadetrabalho12x36

• Parcelamentodasférias• IntervaloReduzido• ContrataçãodeAutônomo• ContratodeTrabalho• PrêmioseGratificações• Teletrabalho• NovamodalidadededemissãoNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Workshop: Comportamento e imagem corporativaSilvia Rocha30 de Novembro19h às 23h• Aimportânciadaconsistênciaecoerênciade

imagem• Comportamentoeposturaprofissionaldentro

dasempresas• Vestimentaprofissionaleseusníveisde

formalidade• Oqueémoda?• Identificaçãodoscódigoscontemporâneosdo

vestuárioprofissional• Dresscodeedresscodeparaeventos

corporativos• Comportamentoeredessociais• Casosreaisdesucessoeinsucessoatravésda

construçãodeumaimagemconsistenteNãoassociados:R$ 100,00Associadoseestudantes:R$ 60,00

LANÇAMENTO

EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2016/2019

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Claudio Sergio TedeschiPresidenteFernando Maurício de MoraesVice-presidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioAlexandra de Paula Yusiasu dos Santos2º Diretor SecretárioRodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroRogério Pena Chineze 2º Diretor Financeiro

Angelo Pamplona da CostaDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinDiretor de ServiçosOlavo Batista JuniorDiretor de Comércio InternacionalAdelino Favoretto JuniorDiretor de ProdutosElias Lombardi de OliveiraDiretor Institucional

Luigi Carrer FilhoDiretor de AgronegóciosMarco Aurélio KumuraDiretor de Tecnologia e InovaçãoRicardo Beraldi RodriguesDiretor Micro e Pequeno EmpresárioAndré Gradia Gomes YuiDiretor Jovem EmpresárioMarisol ChiesaPresidente do CME ACIL

CONSELHO DELIBERATIVOAry Sudan Carlos Alberto Dorotheu MascarenhasDavid ConchonFlávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaHerson Rodrigues Figueiredo JúniorJosé Augusto RapchamKatsumi Sérgio OtaguiriNivaldo BenvenhoOswaldo Pitol

Valter Luiz OrsiWeber GuimarãesWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCALTitularesAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni NetoSuplentesMario Nei PacagnanMarcelo Quelho FilhoEduardo Ajita

Susan NaimeCoordenaçãoLúcio Flávio MouraEdiçãoGiovana Nogueira CorreiaEstagiária de ComunicaçãoFernando CremonezFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinGerente ComercialBarbara Della LiberaSupervisora de Marketing

ColaboradoresAmanda de Santa Fernanda Bressan

Janaína Ávila Marco Feltrin Michelle Aligleri Ranulfo Pedreiro

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

A CIDADE COMO PONTO DE ENCONTROUma cidade musical, artística, divertida

e animada. Quem não quer Londrina nestes termos? A ACIL com certeza quer. E queremos mais: queremos que áreas públicas se tornem a mais perfeita expressão do espírito natalino, um espaço que nos una, nos conforte e nos dê esperança. Este é o princípio da proposta do Londrinatal. Nossa campanha de fim de ano deixa de lado o sorteio de prêmios e carreia sua energia para a ambientação do espaço público nas áreas comerciais.

A ACIL propõe um desafio para a cidade: vamos vivê-la intensamente nestes dias? O Menino Jesus nos inspira neste esforço permanente de promover o bem estar nas nossas áreas de convivência, em especial o comércio. É assim que vamos fazer o londrinense continuar amando esta terra, uma garantia para nossos sonhos de prosperidade.

Além do Londrinatal, esta edição destaca a força do Lidere, evento que

se transformou em um dos grandes legados deste ano especial, quando nossas oito décadas foram revisitadas e resignificadas. A primeira edição do encontro empresarial revelou uma economia regional inquieta e antenada, um mercado disposto a ouvir os especialistas e inaugurar novos nichos de atuação.

A Mercado em Foco se despede deste ano inesquecível com muito mais assuntos: uma entrevista com um dos craques do nosso tempo na liderança empresarial, Márcio Fernandes;  o debate adormecido de uma cidade em busca de identidades  e marcas; os aspectos mais desconhecidos da elaboração dos orçamentos municipais; os cuidados mais do que estratégicos da pós-venda e muito mais. Um Feliz Natal e um 2018 de grandes encontros, de muito aprendizado e de muita energia para nossas realizações! Boa leitura!

Claudio Sergio Tedeschi Presidente da ACIL(gestão 2016-2019)

Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

ENTREVISTA“Liderança é aquela que temcoragem de fazer diferente” .............................................. 14

INOVAÇÃODesenvolvimento de mão-dupla ........................................ 20

INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTOUma viagem ao centro dos bons negócios ........................ 24

ARTIGOEmpresários e a Reforma Trabalhista:uma gigantesca oportunidade ao País .............................. 27

PÓS-VENDANão é um adeus, é um até logo! ....................................... 32

PERFILO novo rosto do empreendedorismo londrinense ............ 34

BEM-ESTARSaúde que cai do céu ........................................................ 36

COLUNA DA ACILACIL obtém reconhecimento inédito do GPTW .............. 38

ÍNDICE

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CULTURA E IDENTIDADEAfinal, quem é Londrina?

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ECONOMIAOrçamento aponta os destinos do dinheiro arrecadado com os impostos

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ACILLidere provoca reflexões sobre novo ambiente de negócios

CAMPANHAO polo cultural ‘desfila’ nas festas de fim de ano

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NATAL

Por Lúcio Flávio Moura Filo, FML, Festival de Dança, Londrix, Festival Kinoarte...

Conhecida como a terra dos festivais, a cidade vai usar um deles para entrar no clima de fim de ano. O Festival Londrinatal é o evento que encerra um ano memorável da ACIL, uma instituição que foi capaz de aproveitar o calendário de celebração dos 80 anos revisitando suas raízes, ao mesmo tempo que se preocupou em se reinventar em tempos de profundas mudanças. “É só assim que seguiremos como guardiã dos sonhos de prosperidade dos londrinenses”, afirma o presidente Claudio Tedeschi.

A reformulação da principal campanha da casa, que até 2016 usava

como mote os sorteios de prêmios, foi pautada por uma aspiração do empresariado, cada vez mais urgente: o londrinense deve usar mais seu espaço público, conviver mais ao ar livre, transformar a cidade em um grande território de confraternização e também de elevação espiritual através da arte. “O comércio sempre foi uma grande experiência de convivência humana, de troca de bens materiais, mas também de ideias e visões de mundo. O comércio acelerou o desenvolvimento e o bem estar da humanidade. É nisso que acreditamos”, lembra Tedeschi.

O espírito natalino reforça a ideia de convivência e de respeito ao próximo. A música e os espetáculos teatrais funcionarão como ponte para esta cultura de integração, que tem uma motivação mais espontânea em dezembro. “Vamos ambientar a cidade para que toda a

O POLO CULTURAL ‘DESFILA’NAS FESTAS DE FIM DE ANOAs ruas mais alegres, musicais e animadas vão transformar o Londrinatal em um prenúncio mais do que positivo para o ano novo

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região tenha vontade de participar desta grande experiência. Há muita variedade e qualidade, o que nos faz acreditar em boas avaliações, qualquer que seja a escolha do público”, lembra o diretor comercial da ACIL, Angelo Pamplona.

A ACIL também fez questão de trabalhar em conjunto no planejamento das festividades, escolhendo parceiros que fazem parte das atividades rotineiras da instituição e estão identificados com os valores do associativismo. “Todo este esforço é para manter viva a tradição do Natal em nossa comunidade”, lembra Roberto Martins, presidente do Sincoval. “Esta tradição prega o respeito ao próximo, a busca da solidariedade, a compreensão entre os diferentes, a paz e o amor mútuo, a convivência pacífica e saudável”.

A programação artística se concentrará mais na área central justamente para aproveitar o fluxo de moradores de todas as regiões

da cidade. Porém, o planejamento também contempla os bairros com atividades recreativas que serão divulgadas nos canais de comunicação da ACIL à medida que elas forem se integrando à programação.

O Sincoval também promete atividades extras nas três semanas do festival. Sem falar no recomeço de uma tradição adormecida, a ambientação noturna, com luzes em fachadas e em áreas de grande circulação, um projeto que ficará sob responsabilidade da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), o braço da prefeitura que busca parcerias para replicar a fórmula em larga escala. “Depois de um bom tempo, Londrina voltará a ter um grande Natal nas ruas. Isso só foi possível graças à parceria da prefeitura, com a ACIL e o Sincoval. Estamos trazendo de volta a alegria desta importante data

para nossa cidade”, comenta Fabian Bordon Trelha, diretor de turismo do instituto.

O endereço do Bom Velhinho

O Sindicato do Comércio Varejista, o Sincoval, irá contribuir com a instalação da Casa do Papai Noel, montada no Museu de Arte de Londrina.

Na antiga rodoviária, no coração da cidade, onde tanta gente desembarcou na Capital Mundial do Café, o Bom Velhinho chega ao prédio desenhado por Vilanova Artigas, um ponto afetivo do Norte do Estado, associado à esperança e vida nova. Todo fim de

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tarde, o morador abrirá as portas da singela construção para pais e filhos se encantarem com o clima natalino. A área total instalada nos paralelepípedos das antigas plataformas soma 144 metros, com jardins decorados no entorno. A entrada para visitação no museu será pela Avenida São Paulo.

A chegada – acompanhado da Mamãe Noel e de toda a família - será no dia 7, a data inaugural da temporada noturna do comércio. A partir deste dia, as lojas abrirão das 9 às 22 horas, com policiamento reforçado, como ocorre todos os anos.

No dia seguinte, o festival sobe a “ladeira” e chega ao Calçadão, na Praça Marechal Floriano Peixoto (ao lado da Catedral), com o show Mulheres, uma reunião inédita de grandes cantoras da cidade, com repertório variado, fundamentado na MPB, mas com boas pitadas daqueles clássicos de Natal que todo mundo gosta de cantar junto.

Aniversário

Dezembro é tão especial em Londrina, que abriga até a festa de aniversário da cidade. E o ponto de encontro dos londrinenses no dia 10 de dezembro será o Aterro do Lago Igapó 2, onde será oferecida uma extensa programação. O ponto alto será a apresentação do cantor Serjão Loroza, um dos líderes do Monobloco, banda que arrasta multidões no carnaval carioca, e autor de álbuns que misturam ritmos como samba, marchinha, rap, soul e funk.

A música brasileira domina a festa na zona sul: os locais do Bloco do Bafo Quente e do Benedito Fala Torto (choro, forró e samba) aquecem o público para a atração principal. O aterro também terá espaço para a alegria típica dos picadeiros, com a montagem a Festa da Risada, dos palhaços Arnica e Geléia, do Centro Londrinense de Artes Circenses.

Jazz e instrumental

Dois dias depois, no dia 12, o Calçadão volta a pulsar com o festival. É a vez do jazz pé-vermelho dar o ar da sua graça, na Praça Gabriel Martins, entre a Avenida São Paulo e a rua Professor João Cândido. Primeiro sobe ao palco o pianista londrinense Mateus Gonsales (jazz) e depois a badalada cantora Joyce Candido, outra prata da casa do curso de música da UEL. Joyce, considerada pela crítica brasileira e europeia um dos nomes mais promissores do novo samba, recebe outros artistas da região para duetos inéditos.

No dia 14 de dezembro, uma quinta-feira, o refinamento prossegue

dominando o Calçadão, mas em outro ponto, na Praça Willie Davids, entre a Rua Minas Gerais e a Avenida Rio de Janeiro. Dois músicos de instrumentos virtuosos vão brindar o público com um bom jazz, um pouco de música brasileira e outras vertentes da música instrumental. São eles, o argentino radicado há décadas no Brasil, Victor Biglione (da formação original da banda A Cor do Som), e André Siqueira, multi-instrumentista que é professor do curso de Música da Universidade Estadual de Londrina, uma referência em viola caipira e guitarra portuguesa, entre outras habilidades. As apresentações serão realizadas no Calçadão, na Praça Willie Davids (entre a rua Minas Gerais e a Avenida Rio de Janeiro).

Auto de Natal

A companhia de atores que promove anualmente a Paixão de Cristo na Vila Portuguesa, o Grupo Teatro da Paz, topou o desafio e vai representar um Auto de Natal em pleno Calçadão (Praça Marechal Floriano). A proposta é sensibilizar o público e manter em destaque a essência da celebração da data. A encenação será realizada na noite do dia 15, uma sexta-feira.

