AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 727.864 PARANÁ

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  • 7/26/2019 AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINRIO COM AGRAVO 727.864 PARAN

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    Ementa e Ardo

    04/11/2014 SEGUNDATURMA

    AG.REG. NORECURSOEXTRAORDINRIOCOMAGRAVO727.864PARAN

    RELATOR : MIN. CELSODEMELLOAGTE.(S) :ESTADODOPARANPROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDOESTADODOPARANAGDO.(A/S) :MINISTRIOPBLICODOESTADODOPARANPROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDEJUSTIADOESTADODO

    PARAN

    E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINRIO COM AGRAVO(LEI N 12.322/21! " CUSTEIO# PELO ESTADO# DE SERVIOS!OSPITALARES PRESTADOS POR INSTITUI$ES PRI%ADAS EM"ENE#$CIO DE PACIENTES DO SUSATENDIDOS PELO SAMU NOSCASOS DE URG&NCIA E DE INE'IST&NCIA DE LEITOS NA REDEPBLICA " DEVER ESTATAL DE ASSISTNCIA SADE E DE

    PROTEO VIDARESULTANTEDE NORMA CONSTITUCIONAL "O"RIGA%O &UR$DICO'CONSTITUCIONAL QUE SE IMPE AOSESTADOS " CON#IGURA%O# NO CASO# DE T$PICA !IPTESEDEOMISSO INCONSTITUCIONAL IMPUTVEL AO ESTADO DESRESPEITO CONSTITUI%O PROVOCADO POR INRCIAESTATAL (RT& 13/1-1)! " COMPORTAMENTO QUE TRANSGRIDEA AUTORIDADE DA LEI *UNDAMENTAL DA REPBLICA(RT& 1+/,)-,)! " A *UEST%O DA RESERVA DO POSSVEL:

    RECON!ECIMENTO DE SUA INAPLICABILIDADE# SEMPRE UE AIN%OCA0O DESSA CLUSULA PUDER COMPROMETER ONCLEO BSICO *UE *UALI#ICA O MNIMO EXISTENCIAL(RT& 2/1)1-1),! " O PAPEL DO PODER JUDICIRIO NAIMPLEMENTA%O DE POLTICAS PBLICAS INSTITU$DAS PELACONSTITUI0O E NO EFETIVADAS PELO PODER PBLICO " A#RMULA DA RESERVA DO POSSVELNA PERSPECTIVA DA TEORIADOS CUSTOS DOS DIREITOS: IMPOSSI"ILIDADE DE SUAIN%OCA0O PARA LEGITIMAR O INUSTO INADIMPLEMENTO DEDEVERES ESTATAIS DE PRESTA%O CONSTITUCIONALMENTE

    Documento assinado digitalmente conforme MP n2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil. O

    documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o nmero 7197718.

    Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal FederalInteiro Teor do Acrdo - Pgina 1 de 33

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    Ementa e Ardo

    ARE 727864 AGR / PR

    IMPOSTOSAO PODER PBLICO " A TEORIA DA RESTRIO DASRESTRIES (OUDA LIMITAO DAS LIMITAES! " CARTER

    COGENTE E VINCULANTE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS#INCLUSIVE DAQUELAS DE CONTEDO PROGRAMTICO# *UEVEICULAM DIRETRI4ES DE POLTICAS PBLICAS#ESPECIALMENTE NA REA DA SADE (C## ARTS. # 1) E1),! " A*UEST%O DAS ESCOL!AS TRGICAS " A COLMATA%O DEOMISS$ES INCONSTITUCIONAIS COMO NECESSIDADEINSTITUCIONAL*UNDADAEM COMPORTAMENTOA#IRMATIVODOS

    JU4ES E TRIBUNAIS E DE *UE RESULTA UMA POSITIVA CRIAO

    URISPRUDENCIAL DO DIREITO " CONTROLE &URISDICIONAL DELEGITIMIDADEDA OMISS0O DO PODER PBLICO:ATIVIDADE DEFISCALI"AO UDICIAL *UE SE &USTI#ICA PELA NECESSIDADEDE OBSER%5NCIA DE CERTOSPAR+METROSCONSTITUCIONAIS(PROIBIO DE RETROCESSO SOCIAL# PROTEO AO MNIMOE'ISTENCIAL# VEDAO DA PROTE0O INSU*ICIENTE EPROIBIO DE E'CESSO! " DOUTRINA " PRECEDENTES DOSUPREMO TRIBUNAL *EDERAL EM TEMA DE IMPLEMENTA0O DEPOLTICAS PBLICAS DELINEADAS NA CONSTITUI0O DAREPBLICA (RT& 1,/, " RT& 1,+/1212-1213 " RT& 1))/121)-122! "EXIST,NCIA# NO CASO EM E'AME# DE RELEVANTE INTERESSESOCIAL.

    2. A%O CIVIL P-"LICA: INSTRUMENTO PROCESSUALADE*UADO 6 PROTE0O JURISDICIONAL DE

    DIREITOS REVESTIDOS DE METAINDIVIDUALIDADE LEGITIMA%O ATIVADO MINISTRIO PBLICO (C## ART. 12)# III! "A #UN%O INSTITUCIONAL DO MINISTRIO PBLICO COMODEFENSOR DO POVO (C## ART. 12)# II! " DOUTRINA PRECEDENTES.

    . RESPONSA"ILIDADE SOLIDRIADAS PESSOAS POLTICAS*UE INTEGRAM O ESTADO *EDERAL BRASILEIRO# NO CONTEXTO

    2

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    IMPOSTOSAO PODER PBLICO " A TEORIA DA RESTRIO DASRESTRIES (OUDA LIMITAO DAS LIMITAES! " CARTER

    COGENTE E VINCULANTE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS#INCLUSIVE DAQUELAS DE CONTEDO PROGRAMTICO# *UEVEICULAM DIRETRI4ES DE POLTICAS PBLICAS#ESPECIALMENTE NA REA DA SADE (C## ARTS. # 1) E1),! " A*UEST%O DAS ESCOL!AS TRGICAS " A COLMATA%O DEOMISS$ES INCONSTITUCIONAIS COMO NECESSIDADEINSTITUCIONAL*UNDADAEM COMPORTAMENTOA#IRMATIVODOS

    JU4ES E TRIBUNAIS E DE *UE RESULTA UMA POSITIVA CRIAO

    URISPRUDENCIAL DO DIREITO " CONTROLE &URISDICIONAL DELEGITIMIDADEDA OMISS0O DO PODER PBLICO:ATIVIDADE DEFISCALI"AO UDICIAL *UE SE &USTI#ICA PELA NECESSIDADEDE OBSER%5NCIA DE CERTOSPAR+METROSCONSTITUCIONAIS(PROIBIO DE RETROCESSO SOCIAL# PROTEO AO MNIMOE'ISTENCIAL# VEDAO DA PROTE0O INSU*ICIENTE EPROIBIO DE E'CESSO! " DOUTRINA " PRECEDENTES DOSUPREMO TRIBUNAL *EDERAL EM TEMA DE IMPLEMENTA0O DEPOLTICAS PBLICAS DELINEADAS NA CONSTITUI0O DAREPBLICA (RT& 1,/, " RT& 1,+/1212-1213 " RT& 1))/121)-122! "EXIST,NCIA# NO CASO EM E'AME# DE RELEVANTE INTERESSESOCIAL.

    2. A%O CIVIL P-"LICA: INSTRUMENTO PROCESSUALADE*UADO 6 PROTE0O JURISDICIONAL DE

    DIREITOS REVESTIDOS DE METAINDIVIDUALIDADE LEGITIMA%O ATIVADO MINISTRIO PBLICO (C## ART. 12)# III! "A #UN%O INSTITUCIONAL DO MINISTRIO PBLICO COMODEFENSOR DO POVO (C## ART. 12)# II! " DOUTRINA PRECEDENTES.

    . RESPONSA"ILIDADE SOLIDRIADAS PESSOAS POLTICAS*UE INTEGRAM O ESTADO *EDERAL BRASILEIRO# NO CONTEXTO

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    Ementa e Ardo

    ARE 727864 AGR / PR

    DO SISTEMA NICO DE SADE (SUS! " COMPET,NCIA COMUMDOS ENTES *EDERADOS (UNI0O# ESTADOS-MEMBROS# DISTRITO

    *EDERAL E MUNICPIOS! EM TEMA DE PROTE0O E ASSIST&NCIA 6SADE PBLICA E/OU INDI%IDUAL (C## ART. 23# II!.DETERMINA%O CONSTITUCIONAL UE# AO INSTITUIR ODEVER ESTATALDE DESEN%OL%ER A$ES E DE PRESTAR SER%IOSDE SADE# TORNA AS PESSOAS POLTICAS RESPONSVEISSOLIDRIAS PELA CONCRETIA%O DE TAIS OBRIGA$ES

    JURDICAS# O *UE L!ES CON#ERE LEGITIMA0O PASSI%A ADCAUSAM NAS DEMANDAS MOTI%ADAS POR RECUSA DE

    ATENDIMENTO NO 5MBITO DO SUS " CONSE*UENTEPOSSI"ILIDADE DE A&UIAMENTO DA A0O CONTRA UM#

    ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS " PRECEDENTES "RECURSO DEAGRAVOIMPROVIDO.

    A C 7 R D 0 O

    V3# 539 8 9;39 8989 ;?>9@=9 =S9@= T8=@> 4;H;9># ?; =?=@>;8 ; ;; 8 K;9# ?5 ;>>=5 ?5@3;=@8 35;# 8 ?=H8@= 8 21.

    CELSO DE MELLO " RELATOR

    3

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    DO SISTEMA NICO DE SADE (SUS! " COMPET,NCIA COMUMDOS ENTES *EDERADOS (UNI0O# ESTADOS-MEMBROS# DISTRITO

    *EDERAL E MUNICPIOS! EM TEMA DE PROTE0O E ASSIST&NCIA 6SADE PBLICA E/OU INDI%IDUAL (C## ART. 23# II!.DETERMINA%O CONSTITUCIONAL UE# AO INSTITUIR ODEVER ESTATALDE DESEN%OL%ER A$ES E DE PRESTAR SER%IOSDE SADE# TORNA AS PESSOAS POLTICAS RESPONSVEISSOLIDRIAS PELA CONCRETIA%O DE TAIS OBRIGA$ES

    JURDICAS# O *UE L!ES CON#ERE LEGITIMA0O PASSI%A ADCAUSAM NAS DEMANDAS MOTI%ADAS POR RECUSA DE

    ATENDIMENTO NO 5MBITO DO SUS " CONSE*UENTEPOSSI"ILIDADE DE A&UIAMENTO DA A0O CONTRA UM#

    ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS " PRECEDENTES "RECURSO DEAGRAVOIMPROVIDO.

