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AGRICULTURA 4.0PRIMEIROS PASSOS PARA

ENTENDER A INOVAÇÃO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

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O QUE É AGRICULTURA 4.0?

DESAFIOS E VANTAGENS DA AGRICULTURA 4.0

AGRICULTURA 4.0 NO AGRONEGÓCIO

AGRICULTURA 4.0 NO BRASIL

REFERÊNCIAS

CONFIRA MAIS MATERIAIS

SOBRE A AGRISHOW

EM CONTATO

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Pergunte a uma pessoa que vive em uma grande cidade: o que é agricultura? Possivelmente, ela poderá ter uma visão um tanto quanto estereotipada do trabalho, com pro�ssionais utilizando enxadas para as atividades no campo. Faça a mesma pergunta para um empreendedor do agronegócio que está ligado às inovações do ramo e, certamente, ele dirá que a agricultura é feita por máquinas modernas, muita tecnologia e que seu instrumento de trabalho é um smartphone com um software de gestão.

Quem está certo no seu comentário? A resposta mais alinhada para o atual momento da agricultura foi dada pelo empreendedor do agronegócio, indicando que a agricultura mundial e, por consequência a brasileira, são hoje guiadas pela mais alta tecnologia. A velha agricultura que priorizava o trabalho manual e a necessidade de muita mão de obra, de�nitivamente está com os dias contados e, em pouco tempo, estará totalmente ultrapassada. Esse fenômeno recente das grandes inovações tecnológicas no campo tem nome e sobrenome: Agricultura 4.0.

04Agricultura 4.0 | Primeiros passos para entender a inovação no agronegócio brasileiroInforma Exhibitions

Agricultura 4.0 é o aproveitamento dos avanços nas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) naagricultura como forma de repensar e redesenhar processos ao longo de toda a cadeia de valor − do campo à mesa – abrindo possibilidades para a geração de uma gama de inovações para o mundo da agricultura e da alimentação, conceitua o presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agripecuária), Maurício Antônio Lopes.

Isso quer dizer que a agricultura conseguirá:> Promover comunicação altamente integrada> Visualizar e prever as condições meteorológicas para melhor gestão das lavouras> Acessar inovações baseadas em sensores capazes de fornecer dados cada vez mais precisos> Automatizar as mais variadas atividades nos setores agroalimentar e agroindustrial> Monitorar de forma autônoma e fazer intervenções precisas nos processos de gestão da produção agropecuária> Utilizar sistemas avançados de monitoramento, rastreabilidade e controle que informem e assegurem sobre segurança e sustentabilidade dos alimentos

A chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, ressalta que a Indústria 4.0 engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura.


A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção se tornam cada vez mais e�cientes, autônomos e customizáveis. Além disso, propõe-se a empregar métodos computacionais de alto desempenho, rede de sensores, comunicação máquina para máquina, conectividade entre dispositivos móveis, computação em nuvem, métodos e soluções analíticas para processar grandes volumes de dados e construir sistemas de suporte à tomada de decisões de planejamento e manejo.

Além de toda essa tecnologia embarcada, Silvia comenta que a Agricultura 4.0 contribuirá para elevar os índices de produtividade, e�ciência do uso de insumos e redução dos custos com mão de obra, com isso haverá melhora na qualidade e na segurança dos trabalhadores, além de diminuir os impactos da atividade ao meio ambiente, tornando-a mais sustentável.


Com a agricultura conectada será permitido aos produtores que de casa, ou da sede da fazenda, possam acompanhar remotamente, pelo computador, tablet ou smartphone, o desempenho de suas máquinas nas lavouras por meio de telemetria, a transmissão automática de dados via sinal de telefonia celular. Assim, será possível tomar microdecisões e macrodecisões mais corretas, que tende a melhorar a produção agrícola com uso sustentável dos recursos naturais e insumos, minimizando os custos, aumentando os lucros e priorizando a produtividade.

O presidente da Embrapa acredita que o Brasil precisará investir em bons sistemas de inteligência estratégica para não perder espaço na Agricultura 4.0. Considerando a complexidade dos desa�os futuros e as rápidas mudanças, é imperativo que se implementem esses sistemas para subsidiar as decisões públicas e privadas que garantam à agricultura brasileira a adaptação a tantas mudanças previstas para o futuro.