Cartão postal com trilha sonora

No domingo, dia 17, é a vez do londrinense se encontrar em grande estilo com seu maior cartão postal. O cambeense Victor Gorni traz sua big band para o Londrinatal no Lago, no Igapó 2. Ao seu lado, o canto potente do rolandense Vinicius Zanin, da terceira edição do The Voice, da Rede Globo. Em seguida, se apresenta o Acústico Blues Trio e Derico (aquele mesmo da banda do Programa do Jô). Para encerrar, o grupo local Sambulantes anima a plateia com seu samba total, que passeia tanto por clássicos antigos quanto contemporâneos.

Espetáculo comovente

Um dos parceiros da campanha promete surpresas para um evento que cada ano conquista mais londrinenses, a Cantata Encanto de Natal do Sicoob Norte do Paraná. O coral que ocupa as janelas do emblemático prédio das Casas Fuganti (atual sede da cooperativa de crédito), localizado na Praça Willie Davids (entre o fim da Rua Minas Gerais e da Alameda Manoel Ribas), se apresentará com novidades nos dias 19, 20 e 21 (terça, quarta e quinta).

Normalmente, o musical envolve crianças, filhos de colaboradores e adultos que complementam o show com números no solo. O cenário é formado por luzes e por enfeites no topo do prédio, que ganham ainda mais impacto no entardecer.

Até agora, o que pode ser divulgado, é que a maestrina Maria Dulce Prime estará à frente da apresentação pela primeira vez. Maria Dulce coordenou por 20 anos o espetáculo no Palácio Avenida, na capital, a maior inspiração da cantata londrinense. “Em um momento como o que vivemos, com tantas notícias ruins, precisamos resgatar o espírito natalino. A população precisa de alegria. Foi isso que nos motivou dois anos atrás a desenvolver uma ação com este perfil. E por isso estamos renovando e investindo cada vez mais na cantata”, conta o diretor do Sicoob Norte do Paraná, Emerson Ferrari.

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Londrinatal na Concha

Finalmente, no dia 22, sexta-feira, a programação do Festival Londrinatal aporta na Concha Acústica com três atrações. O Grupo Chorus, que surgiu em Presidente Prudente, mas que se radicou em Londrina em 2001, usa vocais, dança e interpretação cênica para conquistar admiradores no Brasil e no Exterior.

A noite terá ainda a Orquestra de Viola, grupo que mantém viva a tradição da música caipira paranaense. O público poderá conferir ainda o Coral das Crianças Campos Verdes, do Projeto Ecoar. “A programação é viva e qualquer iniciativa cultural interessante para a cidade poderá ser abraçada pelo festival”, pondera o superintendente da ACIL, Diego Menão. “O mais importante é que estamos mostrando que a cidade pode ganhar novos ares com dezenas de artistas locais, unindo a cultura, o prazer de desfrutar a cidade e o que o comércio tem de melhor para oferecer”, lembra.

Programação

Veja as principais atrações do festival de dezembro

Chegada do Papai Noel07 (quinta) – Museu de Arte de LondrinaShow Mulheres08 (sexta) – Praça Marechal FlorianoShow de Aniversário10 (domingo) – Aterro do Lago 2

Jazz e MPB 12 (terça) – Praça Gabriel MartinsJazz e Instrumental 14 (quinta) – Praça Willie DavidsAuto de Natal15 (sexta) – Praça Marechal FlorianoLondrinatal no Lago17 (domingo) – Imediações do Lago 2Cantata Encanto de Natal 19,20, 21 – Praça Willie DavidsLondrinatal na Concha22 (sexta) – Concha Acústica

Confira como será o funcionamento da Casa do Papai Noel

2ª a 6ª feiraDias: 07 e 08 / 11 a 15 / 18 a 23.Das 10h às 17h (visita somente à casa do Papai Noel.Das 17h01 às 22h (visita à casa com a presença do Papai e Mamãe Noel).SábadosDias: 09, 16, 23.Das 10h às 18h (visita à casa com a presença do Papai e Mamãe Noel).DomingoDia: 24.(Dia 24/12): das 10h às 16h (visita à Casa com a presença do Papai e Mamãe Noel).

* Datas e horários podem ser alterados pela organização. Confira no hotsite da campanha londrinatal.com.br as possíveis mudanças.

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ACIL

LIDERE PROVOCA REFLEXÕES SOBRE NOVO AMBIENTE DE NEGÓCIOSEncontro empresarial, marco da celebração dos 80 anos da ACIL, supera expectativas e revela mercado regional disposto a entender a dinâmica de uma economia em transformação

Por Lúcio Flávio Moura Susan Naime

Por dois dias, Londrina viveu uma sensação que só os grandes eventos empresariais do País conseguem transmitir. O Lidere, ápice da celebração dos 80 anos da ACIL, teve uma estreia acima das expectativas, com um público total de mil pessoas por dia, uma plateia inquieta e interessada, que assistiu palestras, percorreu trilhas de interação, participou de rodadas de negócios, visitou estandes, fez muito network e acompanhou painéis com assuntos que movimentam a cultura empreendedora contemporânea.

Ao todo, foram 25 atividades entre palestras individuais, palestras simultâneas, painéis, rodada de negócios e trilhas de interação. Na pauta, o trinômio Gestão, Inovação e Liderança.  “Nosso compromisso é preparar o empresariado para um mercado cada vez mais dinâmico, cada vez mais focado em inovação e mais preocupado em formar líderes conectados. Apresentar os novos modelos de gestão é um dos compromissos prioritários da ACIL”, afirmou o presidente Claudio Tedeschi no discurso da abertura do evento. Na solenidade estavam presentes o governador do Estado, Beto Richa, e outros líderes empresariais, entre eles o presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa, e o presidente da Fiep, Edson Luiz Campagnolo.

Um grande salão sem barreiras físicas, com auditório, estandes e área para network formou um ambiente de interação que impressionou o público e os parceiros, especialmente os que fizeram questão de cravar sua marca na área de estandes. “Londrina precisava de eventos como o Lidere. Participamos de encontros como este em São Paulo e Brasília, e a ACIL acertou no modelo, o que deve motivar novos negócios”, comenta o gerente regional de mercado do Sicoob Norte, Mário Henrique Michelato.

“O Lidere é um marco. Estou há três anos na cidade e não tinha visto um evento parecido em que você pode encontrar empresários de vários ramos e atividades”, ressalta Cleber Gamberini, gerente da filial Londrina da Sancor Seguros.

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Comodidade

Entre os participantes, muita gente lembrou da comodidade de poder se qualificar sem precisar se preocupar com viagens aéreas e hotéis. “Encontrei parceiros, fiz networking e no ano que vem a Algar quer ser parte integrante do evento”, diz Silvio Luiz Lozan, executivo de vendas da Telecom. “Estava na hora de ter algo desse nível em Londrina. A maior parte desse conteúdo geralmente a gente buscava em São Paulo”, opina Mário Sérgio, diretor da Agiliza Recebíveis.

O sucesso da primeira edição, planejada durante mais de um ano, garantiu o Lidere como atração fixa e principal do calendário de eventos da ACIL. No ano que vem, o encontro será realizado nos dias 3 e 4 de outubro.

“Os padrões de eventos empresariais no interior do Estado serão redimensionados a partir do Lidere, tanto pela densidade do conteúdo quanto pelo dinamismo do formato”, defende Marco Kumura, diretor de Tecnologia e Inovação da ACIL e coordenador do Comitê Gestor dos 80 anos. Ele ressalta

o acerto estratégico da realização para a entidade, lembrando  o fato de que as vendas de ingressos, dos espaços dos expositores e das cotas de patrocínio fluíram além das expectativas.

“De imediato, é difícil dimensionar o valor do Lidere para a cidade. Mas nas conversas que tive com os gestores após o evento, eles disseram que iriam reunir a equipe para discutir como aplicar na rotina da empresa os conhecimentos adquiridos nestes dois dias. É exatamente isso que pretendíamos”, conta o superintendente da ACIL, Diego Menão.

Confira um resumo do ambiente Lidere:

Trilhas de interação

O Conselho da Mulher Empresária da ACIL e a Fomento Paraná integraram a chamada trilha de interação, mecanismo que apresenta os conceitos e as ideias embutidas em produtos e serviços oferecidos ao mercado.  Também lançaram mão do formato outros parceiros da ACIL na empreitada: Sebrae, Senai e Value.

Painéis

No primeiro dia, o tema foi Inovação e Modelos de Negócios. A mediação ficou por conta da Diretora de Serviços da ACIL, Marcia Manfrin. Líderes da

Atlas Schindler, da Endeavor e da BMW participaram do debate. No segundo dia o tema foi Cooperativismo. A mediação foi de Mario Nei Paccagnan, da Litz Estratégia e Marketing. O grupo de debatedores foi formado por líderes da Uniprime, da Sancor, Sicoob Norte e do Sicredi União PR/SP.

Rodada de negócio

O Sebrae coordenou uma rodada de negócios, prestigiado por 36 empreendedores. O mote da atividade era “Experiência em Inovação Empresarial”. Neste formato, as ideias são apresentadas em cada mesa por dois minutos, abrindo caminho para um intercâmbio de soluções que pode beneficiar qualquer participante.

Startups

Uma juventude cheia de energia e ideias também aportou no Lidere, com o Redfoot Open Innovation, evento que reuniu investidores e startups promissoras. No total, além dos painéis com cases de sucesso, foram apresentadas 30 ideias para investidores individuais, fundos e olheiros.

Palestras simultâneas

Além das palestras principais, uma das novidades que o Lidere trouxe para a região foi o palco simultâneo.  Três palestrantes falam ao mesmo tempo em canais de rádio e a plateia, com fone de ouvido, pode escolher qual conteúdo quer acompanhar. No total, seis palestrantes se apresentaram desta forma.

Cardápio para todos os gostos

Painel Rodada de Negócios Trilha de Interação

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O Lidere recebeu alguns dos principais executivos e líderes empresariais do País. Confira um pouco sobre as lições que cada um deles compartilhou com os participantes do evento.

Walter Longo

Publicitário e administrador de empresas com MBA na Universidade da Califórnia, Walter Longo é presidente do Grupo Abril, sendo responsável pelas operações de Mídia, Gráfica e Distribuição. É considerado um dos maiores especialistas em comunicação e interatividade do Brasil.

“O mundo mudou tanto nesses últimos tempos que nós precisamos rever os paradigmas que sempre serviram de norte para a nossa gestão. Certas certezas que sempre carregamos precisam ser revistas para aproveitarmos melhor as oportunidades. Trabalhamos muito com o conceito de permanência, e no momento está tudo efêmero e passageiro”.

Janete Vaz

Janete Vaz é formada em bioquímica, com MBA em Gestão Empresarial pela

Fundação Dom Cabral (FDC). Foi eleita por dois anos consecutivos como uma das Melhores Gestoras de Empresas do Brasil pela revista Valor Liderança por sua atuação à frente do Laboratório Sabin.Como empreendedora, integra o conselho de diferentes entidades.

“O diagnóstico [da crise] nós já temos. O mais importante é cada empreendedor entender o seu papel nesse momento e olhar para o que pode fazer. Trago como ingrediente mostrar como nós fizemos para ser uma empresa entre as melhores para se trabalhar: nossa filosofia é atrair, desenvolver, desafiar, reconhecer, recompensar e comemorar, colocando sempre as pessoas no centro da estratégia da empresa porque nós acreditamos que pessoas felizes produzem mais e melhor. Nosso propósito é gerar nos colaboradores a satisfação e a motivação para que eles possam encantar as pessoas, os clientes.”

Mário Gazin

À frente de uma das maiores redes varejistas do Brasil, com 167 filiais em todo país, Mário Gazin é conhecido pelo estilo arrojado de liderança e pela visão estratégica, que fazem dele um dos empresários mais bem sucedidos do país.

“Toda mudança tem um ponto final e a crise é uma escola. Se prestarmos atenção, este ano encontramos muitas empresas com maior lucro do que em 2013 e 2014, por exemplo, porque se prepararam, pouparam,

se organizaram. Daqui para frente estamos saindo da crise e é importante que as empresas continuem atuando como atuaram no cenário de crise, com cautela e cuidado. Hoje, muitos jovens querem trabalhar pouco, fazer menos, mas ganhar mais. Isso não é possível. O mercado precisa de quem se atualiza, faz pesquisas, coloca a mão na massa e faz a diferença”.