    A C 7 R D 0 O

    V3# 539 8 9;39 8989 ;?>9@=9 =S9@= T8=@> 4;H;9># ?; =?=@>;8 ; ;; 8 K;9# ?5 ;>>=5 ?5@3;=@8 35;# 8 ?=H8@= 8 21.

    CELSO DE MELLO " RELATOR

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    R l t r i

    04/11/2014 SEGUNDATURMA

    AG.REG. NORECURSOEXTRAORDINRIOCOMAGRAVO727.864PARAN

    RELATOR : MIN. CELSODEMELLOAGTE.(S) :ESTADODOPARANPROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDOESTADODOPARANAGDO.(A/S) :MINISTRIOPBLICODOESTADODOPARANPROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDEJUSTIADOESTADODO

    PARAN

    R E L A T R I O

    O SENOR MINISTRO CELSO DE MELLO ! (R"#$%&'): T'$%$"de recurso de !r"o# tempestivamente interposto# *&+%'$ dec$s%o ,-"

    *&+"*"-do !r"o &'"%& " *#+$& +$ L" '( )*+,***.)./# $'$+"3$' "3-"+%& o recurso e01rord$'2r$o# " ,-"o c3rd%o recorr$do"%5 " $'&+$ co4 d$re1r$5 6ur$s7rude'c$8 7re"8ece'1e 'es1Su7re4 Cor1e &98s+ )+**))+*:*/+

    I+*&+&'$$ co4 esse 1o dec$s3r$o# 7r1e or !r"'1e+%"'" o 7rese'1e recurso# &%-#$+& & '&"+%& do !r"o ;uededu5$u &98s+ )+*:es e07os1s# -9"% apreciaodesta colenda Turma# o '""+%"recurso de !r"o+

    & '"#$%;'&+

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    Supremo Tribunal Federal

    04/11/2014 SEGUNDATURMA

    AG.REG. NORECURSOEXTRAORDINRIOCOMAGRAVO727.864PARAN

    RELATOR : MIN. CELSODEMELLOAGTE.(S) :ESTADODOPARANPROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDOESTADODOPARANAGDO.(A/S) :MINISTRIOPBLICODOESTADODOPARANPROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERALDEJUSTIADOESTADODO

    PARAN

    R E L A T R I O

    O SENOR MINISTRO CELSO DE MELLO ! (R"#$%&'): T'$%$"de recurso de !r"o# tempestivamente interposto# *&+%'$ dec$s%o ,-"

    *&+"*"-do !r"o &'"%& " *#+$& +$ L" '( )*+,***.)./# $'$+"3$' "3-"+%& o recurso e01rord$'2r$o# " ,-"o c3rd%o recorr$do"%5 " $'&+$ co4 d$re1r$5 6ur$s7rude'c$8 7re"8ece'1e 'es1Su7re4 Cor1e &98s+ )+**))+*:*/+

    I+*&+&'$$ co4 esse 1o dec$s3r$o# 7r1e or !r"'1e+%"'" o 7rese'1e recurso# &%-#$+& & '&"+%& do !r"o ;uededu5$u &98s+ )+*:es e07os1s# -9"% apreciaodesta colenda Turma# o '""+%"recurso de !r"o+

    & '"#$%;'&+

    Documento assinado digitalmente conforme MP n2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil. O

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    04/11/2014 SEGUNDATURMA

    AG.REG. NORECURSOEXTRAORDINRIOCOMAGRAVO727.864PARAN

    V O T O

    O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO (R!"#$%&'N$ "))*)#

    %"+$ parte ora recorrente, *) que a deciso agravada ",-)#"), comintegral fidelidade, *%#%*+,-%*)%-3*"! *%5""pelo Supremo TribunalFederal " 5"#%*"ora em exame.

    Com efeito, " *)3-))$sobre " ))3*"!*" $ *%*#$ )" fezcom que o legislador constituinte qualificasse, como prestaes derelevncia pblica, as a!es e servios de sa"de #C, art. $%&', 5 $%5 "!9*#*5"% a atuao do (inist)rio *"blico do *oder +udicirio

    ":-!") ;*3*" ,-%?*3$)$3*"!, seja por *#$!%>@! omisso,seja por qualquer outra *"3*#>@! modalidade de comportamentogovernamental )@*"#.

    I))$ )*9**3", portanto, :- " !9*#*5*" "#*@" ad causam/ do(inist)rio *"blico "%" %$$% ao civil p"blica @*)"$ defesa dodireito sa"de #AI 6.B2/RS, 0el. (in. 10OS 2034 5 AI 662.BB/RS,0el. (in. 670(18 9:6;3 5 RE 462.416/RS, 0el. (in. 2;9(30(183*#$da =urisprud>ncia constitucional )#"Suprema 6orte?

    Agravo regimental no agravo de instrumento. Constitucional.Legitimidade do Ministrio Pblico. Ao civil pblica.!mplementao de pol"ticas pblicas. Possibilidade. #iolao do

    princ"pio da separao dos poderes. $o ocorr%ncia. &eserva doposs"vel. !nvocao. !mpossibilidade. Precedentes.

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    '. Esta Corte j firmou a orientao de que o MinistrioPblico detm legitimidade para requerer, em Ju!o, a

    implementao de polticas pblicaspor parte do Poder ()ecutivode molde a assegurar a concreti!aode direitos difusos* coletivose individuais +omog%neos garantidos pela Constituio ,ederal*como o caso do acesso " sade.

    -. Poder /udici0rio* em situaes e)cepcionais* podedeterminar 1ue a Administrao pblica adote medidas assecurat2riasde direitos constitucionalmente recon+ecidos como essenciais sem 1ueisso configure violao do princ"pio da separao de poderes.

    3. # #dministrao no pode in$ocar a clusula da4reser$a do poss$el5 a fim de justificar a frustrao de direitos

    pre$istos na Constituio da %epblica* voltados 6 garantia dadignidade da pessoa +umana* sob o fundamento de insufici%nciaorament0ria.

    7. Agravo regimental noprovido./#AI 674.764A9R/PI, 0el. (in. :A C$;9!9

    '. ) direito a sade prerrogati$a constitucionalindispon$el*garantido mediante a implementao de polticas

    pblicas* impondo ao (stado a obrigao de criar condies objetivasque possibilitemo efetivo acesso a tal servio.-. 9 poss$el ao Poder /udici0rio determinar a

    implementaopelo Estado* 1uando inadimplente* de polticaspblicasconstitucionalmente pre$istas* sem 1ue +aja inger%nciaem 1uesto 1ue envolve o poder discricion0rio do Poder ()ecutivo.Precedentes.

    3. Agravo regimental impro$ido./#AI 7B4.487A9R/PR, 0el. (in. 19918 2036;1 5 9%**'

    @

    Documento assinado digitalmente conforme MP n2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil. O

    documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o nmero 7197720.

    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    '. Esta Corte j firmou a orientao de que o MinistrioPblico detm legitimidade para requerer, em Ju!o, a

    implementao de polticas pblicaspor parte do Poder ()ecutivode molde a assegurar a concreti!aode direitos difusos* coletivose individuais +omog%neos garantidos pela Constituio ,ederal*como o caso do acesso " sade.

    -. Poder /udici0rio* em situaes e)cepcionais* podedeterminar 1ue a Administrao pblica adote medidas assecurat2riasde direitos constitucionalmente recon+ecidos como essenciais sem 1ueisso configure violao do princ"pio da separao de poderes.

    3. # #dministrao no pode in$ocar a clusula da4reser$a do poss$el5 a fim de justificar a frustrao de direitos

    pre$istos na Constituio da %epblica* voltados 6 garantia dadignidade da pessoa +umana* sob o fundamento de insufici%nciaorament0ria.

    7. Agravo regimental noprovido./#AI 674.764A9R/PI, 0el. (in. :A C$;9!9

    '. ) direito a sade prerrogati$a constitucionalindispon$el*garantido mediante a implementao de polticas

    pblicas* impondo ao (stado a obrigao de criar condies objetivasque possibilitemo efetivo acesso a tal servio.-. 9 poss$el ao Poder /udici0rio determinar a

    implementaopelo Estado* 1uando inadimplente* de polticaspblicasconstitucionalmente pre$istas* sem 1ue +aja inger%nciaem 1uesto 1ue envolve o poder discricion0rio do Poder ()ecutivo.Precedentes.

    3. Agravo regimental impro$ido./#AI 7B4.487A9R/PR, 0el. (in. 19918 2036;1 5 9%**'

    @

    Documento assinado digitalmente conforme MP n2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil. O

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    A "#-"$ do (inist)rio *"blico 5 )" de direitos interesses

    metaindividuais, @*"*!*+"", instrumentalmente* $% 5*$ %$3))-"!":-"$#a ao civil p"blica, no caso', :- !; %5*# *@$3"%a tutela

    =urisdicional do 1stado 3$5 $ $,#*@$ "+% com que os *oderes*"blicos %)*#5, em favor da coletividade, os servios de relevncia

    pblica #C, art. $@%, ;;', 3$5$ ) :-"!**3"5, constitucionalmente,as a!es e servios de sa"de #C, art. $%&', !9*#*5"), plenamente, 53$%%F3*" da condio institucional de defensor do povo/ :- 3$%*"ao BPar1uet/ pela pr-pria 6onstituio da 0ep"blica.

    $esse conte)to, ) 5 )#":-uma das mais significativasfunesinstitucionais do Ministrio Pblico, 3$)*)##no reconAecimento de 1uel+e assiste a posio eminente @%"*%$ defensor do povo/ #B42O8;20O (3CC;99;, R9*5 -%?*3$ $ M**)#%*$ P!*3$/,p. @@DE@@&, item n. @D, /, G ed., $%%H, Saraiva, v.g.', *3-5*$ *5$%, aos poderes pblicos, $ %)*#$ #*@$ aos direitos que a6onstituio da 0ep"blica "))9-%"aos cidados em geral#C, art. $@%, ;;',$$,para tanto, %$5$@%as medidas necessrias "$ "*5!5#$de tais garantias, $ :- !; %5*#valerIse das a!es coletivas, como asaes civis pblicas, :- %%)#"5 poderoso instrumento processual3$3%#*+"$% das prerrogativas fundamentais atribuJdas, a 1ual1uer

    pessoa, pela 6arta *olJtica.

