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Agricultura, segurança alimentar e sustentabilidade: um olhar sobre os espaços metropolitanos Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais 1

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Agricultura, segurança alimentar e

sustentabilidade: um olhar sobre os

espaços metropolitanos

Secretaria de Estado de Planejamento e

Gestão de Minas Gerais

1

INTRODUCAO

A sociedade está vivenciando situações de crise alimentar, adversidade

climática e de redução da diversidade ecológica,

O modelo de abastecimento das grandes metrópoles, sustentado por

grandes circuitos de produção e consumo, estão colocados em questão.

Emerge nos espaços metropolitanos a importância da manutenção do

agricultor para objetivos de sustentabilidade e de segurança alimentar,

dos quais, envolve questões de produção e consumo local, que por sua

vez, estão diretamente dependentes da gestão do espaço e dos

mercados.

2

O que mobiliza nosso interesse

no desenvolvimento agrícola na

RMBH

Saúde Publica

Econômico

Social

Ambiental

Cultural

3

Promoção da Segurança

Alimentar e

Nutricional no Estado

Alimentos que consumimos

4

5

Alimentos que os europeus

consomem

5

directive 2001/18/CE. "Celle-ci prévoit

une évaluation des risques directs et

indirects, à court et à long terme, ainsi

qu'une reconnaissance réelle des

incertitudes scientifiques, point

crucial pour permettre une bonne

gestion du risque et l'application

éventuelle du principe de précaution.

6

7

8

Région Metropolitaine

de Belo Horizonte

Ville de Belo Horizonte

34 villes Capitale de la Région

9 400 Km². 331 Km²

4.4 Millions d'habitants

Densité 609

hab./km²

Densité 7.491 hab./km²

population rurale est

2,52% (109.000).

960 maraîchers

familiales.

IDF Paris

1281 communes Capitale de la Région

Superficie 12.000 Km².

Km².

105 Km²

11.7 Millions

d'habitants

Densité 991

hab./km2

Densité 21.258

hab./km2

455 maraîchers.

• A Île-de-France (IDF) guarda 80%

de seu território para área

natural, sendo 51% sob

ocupação da atividade agrícola

e 24% ocupado por florestas

(INSEE 2008).

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Politica da região Parisiense • enquadra o espaço agrícola (rural e urbano) como especial e

estratégico na metrópole e, por conseguinte, estabelece uma política para esse espaço

• objetivo = renovação, conservação e valorização do patrimônio e do meio ambiente no meio rural com a integração da sociedade como um todo ( rural e urbana ).

• A criação de CCP se insere na região:

1) como uma política pública estruturante e estratégica;

2) com investimentos em mobilização tanto de agricultores, quanto da população e governos locais;

3) com a criação de incentivos à formação de circuitos curtos descentralizados na região e, por último;

4) com a organização de vendas que implicam pouco tempo do agricultor no processo de comercialização, ou seja, os agricultores ficam em média 1h e 30 minutos nas Amaps e nas Ruches e 3 horas no Painer Fraicher. (não ha inversão da atividade principal e do seu habitus)

QUAIS INSTRUMENTOS DE GESTAO

• Identidade espacial: Zona de proteção agricola

(2004) para a agricultura rural e urbana.

• Visibilidade - Banco de dados disponivel para a

sociedade – governo, pesquisadores, cidadão,

curiosos…..

• Comunicaçao e animação da sociedade local

• Programas de bases: CCP e fomento a agricultura

sustentavel (paysans, terroir, biologique ou

raisonnée)

• Insentivo ao jovem agricultor (descendentes ou

neorurais).

• ALGUMAS QUESTÕES PARA RMBH:

• A invisibilidade do agricultor está atrelada à invisibilidade do espaço agrícola, e suas implicações ocorrem em cadeia:

• a desconsideração da atividade agrícola deixa em aberto um processo

de valorização e de aumento do custo do terreno ocasionados por projetos de planejamento urbano.

• Nessa medida, o acesso à terra torna-se cada vez mais inviável ao agricultor, por consequência:

– diminui-se a disponibilidade de terra para produção alimentar

– Enfraquece a capacidade de proceder a herança agrícola.

– Aumenta a dependência da região por produtos alimentícios externos em detrimento de produtos frescos e rastreados

– Não dinamiza a economia local – nem em termos de geração de receitas e nem em termos de geração de renda para os habitantes rurais.