Martha Gabriel

Martha Gabriel é uma das principais referências no mercado brasileiro quando o assunto é transformação digital, comportamento, tendências e inovação, realizando anualmente cerca de 150 palestras no Brasil e cinco no exterior. É autora do best seller Marketing na Era Digital.

“O público está digital, há uma mudança de comportamento e uma revolução tecnológica à disposição das empresas. O erro gravíssimo é quando as empresas não prestam atenção em seu público e nem nessa mudança. Empresas que não entendem o que as pessoas querem estão quebrando. Onde estão as novas oportunidades? O que você faz para melhorar a vida do seu público. Quem não se preocupar em evoluir em relação à atendimento, qualidade do serviço, estratégias digitais de conteúdo, está fadado ao fracasso”.

Lições de sucesso

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REVISTA MERCADO EM FOCO | NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2017 WWW.ACIL.COM.BR

Ronaldo Tenório

Publicitário e especialista em comunicação estratégica, Ronaldo Tenório soma mais de 10 anos de experiência em Comunicação e Marketing. É co-fundador e Diretor Executivo da Hand Talk, uma das startups mais premiadas do Brasil, que teve seu aplicativo eleito pela ONU o melhor app social do mundo. A

plataforma traduz simultaneamente conteúdos em português para a língua brasileira de sinais. Tenório foi ainda eleito pela Folha de São Paulo o mais promissor Empreendedor Social no Brasil, pela Revista Forbes um dos jovens mais promissores do Brasil e eleito pelo Massachusetts Institute of Technology um dos 35 jovens mais inovadores do mundo.

“O Brasil é um excelente país para se empreender com negócios sociais porque tem muitos problemas para se resolver. Através da Hand Talk encontrei a possibilidade de deixar um legado e ao mesmo ter uma empresa sustentável. Hoje estamos solucionando problemas de milhares de brasileiros. Eu costumo falar que o conceito de sorte é a competência somada às oportunidades. As grandes soluções de inovação não saem apenas dos grandes centros”.

Certas certezas que sempre carregamos precisam ser revistas para aproveitarmos melhor as oportunidades

Walter Longo

“ “

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3 e 4 de Outubro de 2018!

O

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br14

ENTREVISTA

Márcio Fernandes: “As pessoas estão ficando cada vez mais carrancudas, aborrecidas, frustradas, então precisamos resgatar valores para nortear os nossos propósitos e começar a ser mais feliz”

Qual é a fórmula ideal para se tornar um bom líder? É possível alcançar a felicidade em um cenário formado por incertezas econômicas e instabilidade política? Qual é o papel das empresas na vida de seus colaboradores e como isso otimizaria o rendimento da equipe? Para Márcio Fernandes, eleito pela Revista Você S/A o líder mais admirado do Brasil, as

respostas para os questionamentos acima giram em torno de uma única filosofia: ter um propósito de vida. Fernandes presidiu a Elektro, uma das maiores companhias de energia elétrica do mundo, eleita por sete anos consecutivos uma das melhores empresas para se trabalhar. Para ele, a sociedade que criou o funcionário que acorda cedo todos os dias e vai para o seu

trabalho apenas por obrigação e dinheiro, deve ser imediatamente repensada. Autor do livro “Felicidade dá lucro”, Márcio Fernandes foi um dos destaques do Lidere 2017 e encantou uma plateia de mais de 700 pessoas com sua filosofia sobre liderança e felicidade. Confira a entrevista que o investidor concedeu para a equipe da revista Mercado em Foco.

LIDERANÇA É AQUELA QUE TEM CORAGEM DE FAZER DIFERENTE“ ”

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 15

Por Susan Naime

Mercado em Foco: Você mostra sua vibração, sua paixão para falar sobre ideias. Mas notamos hoje muitas pessoas preocupadas em guardar para si seus projetos e forma de pensar. Como deve ser o comportamento de um líder?

Márcio Fernandes: Eu acho que o mundo tem ficado muito chato, as pessoas estão engessando muito e seguindo padrões burocráticos que já não funcionam mais. Está faltando propósito e coragem. Felizmente já tenho percebido algumas mudanças de pessoas que começaram a acreditar um pouco mais, se arriscar um pouco mais e ter mais coragem. A liderança que é necessária é aquela que tem coragem de fazer diferente para mudar, de pensar em coisas novas e, sobretudo, implementar, descer do pedestal, interagir com as pessoas e fazer acontecer coisas que a gente acredita mais.

Mercado em Foco: Quais as características que não poderiam faltar em um bom líder?

Márcio Fernandes: Humildade, simplicidade, proximidade, credibilidade e confiança. Se tiver isso já é um bom começo.

Mercado em Foco: Você também fala muito sobre a felicidade. Ela é essencial para os líderes e para as empresas?

Márcio Fernandes:A felicidade nasce naturalmente quando está conectada com o propósito. Precisamos ter uma base muito sólida sobre valores, coisas que a gente acredita e que norteiam o nosso dia a dia. E a base para o nosso propósito é justamente o que nos faz caminhar além. A combinação desses fatores gera muito mais momentos de felicidade, e isso é fundamental

para o líder, o cidadão comum, a dona de casa, para todo mundo. As pessoas estão ficando cada vez mais carrancudas, aborrecidas, frustradas, então precisamos resgatar valores para nortear os nossos propósitos e começar a ser mais feliz.

Mercado em Foco: Vivemos hoje em um cenário inconstante, com incertezas e regado de notícias boas e ruins. Como engajar pessoas que ficam à deriva com tantas informações diferentes?

Márcio Fernandes: É uma pergunta ótima! Estou lançando agora em novembro o meu segundo livro que se chama “O Fim do Círculo Vicioso”. Muita gente tem vivido um círculo vicioso, o ambiente da mesmice, da tristeza, da frustração, do pessimismo e já nem percebem mais. Faço um convite para que as pessoas olhem para elas mesmas e tentem se conhecer melhor, para saber o que de fato poderá reconectá-la àquilo que faz ela feliz. Esse pessimismo que vem com a crise, esse sofrimento, faz com que as pessoas se afastem de coisas que são básicas, inclusive da vontade de vencer. Ela já não acredita mais nela, a autoestima está profundamente afetada e isso reflete não apenas na empresa, mas na vida da pessoa também. Então, a proposta é que as pessoas consigam olhar para si, acreditar nelas mesmas, praticar um pouco mais as coisas boas, melhorar a vida, melhorar a empresa, melhorar as condições do nosso país, e depois compartilhar com todas as pessoas. Isso é possível e faz com que todas as pessoas engajem porque elas querem. Eu não conheço nenhuma pessoa que não queira fazer coisas boas, que não queira melhorar. O que a gente precisa é encontrar um caminho para acabar com a “burrocracia” e fazer com que as pessoas também sejam felizes dentro das empresas, no dia a dia, no ambiente de trabalho e não precisem ir embora dali para

conquistar a felicidade. As empresas que forem mais modestas, humildes e simples vão conseguir isso mais rápido. Eu costumo dizer que existem duas opções - pelo amor ou pela dor, é a empresa que vai decidir.

Mercado em Foco: O líder é uma pessoa solitária?

Márcio Fernandes: Eu, como líder, digo que não sou. Mas isso é uma opção de cada um. Por muito tempo foi fashion dizer que o líder é solitário. Esse é um pensamento exclusivista, individual de isolamento e que eu discordo totalmente. Sempre fui um líder participativo, sempre estive junto e misturado. É isso que faz da gente um líder, que faz sentido para as pessoas. Líderes precisam ser exemplos e deixar legado. E existem ainda líderes que preferem se isolar, alguns por opção, porque não conseguem pensar diferente, e outros porque não sabem fazer algo em conjunto. Nos dias de hoje, em especial, vale essa liderança humanizada, que se relaciona com facilidade e está sempre em desenvolvimento.

Mercado em Foco: De acordo com a sua filosofia sobre felicidade, proximidade e engajamento, qual é hoje o modelo ideal de gestão para as empresas?

Márcio Fernandes: Na minha visão é um pouco menos de frescura, um pouco menos de glamour e mais participação efetiva fazendo com que as pessoas também possam participar. É importante mostrar para as pessoas que elas podem fazer da empresa o veículo que as leva para o seu sonho. Se ela cuidar bem desse veículo, deixá-lo com a manutenção em dia e tratá-lo com carinho, ele irá levar com mais conforto e mais segurança sempre. Então, falta esse ajuste fino que eu chamo de convergência de propósito.

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ECONOMIA

ORÇAMENTO APONTA OS DESTINOS DO DINHEIRO ARRECADADO COM OS IMPOSTOSGovernos aumentam tributos para evitar rombos. A população paga a conta. Mas, afinal, como é elaborada a previsão de despesas para cada ano fiscal?

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 17

Por Marco Feltrin

O cenário de recessão vivido pelo país no primeiro semestre deste ano obrigou todos os setores da economia a readequarem seus custos, seja em pequenas e grandes empresas ou nos lares brasileiros, independente da renda familiar. O governo, parte fundamental neste processo, optou pelo caminho mais fácil: reajustar os impostos e aumentar a arrecadação.

No caso de Londrina, a proposta para elevar os créditos do caixa municipal veio por meio da revisão da Planta Genérica de Valores (PGV), que serve como base para definir o quanto de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) será cobrado. A PGV não sofre alterações há 16 anos. Apesar da defasagem ser evidente, muitos questionam a “paulada” no bolso do contribuinte pelo ponto de vista do retorno que a população tem sobre o imposto que paga.

Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostrou que, entre os 30 países com maior carga tributária no mundo, o Brasil é o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol de benfeitorias à sociedade. A pesquisa levou em consideração a carga tributária (arrecadação em relação ao PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países.

Mas, para questionar como está sendo gasto o imposto que nós pagamos, em primeiro lugar é preciso entender como o orçamento municipal é constituído. As contas de uma prefeitura são definidas por três pilares: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Uma peça em três atos

O primeiro a ser analisado é o PPA, que projeta as fontes de receita do município para os próximos quatro anos. Assim como em todas as etapas, é exigida a consulta popular por meio de audiências públicas. Neste caso, o município realiza

reuniões em todas as regiões da cidade para ouvir as demandas da população. “Pegamos os pedidos que a comunidade faz e encaminhamos às secretarias. A partir daí cada pasta sabe quanto vai ter de recursos. Cabe à secretaria definir as prioridades. Analisar tudo o que foi pedido pela comunidade e ver o que ela consegue contemplar com o recurso que estará disponível”, explica o secretário de Planejamento, Edson Antonio de Souza.

O segundo passo para formação do orçamento é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, elaborada anualmente, que compreende as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas para o ano seguinte e apontando regras para realização efetiva do orçamento, como eventuais mudanças na legislação tributária municipal.

A LDO serve como “ponte” entre o que é planejado para o período de quatro anos do PPA e o último passo desta formação, a Lei Orçamentária Anual. “A LOA apenas garante a aplicação de tudo que foi previsto. Você tem a discriminação de gastos órgão por órgão, quanto de recursos tem para cada secretaria e quanto ela vai gastar com pessoal, custeio, investimento. Aí também entra a prioridade do gestor público, que destina mais recursos de acordo com sua política de governo. Mesmo assim, cada secretaria tem autonomia para cortar o custeio e aumentar o investimento, desde que respeite o princípio do resultado zero, igualando despesa e receita”, complementa o secretário.

Em todo o processo, a Câmara de Vereadores tem participação atuante, seja na revisão e análise do que é enviado pelo Executivo através de comissões como a de Constituição e Justiça e a de Finanças, ou de alterações e emendas que podem ser sugeridas pelos parlamentares. “Os vereadores atuam mais no PPA, um processo que também tem maior influência das demandas da população por causa da maior quantidade de audiências públicas. Como os parlamentares também participam destas audiências, acabam reforçando as demandas da comunidade e levando ao projeto por meio de emendas”,

Hélcio dos Santos, controlador da Câmara: “A prefeitura pode, a qualquer momento,

alterar a versão aprovada pelos vereadores, desde que eles considerem as mudanças

justificáveis”

O secretário Edson Antonio de Souza explica que a prefeitura “nunca faz desequilíbrio, a não

ser que surja uma receita nova”

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explica o controlador da Câmara, Hélcio dos Santos.