    T;$ "%" 5*5, desse modo, :- ) %@!" *:-)#*$>@! a

    qualidade do (inist)rio *"blico "%" ",-*+"% ao civil p"blica$,#*@"$, em sede de processo coletivo5 Aip-tese 5 :- )#"%>%)#o interesse social* que legitima a interveno e a ao em ju"o do MinistrioPblico DC: '-E 4caput5 e C: '-? !FG/ #819SO8 810K +48;O0, OM**)#%*$ P!*3$ ") A) C$!#*@")/, in/ 3o 6ivil *"blica,p. HH, 3$$%. por Ldis (ilar), $%%M, 0T 5 9%**' 5, " )" de direitosimpregnados de transindividualidade, $%:- %@)#*$) de ineg0velrelevncia social#RT$&NE&&I&N 5 RT$NME@, v.g.', 3$5$ )-3com o

    Documento assinado digitalmente conforme MP n2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil. O

    documento pode ser acessado no endereo eletrnico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o nmero 7197720.

    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    A "#-"$ do (inist)rio *"blico 5 )" de direitos interesses

    metaindividuais, @*"*!*+"", instrumentalmente* $% 5*$ %$3))-"!":-"$#a ao civil p"blica, no caso', :- !; %5*# *@$3"%a tutela

    =urisdicional do 1stado 3$5 $ $,#*@$ "+% com que os *oderes*"blicos %)*#5, em favor da coletividade, os servios de relevncia

    pblica #C, art. $@%, ;;', 3$5$ ) :-"!**3"5, constitucionalmente,as a!es e servios de sa"de #C, art. $%&', !9*#*5"), plenamente, 53$%%F3*" da condio institucional de defensor do povo/ :- 3$%*"ao BPar1uet/ pela pr-pria 6onstituio da 0ep"blica.

    $esse conte)to, ) 5 )#":-uma das mais significativasfunesinstitucionais do Ministrio Pblico, 3$)*)##no reconAecimento de 1uel+e assiste a posio eminente @%"*%$ defensor do povo/ #B42O8;20O (3CC;99;, R9*5 -%?*3$ $ M**)#%*$ P!*3$/,p. @@DE@@&, item n. @D, /, G ed., $%%H, Saraiva, v.g.', *3-5*$ *5$%, aos poderes pblicos, $ %)*#$ #*@$ aos direitos que a6onstituio da 0ep"blica "))9-%"aos cidados em geral#C, art. $@%, ;;',$$,para tanto, %$5$@%as medidas necessrias "$ "*5!5#$de tais garantias, $ :- !; %5*#valerIse das a!es coletivas, como asaes civis pblicas, :- %%)#"5 poderoso instrumento processual3$3%#*+"$% das prerrogativas fundamentais atribuJdas, a 1ual1uer

    pessoa, pela 6arta *olJtica.

    T;$ "%" 5*5, desse modo, :- ) %@!" *:-)#*$>@! a

    qualidade do (inist)rio *"blico "%" ",-*+"% ao civil p"blica$,#*@"$, em sede de processo coletivo5 Aip-tese 5 :- )#"%>%)#o interesse social* que legitima a interveno e a ao em ju"o do MinistrioPblico DC: '-E 4caput5 e C: '-? !FG/ #819SO8 810K +48;O0, OM**)#%*$ P!*3$ ") A) C$!#*@")/, in/ 3o 6ivil *"blica,p. HH, 3$$%. por Ldis (ilar), $%%M, 0T 5 9%**' 5, " )" de direitosimpregnados de transindividualidade, $%:- %@)#*$) de ineg0velrelevncia social#RT$&NE&&I&N 5 RT$NME@, v.g.', 3$5$ )-3com o

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    direito sa"de, :- #%"-+ prerrogativa =urJdica de Jndole5*#5#constitucional.

    R3$;3*",assim, " ":-"$ da via processual eleita, "%" 3-,"*)#"-%"$o (inist)rio *"blico *)de plena legitimidade ativa #C,art. $@%, ;;;', *5) ="5*"% a 1uesto central da presente causa @%**3"%se se revela poss"velao +udicirio, )5 :- *3$%%"em ofensa aopostulado da separao de poderes, #%5*"% " "$$, pelo (stado,quando *,-)#"5# omisso $ "*5!5#$ de polJticas p"blicas3$)#*#-3*$"!5# estabelecidas, de medidas $- provid>ncias

    )#*"") " "))9-%"%, concretamente, coletividade em geral, $ "3))$ $ 9$+$ de direitos "#"$)pela ine)ecuo governamental de deveres

    =urJdicoIconstitucionais.

    O)%@$, 1uanto a esse tema, que, "$ ,-!9"% " ADP 4/D, 0el.(in. 619SO

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    ARE 727864 AGR / PR

    A&8O!@ :( :(;C "@%#*-, em tema de inconstitucionalidade por omisso, por

    mais de uma vez #RT 17/1212121B, 0el. (in. 619SO

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    conse1R%ncia*de cumpriro de$er de prestao 1ue a Constituio l+eimpSs* incidir em $iolao negati$ado te)to constitucional. :esse

    4non facere5 ou 4non praestare5* resultar0 a inconstitucionalidadepor omisso* 1ue pode ser total* 1uando nenAumaa provid%nciaadotada* ou parcial* 1uando insuficientea medida efetivada peloPoder Pblico.

    R...................................................................................................Q# omisso do (stado que deiBa de cumprir* em maior ou

    em menor e)tenso* a imposioditada pelo te)to constitucional qualifica@se como comportamento re$estido da maior gravidade

    pol"ticoQjur"dica* eis 1ue* mediante inrcia* o Poder Pblico tambm

    desrespeita a Constituio* tambm ofende direitos 1ue nela sefundam e tambmimpede* por aus%ncia de medidas concretiadoras*a prpria aplicabilidade dos postulados e princ"pios da Lei,undamental./

    #RT 18/7476, 0el. (in. 619SO atribuirIse, ainda 1ue e)cepcionalmente, "$ -*3*>%*$, ) :-"$ os-rgos estatais competentes, $% )3-5%*%5 os encargos polJticoII=urJdicos que sobre eles incidem em carter vinculante, @*%5 "3$5%$5#%, com tal comportamento* " *3>3*" " *#9%*" dedireitos individuais /$- coletivos *5%9"$) de estaturaconstitucional, como sucede na espcie ora em e)ame.

    H

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    conse1R%ncia*de cumpriro de$er de prestao 1ue a Constituio l+eimpSs* incidir em $iolao negati$ado te)to constitucional. :esse

    4non facere5 ou 4non praestare5* resultar0 a inconstitucionalidadepor omisso* 1ue pode ser total* 1uando nenAumaa provid%nciaadotada* ou parcial* 1uando insuficientea medida efetivada peloPoder Pblico.

    R...................................................................................................Q# omisso do (stado que deiBa de cumprir* em maior ou

    em menor e)tenso* a imposioditada pelo te)to constitucional qualifica@se como comportamento re$estido da maior gravidade

    pol"ticoQjur"dica* eis 1ue* mediante inrcia* o Poder Pblico tambm

    desrespeita a Constituio* tambm ofende direitos 1ue nela sefundam e tambmimpede* por aus%ncia de medidas concretiadoras*a prpria aplicabilidade dos postulados e princ"pios da Lei,undamental./

    #RT 18/7476, 0el. (in. 619SO atribuirIse, ainda 1ue e)cepcionalmente, "$ -*3*>%*$, ) :-"$ os-rgos estatais competentes, $% )3-5%*%5 os encargos polJticoII=urJdicos que sobre eles incidem em carter vinculante, @*%5 "3$5%$5#%, com tal comportamento* " *3>3*" " *#9%*" dedireitos individuais /$- coletivos *5%9"$) de estaturaconstitucional, como sucede na espcie ora em e)ame.

    H

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    ARE 727864 AGR / PR

    C$%%#?))*5$, portanto, $ @. "33*#$ da =urisprud>ncia do Supremo Tribunal Federal#fls. $.$DDE$.$MM'.

    V"! )#"3"%, por oportuno, %"95#$ dessa unnime deciso%$%*" pelo 1. Tribunal de +ustia local, 3-,$ #$% "3;") " )9-*%%%$-+*$, no ponto 1ue interessa 6 resoluo do presente lit"gio#fls. $.$ME$.$M'?

    # sade direito pblico subjeti$o fundamental*diretamente ligado 6 dignidade da pessoa +umana e* portanto*

    pass$el de ser eBigidoa 1ual1uer tempo* independentementedae)ist%ncia de regulamentao infraconstitucional ou de atendimento

    prvio a procedimentos burocr0ticos. Assim* a $ida eBige respeitoincondicional por parte de quem quer que seja* com o realce de1ue em nosso Pa"s +0 uma Constituio em vigor* que garante o

    direito " $ida e " sade a todos os brasileiros.Cumpre asse$erar que* por mais relevantes 1ue sejam as

    dificuldades orament0rias dos 2rgos pblicos* ou por maisnecess0ria 1ue seja a regulamentao dos procedimentos do ;istemaJnico de ;ade* no poss$el desrespeitar a Constituio

    :ederal* sob pena de afronta6 ordem jur"dica*pri$ilegiando@semeros regulamentos e* mais grave ainda* dandoQse poderes aoadministrador para* sob os mais variados prete)tos* descumprir a Lei

    Maior. #ssim sendo* no pode o ente federati$o utili!ar comoargumento a reser$a do poss$el ou a ausDncia de pre$isooramentria quando a questo trata do direito " sade docidado.

    ) Poder Pblico de$e proporcionar aos cidados o acesso" sade* atravs de atendimento mdico* internamentos* e)ames*tratamentos de car0ter essencial e medicamentos* uma ve 1ue soindispens0veis 6 dignidade da pessoa +umana.

    T...................................................................................................

    &

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    C$%%#?))*5$, portanto, $ @. "33*#$ da =urisprud>ncia do Supremo Tribunal Federal#fls. $.$DDE$.$MM'.

    V"! )#"3"%, por oportuno, %"95#$ dessa unnime deciso%$%*" pelo 1. Tribunal de +ustia local, 3-,$ #$% "3;") " )9-*%%%$-+*$, no ponto 1ue interessa 6 resoluo do presente lit"gio#fls. $.$ME$.$M'?