Motivação para um olhar especial sobre os agricultores e os espaços agrícolas

da RMBH

1 - Concentração de consumidores e dos mercados institucionais na RMBH =

como campo fértil para aquisição de alimentos da agricultura familiar.

2 - Existência de 52 mil agricultores familiares ou as 28 mil unidades de

produção na RMBH

3 - Demandas das conferencias de Segurança Alimentar com o lema de 2015

“Comida de verdade no campo e na cidade”.

4 - Demandas do fórum metropolitano

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Potencialidades a partir das politicas publicas Estaduais

1) Inclusão dos agricultores no desenvolvimento socioeconômico em duas

frentes:

a) Mercado Institucional

Política Estadual de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAAFamiliar

(Lei nº 20.608/2013 e Decreto 46.712/2015).

b) Circuitos curtos de produção e consumo

Fomento às feiras e revitalização de mercados que colocam em contato direto

agricultor e consumidores. A estruturação desses circuitos curtos de proximidade

podem ser amparados pelo programa Kit Feira da Seda. Esse tipo de circuito,

além de gerar uma renda justa ao agricultor, permite, via diálogos nos pontos de

venda, a construção de processos educativos e de conscientização dos cidadãos

sobre os sistemas alimentares.

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c) Fomento ao turismo atrelado aos circuito gastronômico com o fim de evidenciar

e valorizar nosso patrimônio imaterial constituídos na nossa produção e nas formas de

preparos dos alimentos.

Oportunidade de desenvolvimento do lazer de baixo custo em função da proximidade

dos espaços naturais e agrícolas à capital Belo Horizonte. A organização dos

agricultores dentro e próximos aos parques naturais é oportuna, tanto para o fomento

ao turismo quanto, para preservação dos monumentos naturais (cachoeiras, trilhas,

grutas, etc.) e, oferta de serviços de hospedagens / gastronômicos.

d) Ampliação da receita local e regional. Com o apoio aos agricultores é possível,

por um lado, gerar renda para esse seguimento e diminuir o êxodo rural e, por outro,

ampliar a receita nos municípios pela prestação de seus serviços e o consumo de bens

alimentares.

e) Combate à escassez hídrica (exemplo Programa produzindo Água Boa) em que

podemos fomentar o desenvolvimento da agricultura sustentável e ecológica junto às

unidades agrícolas situadas em áreas de recarga de água. Dentro da região podemos

criar pactos e acordos em prol do desenvolvimento sustentável.

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Reações e iniciativas

“Panier Fraîcher”

17

18

Expectativa

Fortalecer a cultura alimentar;

Minimizar os impactos ambientais causados pelo transporte e acondicionamento dos

alimentos e;

Fortalece a economia local.

Criar uma Rede Rural Urbana de Agricultura Sustentável – Rruas Metropolitana

Organizar as informações sobre a produção e estruturar o mercado alimentar da

RMBH de forma sustentável e estratégica

Tornar essa experiência metodológica exemplar e motivadora para outras regiões que

agrupam um conjunto de cidades em MG, tais como: Ipatinga, Juiz de Fora,

Uberlândia, Montes Claros, etc.

Promover para a população metropolitana a oportunidade de acesso à alimentos

saudáveis e a preços justos.

• 3 circunstâncias que contribuiriam para isso:

1) existência, de forma estratégica e estruturada, de um processo de conscientização e sensibilização da sociedade local em torno da questão social, ambiental e alimentar;

2) existência de múltiplas redes de circuitos curtos de produção e consumo alimentar e;

3) existência de um plano metropolitano contendo um planejamento agrícola e instrumentos de gestão socioeconômico e espacial efetivamente postos em execução.

Conclusão

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Desenvolvimento da agricultura

uma estratégia de

perpetuação da

invisibilidade dos

agricultores reafirmando

a marginalização de seu

trabalho

26

Estratégia de desenvolvimento

sustentavel e valorização da paisagem

e dos espaços agricolas

Desenvolvimento da agricultura

27

Desenvolvimento

da agricultura

Implica na organização

da sociedade em torno

do alimento, da vida, do

meio ambiente, das

pessoas

=

- dar visibilidade ao

agricultor, e o fio condutor é

a valorização de sua

identidade social.

- tornar a sociedade, na sua

menor unidade de medida

que é o individuo,

protagonista da sua sans. A

sociedade transforma o

individuo, mas o individuo

transforma a sociedade.

(Weber, Durkheim e

Bourdieu).

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Obrigada

[email protected]