Ele lembra que, mesmo depois das leis serem revisadas, votadas e aprovadas pelo Legislativo, o orçamento municipal não pode ser considerado fechado. “A prefeitura pode, a qualquer momento, alterar a peça orçamentária. O Legislativo precisa fiscalizar se estas mudanças não vão afetar o que tinha sido previsto inicialmente no PPA. Geralmente as alterações são motivadas pela situação econômica ou por outro direcionamento na política de governo”.

Segundo o secretário de Fazenda e Planejamento, a prefeitura pode abrir créditos adicionais por decretos, desde que isso já esteja autorizado na LDO. “Via de regra, a Câmara autoriza, caso contrário trava a máquina. Sem dotação orçamentária, não existe despesa. Por exemplo: a Sercomtel imaginou que ia gastar um valor no ano. Em novembro, este valor acaba, ficam faltando mil reais. Por outro lado, do valor que estava previsto para ser gasto com gasolina, houve sobra. Eu posso tirar esses mil reais da gasolina, repassar para a Sercomtel que a conta continua no zero. A prefeitura nunca faz desequilíbrio, a não ser que surja uma receita nova”, explica Edson de Souza.

Além do “zero” entre despesas e receitas, o município precisa estar atento a uma lei que vigora desde 2000. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que passou a controlar com maior eficiência os gastos públicos, estabeleceu um teto máximo de 54% do orçamento com gastos com pessoal e maior transparência nas contas, evitando que o gestor público faça dívidas e as deixe para serem pagas pelo próximo prefeito sem garantir os recursos. Quem descumprir a lei pode até perder os direitos políticos, além de estar sujeito ao pagamento de multas.

Participação Popular e Transparência

A formação de um orçamento municipal passa obrigatoriamente, por lei, pela participação popular. É por meio das audiências públicas que o

morador pode encurtar o caminho até o poder público e fazer chegar a ele suas necessidades. No entanto, a participação ainda deixa a desejar, mesmo com a prefeitura indo até os bairros e distritos para ouvir a população.

Para o secretário de Fazenda e Planejamento, a complexidade da lei orçamentária, cheia de termos técnicos e nomenclaturas contábeis dificulta esta aproximação. “Nós temos a obrigação de traduzir isso para o contribuinte, para facilitar a compreensão e melhorar nosso planejamento. Hoje, durante as discussões, os moradores só se reportam ao agora, aos problemas emergenciais da escola, do posto de saúde. Isso é natural, faz parte da realidade deles. Mas o nosso objetivo é também pensar a longo prazo, planejando bem para que a população tenha como cobrar e o poder público possa executar”, analisa.

Se de um lado falta interesse da população, do outro é cobrada a transparência com os gastos. Para o coordenador do Observatório de Gestão Pública de Londrina, Leandro Matos, o acesso à informação ainda é uma barreira entre governo e contribuinte. “Até existe a informação lá, mas a gente não consegue entender. A lei de acesso à informação prevê a linguagem cidadã, de forma clara. Se não você só finge que existe uma transparência. A população tem que entender, de fato, aquilo que é exposto, para onde vai o dinheiro que ela paga de imposto”, argumenta.

Matos ainda critica a gestão pública em todo o país, que esbarra na burocracia e falta de planejamento. “Falta uma mudança estratégica mesmo. Em vez de aumentar impostos, por que não reduzir gastos e transferir isso para investimentos na cidade? Você investe na cidade de forma que ela enriqueça, com pessoas e empresas aumentando suas receitas. Uma cidade mais rica torna o poder público mais rentável e eficiente”, compara o coordenador, apontando como alternativa o programa Compra Londrina, que investe em parceria com

Leandro Matos, coordenador do Observatório de Gestão Pública, avalia que até existe sim

acesso à informação orçamentária mas o problema é outro: “A gente não consegue

entender”.

O presidente do IBPT, João Eloi Olenike: para ele, os governos

gastam muito e gastam mal

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empresas locais na participação de licitações, fazendo com que o recurso gasto pelo poder público municipal circule na cidade e aqueça a economia local.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, além da falta de transparência, a descrença e a revolta do brasileiro em relação ao pagamento de impostos estão diretamente ligadas ao baixo retorno obtido nos serviços públicos.

“Os governos estão muito comprometidos com questões políticas e eleitoreiras. Gastam muito, gastam mal, e a consequência acaba indo para o bolso do contribuinte, como a gente tem visto historicamente. Se houvesse uma aplicação correta dos recursos, teríamos, por exemplo, um grande investimento do governo em estradas de qualidade. Mas o que

acontece? Temos que pagar o pedágio, um imposto disfarçado, já que você está pagando por algo que o governo deveria nos dar. O mesmo vale para o plano de saúde, a escola particular”, compara.

Segundo dados do IBPT, o brasileiro trabalha 153 dias por ano, o equivalente a cinco meses, apenas para pagar os impostos cobrados sobre renda, patrimônio e consumo. “Se for contabilizar os serviços que não são oferecidos com qualidade pelo governo e a gente precisa pagar, este prazo vai até 30 de setembro. Ou seja, sobram apenas três meses do ano para nós mesmos”, lamenta o presidente do IBPT.

Em tempo: você gastou cerca de nove minutos para ler esta matéria. Enquanto isso, os brasileiros pagaram R$ 36 milhões em tributos, de acordo com o placar do Impostômetro.

EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO MUNICIPAL DE LONDRINA:2014 - 1.486.342.000,00

2015 - 1.701.536.000,00

2016 - 1.896.869.000,00

2017 - 1.971.605.000,00

2018 - 2.103.625.000,00

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br20

INOVAÇÃO

Por Michelle Aligleri

Um ambiente criado para possibilitar o desenvolvimento de novas empresas (também chamadas de startups). Esta é uma forma simplista de explicar o que é uma incubadora de empresas. A questão é que além de espaço físico preparado, as incubadoras ainda contam com um ambiente que estimula o empreendedorismo.

Apoio técnico, mentoria e consultoria são algumas das vantagens de estar em um espaço como este. O consultor do Sebrae Fabrício Pires Bianchi explica que estes são locais de inovação que permitem que empresas de base tecnológica se desenvolvam de forma mais estruturada e evoluam como modelo de negócio mais rapidamente.

Conforme ele, grande parte das incubadoras está instalada em universidades ou parques tecnológicos e esta é uma vantagem importante porque conecta meios de pesquisa e academia ao empreendedor.

“Um ponto interessante para as empresas se inserirem em um ambiente como este é a dinâmica de ela estar dentro de um microecossistema de inovação e empreendedorismo”, afirma. Ele complementa que dificilmente uma empresa instalada em um prédio comercial ou uma área tradicional para negócios terá oportunidade de trocar experiências.

Outro ambiente de inovação são as aceleradoras. “Em quase

DESENVOLVIMENTO DE

MAO-DUPLA~

Empresas incubadoras e incubadas consagram fórmula de gestão onde uma grande e uma pequena estrutura ficam mais fortes quando se complementam

100% das aceleradoras, as startups entram com a previsão de receber investimento em dinheiro”, explica.

‘Ganha-ganha’

Empresas com base tecnológica ligadas a setores como construção civil, saúde, agronegócio, metalmecânica e até financeiro estão buscando incubadoras. Mas o desenvolvimento de empresas não se dá apenas em incubadoras. O consultor do Sebrae explica que

Fabrício Bianchi, do Sebrae: “O ambiente da incubadora facilita muito a ampliação da rede de contatos. Isso encurta o tempo de aprendizado e

ajuda muito na jornada empreendedora”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 21

há grandes empresas convidando donos de pequenos negócios a participar deste tipo de estrutura, que ele considera uma relação “ganha-ganha”. “Para o empreendedor no começo da carreira é bem interessante porque ele pode contar com uma estrutura já montada que permite alavancar seu modelo de negócio e para a empresa que incuba é uma oportunidade de desenvolver novos produtos sem precisar assumir todo o risco sozinha”, explica. Ele complementa que a startup presta um serviço de qualidade a um custo menor para a empresa incubadora. “Instituições que adotam este tipo de processo estão inserindo dentro da organização uma cultura de inovação e alto nível”, conclui.

Inovar e crescer junto sem correr riscos

Conforme o diretor de Tecnologia e Inovação da ACIL, Marco Aurélio Kumura, as empresas hoje, especialmente as grandes, tem uma grande dificuldade de buscar inovação. “Quanto maior a empresa mais os processos ficam estruturados. Quando falamos que uma empresa é grande ela se torna uma máquina de performance, a cultura da empresa se volta para si própria, é um processo natural e usual”, explica. Este processo, no entanto, reduz o espaço para a inovação e as novas ideias. “Muitas grandes empresas estão implantando processos de inovação de forma que consigam gerar ideias dentro ou fora delas. As ideias de dentro podem surgir em programas que

estimulam os colaboradores a participar e repensar seus processos e produtos. Já as ideias de fora da empresa podem vir de fornecedores, clientes e até de outras empresas, que são startups”, comenta.

Conforme ele, existem muitos casos clássicos de processos inovadores que servem como exemplo. O grupo Algar Telecom, empresa de telecomunicação presente em vários estados brasileiros é um exemplo de sucesso porque incuba empresas dentro da própria estrutura. “Eles possuem um processo muito definido neste sentido. As empresas incubadas testam se o produto ou serviço que eles estão propondo será bem aceito pelo mercado, em caso positivo eles criam o que chamamos de spin off, ou seja: criam outra empresa a partir desta para prestar o serviço”, detalha Kumura. Ele lembra que o grupo Algar Telecom criou várias spin offs com um pequeno grupo de

Marco Kumura, da ACIL: “Muitas grandes empresas

estão implantando processos de inovação de forma que

consigam gerar ideias dentro ou fora delas”

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br

jovens empreendedores que têm ideias inovadoras. Kumura afirma que os grandes bancos também estão

utilizando este tipo de processo porque há várias startups da área financeira – chamadas Fintechs – criando novos modelos de negócio. “As grandes instituições bancárias estão olhando para isso. Elas incubam a pequena empresa e, se a ideia for boa, compram parte do negócio”, comenta.

Na literatura, é possível encontrar registros que mostram que o medo de inovar não é incomum. Há situações de empresas que dominam o mercado, tem capacidade de investir em tecnologia, são competentes no setor, mas não investem por medo do mercado atual. “Este é o exemplo clássico da Kodak. A empresa já detinha a patente das câmeras digitais e não fez o lançamento por medo de perder espaço no mercado de filmes fotográficos, que ela dominava mundialmente. Eles tinham capacidade e dinheiro para fazer mas não fizeram e foram superados por outras empresas”, aponta.

O diretor de Tecnologia e Inovação explica que empresas estruturadas sempre trabalham em projetos que precisam dar resultados e por isso tem medo de correr riscos. “A visão de risco é muito própria das startups porque processos inovadores nem sempre dão os resultados esperados”, explica. Ele lembra que o segredo para estas pequenas empresas é pensar grande, começar pequeno mas crescer rápido e se for para errar, que seja um erro barato. “Esta flexibilidade de errar as grandes empresas não tem”, afirma. “Por isso incubar empresas menores é uma forma de não correr o risco dos novos projetos”, completa.

De acordo com Kumura, em Londrina as empresas ainda não perceberam a necessidade e a vantagem de se fazer isso. “É uma questão local e cultural”, justifica. Conforme ele, a própria ACIL está buscando se reinventar. “Não estamos falando só de tecnologia. É a forma de atuar no mercado que agrega valor. O próprio Lidere é uma inovação, estamos entregando um serviço para o associado e posicionando a ACIL de uma nova forma. A inovação não se limita às empresas, ela serve para as organizações também”, finaliza.

DRZ e Maptriz se desenvolvem juntas

Agostinho de Rezende, diretor da DRZ Geotecnologia, explica que há mais de 15 anos a empresa desenvolve aplicações de geotecnologia. Com três pilares sustentados em gestão de cidades, gestão ambiental e geotecnologia a empresa avançou bastante nos últimos anos em smart city. “Temos uma equipe multidisciplinar formada por engenheiros, arquitetos, advogados, administradores e economistas, mas precisávamos dar espaço para um olhar direcionado para a inovação”, explica. Rezende comenta que necessitava de profissionais da área de tecnologia da informação, mas da maneira como a empresa estava estruturada não era possível absorver este perfil profissional no quadro.