    # sade direito pblico subjeti$o fundamental*diretamente ligado 6 dignidade da pessoa +umana e* portanto*

    pass$el de ser eBigidoa 1ual1uer tempo* independentementedae)ist%ncia de regulamentao infraconstitucional ou de atendimento

    prvio a procedimentos burocr0ticos. Assim* a $ida eBige respeitoincondicional por parte de quem quer que seja* com o realce de1ue em nosso Pa"s +0 uma Constituio em vigor* que garante o

    direito " $ida e " sade a todos os brasileiros.Cumpre asse$erar que* por mais relevantes 1ue sejam as

    dificuldades orament0rias dos 2rgos pblicos* ou por maisnecess0ria 1ue seja a regulamentao dos procedimentos do ;istemaJnico de ;ade* no poss$el desrespeitar a Constituio

    :ederal* sob pena de afronta6 ordem jur"dica*pri$ilegiando@semeros regulamentos e* mais grave ainda* dandoQse poderes aoadministrador para* sob os mais variados prete)tos* descumprir a Lei

    Maior. #ssim sendo* no pode o ente federati$o utili!ar comoargumento a reser$a do poss$el ou a ausDncia de pre$isooramentria quando a questo trata do direito " sade docidado.

    ) Poder Pblico de$e proporcionar aos cidados o acesso" sade* atravs de atendimento mdico* internamentos* e)ames*tratamentos de car0ter essencial e medicamentos* uma ve 1ue soindispens0veis 6 dignidade da pessoa +umana.

    T...................................................................................................

    &

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    Assim* o Apelante no pode pri$ar os cidados do atendimentomdico* sob pena de ferir@secomando da Carta Magna.

    :estarte cabe ao Poder Judicirio* sopesar os interessesalegados pelas partes e solucionar a questo " lu!do princ"pio daraoabilidade e da proporcionalidade.

    :esta forma a imposio de internamento digno* emAospital pblico ou particular* dos pacientes que delenecessitam medida necessria face " inrcia do Estado emsolucionar tais problemas.

    T...................................................................................................'mportante salientar que* no presente caso* de$em ser

    ponderados os $alores $ida e patrimnio* de$endo pre$aleceras medidas que protejam*primeiramente* a $ida Aumana e suadignidade.

    :estarte* considerando 1ue o internamento em leitos de+ospitais privados seja medida e)cepcional* mas necess0ria a garantiada sade* as alegaes de preju"o ao er0rio* Snus e)cessivo e deobservao da reserva do poss"vel devem ser afastadas. DTG./ #9%**'

    Mais do 1ue nunca, %3*)$ "#*+"%que o dever estatal de atribuirefetividade aos direitos fundamentais, de "ndole social, :-"!**3") comoexpressiva !*5*#"$ 6 discricionariedade administrativa.

    I))$ )*9**3" que a interveno =urisdicional, ,-)#**3"" pelaocorr>ncia "%*#%>%*"recusa governamental em conferir significaoreal ao direito sa"de, #$%"%)> !"5# !9?#*5" #)5 qualquerofensa,portanto, "$ $)#-!"$da separao de poderes', )5% :- )*5-)%, nesse processo de ponderao de interesses de valores emconflito, " 3))*" de fazer prevalecer a deciso pol"tica fundamentalque o legislador constituinte "$#$- em tema de respeito de proteo aodireito 6 sade.

    C" %%*%, neste ponto, "# " =#%5" %#*F3*" de suasobserva!es, " "@%#F3*" de 94;C3 60;ST;83 FO8S163

    F0;S6B1;S18, ilustre *rocuradora 0egional da 0ep"blica, ;$,

    N

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    Assim* o Apelante no pode pri$ar os cidados do atendimentomdico* sob pena de ferir@secomando da Carta Magna.

    :estarte cabe ao Poder Judicirio* sopesar os interessesalegados pelas partes e solucionar a questo " lu!do princ"pio daraoabilidade e da proporcionalidade.

    :esta forma a imposio de internamento digno* emAospital pblico ou particular* dos pacientes que delenecessitam medida necessria face " inrcia do Estado emsolucionar tais problemas.

    T...................................................................................................'mportante salientar que* no presente caso* de$em ser

    ponderados os $alores $ida e patrimnio* de$endo pre$aleceras medidas que protejam*primeiramente* a $ida Aumana e suadignidade.

    :estarte* considerando 1ue o internamento em leitos de+ospitais privados seja medida e)cepcional* mas necess0ria a garantiada sade* as alegaes de preju"o ao er0rio* Snus e)cessivo e deobservao da reserva do poss"vel devem ser afastadas. DTG./ #9%**'

    Mais do 1ue nunca, %3*)$ "#*+"%que o dever estatal de atribuirefetividade aos direitos fundamentais, de "ndole social, :-"!**3") comoexpressiva !*5*#"$ 6 discricionariedade administrativa.

    I))$ )*9**3" que a interveno =urisdicional, ,-)#**3"" pelaocorr>ncia "%*#%>%*"recusa governamental em conferir significaoreal ao direito sa"de, #$%"%)> !"5# !9?#*5" #)5 qualquerofensa,portanto, "$ $)#-!"$da separao de poderes', )5% :- )*5-)%, nesse processo de ponderao de interesses de valores emconflito, " 3))*" de fazer prevalecer a deciso pol"tica fundamentalque o legislador constituinte "$#$- em tema de respeito de proteo aodireito 6 sade.

    C" %%*%, neste ponto, "# " =#%5" %#*F3*" de suasobserva!es, " "@%#F3*" de 94;C3 60;ST;83 FO8S163

    F0;S6B1;S18, ilustre *rocuradora 0egional da 0ep"blica, ;$,

    N

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    ARE 727864 AGR / PR

    eminente 6onselAeira do 6onselAo 8acional de +ustia #P$!?#*3")P!*3") A R)$)"*!*" $ A5**)#%"$% $ M**)#%*$

    P!*3$/, p. M%, %M %&, @, (ax 9imonad', 3-,$ 5"9*)#%*$, aprop-sito " !*5*#"" discricionariedade governamental 5 #5" 3$3%#*+"$ das polJticas p"blicas constitucionais, 3$%%#"5#"))*"!" ?

    *esse conteBto constitucional* 1ue implica tambm narenovao das pr0ticas pol"ticas* o administrador est $inculado6s

    pol"ticas pblicas estabelecidas na Constituio ,ederalU a sua

    omisso pass$el de responsabiliao e a sua margem dediscricionariedade mnima* no contemplando o no fa!er.

    .......................................................................................................Como demonstrado no item anterior* o administrador pblico

    est $inculado " Constituio e 6s normas infraconstitucionaispara a implementao das pol"ticas pblicas relati$as 6 ordemsocial constitucional* ou seja* pr2pria 6 finalidade da mesmaV obemQestar e a justia social.

    R...................................................................................................Conclui@se* portanto* que o administrador no temdiscricionariedade para deliberar sobre a oportunidade econveni%ncia de implementao de pol"ticas pblicasdiscriminadas na ordem social constitucional* pois tal restoudeliberado pelo Constituinte e pelo legislador 1ue elaborou asnormas de integrao.

    .......................................................................................................As dvidas sobre essa margem de discricionariedade devem ser

    dirimidas pelo /udici0rio* cabendo ao Jui! dar sentido concreto6norma e controlar a legitimidadedo ato administrativo Domissivoou comissivoG* $erificandose o mesmo no contraria sua finalidadeconstitucional* no caso* a concreti!ao da ordem socialconstitucional./ #9%**'

    N$ *=$ 3$%*%, no entanto, "))#"") tais premissas,)*9**3"#*@$ %!@$ ao tema pertinente 6 reserva do poss"vel/ #94S

    %

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    eminente 6onselAeira do 6onselAo 8acional de +ustia #P$!?#*3")P!*3") A R)$)"*!*" $ A5**)#%"$% $ M**)#%*$

    P!*3$/, p. M%, %M %&, @, (ax 9imonad', 3-,$ 5"9*)#%*$, aprop-sito " !*5*#"" discricionariedade governamental 5 #5" 3$3%#*+"$ das polJticas p"blicas constitucionais, 3$%%#"5#"))*"!" ?

    *esse conteBto constitucional* 1ue implica tambm narenovao das pr0ticas pol"ticas* o administrador est $inculado6s

    pol"ticas pblicas estabelecidas na Constituio ,ederalU a sua

    omisso pass$el de responsabiliao e a sua margem dediscricionariedade mnima* no contemplando o no fa!er.

    .......................................................................................................Como demonstrado no item anterior* o administrador pblico

    est $inculado " Constituio e 6s normas infraconstitucionaispara a implementao das pol"ticas pblicas relati$as 6 ordemsocial constitucional* ou seja* pr2pria 6 finalidade da mesmaV obemQestar e a justia social.

    R...................................................................................................Conclui@se* portanto* que o administrador no temdiscricionariedade para deliberar sobre a oportunidade econveni%ncia de implementao de pol"ticas pblicasdiscriminadas na ordem social constitucional* pois tal restoudeliberado pelo Constituinte e pelo legislador 1ue elaborou asnormas de integrao.

    .......................................................................................................As dvidas sobre essa margem de discricionariedade devem ser

    dirimidas pelo /udici0rio* cabendo ao Jui! dar sentido concreto6norma e controlar a legitimidadedo ato administrativo Domissivoou comissivoG* $erificandose o mesmo no contraria sua finalidadeconstitucional* no caso* a concreti!ao da ordem socialconstitucional./ #9%**'

    N$ *=$ 3$%*%, no entanto, "))#"") tais premissas,)*9**3"#*@$ %!@$ ao tema pertinente 6 reserva do poss"vel/ #94S

    %

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    ARE 727864 AGR / PR

    F10838@!vJnculofinanceiro )-$%*"$s possibilidades oramentrias do 1stado, #"!5$$ que, 3$5%$@"", ob=etivamente, a alegao de incapacidadeeconQmicoIfinanceira da pessoa estatal, )#" $ ) $%>razoavelmente exigir, ento, 3$)*%"" a limitao material referida," *5*"#" #*@"$ do comando fundado no texto da 6arta *olJtica.