A di�culdade para acessar a internet ainda é um dos principais limitantes para o avanço dos aplicativos móveis no campo. Em contrapartida, estudos indicam que o uso da internet vem melhorando ao longo dos anos. A pesquisa TIC Domicílios 2015 divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, apontou avanço do uso dos celulares para acessar a internet no meio rural, alcançando 71%.



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Dentre os desa�os a serem solucionados está a introdução da agricultura familiar na Agricultura 4.0. Isso porque esse grupo reúne cerca de 5 milhões de estabelecimentos rurais entre pequenos e médios produtores, con�gurando 88% dos estabelecimentos rurais brasileiros, 24% da área agrícola e 74% da mão de obra no campo - com aproximadamente 12 milhões de pessoas.

A produção de alimentos enfrenta outros desa�os que tornam o contexto ainda mais complexo como: mudanças climáticas e restrição de recursos naturais. Nesse contexto, o papel da inovação passa a ser essencial para garantir que as próximas gerações possam ser alimentadas com qualidade. “É preciso que ocorra uma transformação na forma como produzimos alimento”, diz Silvia. A especialista ainda a�rma que não basta aumentar somente a produtividade, é preciso utilizar uma abordagem mais abrangente, que envolva produção e consumo sustentável para garantir a segurança alimentar das futuras gerações.


Assim, tornar o conceito da Agricultura 4.0 realidade no Brasil está relacionado aos desa�os que se apresentam, principalmente o de aumentar a produção agrícola sem ampliar a área plantada. As tendências apontam que o setor agropecuário demandará novas TIC para gestão de dados, informações e conhecimentos em todas as etapas da cadeia produtiva em uma nova infraestrutura onde os mundos físico e digital estarão totalmente interconectados.

É comprovado que os avanços da ciência e da tecnologia contribuíram signi�cativamente na produção de alimentos no mundo. Dados apresentados por Silvia Massruhá citam que a capacidade produtiva na agricultura cresceu entre 2,5 e 3 vezes nos últimos 50 anos. “Isso permitiu, em um âmbito global, que o aumento na produção de alimentos acompanhasse o aumento populacional.”

Novas tecnologias poderão estimular novas vertentes de agregação de valor e fabricação, com grandes possibilidades de aumento de competitividade dos setores agroalimentar e agroindustrial. “Incorporar os conceitos da Agricultura 4.0 signi�ca também abrir oportunidades de inovação e diversi�cação que serão essenciais para o país no futuro. Por exemplo, a transformação digital poderá abrir espaços para o Brasil em segmentos estratégicos da agricultura e da bioeconomia”, assinala Lopes.


Com a chamada bioeconomia (uma economia sustentável baseada em recursos biológicos e processos limpos e renováveis) e a transformação digital operando em sintonia poderemos dinamizar segmentos essenciais da agricultura, fortalecendo a posição de vanguarda do Brasil na produção de alimentos, �bras, energia e biomateriais.

“O mundo já vive a era Big Data, com a possibilidade de gerar, medir, coletar e armazenar assombrosas quantidades de dados, que são a matéria-prima do conhecimento. Uma gama de tecnologias emergentes ajuda as organizações a extrair valor desses grandes conjuntos de dados, o que torna possível”, comenta o presidente da Embrapa. Como exemplo, ele cita a inferência sobre padrões de comportamento e de consumo e ajuste em design e logística de entrega de produtos e serviços para cada indivíduo, com ganhos de e�ciência operacional e econômica.

Daqui para o futuro, o setor privado vai usar big data para multiplicar acesso a serviços e bens de consumo. E rupturas tecnológicas, como fabricação aditiva (impressão 3D) e robótica, têm o potencial de mudar padrões de trabalho no futuro. Essas tecnologias vão melhorar a produtividade, a qualidade e o padrão dos produtos, reduzir trabalho penoso e insalubre, dentre outros benefícios.