Neste momento, a saída encontrada pela direção foi criar uma nova empresa, direcionada para a área de tecnologia. “Assim nasceu a Maptriz. Esta nova empresa está alocada

Erik Ferreira Macedo, da Maptriz: “É muito boa a interação com a DRZ, dos dois lados tem interação de pessoas, sempre surgem novas ideias e

as duas empresas absorvem conhecimento”

Agostinho de Rezende, da DRZ Geotecnologia: “Temos uma equipe multidisciplinar

formada por engenheiros, arquitetos, advogados,

administradores e economistas, mas precisávamos dar espaço

para um olhar direcionado para a inovação”

dentro da DRZ e tem o objetivo de desenvolver uma plataforma de cidades inteligentes, que atende os produtos da DRZ e também traz soluções para diversas outras empresas do mercado”, afirma. Hoje a Maptriz conta com 11 funcionários e apesar de ainda precisar do apoio financeiro da DRZ, há uma expectativa de que em curto prazo ela se torne autossustentável. “A DRZ funciona como aceleradora da Maptriz, mas acreditamos que a partir de dezembro ela deixe de ser uma startup e que no ano que vem passe a ser uma empresa com caminhada própria”, aponta. Segundo ele, a previsão é de que em três anos a Maptriz se torne maior que a DRZ, que hoje conta com 55 colaboradores.

Sair da zona do conforto

Conforme Erik Ferreira Macedo, gerente de TI da Maptriz, um dos principais benefícios de se estar incubado dentro de outra empresa é a possibilidade de fomentar conhecimento. “É muito boa a interação com a DRZ, dos dois lados tem interação de pessoas, sempre surgem novas ideias e as duas empresas absorvem conhecimento”, afirma. Ele complementa que, apesar de dividirem o mesmo espaço, as duas empresas atuam em segmentos diferentes e possuem culturas diferentes. “Este ponto pode gerar algum conflito, mas entendemos como um fator positivo por que faz com que as pessoas saiam da sua zona de conforto e neste momento as coisas passam a acontecer”, aponta. Ele conclui destacando que o fato da Maptriz estar incubada dentro da DRZ a redução de custos é um fator bastante positivo.

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INTERCÂMBIO DE CONHECIMENTO

UMA VIAGEM AOCENTRO DOSBONS NEGÓCIOS

Projeto do Conselho da Mulher Empresária da ACIL promove a troca de conhecimento e experiências por meio de visitas técnicas a empresas com modelos inspiradores para gestão, estratégia e cultura organizacional

Por Amanda de Santa

Um grupo de mulheres empresárias de Londrina deixou os afazeres e responsabilidades da função de gestoras do próprio negócio por uns dias, para ver de perto o modelo e cultura organizacional de empresas reconhecidas nacionalmente como referências no segmento em que atuam. As visitas técnicas foram planejadas pelo Conselho da Mulher Empresária (CME) da ACIL e realizadas em Londrina e Curitiba.

A presidente do CME, Marisol Chiesa, explica que o projeto “Visita Técnica – Intercâmbio de Conhecimento” surgiu a partir de um desejo das próprias empresárias de sair da rotina e conhecer as práticas de outras companhias. “Existe uma troca muito grande. Ao mesmo tempo em que recebemos muita informação, temos a oportunidade de falar do nosso negócio, contribuir também”, conta. O objetivo do projeto é disseminar conhecimento.

Marisol conta que a primeira visita ocorreu na empresa londrinense Vita Nativa, que trabalha com alimentos processados e integra o grupo Dela Foods. As mulheres acompanharam a rotina administrativa e o passo a passo da cadeia produtiva, que inclui as etapas da higienização, processamento, embalagem e distribuição dos produtos. Ao todo, 25 empresárias participaram do tour.

Existe uma troca muito grande. Ao mesmo tempo em que recebemos muita informação, temos a oportunidade de falar do nosso negócio, contribuir também

Marisol Chiesa,

presidente do CME

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 25

A gerente de estratégia da Vita Nativa, Pamela Manfrin, diz que uma das premissas da empresa é receber a visita de empresários e estudantes. “Todos aprendem juntos”, garante. Segundo ela, a Vita Nativa possui um perfil inovador e visitar ou receber parceiros para interface de conhecimento é fundamental. “As empresas precisam se reinventar. A eficiência na gestão é uma obrigação para os negócios que querem se manter no mercado”, opina.

Na avaliação de Pamela, os dois lados ganham com ações como as visitas técnicas. Ambos aprendem, ensinam e compartilham experiências. Além disso, há a oportunidade de fazer novos contatos, criar relacionamentos. A gerente da Vita Nativa aponta que, quando uma companhia abre as portas para mostrar práticas de gestão, passa ainda mais credibilidade ao mercado. Ela classifica como essencial a interação com os empresários locais. “Essa comunicação contribui para o desenvolvimento da nossa cidade”, justifica.

A segunda visita ocorreu na fábrica do Grupo Boticário, empresa paranaense dona da maior rede de franquias de beleza do mundo. A história do grupo, que hoje é dono de quatro marcas de cosméticos e emprega aproximadamente 7 mil colaboradores, começou em uma pequena farmácia de manipulação em 1977. “Pudemos conhecer melhor a história da empresa e aprender como

identificar e aproveitar oportunidades”, descreve Marisol Chiesa.

De acordo com a presidente do CME, a receptividade das empresas surpreendeu. “O acolhimento foi fantástico. O grupo de mulheres empresárias da ACIL é diferenciado, muito participativo. Tivemos um feedback muito positivo das empresas em relação à nossa visita”, afirma. E este foi só o início. Ela adianta que, para 2018, já estão programadas três visitas técnicas. A concorrência é grande e as vagas são limitadas: quem chega primeiro garante o lugar. O maior benefício, segundo Marisol, é conhecer detalhes de modelos testados e aprovados na prática.

Encantamento e vontade de crescer

A empresária Vânia Melo Brandão, proprietária da Lip Laser Depilação a Laser e Estética, conta que passou a frequentar as reuniões do CME este ano e participou da visita ao Grupo Boticário. Para ela, o projeto de visitas técnicas proporciona não só a troca de experiências com a empresa visitada, mas também com as próprias integrantes do grupo. “A gente acaba conhecendo melhor o negócio uma da outra e o que cada uma pode melhorar”, aponta.

Para Vânia, que há 10 anos está à frente da Lip Laser, o que mais marcou durante a visita foi a mensagem de perseverança. “Dedicar-se, acreditar e fazer o melhor possível”, completa. A empresária acrescenta ainda que força e dinamismo

estão presentes na maioria das histórias de empreendedores de sucesso. Segundo ela, a visita levantou muitas discussões que não ocorreriam naturalmente em uma reunião comum. “Isso eu achei maravilhoso, acrescentou muito.”

A proprietária da Roleman Rolamentos, Eliane Oliva, participou das duas visitas promovidas pelo CME. Ela diz que muitas das práticas aplicadas nas duas empresas podem ser levadas para o próprio negócio, desde a logística, até o comercial e marketing. “Fiquei encantada em observar o funcionamento de tudo tão de perto”, conta.

Para ela, as visitas oferecem um tipo de conhecimento que não se consegue em um curso ou uma palestra convencionais, por exemplo. “A gente sai do nosso mundo e amplia o campo de visão”, afirma. O fato de ir em grupo, segundo a empresária, é ainda mais interessante porque todos têm a chance de compartilhar aquilo que aprenderam e discutir como podem colocar em prática em seus negócios.

“Saímos das visitas com muita energia positiva e vontade de crescer”, descreve a proprietária da Rotta Frio Refrigeração, Jaqueline Mecchi Brito. Para ela, o intercâmbio só a incentivou a melhorar o trabalho que desenvolve na própria empresa. Na prática, as principais lições que ficaram foram a importância do trabalho em equipe e da construção de bons relacionamentos.

Para Jaqueline, outro aprendizado importante foi entender como os negócios, que começaram pequenos,

Pamela Manfrin, da Vita Nativa: “As empresas precisam se reinventar”

Empresárias conheceram rotina administrativa da Vita Nativa e o passo a passo da cadeia produtiva, que inclui as etapas da higienização,

processamento, embalagem e distribuição dos produtos

Trajetória semelhante

A dona da Rainha dos Perfumes, Simone de Lima Prado, diz ter se identificado com a história da empresa de cosméticos e que a visita a fez sonhar ainda mais alto. A empresa, criada há 20 anos pelo pai, começou pequena, no quintal de casa, assim como a do Grupo Boticário. “Eles são uma referência pra

mim”, atesta. Para Simone, o uso de equipamentos modernos e o tratamento cuidadoso dispensado aos funcionários marcaram o tour.

“Inspirou-me a crescer, melhorar, respeitar os colaboradores e clientes”, conta. A empresária diz que a grande vantagem das visitas técnicas é conhecer a cultura organizacional e ver a estrutura e como as coisas funcionam de perto. “Fomos muito bem recebidas, tudo o que questionamos foi respondido”, elogia. Segundo Simone, que também esteve na Vita Nativa, toda empresa tem algo a acrescentar, independente da área de atuação. A interação com o grupo de mulheres empresárias é um benefício à parte. “Uma apoia a outra no seu negócio”, revela.

As integrantes do Conselho da Mulher Empresária da ACIL reúnem-se uma vez por mês na sede da entidade para discutir desafios e soluções para os negócios que administram. O CME é voltado para o desenvolvimento da mulher empresária e existe desde 1984. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected].

Empresárias foram até a capital do Estado para conhecer melhor a história do Grupo Boticário e aprender como identificar e aproveitar as oportunidades

de degrau em degrau, chegaram ao patamar em que estão hoje. “As visitas técnicas são sensacionais, nos dão mais combustível para seguir em frente e evoluir”, avalia. Apesar de atuar num ramo completamente diferente daquele das empresas visitadas, a empresária lembra: “Não tenho que buscar conhecimento só naquilo que é ligado ao meu negócio, mas em tudo o que dá certo”.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 27

ARTIGO

Por Jossan Batistute

No dia a dia de estratégia se soluções aos empresários, a experiência demonstra que o sucessopertence aos mais precavidos e que se preocupamcom: Planejamento Patrimonial, Sucessão Familiar Empresarial e com a correta Organização Jurídico-Societária.

Vê-se uma grande procura por Holdings, Sociedades de Propósito Específicoou outros formatos societários, além do desenvolvimento de Acordo de Quotistase o preparo da empresa para “Fusões e Aquisições” (M&A em inglês). Nota-se a saudável e crescente prática de Compliance e da Governança Corporativa em diversas empresas.

Mas isso tudo não basta, pois o empresário deverá redobrar sua atenção para com as relações de trabalho. Isto pois, criticada ou aplaudida, o fato é que, em novembro de 2017, a Reforma Trabalhista entrará em vigor e impactará as atuais relações de trabalho e os processos. A conta no final do mês poderá ficar mais cara ou mais barata a depender das decisões tomadas pelo empresário.

Dentre as significativas mudanças promovidas na CLT, destacam-se as seguintes:

A) FÉRIAS PARCELADAS em até três vezes, sendo um deles de, no mínimo, 14 dias corridos e os demais de, no mínimo, 5 dias corridos cada um. Precisa-se ter o aval do empregado. Porém, respeitado o prazo legal, é do empregador a palavra final sobre a data de início das férias;

B) RESCISÃO EM COMUM ACORDO. Várias ações trabalhistas decorrem do fim do seguro-desemprego ou da falta de respeito na relação contratual, inclusive divergências quando da rescisão do contrato de trabalho. Com a possiblidade de rescisão consensual, estima-se uma redução das ações;

C) PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO. Convenções e Acordos Coletivos ganham mais força e, assim, soluções negociadas entre Sindicato dos Empregados e diretamente a empresa (que

EMPRESÁRIOS E A REFORMA TRABALHISTA:UMA GIGANTESCA OPORTUNIDADE AO PAIS´

são os Acordos Coletivos de Trabalho) terão menos chances de serem ignoradas em eventual demanda trabalhista. Cresce a justiça e segurança jurídica a todos os envolvidos no contrato de trabalho;

D) RESPONSABILIZAÇÃO DE EMPRESAS OU DOS EX-SÓCIOS serão mais claramente limitadas na legislação;

E) JORNADA. Mudanças diversas, tais como: 1) Extinção das horas de Deslocamento (in itinere); 2) Banco de Horas e Regime de 12x36 válidos mesmo sem aprovação do Sindicato; 3) Intervalo Intrajornada podendo ser reduzido; 4) etc;

F) TELETRABALHO. Home Office passa a ser regulamentado;

G) TRABALHO INTERMITENTE. Possibilidade de contratação de empregado com alternância de períodos de serviços e de inatividade por horas, dias ou até meses;

H) VALOR INDENIZATÓRIO POR DANOS MORAIS passa a ter parâmetros para sua fixação.