    N$ ) 5$)#%"%> !?3*#$, contudo*ao *oder *"blico, 5 #"! ;*%*$ 3)-%>@!prop-sitofraudar, frustrar inviabilizar

    o estabelecimento e a preservao, 5 "@$% " pessoa $) cidados, decondi!es materiais 5?*5") de exist>ncia #ADP 4/D, 0el. (in.619SO ncia de ,-)#$motivo objetivamente afer"vel5 $ $ser invocada,pelo (stado, 3$5 " *"!*"de exonerarIse, $!$)"5#,do cumprimento de suas obriga!es constitucionais, $#""5#

    $

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    F10838@!vJnculofinanceiro )-$%*"$s possibilidades oramentrias do 1stado, #"!5$$ que, 3$5%$@"", ob=etivamente, a alegao de incapacidadeeconQmicoIfinanceira da pessoa estatal, )#" $ ) $%>razoavelmente exigir, ento, 3$)*%"" a limitao material referida," *5*"#" #*@"$ do comando fundado no texto da 6arta *olJtica.

    N$ ) 5$)#%"%> !?3*#$, contudo*ao *oder *"blico, 5 #"! ;*%*$ 3)-%>@!prop-sitofraudar, frustrar inviabilizar

    o estabelecimento e a preservao, 5 "@$% " pessoa $) cidados, decondi!es materiais 5?*5") de exist>ncia #ADP 4/D, 0el. (in.619SO ncia de ,-)#$motivo objetivamente afer"vel5 $ $ser invocada,pelo (stado, 3$5 " *"!*"de exonerarIse, $!$)"5#,do cumprimento de suas obriga!es constitucionais, $#""5#

    $

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    quando, dessa conduta governamental negativa, -% %)-!#"% nulificao$-, at mesmo, "*:-*!"$ de direitos constitucionais *5%9"$)deum

    sentido de essencial fundamentalidade.

    T%"#"$)de t"pico direito de prestao positiva, :- ) )-)-5 aoconceito de liberdade real $- concreta, " %$#$ sa"de 5 quecompreende #$")as prerrogativas, individuais $-coletivas, %%*") na6onstituio da 0ep"blica #$#""5# em seu art. $%H' 5 #5 $%-"5#$regra constitucional cu=a densidade normativa $ %5*#que, 5 #$%$da efetiva realizao de tal comando, o *oder *"blico

    *)$;" de um amplo espao de discricionariedade que lAe ense=emaior grau de liberdade de conformao, 3-,$ =%3?3*$ possaresultar, parado)almente* 3$5 ") 5 )*5!) "!9"$ de meraconveni>ncia /$-oportunidade," -!**3"$ 5)5"dessa prerrogativaessencial.

    O 3")$ ora em exame em evid>ncia $ "!#?))*5$ relevo=urJdicoIsocial :- "))-5, em nosso ordenamento positivo, $ *%*#$ )", )3*"!5# em face do mandamento *)3%*#$ $ "%#. 16 da6onstituio da 0ep"blica, :- "))*5 *)?

    #rt. FGH. # sade direito de todos e de$er do Estado*garantido mediante pol"ticas sociais e econSmicas que $isem "reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acessouni$ersal e igualitrio 6s aes e servios para sua promoo*

    proteo e recuperao./ #9%**'

    $a realidade, $ 3-5%*5#$ do dever polJticoIconstitucional3$)"9%"$ no art. $%H da 9ei Fundamental do 1stado, 3$)*)## "$%*9"$de assegurar, "#$$), a proteo sa"de, %%)#"fator, que,"))$3*"$ a um imperativo de solidariedade social, *5) ao *oder*"blico, 1ual1uer 1ue seja a dimenso institucionalem que atue no plano denossa organizao federativa.

    $$

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    quando, dessa conduta governamental negativa, -% %)-!#"% nulificao$-, at mesmo, "*:-*!"$ de direitos constitucionais *5%9"$)deum

    sentido de essencial fundamentalidade.

    T%"#"$)de t"pico direito de prestao positiva, :- ) )-)-5 aoconceito de liberdade real $- concreta, " %$#$ sa"de 5 quecompreende #$")as prerrogativas, individuais $-coletivas, %%*") na6onstituio da 0ep"blica #$#""5# em seu art. $%H' 5 #5 $%-"5#$regra constitucional cu=a densidade normativa $ %5*#que, 5 #$%$da efetiva realizao de tal comando, o *oder *"blico

    *)$;" de um amplo espao de discricionariedade que lAe ense=emaior grau de liberdade de conformao, 3-,$ =%3?3*$ possaresultar, parado)almente* 3$5 ") 5 )*5!) "!9"$ de meraconveni>ncia /$-oportunidade," -!**3"$ 5)5"dessa prerrogativaessencial.

    O 3")$ ora em exame em evid>ncia $ "!#?))*5$ relevo=urJdicoIsocial :- "))-5, em nosso ordenamento positivo, $ *%*#$ )", )3*"!5# em face do mandamento *)3%*#$ $ "%#. 16 da6onstituio da 0ep"blica, :- "))*5 *)?

    #rt. FGH. # sade direito de todos e de$er do Estado*garantido mediante pol"ticas sociais e econSmicas que $isem "reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acessouni$ersal e igualitrio 6s aes e servios para sua promoo*

    proteo e recuperao./ #9%**'

    $a realidade, $ 3-5%*5#$ do dever polJticoIconstitucional3$)"9%"$ no art. $%H da 9ei Fundamental do 1stado, 3$)*)## "$%*9"$de assegurar, "#$$), a proteo sa"de, %%)#"fator, que,"))$3*"$ a um imperativo de solidariedade social, *5) ao *oder*"blico, 1ual1uer 1ue seja a dimenso institucionalem que atue no plano denossa organizao federativa.

    $$

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    16/33

    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    A *5$)#%9"*!*" da efetivao desse dever constitucional)"-#$%*+"$ "3$!;*5#$ do pleito que o 1stado do *aran -+*-em

    sede recursal extraordinria.

    T"! 3$5$ - "#*+"%em deciso por mim proferida $ =%3?3*$" P%)*F3*"do Supremo Tribunal Federal, 5 3$#=#$ "))5!;"$ao da presente causa #P# 1.246/SC', #% %$#9% " *@*$!"*!*" dodireito vida sa"de 5 :- ) :-"!**3" como direito sub=etivoinalienvel " #$$) assegurado pela pr-pria 6onstituio da 0ep"blica#art. MP, caput/, art. $%H' 5 $- "+% %@"!3%, contra essa prerrogativa

    fundamental, -5 *#%)) *"3*%$ )3->%*$ do 1stado,#$, uma vez configurado esse dilema, que raz!es de ordem)ticoI=urJdica *55, "$ ,-!9"$%,-5" )< $))?@! $$? aquela :-%*@*!9*" o respeito indeclinvel vida e sa"de Aumanas.

    E))" %!"$ *!5>#*3", que se instaura na presente causa, 3$-+os +uJzes )# Supremo Tribunal " %$%*% 3*)$ :- ) %$,#" noconte)to das denominadasescol+as tr0gicas/ #24;#*3", que se instaura na presente causa, 3$-+os +uJzes )# Supremo Tribunal " %$%*% 3*)$ :- ) %$,#" noconte)to das denominadasescol+as tr0gicas/ #24;

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    assegurada 9%"!*" das pessoas !" %nciam)dicoIAospitalar.

    O 3"%>#% %$9%"5>#*3$ da regra inscrita $ "%#. 16 da 6arta*olJtica 5 que tem por destinatrios #$$) os entes polJticos :-3$55, no plano institucional, " $%9"*+"$ %"#*@" do 1stado

    brasileiro #+OSL 601T1993 +:8;O0, C$5#>%*$) C$)#*#-*$ 188/, vol. V;;;ED@IDD, item n. $N$, $%%, Forense 4niversitria' 5 $$ 3$@%#F!" em promessa constitucional inconse1uente, )$ " de o*oder *"blico, %"-"$ justas e)pectativas nele depositadas pelacoletividade, )-)#*#-*%, de maneira ileg"tima, $ 3-5%*5#$ de )-impostergvel dever $% -5 9)#$ *%%)$)>@! de infidelidadegovernamental "$ :- #%5*"a pr-pria 9ei Fundamental do 1stado.

    N)) 3$#=#$, *3*, sobre o Poder Pblico, "9%"@?))*5"obrigaode tornar efetivas ") ") %)#") )", *3-5*$!;promover, 5 "@$% das pessoas das comunidades, 5*") 5preventivas de recuperao 5, que, -"") em polJticas p"blicas*K"), tenAam por finalidade @*"*!*+"% "% 3$3%$ ao queprescreve, 5 )- "%#. 16, a 6onstituio da 0ep"blica, #"! como esteSupremo Tribunal tem %*#%""5#reconAecido?

    ) &'%E'() = +#/&E %EP%E+E*(#C)*+EG. (radu!bem jur"dicoconstitucionalmente tutelado* por cuja integridade de$e velar* demaneira respons$el* o Poder Pblico* a quem incumbeformular

    $

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    assegurada 9%"!*" das pessoas !" %nciam)dicoIAospitalar.

    O 3"%>#% %$9%"5>#*3$ da regra inscrita $ "%#. 16 da 6arta*olJtica 5 que tem por destinatrios #$$) os entes polJticos :-3$55, no plano institucional, " $%9"*+"$ %"#*@" do 1stado

    brasileiro #+OSL 601T1993 +:8;O0, C$5#>%*$) C$)#*#-*$ 188/, vol. V;;;ED@IDD, item n. $N$, $%%, Forense 4niversitria' 5 $$ 3$@%#F!" em promessa constitucional inconse1uente, )$ " de o*oder *"blico, %"-"$ justas e)pectativas nele depositadas pelacoletividade, )-)#*#-*%, de maneira ileg"tima, $ 3-5%*5#$ de )-impostergvel dever $% -5 9)#$ *%%)$)>@! de infidelidadegovernamental "$ :- #%5*"a pr-pria 9ei Fundamental do 1stado.

    N)) 3$#=#$, *3*, sobre o Poder Pblico, "9%"@?))*5"obrigaode tornar efetivas ") ") %)#") )", *3-5*$!;promover, 5 "@$% das pessoas das comunidades, 5*") 5preventivas de recuperao 5, que, -"") em polJticas p"blicas*K"), tenAam por finalidade @*"*!*+"% "% 3$3%$ ao queprescreve, 5 )- "%#. 16, a 6onstituio da 0ep"blica, #"! como esteSupremo Tribunal tem %*#%""5#reconAecido?