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Daqui para frente, tudo tende a mudar, segundo a chefe da Embrapa Informática Agropecuária. Isso porque 95% do aumento da produção mundial de alimentos terá que vir de ganhos de produtividade e de tecnologias que auxiliem o agricultor, que precisará fazer mais com menos, de modo mais e�ciente, rápido e com menos custos.

Com a agricultura digital será possível conectar informações e dados de modo a maximizar os benefícios de todas as outras tecnologias já existentes, e as que estão por vir, com isso a tomada de decisão será muito mais rápida e e�ciente. “Mais do que isso, a próxima evolução da tecnologia da informação, conhecida como Internet das Coisas, rede�ne a maneira como interagimos com o mundo físico e viabiliza formas mediadas por computação de produzir, fazer negócios, gerenciar infraestrutura pública, prover segurança e organizar a vida das pessoas”, cita Silvia.


No campo, a busca pela otimização no uso dos recursos naturais e insumos fará com que a fazenda do futuro seja massivamente monitorada e automatizada. Para isso, sensores dispersos por toda a propriedade e interligados à internet (Internet das Coisas) gerarão dados em grande volume (Big Data) que necessitarão ser �ltrados, armazenados (computação em nuvem) e analisados. Porém, a força de trabalho humana não será capaz de gerenciar essa quantidade de dados.

Para a especialista da Embrapa, a solução será conquista por meio da Agricultura 4.0 já que a nova agricultura necessitará de algoritmos cada vez mais aprimorados por meio de técnicas de inteligência computacional e computação cognitiva para auxiliá-los no processo de análise. Após essa análise, o ciclo será fechado por meio de comandos remotos aos tratores e implementos agrícolas que, munidos de GPS, farão intervenções pontuais apenas onde é necessário para otimizar custo, produção e impacto ao meio ambiente.

De acordo com a FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), em 2010, a população urbana ultrapassou, pela primeira vez, a população rural no mundo. Estima-se que em 2050 sete em cada dez pessoas viverão nas cidades, tornando ainda mais rarefeita a população rural. Portanto, máquinas e equipamentos serão imprescindíveis na garantia da segurança alimentar no futuro.


A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços, os processos de produção se tornam cada vez mais e�cientes, autônomos e customizáveis. Além disso, propõe-se a empregar métodos computacionais de alto desempenho, rede de sensores, comunicação máquina para máquina, conectividade entre dispositivos móveis, computação em nuvem, métodos e soluções analíticas para processar grandes volumes de dados e construir sistemas de suporte à tomada de decisões de planejamento e manejo.

Além de toda essa tecnologia embarcada, Silvia comenta que a Agricultura 4.0 contribuirá para elevar os índices de produtividade, e�ciência do uso de insumos e redução dos custos com mão de obra, com isso haverá melhora na qualidade e na segurança dos trabalhadores, além de diminuir os impactos da atividade ao meio ambiente, tornando-a mais sustentável.


A Internet das Coisas torna possível monitorar e gerenciar operações a centenas de quilômetros de distância, rastrear bens que cruzam o oceano ou detectar a ocorrência de pragas ou doenças na plantação, tudo em tempo real. Seguindo esse contexto, é claro que a Internet das Coisas trará avanços signi�cativos para o agronegócio. “O uso das tecnologias de informação e comunicação e das novas tecnologias digitais é um caminho sem volta no mundo rural”, garante a chefe da Embrapa.

“Na era do Agro 4.0, a tecnologia de informação e comunicação é a mola propulsora e integradora dessa inovação dentro e fora da cadeia produtiva”, a�rma Silvia. Isso porque serão utilizadas em diversas aplicações no campo, na pré-produção, produção e na pós-produção:

> Melhoramento genético, biotecnologia e bioinformática, na pré-produção;> Agricultura de precisão e equipamentos diversos na produção;> Melhorias na logística e transporte na pós-produção.

Além disso, todas essas tecnologias e inovações estarão cada vez mais conectadas, auxiliando na tomada de decisão e gestão rural, tudo em prol do maior controle em busca de produtividade.