Diversas outras mudanças poderiam ser mencionadas, visto que são mais de 100 as alterações na CLT, mas é evidente que tais apontamentos minuciosos deverão ser feitos por meio de uma consultoria empresarial de qualidade, envolvendo aí contadores, advogados e outros profissionais de confiança do empresário para auxiliar na tomada de decisões.

Se a nova lei for corretamente interpretada por todos nós cidadãos e se for aplicada às relações trabalhistas de maneira justa, então se terá o descortinar de um novo e muito oportuno horizonte ao país.

Jossan Batistute Sócio do Batistute, Peloi & Advogados Associados.

Professor. Possui várias pós-graduações, inclusive especialização em Direito Empresarial e Mestrado em Direito Negocial, atuando

com longa experiência no trabalho preventivo e estratégico para Empresas e Empresários.

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br28

CULTURA E IDENTIDADE

A jovem cidade é tão múltipla que se recusa a usar apenas uma identidade ao se apresentar ao mundo. Agora é a vez da administração municipal e da sociedade civil organizada se moverem para que este mosaico seja visto como uma coisa só

AFINAL, QUEM É LONDRINA?

REVISTA MERCADO EM FOCO | NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2017 WWW.ACIL.COM.BR

Associação Comercial e Industrial de Londrina 29

Por Janaína Ávila

Se alguém de fora te perguntasse: qual é a cara de Londrina? O que você responderia? Se a tua cidade fosse um produto, como você a venderia? Ainda somos a capital do café? Ou Londrina já é outra coisa, identificável pelos serviços que oferece à toda região, um pólo de tecnologia emergente? Ou a nossa cidade é aquela dos eventos culturais, dos Festivais, da maior feira agropecuária da América Latina, dos artistas que aqui nasceram e ganharam fama no Brasil, dos eventos que animam os finais de semana por toda a cidade e durante todo o ano? Do que será que o londrinense mais se orgulha?

Determinar a identidade cultural de uma cidade não é uma tarefa fácil. Ainda mais quando a grande quantidade de eventos de todos os tamanhos, promotores, produtores culturais, público e até potenciais investidores navegam sem direção num mar que sim, agita a cidade de janeiro a janeiro mas que, sem direção, deixa a sociedade a ver navios, como se Londrina “morresse” depois de tsunamis culturais como o grandes Festivais ou até mesmo a Exposição Agropecuária, para citar apenas alguns dos eventos mais antigos de Londrina.

Essa sensação de vácuo cultural pode

ser muito traiçoeira. A verdade é que eventos de todos os tipos, para todos os gostos e nas mais variadas regiões da Cidade acontecem o ano todo, promovidos pela iniciativa privada, instituições, coletivos e produtores culturais independentes. Uma “economia criativa” que movimenta vários setores da sociedade londrinense e que ainda não se reconhece como eixo de desenvolvimento. “A criatividade é o principal elemento do fazer cultural”, diz o secretario municipal de Cultura, Caio Julio Cesaro. “Se pensarmos que o desenvolvimento de uma cidade passa pela qualidade de vida e geração de renda, apostar na criatividade deve ser primordial. É trabalhar com elementos que geram valor agregado, com o intangível. A criatividade ainda não foi trabalhada como eixo de desenvolvimento econômico de Londrina. É um processo de reflexão e crítica, discutir profundamente a economia criativa como política pública sem excluir, evidentemente, os   produtos culturais tradicionais”, afirma.

Instrumento de marketing

Grandes eventos como a Expo e os festivais de arte, fazem parte do patrimônio cultural de Londrina, isso ninguém discute. Mas será que a sociedade londrinense encara esses eventos como algo capaz de trazer desenvolvimento - social, cultural e econômico - para a sua própria cidade?

Uma política de marketing de cidades pode direcionar a gestão dos fluxos de turismo cultural gerado pelos grandes eventos e ainda, despertar nos moradores - já muito acostumados a conviver com o espetáculo - o desejo adormecido de consumo dos recursos culturais que ele já conhece muito bem.

Maria Manuela Guerreiro, professora da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, em Portugal, publicou no Caderno Profissional de Marketing da UNIMEP um artigo

O secretário municipal de Cultura, Caio Julio Cesaro, admite que “a criatividade

ainda não foi trabalhada como eixo de desenvolvimento econômico de Londrina”

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br

defendendo o papel da cultura na gestão da marca das cidades. Ela defende que lugares devem ser geridos como produtos que atuam em mercados cada vez mais competitivos e se é assim, o que só Londrina tem, que a faz passar na frente das outras cidade da região? 

Para o professor de marketing na Unopar e da Faculdade Arthur Thomas - Positivo, Fabio Regioli, Londrina já possui algumas marcas importantes. “A nossa bandeira, a nossa história ligada ao café ou o próprio FILO (Festival Internacional de Londrina). São marcas que valem a pena investir”, diz. 

A marca de uma cidade é o conjunto dos meios utilizados para alcançar uma vantagem competitiva, que podem trazer um aumento do turismo, dos investimentos, promover o desenvolvimento da comunidade, reforçar a identidade local, estimular nos cidadãos a identificação com a sua própria cidade e evitar a exclusão social.

A cultura como estratégia

“Fortalecer essas marcas ou encontrar uma marca única só acontece com a união do poder público e privado. A identidade cultural de uma cidade

não pode ser liquidada de quatro em quatro anos. Por que não conseguimos dar continuidade?” Regioli continua: “A cultura é estratégica, ela traduz a personalidade de uma cidade. As características e influências culturais fazem toda a diferença. O orgulho, que eu acredito que todo londrinense já sente, vem sendo desperdiçado. As pessoas que visitam Londrina saem apaixonadas e fora daqui, já somos respeitados pelas coisas que realizamos”, avalia. Uma ação integrada poderia voltar a despertar no londrinense um “querer” diferente e é isso que a Secretaria de Cultura está tentando fazer.

Desde o início de setembro, a Secretaria está enviando aos cadastrados no portal Londrina Cultura (http://londrinacultura.londrina.pr.gov.br) um informativo semanal com a programação cultural da Cidade, via email e WhatsApp; uma tentativa de organizar e sistematizar a produção cultural local. No mesmo portal, os promotores e produtores culturais são convidados a cadastrarem os próprios eventos e atividades. A idéia é criar uma agenda unificada de cultura, identificando a diversidade e onde essas atividades acontecem para também avaliar a distribuição dos eventos por toda a cidade.

“Do ponto de vista do poder público, o nosso objetivo é possibilitar que todo cidadão londrinense tenha acesso à cultura. A plataforma Londrina Cultura e o informativo se transformam num banco de dados que nos ajuda a mapear a produção e expressões culturais e fazer com que todos sintam-se parte disso”, afirma Caio Cesaro. “Londrina tem como patrimônio a criatividade e a sua cultura. Nós precisamos organizar essas informações, criar uma situação que permita ao artista dialogar com os interessados em consumir a sua arte”, completa. 

A escolha do informativo digital coincide com a avaliação do professor de marketing Fabio Regioli, que diz que houve uma mudança na maneira como percebemos e interpretamos a informação. “Hoje temos muita

informação, tanta que podemos até escolher. Será que os eventos estão sendo divulgados da melhor maneira? A escolha da ferramenta certa para comunicar a nossa efervescência cultural também é muito importante”, diz.

Fora do espaço virtual, Caio Cesaro conta que a própria secretaria vai disponibilizar, junto com a Codel, espaços no aeroporto, rodoviária e outros lugares de grande circulação para a divulgação dos grandes eventos da Cidade. Uma clara tentativa de fazer as pessoas respirarem o clima dos grandes eventos. “Se Londrina entende que os eventos culturais são a marca da Cidade, que eles atraem e representam um ganho de imagem e atraem turistas, a Prefeitura também vai ajudar, mas isso é um processo e feito com parcerias”, afirma. 

O desafio da articulação

Identificar o potencial de Londrina no campo cultural e como ele pode ser aproveitado é um grande desafio para as instituições. “Articulação”, essa é a palavra-chave na opinião do superintende da ACIL, Diego Menão, que não tem a sensação de uma identidade cultural essencialmente londrinense. “É uma efervescência tão grande mas que não encontra adesão na sociedade. Falta articulação, ações conectadas e uma estratégia para a Cidade se consolidar como pólo cultural”. Ele acredita que, se todos os atores envolvidos nos processos culturais trabalhassem em sintonia, o envolvimento seria maior por parte do cidadão e que uma sinergia entre eles seria capaz de despertar nas pessoas a consciência de que existe um ativo cultural forte por aqui. “Como podemos desenvolver e ampliar, a percepção de que Londrina é um grande caldeirão cultural?”, provoca.

Pensar a cultura como um elemento transversal poderia ajudar a ampliar a visão do potencial de Londrina nesse campo, que vai além da questão empresarial, tecnológica, social,

Fabio Regioli, professor de Marketing: “As pessoas que visitam Londrina saem

apaixonadas, e fora daqui, já somos respeitados pelas coisas que realizamos. Uma

ação integrada poderia voltar a despertar no londrinense um ‘querer’ diferente”

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do turismo, não é só o espetáculo. “Vamos pensar isso como um eixo de desenvolvimento, de economia criativa. É um processo longo, pede um plano, vai levar tempo. Não é uma visão imediatista, é pensar no futuro”, diz Menão.

Um cidadão bem informado dos eventos culturais talvez consiga identificar de que forma aquilo possa impactar, positivamente, o modo como ele vive a Cidade.  Na maioria das vezes, nem o comerciante se dá conta do benefício que um evento cultural, acontecendo perto dele, pode trazer para o seu negócio. “O comerciante também é um cidadão, um morador do bairro e geralmente não adere ao evento. Não sabe que vai ser beneficiado na ponta, na hora de vender o seu produto”, explica Menão. “Como podemos inverter isso? Com o apoio das diversas instituições a cidade pode evoluir, com um plano comum, não apenas de um governo, de um mandato”, completa.

Desenhar um plano de ação para identificar uma marca cultural para Londrina, uma agenda unificada, um plano de ação da sociedade, unindo os mais variados participantes de um processo cultural com seus mais variados produtos se revela um grande desafio. 

“Se a sociedade conseguir se organizar vamos poder determinar identidades genuínas, extrair algo coletivo num processo que tende a beneficiar todas as camadas da sociedade, aproximando do processo projetos sociais e investidores que, às vezes, diante de um quadro tão amplo e confuso, acabam deixando a vontade de investir passar. Certamente existem empresas em Londrina que gostariam de investir mas não sabem como, não sabem que podem fazer isso e nem sabem em quem. Com uma rede sólida vamos conseguir ciar um mecanismo que vai favorecer toda a sociedade”, completa Menão.

Diego Menão, da ACIL: “Vamos pensar isso como um eixo de desenvolvimento, de

economia criativa. É um processo longo, pede um plano, vai levar tempo. Não é uma

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PÓS-VENDA

Da Redação

Para muitas empresas, o processo comercial se inicia com o cliente na loja e termina logo depois, com a compra. Mas, definitivamente, o atendimento não se encerra neste ponto. Um vendedor eficiente sabe que o pós-venda é fundamental para o negócio.

Imagine a seguinte situação: você deseja comprar um lustre para sua sala de jantar. Você pesquisa o preço e a qualidade do produto em diversos estabelecimentos até finalmente encontrar a luminária ideal para sua casa, um produto que se enquadra exatamente no seu gosto e no seu bolso.Você faz o contato com o vendedor e confirma a compra. No dia seguinte o produto é entregue conforme o combinado e após a instalação você fica satisfeito. Mas, e depois que você fechou a venda, como fica o relacionamento entre a empresa e você? Ela deve ou não manter contato?

A Mercado em Foco conversou com o gerente regional da Serilon Brasil e facilitador da ACIL, Murilo Gomes, sobre como as empresas devem gerir o ciclo de relacionamento com o cliente.