    ) &'%E'() = +#/&E %EP%E+E*(#C)*+EG. (radu!bem jur"dicoconstitucionalmente tutelado* por cuja integridade de$e velar* demaneira respons$el* o Poder Pblico* a quem incumbeformular

    $

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    e implementar pol"ticas sociais e econSmicas idneas1ue visem agarantir* aos cidados* o acesso universal e igualit0rio 6 assist%ncia

    farmac%utica emdicoQ+ospitalar.Q ) direito " sade alm de qualificar@se como direitofundamental que assiste a todas as pessoas representaconse1R%ncia constitucional indissoci$eldo direito 6 vida. PoderPblico* qualquer 1ue seja a esfera institucional de sua atuao no

    plano da organiao federativa brasileira* no pode mostrar@seindiferenteao problema da sade da populao* sob pena de incidir*ainda 1ue por censur$el omisso* em gra$e comportamentoinconstitucional.

    # '*(E%P%E(#01) *)%M# P%)5%#M7('C#*1) P)&E (%#*+:)%M7@-# EM P%)ME++#C)*+('(C')*#- '*C)*+E

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    VF), desse modo, que, 5"*) $ :- " )*5!) $)*#*@"$ dos

    direitos sociais 5 :- #%"-+ )#>9*$ 3))>%*$ ao processo de suaafirmao constitucional :- "#-" 3$5$ %))-$)#$ **))>@! sua eficcia =urJdica #+OSL 3FO8SO @! @?3-!$ *)#*#-3*$"! consistente em conferir %"!#*@*"a tais prerrogativas bsicas, 5 $%5a permitir, ) ))$"),nos casos *,-)#**3>@! *"*5!5#$ da obrigao estatal, :-#;"5 !") "3))$ a um sistema organizado de garantias

    instrumentalmente vinculadas %"!*+"$, por parte das entidadesgovernamentais, "#"%"que lAes impQs a % 5*#*%)do mandato constitucional,juridicamente vinculante, que lAefoi outorgado pelo art. $%H, da 6onstituio, :- %%)#" 5 como

    anteriormente j0 acentuado5 "#$% !*5*#"$da discricionariedade polJticoIIadministrativa do *oder *"blico, 3-,") $), tratandoQse de proteo 6 sade,$ $5 )% =%3*")de modo a comprometer, 3$5 "$*$em =uJzo )*5!) conveni>ncia $- de mera oportunidade, " *3>3*" )) *%*#$>)*3$de Jndole social.

    E#$, por isso mesmo, como = anteriormente assinalado,:- ) %@!" *@*>@!o recurso extraordinrio -+*$pelo 1stado do

    $M

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    VF), desse modo, que, 5"*) $ :- " )*5!) $)*#*@"$ dos

    direitos sociais 5 :- #%"-+ )#>9*$ 3))>%*$ ao processo de suaafirmao constitucional :- "#-" 3$5$ %))-$)#$ **))>@! sua eficcia =urJdica #+OSL 3FO8SO @! @?3-!$ *)#*#-3*$"! consistente em conferir %"!#*@*"a tais prerrogativas bsicas, 5 $%5a permitir, ) ))$"),nos casos *,-)#**3>@! *"*5!5#$ da obrigao estatal, :-#;"5 !") "3))$ a um sistema organizado de garantias

    instrumentalmente vinculadas %"!*+"$, por parte das entidadesgovernamentais, "#"%"que lAes impQs a % 5*#*%)do mandato constitucional,juridicamente vinculante, que lAefoi outorgado pelo art. $%H, da 6onstituio, :- %%)#" 5 como

    anteriormente j0 acentuado5 "#$% !*5*#"$da discricionariedade polJticoIIadministrativa do *oder *"blico, 3-,") $), tratandoQse de proteo 6 sade,$ $5 )% =%3*")de modo a comprometer, 3$5 "$*$em =uJzo )*5!) conveni>ncia $- de mera oportunidade, " *3>3*" )) *%*#$>)*3$de Jndole social.

    E#$, por isso mesmo, como = anteriormente assinalado,:- ) %@!" *@*>@!o recurso extraordinrio -+*$pelo 1stado do

    $M

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    *aran, $#""5# em face da =urisprud>ncia que se formou, $S-%5$ T%*-"! %"!, sobre a questo ora em anlise.

    N5 ) "#%*-", indevidamente*ao +udicirio, $ 3$#=#$ 5 ="5,uma #*=*)##' intruso em esfera reservada "$) 5"*) *oderes da0ep"blica.

    :-, #% as in"meras causas :- ,-)#**3"5 essecomportamento "*%5"#*@$ do *oder +udicirio # :- %)-!#" -5"$)*#*@"criao jurisprudencial do direito', *3!-*)" 3))*"de fazer

    prevalecer " %*5"+*" da 6onstituio da 0ep"blica, 5-*#") @+)transgredida desrespeitada por pura, simples conveniente $5*))$dos poderes p"blicos.

    N" %"!*", o Supremo Tribunal Federal, "$ )-%*% ") $5*)))*3$)#*#-3*$"*)dos -rgos estatais "$ "$#"%medidas que ob=etivamrestaurar a 6onstituio violada !" *%3*"dos *oderes do 1stado, ""5"*) "+seno cumprir a sua misso institucional 5$)#%"%, com esse

    gesto, o respeito incondicional que tem !" "-#$%*" da 9eiFundamental da 0ep"blica.

    A 3$!5"#"$ de omiss!es inconstitucionais, %"!*+"" em sede=urisdicional, $#""5# quando emanada )#" 6orte Suprema,#$%") -5" 3))*" *)#*#-3*$"!, quando os -rgos do *oder*"blico se omitem $- retardam, excessivamente, $ 3-5%*5#$ de

    obriga!es a que esto su=eitos $% =%))" #%5*"$ do pr-prioestatuto constitucional, "*" 5"*) ) ) #*@% %)# que o *oder

    +udicirio, #%"#"$) de comportamentos estatais $)*@$) 6onstituio, $ $ ) %-+*%a uma posio de pura passividade.

    A) )*#-") 3$*9-%"$%") de omisso inconstitucional5 "*" :- )3-* $5*))$ "%3*"!derivada da insuficiente concretiao, pelo *oder*"blico, do conte"do material da norma impositiva fundada na 6arta

    $H

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    *aran, $#""5# em face da =urisprud>ncia que se formou, $S-%5$ T%*-"! %"!, sobre a questo ora em anlise.

    N5 ) "#%*-", indevidamente*ao +udicirio, $ 3$#=#$ 5 ="5,uma #*=*)##' intruso em esfera reservada "$) 5"*) *oderes da0ep"blica.

    :-, #% as in"meras causas :- ,-)#**3"5 essecomportamento "*%5"#*@$ do *oder +udicirio # :- %)-!#" -5"$)*#*@"criao jurisprudencial do direito', *3!-*)" 3))*"de fazer

    prevalecer " %*5"+*" da 6onstituio da 0ep"blica, 5-*#") @+)transgredida desrespeitada por pura, simples conveniente $5*))$dos poderes p"blicos.

    N" %"!*", o Supremo Tribunal Federal, "$ )-%*% ") $5*)))*3$)#*#-3*$"*)dos -rgos estatais "$ "$#"%medidas que ob=etivamrestaurar a 6onstituio violada !" *%3*"dos *oderes do 1stado, ""5"*) "+seno cumprir a sua misso institucional 5$)#%"%, com esse

    gesto, o respeito incondicional que tem !" "-#$%*" da 9eiFundamental da 0ep"blica.

    A 3$!5"#"$ de omiss!es inconstitucionais, %"!*+"" em sede=urisdicional, $#""5# quando emanada )#" 6orte Suprema,#$%") -5" 3))*" *)#*#-3*$"!, quando os -rgos do *oder*"blico se omitem $- retardam, excessivamente, $ 3-5%*5#$ de

    obriga!es a que esto su=eitos $% =%))" #%5*"$ do pr-prioestatuto constitucional, "*" 5"*) ) ) #*@% %)# que o *oder

    +udicirio, #%"#"$) de comportamentos estatais $)*@$) 6onstituio, $ $ ) %-+*%a uma posio de pura passividade.

    A) )*#-") 3$*9-%"$%") de omisso inconstitucional5 "*" :- )3-* $5*))$ "%3*"!derivada da insuficiente concretiao, pelo *oder*"blico, do conte"do material da norma impositiva fundada na 6arta

    $H

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    ARE 727864 AGR / PR

    *olJtica 5 %!#5 3$5$%#"5#$ )#"#"! :- @ )% %!*$, $*) "*%3*" $ E)#"$ :-"!**3") como uma das causas geradoras dos

    processos informais de mudana da Constituio, #"! 3$5$ $ %@!"autorizado magist)rio doutrinrio #3883 6[8

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    ARE 727864 AGR / PR

    3883 6[8@!desprezo, $% "%#das institui!esgovernamentais, " "-#$%*" )-%5" da 9ei Fundamental do1stado.

    E))" 3$)#"#"$, feita por ]309 9O1X18ST1;8 #T$%*" !"C$)#*#-3*

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    somente nos pontos 1ue se mostrarem ajustados 6 conveni%ncia e aosdes"gnios dos governantes* em detrimento dos interesses maiores dos

    cidados.

    &'%E'() +3JE('4) = -E5'+-#01) E &E4E%C)*+('(C')*#- &E -E5'+-#% K # *ECE++7%'#E8'+(6*C'# &) PE%('*E*(E *E8) &E C#+#-'&E .

    Q ) direito " legislaos2 pode ser invocado pelo interessado*quando tambm eBistir simultaneamente imposta pelo pr2priote)to constitucional a pre$iso do de$er estatal de emanarnormas legais. !sso significa 1ue o direito individual 6 atividade

    legislativa do (stado apenas se evidenciar0 na1uelas estritas +ip2tesesem 1ue o desempen+o da funo de legislar refletir* por efeito dee)clusiva determinao constitucional* uma obrigao jur"dicaindeclin0vel imposta ao Poder Pblico. D...G./

    #RT 18B/81881, 0el. (in. 619SO %*" ")#$ do *oder*"blico.

    $%

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    somente nos pontos 1ue se mostrarem ajustados 6 conveni%ncia e aosdes"gnios dos governantes* em detrimento dos interesses maiores dos

    cidados.

    &'%E'() +3JE('4) = -E5'+-#01) E &E4E%C)*+('(C')*#- &E -E5'+-#% K # *ECE++7%'#E8'+(6*C'# &) PE%('*E*(E *E8) &E C#+#-'&E .