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A agricultura brasileira é uma das mais produtivas do mundo e a tecnologia empregada no campo foi determinante para que alcançasse o patamar atual. Essa evolução é contínua e agora tende a se consolidar com a nova era de tecnologia agrícola. “Hoje, já não existe mais separação entre os mundos físico e virtual, conectados para facilitar a vida das pessoas na vida urbana, e também é uma tendência no ambiente rural” diz Silvia.

Segundo o presidente da Embrapa, o Brasil já se destaca na Agricultura 4.0, em especial pela incorporação de processos da chamada agricultura de precisão. Cresce nas áreas mais avançadas de produção do país o uso de máquinas inteligentes guiadas por GPS para plantio, tratos culturais e colheita de precisão, com economia de insumos, ganhos de produtividade e sustentabilidade.

No entanto, é fundamental o desenvolvimento de diversos setores associados à tecnologia, tais como telecomunicações, serviços de computação em nuvem (cloud computing) e análise de dados e automação, de modo que os produtores rurais que necessitem de novas tecnologias possam garantir sua competitividade e sustentabilidade no mercado nacional e internacional. A Agricultura 4.0 está trazendo competitividade e melhoria de renda, além do aumento da oferta de alimentos para o consumidor mundial e brasileiro.


REFERÊNCIAS

http://blog.agronow.com.br/institucional/voce-ja-ouviu-falar-em-agricultura-4-0/;http://www.cetic.br/pesquisa/domicilios/indicadores;http://inteliagro.com.br/conheca-a-fazenda-4-0/;https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/152121/1/AP-agricultura-digital.pdf;http://blog.agrishow.com.br/pensa-em-conectar-sua-producao-agricola-internet-saiba-como-o-brasil-deve-se-preparar-para-agricultura-4-0/

CONFIRA MAIS MATERIAIS

Conheça as 5 pro�ssões do futuro na cadeia do agronegóciohttp://blog.agrishow.com.br/conheca-as-5-pro�ssoes-do-futuro-na-cadeia-do-agronegocio/

Entenda como o agronegócio vai funcionar com tecnologias e sistemas integradoshttp://blog.agrishow.com.br/sistemas/

Inovações tecnológicas no plantio de tomate: busca de e�ciência para conseguir mercadohttp://blog.agrishow.com.br/inovacoes-tecnologicas-no-plantio-de-tomate-busca-de-e�ciencia-para-conseguir-mercado/

Aplicativo apadrinhado pelo Google se adapta às necessidades do produtor brasileirohttp://blog.agrishow.com.br/aplicativo-apadrinhado-pelo-google-se-adapta-as-necessidades-do-produtor-brasileiro/

Ferramentas com sistemas autônomos são tendência da Agricultura 4.0http://blog.agrishow.com.br/ferramentas-com-sistemas-autonomos-sao-tendencias-da-agricultura-4-0/


MATOPIBA | A nova fronteira do agronegócio no BrasilInforma Exhibitions

A Agrishow é uma das três principais feiras de tecnologia agrícola do mundo e a maior e mais importante na América Latina. Idealizada pelas principais entidades ligadas, direta e indiretamente, ao agronegócio brasileiro, como ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e SRB (Sociedade Rural Brasileira), a Agrishow é organizada pela Informa Exhibitions.

A Informa Exhibitions acredita que eventos são plataformas de conhecimento e de relacionamento, que auxiliam a impulsionar a economia brasileira. A empresa é �lial do Informa Group, maior organizador de eventos, conferências e treinamentos do mundo, com capital aberto e papéis negociados na bolsa de Londres. Dentre os eventos realizados pela Informa Exhibitions no Brasil estão: Agrishow, Fispal Tecnologia, Fispal Food Service, ForMóbile, FutureCom, ABF Franchising Expo, Serigra Sign e Feimec, num total de 24 feiras setoriais. A Informa Exhibitions possui escritórios em São Paulo (sede) e Curitiba, com cerca de 200 pro_ssionais. Nos últimos quatro anos, a empresa investiu cerca de R$ 400 milhões no Brasil em aquisições de eventos e marcas, o que levou a decisão estratégica de alterar o nome da empresa no Brasil de BTS Informa para Informa Exhibitions.

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