Hoje em dia, os abundantes canais de comunicação e atendimento facilitam

´NÃO É UM ADEUS, E UM ATE LOGO!´ ´O comprador escolhe o produto, paga no caixa, pega o pacote e sai da loja satisfeito. Este será um dos seus futuros clientes se você fizer direitinho a lição do pós-venda. Confira as dicas de um especialista

a aproximação entre a empresa e o cliente - telefone, e-mail, WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram, Linkedin, entre outros. Com um leque tão amplo, é preciso ter discernimento para escolher o canal mais adequado de relacionamento com determinado público.

Depois de vender um produto ou serviço todas as ações destinadas a manter contato a longo prazo com o consumidor podem ser consideradas um pós-venda. O relacionamento com o cliente não deve acabar no momento em que ele recebeu o produto ou serviço. Pelo contrário, dizem os especialistas, este é o ponto inicial. O desafio é transcender a relação meramente comercial. Este esforço é obrigatório e define como o mercado vai enxergar sua marca.

É importante entender que toda ação realizada em prol do consumidor não é um esforço em vão, mas um passo em direção ao crescimento do negócio.

Cuidar do que foi conquistado

Gomes conta que o pós-venda é estratégico justamente porque é mais fácil vender para quem já conhece o produto ou serviço. Fazer um novo cliente é mais trabalhoso e mais caro.

“O consumidor foi na sua loja, efetuou a compra e agora conhece o seu serviço, então você tem mais chances que ele volte, em vez de conquistar um novo cliente. Antes de sair procurando novos consumidores é preciso olhar para aqueles que a empresa já conquistou e mantê-los”, ensina.

O pós-venda pode ser uma poderosa ferramenta para atrair mais clientes.Um consumidor que adquire um produto ou serviço em um estabelecimento tem uma rede de contatos formadapor amigos, parceiros, colegas e familiares, por exemplo. “Essa rede de contato que o seu cliente possui pode precisar dos produtos que sua loja oferece. Manter um relacionamento com o seu consumidor após a venda faz com que ele divulgue seus serviços e se torne uma ‘propaganda ambulante’ da sua empresa”, explica.

A realidade das pequenas e médias empresas impede a manutenção de equipes específicas para esta função. Sendo assim, o engajamento deve vir da própria equipe de vendedores. “Às vezes, a empresa não tem como ter um grupo que irá se dedicar a este processo.Neste caso, o próprio vendedor é a chave.Ele mesmo pode ser encarregado para esta ação. É fundamental escolher um colaborador responsável para exercer o pós-venda”, ressalta o facilitador.

Muitos empreendedores querem uma receita mágica para seus problemas de relacionamento com o cliente. Ela não existe. O segredo é testar estratégias e processos para decidir o que funciona ou não dentro daquela realidade. “Qualquer ideia pode ser válida, desde que seja executada com ritmo e constância. Um pouquinho todo dia, toda semana, todo mês.O importante é que seja feito” ressalta.

Segundo Gomes, praticamente 99% dos empresários dizem que precisam de mais clientes, que precisam prospectar e aumentar as vendas.

Todo esse foco em alcançar mais consumidores faz com que essas empresas se esqueçam dos outros processos

importantes, como o relacionamento permanente com os clientes do mês passado ou do ano passado.

Os especialistas concordam que tudo que é ‘plantado’ dará frutos um dia. Cultivar um bom relacionamento possibilita a realização de uma nova compra e a tão desejada fidelização. Quem planta um pós-venda, encurta o caminho para contar com um cliente mais participativo e rentável.

Um dos maiores obstáculos para inserir a cultura do atendimento pós-venda é o temor dos vendedores em lidar com a insatisfação do cliente. Não é raro ele se omitir para evitar uma reclamação. Outro obstáculo é como continuar o processo de relacionamento.

A pedido da reportagem, Murilo Gomes elaborou um breve guia sobre o que deve ser discutido dentro da empresa para elaborar uma política consistente de pós-venda.

Murilo Gomes, consultor:“Antes de sair procurando novos consumidores é preciso

olhar para aqueles que a empresa já conquistou e mantê-los”

PASSO A PASSO PARA UM PÓS-VENDA DE SUCESSO 1º Escolher um período de tempo em que o pós-venda será feito.Exemplo: O pós-venda será feito três dias após a compra, ou um mês, ou 60 horas após a entrega do produto, um mês após a assinatura do contrato.

2º Fazer uma lista das atividades que será ligada ao pós-venda.Exemplo: Se o contato com o cliente será mediado por e-mail, ligação, enviar uma pesquisa de pós-venda para o comprador.

3º Fazer uma lista das atitudes que o vendedor deve ter relacionado a esse processo. Para a realização do pós-venda é necessário ter iniciativa, persistência, humor e comprometimento.

4º Lista de objetivos. Definir o que você quer alcançar com o pós-vendasExemplo: Descobrir o nível de satisfação do cliente, descobrir e solucionar possíveis problemas, coletar sugestão de melhorias, fortalecer o relacionamento.

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br34

MUNDO DIGITAL

Por Ranulfo Pedreiro

A auxiliar de veterinária Lavínia Rocha tinha apenas 15 anos e uma paixão por roupas customizadas e brechós. Mas, estagiando em uma clínica, ela não conseguia mais fazer compras em horário comercial. A solução foi reunir as amigas no Facebook para promover trocas. O grupo Enjoei, eaí? surgiu em novembro de 2012 com cerca de 100 convidadas. Hoje abrange uma comunidade com 400 mil pessoas.

Falar por telefone com Lavínia Rocha pode passar uma imagem diferente da real. A empreendedora articulada, de raciocínio rápido e preciso, tem apenas 20 anos, rosto de menina, cabelo vermelho e uma tatuagem no braço com a palavra que mudou sua vida: Enjoei.

A tatuagem faz sentido. Afinal, o grupo tomou proporções e rumos inesperados. Se antes pensava em ser veterinária, hoje Lavínia Rocha é empresária, estuda publicidade pela manhã e passa o resto do dia fazendo o que mais gosta: empreender continuamente.

Logo após a criação do grupo no Facebook, em 2012, as amigas marcaram um encontro em um shopping de Londrina. Os seguranças não gostaram de ver tantas meninas chegando com malas cheias de roupas. E as expulsaram.

O contratempo virou aprendizado. No ano seguinte, Lavínia Rocha realizou um bazar com 30 garotas em uma lanchonete da Av. Maringá, com público estimado em 300 visitantes. O segundo bazar ocorreu em um estacionamento da Rua Paranaguá, com 50 expositores - e atraiu um público de 1.400 pessoas. Crescendo a olhos vistos, o evento ganhou destaque em jornais e televisões.

Foi o estopim. O grupo, então com 16 mil membros, saltou - em uma semana - para 40 mil. As trocas diminuíram, as vendas aumentaram e diversas empresas buscaram

A garota ruiva de 400 mil seguidores está cheia de planos: talento explorado ao máximo

O NOVO ROSTO DO EMPREENDEDORISMO LONDRINENSECom apenas 20 anos, Lavínia Rocha mobiliza uma série de ações empreendedoras ao comandar uma comunidade virtual de 400 mil pessoas

parceria. “A ideia não era virar um negócio, sempre foi mais um hobby. O crescimento foi totalmente orgânico”, explica a empresária.

Com o aumento de público, os eventos conquistaram espaços maiores. A terceira edição da feira contou com 70 lojistas e atraiu 3 mil pessoas. Em dezembro de 2014, na quarta edição, foram 5 mil visitantes para 100 expositores.

“Com todas essas feiras, eu fui guardando dinheiro para fazer algo que me desse um futuro”, conta Lavínia. Ela decidiu abrir a própria loja em 2015, misturando moda feminina e moda pet - a defesa dos animais é uma causa encampada pelo grupo.

A loja, porém, exigia compras constantes em São Paulo. Aos poucos, Lavínia deixou de dar a atenção necessária ao Enjoei. E, quando percebeu, estava se afastando do que mais gostava. “Tive que fazer uma escolha: cuidar do grupo ou da loja. Optei por fechar a loja”, ressalta.

Em dezembro de 2016 a feira voltou com 90 expositores e uma frequência de 2.500 pessoas. As opções incluíam espaço para crianças, feira de adoção de animais e estúdios de tatuagem.

Ferrari, helicóptero e fraldas

As atividades do grupo foram se ampliando para além das trocas de roupas. Há de tudo à venda, desde que o produto seja lícito. De chácaras a sashimis de tilápia. Mas tem também anúncios de carros roubados, pessoas desaparecidas e descasos com o consumidor em geral. Para Lavínia, o anúncio mais surpreendente foi o de uma Ferrari no valor de R$ 1,5 milhão, oferecida por um rapaz de Uberlândia.

As histórias são muitas: a mãe que pagou a faculdade da filha com as vendas; a fabricante de bombons que comprou uma moto e

montou um delivery; a criança que precisava ir a Curitiba para tratamento e conseguiu um helicóptero; o casal que se conheceu e se apaixonou durante uma venda; o rapaz que teve a residência remontada pelo grupo após ser destruída por um incêndio; o pai sem dinheiro que ganhou uma festa de aniversário para o filho; a família que precisava urgentemente de fraldas e recebeu muitas; a garota que customizava roupas para vender e hoje é dona de três lojas físicas; o rapaz que trocou uma cadeira por uma caixa de cerveja.

Apaixonados pelos bichos, os participantes descobriram, certa vez, um homem que maltratava seu cachorro. Houve revolta e confusão em frente à casa do sujeito. Foi preciso a intervenção da polícia e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para que a situação fosse controlada.

“O Enjoei é um grupo de compra, venda, utilidade pública, ajuda ao próximo e de fazer o bem. É uma comunidade mesmo”, acrescenta Lavínia, lembrando que os eventos beneficentes sempre estiveram presentes, incluindo ações como arrecadação de alimentos e brinquedos para datas comemorativas como Dia das Crianças e Páscoa.

Como o próprio grupo se tornou uma empresa, a intenção agora é encaminhar os participantes para a formalização. Marcada

para os dias 2 e 3 de dezembro, a nova feira terá um diferencial: a Praça do Empreendedor. “As pessoas precisam ter CNPJ, têm que ser MEI (Microempreendedor Individual), têm que estar dentro dos parâmetros da lei”, explica Lavínia. O evento também vai representar um salto de público, com 10 mil visitantes previstos, tendo como atrativos várias lojas âncoras e espaços para crianças, beleza, saúde e estética.

Guia de informação

Em plena transformação digital, o grupo vai se desdobrando em outras iniciativas, assumindo a característica de um portal de mídia. Um dos projetos, chamado EaíLondrina?, vai englobar tudo o que ocorre dentro do Enjoei e não está relacionado a compra e venda.

“Vai ser um guia de informação e conteúdo, nada jornalístico, mas cultural e de entretenimento”, comenta Julio Degani, responsável pela EaíComunicação. “Vai ter a parte de empregos, cupons de desconto, ajuda ao próximo, lugares para conhecer em Londrina e as empresas da cidade que estão no grupo para você visualizar todas de uma

forma organizada”, complementa Lavínia.Outra startup é a plataforma De Mulher

Para Mulher, ainda em desenvolvimento. “São mulheres encanadoras, eletricistas e pedreiras para atender a dona de casa que se sente incomodada em receber um homem”, esclarece Júlio Degani. Para completar, ainda há o Clube da Lavi, voltado ao empreendedorismo feminino.

Tudo é encorpado por números vistosos. O grupo tem 310 mil pessoas e recebe 4 mil postagens diárias, com um total de 4 milhões de postagens; o Enjoei Kids, com produtos infantis, tem 50 mil pessoas; a página no Facebook tem 30 mil fãs; e o Instagram, que ainda não foi divulgado, conta com 2 mil seguidores. Em seis edições, a feira Enjoei recebeu mais de 11 mil visitantes e 250 lojistas.

Lavínia virou marca na rede

Tanta visibilidade traz contratempos. Grupos chamados Enjoeise multiplicam numa onda de falsificação digital. A saída para o grupo oficial foi destacar o nome da criadora. Então, para acessar, é preciso procurar Enjoeieaí? (Lavínia Rocha) no Facebook.