    Q ) direito " legislaos2 pode ser invocado pelo interessado*quando tambm eBistir simultaneamente imposta pelo pr2priote)to constitucional a pre$iso do de$er estatal de emanarnormas legais. !sso significa 1ue o direito individual 6 atividade

    legislativa do (stado apenas se evidenciar0 na1uelas estritas +ip2tesesem 1ue o desempen+o da funo de legislar refletir* por efeito dee)clusiva determinao constitucional* uma obrigao jur"dicaindeclin0vel imposta ao Poder Pblico. D...G./

    #RT 18B/81881, 0el. (in. 619SO %*" ")#$ do *oder*"blico.

    $%

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    ARE 727864 AGR / PR

    P"%" "!5 #$") ") 3$)*%")que venAo de fazer, ;>, ainda*-5 $-#%$par\metro constitucional :- 5%3 )% *@$3"$no caso ora

    em =ulgamento.

    R*%$5 ao princ"pio da proibio do retrocesso, que, 5 #5" *%*#$) -"5#"*) de carter social, *5 :- ),"5)3$)#*#-?") as conquistas ,> "!3""") pelo cidado $- pelaformao social em que ele vive, 3$)$"# "@%# autorizadomagist)rio doutrinrio #2;9(30 F1001;03 (18-)-!":- %$? $ %#%$3))$em mat)ria social#%"-+, no processo de sua concretiao, @%"*%" *5)$ 9"#*@"

    pertinente aos direitos sociais de natureza prestacional #3$5$o direito sa"de', *5*$, em conse1u%ncia, :- $) ?@*) de concretizaodessas prerrogativas, -5" @+ "#*9*$), venAam a ser reduzidos $-suprimidos, =3#$na Aip-tese 5 de todo inocorrente na espcie 5 5 :-$!?#*3") 3$5)"#

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    ARE 727864 AGR / PR

    L"*"%, sob todos os aspectos, $ 5"9*)#%*$ de +. +. 2O(1S638OT;9BO, 3-," !*$, a prop2sito do tema, )#*5-!" as seguintes

    reflex!es #D*%*#$ C$)#*#-3*$"! T$%*" " C$)#*#-*$/,p. @E@$, item n. , $%%N, 3lmedina'?

    ) princpio da democracia econmica e social apontapara a proibio de retrocesso social.

    # idia a1ui e)pressa tambm tem sido designada comoproibio de 4contraQrevoluo social5 ou da 4evoluo reaccion0ria5.Com isto quer di!er@se 1ue os direitos sociais e econSmicos

    De).V direito dos trabal+adores* direito 6 assist%ncia* direito 6educaoG* uma $e! obtido um determinado grau de realiao*passam a constituir* simultaneamente* uma garantia institucional eum direito subjectivo.# 4proibio de retrocesso social5 nada pode

    faer contra as recesses e crises econSmicas Dreversibilidade f0cticaG*mas o principio em anlise limita a re$ersibilidade dos direitosadquiridos De).V segurana social* subs"dio de desemprego*

    prestaLes de sadeG* em clara $iolao do princ"pio da protecoda confiana e da segurana dos cidados no mbito econSmico* sociale cultural* e do ncleo essencial da e)ist%ncia m"nima inerente aorespeito pela dignidade da pessoa +umana. recon+ecimento desta

    proteo de direitos prestacionais de propriedade* subjetivamentead1uiridos* constitui um limite jur"dico do legislador e* ao mesmotempo* uma obrigao de prossecuo de uma pol"tica congruente comos direitos concretos e as e)pectativas subjectivamente aliceradas. Aviolao no ncleo essencial efectivado justificar0 a sano deinconstitucionalidade relativamente ani1uiladoras da c+amada justia

    social. Assim* por e).* ser0 inconstitucional uma lei 1ue e)tinga odireito a subs"dio de desemprego ou pretenda alargardesproporcionadamente o tempo de servio necess0rio para a a1uisiodo direito 6 reforma D...G. :e 1ual1uer modo* mesmo 1ue se afirme semreservas a liberdade de conformao do legislador nas leis sociais* aseventuais modificaes destas leis devem observar os princ"pios do(stado de direito vinculativos da actividade legislativa e o ncleoessencial dos direitos sociais. ) princpio da proibio de

    retrocesso social pode formular@se assimV o ncleo essencial dos

    @$

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    L"*"%, sob todos os aspectos, $ 5"9*)#%*$ de +. +. 2O(1S638OT;9BO, 3-," !*$, a prop2sito do tema, )#*5-!" as seguintes

    reflex!es #D*%*#$ C$)#*#-3*$"! T$%*" " C$)#*#-*$/,p. @E@$, item n. , $%%N, 3lmedina'?

    ) princpio da democracia econmica e social apontapara a proibio de retrocesso social.

    # idia a1ui e)pressa tambm tem sido designada comoproibio de 4contraQrevoluo social5 ou da 4evoluo reaccion0ria5.Com isto quer di!er@se 1ue os direitos sociais e econSmicos

    De).V direito dos trabal+adores* direito 6 assist%ncia* direito 6educaoG* uma $e! obtido um determinado grau de realiao*passam a constituir* simultaneamente* uma garantia institucional eum direito subjectivo.# 4proibio de retrocesso social5 nada pode

    faer contra as recesses e crises econSmicas Dreversibilidade f0cticaG*mas o principio em anlise limita a re$ersibilidade dos direitosadquiridos De).V segurana social* subs"dio de desemprego*

    prestaLes de sadeG* em clara $iolao do princ"pio da protecoda confiana e da segurana dos cidados no mbito econSmico* sociale cultural* e do ncleo essencial da e)ist%ncia m"nima inerente aorespeito pela dignidade da pessoa +umana. recon+ecimento desta

    proteo de direitos prestacionais de propriedade* subjetivamentead1uiridos* constitui um limite jur"dico do legislador e* ao mesmotempo* uma obrigao de prossecuo de uma pol"tica congruente comos direitos concretos e as e)pectativas subjectivamente aliceradas. Aviolao no ncleo essencial efectivado justificar0 a sano deinconstitucionalidade relativamente ani1uiladoras da c+amada justia

    social. Assim* por e).* ser0 inconstitucional uma lei 1ue e)tinga odireito a subs"dio de desemprego ou pretenda alargardesproporcionadamente o tempo de servio necess0rio para a a1uisiodo direito 6 reforma D...G. :e 1ual1uer modo* mesmo 1ue se afirme semreservas a liberdade de conformao do legislador nas leis sociais* aseventuais modificaes destas leis devem observar os princ"pios do(stado de direito vinculativos da actividade legislativa e o ncleoessencial dos direitos sociais. ) princpio da proibio de

    retrocesso social pode formular@se assimV o ncleo essencial dos

    @$

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  • 7/26/2019 AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINRIO COM AGRAVO 727.864 PARAN

    26/33

    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    direitos j0 realiado e efectivado atravs de medidas legislativas D4lei dasegurana social5* 4lei do subs"dio de desemprego5* 4 lei do ser$io de

    sade5G deve considerarQse constitucionalmente garantido sendoinconstitucionais 1uais1uer medidas estaduais 1ue* sem a criao deoutros es1uemas alternativos ou compensat2rios* se traduam na

    pr0tica numa 4anulao5* 4revogao5 ou 4ani1uilao5 pura a simplesdesse ncleo essencial. A liberdade de conformao do legislador einerente autoQreversibilidade t%m como limite o ncleo essencial j0realiado./ #9%**'

    5 $% *))$, o 9ribunal Constitucional portugu%s#A3-)-!" " %$**$ $ %#%$3))$, %3$;3- "*3$)#*#-3*$"!*" de ato estatal :- %@$9"%" garantias ,>3$:-*)#"") 5 #5" )" !*3", @*$ " %$%*%3*)$ "))*5%)-5*" pelo ilustre 0elator da causa, 6onselAeiro V;T39 (O01;03,em douto voto :- =#%"*$ $ )9-*# %"95#$ #A3

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    (m grande medida* os direitos sociais traduemQse para o(stado em obrigao de fa!er* sobretudo de criar certas instituies

    pblicas Dsistema escolar* sistema de segurana social* etc.G.Enquanto elas no forem criadas* a Constituio s podefundamentar e)ig%ncias para 1ue se criemU mas aps terem sidocriadas* a Constituio passa a proteger a sua eBistDncia* como se j0e)istissem 6 data da Constituio. As tarefas constitucionais impostasao (stado em sede de direitos fundamentais no sentido de criar certasinstituies ou servios no o obrigam apenas a cri0Qlos* obrigam@notambm a no aboli@los uma $e! criados.

    Yuer isto dier 1ue a partir do momento em 1ue o (stado

    cumpre Dtotal ou parcialmenteG as tarefas constitucionalmenteimpostas para realiar um direito social* o respeito constitucionaldeste dei)a de consistir Dou dei)ar de consistir apenasG numaobrigao positi$a* para se transformar Dou passar tambm a serGnuma obrigao negati$a. (stado* 1ue estava obrigado a actuar

    para dar satisfao ao direito social* passa a estar obrigado aabster@se de atentar contra a reali!ao dada ao direito social.

    (ste enfo1ue dos direitos sociais fa +oje parte integrante da

    concepo deles a teoria constitucional* mesmo l0 onde escasso oelenco constitucional de direitos sociais e onde* portanto* eles t%m deser e)tra"dos de cl0usulas gerais* como a cl0usula do 4(stado social5./#9%**'

    (m suma? ") %"+) $%" =$)#") 3$@355 " *@*"*!*" dorecurso extraordinrio deduzido pelo 1stado do *aran, ),"em face dasconsidera!es expendidas, )#" 3"-)", pelo v. ac-rdo %$%*$ pelo

    1. Tribunal de +ustia do 1stado do *aran #fls. $.$DDE$.$MM', ),", ainda*5 @*%#- $) %

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    &e$er constitucional do Estado. Precedentes. Parecer pelodespro$imentodo agravo./ #9%**'

    I))$ )*9**3", portanto* 3$)*%"" " **)3-#?@! %*5"+*"3$)#*#-3*$"! reconAecida 6 assist%ncia 6 sade, :- " **3*F3*"administrativa, $ )3")$ governamental com direitos bsicos docidado, " *3""3*"de gerir os recursos p"blicos, " *3$5#F3*"na adequada implementao da programao oramentria 5 #5" desa"de p"blica, " "!#" @*)$ polJtica na =usta percepo, !$"5**)#%"$%, do enorme significado social de que se reveste a sa"de

    dos cidados, " *$%J3*" -3*$"! dos gestores p"blicos naconcretizao das imposi!es constitucionais estabelecidas em favor daspessoas carentes $ $5 5 @5 %%)#"% $)#>3-!$) =3-$, pelo Poder Pblico, $#""5# pelo 1stado, ") $%5")inscritas nos arts. $%H e $%& da 6onstituio da 0ep"blica, :- #%"-+5 *55, ao pr-prio 1stado, um inafast0vel dever de cumprimentoobrigacional, )$ " " *!9*#*5*" ))" *"3*#>@! omissogovernamental *5$%#"% em grave vulneraoa direitos fundamentais da

    cidadania :- )$, no conte)to 1ue ora se e)amina, $ *%*#$ )" $*%*#$ @*".

    :esse modo, #$ "))*)#*% %"+$ ao ac-rdo %$%*$ pelo1. Tribunal de +ustia do 1stado do *aran, :- ) ",-)#", com absoluta

    fidelidade, ,-%*)%-F3*" que o Supremo Tribunal Federal *%5$- namat)ria ora em exame.

    C-5% %))"!#"%, finalmente, :-"#$ *)3-))$ sobre aresponsabilidade solid0ria das pessoas polJticas :- *#9%"5 o 1stadoFederal brasileiro, que o Supremo Tribunal Federal *%5$-entendimento1ue tambm torna inacol+"vel a pretenso deduzida pela parte orarecorrente?

    +uspenso de +egurana. Agravo &egimental. +ade

    pblica. &ireitos fundamentais sociais. #rt. FGHda Constituio.

    @D

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    &e$er constitucional do Estado. Precedentes. Parecer pelodespro$imentodo agravo./ #9%**'

    I))$ )*9**3", portanto* 3$)*%"" " **)3-#?@! %*5"+*"3$)#*#-3*$"! reconAecida 6 assist%ncia 6 sade, :- " **3*F3*"administrativa, $ )3")$ governamental com direitos bsicos docidado, " *3""3*"de gerir os recursos p"blicos, " *3$5#F3*"na adequada implementao da programao oramentria 5 #5" desa"de p"blica, " "!#" @*)$ polJtica na =usta percepo, !$"5**)#%"$%, do enorme significado social de que se reveste a sa"de

    dos cidados, " *$%J3*" -3*$"! dos gestores p"blicos naconcretizao das imposi!es constitucionais estabelecidas em favor daspessoas carentes $ $5 5 @5 %%)#"% $)#>3-!$) =3-$, pelo Poder Pblico, $#""5# pelo 1stado, ") $%5")inscritas nos arts. $%H e $%& da 6onstituio da 0ep"blica, :- #%"-+5 *55, ao pr-prio 1stado, um inafast0vel dever de cumprimentoobrigacional, )$ " " *!9*#*5*" ))" *"3*#>@! omissogovernamental *5$%#"% em grave vulneraoa direitos fundamentais da

    cidadania :- )$, no conte)to 1ue ora se e)amina, $ *%*#$ )" $*%*#$ @*".

    :esse modo, #$ "))*)#*% %"+$ ao ac-rdo %$%*$ pelo1. Tribunal de +ustia do 1stado do *aran, :- ) ",-)#", com absoluta

    fidelidade, ,-%*)%-F3*" que o Supremo Tribunal Federal *%5$- namat)ria ora em exame.

    C-5% %))"!#"%, finalmente, :-"#$ *)3-))$ sobre aresponsabilidade solid0ria das pessoas polJticas :- *#9%"5 o 1stadoFederal brasileiro, que o Supremo Tribunal Federal *%5$-entendimento1ue tambm torna inacol+"vel a pretenso deduzida pela parte orarecorrente?

    +uspenso de +egurana. Agravo &egimental. +ade

    pblica. &ireitos fundamentais sociais. #rt. FGHda Constituio.

    @D

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    Audi%ncia Pblica. +istema /nico de +ade ++. Polticaspblicas. Judiciali!ao do direito " sade. +eparao de

    poderes. ParNmetros para soluo judicial dos casos concretosque en$ol$em direito " sade. %esponsabilidade solidria dosentes da :ederao em matria de sade. ,ornecimento demedicamentoV Clopidrogrel EZ mg. ,0rmaco registrado na A$#!;A.$o comprovao de grave leso 6 ordem* 6 economia* 6 sade e 6segurana pblica. Possibilidade de ocorr%ncia de dano inverso.

    Agravo regimental a que se negaprovimento./#SS B.BA9R/RN, 0el. (in. 2;9(30 (18\]\-^'7* e #%E Q.ORI@#g%* &el. Min. 9eroi _avasc`i*;egunda 9urma* :/e -]\Z\-^'7. DTG./

    #ARE 7.024A9R/MG, 0el. (in. 94;C F4_ 5 9%**'

    @M

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    Audi%ncia Pblica. +istema /nico de +ade ++. Polticaspblicas. Judiciali!ao do direito " sade. +eparao de

    poderes. ParNmetros para soluo judicial dos casos concretosque en$ol$em direito " sade. %esponsabilidade solidria dosentes da :ederao em matria de sade. ,ornecimento demedicamentoV Clopidrogrel EZ mg. ,0rmaco registrado na A$#!;A.$o comprovao de grave leso 6 ordem* 6 economia* 6 sade e 6segurana pblica. Possibilidade de ocorr%ncia de dano inverso.

    Agravo regimental a que se negaprovimento./#SS B.BA9R/RN, 0el. (in. 2;9(30 (18\]\-^'7* e #%E Q.ORI@#g%* &el. Min. 9eroi _avasc`i*;egunda 9urma* :/e -]\Z\-^'7. DTG./

    #ARE 7.024A9R/MG, 0el. (in. 94;C F4_ 5 9%**'

    @M

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    #gra$o regimental no recurso e)traordin0rio.

    #dministrati$o. &ireito " sade. &e$er do Estado.+olidariedade entre os entes federati$os. Precedentes.F. 'ncumbe ao Estado* em todas as suas esferas* prestar

    assistDncia " sade da populao* nos termos do art. '?> daConstituio ,ederal* configurando essa obrigao* consoanteentendimento pacificado na Corte* responsabilidade solidriaentre os entes da :ederao.

    -. Agravo regimental no provido./#RE 76.14A9R/RS, 0el. (in. %*"dos entes da Federao $ @% #$%"% #*@$ $ *%*#$ )" 5"@$% de 1ual1uer pessoa, $#""5# de pessoas carentes #AI 7B2.82/SP,0el. (in. 19918 2036;1 5 RE 86.A9R/MG, 0el. (in. 670(189:6;3 5 RE607.B81A9R/SC, 0el. (in. 94;C F4_ 5 RE 607.B8A9R/SC,0el. (in. 670(18 9:6;3 5 RE 626.B82A9R/RS, 0el. (in. 0OS3X110 5 RE 641.16A9R/PR, 0el. (in. 670(18 9:6;3, v.g.'?

    #5%#4) %E5'ME*(#- (M A8&A# :(!$;9&

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    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    !! #o contrriodo alegado pelo impugnante* a matria dasolidariedade no ser0 discutida no &( Z>>.7E'Q&8\&$* &el. Min.

    Marco Aurlio.!!! Agravo regimental improvido./#AI 817.B8A9R/RS, 0el. (in. 0;630@! o tr\nsito do recursoextraordinrio.

    @&

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    Supremo Tribunal Federal

    ARE 727864 AGR / PR

    !! #o contrriodo alegado pelo impugnante* a matria dasolidariedade no ser0 discutida no &( Z>>.7E'Q&8\&$* &el. Min.

    Marco Aurlio.!!! Agravo regimental improvido./#AI 817.B8A9R/RS, 0el. (in. 0;630@! o tr\nsito do recursoextraordinrio.

    @&

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    32/33

    Vto M IN C ESO D EM ELO

    ARE 727864 AGR / PR

    S$ "))*5, e tendo em considerao as raz!es expostas, 9$%$@*5#$ao presente recurso de agravo, 5"#$, em conse1u%ncia,

    $% )-) %

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    Etrato de Aa 04/11/2014

    SEGUNDA TURMACERTIDO DE JULGAMENTO

    AG.REG. NO RECURSO E+TRAORDINRIO COM AGRA-O (2(.)6PROCED. : PARANRELATOR : MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PARANPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANAGDO.(A/S) : MINISTFRIO PBLICO DO ESTADO DO PARANPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DO PARAN

    CERTIFICOque E!"#!$ SEGUNDA TURMA, % &"e'$" % &"%'e%e e&*!"+e, e e% "e$0 1e2 02, &"%+e"$u e!u$12e

    0e'$%:

    Decis!: A Tu", &%" 3%24% u151$e, 1e!%u &"%3$e12% %"e'u"% 0e !"3%, 1% 2e"% 0% 3%2% 0% Re2%". 2" T#$%&,67.88.9687.

    P"e$01'$ 0% Se1;%" M$1$2"% Te%"$ Z3'"e1 L?'$.

    Su@&"%'u"0%"-Ge" 0 Re&?@$', D". De@%"; Du&"2.

    R3e1 S$que$"Se'"e2>"$

    Supremo Tribunal Federal

    SEGUNDA TURMACERTIDO DE JULGAMENTO

    AG.REG. NO RECURSO E+TRAORDINRIO COM AGRA-O (2(.)6PROCED. : PARANRELATOR : MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO PARANPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANAGDO.(A/S) : MINISTFRIO PBLICO DO ESTADO DO PARANPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DO PARAN

    CERTIFICOque E!"#!$ SEGUNDA TURMA, % &"e'$" % &"%'e%e e&*!"+e, e e% "e$0 1e2 02, &"%+e"$u e!u$12e

    0e'$%:

    Decis!: A Tu", &%" 3%24% u151$e, 1e!%u &"%3$e12% %"e'u"% 0e !"3%, 1% 2e"% 0% 3%2% 0% Re2%". 2" T#$%&,67.88.9687.

    P"e$01'$ 0% Se1;%" M$1$2"% Te%"$ Z3'"e1 L?'$.

    Su@&"%'u"0%"-Ge" 0 Re&?@$', D". De@%"; Du&"2.

    R3e1 S$que$"Se'"e2>"$

    Inteiro Teor do Acrdo - Pgina 33 de 33