“A gente tem cinco anos de história. Eu recebo reclamações de grupos dos quais eu não tenho como cuidar. O grupo oficial tem uma série de regras que, quando não são cumpridas, têm suas consequências. Agora, o que rola dentro dos outros grupos a gente não sabe”, reclama.

As cópias incomodam. Afinal, são anos de muito estudo e pouco sono, uma rotina puxada. Lavínia e Júlio (ele também estuda publicidade) vão para a faculdade durante a manhã e, depois, se debruçam sobre o universo do empreendedorismo digital sem hora para dormir. “Quando temos tempo livre, estamos no celular respondendo mensagens. Tem dia que vai até às 4 horas da manhã, até quando a gente aguenta”, conta Júlio.

Tanta dedicação faz sentido para Lavínia: “Este é o momento de aproveitar o gás e a energia que a gente tem para, no futuro, colher os frutos”.

Com tanto empenho, ambos ainda arranjam um tempinho para frequentar bares e restaurantes. Afinal, ninguém é de ferro. E a vida não pode ser vivida apenas na internet.

novembro e dezembro de 2017 | www.acil.com.br36

BEM-ESTAR

Por Fernanda Bressan

Correr na esteira ou em meio às árvores? Pedalar sem sair do lugar ou passar por caminhos e trilhas da cidade? Se exercitar sob o ar condicionado ou sob o sol? Há diferenças? É grande o número de pessoas que tem buscado o ar livre para suas atividades esportivas. Praticar exercícios fora das quatro paredes traz benefícios extras, potencializam a sensação de bem estar e ainda ajudam na ativação da vitamina D. É saúde em dose dupla.

A endocrinologista Julia Coutinho aponta que precisamos de exposição solar por ao menos 20 minutos diários e sem proteção para manter ou repor os níveis da vitamina D no organismo. “A vitamina D é uma molécula que é ativada pela radiação solar. Quando o corpo é exposto por ao menos 20 ou 30 minutos ao sol sem proteção solar já há este benefício”,

pontua. Hoje trabalhamos em ambientes fechados, usamos protetor solar, chapéus e bonés por conta do envelhecimento precoce e do risco de desenvolver câncer de pele, hábitos que acabaram por reduzir a concentração da vitamina D no organismo. Claro que sempre é preciso ponderar a exposição ao sol. “O horário de maior incidência solar traz mais benefício do ponto de vista da vitamina D, mas pesando o risco/benefício para a incidência do câncer de pele, recomenda-se que essa exposição sem proteção seja feita antes das 10 horas ou depois das 15 horas”, acrescenta a endocrinologista.

Fundamental para a saúde óssea, a vitamina D merece atenção. “Ela e o cálcio são substratos para manter a boa condição da formação óssea. A deficiência da vitamina D ou do cálcio eleva as chances de ter osteopenia ou osteoporose principalmente em mulheres depois que entram na menopausa”, informa a especialista.

Níveis insuficientes

Hoje em dia é comum ouvirmos que as pessoas estão com deficiência da vitamina D. Dra. Julia diz que novos estudos mudaram a forma de ver a quantidade ideal para a saúde. “Antes se preconizava que a vitamina D era boa acima de 25 ng/ml, mas em alguns estudos recentes, de 2, 3 anos para cá, mostrou que o benéfico maior era com a vitamina D acima de 30ng/ml. Por isso que está esse boom que todos têm deficiência da vitamina D. Quem estava na margem normal entrou na categoria de insuficiente”, esclarece.

De acordo com ela, quando a dosagem da vitamina D está entre 25ng/ml e 30ng/ml, é possível normalizá-la com a exposição ao sol. “Abaixo disso, é difícil normalizar, aí é recomendado repor a vitamina D com cápsulas, com doses indicadas para cada caso pelo médico”, pontua.

Priscila Nery: “A prática ao ar livre tira a pessoa do ambiente estressante e fechado e a leva para um lugar onde vai poder respirar melhor, vai sentir ar puro, ter contato com a natureza”

SAÚDE QUE CAI DO CÉUExercícios em ambientes ensolarados são ainda mais benéficos e potencializam a sensação de conforto

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Somado à vitamina D, quem pratica exercícios ao ar livre ganha em outros pontos. “A atividade física por si só traz benefícios por melhorar a qualidade de vida, a disposição, a agilidade, o equilíbrio. Quando feita ao ar livre você tem mais contato com a natureza, fica mais livre. Para quem tem ansiedade, depressão, transtornos psicossomáticos, a atividade física ajuda muito, ainda mais interagindo com outras pessoas e com o ambiente”, diz Dra. Julia.

Yoga no parque

Há pouco mais de dois anos, Priscila Nery dá aulas de yoga, desde sempre focada no ambiente externo. “Comecei com práticas ao ar livre e hoje tenho também um espaço onde dou aulas mais privadas. No início deste ano, as práticas ao ar livre foram integradas no projeto Yoga no Parque, as aulas acontecem tanto durante a semana como aos finais de semana em locais como Zerão, Aterro do Lago Igapó e Campo da Guarda, no Igapó 2”, conta.

Para ela, os benefícios da prática integrada ao ambiente externo são inúmeros e se traduzem em qualidade de vida. “Os ganhos na prática ao ar livre são muitos. As pessoas hoje estão o tempo todo sentadas, seja no carro, no computador, no trabalho. Quando chegam em casa, sentam-se no sofá, invariavelmente na frente de uma tela de tv, do celular ou do computador. Nisso há um bloqueio energético que se forma, criam-se vícios posturais e tudo isso vai

enferrujando. Quando essa pessoa sai ao ar livre, ela sai desta zona fechada de estresse”, descreve.

Com tantos diagnósticos e queixas de estresse, depressão, ansiedade e até crises de pânico, nada melhor que buscar rotas alternativas para viver melhor. “A prática ao ar livre tira a pessoa do ambiente estressante e fechado e a leva para um lugar onde vai poder respirar melhor, vai sentir ar puro, ter contato com a natureza”, salienta Priscila.

Com a natureza ao redor, até as preocupações ficam em segundo plano. A professora de Yoga aponta que no momento da prática dificilmente a pessoa vai pensar nos problemas, a atenção se volta para outras coisas. “Ela percebe uma flor, a cor do céu, o cheiro do local, da natureza, coisas que na correria do dia a dia dificilmente uma pessoa faz”, destaca.

Priscila conta que ela própria sentiu a vida melhorar quando passou a se exercitar em ambiente externo. “Tinha uma vida diferente antes de ser professora de Yoga, trabalhava em uma grande empresa, era um estresse maluco. Ao ar livre há uma integração com você mesmo, com a natureza e com outras pessoas”, completa.

Em um ambiente leve, a respiração flui, o peso do dia se reduz, a saúde se restabelece. Quem quiser experimentar uma prática de yoga pode buscar no Facebook a página @yoganoparquelondrina onde eles informam onde serão as práticas e em qual horário.

Questão de liberdade

Quem também escolheu o céu como teto foi o educador físico Marcus Vinícius Delgado Góes. Ele dá treinamento funcional e tem grupos de corrida no Zerão. O start veio de uma experiência pessoal. “Meu pai era sedentário e ao longo da vida adquiriu diabetes, ele teve um processo delicado e quase morreu. Foi aí que começou a praticar corrida por conta própria, santo de casa não faz milagre, e ele acabou se lesionando. Nesse momento eu vi a importância de correr com acompanhamento e orientação, tem

que ter qualidade de treino, descanso. Comecei a ter os grupos de corrida. E disso veio o treinamento funcional também, é importante ter um corpo forte para praticar outros exercícios e os exercícios funcionais auxiliam nos outros”, conta.

Para ele, o fato das pessoas trabalharem em ambientes fechados faz com que o ar livre tenha um apelo a mais. “Esse contato com a natureza gera uma sensação de bem-estar, você sai do som alto dos ambientes fechados para a natureza. Somado a isso, tem a questão da liberdade”, destaca. A própria diversidade do ambiente proporciona diversidade nos exercícios. “No Zerão tem o gramado, a escadaria, a rama, a pista, tudo é usado nas atividades”, completa.

Para Marcus Vinícius, este é um momento para ver a luz do sol, ter o prazer dos exercícios e do relaxamento. “Na rua você vai para onde os teus pés te levarem, se conecta com a natureza, vê um pássaro, sente a brisa, vê a criação de Deus nos mínimos detalhes”, descreve.

Para quem quer começar ou terminar o dia de forma mais leve, fica o convite para se exercitar próximo da natureza. Londrina tem vários espaços em que isso é possível. Caminhada, pedalada, corrida e até atividades aquáticas como remo e caiaque são realizadas no Lago Igapó. Conexão com o corpo e a natureza promovendo bem-estar e saúde.

Dra. Julia Coutinho: tomar

20 minutos de sol por

dia auxilia na reposição ou

manutenção da vitamina D no

organismo.

Marcus Vinícius Góes: “Na rua, você vai para onde os teus pés te levarem, se conecta com a natureza, vê um pássaro, sente a brisa, vê a

criação de Deus nos mínimos detalhes”

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COLUNAACIL

ACIL obtém reconhecimento inédito do GPTW

A ACIL é a única entidade associativista do Paraná com certificação Great Place to Work - organização sem fins lucrativos que avalia ambientes profissionais em todo o mundo. O reconhecimento é o primeiro passo para a ACIL ser incluída no ranking das melhores empresas do Brasil para se trabalhar. O certificado é concedido às empresas que tem 70% do corpo funcional satisfeito com as condições de trabalho. O anúncio foi feito durante o Lidere por Hilgo Gonçalves, embaixador do GPTW no Brasil e representante regional do Great Place to Work no Estado.

Amigos do peitoNo mês de outubro, o presidente da ACIL, Claudio Tedeschi, e a presidente da Conselho da Mulher Empresária, Marisol Chiesa,

entregaram um lote com 336 sutiãs com prótese ao presidente do Hospital do Câncer de Londrina, Francisco Ontivero. Com o material, serão preparados kits para mulheres que passaram por mastectomia (remoção total da mama) utilizando o Sistema Único de Saúde (SUS). Um grupo delas foi contemplado com os kits durante a entrega simbólica para demonstrar a efetividade da campanha. Este é apenas o início da mobilização, denominada Amigos do Peito. O trabalho prossegue nos próximos quatro meses com a arrecadação de donativos de R$ 50,00. Os interessados em contribuir devem entrar em contato pelo e-mail [email protected]

Dia D+ O Dia D+, tradicional ação recreativa da ACIL para homenagear a Semana da Criança, movimentou o Calçadão no mês de outubro. A

garotada e os pais aproveitaram o dia radiante para participar de brincadeiras de todos os tipos. Teve oficina para confeccionar marcadores de página, esculturas com balões, um espetáculo teatral promovido pelo Sicredi, onde as crianças aprenderam noções de educação financeira de uma maneira lúdica,pintura facial, distribuição de pipoca e algodão-doce, além da tradicional Feira de Troca de Livros.

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COMÉRCIO VAREJISTA DO VESTUÁRIODivini (Royal Plaza)Rua Mato Grosso – 310 – Loja 114Divini (Boulevard)Av. Theodoro Victorelli – 150 – Loja L 50New StreetAv. Américo Deolindo Garla – 224 – Loja 37New StreetRod. Celso Garcia Cid – LJ E 02 – Km 377 – Catuaí Shopping CenterV7 (Royal Plaza)Rua Mato Grosso – 310 – Loja 307Worship Norte ShoppingAv. Américo Deolindo Garla – 224 – Loja 103

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EQUIP. DE USO PESSOAL E DOMÉSTICOS Bacana DemaisRua Quintino Bocaiuva – 812 – Sala 610, 611, 612

FERRAGENS E FERRAMENTASCasa dos ParafusosRua Guaporé – 900 – 906

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UTILIDADES DOMÉSTICASAlgo Mais VariedadesRua Maranhão – 240 – Loja 143LondricasaAv. Higienópolis – 1235

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CLUBES SOCIAIS ESPORTIVOS E SIMILARESClube de Tiro Pé Vermelho de LondrinaRua Rafael Calil Jorge – 200

CONSTRUÇÃO CIVILSanta Cruz EngenhariaAv. Ayrton Senna da Silva – 500 – Conj 2602SolubrasRua Alexandre Santoro – 521

EDUCAÇÃO E ENSINOSetup JuniorRod. BR 369 – Km 54’ - BL 01 – SL 18 – Edif Central – Bandeirantes – PR

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